Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Relatório e Contas de 2016 1
Relatório e Contas de 2016 1
Relatório e Contas de 2016 2
Relatório e Contas de 2016 3
ÍNDICE
1. Mensagem conjunta do Presidente do Conselho de Administração e do Presidente da Comissão Executiva ………………………………………………………………………………. 5
2. O Novo Banco dos Açores ………………………………………………………………………………………………. 8 - Composição Acionista ………………………………………………………………………………………… 8 - Órgãos Sociais………………………………………………………………………………………………………… 9 - Principais Acontecimentos de 2016……………………………………………………………………… 11 - Presença Geográfica e Rede de Distribuição ……………………………………………………… 13 3. Enquadramento Económico ………………………………………………………………………………………… 15
- Breve caracterização da Economia Açoriana ……………………………………………………. 15 - Situação Económica Internacional ……………………………………………………………………… 18 - Situação Económica Nacional ……………………………………………………………………………. 20 - Situação Económica da Região Autónoma dos Açores ……………………………………. 23
4. Estratégia e Modelo de Negócio ……………………………………………………………………………………. 33 - Banca de Retalho……………………………………………………………………………………………………. 36 - Private Banking ……………………………………………………………………………………………………… 45 - Empresas …………………...…………………………………………………………………………………………… 46 - Municípios e Institucionais …………………………………………………………………………………… 48 5. Recursos Humanos ………………………………………………………………………………………………………… 51
6. Análise do Risco de Crédito ……………………………………………………………………………………………. 54
7. Análise da evolução da atividade …………………………………………………………………………….… 57 - Principais indicadores …………………………………………………………………………………………… 57 - Evolução previsível da Sociedade ………………………………………………………………………… 65
8. Demonstrações Financeiras …………………………………………………………………………………………. 66
9. Notas finais ……………………………………………………………………………………………………………………… 69 - Declaração de Conformidade sobre a informação financeira apresentada …. 69 - Proposta de Aplicação de Resultados ………………………………………………………………… 71 - Agradecimento ……………………………………………………………………………………………………… 72
Relatório e Contas de 2016 4
10. Demonstrações Financeiras e Notas Explicativas …………………………………………………… 70
11. Anexo – Adaptação das Recomendações do Financial Stability Fórum (FSF) e do Commitee of European Supervisors (CEBS) relativas à Transparência da Informação e Valorização dos Ativos …………………………………………………………………. 163
12. Certificação Legal e Relatório do Revisor Oficial de Contas …………………………………… 167
13. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal ……………………………………………………………………. 175
14. Informação sobre o Governo da Sociedade ……………………………………………………………………. 179
Participações qualificadas no capital social do Novo Banco dos Açores………………… 179
Acionistas titulares de direitos especiais …………………………………………………………………. 179
Restrições em matéria de direito de voto…………………………………………………………………… 180
Nomeação e substituição dos membros do órgão de administração e alteração dos estatutos da sociedade…………………………………………………………………………. 180
Poderes do órgão de administração……………………………………………………………………………. 181 Sistema de controlo interno e de gestão de risco………………………………………………………. 181 Crédito concedido a Membros dos Órgãos Sociais …………………………………………………. 184 Remuneração dos Membros dos Órgãos Sociais………………………………………………………. 185
– Política de Remunerações …………………………………………………………………………………… 185 – Remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais em 2016 ……………………………… 186
15. Anexo ………………………………………………………………………………………………………………………………. 187
Extrato da Ata da Assembleia Geral Anual do Novo Banco dos Açores, S.A. ……. 187
Relatório e Contas de 2016 5
MENSAGEM CONJUNTA DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
E DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA
Senhores acionistas,
O exercício de 2016 do Novo Banco dos Açores coincide com o último ano do mandato destes Órgãos
Sociais do Banco que foram eleitos em Assembleia Geral realizada em 27 de março de 2014. Não
obstante este mandato ter decorrido num contexto extremamente difícil para o desenvolvimento da
nossa atividade, é com muita satisfação que registamos que, em resultado de muito trabalho, foi
possível ao Novo Banco dos Açores, nos últimos três anos de atividade, apresentar, em termos
acumulados, um Resultado Líquido destes exercícios no montante de 3.4 milhões de euros. Como é
sabido, foi no decurso do mandato desta Administração que foi aprovada a Resolução que extinguiu o
BES e permitiu a criação do Novo Banco, que é o acionista de referência do Novo Banco dos Açores,
com 57,5% do capital, sendo que os restantes 42,5% estão repartidos pela Santa Casa da Misericórdia
de Ponta Delgada, com 30%, pelo Grupo Bensaúde, com 10%, e por outras 13 Santas Casas das
Misericórdias do Açores (2,5%) representativas de todas as ilhas dos Açores. Esta intervenção e
liquidação do BES trouxe muitas dificuldades ao desenvolvimento da nossa atividade, mas que
soubemos minimizar e mesmo ultrapassar, com muita resiliência e qualidade, de tal forma que os
nossos indicadores em 2016 encontram-se todos com desempenhos muito positivos. De recordar que o
BES dos Açores não foi alvo de Resolução do Banco de Portugal.
1
Relatório e Contas de 2016 6
Em 31 de dezembro de 2016, o rácio de Solvabilidade do NB dos Açores era de 11,2% (provisório), o rácio de
Transformação de 100% e o rácio de Liquidez de 91%, o que atesta bem a posição de solidez do Banco.
De realçar que, no exercício de 2016, os Depósitos à Ordem tiveram um crescimento relativamente a
2015 de + 14,6%, passando de 63,2 para 72,4 milhões de euros, enquanto os Depósitos a Prazo passaram
de 275,4 para 278,5 milhões de euros, a que corresponde um crescimento de + 1,1%.
No que respeita ao Crédito, tivemos um ligeiro decréscimo de – 0,2% relativamente ao ano de 2015,
passando o Crédito Concedido de 377,4 para 376,5 milhões de euros. Outro dado muito significativo foi
que o Crédito Vencido, neste exercício de 2016, apenas cresceu 372 mil euros, evoluindo de 18,6 para
18,9 milhões de euros, enquanto em 2016 as Imparidades / Provisões para Crédito foram de 24,6
milhões de euros, o que atesta bem o grau de boa cobertura do Crédito Vencido do Banco. Acresce que
uma parte importante do Crédito Vencido tem garantias reais e algumas provisões constituídas, o que
certamente irá influenciar positivamente os resultados de exercícios futuros. Um dos pontos fortes do
Novo Banco dos Açores é precisamente o bom controlo do seu Crédito Concedido.
O Resultado Financeiro do Banco em 2016 situou-se nos 5,8 milhões de euros enquanto as Comissões
atingiram os 5,1 milhões de euros e o Resultado de Outras Operações Financeiras os 2,9 milhões de
euros, o que contribuiu para uma evolução positiva do Produto Bancário de 9,9%. Os Custos Operativos
também tiveram uma evolução favorável registando uma redução de 4,2%.
O ano de 2016 coincidiu também com a realização de uma ação de reestruturação que se traduziu
numa redução do número dos seus Colaboradores de 14 efetivos e num custo extraordinário com
reformas antecipadas de 1,05 milhões de euros. O objetivo é que estes custos extraordinários sejam
recuperados nos próximos exercícios contribuindo posteriormente para uma redução de custos.
Durante este exercício entregámos nos cofres da Região Autónoma dos Açores cerca de 5 milhões de
euros de Impostos, o que nos coloca certamente como uma das empresas que mais contribui
positivamente para a arrecadação de impostos na Região Autónoma dos Açores.
Assim, mesmo neste contexto difícil, o Novo Banco dos Açores encerrou o exercício de 2016 com um
resultado liquido positivo de cerca de 1,7 milhões de euros.
Durante o exercício de 2016, o Novo Banco dos Açores e os seus Colaboradores participaram em
diversos eventos, encontros e reuniões com os nossos Clientes. O acompanhamento dos Clientes e as
ações tendentes a maximizar a qualidade na prestação de serviços aos nossos Clientes foram uma
constante em todo este exercício e que pode ser medida pelos níveis de Clientes muito satisfeitos e que
resultam dos inquéritos de satisfação realizados junto dos Clientes. No ano de 2016 foi possível captar
mais de 2.200 novos Clientes.
Em 2016 foi possível também reestruturar alguns dos serviços do Banco e criar uma unidade de
acompanhamento das novas exigências decorrentes da União Bancária Europeia, sendo que contamos
também com o apoio do Novo Banco para a concretização desse objetivo.
Relatório e Contas de 2016 7
O nosso agradecimento a todos os Colaboradores e Colaboradoras do Novo Banco dos Açores pelo seu
empenhamento e contributo para os Resultados obtidos no presente exercício, e que é extensivo ao
Novo Banco e a todas as empresas do Grupo com quem nos relacionamos num modelo em que a
externalização de serviços e produtos bem como das funções de Compliance, Análise do Risco,
Auditoria, Contabilidade, Marketing, entre outros, são muito importantes para a sustentabilidade e
desenvolvimento do Novo Banco dos Açores.
Agradecemos às Autoridades Monetárias e Financeiras Nacionais e Regionais todo o apoio prestado,
com particular destaque para o Banco de Portugal e para a Vice-Presidência do Governo Regional dos
Açores, que tutela a área das Finanças Regionais, com as quais temos mantido uma cooperação muito
construtiva.
Registamos também um agradecimento muito especial aos nossos Acionistas e aos nossos Clientes,
empresas e institucionais, e particulares, sejam residentes nos Açores ou nas Comunidades de
Emigrantes, pela forte e valiosa contribuição para o desenvolvimento do Novo Banco dos Açores.
Gualter José Andrade Furtado Jaime José Matos da Gama
Presidente da Comissão Executiva Presidente do Conselho de Administração
Relatório e Contas de 2016 8
O NOVO BANCO DOS AÇORES
Composição Acionista
Accionista Nº Acções%
Capital Social
Novo Banco, SA 2.144.404 57,5293%
Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada 1.118.263 30,0003%
Bensaúde Participações SGPS, SA 372.750 10,0000%
Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande 53.250 1,4286%
Santa Casa da Misericórdia de Nordeste 24.022 0,6445%
Santa Casa da Misericórdia da Horta 12.750 0,3421%
Santa Casa da Misericórdia da Calheta 500 0,0134%
Santa Casa da Misericórdia do Divino Espírito Santo Maia 531 0,0142%
Santa Casa da Misericórdia de Vila do Porto 266 0,0071%
Santa Casa da Misericórdia de Vila Santa Cruz Flores 213 0,0057%
Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca do Campo 106 0,0028%
Santa Casa da Misericórdia de Santo António Lagoa 106 0,0028%
Santa Casa da Misericórdia da Praia da Vitória 106 0,0028%
Santa Casa da Misericórdia de Vila Praia da Graciosa 106 0,0028%
Santa Casa da Misericórdia da Madalena 106 0,0028%
Santa Casa da Misericórdia do Corvo 21 0,0006%
Total 3.727.500 100,00%
2
Relatório e Contas de 2016 9
Órgãos Sociais
Os órgãos sociais do Novo Banco dos Açores, face ao seu estatuto de sociedade anónima, são eleitos
em Assembleia Geral e estão localizados na sede social do Banco.
A gestão do Novo Banco dos Açores é assegurada por um Conselho de Administração com
competência para exercer os mais amplos poderes de gestão e representação da Sociedade, praticando
todos os atos necessários à prossecução das atividades do Banco.
O Conselho de Administração é composto por nove membros, dos quais seis são não executivos. A
gestão corrente da sociedade é delegada numa Comissão Executiva, composta por três membros.
O Conselho de Administração do NB dos Açores reúne, por norma, uma vez por mês, e reunirá
extraordinariamente sempre que convocado pelo seu Presidente ou por dois Administradores.
A composição dos Órgãos Sociais para o triénio 2014 – 2016 é atualmente a seguinte:
Mesa da Assembleia Geral
Presidente: - Dr. Francisco Marques da Cruz Vieira da Cruz
Vice-Presidente: - Sr. Octaviano Geraldo Cabral Mota
Secretário: - Dr.ª Maria Carolina Soares Carreiro
Conselho de Administração
Presidente: - Dr. Jaime José Matos da Gama
Vice-Presidente: - Dr. Gualter José Andrade Furtado
Vogais: - Eng.ª Isabel Maria Ferreira Possantes Rodrigues Cascão (*)
- Dr. Luís Miguel Alves Ribeiro
- Dr. Mário Jorge Tapada Gouveia
- Dr. José Francisco Gonçalves Silva
- Dr.ª Zita Maria Medeiros Correia Magalhães Sousa
- Dr. António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues
- Dr. Gustavo Manuel Frazão de Medeiros
(*) Em preparação o processo para o pedido ao Banco de Portugal de autorização do início de funções
Relatório e Contas de 2016 10
Comissão Executiva
Presidente: - Dr. Gualter José Andrade Furtado
Vice-Presidente: - Dr. António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues
Vogal: - Dr. Gustavo Manuel Frazão de Medeiros
Conselho Fiscal
Presidente: - Dr. José Maria Rego Ribeiro da Cunha
Vogais: - Dr. António Maurício Couto Tavares Sousa
- Dr. José Manuel dos Santos Gaudêncio
Suplente - Dr. Mário Paulo Bettencourt de Oliveira
Revisor Oficial de Contas
Efectivo - PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC - Sociedade de Revisores Oficiais de
Contas, Ld.ª, representada por Dr. José Manuel Henriques Bernardo ou Dr. Aurélio
Adriano Rangel Amado
Suplente: - Dr. Jorge Manuel Santos Costa
Comissão Executiva
António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues
Vice-Presidente Gualter José Andrade Furtado
Presidente Gustavo Manuel Frazão de Medeiros
Vogal
Relatório e Contas de 2016 11
Principais Acontecimentos de 2016 28 janeiro - O Novo Banco dos Açores realiza a 2ª Convenção NBA, reunindo na cidade da Lagoa
todos os Colaboradores do Banco na Ilha de S. Miguel. Este evento é repetido no dia 3 de fevereiro na Ilha Terceira, para os colaboradores desta ilha.
19 fevereiro – O NB dos Açores divulga os resultados do exercício de 2015. O resultado líquido do exercício foi de 3.867 milhares de euros.
9 março - O Banco entrega aos seus Clientes os Diplomas PME Lider 2015.
12 março - É promovido o 3º Passeio Motard NBA com a participação de Colaboradores do Banco.
19 março - A equipa de futsal do Banco conquista o título de Campeã Regional no torneio de Futsal do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas.
22 março - O Banco participa na Conferência “Motivação Empreendedora” promovida pelo Centro Empresarial dos Açores.
31 março – Reunião do Conselho Consultivo, com a participação do Administrador do Novo Banco, Dr. José João Guilherme, e do Departamento de Compliance.
- Em Assembleia-geral Anual os Acionistas aprovam o relatório de gestão, as contas do exercício e a aplicação dos resultados do exercício de 2015.
18 abril - O Novo Banco dos Açores apresenta-se como parceiro estratégico do Cartão Interjovem 2016, cujo objetivo é promover a mobilidade e o turismo juvenil nas ilhas dos Açores.
21 abril - O Banco participa na Sessão Comemorativa do 10º Aniversário do Microcrédito na Região Autónoma dos Açores.
26 abril - O NB dos Açores disponibiliza o Serviço MoneyGram que fica disponível para Clientes e não Clientes.
18 maio - Participação no Fórum “Conversas de Agricultura” promovido pela Agrogarante, realizado em Ponta Delgada.
9 junho - O Banco esteve presente na Feira Agrícola da Ilha Terceira – Agroter 2016, dinamizando e promovendo a sua oferta específica para a agricultura.
12 junho - O Banco esteve presente na Feira Agrícola da Praia da Vitória, dinamizando e promovendo a sua oferta específica para a agricultura.
17 junho - O Novo Banco dos Açores apoia a Edição de 2016 da Priolo Cup, Torneio de Futebol Infantil organizado pela Câmara Municipal do Nordeste.
24 junho - O Banco participa na Feira Agrícola de S. Miguel, dinamizando e promovendo a sua oferta específica para a agricultura.
1 julho - Participação da equipe de futebol do NB dos Açores no torneio “NAFISM CUP 2016” tendo conquistado o Troféu Cartão Branco (Fair Play).
Relatório e Contas de 2016 12
- Participação do Banco no Fórum da Câmara de Comércio e Indústria dos Açores.
8 julho - O Banco participa na Feira Agrícola da Ilha do Pico, dinamizando e promovendo a sua oferta específica para a agricultura.
18 julho - No dia do 502º Aniversário do Concelho, a Câmara Municipal do Nordeste atribuiu a Chave de Honra do Município ao Dr. Jaime Gama (Presidente do Conselho de Administração do Banco) pelo relevante trabalho desenvolvido em benefício da Comunidade Açoriana.
20 julho - O NB dos Açores divulga o resultado do primeiro semestre de 2016 que foi positivo em cerca de 1.054 milhares de euros.
24 agosto - Participação na Conferência “Memórias do Primeiro Presidente da República” promovida pela Assembleia Legislativa Regional dos Açores em parceria com a Associação de Antigos Alunos do Liceu da Horta.
15 setembro - No primeiro dia de aulas na Universidade dos Açores o Banco promove, junto dos alunos dos Cursos de Economia e Gestão, a divulgação do Protocolo assinado com a Universidade.
29 setembro - Disponibilização do MBway aos Clientes do NB dos Açores.
10 outubro - O Banco promove uma sessão de dinamização junto dos alunos do Curso de Medicina da Universidade dos Açores.
14 outubro - O Banco apoia e participa no XVII Fórum Nacional da Apicultura e XV Feira nacional do Mel, evento realizado na Praia da Vitória e promovido pela Associação Agrícola da Ilha Terceira.
21 outubro - O NB dos Açores apoia e participa no evento organizado pela Associação dos Jovens Agricultores Micaelenses para entrega do Prémio Produtor Excelente 2015.
25 outubro - Visita de trabalho do Conselho de Administração do Novo Banco, presidido pelo Dr.
António Ramalho, ao Novo Banco dos Açores.
- O NB dos Açores promove conferência na Universidade dos Açores em que participou o Dr. Luís Ribeiro, Diretor Coordenador do Departamento de Empresas Sul do Novo Banco.
- Atribuição do prémio de melhor aluno dos cursos de Economia e Gestão da Universidade dos Açores do ano letivo 2015/2016, à estudante Carlota de Andrade André.
10 novembro - O Banco participa numa Conferência nas Furnas organizada pela Ordem dos Economistas.
25 novembro - O NB dos Açores participa no 8º Festival “O Mundo Aqui” promovido pela AIPA.
17 dezembro - O Banco participa na sessão comemorativa do Dia Internacional das Migrações/ Migrantes promovida pela AIPA.
31 dezembro - O Novo Banco dos Açores termina o ano com um resultado líquido positivo de 1.678 milhares de euros.
Relatório e Contas de 2016 13
Presença Geográfica e Rede de Distribuição
Telefone 296 307 000 Fax 296 307 006
Telefone 296 309 000 Fax 296 309 001
SEDE - PONTA DELGADARua Hintze Ribeiro, 2 - 8 - Ponta delgada
CENTRO DE EMPRESAS DE PONTA DELGADAPraça Gonçalo Velho, 2 - 1º - Ponta Delgada
Relatório e Contas de 2016 14
AGÊNCIAS
S. MIGUEL TERCEIRA
SEDE ANGRA DO HEROÍSMORua Hintze Ribeiro, 2 - 8 - Ponta Delgada Rua de S. João, 45 - Angra do Heroísmo
Telefone - 296 628 345 Fax - 296 307 054 Telefone - 295 215 125 Fax - 295 217 546
ANTERO DE QUENTAL PRAIA DA VITÓRIAAvenida Antero de Quental, 37 Ponta Delgada Rua de jesus, 2 - Praia da Vitória
Telefone - 296 629 047 Fax - 296 301 624 Telefone - 295 543 200 Fax - 295 543 001
ARRIFESLargo da Saúde - ArrifesTelefone - 296 682 002 Fax - 296 301 694 FAIAL
CENTRO NB 360º E PRIVATE HORTARua Vasco da Gama - Horta
Telefone 296 287 231 Fax 296 629 416 Telefone - 292 292 902 Fax - 292 202 194
FAJÃ DE BAIXORua do Vigário Geral, 1 e 1A - Fajã de Baixo PICOTelefone - 296 630 510 Fax - 296 630 511
MADALENAHOSPITAL DIVINO ESPÍRITO SANTO Rua Engº Alvaro de Freitas, s/nº - Madalena
Grotinha - Arrifes Telefone - 292 628 510 Fax - 292 628 511
Telefone - 296 282 167 Fax - 296 307 684
NORDESTE SANTA MARIAEstrada Regional, 9 - Lomba da Fazenda
Telefone - 296 488 048 Fax - 296 480 184 VILA DO PORTORua Dr. Luis Bettencourt - Vila do Porto
RABO DE PEIXE Telefone - 292 307 033 Fax - 292 307 035
Rua Infante D. Henrique, 10 - Rabo de Peixe
Telefone - 296 492 115 Fax - 296 490 284
RIBEIRA GRANDERua El-Rei D. Carlos I, 49 - Ribeira Grande
Telefone - 296 472 850 Fax - 296 470 524
VILA FRANCA DO CAMPORua Teófilo Braga, 17 - Vila Franca do Campo
Telefone - 296 582 007 Fax - 296 539 184
NBNET DOS AÇORES www.novobancodosacores.pt
NBDIRECTO DOS AÇORES 707 296 365
Praça Gonçalo Velho, 2 - r/c
Relatório e Contas de 2016 15
ENQUADRAMENTO ECONÓMICO
Breve caracterização da Economia Açoriana
A Região Autónoma dos Açores (R.A.A.) é constituída por 19 concelhos distribuídos por nove ilhas. O
Grupo Ocidental abarca os concelhos do Corvo, Santa Cruz das Flores e Lajes das Flores. Os concelhos
de Santa Cruz da Graciosa, Vila da Praia da Vitória, Angra do Heroísmo, Velas, Calheta, Horta, São
Roque do Pico, Madalena e Lajes do Pico constituem o Grupo Central. O Grupo Oriental é formado
pelos concelhos de Ponta Delgada, Ribeira Grande, Lagoa, Vila Franca do Campo, Nordeste,
Povoação e Vila do Porto.
A área total da R. A. Açores ascende a 2 322 Km2, cerca de 2,5% da superfície terrestre portuguesa. Em
2011, Ponta Delgada era o concelho mais populoso da região (37º no ranking de Portugal). Já Angra do
Heroísmo era aquele que apresentava maior densidade populacional (89º no ranking em Portugal).
3
Relatório e Contas de 2016 16
Segundo o Censos de 2011, a população residente era de 246.746 indivíduos o que equivale a um
crescimento populacional de 2,8% (4.983 indivíduos) nos últimos 10 anos representando 2,3% da
população residente em Portugal. Analisando a relação de masculinidade, traduzida pelo rácio
homens/mulheres, continuamos a ser uma região com mais mulheres do que homens, ou seja, 50,8%,
da população são indivíduos do sexo feminino (125.213) e 49,2% da população são indivíduos do sexo
masculino (121.533).
Este crescimento da população Açoriana é, maioritariamente, explicado pelo aumento do saldo natural
(nascimentos - óbitos) de 4.756 indivíduos, tendo sido o saldo migratório estimado (imigração –
emigração) negativo no montante de -417 indivíduos. O número de famílias (81.718) cresceu cerca de
13,5% na última década e o número médio de pessoas por família decresceu de 3,4 em 2001 para 3 em
2011.
De 2001 a 2011, apenas as ilhas de S. Miguel, Terceira e Corvo viram crescer a sua população em valores
superiores a 1%. A ilha do Faial manteve o seu nível de população, com uma ligeira variação, e as
restantes ilhas tiveram decréscimos populacionais superiores a 1%. Os crescimentos populacionais
refletiram-se em 7 dos 19 municípios da Região dos quais, se salientam os seguintes concelhos: Ribeira
Grande (12%), Ponta Delgada (4%), Praia da Vitória (4%) e Lagoa (2%).
Há uma tendência natural de concentração da população nas ilhas onde se localizam as principais
funções administrativas e económicas. Nos últimos anos, verifica-se que o crescimento demográfico
em algumas ilhas é a consequência da desertificação de outras, o que acontece devido aos fluxos
migratórios entre ilhas, tanto de mão-de-obra especializada, como de indiferenciada. Este movimento
migratório tem como objetivos a obtenção de emprego e de melhores condições de vida e é
essencialmente na ilha de S. Miguel que se verifica a concentração deste crescimento.
Os Açores são a Região do País com população mais jovem.
Qualquer que seja o cenário considerado estima-se que a população dos Açores continuará a crescer
lentamente nos próximos anos.
I��������� 2��� 2��� DI���
S��������� 5�5�� 5�55� -����� ���5�
S� ������ 1!1�"�# 1!���!� ���!� 55��"�
T��$���� 55��!! 5"��!� 1���� ������
G��$�%&� ����� ��!#1 -��1�� 1����
S�'%��� #�"�� #�1�1 -5���� !����
P�$% 1����" 1��1�� -����� 5��!�
F���� 15��"! 1��##� -���"� "����
F�%��& !�##5 !��#! -5��"� 1�5��
C%�(% ��5 �!� 1�1�� ��1��
��� 2)��*+, 2)+�*)+ 2.�+ ���.��
/03467 896:
�A��;� <�<=��A>��;�ID;�;
Relatório e Contas de 2016 17
Também, no período de 2001 a 2011, assistimos a um crescimento significativo dos alojamentos (17,1%)
e dos edifícios (12,8%). Presentemente, na Região Autónoma dos Açores, o número de alojamentos é de
109.324 e o número de edifícios é de 98.807, ou seja, foram construídos mais 11.222 edifícios residenciais
na última década.
Para se fazer uma abordagem à Economia da Região e perceber o que se passou nos Açores em 2016, é
necessário proceder ao seu enquadramento no contexto Internacional, Europeu e Nacional.
Relatório e Contas de 2016 18
Situação Económica Internacional
A Economia mundial no início do 4º trimestre de 2016 caracterizou-se por um período de desaceleração
da produção industrial mundial acompanhado de uma desaceleração global das trocas comerciais,
tanto das economias avançadas como das economias emergentes e em desenvolvimento.
No final do 3º trimestre de 2016, o PIB do G20 aumentou para 2,9%, em termos homólogos, refletindo as
melhorias do PIB dos EUA e do Japão, uma vez que, a economia europeia estabilizou. No caso dos Países
emergentes o PIB da China e da Índia manteve-se em 6,7% e em 7,2%, respetivamente. O PIB do Brasil
manteve um decréscimo de -2,9%.
Em relação ao 4º trimestre de 2016, nos EUA os indicadores registaram uma contínua melhoria da
atividade económica (produção industrial, vendas a retalho) e do mercado de trabalho. O consumo
privado continuou numa fase ascendente. Em novembro a taxa de desemprego reduziu para 4,6% e a
taxa de inflação subiu para 1,7%.
Os indicadores disponíveis para a China apontam para uma ligeira melhoria da atividade económica,
com o aumento da produção industrial e uma melhoria das trocas comerciais de bens.
No 3º trimestre de 2016 o PIB da União Europeia aumentou para 1,7% em termos homólogos,
expressando o abrandamento da procura interna e a melhoria do contributo das exportações. De
acordo com o indicador provisional de novembro do Banco de Itália, no 4º trimestre de 2016, o PIB da
União Europeia acelerou em virtude da melhoria de todos os indicadores de confiança. A taxa de
desemprego reduziu para 8,3% em outubro, a mais baixa desde 2009.
No final do ano de 2016 a taxa de inflação homóloga da Área do Euro subiu para 0,6%, em resultado da
aceleração dos preços dos bens alimentares não transformados e da quebra do preço da energia.
Em 2016 na UE assistiu-se a um abrandamento da produção industrial e das exportações de bens,
contudo, as vendas a retalho aumentaram.
Em dezembro do ano findo as taxas de juro de curto prazo na Zona Euro mantiveram a sua trajetória
descendente situando-se em média em -0,31% até ao dia 21 de dezembro. Como o BCE pretende
implementar políticas de estímulo monetário foram tomadas as seguintes medidas:
· Prolongar a compra de ativos até ao final de 2017 e, ao mesmo tempo, diminuir o montante de
compras mensais de 80 para 60 mil milhões de Euros.
Relatório e Contas de 2016 19
· Manter as taxas de juro inalteráveis.
· Deixar cair o limite para as yields inferiores à sua taxa de depósito (-0,40%).
· Reduzir a maturidade residual mínima dos títulos elegíveis de dois para um ano, contribuindo
para alargar os ativos elegíveis.
Nos EUA verificou-se um movimento de subida das taxas de juro de curto prazo. A Reserva Federal
decidiu aumentar as taxas de juro federais para o intervalo entre 0,50% e 0,75%, mantidas desde 2015
entre 0,25% e 0,50%.
As taxas de juro de longo prazo subiram tanto na UE como nos EUA influenciados pelos
comportamentos do mercado norte-americano.
As políticas monetárias praticadas em 2016 pelo BCE e pela Reserva Federal dos EUA foram
divergentes, tendo como consequência uma desvalorização do Euro face ao Dólar. Em dezembro de
2016 o Euro valia 1,04 Dólares, o que representou uma desvalorização de 4,3%, face ao período
homólogo, onde o Euro valia 1,09 Dólares.
No final do ano de 2016 o preço do petróleo (Brent) teve uma subida bastante acentuada, 55 USD/bbl
(52€/bbl), em consequência das deliberações tomadas na reunião da OPEP, com a previsível redução
da produção em 1,2 milhões de barris/dia no início de janeiro de 2017. Por sua vez, o preço das matérias-
primas não energéticas cresceu 7,9% em termos homólogos com destaque para os metais e os inputs
industriais.
Com a eleição do novo Presidente dos EUA o mundo aguarda com expectativa os efeitos das políticas
“Trump” na economia mundial globalizada. Após as eleições presidenciais dos EUA, assistiu-se a uma
forte valorização dos índices bolsistas, influenciados pela perspetiva de um crescimento económico
mais robusto deste país, por uma orientação mais expansionista da política orçamental, menor
regulação bancária e melhoria da rentabilidade dos bancos.
Relatório e Contas de 2016 20
A situação Económica Nacional
Em Portugal, a retoma económica continua, apesar de lentamente, na sua trajetória ascendente mas
com maior dinamismo. No 3º trimestre de 2016, as Contas Nacionais Trimestrais do INE apontavam
para um crescimento do PIB de 1,6%, em termos homólogos, motivado pelo contributo positivo da
procura externa líquida. Em termos de procura interna a variação foi negativa, em função de um
acréscimo do consumo privado (1,9%), e de um decréscimo do investimento (3,1%) provocado pelo
comportamento das existências.
No que refere ao indicador de atividade económica do INE, em outubro, houve uma ligeira
desaceleração, embora tivesse havido um crescimento homólogo de 0,9%. Contudo, assistiu-se a uma
melhoria dos indicadores de confiança em relação à indústria e construção e uma evolução negativa
em relação ao comércio e serviços.
Até final do mês de outubro, em termos homólogos, o índice de produção na indústria transformadora
decresceu 1,7%, mas o índice de volume de negócios registou uma evolução positiva de 0,2%. Por sua
vez, o índice de produção na construção civil e obras públicas teve uma quebra de 3,0% e o índice de
volume de negócios nos serviços apresentou um acréscimo de 3,0%. O índice de volume de negócios do
comércio a retalho teve um incremento de 3,2%.
Em outubro de 2016, de acordo com as estatísticas do INE, a taxa de desemprego, situou-se nos 10,8%.
Em igual período a taxa de desemprego na UE era de 8,3%. Esta melhoria da taxa de desemprego foi
influenciada por uma redução da população desempregada em 12,7% acompanhada de um aumento no
emprego de 1,8%.
No final de novembro de 2016, estavam registados cerca de 486 mil desempregados nos centros de
emprego, o que representou uma descida em termos homólogos de 11,6% em relação a igual período do
ano anterior. As ofertas e as colocações de emprego em novembro tiveram decréscimos de 37,1% e
39,1%, respetivamente, face ao mês homólogo de 2015. O mês de novembro terminou com cerca de
1.293 mil trabalhadores abrangidos por instrumentos de Regulação Coletiva de Trabalho o que
representou um aumento de 58,3% em relação a novembro de 2015.
A taxa de inflação em Portugal em 2016 cifrou-se em 0,61%, enquanto a variação homóloga foi de 0,4%.
Relatório e Contas de 2016 21
Em finais de 2016, os índices bolsistas internacionais evoluíram favoravelmente, influenciados pela
perspetiva de crescimento da economia americana, sendo que o índice PSI-20 não foi exceção e
valorizou também no final do ano. Apesar da valorização o valor do PSI-20 foi 13% inferior ao período
homólogo em 2015, motivado pela fragilidade económica do país, franca rentabilidade da banca e do
elevado grau de endividamento do setor público e privado.
Em outubro, a taxa de variação anual dos empréstimos ao setor privado não financeiro foi de -2,0 %,
devido a uma melhoria dos empréstimos destinados às famílias e a uma deterioração do crédito às
empresas não financeiras.
A variação do crédito a particulares melhorou para -1,6% em outubro de 2016 (em outubro de 2015 era
de -3%), justificada pelo fortalecimento do crédito ao consumo. Em igual período, houve um
agravamento do crédito à habitação e do crédito para outros fins.
As taxas de juro das operações de crédito diminuíram tanto para as empresas como para os
particulares.
No final do mês de novembro, a execução orçamental das Administrações Públicas registou um saldo
global negativo de 4.336 M€, o que representou uma melhoria de 394 M€ face ao período homólogo,
cujo resultado assentou principalmente no aumento da receita efetiva.
A execução orçamental até ao final de novembro de 2016 e face ao período homólogo de 2015,
caracterizou-se por:
· Uma melhoria de 1,9% da receita total, que beneficiou da evolução positiva da generalidade das
suas rubricas, onde se destaca o incremento de 0,7% da receita fiscal proveniente do aumento
de 5,4% dos impostos indiretos.
· O aumento de 1,3% da despesa total, proveniente dos acréscimos das rubricas Despesas com
Pessoal (3,6%) e Juros e Outros Encargos (4,2%). Os aumentos das rubricas atrás referidas
U������� �����
P� ����� ������� � �������� ���� n��!"#$% n��!"#$& n��!"#$% n��!"#$& n��!"#$% n��!"#$& R'(' ) *+ D',-',+
A./)n), *0+12� 3'n*0+4 ' 5'670+n1+ 5�()+4 !%8$9:;$ !<8:=%;% &"8%&#;% &>8=%";" &=8=<:;& &98="=;= $;: $;<
A./)n), *0+12� 3'n*0+4 ?A3@ !&8#"$;% !&8"==;& <:8==#;9 %#8$>$;> %%8=:";> %&8<#9;: #;= $;$
57B,'*�0 C,*+.� E 5'0�)1�, )n*'60+.�, !&8$#$;# !&8%<#;$ >98:#<;: >:8><=;" <%8##%;: <%899=;> $;$ ";#
5'0�)1�, ' F7n.�, A7*Gn�/�, =:;% "&";< "%8%%&;# "%89=>;# "%8<=&;% "%8&$#;& $;" #;%
HI JKLMN OQSTHLHVW XYZMT[LW \V[MLWWT]T[LHLW ^OX\_ `abcdc `efgdh eiebgdf eiafjdk jiefldb jigkcdb hdf `lda
5'670+n1+ 5�()+4 9>";< $8>#";" ""8<":;= ">8>=>;< "$8%:=;> ""8#=$;" <;" ";"
A./)n), *0+12� R'6)�n+4 !$<$;" ><;: "8$%";9 "8"=<;# "8":<;# "8">:;" %;& !";<
A./)n), *0+12� m�(+4 &##;= &#<;9 &8"<9;: &8>##;< %8&<9;> %8&:%;& #;9 #;9
opqrstuv opqwwxuy vyqz{zur vtqpz{up rsqywzuw rwqrpvuw zut zuw
|��}�� �~����������� �� ���������
����� ������� ������� �������� ������ �¡¢£¢¤¥¦§ ¨¢©ª¢©¦ ¢ ©¦«¨¬ ¨¦© ¦¨¤®¤©¥¡¦¯°¢© ª±²«¤£¦©
Relatório e Contas de 2016 22
foram compensados pela redução das Despesas de Capital (8,6%) e com a Aquisição de Bens e
Serviços (1%);
· Aumento dos excedentes da Segurança Social em 469,8 M€;
· Aumento dos excedentes da Administração Local e Regional em 180,2 M€.
No que refere às contas externas, os dados do INE relativos ao comércio internacional português, no
final de outubro 2016, em termos homólogos, apontavam para uma redução das importações de 0,6% e
de uma quebra das exportações de 0,8%. O decréscimo das exportações verificou-se apenas para o
mercado extracomunitário (-12,2%). As exportações para o mercado comunitário aumentaram 3,6%.
As importações de bens provenientes do mercado comunitário cresceram 1,3% em termos homólogos e
as importações provenientes do mercado extracomunitário sofreram um decréscimo de 7,0%, face ao
período homólogo.
No fim de outubro de 2016, o excedente acumulado da balança corrente foi de 777 milhões de Euros, o
que representou uma redução face ao período homólogo de 199 milhões de Euros, proveniente de uma
redução do saldo da balança de rendimentos primários e secundários de 484 milhões de euros e 537
milhões de euros, respetivamente, face a outubro de 2015. A balança corrente e de capital apresentou
uma capacidade de financiamento da economia portuguesa de 2.027 milhões de euros, um saldo
inferior ao excedente registado no mesmo período de 2015 no valor de 2.652 milhões de euros.
Relatório e Contas de 2016 23
A situação Económica da Região Autónoma dos Açores
A envolvente internacional e a situação económica
nacional, tiveram os seus reflexos na Região
Autónoma dos Açores em 2016. Até novembro de
2016, e na ótica da contabilidade pública, o excedente
orçamental na RAA foi de 3,2 M€ e assistiu-se a um
novo acréscimo do excedente orçamental no valor de
1,5 M€ em virtude de um ritmo idêntico de aumento
da despesa face ao da receita. Estes resultados foram
influenciados pelo aumento da receita efetiva de 6,5%,
face ao período homólogo e um aumento da despesa
de 6,4%, em igual período. Contribuíram para o efeito
o decréscimo de 1,5% da receita fiscal, refletindo a
redução dos impostos diretos, de juros e outros
encargos e de transferências recebidas. A execução
orçamental da Administração Regional, face a 2015,
caracterizou-se por:
· Um aumento da receita efetiva de 6,5% (63,6 M€),
sobretudo devido ao aumento da receita corrente
de 27,0% (186,1 M€), para o qual contribuíram as
reduções das receitas fiscais (-1,5%), das
contribuições para a segurança Social, CGA e
ADSE (-1,8%) e outras receitas correntes (-24,0%),
e o acréscimo de transferências correntes
(492,0%) no valor de 213,3 M€. Por sua vez as
receitas de capital reduziram 43,0% (122,5M€).
Estas reduções de capital verificaram-se nas
transferências da UE (-37,1%).
V�������
2��� 2�� %
R�� � ����� 6���� �8��� �8��
������� �!��" 55#$& 5'($# -)$5
I*+,!�,! .�/��,! )(1$0 )13$# -)1$5
I*+,!�,! �4.�/��,! 31)$( 3#1$) 1$7C,4�/�9:�;<�! +�/� =�>:/�4;�=,���"$ CS?� ?@=A
($) ($& -)$#
T/�4!B�/D4���! �,//�4��! '3$' 051$7 '(0$&
?.*�4�!�/�;E, C�4�/�" - A!��., &$' )#&$( 4n/
O:�/,! !:9!���,/�! .�! ?F 7$5 #$5 )0$1
U4�E, A:/,+��� 3'$3 0)$1 -37$)
O:�/�! �/�4!B�/D4���! )$) '5$7 4n/
O:�/�! /������! �,//�4��! 7#$# 5($( -0'$&
GHJKLKMNPQWK XYMQYZHWPN[Y \]\ \]\ \]\
R�� � ^ ��_� �` ����� a6��� b����
c�4.� .� d�4! .� I4e�!��*�4�, &$1 &$# 31$&
T/�4!B�/D4���! .� ��+���" 0#3$5 )1&$' -'3$'
?.*�4�!�/�;E, C�4�/�" - A!��., &$' )#&$( 4n/
O:�/,! !:9!���,/�! .�! ?F 7$5 #$5 )0$1
U4�E, A:/,+��� 3'$3 0)$1 -37$)
O:�/�! �/�4!B�/D4���! )$) '5$7 4n/
O:�/�! /������! .� ��+���" &$# )$) '&$)
GHJKLKMNPQWK XYMQYZHWPN[Y \]\ \]\ \]\
R�� � fg �h� �8��a ai��8�8 6��
jk_k� l���� ����� �86�� ���
@�!+�!�! �,* , +�!!,�" '0'$5 ''1$' 5$0��*:4�/�;<�! C�/��! � 3)7$1 33&$# '$0
?9,4,! c�/�me��! ,: Ae�4�:� �! 07$0 07$# 0$0
=�>:/�4;� !,���" 7($7 #7$# )&$)
?o:�!�;E, .� 9�4! � !�/e�;,! )(#$5 0'#$& 0'$(
p:/,! � ,:�/,! �4��/>,! 51$( '($3 -)3$'
T/�4!B�/D4���! �,//�4��! '3$' 051$7 '(0$&
?.*�4�!�/�;<�! Fq9"���! 0$7 0$7 -)$7
O:�/�! �/�4!B�/D4���! )$) '5$7 4n/
=:9!r.�,! )3$' )3$3 -&$#
O:�/�! .�!+�!�! �,//�4��! )3$& )3$3 0$)
GHJKLKMNPQWK XYMQYZHWPN[Y &$& \]\ \]\
jk_k� ^ l�_� �` a6��6 a���� b��6
?o:�!�;E, .� 9�4! .� ��+���" 3&$1 ''$5 '5$7
T/�4!B�/D4���! .� ��+���" 0#3$5 )1&$' -'3$'
?.*�4�!�/�;<�! Fq9"���! 0$7 0$7 -)$7
O:�/�! �/�4!B�/D4���! )$) '5$7 4n/
O:�/�! .�!+�!�! .� ��+���" 3$& '$# 5#$(
GHJKLKMNPQWK XYMQYZHWPN[Y \]\ \]\ \]\
jk_k�g �h� �8��� ai����� 6��
s�`^� t`�u�` a�8 ���
vwxyz{ |w}z~xw �z��wx�� �w� ��w~z��
�����^�� ������ � ��h�u����a6�
�������� ���������� �� ���
��� ¡���
Relatório e Contas de 2016 24
• Um aumento da despesa efetiva de 6,4% (62.1 M€), que é explicado pelo comportamento crescente
das Despesas Correntes de 8,2% (66,3 M€), tendo contribuído para o efeito os acréscimos de
Despesas com Pessoal (5,2%), de Aquisição de Bens e Serviços (24,9%), de Transferências correntes
(492%) e de Outras Despesas Correntes (2,1 %) e um decréscimo de 7,6 M€ (13,4%) na rubrica de
Juros e Outros Encargos. As Despesas de Capital decresceram 2,6% (4,3 M€).
No final de setembro, a Região viu a sua taxa de desemprego reduzir para 10,7%, o que representou um
decréscimo de 1,4 p.p. face ao período homólogo.
Refira-se que, tradicionalmente, a taxa de desemprego nos Açores era mais baixa do que no resto do
país. Esta situação inverteu-se, tendo este indicador atingido valores superiores à taxa de desemprego
nacional, que em igual período era de 10,5%. A taxa de desemprego tanto nacional como regional
apresenta tendências decrescentes. Tirar ticket verde do quadro abaixo
No terceiro trimestre de 2016, em termos
homólogos, a população total dos Açores
manteve-se estável, enquanto a sua
população ativa decresceu de 123.299
trabalhadores para 121.168 (-1,7%). Por sua vez
a população desempregada apresentou uma redução de 14.978 trabalhadores para 12.957 (-13,54%) e a
taxa de desemprego reduziu de 12,1% para 10,7%. Estes decréscimos podem ser explicados pela
emigração, por uma melhoria de oferta de emprego em alguns setores de atividade, como o do turismo,
pelo empreendedorismo, pela passagem à reforma de pessoas em situação de desemprego e pelas
políticas de apoio ao emprego do Governo Regional dos Açores.
Nos Açores, o setor com maior número de trabalhadores é o terciário onde estão incluídos os
trabalhadores da Administração Pública.
Comparando o terceiro trimestre de 2016
com o trimestre homólogo de 2015, verifica-
se uma degradação do emprego no setor
primário de -17,4%, o que implicou uma
redução de 2.209 postos de trabalho. A
mesma degradação do emprego verificou-se também no setor secundário (-1,9%) o que implicou uma
redução de 319 postos de trabalho. Comportamento inverso teve o setor terciário onde foram gerados
2.417 (3,1%) novos postos de trabalho. De setembro de 2015 a setembro de 2016, a população
empregada decresceu (-0,1%) o que significou uma perda de 110 empregados, passando de 108.321
trabalhadores para 108.211.
