Upload
vodien
View
222
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
REMODELAÇÃO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E
ÁGUAS RESIDUAIS DE LOURES
RUA DA REPÚBLICA – TROÇO 2
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
MARÇO 2018
ÍNDICE
ET – DG 01 Estaleiro
ET – DG 02 Trabalhos Preparatórios
ET – DG 03 Piquetagem e Implantação dos Trabalhos
ET – DG 04 Materiais para Aterro
ET – DG 05 Movimento de Terras
ET – DG 06 Abertura e Tapamento de Vala
ET – DG 07 Movimentação e Acondicionamento de Tubagens e Acessórios em PEAD ou PP Corrugado
ET – DG 08 Movimentação e Acondicionamento de Tubagens e Acessórios em FFD
ET – DG 09 Assentamento de Tubagem
ET – DG 10 Instalação de Tubagem
ET – DG 11 Telas Finais
ET – MCC 01 Materiais de Construção
ET – MCC 02 Receção, Verificação e Rejeição de Materiais
ET – MCC 03 Materiais Não Especificados
ET – PAV 01 Pavimentos Não Betuminosos
ET – PAV 02 Pavimentação
ET – PAV 03 Arranque e Reposição de Pavimento
ET – T 01 Tubagem em Polietileno de Alta Densidade
ET – T 02 Tubagem em Polipropileno Corrugado
ET – T 03 Tubagem em Ferro Fundido Dúctil
ET – T 04 Instalação de Tubagem por Rebentamento (Pipe-Bursting)
ET – T 05 Soldadura de Tubagem em Polietileno
ET – T 06 Ensaios de Pressão
ET – AA01 Disposições Gerais Relativas a Condutas
ET – AA02 Câmaras de válvulas e câmaras de medidores de caudal
ET – AA03 Válvulas de Seccionamento Tipo Cunha Elástica
ET – AA04 Marcos de Incêndio
ET – AA05 Ventosas
ET – AA06 Válvulas de Controlo de Pressão
ET – AA07 Válvulas de Controlo de Nível
ET – AR 01 Assentamento de Coletores
ET – AR 02 Câmaras de Visita
ET – AR 03 Manilhas de Betão
ET – AR 04 Grelhas para Câmaras de Visita, Sumidouros e Coletores de Drenagem
ET – AR 05 Válvulas de Maré
ET – AR 06 Caleiras de Drenagem
ET – AR 07 Sumidouros
ESTALEIRO
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ESTALEIRO
Disposições Gerais
ET – DG 01
A escolha dos estaleiros bem como os encargos com aluguer ou compra de terrenos para a sua
implantação é da inteira responsabilidade do empreiteiro.
Independentemente das instalações de trabalho e permanência do pessoal deverá reunir os
necessários espaços cobertos inerentes ao armazenamento de equipamentos e materiais bem como
um edifício devidamente equipado e mobilado com quatro divisões para trabalho, W.C. para a
fiscalização e direção técnica da obra com uma área coberta nunca inferior a 20 m2.
De acordo com a metodologia usada na obra, o empreiteiro deverá propor os locais e áreas
necessárias para os estaleiros, sujeitando-se aos condicionalismos das autoridades que os
administram.
O empreiteiro deverá apresentar na proposta técnica um «layout» dos estaleiros representando a
zona de armazenamento do material, a zona de fabrico de betões quando houver, a zona destinada
ao pessoal e à fiscalização e de toda a restante construção destinada à boa efetivação da obra.
O empreiteiro obriga-se a vedar os terrenos de estaleiros e a mantê-los em bom estado de asseio,
construindo e ligando aos coletores municipais a rede de esgotos que se torne necessária.
O empreiteiro obriga-se a instalar e montar, em condições eficientes de funcionamento, as redes
provisórias de abastecimento de água, de esgotos, de energia e iluminação, que satisfaçam as
exigências do volume e natureza da empreitada, bem como o pagamento dos respetivos consumos.
O empreiteiro obriga-se a construir nos estaleiros retretes e chuveiros devidamente resguardados, os
quais deve manter asseados e ligados aos coletores municipais.
É igualmente da responsabilidade do empreiteiro a escolha dos locais de aterro provisório e
definitivo.
TRABALHOS PREPARATÓRIOS
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
TRABALHOS PREPARATÓRIOS
Disposições Gerais
ET – DG 02
Antes de dar início aos trabalhos de escavação e mesmo antes da implantação das obras, o
empreiteiro terá de proceder ordenadamente, entre outras, às seguintes operações e trabalhos
preparatórios:
Reconhecer e assinalar no terreno os marcos topográficos e outros pontos fixos, devidamente
cotados e coordenados, nos quais também se baseará para a implantação correta das obras;
Delimitar, com suficiente aproximação, as faixas de terreno ao longo das quais se irão
implantar as construções, as câmaras e as valas;
Assegurar a manutenção de todas as serventias públicas e privadas, ainda que para isso
tenha que realizar obras expeditas, de utilização provisória;
Desobstruir o terreno, na faixa destinada à escavação das valas, o que deverá ser executado
de modo a que o mesmo fique isento de vegetação lenhosa (árvores e arbustos),
conservando todavia, a vegetação herbácea, a remover com a decapagem, devendo os
produtos provenientes desta operação ser conduzidos a local a indicar pela fiscalização;
Decapar a terra vegetal nas áreas de terreno a escavar e a aterrar. A decapagem abrangerá
uma espessura mínima de 0,20 m. O produto da decapagem será aplicado imediatamente no
recobrimento de taludes ou ainda armazenado em montes com altura inferior a 1,5 m, em
locais a indicar pela fiscalização;
Proceder às sondagens necessárias para localizar em planta e determinar o perfil de
condutas existentes. Estas sondagens deverão ser feitas com as devidas precauções para
não danificar essas infraestruturas;
Assinalar, na superfície do terreno, a presença de obstáculos subterrâneos conhecidos, que
venham a ser intersetados pelas valas, como cabos elétricos, telefónicos, condutas de água e
gás, coletores de águas residuais, drenos, aquedutos, oleodutos, galerias, muros, etc., cujas
posições lhe serão indicadas por meio de plantas a fornecer pela fiscalização, que as obterá
junto das respetivas entidades competentes;
Executar e conservar em boas condições os circuitos de desvio do trânsito automóvel
destinados a substituir provisoriamente as vias de circulação interditas pelas escavações;
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
TRABALHOS PREPARATÓRIOS
Disposições Gerais
ET – DG 02
Providenciar com a devida antecedência, junto da fiscalização, para que esta promova, junto
dos respetivos serviços, a remoção de obstáculos públicos superficiais, tais como postaletes
de sinalização rodoviária, postes de iluminação, publicitários ou de sustentação de linhas
elétricas e de fios elétricos, cuja presença ou estabilidade venham a ser afetadas ou
ameaçadas pelas escavações.
Além dos meios de ação correntes a empregar nos trabalhos preparatórios, o empreiteiro deverá
dispor previamente, nos locais da empreitada ou nas imediações, de pessoal, equipamento,
máquinas, materiais e ferramentas em quantidades e em espécie, tais que as escavações e os
aterros se processem com eficiência e em bom ritmo.
Designadamente disporá de:
Aparelhos e acessórios de topografia para implantação de alinhamentos, levantamento de
perfis e verificação de nivelamentos;
Equipamentos de bombagem e de rebaixamento de níveis freáticos.
Quando já não forem necessários, as ensecadeiras ou outros meios temporários serão retirados pelo
empreiteiro. Este será responsável pelos danos causados às fundações, estruturas ou qualquer outra
parte da obra, por cheias, água ou rotura de qualquer parte dos meios de proteção, devendo reparar
esses danos à sua custa.
O empreiteiro submeterá à fiscalização os desenhos de construção das ensecadeiras e dispositivos
de drenagem preconizados.
Quando as construções temporárias já não forem necessárias e antes da receção dos trabalhos, o
empreiteiro retirará as construções provisórias e reporá o terreno nas condições iniciais conforme for
aprovado pela fiscalização.
PIQUETAGEM E IMPLANTAÇÃO DOS TRABALHOS
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PIQUETAGEM E IMPLANTAÇÃO DOS
TRABALHOS
Disposições Gerais
ET – DG 03
Compete ao empreiteiro proceder, antes de iniciar qualquer trabalho, à piquetagem e à implantação
da obra, incluindo o fornecimento do material necessário.
Na piquetagem serão utilizadas mestras de alvenaria ou estacas de madeira com 8 a 10 cm de
diâmetro na cabeça, cravadas pelo menos 50 cm. Estas mestras serão niveladas e numeradas,
sendo as cotas das suas cabeças ligadas a marcações de referência fixas.
A fiscalização poderá impor a aplicação de outros tipos de marcas, nos casos em que as estacas ou
mestras de alvenaria se revelem, por qualquer motivo, inadequadas.
Competirá ao empreiteiro proceder às eventuais adaptações e correções que considere adequadas,
para posterior aprovação da fiscalização, tendo em conta ocupações de subsolo que não tenham
sido identificadas no projeto.
MATERIAIS PARA ATERRO
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MATERIAIS PARA ATERRO
Disposições Gerais
ET – DG 04
Os materiais destinados aos aterros deverão ser aprovados pelo dono da obra.
O empreiteiro fornecerá as suas características, designadamente, proveniência, densidade,
percentagens de areia, argila e vaza, teor de humidade ótimo de compactação e assegurará que o
material seja facilmente compactável (a curva representando a relação entre a densidade
compactada e o teor de humidade do ensaio Proctor deve ser achatada).
Serão considerados três tipos distintos de materiais:
Material ordinário:
Identifica-se como material ordinário o material de aterro a utilizar em áreas não construídas e nas
áreas circunstantes aos edifícios e estruturas, correspondendo a um grau de compactação mínimo
de 95% da máxima densidade obtida no ensaio Proctor Modificado.
Material selecionado:
Identifica-se como material selecionado o material de aterro a utilizar dentro de edifícios, ou nas
zonas circunscritas às áreas de construção e os constituintes das estruturas e fundações dos
arruamentos, correspondendo a um grau de compactação mínimo de 98% da máxima densidade
obtida no ensaio Proctor Modificado.
Material especial:
Identifica-se como material especial o material de aterro a utilizar em camadas-base para
assentamento de equipamentos, apoio de tubagens e proteção de cabos.
MOVIMENTO DE TERRAS
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MOVIMENTO DE TERRAS
Disposições Gerais
ET – DG 05
1. Escavações para Implantação de tubagem
A execução das escavações deve obedecer à legislação em vigor, nomeadamente no que se refere
à segurança do pessoal.
O modo de executar as escavações para abertura de valas fica ao critério do empreiteiro, mas, em
regra, serão feitas mecanicamente, recorrendo-se ao emprego de escavadoras, equipadas com
lanças e baldes dos tipos e dimensões mais adequadas às circunstâncias, tendo em conta o
prescrito no caderno de encargos quanto à boa execução dos trabalhos e à segurança do pessoal.
Não é todavia de excluir o recurso à escavação manual, quando o terreno for suficientemente brando
e a vala tiver dimensões muito reduzidas, quando for difícil realizar a intervenção mecanicamente por
exiguidade de condições para a executar desta forma e, sobretudo, quando a escavação se
aproximar ou visar a pesquisa de tubagens, cabos e outros obstáculos subterrâneos, já aparentes ou
ainda ocultos, que corram o risco de ser atingidos e danificados pelo balde da escavadora.
O empreiteiro efetuará todos os trabalhos necessários, quaisquer que sejam a natureza dos terrenos
e as condições que encontre no local, de forma a satisfazer o que se encontre estabelecido neste
caderno de encargos, no projeto e nos restantes documentos contratuais, ou que lhe seja ordenado
pela fiscalização.
De igual modo, os erros ou omissões do projeto ou do caderno de encargos, relativas ao tipo de
escavação, natureza do terreno e quantidades de trabalho, não poderão ser alegadas para a
interrupção dos trabalhos, devendo o empreiteiro dispor dos meios de ação adequados.
As profundidades das escavações não serão superiores às necessárias para que as cotas das
fundações sejam as pretendidas e as suas fundações do tipo especificado no projeto.
Se o empreiteiro levar as escavações a profundidades além das fixadas, será da sua conta tanto o
excesso de escavação como o aterro necessário para repor o fundo da vala à cota desejada,
devidamente compactado, em condições de garantir o bom assentamento das tubagens.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MOVIMENTO DE TERRAS
Disposições Gerais
ET – DG 05
Sempre que possível as valas serão abertas com taludes verticais e a largura será a indicada no projeto.
Em terrenos instáveis, onde seja necessário entivar os taludes com madeiramentos ou cortinas de
estacas, a largura das valas será acrescida da espessura de tais madeiramentos ou cortinas e seus
travamentos.
Se durante a escavação se verificar a entrada generalizada de água através das superfícies laterais
e do fundo da escavação, o empreiteiro adotará os processos de construção e de proteção
apropriados e aprovados pela fiscalização, procedendo, se necessário, ao rebaixamento do nível
freático.
Os trabalhos de escavação abaixo do nível freático serão executados a seco, para o que o
empreiteiro deverá recorrer a processos apropriados e aprovados pela fiscalização, tais como
drenagem, ensecadeiras, entivações, rebaixamento do nível freático por meio de poços, congelação,
cimentação, etc.
Quando a abertura da vala se fizer em rocha dura ou quando, do decurso das escavações, houver
necessidade de demolir alguma construção ou obstáculo mais resistente, o empreiteiro recorrerá ao
emprego de explosivos, devendo obter, com a necessária antecedência, as respetivas autorizações
legais à sua custa e proceder em conformidade com os preceitos que regulamentam o
manuseamento de detonadores e explosivos, reservando-se o dono da obra o direito de não
autorizar o seu uso.
O emprego de explosivos e eventuais consequências em acidentes pessoais, nas obras ou em
propriedade alheia, serão da exclusiva responsabilidade do empreiteiro.
A frente da escavação da vala não deverá ir avançada em relação à de assentamento das tubagens,
de uma extensão superior à média diária de progressão dos trabalhos, salvo em casos especiais,
como tal reconhecidos pela fiscalização.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MOVIMENTO DE TERRAS
Disposições Gerais
ET – DG 05
À medida que a escavação for progredindo, o empreiteiro providenciará pela manutenção das
serventias de peões e viaturas, colocando pontões ou passadiços nos locais mais adequados à
transposição das valas durante os trabalhos.
Para segurança de pessoas e veículos, onde as valas, os amontoados de produtos das escavações
ou das máquinas em manobras possam constituir real perigo, o empreiteiro montará vedações,
protetores, corrimãos, setas, dísticos e sinais avisadores, que sejam bem claros e visíveis, tanto de
dia como de noite. Haverá que prevenir, por todos os meios, eventuais acidentes pessoais e danos
materiais na própria obra, na via pública e nas propriedades particulares, por deficiente escoramento
dos taludes ou qualquer outra negligência nas operações de movimento de terras para abertura,
aterro e compactação das valas, bem como por uso imprudente de explosivos, particularmente no
que respeita ao despoletamento e rebentamento de cargas.
Os produtos sobrantes ou excedentes das escavações serão carregados em camiões basculantes e
transportados a depósito ou espalhados e regularizados a "bulldozer" nas imediações da vala,
conforme a fiscalização o determinar e as circunstâncias o aconselharem, sem prejuízo para
terceiros.
Todos os trabalhos de demolição, escavação, movimentação de máquinas, deverão ser efetuados de
forma cuidada, a fim de evitar vibrações ou deslocamento de terras, que provoquem ou venham a
por em causa ruínas existentes, bem como materiais do foro arqueológico.
Os trabalhos devem ser conduzidos de jusante para montante por forma a assegurar o livre
escoamento das águas. Sempre que este procedimento não seja possível deverão ser tomadas
medidas para a eventual necessidade de drenagem das águas por bombagem.
Quando a tubagem for implantada em caminhos, a faixa posta à disposição do empreiteiro para a
execução das obras será a do caminho. O empreiteiro deverá, nestes casos, assegurar o acesso às
propriedades que não disponham de caminhos alternativos. O troço com vala aberta, interrompendo
a passagem normal de viaturas, não deverá ultrapassar os 100 m.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MOVIMENTO DE TERRAS
Disposições Gerais
ET – DG 05
Quando a tubagem for implantada nas estradas municipais ou nacionais, a largura da faixa
disponível será a compatível com a possibilidade de assegurar o trânsito duma via de circulação,
devendo a extensão do troço com vala não ultrapassar os 100 metros.
Haverá pontos singulares, onde a existência de condicionantes suscetíveis de serem identificadas na
visita ao local das obras, obriguem a reduzir os valores referidos.
Incluem-se nestes casos:
Os terrenos de fraca capacidade resistente e de nível freático elevado onde há necessidade
de abertura de vala em comprimentos curtos, de modo a evitar descompressões e entivações
adicionais;
As zonas urbanas em que as infraestruturas no subsolo e razões de segurança impedem
grandes comprimentos de vala aberta.
2. Entivações e escoramentos
As valas serão entivadas e os taludes escorados nos troços em que a fiscalização o impuser e
também naqueles em que, no critério do empreiteiro, isso for recomendável. De um modo geral
entivar-se-ão as valas cujos taludes sejam desmoronáveis quer por deslizamento quer por
desagregação, pondo em risco de aluimento as construções vizinhas, os pavimentos ou as
instalações do subsolo que, pela abertura das valas, fiquem ameaçadas na sua estabilidade.
As peças de entivação e escoramento das escavações e construções existentes não serão
desmontadas até que a sua remoção não apresente qualquer perigo.
No caso de ter de abandonar peças de entivação nas escavações, o empreiteiro deverá submeter à
aprovação da fiscalização uma relação da situação, dimensões e quantidades de peças
abandonadas.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MOVIMENTO DE TERRAS
Disposições Gerais
ET – DG 05
3. Extração de água
Quando, no decurso das escavações, ocorrer a presença de água nas valas, haverá que eliminá-la
ou rebaixar o seu nível para cotas inferiores às de trabalho, até se concluírem ou interromperem as
operações de assentamento e montagem das respetivas tubagens.
Consoante a quantidade e o regime de água existente no subsolo, assim se escolherão os meios
para a extrair, os quais vão desde o simples balde manual, a usar somente nos casos de pequenas
infiltrações, até às bombas estanca rios, acionadas por motores elétricos ou de combustão.
Quando não for suficiente a baldeação manual da água nem a sua drenagem gravítica na zona
superficial circundante, instalar-se-á uma ou mais unidades de bombagem, cujos chupadores
deverão mergulhar em pequenos poços de aspiração cavados no fundo da vala.
Para rebaixamento local do nível freático no interior de valas abertas em solos porosos, em vez dos
chupadores correntes, poderão empregar-se agulhas aspiradoras, do tipo “Well-Point” ou outras,
acopladas a sistemas motrizes adequados.
A extração da água deverá fazer-se com o mínimo arrastamento de solos do fundo para o exterior da
vala, a fim de não desfalcar a base dos taludes da vala, a qual, nestas circunstâncias, deverá ser
sempre entivada. A condução da água do terreno aos chupadores deverá fazer-se ao longo da vala,
por meio de um estreito canal cavado junto ao pé do talude, colocando-se na entrada do poço de
aspiração uma malha que retenha os elementos com granulometria de maior dimensão, sem
dificultar a passagem da água para o chupador.
A água retirada das valas deverá ser afastada definitivamente do local de trabalho, lançando-a em
reservatórios naturais ou linhas de água, donde não venha a recircular, isto é, não torne a introduzir-
se na vala por escorrência ou por infiltração, nem vá estagnar-se ou, por qualquer forma, causar
prejuízos a terceiros.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MOVIMENTO DE TERRAS
Disposições Gerais
ET – DG 05
4. Aterro das valas e fundação das tubagens
Será atendido ao disposto nas peças escritas e desenhadas do projeto ou, em caso de omissão, às
indicações fornecidas pela fiscalização.
Os tipos de fundação e os materiais a empregar no enchimento das valas, são os constantes no
projeto, nomeadamente nas peças desenhadas.
De modo geral, o leito de assentamento da tubagem será efetuado com material agregado granular
fino do tipo 0/5mm.
Quando em terrenos sob o nível freático, o leito de assentamento será constituído por material de
granulometria compreendida entre 5 e 30 mm e de acordo com as fundações especiais previstas nas
peças desenhadas.
Sempre que haja necessidade de colocar geotêxtil na fundação da tubagem, o fundo da vala deverá
ser cuidadosamente limpo de modo a isentá-lo de quaisquer materiais que possuam danificar o
geotêxtil.
O aterro das valas só poderá iniciar-se na presença da fiscalização ou com a sua expressa
autorização.
Depois da tubagem montada, colocam-se camadas de agregado granular fino do tipo 0/5mm,
realizando assim o envolvimento e o recobrimento da tubagem e consequente aterro da vala.
O aterro será executado por camadas horizontais com 15cm de espessura, que serão
sucessivamente regadas e batidas.
A compactação das diversas camadas de aterro far-se-á por meio de maços manuais ou mecânicos,
convindo que aqueles sejam em forma de cunha, quando destinados ao aperto lateral de terras nas
proximidades da tubagem, e em especial na sua semi seção inferior.
Nas camadas superiores, onde a compactação se puder fazer com pratos ou cilindros vibradores de
dimensões apropriadas, serão permitidas espessuras até 30cm antes de batidas.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MOVIMENTO DE TERRAS
Disposições Gerais
ET – DG 05
Nos casos especiais de instalação de tubagem sob o pavimento de estradas, haverá condições de
compactação especiais, conforme definido nas peças desenhadas.
Quando não for suficiente a humidade própria do terreno, nem a água existente no subsolo, regar-se-
á cada uma das camadas de aterro na medida que, pela prática, se reconheça ser a mais
conveniente para obter a melhor compactação naquele tipo de terreno. O número de pancadas dos
maços ou o número de passagens dos pratos vibradores, cilindros ou outros aparelhos de
compressão será, em cada caso, o recomendado pela experiência como necessário para obtenção
de uma densidade relativa nunca inferior aos 95% do ensaio Proctor Pesado.
Em caso de dúvida por parte do empreiteiro, a fiscalização poderá fixar e alterar, para cada zona de
aterro, em função da natureza dos solos e do grau de consolidação a atingir, o peso do aparelho de
compressão e o número, a ordem e o sentido das passagens necessárias.
Os aterros de valas que venham a ficar sujeitos à passagem de tráfego rodoviário deverão receber
sobre a camada de ABGE uma camada de pavimentação provisória com material facilmente
removível (mistura betuminosa a frio), e ser submetidos ao trânsito antes de pavimentados
definitivamente, a fim de reduzir ao mínimo a eventualidade de futuras cedências, ressaltos ou
ondulações nos revestimentos definitivos das faixas de rodagem.
O Empreiteiro deve ter em sua posse, os certificados dos materiais inertes e respetivas guias de
transporte, disponibilizando o acesso a essa documentação ao Inspetor/Gestor da Construção,
sempre que lhe for solicitado.
5. Movimento de terras para implantação de obras localizadas
A maneira de fazer as escavações e o transporte dos respetivos produtos fica ao critério do
empreiteiro, devendo este observar as prescrições técnicas necessárias à boa execução dos
trabalhos e à segurança do pessoal, em conformidade com o presente caderno de encargos.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MOVIMENTO DE TERRAS
Disposições Gerais
ET – DG 05
O terreno natural adjacente à obra só poderá ser modificado mediante autorização da fiscalização
dada por escrito.
A escavação necessária para a implantação da obra deve ser levada às cotas definidas pelo projeto.
Os caboucos para fundações da estrutura deverão ser escavados à mão ou com máquinas
apropriadas, por forma a conseguirem-se os perfis fixados no projeto sem irregularidades,
considerando-os embora como aproximados e sujeitos a correções ou alterações por parte da
fiscalização.
Quando o solo em escavação for argiloso, só se completará a escavação dos últimos 0,15 m
respetivos no próprio dia em que se executar a betonagem, para evitar que a superfície que recebe a
sapata sofra os efeitos dos agentes atmosféricos.
Remover-se-ão todos os materiais instáveis ou soltos ou quaisquer elementos prejudiciais à boa
execução das obras, os materiais não utilizáveis serão transportados para os locais previstos ou na
sua falta os que a fiscalização indicar.
Se forem necessários quaisquer escoramentos ou outros trabalhos acessórios para evitar
desmoronamentos de terras, serão todos de conta do empreiteiro.
Se houver necessidade de empregar explosivos, o empreiteiro deverá providenciar para se obter a
tempo as necessárias autorizações legais, de sua conta. No emprego de explosivos deverão ser
tomadas todas as precauções que o seu armazenamento e manuseamento impõem, de acordo com
a legislação em vigor.
As entivações que eventualmente sejam necessárias para a execução dos trabalhos da empreitada,
deverão ser efetuadas com solidez e de forma a garantir a perfeita segurança do pessoal.
ABERTURA E TAPAMENTO DE VALA
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ABERTURA E TAPAMENTO DE VALA
Disposições Gerais
ET – DG 06
1. Objetivo
A presente especificação técnica define os requisitos, normas e condições técnicas a satisfazer,
relativamente a métodos de execução de trabalhos de abertura e tapamento de vala, na construção
de redes de distribuição água e/ou águas residuais.
2. Abertura de Vala
Em toda a movimentação de terras, desde a abertura até ao fecho e compactação das valas, bem
como durante a montagem das tubagens, o empreiteiro tomará as devidas precauções para não
danificar as instalações pré-existentes no subsolo.
2.1. Escavação
A forma de executar as escavações para abertura de valas fica ao critério do empreiteiro mas, em
regra, serão realizadas mecanicamente, recorrendo-se ao emprego de escavadoras, equipadas com
lanças e baldes dos tipos e dimensões mais adequadas às circunstâncias, tendo em conta o
prescrito no presente caderno de encargos quanto à boa execução dos trabalhos e à segurança do
pessoal.
