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Relatório e Contas’18
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RELATÓRIO DE GESTÃO
1. INSTITUCIONAL
1.1. Dados da Entidade Gestora, do Supervisor e do Auditor Externo
1.2. Estrutura Accionista
1.3. Modelo de Governo e Órgãos Sociais
2. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO
2.1. Panorama Económico Internacional
2.2. Panorama Económico Nacional
2.3. O Mercado de Capitais
3. ACTIVIDADE E DESEMPENHO
4. GOVERNAÇÃO E RISCO
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
1. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
2. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
3. INFORMAÇÃO DETALHADA DA CARTEIRA DE OIC GERIDA
4. DISPONIBILIDADES
5. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
6. CRÉDITOS
7. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS E ACTIVOS INTANGÍVEIS
8. OUTRAS OBRIGAÇÕES
9. FUNDOS PRÓPRIOS
10. JUROS E OUTROS RENDIMENTOS
11. RENDIMENTOS DE CÂMBIO
12. JUROS E OUTRAS DESPESAS
13. IMPOSTOS
14. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
15. PARTES RELACIONADAS
EVENTOS SUBSEQUENTES
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
PARECER DO AUDITOR EXTERNO
PARECER DO CONSELHO FISCAL
ÍNDICE
RELATÓRIO DEGESTÃO
01
4 BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018
colaboradores Know-how Financeiro Licenciatura/Mestrado Idade Média Quadros Estrangeiroscolaboradores Know-how Financeiro Licenciatura/Mestrado Idade Média Quadros Estrangeiroscolaboradores Know-how Financeiro Licenciatura/Mestrado Idade Média Quadros Estrangeiroscolaboradores Know-how Financeiro Licenciatura/Mestrado Idade Média Quadros Estrangeiroscolaboradores Know-how Financeiro Licenciatura/Mestrado Idade Média Quadros Estrangeiros
Relatório de Gestão
1. INSTITUCIONAL
1.1.DADOS DA ENTIDADE GESTORA, DO SUPERVISOR E DO AUDITOR EXTERNO
Dados da Entidade Gestora
A BFA Gestão de Activos, S.A. (“BFA GA”), é uma Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Colectivo registada na
Comissão do Mercado de Capitais (“CMC”) desde Dezembro de 2016, sob o número 001/SGOIC/CMC/12-2016.
A BFA GA está sujeita à supervisão da Comissão do Mercado de Capitais (CMC), exclusivamente nos termos do que está disposto
na Lei n.º 12/05 (Lei dos Valores Mobiliários), de 23 de Setembro, pela Lei n.º 13/05 (Lei das Instituições Financeiras), de 30
de Setembro e nos regulamentos próprios desta. Está autorizada a prestar todos os serviços dispostos no Código de Valores
Mobiliários combinados com os regulamentos próprios da CMC, nomeadamente:
• Constituição de Fundos de Investimento;
• Gestão de Fundos de Investimento; e
• Consultoria em Fundos de Investimento.
A BFA GA é uma das maiores gestoras de activos em Angola que, prestando serviços a investidores institucionais e individuais,
detém sob gestão activos avaliados em cerca de AOA 19,00 (Dezanove mil milhões de Kwanzas).
• Fundos registados na CMC:
Possui uma equipa de profissionais especializados em mercados financeiros de uma forma abrangente. As estratégias de
investimento da BFA GA abrangem todo um espectro de classes de activos, determinadas através de um acompanhamento e
estudo minucioso das oportunidades e tendências que o mercado apresenta.
Descrição do OIC Data de Registo Tipo de OIC ModalidadeSociedade Gestora Estado Capital Inicial (AOA)
BFA Oportunidades 04/07/2017 FEIVM Fechado BFA GA Liquidado 10 000 000 000,00
BFA Oportunidades II 20/07/2018 OEIVM Fechado BFA GA Activo 18 000 000 000,00
BFA Protecção 24/08/2018 FEIVM Fechado BFA GA Em comercialização 10 000 000 000,00
BFA Investidores Institucionais A 20/12/2018 FEIVM Fechado BFA GA Em comercialização 6 000 000 000,00
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Em 2019, por formas a reforçar a sua posição no mercado e potenciar o seu crescimento e desenvolvimento, a BFA GA definiu
quais serão os principais eixos estratégicos a apostar, sendo estes a formação e capacitação contínua da equipa, a qualidade
de serviço como promotor do sucesso, a mitigação do risco operacional e o incremento das receitas.
A capacitação da equipa passará pela implementação do um plano de formação estabelecido para 2019, que conta com
diversos cursos disponibilizados pela Academia de Valores Mobiliários da CMC, pela Academia PwC, Angola Business School &
Nova School Of Business & Economics. Adicionalmente, dar continuidade as formações já em curso como o Inglês, CFA – nível
I, e CAIA – nível I.
A promoção da qualidade de serviço conta com dois objectivos principais: (i) a eficiência na gestão dos processos de
reclamação, no âmbito do qual serão criados processos de centralização da gestão e tratamento de reclamações e
implementação de melhorias ao nível do tempo e capacidade de resposta; e (ii) a melhoria da qualidade da informação
prestada.
No controlo do risco operacional, o foco será o processo de melhoria de infra-estruturas, ao nível de comunicações e acessos,
procedimentos internos e cumprimento do fluxograma das actividades, e por fim a sistematização das práticas de auditoria e
de processos de Compliance.
Por fim, com o objectivo de potenciar o aumento de receita, em 2019 a BFA GA pretende criar e lançar novos fundos de
investimento, equacionar novas parcerias estratégicas, nomeadamente com entidades nacionais e internacionais.
1.2. ESTRUTURA ACCIONISTA
A BFA GA terminou o ano de 2017 com o capital social
de AOA 50 000 000,00 (cinquenta milhões de kwanzas),
representado por 50 000,00 (cinquenta mil) acções com o
valor nominal de AOA 1 000,00 (mil kwanzas) cada uma,
sendo elas detidas maioritariamente pelo Banco de Fomento
Angola, S.A.
ORGÃOS SOCIAIS
CONSELHO FISCAL CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ASSEMBLEIA GERAL
AUDITOR EXTERNO COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
Investidores Privados0,01%
BFA99,99%
1.3. MODELO DE GOVERNO E ÓRGÃOS SOCIAIS
O modelo de funcionamento da BFA GA obedece aos requisitos do Regime Jurídico dos OICs e está estabelecido nos seus
estatutos o seguinte modelo organizacional:
6 BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018
Constituição
Competências
O Conselho de Administração (CA) é composto por um mínimo de 3 e um máximo de 11 membros, eleitos em
Assembleia Geral, que designará também o seu Presidente e, se assim o entender, um ou mais Vice-Presiden-
tes. O actual CA do BFA é composto por 5 membros.
Compete ao Conselho de Administração praticar todos os actos necessários ou convenientes para a prossecu-
ção das actividades compreendidas no objecto social e, em geral, praticar todos os actos que não caibam na
competência de outros órgãos da sociedade, destacando-se das suas principais competências:
• Aprovação do plano de negócio, do plano estratégico e do orçamento e qualquer alteração aos mesmos;
São órgãos estatutários os órgãos sociais, designadamente:
i. A Assembleia Geral;
ii. O Conselho de Administração;
iii. A Comissão Executiva do Conselho de Administração
iv. O Conselho Fiscal;
v. A Mesa da Assembleia Geral, o seu Presidente, Vice-Presidente e Secretário; e
vi. O Auditor Externo.
Todos os membros dos órgãos de governação da BFA GA têm competência técnica, experiência profissional e idoneidade moral
para o exercício da função. Estes quadros são vinculados a rigorosos deveres de confidencialidade e sujeitos a um conjunto de
regras tendentes a prevenir a existência de conflitos de interesse ou situações de abuso de informação privilegiada, respeitando
os melhores princípios da boa e prudente gestão.
Constituição
Competências
A Assembleia Geral é o órgão social constituído por todos os Accionistas da BFA GA, cujo funcionamento é
regulado nos termos dos estatutos.
A Assembleia Geral tem competência sobre todas as matérias que não estejam compreendidas nas atribuições
de outros órgãos sociais, designadamente:
• Alteração dos estatutos da sociedade;
• Aumento ou redução de capital, fusão, cisão, transformação ou dissolução da sociedade;
• Emissão de quaisquer valores mobiliários que possam vir a dar lugar à subscrição ou conversão em acções;
• Introdução de limitações ou supressão do direito de preferência dos accionistas em aumentos de capital;
• Cessação ou suspensão de actividades que a sociedade venha exercendo;
• Aprovação e alteração de quaisquer esquemas de prémios, de participação nos resultados, stock-options ou
de pensões que tenha por universo membros dos órgãos sociais, salvo se tais matérias hajam sido delega-
das numa comissão de remunerações;
• Aquisição e alienação de acções ou de obrigações próprias;
• Distribuição de bens a accionistas e adiantamentos por conta de lucros;
• Nomeação e destituição do auditor externo;
• Qualquer matéria de gestão da sociedade que o Conselho de Administração submeta à sua apreciação.
Assembleia Geral
Conselho de Administração
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Competências
Periodicidade
• Decisões de impacto patrimonial significativo (ou seja, com valor superior a 7,5% dos capitais próprios) ou
estratégico que não estejam previstas no plano de negócio ou no orçamento, nomeadamente, despesas e/
ou investimentos que despoletem a necessidade de aumento dos capitais próprios e acordos de parceria,
joint-venture ou similares;
• Qualquer mudança significativa na área geográfica de actuação da sociedade, salvo se prevista no plano
estratégico ou no plano de negócio;
• Aprovação da proposta a submeter à Assembleia Geral em matéria de distribuição de lucros, reservas ou
outros bens aos accionistas, quanto em percentagem diferente à que decorre do previsto nos estatutos;
• Operações com partes relacionadas que excedam USD 2 500 000,00 (dois milhões e quinhentos mil
dólares americanos), salvo se se tratar de operações realizadas em condições de mercado e dentro dos
limites para o efeito fixados pelo Conselho de Administração;
• Emissão de dívida subordinada, salvo se prevista no orçamento;
• Alteração dos regulamentos do Conselho de Administração e da Comissão Executiva e a aprovação e alter-
ação de quaisquer outros em matéria de risco;
• O adiantamento por conta de lucros, salvo se previstos no orçamento ou no plano de negócio;
• A constituição de qualquer subsidiária (ou seja, sociedade cujo capital seja controlado em mais de 50%
pela sociedade), ou a tomada de participação que altere a formação de uma subsidiária, bem como a perda
de controlo de subsidiárias ou a alienação de unidades de negócio, salvo, em qualquer caso, as operações
previstas no plano de negócio;
• O relatório do Conselho de Administração em sede de oferta pública de aquisição, tendo por objecto valores
mobiliários emitidos pela sociedade;
• A destituição ou rescisão do respectivo contrato relativo aos auditores externos, se tal competência couber
ao Conselho de Administração.