P�P������ ��P���� S�� �� S�� ��V�������
H�������
����� ! "#$ "� 1%&''( 1(&)*1 �-+,.
����� ���/02$ "� 1'&)13 1'&(44 �+5.
����� �� �"$ "� 74&%)) 31&''1 6+�.
T�T�� �89:6;; �89:;�� 8+�.
F�<=>? @�>�
ABACDEGIBEGBJKL LMNOQR LMNOQUWXYZX[\]
^]_`a]bX
cdcefghid jdjgf klmnopq kllnmro OQsQt
cdcefghid gjuvg wkonkxx wkwnwyq OQszt
jg{g |} gjuvu|g|} lx~q� lx~p� O�s�t
cdcefghid }�c�}�g|g wrqnokw wrqnkww O�sQt
cdcefghid |}�}�c�}�g|g wlnxmq wknxpm OQ�sRt
jg{g |} |}�}�c�}�d wk~w� wr~m� �sUt
Relatório e Contas de 2016 25
Para o desenvolvimento do setor terciário contribuíram os comportamentos favoráveis do turismo, dos
passageiros desembarcados, a venda de automóveis ligeiros, bem como o índice de vendas de produtos
alimentares, que também registou um crescimento positivo.
Até ao final de novembro de 2016, de acordo com os dados disponíveis pelo SREA, os diferentes setores
de atividade na Região, com exceção do setor primário, registaram uma evolução positiva. Esta
evolução positiva revelou--se através do IAE (indicador de atividade económica), que retrata o “estado
geral da economia”. Em novembro de 2016 este indicador era de 1,4% e refletia a continuação de uma
evolução favorável da economia regional. Contudo, o valor do referido indicador foi inferior ao do mês
homólogo de 2015 que era de 4,0%, de onde se conclui que a crise ainda se faz sentir nos Açores, a
dúvida no futuro persiste e as expectativas dos agentes económicos continuam a ser de alguma
incerteza, embora já com reflexos de retoma económica.
O tecido empresarial açoriano
continua a crescer. De janeiro a
novembro de 2016 surgiram na
Região 392 novas empresas, muitas
das quais, graças ao
empreendedorismo, ao microcrédito e
a políticas de apoio ao emprego do
Governo Regional. Em igual período
encerraram 134 empresas e foram
declaradas insolventes 54 empresas.
De acordo com a informação publicada pela D&B, em novembro do ano em curso, o tecido empresarial
da RAA era composto por 7.042 entidades, que representavam 1,56% do tecido empresarial nacional.
No mesmo período e segundo a mesma fonte, o tecido empresarial nacional era constituído por 449.233
empresas.
A Agricultura nos Açores manifesta um conjunto de peculiaridades que, no quadro económico atual e o
fim das quotas leiteiras, requer uma atenção especial por parte das entidades públicas e privadas,
porque concentra em si um potencial de criação de emprego, de inovação e de capacidade exportadora.
Até novembro de 2016, a Agricultura registou uma evolução negativa face ao ano anterior. O setor
primário, em especial a produção agropecuária, constitui um dos principais pilares da economia
açoriana. Na última década, os Açores mantiveram, em termos territoriais, uma grande especialização
na utilização dos solos dedicada ao setor pecuário, no âmbito da produção de leite, dedicando o seu uso
à produção forrageira (erva e milho). As ilhas de S. Miguel, Terceira e S. Jorge apresentaram uma forte
propensão para o aumento da produção leiteira. A produção açoriana de leite atual representa cerca de
um terço do leite produzido no país com apenas 2,5% da SAU (superfície agrícola útil), o que dá bem
conta da elevada produtividade do setor na Região. A estabilidade na recolha, transformação e acesso
aos mercados dos produtos lácteos, a regularidade do pagamento mensal do leite, apenas nas ilhas de
FONTE: D&B
Relatório e Contas de 2016 26
S. Miguel, Terceira e São Jorge, e o investimento na modernização das unidades industriais e
explorações agrícolas têm contribuído para o fortalecimento desse setor. Nas restantes ilhas, com
exceção da ilha Graciosa, os investimentos no setor leiteiro não se traduziram em retorno visível pelos
seguintes motivos:
• Abandono sucessivo da atividade, devido ao preço do leite e à instabilidade de algumas
cooperativas, apesar do investimento em novas unidades industriais como é no caso das ilhas
do Pico, do Faial e das Flores.
• Criação de bovinos cuja finalidade é a produção de carne como um setor determinante, em
algumas ilhas, devido à atribuição de direitos de vacas aleitantes no âmbito do POSEI.
• O mercado de “exportação” para o continente português constitui o destino mais importante
dos produtos derivados do leite e da carne dos Açores. Relativamente às exportações para fora
do país, registam-se crescimentos sustentados, designadamente, no setor dos laticínios.
Através dos dados disponibilizados pelo
SREA, até novembro de 2016, constatou-se
uma evolução menos positiva do setor. De
janeiro a novembro do ano em curso, foram entregues nas fábricas 557.451 milhares de litros de leite, o
que representou um decréscimo de 1,2% (6.931 milhares de litros de leite), face ao período homólogo do
ano anterior. Contribuíram para este decréscimo os seguintes fatores:
• Delapidação a nível internacional do preço dos produtos lácteos e excesso de oferta no
mercado;
• Menor consumo de produtos lácteos;
• Embargo à Rússia;
• Desaceleração das exportações da Europa para o resto do mundo;
• A China como maior importador arranjou uma alternativa à Europa para a compra de produtos
lácteos, passando a comprar os referidos produtos na Nova Zelândia;
• Em 2016, pela primeira vez, duas das três grandes fábricas de transformação de leite na ilha de
S. Miguel e uma fábrica na ilha Terceira limitaram a produção aos seus produtores no período
de março a julho que consistiu na redução de 5% da produção, tendo como base a produção
homóloga do ano anterior, com penalizações para quem excedesse a produção;
• Aumento da carga fiscal e redução do preço do leite pago ao produtor a partir de novembro de
2014, especialmente na ilha de S. Miguel, onde o leite tem o preço mais elevado, devido à
existência de várias indústrias. Esta situação provocou discrepância no preço do leite pago ao
produtor, nas diferentes ilhas dos Açores.
U������� ���� ��� ��N��� ��N���V�������
H�������
E���E�� E !E"�E E#$%&�"'� 5()*+,- 55.*)5/ ��012
F�3467 8�6�
Relatório e Contas de 2016 27
É de referir que desde novembro de 2014 até ao final do ano de 2016 o preço do leite pago ao produtor
baixou em média cerca de 10 cêntimos por litro, o que representou uma perda de receitas para os
produtores que rondou os 30 M€, montante idêntico ao das receitas perdidas pelos referidos
produtores em 2015.
Em 2016, verificou-se um decrescimento da produção leiteira nas ilhas dos Açores, excetuando as ilhas
de S. Jorge, Faial e Flores.
A produção leiteira açoriana é liderada pela ilha de S. Miguel (65%), seguindo-se da Ilha Terceira (25%) e
da Ilha de S. Jorge (5%). Estas três ilhas representam 95% da produção do leite na Região Autónoma dos
Açores.
De janeiro a novembro de 2016, e como
consequência imediata do decréscimo
da produção leiteira, alguns dos
principais produtos lácteos produzidos
nos Açores viram decrescer a sua
produção, com exceção da produção do
queijo que teve um crescimento de 6,3% (1.632 Ton.), face a igual período do ano anterior, da produção
de iogurte que cresceu 19,9% (72 Ton.), em relação ao período homólogo, e a produção de manteiga que
teve um incremento de 4,4% (468 Ton.), face a novembro de 2015.
Nas ilhas de S. Miguel e Terceira, a produção de leite e laticínios está estruturada e com capacidade de
acesso aos mercados com produtos de grande consumo, bem como, de outros de valor diferenciado e
acrescentado.
Em relação à produção total de carne na Região,
até ao final de novembro 2016, verificou-se um
acréscimo de 10,7% face ao mês homólogo de
2015. Contribuíram para este acréscimo o
aumento de produção de carne de bovinos
(20,3%). É de referir que a carne de bovino exportada é feita em carcaça, em detrimento da exportação
dos animais vivos para abate, que tem vindo a diminuir. As produções de carne de suínos e aves
decresceram 0,4% e 3,4% respetivamente face ao mês de novembro de 2015.
E���E�� �E �E��E E� �����
P � ���� ������E� ����
l�����
��N��� ��N���V������ H !"# $�
S%&'()*+ 3,-%./0 3,1%3,0 ��245
T*67*'68 0.3%./0 039%:.0 �;2�5
S<= >=6(* 1/%/:- 19%3.? �245
F8'8+ 00%.:3 00%.0: �2�5
(687'=S8 ?%3/9 ?%10? �@2;5
A'7= ?%:-3 ,%9:/ �@2�5
F+=6*S ?33 0%0.3 ��2B5
7=6C= 3? 1, �;�2;5
D D�# -,.%3/1 --?%.-0 ��2@5
G IDJK L�J�
MOQRMUWXM YMZQM M[
\]^RZ_W `aR ZYbW
cOZXWXMd efff ghijkm
Oknoepqrst uvqwtxyz{t
|}~����� ���}��� ������
�������� ���}��� ������
|�� ����� ��}��� �����
����� ��}��� �����
������|� �}��� �����
���� �}��� �����
�����| �}��� �����
����� �� �����
¡ ¢£ ¤¤�}�¤� ����
¥¡¦ §¨ ©ª§¢
«¬«® ¯® °«¯±
²³´µ¶·¸¹µ ¶º »¼´½º¾¿ÀÁÂÃÄ ¿ÀÁÂÃÅ
Æ«ÇÈ«Éʱ
˱ÌÍα°«
ÏÐÑÒÓÐÔ ÕÖ×ØÙÚ ÛÜÙÝÜÞ ÛßÙàÛá âãäåæ
ÔçèÓÐÔ ÕÖ×ØÙÚ éÙÞêé éÙÞßé Âãäëæ
ìÑíÔ Õî×ØÙÚ ßÙÝéé ßÙÜÞà Âåäëæ
±«Î ÜÛÙáÝï ÜßÙÞêï Ããäðæ
ñ±ò®ó ôÇ®«
õö÷øù÷õú÷û õöüýþÿüû P�ùÿ�üû
õöüýþ�÷ýüû ýþöúøÿ� ü úøü ý� ����N��� N���
Vúö÷ú �ü
Hü��Pü�ú
L���� ���� ������� �� !"#$%&' �1�()*+ �,-(.,� �/02
����� �� !"#$%&' , ) �*� 3/42
L���� ���5 �#%6(' �*(-)- �+(�7 8/42
������M� �#%6(' � (++1 ��( ,� 9/92
��M���� �#%6(' 1), -1- :/:2
Q���;� �#%6(' ,+(.7. ,*(+1 �/82
Füøÿ�< ûö�ú
Relatório e Contas de 2016 28
Dos setores emergentes, a produção de carne de elevada qualidade poderá ter potencial de exportação,
com vantagens para as ilhas onde a produção leiteira não tem uma dimensão exportadora significativa.
Apesar da situação económica atual e dos seus constrangimentos, o setor agropecuário da Região é
um setor de sucesso e deve-se em parte aos seguintes fatores:
• As empresas agrícolas manifestaram algum rejuvenescimento com a entrada no mercado de jovens
agricultores (projetos de 1ª instalação), principalmente, filhos de agricultores e reformas
antecipadas, através do Quadro Comunitário PRORURAL. O novo quadro comunitário
“PRORURAL+”, em vigor para o período de 2014 a 2020, já não contempla a possibilidade de
reformas antecipadas para os produtores de leite. Contudo, o Governo Regional dos Açores legislou
no sentido de possibilitar a continuidade das referidas reformas antecipadas dos produtores de um
modo mais restrito.
• As condições climáticas e de solos associadas ao know-how, adquirido nas últimas três décadas,
foram determinantes para a situação atual.
• A marca Açores, a qualidade e o sabor dos produtos açorianos estão a ser reconhecidos nos
mercados externos.
A lavoura Açoriana apresenta alguma expectativa e incerteza relativamente ao seu futuro face à
imprevisibilidade do comportamento dos mercados, devido aos seguintes acontecimentos:
· Liberalização da produção de leite na Europa com o fim das quotas leiteiras em 31 de março de
2015;
· O embargo russo;
· O aumento de produção de Leite na Europa, associado a constrangimentos no cumprimento por
parte da lavoura Açoriana dos seus compromissos bancários face às reduções do preço do leite
pago ao produtor desde novembro de 2014 nas ilhas com maior especialização para o setor
leiteiro.
· Agravamento das contribuições para a Segurança Social para todos os novos produtores
instalados a partir de 2011, onde a contribuição passa a incidir sobre o volume da faturação
anual.
No quadro de referência estratégico que terminou em 2013, muitos investimentos agrícolas
transitaram para os instrumentos do período 2014-2020 (PRORURAL+). Este facto traduz alguma
apetência e atratividade do setor nas diversas vertentes, pecuária-leite, pecuária-carne e horto-fruti-
floricultura.
No setor das pescas, em 2016, verificou-se um
decréscimo de 30,2% (2.482.415 kg) na quantidade
total de pescado descarregado nos portos dos
Açores em consequência das condições marítimas
U������� �� D��� D�� V�������
H�������
QU�������� �� �����
������������8�������� ���5��8 -!"#$
F����� ����
Relatório e Contas de 2016 29
que se fizeram sentir nas ilhas durante o inverno, que não permitiram a saída para o mar da frota
pesqueira, especialmente os barcos de boca aberta, bem como a redução das quotas de pescado e
possível afastamento da costa dos cardumes. A diminuição da captura do atum foi uma das
responsáveis pela redução do pescado descarregado nos portos da Região.
O valor do pescado descarregado foi de 28.028 m€, o
que representou um decréscimo de 7,7% (2.152 m€)
em relação a dezembro de 2015, embora o setor das
pescas continue a oferecer um grande potencial de crescimento económico para a RAA.
A zona económica exclusiva dos Açores, com quase um milhão de km2 de superfície, possui uma rica e
diversificada população marinha, oferecendo um vasto leque de peixe fresco para consumo interno e
exportação, bem como para os enlatados. A espécie mais representativa em termos económicos é o
atum, a principal apanha das frotas pesqueiras comerciais, embora continuem a existir problemas
relacionados com a sua congelação, transformação e exportação.
No final do 3º trimestre de 2016 o setor secundário, para além do aumento do consumo de energia,
registou um comportamento positivo no emprego ao nível do setor da construção civil (10,9%), com a
criação de 678 postos de trabalho face ao período homólogo, e um comportamento inverso no setor
das indústrias transformadoras com a redução de 545 (-6,8%) postos de trabalho face ao período
homólogo.
O consumo acumulado de energia elétrica, até
novembro de 2016, apresentou um ligeiro
acréscimo face a igual período de 2015 (1,7%),
tendo-se verificado apenas uma redução de 4,3%
nos consumos de serviços públicos. Em igual
período verificaram-se aumentos no consumo
doméstico (2,4%), na indústria (2,9%), no comércio e serviços (2,5%) e na iluminação pública (0,1%).
No mesmo período, a produção acumulada de
energia elétrica teve um acréscimo de 1,3%, com
acréscimos na produção de energia térmica
(4,5%) e nas outras energias alternativas (22,2%),
tendo a produção de energia geotérmica decrescido
17,9%.
Durante o ano de 2016, as vendas acumuladas do
cimento cresceram 7,3% (7.740 Ton.) em relação a 2015.
V����� �� ������ D�� � D�� �V������
H����
Q��������� ����
(�����1������ 11����� 7 !"
F���# ����
U$%&'&)* +,,, - ./0234 ./0235689:8;<=
>=?@A=B8
68A=9 C8 EGIJ8
CGIJ899GB8C8KLMNKL KOMLPR 2STSW
X=YZG[ I9G8
\]^_`a] bc c^cdefg
ahijklmno jklmnp
qgdfgrs]
t]auv]eg
b]aw_xf\]_ yyz{||} yy~{�z~ ����
x]xgv f b`_xdfgv zz~{~}~ zz�{��z ����
\]awd\f] c _cdqfr]_ yy}{��� y��{�}� ��o�
_cdqfr]_ ���vf\]_ �z{z�� ~�{z�~ m����
fv`af grs] ���vf\g y�{��} y�{|z~ ��n�
x]xgv ~~y{�}y ~��{y�� n���
�]^xc� _dcg
�������� �� �������
������ � ¡¢£¤¥¦§¨© ¤¥¦§¨ª
«�������
¬�¡����
���¡� � ®¯°±²³´ ®µ®±µ®¯ ¶·©¸
������¡� � ´¹¹±º»¯ °¹±¹®´ §¨¼·½¸
�����¾ ²³±²´º »´±´µµ ¿¿·¿¸
����� ³°±´®° °³±¯²¯ ¨·À¸
Á���� ¾���
Relatório e Contas de 2016 30
A produção local acumulada de cimento, em igual
período, aumentou 14,6% e as importações de
cimento do continente decresceram 21,9%.
O número de licenciamentos de edifícios decresceu
6,2% (36 licenciamentos), de janeiro a novembro de 2016, passando de um total de 579 edifícios
licenciados em novembro de 2015, para 543 edifícios licenciados até ao final de novembro de 2016.
Verificou-se também, um aumento de
0,5% no número de edifícios novos em
construção para habitação. O aumento
das vendas de cimento e do número de
edifícios novos em construção revelam um comportamento de retoma ténue do setor da construção.
Em 2016, tal como em 2015, o setor da construção civil e obras públicas é sem dúvida um dos setores
mais afetados pela crise que se vive na Região Autónoma dos Açores. No entanto, até ao final do 3º
trimestre do ano, contribuiu positivamente para a criação de novos postos de trabalho, colaborando
para uma melhoria social na Região. Com o volume de obras públicas reduzido, com as limitações
impostas ao nível da diminuição dos rácios de transformação dos Bancos, associado a políticas de
conceção de crédito mais criteriosas e restritivas que resultam em menor crédito à habitação, ao
investimento e à construção e com a diminuição da procura provocada pela crise o futuro do setor
ainda apresenta incertezas.
Durante 2016 mantêm-se a opinião de que a evolução das vendas nos Açores continua a ser abaixo do
esperado, tanto no comércio por grosso como a retalho. As previsões para o volume de encomendas a
fornecedores no setor começaram a dar os primeiros passos para alterar o seu trajeto descendente. O
nível de aprovisionamentos em armazém, tanto no comércio por grosso como no comércio a retalho, é
considerado pelos empresários como estando abaixo do normal.
Com a redução do rendimento das famílias, os reflexos negativos no consumo privado fizeram-se sentir
no setor comercial. Contudo, existem neste momento sinais de melhoria no consumo privado.
A restauração melhorou influenciada pelo acréscimo de turistas que visitaram a Região.
Até novembro de 2016, as vendas de veículos
automóveis contribuíram favoravelmente para o
desenvolvimento do setor dos serviços com um
crescimento de 31,1%. As vendas de veículos de
mercadorias cresceram 21,8% (102 viaturas) e os veículos ligeiros, por sua vez, cresceram 33,0% (761
viaturas), influenciados pela aquisição de viaturas por parte das empresas de rent-a-car para
renovação e aumento das suas frotas, cuja taxa de utilização atingiu em alguns períodos do ano os
100% em resultado do aumento de turistas que visitaram os Açores.
A��������� ����
��V�V��N�� � N�� �
�A��A���
H������A
�������� 2���� ���3� �����
C����C�A�� 43� 5�� � ���
���A� 2���5 ��3�� � � �
F��� ���A
E!"#$%"&' ()*+,- ()*+,./01"067&
8&9:;&<0
T&T0; !E E!"#$%"&' ;"%E=%"0!&' >?@ >BD +.GIJ
%&='T1K6LE' =&/0' 80M"T06LE' OPQ OP@ RG-J
#&=TES '1E0
UWXYZ[\X Y]
^_`]abX cbdefgYhijkl Yhijkm
nopqorst
utvwxtyo
zpt{|rst xt}ox ~����~ ������� k��m�
qvztp�orst {t
}t��q����������� ������ j�k���
�t�ox ������� ������� ����
�t���� �p�o
Relatório e Contas de 2016 31
O total de mercadorias
movimentadas nos portos de
Ponta Delgada e Praia da
Vitória até setembro de 2016
foi de 483.000 Ton., o que se
traduziu num acréscimo de 9,0% face ao período homólogo. O movimento total de mercadorias
aumentou 9,0% no porto de Ponta Delgada e 9,2% no porto da Praia da Vitória. Os portos de Ponta
Delgada e da Praia da Vitória registaram acréscimos
do movimento de mercadorias a nível internacional de
9,2% e de 28,1% respetivamente. Ao nível de
mercadorias nacionais houve um acréscimo do
movimento de mercadorias no porto de Ponta
Delgada de 8,9% e no porto da Praia da Vitória de 2,3%, face ao período homólogo.
No que refere ao tráfego nacional, até ao final do 3º Trimestre de 2016, foram carregadas nos portos
dos Açores 134.000 Ton. de mercadorias e foram descarregadas 349.000 Ton. de mercadorias.
Em 2016 registou-se um aumento de 19,9%
de passageiros desembarcados nos
aeroportos açorianos. O número total de
passageiros desembarcados no ano em
referência foi de 1.319.489, proporcionando
um crescimento positivo no âmbito dos serviços. Contribuiu para este aumento de passageiros
desembarcados a liberalização do espaço aéreo açoriano e a entrada no mercado das companhias
aéreas low-cost (Ryanair e Easyjet) que revolucionaram o valor das tarifas aéreas, reduzindo os preços.
Em igual período o embarque de passageiros nos aeroportos dos Açores teve um acréscimo de 20,1%. O
número total de passageiros embarcados em 2016 nos aeroportos dos Açores foi de 1.327.427.
Analisando o tipo de voo dos passageiros
desembarcados nos aeroportos concluímos
que verificaram-se aumentos tanto nos voos
inter-ilhas (17,6%), como nos voos territoriais
(22,4%) e internacionais (19,6%).
Até ao final de novembro de 2016, o setor do turismo foi sem dúvida o setor de atividade com maior
dinamismo nos Açores, com os aumentos
homólogos de 19,7% no nº de hóspedes e 21,9%
no nº de dormidas na Hotelaria Tradicional. Em
igual período, registou-se na Hotelaria
Tradicional um aumento homólogo de 18,3% nas
A��������� ��� A����� �
M�M���� �� �A��A�����D ���� D ����
A�A�V�
H�M����A
����M�A������ �A��A����� 1�1������ 1��1����� ����
�M�A������ �A��A����� 1�1�!���" 1��#"��#" 2$��
F����% ���A
&'()*)(+), -), &.)(', /
-','03&(45'-' *&,,&6'7(),
*)( +7*) -' P))
89:;<= 89:;<>P&(7&.?)
@)0BC)6&
-','03&(45'-' *&,,&6'7(), <E<GGEIJK <EI<JEKLJ <JNJO
7Q+'( 7C@&, RSTUWXW RXYUYSZ <[N>O
+'((7+)(7&C W\ZUYWX R]^UT W __NKO
7Q+'(Q&`7)Q&C YTXU]RY YRRUYW] <JN>O
a)Q+'b ,('&
cdefgfhi tjkl
mnopnq pnprs urvwnurs wupxourvwnurs pnprs urvwnurs wupxourvwnurs
yz{|} ~���}~} ������� ������� ������ ���� ���� ����
y�}�} ~} ��|���} ������� ������ ������ ���� ���� �����
���g� ���l��� ���l��� ���l��� ���� ���� �����
��d�h� edh
�n w�xupn ¡x�xovr¡nowrq
¢£ pow�xqpox ¤¥¦§pr¨r ¡x rowr©ªn «n�¬snr ®
¯°±²³²´µ ¶·¸¹
º»¼½»¾ ¿À¼¼ÁÂÀÃÀ¾ ÃÁ¾¿À¼¼ÁÂÀÃÀ¾ ½»½ÀÄ
ÅÆÇÈÉ ÊËÌÍÉÊÉ ÎÏÐÑÏÏÏ ÒÓÔÑÏÏÏ ÕÖÕÑÏÏÏ
Å×ÉØÉ ÊÉ ÙØÈÚ×ØÉ ÒÛÑÏÏÏ ÎÏÒÑÏÏÏ ÎÕÏÑÏÏÏ
¶Ü¶³Ý Þßà¹ááá ßàâ¹ááá àãß¹ááá
äÜ°¶´å ±°´
½¼æçÁ» ÃÁèÁ¼¿Àû¼éÀ¾
êë ½¼éèÁ¾½¼Á ìíîï
ðñòóôðõö ÷ øñùúûõòôõ
ùòõðôüôñýõûþÿN��� þÿN���
Võòôõ��ñ
øñóHûñ�õ
Pñòù���úöúö 5��� 6����� �1���
úöùòõý�úôòñö ���7�7 6�7� 2����
ùñùõû �����5� � � � 2����
Fñýùú� öòúõ
Relatório e Contas de 2016 32
dormidas com origem em Portugal, que representaram 40% do total de dormidas, e um aumento de
24,5% de dormidas com origem no estrangeiro, que representaram 60% do total de dormidas.
Os hóspedes portugueses da hotelaria tradicional, até final de novembro de 2016 cresceram 17,9%
enquanto os hóspedes estrangeiros cresceram 21,7% face ao período homólogo.
Destes dados estatísticos podemos concluir que
até novembro de 2016, embora tivesse crescido o
número de hóspedes na hotelaria tradicional, o
tempo de permanência nos estabelecimentos
hoteleiros da Região reduziu, em especial no segmento dos portugueses não residentes que visitam os
Açores com maior frequência em miniférias.
Na hotelaria tradicional, os maiores números de hóspedes
estrangeiros durante os primeiros onze meses de 2016,
tiveram origem na Alemanha (24%), nos Estados Unidos da
América (13%), na Espanha (10%), na Holanda (8%) e nos
Países Nórdicos (7%).
Em novembro de 2016 a oferta na hotelaria tradicional era de 9.351 camas distribuídas por 84 unidades
hoteleiras. A taxa média de ocupação/cama mais elevada em 2016 foi de 72,4% durante o mês de
agosto.
O Turismo nos Açores tem um elevado potencial ainda não concretizado.
A taxa média de inflação nos Açores, em dezembro de 2016, foi de 1,23% (SREA), valor superior à taxa de
inflação a nível nacional, que em igual período foi de 0,61% (INE). Em 2015, as referidas taxas foram de
1% e 0,40% respetivamente.
Face à conjuntura mundial, comunitária e nacional, o ano de 2016 para os Açorianos, foi um ano difícil,
tal como já tinha sido o ano de 2015, embora o Governo dos Açores tenha tomado medidas para
dinamizar a Economia Regional de modo a fomentar o emprego, o investimento e o consumo através
do reforço da competitividade regional, a melhoria das exportações, o apoio e incentivo ao
desenvolvimento da agricultura, a redução do investimento público, o reforço das verbas destinadas a
apoiar as empresas, o apoio social, e, por fim, o reforço das verbas destinadas a setores produtivos
como as pescas e o turismo.
O Novo Banco dos Açores tem sido um Parceiro muito ativo na concretização destas medidas,
participando em todos os Protocolos promovidos pelo Governo dos Açores.
H������� ���������� �
H��� ��� �������� N�����
���� ��
�����
� �A��H� 5��5�� 2��
������� E���� � �A���� �3�5�� �1�
�����H� ���5�� ���
H� ���� 3����� 8�
��P��� ������� 3����� 7�
F���� ����
!"#$%&%# ' !()%*+,-+
),+&-T-(.+*/0469: /0469;
V+,-+<=(
!(>"*(?+
$(,)@?@%#%# BCDGIJK BLMGCOQ 9RSUW
%#),+.?%-,(# COJGIJO BQOGBKL X9SRW
)()+* LDKGCQJ LMKGLJK 9USRW
Y(.)%Z #,%+
Relatório e Contas de 2016 33
ESTRATÉGIA E MODELO DE NEGÓCIO
Atividade Comercial - Estratégia e Modelo de Negócio
O NOVO BANCO DOS AÇORES assume como principais eixos de desenvolvimento e diferenciação
estratégicos a prestação de serviços caracterizados pela excelência e permanente orientação para as
necessidades de cada Cliente. A sua evolução serve todos os segmentos de Clientes particulares,
empresas e institucionais, oferecendo-lhes uma gama abrangente de produtos e serviços financeiros
através de abordagens e propostas de valor diferenciadas, capazes de responder de forma distintiva às
suas necessidades. O posicionamento do NOVO BANCO DOS AÇORES assenta assim em três pilares: (i)
conhecimento aprofundado das necessidades dos diferentes Clientes, (ii) desenvolvimento da oferta em
função das necessidades identificadas e (iii) proposta de soluções mais ajustadas a cada tipologia de
Cliente.
A capacidade de distribuição e a qualidade são fatores fundamentais para o posicionamento
competitivo do Banco nos Açores. A 31 de dezembro de 2016 o NOVO BANCO DOS AÇORES dispunha de
uma rede de retalho de 15 balcões. A rede de balcões é complementada por um centro especializado e
totalmente dedicado ao segmento de Empresas, um Centro 360º e Private e um Departamento de
Municípios e Institucionais.
4
Relatório e Contas de 2016 34
Retalho
(15 Balcões)
Centro 360º e Private
Municípios e Institucionais
Médias Empresas (1 Centro)
Rede de Balcões do NOVO BANCO DOS AÇORES
O NOVO BANCO DOS AÇORES tem prosseguido, desde a sua constituição em julho de 2002, uma
consistente e clara estratégia de crescimento orgânico no mercado regional, suportada pelo
desenvolvimento de um modelo multiespecialista de abordagem ao mercado e pelo forte dinamismo
comercial junto dos segmentos de Clientes particulares e empresas.
Para além da presença física, o NOVO BANCO DOS AÇORES desenvolveu desde muito cedo uma
abordagem multicanal na sua relação com os Clientes, em particular através da Internet, sendo que
esta abordagem tem vindo a ser progressivamente aprofundada. Foi disponibilizado aos nossos
Clientes em setembro de 2016 o MB WAY, um serviço onde os nossos Clientes podem associar os seus
cartões bancários ao seu número de telemóvel e assim fazer compras ou transferências imediatas
através do seu smartphone ou tablet. Manteve-se a solidificação do sistema CRM (Customer
Relationship Management) que assegura a integração entre os diferentes canais de interação com os
Clientes e uma progressiva desmaterialização de processos. De salientar também no ano de 2016 a
aposta no mecanismo de transações monetárias MoneyGram
Relatório e Contas de 2016 35
Evolução da Banca de Retalho
Movimento Financeiro = Recursos + Crédito
O NOVO BANCO DOS AÇORES mantém desígnios de crescimento sustentado da sua atividade de forma
a:
· Reforçar o posicionamento no mercado regional através da captação de novos Clientes, particulares
e empresas e do reforço do share-of-wallet (em particular na vertente da poupança) na atual base
de Clientes, através de uma oferta diversificada de produtos e serviços inovadores, apoiada em
iniciativas de cross-selling e de cross-segment como a bancassurance e o assurfinance (em parceria
com a Companhia de Seguros Tranquilidade);
· Apoio às empresas Açorianas, com especial atenção ao setor agrícola, pelo relevo que apresenta na
economia dos Açores apesar de todas as dificuldades que tem atravessado. O NOVO BANCO DOS
AÇORES acompanha com especial atenção este setor, dado o enquadramento real da economia
açoriana, e o setor do turismo, pela dinâmica positiva que apresentou durante o ano de 2016 com
crescimento de 22.90% face a 2015.
A eficiência deverá continuar a ser uma das prioridades estratégicas, continuando o esforço de redução
do rácio Cost to Income.
2����
-0��0�
�����
T�� �� ����� T�� ��� ���� M�������� ���� ����
Relatório e Contas de 2016 36
Banca de Retalho
Na sua abordagem aos Clientes de retalho o NOVO BANCO DOS AÇORES aposta numa oferta
diversificada e distintiva, de acordo com as necessidades financeiras dos seus Clientes. A criação de
propostas de valor diferenciadas assenta no desenvolvimento constante dos produtos e dos serviços
disponibilizados aos Clientes mas também na adoção de critérios de segmentação ajustados às
características dos Clientes, na elevada qualidade do serviço prestado e na eficácia da comunicação.
Assim, e ao longo dos últimos anos, o NOVO BANCO DOS AÇORES criou propostas de valor inovadoras
ao nível do Retalho, em concreto para Clientes afluentes (“NB 360’”), para pequenas empresas e
empresários em nome individual (“Negócios”) e para mass market (“Particulares de Retalho”). Estes
Clientes são atualmente servidos por uma rede de 15 balcões. A atividade de Retalho desenvolveu-se
em 2016 em torno de três dimensões centrais de atuação: i) impulsionar a economia Açoriana no apoio
às empresas através da concessão de crédito; ii) elevado esforço de captação de recursos; e iii)
manutenção de importantes níveis de cross-selling.
Ao nível da captação de recursos, registou-se um acréscimo, 2,1% face a 2015. Para apoiar o
crescimento dos recursos, para além do lançamento de várias soluções inovadoras, foram criadas
várias campanhas publicitárias, a campanha de Recursos “Uma boa poupança faz-se passo a passo” e a
Poupança NB Júnior “Fique fã da Poupança”.
Adicionalmente, observou-se em 2016 uma elevada dinâmica na captação de Clientes, onde foram
captados mais de 2.200 Clientes, fruto da articulação entre a rede de balcões e os principais canais de
captação de Clientes (em particular os programas Cross-segment, Imobiliárias, Assurfinance e
Promotores Externos).
No 2º semestre de 2016 foram lançadas as campanhas “Conheça melhor o Crédito que melhor o
conhece” e “Não se preocupe + com as prestações que sobem e descem”, com o objetivo de dinamizar a
produção de crédito a particulares, de modo a acompanhar a recuperação que se tem vindo a assistir,
nomeadamente no mercado imobiliário, o que permitiu um crescimento de 63% na produção de Crédito
a Particulares face a 2015 com uma produção de mais de 15M€.
Relatório e Contas de 2016 37
PARCERIAS NOVO BANCO DOS AÇORES
Trata-se de um projeto de envolvência significativa, e de amplitude regional, que se desenvolve numa
consonância de princípios para a obtenção de resultados para ambos os intervenientes na ação
comercial, que são a par de um todo, uma mais-valia de interesses distribuídos em rede diversificada de
captação de produtos promovidos pelo Novo Banco dos Açores.
São Parceiros que se distinguem, positivamente, no setor imobiliário, de seguros e na captação de
Clientes, o que perfaz uma parceria em denominação comum – Imobiliárias, Agentes de
Seguros/Assurfinance e Promotores Externos. Este conjunto reflete bem a atividade externa do Banco
como força de captação e de produção complementar à rede de balcões NBA.
Tendo em consideração os últimos tempos de alguma conturbação na banca, verifica-se que os nossos
Parceiros foram, e são, uma força constante de relação comercial, decisiva para o aumento e
fidelização dos Clientes do Banco. Ser Parceiro é corresponder sempre a interesses mútuos de
entendimento e de objetivos negociais, que se traduz na concretização de produção efetiva.
Analisando alguns aspetos de produção, verifica-se que as Parcerias cumpriram positivamente para o
resultado da captação e do negócio bancário. Assim pode-se concluir que as Parcerias representaram
em alguns segmentos da atividade bancária em 2016:
As Parcerias apresentam uma carteira de Recursos com uma abrangência de mais 11,3 milhões euros.
Tudo isto determina que uma ação concertada de envolvimento de todos os elementos participativos
do conjunto - Banco, Imobiliárias, Agentes de Seguros / Assurfinance e Promotores Externos -
proporciona a consequência perfeita para o cumprimento dos objetivos e obtenção de resultados
positivos na escala de valores.
Eis, a importância das Parcerias na relevância do negócio, e do compromisso interpessoal.
9���
C������� C�� ��
2����
�������� ���������
3 !"#
V$%&' &$ ()*+$,-
Relatório e Contas de 2016 38
Residentes no Estrangeiro O NOVO BANCO DOS AÇORES afirma-se como um banco de dimensão regional, com uma profunda
ligação às comunidades de emigrantes açorianos. Desta forma, em 2016, o NOVO BANCO DOS AÇORES
continuou a acompanhar os seus Clientes residentes no estrangeiro.
Neste segmento, a utilização de novas tecnologias, nomeadamente a ferramenta NBnet, é uma aposta
estratégica essencial com vista a manter uma relação de proximidade com os Clientes.
O NOVO BANCO DOS AÇORES acredita que os seus Clientes residentes no estrangeiro são, muitas
vezes, uma extensão do próprio Banco além-fronteiras, pelo que encara como fundamental a prestação
de um serviço de excelência neste domínio de forma a responder às necessidades e manutenção da
satisfação dos Clientes.
NB 360: Do Compromisso ao Detalhe
O NB 360° garante um elevado padrão de qualidade através do acompanhamento permanente de um
gestor dedicado e especializado, de uma oferta exclusiva e de soluções adequadas as necessidades
especificas dos Clientes. A competitividade da proposta de valor do segmento 360° assenta num
conjunto de iniciativas estratégicas e distintivas, sendo de destacar as seguintes:
• Compromisso NB 360°: para pessoas que exigem respostas rigorosas e eficazes, para quem não tem
tempo a perder, para quem precisa de um gestor sempre disponível e para quem acredita que os
prazos são para cumprir. A tangibilidade da excelência no serviço ao Cliente em objetivos concretos,
assegurando uma postura profissional, rigorosa e dedicada com eficácia na resolução de problemas e
uma atitude proativa na apresentação das melhores soluções para as necessidades de cada Cliente;
• Oferta competitiva: oferta de produtos inovadores que respondem as necessidades dos Clientes
afluentes, como é o caso da oferta de produtos estruturados e da poupança por impulso e em áreas
que vão para além das necessidades financeiras, com ofertas específicas para saúde e lazer;
O desempenho deste segmento tem contribuído para o crescimento do NOVO BANCO DOS AÇORES,
com uma relevância reforçada num contexto de mercado em que a liquidez ganhou importância. O
segmento representa mais de 60% do total de recursos do retalho, constituindo assim uma base
estável de funding do NOVO BANCO DOS AÇORES.
Crescimento do segmento NB 360 (Afluentes)
Relatório e Contas de 2016 39
Movimento financeiro = Recursos + Crédito
Negócios no Retalho: Apoio Micro e Pequenas Empresas dos Açores
Os sinais de crescimento (IAE – Indicador de Atividade Económica) na economia dos Açores são muito
similares face a 2015, onde verificou-se uma inversão nos semestres relativamente ao ano anterior. A
nível setorial, os setores do Turismo, Abate de carne e Venda de Automóveis tiveram crescimentos
médios em 2016 de 21,2%, com destaque para a venda de Automóveis novos (30,6%). O turismo é um
setor de grande relevância desde a liberalização dos transportes aéreos.
Tendo por base este contexto, o NOVO BANCO DOS AÇORES apostou no crescimento do Turismo nos
Açores com apresentação de soluções inovadoras específicas para esta atividade em termos de TPA’s,
NBnetworking e Crédito Negócios.
-0�0��
1�00�
-0�0��
T���� ������ T���� �������� M�������� ���������
Relatório e Contas de 2016 40
Durante o ano de 2016 a produção de Crédito Negócios superou os 9,4 M€, em função de 196 novos
contratos com o valor médio por contrato de 48 mil euros.
De referir que no ano de 2016 captou-se 130 novas empresas e ENI’s e aumentou-se o stock de TPA’s
em 101.
O ano de 2016 ficou marcado pela aposta no setor do Turismo, o que contribuiu para a obtenção dos
resultados mencionados anteriormente, uma vez que 20% da produção de Crédito Negócios foi
efetuada neste setor. Trata-se de um Setor em crescimento e que junto com o Setor Agrícola são
considerados pilares da economia na Região. Aliás, o apoio ao setor Agrícola pelo NOVO BANCO DOS
AÇORES possui um maior impacto, com 28% da produção de Crédito Negócios a ser efetuada neste
setor.
De referir que o NOVO BANCO DOS AÇORES tornou-se desde 2014 o Banco exclusivo para os
agricultores da Ilha Terceira anteciparem o subsídio “Prémio aos Produtores de Leite”, sendo assim
satisfeita uma reivindicação de alguns anos. Através desta parceria com a Associação Agrícola da Ilha
Terceira foram concedidos em 2016 cerca de 1 M€ de crédito a mais de 60 agricultores. Esta parceria
irá continuar no ano de 2017.
Com base numa análise prévia dos elementos económicos financeiros de todas as empresas da região,
selecionamos um conjunto de empresas Clientes e não Clientes, onde o NOVO BANCO DOS AÇORES
pretende ser o seu principal parceiro financeiro. Estas empresas, denominadas Negócios com Futuro,
estão a ser alvo de uma abordagem específica, sendo desenvolvida uma oferta competitiva ao nível de
condições de tesouraria e de crédito. Pretende-se em 2017 dar continuidade a esta ação.
Através do NB Express Bill o NOVO BANCO DOS AÇORES demonstrou ser um banco inovador e pioneiro
na disponibilização de uma solução de gestão de pagamentos, altamente flexível e inovadora, que
permite à empresa efetuar a gestão dos seus pagamentos, assegurando aos fornecedores a garantia
de recebimento na data de vencimento e a possibilidade de antecipar os fundos. Esta solução permitiu
durante o ano de 2016 assegurar o pagamento de 1 M€ através de 108 ordens de pagamento. Com a
experiência e conhecimento adquirido prevê-se um crescimento sustentado na utilização deste
produto.
O NOVO BANCO DOS AÇORES certificou 10 empresas do segmento de negócios como PME Líder.
É com esta orientação estratégica que o Banco vai procurar em 2017 continuar a crescer na quota de
mercado das Micro e Pequenas Empresas.
Relatório e Contas de 2016 41
Crescimento do segmento de Negócios (Retalho)
Movimento financeiro = Recursos + Crédito
Particulares de Retalho: Pense Novo
O ano de 2016 revelou uma crescente evolução na economia regional, o que
consolidou a dinâmica de retoma da própria economia. Este crescimento
refletiu-se no comportamento dos diferentes indicadores, nomeadamente no
aumento exponencial do turismo (22,90% em dormidas), recaindo de igual
forma no desembarque de passageiros nos aeroportos com 19,90%, assim
como no crescimento do consumo de produtos
alimentares (1,89%) e da venda de automóveis novos
em 30,60%. A evolução dos levantamentos nas caixas
multibanco e o consumo de energia nos setores
industrial e serviços, permitiu aludir um desempenho
global positivo na atividade económica regional, tendo
em conta períodos homólogos de 2015.
No entanto, a preocupação na persistência de níveis de desemprego elevados
mitigados, não resolvidos, com programas ocupacionais de expressão cada vez
maior e que acabam por anular atividades privadas são um facto a ser
resolvido, de forma a atenuar os 10.7% de taxa de desemprego existentes no
último trimestre de 2016.
Os melhoramentos sentidos na economia em 2016 repercutiram-se nos particulares, nomeadamente
através do aumento da taxa de emprego e do aumento do rendimento familiar disponível, o que
1���1�
-1����
6����
T�� ������ T�� ���������� M����� ���������
Relatório e Contas de 2016 42
contribuiu para o aumento da procura de crédito (tanto ao nível do crédito à habitação, como do
crédito ao consumo), e pelo contínuo reforço da necessidade de poupança.
Neste contexto, o NOVO BANCO DOS AÇORES reforçou o seu posicionamento ao nível da oferta de
produtos de crédito, assim como de poupança e de proteção do quotidiano, indo assim ao encontro das
prioridades das famílias açorianas.
Ao nível da poupança é de destacar a oferta de Poupança Programada e Micro
Poupança, que continua como pioneira na satisfação e consequente
subscrição dos Clientes, tendo em conta que alarga substancialmente o
universo de famílias com poupança regular, quer por
via de entregas mensais, a partir de pequenos
montantes (10 euros), quer por via do
arredondamento de um conjunto vasto de
movimentos (cartões de débito e seguros, etc.),
permitindo a cada família poupar com toda a
conveniência. Em complemento, o lançamento de
produtos de aforro competitivos e inovadores numa lógica de diversificação e
obtenção de maiores rentabilidades para os Clientes, como a Conta
Rendimento Trimestral, o DP NB Reforços, e o DP 3 anos Taxa Crescente,
acompanhados por ações de comunicação de elevada visibilidade,
contribuíram de forma decisiva para o crescimento significativo.
“Conheça melhor o Crédito que melhor o conhece”, “ Há meses que duram +
que o ordenado”, “Não se preocupe + com as prestações que sobem e descem”
e “Fique fã da Poupança” são as quatro campanhas em destaque nos Canais
Diretos que suportam os novos conceitos de poupança, como a Micro
Poupança, a Poupança Programada, a Poupança NB Jovem, e as soluções NB CR
Trimestral e DP Crescente 3 anos Taxa Crescente, assim como de condições
vantajosas ao nível de crédito pessoal e de habitação para este segmento.