Não é todavia de excluir o recurso à escavação manual quando o terreno for suficientemente brando
e ou a vala tiver dimensões muito reduzidas, quando for difícil realizar a intervenção mecanicamente
por exiguidade de condições para a executar desta forma e, sobretudo, quando a escavação se
aproximar ou visar a pesquisa de tubagens, cabos e outros obstáculos subterrâneos, já aparentes ou
ainda ocultos que corram o risco de ser atingidos e danificados pelo balde da escavadora.
Em zonas onde se preveja a presença de qualquer material de valor arqueológico, deverá ser
solicitada a presença de um arqueólogo para acompanhar os trabalhos de escavação.
Salvo em casos especiais, as valas serão sempre abertas com taludes verticais.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ABERTURA E TAPAMENTO DE VALA
Disposições Gerais
ET – DG 06
A largura da vala será a indicada no projeto de execução.
Em terrenos instáveis, onde seja necessário entivar os taludes com madeiramentos ou cortinas de
estacas, a largura das valas será acrescida da espessura de tais madeiramentos ou cortinas e seus
travamentos.
As valas serão escavadas até às profundidades indicadas nos respetivos perfis de projeto e
aprofundadas o suficiente para comportarem a fundação que a natureza do terreno, no fundo da
vala, vier a requerer, conforme o “pormenor tipo” respetivo.
Caso não seja indicada a largura da vala no projeto, a mesma deverá respeitar a largura expressa
nas seguintes fórmulas:
L = De +0,5 m De < 500 mm
L = De +0,7 m De > 500 mm
L - largura da vala (m)
De - diâmetro exterior da conduta (m)
A frente da escavação da vala não deverá ir avançada, em relação à frente de reposição dos
pavimentos, de uma extensão superior a 70 metros, salvo em casos especiais como tal reconhecidos
pela fiscalização e previamente aprovados.
Á medida que a escavação for progredindo o empreiteiro providenciará pela manutenção das
serventias, de peões e viaturas, colocando pontões ou passadiços nos locais mais adequados à
transposição das valas durante os trabalhos.
Para segurança de pessoas e veículos, em todos os amontoados de produtos das escavações ou
das máquinas em manobras, o empreiteiro instalará vedações, protetores, corrimãos, setas, dísticos
e sinais avisadores, que sejam bem claros e visíveis, tanto de dia como de noite.
Os produtos sobrantes ou excedentes das escavações serão carregados em camiões basculantes e
transportados para depósito.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ABERTURA E TAPAMENTO DE VALA
Disposições Gerais
ET – DG 06
Todos os trabalhos de demolição, escavação e movimentação de máquinas, deverão ser efetuados
de forma cuidada, a fim de evitar vibrações ou deslocamento de terras que provoquem ou venham a
por em causa ruínas existentes, bem como materiais do foro arqueológico.
2.2. Entivação e escoramento
As valas serão entivadas e os taludes escorados nos troços em que a fiscalização decidir e também
naqueles em que, no critério do empreiteiro, isso for recomendável, mas por norma as valas serão
entivadas sempre que a profundidade da vala for superior a 1,20 m.
De um modo geral entivar-se-ão as valas, cujos taludes sejam desmoronáveis, quer por
deslizamento quer por desagregação, pondo em risco de aluimento as construções vizinhas, os
pavimentos ou as instalações do subsolo que, pela abertura das valas, fiquem ameaçadas na sua
estabilidade.
As peças de entivação e escoramento das escavações e construções existentes não serão
desmontadas até que a sua remoção não apresente qualquer perigo.
No caso de ter de abandonar peças de entivação nas escavações, o empreiteiro deverá submeter à
aprovação da fiscalização uma relação da situação em que conste as dimensões e quantidades de
peças abandonadas.
2.3. Extração da água
Quando, no decurso das escavações, ocorrer a presença de água nas valas, haverá que eliminá-la
ou rebaixar o seu nível para cotas inferiores às de trabalho, até se concluírem ou interromperem as
operações de assentamento e montagem das respetivas tubagens.
Consoante a quantidade e o regime de água existente no subsolo, assim se escolherão os meios
para a extrair, os quais vão desde o simples balde manual, a usar somente nos casos de pequenas
infiltrações, até às bombas estanca-rios, acionadas por motores elétricos ou de combustão.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ABERTURA E TAPAMENTO DE VALA
Disposições Gerais
ET – DG 06
Quando não for suficiente a baldeação manual da água nem a sua drenagem gravítica na zona
superficial circundante, instalar-se-á uma ou mais unidades de bombagem, cujos chupadores
deverão mergulhar em pequenos poços de aspiração cavados no fundo da vala.
Para rebaixamento local do nível freático no interior de valas abertas em solos porosos, em vez dos
chupadores correntes, poderão empregar-se agulhas aspiradoras, do tipo “Well-Point”, ou outras,
acopladas a sistemas motrizes adequados.
No caso de se proceder à drenagem de água por bombagem deve o empreiteiro dispor do
equipamento necessário.
A condução da água do terreno aos chupadores deverá fazer-se ao longo da vala, por meio de um
estreito canal cavado junto ao pé do talude, colocando-se na entrada do poço de aspiração uma
malha que retenha os elementos com granulometria de maior dimensão, sem dificultar a passagem
da água para o chupador.
A água retirada das valas deverá ser afastada definitivamente do local de trabalho, lançando-a em
reservatórios naturais ou linhas de água, donde não venha a recircular, isto é, não torne a introduzir-
se na vala por escorrência ou por infiltração, nem vá estagnar-se ou, por qualquer forma, causar
prejuízos a terceiros.
2.4. Instalações no subsolo
Antes de efetuar qualquer escavação e de posse de toda a informação disponível relativamente à
zona de subsolo a afetar, o empreiteiro deve efetuar sondagens para verificação dos elementos
recolhidos.
As escavações próximas dos tubos e cabos existentes bem como as escavações destinadas a
localizar essas tubagens ou cabos, devem ser executadas manualmente.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ABERTURA E TAPAMENTO DE VALA
Disposições Gerais
ET – DG 06
A distância entre a tubagem de água e outras obras enterradas deve estar de acordo com os
regulamentos técnicos em vigor e restante legislação.
Quando uma tubagem cruza outros sistemas, o empreiteiro tem que assegurar que é observada a
distância mínima preconizada na legislação em vigor para os sistemas em questão.
Este enchimento terá de obedecer ao definido no caderno de encargos.
As alterações eventualmente necessárias nos sistemas existentes têm que ser efetuadas com
antecedência suficiente em relação à colocação da tubagem.
A interrupção de qualquer infraestrutura enterrada só poderá ser permitida pela entidade operadora
de subsolo a que aquela diz respeito.
Quando nas proximidades dos trabalhos junto a condutas de gás e cabos elétricos e tendo em conta
potenciais riscos de vida, o empreiteiro tomará especiais cuidados quando se proceder a escavações
nas proximidades daquelas condutas e instalações.
A distância entre geratrizes das tubagens de água e as de gás ou eletricidade, quer em percursos
paralelos quer nos cruzamentos, não pode ser inferior a 0,20 m.
Quando não for possível respeitar a distância referida acima, devem as tubagens ficar separadas
entre si por uma forra mecânica de proteção em PVC PN6, que será colocada nas infraestruturas,
gás ou eletricidade, a proteger. As forras de PVC deverão ser de diâmetro nominal imediatamente
acima do da tubagem a proteger.
A distância mínima entre as geratrizes das tubagens de água e as das tubagens de redes de águas
residuais, quer em percursos paralelos quer nos cruzamentos, não deve ser inferior a 1,00 m.
Nos troços em que não for possível respeitar a distância anterior, a tubagem de água deve ser
envolvida por uma forra mecânica estanque cujas extremidades distem, pelo menos, 0,50 m da rede
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ABERTURA E TAPAMENTO DE VALA
Disposições Gerais
ET – DG 06
de águas residuais. A tubagem de distribuição de água deve passar sempre por cima da rede de
águas residuais.
Nos cruzamentos ou traçados paralelos de tubagens de polietileno com possíveis fontes de calor
devem ter-se em conta a distância e o isolamento necessários para que a temperatura da tubagem
de água nunca ultrapasse os 20º C.
Para cabos de alta tensão a distância será de, pelo menos 0,30 m.
No cruzamento com cabos elétricos serão sempre seguidos os seguintes princípios, sem prejuízo
dos restantes requisitos referidos no caderno de encargos:
a) Nunca poderá existir contacto direto da tubagem de PE ou da forra de PVC com um cabo elétrico.
b) Quando for impossível manter uma distância mínima de afastamento de 10 cm da tubagem de
PE relativamente a cabos elétricos, deve ser colocada entre a tubagem e os cabos elétricos uma
placa de proteção de cabos elétricos, do tipo usado pela EDP na proteção dos mesmos, o tipo de
placas a usar deve ser proposto à fiscalização e só será usado após autorização, em alternativa
poderá ser usada uma forra de PVC amaciçada com argamassa, de forma a conseguir uma
proteção de natureza não combustível, caso não seja possível a colocação da forra amaciçada
deve ser intercalado no espaço entre a tubagem de PE e o cabo elétrico, uma lajeta em betão do
tipo usado nos cabos elétricos ou equivalente. Nestes casos deve ser mantida a forra em PVC na
tubagem.
Onde a tubagem estiver envolvida em forra de proteção, tem que haver uma distância não inferior a
0,10 m entre a forra de proteção e as infraestruturas enterradas.
A extensão da forra de proteção deve garantir o afastamento correspondente à distância mínima
para o atravessamento sem proteção.
O fundo da vala será regularizado cuidadosamente, ficando sem ressaltos ou covas, de modo a dar
um apoio perfeito e contínuo à tubagem.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ABERTURA E TAPAMENTO DE VALA
Disposições Gerais
ET – DG 06
3. Tapamento da Vala
3.1. Aterro e compactação
O início dos trabalhos de tapamento e de compactação só poderá ter lugar após a aprovação pela
fiscalização de todas as operações e ensaios de controlo de qualidade, nomeadamente, aprovação
de todas a instalação de condutas e/ou coletores e respetivos acessórios da rede, verificação do
correto alinhamento e assentamento da tubagem, colocação de forras mecânicas e levantamento
dos croquis.
Será sempre utilizada areia no leito de assentamento, no envolvimento e no recobrimento da
tubagem respeitando o pormenor de vala tipo.
Afundar-se-á a vala em 0,15 m sob a soleira do tubo, e essa escavação será preenchida até à parte
inferior do tubo com agregado granular fino do tipo 0/5mm, com uma compactação mecânica nas
zonas estipuladas no projeto ou nas zonas a definir pela fiscalização.
O aterro da vala deve ser realizado por camadas de 0,15 m por forma a garantir a perfeita
compactação dos solos.
3.1.1. O aterro da vala deve ser realizado da seguinte forma:
A primeira compactação pode apenas ultrapassar ligeiramente a meia-altura da tubagem.
As compactações seguintes são feitas por camadas sucessivas que serão regadas e batidas com
altura máxima de 0,15 m.
A compactação deverá ser manual até à altura de 0,30 m acima da geratriz superior do tubo de
forma a garantir que não são causados quaisquer danos à tubagem ou outras obras anexas.
Será dada continuidade à colocação de camadas de material de aterro com uma espessura não
superior a 0,15m, que já foi previamente caracterizada.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ABERTURA E TAPAMENTO DE VALA
Disposições Gerais
ET – DG 06
O empreiteiro deve realizar ensaios de compactação em todas as camadas com as seguintes
frequências:
a) Valas em zonas pedonais – um ensaio no eixo da vala a cada 100 m de vala e na última camada,
um ensaio a cada 100 m em quincôncio;
b) Valas em zonas de circulação de veículos – um ensaio por camada, em quincôncio a cada 100 m
ou no caso de travessias dois ensaios por faixa de rodagem, na zona de colocação das rodas dos
veículos, neste caso, em todos os ensaios, deverá ser obtido o grau de compactação superior a
95% do Proctor Normal.
Os materiais extraídos da vala não poderão ser reaproveitados no tapamento da vala.
O material de aterro deverá cair da menor altura possível.
O aterro deve ser feito em camadas com espessuras iguais a 0,15 m.
O aterro da vala deve ser executado com cuidado de tal modo que a tubagem não seja danificada e,
considerando a resistência do tubo e o tipo de solo, o tubo não seja comprimido.
Além de tudo o que foi acima dito, antes do início do tapamento das valas estas serão
adequadamente drenadas por métodos aceites pelo dono de obra.
Nos casos em que a tubagem seja instalada sob pavimentos betuminosos, o material do
enchimento da vala só poderá ser constituído por camadas de agregado granular fino do tipo 0/5mm
espalhadas e compactadas. Sobre esta deverá ser executada uma camada de agregado britado de
granulometria extensa ABGE (0/31,5mm) com 0,45m de espessura, espalhado e compactado em
camadas de 0,15m, em “tout-venant” com a adição de cimento a 3%.
Nos casos em que a tubagem seja instalada sob pavimentos não betuminosos, o material do
enchimento da vala só poderá ser constituído por agregado granular fino do tipo 0/5mm em camadas
de 0,15m de espessura, espalhadas e compactadas. Sobre esta camada será executada uma
camada de agregado britado de granulometria extensa ABGE (0/31,5mm) com 0,20m de espessura,
espalhado e compactado em camadas de 0,10m, em “tout-venant” sem a adição de cimento.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ABERTURA E TAPAMENTO DE VALA
Disposições Gerais
ET – DG 06
Nos pavimentos betuminosos, sobre a camada de ABGE serão executadas as camadas betuminosas
de acordo com as espessuras exigidas e especificadas no pormenor tipo de vala para pavimentos
betuminosos.
Os aterros de valas que venham a ficar sujeitos à passagem de tráfego rodoviário deverão receber
uma camada de desgaste provisório, com 0,10 a 0,15 m de espessura em solos estabilizados
mecanicamente, e ser submetidos ao trânsito antes de pavimentados definitivamente, a fim de
reduzir, ao mínimo, a eventualidade de futuras cedências, ressaltos ou ondulações nos
revestimentos definitivos das faixas de rodagem.
Nos pavimentos não betuminosos, sobre a camada de ABGE será executada uma camada de 0,20m
ou 0,15m de espessura, consoante se trate de pavimentos agrícolas ou similares, ou em pavimento
de laje de betão ou laje de cimento, respetivamente, por forma a garantir um pavimento com as
mesmas características do existente.
No caso de pavimento em passeio, sobre a camada de 0,20m de espessura ABGE, deve ser
aplicada uma camada de almofada de areia com a espessura mínima de 0,05m, valor este a
confirmar junta da fiscalização, para assentamento do pavimento existente (cubos de granito,
calçada à portuguesa, pavês ou outros), ou rede de malhasol eletrossoldada (pavimento em
betonilha). Sobre esta camada, será aplicado pavimento com as mesmas características do
existente.
Sempre que se esteja em presença de uma forra de proteção mecânica as distâncias serão contadas
a partir da geratriz superior daquela.
A compactação das diversas camadas de aterro far-se-á por meio de maços manuais ou mecânicos,
que serão em forma de cunha quando destinados ao aperto lateral de terras nas proximidades da
conduta e em especial na sua semi-secção inferior.
A utilização do “compactador mecânico” é sempre obrigatória acima dos 0,30 m acima do extradorso
da tubagem exceto nos casos de existência de infraestruturas que não o permitam.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ABERTURA E TAPAMENTO DE VALA
Disposições Gerais
ET – DG 06
Nas camadas superiores, onde a compactação se puder fazer com pratos ou cilindros vibradores de
dimensões apropriadas, serão permitidas espessuras até 0,20m antes de batidas.
Uma má compactação poderá originar um posterior desalinhamento e/ou ovalização do tubo, pelo
que esta deverá ser rigorosamente executada, sendo em caso de dúvida refeita.
A travessia de linhas de caminho-de-ferro, assim como de vias rodoviárias especiais, serão sujeitas a
prescrições especiais, incluindo as impostas pelas entidades por elas responsáveis.
3.2. Materiais de escavação impróprios para aterro
Os materiais existentes na própria vala não podem ser reaproveitados para posterior reutilização no
aterro das valas.
Os produtos provenientes da escavação, juntamente com os sobrantes de escavação, serão
carregados e transportados para depósito.
4. Banda Avisadora
Nas infraestruturas de abastecimento de água, será colocada uma banda avisadora em material
indelével da presença da tubagem aplicada à altura de 0,40 m acima da geratriz superior do tubo a
qual será depois coberta com o mesmo material que envolve a tubagem.
A banda avisadora de material indelével deve ser colocada conforme se mostra no desenho de
pormenor tipo da vala, e ao longo de toda a extensão da tubagem.
MOVIMENTAÇÃO E ACONDICIONAMENTO DE TUBAGENS DE PEAD OU PP CORRUGADO
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MOVIMENTAÇÃO E ACONDICIONAMENTO DE
TUBAGENS DE PEAD OU PP CORRUGADO
Disposições Gerais
ET – DG 07
1. Carregamento
O carregamento, transporte ou descarga deve processar-se de forma a não provocar qualquer
espécie de danificação no material.
As embalagens de proteção e meios de manuseamento fornecidos quando em paletes devem
manter-se intactas durante as operações de carregamento, transporte ou descarga.
Os veículos de transporte devem ter um fundo plano sem quaisquer pregos ou outras saliências que
possam danificar a tubagem ou acessórios.
É interdita a utilização de cabos, correntes, cordas ou qualquer outro tipo de material que de algum
modo se possa constituir em elemento "cortante".
É obrigatória a utilização de cintas de elevação não metálicas, sempre que se proceda a carga ou
descarga de tubagem (quer esta se apresente em bobinas ou em varas).
Durante a execução do carregamento ou descarga deve ser assegurada a elevação, descida e
condicionamento suave, assim como uma deslocação lenta e segura.
É interdito realizar o carregamento ou descarga através de esticões arrastamentos ou pancada.
Deve recorrer-se a carga mecânica sempre que não seja possível assegurar uma manobra manual
adequada.
A tubagem e/ou acessórios não devem ser armazenados nas proximidades de fontes de calor.
As varas de tubos devem ser transportadas completamente assentes e convenientemente
empilhadas.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MOVIMENTAÇÃO E ACONDICIONAMENTO DE
TUBAGENS DE PEAD OU PP CORRUGADO
Disposições Gerais
ET – DG 07
Não é permitido transportar juntamente com os tubos de polietileno ou de polipropileno corrugado,
tubos ou acessórios de outra natureza, pedras, máquinas ou ferramentas de qualquer espécie bem
como qualquer matéria suscetível de provocar danificação ou contaminações na tubagem.
Quando se transportam acessórios especiais previamente montados em fábrica/estaleiro o seu peso
não deve ser suportado por nenhuma das suas junções.
2. Manuseamento
Serão em particular tidos em conta no que se refere ao manuseamento de rolos, varas de tubos e
acessórios os seguintes aspetos:
2.1. Rolos de tubos
Os rolos devem ser facilmente manuseados por empilhadores.
Quando os rolos forem demasiado pesados para serem erguidos manualmente deve usar-se cintas
de elevação não metálicas ou um empilhador com os garfos convenientemente protegidos.
Em caso algum serão empurrados das plataformas ou caixas de carga.
Os rolos devem encontrar-se presos por fitas quer exteriores quer intermédias. Estas não devem ser
retiradas até que o tubo seja necessário.
As fitas que prendem a extremidade exterior devem ser primeiro retiradas e o movimento da
extremidade livre cuidadosamente controlado.
Só se deve cortar e retirar as fitas necessárias à libertação do comprimento desejado de tubo.
Depois de se cortar do rolo a quantidade de tubo necessária deve recolocar-se o tampão de proteção
na extremidade deste e voltar a prender com fita as suas extremidades.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MOVIMENTAÇÃO E ACONDICIONAMENTO DE
TUBAGENS DE PEAD OU PP CORRUGADO
Disposições Gerais
ET – DG 07
O desenrolamento não deve ser feito de maneira a que o tubo deixe o rolo em espiral pois pode
tornar-se extremamente difícil endireitá-lo sem o danificar por demasiada torção. Acresce ainda que
se cria desnecessariamente uma situação potencialmente perigosa.
Para tubos de diâmetro DN63 ou superiores devem ser utilizados desenroladores mecânicos.
2.2. Varas
Quando se utilizam gruas devem usar-se cintas de elevação não metálicas no seu manuseamento.
Para comprimentos superiores a 6 m devem usar-se apoios em pontos equivalentes a um sexto do
comprimento do tubo ou empilhamento de tubos. Durante a sua elevação não se devem usar
correntes ou ganchos. Especial atenção deve ser tida relativamente às extremidades dos tubos já
flangeados.
Enquanto se carregam ou descarregam os tubos, os pontos de elevação devem ser o mais afastado
possível.
O empilhamento tipo de 6 metros deve ser feito com um empilhador e o posicionamento dos garfos
aquando da elevação da carga deve ter em conta a natureza flexível dos tubos.
Os empilhamentos com mais de 6 m de comprimento devem ser efetuados por um carregador lateral
com um suporte mínimo de quatro garfos de apoio ou por uma grua repartindo convenientemente o
peso da carga a usando cintas não metálicas de elevação.
2.3. Acessórios
Não deve ser feito o uso de ganchos para elevar acessórios.
Os acessórios são geralmente fornecidos em embalagens de cartão ou sacos de polietileno.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MOVIMENTAÇÃO E ACONDICIONAMENTO DE
TUBAGENS DE PEAD OU PP CORRUGADO
Disposições Gerais
ET – DG 07
3. Armazenamento
De um modo geral, quanto mais plano for o terreno maior é a quantidade de tubos que podem ser
armazenados desde que se tomem precauções para evitar danos nos das camadas inferiores.
Deve evitar-se o contacto direto com o solo.
Os tubos serão empilhados em armações conforme provenientes das instalações do fabricante,
sendo necessário assegurar que as grades de madeira de apoio se encontram todas na mesma
posição em cada empilhamento. Isto permite a armazenagem de 3 camadas de grades sucessivas
sendo todo o peso suportado pela madeira da grade e não pelos tubos.
Todos os materiais devem ser inspecionados quando da sua entrega. Qualquer defeito ou dano deve
ser anotado.
Os tubos deverão ser arrumados em três áreas distintas, perfeitamente identificadas, de acordo com
o resultado da receção realizada (aceitação, aceitação condicional e rejeição) e por diâmetros, de
modo a permitir a retirada de tubos dos diferentes diâmetros sem movimentar os outros tubos.
Os tubos e acessórios devem ser usados pela ordem de fabrico de modo a garantir a correta rotação
do stock.
Os tubos devem ser empilhados em camadas devidamente tamponados.
Nos armazéns os rolos de tubos devem ser postos em paletes ou em pilhas nunca superiores a 10
para os diâmetros de 20, 25 e 32 mm e nunca superiores a 6 para os diâmetros de 40 a 90 mm.
Em estaleiro os rolos nunca devem ser armazenados em pilhas superiores a duas unidades.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MOVIMENTAÇÃO E ACONDICIONAMENTO DE
TUBAGENS DE PEAD OU PP CORRUGADO
Disposições Gerais
ET – DG 07
Os acessórios devem ser armazenados de preferência em prateleiras sob cobertura devendo
conservar-se nas embalagens protetoras de origem no maior período de tempo possível até a sua
utilização.
As condições de acondicionamento deverão garantir que não serão alteradas as características e
identificação dos acessórios.
Os acessórios deverão ser acondicionados em três áreas distintas, perfeitamente identificadas, de
acordo com o resultado da receção realizada (aceitação, aceitação condicional e rejeição) e por tipo
e espécie de modo à sua fácil identificação e aplicação em obra.
Os tubos e acessórios que se encontram armazenados no exterior a passíveis de serem expostos ao
sol devem ser protegidos dos UV.
Deve ser evitado o contacto com óleos lubrificantes e hidráulicos assim como com produtos químicos
agressivos tais como solventes químicos.
Para além dos cuidados referidos, é ainda absolutamente interdito:
Fazer rolar os tubos no solo;
Submeter os tubos a temperaturas superiores a 40ºC;
Empilhar tubo qualquer que seja a altura desde que não estejam asseguradas perfeitas condições de
segurança.
MOVIMENTAÇÃO E ACONDICIONAMENTO DE TUBAGENS E ACESSÓRIOS EM FFD
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MOVIMENTAÇÃO E ACONDICIONAMENTO DE
TUBAGENS E ACESSÓRIOS EM FFD
Disposições Gerais
ET – DG 08
1. Equipamento
Deverá ser preparado e mantido em condições de funcionamento o seguinte equipamento:
Correntes com ganchos, devidamente protegidos, para evitar o contacto metal/metal;
Cintas de nylon para suspensão dos tubos;
Roletes;
Cavaletes em madeira;
Barrotes sem pregos, farpas ou falhas.
2. Manuseamento
A tubagem só pode ser manuseada à mão, com ganchos ou com cintas de nylon. Só se poderá
suspender mais de um tubo por operação, quando os meios de elevação dos tubos se revelem
adequados a esta situação, e.g. utilização de berço de descarga apropriado.
Só poderão permanecer no local os meios humanos suficientes e necessários ao manuseamento
que deverão usar equipamento de proteção individual adequado.
O manuseamento deve ser feito de modo a não danificar as superfícies e topos dos tubos ou
acessórios e ou alterar as suas características.
Assim:
Os tubos não deverão ser arrastados;
A elevação dos tubos deverá ser sempre por suspensão em pelo menos duas secções
equidistantes do centro, o mais afastadas possível;
Os tubos e acessórios não deverão ser atirados para o chão;
Não deverá ser retirada qualquer proteção, dos topos ou superfície, eventualmente existente;
Deverão ser conhecidas as características dos acessórios e a sua função de modo que sejam
tomadas as precauções necessárias à não alteração das mesmas;
Não deverão ser retiradas, alteradas ou danificadas as marcações de fábrica dos tubos ou
acessórios;
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MOVIMENTAÇÃO E ACONDICIONAMENTO DE
TUBAGENS E ACESSÓRIOS EM FFD
Disposições Gerais
ET – DG 08
Para o manuseamento dos tubos deverão ser utilizados roletes de dimensões apropriadas e
em quantidade suficiente de modo a evitar o arrastamento do tubo em qualquer superfície;
Deverão ser tomadas as precauções necessárias para evitar o contacto das paredes dos
tubos, quando da sua colocação, junto a outras infraestruturas existentes.