As deliberações do Conselho de Administração são registadas em acta, lavrada em livro próprio e assinada por
todos os presentes.
Para regular o seu funcionamento interno, o Conselho de Administração delegou a gestão corrente da BF GA
numa Comissão Executiva, composta por 3 a 7 membros, com os limites que foram fixados na deliberação
que procedeu a essa delegação e no regulamento de funcionamento da Comissão Executiva do Conselho de
Administração.
As reuniões do Conselho de Administração são realizadas no mínimo mensalmente e sempre que convocadas
pelo Presidente do Conselho de Administração
Conselho de Administração
8 BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018
Constituição
Competências
Periodicidade
A composição do Conselho Fiscal rege-se pelo disposto nos estatutos e funciona nos termos e com os
objectivos definidos por Lei ou regulamentação, bem como de acordo com o seu Regulamento.
O Conselho Fiscal é composto por um Presidente, dois vogais efectivos e um suplente, devendo um dos
membros efectivos e o suplente ser contabilista ou perito contabilista. Os seus membros devem ser pessoas
singulares com plena capacidade jurídica (Art. 433º da LSC), dotados das qualificações técnicas e da
experiência profissional que lhes permita cumprir, de forma efectiva as responsabilidades que lhes estão
cometidas.
• Fiscalizar a administração da sociedade;
• Zelar pela observância da lei e do contrato de sociedade;
• Verificar a regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhes servem de suporte;
• Verificar a exactidão do balanço e da demonstração de resultados;
• Verificar se os critérios valorimétricos adoptados pela sociedade conduzem a uma correcta avaliação do
património e dos resultados;
• Elaborar anualmente um relatório sobre a sua acção fiscalizadora e dar parecer sobre o Relatório, Contas e
propostas apresentadas pela Administração;
• Convocar a Assembleia Geral, quando o Presidente da respectiva Mesa o não faça;
• Cumprir as demais atribuições constantes da lei, contrato de sociedade e directrizes da CMC.
O Conselho Fiscal reúne pelo menos uma vez por trimestre.
Constituição
Competências
Periodicidade
A gestão executiva da BFA GA é assegurada por 3, 5 ou 7 administradores, designados pelo próprio Conselho
de Administração, que entre os mesmos, designará o seu Presidente. A actual Comissão Executiva do Conselho
de Administração é composta por 3 membros.
No âmbito do seu regulamento, aprovado pelo Conselho de Administração e subordinado aos planos de acção
e ao orçamento anual, bem como a outras medidas e orientações aprovadas pelo Conselho de Administração, a
Comissão Executiva do Conselho de Administração dispõe de amplos poderes de gestão, necessários ou conve-
nientes para o exercício da actividade bancária, nos termos e com a extensão com que a mesma é configurada
na lei e, nomeadamente, poderes para decidir e representar a Sociedade.
O seu exercício é objecto de permanente acompanhamento pelo Conselho de Administração, pelo Conselho
Fiscal e pelo Auditor Externo.
A Comissão Executiva do Conselho de Administração reúne, por convocação do seu Presidente, habitualmente
uma vez por semana, e, no mínimo, uma vez por mês.
Comissão Executiva do Conselho de Administração
Conselho Fiscal
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Os órgãos sociais da BFA GA nomeados para o triénio 2017-2019 são os seguintes:
MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL
Presidente António Simões Matias
Vice-Presidente Rosário Manuel Alberto Dala
Secretário Elizabeth dos Santos Tristão
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Presidente Jorge Albuquerque Ferreira
Vice-Presidente Vera Tangue Escórcio
Vogais Rui Gonçalves Oliveira António Domingues Catana Pedro Alexandre Amorim
CONSELHO FISCAL
Presidente Carlos Alberto Firme
Vogais Henrique Camões Serra Mariana Assis
COMISSÃO EXECUTIVA
Presidente Rui Gonçalves Oliveira
Vogais António Domingues Catana Pedro Alexandre Amorim
SUPERVISOR
Comissão do Mercado de Capitais
Rua do MAT, Complexo Clássicos de Talatona, Bloco A5, 1º e 2º Luanda, Angola
Contactos: (+244) 992 518 292 | 949 546 473 Fax: (+244) 222 704 609 | [email protected]
AUDITOR EXTERNO
PriceWaterhouseCooper (Angola), Limitada
Edifício Presidente, Largo 17 de Setembro n.º 3, 1º andar
Sala 137, Luanda –Tel: 227 286 109
2. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO E DE MERCADO
2.1. PANORAMA ECONÓMICO INTERNACIONAL
Economia internacional
De acordo com a estimativa do FMI, a economia mundial
desacelerou ligeiramente em 2018, crescendo 3,7% -
menos 0,1% que no ano anterior. A expansão global foi
mais enfraquecida reflectindo uma dinâmica mais fraca
em algumas economias, principalmente nas economias
mais avançadas, em que se verificou um avanço do PIB
de 2,3% - 0,1 pontos percentuais (p.p.) a menos que em
2017. A desaceleração nas economias mais desenvolvidas
foi generalizada, sendo mais pronunciada na Alemanha e
no Japão (-1 p.p.), seguidos do Canadá (-0,9 p.p.), França
(-0,8 p.p.) e EUA (-0,7 p.p). Do lado das economias
emergentes, com excepção do Médio Oriente, Norte de
África, Afeganistão e Paquistão, que viram o crescimento
acelerar ligeiramente de 2,2% para 2,4%, e a Comunidade
de Estados Independentes que acelerou igualmente de 2,1%
para 2,4%, houve igualmente uma desaceleração nas várias
Auditor Externo
Constituição
Competências
Periodicidade
A auditoria externa é assegurada pela PriceWaterhouseCooper (Angola), Limitada.
A BFA GA defende que os seus auditores são independentes na acepção dos requisitos regulamentares e
profissionais aplicáveis e que a sua objectividade não se encontra comprometida. Nesse sentido, a BFA GA tem
incorporado nas suas práticas e políticas de governo diversos mecanismos que acautelam a independência dos
auditores.
• Auditar as Demonstrações Financeiras da BFA GA com referência a 31 de Dezembro.
O Auditor Externo efectua anualmente revisões de procedimentos a Direcções e/ou processos seleccionados
para o efeito.
10 BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018
regiões emergentes, principalmente devido ao crescimento
mais lento no PIB da Europa de Leste (3,8% em 2018,
menos 2,2 p.p. que em 2017), provocado essencialmente
pela contracção económica na Turquia. A África Subsariana
manteve o crescimento de 2,9%, influenciada pela
prestação um relativamente melhor de uma das maiores
economias da região, a Nigéria, cujo crescimento subiu de
0,8% em 2017 para 1,9% em 2018. Em sentido contrário,
a África do Sul continuou a ter um desempenho bastante
fraco, desacelerando inclusivamente, de 1,3% em 2017
para 0,8% em 2018.
Em relação a 2019, as previsões da economia global do
FMI são de uma continuada, embora ligeira, desaceleração,
para 3,5%. Este desempenho mais enfraquecido resultará
fundamentalmente de uma menor dinâmica económica
nas economias mais avançadas, cujo PIB crescerá apenas
1,7%, segundo a estimativa do Fundo. Por outro lado, as
economias emergentes deverão desacelerar ligeiramente
para 4,5%, apenas 0,1 p.p. a menos que em 2018; a
desaceleração será provocada maioritariamente pelo
desempenho da Europa emergente e em desenvolvimento,
que crescerá apenas 0,7% – menos 3,1 p.p. que em 2018.
Em contrapartida, na África Subsariana, está prevista uma
aceleração do crescimento, para 3,5%, com uma ligeira
recuperação do desempenho sul-africano (crescimento de
1,4%) a permitir um maior avanço destas economias.
Estas expectativas estão condicionadas em parte
pelo comportamento dos mercados financeiros face à
escalada das tensões comerciais em 2018. Em particular,
elencam-se como riscos: os efeitos negativos dos aumentos
de tarifas decretados nos Estados Unidos e na China, a
introdução de novos padrões de emissão de combustível
na Alemanha e as preocupações sobre o peso dos riscos
soberanos e financeiros na economia italiana, que podem
vir a enfraquecer o sentimento do mercado sobre o país.
Por outro lado, uma série de factores começam a surgir,
desencadeando tensões que poderão ter consequências
negativas nas expectativas dos agentes económicos, como
a provável retirada “sem acordo” do Reino Unido da União
Europeia e uma possível desaceleração maior do que a
prevista na China.
Mercados Financeiros
Em 2018, os mercados financeiros foram marcados, em
geral, por uma tendência de aperto da política monetária
norte-americana, em conjunto com um aumento da
volatilidade nas bolsas, e alguma negatividade causada
pelos desenvolvimentos na guerra comercial entre os
Estados Unidos e a China, que levou à aplicação mútua de
tarifas no comércio de bens.
Na economia americana, observaram-se 4 aumentos da
taxa dos Fed funds, o último dos quais em Dezembro, que
elevaram a mesma para o intervalo entre 2,25% e 2,50%.
Em conjunto com os 3 aumentos de 2017, pode-se assim
considerar que a política monetária norte-americana deixou
assim de ter um carácter marcadamente acomodatício,
ainda que também não se possa considerar neutral, dados
os níveis mínimos históricos em que se encontra a taxa
de desemprego. Por outro lado, 2018 foi o ano em que
começou a ser reduzido o balanço da Reserva Federal: de
cerca de USD 4,44 biliões no final de 2017 para USD 4,06
biliões no final de 2018, ou seja, uma redução de quase
USD 400 mil milhões, levada a cabo através do vencimento
dos activos actualmente detidos pelo banco central. As
taxas de juro acompanharam a política monetária, com a
Libor a 3 meses do USD a subir, de 1,69% no final de 2017
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Fonte: FMI
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Crescimento económico mundial
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para 2,80% no final de 2018, o que configura máximos de
10 anos. Para 2019, espera-se uma continuação do ciclo de
aumento de taxas, embora provavelmente a um ritmo não
tão elevado como em 2018.
Na Zona Euro, o cenário continuou a ser o de uma política
altamente acomodatícia. Durante 2018, continuou a
compra de activos adicionais por parte do BCE, que elevou
o montante detido para acima de EUR 4,65 biliões no final
do ano passado, de cerca de EUR 4,45 biliões no início de
2018; a compra de activos terminou em Dezembro, sendo
aplicada uma política de reinvestimentos que manterá em
máximos o nível de activos detidos pelo Eurossistema. A
nível das taxas relevantes para a política monetária, não
houve qualquer alteração, com a refirate a 0%, a taxa da
facilidade permanente de cedência de liquidez em 0,25%
e a de depósitos em -0,40%. Assim, a Euribor a 3 meses
manteve-se igualmente estável, subindo apenas de -0,33%
para -0,31% durante o curso do ano. Prevê-se que não haja
alteração de taxas durante o primeiro semestre de 2019,
pelo menos.