Destaca-se o Orçamento Familiar, que apoia o esforço de poupança das famílias
portuguesas, permitindo uma visão rápida e sem esforço do seu perfil de
despesas e receitas, de forma totalmente integrada com o NBnet. De realçar
que no ano de 2016 o Banco concretizou a aposta no processo inovador de transações monetárias
MoneyGram que permite enviar e receber dinheiro em apenas 10 minutos de uma forma segura, prática
e rápida, alcançando diversos pontos do mundo.
Relatório e Contas de 2016 43
O NOVO BANCO DOS AÇORES surgiu em 2016, novamente, como
parceiro associado ao Cartão Interjovem, iniciativa do Governo
dos Açores que visa promover a mobilidade e o turismo juvenil
nas ilhas dos Açores, reforçando a sua posição como único
Banco com sede nos Açores. Para o efeito o NOVO BANCO DOS
AÇORES disponibiliza um desconto de 10% na aquisição do
cartão InterJovem com abertura de conta nos Balcões do Bancoe possibilita a aquisição do cartão
gratuita caso o Cliente domicilie o seu ordenado.
Crescimento do segmento Particulares Retalho
Movimento financeiro = Recursos + Crédito
Formação
A política de formação do Banco é encarada como uma ferramenta de gestão de elevada relevância
que permite desenvolver competências e motivar os colaboradores com o objetivo centrado na
melhoria contínua da qualidade do atendimento e no desenvolvimento da relação com o Cliente.
Em 2016 reforçou-se a aposta na formação com as mais 2.060 horas de formação efetuadas que
abrangeram 694 participantes nas seguintes ações de formação:
· Conhecimento da Moeda e Nota Euro
· Crédito Ordenado
· CRS - Common Reporting Standard
7�7��
0��0�
��00�
T��� �� ���� T��� ��������� M�������� ����������
Relatório e Contas de 2016 44
· FACTA - Foreign Account Tax Compliance Act
· Fiscalidade – Alterações Relevantes IRS 2015
· PDEVS - Pessoas Diretamente Envolvidas na Atividade de Mediação de Seguros
· Prevenção do Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo
· Remessas Internacionais – Moneygram
· Segurança da Informação
· Segurança e Saúde no Trabalho
· Up-Grade Gestor Negócios
· On-Job Banca Seguros
Em suma, a consolidação das abordagens segmentadas suportou o crescimento da Banca de Retalho,
onde importa destacar:
· Evolução positiva do saldo de recursos, por via do crescimento de 2,1%;
· Evolução do crédito a particulares com um elevado grau de seletividade, que se traduziu num
aumento de 63%, com uma produção de + 15,6M€; e
· Captação de 2.215 Clientes sendo que o número total de Clientes ativos no retalho é 31.129, o
que representa + 1,1% face a 2015. Como suporte para estes resultados esteve o forte
contributo do Cross-segment com 41%, os Promotores com 4% e os canais Assurfinance com
5%.
Relatório e Contas de 2016 45
Private Banking
A atividade de Private Banking foi assegurada no NOVO BANCO DOS AÇORES através de um Centro
Private, com uma oferta baseada num visão integrada do Cliente, consubstanciada em soluções de
investimento que satisfaçam as suas necessidades financeiras e patrimoniais. O desenvolvimento de
uma relação de confiança é um dos pilares desta atividade, assegurada por um gestor private. A
independência no aconselhamento e a adequação dos perfis de risco dos Clientes às propostas de
alocações de ativos, aliadas à excelência de serviço, são as linhas orientadoras da gestão da oferta
private.
O ano de 2016 neste segmento continuou a ser marcado por uma grande aversão ao risco. O NOVO
BANCO DOS AÇORES respondeu de forma cuidada aos anseios dos Clientes fazendo sempre tomarem
a correta perceção da relação risco versus rentabilidade. O ano foi marcado por uma redução dos
ativos sob gestão na ordem dos 26,6%. Em relação ao crédito houve também uma redução de 8,7% por
via de liquidações de operações e por uma menor propensão dos Clientes a esta necessidade. Continua
a ser desenvolvida uma relação de Confiança e de grande comunicação com os Clientes de forma a
responder a todas as suas necessidades. O clima de taxas de juro baixas nos mercados internacionais e
uma aversão ao risco dificultou muito a implementação de estratégias que, não só preservassem os
ativos dos Clientes, como também os fizessem crescer.
Relatório e Contas de 2016 46
Empresas
Num período de recuperação pós-Troika, a atividade da Direção de Empresas focou-se durante o ano de
2016 em manter o acompanhamento e apoiar o desenvolvimento dos diversos setores de atividade da
economia dos Açores, com especial foco no apoio à criação de novas empresas de elevado potencial de
crescimento. As empresas ligadas ao setor do turismo foram também alvo de especial
acompanhamento considerando a evolução que este setor tem vindo a registar desde 2015.
Por forma a prevenir a potencial quebra de valor de ativos, procedeu-se ao reforço de garantias junto
dos Clientes com maiores indicadores de risco.
À semelhança dos anos anteriores, reforçou-se de igual forma a ação de proximidade aos Clientes dos
segmentos de Grandes, Pequenas e Médias Empresas. A disponibilização de oferta de produtos e
serviços foi uma constante durante o ano de 2016.
Naturalmente e uma vez mais, destaque para a Solução NB Express Bill. Trata-se de uma oferta
inovadora no atual contexto do setor financeiro, disponibilizando às empresas açorianas um valioso
instrumento financeiro que promove a segurança nos negócios, disponibilizando liquidez imediata e
promovendo a disciplina nos pagamentos e recebimentos entre empresas.
Ao nível dos recursos humanos procedeu-se durante o ano de 2016 à continuidade do plano de
formação para os colaboradores com vista ao reforço das competências coletivas e individuais, tendo
sempre como objetivo a melhoria do serviço prestado aos Clientes.
A captação de novos Clientes manteve-se como um dos principais objetivos da ação da Direcção de
Empresas tendo sido um dos anos que esta variável mais cresceu.
Em termos de informação quantitativa, a Direcção de Empresas originou em 2016 um Volume de
Negócios de 131.2 milhões de euros.
Ao nível dos Recursos de Clientes, verificou-se um saldo final da ordem dos 44,0 milhões de euros. Em
termos de decomposição, 30% corresponde a saldos em depósitos à ordem, sendo os restantes 70%,
maioritariamente, Depósitos a Prazo.
Em termos de Aplicações, o saldo final foi de 77,4 milhões de euros. Neste agregado, a variável de maior
relevância foi o Crédito Direto que atingiu em termos médios os 62,2 milhões de euros, correspondendo
a 81% do Crédito Total da Direcção de Empresas.
Relatório e Contas de 2016 47
Ao nível do crédito por assinatura, o valor global de garantias prestadas atingiu em 2016, em termos
médios, o saldo de 10,7 milhões de euros correspondendo a 14% do total do Crédito da Direcção de
Empresas.
Nas operações de desintermediação financeira e, em especial, em relação ao Leasing Mobiliário e
Imobiliário, o saldo médio verificado em 2016 foi da ordem dos 11,5 milhões de euros, correspondendo a
15,5% do total do Crédito verificado da Direcção de Empresas.
Relatório e Contas de 2016 48
Municípios e Institucionais
O ano de 2016 no segmento dos Municípios e
Institucionais, acabou por se traduzir num ano
de recuperação, após um ano atípico em 2014
e em parte em 2015, resultado da instabilidade
que se verificou no sistema financeiro e que
deu origem à resolução do acionista
maioritário – Banco Espírito Santo, SA, sendo
esta participação de 57% transferida para a
nova Instituição designada de Novo Banco, SA. O desenvolvimento da atividade comercial registou um
aumento dos Recursos, permitindo que os constrangimentos do ano anterior fossem ultrapassados. Em
relação à variável Crédito, verificou-se também uma recuperação muito interessante, embora no final
do exercício, um conjunto de reestruturações, nomeadamente no setor público administrativo e
empresarial, tivesse originado um forte impacto na carteira de crédito, que apesar de tudo registou
mesmo assim um aumento do crédito concedido. Além disso, observou-se no âmbito da legislação em
vigor, a extinção de algumas empresas municipais, que no seguimento deste processo vieram a liquidar
na íntegra os financiamentos obtidos. Neste contexto, o rácio de transformação situou-se nos 75%. Este
rácio irá permitir a focalização na rentabilidade para o exercício de 2017 e por esta via, existem
condições objetivas para o crescimento da concessão de crédito. De qualquer forma, a ação comercial
focalizou-se na retenção e angariação de Recursos, o que permitiu com que o aumento do saldo médio
da carteira tenha observado um crescimento sustentado.
Como objetivo estratégico, manteve-se na Direção de Municípios e Institucionais (D.M.I.) o modelo de
trabalhar os atuais Clientes de forma profunda e
transversal, procurando responder às necessidades
específicas da gestão financeira das instituições de
caráter público.
A relação desta Direção com o Setor Institucional
tem vindo, ano após ano, a ganhar maior
importância, uma vez que o Setor Público apresenta
um peso da ordem dos 30% no total da população ativa ou 27,1% se considerarmos a população
empregada, e ainda em relação ao PIB Regional, cujas “Receitas Públicas” representam
Relatório e Contas de 2016 49
aproximadamente 37% e se acrescentarmos o Setor Autárquico e Empresarial do Estado, o peso
relativo situa-se acima dos 50%, o que demonstra a elevada importância que o Estado/Setor Público
Regional têm no mercado regional açoriano.
O exercício de 2016 no segmento Municípios e Institucionais, pautou-se por um crescimento da
atividade financeira, da ordem dos 7,4%, nomeadamente pela influência dos Recursos que cresceram
8,37%, correspondente a um saldo médio no final do exercício da ordem dos 51,7 milhões de euros e
num aumento dos Crédito concedido, da ordem dos 6,06 %, correspondente a um Saldo no final do
exercício da ordem dos 39 Milhões de euros.
Este aumento da atividade quer no Crédito quer nos Depósitos, permitiu que o Movimento Financeiro
do segmento tenha crescido na ordem dos 7,37 %, correspondente a um aumento do saldo médio na
ordem dos 19 milhões de euros, consolidando-se assim num valor global próximo dos 100 milhões de
euros, em termos de saldo de Balanço.
Ao nível da sua atividade, o setor governamental,
nomeadamente o Tesouro e a Segurança Social,
foram as áreas de maior importância, embora o setor
da Saúde apresente um peso elevado no
relacionamento com o Banco, seguindo-se o Setor
Autárquico, apesar do facto que as empresas
municipais têm deixado de ter uma importância
acrescida, devido ao processo de extinção de muitas
delas.
Neste exercício, manteve-se o apoio à gestão da tesouraria global da Rede Integrada de Apoio ao
Cidadão – RIAC e ainda a gestão da área afeta ao Emprego, em que os fluxos comunitários passaram
também a ser geridos pelo Banco. Além disso, também foi uma realidade a manutenção da gestão da
tesouraria global da Segurança Social dos Açores, cada vez mais consolidada, representando um
projeto de elevada importância para o Banco e um contributo de elevado relevo para o desempenho do
D.M.I. na melhoria da quota de mercado, que tem sido uma realidade, desde a sua criação.
Fundações, Escolas Secundárias, Centrais Sindicais,
entre outros, foram áreas de intervenção do DMI,
embora com dimensão mais reduzida, mas sempre
com elevada importância de atuação, nomeadamente
no âmbito do Novo Quadro Comunitário de Apoio.
Em relação às áreas de atuação da Direção, os
principais enfoques centraram-se na captação de
Clientes de pequena dimensão, como por exemplo, as
Juntas de Freguesia, os Centros Socioculturais e Paroquiais e as Comissões Fabriqueiras das Igrejas.
Relatório e Contas de 2016 50
Além disso, a atuação na captação das tesourarias das Instituições foi muito importante, com a
colocação de Terminais Automáticos de Pagamentos (TPA’s).
O pagamento de salários e a fornecedores através do Banco, apresenta um crescimento muito
interessante, observando-se a utilização do formato XML no sistema NBNet, permitindo assim
minimizar os custos afetos ao Banco e criar maior eficiência na gestão destes processos por parte das
Instituições.
A responsabilidade social do DMI tem estado sempre presente na sua atuação, até mesmo o
relacionamento e a proximidade com as Instituições Particulares de Solidariedade Social – IPSS’s, com
os Centros Sociais e Paroquiais e muitas outras instituições de cariz social.
Em suma, o segmento em 2016, embora tenha sofrido alguma instabilidade, resultante do clima que se
viveu nos mercados financeiros, acabou por ter um desempenho positivo, permitindo também ajudar o
Banco na sua globalidade.
Relatório e Contas de 2016 51
RECURSOS HUMANOS
Em 31 de dezembro de 2016 o NB dos Açores apresentava um quadro de pessoal com 83 colaboradores.
Em comparação com o final do ano de 2015, registou-se um decréscimo de 14 Colaboradores em
resultado de diversas medidas de reestruturação dos serviços e da rede comercial que originaram a
passagem à reforma desses colaboradores.
Os Colaboradores do Banco encontram-se distribuídos entre as áreas comerciais (84,3%) e serviços
centrais (15,7%), estando a redução verificada nos serviços centrais diretamente relacionada com
situações de reforma.
Verifica-se que a maior concentração de Colaboradores do Banco se regista nas funções específicas e
comerciais. As funções específicas representam em 2016 cerca de 36% do quadro de pessoal.
97
83
2015 2016
Evolução do nº de colaboradores
2��� 2���
Á���� �������� 7 ��� ��8�
S������ �������� ����� �1�7�
5
Relatório e Contas de 2016 52
A Ilha de S. Miguel, onde se encontra sedeada a empresa e a maioria dos seus balcões, concentra cerca
de 81% dos colaboradores.
O NB dos Açores continua a realizar um esforço de rejuvenescimento e de qualificação do seu quadro
de pessoal.
A média etária dos colaboradores do Banco registou uma ligeira descida para cerca de 42,6 anos. Os
Colaboradores com mais de 50 anos representam cerca de 32,5% do total do quadro de Pessoal.
2
22
2�
44
2
1�
3�32
D������� C���� F ���� �������� C������� �a���������
Distribuição dos Colaboradores por Funções
2��� 2���
���������� ! "!� #!$%�!�%"!�&� '!� ($)% *+,-./
I056 78 9: ;<=>80 ?@ABE
I056 G8HJ8<H6 K@A?E
I056 7L M6<60 NAOE
I056 7L P<JL QARE
I056 78 9ST ;6H<6 NAOE
U!�%$ -,,V,W
Relatório e Contas de 2016 53
A antiguidade média dos Colaboradores do Banco situa-se nos 18,3 anos.
No que respeita à formação académica, verificou-se um aumento significativo da percentagem de
colaboradores com formação superior. O peso de colaboradores licenciados no quadro de pessoal do
Banco no ano de 2016 representou cerca de 55%, enquanto no início da atividade, em 2002, apenas 10%
dos colaboradores do Banco eram licenciados.
1����
3����
1����
����
M�� � �� ��� E��� �� �� ��� E��� �� �� ��� M�� � �� ���
D����������� �� !�"#���# ��$� %�� &��%� $�'��� ()*+,-
Relatório e Contas de 2016 54
ANÁLISE DO RISCO DE CRÉDITO
Estrutura da Carteira de Crédito
A carteira de crédito apresentou em 31 de dezembro de 2016, um ligeiro decréscimo de -0,2%, face ao
final do exercício anterior. Este decréscimo reflete o incipiente nível de crescimento económico da
Região Autónoma dos Açores no difícil contexto de ajustamento da economia nacional, bem como uma
política de crédito praticada pelo Novo Banco dos Açores, que tem por base análises de risco cada vez
mais criteriosas em função da situação envolvente. A atual política de crédito do Banco continua
direcionada, por um lado, para produtos de baixo risco destinados a particulares, embora se tivesse
verificado um decréscimo neste segmento de mercado e, por outro, para o segmento de empresas,
procurando sempre uma política de diversificação da carteira de crédito, privilegiando-se os setores e
empresas de melhor rating. Com o rigor implementado nas análises de risco de crédito a empresas,
associado ao decréscimo da procura de crédito por parte das empresas dos diversos setores de
atividade, o Novo Banco dos Açores, durante o ano de 2016, aumentou o crédito concedido a empresas
em 1,1%, desenvolvendo todos os esforços e dando o seu contributo para a manutenção e
desenvolvimento do tecido empresarial do Região.
milhares de euros
Tipo de Crédito Dez-15 Dez-16 %
Crédito Total (bruto) 377 425 376 504 -0,2%
Habitação 217 390 216 000 -0,6%
Particulares (Outro) 23 386 22 332 -4,5%
Empresas 136 649 138 172 1,1%
6
Relatório e Contas de 2016 55
Qualidade de Crédito
Durante o ano de 2016, tal como nos anos anteriores, continuou-se o esforço de melhoria assinalável ao
nível do perfil de risco da atividade creditícia, dando continuidade à tendência verificada desde a
constituição do Banco.
O rácio do crédito vencido há mais de 90 dias situou-se em 5,0% (Dez.15: 4,9%).
As políticas de crédito seguidas pelo Banco, o reforço e a melhoria das garantias associadas às
operações creditícias, o bom ritmo de recuperação de crédito e o ligeiro abrandamento da
sinistralidade não impediram, contudo, um reforço da imparidade da carteira de crédito, resultante do
rigor e prudência em função da conjuntura difícil que atravessamos, e da aplicabilidade das normas
prudenciais em vigor. Como corolário desta tendência, o custo de imparidade no ano de 2016 situou-se
em 0,4%, (Dez.15: -0,3%).
A política seguida pelo Banco de reforço de garantias associadas às operações creditícias e a
recuperação registada, não foram suficientes para impedir o crescimento do crédito vencido a níveis
superiores ao aumento verificado na imparidade crédito, originando uma ligeira redução do nível da
cobertura de crédito vencido por imparidade, que se situou nos 130,5 % (Dez.15: 132,5%).
4���
5���
D����5 D�����
C���� ���� ���� ��� � C�����C������ ���
-0��0
0��0
�� !"# �� !"$
%&'() *+ ,./+12*+*3 *) %16*2() 7
8,./+12*+*3 9:;&2*+ *313<&/= 3 *3 <16*= +>+(2*)' ? %16*2()+ %@23A(3'B
+0,1 p.p.
+ 0,7 p.p.
Relatório e Contas de 2016 56
Este desempenho é o corolário da prioridade atribuída nos últimos anos ao desenvolvimento da função
risco, bem como aos instrumentos de apoio à decisão, continuando o caminho de reforço de garantias e
da maior seletividade do crédito, não obstante a crise financeira que atravessamos, que nos permite
continuar a encarar o futuro com otimismo.
1����
1����
D���� D����
C�� ������� C������ � ����� �
(��������� ����C������� C������� ����� ��� ��� !
absoluta relativa
DADOS DE BASE (milhares de euros)
Crédito a Clientes (bruto) 377 425 376 504 - 921 -0,2%
Crédito Vencido 18 555 18 927 372 2,0%
Crédito Vencido > 90 dias 18 309 18 832 523 2,9%
Crédito em Risco (1) (*) 41 484 39 501 -1 983 -4,8%
Crédito Reestruturado (2) (*) 29 321 27 316 -2 005 -6,8%
Crédito Reestruturado não incluido no Crédito em Risco (2) 16 457 13 465 -2 992 -18,2%
Imparidade para Crédito 24 261 24 579 318 1,3%
INDICADORES (%)
Crédito Vencido / Crédito a Clientes (bruto) 4,9 5,0 0,1 p.p.
Crédito Vencido > 90 dias / Crédito a Clientes (bruto) 4,9 5,0 0,1 p.p.
Crédito em Risco(1) / Crédito a Clientes (bruto) 11,0 10,5 -0,5 p.p.
Crédito Reestruturado(2) / Crédito a Clientes (bruto) 7,8 7,3 -0,5 p.p.
Crédito Reestruturado não incluido no Crédito em Risco (2)/ Crédito a Clientes (bruto)
4,4 3,6 -0,8 p.p.
Imparidade para Crédito / Crédito Vencido 130,8 129,9 -0,9 p.p.
Imparidade para Crédito / Crédito Vencido > 90 dias 132,5 130,5 -2,0 p.p.
Imparidade para Crédito / Crédito em Risco(1) 58,5 62,2 3,7 p.p.
Imparidade para Crédito / Crédito a Clientes 6,4 6,5 0,1 p.p.
Carga de Imparidade para Crédito -0,3 0,4 0,7 p.p.
(*) Valores provisórios
(1) De acordo com a definição constante da Instrução nº23/2011 do Banco de Portugal.(2) De acordo com a definição constante da Instrução nº32/2013 do Banco de Portugal.
QUALIDADE DO CRÉDITO A CLIENTES
31-Dez-15Variação
31-Dez-16
-2,0 p.p.
Relatório e Contas de 2016 57
ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE
Principais indicadores
Relativamente ao exercício de 2016 salientamos:
- o resultado líquido foi positivo e atingiu os 1.678 milhares de euros;
- os depósitos de Clientes registaram uma subida de 3,2% enquanto o crédito concedido a Clientes
registou uma variação homóloga de -0,2%;
- o rácio Cost to Income registou uma evolução de 60,0% em 2015 para 52,3% em 2016 e o rácio Cost to
Income comercial situou-se nos 65,9% (62,7% em 2015);
ATIVIDADE
Relativamente à evolução da atividade no ano de 2016 destacamos o seguinte:
- o ativo líquido do banco situou-se nos 648,6 milhões de euros (-12,8% que no período homólogo);
- os depósitos de Clientes registaram uma subida de 3,2%;
- os recursos totais de Clientes, incluindo a desintermediação, apresentam uma redução de -1,5%;
- o crédito concedido a Clientes registou um decréscimo de cerca de 0,9 milhões de euros (-0,2%);
7
Relatório e Contas de 2016 58
RÁCIO DE TRANSFORMAÇÃO
No ano de 2016 o crédito concedido a Clientes registou uma evolução positiva. Após um período com
evolução negativa, no ano de 2016 a concessão de crédito a Clientes registou, em termos médios, uma
evolução positiva, comparativamente com os períodos homólogos.
O rácio de transformação de Depósitos em Crédito situou-se em 100% (103% em 2015).
Milhares de euros
Variáveis - Evolução da Actividade Dez.15 Dez.16Variação
(% )
Act ivo Líquido 743 .5 96 648 .604 -12,8 %
Crédito a Clientes (bruto ) 3 77.425 3 76.5 04 -0 ,2%
Crédito a Particulares 240.776 238.332 -1,0%
- Habitação 217.390 216.000 -0,6%
- Outro Crédito a Particulares 23.386 22.332 -4,5%
Crédito a Empresas 136.649 138.172 1,1%
Recursos Tota is de Clientes 3 97.607 3 91.768 -1,5 %
Recursos de Clientes 342.674 353.664 3,2%
Recursos de Desintermediação 54.933 38.104 -30,6%
Evolução do Crédito a Clientes Valores médios
(variação face ao período homólog o do ano anterior)
-6���
-0���
2���
��3�
1�6�
-0�2�
-2�6�
�5�5�
-��2�
-����-1���
0�1�
2���
D-1� M��-1� J �-1� S�-1� D-1� M��-1� J �-1� S�-1� D-1� M��-16 J �-16 S�-16 D-16
Relatório e Contas de 2016 59
CAPITAIS PRÓPRIOS
Os capitais próprios e equiparados totalizaram 35,4 milhões de euros, valor inferior em cerca de 2,0
milhões de euros ao final do ano anterior (37,4 milhões de euros).
O capital social do Banco, no valor de 18,6 milhões de euros, encontra-se representado por 3.727.500
ações com um valor nominal de 5 euros cada.
RESULTADOS
Os resultados alcançados pelo NB dos Açores no exercício de 2016 apresentaram-se positivos em 1.678
milhares de euros.
Milhares de euros
Rácio de Transformação Dez.15 Dez.16
CRÉDITO A CLIENTESCréd ito a Clientes (bruto ) 3 77.425 3 76.5 04
Imparidade 24.261 24.579Crédito a Clientes (líquido) 353.164 351.925
RECURSOS DE BALANÇODepósitos de Clientes 342.674 353.664
RÁCIOS DE TRANSFORMAÇÃO
Depósitos de Clientes em Crédito (1) 103% 100%
(1) - Crédito a Clientes líquido de imparidade
Milhares de euros
Dez.15 Dez.16 Variação
Capital 18.638 18.638 -
Prémios de Emissão 6.681 6.681 -
Reservas de Reavaliação -3.079 -6.546 …
Outras Reservas e Resultados Transitados 11.324 15.387 35,9%
Resultado do Exercício 3.867 1.678 -56,6%
Dividendos Antecipados 0 0 -
Total 3 7.43 1 3 5 .8 3 8 -4,3 %
Relatório e Contas de 2016 60
Para o nível de resultados obtidos contribuíram decisivamente os seguintes fatores:
- redução do resultado financeiro em cerca de 0,6 milhões de euros (-9,8%);
- redução dos proveitos de serviços a Clientes em 0,4 milhões de euros (-7,9%);
- crescimento do resultados de operações financeiras em cerca de 2,3 milhões de euros;
- reforço da imparidade para crédito no montante de 1,4 milhões de euros e das provisões para outros
riscos e encargos no montante de 1,7 milhões de euros (em 2016 registou-se uma reposição de
provisionamento para crédito de cerca de 1,0 milhão de euros).
PRODUTO BANCÁRIO
Verifica-se que o resultado financeiro (-9,8% que em 2015) perdeu algum peso na composição do
produto bancário, atingindo os 42,4% (51,7% em 2015). O peso dos proveitos por serviços prestados a
Milhares de euros
Absoluta Relativa
Resultado Financeiro 6.480 5.844 -636 -9,8%
+ Serviço Clientes 5.516 5.080 -436 -7,9%
= Produto Bancário Comercial 11.996 10.924 -1.072 -8,9%
+ Resultado Operações Financeiras e Diversos 539 2.850 2.311 428,8%
= Produto Bancário 12.535 13.774 1.239 9,9%
- Custos Operativos 7.521 7.203 -318 -4,2%
= Resultado Bruto 5.014 6.571 1.557 31,1%
- Imparidade - Reposições -346 1.929 2.275 …Risco Crédito -982 1.424 2.406 …Títulos 1 0 -1 -100,0%Outras 635 505 -130 -20,5%
- Provisões para Outros Riscos e Encargos 0 1.681 1.681 ---
= Resultado antes Impostos 5.360 2.961 -2.399 -4 4 ,8%
- Impostos 1.4 93 1.283 -210 -14 ,1%
Impostos Correntes 1.476 1.180 -296 -20,1%Impostos Diferidos -163 -358 -195 119,6%Contribuição s/ Sector Bancário 180 461 281 156,1%
= Resultado Líquido 3.867 1.678 -2.189 -56,6%
Var iação Dez.16Variáveis Dez.15
Relatório e Contas de 2016 61
Clientes regista também um decréscimo, passando de 44,0% em 2015 para 36,9% em 2016. O resultado
das operações financeiras e diversos aumentou o seu peso no produto Bancário ao evoluir para 20,7%
(2015: 4,3%).
RESULTADO FINANCEIRO E MARGEM
A evolução das taxas de mercado e a política de preços adotada pelo Banco em 2016, combinado com a
evolução registada nos recursos de Clientes e no crédito concedido, influenciou o comportamento da
margem financeira que se situou nos 0,87% (1,01% em 2015).
EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA DO PRODUTO BANCÁRIO
5����4��4�
�����
3��
4�3��2���
�2�5 �2�
R�� ����� ���������� S��������������� R�� ������ ��������
1����
!" #
0�$�� 0�$%�
J&' F() M&* A+* M&, J-' J-. A/6 7(8 O-8 N6) D(9
E:;<=>?; @B CBGHIK LPQBQTIPGB
U" V U" W
Relatório e Contas de 2016 62
O resultado financeiro atingiu 5.844 milhares de euros e registou uma variação negativa de 0,6 milhões
de euros em relação a 2015, influenciado pelo aumento inferior dos proveitos obtidos na concessão de
Crédito e em Outras Aplicações face ao aumento verificado nos custos pagos por Depósitos e Outros
Recursos.
CUSTOS OPERATIVOS
A evolução dos custos de funcionamento (diminuição de 4,2% em termos homólogos) foi determinada
pelo comportamento verificado nos Custos com Pessoal (-6,7%) e nas Amortizações (-12,0%). Os Gastos
Gerais Administrativos aumentaram 3,0%.
Milhares de euros
Resultado Financeiro Dez.15 Dez.16 variação
Proveitos ( Juros Activos) 13 .558 13.665 107
- de Crédito 11.431 10.307 -1.124
- de Outras Aplicações 2.127 3.358 1.231
Custos ( Juros Passivos) 7.078 7.821 74 3
- de Depósitos 4.941 3.311 -1.630
- de Outros recursos 2.137 4.510 2.373
Resultado Financeiro 6.4 80 5.84 4 -636
Milhares de euros
Absoluta Relativa
Custos com Pessoal 4.045 3.774 -271 -6,7%
Gastos Gerais Administrativos 2.462 2.537 75 3,0%
Amortizações 1.014 892 -122 -12,0%
Total 7.521 7.203 -318 -4 ,2%
CUSTOS OPERATIVOS 20162015Variação
Relatório e Contas de 2016 63
PRODUTIVIDADE E EFICIÊNCIA
A evolução registada no Produto Bancário Comercial e nos Custos Operativos determinou uma
degradação no Cost to Income comercial (sem mercados) com uma variação homologa de +3,2 p.p.. O
Cost to Income registou uma descida de 7,7 p.p. como consequência da evolução dos resultados de
operações financeiras e diversos.
A evolução verificada no total do Ativo, nos Custos Operativos e no número de colaboradores
originaram uma ligeira redução no rácio Custos Operativos/Ativo Médio e um aumento no indicador
Ativo por Empregado.
IMPARIDADE
O ano de 2016 foi marcado por um reforço de imparidade para crédito, enquanto em 2015 se tinha
registado uma reposição de cerca de 1,0 milhões de euros. A Imparidade para Crédito regista em 31 de
dezembro de 2016 um valor acumulado de 24,6 milhões de euros.
De registar no ano de 2016 a constituição de uma provisão para reestruturação no montante de 1,0
milhão de euros e outra para contingências legais no montante de 0,6 milhões de euros.
Ind icadores de Produt ividade e Efic iência Dez.15 Dez.16 Variação
Cost to Income (sem mercados) 62,7% 65,9% 3,2 p.p.
Cost to Income (com mercados) 60,0% 52,3% -7,7 p.p.
Custos Operativos / Ativo Médio 1,16% 1,05% -0,11 p.p.
Ativo por Empregado (€.000) 7.666 7.814 1,9%
Milhares de euros
Dotações para Provisões / Impar idades Dez.15 Dez.16
para Crédito a Clientes -982 1.424 2.406 ….
para Ativos financeiros detitos para venda 1 0 -1 ,,,,
para Ativos não financeiros 635 505 -130 -20,5%
para Outros Riscos e Encarg os 0 1.681 1.681 ,,,,
Tota l -3 46 3 .610 3 .95 6 ….
Variação
Relatório e Contas de 2016 64
%
SOLVABILIDADE
Fundos Próprios/Ativos de Risco (a) 10,1 11,2
Fundos Próprios de Base/Ativos de Risco (a) 10,1 11,2
Core Tier I /Ativos de Risco (a) 10,1 11,2
QUALIDADE DO CRÉDITO
Crédito com Incumprimento (b) / Crédito Total (c) 6,5 6,5
Crédito com Incumprimento, líquido (c)/ Crédito Total, líquido (c) 0,0 0,0
Crédito em Risco(c/f) / Crédito Total (c) 11,0 10,5
Crédito em Risco, líquido (c/f)/ Crédito Total, líquido (c) 4,9 4,2
RENDIBILIDADE
Resultado antes de Impostos e de Interesses Minoritários / Ativo Líquido médio 0,8 0,4
Produto Bancário (d)/Ativo Líquido médio 1,9 2,0
Resultado antes de Impostos e de Interesses Minoritários / Capitais Próprios médios (e) 15,5 8,2
EFICIÊNCIA
Custos de Funcionamento (d)+ Amortizações / Produto Bancário (d) 60,0 52,3
Custos com Pessoal / Produto Bancário (d) 32,3 27,4
TRANSFORMAÇÃO
(Crédito Total(c)- Provisões para Crédito(c))/ Depósitos de Clientes (f) 103,1 99,5
(a) Valores calculados com base no método BIS II padrão; os dados de dezembro de 2016 são provisórios(b) De acordo com a definição constante da Carta Circular nº 99/2003/DSB do Banco de Portugal( c) De acordo com a definição constante da Instrução nº22/2011 do Banco de Portugal
( d) De acordo com a definição constante da Instrução nº16/2004 do Banco de Portugal( e) Incluem Interesses que não controlam ( f) De acordo com a definição constante da Instrução nº23/2004 do Banco de Portugal
INDICADORES DE REFERÊNCIA DO BANCO DE PORTUGAL
31-Dez-15 31-Dez-16
Relatório e Contas de 2016 65
Evolução previsível da Sociedade
O NOVO BANCO DOS AÇORES tem como principal eixo de desenvolvimento e de diferenciação
estratégica a prestação de serviços caracterizados pela excelência e pela permanente orientação para
as necessidades de cada Cliente. Este é o vetor central da Instituição e continuará no futuro a ser o seu
objetivo e desafio no sentido de satisfazer as necessidades dos Clientes. O NOVO BANCO DOS AÇORES,
através da sua atividade, tem também o propósito de criar valor para os Acionistas e promover o bem-
estar e a realização profissional dos seus Colaboradores. É seu dever permanente contribuir ativamente
para o desenvolvimento económico, social e cultural da Região Autónoma dos Açores e das
comunidades em que exerce a sua atividade. O NOVO BANCO DOS AÇORES também tem o objetivo de
desenvolvimento de uma estratégia de Sustentabilidade.
As principais linhas de ação estratégica são:
· Constante melhoria da Qualidade de Serviço;
· Garantir a manutenção de Rácios de Solvabilidade de acordo com as normas exigidas pela
Supervisão;
· Inovação nos produtos e tecnologias de forma a refletir a adaptação do Banco a novas
necessidades e hábitos dos Clientes;
· Melhoria da Eficiência da Estrutura do Banco;
· Reforço do Posicionamento Doméstico através da:
§ Captação de novos Clientes e Recursos, particulares e empresas;
§ Concessão de Crédito de bom risco;
· Sustentação da Rendibilidade futura, através de uma contínua melhoria da Margem Financeira;
· Gestão prudente dos Riscos, em matéria de Controlo de Crédito Vencido e de
Provisões/Imparidades.
Relatório e Contas de 2016 66
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
8
Relatório e Contas de 2016 67
(em milhares de euro)
ATIVO
1.Caixa e disponibilidades em bancos centrais................................................................................. 4 842 0 4 842 5 299
2.Disponibilidades em outras instituições de crédito .......................................................................... 11 075 0 11 075 15 895
3.Ativos financeiros detidos para negociação.................................................................................. 3 0 3 1
4.Outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados.............................................................. 0 0 0 0
5.Ativos financeiros disponíveis para venda................................................................................... 42 493 0 42 493 43 215
6.Aplicações em instituições de crédito ....................................................................................... 214 552 0 214 552 298 459
7.Crédito a clientes............................................................................................................................................................................... 376 504 24 579 351 925 353 165
8.Investimentos detidos até à maturidade...................................................................................... 0 0 0 0
9.Ativos com acordo de recompra............................................................................................... 0 0 0 0
10.Derivados de cobertura................................................................................................................................................................... 0 0 0 0
11.Ativos não correntes detidos para venda.................................................................................... 0 0 0 9 594
12.Propriedades de investimento......................................................................................................................................................... 0 0 0 0
13.Outros ativos tangíveis.................................................................................................................................................................. 10 058 4 891 5 167 5 608
14.Ativos intangíveis.......................................................................................................................................................................... 7 806 6 390 1 416 1 328
15.Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos........................................................... 0 0 0 0
16.Ativos por impostos correntes...................................................................................................................................................... 0 0 0 0
17.Ativos por impostos diferidos........................................................................................................................................................ 4 730 0 4 730 4 503
18.Outros ativos................................................................................................................................................................................. 13 662 1 261 12 401 4 634
TOTAL DO ATIVO 685 725 37 121 648 604 741 701
PASSIVO
1.Recursos de bancos centrais........................................................................................................................................................... 0 0 0 0
2.Passivos financeiros detidos para negociação................................................................................ 10 0 10 7
3.Outros passivos financeiros ao justo valor atraves de resultados............................................................ 0 0 0 0
4.Recursos de outras instituições de crédito .................................................................................. 253 958 0 253 958 356 846
5.Recursos de clientes e outros empréstimos................................................................................... 353 664 0 353 664 342 674
6.Responsabilidades representadas por títulos................................................................................. 0 0 0 0
7.Passivos financeiros associados a activos transferidos...................................................................... 0 0 0 0
8.Derivados de cobertura................................................................................................................................................. 816 0 816 628
9.Passivos não correntes detidos para venda................................................................................... 0 0 0 0
10.Provisões...................................................................................................................................................................... 934 0 934 22
11.Passivos por impostos correntes............................................................................................ 722 0 722 1 774
12.Passivos por impostos diferidos................................................................................................................................ 783 0 783 233
13.Instrumentos representativos de capital.................................................................................... 0 0 0 0
14.Outros passivos subordinados.................................................................................................................................. 0 0 0 0
15.Outros passivos......................................................................................................................................................... 1 879 0 1 879 2 086
TOTAL DO PASSIVO 612 766 0 612 766 704 270
CAPITAL PRÓPRIO
16.Capital......................................................................................................................................................................... 18 638 0 18 638 18 638
17.Prémios de emissão.................................................................................................................................................... 6 681 0 6 681 6 681
18.Outros instrumentos de capital................................................................................................................................... 0 0 0 0
19.Ações próprias........................................................................................................................................................ 0 0 0 0
20.Reservas de reavaliação............................................................................................................................................( 6 546 ) 0 ( 6 546 ) ( 3 079 )
21.Outras reservas e resultados transitados................................................................................... 15 387 0 15 387 11 327
22.Resultado do exercício ............................................................................................................................................... 1 678 0 1 678 3 864
23.Dividendos antecipados............................................................................................................................................ 0 0 0 0
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 35 838 0 35 838 37 431
TOTAL DO PASSIVO + CAPITAL PRÓPRIO 648 604 0 648 604 741 701
N OVO B A N C O D OS A ÇOR ES
B A LA N ÇO EM 31 D E D EZ EM B R O D E 2016
B A LA N ÇO
31 de dezembro de 2016
31 de dezembro de 2015 (*)VA LOR A N T ES
D E IM P A R ID A D E E
A M OR T IZ A ÇÕES
IM P A R ID A D E E A M OR T IZ A ÇÕES
VA LOR LÍ QUID O
O ������� O������ ����� O ��� ��� ����� ������
P������� ��� ����� ������ ����� J��� J� � ���� � ����
������ J� � ���� G�����
L�� ����� ��� ������
�M��� J��� ����� ������
���A�������� � ����� ������� ������
�� ���� ����� G����� ����
J� � G����� �� ������� �����
Z������������ ������������� ��� �
Relatório e Contas de 2016 68
(em milhares de euro)
13.702 14.098
7.858 7.618
5.844 6.480
249 172
5.636 6.167
563 662
452 15
1.526 9
87 196
(233) 5
315 (27)
13.313 12.355
3.774 4.045
2.537 2.462
892 1.014
1.681 0
1.424 (982)
0 1
505 635
2.500 5.180
822 1.316
1.180 1.894
(358) (578)
1.678 3.864
(58) 5
19. Diferidos..................................................................................................................................................
R esultado apó s impo sto s
Do qual: Resultado líquido após impostos
R esultado antes de impo sto s
Impostos
18. Correntes................................................................................................................................................
de operações descontinuadas.............................................................................................
31 de dezembro de 2016
D EM ON ST R A ÇÃ O D E R ESULT A D OS31 de dezembro
de 2015
NOVO B ANCO DOS AÇORES
DEMONST RAÇÃO DE RESULT ADOS AT É 31 DE DEZEMB RO DE 2016
15. Imparidade do crédito líquida de reversões e de repuperações
16. Imparidade de outros activos financeiros líquida
de reversões e recuperações.............................................................................................
17. Imparidade de outros activos líquida de
reversões e recuperações................................................................................................
12. Gastos gerais administrativos..............................................................................................
13. Amortizações do exercício ..................................................................................................
14. Provisões líquidas de reposições e anulações........................................................................
8. Resultados de reavaliação cambial..........................................................................................
9. Resultados de alienação de outros activos..................................................................................
10. Outros resultados de exploração............................................................................................
P ro duto bancário
11. Custos com pessoal.........................................................................................................
5. Encargos com serviços e comissões..........................................................................................
6. Resultados de activos e passivos avaliados ao justo
valor através de resultados..............................................................................................
7. Resultados de activos financeiros
disponíveis para venda...................................................................................................
1. Juros e rendimentos similares..............................................................................................
2. Juros e encargos similares.................................................................................................
M argem F inanceira
3. Rendimentos de instrumentos de capital.....................................................................................
4. Rendimentos de serviços e comissões........................................................................................
O ������� O������ ����� O ��� ��� ����� ������
P������� ��� ����� ������ ����� J��� J� � ���� � ����
������ J� � ���� G�����
L�� ����� ��� ������
�M��� J��� ����� ������
���A�������� � ����� ������� ������
�� ���� ����� G����� ����
J� � G����� �� ������� �����
Z������������ ������������� ��� �
Relatório e Contas de 2016 69
NOTAS FINAIS
Declaração de conformidade sobre a informação financeira apresentada
Os membros do Conselho de Administração do Novo Banco dos Açores, SA, declaram que:
- as demonstrações financeiras do Novo Banco dos Açores, SA, relativas aos exercícios findos em 31
de Dezembro de 2015 e em 31 de Dezembro de 2016 foram preparadas de acordo com as Normas
de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como definido pelo Banco de Portugal no Aviso 1/2005 de 21
de Fevereiro de 2005);
- tanto quanto é do seu conhecimento as demonstrações financeiras referidas na alínea anterior
dão uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos
resultados do NB dos Açores, de acordo com as referidas Normas e foram objeto de aprovação
na reunião do Conselho de Administração realizada no dia 16 de março de 2017;
- o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição
financeira do NB dos Açores no exercício de 2016 e contém uma descrição sobre a evolução
previsível da sociedade.
Ponta Delgada, 16 de março de 2017
O Conselho de Administração do Novo Banco dos Açores, SA
Jaime José Matos da Gama Gualter José Andrade Furtado Luís Miguel Alves Ribeiro Mário Jorge Tapada Gouveia António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues Gustavo Manuel Frazão de Medeiros José Francisco Gonçalves Silva Zita Maria de Medeiros Correia Magalhães Sousa
9
Relatório e Contas de 2016 70
Proposta de Aplicação de Resultados
Proposta de Aplicação de Resultados
Nos termos da alínea b) do Artº 376º do Código das Sociedades Comerciais e em conformidade com o
Artº 28º dos Estatutos, propõe-se para aprovação na Assembleia-geral, a seguinte aplicação dos
resultados do exercício de 2016:
Euros
para reserva legal 167.805,19
para outras reservas 1.510.246,69
Resultado líquido 1.678.051,88
Relatório e Contas de 2016 71
Agradecimento
O Conselho de Administração do Novo Banco dos Açores manifesta o seu agradecimento pela
confiança dos seus Clientes e Acionistas, pela lealdade e dedicação dos seus Colaboradores e pela
cooperação das Autoridades Governamentais e de Supervisão.
Ponta Delgada, 16 de março de 2017
O Conselho de Administração do Novo Banco dos Açores
J���� J��� ����� ���
G���� J��� � ����� �G�����
LG�� ���G� ���� �������
�M��� J���� i����� �G����
� �A �� �� G� �� ���� ���G���� ������G��
J��� ��� ����� � ����� ����
G������� G� ������ ����������
Z��� ����� �������� ������� �������� ��G��
Relatório e Contas de 2016 72
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
10
Relatório e Contas de 2016 73
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015 a)
Juros e proveitos similares 5 13 702 14 098
Juros e custos similares 5 7 858 7 618
Margem financeira 5 844 6 480
Rendimentos de instrumentos de capital 19 249 172
Rendimentos de serviços e comissões 6 5 636 6 167
Encargos com serviços e comissões 6 ( 563) ( 662)
Resultados de ativos e passivos ao justo valor através de resultados 7 452 15
Resultados de ativos financeiros disponíveis para venda 8 1 526 9
Resultados de reavaliação cambial 9 87 196
Resultados da alienação de outros ativos 10 ( 233) 5
Outros resultados de exploração 11 315 ( 27)
Proveitos operacionais 13 313 12 355
Custos com pessoal 12 3 774 4 045
Gastos gerais administrativos 14 2 537 2 462
Depreciações e amortizações 24 e 25 892 1 014
Provisões líquidas de anulações 29 1 681 - Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações 21 1 424 ( 982)Imparidade de outros ativos financeiros líquida de reversões e recuperações 19 - 1
Imparidade de outros ativos líquida de reversões e recuperações 23 e 26 505 635
Custos operacionais 10 813 7 175
Resultado antes de impostos 2 500 5 180
Impostos
Correntes 30 1 180 1 894
Diferidos 30 ( 358) ( 578)
Resultado após impostos e antes de interesses minoritários 1 678 3 864
Do qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas ( 58) 5
Resultado líquido do período 1 678 3 864
Resultados por ação básicos (em euros) 15 0,45 1,0414Resultados por ação diluídos (em euros) 15 0,45 1,04
As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras
NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DOS EXERCÍCIOSFINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015
Notas
a) Valores comparativos alterados por forma a incorporar a aplicação restrospetiva das IFRS em resultado da revogação do Aviso n.º 3/95 do Bancode Portugal (ver Nota 2)
Relatório e Contas de 2016 74
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015 a)
Resultado líquido do exercício 1 678 3 864
Outro rendimento integral do exercício
Itens que não serão reclassificados para resultados
Benefícios de longo prazo ( 2 358) ( 584)
Imposto sobre benefícios de longo prazo ( 82) ( 71)
( 2 440) ( 655)
Itens que poderão vir a ser reclassificados para resultados
Alterações de justo valor, líquidas de imposto ( 1 027) 61( 1 027) 61
Total do rendimento integral do exercício ( 1 789) 3 270
NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.