3. Transporte
Os tubos deverão ser transportados em plataformas apoiados em pelo menos quatro seções. Os
apoios não deverão danificar a superfície dos tubos. Antes da colocação dos tubos na plataforma
será feita uma limpeza e inspeção à mesma. Não deverão existir elementos (pregos, falhas) que
possam danificar as superfícies dos tubos.
Os tubos de maior diâmetro serão os primeiros a ser colocados, seguindo-se outros por ordem
decrescente de diâmetro. Em caso algum deverão ser excedidos os limites legais quer de peso quer
de diâmetro da plataforma.
No caso de tubos necessariamente manuseados com meios de elevação deverão ser colocados
entre as camadas dos tubos barrotes para facilitar a passagem das cintas.
Os acessórios deverão ser transportados devidamente acondicionados, por tipo e por espécie, e de
modo a não serem danificadas as suas características, funcionalidade e superfície. Deverão ser
consideradas e garantidas as recomendações do fabricante relativamente às condições de
transporte.
4. Acondicionamento
Os tubos serão preferencialmente descarregados em estaleiros de tubos ao longo da linha.
O local de acondicionamento deve ser de fácil acesso e preferencialmente plano.
Os tubos deverão ser apoiados sobre barrotes. Deverão ser colocados barrotes de modo a que os
tubos da camada inferior estejam apoiados em pelo menos três secções equidistantes do centro.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MOVIMENTAÇÃO E ACONDICIONAMENTO DE
TUBAGENS E ACESSÓRIOS EM FFD
Disposições Gerais
ET – DG 08
Se necessário, devido às condições do solo, deverá ser feita uma cama de areia para apoio dos
barrotes.
Os tubos deverão ser arrumados em três áreas distintas, perfeitamente identificadas, de acordo com
o resultado da receção realizada (aceitação, aceitação condicional e rejeição) e por diâmetros de
modo a permitir a retirada de tubos dos diferentes diâmetros sem movimentar os outros tubos.
Não podem ser armazenados mais do que 2,0m em altura. O número de filas de tubos não deverá
exceder uma largura de três metros.
As extremidades dos tubos deverão ser mantidas tamponadas para evitar a entrada de matérias
estranhas.
Os armazéns serão desocupados progressivamente de acordo com o avanço dos trabalhos.
Os acessórios deverão ser acondicionados em três áreas distintas, perfeitamente identificadas, de
acordo com o resultado da receção realizada (aceitação, aceitação condicional e rejeição) e por tipo
e espécie de modo à sua fácil identificação e aplicação em obra. Os acessórios não deverão ser
retirados das suas embalagens nem deverá ser removida qualquer proteção especial até ao
momento da sua aplicação.
ASSENTAMENTO DE TUBAGEM
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ASSENTAMENTO DE TUBAGEM
Disposições Gerais
ET – DG 09
O assentamento das tubagens não pode ser iniciado sem a aprovação do fundo da vala pela
Fiscalização do Dono de Obra.
O fundo da vala deverá ser sempre compactado a, pelo menos, 95% do Proctor Pesado, podendo a
Fiscalização mandar executar à sua conta os ensaios de confirmação de compactação que julgar
convenientes.
No caso de coletores, estes deverão ser assentes em alinhamentos retos entre câmaras, com as
cotas e inclinações previstas no projeto.
As tubagens deverão apoiar-se sobre o fundo da vala em todo o seu comprimento, o seu encaixe
deverá fazer-se sem as forçar, de forma a que cada troço compreendido entre câmaras consecutivas
fique perfeitamente retilíneo.
O assentamento será feito de jusante para montante e no caso dos tubos com campânula, com esta
para montante, devendo haver sempre o cuidado de lhes dar apoio em toda a extensão e de garantir
o seu perfeito alinhamento tanto no plano vertical como no horizontal.
Independentemente do tipo de enchimento da vala, o Empreiteiro assentará os tipos de tubos que
utilizar com amarrações devidamente calculadas contra a flutuação, sempre que haja níveis freáticos
elevados e que a natureza das tubagens possa colocar em risco a sua estabilidade.
Os materiais a utilizar nas camadas de assentamento da tubagem, camada de proteção ou aterro são
os especificados no projeto.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ASSENTAMENTO DE TUBAGEM
Disposições Gerais
ET – DG 09
Não é permitido a aplicação de produtos resultantes de escavação, não só na camada de
assentamento da tubagem, mas também na camada de proteção ou no aterro da vala. Todos os
produtos resultantes de escavação deverão ser encaminhados a operador licenciado.
Os restantes requisitos a atender no correto assentamento dos tubos e boa execução das juntas
deverão obedecer à legislação em vigor ou às indicações do fabricante, consoante o tipo de material e
de juntas a aplicar.
INSTALAÇÃO DE TUBAGEM
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
INSTALAÇÃO DE TUBAGEM
Disposições Gerais
ET – DG 10
1. Objetivo
A presente especificação técnica estabelece e define os requisitos, normas e condições técnicas a
satisfazer na construção, conservação ou renovação de redes de abastecimento de água e drenagem
de águas residuais.
2. Instalação da Tubagem
2.1. Trabalhos preparatórios
Ao iniciar a instalação e montagem das tubagens, o empreiteiro deverá assegurar as seguintes
condições:
a) A vala deve estar limpa e drenada, com largura e profundidade adequadas ao diâmetro da
tubagem e à natureza do terreno, com leito regularizado e taludes estabilizados, numa
extensão aberta não inferior à média diária de progressão da montagem;
b) As tubagens e acessórios de ligação serão provenientes de lotes aprovados e devem estar
empilhados ou alinhados paralelamente ao traçado da tubagem, em quantidade pelo menos
bastante para um dia de montagem, não estando em contacto com o solo ou outros elementos
agressivos que possam causar danos;
c) Recursos humanos, equipamento, materiais e ferramentas adequados e em quantidade
suficiente para que o assentamento, nivelamento e ensaios das condutas se possam realizar
adequada e eficientemente;
d) O material proveniente da escavação deve ser removido deixando um corredor com 1 metro
de largura (no mínimo).
2.2. Fundação da tubagem
O início das operações de assentamento da tubagem exigem prévia autorização da fiscalização, que
só as permitirá, após garantir que as obras executadas está de acordo com o especificado no projeto.
As tubagens colocadas em vala deverão ficar uniformemente apoiadas no leito de assentamento, ao
longo de toda a geratriz inferior.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
INSTALAÇÃO DE TUBAGEM
Disposições Gerais
ET – DG 10
O fundo da vala deverá ser sempre compactado, de acordo com as especificações, antes da
instalação da tubagem.
Não poderão ser incluídos nas redes de PEAD, com exceção de acessórios combi-T e válvulas,
tubagem ou acessórios em outros materiais sem autorização prévia do dono de obra.
Será cumprido o disposto nas peças escritas e desenhadas do projeto.
2.3. Movimentação de tubos e sua colocação nas valas
Os tubos são inspecionados antes da sua colocação em obra. A fiscalização poderá rejeitá-los e exigir
a sua imediata substituição para futura aplicação se, no seu entender, apresentarem defeitos que
justifiquem essa opção.
Devem ser tomadas as precauções necessárias para se evitar que nos tubos entrem terras e outros
corpos ou substâncias estranhas garantindo que o seu interior se mantenha limpo durante o
transporte, manuseamento e montagem. Assim sendo, os tubos deverão estar sempre tamponados.
Na suspensão diária dos trabalhos e sempre que se verifique uma interrupção no processo de
assentamento da conduta, os topos livres dos tubos e dos acessórios já montados deverão ser
tamponados e vedados, por dispositivos a aprovar pela fiscalização, a fim de impedir a entrada de
sujidade, detritos, corpos estranhos e líquidos nocivos.
Se, não obstante todos os cuidados, chegarem à montagem tubos insuficientemente limpos no seu
interior, a fiscalização determinará ao empreiteiro que, antes de os aplicar, proceda à sua limpeza e
lavagem, ou mesmo desinfeção, através de meios considerados adequados e depois aprovados pela
fiscalização.
Se necessário, todo o conjunto soldado ou parte dele será retirado da vala, sob instruções da
fiscalização. Todos os atrasos na obra e custos envolvidos que resultarem desta situação são da
inteira responsabilidade do empreiteiro.
O assentamento em vala da tubagem e órgãos conexos deve ser sempre executado com a presença
da fiscalização e do técnico responsável do empreiteiro.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
INSTALAÇÃO DE TUBAGEM
Disposições Gerais
ET – DG 10
Quando existirem trabalhos fora do horário normal de trabalho e em dias de descanso, deverá o
empreiteiro solicitar, previamente, autorização à fiscalização para executar a atividade pretendida, que
só será autorizada após a identificação do técnico responsável do empreiteiro que assumirá a
coordenação, acompanhamento e controlo, ininterrupto, dos trabalhos.
Sempre que as situações atrás descritas não sejam respeitadas, a fiscalização obriga-se a mandar
levantar a tubagem instalada.
O alinhamento dos troços retos de tubagem, ao longo da vala, será realizado sobre roletes.
Sempre que possível, a mudança de direção da tubagem em polietileno, em planta ou em perfil
longitudinal, serão realizadas utilizando as capacidades elásticas da tubagem a frio, respeitando-se os
seguintes raios de curvatura mínimos:
R=30 x Ø exterior para Diâmetros Nominais ≤ 160 mm;
R=50 x Ø exterior para Diâmetros Nominais > 160 mm.
Sempre que não for possível assegurar as condições acima descritas serão utilizados acessórios
soldados para executar as curvas.
Em nenhum caso serão executadas curvas utilizando as propriedades elásticas das tubagens de
forma a que os esforços resultantes dessa situação possam afetar a mesma.
Para a movimentação da tubagem soldada serão utilizados apoios em número suficiente de forma a
não permitir flechas exageradas.
O fundo da vala deverá estar seco, regularizado e coberto com a camada de assentamento durante a
deposição da tubagem em vala.
Em travessias especiais o tubo deve ser colocado dentro da forra e esta deverá ser identificada com
fita avisadora (enrolando a fita á forra). Adicionalmente deverá ser colocada fita avisadora a 40 cm de
altura.
Os ramais deverão ser instalados rigorosamente da mesma forma que a restante tubagem.
Durante a deposição em vala, as juntas soldadas não podem sofrer qualquer dano. Se acidentalmente
alguma junta soldada for danificada, a soldadura deverá ser substituída.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
INSTALAÇÃO DE TUBAGEM
Disposições Gerais
ET – DG 10
Em caso de danificação na superfície exterior dos tubos ou acessórios (exemplo: entalhes com
profundidade superior a 0,50 mm), a zona afetada ou o acessório serão substituídos.
A marcação da tubagem deverá sempre estar visível na parte superior do tubo de modo a facilitar a
sua identificação presente e/ou futura.
A fiscalização poderá, em circunstâncias especiais, autorizar desvios a este requisito.
A tubagem será uniformemente assente no leito da vala (sem qualquer tensão), que deverá ter a
mesma consistência em toda a sua extensão.
Não é admissível o emprego de calços ou cunhas para posicionar a tubagem no seu leito.
É rigorosamente interdito arrastar a tubagem no fundo da vala.
No caso de se verificarem condicionalismos de montagem que obriguem ao arrastamento da tubagem
devem tomar-se as seguintes precauções:
Deve instalar-se a tubagem e fazê-la correr sobre roletes adequados que devem estar em
perfeito estado de funcionamento e ser construídos em material não agressivo para a
tubagem;
Deve ser aplicado no tubo a menor força de tração possível;
Deve aplicar-se a força de tração de forma contínua e nunca por esticões.
Antes de se proceder à ligação da tubagem a uma extremidade de tubo fora de serviço, deve
proceder-se ao controlo visual do estado interior do tubo.
A compactação na periferia da tubagem deve ser tão imediata quanto possível, devendo contudo ser
rigorosamente respeitado o tempo de arrefecimento das soldaduras e ser obtido o parecer favorável
da fiscalização.
Após a instalação da tubagem em vala, esta deverá ser de imediato coberta/protegida com uma
camada no mínimo de 0,30 m, acima da sua geratriz superior.
No caso de tubagens instaladas em locais de pendente elevada, deve ser colocada proteção com
sacos de areia que evite a lavagem/arrastamento da cobertura do seu dorso.
Essa proteção será assegurada pela colocação de “ninhos” de sacos de areia no dorso da tubagem
de modo a cobri-la numa extensão de vala de 2,00 m e numa largura de dorso de 0,80 m.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
INSTALAÇÃO DE TUBAGEM
Disposições Gerais
ET – DG 10
Esses “ninhos” terão um espaçamento entre si, em função da natureza do terreno da vala, conforme
indicado na tabela abaixo:
Pendente do terreno Espaçamento entre “ninhos” (m)
Rocha Solo
40 – 50 % 20 15
50 – 60 % 15 10
> 60 % 10 06
2.4. Instalação de tubagem fora de cota
2.4.1. Zonas de rocha com extensão superior a 50 metros
Nestas zonas o empreiteiro poderá propor, formalmente, e caso a caso, ao dono de obra uma
alteração à vala tipo, em que a instalação da tubagem seja realizada a uma profundidade diferente da
vala tipo normal.
Este tipo de procedimento só poderá ser realizado após a autorização formal do dono de obra.
2.4.2. Passeios
Para tubagem instalada a menos de 0,5 m de profundidade deverá ser utilizado um tubo de proteção
em PVC PN6, ou equivalente, em casos de profundidades muito inferiores deverá ser decidido a
proteção adicional a utilizar.
Deverá ser proposto à fiscalização para aprovação.
2.4.3. Travessias e faixa de rodagem
A tubagem instalada a menos de 0,5 m de carga deverá ser protegida por um tubo de PVC PN6 ou
manta geotêxtil (perfazendo 1 cm de espessura).
Poderão ser usadas lajes em betão armado com aço A400 NR de diâmetro de 1,0 cm com
afastamento de 10 cm.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
INSTALAÇÃO DE TUBAGEM
Disposições Gerais
ET – DG 10
Esta laje terá espessura de 0,1 m, comprimento de 1,0 m e largura igual a DN da tubagem + 40 cm.
Em substituição das lajes poderá ser realizada a colocação de betão “in situ” mantendo a armadura
atrás prevista e deverá existir uma separação física desta “laje” a cada 1,5 metros. No caso da
betonagem “in situ” poderá ser usada “malhasol” em substituição da armadura, aumentando a
espessura de betão para 0,15 m. A betonagem “in situ” deverá ter sempre uma largura mínima igual a
DN + 40 cm.
Em tubagem instalada a profundidade superior a 0,5 m e inferior a 0,9 m deverá ser feita uma camada
de solo-cimento (10 % de cimento) com cerca 0,15 a 0,20 m de espessura. Nestas profundidades a
instalação ao longo da faixa de rodagem não carece de colocação de tubagem de proteção.
Todas as travessias terão um tubo de proteção em PVC PN6 ou outro equivalente. Em alternativa
poderão ser usadas lajes em betão armado com aço A400 NR de diâmetro de 1 cm com afastamento
de 10 cm.
2.4.4. Zonas não pavimentadas
Deverão ser utilizados procedimentos de execução idênticos aos passeios.
3. Aplicação de forras
Todos os troços de tubo de proteção a aplicar serão de diâmetro nominal imediatamente superior ao
da tubagem de água, deverão ter descontinuidades num comprimento máximo de 0,2 metros, serão
envolvidos em fita avisadora de tubo de água, excetuam-se as forras aplicadas nas travessias que
serão contínuas.
Nas zonas em que exista declive na instalação, os troços do tubo de proteção deverão devem ser
preenchidos no espaço anelar.
TELAS FINAIS
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
TELAS FINAIS
Disposições Gerais
ET – DG 11
1. Considerações Gerais
As telas finais são constituídas por desenhos das infraestruturas com todos os pormenores, em
formato shp, dwg ou outro compatível.
2. Referências Geográficas
Os levantamentos topográficos e a georreferenciação dos elementos devem ser efetuados com base
nas seguintes especificações:
- PT-TM06/ETRS89- European Terrestrial Reference System 1989;
- Sistema de projeção de Gauss;
- Datum Altimétrico Nacional – Marégrafo de Cascais;
- Origem das coordenadas geográficas no Elipsóide Internacional ou de Heyford;
- Sistema de coordenadas retangulares no ponto central;
- Representação das curvas de nível com equidistância compatível com a escala da representação
gráfica na proporção de 100 para 10 (ex:1 m na escala 1:1000);
- Ligação à rede geodésica Nacional
3. Rede distribuição de água
As telas finais deverão conter toda a informação que se descreve nos pontos seguintes:
Tubagem - diâmetros e material;
Válvulas de seccionamento - tipo e diâmetro;
Ramal - diâmetro e material;
Planimetria;
Outros órgãos de funcionamento da rede de abastecimento.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
TELAS FINAIS
Disposições Gerais
ET – DG 11
4. Rede de drenagem de águas residuais
As telas finais deverão conter toda a informação que se descreve nos pontos seguintes:
Câmaras de visita – cota de soleira, cota de tampa e cota de terreno;
Câmaras de ramal – cota de soleira e cota de tampa;
Coletores – cota a montante, cota de jusante, diâmetro, material e inclinação;
Ramal – cota de jusante, diâmetro, material e inclinação;
Planimetria;
Outros órgãos de funcionamento da rede de drenagem.
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
PEDRA PARA CALÇADA
Disposições Gerais
ET – MCC 01
Toda a pedra deverá ser proveniente de rochas naturais e não será utilizada qualquer pedra em obra,
sem que o dono da obra tenha aprovado a sua aplicação, bem como verificado a sua origem e
processos de recolha da mesma.
A pedra a empregar em calçadas deverá apresentar sonoridade ao choque do martelo, de grão
homogéneo, inatacável pelos agentes atmosféricos, não geladiço, isento de fendas, cavidades, lesins
ou matérias estranhas, não ser margosa, geladiça ou porosa e ser isenta de qualquer substância que
prejudique a ligação com outros materiais.
As pedras a empregar deverão ter arestas vivas e faces de fratura recente. Os blocos deverão
apresentar forma cúbica, não se admitindo blocos de forma piramidal ou em cunha.
As pedras para calçada em passeios deverão ter dimensões semelhantes às pedras da calçada
existente, rejeitando-se toda a pedra que não satisfaça esta condição.
As pedras para calçada de cubos deverão ter 0,10 m de aresta, com a tolerância de 0,01 m para mais
ou para menos até 20% da qualidade total a empregar. Todas as faces serão bem desempenadas e
esquadriadas. As pedras de forma piramidal serão rejeitadas.
Todas as pedras deverão ter as dimensões cor e tonalidades semelhantes às pedra de calçada
existentes e serem executadas de acordo com as condições nele especificados.
As pedras deverão ser trabalhadas de forma a que venham a assentar sobre o leito da pedreira e
sejam comprimidas perpendicularmente a esse plano.
As juntas deverão ser bem desempenadas, em esquadria com os parâmetros e de forma a
apresentarem a menor espessura possível.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
PEDRA PARA CALÇADA
Disposições Gerais
ET – MCC 01
O dono da obra poderá exigir que sejam efetuados ensaios para apreciação das qualidades das
pedras, e bem assim, fixar os limites superiores, inferiores, ou os dois, a que deverão obedecer as
características físicas ou mecânicas.
Todos os ensaios deverão ser efetuados segundo os regulamentos e normas oficiais em vigor,
designadamente à norma EN 1342:2001 “Cubos e paralelepípedos de pedra natural para pavimentos
exteriores – Requisitos e métodos de ensaio”
1. Pedra para calçada
1.1 Generalidades
O assentamento da calçada deverá ser efetuado por técnicos denominados calceteiros, os quais
colocam as pedras sobre uma camada de material granular fino com o auxílio de martelinhos.
A execução de um trabalho de calçada envolve diversas fases, sendo que geralmente a primeira é a
compactação do piso onde vai ser aplicada, piso esse que, se não apresentar a coesão necessária,
requer que se faça uma sub-base de “tout-venant” compactado.
Em complemento as juntas deverão apresentar um espaço superior a 0,5 cm até 1,0 cm de forma a
diminuir-se o risco de oscilações do piso.
Para o fecho das juntas, a calçada é coberta com pó de pedra ou areia ou com uma mistura de areia
e cimento espalhados com vassouras ou rodos.
Quando é utilizado o cimento, o traço é composto por ¾ de areia para ¼ de cimento.
Em qualquer dos casos a calçada é regada para que o material de preenchimento se infiltre melhor
nas juntas e posteriormente compactada com a placa vibratória ou com o maço e, em alguns casos a
utilização de pequenos os cilindros.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
PEDRA PARA CALÇADA
Disposições Gerais
ET – MCC 01
Finalmente espalha-se sobre a calçada um pouco de areia fina para que, recorrendo em muitas
situações à escovagem da calçada com as vassouras e rodos, se removam as sujidades e detritos
gerados durante a execução.
O pavimento deve ficar plano, limitando-se as inclinações aos casos em que seja recomendável a
drenagem das águas pluviais ou seja necessária a execução de rampas de acesso para veículos,
rampas junto a passadeiras para peões e rampas de acessibilidade para diminuídos motores.
1.2 Compactação do solo
A aplicação de calçada em passeios deverá ser efetuado por forma a garantir uma correta
compactação do solo, pelo que o terreno não possa ceder ao ser pisado por veículos, originando a
deslocação e o “arrancamento” das calçadas, evitando as caixas fixas o que impede as pedras de
calçada entre si não oscilaram, com o consequente deformação da calçada e as pedras soltaram-se
à volta das caixas.
1.3 Juntas
As juntas devem ser uniformes, sendo de evitar as juntas são demasiado largas sob pena, de
provocarem um caminhar desagradável pra a circulação pedestre, as pedras podem soltar-se do solo
com maior facilidade (por exemplo no caso de serem pisadas por veículos.
1.4 Nivelamento dos pavimentos, rampas
Assim como as juntas não devem ter abertura excessiva, também as pedras assentes devem ficar ao
mesmo nível e o pavimento deve ser plano (o abaulamento, apenas se justifica para drenagem das
águas pluviais e regra geral só será permitido até uma altura máxima de 2 % da largura do
pavimento).
As rampas de acesso para veículos não devem ocupar toda a calçada (devem limitar-se, no máximo,
a 60 cm da largura do passeio) e em caso algum devem pôr em causa a comodidade e a segurança
dos peões.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
PEDRA PARA CALÇADA
Disposições Gerais
ET – MCC 01
Nos arruamentos, junto a passadeiras para peões e em acessibilidades para diminuídos motores,
será de realizar uma rampa da ordem de 1,2 a 1,8 m segundo a transversal do passeio e, quando a
largura deste for inferior a 1,5 m, a calçada deve ser toda rebaixada.
1.5 Aplicação da calçada à volta de tampas e caixas ou em cercaduras
Por forma a evitar em redor das tampas das caixas de visita aplicada sempre da mesma forma, em
enchimento, até encostar às tampas o que obriga as pedras junto das tampas e caixas a ficarem em
“bico”, dando um mau aspeto e originando facilmente o destaque das pedras da calçada.
Em contrapartida, os exemplos que se seguem representam aplicações bem realizadas. Foi colocada
uma fiada em volta das tampas, que dá uma maior resistência à calçada envolvente e evita, assim, o
“arrancamento” das pedras. As cercaduras ilustradas na imagem inferior da mesma figura foram
realizadas de modo idêntico.
1.6 Reposições de calçada (restauro ou remendos)
Por vezes, quando a pedra da calçada é removida por algum motivo, é necessário repô-la,
reutilizando, muitas vezes, a pedra que foi retirada, para evitar casos em que a pedra é assente sem
obedecer ao padrão existente e sem qualidade na aplicação.
Para além disso, uma boa reconstrução implica que se utilize pedra com dimensões iguais às da
pedra original, caso esta não possa ser recuperada.
1.7 Qualidade da calçada
É indispensável escolher a calçada apropriada, ter em consideração a qualidade da calçada e a da
sua aplicação, exigindo que sejam seguidas as boas práticas de execução da calçada portuguesa.
1.8 Requisitos sobre as características do aspeto visual
A norma preconiza que, por cada fornecimento, o produtor/fornecedor deve disponibilizar ao cliente
uma amostra de referência constituída por um número adequado de elementos de pedra natural de
dimensões suficientes para indicarem o aspeto do produto final.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
PEDRA PARA CALÇADA
Disposições Gerais
ET – MCC 01
Tais elementos devem mostrar a aparência aproximada do produto no que respeita à cor, ao venado,
à textura e ao acabamento da superfície.
A amostra de referência deve ser preparada e entregue ao cliente como um meio para mostrar
características específicas da pedra, tais como, orifícios no caso do travertino, pequenas cavidades
no caso dos mármores, lentículas, agregados e bandas minerais, veios cristalinos e manchas que
possam vir a ocorrer nos produtos oferecidos.
1.9 Atestação da conformidade
O disposto nos documentos resultantes das orientações prescritas na Diretiva 89/106/CE “Produtos
de Construção” impõe que todos os fornecimentos de pedra para a construção devam ser
acompanhados por documentos que atestem a sua conformidade com o disposto nas Normas
aplicáveis, a saber, uma declaração de conformidade, válida no espaço da UE, com base na qual o
produtor ou o seu mandatário estabelecido na Comunidade são autorizados a apor a marcação CE
no próprio produto, na sua embalagem ou nos documentos comerciais de acompanhamento. O
Anexo ZA da EN 1342 enumera as informações que esses documentos devem conter.