No que toca ao mercado de dívida pública, destaque para
a subida da yield da dívida pública norte-americana até
Setembro/Outubro, tendo nessa altura registado máximos
de 3,23% (o nível mais alto desde 2011) no prazo de 10
anos. Posteriormente, a evolução negativa dos mercados e
das perspectivas económicas levou a uma correcção, tendo
a mesma yield terminado o ano a 2,69%, ainda assim acima
dos 2,41% verificados no início de 2018. Quanto ao Bund
alemão, este viu a yield descer em 2018, terminando o ano
a 0,24%, abaixo dos 0,43% do final de 2017.
Em 2018, o Dólar recuperou parte da quebra testemunhada
em 2017 face ao Euro, com o EUR/USD a terminar o ano
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Taxa de câmbio EUR/USD
Fonte: Bloomberg
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0,9
0,6
0,3
0
Percentagem
Yield da dívida soberana a 10 anos
Fonte: BloombergEstados UnidosAlemanha
abaixo dos 1,15, tendo mesmo chegado a registar valores
à volta dos 1,12 em Novembro, o que compara com os
1,20 em que o par tinha terminado o ano de 2017. A nível
agregado, o índice do Dólar registou também uma subida
durante o ano, havendo um movimento de valorização
sustentada face às moedas dos países emergentes. Esta
valorização do Dólar deveu-se principalmente ao efeito da
política monetária norte-americana.
12 BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018
2.2. PANORAMA ECONÓMICO NACIONAL
ECONOMIA ANGOLANA
Actividade económica
Em 2018, nos primeiros 9 meses do ano, o PIB registou
uma quebra de 2,7%, principalmente devido à quebra de
8,7% yoy na actividade no sector dos hidrocarbonetos.
Para a totalidade do ano, as projecções do FMI apontam
para uma quebra de 1,7% do PIB, sobretudo devido ao
desempenho do sector petrolífero e do gás, que deverá ter
decrescido em 8,2%. Em contrapartida, a mesma projecção
espera uma estagnação do sector não-petrolífero. 2018 terá
assim sido o terceiro ano de recessão económica, após as
quebras de 2,6% em 2016 e de 0,2% em 2017. No caso
da indústria petrolífera, a quebra económica deve-se a um
menor volume de produção: a partir dos dados do OGE,
estima-se uma produção de 1,52 milhões de barris diários
(mbd) de crude, bem abaixo dos 1,64 mbd produzidos em
2017; esta diminuição no volume produzido deve-se ao
comportamento das explorações petrolíferas mais maduras,
em acentuado declínio, acompanhado pela falta de novos
projectos, com a excepção de Kaombo. Por outro lado,
apesar do aumento do preço do barril face a 2017, este
factor não se terá reflectido num crescimento da economia
não-petrolífera, sobretudo devido à estratégia do Estado
angolano em aproveitar as receitas extraordinárias para
amortizar dívida pública doméstica, levando assim a cabo a
uma consolidação orçamental mais pronunciada do que se
esperava.
Em 2019, deverá ocorrer uma recuperação da actividade
económica, com o FMI a esperar um crescimento de 2,5%,
suportado por uma subida de 3,1% no sector petrolífero
e de 2,2% na restante economia. O sector petrolífero
deverá testemunhar um aumento do volume da produção,
se concretizado o potencial das actuais explorações e
dos novos investimentos, em Kaombo (Sul e Norte) e
em Vandumbu, no Bloco 15.06, facto que dependerá da
duração e do cumprimento por parte de Angola, do acordo
de redução de produção por parte de OPEP e outros países.
Por outro lado, a evolução da economia não-petrolífera
estará dependente da evolução do preço do petróleo. A
melhoria das condições do ambiente económico deverá
também levar a um reinício do investimento, embora ainda a
um passo gradual.
Sector externo
No sector externo, segundo as projecções do FMI, 2018
foi caracterizado por uma ligeira melhoria na situação de
desequilíbrio em Angola, com o país a mover-se firmemente
para uma posição externa em linha com os fundamentos
e políticas desejáveis. Olhando para o saldo da balança
corrente, espera-se que esta apresente um superávite de
quase 2% do PIB em 2018, reflectindo o aumento do valor
exportações de petróleo, devido aos preços favoráveis do
petróleo no decorrer do ano, tal como um crescimento
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Variação homóloga em %
Crescimento económico
Fonte: FMI
Preço médio (ELD)Exportação (ELE)
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Milhões de barris diários; USD
Exportações petrolíferas e preço mensal dopetróleo mensais
Fonte: Min. Finanças
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Percentagem do PIB
Saldo da Balança Corrente
Fonte: FMI Câmbio USD/AOA (ELD)Reservas Internacionais Líquidas (ELE)
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Mil milhões USD; USD/AOA
Reservas Internacionais e Câmbio
Fonte: Min. BNA
diminuto das importações. Este aumento terá resultado
da maior disponibilização de divisas, que terá permitido a
redução gradual da procura acumulada de importações,
sendo limitado pela fraca actividade económica.
No que toca ao comportamento das reservas em 2018, estas
observaram uma descida, de USD 2,96 mil milhões face a
Dezembro de 2017, tendo-se fixado em 10,63 mil milhões
(-21,77%). Em 2017, a quebra tinha sido de USD 7,2 mil
milhões. O crescimento das receitas petrolíferas permitiu
abrandar o desgaste das RIL, permitindo também um
crescimento ligeiro da alocação de divisas. Além disso,
o Fundo projecta que a posição de investimento internacional
se deteriore ainda mais em 2018, para um valor à volta de
-20% do PIB: este declínio reflectirá o aumento do passivo
externo do sector público, principalmente devido à emissão
de Eurobonds, e ao aumento nos passivos de investimento
directo estrangeiro líquido em relação ao PIB.
Após a mudança no mecanismo de determinação da taxa
de câmbio, que deixou assim de estar fixa, a economia do
país tem vindo gradualmente a transitar para uma posição
de equilíbrio externo, consistente com os fundamentos de
médio prazo e as políticas desejadas. Assim, a depreciação
ocorrida foi de mais de 48,9% face ao USD e 36,3% face
ao EUR – câmbio em cerca de USD/AOA 309 e EUR/AOA
353. A correcção foi acompanhada pelo estreitamento
acentuado do spread entre as taxas de câmbio paralela e
oficial durante este ano, de um spread de 168% em Janeiro
para um de 33% em Dezembro.
Em suma, o ano de 2018 permitiu uma diminuição gradual
dos desequilíbrios externos, embora seja expectável, na
perspectiva do FMI, que alguns desequilíbrios piorem de
novo em 2019, nomeadamente o saldo da balança corrente.
Contas públicas, inflação e taxas de juro
Em 2018, o Estado terá levado a cabo uma consolidação
orçamental mais pronunciada do que o esperado,
aproveitando maiores receitas petrolíferas face à previsão
orçamental; segundo o FMI, registou-se um superávite
de 0,4% do PIB, o que compara com um défice esperado
acima de 3%; em 2017, as contas tinham apresentado um
défice de 6,3% do PIB. Em 2019, deverá observar-se um
novo superávite, com o FMI a estimar que este se fixe em
1,3% do PIB. No que toca à dívida, esta sofreu um ajuste
significativo, devido ao efeito cambial, passando de 68,5%
do PIB para 91,0% no final de 2018, o que inclui já a dívida
da Sonangol. Em 2019, o FMI espera que a dívida termine o
ano em cerca de 79,1% do PIB.
A inflação teve em 2017 o percurso inverso ao observado
em 2016, registando ao mesmo tempo uma média bastante
semelhante. O valor médio da inflação fixou-se em 31,7%
no ano passado, ligeiramente abaixo dos 32,4% registados
em 2016, mas, ao contrário do que aconteceu em 2016,
a inflação homóloga assumiu um caminho descendente ao
14 BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018
de Dezembro. A taxa de cedência e a taxa de redesconto
mantiveram-se em 20% durante todo o ano, enquanto a taxa
de absorção a 7 dias testemunhou sucessivas descidas, de
7,25% para 5,25% em Junho, para 3,25% em Julho, para
2,75% em Agosto e para 0% no final do ano, de modo a
incentivar os empréstimos no mercado interbancário.
2.3. O MERCADO DE CAPITAIS
Participantes do Mercado
Durante o ano de 2018, verificou-se uma variação positiva de 21% no que diz respeito ao número de agentes participantes do
Mercado de Capitais, passando de 58 (Dez.17) para 70 até Dez.18, e divididos da seguinte maneira:
HomólogaMensal
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Percentagem
Inflação Nacional
Fonte: INE
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7
Percentagem
Taxa de Juro de Referência do BNA
Fonte: Min. BNA
SociedadesGestoras de
Organismos deInvestimento
Colectivo(SGDIC)
51 1 1 1
3 36
14
10
17 18
6 7
21
14
Organismos deInvestimento
Colectivo (OIC)
SociedadesGestoras deMercados
Regulamentados(SGMR)
SociedadesCorrectoras de
ValoresMobiliários
(SCVM)
PeritosAvaliadores de
Imóveis deOrganismos deInvestimento
Colectivo(PAIOIC)
EntidadesCertficadora de
PeritosAvaliadores de
Imóveis
Agentes deIntermediação
(AI)
AuditoresExternos
2018 2017
longo do ano, desde o máximo anual de 40,4% em Janeiro
até um mínimo de 26,3% no último mês de 2017.
A política monetária manteve-se restritiva em 2017, à
semelhança de 2016, com o objectivo de fazer recuar a
inflação. A taxa de referência do BNA manteve-se em 16%
durante quase todo o ano, aumentando para 18% a meio
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Organismos de Investimento Colectivo
O ano de 2018, terminou com um total de 14 organismos de investimento colectivo, dos quais 7 correspondem aos OICs em
valores mobiliários e os outros 7 correspondem aos OICs em valores imobiliários e 2 destes foram constituídos sob a forma de
sociedades de investimento.
Mercados BODIVA
Em 2018 foram negociados na BODIVA, transacções avaliadas em 795,00 mil milhões de Kwanzas, o que representa uma
variação positiva de 270,00 mil milhões quando comparado ao ano de 2017 (525,00 mil milhões de Kwanzas). O Banco
de Fomento Angola terminou como sendo o maior negociador na BODIVA com um total de 726,00 mil milhões de Kwanzas
transaccionado e 2 798,00 foi o total de negócios feitos.