As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras
DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRALDOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015
a) Valores comparativos alterados por forma a incorporar a aplicação restrospetiva das IFRS em resultado darevogação do Aviso n.º 3/95 do Banco de Portugal (ver Nota 2)
Relatório e Contas de 2016 75
(milhares de euros)
Notas 31.12.2016 31.12.2015 a) 01.01.2015
AtivoCaixa e disponibilidades em bancos centrais 16 4 842 5 299 4 717 Disponibilidades em outras instituições de crédito 17 11 075 15 895 17 848 Ativos financeiros detidos para negociação 18 3 1 - Outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados - - 3 Ativos financeiros disponíveis para venda 19 42 493 43 215 12 718 Aplicações em instituições de crédito 20 214 552 298 459 8 243 Crédito a clientes 21 351 925 353 165 364 122 Ativos não correntes detidos para venda 23 - 9 594 11 713 Outros ativos tangíveis 24 5 167 5 608 5 757 Ativos intangíveis 25 1 416 1 328 1 357 Ativos por impostos correntes 30 - - 82 Ativos por impostos diferidos 30 4 730 4 503 4 051 Outros ativos 26 12 401 4 634 4 302
Total de Ativo 648 604 741 701 434 913
PassivoPassivos financeiros detidos para negociação 18 10 7 - Recursos de outras instituições de crédito 27 253 958 356 846 99 272 Recursos de clientes 28 353 664 342 674 298 227 Derivados para gestão de risco 22 816 628 651 Provisões 29 934 22 22 Passivos por impostos correntes 30 722 1 774 35 Passivos por impostos diferidos 30 783 233 176 Outros passivos 31 1 879 2 086 2 388
Total de Passivo 612 766 704 270 400 771
Capital PróprioCapital 32 18 638 18 638 18 638 Prémios de emissão 32 6 681 6 681 6 681 Reservas, resultados transitados e outro rendimento integral 33 8 841 8 248 8 823 Resultado líquido do exercício 1 678 3 864 -
Total de Capital Próprio 35 838 37 431 34 142
Total de Passivo e Capital Próprio 648 604 741 701 434 913
a) Valores comparativos alterados por forma a incorporar a aplicação restrospetiva das IFRS em resultado da revogação do Aviso n.º 3/95 do Banco de Portugal (ver Nota 2)
NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.
As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras
BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015
Rel
ató
rio
e C
on
tas
de
20
16
76
(milh
ares
de
euro
s)
Re
se
rva
s d
e
jus
to v
alo
r
Ou
tra
s r
es
erv
as
, re
su
lta
do
s
tra
ns
ita
do
s e
Ou
tro
re
nd
ime
nto
in
teg
ral
To
tal
Sa
ldo
em
1 d
e ja
ne
iro
de
20
15
(N
CA
) 1
8 6
38
6
68
1
3 1
35
7
80
9
10
94
4
( 2
12
1)
34
14
2
Imp
act
o d
a a
do
ção
do
Avi
so n
º5/2
01
5 d
o B
anc
o d
e P
ort
uga
l-
- -
- -
- -
Sa
ldo
em
1 d
e ja
ne
iro
de
20
15
(N
IC)
18
63
8
6 6
81
3
13
5
7 8
09
1
0 9
44
(
2 1
21
) 3
4 1
42
Re
ndim
ent
o in
teg
ral:
Alte
raçõ
es
de
just
o v
alo
r, lí
qui
da
s d
e im
po
sto
(ve
r N
ota
34
)-
-
61
-
6
1
-
61
D
esv
ios
atu
ari
ais
, líq
uid
os
de
imp
ost
o-
- -
( 6
55
)(
65
5)
- (
65
5)
Re
sulta
do
líq
uid
o d
o e
xerc
ício
- -
- -
- 3
86
4
3 8
64
To
tal d
o r
en
dim
en
to in
teg
ral d
o e
xe
rcíc
io-
-
61
(
65
5)
( 5
94
) 3
86
4
3 2
70
Co
nstit
uiçã
o d
e r
ese
rva
s-
- -
( 2
12
1)
( 2
12
1)
2 1
21
-
Out
ros
mo
vim
ent
os
- -
-
19
19
-
1
9
Sa
ldo
em
31
de
de
ze
mb
ro d
e 2
01
5 1
8 6
38
6
68
1
3 1
96
5
05
2
8 2
48
3
86
4
37
43
1
Re
ndim
ent
o in
teg
ral:
Alte
raçõ
es
de
just
o v
alo
r, lí
qui
da
s d
e im
po
sto
(ve
r N
ota
34
)-
- (
1 0
27
)-
( 1
02
7)
- (
1 0
27
)D
esv
ios
atu
ari
ais
, líq
uid
os
de
imp
ost
o-
- -
( 2
44
0)
( 2
44
0)
- (
2 4
40
)R
esu
ltad
o lí
qui
do
do
exe
rcíc
io-
- -
- -
1 6
78
1
67
8
To
tal d
o r
en
dim
en
to in
teg
ral d
o e
xe
rcíc
io-
- (
1 0
27
)(
2 4
40
)(
3 4
67
) 1
67
8
( 1
78
9)
Co
nstit
uiçã
o d
e r
ese
rva
s-
- -
3 8
64
3
86
4
( 3
86
4)
- O
utro
s m
ovi
me
nto
s-
- -
1
96
19
6
-
19
6
Sa
ldo
em
31
de
de
ze
mb
ro d
e 2
01
6 1
8 6
38
6
68
1
2 1
69
6
67
2
8 8
41
1
67
8
35
83
8
NO
VO
BA
NC
O D
OS
AÇ
OR
ES
, S
.A.
DE
MO
NS
TR
AÇ
ÃO
DE
AL
TE
RA
ÇÕ
ES
NO
CA
PIT
AL
PR
ÓP
RIO
DO
S E
XE
RC
ÍCIO
S F
IND
OS
EM
31
DE
DE
ZE
MB
RO
DE
20
16
E 2
01
5
As
nota
s ex
plic
ativ
as a
nexa
s fa
zem
par
te in
tegr
ante
des
tas
dem
onst
raçõ
es fi
nanc
eira
s
Ca
pit
al
Pré
mio
s d
e
em
iss
ão
Re
su
lta
do
líq
uid
o d
o
ex
erc
ício
To
tal d
o
Ca
pit
al
Pró
pri
o
Re
se
rva
s, r
es
ult
ad
os
tra
ns
ita
do
s e
ou
tro
re
nd
ime
nto
in
teg
ral
Relatório e Contas de 2016 77
(milhares de euros)
Notas 31.12.2016 31.12.2015
Fluxos de caixa de atividades operacionaisJuros e proveitos recebidos 14 053 13 045 Juros e custos pagos ( 8 750) ( 6 036)Serviços e comissões recebidas 5 636 6 167 Serviços e comissões pagas ( 563) ( 662)Recuperações de créditos 623 386 Contribuições para o fundo de pensões ( 273) ( 599)Pagamentos de caixa a empregados e fornecedores ( 2 347) ( 5 859)
8 379 6 442 Variação nos ativos e passivos operacionais:
Venda de ativos financeiros ao justo valor através de resultados 453 24 Aplicações em instituições de crédito 83 698 ( 289 948)Recursos de instituições de crédito ( 102 559) 255 672 Crédito a clientes 1 885 9 845 Recursos de clientes e outros empréstimos 11 329 44 741 Derivados para gestão de risco 49 125 Outros ativos e passivos operacionais ( 6 911) 1 359
Fluxos de caixa líquidos das atividades operacionais, antes de impostos sobre os lucros ( 3 677) 28 260 Impostos sobre os lucros pagos ( 2 449) ( 162)
( 6 126) 28 098
Fluxos de caixa das atividades de investimentoDividendos recebidos 249 172 Compra de ativos financeiros disponíveis para venda ( 405) ( 34 460)Venda de ativos financeiros disponíveis para venda 1 537 4 998 Compra de ativos tangíveis ( 53) ( 249)Compra de ativos intangíveis ( 619) ( 586)
709 ( 30 125)Fluxos de caixa líquidos das atividades de financiamento - - Variação líquida em caixa e seus equivalentes ( 5 417) ( 2 027)
Caixa e equivalentes no início do exercício 17 945 19 777
Efeitos da alteração da taxa de câmbio em caixa e seus equivalentes 21 195 Variação líquida em caixa e seus equivalentes ( 5 417) ( 2 027)
Caixa e equivalentes no fim do exercício 12 549 17 945
Caixa e equivalentes engloba:Caixa 16 4 842 5 299 Disponibilidades em Bancos Centrais (Das quais, Disponibilidades de natureza obrigatória) (a) 17 ( 3 368) ( 3 249)Disponibilidades em outras instituições de crédito 17 11 075 15 895
12 549 17 945
(a) o NBA constitui as suas reservas mínimas indiretamente através do Novo Banco, S.A. (ver Nota 17)
NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015
As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras
Relatório e Contas de 2016 78
NOVO BANCO AÇORES, S.A.
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Montantes expressos em milhares de euros, exceto quando indicado)
NOTA 1 – ATIVIDADE
O Novo Banco Açores, S.A. (Banco ou NBA) é uma instituição financeira com sede em Ponta Delgada,
Portugal. Para o efeito possui as indispensáveis autorizações das autoridades portuguesas, Banco
Central e demais agentes reguladores para operar em Portugal.
O Banco iniciou a sua atividade no dia 1 de julho de 2002, resultado de uma aliança estratégica entre o
Grupo Banco Espírito Santo e a Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada para a constituição de
um Banco vocacionado para a satisfação das necessidades financeiras da Região Autónoma dos
Açores, através de uma forte ligação às Misericórdias Açorianas e às comunidades de emigrantes
açorianos.
A 3 de agosto de 2014, e na sequência da Medida de Resolução aplicada pelo Banco de Portugal ao
Banco Espírito Santo, seu acionista maioritário, o BES dos Açores foi incluído no perímetro de
consolidação do Grupo NOVO BANCO. Em outubro de 2014, por deliberação da Assembleia Geral e após
autorização do Banco de Portugal, foi alterada a denominação social do BES dos Açores para Novo
Banco dos Açores, acompanhando a marca definida para o acionista maioritário.
O Banco dedica-se à obtenção de recursos de terceiros, sob a forma de depósitos ou outros, os quais
aplica, conjuntamente com os seus recursos próprios, na concessão de crédito, em títulos e em outros
ativos, prestando ainda outros serviços bancários. Para tal, o Banco conta com uma rede de 15
agências (31 de dezembro de 2015: 17 agências), um centro de empresas e um centro private.
O Banco faz parte do Grupo NOVO BANCO, pelo que as suas demonstrações financeiras são
consolidadas pelo NOVO BANCO, S.A., com sede na Avenida da Liberdade nº 195, em Lisboa.
Relatório e Contas de 2016 79
NOTA 2 – PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
2.1. Bases de apresentação
No âmbito do disposto no Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19
de julho de 2002, e do Aviso n.º 5/2015 de 7 de dezembro, do Banco de Portugal, as demonstrações
financeiras do Novo Banco dos Açores, S.A. (Banco ou NBA) são preparadas de acordo com as Normas
Internacionais do Relato Financeiro (IFRS), tal como definidas e adotadas pela União Europeia e em
vigor à data de 31 de dezembro de 2016.
As IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board
(IASB) e as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee
(IFRIC), e pelos respetivos órgãos antecessores.
As políticas contabilísticas utilizadas pelo Banco na preparação das suas demonstrações financeiras
referentes a 31 de dezembro de 2016 são consistentes com as utilizadas na preparação das
demonstrações financeiras anuais com referência a 31 de dezembro de 2015, exceto no que respeita a:
· Revogação das NCA – Impacto na adoção do Aviso nº5/2015 do Banco de Portugal
Em conformidade com o artigo nº2 do Aviso nº5/2015 do Banco de Portugal, a partir de 1 de janeiro de
2016 as entidades sujeitas à supervisão do Banco de Portugal, devem elaborar as demonstrações
financeiras em base individual de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), tal
como adotadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia e respeitando a estrutura
conceptual para a preparação e apresentação de demonstrações financeiras que enquadra aquelas
normas, a exemplo do que já era anteriormente requerido para as demonstrações financeiras em base
consolidada.
A alteração resultante da revogação das Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA) e a preparação, a
partir de 1 de janeiro de 2016, das demonstrações financeiras em base individual de acordo com as
Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), em conformidade com o previsto no IFRS 1, em 31 de
dezembro de 2015, teve impacto nomeadamente ao nível das provisões para riscos gerais de crédito
que em NCA se encontravam contabilizadas no passivo na rubrica de Provisões (ver Nota 29) e que foi,
em conformidade com as NIC, reclassificada para a rubrica de Imparidade de crédito (ver Nota 21).
Importa salientar que em 31 de dezembro de 2015, os montantes de imparidade sobre a carteira de
crédito do Banco, apurados em conformidade com o exigido pela IAS 39, eram superiores ao montante
de provisões apuradas tendo por base o previsto no Aviso nº3/95 do Banco de Portugal. Desta forma, e
em conformidade com o definido no Aviso nº1/2005, o Banco reconhecia imparidade nas suas
demonstrações financeiras individuais, uma vez que o montante global das provisões específicas e
genéricas não pode ser inferior ao valor das imparidades estimadas com base no valor recuperável da
carteira de crédito, de acordo com a IAS 39.
Relatório e Contas de 2016 80
De acordo com o IAS 8, e para efeitos de comparabilidade, procedeu-se ao apuramento e
reclassificação dos valores registados como provisões de risco geral de crédito para a rubrica de
imparidade, nas respetivas linhas de balanço e demonstração dos resultados, conforme abaixo
apresentado. As referidas reclassificações não originaram qualquer impacto ao nível do Capital Próprio
em 1 de janeiro de 2015. Também ao nível da Demonstração dos fluxos de caixa não houve quaisquer
impactos.
No entanto, em resultado da publicação do Decreto Regulamentar n.º 5/2016, de 18 de novembro, o qual
veio estabelecer o regime fiscal das imparidades para 2016 (incluindo uma norma para efeitos da
transição), foram apurados impactos fiscais com efeitos a 1 de janeiro de 2016 que devem ser
igualmente considerados, para efeitos comparativos, a 1 de janeiro de 2015. Os referidos impactos
fiscais devem-se essencialmente à interpretação dada pelo Banco, ao Decreto Regulamentar n.º 5/2016,
de acordo com a qual, em resultado da alteração contabilística, o tratamento fiscal das imparidades do
crédito deverá basear-se numa análise individual (entenda-se, crédito a crédito) e não numa análise
global, a qual vigorou até 31 de dezembro de 2015.
De referir que, no balanço de abertura de 1 de janeiro de 2015, não foram feitos os ajustamentos que
resultam da aplicação do Decreto Regulamentar acima referido. O NBA, atendendo à materialidade dos
valores, optou por reexpressar apenas a 1 de janeiro de 2016, tendo a totalidade do impacto, a essa
data, sido registado como resultado no exercício de 2015.
milhares de euros
Balanço NotasSaldo em 01.01.2015
NCA
Alterações da Introdução plena das
IFRS
Saldo em 01.01.2015 NIC
Ativo
Crédito a clientes 21 366 705 ( 2 583) 364 122
PassivoProvisões 29 2 605 ( 2 583) 22
milhares de euros
Balanço NotasSaldo em 31.12.2015
NCA
Alterações da Introdução plena das
IFRS
Saldo em 31.12.2015 NIC
Ativo
Crédito a clientes 21 355 475 ( 2 310) 353 165
Impostos diferidos 30 4 088 415 4 503
PassivoProvisões 29 2 332 ( 2 310) 22
Impostos correntes 30 1 356 418 1 774
Relatório e Contas de 2016 81
milhares de euros
Demonstração dos resultados NotasSaldo em 31.12.2015
NCA
Alterações da Introdução plena das
IFRS
Saldo em 31.12.2015 NIC
Provisões líquidas de anulações 29 ( 273) 273 -
Imparidade do crédito liquida de reversões 21 ( 709) ( 273) ( 982)
Impostos correntes 30 1 476 418 1 894
Impostos diferidos 30 ( 163) ( 415) ( 578)
Tal como descrito na Nota 38, o Banco adotou na preparação das demonstrações financeiras
referentes a 31 de dezembro de 2016, as normas contabilísticas emitidas pelo IASB e as interpretações
do IFRIC de aplicação obrigatória desde 1 de janeiro de 2016. As políticas contabilísticas utilizadas pelo
Banco na preparação das demonstrações financeiras descritas nesta nota, foram adotadas em
conformidade. A adoção destas novas normas e interpretações em 2016 não teve um efeito material
nas contas do Banco.
As normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas mas que ainda não entraram em
vigor e que o Banco ainda não aplicou na elaboração das suas demonstrações financeiras podem
também ser analisadas na nota 38.
As demonstrações financeiras estão expressas em milhares de euros, arredondado ao milhar mais
próximo. Foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com exceção dos ativos e
passivos registados ao seu justo valor, nomeadamente instrumentos financeiros derivados, ativos e
passivos financeiros ao justo valor através dos resultados, ativos financeiros disponíveis para venda e
ativos e passivos cobertos na sua componente que está a ser objeto de cobertura.
A preparação de demonstrações financeiras de acordo com as NIC requer que o Banco efetue
julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afetam a aplicação das políticas contabilísticas e
os montantes de proveitos, custos, ativos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças
destes face à realidade poderão ter impactos sobre as atuais estimativas e julgamentos. As áreas que
envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade ou onde são utilizados pressupostos e
estimativas significativas na preparação das demonstrações financeiras encontram-se analisadas na
Nota 3.
Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração em 16 de
março de 2017, e estão pendentes de aprovação da Assembleia Geral de Acionistas.
2.2. Operações em moeda estrangeira
As transações em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor na data da transação.
Os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para euros à taxa de
câmbio em vigor na data do balanço. As diferenças cambiais resultantes desta conversão são
reconhecidas em resultados.
Relatório e Contas de 2016 82
Os ativos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda estrangeira,
são convertidos à taxa de câmbio à data da transação. Ativos e passivos não monetários expressos em
moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data em que
o justo valor foi determinado. As diferenças cambiais resultantes são reconhecidas em resultados,
exceto no que diz respeito às diferenças relacionadas com ações classificadas como ativos financeiros
disponíveis para venda, as quais são registadas em reservas.
2.3. Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura
Classificação
O Banco classifica como derivados para gestão do risco os (i) derivados de cobertura e (ii) os derivados
contratados com o objetivo de efetuar a cobertura económica de certos ativos e passivos designados
ao justo valor através de resultados mas que não foram classificados como de cobertura.
Todos os restantes derivados são classificados como derivados de negociação.
Reconhecimento e mensuração
Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação (trade date), pelo
seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado
numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados diretamente
em resultados do exercício, exceto no que se refere aos derivados de cobertura. O reconhecimento das
variações de justo valor dos derivados de cobertura depende da natureza do risco coberto e do modelo
de cobertura utilizado.
O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao seu valor de mercado, quando
disponível, ou é determinado tendo por base técnicas de valorização incluindo modelos de desconto de
fluxos de caixa (discounted cash flows) e modelos de avaliação de opções, conforme seja apropriado.
Contabilidade de cobertura
• Critérios de classificação
Os instrumentos financeiros derivados utilizados para fins de cobertura podem ser classificados
contabilisticamente como de cobertura desde que cumpram, cumulativamente, com as seguintes
condições:
(i) À data de início da transação a relação de cobertura encontra-se identificada e formalmente
documentada, incluindo a identificação do item coberto, do instrumento de cobertura e a avaliação da
efetividade da cobertura;
Relatório e Contas de 2016 83
(ii) Existe a expectativa de que a relação de cobertura seja altamente efetiva à data de início da
transação e ao longo da vida da operação;
(iii) A eficácia da cobertura possa ser mensurada com fiabilidade à data de início da transação e ao
longo da vida da operação;
(iv) Para operações de cobertura de fluxos de caixa os mesmos devem ser altamente prováveis de virem
a ocorrer.
· Cobertura de justo valor (fair value hedge)
Numa operação de cobertura de justo valor de um ativo ou passivo (fair value hedge), o valor de
balanço desse ativo ou passivo, determinado com base na respetiva política contabilística, é ajustado
por forma a refletir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor
dos derivados de cobertura são reconhecidas em resultados, conjuntamente com as variações de justo
valor dos ativos ou dos passivos cobertos atribuíveis ao risco coberto.
Se a cobertura deixar de cumprir com os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, o
instrumento financeiro derivado é transferido para a carteira de negociação e a contabilidade de
cobertura é descontinuada prospetivamente. Caso o ativo ou passivo coberto corresponda a um
instrumento de rendimento fixo, o ajustamento de revalorização é amortizado até à sua maturidade
pelo método da taxa efetiva.
· Cobertura de fluxos de caixa (cash flow hedge)
Numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada
probabilidade (cash flow hedge), a parte efetiva das variações de justo valor do derivado de cobertura
são reconhecidas em reservas, sendo transferidas para resultados nos exercícios em que o respetivo
item coberto afeta resultados. A parte inefetiva da cobertura é registada em resultados.
Quando um instrumento de cobertura expira ou é vendido, ou quando a cobertura deixa de cumprir os
critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, as variações de justo valor do derivado
acumuladas em reservas são reconhecidas em resultados quando a operação coberta também afetar
resultados. Se for previsível que a operação coberta não se efetuará, os montantes ainda registados em
capital próprio são imediatamente reconhecidos em resultados e o instrumento de cobertura é
transferido para a carteira de negociação.
Durante o período coberto por estas demonstrações financeiras o Banco não detinha operações de
cobertura classificadas como coberturas de fluxos de caixa.
Derivados embutidos
Os derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados separadamente
quando as suas características económicas e os seus riscos não estão relacionados com o instrumento
Relatório e Contas de 2016 84
principal e o instrumento principal não está contabilizado ao seu justo valor através de resultados.
Estes derivados embutidos são registados ao justo valor com as variações reconhecidas em resultados.
2.4. Crédito a clientes
A rubrica crédito a clientes inclui os empréstimos originados pelo Banco, cuja intenção não é a de venda
no curto prazo, os quais são registados na data em que o montante do crédito é adiantado ao cliente.
O crédito a clientes é desreconhecido do balanço quando (i) os direitos contratuais do Banco relativos
aos respetivos fluxos de caixa expiram, (ii) o Banco transferiu substancialmente todos os riscos e
benefícios associados à sua detenção, ou (iii) não obstante o Banco ter retido parte, mas não
substancialmente todos, os riscos e benefícios associados à sua detenção, o controlo sobre os ativos foi
transferido.
O crédito a clientes é reconhecido inicialmente ao seu justo valor, acrescido dos custos de transação, e
é subsequentemente valorizado ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efetiva,
sendo apresentado em balanço deduzido de perdas por imparidade.
O Banco, de acordo com a sua estratégia documentada de gestão do risco, contrata operações de
derivados (derivados para gestão do risco) com o objetivo de efetuar a cobertura económica de certos
riscos de determinados créditos a clientes, sem contudo apelar à contabilidade de cobertura tal como
descrita na Nota 2.3. Nestas situações, o reconhecimento inicial de tais créditos é concretizado através
da designação dos créditos ao justo valor através de resultados. Desta forma, é assegurada a
consistência na valorização dos créditos e dos derivados (accounting mismatch). Esta prática está de
acordo com a política contabilística de classificação, reconhecimento e mensuração de ativos
financeiros ao justo valor através de resultados descrita na Nota 2.5.
Imparidade
O Banco avalia regularmente se existe evidência objetiva de imparidade na sua carteira de crédito. As
perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo
subsequentemente revertidas por resultados caso, num período posterior, o montante da perda
estimada diminua.
Um crédito concedido a clientes, ou uma carteira de crédito concedido, definida como um conjunto de
créditos com características de risco semelhantes, encontra-se em imparidade quando: (i) exista
evidência objetiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu
reconhecimento inicial e (ii) quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor recuperável
dos fluxos de caixa futuros desse crédito, ou carteira de créditos, que possa ser estimado com
razoabilidade.
Relatório e Contas de 2016 85
Inicialmente, o Banco avalia se existe individualmente para cada crédito evidência objetiva de
imparidade. Para esta avaliação e na identificação dos créditos com imparidade numa base individual,
o Banco utiliza a informação que alimenta os modelos de risco de crédito implementados e considera
de entre outros os seguintes fatores:
· a exposição global ao cliente e a existência de créditos em situação de incumprimento;
· a viabilidade económico-financeira do negócio do cliente e a sua capacidade de gerar meios
capazes de responder ao serviço da dívida no futuro;
· a existência de credores privilegiados;
· a existência, natureza e o valor estimado dos colaterais;
· o endividamento do cliente com o setor financeiro;
· o montante e os prazos de recuperação estimados.
Se para determinado crédito não existe evidência objetiva de imparidade numa ótica individual, esse
crédito é incluído num grupo de créditos com características de risco de crédito semelhantes (carteira
de crédito), o qual é avaliado coletivamente – análise da imparidade numa base coletiva. Os créditos
que são avaliados individualmente e para os quais é identificada uma perda por imparidade não são
incluídos na avaliação coletiva.
Caso seja identificada uma perda por imparidade numa base individual, o montante da perda a
reconhecer corresponde à diferença entre o valor contabilístico do crédito e o valor atual dos fluxos de
caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro efetiva
original do contrato. O crédito concedido é apresentado no balanço líquido da imparidade. Para um
crédito com uma taxa de juro variável, a taxa de desconto a utilizar para a determinação da respetiva
perda de imparidade é a taxa de juro efetiva atual, determinada com base nas regras de cada contrato.
O cálculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados de um crédito garantido reflete os
fluxos de caixa que possam resultar da recuperação e venda do colateral, deduzido dos custos
inerentes com a sua recuperação e venda.
No âmbito da análise da imparidade numa base coletiva, os créditos são agrupados com base em
características semelhantes de risco de crédito, em função da avaliação de risco definida pelo Banco.
Os fluxos de caixa futuros para uma carteira de créditos, cuja imparidade é avaliada coletivamente, são
estimados com base nos fluxos de caixa contratuais e na experiência histórica de perdas. A
metodologia e os pressupostos utilizados para estimar os fluxos de caixa futuros são revistos
regularmente pelo Banco de forma a monitorizar as diferenças entre as estimativas de perdas e as
perdas reais.
Até 31 de dezembro de 2015 e de acordo com as NCA, o valor dos créditos devia ser objeto de correção,
de acordo com critérios de rigor e prudência para que refletisse a todo o tempo o seu valor realizável.
Relatório e Contas de 2016 86
Esta correção de valor (imparidade) não podia ser inferior ao que fosse determinado de acordo com o
Aviso n.º 3/95, do Banco de Portugal, o qual estabelecia o quadro mínimo de referência para a
constituição de provisões específicas e genéricas. Em 7 de dezembro de 2015, o Banco de Portugal
emitiu o Aviso nº 5/2015 com aplicação a partir de 01 de janeiro de 2016 que estabelece a adoção dos
critérios definidos pelas Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), revogando o Aviso n.º 3/95.
A política de Write-off de créditos seguida pelo Banco rege-se pelos princípios definidos pelo Banco de
Portugal na sua comunicação de 2009/01/28 (Referência: 15/09/DSBDR). Assim, o abate de créditos só
ocorre após (i) ter sido exigido o vencimento da totalidade do crédito; (ii) terem sido desenvolvidos os
esforços de cobrança considerados adequados; e (iii) as expectativas de recuperação de crédito sejam
muito reduzidas, conduzindo a um cenário extremo de imparidade total.
Cumpridos estes pressupostos, existem regras implementadas para a seleção dos créditos que poderão
ser alvo de abate ao ativo que são:
- Os créditos não podem ter garantia real associada;
- Os créditos têm de estar totalmente fechados (registados em crédito vencido na sua totalidade, sem
dívida vincenda);
- Os créditos não podem ter a marca de créditos renegociados vencidos, ou estarem envolvidos no
âmbito de um acordo de pagamento ativo;
- A provisão constituída para imparidade tem de ser no mínimo 95%, excetuando os créditos
hipotecários quando a recuperação é efetuada por via da adjudicação do imóvel, em que o valor
remanescente do crédito é, também, abatido ao ativo.
2.5. Outros ativos financeiros
Classificação
O Banco classifica os outros ativos financeiros no momento da sua aquisição considerando a intenção
que lhes está subjacente, de acordo com as seguintes categorias:
· Ativos financeiros ao justo valor através dos resultados
Esta categoria inclui: (i) os ativos financeiros de negociação, que são aqueles adquiridos com o
objetivo principal de serem transacionados no curto prazo ou que são detidos como parte
integrante de uma carteira de ativos, normalmente de títulos em relação à qual existe evidência de
atividades recentes conducentes à realização de ganhos de curto prazo, e (ii) os ativos financeiros
designados no momento do seu reconhecimento inicial ao justo valor com variações reconhecidas
em resultados.
O Banco designa, no seu reconhecimento inicial, certos ativos financeiros como ao justo valor através
de resultados quando:
Relatório e Contas de 2016 87
· tais ativos financeiros são geridos, avaliados e analisados internamente com base no
seu justo valor;
· são contratadas operações de derivados com o objetivo de efetuar a cobertura
económica desses ativos, assegurando-se assim a consistência na valorização dos
ativos e dos derivados (accounting mismatch); ou
· tais ativos financeiros contêm derivados embutidos.
Os produtos estruturados adquiridos pelo Banco que correspondem a instrumentos financeiros
contendo um ou mais derivados embutidos, por se enquadrarem sempre numa das três situações
acima descritas, seguem o método de valorização dos ativos financeiros ao justo valor através de
resultados.
· Investimentos detidos até à maturidade
Estes investimentos são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou
determináveis e maturidades definidas, que o Banco tem intenção e capacidade de deter até à
maturidade e que não foram designados, no momento do seu reconhecimento inicial, como ao
justo valor através de resultados ou como disponíveis para venda.
· Ativos financeiros disponíveis para venda
Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que: (i) o Banco
tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) são designados como disponíveis para venda
no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) não se enquadram nas categorias anteriormente
referidas.
Reconhecimento e mensuração inicial e desreconhecimento
Aquisições e alienações de: (i) ativos financeiros ao justo valor através dos resultados, (ii) investimentos
detidos até à maturidade e (iii) ativos financeiros disponíveis para venda, são reconhecidos na data da
negociação (trade date), ou seja, na data em que o Banco se compromete a adquirir ou alienar o ativo.
Os ativos financeiros são inicialmente reconhecidos ao seu justo valor adicionado dos custos de
transação, exceto nos casos de ativos financeiros ao justo valor através de resultados, caso em que
estes custos de transação são diretamente reconhecidos em resultados.
Estes ativos são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais do Banco ao recebimento
dos seus fluxos de caixa, (ii) o Banco tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios
associados à sua detenção ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os
riscos e benefícios associados à sua detenção, o Banco tenha transferido o controlo sobre os ativos.
Relatório e Contas de 2016 88
Mensuração subsequente
Após o seu reconhecimento inicial, os ativos financeiros ao justo valor através de resultados são
valorizados ao justo valor, sendo as suas variações reconhecidas em resultados.
Os ativos financeiros detidos para venda são igualmente registados ao justo valor sendo, no entanto, as
respetivas variações reconhecidas em reservas, até que os ativos sejam desreconhecidos ou seja
identificada uma perda por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas
potenciais registados em reservas é transferido para resultados. As variações cambiais associadas a
estes ativos são reconhecidas também em reservas, no caso de ações e outros títulos de capital, e em
resultados, no caso de instrumentos de dívida. Os juros, calculados à taxa de juro efetiva, e os
dividendos são reconhecidos na demonstração dos resultados.
Os investimentos detidos até à maturidade são valorizados ao custo amortizado, com base no método
da taxa efetiva e são deduzidos de perdas de imparidade.
O justo valor dos ativos financeiros cotados é o seu preço de compra corrente (bid-price). Na ausência
de cotação, o Banco estima o justo valor utilizando (i) metodologias de avaliação, tais como a utilização
de preços de transações recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado, técnicas de
fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções customizados de modo a refletir as
particularidades e circunstâncias do instrumento, e (ii) pressupostos de avaliação baseados em
informações de mercado.
Transferências entre categorias
O Banco apenas procede à transferência de ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados
ou determináveis e maturidades definidas, da categoria de ativos financeiros disponíveis para venda
para a categoria de ativos financeiros detidos até à maturidade, desde que tenha a intenção e a
capacidade de manter estes ativos financeiros até à sua maturidade.
Estas transferências são efetuadas com base no justo valor dos ativos transferidos, determinado na
data da transferência. A diferença entre este justo valor e o respetivo valor nominal é reconhecida em
resultados até à maturidade do ativo, com base no método da taxa efetiva. A reserva de justo valor
existente na data da transferência é também reconhecida em resultados com base no método da taxa
efetiva.
Após o seu reconhecimento inicial, os ativos financeiros não podem ser reclassificados para ativos
financeiros ao justo valor através de resultados.
Relatório e Contas de 2016 89
Imparidade
O Banco avalia regularmente se existe evidência objetiva de que um ativo financeiro, ou grupo de
ativos financeiros, apresenta sinais de imparidade.
Um ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que exista
evidência objetiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu
reconhecimento inicial, tais como: (i) para as ações e outros instrumentos de capital, uma
desvalorização continuada ou significativa no seu valor de mercado face ao custo de aquisição, e (ii)
para títulos de dívida, quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor estimado dos fluxos
de caixa futuros do ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, que possa ser estimado com
razoabilidade.
No que se refere aos investimentos detidos até à maturidade, as perdas por imparidade correspondem
à diferença entre o valor contabilístico do ativo e o valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados
(considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro efetiva original do ativo financeiro
e são registadas por contrapartida de resultados do exercício. Estes ativos são apresentados no
balanço líquidos de imparidade. Caso estejamos perante um ativo com uma taxa de juro variável, a
taxa de desconto a utilizar para a determinação da respetiva perda por imparidade é a taxa de juro
efetiva atual, determinada com base nas regras de cada contrato. Em relação aos investimentos
detidos até à maturidade, se num período subsequente o montante da perda por imparidade diminui, e
essa diminuição pode ser objetivamente relacionada com um evento que ocorreu após o
reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do exercício.
Quando existe evidência de imparidade nos ativos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial
acumulada em reservas, correspondente à diferença entre o custo de aquisição e o justo valor atual,
deduzida de qualquer perda por imparidade no ativo anteriormente reconhecida em resultados, é
transferida para resultados. Se num período subsequente o montante da perda por imparidade diminui,
a perda por imparidade anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do
exercício até à reposição do custo de aquisição se o aumento for objetivamente relacionado com um
evento ocorrido após o reconhecimento da perda por imparidade, exceto no que se refere a ações ou
outros instrumentos de capital, em que as mais-valias subsequentes são reconhecidas em reservas.
2.6. Ativos cedidos com acordo de recompra, empréstimos de títulos e vendas a descoberto
Títulos vendidos com acordo de recompra (repos) por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço
de venda acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são desreconhecidos do balanço. O
correspondente passivo é contabilizado em valores a pagar a outras instituições de crédito ou a
clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de venda e o valor de recompra é tratada como
juro e é diferida durante a vida do acordo, através do método da taxa efetiva.
Relatório e Contas de 2016 90
Títulos comprados com acordo de revenda (reverse repos) por um preço fixo ou por um preço que
iguala o preço de compra acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são reconhecidos no
balanço, sendo o valor de compra registado como empréstimos a outras instituições de crédito ou
clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de compra e o valor de revenda é tratada como
juro e é diferido durante a vida do acordo, através do método da taxa efetiva.
Os títulos cedidos através de acordos de empréstimo não são desreconhecidos do balanço, sendo
classificados e valorizados em conformidade com a política contabilística referida na Nota 2.5. Os
títulos recebidos através de acordos de empréstimo não são reconhecidos no balanço.
As vendas a descoberto representam títulos vendidos que não constam do ativo do Banco. São
registadas como um passivo financeiro de negociação pelo justo valor dos ativos que deverão ser
devolvidos no âmbito do acordo de revenda. Os ganhos e perdas resultantes da variação do respetivo
justo valor são diretamente reconhecidas em resultados.
2.7. Passivos financeiros
Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua
liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro,
independentemente da sua forma legal. Os passivos financeiros são desreconhecidos quando a
obrigação subjacente expira ou é cancelada.
Os passivos financeiros não derivados incluem recursos de instituições de crédito e de clientes,
empréstimos, responsabilidades representadas por títulos, outros passivos subordinados e vendas a
descoberto.
Estes passivos financeiros são registados (i) inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de
transação incorridos e (ii) subsequentemente ao custo amortizado, com base no método da taxa
efetiva, com a exceção das vendas a descoberto e dos passivos financeiros designados ao justo valor
através de resultados, as quais são registadas ao justo valor.
O Banco designa, no seu reconhecimento inicial, certos passivos financeiros como ao justo valor
através de resultados quando:
· são contratadas operações de derivados com o objetivo de efetuar a cobertura económica
desses passivos, assegurando-se assim a consistência na valorização dos passivos e dos
derivados (accounting mismatch); ou
· tais passivos financeiros contêm derivados embutidos.
Os produtos estruturados emitidos pelo Banco, por se enquadrarem sempre numa das situações acima
descritas, seguem o método de valorização dos passivos financeiros ao justo valor através de
resultados.
Relatório e Contas de 2016 91
O justo valor dos passivos financeiros cotados é o seu valor de cotação. Na ausência de cotação, o
Banco estima o justo valor utilizando metodologias de avaliação considerando pressupostos baseados
em informação de mercado, incluindo o próprio risco de crédito.
Caso o Banco recompre dívida emitida esta é anulada do balanço e a diferença entre o valor de balanço
do passivo e o valor de compra é registada em resultados.
2.8. Garantias financeiras
São considerados como garantias financeiras os contratos que requerem que o seu emitente efetue
pagamentos com vista a compensar o detentor por perdas incorridas decorrentes de incumprimentos
dos termos contratuais de instrumentos de dívida, nomeadamente o pagamento do respetivo capital
e/ou juros.
As garantias financeiras emitidas são inicialmente reconhecidas pelo seu justo valor.
Subsequentemente estas garantias são mensuradas pelo maior (i) do justo valor reconhecido
inicialmente e (ii) do montante de qualquer obrigação decorrente do contrato de garantia, mensurada à
data do balanço. Qualquer variação do valor da obrigação associada a garantias financeiras emitidas é
reconhecida em resultados.
As garantias financeiras emitidas pelo Banco normalmente têm maturidade definida e uma comissão
periódica cobrada antecipadamente, a qual varia em função do risco de contraparte, montante e
período do contrato. Nessa base, o justo valor das garantias na data do seu reconhecimento inicial é
aproximadamente equivalente ao valor da comissão inicial recebida tendo em consideração que as
condições acordadas são de mercado. Assim, o valor reconhecido na data da contratação iguala o
montante da comissão inicial recebida a qual é reconhecida em resultados durante o período a que diz
respeito. As comissões subsequentes são reconhecidas em resultados no período a que dizem respeito.
2.9. Instrumentos de capital
Um instrumento é classificado como instrumento de capital quando não existe uma obrigação
contratual da sua liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro,
independentemente da sua forma legal, evidenciando um interesse residual nos ativos de uma entidade
após a dedução de todos os seus passivos.
Custos diretamente atribuíveis à emissão de instrumentos de capital são registados por contrapartida
do capital próprio como uma dedução ao valor da emissão. Valores pagos e recebidos pelas compras e
vendas de instrumentos de capital são registados no capital próprio, líquidos dos custos de transação.
As distribuições efetuadas por conta de instrumentos de capital são deduzidas ao capital próprio como
dividendos quando declaradas.
Relatório e Contas de 2016 92
2.10. Compensação de instrumentos financeiros
Ativos e passivos financeiros são apresentados no balanço pelo seu valor líquido quando existe a
possibilidade legal de compensar os montantes reconhecidos e exista a intenção de os liquidar pelo seu
valor líquido ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. O direito legal executável não
pode ser contingente de eventos futuros, e deve ser executável no decurso normal da atividade do NBA,
assim como em caso de default, falência ou insolvência do Banco ou da contraparte.
2.11. Ativos recebidos por recuperação de crédito e ativos não correntes detidos para venda
No decurso da sua atividade corrente de concessão de crédito o Banco incorre no risco de não
conseguir que todo o seu crédito seja reembolsado. No caso de créditos com colateral de hipoteca, o
Banco procede à execução das mesmas recebendo imóveis e outros bens em dação para liquidação do
crédito concedido. Por força do disposto no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades
Financeiras (RGICSF) os bancos estão impedidos, salvo autorização concedida pelo Banco de Portugal,
de adquirir imóveis que não sejam indispensáveis à sua instalação e funcionamento ou à prossecução
do seu objeto social (nº1 do artigo 112º do RGICSF) podendo, no entanto, adquirir imóveis por reembolso
de crédito próprio, devendo as situações dai resultantes serem regularizadas no prazo de 2 anos o qual,
havendo motivo fundado, poderá ser prorrogado pelo Banco de Portugal, nas condições que este
determinar (art.114º do RGICSF).
Embora o Banco tem como objetivo a venda imediata de todos os imóveis recebidos em dação, durante
o exercício de 2016 o Banco alterou a classificação destes imóveis de Ativos não correntes detidos para
venda para Outros ativos, devido ao tempo de permanência dos mesmos em carteira ser superior a um
ano e ao consequente incumprimento das condições previstas na IFRS 5 para permanecer nesta
categoria. Contudo, o método de contabilização não se alterou, sendo registados no seu
reconhecimento inicial pelo menor de entre o seu justo valor deduzido dos custos esperados de venda e
o valor de balanço do crédito concedido objeto de recuperação. Subsequentemente, estes ativos são
mensurados ao menor de entre o valor de reconhecimento inicial e o justo valor deduzido dos custos de
venda e não são amortizados. As perdas não realizadas com estes ativos, assim determinadas, são
registadas em resultados.
As avaliações destes imóveis são efetuadas de acordo com uma das seguintes metodologias, aplicadas
de acordo com a situação específica do bem:
a) Método de Mercado
O Critério da Comparação de Mercado tem por referência valores de transação de imóveis semelhantes
e comparáveis ao imóvel objeto de estudo obtido através de prospeção de mercado realizada na zona.
b) Método do Rendimento
Relatório e Contas de 2016 93
Este método tem por finalidade estimar o valor do imóvel a partir da capitalização da sua renda líquida,
atualizado para o momento presente, através do método dos fluxos de caixa descontados.
c) Método do Custo
O Método de Custo é um critério que decompõe o valor da propriedade nas suas componentes
fundamentais: valor do solo urbano e o valor da urbanidade; valor da construção; e valor de custos
indiretos.
As avaliações realizadas são conduzidas por entidades independentes especializadas neste tipo de
serviços. Os relatórios de avaliação são analisados internamente com aferição da adequação dos
processos, comparando os valores de venda com os valores reavaliados dos imóveis.
Ativos não correntes ou grupos para alienação (grupo de ativos a alienar em conjunto numa só
transação e passivos diretamente associados que incluem pelo menos um ativo não corrente) são
classificados como detidos para venda quando o seu valor de balanço for recuperado principalmente
através de uma transação de venda (incluindo os adquiridos exclusivamente com o objetivo da sua
venda), os ativos ou grupos para alienação estiverem disponíveis para venda imediata e a venda for
altamente provável.
Imediatamente antes da classificação inicial do ativo (ou grupo para alienação) como detido para
venda, a mensuração dos ativos não correntes (ou de todos os ativos e passivos do grupo para
alienação) é efetuada de acordo com os IFRS aplicáveis. Subsequentemente, estes ativos ou grupos
para alienação são remensurados ao menor valor entre o valor de reconhecimento inicial e o justo valor
deduzido dos custos de venda, sendo as perdas não realizadas assim apuradas registadas em
resultados do exercício.
2.12. Outros ativos tangíveis
Os outros ativos tangíveis do Banco encontram-se valorizados ao custo deduzido das respetivas
amortizações acumuladas e perdas por imparidade. O custo inclui despesas que são diretamente
atribuíveis à aquisição dos bens.