1.10 Declaração de conformidade CE
Concluídas todas as obrigações para a avaliação da conformidade (ensaios de tipo inicial e controlo
da produção em fábrica (CPF) a cargo do produtor e realizados sob a sua responsabilidade), o
produtor deve preparar e conservar uma “Declaração de conformidade CE”, indicativa de que os
seus produtos cumprem os requisitos previstos na Norma aplicável (EN 1342).
A declaração de conformidade CE deve incluir o seguinte:
a) Nome e endereço do produtor ou do seu representante autorizado estabelecido no EEE, assim
como o local de produção; - descrição do produto (tipo, identificação, utilização,...) e uma cópia
das informações que acompanham a marcação CE; - disposições com as quais o produto é
conforme (por exemplo, o Anexo ZA da EN 1342); - condições particulares aplicáveis à utilização
do produto, quando necessário (por exemplo, disposições para utilização em condições
especiais);
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
PEDRA PARA CALÇADA
Disposições Gerais
ET – MCC 01
b) Nome e cargo da pessoa habilitada para assinar a declaração de conformidade. A Declaração de
conformidade deve ser redigida na língua ou línguas oficiais do Estado- Membro em que o
produto irá ser utilizado. O produtor é o responsável pela tradução.
1.11 Marcação, rotulagem e embalagem
Como informação mínima, cada remessa deve ser acompanhada das indicações seguintes,
apresentadas em rótulos na embalagem ou nos documentos comerciais de acompanhamento: - a
denominação da pedra natural, de acordo com a EN 12440 (o nome comercial, o nome petrográfico,
a cor típica e o local de origem);
As quantidades e as dimensões dos cubos ou dos paralelepípedos. É aconselhável a informação
adicional seguinte:
A massa total dos cubos ou dos paralelepípedos;
As dimensões e a massa da embalagem.
Se utilizada, a embalagem deve proporcionar uma proteção adequada e sólida de modo a evitarem-
se quaisquer danos durante o armazenamento e transporte e deve ser de tamanho e peso
apropriado em função dos equipamentos de levantamento e de transporte disponíveis.
Os materiais da embalagem não devem provocar manchas nos produtos, tanto em condições secas
como húmidas, e qualquer cinta metálica utilizada deve ser resistente à corrosão. É proibida a
afixação de marcas nos produtos ou nas embalagens que sejam suscetíveis de induzir em erro
quanto ao significado e ao grafismo da marcação CE (ver nº 5 do Artigo 4º do Decreto-Lei nº 4/2007
de 8 de janeiro).
Todavia, a embalagem ou os documentos de acompanhamento podem conter marcas voluntárias
adicionais, desde que sejam colocadas à parte da marcação CE e não reduzam ou excluam a sua
visibilidade ou a sua legibilidade (ver nº 6 do Artigo 4º do mesmo Decreto-Lei).
NOTA: O Manual de Controlo da Produção em Fábrica deve conter os procedimentos para
Marcação, rotulagem e embalagem utilizados pelo produtor.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
AREIA
Disposições Gerais
ET – MCC 01
2. Areia
O empreiteiro deverá submeter à aprovação do dono da obra a proveniência e as características das
areias a utilizar, bem como a sua composição granulométrica.
As areias deverão apresentar, tanto quanto possível, grão arredondado sem conter elementos
alongados ou achatados.
Sempre que possível, deverá ser dada preferência a areias siliciosas naturais.
No caso de a areia ter que ser lavada para eliminação de impurezas, somente deve ser usada água
doce.
A pesquisa das matérias orgânicas deverá obedecer às normas em vigor.
Como impurezas, serão admitidas a argila que, encontrando-se finamente disseminada não recubra
os grãos de areia; e os detritos de conchas de moluscos, de dimensões inferiores a cada uma delas,
até 3% em peso.
A areia que contenha nódulos de argila ou resíduos de conchas de moluscos de dimensões
superiores a 5 mm poderá, mediante autorização do dono da obra, ser aplicada depois de
eficientemente cirandada.
O anel dos maiores grãos de areia não deverá exceder 2mm.
A areia a aplicar em argamassas para rebocos e guarnecimentos, deverá ter a finura compatível com
o acabamento indicado.
Sempre que necessário e a solicitação do dono da obra, o empreiteiro fornecerá areia de quartzo com
granulometria contínua especificado para a confeção de argamassas especiais de selagem de
equipamento.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
BRITAS PARA BETÃO
Disposições Gerais
ET – MCC 01
3. Britas para betão
As britas a utilizar deverão resultar de materiais rijos e sãos, terem resistência mecânica e
composição química adequadas à utilização, ausência de elementos geladiços ou friáveis e não
conter elementos alongados ou achatados (consideram-se elementos alongados ou achatados os que
a dimensão maior exceder 5 vezes a dimensão mínima).
Deverão ser limpas, isentas de poeiras, substâncias terrosas ou argilosas ou quaisquer outras que
possam prejudicar as qualidades dos betões. Serão lavadas na ocasião da sua utilização, sempre que
exigido pelo dono da obra.
As percentagens em peso das substâncias prejudiciais existentes na pedra para betão não devem
exceder os seguintes valores:
- Elementos alterados 2%
- Aglomerados argilosos 0,25%
- Removíveis por decantação 1%
A maior dimensão dos seus elementos será fixada de acordo com o dono da obra, tendo em vista a
moldagem das diferentes peças de construção. Quando nada se estabelecer em contrário,
considerar-se-á os seguintes limites:
- Em obras com menos de 0, 12 m de espessura: 2 cm
- Em obras com espessuras entre 0,12 e 0,18 m: 3 cm
- Idem, com espessura entre 0,18 e 0,25 m: 4 cm
- Idem, com espessura superior a 0,25 m: 5 cm
- Em fundações: Dimensões compreendidas entre 2 e 6 cm.
Deverão possuir e manter constantes uma composição granulométrica que, juntamente com areia, dê
ao betão as melhores qualidades de compacidade e facilidade de manejo. Em tudo deverá ser
observada a legislação em vigor.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
BRITAS PARA BETÃO
Disposições Gerais
ET – MCC 01
No fabrico do betão poder-se-á empregar o seixo rolado silicioso ou brita de calcário rijo compacto ou,
ainda, se tal for julgado conveniente para melhorar a composição dos betões, mistura destes dois
materiais.
Se porventura se reconhecer necessário, para melhorar as qualidades do betão, adicionar mistura de
areia com a brita ou o seixo, elementos de dimensões intermédios, não se permitir que estes sejam
constituídos por detritos de pedreira. O material a empregar para este fim ser brita ou seixo de
pequenas dimensões ou, ainda, grânulos, porém, todos eles calibrados convenientemente.
Sempre que necessário e a solicitação do dono da obra, o empreiteiro fornecerá britas de
granulometria fina para a confeção de betões para enchimentos particularizados.
As britas serão selecionadas, formando lotes, abrangendo cada um, materiais com calibre
compreendidos dentro de determinados limites, devendo os processos de britagem e seleção
garantirem a constância da composição granulométrica dos diversos lotes.
Nas operações de armazenamento e transporte deverá evitar-se que se produza a segregação dos
materiais, de modo a garantir que as mais pequenas parcelas de cada lote mantenham composição
aprovada, ao entrar nas betoneiras.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
ÁGUA
Disposições Gerais
ET – MCC 01
4. Água
Água para camadas não ligadas e misturas betuminosas
A água a empregar na execução de camadas não ligadas e de misturas betuminosas para as
aplicações previstas neste caderno de encargos deverá ser doce, limpa e não deverá conter óleos,
ácidos, matérias orgânicas ou quaisquer outros produtos prejudiciais.
Água para misturas tratadas com ligantes hidráulicos e betão hidráulico
A água a empregar nas misturas tratadas com ligantes hidráulicos e betão hidráulico para as
aplicações previstas neste caderno de encargos deverá ser doce, limpa e não deverá conter óleos,
ácidos, matérias orgânicas ou quaisquer outros produtos prejudiciais que possam influenciar os
tempos de presa e o desenvolvimento da resistência da mistura.
A água a utilizar deverá ainda obedecer aos requisitos da norma europeia NP EN 1008 Água de
amassadura para betão – Especificações para a amostragem, ensaio e avaliação da aptidão da
água, incluindo água recuperada nos processos da indústria de betão, para o fabrico do betão.
A norma NP EN 1008 considera que, em geral, a aptidão da água para o fabrico de betão depende
da sua origem, e, define os seguintes tipos:
a) Água potável, água recuperada nos processos da indústria de betão;
b) Água subterrânea;
c) Água superficial natural e água residual industrial;
d) Água do mar e água salobra;
e) Água residual doméstica.
Deverá haver especial cuidado na limpeza dos recipientes em que seja armazenada ou transportada.
Compete ao empreiteiro a recolha e acondicionamento das amostras, bem como os encargos das
análises ou ensaios feitos para verificação da qualidade das águas de acordo com as normas
portuguesas em vigor.
Na recolha de amostras físico-químicas de água, deverá ser respeitada a normalização em vigor.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
CIMENTO
Disposições Gerais
ET – MCC 01
5. Cimento
De acordo com as normas europeias, cimento (designado cimento CEM) é um ligante hidráulico, ou
seja, um material inorgânico finamente moído que, quando misturado com água, forma uma pasta
que faz presa e endurece devido a reações e processos de hidratação e que, depois do
endurecimento, conserva a sua resistência mecânica e estabilidade mesmo debaixo de água. Os
cimentos CEM referidos nestas normas são constituídos por diferentes materiais e têm uma
composição estatisticamente homogénea, que resulta dos processos de produção e de
manuseamento do material de qualidade assegurada.
As normas europeias que definem os requisitos aplicáveis aos cimentos são:
a) NP EN 197-1 Cimento – Parte 1: Composição, especificações e critérios de conformidade
para cimentos correntes;
b) NP EN 197-2 Cimento – Parte 2: Avaliação da conformidade.
A norma NP EN 197-1 agrupa os cimentos em cinco tipos principais:
a) CEM I – Cimento Portland;
b) CEM II - Cimento Portland composto;
c) CEM III – Cimento de alto-forno;
d) CEM IV – Cimento pozolânico;
e) CEM V – Cimento composto.
A verificação da conformidade dos cimentos, seguindo as normas aplicáveis, deve basear-se no
controlo do produto e da sua produção por parte do fabricante, ao qual deve ser exigido a respetiva
ficha de produto. Por cada lote (uma cisterna ou equivalente) deverão ser recolhidas pelo empreiteiro
duas amostras, devendo uma ser entregue à fiscalização.
Os cimentos a utilizar em obra deverão ostentar obrigatoriamente a marcação CE, que terá que ser
evidenciada pela apresentação dos respetivos documentos comprovativos.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
CIMENTO
Disposições Gerais
ET – MCC 01
5.1 Adições para misturas tratadas com ligantes hidráulicos e betão hidráulico
As adições a considerar nas misturas tratadas com ligantes hidráulicos e betão hidráulico são as
previstas na norma europeia NP EN 206-1 Betão – Parte 1: Especificação, desempenho, produção e
conformidade, ou seja, adições inorgânicas do tipo I (adições quase inertes) e do tipo II (adições
pozolânicas ou hidráulicas latentes):
a) Fíler calcário (tipo I);
b) Cinzas volantes (tipo II);
c) Sílica de fumo (tipo II).
Segundo a NP EN 206-1, adição é um material finamente dividido utilizado no betão com a finalidade
de lhe melhorar certas propriedades ou alcançar propriedades especiais.
Um fíler é um agregado cuja maior parte passa no peneiro 0,063 mm e que pode ser adicionado aos
materiais da construção para lhes conferir certas propriedades.
A cinza volante é um pó fino constituído principalmente por partículas esféricas e vítreas resultantes
da queima de carvão pulverizado, com propriedades pozolânicas e constituída essencialmente por
SiO2 e Al2O3, sendo no mínimo de 25% em massa o teor de SiO2 reativo.
A sílica de fumo é um pó amorfo, extremamente fino, obtido numa eletrometalurgia de silício e
respetivas ligas por condensação e filtragem dos fumos.
As normas europeias e especificações que definem os requisitos aplicáveis a estas adições são:
a) NP EN 206-1 Betão – Parte 1: Especificação, desempenho, produção e conformidade;
b) NP EN 450 Cinzas volantes para betão – Definições, exigências e controlo da qualidade;
c) NP EN 12620 Agregados para betão;
d) Especificação LNEC E 337 – Sílica de fumo para betões.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
CIMENTO
Disposições Gerais
ET – MCC 01
A verificação da conformidade das adições, seguindo as normas e especificações aplicáveis, deve
basear-se no controlo do produto e da sua produção por parte do fabricante, ao qual deve ser exigido
a respetiva ficha de produto.
Os fíleres calcários a utilizar deverão ostentar obrigatoriamente a marcação CE, que terá que ser
evidenciada pela apresentação dos respetivos documentos comprovativos.
5.2 Adjuvantes para misturas tratadas com ligantes hidráulicos e betão hidráulico
Adjuvante para betão é um produto incorporado durante o processo de amassadura do betão, com
uma dosagem não superior a 5% em massa da dosagem de cimento do betão, para modificar as
propriedades do betão fresco ou endurecido.
Os adjuvantes a considerar nas misturas tratadas com ligantes hidráulicos e betão hidráulico devem
satisfazer a norma europeia NP EN 934-2 Adjuvantes para betão – Definições, requisitos,
conformidade, marcação e rotulagem.
As normas europeias que definem os requisitos aplicáveis aos adjuvantes são:
a) NP EN 206-1 Betão – Parte 1: Especificação, desempenho, produção e conformidade;
b) NP EN 480 Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção – Métodos de ensaio (Partes
1, 2, 4, 5, 6, 8 10, 11 e 12);
c) NP EN 934-2 Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção – Parte 2: Definições,
requisitos, conformidade, marcação e rotulagem;
d) NP EN 934-6 Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção – Parte 6: Amostragem,
controlo da conformidade e avaliação da conformidade.
A norma europeia NP EN 934-2 define os diferentes tipos de adjuvantes para betão:
a) Plastificante/redutor de água;
b) Superplastificante/forte redutor de água;
c) Retentor de água;
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
CIMENTO
Disposições Gerais
ET – MCC 01
d) Introdutor de ar;
e) Acelerador de presa;
f) Acelerador de endurecimento;
g) Retardador de presa;
h) Hidrófugo;
i) Plastificante/redutor de água/retardador de presa;
j) Superplastificante/forte redutor de água/retardador de presa;
k) Plastificante/redutor de água/acelerador de presa.
A verificação da conformidade dos adjuvantes, seguindo as normas aplicáveis, deve basear-se no
controlo do produto e da sua produção por parte do fabricante, ao qual deve ser exigido a respetiva
ficha de produto.
O ligante hidráulico componente dos betões e argamassas é o cimento "Portland" satisfazendo às
prescrições das normas portuguesas NP EN 197-1 Cimento – Parte 1: Composição, especificações e
critérios de conformidade para cimentos correntes; e a NP EN 197-2 Cimento – Parte 2: Avaliação da
conformidade.
O cimento deve ser de fabrico recente e acondicionado de forma adequada, protegido da humidade.
O cimento pode ser fornecido a granel ou excecionalmente em sacos.
O cimento fornecido a granel deve ser devidamente armazenado em silos equipados com
termómetros.
O cimento fornecido em sacos deve ser armazenado em local coberto.
O cimento será arrumado por lotes, segundo a ordem de entrada no armazém, não sendo admitido o
emprego de cimento armazenado durante um período superior a três meses, que se encontre mal
acondicionado ou em que se tenha reconhecido a ação da humidade.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
CIMENTO
Disposições Gerais
ET – MCC 01
Se a fiscalização tiver dúvidas quanto ao estado de conservação do cimento, em armazém ou dos
lotes fornecidos, poderá exigir a colheita de amostras para ensaios.
Se durante a receção ou na aplicação, o cimento se apresentar inadequado, nomeadamente
endurecido com grânulos, ou se as embalagens não se apresentarem nas devidas condições,
abertas ou com indícios de violação, esse cimento será rejeitado.
Não é admitido o emprego de cimentos de proveniências diferentes para o fabrico do betão a utilizar
na execução de um mesmo elemento da obra.
5.3 Escolha do tipo de cimento a empregar
O cimento tipo I é recomendável quando se trata de betonagem em tempo frio.
Os cimentos do tipo II recomendam-se quando se pretende maior ductilidade, menor calor de
hidratação, menor retração e menor fissuração.
Para betões em grandes massas, em ambientes pouco agressivos são preferíveis os cimentos do
tipo II, III e IV. Se a agressividade é elevada ou se os inertes forem siliciosos reativos com os álcalis,
é mais indicado o cimento tipo IV.
Para reduzir a permeabilidade do betão recomenda-se o emprego de sílica de fumo.
Os betumes asfálticos a utilizar na execução de trabalhos de pavimentação, e outros, devem
apresentar-se com cor uniforme e consistência homogénea, sem depósito, filler ou qualquer outro
corpo sólido.
Os betumes devem ser fornecidos em recipientes fechados, de modo a não serem conspurcados com
poeiras ou quaisquer detritos que possam provocar alterações de qualidade.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
AÇO
Disposições Gerais
ET – MCC 01
6. Aço
Serão realizados por conta do empreiteiro os necessários ensaios de colheita de amostras, de
penetração, de compressão e de ductibilidade, que obedecerão em tudo às normas portuguesas em
vigor e definido no caderno de encargos tipo EP em vigor.
O aço das armaduras para o betão armado será das classes indicadas nos desenhos do projeto de
execução e deverá obedecer às características fixadas no regulamento de estruturas de betão
armado e pré-esforçado em vigor. Este regulamento especifica os tipos de armaduras e as suas
principais características.
As armaduras devem possuir marcação indelével de acordo com as respetivas especificações do
LNEC que permitam a sua fácil identificação em obra. Os varões serão armazenados, no estaleiro ou
em obra, por classes e dentro de cada classe segundo os seus diâmetros.
O aço das armaduras deverá ser de textura homogénea, de grão fino, não quebradiço e a superfície
dos varões deve apresentar-se isenta de zincagem, pintura, alcatroagem, argila, óleo ou ferrugem
solta. No caso de a ferrugem se apresentar com espessura apreciável, ou mostrar tendência a formar
escamas ou a destacar-se do metal, as armaduras deverão ser energicamente limpas por meio de
escova metálica.
As emendas por soldadura que eventualmente se pretendam efetuar implicam o conhecimento da
aptidão dos aços ao tipo de soldadura, a qual deve ser verificada com base em ensaios específicos
de tração e de dobragem, satisfazendo as normas portuguesas aplicáveis e referidas no REBAP. As
soldaduras a maçarico não devem ser utilizadas.
A dobragem das armaduras deverá ser feita a frio, com máquinas apropriadas, os diâmetros
interiores mínimos dessas curvaturas deverão obedecer ao que se encontra prescrito no Eurocódigo
2. Antes do início dos trabalhos o empreiteiro executará um mostruário com todas as secções de
varões a utilizar em obra, que terá de ser aprovado pelo dono da obra. Sempre que em obra haja
dúvidas sobre a correta execução da dobragem das armaduras estas serão removidas se não
estiveram de acordo com as amostras aprovadas.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
AÇO
Disposições Gerais
ET – MCC 01
Os encargos provenientes dos estudos e ensaios para averiguar a conformidade das armaduras em
varão utilizadas, bem como todas as despesas a eles inerentes, consideram-se incluídos nos preços
unitários (do betão armado ou do aço) fornecidos pelo empreiteiro.
As redes de aço electro soldadas serão dos tipos indicados no projeto e deverão satisfazer o
prescrito nos respetivos documentos de desempenho.
O empreiteiro deverá submeter à aprovação do dono da obra as características dos aços especiais a
utilizar na execução das armaduras de pré-esforço.
Adicionalmente, de acordo com o Decreto-Lei n° 390/2007, de 10 de dezembro, todos os aços para
armaduras ordinárias, sob a forma de varões, barras, rolos ou bobinas, redes electro soldadas,
treliças e fitas ou bandas denteadas, independentemente do processo tecnológico utilizado na sua
obtenção, só podem ser colocados no mercado ou importados, e consequentemente aplicados nas
obras, após terem sido certificados por um organismo acreditado por uma entidade competente no
domínio da acreditação em conformidade com as metodologias do sistema português da qualidade.
O cumprimento do disposto no parágrafo anterior é assegurado pelos aços certificados pela Certif –
Associação para a Certificação de Produtos, podendo ser consultada em http://www.certif.pt/ a lista
dos aços certificados. Dando cumprimento ao nº 3 do Artigo 6º do Decreto-Lei nº 301/2007 de 23 de
agosto, a aceitação em obra das armaduras ordinárias, pelo utilizador, deve obrigatoriamente ser
feita através da inspeção e dos ensaios de receção previstos na NP ENV 13670-1- Execução de
estruturas em betão – Parte 1:Regras gerais, feitos em laboratórios acreditados.
A utilização de aços especiais só será autorizada se o seu emprego tiver sido homologado pelo
LNEC, e nas condições fixadas no respetivo documento de homologação.
Cada partida de aço entrada no estaleiro deve ser acompanhada por um certificado de qualidade
emitido pelo fabricante, confirmando que o aço foi testado e analisado, a data desses testes e
análises e que esses testes e análises estão conformes com todas as normas e códigos em vigor,
nacionais, e na falta destes, internacionais.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
AÇO
Disposições Gerais
ET – MCC 01
Far-se-ão ensaios de receção, recolhendo-se 6 amostras de cada diâmetro e tipo por cada partida de
aço entrada no estaleiro, sendo três amostras para ensaios de tração e outras três para ensaios de
dobragem. Estes ensaios, como quaisquer outros, serão realizados por conta do empreiteiro.
Nestes ensaios serão respeitadas as Normas Portuguesas em vigor e a Especificação do LNEC em
vigor.
Amostras dos aços a serem utilizados na execução dos trabalhos podem ser sujeitas a testes e
inspeções a realizar em qualquer altura, por determinação do dono da obra.
Os certificados dos testes anteriormente mencionados serão normalmente aceites como provas de
conformidade às especificações, mas ao dono da obra reserva-se o direito de mandar fazer testes
confirmatórios a serem realizados por organização ou laboratório de reconhecida idoneidade.
A armazenagem do aço para as armaduras e de rede electro soldada, deverá ser feita em local
apropriado do estaleiro, a coberto das intempéries.
Os aços serão apoiados em socos ou suportes, de madeira ou de betão, devidamente espaçados e
de altura suficiente para manter os aços afastados do chão cerca de 15 cm.
Os aços deverão ser arrumados por calibres e por lotes, identificando-se devidamente a sua
proveniência e fabricante.
O empreiteiro deverá submeter à aprovação do dono da obra a proveniência e o fabricante dos aços
que se propõe utilizar na construção de estruturas.
Os aços deverão ser de fabrico recente de 1ª escolha, isentos de ferrugem e deverão ser sujeitos a
inspeção e aprovação pelo dono da obra antes da sua aplicação quer em oficina, quer em estaleiro.
A armazenagem dos aços para estruturas, deverá ser feita em local apropriado, junto às oficinas e a
coberto das intempéries.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
AÇO
Disposições Gerais
ET – MCC 01
Cuidados apropriados deverão ser tomados em conta no transporte, armazenagem e manuseamento
dos aços a empregar de modo a evitar danos nas proteções anticorrosivas, quando existirem.
Os aços serão apoiados em socos ou suportes, de madeira ou de betão, devidamente espaçados e
de altura suficiente para manter os aços afastados do chão cerca de 15 cm.
Os aços deverão ser arrumados por tipos de perfis e por lotes, identificando-se devidamente a sua
permanência e fabricante.
NORMALIZAÇÃO:
No que respeita às características dos varões de aço para betão armado será tido em consideração
a legislação e demais normas em vigor aplicáveis.
Especificações Técnicas
RECEÇÃO, VERIFICAÇÃO E REJEIÇÃO DE MATERIAIS
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
RECEÇÃO, VERIFICAÇÃO E REJEIÇÃO DE
MATERIAIS
Disposições Gerais
ET – MCC 02
1. Materiais
Todos os materiais que se empregarem nas obras terão qualidade, dimensões, forma e demais
características, de acordo com o respetivo projeto, com as tolerâncias regulamentares ou
admitidas no caderno de encargos e normas aplicáveis, não devendo ser utilizados sem que
previamente tenham sido presentes à fiscalização que os poderá mandar submeter aos ensaios
que entender convenientes.
O empreiteiro deverá apresentar à fiscalização, antes da utilização dos materiais, a garantia das
características respetivas.
As amostras necessárias para os ensaios de receção do cimento serão escolhidas à saída da
fábrica e à chegada ao estaleiro.
Os materiais que não tenham sido aceites pela fiscalização serão rejeitados e considerados como
não fornecidos, não podendo o empreiteiro justificar atrasos por este motivo, nem adquirir direito a
indemnizações.
2. Receção qualitativa de materiais
Quando a receção qualitativa dos materiais é efetuada no local onde decorrem os trabalhos tem
de obedecer ao prescrito na norma ISO 2859-1 ou outras que porventura sejam impostas no
contrato.
A receção qualitativa é sempre feita pela fiscalização.
3. Materiais fornecidos pela Empreiteiro
O empreiteiro é obrigado a disponibilizar os materiais sujeitos a receção qualitativa de modo que
a fiscalização possa proceder de acordo com o prescrito na norma ISO 2859 ou outras que
porventura sejam impostas no contrato.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
RECEÇÃO, VERIFICAÇÃO E REJEIÇÃO DE
MATERIAIS
Disposições Gerais
ET – MCC 02
Cabe à fiscalização elaborar o relatório da receção qualitativa e entrega-lo, após o ato da
receção, ao dono de obra assinado pelo representante do empreiteiro.