Fundos de InvestimentoImobiliário
Fundos de InvestimentoMobiliário
Sociedade de InvestimentoImobiliário CF3
Valores em Mil Milhões de AOA
Valor sobre gestão por tipo de organismos de investimento colectivo Novembro
Fundos de Investimento Imobiliário 17,58
Fundos de Investimento Mobiliário 26,79
Sociedade de Investimento Imobiliário CF³ 17,83
Fonte: CMC | ³ CF - Capital Fixo
Valor sobre gestão por tipo de activos dos organismos de investimento colectivo Novembro
Activos Imobiliário 61,21
Disponibilidades 4,75
Dívida Pública 21,53
Fonte: CMC
Mercado Primário
Volume de Transacções por Tipo de Activo Dezembro
Obrigações Privadas 0,70
Total 0,70
Mercado Secundário
Volume de Transacções por Tipo de Activo Dezembro
Bilhetes do Tesouro 1,14
Obrigações do Tesouro
OT-TX 62,51
OT-NR 6,71
Sub-total 70,36
Total 71,06
Fonte: CMC, BODIVA
16 BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018
Volume de Transacções por Maturidade do Activo
Maturidades Dezembro
Bilhetes do Tesouro
91 dias 0,18
182 dias 0,56
364 dias 0,40
Sub-total 1,14
Obrigações do Tesouro
2 anos 5,70
3 anos 51,31
4 anos 4,49
5 anos 6,37
6 anos 0,33
7 anos 1,01
Sub-total 69,65
Total 70,36
Fonte: BODIVA
7 anos
6 anos
5 anos
4 anos
3 anos
2 anos
364 dias
182 dias
91 dias
Dezembro Novembro
Volume de Transacções por Intermediário
Intermediários² Dezembro
BAI 18,96
BIC 3,72
BE 0,62
BFA 21,79
BMA 5,99
KEVE 0,13
BCGA 1,78
SOL 0,15
SBA 17,49Fonte: CMC, BODIVA | ² Apenas reportados os intermediários que realizam negociações nos meses em análise
SBA
SOL
BOGA
KEVE
BMA
BFA
BE
BIC
BAI
Dezembro Novembro
Volume de Transações por segmento de Mercado
Segmentos Clientes Novembro Dezembro
Mercado BilateralBancos 0,71
Outros Clientes* 15,65 0,71
Sub-total 16,36 0,71
Mercado MultilateralBancos 19,38 17,38
Outros Clientes* 41,67 52,27
Sub-total 61,05 69,65
Total 77,41 70,36
Fonte: BODIVA | *Inclui particulares e instituições financeiras não bancárias
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3. ACTIVIDADE E DESEMPEMHO
O ano de 2018, não foi um ano muito diferente ao de 2017,
marcado por sucessivos desafios nos diversos sectores da
economia tendo como consequência algumas melhorias no
que diz respeito à conquista da confiança dos investidores
nacionais e internacionais e por outro as diversas oscilações,
algumas para positivo e outras para negativo sobre os vários
indicadores económico-financeiros do país. Verificou-se
também durante o ano, períodos em que o preço do petróleo
atingia o máximo dos 70,00 USD por barril e noutros
a baixar até os 48,00 USD, facto este que acabará por
desencadear uma revisão do OGE para 2019.
Não obstante a estes desafios, de modo geral, pode dizer-se
que o desempenho da actividade da BFA GA, foi tida como
sendo bastante positiva, principalmente pelo facto de
durante o ano de 2018 ter liquidado com sucesso o seu
primeiro Fundo que foi denominado BFA Oportunidades,
tendo superado as expectativas de rendibilidade previstas
a quando do seu lançamento, tendo mesmo alcançado a
melhor rendibilidade líquida do Mercado de 18,06%.
O sucesso desta primeira operação, abriu lugar para o
BFA Oportunidades II, que fechou, em Agosto a fase de
comercialização com subscrições de 18,00 mil milhões Kz,
44% acima do inicialmente previsto e subscrito por mais de
1.800 investidores. O fundo fechado, a um ano, foi lançado,
num prazo record de cerca de um mês com uma carteira
composta maioritariamente por títulos do Tesouro, tendo
ainda uma componente de depósitos a prazo.
Outro feito, foi o facto de ter sido o segundo ano de
actividade da BFA GA e ter conseguido o primeiro resultado
líquido positivo, considerando que a mesma encontra-se
constituída apenas desde Dezembro de 2016, o que
demonstra a forte aposta na inovação do grupo ao qual a
BFA GA está inserida.
A BFA GA terminou o ano de 2018 com uma quota no
mercado sobre os organismos de investimento colectivo
em valores mobiliários de 71%, ficando deste modo na
1ª posição no ranking das sociedades gestoras que actuam
no mercado.
A BFA GA terminou o ano de 2018 com um total de 19.055
M.Kz em Activos sobre a gestão, +8.260 M.Kz quando
comparada à Dez.17 (10.795,00 M.Kz), o que representa
em termos relativos, um crescimento de 76,52%.
Dez 17 Dez 18 Mai 18 Dez18 P
Quota de Mercado
+ 8.260Milhões de Kz
O aumento dos activos sobre gestãodeve-se pelo facto de termos constituido
em Ago. 18 o Fundo BFA Oport. II com um valor total de 18 Bis. Valor Mercado: 26,99 Bis de Kz
Aumento dos Activos sobre Gestão e a Quota de Mercado
10.795
19.055
+ 76,52% + 8,32%
62,28%
70,60%
Quota de Mercado sobre os OICs em Valores MobiliáriosNt: Activos sob Gestão = Carteira Bruta
Fonte: Monitor do MVM (CMC), GA
18 BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018
da administração, a salvaguarda dos activos, a prevenção
e detecção de fraudes e erros, a precisão e plenitude
dos registos contabilísticos e a atempada preparação de
informação financeira fidedigna.
Em virtude da BFA GA se encontrar em início de actividade,
e havendo necessidade de cumprir não só com os requisitos
legais e regulatórios, mas também com as best practices,
o Banco de Fomento Angola, S.A. (“BFA”), no âmbito da
relação de grupo e da posição de controlo sobre a BFA GA,
além do know-how relativo às matérias de controlo interno e
gestão de risco, partilha parte do seu Sistema de Controlo
Interno e Gestão de Risco.
O actual Sistema de Controlo Interno da BFA GA é
constituído por 4 componentes, com objectivos e
instrumentos específicos, que suportam o adequado e
integrado Sistema de Controlo Interno da BFA GA:
1. Ambiente de Controlo: diz respeito às atitudes dos
órgãos da administração e colaboradores da BFA GA,
considerando os níveis de conhecimento e experiência a
adequados às funções, bem como os elevados princípios
éticos e de integridade com que actuam.
2. Sistema de Gestão de Risco: visa estabelecer um
conjunto de políticas e processos integrados que
assegurem a correcta identificação, avaliação,
Ao longo do ano a BFA GA manteve a sua estratégia de investimento “criar e acrescentar valor”, tendo verificado no seu
Balanço, um saldo final em carteira, o total de 269,06 M.Kz em carteira, +141,16 M.Kz face a Dez.17 (127,90 M.Kz). A
Carteira encontrava-se composta da seguinte maneira: 78,98% em Obrigações de Tesouro, 20,18%, em Depósitos a Prazo do
BFA e 0,84% em Depósito à Órdem.
Estes sucessos foram resultado da dinâmica da equipa
jovem que a BFA GA dispõe, pelo compromisso,
transparência, democracia, resiliência; antecipação das
necessidades dos nossos parceiros de negócio e oferta de
produtos diferenciados; e, por outro lado, pelo facto da BFA
GA estar inserida no Grupo BFA, caracterizado pela sua
solidez e com reconhecimento nacional e internacional.
Consideramos que o ano de 2019 será muito diferente
em alguns aspectos e noutros não face ao ano de 2018,
principalmente, do ponto de vista dos desafios que nos
coloca o contexto macroeconómico. Porém, manter-nos-
emos focados nos objectivos traçados e agarrados ao
compromisso que temos com o mercado, continuando a
oferecer produtos e serviços de qualidade e diferenciados,
apoiar o regulador na expansão dos conhecimentos
financeiros ao mercado e noutros desafios que surgirem.
4. SISTEMA DE CONTROLO INTERNO E GESTÃO DE RISCO
O Sistema de Controlo Interno da BFA GA consiste no
plano de organização de todos os métodos e procedimentos
adoptados pela Administração para a consecução do
objectivo de gestão de assegurar, tanto quanto for
praticável, a metódica e eficiente conduta das suas
actividades. Inclui-se como objectivos, a adesão às políticas
Dez 17 Dez 18
+ 141,16Milhões de Kz
127,90
77,86
44,88 54,31
212,50
6,16
2,25269,06
+ 110,37%
-75,61 -97,11
-49,15 -953,27
-167,62 -373,49
∆ ∆%
Obrigações do Tesouro Depósito a PrazoDepósito à ordem
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monitorização, controlo e reporte dos riscos. Deve
considerar todos os riscos relevantes e garantir a sua
gestão eficaz, consistente e tempestiva.
3. Informação e Comunicação: Os sistemas de informação
e comunicação da BFA GA devem assegurar informação
completa, fiável, consistente, compreensível e alinhada
aos objectivos e medidas definidos, bem como
procedimentos de recolha, tratamento e divulgação da
mesma, em conformidade com as melhores práticas.
4. Monitorização: a monitorização do sistema de controlo
interno diz respeito à contínua e eficaz detecção
tempestiva das deficiências ao nível da estratégia,
políticas, processos e todas as categorias de risco, bem
como princípios éticos e profissionais.
4.1.POLÍTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS
A política de distribuição de resultados está estabelecida
nos Estatutos, que define a seguinte prioridade de utilização
dos lucros:
• Cobertura de prejuízos transitados de exercícios
anteriores;
• Formação ou reconstituição de reserva legal;
• Formação ou reconstituição de reservas especiais
impostas por lei;
• Pagamento do dividendo prioritário que for devido às
acções privilegiadas, nomeadamente preferenciais sem
voto, que a BFA GA porventura haja emitido;
• 40% da parte restante para distribuição a todos os
accionistas, salvo se a Assembleia Geral deliberar
por uma maioria correspondente a dois terços do
capital social, a sua afectação, no todo ou em parte, à
constituição e/ou reforço de quaisquer reservas, ou à
realização de quaisquer outras aplicações específicas de
interesse da Sociedade;
• A parte remanescente, a aplicação que for deliberada
pela Assembleia Geral por maioria simples.
Actualmente, a distribuição de resultados é alocada para
formação da reserva legal.
4.2.PRINCÍPIOS ÉTICOS E CONFLITOS DE INTERESSE
A conduta ética de todos os colaboradores da BFA GA é
um dos factores críticos para o desenvolvimento e sucesso
de uma organização, uma vez que comporta benefícios,
não só ao nível reputacional, mas também no que respeita
à eficiência operacional, gestão prudencial dos riscos e
satisfação dos próprios colaboradores.
Neste sentido, o Código de Conduta, o Regulamento do
Conselho de Administração e o Regulamento da Comissão
Executiva contemplam os mais altos padrões de actuação,
em conformidade com princípios éticos e deontológicos,
e definem regras, princípios e procedimentos no sentido
de permitir a identificação, monitorização e mitigação de
conflitos de interesse.