Os custos subsequentes com os outros ativos tangíveis são reconhecidos apenas se for provável que
deles resultarão benefícios económicos futuros para o Banco. Todas as despesas com manutenção e
reparação são reconhecidas como custo, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
Os terrenos não são amortizados. As amortizações dos outros ativos tangíveis são calculadas segundo
o método das quotas constantes, às seguintes taxas de amortização que refletem a vida útil esperada
dos bens:
Relatório e Contas de 2016 94
Quando existe indicação de que um ativo possa estar em imparidade, o IAS 36 exige que o seu valor
recuperável seja estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor
líquido de um ativo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas na
demonstração dos resultados.
O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu
valor de uso, sendo este calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa estimados futuros que se
esperam vir a obter do uso continuado do ativo e da sua alienação no fim da sua vida útil.
2.13. Ativos intangíveis
Os custos incorridos com a aquisição, produção e desenvolvimento de software são capitalizados,
assim como as despesas adicionais suportadas pelo Banco necessárias à sua implementação. Estes
custos são amortizados de forma linear ao longo da vida útil esperada destes ativos a qual se situa
normalmente entre 3 a 6 anos.
Os custos diretamente relacionados com o desenvolvimento de aplicações informáticas, sobre os quais
seja expectável que estes venham a gerar benefícios económicos futuros para além de um exercício,
são reconhecidos e registados como ativos intangíveis. Estes custos incluem as despesas com os
empregados das empresas do Grupo especializadas em informática enquanto estiverem diretamente
afetos aos projetos em causa.
Todos os restantes encargos relacionados com os serviços informáticos são reconhecidos como custos
quando incorridos.
2.14. Locações
O Banco classifica as operações de locação como locações financeiras ou locações operacionais, em
função da sua substância e não da sua forma legal cumprindo os critérios definidos no IAS 17 –
Locações. São classificadas como locações financeiras as operações em que os riscos e benefícios
Número de anos
Imóveis de serviço próprio 35 a 50Beneficiações em edifícios arrendados 10Equipamento informático 4 a 5Mobiliário e material 4 a 10Instalações interiores 5 a 12Equipamento de segurança 4 a 10Máquinas e ferramentas 4 a 10Material de transporte 4Outro equipamento 5
Relatório e Contas de 2016 95
inerentes à propriedade de um ativo são substancialmente transferidos para o locatário. Todas as
restantes operações de locação são classificadas como locações operacionais.
Locações operacionais
Os pagamentos efetuados pelo Banco à luz dos contratos de locação operacional são registados em
custos nos períodos a que dizem respeito.
Locações financeiras
· Como locatário
Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início, no ativo e no passivo, pelo
custo de aquisição da propriedade locada, que é equivalente ao valor atual das rendas de locação
vincendas. As rendas são constituídas (i) pelo encargo financeiro que é debitado em resultados e (ii)
pela amortização financeira do capital que é deduzida ao passivo. Os encargos financeiros são
reconhecidos como custos ao longo do período da locação, a fim de produzirem uma taxa de juro
periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo em cada período.
· Como locador
Os contratos de locação financeira são registados no balanço como créditos concedidos pelo valor
equivalente ao investimento líquido realizado nos bens locados, juntamente com qualquer valor
residual não garantido estimado.
Os juros incluídos nas rendas debitadas aos clientes são registadas como proveitos enquanto as
amortizações de capital, também incluídas nas rendas, são deduzidas ao valor do crédito concedido a
clientes. O reconhecimento dos juros reflete uma taxa de retorno periódica constante sobre o
investimento líquido remanescente do locador.
2.15. Benefícios aos empregados
Pensões
Decorrente da assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e subsequentes alterações decorrentes
dos 3 acordos tripartidos conforme descritos na Nota 13, o Banco constituiu um fundo de pensões e
outros mecanismos tendo em vista assegurar a cobertura das responsabilidades assumidas para com
pensões de reforma por velhice, invalidez, sobrevivência e ainda por cuidados médicos.
A cobertura das responsabilidades é assegurada através de um fundo de pensões gerido pela GNB –
Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A..
Relatório e Contas de 2016 96
Os planos de pensões existentes no Banco correspondem a planos de benefícios definidos, uma vez que
definem os critérios de determinação do valor da pensão que um empregado receberá durante a
reforma, usualmente dependente de um ou mais fatores como sejam a idade, anos de serviço e
retribuição.
As responsabilidades do Banco com pensões de reforma são calculadas semestralmente, em 31 de
dezembro e 30 de junho de cada ano, individualmente para cada plano, com base no Método da
Unidade de Crédito Projetada. A taxa de desconto utilizada neste cálculo é determinada com base nas
taxas de mercado associadas a emissões de obrigações de empresas de alta qualidade, denominadas
na moeda em que os benefícios serão pagos e com maturidade semelhante à data do termo das
obrigações do plano.
O juro líquido com o plano de pensões é calculado pelo Banco multiplicando o ativo/responsabilidade
líquido com pensões de reforma (responsabilidades deduzidas do justo valor dos ativos do fundo) pela
taxa de desconto utilizada para efeitos da determinação das responsabilidades com pensões de
reforma atrás referida. Nessa base, o juro líquido foi apurado através do custo dos juros associado às
responsabilidades com pensões de reforma líquidas do rendimento esperado dos ativos do fundo,
ambos mensurados com base na taxa de desconto utilizada no cálculo das responsabilidades.
Os ganhos e perdas de remensuração, nomeadamente (i) os ganhos e perdas atuariais, resultantes das
diferenças entre os pressupostos atuariais utilizados e os valores efetivamente verificados (ganhos e
perdas de experiência) e das alterações de pressupostos atuariais e (ii) os ganhos e perdas decorrentes
da diferença entre o rendimento teórico dos ativos do fundo e os valores obtidos, são reconhecidos por
contrapartida de capital próprio na rubrica de outro rendimento integral.
O Banco reconhece na sua demonstração de resultados um valor total líquido que inclui (i) o custo do
serviço corrente, (ii) o juro líquido com o plano de pensões, (iii) o efeito das reformas antecipadas, (iv) os
custos com serviços passados e (v) os efeitos de qualquer liquidação ou corte ocorridos no período. O
juro líquido com o plano de pensões é reconhecido como juros e proveitos similares ou juros e custos
similares consoante a sua natureza. Os encargos com reformas antecipadas correspondem ao
aumento de responsabilidades decorrente da reforma ocorrer antes do empregado atingir os 65 anos
de idade. Sempre que for invocada a possibilidade de reformas antecipadas prevista no regulamento do
fundo de pensões, as responsabilidades do mesmo têm que ser incrementadas pelo valor do cálculo
atuarial das responsabilidades correspondentes ao período que ainda falta ao colaborador para
perfazer os 65 anos.
O Banco efetua pagamentos ao fundo de forma a assegurar a solvência do mesmo, sendo os níveis
mínimos fixados pelo Banco de Portugal como segue: (i) financiamento integral no final de cada
exercício das responsabilidades atuariais por pensões em pagamento e (ii) financiamento a um nível
mínimo de 95% do valor atuarial das responsabilidades por serviços passados do pessoal no ativo.
Relatório e Contas de 2016 97
O Banco avalia a recuperabilidade do eventual excesso do fundo em relação às responsabilidades com
pensões de reforma, tendo por base a expectativa de redução em futuras contribuições necessárias.
Benefícios de saúde
Aos trabalhadores bancários é assegurada pelo Banco a assistência médica através de um Serviço de
Assistência Médico-Social. O Serviço de Assistência Médico-Social – SAMS – constitui uma entidade
autónoma e é gerido pelo Sindicato respetivo.
O SAMS proporciona, aos seus beneficiários, serviços e/ou comparticipações em despesas no domínio
de assistência médica, meios auxiliares de diagnóstico, medicamentos, internamentos hospitalares e
intervenções cirúrgicas, de acordo com as suas disponibilidades financeiras e regulamentação interna.
Constituem contribuições obrigatórias para os SAMS, a cargo do Banco, a verba correspondente a
6,50% do total das retribuições efetivas dos trabalhadores no ativo, incluindo, entre outras, o subsídio
de férias e o subsídio de Natal.
Com o novo ACT, as contribuições para o SAMS, a cargo do Banco, a partir de 01 de fevereiro de 2017
passarão a corresponder a um montante fixo (conforme Anexo VI do novo ACT) por cada colaborador,
14 vezes num ano.
O cálculo e registo das obrigações do Banco com benefícios de saúde atribuíveis aos trabalhadores na
idade da reforma são efetuados de forma semelhante às responsabilidades com pensões. Estes
benefícios estão cobertos pelo Fundo de Pensões que passou a integrar todas as responsabilidades com
pensões e benefícios de saúde.
Prémios de antiguidade e Prémio de carreira
No âmbito do anterior Acordo Coletivo de Trabalho do Setor Bancário, que vigorou até julho de 2016, o
NBA assumiu o compromisso de pagar aos seus trabalhadores, quando estes completassem 15, 25 e 30
anos ao serviço do Banco, prémios de antiguidade de valor correspondente a uma, duas ou três vezes,
respetivamente, o salário mensal recebido à data de pagamento destes prémios.
À data da passagem à situação de invalidez ou invalidez presumível, o trabalhador tinha direito a um
prémio de antiguidade de valor proporcional àquele de que beneficiaria se continuasse ao serviço até
reunir os pressupostos do escalão seguinte.
Os prémios de antiguidade eram contabilizados pelo Banco de acordo com o IAS 19, como outros
benefícios de longo prazo a empregados.
O valor das responsabilidades do Banco com estes prémios de antiguidade era estimado
semestralmente com base no Método da Unidade de Crédito Projetada. Os pressupostos atuariais
utilizados baseavam-se em expectativas de futuros aumentos salariais e tábuas de mortalidade. A taxa
Relatório e Contas de 2016 98
de desconto utilizada neste cálculo era determinada com base na mesma metodologia descrita nas
pensões de reforma.
Em cada período, o aumento da responsabilidade com prémios de antiguidade, incluindo ganhos e
perdas atuariais e custos de serviços passados, era reconhecido em resultados.
Decorrente da assinatura do novo ACT em 5 de julho de 2016 o prémio de antiguidade terminou, tendo
o Banco procedido ao pagamento, aos seus colaboradores, dos proporcionais respeitantes ao prémio
que seria devido à data de entrada em vigor do novo ACT.
Em substituição do prémio de antiguidade o novo ACT prevê o pagamento por parte do Banco de um
prémio de carreira, devido no momento imediatamente anterior ao da reforma do colaborador caso o
mesmo se reforme ao serviço do Banco, correspondente a 1,5 do seu salário no momento do
pagamento.
O prémio de carreira é contabilizado pelo Banco de acordo com o IAS 19, como outro benefício de longo
prazo a empregados. Os efeitos das remensurações e custos de serviços passados deste benefício são
reconhecidos em resultados do exercício, à semelhança do modelo de contabilização dos prémios de
antiguidade.
O valor das responsabilidades do Banco com este prémio de carreira é estimado periodicamente com
base no Método da Unidade de Crédito Projetada. Os pressupostos atuariais utilizados baseiam-se em
expectativas de futuros aumentos salariais e tábuas de mortalidade. A taxa de desconto utilizada neste
cálculo é determinada com base na mesma metodologia descrita nas pensões de reforma.
Remunerações variáveis aos empregados
De acordo com o IAS 19 – Benefícios dos empregados, as remunerações variáveis (participação nos
lucros, prémios e outras) atribuídas aos empregados e, eventualmente, aos membros executivos dos
órgãos de administração, são contabilizadas em resultados do exercício a que respeitam.
2.16. Impostos sobre o rendimento
Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos
sobre lucros são reconhecidos em resultados, exceto quando estão relacionados com itens que são
reconhecidos diretamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida
dos capitais próprios. Os impostos reconhecidos nos capitais próprios decorrentes da reavaliação de
ativos financeiros disponíveis para venda são posteriormente reconhecidos em resultados no momento
em que forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem.
Relatório e Contas de 2016 99
Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável
apurado de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada ou
substancialmente aprovada em cada jurisdição.
Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço, sobre
as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base fiscal,
utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço e que se
espera virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.
Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis, das
diferenças resultantes do reconhecimento inicial de ativos e passivos que não afetem quer o lucro
contabilístico quer o fiscal, que não resultem de uma concentração de atividades empresariais, e de
diferenças relacionadas com investimentos em subsidiárias na medida em que não seja provável que se
revertam no futuro e o Banco não controla a tempestividade da reversão das diferenças temporais. Os
impostos diferidos ativos são reconhecidos apenas na medida em que seja expectável que existam
lucros tributáveis no futuro, capazes de absorver as diferenças temporárias dedutíveis. Os impostos
diferidos passivos são sempre contabilizados, independentemente da performance do NBA.
2.17. Provisões e passivos contingentes
São reconhecidas provisões quando (i) o Banco tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, (ii)
seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa
fiável do valor dessa obrigação.
Nos casos em que o efeito do desconto é material, a provisão corresponde ao valor atual dos
pagamentos futuros esperados, descontados a uma taxa que considera o risco associado à obrigação.
São reconhecidas provisões para reestruturação quando o Banco tenha aprovado um plano de
reestruturação formal e detalhado e tal reestruturação tenha sido iniciada ou anunciada publicamente.
Uma provisão para contratos onerosos é reconhecida quando os benefícios esperados de um contrato
formalizado sejam inferiores aos custos que inevitavelmente o Banco terá de incorrer de forma a
cumprir as obrigações dele decorrentes. Esta provisão é mensurada com base no valor atual do menor
de entre os custos de terminar o contrato ou os custos líquidos estimados resultantes da sua
continuação.
Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Os passivos
contingentes são sempre objeto de divulgação, exceto nos casos em que a possibilidade da sua
concretização seja remota.
Relatório e Contas de 2016 100
2.18. Reconhecimento de juros
Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado e de
ativos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares
ou juros e custos similares, utilizando o método da taxa efetiva. Os juros dos ativos e dos passivos
financeiros ao justo valor através dos resultados são também incluídos na rubrica de juros e proveitos
similares ou juros e custos similares, respetivamente.
A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos futuros
estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais
curto, para o valor líquido atual de balanço do ativo ou passivo financeiro. A taxa de juro efetiva é
estabelecida no reconhecimento inicial dos ativos e passivos financeiros e não é revista
subsequentemente, exceto no que se refere a ativos e passivos financeiros a taxa variável a qual é
reestimada periodicamente tendo em consideração os impactos nos cash flows futuros estimados
decorrentes da variação na taxa de juro de referência.
Para o cálculo da taxa de juro efetiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando todos os
termos contratuais do instrumento financeiro (por exemplo opções de pagamento antecipado), não
considerando, no entanto, eventuais perdas de crédito futuras. O cálculo inclui as comissões que sejam
parte integrante da taxa de juro efetiva, custos de transação e todos os prémios e descontos
diretamente relacionados com a transação.
Os juros de crédito a clientes inclui o juro de crédito a clientes para os quais foi reconhecida
imparidade.
No que se refere aos instrumentos financeiros derivados, com exceção daqueles classificados como
derivados para gestão de risco (ver Nota 2.3), a componente de juro inerente à variação de justo valor
não é separada e é classificada na rubrica de resultados de ativos e passivos ao justo valor através de
resultados. A componente de juro inerente à variação de justo valor dos instrumentos financeiros
derivados para gestão do risco é reconhecida nas rubricas de juros e proveitos similares ou juros e
custos similares.
2.19. Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissões
Os rendimentos de serviços e comissões são reconhecidos da seguinte forma:
· Os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um ato significativo, como por
exemplo comissões na sindicação de empréstimos, são reconhecidos em resultados quando o ato
significativo tiver sido concluído;
· Os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são
reconhecidos em resultados no exercício a que se referem;
Relatório e Contas de 2016 101
· Os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efetiva de
um instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efetiva.
2.20. Reconhecimento de dividendos
Os rendimentos de instrumentos de capital (dividendos) são reconhecidos quando o direito de receber o
seu pagamento é estabelecido.
2.21. Reporte por segmentos
Considerando que o Banco não detém títulos de capital próprio ou de dívida que sejam negociados
publicamente, à luz do parágrafo 2 do IFRS 8 – Segmentos Operacionais, o Banco não apresenta
informação relativa aos segmentos.
2.22. Resultados por ação
Os resultados por ação básicos são calculados dividindo o resultado líquido atribuível aos acionistas do
Banco pelo número médio ponderado de ações ordinárias em circulação, excluindo o número médio de
ações próprias detidas pelo Banco.
Para o cálculo dos resultados por ação diluídos, o número médio ponderado de ações ordinárias em
circulação é ajustado de forma a refletir o efeito de todas as potenciais ações ordinárias diluidoras,
como as resultantes de dívida convertível e de opções sobre ações próprias concedidas aos
trabalhadores. O efeito da diluição traduz-se numa redução nos resultados por ação, resultante do
pressuposto de que os instrumentos convertíveis são convertidos ou de que as opções concedidas são
exercidas.
2.23. Caixa e equivalentes de caixa
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores
registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de
aquisição/contratação, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em Bancos Centrais e outras
instituições de crédito.
A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados junto de
Bancos Centrais.
Relatório e Contas de 2016 102
NOTA 3 – PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS UTILIZADOS NA ELABORAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Considerando que o atual quadro contabilístico exige que sejam realizados julgamentos e calculadas
estimativas que incorporam algum grau de subjetividade, o uso de parâmetros diferentes ou
julgamentos com base em evidências diferentes podem resultar em estimativas diferentes. As
principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios
contabilísticos pelo Banco são discutidas nesta Nota com o objetivo de melhorar o entendimento de
como a sua aplicação afeta os resultados reportados do Banco e a sua divulgação.
3.1. Imparidade dos ativos financeiros disponíveis para venda
O Banco determina que existe imparidade nos seus ativos financeiros disponíveis para venda quando
existe uma desvalorização continuada ou de valor significativo no seu justo valor ou quando prevê
existir um impacto nos fluxos de caixa futuros dos ativos. Esta determinação requer julgamento, no
qual o Banco recolhe e avalia toda a informação relevante à formulação da decisão, nomeadamente a
volatilidade normal dos preços dos instrumentos financeiros. Para o efeito e em consequência da forte
volatilidade dos mercados consideraram-se os seguintes parâmetros como triggers da existência de
imparidade:
(i) Títulos de capital: desvalorização continuada ou de valor significativo no seu valor de mercado face
ao custo de aquisição;
(ii) Títulos de dívida: sempre que exista evidência objetiva de eventos com impacto no valor recuperável
dos fluxos de caixa futuros destes ativos.
Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado (mark to market) ou de
modelos de avaliação (mark to model) os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou
de julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor.
A utilização de metodologias alternativas e de diferentes pressupostos e estimativas, poderá resultar
num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas. O valor de imparidade para ativos
financeiros disponíveis para venda apurado com base nos critérios acima referidos encontra-se
indicado na Nota 19.
3.2. Justo valor dos instrumentos financeiros derivados e outros ativos e passivos financeiros
valorizados ao justo valor
O justo valor é baseado em cotações de mercado, quando disponíveis, e na ausência de cotação é
determinado com base na utilização de preços de transações recentes, semelhantes e realizadas em
Relatório e Contas de 2016 103
condições de mercado, ou com base em metodologias de avaliação, baseadas em técnicas de fluxos de
caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o valor temporal, a curva de
rentabilidade e fatores de volatilidade, em conformidade com os princípios do IFRS 13 – Mensuração
pelo justo valor. Estas metodologias podem requerer a utilização de pressupostos ou julgamentos na
estimativa do justo valor.
Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias ou de diferentes pressupostos ou
julgamentos na aplicação de determinado modelo, poderia originar valorizações diferentes daquelas
reportadas e resumidas nas Notas 36 e 37.
3.3. Perdas por imparidade no crédito sobre clientes
O Banco efetua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de
imparidade, conforme referido na Nota 2.4.
O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por imparidade
deve ser reconhecida é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Este processo inclui fatores como
a frequência de incumprimento, notações de risco, taxas de recuperação das perdas e as estimativas,
quer dos fluxos de caixa futuros, quer do momento do seu recebimento.
A utilização de metodologias alternativas e de outros pressupostos e estimativas poderiam resultar em
níveis diferentes das perdas por imparidade reconhecidas.
O valor de imparidade para crédito a clientes apurado com base nos critérios acima referidos encontra-
se indicado na Nota 21.
3.4. Impostos sobre o rendimento
O Banco encontra-se sujeito ao pagamento de impostos sobre o rendimento. A determinação do
montante global de impostos sobre o rendimento requer determinadas interpretações e estimativas.
Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre o
rendimento, correntes e diferidos, reconhecidos no exercício e evidenciadas na Nota 30.
As declarações de autoliquidação do IRC do Banco ficam sujeitas a inspeção e eventual ajustamento
pelas Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos ou durante o período em que seja
possível deduzir prejuízos fiscais ou créditos de imposto (até doze anos, em função do exercício em que
forem apurados). Desta forma, é possível que haja correções à matéria coletável, resultantes
principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho
de Administração do Banco de que não haverá correções significativas aos impostos sobre lucros
registados nas demonstrações financeiras.
Relatório e Contas de 2016 104
3.5. Pensões e outros benefícios a empregados
A determinação das responsabilidades por pensões de reforma apresentada na Nota 13 requer a
utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de tábuas atuariais, pressupostos de
crescimento das pensões e dos salários e taxas de desconto. Estes pressupostos são baseados nas
expectativas do Banco para o período durante o qual irão ser liquidadas as responsabilidades e outros
fatores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades do plano de pensões. A análise de
sensibilidade aos pressupostos acima é apresentada na Nota 13.
Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto significativo nos valores determinados.
NOTA 4 – REPORTE POR SEGMENTOS
Considerando que o Banco não detém títulos de capital próprio ou de dívida que sejam negociados
publicamente, à luz do parágrafo 2 do IFRS 8 – Segmentos Operacionais, o Banco não apresenta
informação relativa aos segmentos.
NOTA 5 – MARGEM FINANCEIRA
O valor desta rubrica é composto por:
(milhares de euros)
De ativos/ passivos ao
custo amortizado e ativos
disponíveis para venda
De ativos/ passivos ao justo valor através de
resultados
Total
De ativos/ passivos ao
custo amortizado e ativos
disponíveis para venda
De ativos/ passivos ao justo valor através de
resultados
Total
Juros e proveitos similaresJuros de crédito 10 182 149 10 331 11 334 129 11 463 Juros de ativos financeiros disponíveis para venda 561 - 561 416 - 416 Juros de disponibilidades e aplicações em instituições de crédito 2 810 - 2 810 1 709 - 1 709 Juros de derivados para gestão de risco - - - - 510 510
13 553 149 13 702 13 459 639 14 098 Juros e custos similares
Juros de recursos de clientes 3 284 - 3 284 4 932 - 4 932 Juros de recursos de bancos centrais e instituições de crédito 4 314 - 4 314 2 086 - 2 086 Juros de derivados para gestão de risco - 198 198 - 563 563 Outros juros e custos similares 62 - 62 37 - 37
7 660 198 7 858 7 055 563 7 618
5 893 ( 49) 5 844 6 404 76 6 480
31.12.2016 31.12.2015
As rubricas de proveitos e custos relativos a juros dos derivados para gestão de risco incluem, de
acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.3 e 2.18, os juros dos derivados de cobertura e os
juros dos derivados contratados com o objetivo de efetuar a cobertura económica de determinados
ativos e passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados, conforme políticas
contabilísticas descritas nas Notas 2.4, 2.5 e 2.7.
Relatório e Contas de 2016 105
NOTA 6 – RESULTADOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES
O valor desta rubrica é composto por:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Rendimentos de serviços e comissõesPor serviços bancários prestados 3 159 3 755 Por garantias prestadas 2 129 2 087 Por operações realizadas com títulos 23 22 Por compromissos perante terceiros - 46 Outros rendimentos de serviços e comissões 325 257
5 636 6 167
Encargos com serviços e comissõesPor serviços bancários prestados por terceiros 507 607 Por operações realizadas com títulos 47 43 Outros encargos com serviços e comissões 9 12
563 662
5 073 5 505
NOTA 7 – RESULTADOS DE ATIVOS E PASSIVOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS
O valor desta rubrica é composto por:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total
Instrumentos financeiros derivados
Contratos sobre taxas de juro 525 366 159 384 363 21 Contratos sobre ações/índices 2 2 - 1 1 - Outros 154 - 154 - - -
681 368 313 385 364 21
Outros ativos e passivos financeiros ao justo valoratravés de resultados
Títulos
Ações - - - 1 - 1 - - - 1 - 1
Outros ativos financeiros (1)
Crédito a clientes 254 115 139 36 184 ( 148)
254 115 139 36 184 ( 148)
Passivos financeiros (1)
Recursos de clientes - - - 190 49 141 - - - 190 49 141
254 115 139 227 233 ( 6)
935 483 452 612 597 15
(1) inclui a variação de justo valor de ativos/passivos objecto de cobertura ou ao fair value option , conforme apresentado na Nota 22
Relatório e Contas de 2016 106
NOTA 8 – RESULTADOS DE ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA
O valor desta rubrica é composto por:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total
Ações 1 536 10 1 526 9 - 9
1 536 10 1 526 9 - 9
O ganho de 1 536 milhares de euros diz respeito à operação de aquisição da Visa Inc. por parte da Visa
International.
NOTA 9 – RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL
O valor desta rubrica é composto por:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total
Reavaliação cambial 6 547 6 460 87 13 813 13 617 196
6 547 6 460 87 13 813 13 617 196
Esta rubrica inclui os resultados decorrentes de reavaliação cambial de ativos e passivos monetários
expressos em moeda estrangeira de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.2.
NOTA 10 – RESULTADOS DA ALIENAÇÃO DE OUTROS ATIVOS
O valor desta rubrica é composto por:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Imóveis recebidos em dação ( 233) 5
( 233) 5
Relatório e Contas de 2016 107
NOTA 11 – OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO
O valor desta rubrica é composto por:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Outros proveitos/ (custos) de exploração( 56) ( 43)
Contribuição sobre o setor bancário ( 461) ( 180)- ( 20)
Contribuições para o Fundo de Resolução ( 84) ( 49)Contribuições para o Fundo Único de Resolução ( 26) ( 134)
( 2) ( 2) 623 386 321 15
315 ( 27)
Outros
Impostos diretos e indiretos
Contribuições para o fundo de garantia de depósitos
Quotizações e donativosProveitos não recorrentes em operações de crédito
NOTA 12 – CUSTOS COM PESSOAL
O valor dos custos com pessoal é composto por:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Vencimentos e salários 2 832 3 081 Remunerações 2 832 3 037 Prémios de carreira / por antiguidade (ver Nota 13) - 44
Outros encargos sociais obrigatórios 928 945 Custos com benefícios pós emprego (ver Nota 13) - 1 Outros custos 14 18
3 774 4 045
Por categoria profissional, o número de colaboradores do Banco analisa-se como segue:
31.12.2016 31.12.2015
Funções diretivas 2 2
Funções de chefia 19 22
Funções específicas 30 29
Funções administrativas 32 44
83 97
Relatório e Contas de 2016 108
As provisões e custos relacionados com o processo de reestruturação em curso encontram-se
apresentados na Nota 29.
NOTA 13 – BENEFÍCIOS A EMPREGADOS
Pensões de reforma e benefícios de saúde
Em conformidade com o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) celebrado com os sindicatos e vigente para
o setor bancário, o Banco assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados, ou às suas
famílias, prestações pecuniárias a título de reforma por velhice, invalidez e pensões de sobrevivência.
Estas prestações consistem numa percentagem, crescente em função do número de anos de serviço do
empregado, aplicada à tabela salarial negociada anualmente para o pessoal no ativo.
Em 30 de dezembro de 1987, o Banco constituiu um fundo de pensões fechado para cobrir as prestações
pecuniárias a título de reforma por velhice, invalidez e pensões de sobrevivência, relativamente às
obrigações consagradas no âmbito do ACT. Posteriormente e após obtida autorização do Instituto de
Seguros de Portugal, procedeu à alteração do Contrato Constitutivo do Fundo de Pensões que passou a
integrar todas as responsabilidades para com pensões e benefícios de saúde (SAMS) e, no exercício de
2009, o subsídio por morte. Em Portugal, os fundos têm como sociedade gestora a GNB – Sociedade
Gestora de Fundos de Pensões, S.A..
Estão abrangidos por este benefício os empregados admitidos até 31 de dezembro de 2008. As novas
admissões a partir daquela data beneficiam do regime geral da Segurança Social.
Adicionalmente, com a publicação do Decreto-Lei n.1-A / 2011, de 3 de janeiro, todos os trabalhadores
bancários beneficiários da CAFEB – Caixa de Abono de Família dos Empregados Bancários foram
integrados no Regime Geral de Segurança Social a partir de 1 de janeiro de 2011, que passou a
assegurar a proteção dos colaboradores nas eventualidades de maternidade, paternidade e adoção e
ainda de velhice, permanecendo sob a responsabilidade dos bancos a proteção na doença, invalidez,
sobrevivência e morte.
As pensões de reforma dos bancários integrados na Segurança Social no âmbito do 2.º acordo
tripartido continuam a ser calculadas conforme o disposto no ACT e restantes convenções, havendo
contudo lugar a uma pensão a receber do Regime Geral, cujo montante tem em consideração os anos
de descontos para este regime. Aos bancos compete assegurar a diferença entre a pensão determinada
de acordo com o disposto no ACT e aquela que o empregado vier a receber da Segurança Social.
A taxa contributiva é de 26,6%, cabendo 23,6% à entidade empregadora e 3% aos trabalhadores, em
substituição da Caixa de Abono de Família dos Empregados Bancários (CAFEB) que foi extinta por
aquele mesmo diploma. Em consequência desta alteração, o direito à pensão dos empregados no ativo
passa a ser coberto nos termos definidos pelo Regime Geral da Segurança Social, tendo em conta o
Relatório e Contas de 2016 109
tempo de serviço prestado de 1 de janeiro de 2011 até à idade da reforma, passando os bancos a
suportar o diferencial necessário para a pensão garantida nos termos do Acordo Coletivo de Trabalho.
No final do exercício de 2011 na sequência do 3º acordo tripartido, foi decidida a transmissão para a
esfera da Segurança Social, das responsabilidades com pensões em pagamento dos reformados e
pensionistas que se encontravam nessa condição à data de 31 de dezembro de 2011.
Ao abrigo deste acordo tripartido, foi efetuada a transmissão para a esfera da Segurança Social, das
responsabilidades com pensões em pagamento à data de 31 de dezembro de 2011, a valores constantes
(taxa de atualização 0%), na componente prevista no Instrumento de Regulação Coletiva de Trabalho
(IRCT) dos trabalhadores bancários, incluindo as eventualidades de morte, invalidez e sobrevivência. As
responsabilidades relativas às atualizações das pensões, benefícios complementares, contribuições
para o SAMS, subsídio de morte e pensões de sobrevivência diferida, permaneceram na esfera da
responsabilidade das instituições financeiras com o financiamento a ser assegurado através dos
respetivos fundos de pensões.
O acordo estabeleceu ainda que os ativos dos fundos de pensões das respetivas instituições financeiras,
na parte afeta à satisfação das responsabilidades pelas pensões referidas, fossem transmitidos para o
Estado.
Os pressupostos atuariais utilizados no cálculo das responsabilidades são como segue:
Pressupostos Verificado Pressupostos Verificado
Pressupostos Atuariais
Taxas de rendimento esperado 2,10% -4,49% 2,50% 0,31%
Taxa de desconto 2,10% - 2,50% -
Taxa de crescimento de pensões 0,25% 1,25% 0,00% -0,02%
Taxa de crescimento salarial 0,50% 1,39% 0,50% 1,45%
Tábua de Mortalidade masculina
Tábua de Mortalidade feminina
(3) até 2019, a partir de 2020 considerou-se uma taxa de crescimento de 0,50%(4) até 2019, a partir de 2020 considerou-se uma taxa de crescimento de 1,00%
TV 73/77 - 2 anos
TV 88/90-2 anos
31.12.2016
(1) 0,75% em 2017; em 2018 e 2019 considerou-se uma taxa de crescimento de 0,00% e a partir de 2020 considerou-se uma taxa de crescimento de0,25%(2) 0,75% em 2017; a partir de 2018 considerou-se uma taxa de crescimento de 0,50%
31.12.2015
TV 88/90 - 2 anos
TV 73/77-2 anos
(��
(��
(��
(��
Os participantes no plano de pensões são desagregados da seguinte forma:
31.12.2016 31.12.2015
Ativos 65 80 Reformados 54 39
TOTAL 119 119
A aplicação do IAS 19 traduz-se nas seguintes responsabilidades e níveis de cobertura reportáveis 31 de
dezembro de 2016 e 2015:
Relatório e Contas de 2016 110
(milhares de euros)
Ativos/(responsabilidades) líquidas reconhecidas em balanço
Responsabilidades ( 18 464) ( 16 288)
Coberturas Saldos dos Fundos 18 464 16 288
Ativos/(responsabilidades) líquidos em balanço (ver Nota 31) - -
Desvios atuariais acumulados reconhecidos em outro rendimento integral 9 077 6 719
31.12.201531.12.2016
De acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.15 – Benefícios aos empregados, o Banco
procede ao cálculo das responsabilidades com pensões de reforma e dos ganhos e perdas atuariais
semestralmente.
A evolução das responsabilidades com pensões de reforma e benefícios de saúde pode ser analisada
como segue:
(milhares de euros)
Responsabilidades no início do exercício 16 288 15 674
Custo do serviço corrente - 1 Custo dos juros 403 390 Contribuições dos participantes 33 33 (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades
Alteração de pressupostos demográficos - 787 Alteração de pressupostos financeiros ( 744) ( 445)(Ganhos) e perdas de experiência 1 997 ( 79)
Pensões pagas pelo fundo ( 273) ( 73)SAMS ( 202) - Reformas antecipadas 962 -
Responsabilidades no final do exercício 18 464 16 288
31.12.2016 31.12.2015
A evolução do valor dos fundos de pensões pode ser analisada como segue:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Saldo dos fundos no início do exercício 16 288 15 674
Rendimento real do fundo ( 731) 55 Contribuições do Banco 3 147 599 Contribuições dos empregados 33 33 Pensões pagas pelo fundo ( 273) ( 73)
Saldo dos fundos no final do exercício 18 464 16 288
Relatório e Contas de 2016 111
Os ativos dos fundos de pensões utilizados pelo Banco são detalhados como seguem:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Ações 884 4 185
Obrigações 2 298 8 671
Imóveis 138 293
Outros 15 144 3 139
Total 18 464 16 288
Nos ativos do fundo de pensões não constam quaisquer títulos emitidos pelo Banco ou imóveis
utilizados em serviço próprio.
A evolução dos desvios atuariais diferidos em balanço pode ser analisada como segue:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Desvios atuariais no início do exercício 6 719 6 135
(Ganhos) e perdas atuariais do exercício - Alteração de pressupostos ( 744) 342 - (Ganhos) e perdas de experiência 3 102 242
Desvios atuariais reconhecidos em outro rendimento integral 9 077 6 719
Os custos do exercício com pensões de reforma e com benefícios de saúde podem ser analisados como
segue:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Custo do serviço corrente - 1Custo/ (proveito) de juros 29 14
SAMS (1) ( 202) -
Reformas antecipadas (2) 962 -
Custos do exercício 789 15
(1) o valor referente ao SAMS foi registado em Outros proveitos de exploração(2) as reformas antecipadas foram registadas como utilização da provisão para reestruturação (ver Nota 29)
A evolução dos activos / (responsabilidades) líquidas em balanço nos exercícios findos em 31 de
dezembro de 2016 e 2015 pode ser analisada como segue:
Relatório e Contas de 2016 112
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
No início do exercício 6 719 6 135
Custo do exercício ( 29) ( 15)Contribuições efectuadas 3 147 599SAMS 202 -
Reformas antecipadas ( 962) -
No final do exercício 9 077 6 719
O evolutivo das responsabilidades e saldo dos fundos nos últimos 5 anos é analisado como segue:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2012
Responsabilidades ( 18 464) ( 16 288) ( 15 674) ( 12 333) ( 10 969)
Saldo dos fundos 18 464 16 288 15 674 14 549 13 600
Responsabilidades (sub) / sobre financiadas - - - 2 216 2 631
(Ganhos) / Perdas de experiência decorrentes das responsabilidades ( 1 253) ( 263) ( 2 769) ( 718) ( 816)(Ganhos) / Perdas de experiência decorrentes dos ativos do fundo 1 105 321 448 297 1 028
Prémio por antiguidade e Prémio de carreira
Em 31 de dezembro de 2016 as responsabilidades assumidas pelo Banco ascendem a 37 milhares de
euros, correspondente ao valor das responsabilidades que o Banco irá pagar aos colaboradores sobre o
prémio de carreira, conforme descrito na Nota 2.15 – Benefícios aos empregados - Prémios de
antiguidade e prémio de carreira (31 de dezembro de 2015: 223 milhares de euros relativos ao prémio
por antiguidade) (ver Nota 31).
No ano de 2016, não se registaram custos com o prémio por antiguidade / prémio de carreira,
decorrente do facto das responsabilidades apuradas para o Prémio de carreira, acrescido dos
proporcionais a pagar do prémio de antiguidade, decorrentes da alteração do ACT, serem inferiores às
responsabilidades relativas ao Prémio de antiguidade apuradas e registadas em 31 de dezembro de
2015 (ver Nota 12).
NOTA 14 – GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS
O valor desta rubrica é composto por:
Relatório e Contas de 2016 113
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Rendas e alugueres 265 277 Publicidade e publicações 31 40 Comunicações e expedição 394 392 Conservação e reparação 75 63 Deslocações e representação 56 86 Água, energia e combustiveis 131 114 Transporte de valores 97 98 Material de consumo corrente 63 77 Serviços Informáticos 272 291 Mão-de-obra eventual 54 67 Trabalho independente 148 100 Sistema eletrónico de pagamentos 401 405 Judiciais, contencioso e notariado 158 105 Consultoria e auditoria 50 46 Outros custos 342 301
2 537 2 462
A rubrica Outros custos inclui, entre outros, segurança e vigilância, formação, tratamento de valores e
custos com serviços prestados pelo Agrupamento Complementar de Empresas (ACE).
Os honorários faturados durante os exercícios de 2016 e 2015 pela Sociedade de Revisores Oficiais de
Contas, de acordo com o disposto no artº 66º-A do Código das Sociedades Comerciais, detalham-se
como se segue:
(milhares de euros)
31.12.2016
Revisão legal das contas anuais 29 29
Outros serviços de garantia de fiabilidade 25 10
Outros serviços que não sejam de revisão ou auditoria - -
Valor total dos serviços faturados 54 39
31.12.2015
Em 31 de dezembro de 2016, os Outros serviços de garantia de fiabilidade incluíam os relatórios sobre a
salvaguarda de ativos de clientes (artigos 306º a 306º D do CVM) relativos aos exercícios findos em 31
de dezembro de 2015 e 2014 e o relatório sobre o Sistema de Controlo Interno emitido a junho de 2016.
NOTA 15 – RESULTADOS POR ACÇÃO
Relatório e Contas de 2016 114
Resultados por ação básicos
Os resultados por ação básicos são calculados efetuando a divisão do resultado líquido atribuível aos
acionistas do Banco pelo número médio ponderado de ações ordinárias em circulação durante o ano.
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Resultado líquido atribuível aos acionistas do Banco 1 678 3 864
Número médio de ações ordinárias em circulação (milhares) 3 728 3 728
Resultado por ação básico atribuível aos acionistas do Banco (em euros) 0,45 1,04
Resultados por ação diluídos
Os resultados por ação diluídos são calculados ajustando o efeito de todas as potenciais ações
ordinárias diluidoras ao número médio ponderado de ações ordinárias em circulação e ao resultado
líquido atribuível aos acionistas do Banco.
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015 o Banco não detinha potenciais ações ordinárias diluidoras, pelo que,
o resultado por ação diluído é igual ao resultado por ação básico.
NOTA 16 – CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS
Esta rubrica a 31 de dezembro de 2016 e de 2015 é analisada como segue:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Caixa 4 842 5 299
4 842 5 299
NOTA 17 – DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica a 31 de dezembro de 2016 e 2015 é analisada como segue:
Relatório e Contas de 2016 115
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Disponibilidades em outras instituições de crédito no país
Depósitos à ordem 10 185 15 285 Cheques a cobrar 890 610
11 075 15 895
Os cheques a cobrar sobre instituições de crédito no país foram enviados para cobrança nos primeiros
dias úteis subsequentes às datas em referência.
De acordo com o artigo 10º do Regulamento n.º 2818/98 do Banco Central Europeu de 1 de dezembro, e
através da carta circular com referência n.º 204/DMRCF/DMC de 5 de junho de 2001, o Banco de
Portugal autorizou o NBA a constituir as suas reservas mínimas indiretamente através do NOVO
BANCO, S.A.. Mensalmente o NBA regulariza através de uma conta de depósito junto do NOVO BANCO
o valor respeitante ao nível mínimo de reservas de caixa a constituir. A 31 de dezembro de 2016, o saldo
daquela conta era de 3 368 milhares de euros (31 de dezembro de 2015: 3 249 milhares de euros), tendo
a taxa média de remuneração no período sido de 0,01% (31 de dezembro de 2015: 0,05%).
NOTA 18 – ATIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO
O valor desta rubrica é composto por:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Activos financeiros detidos para negociação
Derivados
Instrumentos financeiros derivados com justo valor positivo 3 1
Passivos financeiros detidos para negociação
DerivadosInstrumentos financeiros derivados com justo valor negativo 10 7
Os instrumentos financeiros derivados em 31 de dezembro de 2016 e 2015 são analisados como segue:
Relatório e Contas de 2016 116
(milhares de euros)
Activo Passivo Activo Passivo
Contratos sobre acções/índicesEquity / Index Options- compras 332 258 - vendas 356 282
TOTAL 688 3 10 540 1 7
1 7
31.12.2016
NocionalJusto valor
3 10
31.12.2015
NocionalJusto valor
O escalonamento dos instrumentos financeiros de negociação por prazos de vencimento é como segue:
(milhares de euros)
Nocional Justo valor Nocional Justo valor
De 3 meses a um ano 520 ( 4) - - De um a cinco anos 168 ( 3) 540 ( 6)
688 ( 7) 540 ( 6)
31.12.2016 31.12.2015
NOTA 19 – ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA
Esta rubrica a 31 de dezembro de 2016 e de 2015 é analisada como segue:
(milhares de euros)
Positiva Negativa
Obrigações e outros títulos de rendimento fixoDe emissores públicos 35 248 36 ( 411) - 34 873
Ações 4 391 3 229 - - 7 620
Saldo a 31 de dezembro de 2016 39 639 3 265 ( 411) - 42 493
Obrigações e outros títulos de rendimento fixoDe emissores públicos 35 908 343 - - 36 251
Ações 4 025 2 939 - - 6 964
Saldo a 31 de dezembro de 2015 39 933 3 282 - - 43 215
(1) custo de aquisição no que se refere às ações e custo amortizado para títulos de dívida
Reserva de justo valorCusto (1) Valor
balançoPerdas por imparidade
De acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.5, o Banco avalia regularmente se existe
evidência objetiva de imparidade na sua carteira de ativos disponíveis para venda seguindo os critérios
de julgamento descritos na Nota 3.1.
Relatório e Contas de 2016 117
Os valores relativos à reserva de justo valor encontram-se analisados na Nota 33.
Durante o exercício de 2016 não houve movimento na imparidade dos ativos financeiros disponíveis
para venda. Para o exercício de 2015, os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade em Ativos
financeiros disponíveis para venda são apresentados como se segue:
(milhares de euros)
Emissores Públicos
Outros Emissores
Saldo inicial - - 62 - 62
Dotações - - 1 - 1
Utilizações - - ( 63) - ( 63)
Saldo final - - - - -
ObrigaçõesAções
Outros títulos de rendimento
variávelTotal
31.12.2015
A 31 de dezembro de 2016 e de 2015, o escalonamento dos títulos disponíveis para venda por prazo de
vencimento é como segue:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Até 3 meses 877 877 De um a cinco anos 33 253 - Mais de cinco anos 743 35 374 Duração indeterminada 7 620 6 964
42 493 43 215
Esta rubrica, no que respeita a títulos cotados e não cotados, é desagregada da seguinte forma:
(milhares de euros)
Cotados Não cotados Total Cotados Não cotados Total
Obrigações e outros títulos de rendimento fixo
De emissores públicos 34 873 - 34 873 36 251 - 36 251
Ações - 7 620 7 620 - 6 964 6 964
34 873 7 620 42 493 36 251 6 964 43 215
31.12.2016 31.12.2015
Durante o exercício de 2016, o Banco recebeu dividendos no valor de 249 milhares de euros da
carteira de ativos financeiros disponíveis para venda (exercício de 2015: 172 milhares de euros).