4. Aplicação dos materiais
Os materiais devem ser aplicados pelo empreiteiro em absoluta conformidade com as
especificações técnicas do contrato, seguindo-se, na falta de tais especificações, as exigências
oficiais aplicáveis ou se estas não existirem, os processos propostos pelo empreiteiro e
aprovados pela fiscalização.
Os materiais a utilizar devem ser acompanhados de certificados de origem e dos documentos de
controlo de qualidade e deverão obedecer ao seguinte, por ordem de obrigatoriedade, ao
seguinte:
Especificações constantes no caderno de encargos;
Regulamentos nacionais e demais legislação complementar nacional em vigor;
Normas portuguesas e especificações de laboratórios oficiais;
Normas europeias (CEN);
Normas e regulamentos em vigor do país de origem.
Nenhum material pode ser aplicado sem prévia autorização da fiscalização.
O empreiteiro, quando autorizado pela fiscalização, poderá empregar materiais diferentes dos
previstos se a solidez, estabilidade, duração e conservação da obra não forem prejudicadas e não
houver alteração para mais no preço da empreitada;
O facto de a fiscalização permitir o emprego de qualquer material, não isenta o empreiteiro da
responsabilidade sobre a maneira como ele se comportar.
Caso o empreiteiro detete que o material não está conforme no decorrer da aplicação do mesmo
é obrigado a comunicar tal facto a fiscalização.
A fiscalização, caso se verifique o ponto anterior, é obrigada a inspecionar o referido material e
relatar as suas conclusões num relatório que entregará ao dono de obra.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
RECEÇÃO, VERIFICAÇÃO E REJEIÇÃO DE
MATERIAIS
Disposições Gerais
ET – MCC 02
5. Substituição dos materiais
Serão rejeitados e removidos, para fora da zona dos trabalhos e substituídos por outros
com os necessários requisitos, os materiais que:
Sejam diferentes dos aprovados;
Tenham sido rejeitados na receção qualitativa;
Tenham sido rejeitados por não conformidades detetadas aquando da sua aplicação;
Não hajam sido aplicados em conformidade com as especificações técnicas do contrato
ou na falta destas com as exigências oficiais aplicáveis e não possam ser utilizados de
novo.
Os materiais e elementos de construção rejeitados provisoriamente deverão ser perfeitamente
identificados e separados dos restantes de acordo com o prescrito na norma NP EN ISO 9001.
As demolições, remoção e substituição dos materiais, serão de conta do empreiteiro desde que:
Tenham sido por si fornecidos;
Embora fornecidos pela dono de obra não tenham sido aplicados em conformidade com as
especificações técnicas do contrato ou, na falta destas com as exigências oficiais aplicáveis a não
possam ser utilizados de novo.
Será ainda da conta do empreiteiro a demolição a remoção dos materiais de fornecimento do
dono de obra.
6. Depósito e armazenagem dos materiais
O empreiteiro tem de possuir em depósito, no estaleiro/instalações provisórias, as quantidades de
materiais e elementos de construção, incluindo os fornecidos pelo dono de obra, suficientes para
garantir o normal desenvolvimento dos trabalhos, de acordo com o respetivo plano de trabalhos,
sem prejuízo da oportuna realização das diligências de receção qualitativa e aprovação
necessárias.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
RECEÇÃO, VERIFICAÇÃO E REJEIÇÃO DE
MATERIAIS
Disposições Gerais
ET – MCC 02
Os materiais a elementos de construção têm de ser armazenados ou depositados por lotes
separados e devidamente identificados de acordo com o prescrito na norma NP EN ISO 9001,
com arrumação que garanta as condições adequadas de acesso e circulação.
Desde que a sua origem seja a mesma, a fiscalização poderá autorizar que os materiais e
elementos de construção não se separem por lotes devendo no entanto fazer-se sempre a
separação por tipos.
O empreiteiro assegurará a conservação dos materiais e elementos de construção durante o
seu armazenamento ou depósito.
Os materiais e elementos de construção deterioráveis, pela ação dos agentes atmosféricos
serão obrigatoriamente depositados em armazéns fechados que ofereçam segurança a
proteção contra as intempéries, luz solar e humidade do solo.
Os materiais e elementos de construção existentes em armazém ou em depósito que se
encontrem deteriorados serão rejeitados e removidos para fora do local dos trabalhos.
Todos os materiais e equipamentos fornecidos pelo dono de obra ficam da inteira
responsabilidade do empreiteiro após o seu levantamento das instalações do dono de obra.
Compete ao empreiteiro organizar e garantir o transporte de materiais bem como a respetiva
carga e descarga (incluindo o de propriedade do dono de obra).
Salvo condições particulares, a decidir pela fiscalização, todos os materiais a seguir indicados
poderão ser armazenados ao ar livre:
Pedras e elementos pétreos;
Elementos moldados de aglomerados hidráulicos, exceto elementos de gesso;
Materiais cerâmicos.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
RECEÇÃO, VERIFICAÇÃO E REJEIÇÃO DE
MATERIAIS
Disposições Gerais
ET – MCC 02
7. Depósito de materiais não destinados à obra
O empreiteiro não poderá depositar no estaleiro/instalações provisórias, sem autorizarão da
fiscalização os materiais ou equipamentos que não se destinem a execução dos trabalhos.
MATERIAIS NÃO ESPECIFICADOS
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MATERIAIS NÃO ESPECIFICADOS
Disposições Gerais
ET – MCC 03
1. Disposições Gerais
Todos os materiais não especificados e que tenham emprego na obra deverão satisfazer as
condições técnicas estabelecidas e terem as características definidas pelos regulamentos que
lhes dizem respeito.
Durante a execução dos trabalhos, a fiscalização reserva-se o direito de verificar se aqueles
materiais satisfazem estas condições e rejeitar todos aqueles que não as satisfaçam, sendo
considerados como não fornecidos, mesmo que já tenham sido aplicados.
PAVIMENTOS NÃO BETUMINOSOS
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTOS NÃO BETUMINOSOS
Disposições Gerais
ET – PAV 01
1. Condições gerais na construção de passeios
A realização de quaisquer obras que implique com os pavimentos está sujeita à obrigatoriedade de
reposição integral dos materiais de revestimento superficial anteriormente existentes.
O empreiteiro deverá levantar cuidadosamente os materiais de revestimento superficial e
armazena-los transitoriamente e de forma classificada em depósito próprio.
Caso o depósito seja efetuado provisoriamente no espaço público, o empreiteiro fica responsável
pelo material, assegurando vigilância que impeça o seu extravio.
Após a realização das obas, a calçada ficará com as mesmas características da que lhe fique
envolvente. A mesma orientação, a mesma dimensão de juntas e isenta de ondulações.
O empreiteiro é obrigado à reposição de elementos que deteriorou durante a realização dos
trabalhos, por outros semelhantes em natureza, textura e dimensões.
É autorizada a incorporação aleatória de material novo, mas semelhante em natureza, textura e
dimensões, até a percentagem de 10% da área total de trabalho. Não é admitida a sua
incorporação em manchas.
Se, no final da empreitada, sobrarem materiais de revestimento superficial, o empreiteiro é
obrigado a entregá-los ao dono de obra. A recolha, transporte e entrega serão efetuados por lotes,
não se admitindo a mistura de materiais originários de locais ou áreas diferentes.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTOS NÃO BETUMINOSOS
Disposições Gerais
ET – PAV 01
2. Aspetos importantes a observar na execução dos trabalhos de reposição em pavimentos
não betuminosos
É proibida a colmatagem de zonas com falta de calçada recorrendo a argamassas, materiais
betuminosos ou qualquer outro tipo de material de ligantes rígidos, ainda que provisoriamente. Os
trabalhos de reposição devem ser executados de acordo com o disposto no capítulo anterior.
Na empreitada que esteja prevista a reposição de pavimentos betuminosos bordejados por valetas
de calçada, é interdito extravasar material betuminoso sobre as valetas. Caso faltem troços de
valeta, devem ser reconstruídas com recurso a materiais semelhantes e assentes da mesma forma
com que o foram na continuidade.
Na execução de rebocos nos exteriores de edifícios ou muros é vedado o espalhamento de
argamassas sobre as calçadas ou valetas contiguas. Estes pavimentos devem obrigatoriamente
encontrar-se em estado limpo no final da empreitada e apresentar-se livre de quaisquer vestígios
dos trabalhos que compõem a empreitada.
Na existência de compartimentos habitacionais em cave, contíguos a espaços públicos
pavimentados por calçada, com problemas de excesso de humidade atribuível à permeabilidade
deste revestimento, é interdito o espalhamento de argamassas sobre a calçada como solução de
impermeabilização. O empreiteiro deverá proceder à abertura de vala a fim de executar um sistema
de impermeabilização por revestimento da superfície exterior enterrada dos paramentos ou
instalação de dreno enterrado, sempre que for possível e conveniente.
Deverão ser tomadas todas as providências para proteção e passagem de veículos e peões,
designadamente com a colocação de passadiços, setas indicadoras e adequada iluminação à
noite, a fim de evitar possíveis danos.
Não é permitida, em qualquer circunstância, colidir, intercetar ou adulterar elementos das redes de
infraestruturas já existentes e pertencentes aos diversos operadores de subsolo.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTOS NÃO BETUMINOSOS
Disposições Gerais
ET – PAV 01
Deverão ser colocados novos lancis de passeio ou renovados os existentes, nivelando-os,
cortando-lhes as juntas e branqueando-as segundo indicações do dono de obra.
Deverão ser utilizados lancis com medidas entre os 0,80m e 1,20m de comprimento, que deverão
ser assentes com argamassa de cimento e areia (400kg de cimento por m3), sobre uma fundação
em betão C16/20.
As juntas deverão ser refechadas com argamassa de cimento e areia (800Kg de cimento por m3).
Este trabalho terá que ser precedido pela lavagem das juntas e efetuado enquanto estas se
encontrarem molhadas.
Os lancis não poderão apresentar desvios longitudinais e transversais superiores a 0,05m.
No final, o passeio deverá ficar com a inclinação transversal de 2% (dois por cento) no sentido da
faixa de rodagem.
3. Pavimentos não betuminosos
3.1. Pavimentos em betonilha esquartelada
A fundação do passeio será construída por:
Sub-base: brita n.º 3 (d/D: 20/40) com 0,15m de espessura ou ABGE1 com 0,20m de espessura
Base: betão C16/20 com 0,10m de espessura
A camada de desgaste deverá ser constituída por uma argamassa de cimento e areia ao traço 1:2
com espessura de 0,05m e acabamento esquartelado conforme indicações do dono de obra.
1 ABGE: Agregado Britado de Granulometria Extensa (0/31,5mm) em tout-venant
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTOS NÃO BETUMINOSOS
Disposições Gerais
ET – PAV 01
O passeio deverá ser provido de juntas de dilatação transversal conforme indicações do dono de
obra, as juntas devem estar localizadas em intervalões equidistantes, com afastamento máximo de
4,0m ficando a primeira e a ultima nos planos de separação do passeio existente.
3.2. Pavimentos em microcubo de granito ou em microcubo vulcânico
A fundação do passeio será construída por:
Sub-base: 2 camadas
1ª Camada: brita n.º 2 (d/D: 11,2/22,4) com 0,10m de espessura ou 0,20m em ABGE de espessura
2ª Camada: betão C 16/20 com 0,15m
Base: traço seco 1:3 de cimento e meia areia com 0,05m de espessura
A camada de desgaste será em micro cubo de granito ou micro cubo vulcânico de dimensões
0,05m por 0,05m com juntas em cimento e areia fina ao traço seco 1:2, por fim a mesma deverá ser
batida, regada e lavada após 1 hora.
Deverá ser feito o levantamento e reposição de pavimento numa faixa com cerca de 0,30m de
largura nas zonas adjacentes aos lancis.
3.3. Pavimentos em basalto e/ou calcário
A fundação do passeio deverá ser constituída por:
Sub-base: 2 camadas
1ª Camada: brita n.º 2 (d/D: 11,2/22,4) com 0,10m de espessura ou ABGE com 0,20m de
espessura
2ª Camada: betão C 16/20 com 0,15m
Base: traço seco de cal hidráulica, cimento e areia fina em partes iguais com 0,05m de espessura
A camada de desgaste será em calcário e basalto (lado inferior a 0,05m) com juntas em cimento e
areia fina ao traço seco 1:2, por fim a mesma deverá ser batida, regada e lavada após 1 hora.
Deverá ser feito o levantamento e reposição de pavimento numa faixa com cerca de 0,30m de
largura nas zonas adjacentes aos lancis.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTOS NÃO BETUMINOSOS
Disposições Gerais
ET – PAV 01
3.4. Pavimento em cubos de granito serrado
A fundação do passeio deverá ser constituída por:
Sub-base: 2 camadas
1ª Camada: brita n.º 2 (d/D: 11,2/22,4) com 0,10m de espessura ou ABGE com 0,20m de
espessura
2ª Camada: betão C 16/20 com 0,15m
Base: traço seco 1:3 de cimento e meia areia com 0,03m de espessura
A camada de desgaste será em cubos de granito serrado de acordo com o existente com juntas em
cimento e areia fina ao traço seco 1:2, por fim a mesma deverá ser batida, regada e lavada após 1
hora.
Deverá ser feito o levantamento e reposição de pavimento numa faixa com cerca de 0,30m de
largura nas zonas adjacentes aos lancis.
3.5. Pavimento em lajeado de granito
A fundação do passeio deverá ser constituída por:
Sub-base: brita n.º 3 (d/D: 20/40) com 0,10m de espessura ou ABGE com 0,20m de espessura
Base: betão C 16/20 com 0,15m de espessura
A camada de desgaste deverá ser em lajeado de granito de acordo com o existente, com juntas em
goma de cimento e areia fina ao traço 1:2.
3.6. Pavimento em “pedra de chão”
A fundação do passeio deverá ser constituída por:
Sub-base: 2 camadas
1ª Camada: brita n.º 2 (d/D: 11,2/22,4) com 0,10m de espessura ou ABGE com 0,20m de
espessura
2ª Camada: betão C 16/20 com 0,15m
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTOS NÃO BETUMINOSOS
Disposições Gerais
ET – PAV 01
Base: traço seco 1:3 de cimento e meia areia com 0,03m de espessura
A camada de desgaste deverá ser em pedra de chão em betão com juntas de areia fina e o
pavimento comprimido com rolo compressor; regada e lavada após 1 hora.
Deverá ser feito o levantamento e reposição de pavimento numa faixa com cerca de 0,30m de
largura nas zonas adjacentes aos lancis.
3.7. Pavimento em “mosaico hidráulico”
A fundação do passeio deverá ser constituída por:
Sub-base: brita n.º 3 (d/D: 20/40) com 0,10m de espessura ou ABGE com 0,20m de espessura
Base: betão C 16/20 com 0,15m de espessura
A camada de desgaste deverá ser constituída por mosaico hidráulico assente sobre uma
argamassa ao traço 1:3 com espessura de 0,03m e as juntas deverão ser refechadas com uma
argamassa à cor do mosaico, conforme indicações do dono de obra.
3.8. Pavimento em cubos/paralelepípedos/”calçada à portuguesa”
A fundação do passeio deverá ser constituída por:
Sub-base: ABGE com 0,20m de espessura
Base: uma almofada de areia grossa (0,6 a 2,0mm) com 0,04m de espessura
A camada de desgaste deverá ser em cubos/paralelepípedos/”calçada à portuguesa” de granito de
acordo com o existente, com juntas em meia areia e comprimida com rolo compressor.
Deverá ser feito o levantamento e reposição de pavimento numa faixa com cerca de 0,30m de
largura nas zonas adjacentes aos lancis.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTOS NÃO BETUMINOSOS
Disposições Gerais
ET – PAV 01
3.9. Pavimentos em betão
A fundação do pavimento será construída por:
Sub-base: brita n.º 3 (d/D: 20/40) com 0,15m de espessura ou ABGE2 com 0,20m de espessura
Base: betão C16/20 com 0,10m de espessura
Entre a camada de betão que constitui o pavimento e o agregado britado ABGE deverá prever a
colocação de uma rede malhasol CQ38 e acabamento do pavimento conforme indicações do dono
de obra.
O pavimento deverá ser provido de juntas de dilatação transversal conforme indicações do dono de
obra, as juntas devem estar localizadas em intervalões equidistantes.
4. Condições Especiais de execução pavimentos não betuminosos
O assentamento da calçada deverá ser efetuado por técnicos denominados calceteiros, os quais
colocam as pedras sobre uma camada de material granular fino com o auxílio de martelinhos.
A execução de um trabalho de calçada envolve diversas fases, sendo que geralmente a primeira é
a compactação do piso onde vai ser aplicada, piso esse que, se não apresentar a coesão
necessária, requer que se faça uma sub-base de “tout-venant” compactado.
Em complemento as juntas deverão apresentar um espaço superior a 0,5 cm até 1,0 cm de forma a
diminuir-se o risco de oscilações do piso.
Para o fecho das juntas, a calçada é coberta com pó de pedra ou areia ou com uma mistura de
areia e cimento espalhados com vassouras ou rodos.
Quando é utilizado o cimento, o traço é composto por 3/4 de areia para 1/4 de cimento.
2 ABGE: Agregado Britado de Granulometria Extensa (0/31,5mm) em tout-venant
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTOS NÃO BETUMINOSOS
Disposições Gerais
ET – PAV 01
Em qualquer dos casos a calçada é regada para que o material de preenchimento se infiltre melhor
nas juntas e posteriormente compactada com a placa vibratória ou com o maço e, em alguns casos
a utilização de pequenos os cilindros.
Finalmente espalha-se sobre a calçada um pouco de areia fina para que, recorrendo em muitas
situações à escovagem da calçada com as vassouras e rodos, se removam as sujidades e detritos
gerados durante a execução.
O pavimento deve ficar plano, limitando-se as inclinações aos casos em que seja recomendável a
drenagem das águas pluviais ou seja necessária a execução de rampas de acesso para veículos,
rampas junto a passadeiras para peões e rampas de acessibilidade para diminuídos motores.
Compactação do solo
A aplicação de calçada em passeios deverá ser efetuado por forma a garantir uma correta
compactação do solo, pelo que o terreno não possa ceder ao ser pisado por veículos, originando a
deslocação e o “arrancamento” das calçadas, evitando as caixas fixas o que impede as pedras de
calçada entre si não oscilaram, com o consequente deformação da calçada e as pedras soltaram-
se à volta das caixas.
Juntas
As juntas devem ser uniformes, sendo de evitar as juntas são demasiado largas sob pena, de
provocarem um caminhar desagradável pra a circulação pedestre, as pedras podem soltar-se do
solo com maior facilidade (por exemplo no caso de serem pisadas por veículos).
Nivelamento dos pavimentos, rampas
Assim como as juntas não devem ter abertura excessiva, também as pedras assentes devem ficar
ao mesmo nível e o pavimento deve ser plano (o abaulamento, apenas se justifica para drenagem
das águas pluviais e regra geral só será permitido até uma altura máxima de 2 % da largura do
pavimento).
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTOS NÃO BETUMINOSOS
Disposições Gerais
ET – PAV 01
As rampas de acesso para veículos não devem ocupar toda a calçada (devem limitar-se, no
máximo, a 60 cm da largura do passeio) e em caso algum devem pôr em causa a comodidade e a
segurança dos peões.
Nos arruamentos, junto a passadeiras para peões e em acessibilidades para diminuídos motores,
será de realizar uma rampa da ordem de 1,2 a 1,8 m segundo a transversal do passeio e, quando a
largura deste for inferior a 1,5 m, a calçada deve ser toda rebaixada.
Aplicação da calçada à volta de tampas e caixas ou em cercaduras
Por forma a evitar em redor das tampas das caixas de visita aplicada sempre da mesma forma, em
enchimento, até encostar às tampas o que obriga as pedras junto das tampas e caixas a ficarem
em “bico”, dando um mau aspeto e originando facilmente o destaque das pedras da calçada.
Em contrapartida, os exemplos que se seguem representam aplicações bem realizadas. Foi
colocada uma fiada em volta das tampas, que dá uma maior resistência à calçada envolvente e
evita, assim, o “arrancamento” das pedras. As cercaduras ilustradas na imagem inferior da mesma
figura foram realizadas de modo idêntico.
Reposições de calçada (restauro ou remendos)
Por vezes, quando a pedra da calçada é removida por algum motivo, é necessário repô-la,
reutilizando, muitas vezes, a pedra que foi retirada, para evitar casos em que a pedra é assente
sem obedecer ao padrão existente e sem qualidade na aplicação.
Para além disso, uma boa reconstrução implica que se utilize pedra com dimensões iguais às da
pedra original, caso esta não possa ser recuperada.
Qualidade da calçada
É indispensável escolher a calçada apropriada, ter em consideração a qualidade da calçada e a da
sua aplicação, exigindo que sejam seguidas as boas práticas de execução da calçada portuguesa.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTOS NÃO BETUMINOSOS
Disposições Gerais
ET – PAV 01
Requisitos sobre as características do aspeto visual
A norma preconiza que, por cada fornecimento, o produtor/fornecedor deve disponibilizar ao cliente
uma amostra de referência constituída por um número adequado de elementos de pedra natural de
dimensões suficientes para indicarem o aspeto do produto final.
Tais elementos devem mostrar a aparência aproximada do produto no que respeita à cor, ao
venado, à textura e ao acabamento da superfície.
A amostra de referência deve ser preparada e entregue ao cliente como um meio para mostrar
características específicas da pedra, tais como, orifícios no caso do travertino, pequenas cavidades
no caso dos mármores, lentículas, agregados e bandas minerais, veios cristalinos e manchas que
possam vir a ocorrer nos produtos oferecidos.
Atestação da conformidade
O disposto nos documentos resultantes das orientações prescritas na Diretiva 89/106/CE “Produtos
de Construção” impõe que todos os fornecimentos de pedra para a construção devam ser
acompanhados por documentos que atestem a sua conformidade com o disposto nas Normas
aplicáveis, a saber, uma declaração de conformidade, válida no espaço da UE, com base na qual o
produtor ou o seu mandatário estabelecido na Comunidade são autorizados a apor a marcação CE
no próprio produto, na sua embalagem ou nos documentos comerciais de acompanhamento. O
Anexo ZA da EN 1342 enumera as informações que esses documentos devem conter.
Declaração de conformidade CE
Concluídas todas as obrigações para a avaliação da conformidade (ensaios de tipo inicial e
controlo da produção em fábrica (CPF) a cargo do produtor e realizados sob a sua
responsabilidade), o produtor deve preparar e conservar uma “Declaração de conformidade CE”,
indicativa de que os seus produtos cumprem os requisitos previstos na Norma aplicável (EN 1342).
A declaração de conformidade CE deve incluir o seguinte:
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTOS NÃO BETUMINOSOS
Disposições Gerais
ET – PAV 01
c) Nome e endereço do produtor ou do seu representante autorizado estabelecido no EEE, assim
como o local de produção; - descrição do produto (tipo, identificação, utilização,...) e uma cópia
das informações que acompanham a marcação CE; - disposições com as quais o produto é
conforme (por exemplo, o Anexo ZA da EN 1342); - condições particulares aplicáveis à
utilização do produto, quando necessário (por exemplo, disposições para utilização em
condições especiais);
d) Nome e cargo da pessoa habilitada para assinar a declaração de conformidade. A Declaração
de conformidade deve ser redigida na língua ou línguas oficiais do Estado- Membro em que o
produto irá ser utilizado. O produtor é o responsável pela tradução.
Marcação, rotulagem e embalagem
Como informação mínima, cada remessa deve ser acompanhada das indicações seguintes,
apresentadas em rótulos na embalagem ou nos documentos comerciais de acompanhamento: - a
denominação da pedra natural, de acordo com a EN 12440 (o nome comercial, o nome
petrográfico, a cor típica e o local de origem);
As quantidades e as dimensões dos cubos ou dos paralelepípedos. É aconselhável a informação
adicional seguinte:
A massa total dos cubos ou dos paralelepípedos;
As dimensões e a massa da embalagem.
Se utilizada, a embalagem deve proporcionar uma proteção adequada e sólida de modo a
evitarem-se quaisquer danos durante o armazenamento e transporte e deve ser de tamanho e
peso apropriado em função dos equipamentos de levantamento e de transporte disponíveis.
Os materiais da embalagem não devem provocar manchas nos produtos, tanto em condições
secas como húmidas, e qualquer cinta metálica utilizada deve ser resistente à corrosão. É proibida
a afixação de marcas nos produtos ou nas embalagens que sejam suscetíveis de induzir em erro
quanto ao significado e ao grafismo da marcação CE (ver nº 5 do Artigo 4º do Decreto-Lei nº
4/2007 de 8 de janeiro).
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTOS NÃO BETUMINOSOS
Disposições Gerais
ET – PAV 01
Todavia, a embalagem ou os documentos de acompanhamento podem conter marcas voluntárias
adicionais, desde que sejam colocadas à parte da marcação CE e não reduzam ou excluam a sua
visibilidade ou a sua legibilidade (ver nº 6 do Artigo 4º do mesmo Decreto-Lei).
NOTA: O Manual de Controlo da Produção em Fábrica deve conter os procedimentos para
Marcação, rotulagem e embalagem utilizados pelo produtor.
PAVIMENTAÇÃO
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
1. Pavimentação provisória da vala
1.1 Execução
Após a execução da base granular com cimento e sempre que a vala coincida com a faixa de
rodagem, será obrigatória a execução de uma pavimentação provisória com material facilmente
removível, designadamente mistura betuminosa a frio.
Qualquer outro tipo de solução, terá que ser previamente submetida à apreciação da fiscalização.
Por razões de segurança rodoviária poderá ser autorizada a aplicação imediata de misturas
betuminosas na reposição do pavimento em conformidade com a estrutura existente. Nestes casos,
os valores dos graus de compactação exigidos para estas camadas, que se constituem como
definitivas, deverão ser obrigatoriamente cumpridos. A camada de desgaste, que resulta daquela
reposição, será sempre considerada como provisória.