A BFA GA promove a transparência nas relações, envolvendo
órgãos sociais e colaboradores, inibindo a participação em
actividades ilegais bem como a tomada excessiva de risco, o
que contribui para a transparência das relações contratuais
entre o Banco e as suas contrapartes. A BFA GA, estipula,
ainda, que, quer os membros dos órgãos sociais quer os
colaboradores, não podem receber ofertas de valor não
simbólico que comprometam o exercício das suas funções
com total independência.
A actividade profissional dos membros dos órgãos sociais
e dos colaboradores pertencentes à BFA GA rege-se pelos
princípios éticos definidos no Código de Conduta da BFA
GA, aprovado no Conselho de Administração, cujas linhas
principais se resumem:
1. Assegurar que para além de cumprir as regras e deveres
que decorrem das disposições legais e regulamentares
aplicáveis, a actividade da BFA GA, dos membros dos
órgãos sociais e dos colaboradores será prosseguida de
acordo com o rigoroso cumprimento dos princípios éticos
e deontológicos e com exemplar comportamento cívico;
2. Garantir diligência e competência profissionais,
designadamente no desempenho das funções
profissionais, em observância aos ditames da boa-fé e
actuar de acordo com elevados padrões de diligência,
lealdade e transparência. Garantir aos Clientes e
20 BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018
Entendendo a importância da definição de um claro e
objectivo manual de referência de comportamentos que
constitua uma ferramenta de orientação ética na tomada de
decisões em contexto empresarial, a BFA GA disponibiliza o
Código de Conduta da instituição a todos os colaboradores.
4.3.SISTEMA DE GESTÃO DE RISCO
O Sistema de Gestão do Risco permite obter uma visão
e gestão integradas dos riscos a que as instituições se
encontram expostas, de forma a mitigar as potenciais perdas
associadas à ocorrência de eventos de risco. Na BFA GA,
o Sistema de Gestão do Risco compreende como funções
essenciais:
• Definição da Estratégia
• Identificação e avaliação da exposição aos riscos
• Monitorização e controlo
• Reporte e avaliação de desempenho
A gestão de riscos na BFA GA assenta, assim, na constante
identificação e análise da exposição aos diferentes tipos de
risco, bem como na execução de estratégias de optimização
de resultados face aos mesmos. Destaca-se, ainda, o
integral respeito pelas restrições e limites pré-estabelecidos
e devidamente supervisionados.
Ainda neste âmbito, a BFA GA tem em desenvolvimento
um extenso plano de criação e melhoria de procedimentos,
processos e normativos internos, no sentido de identificar e
corrigir eventuais falhas e melhorar a respectiva abrangência
e objectividade.
A monitorização do sistema de controlo interno, é
essencialmente conduzida pela Direcção de Auditoria
e Inspecção (“DAI”) do BFA, que procura avaliar a
efectividade, eficácia e a adequação do sistema, através
da monitorização do cumprimento dos processos e
procedimentos estipulados.
às autoridades competentes, o dever de segredo
profissional e uma resposta rigorosa, oportuna e
completa às solicitações apresentadas;
3. Gerir o Conflito de Interesses: (i) nas situações em que
haja conflito entre os interesses de dois ou mais clientes
deverão ser resolvidas com ponderação e equidade, de
modo a assegurar um tratamento imparcial às partes
envolvidas; (ii) os conflitos entre interesses de clientes,
por um lado, e os da BFA GA ou dos seus colaboradores
e membros dos órgãos sociais, por outro, suscitados
no âmbito da actividade corrente, devem ser resolvidos
através da satisfação dos interesses dos clientes, salvo
nos casos em que exista alguma razão de natureza legal
ou contratual para proceder de forma diferente;
4. Proibir benefícios ilegítimos e abuso de posição: não
é permitido aos membros dos órgãos sociais ou aos
colaboradores solicitar, aceitar ou receber, para si ou
para terceiro, qualquer vantagem, patrimonial ou não
patrimonial, ou a sua promessa, relacionada ou que
represente a contrapartida de qualquer acto ou omissão
praticado no desempenho das suas funções ao serviço
do Banco (quer esse acto constitua ou não violação dos
seus deveres funcionais);
5. Relações com as Autoridades: nas relações com as
autoridades de supervisão – CMC -, bem como com
a Administração Fiscal e as autoridades judiciais, os
membros dos órgãos sociais e os colaboradores devem
proceder com diligência, solicitando aos respectivos
superiores hierárquicos o esclarecimento das dúvidas
que, eventualmente lhes surjam;
6. Nos contactos com os clientes e com o mercado, os
órgãos sociais e colaboradores da BFA GA devem pautar
a sua conduta pela máxima discrição e devem guardar
sigilo profissional acerca dos serviços prestados aos seus
clientes e sobre os factos ou informações relacionadas
com os mesmos ou com terceiros, cujo conhecimento
lhes advenha do desenvolvimento das respectivas
actividades.
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A DAI é responsável por garantir análises periódicas
às actividades da BFA GA, por forma a salvaguardar a
integridade e segurança de activos da BFA GA, bem como
o cumprimento da regulamentação e normativo interno
aplicáveis e o controlo dos riscos. Adicionalmente, a DAI
é responsável por verificar a adequação dos diversos
processos de controlo face aos novos riscos identificados e a
sua adequação à legislação vigente relativa a cada processo.
O modelo de gestão de risco Compliance da BFA GA,
conduzido pela Direcção de Compliance do BFA, é
essencialmente composto por quatro fases:
Identificação
Identifica os riscos actuais e potenciais a que a BFA GA
está sujeita, através do recurso a informação actualizada,
tempestiva e fiável das diversas áreas. Esta fase tem como
principais actividades:
• Reunir informação fiável e tempestiva das diversas
áreas;
• Definir a estratégia para identificação de riscos;
• Identificar riscos existentes ou novos;
• Definir e rever indicadores e limites de risco; e
• Incorporar recomendações dos relatórios de risco.
Avaliação
Avalia toda a informação recolhida das diversas áreas, para
posterior submissão a mecanismos de avaliação qualitativos
ou quantitativos consistentes e auditáveis. Esta fase tem
como principais actividades:
• Reunir dados fiáveis e tempestivos das diversas áreas;
• Definir pressupostos e modelos de mensuração do risco;
• Desenvolver modelos de mensuração do risco;
• Calcular e analisar o impacto dos riscos identificados;
• Validar e garantir a actualização e adequabilidade dos
modelos de mensuração de risco; e
• Sujeitar os modelos de mensuração a auditorias
periódicas e implementar as respectivas recomendações
de melhoria, caso existam.
Monitorização e Controlo
A gestão do risco é sujeita a um processo de monitorização
contínuo. Para isso são definidos limites e mecanismos de
controlo. Esta fase tem como principais actividades:
• Monitorizar indicadores de risco;
• Monitorizar os limites definidos no plano de contingência
de risco;
• Garantir a actualização e adequabilidade dos indicadores
e limites aos diferentes ciclos económicos;
• Desenvolver mecanismos de controlo e alertas de risco;
• Efectuar stress testing com base na definição de
cenários de risco; e
• Monitorizar a adequação do Sistema de Gestão de
Riscos.
Identificação
Reporte
Avaliação
Monitorização e Controlo
22 BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018
Reporte
O reporte dos resultados e mecanismos utilizados, deve ser
comunicado sempre que exista necessidade ou mediante
uma periodicidade definida estabelecida pelas entidades
reguladoras ou internamente. Esta fase tem como principais
actividades:
• Elaborar relatórios com base na informação
disponibilizada;
• Elaborar recomendações para mitigação do risco;
• Submeter os relatórios para análise do Conselho de
Administração e da Comissão Executiva do Conselho de
Administração;
• Elaborar plano de acção e responsabilidades para
mitigação do risco;
• Promover a divulgação dos relatórios de forma
estruturada às áreas da BFA GA; e
• Monitorizar a implementação das actividades definidas
no plano de acção.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
1. Balanço
(Valores em Akz)
ACTIVO Notas Valor Bruto
Provisões Imparidades AmortizaçõesDepreciações
Valor Líquido(31-12-2018) (31-12-2017)
Disponibilidades 4 56 559 750 - 56 559 750 83 018 349
Títulos e valores mobiliários 5 212 495 390 - 212 495 390 44 878 634
Créditos 6 29 408 927 - 29 408 927 40 004 182
Negociação e Intermediação de Valores - - - 660 660
Activos imobiliários 7 37 196 284 (22 260 073) 14 936 211 26 388 235
Activos Fixos Tangíveis 10 636 022 (4 555 003) 6 081 019 8 680 508
Activos Fixos Intangíveis 26 560 262 (17 705 070) 8 855 192 17 707 727
TOTAL DO ACTIVO 335 660 350 (22 260 073) 313 400 277 194 950 060
(Valores em Akz)
PASSIVO Notas (31-12-2018) (31-12-2017)
Outras Obrigações 8 109 694 162 145 473 144
TOTAL DO PASSIVO 109 694 162 145 473 144
Capital 9 50 000 000 50 000 000
Lucros e Prejuízos Acumulados (523 085) -
Resultado Líquido do Exercício 154 229 199 (523 084)
TOTAL DE FUNDOS PRÓPRIOS 203 706 115 49 476 916
TOTAL DO PASSIVO E DOS FUNDOS PRÓPRIOS 313 400 277 194 950 060
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26%
29%
45%
Fluxo de Caixa de Jurose outros Rendimentos
Fluxo de Aquisição de Créditose Emissão de UTC
Fluxo de Caixa no Ajusteno Valor de Mercado
Da analise das tabelas representativas acima, em 31 de Dezembro de 2018, o activo total líquido da BFA GA estava em AOA
313,40 milhões, que representa um aumento de 60,8% relativa a 2017. Os activos financeiros e o remanescente do capital
social realizado disponível na conta à ordem, representam a maior parcela do activo, com 68% e 18% respectivamente.
Do lado do passivo, destacam-se as Outras Obrigações, que corresponde aos montantes devidos pela BFA – Gestão de Activos
ao accionista BFA, a título de reembolso de despesas relacionadas com pessoal e gestão, incorridas no exercício de 2018, no
montante de 109,60 Milhões.
2.Demonstrações de Resultados
A Sociedade obteve proveitos no montante de AOA 365,50
milhões.
As rúbricas que contribuíram para o alcance da receita
recebida (365,55 M.Kz) foram:
• As comissões de Gestão de Fundos de Investimento
contribuíram com 84,98%,
• Rendimentos de Câmbio com 10,61%,
• Juros de Aplicações em Dívida Pública com 3,57% e
• Juros de Aplicações em Depósitos a Prazo com 0,83%
3.Demonstrações de Fluxos de Caixa
A BFA GA registou até ao final do ano de 2018 recebimentos
no valor de AOA 172,90 milhões, provenientes essencialmente
da realização do capital social, comissões de gestão do
fundo BFA Oportunidades, e investimentos em títulos
correspondentes a 29%, 45% e 26% respectivamente,
conforme pode ser observado no gráfico abaixo.