Relatório e Contas de 2016 118
NOTA 20 – APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica a 31 de dezembro de 2016 e 2015 é analisada como segue:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Aplicações em instituições de crédito no país
Depósitos 214 552 298 459
214 552 298 459
As principais aplicações em instituições de crédito no país, em 31 de dezembro de 2016, vencem juros à
taxa média anual de 1,15% (31 de dezembro de 2015: 0,78%).
O escalonamento das Aplicações em instituições de crédito por prazos de vencimento, a 31 de
dezembro de 2016 e de 2015, é como segue:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Até 3 meses 214 552 289 235 De 3 meses a um ano - 9 224
214 552 298 459
NOTA 21 – CRÉDITO A CLIENTES
Esta rubrica a 31 de dezembro de 2016 e 2015 é analisada como segue:
Relatório e Contas de 2016 119
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Crédito internoA empresas
Empréstimos 88 295 85 754 Créditos em conta corrente 32 085 32 614 Descontos e outros créditos titulados por efeitos 1 605 2 703 Factoring 1 454 1 188 Descobertos 9 23 Outros créditos 180 181
A particularesHabitação 213 827 215 381 Consumo e outros 19 043 20 074
356 498 357 918
Crédito ao exteriorA particulares
Habitação 839 877 Consumo e outros 240 75
1 079 952
Crédito e juros vencidosAté 3 meses 95 246 De 3 meses a 1 ano 593 2 008 De 1 a 3 anos 5 322 5 293 Há mais de 3 anos 12 917 11 008
18 927 18 555
376 504 377 425
Perdas por imparidade ( 24 579) ( 24 260)
351 925 353 165
O justo valor da carteira de crédito a clientes encontra-se apresentado na Nota 36.
Os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade evidenciadas como correção aos valores de
crédito no ativo, foram os seguintes:
(milhares de euros)
Crédito a Empresas
Crédito a particulares -
Habitação
Crédito a particulares -
OutroTotal
Crédito a Empresas
Crédito a particulares -
Habitação
Crédito a particulares -
OutroTotal
Saldo inicial 17 810 2 612 3 838 24 260 18 900 3 277 4 164 26 341
Dotações / (reversões) 1 265 167 ( 8) 1 424 ( 579) ( 369) ( 34) ( 982)Utilizações ( 768) - ( 59) ( 827) ( 1 098) - - ( 1 098)
Transferências (a) ( 279) - - ( 279) -
Diferenças de câmbio e outras 1 - - 1 587 ( 296) ( 292) ( 1)
Saldo final 18 029 2 779 3 771 24 579 17 810 2 612 3 838 24 260
a) Provisões para garantias transferidas para a rubrica de balanço Outras Provisões
31.12.2016 31.12.2015
O escalonamento do Crédito a clientes por prazos de vencimento, a 31 de dezembro de 2016 e 2015, é
como segue:
Relatório e Contas de 2016 120
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Até 3 meses 11 594 19 350 De 3 meses a um ano 22 318 22 025 De um a cinco anos 42 638 36 017 Mais de cinco anos 281 027 281 478 Duração indeterminada 18 927 18 555
376 504 377 425
A distribuição do Crédito a clientes por tipo de taxa é como segue:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Taxa fixa 18 175 20 740 Taxa variável 358 329 356 685
376 504 377 425
NOTA 22 – DERIVADOS PARA GESTÃO DE RISCO
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, o justo valor dos derivados para gestão de risco em balanço
analisam-se como segue:
(milhares de euros)
CoberturaGestão do
riscoTotal Cobertura
Gestão do risco
Total
Derivados para gestão do risco
Derivados para gestão do risco - Passivo ( 816) - ( 816) ( 628) - ( 628)
( 816) - ( 816) ( 628) - ( 628)
Justo valor dos Ativos e Passivos cobertos
Ativos financeirosCrédito a clientes 770 - 770 631 - 631
770 - 770 631 - 631
31.12.201531.12.2016
Derivados de cobertura
As operações de cobertura de justo valor em 31 de dezembro de 2016 e 2015 podem ser analisadas
como segue:
Relatório e Contas de 2016 121
(milhares de euros)
Interest Rate Swap Crédito a clientes Taxa de Juro 15 264 ( 816) ( 185) 770 139
15 264 ( 816) ( 185) 770 139
(1) Inclui juro corrido(2) Atribuível ao risco coberto
31.12.2016
Variação do justo valor do
elemento coberto no
ano (2)
Risco cobertoProduto cobertoProduto derivado
Componente de justo valor
do elemento
coberto (2)
Var. justo valor do
derivado no ano
Justo valor do
derivado (1)Nocional
(milhares de euros)
Interest Rate Swap Crédito a clientes Taxa de Juro 8 216 ( 628) 21 631 ( 148)
8 216 ( 628) 21 631 ( 148)
(1) Inclui juro corrido(2) Atribuível ao risco coberto
31.12.2015
Variação do justo valor do
elemento coberto no
ano (2)
Risco cobertoProduto cobertoProduto derivado
Componente de justo valor
do elemento
coberto (2)
Var. justo valor do
derivado no ano
Justo valor do
derivado (1)Nocional
Em 31 de dezembro de 2016, a parte inefetiva das operações de cobertura de justo valor, que se
traduziu num custo de 46 milhares de euros (31 de dezembro de 2015: custo de 127 milhares de euros),
foi registada por contrapartida de resultados. O Banco realiza periodicamente testes de efetividade das
relações de cobertura existentes.
As operações com derivados de gestão de risco em 31 de dezembro de 2016 e 2015, por maturidades,
podem ser analisadas como segue:
(milhares de euros)
Nocional Justo valor Nocional Justo valor
De um a cinco anos 6 000 ( 162) - - Mais de cinco anos 9 264 ( 654) 8 216 ( 628)
15 264 ( 816) 8 216 ( 628)
31.12.201531.12.2016
NOTA 23 – ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
Esta rubrica a 31 de dezebro de 2016 e 2015 é analisada como segue:
Relatório e Contas de 2016 122
(milhares de euros)
Ativos não correntes detidos para vendaImóveis - 10 854
- 10 854
Perdas por imparidade - ( 1 260)
- 9 594
31.12.2016 31.12.2015
Durante o exercício de 2016 os imóveis registados em ativos não correntes detidos para venda, relativos
a recebimentos por recuperação de créditos, foram transferidos para outros ativos, de acordo com a
política contabilística descrita na Nota 2.11, na medida em que deixam de cumprir com os requisitos
para permanecerem registados nesta categoria, nomeadamente com a condição de ser altamente
expectável que a venda ocorra num espaço de um ano (ver Nota 26).
O movimento dos ativos não correntes detidos para venda durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o
seguinte:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Saldo inicial 10 854 12 876
Entradas 666 1 629 Vendas ( 2 336) ( 3 650)Transferências (a) ( 9 163) - Outros movimentos ( 21) ( 1)
Saldo final - 10 854
(a) Ativos não correntes detidos para venda foram transferidos para Outros ativos (ver Nota 26)
Os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade foram os seguintes:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Saldo inicial 1 260 1 163
Dotações 341 520 Utilizações ( 397) ( 366)Reversões ( 6) ( 57)
Transferências (a) ( 1 198) -
Saldo final - 1 260
(a) Ativos não correntes detidos para venda foram transferidos para Outros ativos (ver Nota 26)
Relatório e Contas de 2016 123
Em 31 de dezembro de 2015 o detalhe dos imóveis incluídos em ativos não correntes detidos para venda
por tipologia é como segue:
(milhares de euros)
Número de imóveis
Valor bruto ImparidadeValor líquido contabilístico
Justo valor do ativo (b)
TerrenosUrbano 21 1 285 178 1 107 1 228 Rural 9 500 40 460 447
30 1 785 218 1 567 1 675 Edifícios em desenvolvimento
Comerciais 2 161 15 146 Habitação 10 1 608 123 1 485 1 709 Outros - - - - -
12 1 769 138 1 631 1 709 Edifícios construídos
Comerciais 3 220 23 197 208 Habitação 47 5 062 688 4 374 4 320 Outros 14 1 966 97 1 869 2 318
64 7 248 808 6 440 6 846
Outros (a) 1 52 96 ( 44) ( 96)
107 10 854 1 260 9 594 10 134
(a) o valor líquido contabilístico nesta rubrica é negativo pelo facto de serem imputados os custos com venda de imóveis(b) apurado de acordo com a política contabilística 2.11
31.12.2015
Os valores de colaterais – hipotecas, apresentados acima, representam o valor máximo de cobertura
dos ativos cobertos, ou seja, que concorrem até ao valor bruto dos créditos individuais cobertos.
No que respeita aos imóveis incluídos em ativos não correntes detidos para venda, seguidamente
apresenta-se o detalhe por antiguidade:
(milhares de euros)
Até 1 ano De 1 a 2,5 anos De 2,5 a 5 anos Mais de 5 anosTotal do valor
líquido contabilístico
TerrenosUrbano 258 624 225 - 1 107 Rural - 215 151 94 460
258 839 376 94 1 567 Edifícios em desenvolvimento
Comerciais 58 - 88 - 146 Habitação 513 42 930 - 1 485 Outros - - - - -
571 42 1 018 - 1 631 Edifícios construídos
Comerciais - 197 - - 197 Habitação 687 1 062 2 057 568 4 374 Outros - 45 1 631 193 1 869
687 1 304 3 688 761 6 440
Outros (a) ( 44) - - - ( 44)
1 472 2 185 5 082 855 9 594
(a) o valor líquido contabilístico nesta rubrica é negativo pelo facto de serem imputados os custos com venda de imóveis
31.12.2015
Relatório e Contas de 2016 124
NOTA 24 – OUTROS ATIVOS TANGÍVEIS
Esta rubrica a 31 de dezembro de 2016 e 2015 é analisada como segue:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
ImóveisDe serviço próprio 4 418 4 547 Beneficiações em edifícios arrendados 1 977 2 040
6 395 6 587 Equipamento
Equipamento informático 936 949 Instalações interiores 1 050 1 060 Mobiliário e material 1 077 1 077 Equipamento de segurança 455 451 Máquinas e ferramentas 124 123 Material de transporte 21 21
3 663 3 681
10 058 10 268
Depreciação acumulada ( 4 891) ( 4 660)
5 167 5 608
O movimento nesta rubrica foi o seguinte:
Relatório e Contas de 2016 125
(milhares de euros)
Imóveis EquipamentoImobilizado
em cursoTotal
Custo de aquisiçãoSaldo a 31 de dezembro de 2014 6 587 3 433 - 10 020
Adições - 81 168 249 Abates / vendas - ( 1) - ( 1)Transferências - 168 ( 168) -
Saldo a 31 de dezembro de 2015 6 587 3 681 - 10 268 Adições - 22 31 53 Abates / vendas - ( 33) - ( 33)Transferências ( 192) ( 7) ( 31) ( 230)
Saldo a 31 de dezembro de 2016 6 395 3 663 - 10 058
Depreciações Saldo a 31 de dezembro de 2014 1 665 2 598 - 4 263
Amortizações do exercício 183 216 - 399 Abates / vendas - ( 1) - ( 1)Outros - ( 1) - ( 1)
Saldo a 31 de dezembro de 2015 1 848 2 812 - 4 660 Amortizações do exercício 167 194 - 361 Abates / vendas - ( 33) - ( 33)Transferências ( 79) ( 18) - ( 97)
Saldo a 31 de dezembro de 2016 1 936 2 955 - 4 891
Saldo Líquido a 31 de dezembro de 2016 4 459 708 - 5 167
Saldo líquido a 31 de dezembro de 2015 4 739 869 - 5 608
NOTA 25 – ATIVOS INTANGÍVEIS
Esta rubrica a 31 de dezembro de 2016 e 2015 é analisada como segue:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Adquiridos a terceirosSistema de tratamento automático de dados 7 148 6 793
Imobilizado em curso 658 394
7 806 7 187
Amortização acumulada (6 390) (5 859)
1 416 1 328
O movimento nesta rubrica foi o seguinte:
Relatório e Contas de 2016 126
(milhares de euros)Sistema de tratamento
automático de dados
Imobilizações em curso
Total
Saldo a 31 de dezembro de 2014 6 244 357 6 601 Adições:
Adquiridas a terceiros 10 576 586 Transferências 539 ( 539) -
Saldo a 31 de dezembro de 2015 6 793 394 7 187 Adições:
Adquiridas a terceiros 619 619 Transferências 355 ( 355) -
Saldo a 31 de dezembro de 2016 7 148 658 7 806 Amortizações Saldo a 31 de dezembro de 2014 5 244 - 5 244
Amortizações do exercício 615 - 615 Saldo a 31 de dezembro de 2015 5 859 - 5 859
Amortizações do exercício 531 - 531
Saldo a 31 de dezembro de 2016 6 390 - 6 390
Saldo líquido a 31 de dezembro de 2016 758 658 1 416
Saldo líquido a 31 de dezembro de 2015 934 394 1 328
NOTA 26 – OUTROS ATIVOS
Esta rubrica a 31 de dezembro de 2016 e 2015 é analisada como segue:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Devedores e outras aplicaçõesDevedores por bonificações de juros de crédito imobiliário 1 351 1 403 Sector público administrativo 1 107 1 054 Outros devedores diversos 495 631
2 953 3 088
Outros ativosOuro, outros metais preciosos e outras disponibilidades 45 45
Imóveis a) 9 107 - Outros ativos 38 36
9 190 81
Proveitos a receber 291 440
Despesas com custo diferido 608 821
Outras contas de regularizaçãoOutras operações a realizar 620 377
620 377
Perdas por imparidade ( 1 261) ( 173)Imóveis e equipamento a) ( 1 031) - Outros ativos ( 230) ( 173)
12 401 4 634
a) Imóveis em dação, por recuperação de crédito e descontinuados
Relatório e Contas de 2016 127
Os imóveis registados em outros ativos respeitam a recebimentos por recuperação de crédito que,
durante o exercício de 2016, foram transferidos de ativos não correntes detidos para venda, de acordo
com a politica descrita em 2.11 (ver Nota 23).
Em 31 de dezembro de 2016, a rubrica de despesas com custo diferido inclui o montante de 553
milhares de euros (31 de dezembro de 2015: 724 milhares de euros) relativo à diferença entre o valor
nominal dos empréstimos concedidos aos colaboradores do Banco no âmbito do ACT para o Setor
Bancário e o seu justo valor à data da concessão, calculado de acordo com o IAS 39, o qual é
reconhecido em custos com pessoal durante o menor do prazo residual do empréstimo e o número de
anos estimado de vida ativa remanescente do colaborador.
Os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade foram os seguintes:
(milhares de euros)
Imóveis Outros ativos Total Imóveis Outros ativos Total
Saldo inicial - 173 173 - - -
Movimento do anoDotações 113 141 254 - 173 173 Utilizações ( 279) - ( 279) - - - Reversões - ( 84) ( 84) - - - Transferências (a) 1 198 - 1 198 - - - Diferenças de câmbio e outras ( 1) - ( 1) - - -
Saldo final 1 031 230 1 261 - 173 173
(a) Ativos não correntes detidos para venda que foram transferidos para Outros ativos (ver Nota 23)
31.12.2016 31.12.2015
Os movimentos dos imóveis foram os seguintes:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Saldo inicial - -
Transferências (a) 9 163 Entradas 2 080 - Vendas ( 2 175) - Outros movimentos 39 -
Saldo final 9 107 -
(a) Ativos não correntes detidos para venda que foram transferidos para Outros ativos (ver Nota 23)
Em 31 de dezembro de 2016, o detalhe dos imóveis incluídos em ativos não correntes detidos para
venda por tipologia é como segue:
Relatório e Contas de 2016 128
(milhares de euros)
Número de imóveis
Valor bruto ImparidadeValor líquido contabilístico
Justo valor do ativo (b)
TerrenosUrbano 12 939 121 818 818 Rural 11 592 65 527 527
23 1 531 186 1 345 1 345 Edifícios em desenvolvimento
Comerciais - - - - - Habitação 1 143 - 143 143 Outros - - - - -
1 143 - 143 143 Edifícios construídos
Comerciais 5 437 90 347 347 Habitação 54 5 778 515 5 263 5 263 Outros 8 1 161 191 970 970
67 7 376 796 6 580 6 580
Outros (a) - 57 49 8 8
91 9 107 1 031 8 076 8 076
(a) o valor líquido contabilístico nesta rubrica é negativo pelo facto de serem imputados os custos com venda de imóveis(b) apurado de acordo com a política contabilística 2.11
31.12.2016
No que respeita aos imóveis incluídos em ativos não correntes detidos para venda, seguidamente
apresenta-se o detalhe por antiguidade:
(milhares de euros)
Até 1 ano De 1 a 2,5 anos De 2,5 a 5 anos Mais de 5 anosTotal do valor
líquido contabilístico
TerrenosUrbano 542 72 154 50 818 Rural 12 15 377 123 527
554 87 531 173 1 345 Edifícios em desenvolvimento
Comerciais - - - - - Habitação 143 - - - 143 Outros - - - - -
143 - - - 143 Edifícios construídos
Comerciais 72 109 166 - 347 Habitação 1 578 1 109 2 066 510 5 263 Outros - - 777 193 970
1 650 1 218 3 009 703 6 580
Outros (a) 8 - - - 8
2 355 1 305 3 540 876 8 076
(a) o valor líquido contabilístico nesta rubrica é negativo pelo facto de serem imputados os custos com venda de imóveis
31.12.2016
NOTA 27 – RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
A rubrica Recursos de outras instituições de crédito é apresentada como segue:
Relatório e Contas de 2016 129
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
No paísDepósitos 253 958 356 126 Outros recursos - 720
253 958 356 846
O escalonamento dos recursos de outras instituições de crédito por prazo de vencimento, a 31 de
dezembro de 2016 e de 2015, é como segue:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Até 3 meses 47 133 356 846 De 3 meses a um ano 206 572 - De um a cinco anos 253 -
253 958 356 846
NOTA 28 – RECURSOS DE CLIENTES
O saldo da rubrica Recursos de clientes é composto, quanto à sua natureza, como segue:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Depósitos à vista 72 414 63 161 Depósitos a prazo 245 107 248 561 Depósitos de poupança 33 352 26 874 Outros recursos 2 791 4 078
353 664 342 674
O escalonamento dos Recursos de clientes e outros empréstimos por prazo de vencimento, a 31 de
dezembro de 2016 e de 2015, é como segue:
Relatório e Contas de 2016 130
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Exigível à vista 72 414 63 161 Exigível a prazo
Até 3 meses 115 420 120 895 De 3 meses a um ano 136 613 134 558 De um a cinco anos 29 161 21 926 Mais de cinco anos 56 2 134
281 250 279 513
353 664 342 674
NOTA 29 – PROVISÕES
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, a rubrica Provisões apresenta os seguintes movimentos:
(milhares de euros)
Provisão para reestruturação
Provisões para garantias
Outras provisões Total
Saldo a 31 de dezembro de 2014 - - 22 22 - Dotações / (Reversões) - - - -
Saldo a 31 de dezembro de 2015 - - 22 22
Dotações / (Reversões) 1 048 13 620 1 681 Utilizações ( 1 048) - - ( 1 048)Transferências (a) - 279 - 279
Saldo a 31 de dezembro de 2016 - 292 642 934
a) provisões para garantias que em 2016 foram transferidas de Crédito a clientes
NOTA 30 – IMPOSTOS
O Banco está sujeito à tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC)
e correspondentes Derramas.
Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são refletidos nos resultados do exercício,
exceto nos casos em que as transações que os originaram tenham sido refletidas noutras rubricas de
capital próprio. Nestas situações, o correspondente imposto é igualmente refletido por contrapartida
de capital próprio, não afetando o resultado do exercício.
O cálculo do imposto corrente do exercício findo em 31 de dezembro de 2015 foi apurado com base
numa taxa nominal agregada de IRC e de Derrama Municipal de 22,5%, de acordo com a Lei nº 82-
B/2014, de 31 de dezembro (Lei do Orçamento do Estado para 2015), e com a Lei nº73/2013, de 3 de
Relatório e Contas de 2016 131
setembro (que estabeleceu o Regime financeiro das autarquias locais e das entidades intermunicipais),
acrescida de uma taxa adicional até 3% referente à Derrama Estadual que incide sobre lucros
tributáveis entre 1,5 e 7,5 milhões de Euros.
O cálculo do imposto corrente do exercício findo em 31 de dezembro de 2016 foi apurado com base
numa taxa nominal agregada de IRC e de Derrama Municipal de 22,5%, de acordo com a Lei nº 82-
B/2014, de 31 de dezembro (Lei do Orçamento do Estado para 2015), e com a Lei nº73/2013, de 3 de
setembro (que estabeleceu o Regime financeiro das autarquias locais e das entidades intermunicipais),
acrescida de uma taxa adicional até 2,4% referente à Derrama Regional (a vigorar na Região Autónoma
dos Açores) que incide sobre lucros tributáveis entre 1,5 e 7,5 milhões de Euros.
Adicionalmente, para efeitos do cálculo do imposto corrente dos exercícios findos em 31 de dezembro
de 2015 e 2016, foi tomado em consideração o Decreto-Lei nº 127/2011, de 31 de dezembro, que regula a
transferência de responsabilidades pelos encargos com as pensões de reforma e sobrevivência dos
reformados e pensionistas para a Segurança Social e o artigo 183º da Lei nº 64-B/2011, de 30 de
dezembro (Lei do Orçamento de Estado para 2012), que consagrou um regime especial de dedutibilidade
fiscal dos gastos e outras variações patrimoniais decorrentes da alteração da política contabilística nos
termos previstos nas Normas Internacionais de Contabilidade:
· O impacto decorrente da variação patrimonial negativa associada à alteração da política
contabilística de reconhecimento dos ganhos e perdas atuariais anteriormente diferidos, será
integralmente dedutível, em partes iguais, durante 10 anos, a partir do exercício que se iniciou
em 1 de janeiro de 2012. Este impacto é registado em rubricas de capital próprio;
· O impacto decorrente da liquidação (determinado pela diferença entre a responsabilidade
mensurada de acordo com os critérios da IAS 19 e os critérios definidos no acordo) será
integralmente dedutível para efeitos do apuramento do lucro tributável, em partes iguais, em
função da média do número de anos de esperança de vida dos pensionistas cujas
responsabilidades foram transferidas (19 anos), a partir do exercício que se iniciou em 1 de
janeiro de 2012. Este impacto é registado em rubricas de resultados.
Os impostos diferidos ativos resultantes da alteração da política contabilística do reconhecimento dos
desvios atuariais e da transferência das responsabilidades para a Segurança Social são recuperáveis
nos prazos de 10 e 19 anos, via rubricas de capital próprio e via rubricas de resultados, respetivamente.
Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor
à data da reversão das diferenças temporárias, as quais correspondem às taxas aprovadas ou
substancialmente aprovadas na data de balanço.
Para o exercício de 2015, o imposto diferido foi, em termos gerais, apurado com base numa taxa
agregada de 24,5%, resultante do somatório da taxa de IRC (21%) aprovada pela Lei nº 82-B/2014, de 31
de dezembro, da taxa de Derrama Municipal de 1,5% e de uma taxa média prevista de Derrama
Estadual de 2%.
Relatório e Contas de 2016 132
Para o exercício de 2016, o imposto diferido foi, em termos gerais, apurado com base numa taxa
agregada de 24%, resultante do somatório da taxa de IRC (21%) aprovada pela Lei nº 82-B/2014, de 31 de
dezembro, da taxa de Derrama Municipal de 1,5% e de uma taxa média prevista de Derrama Regional (a
vigorar na Região Autónoma dos Açores) de 1,5%.
As declarações de autoliquidação do IRC do Banco ficam sujeitas a inspeção e eventual ajustamento
pelas Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos ou durante o período em que seja
possível deduzir prejuízos fiscais ou créditos de imposto (até doze anos, em função do exercício em que
forem apurados). Assim, poderão vir a ter lugar eventuais liquidações adicionais de impostos devido
essencialmente a diferentes interpretações da legislação fiscal. No entanto, é convicção da
Administração que, no contexto das demonstrações financeiras individuais, não ocorrerão encargos
adicionais de valor significativo.
Os ativos e passivos por impostos diferidos reconhecidos em balanço em 31 de dezembro de 2016 e 2015
podem ser analisados como seguem:
(milhares de euros)
Ativo Passivo Líquido
31.12.2016 31.12.2015 31.12.2016 31.12.2015 31.12.2016 31.12.2015
Instrumentos financeiros 98 - 783 86 ( 685) ( 86)
Imparidade no crédito a clientes 3 872 3 816 - - 3 872 3 816
Pensões 752 633 - 147 752 486
Prémios de antiguidade 8 54 - - 8 54
Ativos/ (passivos) por imposto diferido 4 730 4 503 783 233 3 947 4 270
O Banco avaliou a recuperabilidade dos seus impostos diferidos em balanço tendo por base a
expectativas de lucros futuros tributáveis.
Os movimentos ocorridos nas rubricas de impostos diferidos de balanço tiveram as seguintes
contrapartidas:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Saldo inicial 4 270 3 875
Imposto diferido reconhecido emResultados 358 578 Reservas de justo valor ( 599) ( 57)Reservas - outro rendimento integral ( 82) ( 126)Outras reservas - -
Saldo final Ativo / (Passivo) 3 947 4 270
O imposto diferido reconhecido em reservas – outro rendimento integral inclui o imposto relativo aos
desvios atuariais reconhecidos também nesta rubrica, conforme descrito na Nota 13 – Benefícios a
empregados.
Relatório e Contas de 2016 133
Os ativos e passivos por impostos correntes reconhecidos em balanço em 31 de dezembro de 2016 e
2015 podem ser analisados como segue:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Ativo
IRC a recuperar - -
outros - -
- -
Passivo
IRC a liquidar 722 1 774
722 1 774
O imposto reconhecido em resultados e reservas durante o exercício de 2016 teve as seguintes origens:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015Reconhecido em resultados
Reconhecido em reservas
Reconhecido em resultados
Reconhecido em reservas
Ativos financeiros disponíveis para venda - 599 - 57 Imparidade no crédito a clientes ( 57) - ( 731) - Pensões ( 347) 82 13 126 Prémios de antiguidade 46 - 1 - Prejuízos fiscais reportáveis - - 139 -
Impostos Diferidos ( 358) 681 ( 578) 183
Impostos Correntes 1 180 221 1 894 ( 73)
Total do imposto reconhecido 822 902 1 316 110
A reconciliação da taxa de imposto, na parte respeitante ao montante reconhecido em resultados, pode
ser analisada como segue:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Resultado antes de impostos 2 500 5 180 Contribuição Extraordinária sobre o Setor Bancário ( 461) ( 180)
2 961 5 360
Taxa de imposto 24,0 24,5Imposto apurado com base na taxa de imposto 711 1 313 Custos não dedutíveis 6,2 184 1,3 67 Outros -2,5 ( 73) -1,3 ( 64)
27,7 822 24,5 1 316
% Valor % Valor
No seguimento da Lei nº55-A/2010, de 31 de dezembro, foi criada a Contribuição sobre o Setor Bancário,
a qual incide sobre o passivo médio anual apurado em balanço deduzido dos fundos próprios e dos
Relatório e Contas de 2016 134
depósitos abrangidos pela garantia do Fundo de Garantia de Depósitos e sobre o valor nocional dos
instrumentos financeiros derivados. A Contribuição sobre o Setor Bancário não é elegível como custo
fiscal, e o respetivo regime foi prorrogado pela Lei nº64-B/2011, de 30 de dezembro, pela Lei nº66-B/2012,
de 31 de dezembro, pela Lei nº 83-C/2013, de 31 de dezembro, pela Lei nº82-B/2014, de 31 de dezembro,
pela Lei nº 159-C/2015, de 30 de dezembro e pela Lei nº7-A/2016, de 30 de março. A 31 de dezembro de
2015, o Banco reconheceu como gasto relativamente à Contribuição sobre o Setor Bancário o valor de
180 milhares de euros. A 31 de dezembro de 2016, o Banco reconheceu como gasto relativamente à
Contribuição sobre o Setor Bancário o valor de 461 milhares de euros. O gasto reconhecido a 31 de
dezembro de 2016 foi apurado e pago com base na taxa máxima de 0,110% que incide sobre o passivo
médio anual apurado em balanço deduzido dos fundos próprios e dos depósitos abrangidos pela
garantia do Fundo de Garantia de Depósitos, aprovada pela Lei nº 7-A/2016, de 30 de março e pela
Portaria nº 165-A/2016, de 14 de junho.
NOTA 31 – OUTROS PASSIVOS
A rubrica Outros passivos a 31 de dezembro de 2016 e 2015 é analisada como segue:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Credores e outros recursosSetor público administrativo 211 206 Credores diversos 853 789
1 064 995
Custos a pagarPrémios de carreira / por antiguidade (ver Nota 13) 37 223 Outros custos a pagar 579 619
616 842
Receitas com proveito diferido 15 11
Outras contas de regularizaçãoOutras operações a regularizar 184 238
1 879 2 086
Relatório e Contas de 2016 135
NOTA 32 – CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO
Ações ordinárias
Em 31 de dezembro de 2016, o capital social do Banco encontrava-se representado por 3 727 500 ações,
com um valor nominal de 5 euros cada, as quais se encontram totalmente subscritas e realizadas por
diferentes acionistas, dos quais se destacam as seguintes entidades:
% Capital
31.12.2016 31.12.2015
Novo Banco, S.A. 57,53% 57,53%Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada 30,00% 30,00%Bensaúde Participações, SGPS, S.A. 10,00% 10,00%Outros 2,47% 2,47%
100,00% 100,00%
Prémios de emissão
Em 31 de dezembro de 2016, os prémios de emissão totalizavam 6 681 milhares de euros, referentes aos
prémios pagos pelos acionistas nos aumentos de capital.
NOTA 33 – RESERVAS DE JUSTO VALOR, OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS
Reserva legal
A reserva legal só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. A
legislação portuguesa aplicável ao setor bancário (Artigo 97º do Decreto-lei n.º 298/92, de 31 de
dezembro) exige que a reserva legal seja anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro líquido
anual, até a um limite igual ao valor do capital social ou ao somatório das reservas livres constituídas e
dos resultados transitados, se superior.
Reservas de justo valor
As reservas de justo valor representam as mais e menos valias potenciais relativas à carteira de ativos
financeiros disponíveis para venda, líquidas de imparidade reconhecida em resultados no exercício e/ou
em exercícios anteriores. O valor desta reserva é apresentado líquido de imposto diferido.
Relatório e Contas de 2016 136
Os movimentos ocorridos nestas rubricas foram os seguintes:
(milhares de euros)
Saldo em 31 de dezembro de 2014 3 164 ( 29) 3 135 ( 5 620) 3 752 9 677 7 809
Alterações de justo valor 118 ( 57) 61 - - - -
Desvios atuariais - - - ( 655) - - ( 655)
Constituição de reservas - - - - - ( 2 121) ( 2 121)Outras variações - - - - - 19 19
Saldo em 31 de dezembro de 2015 3 282 ( 86) 3 196 ( 6 275) 3 752 7 575 5 052
Alterações de justo valor ( 428) ( 599) ( 1 027) - - - - Desvios atuariais - - - ( 2 440) - - ( 2 440)Constituição de reservas - - - - 387 3 477 3 864 Outras variações - - - - - 196 196
Saldo em 31 de dezembro de 2016 2 854 ( 685) 2 169 ( 8 715) 4 139 11 248 6 672
Outro rendimento integral, Outras Reservas e Resultados Transitados
Desvios atuariais
Reservas de justo valor
Ativos financeiros disponíveis
p/ venda
Reservas por
impostos diferidos
Total Reserva de justo valor
Total Outras Reservas e Res.Trans.
Reserva Legal
Outras reservas e Resultados Transitados
A reserva de justo valor explica-se da seguinte forma:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Custo amortizado dos ativos financeiros disponíveis para venda 39 639 39 933
Imparidade acumulada reconhecida - -
Custo amortizado dos ativos financeiros disponíveis para venda líquido de imparidade 39 639 39 933
Valor de mercado dos ativos financeiros disponíveis para venda 42 493 43 215
Ganhos/(perdas) potenciais reconhecidos na reserva de justo valor 2 854 3 282
Impostos diferidos ( 685) ( 86)
2 169 3 196
O movimento da reserva de justo valor, líquida de impostos diferidos, pode ser assim analisado:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Saldo no início do exercício 3 196 3 135
Variação de justo valor ( 428) 138
Alienações do exercício - ( 20)
Impostos diferidos reconhecidos no exercício em reservas (ver nota 30) ( 599) ( 57)
Saldo no final do exercício 2 169 3 196
Relatório e Contas de 2016 137
NOTA 34 – PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS
A 31 de dezembro de 2016 e 2015, existiam os seguintes saldos relativos a contas extrapatrimoniais:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Passivos e avales prestados Garantias e avales prestados 208 964 311 323
Ativos financeiros dados em garantia 715 792 209 679 312 115
Compromissos Compromissos revogáveis 47 195 45 750
Compromissos irrevogáveis 475 488 47 670 46 238
As garantias e avales prestados são operações bancárias que não se traduzem numa mobilização de
fundos por parte do Banco.
Em 31 de dezembro de 2016 a rubrica de ativos dados em garantia inclui:
· Títulos dados em garantia à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários no âmbito do
Sistema de Indemnização aos Investidores no montante de 28 milhares de euros (31 de
dezembro de 2015: 48 milhares de euros);
· Títulos dados em garantia ao Fundo de Garantia de Depósitos no montante de 687 milhares de
euros (31 de dezembro de 2015: 744 milhares de euros).
Estes títulos dados em garantia encontram-se registados na carteira de ativos financeiros disponíveis
para venda, e podem ser executados em caso de incumprimento, por parte do Banco, das obrigações
contratuais assumidas nos termos e condições dos contratos celebrados.
Os créditos documentários são compromissos irrevogáveis, por parte do Banco, por conta dos seus
clientes, de pagar/mandar pagar um montante determinado ao fornecedor de uma dada mercadoria ou
serviço, dentro de um prazo estipulado, contra a apresentação de documentos referentes à expedição
da mercadoria ou prestação do serviço. A condição de irrevogável consiste no facto de não ser viável o
seu cancelamento ou alteração sem o acordo expresso de todas as partes envolvidas.
Os compromissos, revogáveis e irrevogáveis, representam acordos contratuais para a concessão de
crédito com os clientes do Banco (por exemplo linhas de crédito não utilizadas) os quais, de forma geral,
são contratados por prazos fixos ou com outros requisitos de expiração e, normalmente, requerem o
pagamento de uma comissão. Substancialmente todos os compromissos de concessão de crédito em
vigor requerem que os clientes mantenham determinados requisitos verificados aquando da
contratualização dos mesmos.
Relatório e Contas de 2016 138
Não obstante as particularidades destes passivos contingentes e compromissos, a apreciação destas
operações obedece aos mesmos princípios básicos de uma qualquer outra operação comercial,
nomeadamente o da solvabilidade quer do cliente quer do negócio que lhes estão subjacentes, sendo
que o Banco requer que estas operações sejam devidamente colateralizadas quando necessário. Uma
vez que é expectável que a maioria dos mesmos expire sem ter sido utilizado, os montantes indicados
não representam necessariamente necessidades de caixa futuras.
Adicionalmente, as responsabilidades evidenciadas em contas extrapatrimoniais relacionadas com a
prestação de serviços bancários são como segue:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Depósito e guarda de valores 213 213 209 872 Valores recebidos para cobrança 37 86
213 250 209 958
Fundo de Resolução
a) O Fundo de Resolução é uma pessoa coletiva de direito público com autonomia administrativa
e financeira, que se rege pelo Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades
Financeiras (“RGICSF”) e pelo seu regulamento e que tem como objetivo intervir
financeiramente em instituições financeiras em dificuldades, aplicando as medidas
determinadas pelo Banco de Portugal. Neste contexto, e em conformidade com o definido no
RGICSF, as fontes de financiamento do Fundo de Resolução são: (i) receitas provenientes da
contribuição para o setor bancário; (ii) contribuições iniciais das instituições participantes; (iii)
contribuições periódicas das instituições participantes; (iv) importâncias provenientes de
empréstimos; (v) rendimentos de aplicações de recursos; (vi) liberalidades; e (vii) quaisquer
outras receitas, rendimentos ou valores que provenham da sua atividade ou que por lei ou
contrato lhe sejam atribuídos, incluindo os montantes recebidos da instituição de crédito
objeto de resolução ou da instituição de transição.
O Banco, a exemplo da generalidade das instituições financeiras a operar em Portugal, é uma
das instituições participantes no Fundo de Resolução efetuando contribuições que resultam da
aplicação de uma taxa definida anualmente pelo Banco de Portugal tendo por base,
essencialmente, o montante dos passivos. Em 2016, a contribuição periódica efetuada pelo
Banco ascendeu a 84 milhares de euros, tendo a contribuição relativa ao corrente exercício sido
reconhecida na totalidade em abril de 2016, de acordo com a IFRIC 21 (31 de dezembro de 2015:
49 milhares de euros).
Relatório e Contas de 2016 139
b) No âmbito da sua responsabilidade enquanto autoridade de supervisão e resolução do setor
financeiro português, o Banco de Portugal em 3 de agosto de 2014 decidiu aplicar ao Banco
Espírito Santo, S.A. (“BES”) uma medida de resolução, ao abrigo do nº5 do artigo 145º-G do
RGICSF, na redação à data, que consistiu na transferência da generalidade da sua atividade
para um banco de transição, denominado Novo Banco, S.A. (“NOVO BANCO”), criado
especialmente para o efeito.
Para realização do capital social do NOVO BANCO, o Fundo de Resolução disponibilizou 4.900
milhões de euros. Desse montante 377 milhões de euros correspondem a recursos financeiros
próprios do Fundo de Resolução. Adicionalmente, foi concedido um empréstimo por um
sindicato bancário ao Fundo de Resolução de 700 milhões de euros, tendo a participação de
cada instituição de crédito sido ponderada em função de diversos fatores, incluindo a respetiva
dimensão. O restante montante teve origem num empréstimo concedido pelo Estado
Português, o qual será reembolsado e remunerado pelo Fundo de Resolução.
Em 29 de dezembro de 2015, o Banco de Portugal, enquanto autoridade de resolução,
determinou a retransmissão, do NOVO BANCO para o BES de cinco emissões de instrumentos
de dívida não subordinada, procedeu ao ajustamento final do perímetro de ativos, passivos,
elementos extrapatrimoniais e ativos sob gestão transferidos para o NOVO BANCO, tendo
igualmente clarificado que compete ao Fundo de Resolução neutralizar, por via compensatória
junto do NOVO BANCO, os eventuais efeitos negativos de decisões judiciais futuras decorrentes
do processo de resolução, de que resultem responsabilidades ou contingências.
c) Ainda durante o mês de dezembro de 2015, as autoridades nacionais decidiram vender a
atividade e a maior parte dos ativos e passivos do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.
(“Banif”) ao Banco Santander Totta, por 150 milhões de euros, no quadro da aplicação de uma
medida de resolução. De acordo com a informação prestada pelo Banco de Portugal, esta
operação envolveu um apoio público estimado de 2 255 milhões de euros que visou cobrir
contingências futuras, financiados em 489 milhões de euros pelo Fundo de Resolução e em 1
766 milhões de euros diretamente pelo Estado português, em resultado das opções acordadas
entre as autoridades portuguesas, as instâncias europeias e o Banco Santander Totta, para a
delimitação do perímetro dos ativos e passivos a alienar. No contexto desta medida de
resolução, os ativos do Banif identificados como problemáticos foram transferidos para um
veículo de gestão de ativos, criado para o efeito – Oitante, S.A., sendo o Fundo de Resolução o
detentor único do seu capital social, através da emissão de obrigações representativas de
dívida desse veículo, no valor de 746 milhões de euros, com garantia do Fundo de Resolução e
contragarantia do Estado Português. No Banif, que será alvo de futura liquidação,
permanecerão um conjunto restrito de ativos, bem como as posições acionistas, dos credores
subordinados e de partes relacionadas.
Relatório e Contas de 2016 140
Conforme previsto no Decreto-Lei nº 31-A/2012, os recursos do Fundo de Resolução são
provenientes do pagamento das contribuições devidas pelas instituições participantes no
Fundo e da contribuição sobre o setor bancário. Adicionalmente, está também previsto que
sempre que esses recursos se mostrem insuficientes para o cumprimento das suas obrigações
podem ser utilizados outros meios de financiamento, nomeadamente: (i) contribuições
especiais das instituições de crédito; e (ii) importâncias provenientes de empréstimos.
d) Decorrente das deliberações referidas acima, também o risco de litigância envolvendo o Fundo
de Resolução poderá ser materialmente significativo, bem como o risco de uma eventual
insuficiência de recursos para assegurar o cumprimento das responsabilidades, em particular o
reembolso a curto prazo dos financiamentos contraídos.
É neste enquadramento que, no segundo semestre de 2016, o Governo Português chegou a acordo com
a Comissão Europeia no sentido de serem alteradas as condições dos financiamentos concedidos pelo
Estado Português e pelos bancos participantes ao Fundo de Resolução por forma a preservar a
estabilidade financeira, por via da promoção das condições que conferem previsibilidade e estabilidade
ao esforço contributivo para o Fundo de Resolução. Para o efeito, foi recentemente formalizado um
aditamento aos contratos de empréstimo ao Fundo de Resolução, que introduz um conjunto de
alterações sobre os planos de reembolso, às taxas de remuneração e outros termos e condições
associados a esses empréstimos por forma a que os mesmos se ajustem à capacidade do Fundo de
Resolução para cumprir integralmente as suas obrigações com base nas suas receitas regulares, isto é,
sem necessidade de serem cobradas, aos bancos participantes no Fundo de Resolução, contribuições
especiais ou qualquer outro tipo de contribuição extraordinária.
Neste contexto, tendo por base a informação atualmente disponível, é entendimento do Conselho de
Administração, que são reduzidos os riscos de que possam resultar encargos adicionais para o Banco a
respeito do conjunto de responsabilidades acima explicitadas e que recaem sobre o Fundo de
Resolução.
NOTA 35 – TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
O valor das transações do Banco com entidades do Grupo NOVO BANCO em 31 de dezembro de 2016 e
2015, assim como os respetivos custos e proveitos reconhecidos, resumem-se como segue:
Relatório e Contas de 2016 141
(milhares de euros)31.12.2015
Ativos Passivos Garantias Proveitos Custos Ativos Passivos Garantias Proveitos Custos
AcionistaSANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE PONTA DELGADA 401 1 186 - - - 401 1 596 - - - BENSAÚDE PARTICIPAÇÕES - 45 - - - - 63 - - - NOVO BANCO 224 738 254 291 196 487 4 622 5 242 313 990 352 909 297 602 2 590 2 435
Empresas subsidiárias / associadasBEST - 293 - - - - 3 070 - - - GNB VIDA 110 13 315 - 126 27 - 30 999 - 112 498 GNB GA - 4 986 - - 49 - 5 935 - - 83 NB PATRIMÓNIO - - - - 131 - - - - - GNB ACE - - - - 27 - - - - 28 GNB SISTEMAS DE INFORMAÇÃO - - - - 272 - - - - 275 GNB SEGUROS - 1 507 - - - - 247 - - - UNICRE - 6 - - - - - - - -
225 249 275 629 196 487 4 748 5 748 314 391 394 819 297 602 2 702 3 319
31.12.2016
Os ativos e passivos, geradores de juros, contratados com entidades do Grupo NOVO BANCO,
apresentam taxas de juro entre 1,09% e 2,14% e entre 0% e 1,5%, respetivamente.
As remunerações e outros benefícios atribuídos aos membros do Conselho de Administração e do
Conselho Fiscal do Banco são apresentados como segue:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Conselho de Administração
Remunerações e outros benefícios a curto prazo 471 481
Benefícios pós emprego e outros encargos sociais 123 130
Prémios de antiguidade - -
Remunerações variáveis - - 594 611
Conselho Fiscal (a) 10 12
604 623
(a) Os valores de 2015 incluem os montantes retroativos relativos aos novos elementos que foram eleitos em março de 2014mas cujas remunerações só foram assumidas como custo em 2015.
Em 31 de dezembro de 2016, o valor do crédito concedido a membros do Conselho de Administração e
seus familiares e membros do Conselho Fiscal e seus familiares (de acordo com o âmbito definido no
IAS 24) ascendia a cerca de 411 milhares de euros e 225 milhares de euros, respetivamente (31 de
dezembro de 2015: 407 milhares de euros e 169 milhares de euros).