Estes pavimentos provisórios deverão ser mantidos por um período mínimo de dois meses. Com
vista a propiciar eventuais degradações emergentes dos processo de consolidação dos materiais
de enchimento das valas pela ação do tráfego. No caso da situação descrita no parágrafo anterior,
antes da aplicação da camada de desgaste final, será obrigatória a remoção das camadas
betuminosas em todos os trechos que venham a apresentar deformação excessiva, fendilhamento
ou evidenciem problemas de ligação entre camadas sobrepostas ou camadas adjacentes.
1.2 Zonamento
Em situações específicas e excecionais em que a vala não se situe na faixa de rodagem e desde
que sejam garantidas as condições de segurança adequadas e não implique qualquer tipo de
danos para terceiro, a fiscalização poderá permitir que a pavimentação provisória seja constituída
apenas por agregado de granulometria extensa com cimento. Contudo, será sempre obrigatória a
execução da pavimentação provisória nos entroncamentos, bem como nos acessos a moradias,
tanto para peões, como para viaturas. Caso se venha a verificar desagregação de material com
desprendimento de partículas ou ocorrência de poeiras, poderá ser imposta a pavimentação.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
Findo este período e após autorização da fiscalização, deve ser removido este pavimento
provisório ou camadas provisórias, bem como eventuais zonas do pavimento que tenham vindo a
evidenciar sinais de degradação, em consequência dos trabalhos de abertura de vala e executada
então a pavimentação definitiva.
2. Pavimentação definitiva da vala
2.1 Preenchimento da vala na faixa de rodagem ou berma
Após a instalação da tubagem, dever-se- dar início ao enchimento da vala com agregado granular
fino, do tipo 0/5 mm até 0,45 m da cota inferior das camadas betuminosas do pavimento existente,
espalhado e compactado por camadas de 0,15 m, ou no caso de pavimento não betuminosos o
enchimento da vala com agregado granular fino, do tipo 0/5 mm até 0,20m da cota inferior das
camadas não betuminosas do pavimento existente.
Antes do início da compactação do material granular (0/5mm), o teor de humidade deste não
deverá variar mais de 1,5% do teor de humidade, definido pelo ensaio de compactação de solos
(LNEC E 197), vulgarmente designado ensaio Proctor.
Excetuando a primeira camada de material granular que envolve a tubagem, a compactação das
restantes deve prosseguir, até se atingir um grau de compactação superior a 95% da baridade seca
máxima.
Depois de aplicado o material granular (0/5mm), nas condições atrás descritas, deverá ser
executada uma base granular, com 0,45 m de espessura, o aterro será efetuado com recurso a
material granular britado de granulometria extensa – ABGE (0/31,5 mm) misturado com cimento
(3%). Será obrigatoriamente executado um endentamento nesta camada, com uma largura
adicional mínima da ordem de 0,15 m para cada lado e uma espessura mínima da camada de
endentamento de 0,15 m.
A mistura tratada com cimento deverá ser efetuada com meios mecânicos. Após a
homogeneização do material de granulometria extensa (0/31,5 mm) com o cimento, deverá ser
acrescentada a quantidade de água necessária para que o conjunto do material de granulometria
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
extensa/cimento, fique com um teor de humidade o mais próximo possível do seu teor ótimo. Antes
de se dar início ao processo de compactação este não deve diferir mais de 1,0% desse teor ótimo.
O tempo que decorre entre o fabrico da mistura e a sua aplicação não deverá ser superior a 2:00
horas. Em tempo quente, este prazo deverá ser ainda menor. Esta base granular será aplicada em
camadas de 0,15 m.
A compactação destas camadas deve prosseguir até se atingir um grau de compactação mínimo
de 97%, para a primeira camada e um mínimo de 98% nas duas restantes.
Os valores da baridade seca máxima e do teor de água ótimo de laboratório devem ser
determinados pelo método de ensaio de compactação PROCTOR, de acordo com a EN 13286-2 e
de acordo com o caderno de encargos.
Considerando os requisitos granulométricos pretendidos para a mistura granular a aplicar nas
camadas de base, deve ser utilizado o método de compactação Proctor Modificado com o martelo
de 4,5 Kg (tipo B) e o molde de 150 mm (tipo B). Os requisitos gerais e de amostragem necessários
à determinação da baridade e do teor de água estão definidos na norma EN 13286-1. Deve ainda
ser considerada uma correção ao valor da baridade seca, tendo em conta as partículas retidas no
peneiro de 31,5 mm, de acordo com as indicações dadas na EN 13286-2, Anexo C e de acordo
com o caderno de encargos.
O controlo da compactação das camadas pode ser feito pelo método da garrafa de areia, ou
através de métodos nucleares, como o designado gama densímetro ou sonda nuclear. No caso
particular do controlo de compactação feito por métodos nucleares, dentro da vala, deve ser
escolhido, no aparelho, o procedimento de medição em valas (trench measurements) e de acordo
com o caderno de encargos.
Depois de terminada a compactação da última camada de agregado de granulometria extensa
(0/31,5mm) com 3% de cimento, a superfície desta deve ficar à cota da parte inferior do pavimento
(camadas betuminosas), não sendo posteriormente admitido a execução de camadas delgadas
para atingir essa cota;
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
A fim de garantir a total hidratação do cimento, no caso de a vala permanecer aberta e sobretudo
com tempo quente e seco, deve a superfície da camada ser preservada da evaporação da água
presente na mistura, sugerindo-se nestes casos a humidificação da mesma coma regularidade
necessária;
Deverá ainda merecer especial atenção a compactação das várias camadas junto dos elementos
acessórios da rede de abastecimento e rede de drenagem, para evitar os frequentes
assentamentos dos materiais junto destas zonas de interface, socorrendo-se para tal dos
equipamentos mais adequados ao fim em vista;
2.2 Preenchimento da vala no passeio
Nestes casos, deverá manter-se o mesmo tipo de materiais de enchimento acima referidos,
alterando-se apenas a espessura do “agregado de granulometria extensa – ABGE 0/31,5”, que
poderá ser de 0,20 m, sem a utilização de cimento. Posteriormente deverá ser adotado na
reposição do pavimento o mesmo tipo de solução existente antes da intervenção (ex.: betonilha,
calçada; pavês, cubos, ou outros).
2.3 Execução
Deverá ser dado conhecimento prévio à fiscalização da data previsível dos trabalhos.
A espessura total do pavimento betuminoso a repôs deverá ser igual à espessura do existente,
sendo adotada a reposição do pavimento subjacente à camada de desgaste com a espessura
mínima de 0,10 m sempre que aquela for inferior.
2.4 Reposição (técnicas de reposição)
A reposição ou reconstrução dos pavimentos arrancados só se iniciará depois do aterro das valas
se encontrar bem compactado e consolidado. Após análise da estrutura do pavimento existente, o
Empreiteiro procederá, no trecho onde houver lugar à reposição ou construção de pavimentos, à
execução de pavimento equivalente, em conformidade com o Caderno de Encargos Tipo da IP.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
2.5 Reposição (ligações com a pavimento remanescente)
Além de repor ou reconstruir os pavimentos na extensão em que tiverem sido arrancados, o
empreiteiro obriga-se a realizar a sua ligação perfeita com o pavimento remanescente, de modo
que entre ambos não se verifiquem irregularidades ou fendas, nem ressaltos ou assentamentos
diferenciais. Se no decorrer dos trabalhos de instalação dos coletores ou nos aterros e
compactação das valas houver destruição ou danificação dos bordos do pavimento remanescente,
será da conta do empreiteiro a respetiva reparação.
2.6 Pavimentação da vala
As misturas betuminosas a utilizar deverão ser previamente propostas e aprovadas, devendo ter
em conta as prescrições do caderno de encargos da “IP – Infraestruturas de Portugal, S.A.”, a
estrutura do pavimento existente, a dimensão da vala e os equipamentos a utilizar na sua
aplicação.
Para todas as misturas betuminosas, sempre que o filer recuperado não satisfaça os requisitos do
quadro 14.03.0-3B do caderno de encargos tipo da IP, nomeadamente os vazios do filer seco
compactado (Rigden) – u28/28, determinado segundo a norma EN 1097/4, deverá ser adicionada a
quantidade de filer comercial necessária para que a composição filer recuperado/filer comercial
satisfação os requisitos pretendidos.
Da zona de vala a pavimentar deverão ser removidos os materiais soltos, com recurso a vassoura,
tanto os da camada inferior de ABGE com cimento como os das superfícies laterias do pavimento
adjacente, devendo ser posteriormente finalizada a limpeza com jacto de ar comprimido.
Após a limpeza das superfícies da vala deverá ser aplicada uma rega, com emulsão betuminosa
catiónica de rotura rápida do tipo C 57 B 3 (ECR-1), com uma taxa de ligante residual aproximada
de 0,4 a 0,6 Kg/m2. Deve ser dada atenção à uniformidade da aplicação da rega, tanto na base,
como as superfícies laterais da vala.
A mistura betuminosa só pode ser aplicada depois de se verificar a rotura total da emulsão, o que
acontece quando os componentes da mesma – água e emulsionantes – desaparecem, passando a
apresentar uma coloração negra.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
As misturas betuminosas devem ser transportadas em camiões com a caixa coberta com lona, para
evitar o arrefecimento das mesmas, devendo a carga permanecer coberta sempre que se
verifiquem paragens ou demora na colocação, não sendo admissível a aplicação de misturas
betuminosas com temperatura inferior a 135º C.
A aplicação das misturas betuminosas deve ser feita com tempo seco e, de preferência, com a
temperatura ambiente superior a 10º C.
As camadas betuminosas, dentro da vala, deverão ser devidamente compactadas com os meios de
compactação adequados às dimensões da mesma (cilindros pequenos, placas vibradoras, ou
saltitões).
Para garantir uma boa ligação entre camadas, deverá ser aplicada uma rega de
colagem/impregnação entre cada camada, bem com nas superfícies laterais, sempre que esta
tenha desaparecido.
Deverá ser assegurada a verticalidade do corte executado por fresagem, tanto no sentido
longitudinal como transversal. Caso isso não se verifique ou caso este processo promova a
desagregação do pavimento poderá ser imposto o uso de disco de corte na execução das juntas de
trabalho.
Após os trabalhos de fresagem, toda a superfície deverá ser devidamente limpa com recurso a
vassoura mecânica e complementada com jacto de ar comprimido.
Posteriormente à fresagem, deverá ser aplicada uma rega de colagem, com emulsão betuminosa
catiónica de rotura rápida do tipo C 57 B 3 (ECR-1), com uma taxa de ligante residual aproximada
de 0,4 a 0,6 Kg/m2. Deve ser dada particular atenção à uniformidade da aplicação da rega, tanto na
base, como nas superfícies laterais.
Seguidamente, após a rotura da emulsão betuminosa, poderá ser iniciado o espalhamento da
mistura betuminosa AC 14 surf. ligante (BB), com recurso obrigatório a pavimentadoras mecânicas,
numa espessura de 0,05 m após compactação, garantindo-se a reposição do perfil do arruamento
existente.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
Na compactação devem ser utilizados cilindros compactadores de pneus e de rasto liso, de
capacidade adequada.
Os cilindros de rasto liso devem dispor de sistema de rega dos respetivos rolos e os cilindros de
pneus deverão estar equipados com “saias de proteção”, para conservação da temperatura nos
pneus.
As operações de compactação devem ser iniciadas quando a mistura atingir a temperatura referida
nos boletins de fornecimento de betumes correspondentes a viscosidades de 280 ± 30 cDt, ou
quando a mesma apresentar coesão suficiente para suportar o peso do cilindro e essa
compactação deve prosseguir, enquanto a temperatura no material betuminoso é superior à
temperatura mínima de compactação recomendada para cada tipo de betume.
A compactação só deve parar quando desaparecerem as marcas dos rolos da superfície e se ter
atingido o grau de compactação mínimo de 97%, referido à baridade máxima Marshall.
A velocidade dos cilindros deve ser contínua e regular, para não provocar desagregação das
misturas betuminosas.
Os cilindros vibradores devem dispor de dispositivos automáticos de corte da vibração, um certo
tempo antes de chegar ao ponto de mudança de direção.
Alguns dispositivos (acessórios das redes de abastecimento de água e drenagem de águas
residuais) existentes no pavimento podem ficar danificados pela passagem dos rolos vibradores,
nestes casos deverá desligar-se a vibração a uma distância envolvente de 0,50 m antes desses
dispositivos.
Nos troços de pavimento constituídos em sobre-elevações, a compactação deve ser iniciada da
berma mais baixa, para a mais alta, devendo reduzir-se a velocidade e a frequência de vibração do
cilindro vibrador, quando utilizado.
Os cilindros só devem proceder a mudanças de direção quando se encontrem em áreas já
cilindradas com, pelo menos, duas passagens.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
Na eventualidade de zonas com declive significativo, a pavimentação e respetivo cilindramento
deve ser sempre realizado de baixo para cima e dos bordos para o centro.
Deve ser dada especial atenção à compactação das juntas, quer longitudinais, quer transversais,
de modo a garantir uma perfeita selagem destas.
O trânsito só deve ser restabelecido sobre esta mistura betuminosa, depois de passadas duas
horas sobre a conclusão do cilindramento.
Sempre que haja interrupção da aplicação da mistura betuminosa e antes do início de nova
aplicação, deverá ser efetuada uma junta de trabalho vertical, a toda a largura da camada
espalhada, com recurso a serra mecânica e remoção do material excedente e aplicação de rega de
colagem.
2.7 Zonamento
2.7.1 Geral
Estradas Nacionais
A reposição da camada de desgaste deverá ser efetuada através da fresagem do pavimento
existente, numa espessura de 0,05 m, em toda a largura da plataforma pavimentada e na extensão
da vala longitudinal acrescida de 5,0 m para cada lado do seu limite, ou outra de acordo com
indicação da fiscalização.
Caso a berma possua largura superior a 1,20 m e a abertura de vala não interfira com o pavimento
da faixa de rodagem e caso seja possível a utilização de espalhadora de misturas betuminosas
poderá a título excecional, ser autorizada que a fresagem apenas seja executada na berma
pavimentada, numa espessura de 0,05 m.
Caso a berma pavimentada possua largura inferior a 1,20 m e a abertura de vala seja executada na
berma da estrada, com a menor interferência possível no pavimento da faixa de rodagem, poderá,
a título excecional, ser autorizada que a fresagem apenas seja executada em metade da largura da
plataforma pavimentada (meia faixa de rodagem e berma pavimentada), numa espessura de 0,05
m.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
Excecionalmente e quando autorizada, poderá ser substituída a execução da fresagem nos termos
dos pontos anteriores, pela aplicação de uma camada de desgaste, com uma espessura de 0,05m,
sobre o pavimento existente, a toda a largura da plataforma, caso a estrutura deste o justifique.
Estradas Municipais
A reposição da camada de desgaste nas estradas municipais deverá ser efetuada através da
fresagem do pavimento existente, numa espessura de 0,05 m, em toda a largura da meia faixa de
rodagem e na extensão da vala longitudinal, acrescida de 1 m para cada lado do seu limite.
Caso a abertura da vala, em estrada municipal, seja realizada na berma e não interfira com o
pavimento da faixa de rodagem, a fresagem apenas será executada na berma pavimentada numa
espessura de 0,05 m.
3. OUTROS TIPOS DE PAVIMENTOS
3.1. Pavimento em calçada (cubos ou paralelepípedos), calçada à portuguesa ou pedra de
chão
Nestes casos deverá ser reposto o pavimento com as mesmas características do existente, com
caracter definitivo, sendo a largura de reposição a necessária para garantir o desempeno da
camada, sendo adotada a largura mínima, a resultante da soma da largura da vala mais 0,30 m
para ambos os lados da vala, sempre que a reposição necessária para garantir o desempeno da
camada seja inferior.
3.2. Pavimentação em passeios e ilhas
Os passeios e ilha deverão ser repostos nas condições iniciais, com a maior brevidade possível,
por forma a garantir a segurança da circulação dos peões e respetivas acessibilidade.
4. CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS
Todos os materiais a utilizar devem possuir marcação CE.
4.1. Pó de granulação
Deverá apresentar as seguintes características de acordo com a norma NP EN 13242
Granulometria Categoria Gf 85
Teor de finos f10
Equivalente de areia SE > 30%
4.2. Agregado de granulometria extensa (ABGE 0/32)
Deverá apresentar as seguintes características de acordo com a norma NP EN 13242
Granulometria Categoria GA 85
Teor de finos f10
Equivalente de areia SE ≥ 50%, Caso “SE” < 50%; MB ≤ 2,0
Resistência à Fragmentação LA 40
Resistência ao desgaste por atrito MDE 25
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
Complementarmente, deverá respeitar o seguinte fuso granulométrico
Abertura das malhas dos
peneiros ASTM (mm)
Percentagem acumulado
do material que passa (%)
40,0 100
31,5 80 - 90
22,4 -
16 63 - 77
8 43 - 60
6,3 -
5,6 -
4 30 - 52
2 23 - 40
1 14 - 35
0,5 10 - 30
0,25 -
0,125 -
0,063 2 - 7
4.3. Cimento
O cimento a utilizar na mistura de ABGE deverá obrigatoriamente ter marcação CE de acordo com
a NP EN 197-1.
4.4. Misturas betuminosas e respetivos componentes
Tanto as componentes como as misturas betuminosas deverão estar em conformidade com as
respetivas normas aplicáveis:
Agregados – NP EN 13243
Betume – EN 1251
Misturas betuminosas – NP EN 13108
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
No entanto os requisitos para as misturas betuminosas e respetivos componentes serão os
definidos no caderno de encargos da IP, sendo apresentados em anexo alguns quadros das
misturas mais usuais.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
ANEXOS
Características dos materiais
(Quadros extraídos do caderno de encargos tipo obras)
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
Emulsões
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
Emulsões betuminosas clássicas (Quadro 14.03.0-4h)
Para regas de colagem;
Para regas de impregnação;
Em revestimentos superficiais betuminosos;
Em camadas granulares tratadas com emulsão (grave-emulsão);
Reciclagem a frio e semi-temperada;
Lamas asfálticas;
Na cura de sub-bases e bases tratadas com ligantes hidráulicos;
Microaglomerado betuminoso;
Em misturas betuminosas abertas a frio.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
Betumes
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
MISTURAS BETUMINOSAS - CAMADA DE BASE (FUSOS GRANULOMÉTRICOS)
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
MISTURAS BETUMINOSAS - CAMADA DE BASE (CARACTERÍSTICAS AGREGADOS)
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
NA - Não Aplicável
(a) - Quando a percentagem de passados no peneiro de 0,063 mm no agregado fino, estiver
compreendido entre 3% e 10%, em massa, deve ser avaliada a nocividade dos finos da fração
0/0,125 mm e o valor do ensaio de azul-de-metileno deve estar enquadrado na categoria MBF10.
(b) - Se a percentagem de passados no peneiro de 0,063 mm for superior a 10 % (em massa), os
finos devem cumprir os requisitos aplicáveis aos fíleres, de acordo com o especificado no Quadro
14.03.0-3b.
(c) - Para agregados suscetíveis de degradação pela ação do gelo-degelo, expostos a ambientes
sujeitos ao gelo e ao degelo, a situações de humidade elevada ou à água do mar, o ensaio de
absorção de água deve ser utilizado como ensaio de triagem. Se a absorção de água não for
superior ao valor especificado na categoria WA242 o agregado deve ser considerado como
resistente ao gelo degelo. Se a absorção de água for superior a WA242, então o valor do sulfato
de magnésio deve estar enquadrado em MS35.
(d) - A utilização de seixo britado é condicionada ao emprego de um aditivo no betume, de modo a
garantir a adequada adesividade ao ligante betuminoso.
(e) - Em caso de dúvida, onde existam indícios de "Sonnenbrand".
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
MISTURAS BETUMINOSAS - CAMADA DE BASE (PROPRIEDADES)
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
NA – Não Aplicável
NR – Não Requerido
(a) – Para granitoides e agregados provenientes de rochas com predominância de sílica na sua
composição a estabilidade máxima deverá ser 21 kN.
(b) - Como a norma EN 13108-1 não possui categoria aplicável à estabilidade mínima exigida para
esta mistura, que é de 16 KN, foi especificado esse valor.
(c) - Calculada para a percentagem ótima de ligante da mistura em estudo.
(d) - Para a moldagem dos provetes é utilizado o compactador de impacto com 75 pancadas, de
acordo com a norma EN 12697-30, à temperatura de compactação para a qual, a viscosidade do
ligante a empregar na mistura, se situe entre 280±30 Cst.
(e) - Porosidade de tarolos recolhidos após a execução da camada.
(f) - Este valor corresponde à percentagem mínima de betume a utilizar no trecho experimental
que servirá para formular a mistura (ver item 15.03.2 na mistura correspondente).
(g) - Este valor corresponde à menor percentagem de betume a utilizar no fabrico da mistura
betuminosa - a considerar para ponto de partida do ensaio Marshall
- a partir da qual serão fabricadas mais 4 misturas betuminosas, com cinco percentagens de
betume.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
MISTURAS BETUMINOSAS - CAMADA DE LIGAÇÃO (FUSOS GRANULOMÉTRICOS)
Os materiais para camadas de misturas betuminosas com características de ligação abrangem as
seguintes rubricas:
14.03.2.2.1 - AC 20 bin ligante (MB)
14.03.2.2.2 - AC 20 bin ligante (MBD)
14.03.2.2.3 - AC 16 bin ligante (MBAM)
14.03.2.2.4 - AC 14 bin ligante (BB)
14.03.2.2.5 - AC 4 bin ligante (AB)
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
O Quadro 14.03.2e especifica os requisitos dos fusos granulométricos para as misturas
betuminosas a aplicar em camadas com características de ligação.
O Quadro 14.03.2f especifica os requisitos dos agregados para camadas betuminosas com
características de ligação.
O Quadro 14.03.2g especifica os requisitos da mistura betuminosa para camadas betuminosas com
características de ligação.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
MISTURAS BETUMINOSAS - CAMADA DE LIGAÇÃO (AGREGADOS)
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
NA - Não Aplicável
NR – Não Requerido
(a) - Quando a percentagem de passados no peneiro de 0,063 mm no agregado fino, estiver
compreendido entre 3% e 10%, em massa, deve ser avaliada a nocividade dos finos da fração
0/0,125 mm e o valor do ensaio de azul-de-metileno deve estar enquadrado na categoria MBF10.
(b) - Se a percentagem de passados no peneiro de 0,063 mm for superior a 10 % (em massa), os
finos devem cumprir os requisitos aplicáveis aos fíleres, de acordo com o especificado no Quadro
14.03.0-3b.
(c) - Como a Norma NP EN 13043 não possui a categoria LA35 é indicado o valor requerido.
(d) - Para agregados suscetíveis de degradação pela ação do gelo-degelo, expostos a ambientes
sujeitos ao gelo e ao degelo, a situações de humidade elevada ou à água do mar, o ensaio de
absorção de água deve ser utilizado como ensaio de triagem. Se a absorção de água não for
superior ao valor especificado na categoria WA242 ou Wcm0,5 o agregado deve ser considerado
como resistente ao gelo degelo. Se a absorção de água for superior a WA242 ou Wcm0,5, então o
valor do sulfato de magnésio deve estar enquadrado em MS35.
(e) - A utilização de seixo britado é condicionada ao emprego de um aditivo no betume, de modo a
garantir a adequada adesividade ao ligante betuminoso.
(f) - Em caso de dúvida, onde existam indícios de “Sonnenbrand”.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
MISTURAS BETUMINOSAS - CAMADA DE LIGAÇÃO (AGREGADOS
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
NA - Não Aplicável
NR – Não Requerido
(a) - No caso do AC4, para a determinação das propriedades Marshall, os provetes serão moldados
com recurso ao compactador de impacto com aplicação de 50 pancadas.
(b) - Para granitoides e agregados provenientes de rochas com predominância de sílica na sua
composição a estabilidade máxima deverá ser 21 kN.
(c) - Como a norma EN 13108-1 não possui categoria aplicável à estabilidade mínima exigida para
esta mistura, que é de 16 KN, foi especificado esse valor.
(d) - Calculada para a percentagem ótima de ligante da mistura em estudo.
(e) - Para a moldagem dos provetes é utilizado o compactador de impacto com 75 pancadas, de
acordo com a norma EN 12697-30, à temperatura de compactação para a qual, a viscosidade do
ligante a empregar na mistura, se situe entre 280±30 Cst. A única exceção refere-se à moldagem
dos provetes do AC 4, onde se aplicarão apenas 50 pancadas.
(f) - Este valor corresponde à menor percentagem de betume a utilizar no fabrico da mistura
betuminosa – a considerar para ponto de partida do ensaio Marshall
– a partir da qual serão fabricadas mais 4 misturas betuminosas, com cinco percentagens de
betume, com incrementos sucessivos de 0,5 % de betume.
(g) - No caso do AC4, para efetuar o ensaio da sensibilidade à água, aplicam-se apenas 50
pancadas.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
MISTURAS BETUMINOSAS - CAMADA DE DESGASTE
Os materiais para camadas de misturas betuminosas com características de desgaste abrangem
as seguintes rubricas:
14.03.2.4.1 - AC 14 surf ligante (BB)
14.03.2.4.2 - PA 12,5 ligante (BBd)
14.03.2.4.3 - AC 10 surf ligante (mBBr)
14.03.2.4.4 - AC 14 surf ligante (BBr)
14.03.2.4.5 - AC 14 surf ligante (BB) com incrustação de agregados duros
14.03.2.4.6 - Mistura betuminosa aberta com betume modificado com alta percentagem de
borracha – MBA – BBA
14.03.2.4.7 - Mistura betuminosa rugosa com betume modificado com alta percentagem de
borracha – MBR – BBA
14.03.2.4.8 - Mistura betuminosa aberta com betume modificado com média percentagem de
borracha – MBA – BBM
14.03.2.4.9 - Mistura betuminosa rugosa com betume modificado com média percentagem de
borracha – MBR – BBM
O Quadro 14.03.2l especifica os requisitos dos fusos granulométricos para as misturas
betuminosas a aplicar em camadas com características de desgaste.