Com relação aos pagamentos realizados em 2017, destacam-se
os relativos a compra de obrigações e os custos associados
a essa compra, AOA 89,00 milhões e custos inerentes a
aplicações financeiras, AOA 4,90 milhões.
Dez 17
-
Dez 18
+ 247,36Milhões de Kz
118,19
116,55
310,67
38,79
0,191,45
3,0413,06
365,55
+ 209,29%
+194,11 +166,54
+2,86 +1.537,24
+11,61 +800,32
+38,79 100
∆ ∆%
Comissões de Gestão (Fundos) Juros de Aplicações em Dívida Pública Juros de Aplicação em DPRendimentos de câmbio
DEMOSTRAÇÕESFINANCEIRAS ENOTAS ÀS CONTAS
02
26 BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018
1. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Balanço em 31 de Dezembro 2018
Demonstrações Financeiras e Notas às Contas
(Valores em Akz)
ACTIVO Notas Valor Bruto
Provisões Imparidades AmortizaçõesDepreciações
Valor Líquido(31-12-2018) (31-12-2017)
Disponibilidades 4 56 559 750 - 56 559 750 83 018 349
Títulos e valores mobiliários 5 212 495 390 - 212 495 390 44 878 634
Créditos 6 29 408 927 - 29 408 927 40 004 182
Negociação e Intermediação de Valores - - - 660 660
Activos imobiliários 7 37 196 284 (22 260 073) 14 936 211 26 388 235
Activos Fixos Tangíveis 10 636 022 (4 555 003) 6 081 019 8 680 508
Activos Fixos Intangíveis 26 560 262 (17 705 070) 8 855 192 17 707 727
TOTAL DO ACTIVO 335 660 350 (22 260 073) 313 400 277 194 950 060
(Valores em Akz)
PASSIVO Notas (31-12-2018) (31-12-2017)
Outras Obrigações 8 109 694 162 145 473 144
TOTAL DO PASSIVO 109 694 162 145 473 144
Capital 9 50 000 000 50 000 000
Lucros e Prejuízos Acumulados (523 085) -
Resultado Líquido do Exercício 154 229 199 (523 084)
TOTAL DE FUNDOS PRÓPRIOS 203 706 115 49 476 916
TOTAL DO PASSIVO E DOS FUNDOS PRÓPRIOS 313 400 277 194 950 060
(Valores em Akz)
RUBRICAS NotasPeríodo Corrente
(31-12-2018) (31-12-2017)
JUROS E OUTROS RENDIMENTOS 10 326 766 630 118 190 158
REDIMENTOS CÂMBIO 11 38 787 753 -
TOTAL DOS PROVEITOS 365 554 383 118 190 158
JUROS E OUTRAS DESPESAS 12 20 459 859 41 181 658
PERDAS CÂMBIO 12 805 865 -
IMPOSTOS 13 61 981 084 125 551
CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS 128 078 375 77 406 033
Prestação de Serviços 14 116 626 352 66 597 984
Amortizações e Depreciações 7 11 452 024 10 808 049
TOTAL DAS DESPESAS 211 325 183 118 713 242
APURAMENTO DO RESULTADO 154 229 199 (523 084)
Demonstrações de resultados em 31 de Dezembro de 2018 e 31 de Dezembro de 2017
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DEMONSTRAÇÃO DE MUTAÇÃO DOS FUNDOS PRÓPRIOS (Valores em AKZ)
Total da SituaçãoLíquida
CapitalSocial
ResultadoLíquido
Saldo em 01 de Janeiro de 2018 49 476 916 50 000 000 (523 084)Recebimentos por aumento de capital - - -
Pagamentos por redução de capital - - -
Incorporação das reservas ao capital - - -
Incorporação de lucros ou prejuizos acumulados - - -
Efeitos de ajustes diários ao títulos e valores mobiliário - - -Efeitos de ajustes das operações cambiais - - -
Efeitos de perdas líquidas em fundos de pensões patrocinado - - -
Efeito da subscrição da unidade de titularização - - -
Efeito da subscrição da unidade de participação - - -
Apropriação do resultado líquido do exercício 154 229 199 - 154 229 199
Constituição de reservas - - -
Anulação de reservas - - -Pagamento de dividendos antecipados das SI - - -Dividendos propostos no período - - -
Compensação de prejuízos - - -
Efeito das distribuições de resultados - - -
Saldos em 31 Dezembro 2018 203 706 115 50 000 000 153 706 115
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA (Valores em AKZ)
RUBRICAS NotasPeríodo Corrente
31-12-2018 31-12-2017
Fluxo de Caixa de Juros e outros Rendimento 77 951 676Recebimentos de Proveitos de Disponibilidades 487 566 791 1 401 935
Recebimentos de Proveitos Inerentes a Outros Activos em Carteira 62 564 615 76 549 741
Recebimentos de Proveitos Inerentes à Carteira de Títulos 1 966 970 -
Recebimentos de Proveitos Inerentes à Caixa de Comissões 380 700 076 -
Fuxos de Caixa de Rendimentos e Operações de Crédito - -Fluxo de Caixa de Rendimentos de Câmbio - -
Fluxo de Caixa de Rendimento de Aplicações em Operações Comprometidas - -
Fluxo de Aquisição de Créditos e Emissão de UTC - 50 000 000
Recebimento de Proveitos de Premios na Emissão das UTC - 50 000 000
Fluxo de Caixa no Ajuste ao Valor de Mercado - 44 986 816
Fluxo de Aquisição de Créditos e Emissão de UTC - -
FLUXO DE CAIXA DOS RECEBIMENTOS 932 798 453 172 938 492Fluxo de Caixa de Juros e Outras Despesas (593 969 203) (4 988 770)Pagamento de Custos Inerentes a Outros Activos em Carteira (593 969 203) (4 988 770)
Fuxos de Caixa de Despesas de Empréstimo de Titulos e Valores Mobiliários - -
Fluxo de Caixa de Rendimentos de Câmbio - -
Fluxo de Caixa com Ajustes ao Valor de Mercado (121 348 889) (89 823 765)
Pagamento de Custos de Títulos para Negociação (121 348 889) (89 823 765)
Fluxo de Caixa de Impostos (59 596 899) (125 551)
Pagamento de Custos Inerentes aos Impostos Pagos em Angola (59 596 899) (125 551)
Fluxo de Caixa de Comissões (4 532 124) (6 000)
Pagamento de Custos de Outras Comissões (4 532 124) (6 000)
Fluxo de Caixa de Multas - -
Fluxo de Caixa de Custos e Perdas Operacionais - -
Fluxo de Caixa de Outros Custos e Perdas (228 961 236) (132 122)
Pagamentos de Outros custos e perdas (228 961 236) (132 122)
FLUXO DE CAIXA DOS PAGAMENTO (1 008 408 385) (95 076 208)SALDOS DOS FLUXOS MONETÁRIOS DO PERÍODO (75 609 933) 77 862 284Saldo em Disponibilidade no Início do Período 77 862 284 -Saldo em Disponibilidade no Fim do Período 2 252 351 77 862 284
28 BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018
2. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
1. NOTA INTRODUTÓRIA
A BFA Gestão de Activos SGOIC, S.A. (adiante igualmente
designado por “BFA – Gestão de Activos” ou “Sociedade”),
foi constituído por Escritura Pública de 16 de Dezembro
de 2015, tendo iniciado a sua actividade em 01 Janeiro de
2017, após efectuar o registo junto da Comissão de Mercado
de Capitais (CMC), em 30 de Dezembro de 2016.
A BFA – GESTÃO DE ACTIVOS é uma Sociedade Gestora
de Organismos de Investimento Colectivo (Fundos de
Investimento) e está autorizada a prestar todos os serviços
descritos no Código de Valores Mobiliários combinado com
o Decreto Legislativo Presidencial nº7/13 de 11 de Outubro
sobre o Regime Jurídico dos Organismos de Investimento
Colectivo e demais regulamentação.
Conforme indicado na Nota 9, em 31 de Dezembro de 2018 e
31 de Dezembro de 2017, a BFA – Gestão de Activos é detida
maioritariamente pelo Banco de Fomento Angola, S.A..
2. BASES DE APRESENTAÇÃO E RESUMO DAS
PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
2.1 Bases de apresentação
As demonstrações financeiras da BFA – Gestão de
Activos foram preparadas no pressuposto da continuidade
das operações e de acordo com o Plano de Contas dos
Organismo de Investimento Colectivo e das Sociedades
Gestoras, nos termos do Regulamento da CMC n.º 9/16
de 6 de Julho.
As demonstrações financeiras da BFA – Gestão de Activos
encontram-se expressas em Kwanzas, tendo os activos e
passivos denominados em outras divisas sido convertidos
para moeda nacional, com base no câmbio médio indicativo
publicado pelo Banco Nacional de Angola em cada data de
referência. As demonstrações financeiras foram preparadas
de acordo com o princípio do custo histórico, modificado
pela aplicação do justo valor para os instrumentos
financeiros derivados e activos financeiros e
passivos financeiros reconhecidos ao justo valor através dos
resultados, excepto aqueles para os quais o justo valor não
está disponível.
As demonstrações financeiras do exercício findo em 31
de Dezembro de 2018 foram aprovadas pelo Conselho de
Administração da BFA – Gestão de Activos em 17 de Janeiro
de 2018, e serão submetidas para aprovação da Assembleia
Geral que tem o poder de as alterar. No entanto, é convicção
do Conselho de Administração que as mesmas venham a ser
aprovadas sem alterações significativas.
2.2 Transacções em moeda estrangeira
As operações em moeda estrangeira são registadas de
acordo com os princípios do sistema “multi-currency”,
sendo cada operação registada em função das respectivas
moedas de denominação. Os activos e passivos expressos
em moeda estrangeira são convertidos para Kwanzas à
taxa de câmbio média publicada pelo Banco Nacional de
Angola à data do balanço. Os custos e proveitos relativos a
diferenças cambiais, realizadas ou potenciais, são registados
na demonstração dos resultados do exercício em que
ocorrem.
Em 31 de Dezembro de 2018 e 31 de Dezembro de 2017,
os câmbios do Kwanza (AKZ) face ao Dólar dos Estados
Unidos (USD) e ao Euro (EUR) eram os seguintes:
2.3 Créditos e outros valores a receber
São activos financeiros com pagamentos fixos ou
determináveis, não cotados num mercado activo. Esta
categoria inclui o crédito concedido a clientes, aplicações
em instituições de crédito e outros valores a receber. No
reconhecimento inicial, estes activos são registados pelo
seu justo valor, acrescido de outros custos e proveitos
directamente atribuíveis à originação da operação.
Subsequentemente, estes activos são registados pelo seu
custo amortizado.
31-Dez-18 31-Dez-17
1 USD 308 607 165 924
1 EUR 353 015 185 400
BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018 29
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2.5 Outros passivos financeiros
Os outros passivos financeiros são todos os passivos
financeiros que não se encontram registados na categoria de
passivos financeiros ao justo valor através de resultados.