NOTA 36 – JUSTO VALOR DOS ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS
O justo valor dos ativos e passivos financeiros mensurados ao justo valor do Banco é como segue:
Relatório e Contas de 2016 142
(milhares de euros)
Cotações de mercado
Modelos de valorização com
parâmetros observáveis no
mercado
Modelos de valorização com parâmetros não observáveis no
mercado
(Nível 1) (Nível 2) (Nível 3)
31 de dezembro de 2016
Ativos financeiros detidos para negociação - 1 - 1 Ativos financeiros disponíveis para venda 34 588 379 5 699 40 666 Crédito a clientes - 3 250 - 3 250
Ativos financeiros 34 588 3 630 5 699 43 917
Passivos financeiros detidos para negociação - 10 - 10 Derivados para gestão do risco - 816 - 816
Passivos financeiros - 826 - 826
31 de dezembro de 2015
Ativos financeiros detidos para negociação - 1 - 1 Ativos financeiros disponíveis para venda 36 251 - 5 478 41 729 Crédito a clientes - 3 005 - 3 005
Ativos financeiros 36 251 3 006 5 478 44 735
Passivos financeiros detidos para negociação - 7 - 7 Derivados para gestão do risco - 628 - 628
Passivos financeiros - 635 - 635
Justo Valor
Valorizados ao Justo Valor
Os Ativos e Passivos ao justo valor do Banco foram valorizados de acordo com a seguinte hierarquia:
Valores de cotação de mercado (nível 1) – nesta categoria incluem-se as cotações disponíveis em
mercados oficiais e as divulgadas por entidades que habitualmente fornecem preços de transações
para estes ativos/passivos negociados em mercados líquidos.
Métodos de valorização com parâmetros/ preços observáveis no mercado (nível 2) – Nesta categoria
são considerados os instrumentos financeiros valorizados com recurso a modelos internos,
designadamente modelos de fluxos de caixa descontados e de avaliação de opções, que implicam a
utilização de estimativas e requerem julgamentos que variam conforme a complexidade dos produtos
objeto de valorização. Não obstante, o Banco utiliza como inputs nos seus modelos, variáveis
disponibilizadas pelo mercado, tais como as curvas de taxas de juro, spreads de crédito, volatilidade e
índices sobre cotações. Inclui ainda instrumentos cuja valorização é obtida através de cotações
divulgadas por entidades independentes mas cujos mercados têm liquidez mais reduzida.
Adicionalmente, o Banco utiliza ainda como variáveis observáveis em mercado, aquelas que resultam
de transações sobre instrumentos semelhantes e que se observam com determinada recorrência no
mercado.
Métodos de valorização com parâmetros não observáveis no mercado (nível 3) – Neste nível incluem-se
as valorizações determinadas com recurso à utilização de modelos internos de valorização ou cotações
Relatório e Contas de 2016 143
fornecidas por terceiras entidades mas cujos parâmetros utilizados não são observáveis no mercado.
As bases e pressupostos de cálculo do justo valor estão em conformidade com os princípios do IFRS 13.
O movimento dos ativos financeiros valorizados com recurso a métodos com parâmetros não
observáveis no mercado, em 31 de dezembro de 2016 e 2015, pode ser analisado como segue:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Saldo no início do período 5 478 10 360
Aquisições - 1
Saídas ( 11) ( 4 766)
Variação de valor 232 ( 117)
Saldo no fim do período 5 699 5 478
Os principais parâmetros utilizados em 31 de dezembro de 2016 e 2015, nos modelos de valorização
foram os seguintes:
Curvas de taxas de juro
As taxas de curto prazo apresentadas refletem os valores indicativos praticados em mercado
monetário, sendo que para o longo prazo os valores apresentados representam as cotações para swap
de taxa de juro para os respetivos prazos:
(%)
EUR USD GBP EUR USD GBP
Overnight -0,4000 0,6100 0,1500 -0,3500 0,4100 0,32001 mês -0,3680 0,7750 0,2900 -0,2050 0,6050 0,5750
3 meses -0,3190 1,0500 0,4300 -0,1310 0,7550 0,67006 meses -0,2210 1,2500 0,5500 -0,0400 0,9400 0,82509 meses -0,1390 1,4500 0,6800 -0,0480 1,1200 0,9750
1 ano -0,2040 1,1810 0,4064 -0,0569 0,8470 0,72613 anos -0,1005 1,6640 0,6881 0,0590 1,3849 1,30265 anos 0,0750 1,9450 0,8657 0,3280 1,7010 1,59207 anos 0,3150 2,1350 1,0347 0,6210 1,9310 1,7990
10 anos 0,6680 2,3160 1,2325 1,0000 2,1615 1,993115 anos 1,0340 2,4750 1,4147 1,3990 2,3930 2,160620 anos 1,1810 2,5380 1,4607 1,5670 2,5020 2,201025 anos 1,2230 2,5600 1,4498 1,6040 2,6320 2,180030 anos 1,2410 2,5650 1,4297 1,6100 2,5900 2,1550
31.12.2016 31.12.2015
Volatilidades de taxas de juro
Os valores a seguir apresentados referem-se às volatilidades implícitas (at the money) que serviram de
base para a avaliação de opções de taxa de juro:
Relatório e Contas de 2016 144
(%)
EUR USD GBP EUR USD GBP
1 ano 14,14 24,43 80,81 31,65 50,93 44,443 anos 31,24 37,50 - 58,65 46,06 53,365 anos 47,41 40,88 97,10 78,45 46,29 54,117 anos 58,53 39,98 90,36 83,60 43,95 51,72
10 anos 66,68 37,66 - 84,47 39,50 47,7015 anos 69,39 - - 80,90 - 42,18
31.12.2016 31.12.2015
Câmbios e volatilidade cambiais
Seguidamente apresentam-se as taxas de câmbio (Banco Central Europeu) à data de balanço e as
volatilidades implícitas (at the money) para os principais pares de moedas, utilizadas na avaliação dos
derivados:
Cambial 31.12.2016 31.12.2015 1 mês 3 meses 6 meses 9 meses 1 ano
EUR/USD 1,0541 1,0887 10,45 10,58 10,83 10,65 10,55
EUR/GBP 0,8562 0,7340 9,91 10,35 10,93 10,80 10,80
EUR/CHF 1,0739 1,0835 5,30 6,15 7,30 7,43 7,59
EUR/NOK 9,0863 9,6030 7,30 7,91 8,39 8,48 8,60
EUR/PLN 4,4103 4,2639 6,78 7,10 7,55 7,60 7,75
EUR/RUB 64,3000 80,6736 15,20 16,20 17,25 17,22 18,15
USD/BRL a) 3,2544 3,9604 16,23 16,36 16,40 16,43 16,46
USD/TRY b) 3,5169 2,9177 15,38 15,75 15,60 15,95 15,90
Volatilidade (%)
a) Calculada com base nos câmbios EUR/USD e EUR/BRLb) Calculada com base nos câmbios EUR/USD e EUR/TRY
O Banco utiliza nos seus modelos de avaliação a taxa spot observada no mercado no momento da
avaliação.
Índices sobre cotações
No quadro seguinte, resume-se a evolução dos principais índices de cotações e respetivas volatilidades
utilizadas nas valorizações dos derivados sobre ações:
Relatório e Contas de 2016 145
31.12.2016 31.12.2015 Variação % 1 mês 3 meses
DJ Euro Stoxx 50 3 291 3 268 -12,3 10,87 13,25 16,43
PSI 20 4 679 5 313 -16,2 11,45 13,71 17,46
IBEX 35 9 352 9 544 -14,5 13,54 14,99 -
FTSE 100 7 143 6 242 4,2 8,48 11,89 11,82
DAX 11 481 10 743 -9,9 11,22 13,32 16,09
S&P 500 2 239 2 044 2,7 7,60 10,23 11,51
BOVESPA 60 227 43 350 18,9 25,02 23,92 23,62
Volatilidade implícita
Volatilidade históricaCotação
As principais metodologias e pressupostos utilizados na estimativa do justo valor dos ativos e passivos
financeiros registados no balanço ao custo amortizado são analisados como segue:
(milhares de euros)
(Nível 1) (Nível 2) (Nível 3)
31 de dezembro de 2016
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 4 842 - 4 842 - 4 842
Disponibilidades em outras instituições de crédito 11 075 - 11 075 - 11 075
Ativos financeiros disponíveis para venda (ações) a) 1 827 - - 1 827 1 827
Aplicações em instituições de crédito 214 552 - 214 552 - 214 552
Crédito a clientes 369 875 - - 391 075 391 075
Ativos financeiros 602 171 - 230 469 392 902 623 371
Recursos de outras instituições de crédito 253 958 - 253 958 - 253 958
Recursos de clientes 353 664 - - 353 664 353 664
Passivos financeiros 607 622 - 253 958 353 664 607 622
Ativos/ passivos registados ao
custo amortizado
Justo valor
Cotações de mercado
Modelos de valorização com
parâmetros/ preços observáveis no
mercado
Modelos de valorização com parâmetros não observáveis no
mercado
Justo valor total
a) Ativos ao custo de aquisição líquidos de imparidade. Estes ativos referem-se a instrumentos de capital emitidos por entidades não cotadas e relativamente às quais não foramidentificadas transações recentes no mercado nem é possível estimar com fiabilidade o seu justo valor .
(milhares de euros)
(Nível 1) (Nível 2) (Nível 3)
31 de dezembro de 2015
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 299 - 5 299 - 5 299
Disponibilidades em outras instituições de crédito 15 895 - 15 895 - 15 895
Ativos financeiros disponíveis para venda (ações) a) 1 486 - - 1 486 1 486
Aplicações em instituições de crédito 298 459 - 298 459 - 298 459
Crédito a clientes 376 696 - - 403 232 403 232
Ativos financeiros 697 835 - 319 653 404 718 724 371
Recursos de outras instituições de crédito 356 846 - 356 846 - 356 846
Recursos de clientes 342 674 - - 342 674 342 674
Passivos financeiros 699 520 - 356 846 342 674 699 520
a) Ativos ao custo de aquisição líquidos de imparidade. Estes ativos referem-se a instrumentos de capital emitidos por entidades não cotadas e relativamente às quais não foramidentificadas transações recentes no mercado nem é possível estimar com fiabilidade o seu justo valor .
Ativos/ passivos registados ao
custo amortizado
Justo valor
Cotações de mercado
Modelos de valorização com
parâmetros/ preços observáveis no
mercado
Modelos de valorização com parâmetros não observáveis no
mercado
Justo valor total
Relatório e Contas de 2016 146
Caixa e disponibilidades em bancos centrais, Disponibilidades em outras instituições de crédito e
Aplicações em instituições de crédito
Estes ativos são de muito curto prazo pelo que o valor de balanço é uma estimativa razoável do
respetivo justo valor.
Crédito a clientes
O justo valor do crédito a clientes é estimado com base na atualização dos fluxos de caixa esperados de
capital e de juros, considerando que as prestações são pagas nas datas contratualmente definidas. Os
fluxos de caixa futuros esperados das carteiras de crédito homogéneas, como por exemplo o crédito à
habitação, são estimados numa base de portfolio. As taxas de desconto utilizadas são as taxas atuais
praticadas para empréstimos com características similares.
Recursos de bancos centrais e Recursos de outras instituições de crédito
Estes passivos são de muito curto prazo pelo que o valor de balanço é uma estimativa razoável do
respetivo justo valor.
Recursos de clientes e outros empréstimos
O justo valor dos depósitos à ordem corresponde ao valor nominal dos mesmos. O justo valor dos
depósitos a prazo e outros recursos não à vista é estimado com base na atualização dos fluxos de caixa
esperados de capital e de juros, considerando que as prestações ocorrem nas datas contratualmente
definidas. A taxa de desconto utilizada é a que reflete as taxas praticadas para os créditos com
características similares à data do balanço. Considerando que as taxas de juro aplicáveis são
renovadas por períodos inferiores a um ano, não existem diferenças materialmente relevantes no seu
justo valor.
Responsabilidades representadas por títulos e Passivos subordinados
O justo valor é baseado em cotações de mercado quando disponíveis; caso não existam, é estimado
com base na atualização dos fluxos de caixa esperados de capital e juros no futuro para estes
instrumentos.
Relatório e Contas de 2016 147
NOTA 37 – GESTÃO DOS RISCOS DE ATIVIDADE
O Banco está exposto aos seguintes riscos decorrentes do uso de instrumentos financeiros:
· Risco de crédito;
· Risco de mercado;
· Risco de liquidez;
· Risco operacional.
Risco de crédito
O Risco de crédito resulta da possibilidade de ocorrência de perdas financeiras decorrentes do
incumprimento do cliente ou contraparte relativamente às obrigações contratuais estabelecidas com o
Banco no âmbito da sua atividade creditícia. O risco de crédito está essencialmente presente nos
produtos tradicionais bancários – empréstimos, garantias e outros passivos contingentes, e em
produtos de negociação – swaps, forwards e opções (risco de contraparte).
É efetuada uma gestão permanente das carteiras de crédito que privilegia a interação entre as várias
equipas envolvidas na gestão de risco ao longo das sucessivas fases da vida do processo de crédito.
Esta abordagem é complementada pela introdução de melhorias contínuas tanto no plano das
metodologias e ferramentas de avaliação e controlo dos riscos, como ao nível dos procedimentos e
circuitos de decisão.
O acompanhamento do perfil de risco de crédito do Banco, nomeadamente no que se refere à evolução
das exposições de crédito e monitorização das perdas creditícias, é efetuado regularmente pelo Comité
de Risco. São igualmente objeto de análises regulares o cumprimento dos limites de crédito aprovados
e o correto funcionamento dos mecanismos associados às aprovações de linhas de crédito no âmbito
da atividade corrente das áreas comerciais.
Seguidamente apresenta-se a informação relativa à exposição do Banco ao risco de crédito:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Disponibilidades e aplicações em Instituições de crédito 224 737 314 354Ativos financeiros disponíveis para venda 34 873 36 251Crédito a clientes 351 925 353 165Outros ativos 3 014 3 355Garantias e avales prestados 208 964 311 323Compromissos irrevogáveis 475 488
823 988 1 018 936
Relatório e Contas de 2016 148
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, o detalhe do valor da exposição bruta de crédito e imparidade
constituída por segmento era o seguinte:
(milhares de euros)
Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade
Empresas 77 922 209 35 699 5 788 113 621 5 997 8 920 3 974 15 631 8 058 24 551 12 032 138 172 18 029
Crédito à Habitação 184 581 238 20 899 364 205 480 602 599 50 9 921 2 127 10 520 2 177 216 000 2 779
Outro Crédito a Particulares 15 783 81 2 125 114 17 908 195 142 15 4 282 3 561 4 424 3 576 22 332 3 771
Total 278 286 528 58 723 6 266 337 009 6 794 9 661 4 039 29 834 13 746 39 495 17 785 376 504 24 579
* Crédito com prestações de capital ou juros vencidos há menos de 90 dias, mas sobre o qual existam evidências que justif iquem a sua classif icação com crédito em risco, a falência ou liquidação do devedor entre outros
Segmento
31.12.2016
Crédito que não está em risco Crédito em risco Crédito Total
Sem índicios de imparidade
Com índicios de imparidade
TotalDias de atraso
TotalExposição Imparidade<= 90 dias* >90 dias
(milhares de euros)
Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade
Empresas 73 373 469 38 014 5 588 111 387 6 057 8 922 4 059 16 340 7 694 25 262 11 753 136 649 17 810
Crédito à Habitação 184 596 267 21 281 404 205 877 671 493 39 11 020 1 902 11 513 1 941 217 390 2 612
Outro Crédito a Particulares 16 152 87 2 525 240 18 677 327 48 17 4 661 3 494 4 709 3 511 23 386 3 838
Total 274 121 823 61 820 6 232 335 941 7 055 9 463 4 115 32 021 13 090 41 484 17 205 377 425 24 260
* Crédito com prestações de capital ou juros vencidos há menos de 90 dias, mas sobre o qual existam evidências que justif iquem a sua classif icação com crédito em risco, a falência ou liquidação do devedor entre outros
Segmento
31.12.2015
Crédito que não está em risco Crédito em risco Crédito Total
Sem índicios de imparidade Imparidade<= 90 dias* >90 dias
Com índicios de imparidade
TotalDias de atraso
TotalExposição
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, o detalhe da carteira de crédito por segmento e ano de produção
era como segue:
(milhares de euros)
Número de operações
MontanteImparidade constituida
Número de operações
MontanteImparidade constituida
Número de operações
MontanteImparidade constituida
Número de operações
MontanteImparidade constituida
2004 e anteriores
318 4 954 1 127 927 30 949 583 3 150 1 396 131 4 395 37 299 1 841
2005 55 889 287 267 13 668 251 544 290 102 866 14 847 640
2006 72 1 836 680 385 20 233 274 454 506 304 911 22 575 1 258
2007 144 3 620 1 121 594 31 326 296 991 1 131 657 1 729 36 077 2 074
2008 92 4 079 1 198 646 34 338 546 1 363 2 106 778 2 101 40 523 2 522
2009 126 5 783 2 378 383 22 739 141 1 098 2 318 630 1 607 30 840 3 149
2010 123 11 060 948 356 21 508 245 987 1 314 453 1 466 33 882 1 646
2011 149 2 906 369 206 12 464 130 784 884 287 1 139 16 254 786
2012 203 4 982 1 017 97 4 914 101 943 509 41 1 243 10 405 1 159
2013 339 10 423 929 95 4 314 14 963 590 54 1 397 15 327 997
2014 421 27 566 3 349 83 4 350 7 1 008 1 325 151 1 512 33 241 3 507
2015 296 36 874 4 207 123 3 644 16 1 069 6 805 43 1 488 47 323 4 266
2016 544 23 200 419 158 11 553 175 1 006 3 158 140 1 708 37 911 734
Total 2 882 138 172 18 029 4 320 216 000 2 779 14 360 22 332 3 771 21 562 376 504 24 579
31.12.2016
Ano de produção
Empresas Habitação Outro Crédito a Particulares Total
Relatório e Contas de 2016 149
(milhares de euros)
Número de operações
MontanteImparidade constituida
Número de operações
MontanteImparidade constituida
Número de operações
MontanteImparidade constituida
Número de operações
MontanteImparidade constituida
2004 e anteriores
335 6 474 1 337 972 34 146 461 3 201 1 544 124 4 508 42 164 1 922
2005 58 1 042 319 274 14 595 250 559 313 109 891 15 950 678
2006 81 2 050 738 396 21 478 299 589 610 320 1 066 24 138 1 357
2007 143 3 518 922 605 32 989 308 1 033 1 427 678 1 781 37 934 1 908
2008 111 4 120 1 126 658 36 480 561 1 504 2 861 856 2 273 43 461 2 543
2009 140 6 668 2 183 391 24 137 186 1 172 2 936 640 1 703 33 741 3 009
2010 138 11 991 860 369 23 284 257 1 080 2 168 539 1 587 37 443 1 656
2011 195 3 416 411 213 13 173 129 884 1 318 292 1 292 17 907 832
2012 248 7 019 731 104 5 498 110 972 657 42 1 324 13 174 883
2013 399 12 410 1 192 101 4 717 18 984 851 78 1 484 17 978 1 288
2014 466 34 970 3 466 81 4 417 9 1 006 1 661 116 1 553 41 048 3 591
2015 505 42 971 4 525 119 2 476 24 1 059 7 040 44 1 683 52 487 4 593
Total 2 819 136 649 17 810 4 283 217 390 2 612 14 043 23 386 3 838 21 145 377 425 24 260
31.12.2015
Ano de produção
Empresas Habitação Outro Crédito a Particulares Total
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, o detalhe do valor de exposição bruta de crédito e imparidade
avaliada individual e coletivamente, por segmento era o seguinte:
(milhares de euros)
Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade
Empresas 23 614 13 360 114 558 4 669 138 172 18 029
Crédito à Habitação 205 205 215 795 2 574 216 000 2 779
Outro Crédito a Particulares 450 350 21 882 3 421 22 332 3 771
Total 24 269 13 915 352 235 10 664 376 504 24 579
(1) Créditos cuja imparidade final foi determinada e aprovada pelo Comité de Imparidade(2) Créditos cuja imparidade final foi determinada de forma automática pelo Modelo de imparidade
31.12.2016
Avaliação Individual (1) Avaliação Coletiva (2) Total
(milhares de euros)
Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade
Empresas 23 454 12 363 113 195 5 447 136 649 17 810
Crédito à Habitação - - 217 390 2 612 217 390 2 612
Outro Crédito a Particulares 559 371 22 827 3 467 23 386 3 838
Total 24 013 12 734 353 412 11 526 377 425 24 260
(1) Créditos cuja imparidade final foi determinada e aprovada pelo Comité de Imparidade(2) Créditos cuja imparidade final foi determinada de forma automática pelo Modelo de imparidade
Avaliação Individual (1) Avaliação Coletiva (2) Total
31.12.2015
Os créditos analisados pelo Comité de Imparidade para os quais não foi alterada a imparidade
determinada automaticamente pelo Modelo de Imparidade são incluídos e apresentados na “Avaliação
Coletiva”.
Relatório e Contas de 2016 150
A repartição por setores de atividade, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015,
encontra-se apresentada conforme segue:
(milhares de euros)
Valor bruto Imparidade Valor bruto Imparidade
Agricultura, Silvicultura e Pesca 12 302 ( 382) - - - 16 Indústrias Extrativas 739 ( 21) - - - 160 Indústrias Alimentares, das Bebidas e Tabaco 4 115 ( 80) - - - 4 Texteis e Vestuário 104 ( 2) - - - - Madeira e Cortiça 471 ( 125) - - - - Papel e Indústrias Gráficas 1 244 ( 180) - - - - Produtos Quimicos e de Borracha 58 - - - - - Produtos Minerais não Metálicos 1 082 ( 36) - - - 55 Indústrias Metalurgicas de Base e p. metálicos 817 ( 184) - - - - Fabricação de Máquinas, Eq. e Ap. Elétricos 1 484 ( 114) - - - 26 Fabricação de Material de Transporte - - - - - - Outras Industrias Transformadoras 71 - - - - - Eletricidade, Gás e Água 1 ( 1) - - - 470 Construção e Obras Públicas 9 635 ( 2 982) - - - 6 869 Comércio por Grosso e a Retalho 41 622 ( 10 750) - - - 2 443 Turismo 8 317 ( 781) - - - 494 Transportes e Comunicações 12 709 ( 192) - - - 355 Atividades Financeiras 189 ( 2) 3 1 934 - 196 487 Atividades Imobiliárias 2 110 ( 684) - - - 564 Serviços Prestados às Empresas 9 386 ( 836) - 5 685 - 274 Administração e Serviços Públicos 25 240 ( 106) - 34 874 - 164 Outras atividades de serviços coletivos 6 443 ( 568) - - - 222 Crédito à Habitação 216 000 ( 2 779) - - - - Crédito a Particulares 22 332 ( 3 771) - - - - Outros 33 ( 3) - - - 361
TOTAL 376 504 ( 24 579) 3 42 493 - 208 964
31.12.2016
Crédito sobre clientesAtivos financeiros detidos para
venda Garantias prestadas
Ativos financeiros detidos p/
negociação
Relatório e Contas de 2016 151
(milhares de euros)
Valor bruto Imparidade (a) Valor bruto Imparidade
Agricultura, Silvicultura e Pesca 12 223 ( 353) - - - 19 Indústrias Extrativas 693 ( 7) - - - 135 Indústrias Alimentares, das Bebidas e Tabaco 4 228 ( 76) - - - 6 Texteis e Vestuário 132 ( 2) - - - - Madeira e Cortiça 616 ( 108) - - - - Papel e Indústrias Gráficas 897 ( 119) - - - - Produtos Quimicos e de Borracha 45 - - - - - Produtos Minerais não Metálicos 1 051 ( 42) - - - 55 Indústrias Metalurgicas de Base e p. metálicos 788 ( 181) - - - - Fabricação de Máquinas, Eq. e Ap. Elétricos 1 564 ( 127) - - - 26 Fabricação de Material de Transporte - - - - - 2 Outras Industrias Transformadoras 50 - - - - - Eletricidade, Gás e Água 1 ( 1) - - - 470 Construção e Obras Públicas 10 090 ( 2 846) - - - 7 310 Comércio por Grosso e a Retalho 44 248 ( 10 483) - - - 3 296 Turismo 8 833 ( 673) - - - 495 Transportes e Comunicações 12 818 ( 296) - - - 317 Atividades Financeiras 101 ( 1) 1 1 499 - 297 602 Atividades Imobiliárias 2 410 ( 706) - - - 693 Serviços Prestados às Empresas 3 309 ( 576) - 5 465 - 263 Administração e Serviços Públicos 26 150 ( 101) - 36 251 - 177 Outras atividades de serviços coletivos 6 402 ( 1 112) - - - 315 Crédito à Habitação 217 390 ( 2 612) - - - - Crédito a Particulares 23 386 ( 3 838) - - - 142
TOTAL 377 425 ( 24 260) 1 43 215 - 311 323
(a) inclui provisão para imparidade no valor de 21 950 milhares de euros (ver Nota 22) e provisão para riscos gerais de crédito no valor de 2 310 milhares de euros (ver Nota 30)
31.12.2015
Crédito sobre clientesAtivos financeiros detidos para
venda Garantias prestadas
Ativos financeiros detidos p/
negociação
Relativamente ao crédito reestruturado por dificuldades financeiras do cliente, nos termos definidos
pela Instrução nº32/2013 do Banco de Portugal, os valores envolvidos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
são os seguintes:
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Crédito a empresas 22 390 23 441
Crédito à habitação 3 594 4 435
Outro Crédito a particulares 1 332 1 445
Total 27 316 29 321
Apresenta-se de seguida o detalhe das medidas de reestruturação aplicadas aos créditos
reestruturados até 31 de dezembro de 2016 e 2015:
Relatório e Contas de 2016 152
(milhares de euros)
Número de operações
Exposição ImparidadeNúmero de operações
Exposição ImparidadeNúmero de operações
Exposição Imparidade
Perdão de capital ou juro 1 142 5 3 6 411 3 104 4 6 553 3 109
Capitalização de juros - - - - - - - - -
Novo crédito para liquidação total ou parcial da dívida existente
50 1 343 111 17 1 647 740 67 2 990 851
Alargamento do prazo de reembolso 20 6 936 4 262 9 567 40 29 7 503 4 302
Introdução de período de carência de capital ou juro
29 2 132 32 8 647 100 37 2 779 132
Redução das taxas de juro 5 365 24 - - - 5 365 24
Alteração do plano de pagamento de leasing
3 177 27 - - - 3 177 27
Alteração da periodicidade de pagamento de juros
- - - - - - - - -
Outros 95 2 755 86 53 4 194 1 692 148 6 949 1 778
Total 203 13 850 4 547 90 13 466 5 676 293 27 316 10 223
Medida
31.12.2016
Crédito que não está em risco Crédito em risco Total
(milhares de euros)
Número de operações
Exposição ImparidadeNúmero de operações
Exposição ImparidadeNúmero de operações
Exposição Imparidade
Perdão de capital ou juro 1 169 6 3 6 467 3 131 4 6 636 3 137
Capitalização de juros - - - - - - - - -
Novo crédito para liquidação total ou parcial da dívida existente
44 1 076 127 11 1 560 664 55 2 636 791
Alargamento do prazo de reembolso 12 6 603 4 015 3 714 51 15 7 317 4 066
Introdução de período de carência de capital ou juro
35 2 415 46 3 179 10 38 2 594 56
Redução das taxas de juro 3 340 14 - - - 3 340 14
Alteração do plano de pagamento de leasing
1 86 3 - - - 1 86 3
Alteração da periodicidade de pagamento de juros
- - - - - - - - -
Outros 127 5 768 215 54 3 944 1 177 181 9 712 1 392
Total 223 16 457 4 426 74 12 864 5 033 297 29 321 9 459
Medida
31.12.2015
Crédito que não está em risco Crédito em risco Total
Risco de mercado
O Risco de mercado representa genericamente a eventual perda resultante de uma alteração adversa
do valor de um instrumento financeiro como consequência da variação de taxas de juro, taxas de
câmbio e preços de ações e de mercadorias.
A gestão de risco de mercado é integrada com a gestão do balanço através da estrutura ALCO (Asset
and Liability Committee) constituída ao mais alto nível da instituição. Este órgão é responsável pela
definição de políticas de afetação e estruturação do balanço bem como pelo controlo da exposição aos
riscos de taxa de juro, de taxa de câmbio e de liquidez.
Ao nível do risco de mercado o principal elemento de mensuração de riscos consiste na estimação das
perdas potenciais sob condições adversas de mercado, para o qual a metodologia Value at Risk (VaR) é
utilizada. O Banco utiliza um VaR com recurso à simulação de Monte Carlo, com um intervalo de
confiança de 99% e um período de investimento de 10 dias. As volatilidades e correlações são históricas
com base num período de observação de um ano. Como complemento ao VaR têm sido desenvolvidos
Relatório e Contas de 2016 153
cenários extremos (stress-testing) que permitem avaliar os impactos de perdas potenciais superiores
às consideradas na medida do VaR.
milhares de euros
31.12.2016 31.12.2015
Dezembro Média anual Máximo Mínimo Dezembro Média anual Máximo Mínimo
Risco cambial 126,45 86,42 130,10 54,00 70,60 76,50 175,52 33,92Risco taxa de juro 0,04 0,04 0,05 0,03 0,04 0,05 0,10 0,03Ações e Mercadorias 0,22 0,48 0,92 0,14 1,35 1,25 1,82 0,97Volatilidade 0,03 0,03 0,05 0,02 0,06 0,07 0,04 0,09Efeito da diversificação -0,39 -0,57 -0,22 -1,06 -1,97 -1,59 -1,91 -1,62
Total 126,35 86,40 130,90 53,12 70,07 76,28 175,56 33,39
Em 31 de dezembro de 2016, o Banco apresenta um valor em risco (VaR) de 126 milhares de euros para
as suas posições de negociação (31 de dezembro de 2015: 70 milhares de euros).
No seguimento das recomendações de Basileia II (Pilar 2) e da Instrução nº 19/2005, do Banco de
Portugal, o NBA calcula a sua exposição ao risco de taxa de juro de balanço baseado na metodologia do
Bank of International Settlements (BIS) classificando todas as rubricas do ativo, passivo e
extrapatrimoniais, que não pertençam à carteira de negociação, por escalões de repricing.
(milhares de euros)
Montantes elegíveis
Não sensíveis
Até 3 mesesDe 3 a 6 meses
De 6 meses a 1 ano
De 1 a 5 anos Mais de 5 anos
Aplicações e disp. em Inst. de Crédito 233 551 5 732 227 819 - - - - Crédito a clientes 375 894 - 242 301 83 985 14 043 24 999 10 566Títulos 41 615 7 619 - - - 33 253 743
Total 470 120 83 985 14 043 58 252 11 309
Recursos de outras Inst. de Crédito 252 385 - 47 132 - 205 000 253 - Depósitos 349 792 - 132 479 80 521 69 697 67 053 42
Total 179 611 80 521 274 697 67 306 42
GAP de balanço (Ativos - Passivos) 35 532 290 509 3 464 ( 260 654) ( 9 054) 11 267
Fora de Balanço - 4 632 3 000 - ( 3 000) ( 4 632)
GAP estrutural 35 532 295 141 6 464 ( 260 654) ( 12 054) 6 635
GAP acumulado 295 141 301 605 40 951 28 897 35 532
31.12.2016
Relatório e Contas de 2016 154
(milhares de euros)
Montantes elegíveis
Não sensíveis
Até 3 mesesDe 3 a 6 meses
De 6 meses a 1 ano
De 1 a 5 anos Mais de 5 anos
Aplicações e disp. em Inst. de Crédito 319 379 5 910 304 284 9 185 - - - Crédito a clientes 376 683 - 250 235 85 179 8 095 23 357 9 817Títulos 42 337 6 963 - - - - 35 374
Total 554 519 94 364 8 095 23 357 45 191
Recursos de outras Inst. de Crédito 354 944 - 354 944 - - - - Depósitos 337 176 - 130 168 66 435 83 987 56 519 67
Total 485 112 66 435 83 987 56 519 67
GAP de balanço (Ativos - Passivos) 33 406 69 407 27 929 ( 75 892) ( 33 162) 45 124
Fora de Balanço - 4 108 - - - ( 4 108)
GAP estrutural 33 406 73 515 27 929 ( 75 892) ( 33 162) 41 016
GAP acumulado 73 515 101 444 25 552 ( 7 610) 33 406
31.12.2015
O modelo utilizado para o cálculo da análise de sensibilidade do risco de taxa de juro da carteira
bancária baseia-se numa aproximação ao modelo da duração, sendo efetuados cenários paralelos para
deslocação da curva de rendimentos de 100 p.b. em todos os escalões de taxa de juro e cenários de
deslocação da curva de rendimentos não paralelos, superiores a um ano em 100 p.b..
(milhares de euros)
31.12.2016 31.12.2015
Aumento paralelo de
100 pb
Diminuição paralela de
100 pb
Aumento depois de 1
ano de 50pb
Diminuição depois de 1
ano de 50pb
Aumento paralelo de
100 pb
Diminuição paralela de
100 pb
Aumento depois de 1
ano de 50pb
Diminuição depois de 1
ano de 50pb
Sensibilidade para o risco de taxa de juro ( 114) 114 ( 871) 871 ( 1 760) 1 760 ( 1 083) 1 083
Média do período ( 401) 401 ( 901) 901 577 ( 577) 193 ( 193)
Máximo para o período ( 1 297) 1 297 ( 1 142) 1 142 890 ( 890) 257 ( 257)
Mínimo para o período ( 114) 114 ( 611) 611 366 ( 366) 120 ( 120)
No quadro seguinte apresentam-se as taxas médias de juro verificadas para as grandes categorias de
ativos e passivos financeiros do Banco, para os exercícios de 2016 e 2015, bem assim como os respetivos
saldos médios e os juros do período:
(milhares de euros)
Saldo médio do período
Juro do período
Taxa de juro
média
Saldo médio do período
Juro do período
Taxa de juro
média
Ativos monetários 247 831 2 797 1,11% 232 681 1 712 0,73%Crédito a clientes 378 446 10 307 2,68% 383 467 11 431 2,94%Aplicações em títulos 34 146 561 1,62% 14 522 415 2,82%
Ativos financeiros 660 423 13 665 2,04% 630 670 13 558 2,12%
Recursos monetários 301 393 4 510 1,47% 280 013 2 137 0,75%Recursos de clientes 342 408 3 311 0,95% 324 415 4 941 1,50%Recursos diferenciais 16 622 - - 26 242 - -
Passivos financeiros 660 423 7 821 1,16% 630 670 7 078 1,11%
Resultado Financeiro 5 844 0,87% 6 480 1,01%
31.12.2016 31.12.2015
Relatório e Contas de 2016 155
No que se refere ao risco cambial, a repartição dos ativos e dos passivos, a 31 de dezembro de 2016 e
2015, por moeda, é analisado como segue:
(milhares de euros)
Posições à Vista
Posições a Prazo
Posição Líquida
Posições à Vista
Posições a Prazo
Posição Líquida
USD DOLAR DOS E.U.A. 2 807 - 2 807 857 - 857
GBP LIBRA ESTERLINA 70 - 70 ( 3) - ( 3)
DKK COROA DINAMARQUESA 64 - 64 63 - 63
CHF FRANCO SUICO ( 22) - ( 22) 3 - 3
SEK COROA SUECA 3 - 3 7 - 7
NOK COROA NORUEGUESA 42 - 42 32 - 32
CAD DOLAR CANADIANO 591 - 591 679 - 679
3 555 - 3 555 1 638 - 1 638
Nota: activo / (passivo)
31.12.201531.12.2016
Risco de liquidez
O risco de liquidez é o risco atual ou futuro que deriva da incapacidade de uma instituição solver as
suas responsabilidades à medida que estas se vão vencendo, sem incorrer em perdas substanciais.
O risco de liquidez pode ser subdividido em dois tipos:
• Liquidez dos ativos (market liquidity risk) - consiste na impossibilidade de alienar um determinado
tipo de ativo devido à falta de liquidez no mercado, o que se traduz no alargamento do spread
bid/offer ou na aplicação de um haircut ao valor de mercado.
• Financiamento (funding liquidity risk) - consiste na impossibilidade de financiar no mercado os ativos
e/ou refinanciar a dívida que está a maturar, na moeda desejada. Esta impossibilidade pode ser
refletida através de um forte aumento do custo de financiamento ou da exigência de colateral para
a obtenção de fundos. A dificuldade de (re)financiamento pode conduzir à venda de ativos, ainda que
incorrendo em perdas significativas. O risco de (re)financiamento deve ser minimizado através de
uma adequada diversificação das fontes de financiamento e dos prazos de vencimento.
Os bancos estão sujeitos a risco de liquidez por inerência do seu negócio de transformação de
maturidades (emprestadores de longo prazo e depositários de curto prazo), sendo assim crucial uma
gestão prudente do risco de liquidez.
Com o objetivo de avaliar a exposição global ao risco de liquidez são elaborados relatórios que
permitem não só identificar os mismatch negativos, como efetuar a cobertura dinâmica dos mesmos.
Relatório e Contas de 2016 156
(milhões de euros)
Montantes Elegíveis
até 7 diasde 7 dias até 1
mêsde 1 a 3 meses de 3 a 6 meses
de 6 meses a 1 ano
superior a 1 ano
ATIVOSCaixa e disponibilidades 6 6 0 0 0 0 0Aplicações e disponibilidades em Instituições de crédito e Bancos Centrais 228 13 9 205 0 0 0Crédito a clientes 357 1 2 3 9 8 333Títulos 41 0 0 0 0 0 41
Total 20 11 208 9 8 374
PASSIVOSRecursos de Instituições de crédito, Bancos Centrais e Outros empréstimos 252 9 0 38 0 205 0Depósitos de clientes 350 6 2 4 5 4 328Outros passivos exigíveis a curto prazo 6 6 0 0 0 0 0Fora de Balanço (Compromissos e Derivados) 0 0 0 0 0 0 0
Total 21 2 42 5 209 328
GAP (Ativos - Passivos) -1 10 166 4 -201
GAP Acumulado -1 9 175 179 -22
Buffer de activos liq > 12 meses 30
31.12.2016
(milhões de euros)
Montantes Elegíveis
até 7 diasde 7 dias até 1
mêsde 1 a 3 meses de 3 a 6 meses
de 6 meses a 1 ano
superior a 1 ano
ATIVOSCaixa e disponibilidades 6 6 - - - - - Aplicações e disponibilidades em Instituições de crédito e Bancos Centrais 313 15 - 289 9 - - Crédito a clientes 359 1 2 7 7 10 331Títulos 42 - - - - - 42
Total 22 2 296 16 10 373
PASSIVOSRecursos de Instituições de crédito, Bancos Centrais e Outros empréstimos 355 8 - 347 - - - Depósitos de clientes 337 6 4 4 5 6 312Outros passivos exigíveis a curto prazo 7 7 - - - - - Fora de Balanço (Compromissos e Derivados) 46 - - - - - 46
Total 21 4 351 5 6 358
GAP (Ativos - Passivos) 2 ( 1) ( 55) 12 4
GAP Acumulado 2 - ( 56) ( 4 4 ) ( 4 0)
Buffer de activos liq > 12 meses 31
31.12.2015
O Gap acumulado a um ano passou de -39 968 milhares de euros em 31 de dezembro de 2015 para -21
920 milhares de euros em 31 de dezembro de 2016.
Adicionalmente, e de acordo com a instrução nº13/2009 do Banco de Portugal, o gap de liquidez é
definido como (Ativos líquidos – Passivos voláteis) / (Ativo – Ativos líquidos) * 100 em cada escala
cumulativa de maturidade residual, onde os ativos líquidos incluem tesouraria e títulos líquidos e os
passivos voláteis incluem a tesouraria, as emissões, os compromissos assumidos, os derivados e outros
passivos. Este indicador permite uma caracterização da posição de liquidez do risco de wholesale das
instituições.
De acordo com a evolução do Gap acumulado, o gap de liquidez até um ano do NBA era a 31 de
dezembro de 2016 de 1,49 que compara com -2,89 em 31 de dezembro de 2015.
Risco operacional
O Risco operacional traduz-se, genericamente, na probabilidade de ocorrência de eventos com
impactos negativos, nos resultados ou no capital, resultantes da inadequação ou deficiência de
procedimentos, sistemas de informação, comportamento das pessoas ou motivados por
Relatório e Contas de 2016 157
acontecimentos externos, incluindo os riscos jurídicos. Entende-se, assim, risco operacional como o
cômputo dos seguintes riscos: operativa, de sistemas de informação, de compliance e de reputação.
Para gestão do risco operacional, foi desenvolvido e implementado um sistema que visa assegurar a
uniformização, sistematização e recorrência das atividades de identificação, monitorização, controlo e
mitigação deste risco. Este sistema é suportado por uma estrutura organizacional, integrada no
Departamento de Risco Global exclusivamente dedicada a esta tarefa.
Gestão de Capital e Rácios de Solvabilidade e de Alavancagem
O principal objetivo da gestão de capital consiste em assegurar o cumprimento dos objetivos
estratégicos do Banco em matéria de adequação de capital, respeitando e fazendo cumprir os
requisitos mínimos de fundos próprios definidos pelas entidades de supervisão.
A definição da estratégia a adotar em termos de gestão de capital é da competência da Comissão
Executiva encontrando-se integrada na definição global de objetivos do Banco.
Em termos prudenciais, o Banco está sujeito à supervisão do Banco de Portugal que, tendo por base a
Diretiva Comunitária sobre adequação de capitais, estabelece as regras que a este nível deverão ser
observadas pelas diversas instituições sob a sua supervisão. Estas regras determinam um rácio mínimo
de fundos próprios totais em relação aos requisitos exigidos pelos riscos assumidos, que as instituições
deverão cumprir.
O Parlamento Europeu e o Conselho aprovaram em 26 de junho de 2013 a Diretiva 2013/36/EU e o
Regulamento (EU) nº 575/2013 que passaram a regular na União Europeia, respetivamente, o acesso à
atividade das instituições de crédito e empresas de investimento e a determinação de requisitos
prudenciais a observar por aquelas mesmas entidades a partir de 1 de janeiro de 2014. O regulamento
prevê ainda a necessidade das instituições reportarem ao supervisor o seu rácio de alavancagem. Estes
normativos transpõem para o ordenamento jurídico europeu as recomendações do Comité de Basileia,
normalmente designadas por Basileia III.
O Aviso 6/2013 de 23 de dezembro do Banco de Portugal veio regulamentar o regime transitório
previsto naquele Regulamento. O Regulamento Delegado (EU) 2015/62 determina a obrigação de
reporte do rácio de alavancagem a partir de 1 de janeiro de 2015.
Atualmente, no novo ordenamento jurídico de Basileia III, os elementos de capital do Novo Banco dos
Açores para efeitos da determinação do rácio de solvabilidade, dividem-se em Fundos Próprios
Principais de nível 1 (ou Common Equity Tier I), Fundos Próprios de nível 1 (ou Tier I), Fundos Próprios de
nível 2 (ou Tier II) e Fundos Próprios Totais, com a seguinte composição:
· Common Equity Tier I: Esta categoria inclui essencialmente o capital estatutário realizado, os
prémios de emissão, as reservas elegíveis e os resultados positivos retidos do exercício quando
certificados. Também é dedutível ao Common Equity Tier I o valor elegível dos ativos intangíveis,
Relatório e Contas de 2016 158
desvios atuariais negativos decorrentes de responsabilidades com benefícios pós emprego a
empregados, valor excedente dos ativos por impostos diferidos e de participações em sociedades
financeiras e, quando aplicável, os resultados negativos do exercício.
· Tier I: Para além dos valores considerados como Common Equity Tier I, esta categoria inclui,
quando aplicável, as ações preferenciais e instrumentos de capital híbridos.
· Tier II: Incorpora essencialmente, quando aplicável, dívida subordinada emitida elegível.
O capital do Banco é essencialmente constituído por elementos de Common Equity Tier I. O rácio de
alavancagem considera o valor de fundos próprios de nível 1.
O quadro seguinte apresenta um sumário dos cálculos de requisitos de fundos próprios e rácios de
capital do NBA para 31 de dezembro de 2016 e 2015:
(milhares de euros)
31.12.2016 * 31.12.2015
A - Fundos PrópriosCapital ordinário realizado, Prémios de Emissão e Ações Próprias 25 319 25 319 Reservas e Resultados elegíveis (excluindo reservas de justo valor) 15 387 11 327 Ativos Intangíveis ( 850) ( 531)Desvios Atuariais com responsabilidades pós-emprego com impacto prudencial ( 7 976) ( 5 298)Reservas de justo valor com impacto prudencial 1 301 1 175 Outros efeitos ( 870) ( 1 002)
Common Equity Tier I / Core Tier I ( A1 ) 32 311 30 990 Ações Preferenciais e Hibridos - - Outros efeitos - -
Tier I ( A2 ) 32 311 30 990 Divida Subordinada elegível - - Outros efeitos - -
TIER II - - Deduções - -
Fundos Próprios Elegíveis ( A3 ) 32 311 30 990
B- Ativos de Risco ( B ) 288 200 307 207
C- Rácios PrudenciaisRácio Common Equity Tier I / Core Tier 1 ( A1 / B ) 11,2% 10,1%Rácio Tier 1 ( A2 / B ) 11,2% 10,1%Rácio de Solvabilidade ( A3 / B ) 11,2% 10,1%
D- Rácio de Alavancagem 4,6% 3,0%
* valores provisórios
O Banco cumpriu durante os anos de 2016 e 2015 com todos os requisitos de capital impostos pelo
Banco de Portugal.