O Quadro 14.03.2m especifica os requisitos dos agregados para camadas betuminosas com
características de desgaste.
O Quadro 14.03.2n especifica os requisitos da mistura betuminosa para camadas betuminosas com
características de desgaste.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
MISTURAS BETUMINOSAS - CAMADA DE DESGASTE (FUSOS GRANULOMÉTRICOS)
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
D - abertura do peneiro superior que pode reter material, em milímetros
(c1) peneiro característico intermédio, entre D e 2 milímetros
(o1) peneiro extra opcional entre D e 2 milímetros
(c2) peneiro característico intermédio, entre 2 e 0,063 milímetros
(o2) peneiro extra opcional entre 2 e 0,063 milímetros
(o) peneiro opcional
(1) Fuso granulométrico do agregado duro a incrustar
O fuso granulométrico do AC 14 surf (BB) é idêntico ao da rubrica 14.03.2.4.1
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
MISTURAS BETUMINOSAS - CAMADA DE DESGASTE (AGREGADOS)
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
Notas do Quadro 14.03.2m: Camadas de misturas betuminosas a quente
Camada de desgaste - Requisitos/Propriedades dos agregados (NP EN 13043)
(a) - Quando a percentagem de passados no peneiro de 0,063 mm no agregado fino, estiver
compreendido entre 3% e 10%, em massa, deve ser avaliada a nocividade dos finos da fração
0/0,125 mm e o valor do ensaio de azul-de-metileno deve estar enquadrado na categoria MBF10.
(b) - Se a percentagem de passados no peneiro de 0,063 mm for superior a 10 % (em massa), os
finos devem cumprir os requisitos aplicáveis aos fíleres, de acordo com o especificado no Quadro
14.03.0-3b.
(c) - Para rochas granitoides (de acordo com nomenclatura indicada na descrição petrográfica
simplificada): LA30
(d) - Para agregados suscetíveis de degradação pela ação do gelo degelo, expostos a ambientes
sujeitos ao gelo e ao degelo, a situações de humidade elevada ou à água do mar, o ensaio de
absorção de água deve ser utilizado como ensaio de triagem. Se a absorção de água não for
superior ao valor especificado na categoria WA242 o agregado deve ser considerado como
resistente ao gelo-degelo. Se a absorção de água for superior a WA242, então o valor do sulfato de
magnésio deve estar enquadrado em MS35.
(e) - Em caso de dúvida, onde existam indícios de “Sonnenbrand”.
NOTA: Não será permitida a utilização de seixo em camadas de desgaste.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
MISTURAS BETUMINOSAS - CAMADA DE DESGASTE (PROPRIEDADES)
Continua na página seguinte
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
Notas do Quadro 14.03.2n: Camadas de misturas betuminosas a quente
Camada de desgaste - Requisitos/Propriedades
NA - Não aplicável
(a) - Para granitóides e agregados provenientes de rochas com predominância de sílica na sua
composição a estabilidade máxima deverá ser 21 kN.
(b) - Calculada para a percentagem ótima de ligante da mistura em estudo.
(c) - Para a moldagem dos provetes é utilizado o compactador de impacto com 75 pancadas – a
única exceção refere-se à moldagem dos provetes das misturas PA12,5 (BBd) e AC10 surf
(mBBr) e misturas abertas com borracha, onde se aplicarão apenas 50 pancadas, de acordo com
a norma EN 12697-30, à temperatura de compactação para a qual, a viscosidade do ligante a
empregar na mistura, se situe entre 280±30 Cst. A baridade deverá ser determinada segundo o
procedimento D - baridade geométrica, para as misturas PA12,5 (BBd) e misturas betuminosas
abertas com betume modificado com borracha. No caso das misturas betuminosas com betumes
modificados com borracha são moldados provetes com o compactador de impacto, a uma
temperatura de compactação compreendida entre 140 ºC e 150 Cº.
(d) - Para a moldagem dos provetes é utilizado o compactador de impacto com 75 pancadas - as
exceções referem-se à moldagem dos provetes das misturas PA12,5 (BBd), AC10 surf (mBBr) e
misturas betuminosas abertas com betume modificado com alta percentagem de borracha, onde
se aplicarão apenas 50 pancadas - de acordo com a norma EN 12697-30 - à temperatura de
compactação para a qual, a viscosidade do ligante a empregar na mistura, se situe entre 280±30
Cs.
No caso das misturas betuminosas com betumes modificados com alta percentagem de borracha,
são moldados provetes com o compactador de impacto, a uma temperatura de compactação
compreendida entre 140 ºC e 150 Cº.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
(e) - Este valor corresponde à menor percentagem de betume a utilizar no fabrico da mistura
betuminosa - a considerar para ponto de partida do ensaio Marshall - a partir da qual serão
fabricadas mais 4 misturas betuminosas, com cinco percentagens de betume, com incrementos
sucessivos de 0,5 % de betume.
(f) - Este valor corresponde à percentagem mínima a utilizar no trecho experimental que servirá de
base à formulação da mistura (ver item 15.03.2 na mistura correspondente).
(g) - No caso das misturas PA12,5 (BBd), AC10 sur f(mBBr) e misturas betuminosas abertas com
betume modificado borracha, para efetuar o ensaio da sensibilidade à água, aplicam-se apenas 50
pancadas.
(h) - Para a realização destes ensaios são moldados provetes com o compactador de impacto, a
uma temperatura de compactação compreendida entre 140 ºC e 150 ºC, utilizando para o efeito
1050 g de mistura betuminosa.
(i) - Este ensaio consiste numa adaptação das condições de ensaio da norma NLT 362, no que
respeita à utilização das novas normas de compactação, por impacto e de desgaste de Los
Angeles. A perda por desgaste no ensaio Cântabro com imersão em água, não deverá ser
superior a 25%. São compactados 8 provetes (com 101,6 mm de diâmetro e 63,5 mm de altura),
utilizando o compactador de impacto (EN 12697-30), a uma temperatura de compactação para a
qual a viscosidade do betume a empregar na mistura, se situe entre 280 ºC ± 30 cSt (gama de
temperatura de compactação indicada na ficha de produto do betume), com a energia de
compactação de 50 pancadas em cada face, determinando-se as respetivas baridades.
As baridades dos dois grupos de 4 provetes cada, devem ser similares entre eles, devendo
proceder-se à sua extração após um mínimo de 2 horas de espera.
Metade dos provetes são colocados em estufa a 25 ºC, durante 24 horas. Os restantes provetes
são submersos, durante 24 horas, num banho de água a 60ºC.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
PAVIMENTAÇÃO
Disposições Gerais
ET – PAV 02
Seguidamente retiram-se estes últimos e colocam-se em estufa a 25º C, durante 24 horas, com
ventilação forçada. Finalmente todos os provetes são submetidos ao ensaio de desgaste na
máquina de Los Angeles (300 voltas, mas sem esferas).
Para cada provete é determinada a perda por desgaste expressa em percentagem da massa
inicial, determinando-se o valor médio para os provetes conservados ao ar (PA) e para os provetes
submersos em água (PS).
Finalmente o resultado expresso em % é dado por (PS/PA)*100, sendo arredondado a 1%.
(j) - Os agregados devem ser pré-envolvidos em ligante betuminoso garantindo uma percentagem
de betume residual compreendida entre 1,5 e 2,5%.
A taxa média de aplicação dos agregados pré-envolvidos deve estar compreendida entre 9 a 12
kg/m2.
Caso seja necessário, pode ser adicionado filer de modo a garantir que os agregados sejam
envolvidos com a percentagem de ligante definida.
(k) -Percentagem ponderal de borracha relativa à massa total do ligante modificado com borracha:
18-22 %.
No caso das misturas betuminosas com betumes modificados com borracha, são moldados
provetes com o compactador de impacto, a uma temperatura de compactação compreendida entre
140 ºC e 150 ºC.
(l) -Percentagem ponderal de borracha relativa à massa total do ligante modificado com borracha: 8-15 %.
ARRANQUE E REPOSIÇÃO DE PAVIMENTOS
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ARRANQUE E REPOSIÇÃO DE PAVIMENTOS
Disposições Gerais
ET – PAV 03
Salvo outra disposição indicada nas cláusulas especiais no caderno de encargos, far-se-á o
arranque e a remoção do pavimento como definido nos critérios de medição do projeto.
Consoante a natureza do pavimento, assim a entidade que superintende na conservação dos
pavimentos levantados determinará o aproveitamento ou não dos produtos resultantes do
arranque.
Se essa entidade determinar o aproveitamento de tais produtos na empreitada, para recolocação
no lugar do pavimento retirado, o empreiteiro arrumá-los-á tanto quanto possível ao longo da vala,
do lado contrário ao que for destinado aos produtos da escavação, de modo a não prejudicar o
movimento das máquinas e do pessoal empenhados na montagem e ensaio da tubagem.
Quando o pavimento for constituído por elementos desagregáveis, de macadame, cubos ou
paralelepípedos, as pedras serão limpas de detritos e agrupados em montículos dispostos ao longo
da vala ou do outro lado do arruamento, aguardando o momento de voltarem ao seu lugar, para a
restauração do pavimento. No caso de não serem recolocados, o empreiteiro promoverá por sua
conta a carga e o transporte dos produtos arrancados para vazadouro apropriado, aprovado pela
fiscalização.
Igualmente serão removidos para locais onde não causem dano os sinais de trânsito, as lajes e
leitos de valetas, guarnições, guias de passeios, aquedutos, manilhas, sumidouros, etc., que a
fiscalização mandará ou não aproveitar para recolocação como elementos complementares do
pavimento.
A reposição ou reconstrução dos pavimentos arrancados só se iniciará depois do aterro das valas
se encontrar bem compactado e consolidado (95% a 100% pelo ensaio de Proctor Pesado), se
outro valor não for especificado neste caderno de encargos.
Os pavimentos a repor ou a reconstruir sê-lo-ão consoante o seu tipo, em conformidade com os
desenhos do projeto e com as respetivas especificações técnicas aprovadas.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ARRANQUE E REPOSIÇÃO DE PAVIMENTOS
Disposições Gerais
ET – PAV 03
Nos casos de arranque de pavimentos em calçada, o dono da obra pode optar por mandar repor,
em sua substituição, pavimento betuminoso. Esta substituição não dá ao empreiteiro direito a
trabalhos a mais.
Na execução ou reposição de pavimentos em calçada, as juntas das pedras, que não deverão
exceder 1,5cm, serão refechadas com aguada de cimento e areia.
A calçada será batida a maço de madeira, na primeira vez a seco e nas seguintes depois de
regada, até à sua perfeita compactação.
Será encargo do empreiteiro o fornecimento da pedra de calçada que estiver em falta, no caso de
reposição.
Além de repor ou reconstruir os pavimentos na extensão em que tiverem sido arrancados, o
empreiteiro obriga-se a realizar a sua ligação perfeita com o pavimento remanescente, de modo
que entre ambos não se verifiquem irregularidades ou fendas, nem ressaltos ou assentamentos
diferenciais.
Se, no decurso dos trabalhos de instalação de tubagem ou nos de aterro e compactação de valas,
houver destruição, danificação ou assentamento dos bordos do pavimento remanescente, será de
conta do empreiteiro a respetiva reparação.
Serão igualmente repostos ou reconstituídos pelo empreiteiro, nas devidas condições, os sinais de
trânsito, as lajes e leitos de valetas, guarnições, guias de passeios, aquedutos, manilhas,
sumidouros e demais elementos complementares do pavimento.
O empreiteiro ficará responsável pelos assentamentos, levantamentos, danos ou destruições que a
passagem do tráfego normal provocar, dentro do prazo de garantia da empreitada, nos pavimentos
repostos ou reconstruídos, obrigando-se às necessárias reparações.
TUBAGEM EM PEAD
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
TUBAGEM EM PEAD
Disposições Gerais
ET – T 01
1. Objetivo
A presente especificação estabelece as condições técnicas, normas e requisitos a que deve
obedecer a tubagem em polietileno, destinada à construção, substituição e melhoria de redes de
distribuição de água e/ou drenagem de águas residuais
2. Campo de Aplicação
Tubos de polietileno destinados à construção, substituição e melhoria de redes de distribuição de
água para a pressão nominal de 10 bar.
3. Referências
ISO TR 11647
EN 12201-1
EN 12201-2
4. Definições
PEAD – Polietileno de Alta Densidade.
DN – É a designação numérica, normalmente em milímetros, relativa ao diâmetro exterior do tubo.
δ – Tensão tangencial admissível.
PN – É a designação numérica correspondente à pressão máxima, que o tubo pode suportar, com
água a 20º C, e em operação contínua. Pode ser expresso em MPa ou bar.
5. Descrição e Características
5.1. Matéria-prima
5.1.1. Resina de polietileno
Aditivos
A resina PE resulta da adição, ao polímero base, unicamente dos aditivos necessários à produção
do tubo, sem prejudicar a sua fusibilidade e armazenagem. Os aditivos deverão estar dispersos de
forma uniforme no tubo.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
TUBAGEM EM PEAD
Disposições Gerais
ET – T 01
Cor
A resina utilizada no fabrico do tubo deverá ser de cor preta.
Características
A matéria-prima de Polietileno sob a forma de grânulos e sob a forma de tubos deverá verificar todos
os ensaios referidos no ponto 4 da norma EN-12201.
5.1.2. Material reciclado
Não é permitida em algum caso a utilização de:
Resina reciclada ou processada;
Mistura de resinas recicladas;
Introdução de aditivos complementares ou outros que não sejam necessários à fabricação
do tubo.
5.2. Tubos
5.2.1. Características gerais
Aparência
As extremidades dos tubos devem ser planas e perpendiculares ao eixo do tubo, não sendo
aceitáveis quaisquer tipos de irregularidades na superfície de corte, nomeadamente as provocadas
por este.
Os tubos devem apresentar superfícies interiores e exteriores lisas, limpas e livres de quaisquer
defeitos.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
TUBAGEM EM PEAD
Disposições Gerais
ET – T 01
Cor
O tubo deverá apresentar cor preta, uniforme em toda a sua extensão, com quatro listas azuis
longitudinais de identificação, uniformemente espaçadas entre si.
Características das listas azuis de identificação:
Cor azul;
Mesmo tipo de resina do tubo;
Co-extrudidas na superfície do tubo;
Largura e profundidade tal que não modifiquem as características físicas e mecânicas do
tubo.
As listas azuis deverão apresentar como referência as seguintes dimensões:
DN do Tubo
(mm)
Largura da Lista
(L) (mm)
Profundidade da
Lista (h) (mm)
20 a 32 2,0 - 2,8 0,2 – 0,5
40 a 63 2,5 – 3,0 0,2 – 1,0
90 3,0 – 4,0 0,2 – 1,5
110 4,0 – 5,5 0,5 – 1,5
125 5,0 – 6,5 0,5 – 1,5
160 6,0 – 8,5 0,5 – 1,5
200 7,0 – 10 0,5 – 2,5
≥200 8,0 – 11,5 0,5 – 1,5
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
TUBAGEM EM PEAD
Disposições Gerais
ET – T 01
5.2.2. Características geométricas
Medições:
Segundo o descrito na norma EN 12201-2; CEN/TC 155 W I 20 ou ISO TR 11647
Diâmetro exterior médio, ovalização e sua tolerância:
Segundo a norma EN 12201-2
5.2.3. Espessura mínima de parede e sua tolerância: Segundo a norma EN 12201-2
5.2.4. Características mecânicas
Os tubos fornecidos deverão obedecer ao disposto no ponto 7 da norma EN 12201-2 no que
respeita às suas características mecânicas
5.2.5. Características Físicas
Os tubos fornecidos deverão obedecer ao disposto no ponto 8 da norma EN 12201-2 no que
respeita às suas características físicas
5.2.6. Compatibilidade
O tubo deverá ser compatível com:
Outros tubos fabricados com diferentes resinas de PE;
Todos os acessórios de PE de diferentes proveniências para verificação da compatibilidade
entre resinas soldadas (soldadura topo a topo e eletrossoldadura) deverá proceder-se
igualmente a um controlo visual e dimensional da soldadura obtida.
Soldadura topo a topo:
O cordão de soldadura deverá ser uniforme em todo o seu perímetro e apresentar um
desenvolvimento fechado junto à superfície do tubo. Não são admitidos afastamentos superiores a
5 % da espessura do tubo nem variações na largura do cordão de soldadura superior a 1 mm.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
TUBAGEM EM PEAD
Disposições Gerais
ET – T 01
A largura admissível do cordão de soldadura deverá seguir o estipulado pela norma “DSV 2202 –
enquadramento A”
Eletrossoldadura:
A folga entre tubo/acessório deverá estar uniformemente distribuída e não deverá exceder os
seguintes valores:
DN 20 32 40 63 110 160 ≥ 200
Folga (mm) 2,0 3,5 3,5 4,0 5,0 5,5 6,0
Nota: Não são permitidos quaisquer deformações ou escorridos após a soldadura
5.2.7. Marcação
Conforme o disposto na norma EN 12201-2.
6. Recomendações
6.1. Manuseamento
É interdita a utilização de cabos, correntes ou de outro equipamento que possa danificar o produto,
sendo obrigatória a utilização de cintas adequadas para o efeito.
6.2. Armazenagem
Não é permitido, na armazenagem:
Empilhar mais de três paletes de tubos;
Submeter tubos a uma temperatura superior a 40º;
Colocar os tubos em contacto com óleos e solventes;
Empilhar tubos soltos numa altura superior a 1m;
Em contacto com materiais agressivos para a tubagem.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
TUBAGEM EM PEAD
Disposições Gerais
ET – T 01
6.3. Embalagem
O diâmetro das bobinas não deverá ser inferior a 18 vezes o diâmetro exterior do tubo, com um
valor mínimo de 0,6 m.
O enrolamento do tubo de polietileno não deverá ser efetuado a uma temperatura superior a 30º.
Não é aceite tubo em bobina com diâmetros superiores a 63 mm.
Requisitos para a embalagem de tubos fornecidos em varas:
A estrutura de transporte/armazenagem dos tubos não deverá exercer, sobre os tubos,
qualquer tipo de esforço, devendo a sobreposição entre travessas ser superior a 2/3 da
espessura das mesmas;
A estrutura de transporte/armazenagem dos tubos deverá ser em madeira de espessura
igual ou superior a 35 mm;
Cada conjunto de travessas deverá ficar apoiado sobre uma banda de esponja a qual será
superior à largura das travessas;
Cada conjunto de travessas será fechado por uma cinta de aço galvanizado;
Os tubos deverão estar desencontrados em cerca de 200 mm por fiada de modo a facilitar a
execução do controlo dimensional na receção.
6.4. Preservação
As extremidades dos tubos, quando fornecidos em bobinas, deverão encontrar-se presas; No ato
do fornecimento as extremidades dos tubos deverão estar tamponadas. O tampão deverá ser em
PE ou outro material que não provoque a deterioração do tubo. A cor do tampão deverá ser
diferente de preto. Não são permitidos tampões metálicos e em PVC.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
TUBAGEM EM PEAD
Disposições Gerais
ET – T 01
7. Relatório de Aprovação
7.1. Geral
O processo de aprovação da matéria-prima e do tubo carece da elaboração de um relatório técnico,
da responsabilidade do fornecedor de tubo, contendo a seguinte informação:
Identificação do relatório de aprovação;
Ensaios realizados à matéria-prima;
Inspeções e ensaios realizados ao tubo.
O referido relatório técnico será objeto da análise e aprovação por parte do dono de obra.
7.2. Identificação do relatório de aprovação
O relatório de aprovação deverá estar identificado da seguinte forma:
Identificação do fabricante / identificação da matéria-prima / data;
Identificação da gama de diâmetros.
7.3. Ensaios realizados à matéria-prima
O relatório de aprovação deverá conter o resultado dos ensaios realizados à matéria-prima
conforme o ponto 5.1
7.4. Inspeção e ensaios realizados ao tubo
O relatório de aprovação deverá conter o resultado dos ensaios realizados ao tubo fabricado
conforme o ponto 5.2
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
TUBAGEM EM PEAD
Disposições Gerais
ET – T 01
8. Certificado de Fabrico
8.1. Geral
Por cada expedição de tubo, o fornecedor deverá emitir um certificado de fabrico (segundo a norma
NP EN 10204 3.1) contendo a seguinte informação:
Garantia que a matéria-prima utilizada não sofreu alterações;
Inspeções e ensaios realizados ao tubo;
Identificação do certificado de fabrico;
Ensaios realizados à matéria-prima.
8.2. Identificação do certificado de fabrico
O certificado de fabrico deverá estar identificado da seguinte forma:
Identificação do fabricante;
Designação da resina;
DN e série de espessura;
Ano e semana de fabrico;
N.º de lote de fabrico.
8.3. Garantia que a Matéria-prima não sofreu alterações
O certificado de fabrico deverá conter uma declaração onde o fabricante de tubo confirmará que a
matéria-prima utilizada possui as mesmas características das constantes no relatório de aprovação
da mesma.
8.4. Ensaios realizados à Matéria-prima
O certificado deverá conter o resultado dos ensaios realizados à matéria-prima.
Caso alguns dos ensaios não sejam efetuados pelo fabricante do tubo, este deverá indicar quais os
ensaios em causa, apresentando um relatório com os resultados e identificação da entidade que os
efetuou.
No envio do certificado de fabrico deverá ser enviado o certificado de fabrico da matéria-prima.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
TUBAGEM EM PEAD
Disposições Gerais
ET – T 01
8.5. Inspeções e Ensaios realizados ao Tubo
O certificado de fabrico deverá conter o resultado dos ensaios realizados ao tubo fabricado.
No certificado deverão estar identificados os equipamentos de inspeção
9. Receção e Assistência Pós-Venda
Durante as operações de fabrico, o fabricante deverá prestar as informações solicitadas, de forma
detalhada, sobre a atividade de fabrico dos tubos.
A entidade compradora somente dará por concluída a receção, após a análise do certificado de
fabrico e da conclusão das ações de controlo qualitativo que entender levar a efeito, durante o
processo de receção, nomeadamente, controlo visual e dimensional.
Se 10 % do lote inspecionado não estiver conforme então a totalidade do lote é considerado
rejeitado.
A entidade compradora informará, na forma mais conveniente, da aceitação ou não da encomenda
face ao seu estado de qualidade.
Em caso de rejeição da tubagem o fabricante deverá promover imediatamente, sem qualquer
encargo para a entidade compradora a substituição da tubagem rejeitada, ou a sua recuperação se
esta for aceite e fará submeter a nova tubagem a nova inspeção e novos ensaios.
As inspeções ou ensaios que a entidade compradora proceder, não excluem nem diminuem, em
caso algum, a responsabilidade do fabricante.
TUBAGEM EM PP CORRUGADO
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
TUBAGEM EM PP CORRUGADO
Disposições Gerais
ET – T 02
A tubagem a utilizar no escoamento de drenagens será o PP – C (Polipropileno Corrugado) com
perfil corrugado de parede maciça, da classe de rigidez circunferencial especifica SN8 (8 kN/m2),
de acordo com a norma de referência EN 13476.
As superfícies dos tubos serão de boa qualidade, homogéneos, de bom acabamento, sem fendas
ou bolhas, e deverão obedecer a todas as normas e especificações existentes, estarem
homologados e sujeitos a ensaios de receção.
Os diâmetros exteriores máximos e mínimos admissíveis e as espessuras das paredes dos tubos
são os indicados no documento de homologação do LNEC.
Os tubos de PP corrugado devem ser sujeitos aos ensaios referidos no documento de
homologação do LNEC devendo respeitar os valores aí indicados para cada uma das
características ensaiadas.
A marcação utilizada é impressa diretamente no tubo a intervalos máximos de 2 m e contem os
seguintes elementos:
- Marca (Nome do fabricante);
- Tipo e dimensionamento dos tubos;
- Dimensão nominal relativa ao diâmetro exterior (DN);
- Cálculo justificativo detalhado dos tubos realçando a pressão de serviço, a carga do aterro,
- As sobrecargas rolantes, ações de natureza hidrostática e as deformações dos tubos;
- Ensaios;
- Modo de transporte e condicionamento dos tubos desde a fábrica aos locais das obras.
Na ligação das tubagens ao betão de câmaras enterradas, face à fraca aderência entre os
materiais, a superfície do tubo a embeber deve ser previamente revestida com uma camada de
cola para PP e polvilhada em seguida com areia fina e seca. Após a secagem, a aderência da
argamassa é completa, resultando assim uma boa estanquidade.
TUBAGEM EM FERRO FUNDIDO DÚCTIL
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
TUBAGEM EM FERRO FUNDIDO DÚCTIL
Disposições Gerais
ET – T 03
1. Prescrições
A presente especificação estabelece as condições técnicas, normas e requisitos a que deve
obedecer a tubagem em ferro fundido dúctil, destinada à construção, substituição e melhoria de
redes de distribuição de água.
2. Tubagem de ferro fundido dúctil
A tubagem de ferro fundido dúctil deverá ser de marca acreditada internacionalmente e obedecer
às normas e prescrições próprias dos países de origem, designadamente no que se refere à
qualidade do material, rugosidade, tolerâncias de dimensões e peso, espessura do tubo, prova
hidráulica e revestimento.
Particularmente, todos os tubos e acessórios em ferro fundido dúctil deverão obedecer às normas
portuguesas em vigor.
À normalização internacional ISO, especialmente às normas:
ISO 2531 Tubos, ligadores e peças acessórias
ISO 4633 Juntas
ISO 8179 Revestimento exterior por zinco
ISO 4179 Revestimento interior por argamassa centrifugada
À normalização europeia, especialmente à norma:
EN 545:2010
E ainda ao regulamento geral dos sistemas públicos e prediais de distribuição de água e de
drenagem de águas residuais, bem como regulamentação complementar.