Um instrumento é classificado como passivo financeiro
quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação
ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro
activo financeiro, independentemente da sua forma legal.
Os passivos financeiros são desreconhecidos quando a
obrigação subjacente é liquidada, expira ou é cancelada.
Os passivos financeiros não derivados incluem recursos de
bancos centrais e de outras instituições de crédito, recursos
de clientes e outros empréstimos.
Estes passivos financeiros são registados inicialmente pelo
seu justo valor deduzido dos custos de transacção incorridos
e subsequentemente ao custo amortizado, com base no
método da taxa efectiva, com a excepção dos passivos
financeiros designados ao justo valor através de resultados,
os quais são registados ao justo valor.
2.6 Activos intangíveis e outros activos tangíveis
Os activos intangíveis, que correspondem principalmente a
software informático, são registados ao custo de aquisição
e amortizados linearmente ao longo de um período de três
anos.
Os outros activos tangíveis são registados ao custo de
aquisição.
Os terrenos não são amortizados. A depreciação é calculada
pelo método das quotas constantes às taxas máximas
fiscalmente aceites como custo, de acordo com o Código do
Imposto Industrial, que correspondem aos seguintes anos de
vida útil estimada:
2.4 Títulos e valores mobiliários
Atendendo às características dos Títulos e valores
mobiliários, após o reconhecimento inicial, estes são
valorizados ao justo valor, sendo o respectivo proveito ou
custo proveniente da valorização reconhecido em resultados
do exercício.
No caso de títulos de dívida, o valor de balanço inclui o
montante dos juros corridos.
Valor de mercado
A metodologia de apuramento do valor de mercado (justo
valor) dos títulos utilizada pela BFA – Gestão de Activos é
conforme segue:
i) Preço médio de negociação no dia do apuramento ou,
quando não disponível, o preço médio de negociação no
dia útil anterior;
ii) Valor líquido provável de realização obtido mediante
adopção de técnica ou modelo interno de valorização;
iii) Preço de instrumento financeiro semelhante, levando
em consideração, no mínimo, os prazos de pagamento e
vencimento, o risco de crédito e a moeda ou indexador; e
iv) Preço definido pelo Banco Nacional de Angola.
No caso de títulos para os quais não existe cotação em
mercado activo com transacções regulares e que têm
maturidades reduzidas, os mesmos são valorizados com
base no custo de aquisição por se entender que reflecte a
melhor aproximação ao seu valor de mercado. Desta forma,
as Obrigações do Tesouro emitidas pelo Estado Angolano
estão registadas no balanço da BFA – Gestão de Activos
pelo respectivo valor de aquisição, por se entender que
reflecte a melhor aproximação ao seu valor de mercado, uma
vez que não existe uma cotação em mercado activo com
transacções regulares.Anos de vida útil
Mobiliário e material 10
Equipamento informático 3
Material de transporte 3
Máquinas e ferramentas 6
30 BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018
2.7 Caixa e equivalentes de caixa
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e
seus equivalentes englobam os valores registados no balanço
com maturidade inferior a três meses a contar da data de
balanço, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em
outras instituições de crédito.
2.8 Comissões
Os rendimentos resultantes de serviços e comissões são
reconhecidos de acordo com os seguintes critérios:
• quando são obtidos à medida que os serviços são
prestados, o seu reconhecimento em resultados é
efectuado no período a que respeitam;
• quando resultam de uma prestação de serviços, o seu
reconhecimento é efectuado quando o referido serviço
está concluído.
2.9 Imposto sobre os lucros
O total dos impostos sobre lucros registados em resultados
engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.
Imposto corrente
O imposto corrente é calculado com base no lucro tributável
do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido
a ajustamentos à matéria colectável resultantes de custos ou
proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas
serão considerados noutros períodos contabilísticos.
Imposto diferido
Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto
a recuperar / pagar em exercícios futuros resultantes de
diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o
valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal,
utilizada na determinação do lucro tributável.
Os passivos por impostos diferidos são normalmente
registados para todas as diferenças temporárias
tributáveis, enquanto os activos por impostos diferidos
só são reconhecidos até ao montante em que seja
provável a existência de lucros tributáveis futuros que
permitam a utilização das correspondentes diferenças
temporárias dedutíveis ou de reporte de prejuízos fiscais.
Adicionalmente, não são registados activos por impostos
diferidos nos casos em que a sua recuperabilidade possa ser
questionável devido a outras situações, incluindo questões
de interpretação da legislação fiscal em vigor.
Imposto Industrial
A BFA – GESTÃO DE ACTIVOS encontra-se sujeito
a tributação em sede de Imposto Industrial, sendo
considerado fiscalmente um contribuinte do Grupo A,
sujeito a uma taxa de imposto de 30%. A 1 de Janeiro de
2015 entrou em vigor o novo Código do Imposto Industrial,
aprovado pela Lei n.º 19/2014, de 22 de Outubro, e que
estipulou a taxa de Imposto Industrial em 30%.
O novo Código do Imposto Industrial determina que os
proveitos sujeitos a Imposto sobre a Aplicação de Capitais
(“IAC”) são deduzidos para efeitos de determinação do lucro
tributável em sede de Imposto Industrial, não constituindo o
IAC um custo fiscalmente dedutível.
Os rendimentos de Obrigações do Tesouro e de Bilhetes do
Tesouro emitidos pelo Estado Angolano após 1 de Janeiro
de 2013 encontram-se sujeitos a Imposto sobre a Aplicação
de Capitais (IAC), à taxa de 10% (5% no caso de títulos de
dívida admitidos à negociação em mercado regulamentado
e que apresentem uma maturidade igual ou superior a três
anos) e a Imposto Industrial: (i) no caso das mais ou menos-
valias obtidas (incluindo eventuais reavaliações cambiais
sobre a componente do capital); e (ii) no reconhecimento
do desconto relativamente aos títulos adquiridos ou
emitidos a valor descontado. Os rendimentos sujeitos a IAC
encontram-se excluídos de Imposto Industrial.
Imposto sobre a Aplicação de Capitais (IAC)
O IAC incide, genericamente, sobre os rendimentos
provenientes das aplicações financeiras da BFA – Gestão de
Activos. A taxa varia entre 5% (no caso de juros recebidos
relativamente a títulos de dívida que se encontrem admitidos
à negociação em mercado regulamentado e que apresentem
uma maturidade igual ou superior a três anos) e 10%. Sem
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Outros impostos
A BFA – GESTÃO DE ACTIVOS está igualmente sujeito a
impostos indirectos, designadamente, impostos aduaneiros,
Imposto do Selo, Imposto de Consumo, bem como outras
taxas.
2.10 Provisões e passivos contingentes
Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação
presente (legal ou não formalizada) resultante de eventos
passados relativamente à qual seja provável o futuro
dispêndio de recursos, e este possa ser determinado
com fiabilidade. O montante da provisão corresponde à
melhor estimativa do valor a desembolsar para liquidar a
responsabilidade na data do balanço.
Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos,
trata-se de um passivo contingente, procedendo-se à
respectiva divulgação.
prejuízo do exposto, no que diz respeito aos rendimentos
de títulos de dívida pública, segundo entendimento das
Autoridades Fiscais e do Banco Nacional de Angola dirigido
à Associação Angolana de Bancos (carta do Banco Nacional
de Angola, datada de 26 de Setembro de 2013), apenas
os que decorrerem de títulos emitidos em data igual ou
posterior a 1 de Janeiro de 2013 estão sujeitos a este
imposto.
Em 1 de Agosto de 2013, teve início o processo de
automatização de retenção na fonte, pelo BNA, do Imposto
sobre a Aplicação de Capitais em conformidade com o
previsto no Decreto Legislativo Presidencial n.º 5/11, de 30
de Dezembro.
Após 1 de Janeiro de 2015, o IAC deixou de ter a natureza
de pagamento por conta do Imposto Industrial, estando os
respectivos rendimentos excluídos de tributação em sede de
Imposto Industrial.
Imposto sobre o património
Incide IPU, à taxa de 0,5%, sobre o valor patrimonial dos
imóveis próprios que se destinem ao desenvolvimento da
actividade normal da BFA – Gestão de Activos, quando o seu
valor é superior a 5.000 mAKZ.
32 BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018
3. INFORMAÇÃO DETALHADA DA CARTEIRA DE OIC GERIDA
Com referência a 31 de Dezembro de 2018 e 31 de Dezembro de 2017, a BFA – Gestão de Activos efectua a gestão da carteira
do Fundo BFA Oportunidades II – Fundo Especial de Investimento em Valores Mobiliários Fechado.
Em 31 de Dezembro de 2018 e 31 de Dezembro de 2017, a carteira do fundo de investimento gerido pela BFA – Gestão de
Activos apresenta a seguinte composição:
31-12-2018
Juros Carteira
JuroBruto
Valor deMercado
110 - DISPONIBILIDADES 419 552 419 552 17 203 921
110.20 - DEPÓSITOS À ORDEM - 2 951 855,55
18708652830001 - Conta DO - 2 951 855,55
110.50 - DEPÓSITOS A PRAZO 419 551,63 419 551,63 14 252 065,15
DP_187086528_20_01 - DP - AOA 258 753,42 258 753,42 7 265 000,00
DP_187086528_20_03 - DP - AOA 160 798,21 160 798,21 6 987 065.,15
130 - TÍTULOS E VALORES MOBIL. 1 145 480 652 1 145 480 652 17 891 892 230,88
130.1 - DÍVIDA PÚBLICA FIXA 1 145 480 651,88 1 145 480 651,88 17 891 892 230,88
Compra BT 17,80% - BT - AOA 775 419 098,34 775 419 098,34 12 520 311 611,00
Compra BT 19,80% - BT - AOA 370 061 553,54 370 061 553,54 5 371 580 619,88
260 - OUTRAS OBRIGAÇÕES (115 613 456,34)
260.2 - OUTRAS OBRIG NATUR FISCAL - (75 726 357,28)
260.2.60 - Imposto Industrial - (75 726 357,28)
Imposto Lucro Trib. - LT - AOA - (75 726 357,28)
260.6 - DIVERSOS - (39 887 099,06)
260.6.21 - Entidade Gestora - (29 369 872,50)
Comissao de Gestao - CG - AOA - (29 369 872,50)
260.6.31 - Entidade Depositária - (9 789 975,50)
Banco Depositario - BD - AOA - (9 789 975,50)
260.6.34 - Taxa Supervisão - (727 251,06)
Taxa de Supervisão - TS - AOA - (337 251,06)
Taxa Supervisão Fixa - TF - AOA - (390 000,00)
90 - RESTANTES ACTIVOS - (1 776 041,66)
Auditor - AU - AOA - (1 776 041,66)
TOTAL 1 145 900 203,51 1 145 900 203,51 17 791 706 653,58
BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018 33
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4. DISPONIBILIDADES
Em 31 de Dezembro de 2018 e 31 de Dezembro de 2017, a rubrica de Disponibilidades tem a seguinte composição:
31-12-2018 31-12-2017
Disponibilidades em Instituições Financeiras
Depósitos à ordem 2 252 351 77 862 284
Depósitos a prazo 54 307 399 5 156 065
56 559 750 83 018 349
31-12-2017
Juros Carteira
JuroBruto
Valor deMercado
110 - DISPONIBILIDADES 262 268 262 268 21 273 280
110.20 - Depósitos à ordem 403
171963241300001 - Conta DO 403
110.50 - Depósitos a prazo 262 268 262 268 21 272 877
DP: 17196324/20/004 - DP - AOA 262 268 262 268 21 272 877
130 - TÍTULOS E VALORES MOBIL. 877 847 713 877 847 713 9 895 515 179
130.1 - Dívida pública fixa 877 847 713 877 847 713 9 895 515 179
BT: AOTNB7617G17 - BT - AOA 877 847 713 877 847 713 9 895 515 179
260 - OUTRAS OBRIGAÇÕES - (104 179 452)
260.2 - Outras obrigações de natureza fiscal (59 398 835)
260.2.60 - Imposto industrial (59 398 835)
Imposto lucro Trib. LT - AOA (59 398 835)
260.6 - Diversos (44 780 617)
260.6.21 - Entidade gestora (40 004 182)
Comissão de gestão - CG - AOA (40 004 182)
260.6.31 - Entidade depositária (4 000 418)
Banco depositário - BD - AOA (4 000 418)
260.6.34 - Taxa supervisão (776 017)
Taxa supervisão - TS - AOA (401 017)
Taxa supervisão fixa - TF - AOA (375 000)
TOTAL 878 109 981,01 878 109 981,01 9 812 609 005,74
34 BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018
6. CRÉDITOS
Com referência a 31 de Dezembro de 2018 e 31 de Dezembro de 2017, a rubrica de Créditos – Valores a Receber de
Sociedades Geridas, representa o valor de Comissão de Gestão.
7. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS E ACTIVOS INTANGÍVEIS
Durante o exercício de 2018 e 2017, as rubricas de Outros Activos Tangíveis e Activos Intangíveis apresentam o seguinte
movimento:
5. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
Em 31 de Dezembro de 2018 e 31 de Dezembro de 2017 a rubrica Títulos e valores mobiliários é apresentada como segue:
31-12-2018
Título Moeda QuantidadeCusto de aquisição
Descontocorrido
Jurocorrido
Valor de balanço
AOTNOI071216 AKZ 253 82 153 580 3 073 158 25 425 85, 252 163
AOTNOR619A18 AKZ 429 29 553 110 465 569 1 173 155 31 191 834
AOTNOR719A18 AKZ 1382 91 469 000 1 379 495 3 202 897 96 051 392
212 495 389
31-12-2017
Título Moeda QuantidadeCusto de aquisição
Descontocorrido
Jurocorrido
Valor de balanço
AOTNOI071216 AKZ 253 44 171 693 693 270 13 671 44 878 634
44 878 634
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36 BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018
8. OUTRAS OBRIGAÇÕES
Em 31 de Dezembro de 2018 e 31 de Dezembro de 2017,
a rubrica Outras Obrigações corresponde a estimativa de
imposto industrial 2018 e aos montantes devidos pela BFA
– Gestão de Activos ao accionista BFA, a título de reembolso
de despesas relacionadas com instalação, pessoal e gestão,
incorridas nos exercícios de 2018 e 2017.
9. FUNDOS PRÓPRIOS
Capital social
Com referência a 31 de Dezembro de 2018 e 31 de
Dezembro de 2017, o capital social da BFA – Gestão de
Activos é detido em 99,9% pelo Banco de Fomento Angola
S.A., possuindo assim uma relação de grupo e este último
uma posição de domínio na referida sociedade.
10. JUROS E OUTROS RENDIMENTOS
A 31 de Dezembro de 2018 e 31 de Dezembro de 2017, a
rúbrica Juros e Outros Rendimentos apresenta a seguinte
composição:
11. RENDIMENTOS DE CÂMBIO
A 31 de Dezembro de 2018 e 31 de Dezembro de 2017,
a rúbrica Juros e Outras despesas apresenta a seguinte
composição:
12. JUROS E OUTRAS DESPESAS
A 31 de Dezembro de 2018 e 31 de Dezembro de 2017,
a rúbrica Juros e Outras despesas apresenta a seguinte
composição:
13. IMPOSTOS
A 31 de Dezembro de 2018 e 31 de Dezembro de 2017, a
rúbrica de Impostos apresenta a seguinte composição:
31-12-2018 31-12-2017
Comissões
Comissão de Gestão 310 665 475 116 553 923
Carteira de Títulos
Títulos da Dívida Pública 13 057 810 1 450 353
Outros Juros e Proveitos Equiparados
Depósito a Prazo 3 043 345 185 882
JUROS E OUTROS RENDIMENTOS 326 766 630 118 190 158
31-12-2018 31-12-2017
Outras Comissões
Comissão Bancária (434 987) (165 253)
Comissão Bodiva (36 307) (39 475)
Comissao Cevama (18 180) (20 207)
Outras Comissões (18 003 000) (39 606 042)
Outros custos e perdas
Perdas Cambiais (805 865) -
Formação (1 967 385) (1 350 681)
JUROS E OUTRAS DESPESAS (21 265 724) (41 181 658)
31-12-2018 31-12-2017
Rendimentos de câmbio
Ganhos 38 787 753 -
RENDIMENTOS DE CÂMBIO 38 787 753 -
BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018 37
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A 31 de Dezembro de 2018 e 31 de Dezembro de 2017, a reconciliação de imposto industrial sobre resultado apresenta a
seguinte composição:
14. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
A 31 de Dezembro de 2018 e 31 de Dezembro de 2017, a rúbrica Prestação de Serviços apresenta a seguinte composição:
15. PARTES RELACIONADAS
São consideradas entidades relacionadas com a BFA – Gestão de Activos:
- aquelas em que a Sociedade exerce, directa ou indirectamente, uma influência significativa sobre a sua gestão e política
financeira – Empresas associadas e de controlo conjunto e Fundos de Investimento;
- as entidades que exercem, directa ou indirectamente, uma influência significativa sobre a gestão e política financeira da
Sociedade – Accionistas; e - os membros do pessoal chave da gerência da Sociedade, considerando-se para este efeito os
Membros do Conselho de Administração executivos e não executivos e as Sociedades em que os membros do Conselho de
Administração têm influência significativa.
Com referência a 31 de Dezembro de 2018 e 31 de Dezembro de 2017, os principais saldos e transacções mantidos pela
Sociedade com entidades relacionadas são os seguintes.
31-12-2018 31-12-2017
Subcontratos - Pessoal (83 924 107) (54 804 785)
Rendas (7 927 920) (7 927 920)
Condominio (1 202 632) (1 233 048)
Outros despesas (23 571 693) (2 632 231)
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS (116 626 352) (66 597 984)
31-12-2018 31-12-2017
Taxa de imposto Valor Taxa de imposto Valor
Resultado antes de imposto 215 347 582 (523 084)
Imposto apurado com base na taxa nominal de imposto 30,00% 64 604 275 30,00% -
Benefícios fiscais em rendimentos sujeitos a IAC (1,66)% (3 567 178) 0,00% -
Imposto sobre a Aplicação de Capitais (IAC) 0,10% 217 780 0,00% -
Outras Correções (0,21)% (136 561) 0,00% -
Imposto sobre o lucro em resultados 28,44% 61 118 316 30.00% -
38 BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018
31-12-2018
Accionistas da BFA - Gestão de ActivosMembros do Conselho de
Administração da BFA - Gestão de
Activos
Sociedades onde os membros do
Conselho de Administração têm influênciasignificativa
BFA Oportunidades - Fundo Especial
de Investimento em Valores Mobiliários
Fechado TotalBFA Outros
Disponibilidades 56 559 750 - - - - 56 559 750
Títulos e Valores Mobiliários 212 495 390 - - - - 212 495 390
Activos imobiliários 14 936 211 - - - - 14 936 211
Outros activos - - - - 29 408 927 29 408 927
Outros passivos (109 694 162) - - - - (109 694 162)
Juros e proveitos equiparados 16 101 155 - - - 310 665 475 326 766 630
Juros e outros custos equiparados (148 538 234) - - - - (148 538 234)
Unidades de participação (49 960 000) (30 000) (10 000) - - (50 000 000)
31-12-2017
Accionistas da BFA - Gestão de ActivosMembros do Conselho de
Administração da BFA - Gestão de
Activos
Sociedades onde os membros do
Conselho de Administração têm influênciasignificativa
BFA Oportunidades - Fundo Especial
de Investimento em Valores Mobiliários
Fechado TotalBFA Outros
Disponibilidades 83 018 349 - - - - 83 018 349
Títulos e Valores Mobiliários 44 878 634 - - - - 44 878 634
Activos imobiliários 14 936 211 - - - - 26 388 235
Outros activos 660 660 - - - 40 004 182 40 664 842
Outros passivos (145 473 144) - - - - (145 473 144)
Juros e proveitos equiparados 1 636 236 - - - 116 553 923 118 190 159
Juros e outros custos equiparados (118 587 692) - - - - (118 587 692)
Unidades de participação (49 960 000) (30 000) (10 000) - - (50 000 000)
16. EVENTOS SUBSEQUENTES
Entre 31 de Dezembro de 2018 e à data de aprovação das demonstrações financeiras, não ocorreram factos relevantes que
tenham influenciado a posição patrimonial e os resultados da Sociedade.
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
Tendo em consideração o resultado positivo no exercício de 2018, no montante de AOA 154.229.200 (cento e cinquenta e
quatro milhões e duzentos e vinte e nove mil e duzentos Kwanzas), a Comissão Executiva do Conselho de Administração propõe
ao Conselho de Administração que a totalidade do resultado do exercício de 2018 seja para reforço dos capitais próprios da
Sociedade, mediante a constituição de reservas obrigatórias e livres.
BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018 39
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40 BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018
Parecer do Auditor Externo
PricewaterhouseCoopers (Angola), Limitada Edifício Presidente - Largo 17 de Setembro, n.° 3, 1° andar - sala 137, Luanda- República de Angola T: +244 227 286 109, www.pwc.com/ao
BFA Gestão de Activos | Relatório e Contas 2017 41
Parecer do Conselho Fiscal
42 BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2017
BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018 43
44 BFA Gestão de Activos I Relatório e Contas 2018
Proposta de aplicação de resultados
Tendo em consideração o resultado positivo no exercício de 2018, no montante de AOA
154.229.200 (cento e cinquenta e quatro milhões e duzentos e vinte e nove mil e duzentos
Kwanzas), a Comissão Executiva do Conselho de Administração propõe ao Conselho de
Administração que a totalidade do resultado do exercício de 2018 seja para reforço dos capitais
próprios da Sociedade, mediante a constituição de reservas obrigatórias e livres.
O Conselho de Administração