Relatório e Contas de 2016 159
NOTA 38 – NORMAS CONTABILÍSTICAS E INTERPRETAÇÕES RECENTEMENTE EMITIDAS
a) Impacto de adoção de normas e interpretações que se tornaram efetivas a 1 de janeiro de 2016:
Normas
Melhorias às normas 2010 - 2012. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 2, IFRS 3,
IFRS 8, IFRS 13, IAS 16 e 38 e IAS 24
IFRS 2 ‘Pagamento com base em ações’. A melhoria à IFRS 2 altera a definição de “condições de
aquisição” (vesting conditions), passando a prever apenas dois tipos de condições de aquisição:
“condições de serviço” e “condições de performance”. A nova definição de “condições de performance”
prevê que apenas condições relacionadas com a entidade são consideradas.
IFRS 3 ‘Concentrações de atividades empresariais’. Esta melhoria clarifica que uma obrigação de pagar
um valor de compra contingente, é classificada de acordo com a IAS 32, como um passivo, ou como um
instrumento de capital próprio, caso cumpra com a definição de instrumento financeiro. Os
pagamentos contingentes classificados como passivos serão mensurados ao justo valor através de
resultados do exercício.
IFRS 8 ‘Segmentos operacionais’. Esta melhoria altera a IFRS 8 que passa a exigir a divulgação dos
julgamentos efetuados pela Gestão para a agregação de segmentos operacionais, passando ainda a ser
exigida a reconciliação entre os ativos por segmento e os ativos globais da Entidade, quando esta
informação é reportada.
IFRS 13 ‘Justo valor: mensuração e divulgação’. A melhoria à IFRS 13 clarifica que a norma não remove a
possibilidade de mensuração de contas a receber e a pagar correntes com base nos valores faturados,
quando o efeito de desconto não é material.
IAS 16 ‘Ativos fixos tangíveis’ e IAS 38 ‘Ativos intangíveis’. A melhoria à IAS 16 e à IAS 38 clarifica o
tratamento a dar aos valores brutos contabilísticos e às depreciações/ amortizações acumuladas,
quando uma Entidade adote o modelo da revalorização na mensuração subsequente dos ativos fixos
tangíveis e/ ou intangíveis, prevendo 2 métodos. Esta clarificação é significativa quando, quer as vidas
úteis, quer os métodos de depreciação/amortização, são revistos durante o período de revalorização.
IAS 24 ‘Divulgações de partes relacionadas’. Esta melhoria à IAS 24 altera a definição de parte
relacionada, passando a incluir as Entidades que prestam serviços de gestão à Entidade que reporta, ou
à Entidade-mãe da Entidade que reporta.
IAS 19 (alteração) ‘Planos de benefícios definidos – Contribuições dos empregados’. A alteração à IAS 19
aplica-se a contribuições de empregados ou entidades terceiras para planos de benefícios definidos, e
pretende simplificar a sua contabilização, quando as contribuições não estão associadas ao número de
anos de serviço.
Relatório e Contas de 2016 160
IAS 1 (alteração) ‘Revisão às divulgações’. A alteração dá indicações relativamente à materialidade e
agregação, à apresentação de subtotais, à estrutura das demonstrações financeiras, à divulgação das
políticas contabilísticas, e à apresentação dos itens de Outros rendimentos integrais gerados por
investimentos mensurado pelo método de equivalência patrimonial.
IAS 16 e IAS 38 (alteração) ‘Métodos de cálculo de amortização e depreciação permitidos’. Esta
alteração clarifica que a utilização de métodos de cálculo das depreciações/ amortizações de ativos
com base no rédito obtido, não são por regra consideradas adequadas para a mensuração do padrão
de consumo dos benefícios económicos associados ao ativo. É de aplicação prospetiva.
IAS 27 (alteração) ‘Método da equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras separadas’. Esta
alteração permite que uma entidade aplique o método da equivalência patrimonial na mensuração dos
investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, nas demonstrações
financeiras separadas. Esta alteração é de aplicação retrospetiva.
IFRS 11 (alteração), ‘Contabilização da aquisição de interesse numa operação conjunta’. Esta alteração
introduz orientação acerca da contabilização da aquisição do interesse numa operação conjunta que
qualifica como um negócio, sendo aplicáveis os princípios da IFRS 3 – concentrações de atividades
empresariais.
Melhorias às normas 2012 - 2014. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 5, IFRS 7,
IAS 19 e IAS 34
IFRS 5 ‘Ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas’. A melhoria
clarifica que quando um ativo (ou grupo para alienação) é reclassificado de “detido para venda” para
“detido para distribuição” ou vice-versa, tal não constitui uma alteração ao plano de vender ou
distribuir.
IFRS 7 ‘Instrumentos financeiros: divulgações’. Esta melhoria inclui informação adicional sobre o
significado de envolvimento continuado na transferência (desreconhecimento) de ativos financeiros,
para efeitos de cumprimento das obrigações de divulgação.
IAS 19 ‘Benefícios aos empregados’. Esta melhoria clarifica que na determinação da taxa de desconto
das responsabilidades com planos de benefícios definidos pós emprego, esta tem de corresponder a
obrigações de elevada qualidade da mesma moeda em que as responsabilidades são calculadas.
IAS 34 ‘Relato intercalar’. Esta melhoria clarifica o significado de “informação divulgada em outra área
das demonstrações financeiras intercalares”, e exige a inclusão de referências cruzadas para essa
informação.
b) Alterações a normas existentes publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que
se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016, mas que a União Europeia ainda não adotou:
Relatório e Contas de 2016 161
Normas
Alterações às IFRS 10, 12 e IAS 28, ‘Entidades de investimento: aplicação da isenção à obrigação de
consolidar’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração
ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que a isenção à
obrigação de consolidar de uma “Entidade de Investimento” se aplica a uma empresa holding
intermédia que constitua uma subsidiária de uma entidade de investimento. Adicionalmente, a opção
de aplicar o método da equivalência patrimonial, de acordo com a IAS 28, é extensível a uma entidade,
que não é uma entidade de investimento, mas que detém um interesse numa associada ou
empreendimento conjunto que é uma “Entidade de investimento”. Não se esperam impactos
materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta alteração.
c) Normas e alterações a normas existentes publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos
anuais que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2017, mas que a União Europeia ainda não
endossou:
Normas
IAS 7 ‘Demonstração de fluxos de caixa’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro
de 2017). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração
introduz uma divulgação adicional sobre as variações dos passivos de financiamento, desagregados
entre as transações que deram origem a movimentos de caixa e as que não, e a forma como esta
informação concilia com os fluxos de caixa das atividades de financiamento da Demonstração do Fluxo
de Caixa. Não se esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco
com a adoção desta alteração.
IAS 12 ‘Imposto sobre o rendimento – Reconhecimento de impostos diferidos ativos sobre perdas
potenciais’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2017). Esta alteração
ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica a forma de
contabilizar impostos diferidos ativos relacionados com ativos mensurados ao justo valor, como
estimar os lucros tributáveis futuros quando existem diferenças temporárias dedutíveis e como avaliar
a recuperabilidade dos impostos diferidos ativos quando existem restrições na lei fiscal. Não se
esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção
desta alteração.
IFRS 2 (alteração), ‘Classificação e mensuração de transações de pagamentos baseados em ações’ (a
aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita
ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica a base de mensuração para as
transações de pagamentos baseados em ações liquidadas financeiramente (“cash-settled”) e a
contabilização de modificações a um plano de pagamentos baseado em ações, que alteram a sua
classificação de liquidado financeiramente (“Cash-settled”) para liquidado com capital próprio (“equity-
Relatório e Contas de 2016 162
settled”). Para além disso, introduz uma exceção aos princípios da IFRS 2, que passa a exigir que um
plano de pagamentos baseado em ações seja tratado como se fosse totalmente liquidado com capital
próprio (“equity-settled”), quando o empregador seja obrigado a reter um montante de imposto ao
funcionário e pagar essa quantia à autoridade fiscal. Não se esperam impactos materialmente
relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta alteração.
IFRS 9 (nova) ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro
de 2018). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. A IFRS 9 substitui
os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos ativos e passivos
financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber (através do modelo da perda
esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura. O
Banco encontra-se a avaliar os impactos decorrentes da adoção desta alteração.
IFRS 15 (nova) ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1
de janeiro de 2018). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta
nova norma aplica-se apenas a contratos para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige
que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar ativos ou prestar
serviços é satisfeita e pelo montante que reflete a contraprestação a que a entidade tem direito,
conforme previsto na “metodologia das 5 etapas”. Não se esperam impactos materialmente relevantes
nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta alteração.
IFRS 15 (alteração), ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou
após 1 de janeiro de 2018). Estas alterações ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela União
Europeia. Estas alterações referem-se às indicações adicionais a seguir para determinar as obrigações
de desempenho de um contrato, ao momento do reconhecimento do rédito de uma licença de
propriedade intelectual, à revisão dos indicadores para a classificação da relação principal versus
agente, e aos novos regimes previstos para simplificar a transição. Não se esperam impactos
materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta alteração.
IFRS 16 (nova) ‘Locações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019). Esta
norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta nova norma substitui o IAS
17, com um impacto significativo na contabilização pelos locatários que são agora obrigados a
reconhecer um passivo de locação refletindo futuros pagamentos da locação e um ativo de “direito de
uso" para todos os contratos de locação, exceto certas locações de curto prazo e de ativos de baixo
valor. A definição de um contrato locação também foi alterada, sendo baseada no "direito de controlar
o uso de um ativo identificado". Não se esperam impactos materialmente relevantes nas
demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta alteração.
Relatório e Contas de 2016 163
ANEXO ADAPTAÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES DO FINANCIAL FÓRUM (FSF) E DO COMITEE OF EUROPEAN SUPERVISORS (CEBS) RELATIVAS À
TRANSPARÊNCIA DA INFORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS ATIVOS
(Carta-Circular nos 97/2008/DSB de 3 de Dezembro e Carta Circular nº58/2009/DSB de 5 de Agosto)
O Banco de Portugal, através da Carta Circular nº58/2009/DSB de 5 de Agosto de 2009 reiterou “a
necessidade de as instituições continuarem a dar adequado cumprimento às recomendações do
Financial Stability Forum (FSF), bem como às recomendações do Committee of European Banking
Supervisors (CEBS), no que se refere à transparência da informação e à valorização de ativos, tendo em
conta o princípio da proporcionalidade” constantes das Cartas-Circulares nos 46/2008/DSB de 15 de
Julho de 2008 e 97/2008/DSB de 3 de Dezembro de 2008.
O Banco de Portugal recomenda que seja elaborado um capítulo ou anexo específico nos documentos
de prestação de contas exclusivamente dedicado aos aspetos mencionados nas respetivas
recomendações do CEBS e do FSF.
No presente anexo procurou-se dar cumprimento à recomendação do Banco de Portugal utilizando
remissões para a informação apresentada, quer no Relatório de Gestão, quer nas Notas Explicativas às
Demonstrações Financeiras relativos aos exercícios de 2015 e 2016.
I. MODELO DE NEGÓCIO
1. Descrição do modelo de negócio
No capítulo 4 “Estratégia e Modelo de Negócio” do Relatório de Gestão, faz-se uma descrição detalhada
sobre a estratégia e o modelo de negócio do Banco.
2. Estratégias e objetivos
As estratégias e objetivos do Banco estão igualmente divulgados no capítulo 4 “Estratégia e Modelo de
Negócio” do Relatório de Gestão.
11
Relatório e Contas de 2016 164
3., 4. e 5. Atividades desenvolvidas e contribuição para o negócio
No capítulo 4 “Estratégia e Modelo de Negócio” do Relatório de Gestão apresenta-se informação acerca
das atividades desenvolvidas e sua contribuição para o negócio.
II. RISCOS E GESTÃO DE RISCOS
6. e 7. Descrição e natureza dos riscos incorridos
No capítulo 6 “Análise do Risco de Crédito” do Relatório de Gestão dá-se informação detalhada sobre o
risco de crédito do Banco.
Também na Nota Explicativa 37 é apresentada diversa informação que, em conjunto, permite obter a
perceção sobre os riscos incorridos pelo Banco e mecanismos de gestão para a sua monitorização e
controlo.
III. IMPACTO DO PERÍODO DE TURBULÊNCIA FINANCEIRA NOS RESULTADOS
8.,9., 10. e 11. Descrição qualitativa e quantitativa dos resultados e comparação dos impactos entre
períodos
No exercício de 2016 manteve-se incerteza quanto ao futuro do Grupo Novo Banco o que, de certo
modo, condicionou a atividade do Banco.
Mesmo assim, foi possível registar um desempenho positivo refletido pelo acréscimo verificado no
produto bancário comercial de + 10% o que, associado ao rigoroso acompanhamento do crédito,
permitiu a obtenção de um resultado positivo de 1.678 m€ (3.867 m€ em 2015).
12. Decomposição dos write-downs entre realizados e não realizados
Os proveitos e custos relacionados com os ativos e passivos detidos para negociação, dos ativos e
passivos ao justo valor através de resultados e dos ativos disponíveis para venda encontram-se
desagregados por instrumento financeiro nas Notas 7 e 8 às demonstrações financeiras.
Adicionalmente, os ganhos e perdas não realizados dos ativos disponíveis para venda constam das
Notas 19 e 33.
13. Turbulência financeira na cotação das ações do NB dos Açores
As ações do Banco não estão cotadas em nenhum mercado oficial, pelo que este ponto não é aplicável.
14. Risco de perda máxima
Na Nota Explicativa 37 divulga-se informação relevante sobre as perdas suscetíveis de serem incorridas
em situações de stress do mercado.
Relatório e Contas de 2016 165
15. Responsabilidades do Banco emitidas e resultados
No exercício de 2016 o NB dos Açores não realizou nem registava qualquer emissão.
IV. NÍVEIS E TIPOS DAS EXPOSIÇÕES AFETADAS PELO PERÍODO DE TURBULÊNCIA
16. Valor nominal e justo valor das exposições
17. Mitigantes do risco de crédito
18. Informação sobre as exposições do Grupo
O Banco não teve nenhuma exposição diretamente afetada pelo período de turbulência.
19. Movimentos nas exposições entre períodos
Não aplicável
20. Exposições que não tenham sido consolidadas
Não aplicável
21. Exposição a seguradoras monoline e qualidade dos ativos segurados
O Banco não tem exposições a seguradoras monoline.
V. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E MÉTODOS DE VALORIZAÇÃO
22. Produtos estruturados
Estas situações estão desenvolvidas na Nota 2 – Principais Políticas Contabilísticas.
23. Special Purpose Entities (SPE) e consolidação
O Banco não realizou nenhuma operação de titularização até 31 de dezembro de 2016.
24. e 25. Justo valor dos instrumentos financeiros
Ver comentários ao ponto 16 do presente Anexo. Nas Notas 2 e 36 referem-se as condições de
utilização da opção do justo valor, bem como as técnicas utilizadas para a valorização dos
instrumentos financeiros.
VI. OUTROS ASPETOS RELEVANTES NA DIVULGAÇÃO
Relatório e Contas de 2016 166
26. Descrição das políticas e princípios de divulgação
O NB dos Açores, no contexto da sua política de divulgação de informação de natureza contabilística e
financeira, visa dar satisfação a todos os requisitos de natureza regulamentar, sejam eles instituídos
pelas normas contabilísticas em vigor ou pelas entidades de supervisão e de regulação do mercado.
Paralelamente, procura alinhar as suas divulgações pelas melhores práticas do mercado, atendendo
por um lado, ao custo na captação da informação relevante e, por outro, dos benefícios que a mesma
pode proporcionar aos diversos utilizadores.
De entre o conjunto de informação disponibilizada aos seus acionistas, clientes, colaboradores,
entidades de supervisão e ao público em geral, destacam-se o Relatório de Gestão, as Demonstrações
Financeiras e respetivas Notas Explicativas.
O Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras são preparados de acordo coma as Normas de
Contabilidade Ajustadas (NCA), definidas pelo Banco de Portugal, e que se traduzem na aplicação às
demonstrações financeiras das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), tal como adotadas
pela União Europeia, conferindo um elevado grau de transparência à informação divulgada bem assim
como de comparabilidade.
Relatório e Contas de 2016 167
CERTIFICAÇÃO LEGAL E
RELATÓRIO DO REVISOR OFICIAL DE CONTAS
12
Relatório e Contas de 2016 168
Relatório e Contas de 2016 169
Relatório e Contas de 2016 170
Relatório e Contas de 2016 171
Relatório e Contas de 2016 172
Relatório e Contas de 2016 173
Relatório e Contas de 2016 174
Relatório e Contas de 2016 175
RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL
13
Relatório e Contas de 2016 176
Relatório e Contas de 2016 177
Relatório e Contas de 2016 178
Relatório e Contas de 2016 179
INFORMAÇÃO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE
ANEXOS
Participações qualificadas no capital social do NB dos Açores
Participações qualificadas no capital social do Novo Banco dos Açores em 31 de dezembro de 2016.
Acionistas titulares de direitos especiais Identificação dos acionistas titulares de direitos especiais e descrição desses direitos
Não existem acionistas titulares de direitos especiais.
Nº acções% Capita l Socia l
com direito de voto
NOVO BANCO, SA 2.144.191 57,5236%
Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada 1.118.263 30,0003%
Bensaúde Participações, SGPS, SA 372.750 10,0000%
Total 3.635.204 97,5239%
Participações Qualificadas
Dez.16
14
Relatório e Contas de 2016 180
Restrições em matéria de direito de voto Eventuais restrições em matéria de direito de voto, tais como limitações ao exercício do voto dependente da titularidade de um número ou percentagem de ações, prazos impostos para o exercício do direito de voto ou sistemas de destaque de direitos de conteúdo patrimonial Tem direito a voto o acionista titular de, pelo menos, duzentas ações, inscritas em seu nome em conta
de registo de valores mobiliários até ao décimo quinto dia anterior ao designado para a reunião da
Assembleia Geral, comprovando tal inscrição perante a sociedade, até às dezoito horas do quinto dia
útil anterior ao designado para a reunião.
Os acionistas que não possuam o número de ações necessário para terem direito de voto poderão
agrupar-se de forma a perfazê-lo, devendo designar por acordo um só de entre eles para os representar
na Assembleia Geral.
Não é admitido o voto por correspondência, salvo nos casos previstos em disposição legal imperativa.
Não existem restrições ao exercício do direito de voto ou sistemas de destaque de direitos de conteúdo
patrimonial.
Existe um acordo parassocial entre os dois maiores acionistas do Novo Banco dos Açores, o Novo
banco, S.A. e a Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada, nos termos do qual, entre outras
matérias, são estabelecidos direitos de preferência recíprocos na alienação de ações do NB dos Açores.
Nomeação e substituição dos membros do órgão de administração e alteração dos
estatutos da sociedade Regras aplicáveis à nomeação e substituição dos membros do órgão de administração e à alteração dos estatutos da sociedade
Os membros dos órgãos de administração e de fiscalização são eleitos em Assembleia Geral de
Acionistas.
Não existem regras específicas da sociedade para a falta ou impedimento definitivos de qualquer
Administrador, sendo prática do NB dos Açores que se proceda à cooptação de um substituto, que será
ratificada na Assembleia Geral imediatamente subsequente. O mandato do novo Administrador
terminará no fim do período para o qual o Administrador substituído tenha sido eleito.
Relatório e Contas de 2016 181
A alteração dos estatutos do NB dos Açores, nos termos legais, é deliberada pela Assembleia Geral. As
deliberações sobre alteração do contrato de sociedade devem ser aprovadas por dois terços dos votos
emitidos, quer a Assembleia reúna em primeira quer em segunda convocação.
Poderes do órgão de administração Poderes do órgão de administração, nomeadamente no que respeita a deliberações de aumento de capital O Conselho de Administração tem a sua competência definida por lei e pelos estatutos do NB dos
Açores, cabendo-lhes os mais amplos poderes de gestão, representando a sociedade, em juízo e fora
dele.
No NB dos Açores, o Conselho de Administração não tem competência para deliberar um aumento de
capital. Qualquer aumento de capital necessita de aprovação em Assembleia Geral, por proposta do
Conselho de Administração.
Sistemas de controlo interno e de gestão de risco Principais elementos dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira O Sistema de Controlo Interno (SCI) do NOVO BANCO DOS AÇORES define-se como o conjunto das
estratégias, sistemas, processos, políticas e procedimentos definidos pelo órgão de administração, bem
como das ações empreendidas por este órgão e pelos restantes colaboradores da instituição, com vista
a garantir:
· Objetivos de Desempenho Estratégico e Operacional - um desempenho eficiente e rentável da
atividade no médio e longo prazo que assegure a utilização eficaz dos recursos e a continuidade do
negócio, nomeadamente através de uma adequada gestão e controlo dos riscos da atividade, da
prudente e correta avaliação dos ativos e responsabilidades, bem como da implementação de
mecanismos de prevenção contra erros e fraudes,
Relatório e Contas de 2016 182
· Objetivos de Informação e Reporte - a existência de informação financeira e de gestão, completa,
pertinente, fiável e tempestiva de suporte à tomada de decisão e de processos de controlo, tanto a
nível interno como externo;
· Objetivos de Compliance - conformidade com as disposições legais e regulamentares aplicáveis à
atividade, incluindo as relativas à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento ao
terrorismo, bem como, as regras internas e estatutárias, as regras de conduta internas e de
relacionamento com clientes e com os diferentes stakeholders envolvidos na atividade do Grupo, as
orientações dos Órgãos Sociais e as recomendações de Autoridades de Supervisão e Regulação, de
modo a preservar a reputação do grupo.
A aplicação do SCI no GNB é efetuada de forma consistente em todas as entidades do Grupo NOVO
BANCO designadas no âmbito da norma, sem prejuízo dos requisitos adicionais exigidos pelos
territórios de acolhimento e de especificidades das funções envolvidas no SCI.
Para atingir, de forma eficaz, os objetivos definidos, o sistema de controlo interno do GNB assenta nos
seguintes princípios:
· Adequado ambiente de controlo que reflete a importância do controlo interno e que estabelece a
disciplina e estrutura dos restantes elementos do sistema de controlo interno;
· Sólido sistema de gestão de riscos, destinado a identificar, avaliar, acompanhar e controlar todos os
riscos que possam influenciar a estratégia e os objetivos do grupo, que assegure o seu cumprimento
e que são empreendidas as ações necessárias para responder adequadamente a desvios não
desejados;
· Eficiente sistema de informação e comunicação, que garante a captação, tratamento e troca de
informação relevante, abrangente e consistente, num prazo e de forma a permitir um desempenho
eficaz e tempestivo da gestão e controlo da atividade e dos riscos inerentes;
· Efetivo processo de monitorização, executado com vista a assegurar a adequação e a eficácia do
próprio sistema de controlo interno ao longo do tempo, garantindo, nomeadamente, a identificação
tempestiva de deficiências, potenciais ou reais, e oportunidades de melhoria que permitam
fortalecer o SCI, assegurando o desencadear de ações corretivas.
O Sistema de Controlo Interno do GNB tem as suas políticas, processos, procedimentos, sistemas e
controlos formalizados em normas internas, catálogo de processos, manuais de controlo interno,
apresentações suporte aos principais comités envolvidos na gestão de riscos, da informação e
comunicação, relatórios das funções de controlo e no próprio relatório de controlo interno.
Complementarmente, no desenho e avaliação do SCI, o GNB adota as metodologias COSO (Committee
Of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission) e COBIT (Control Objectives for Information
and related Technology).
Relatório e Contas de 2016 183
O Órgão de Administração é responsável pela manutenção de um SCI adequado e eficaz, sendo o seu
modelo suportado nas 3 linhas de defesa. O Modelo das 3 Linhas de Defesa define e distingue níveis de
intervenção e de responsabilidade na gestão dos riscos e na execução dos controlos, visando a
adequação e efetividade global no SCI da Organização. Neste sentido temos:
Funções de Negócio e Operacionais (1ª Linha de Defesa)
· Assumem risco dentro de limites predefinidos;
· São responsáveis por identificar, avaliar e controlar os riscos do negócio/processo em contínuo.
Funções de Controlo e Suporte (2ª Linha de Defesa: Gestão de Riscos, Compliance, Controlo Interno,
Gestão da Informação, Gestão de Capital, Financeira, Contabilidade, Jurídica e Organização)
· Definem políticas, metodologias e ferramentas de gestão de riscos e controlo e exercem
supervisão funcional de apoio e monitorização da efetividade da 1ª Linha;
· Controlam a conformidade regulamentar e efetuam o respetivo reporte;
· Efetuam a gestão de informação e comunicação à gestão de topo.
Auditoria Interna (3ª Linha de Defesa)
· Providencia a avaliação da adequação e eficácia dos sistemas de governo, de gestão de riscos e
controlo interno da responsabilidade da 1ª e 2ª Linha de defesa;
· Apresenta maior focalização na avaliação da efetividade da 2ª Linha de Defesa
Em 2016, o modelo de governo do controlo interno do GNB foi revisto e foi desenhado um novo modelo
com:
· Autonomização do Controlo Interno (anteriormente integrado na Função Compliance) em
Departamento próprio com vista a efetuar um upgrade da atividade do controlo interno,
reforçando a 2ª linha de defesa e apoiando o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal na
monitorização do SCI do GNB;
· Implementação de um Comité de Sistema de Controlo Interno, com poderes para efetuar o
acompanhamento e monitorização do SCI do GNB, de forma transversal e integrada.
O Departamento de Controlo Interno tem como missão assegurar a existência de um Sistema de
Controlo Interno adequado e eficaz no GNB, através de uma relação hierárquica e relação funcional
com o Conselho de Administração e de apoio ao Conselho Fiscal, em cumprimento com o estabelecido
na regulamentação nacional e em linha com as melhores práticas internacionais, nomeadamente as
emanadas pela European Banking Authority (EBA). Mediante a existência de um Departamento
especialmente dedicado de forma transversal ao SCI, pretendeu-se eliminar eventuais conflitos de
interesse pela independência das restantes funções de Compliance, Gestão de Riscos e Auditoria
Interna, cujas atividades são passíveis de sistematização/avaliação de controlo por parte do
Departamento de Controlo Interno e atingir maior robustez e especialização nos temas de controlo
Relatório e Contas de 2016 184
interno, permitindo ao Conselho de Administração e Conselho Fiscal terem uma visão mais integrada e
consistente do SCI.
Crédito a Membros dos Órgãos Sociais – Artº 85º, nº 9 - RGICSF Informação sobre o crédito concedido, direta ou indiretamente, a membros dos órgãos de administração e fiscalização, e a sociedades ou outros entes coletivos por eles direta ou indiretamente dominados, de acordo com o disposto no nº 9 do Artº 85º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras
Tipo de Crédito Montante(euros)
Crédito Habitação 45.663,06
Cartões 8,16
Crédito Habitação 139.063,33
Cartões 4.831,72
Depósitos 4.349,65
Crédito Habitação 28.006,14
Crédito Individual 1.372,89
José Francisco Gonçalves Silva Administrador não Executivo Crédito Habitação 187.563,06
Crédito Habitação 148.596,06
Cartões 128,36
António Mauricio Lança Tavares de Sousa Familiar Crédito Habitação 76.479,86
Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada a) Conta Empréstimo 400.000,00
Trekking Party - Sabores Tradicionais, Ld.ª b) Crédito M/L Prazo 115.855,00
Bensaúde, SA c) Garantias 10.789,42
Administrador Executivo
André Lopes Frazão de Medeiros Familiar
a) Os Administradores do Novo Banco dos Açores, Dr.s José Francisco Gonçalves Silva e Gustavo Manuel Frazão de Medeiros, integ ram a Mesa Administrativa da Santa Casa da MiserIcórdia de Ponta Delg ada
b) O Administrador do NB dos Açores, Dr. José Francisco Gonçalves Silva, é Gerente da Trekking Party
c) A Administradora do NB dos Açores, Drª Zita Maria Medeiros Correia Mag alhães Sousa, integ ra o Conselho de Administração da Bensaúde, SA
Membro Conselho FiscalAntónio Maurício do Couto Tavares de Sousa
Montantes em dívida a 31.12.2016
NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A. Art. 85 nº 9 do RGICSF - Crédito a membros dos órg ãos sociais - Montantes em dívida (com exclusão de juros)
Nome / Denominação Cargo
Gustavo Manuel Frazão de Medeiros Administrador Executivo
Gualter José Andrade Furtado
Relatório e Contas de 2016 185
Remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais Política de Remunerações Proposta apresentada pelo Acionista Novo Banco, SA e aprovada na Assembleia Geral Anual de 31 de março de 2017 “ Considerando que se mantém a situação de facto já invocada na Assembleia Geral Anual de 2016, em
especial:
1. A natureza de Banco de transição do acionista maioritário Novo Banco, S.A. e as limitações daí
decorrentes, em particular as que decorrem dos compromissos assumidos perante a Comissão
Europeia;
2. O plano de reestruturação que o acionista Novo Banco está obrigado a implementar e que prevê,
nomeadamente, a necessidade de redução de postos de trabalho e uma redução significativa de
custos, quer ao nível do Novo Banco, quer ao nível das entidades pertencentes ao Grupo Novo
Banco;
3. O facto de não ter existido remuneração variável dos membros dos órgãos sociais e dirigentes do
Novo Banco, S.A. e das sociedades do Grupo Novo banco, entre as quais se inclui o Novo Banco
dos Açores, desde a data da constituição do Novo banco, S.A. (3 de agosto de 2014);
4. A dimensão e características do Novo Banco dos Açores, bem como a inexistência de
instrumentos financeiros emitidos pelo Novo Banco dos Açores que permitam a atribuição de
remuneração variável;
O Novo Banco, S.A., propõe:
a) Que não seja aprovada qualquer Política de Remuneração;
b) Que não exista remuneração variável a pagar aos membros dos órgãos sociais nem aos
dirigentes, durante o ano de 2017;
c) A reapreciação, face às circunstâncias, destes pontos na Assembleia Geral Anual do próximo
ano.”
Relatório e Contas de 2016 186
Remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais em 2016 Nos termos da Lei 28/2009, de 19 de junho e do Aviso nº 10/2011 (nº 2 do Artº 17º) do Banco de Portugal, as instituições de crédito estão obrigadas a divulgar nos documentos anuais de prestação de contas o montante da remuneração anual auferida pelos membros dos seus órgãos de administração e fiscalização, de forma individual e agregada, O montante anual de remuneração auferida, de forma individual e agregada, pelos membros dos
órgãos de administração e fiscalização do Novo Banco dos Açores em 2016 foi o seguinte:
Membros dos Org ãos de Administração e Fiscalização (com exceção da Comissão Executiva)
Valores em unidades de euro
VencimentosSubsidios e Outros
Conselho Fiscal 9.835 0 0 9.835
José Maria Ribeiro da Cunha 4.215 0 0 4.215
António Maurício do Couto Tavares Sousa 2.810 0 0 2.810
José Manuel dos Santos Gaudêncio 2.810 0 0 2.810
Conselho de Administração 0 108.990 0 108.990
Jaime José Matos da Gama 0 105.000 0 105.000
José Eduardo Fragoso Tavares de Bettencourt (a) 0 0 0 0
Isabel Maria Ferreira Ferreira Possantes Rodrigues Cascão (b) 0 0 0 0
Luís Miguel Alves Ribeiro 0 0 0 0
Mário Jorge Tapada Gouveia 0 0 0 0
José Francisco Gonçalves Silva 0 1.995 0 1.995
Zita Maria Medeiros Correia Magalhães Sousa 0 1.995 0 1.995
Total Órg ãos Adm. e Fiscal. sem Comissão Executiva 9.835 108.990 0 118.826
(a) Apresentou o pedido de renuncia ao cargo
(b) Designada, por cooptação, em 25/05/2016, não iniciou funções.
Novo Banco dos AçoresFixa
Variável Total
Membros da Comissão Executiva
Valores em unidades de euro
VencimentosSubsidios e Outros
Gualter José Andrade Furtado 159.322 2.029 0 161.351
António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues 106.324 2.286 0 108.610
Gustavo Manuel Frazão de Medeiros 92.689 2.011 0 94.700
Total Comissão Executiva 358.335 6.326 0 364 .661
Novo Banco dos AçoresFixa
Variável Total
Relatório e Contas de 2016 187
ANEXO
ANEXOS
Extrato da Ata da Assembleia Geral Anual do Novo Banco dos Açores Extrato da Ata nº 21, da Assembleia Geral Anual do Novo Banco dos Açores realizada em 31 de março de 2017
No dia trinta e um de março de dois mil e dezassete, reuniu às dez horas, nos termos do número 7
do artigo 12º dos Estatutos, com utilização de meios telemáticos (videoconferência) a Assembleia
Geral Anual do “NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.", tendo a sociedade assegurado a segurança das
comunicações, procedendo-se através da presente ata ao registo do respetivo conteúdo e à
identificação dos intervenientes.
A mesa da Assembleia Geral, esteve regularmente constituída pelo seu Presidente, Sr. Dr. Francisco
Marques da Cruz Vieira da Cruz, seu Vice-Presidente, Sr. Octaviano Geraldo Cabral Mota e pela
Secretária, a Sra. Dra. Maria Carolina Soares Carreiro, presentes na sede do “NOVO BANCO DOS
AÇORES, S.A.", sita na Rua Hintze Ribeiro, números dois a oito, em Ponta Delgada,
Na sede social estiveram ainda presentes, o Sr. Dr. António Manuel Palma Ramalho, em
representação do NOVO BANCO, S.A., o Sr. Dr. José Francisco Gonçalves Silva em representação da
Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada, o Sr. Eng. José Armando Soares Simões de Paiva, em
representação da “Bensaúde Participações, SGPS, S.A.”, o Sr. Dr. António Pedro Rebelo Costa em
representação da Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande, o Sr. Dr. Eduardo Manuel Pacheco
de Medeiros em representação da Santa Casa da Misericórdia de Nordeste, o Sr. Dr. Jaime José
Matos da Gama, na qualidade de Presidente do Conselho de Administração, o Sr. Dr. Gualter José
Andrade Furtado na qualidade de Vice-Presidente do Conselho de Administração e Presidente da
Comissão Executiva, o Sr. Dr. António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues, na qualidade de Vice-
Presidente da Comissão Executiva, o Sr. Dr. Gustavo Manuel Frazão de Medeiros, na qualidade de
Vogal da Comissão Executiva, os Srs. Dr.s Mário Jorge Tapada Gouveia e Luís Miguel Alves Ribeiro,
15
Relatório e Contas de 2016 188
na qualidade de Vogais do Conselho de Administração, e o Sr. Dr. José Manuel dos Santos
Gaudêncio, na qualidade de Vogal do Conselho Fiscal.
Na Sede do Novo Banco, em Lisboa, estiveram presentes o Sr. Dr. José Maria Rego Ribeiro da Cunha,
na qualidade de Presidente do Conselho Fiscal e o Sr. Dr. José Manuel Henriques Bernardo, na
qualidade de representante da PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC – Sociedade de
Revisores Oficias de Contas, Lda., participando por Videoconferência.
A Assembleia Geral Anual do “NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A." reuniu a fim de deliberarem sobre a
seguinte Ordem de Trabalhos:
1. Relatório de Gestão, o Balanço e os restantes documentos de prestação de contas, relativos
ao exercício de 2016.
2. Proposta de aplicação de resultados.
3. Apreciação geral da administração e fiscalização.
4. Proceder à ratificação da designação, por cooptação, da Exma. Sra. Dra. Isabel Maria Ferreira
Possantes Rodrigues Cascão, como Vogal do Conselho de Administração do Novo Banco dos
Açores, S.A., efetuada por deliberação do Conselho de Administração de 25 de maio de 2016.
5. Proceder à eleição dos órgãos sociais para o triénio 2017/2019.
6. Proposta de Política de Seleção dos membros dos órgãos sociais e titulares de funções
essenciais.
7. Apreciação das declarações da Comissão de Vencimentos e do Conselho de Administração
sobre, respetivamente, a política de remunerações do órgão de administração e fiscalização e
dos demais dirigentes.
O Presidente da Mesa começou por cumprimentar os representantes das acionistas e também os
membros dos órgãos sociais presentes. De seguida verificou a conformidade dos mandatos de
representação e referiu que se encontravam presentes e devidamente representados acionistas
titulares de 3.712.689 ações, correspondentes a 99,6027% do capital social e que a presente Assembleia
havia sido regularmente convocada, mediante convocatória publicada no dia vinte e sete de fevereiro
no sítio das publicações On-Line da Direcção Geral dos Registos e do Notariado.
O Presidente da Mesa referiu, ainda, também ter sido publicada no dia vinte e um de março,
respetivamente, nos jornais “Açoriano Oriental” e “Correio dos Açores” a relação dos acionistas cujas
participações excedem 2% do capital social.
Disse, ainda, estarem reunidas as condições legais e estatutárias para que a presente Assembleia Geral
reúna e validamente delibere sobre todas as propostas constantes da sua Ordem de Trabalhos, tendo a
documentação à mesma inerente estado depositada, na sede da sociedade, e compilada em dossier
próprio, para consulta dos acionistas, nos quinze dias que antecederam a sua realização.
Depois de declarar abertos os trabalhos, o Presidente da Mesa entrou na ordem de trabalhos e, mais
concretamente, no seu Ponto 1. Mais referiu que, no que respeita a este ponto, tinha chegado à Mesa
uma proposta, que se transcreve:
Relatório e Contas de 2016 189
“Proposta
de aprovação do Relatório de Gestão e das Contas do
“NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A."
relativo ao exercício de 2016
O Conselho de Administração do “NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A." vem submeter à apreciação e
discussão dos Senhores acionistas o Relatório de Gestão e os documentos de prestação de contas da
sociedade, referentes ao exercício de 2016, propondo a sua aprovação.” (…) o Presidente da Mesa pôs
então à votação a proposta de aprovação do Relatório de Gestão e das Contas do “ NOVO BANCO DOS
AÇORES, S.A." relativo ao exercício de 2016, tendo a mesma sido aprovado por unanimidade de votos
dos acionistas da sociedade, presentes e representados nesta Assembleia Geral, e em consequência
aprovados, tanto na generalidade como na especialidade, os documentos de prestação de contas
relativos ao exercício de 2016.
Passando-se ao ponto número dois da ordem de trabalhos, o Presidente da Mesa procedeu à leitura da
proposta de aplicação de resultados, subscrita pelo Conselho de Administração do Novo Banco dos
Açores, S.A. respetivamente, pelo Presidente, Dr. Jaime Gama, pelo Vice-Presidente, Dr. Gualter Furtado
e pelos vogais, Dr. António Rodrigues, Dr. Luís Ribeiro e Dr. Mário Gouveia, que se transcreve:
“PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
Nos termos da alínea b) do nº 1 do Artº. 376º do Código das Sociedades Comerciais e em conformidade
com o Artº. 28º dos Estatutos, propõe-se para aprovação na Assembleia Geral, a seguinte aplicação dos
resultados do exercício de 2016:
De seguida, o Presidente da Mesa, procedeu à leitura da proposta de distribuição de resultados,
subscrita pelo acionista, Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada, nos seguintes termos:
“Em conformidade com as disposições legais e regulamentares aplicáveis e atento o disposto na
cláusula 10º do acordo parassocial e no artigo 28º dos Estatutos propõe-se para aprovação na
Assembleia Geral a seguinte aplicação dos resultados do exercício de 2016, cujo valor do resultado
líquido é de 1 678 milhares e euros:
· Para reserva legal e outras reservas, 50% do resultado do exercício;
· Para distribuição aos acionistas, 50% na proporção das respetivas participações.
Conforme adotado em anteriores exercícios nos quais se verificou a distribuição de dividendos, e na
respetiva percentagem, propõe-se que o Novo Banco dos Açores proceda à distribuição de dividendos
pelos seus trabalhadores e colaboradores, como justa recompensa e prémio pelo trabalho
desenvolvido.”
Euros
para reserva legal 167.805,19
para outras reservas 1.510.246,69
Resultado líquido 1.678.051,88
Relatório e Contas de 2016 190
Antes de abrir a discussão, o Presidente da Mesa referiu que a aprovação de uma das duas propostas
prejudicará a aprovação da outra, dado não serem conciliáveis entre si, pelo que seria aberta a
discussão sobre ambas e que, quando se entrasse na votação, seria votada a primeira que chegou à
mesa (a subscrita pelo Conselho de Administração) e, apenas se esta fosse rejeitada, seria votada a
apresentada pela accionista Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada. Os accionistas concordaram
com esse procedimento. (…)
Como mas ninguém quis usar da palavra, o Presidente da Mesa pôs à votação a proposta de aplicação
de resultados relativa ao exercício de dois mil e dezasseis, subscrita pelo Conselho de Administração do
Novo Banco dos Açores, S.A. respetivamente, pelo Presidente, Dr. Jaime Gama, pelo Vice-Presidente, Dr.
Gualter Furtado e pelos vogais, Dr. António Rodrigues, Dr. Luís Ribeiro e Dr. Mário Gouveia, tendo a
mesma sido aprovada pelo acionista Novo Banco, com 57,5293% dos votos, com três votos contra,
designadamente das acionistas Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada, Santa Casa da
Misericórdia da Ribeira Grande e Santa Casa da Misericórdia do Nordeste, com 32,0734% dos votos e
com a abstenção da acionista Bensaúde Participações, SGPS, S.A., com 10,0000% dos votos, todos
presentes e representados, nesta Assembleia Geral.
Entrando-se na apreciação do assunto constante do ponto número três da Ordem de Trabalhos que
decorre de uma obrigação de natureza legal, o Presidente da Mesa procedeu à leitura da proposta que
se encontra na mesa subscrita pelo acionista “NOVO BANCO, S.A.” (…)
(…) o Presidente da Mesa pôs à votação a referida proposta, tendo a mesma sido aprovada por
unanimidade de votos dos acionistas, presentes e representados, nesta Assembleia Geral.
Passando-se à apreciação do assunto constante do ponto quatro da ordem de trabalhos, o Presidente
da Mesa leu a proposta que se encontra na mesa (…)
(…) como mais ninguém tivesse querido usar da palavra, foi a referida proposta posta à votação tendo
sido aprovada por unanimidade de votos dos acionistas, presentes e representados, na Assembleia
Geral.
Passando-se à apreciação do assunto constante no ponto cinco da ordem de trabalhos, o Presidente da
Mesa leu a proposta que se encontrava na Mesa, apresentada pelos accionistas Novo Banco e Santa
Casa da Misericórdia de Ponta Delgada:
Proposta de eleição dos membros dos Órgãos
Sociais do Novo Banco dos Açores, S.A.
Mesa da Assembleia Geral
Presidente – Dr.ª Luísa Marta Santos Soares da Silva Amaro de Matos
Vice-Presidente – Sr. Octaviano Geraldo Cabral Mota
Secretária – Dr.ª Maria Carolina Soares Carreiro
Conselho de Administração
Presidente – Dr. Jaime José Matos da Gama
Vice-Presidente – Dr. Gualter José Andrade Furtado
Vogais – Eng.ª Isabel Maria Ferreira Possantes Rodrigues Cascão
Relatório e Contas de 2016 191
- Dr. Luís Miguel Alves Ribeiro
- Dr. Mário Jorge Tapada Gouveia
- Dr. José Francisco Gonçalves Silva
- Dr.ª Zita Maria Medeiros Correia Magalhães de Sousa
- Dr. António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues
- Dr. Gustavo Manuel Frazão de Medeiros
Comissão Executiva
Presidente - Dr. Gualter José Andrade Furtado
Vice-Presidente - Dr. António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues
Vogal - Dr. Gustavo Manuel Frazão de Medeiros
Conselho Fiscal
Presidente - Dr. José Maria Rego Ribeiro da Cunha
Vogais - Dr. António Maurício Couto Tavares Sousa
- Dr. José Manuel dos Santos Gaudêncio
Suplente - Dr. Mário Paulo Bettencourt de Oliveira
Revisor Oficial de Contas
Efetivo - PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Ld.ª,
representada por Dr. Carlos José Figueiredo Rodrigues
Suplente – Dr. Carlos Manuel Sim Sim Maia
(…)
Como mais ninguém tivesse querido usar da palavra, foi a referida proposta posta à votação tendo sido
aprovada por unanimidade de votos dos acionistas, presentes e representados, nesta Assembleia Geral.
Entrando no Ponto seis da Ordem de Trabalhos, o Presidente da Mesa procedeu à leitura da proposta,
(…)
O Presidente da Mesa perguntou aos presentes se tinham conhecimento do conteúdo do documento
relativo à política de Seleção e Avaliação dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização e
dos Titulares de Funções Essenciais do NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A. (…)
(…) a alteração foi posta à votação tendo sido aprovada por unanimidade de votos dos acionistas,
presentes e representados, nesta Assembleia Geral.
Aberto o Ponto sete da Ordem de Trabalhos, o Presidente da Mesa procedeu à leitura da proposta,
submetida pelo acionista Novo Banco (…)
(…) foi a referida proposta posta à votação tendo sido aprovada por unanimidade de votos dos
acionistas, presentes e representados, nesta Assembleia Geral.
(…)
Nada mais havendo a deliberar o Presidente da Mesa deu por encerrada a sessão tendo da mesma sido
lavrada a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente da Mesa e por mim que na qualidade de
Secretária a elaborei.