Sempre que no projeto ou no mapa de quantidades de trabalhos não estiver especificado em
contrário, entende-se que os acessórios a utilizar serão também em ferro fundido dúctil, da mesma
marca da tubagem, incluindo todos os pertences necessários à efetivação das ligações.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
TUBAGEM EM FERRO FUNDIDO DÚCTIL
Disposições Gerais
ET – T 03
Os tubos e acessórios em ferro fundido dúctil a fornecer e montar, deverão ter diâmetros interiores
iguais aos indicados nos projetos, obedecer à norma ISSO 2531, a classe de espessura da
tubagem será da série C40 de acordo com a norma EN 545:2010 e possuírem classes adequadas
até pressões de serviço, PN 16.
Classe de espessura dos tubos:
C40
Uniões:
As ligações devem ser feitas por um dos seguintes processos:
Junta travada;
Junta flangeada.
O tipo de ligação entre tubos e entre tubos e acessórios encontra-se especificado no projeto, as
ligações serão do tipo “travadas”, devendo estas resistir a um esforço de tração pelo menos igual ao
produto da pressão máxima de dimensionamento de fabrico do tubo pela seção correspondente ao
seu diâmetro exterior.
As ligações entre tubos e acessórios serão através de juntas flangeadas.
Nos tubos e acessórios flangeados não serão aceites flanges roscados.
As flanges de ligação deverão ter uma furação de acordo com as normas DIN 2501, 2502 e 2503
devendo seguir-se as indicações do fabricante.
A receção dos tubos, pela Fiscalização, poderá compreender a inspeção geral e os ensaios
previstos na norma ISO 2531.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
TUBAGEM EM FERRO FUNDIDO DÚCTIL
Disposições Gerais
ET – T 03
3. Revestimento Interior
Os tubos deverão ser revestidos interiormente com argamassa de cimento aplicada por
centrifugação, de acordo com as normas ISO 4179.
As tubagens para transporte de águas potáveis poderão ser revestidos com argamassa de cimento
de escória de alto-forno, epóxi ou poliuretano.
4. Revestimento Exterior
O revestimento à exterior das tubagens em ferro fundido dúctil deverá obedecer à norma ISO 8179.
Estes tubos, quando instalados em meio agressivo, deverão ser protegidos de forma mais
conveniente por mangas de plástico ou por sistema de proteção catódica.
O Adjudicatário, com a participação do fornecedor dos tubos, deverá fazer um estudo dos solos
interessados, de modo a propor uma adequada proteção exterior da tubagem.
Sem prejuízo do atrás exposto, poderão ser exigidas medições da resistividade dos solos
atravessados pelas condutas, sendo os respetivos encargos da conta do Adjudicatário. Estas
medições destinam-se a aferir da necessidade de complementar a proteção preconizada.
Na tabela seguinte indicam-se os intervalos de valores de resistividade em que deverão ser
utilizados os diferentes tipos de proteção:
Resistividade (Ω × cm)
Solos mal drenados de carácter anaeróbio
Solos mal drenados de carácter anaeróbio
R>2500 Revestimento normal3 Revestimento normal
1500<R<2500 Revestimento reforçado Revestimento normal
750<R<1500 Revestimento especial Revestimento reforçado
R<750 Revestimento especial Revestimento especial
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
TUBAGEM EM FERRO FUNDIDO DÚCTIL
Disposições Gerais
ET – T 03
5. Transporte e manuseamento
O transporte deve ser feito de modo a que os tubos não sofram deformações ou danificações,
evitando-se o atrito entre tubos e também com a plataforma de transporte.
Deve ser previsto o correto apoio, com peças de madeira, tanto na camada inferior dos tubos como
entre camadas.
Os tubos devem ser calçados lateralmente e nas extremidades, de modo a impedir deslocamentos.
Os veículos a utilizar no transporte devem possuir um comprimento útil da caixa de carga que
garanta que os tubos não ficarão parcialmente sem apoio, devendo as suas partes laterais ser
resistentes e apresentar dimensões adequadas.
A carga deve ser fixada com a ajuda de cintas e de sistema de içamento.
Evitar o arrastar dos tubos, deixá-los cair, ou mantê-los desequilibrados.
6. Armazenamento
O local de armazenamento deve apresentar o pavimento nivelado.
Os tubos devem ser armazenados por diâmetros, em pilhas homogéneas e estáveis, seguindo um
plano racional de armazenamento.
Devem ser utilizados espaçadores em madeira suficientemente resistentes e de boa qualidade.
Condições de receção do material de acordo com a norma EN 545:2010
3 Nota: por revestimento normal entende-se o revestimento que as tubagens apresentam normalmente à saída da fábrica (zinco metálico
+ tinta betuminosa ou epoxídica); por revestimento reforçado entende-se a proteção adicional das tubagens com mangas de polietileno, ou equivalente, a executar em obra de acordo com a norma ISO 8180; por revestimento especial entende-se a proteção das tubagens com um revestimento especial de poliuretano, ou equivalente, aplicado na fábrica
.
Cada tubo deve ter inscritos, indelevelmente, e de modo bem visível:
Identificação do fabricante
Tipo e dimensões das tubagens
Pressão nominal e máxima de serviço
Ensaios
Resistência à compressão diametral
Tipos de união entre tubos e entre tubos e acessórios
Sistemas de proteção anticorrosiva interior e exterior: sistemas e forma de aplicação
Modo de transporte, acondicionamento e armazenamento dos tubos desde a fábrica até ao local da obra.
Os concorrentes à empreitada devem apresentar com as suas propostas documentação com as
seguintes informações para além de outras que julguem necessárias a uma boa apreciação técnica
dos tubos e acessórios propostos:
Fabricante;
Tipo, peso e dimensões gerais;
Pressão nominal e máxima de serviço;
Ensaios;
Tipos de uniões de ligação entre tubos e entre tubos e acessórios;
Código de normas de projeto;
Proteção anticorrosiva;
Desenhos de conjunto e de pormenor;
Modos de transporte e acondicionamento dos tubos;
Referência à norma europeia EN 545:2010.
A fiscalização poderá exigir ao empreiteiro a apresentação de certificados dos ensaios dos tubos
em fábrica.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
TUBAGEM EM FERRO FUNDIDO DÚCTIL
Disposições Gerais
ET – T 03
INSTALAÇÃO DE TUBAGEM POR REBENTAMENTO (PIPE – BURSTING)
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
INSTALAÇÃO DE TUBAGEM POR
REBENTAMENTO (PIPE – BURSTING)
Disposições Gerais
ET – T 04
1. Rebentamento da tubagem existentes “HIDRAULIC ROD BURSTING”
Neste método a instalação da tubagem é realizada pelo arrasto, ao longo da tubagem existente, de
uma cabeça composta por uma lâmina e uma cabeça expansora ligadas a uma cabeça de tração
soldada ao tubo de PEAD a instalar, o arrasto poderá ser realizado utilizando cabo de aço até DN
160 e por varas de aço até DN 315.
A instalação por este método de diâmetros superiores terá que ser autorizada formalmente pelo
dono de obra.
Os locais de aplicação desta técnica serão aprovados pelo dono de obra.
1.1 Domínio de aplicação do processo:
- Tubagem existente em ferro fundido e fibrocimento;
- Troços retos;
- Troços instalados com profundidade, medida desde o pavimento à geratriz superior da
tubagem existente, superior a 0,60 m.
1.2 Descrição do processo
Será realizado um levantamento exaustivo do cadastro das diferentes infraestruturas da zona a
intervencionar.
Será realizada a pesquisa da totalidade da extensão da conduta por “geo-radar”, que incluirá, no
mínimo, o levantamento de perfis transversais espaçados de 6 metros para identificação do
alinhamento e profundidade da conduta a substituir, e o levantamento da profundidade e
dimensões de todas as infraestruturas que se cruzam com a conduta. Esta pesquisa deve ter o
detalhe suficiente para permitir a definição do esquema de proteção a adotar para a sua proteção,
recorrendo-se à abertura de poços sempre que este método não seja conclusivo, podendo ainda
ser solicitada uma inspeção vídeo no interior da conduta.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
INSTALAÇÃO DE TUBAGEM POR
REBENTAMENTO (PIPE – BURSTING)
Disposições Gerais
ET – T 04
Será elaborado o registo de todas as infraestruturas detetadas, pelos métodos acima referidos,
numa planta e perfil da zona do subsolo envolvente da conduta, num volume de dimensão
equivalente ao que corresponderia à abertura de vala, caso fosse executada. Deve ser evidenciado
o valor aproximado do diâmetro, distância a referencias conhecidas e visíveis e profundidade das
infraestruturas detetadas, esta informação será apresentada atempadamente à fiscalização. Será
igualmente obrigatório que todos os locais com infraestruturas sejam assinalados no chão com tinta
indelével.
Antes da instalação da tubagem serão previamente abertos todos os ramais da tubagem existente,
ou caso se aplique, de novos ramais ou órgãos de manobra a instalar.
Sempre que se verifique a possibilidade de contacto físico entre o troço a entubar e outras
instalações de subsolo e/ou o não cumprimento do legislado e prescrito no caderno de encargos
sobre “distâncias mínimas a manter” entre instalações de subsolo, o traçado de implantação da
nova tubagem deve corrigir aquelas situações ou encontrar soluções que garantam a correta
proteção da tubagem e das referidas infraestruturas, desta forma, deve-se colocar `vista os troços a
entubar, em toda a extensão em que se verifique o contacto referido, mais 0,50m para lá dos
limites daquele.
Todas estas operações serão executadas na presença da fiscalização.
Quaisquer dúvidas sobre as matérias explicitadas, ou outras que possam pôr em causa a correta
execução do processo, poderão dar lugar:
À abertura de poços de inspeção adicionais;
À inspeção vídeo do troço;
Ao cancelamento da operação.
O troço a substituir será um troço reto. Esta operação será realizada numa extensão máxima de
100 m para o sistema de tração por varas de aço e de 45m para o sistema de tração por cabo de
aço.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
INSTALAÇÃO DE TUBAGEM POR
REBENTAMENTO (PIPE – BURSTING)
Disposições Gerais
ET – T 04
As zonas início e fim da operação de “bursting”, bem como eventuais poços de apoio e ou
inspeção, serão delimitadas de modo a causarem o menor conflito na circulação de peões ou
veículos.
As “estações de introdução” e ou poços de apoio, deverão obedecer aos seguintes requisitos:
Abertura de vala com comprimento adequado aos equipamentos a utilizar ou outros trabalhos
a que o poço se destina, 0,60 m de largura mínima (DN110), para que o tubo existente fique
visível e acessível em toda a sua periferias na totalidade da vala aberta;
A zona de entrada da tubagem a instalar, será, por norma, a que tiver a cota altimétrica mais
alta;
O fundo da vala apresentará um leito de areia doce durante toda a operação, numa altura
mínima de 150 mm.
A unidade motriz/hidráulica, será colocada no passeio junto ao poço de ataque.
A unidade de rebentamento será introduzida dentro do poço de ataque.
Serão então introduzidas varas de aço rígidas do poço de ataque até ao poço de traça da tubagem
de PEAD.
Na ponta das varas será colocada uma lâmina de diâmetro superior ao da tubagem existente, um
cone expansor (com um diâmetro 20% superior ao diâmetro da tubagem a instalar) e uma cabeça
de tração soldada ao tubo de PEAD a instalar.
A unidade de rebentamento começa a puxar as varas ou o cabo e consequentemente a lâmina de
corte que parte o tubo antigo, arrastando igualmente o cone expansor que expande a tubagem
antiga bem como o terreno circundante criando o espaço necessário para a passagem da nova
tubagem sem ser sujeita a esforços suscetíveis de a danificarem.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
INSTALAÇÃO DE TUBAGEM POR
REBENTAMENTO (PIPE – BURSTING)
Disposições Gerais
ET – T 04
O movimento de progressão deverá ser efetuado com baixa velocidade e tanto quanto possível
constante.
Qualquer variação brusca da velocidade ou da força de tração (pressão na unidade hidráulica)
deverá ser motivo de paragem imediata, pois que poderá refletir qualquer anomalia ou
singularidade na tubagem antiga, por exemplo nos acessórios de reparação instalação na tubagem
existente (acessórios tais como os “manchões” em aço inox), maciços de betão (caso seja armado
pode causar séria resistência), ou troços curtos de ferro fundido dúctil, que podem criar problemas
à progressão da lâmina e provocar a expansão dos terrenos circundantes com consequentes
danos em infraestruturas.
Sempre que se verificar que a progressão é difícil, por colidir com qualquer obstáculo do subsolo,
ou outro motivo, então deverá ser parado o sistema. Será localizada a zona onde a tubagem parou
e aberta sondagem para identificação e resolução do problema.
Devem ser retirados troços de um metro de tubagem para análise dos eventuais danos provocados
no processo e para ensaios destrutivos, no mínimo um provete por empreitada e por cada 600
metros instalados, os ensaios a realizar são:
Trações e alongamentos de acordo com o previsto no caderno de encargos;
Pressão interior – Ensaio de pressão interna a 80ºC (165 horas) de acordo com a EN 12201
(este ensaio será realizado por exceção e se solicitado formalmente pelo dono de obra).
Os ensaios referidos nos parágrafos anteriores serão executados pelo empreiteiro, que suportará
os seus custos, cabendo ao dono de obra a escolha dos provetes a ensaiar e a aprovação do
laboratório certificado onde serão executados os ensaios.
A operação de perfuração e introdução das tubagens será executada por empresa especializada,
devendo o empreiteiro apresentar, para apreciação pele dono de obra em fase de apresentação de
propostas, o processo construtivo preconizado, com descrição pormenorizada em peças escritas e
desenhadas, de todas as fases de execução, incluindo programa de trabalhos e o
dimensionamento e cálculos para todos os elementos estruturais ou acessórios à introdução das
tubagens.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
INSTALAÇÃO DE TUBAGEM POR
REBENTAMENTO (PIPE – BURSTING)
Disposições Gerais
ET – T 04
O empreiteiro é responsável pela manutenção permanente do sistema de modo a garantir a
continuidade normal dos trabalhos, nomeadamente no que se refere à remoção dos produtos de
perfuração, etc.
O empreiteiro deverá propor à fiscalização, para aprovação, uma sequência construtiva adaptada
aos meios que se propõe empregar e no respeito pelo plano de trabalhos, 30 dias antes do prazo
previsto para o início dos trabalhos respetivos.
O empreiteiro será responsável pelo fornecimento das tubagens a aplicar. Será ainda responsável
por todos os trabalhos complementares ao processo, nomeadamente no que se refere a
sondagens, bombagens, obras e tarefas complementares para o correto alinhamento da tubagem,
transporte, carga e descarga de equipamentos entre estações, etc.
O empreiteiro ficará responsável por quaisquer danos em infraestruturas existentes, por ação
própria ou por intervenção da empresa especializada.
O empreiteiro deverá fornecer à empresa especializada no processo de perfuração, um estudo
geológico e geofísico do subsolo.
Para efeitos de liquidação, serão consideradas por valor global todas as operações necessárias à
completa instalação, assim como as demolições subsequentes e eventuais paragens dos trabalhos.
Será por conta do empreiteiro garantir as medidas de segurança necessárias para a execução das
obras, que figurem no caderno de encargos, assim como as exigidas por Lei aplicável,
nomeadamente a sinalização, balizamentos, acessos às estações, terras de proteção, etc..
1.3 Considerações geotécnicas
É essencial que o empreiteiro se inteire das condições do subsolo na fase preparatória da obra,
identificando as condições geológicas dos terrenos a atravessar pela perfuração, nomeadamente,
resistência, granulometria, características plásticas, abrasividade e taxa de compressão.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
INSTALAÇÃO DE TUBAGEM POR
REBENTAMENTO (PIPE – BURSTING)
Disposições Gerais
ET – T04
1.4 Assentamentos
O processo de perfuração a considerar será tal que impeça os assentamentos à superfície, o
levantamento do terreno ou sobre escavações.
Estes fenómenos não deverão ocorrer, cabendo à empresa especializada garantir que a cabeça
perfuradora funcione equilibrada, trabalhando a uma pressão de rotação prefixada e garantindo
uma velocidade de andamento que anule o efeito de descompressão do terreno.
1.5 Considerações de alinhamento
Deverá ser executado pelo empreiteiro um levantamento pormenorizado no local, indicando todas
as infraestruturas existentes no subsolo, ainda que na fase de projeto não se tenham identificado
nenhumas infraestruturas no local previsto para a obra.
A distância a perfurar entre as duas estações deverá ser vencida de uma só vez, isto é, deverá ser
executada uma perfuração sem estações intermédias.
Para que tal aconteça, deverá o empreiteiro inteirar-se de todas as limitações que o impeçam de o
fazer.
SOLDADURA DE TUBAGEM EM POLIETILENO
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
SOLDADURA EM TUBAGEM EM POLIETILENO
Disposições Gerais
ET – T 05
1. Objetivo
A presente especificação técnica estabelece e define os requisitos, normas e condições técnicas
bem como os critérios de avaliação a satisfazer, na execução de soldaduras em tubagens e
acessórios de polietileno, utilizados em redes de distribuição de água e/ou drenagem de águas
residuais.
2. Definições
Soldador Qualificado
Pessoa detentora de certificado de qualificação de soldador emitida por uma entidade acreditada
para o efeito.
Equipamento de Soldadura
Aparelho concebido para a execução de soldaduras de polietileno, tendo parâmetros essenciais de
uma soldadura (ex: pressão; tempo; temperatura).
Deve ter capacidade de armazenar informação respeitante às soldaduras efetuadas. Não deve
causar qualquer tipo de dano nos materiais a soldar.
Soldadura topo a topo
É um processo em que a ligação entre os elementos a soldar é conseguida através do contacto
controlado, (temperatura, pressão e tempo) entre as extremidades a ligar, após o seu aquecimento.
Eletrossoldadura
É um processo de soldadura que utiliza um elemento exterior aos elementos a soldar, o qual tem
incorporada uma resistência elétrica percetível na sua parede interna e que alimentada em
condições bem definidas aquece os elementos a soldar a uma temperatura que torna possível a
ligação.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
SOLDADURA EM TUBAGEM EM POLIETILENO
Disposições Gerais
ET – T 05
Variável fundamental
Atributo de um processo cuja variação/alteração obriga a uma ação de requalificação.
3. Descrição
3.1. Tipos de Soldadura
Qualquer dos processos a seguir indicados, são aceites na construção das redes de distribuição de
Águas.
Soldadura topo a topo com interface de aquecimento
Na ligação de tubos e acessórios de DN igual ou superior a 100mm. Este processo é limitado a
soldadura entre tubos (ou entre tubos e acessórios) da mesma resina, diâmetro e SDR.
Eletrossoldadura
Na ligação de tubos e acessórios de todos os diâmetros
3.2. Qualificação dos Soldadores
Todos os soldadores envolvidos nos trabalhos deverão possuir um certificado de qualificação de
soldador válido para o processo de soldadura que executem, emitido por um organismo acreditado,
de acordo com a norma EN 13067, e respeitando as gamas de validade lá indicadas.
As provas de qualificação de soldadores têm por objetivo aferir a aptidão e âmbito de aplicação de
cada soldador que se pretende afetar aos trabalhos de montagem previstos para a execução da
obra. A execução das provas será de acordo com a EN13067.
4. Referências
EN 12201 (2003)
Plastic piping Systems for water supply – Polyethylene (PE)
EN 13067 (2003)
Plastics Welding personnel. Approval testing of welders – Termoplastic welded assemblies.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
SOLDADURA EM TUBAGEM EM POLIETILENO
Disposições Gerais
ET – T 05
EN 13100 (2000)
Non destructive testing of welded joints of thermoplastics semi-finished products – Part 1: Visual
examination.
DVS 2202-1 (2006)
Défauts des assemblages soudés en matières thermoplastiques – Caractéristiques, description,
évaluation.
DVS 2207-1 (1995)
Hot element welding of pipeline parts in PE-HD
DVS 2208-1 (1997)
Machines and equipment for the welding of thermoplastic-heated tool welding
ISO 12176-1 (2000)
Plastics pipes and fittings – Equipment for fusion jointing polyethylene systems. Part 1: Butt fusion
ISO 12176 –2 (2008)
Plastics pipes and fittings – Equipment for fusion jointing polyethylene systems. Part 2:
Electrofusion.
ISO 13954 (1997)
Plastics pipes and fittings – Peel decohesion test for polyethylene (PE) electrofusion assemblies of
nominal outside diameter greater than or equal to 90 mm.
ISO TR 11647 (1996)
Fusion compatibility of polyethylene pipes and fittings.
DS/INF 70-2 (1992)
Plastic pipes – Butt fusion of polyolefin pipe systems – Fusion methodology
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
SOLDADURA EM TUBAGEM EM POLIETILENO
Disposições Gerais
ET – T 05
VEG-85 (1985):
Specification of butt welding.
WIS 4-32-08 (1994)
Specification for site fusion jointing of PE100 pipe and fittings
INSTA 2072 N204
Plastic of Polyolefine – Pipe Systems – Visual Inspection
5. Soldadura em Obra
Cada equipa de soldadura deverá possuir no mínimo o seguinte material:
a) Uma máquina de soldar topo a topo adequada ao diâmetro e tipo de resina a soldar;
b) Uma máquina de soldar pelo processo de eletrossoldadura adequada ao tipo de materiais a
soldar;
c) Todos os equipamentos de soldadura devem ter dispositivos para leitura de códigos de barras;
d) Uma impressora adequada a cada máquina de soldar utilizada;
e) Equipamento de corte de tubos, nomeadamente, abraçadeira de corte para tubo de PEAD,
guilhotinas e tesouras específicas para o corte de tubagem de polietileno e que sejam
adequados e suficientes para cobrir os diâmetros a cortar;
f) Roletes em número suficiente para soldadura topo a topo, no mínimo de 6 (seis);
g) Posicionadores para eletrossoldadura para todos os diâmetros a soldar, e que sejam utilizáveis
para os tipos de acessórios a soldar e locais de instalação;
h) Um raspador de preferência rotativo;
i) Uma barraca completa para proteção de condições atmosféricas;
j) Material em quantidade suficiente para a limpeza dos materiais a soldar;
k) Um marcador adequado para tubagem em polietileno:
l) Um paquímetro para autocontrolo do processo de soldadura;
m) Uma fita métrica;
n) Um espelho para controlo do processo;
o) Um saca-rebordos;
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
SOLDADURA EM TUBAGEM EM POLIETILENO
Disposições Gerais
ET – T 05
Todas as soldaduras de campo serão identificadas e registadas de acordo com o especificado
abaixo.
Sempre que solicitado pela fiscalização deverão ser retiradas soldaduras para ensaio destrutivo.
A amostragem será realizada até 2% do total das soldaduras previstas para a obra.
5.1. Equipamentos
Todos os equipamentos de soldadura envolvidos deverão possuir um certificado emitido por uma
entidade acreditada, que deverá acompanhar sempre o equipamento.
Os equipamentos de soldadura deverão ser sujeitos a manutenção de acordo com instruções do
fabricante, com periodicidade por ele recomendada e que nunca serão superiores a 1 ano.
Os equipamentos de soldadura deverão estar sempre acompanhados por documento que
evidencie a última manutenção efetuada, e em que seja referida a calibração do equipamento. Só
poderão ser certificados equipamentos que tenham a manutenção em dia.
Serão aceites certificados de equipamentos efetuadas de acordo com a norma ISO/CD 12176, ou
outra tecnicamente equivalente, desde que aceite pela fiscalização.
Um certificado de equipamento de soldadura tem a validade de 1 ano.
Qualquer operação de reparação ou manutenção efetuada no equipamento de soldadura após a
certificação, obriga a uma nova certificação, salvo indicação contrária do dono de obra.
As máquinas de soldar topo a topo serão do tipo automático e que possam emitir registo da
soldadura onde está incluída toda a informação relativa ao processo de soldadura associado.
As máquinas de eletrossoldadura serão do tipo que possam emitir registo da soldadura onde está
incluída toda a informação relativa ao processo de soldadura associado.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
SOLDADURA EM TUBAGEM EM POLIETILENO
Disposições Gerais
ET – T 05
A avaria de qualquer instrumento de medida e controlo das máquinas de soldar implica a sua
imediata retirada de serviço operativo e da própria obra.
Todas as máquinas de soldar devem ser aprovadas pela fiscalização, que é responsável por
proceder ou mandar proceder aos testes de controlo que entender convenientes e no momento que
julgar mais adequado.
As ligações da tubagem em polietileno serão em geral soldadas, podendo-se usar os processos de
soldadura topo a topo e/ou eletrofusão.
Deverá ser impresso por cada soldadura efetuada um registo, pela máquina, que contenha no
mínimo a seguinte informação:
a) Todos os parâmetros de soldadura que evidenciem um correto ciclo e uma soldadura perfeita;
b) Número do projeto de execução;
c) Data e hora da soldadura;
d) Local da soldadura;
e) Identificação da máquina de soldar;
f) Identificação da soldadura que será sempre rastreável com a marcação efetuada pelo soldador
no tubo e/ou acessório;
g) Identificação do soldador.
Estes registos serão retirados por cada soldadura, estarão imediatamente disponíveis após a
realização da mesma, e serão arquivados em obra, em formato digital ou papel, de forma a
estarem disponíveis sempre que solicitado, serão organizados por números de soldadura, data e
frentes de obra.
A falta da apresentação dos registos atrás indicados ou qualquer erro nos dados resultará no corte
da soldadura.
Todas as soldaduras devem ser identificadas com a seguinte informação:
O soldador que a realizou; a data e número sequencial da soldadura relativo às realizadas nessa
data (ex: 20.04.07-CP01).
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
SOLDADURA EM TUBAGEM EM POLIETILENO
Disposições Gerais
ET – T 05
Qualquer soldadura não identificada será imediatamente cortada.
No caso do registo de todas as soldaduras realizadas em obra possuírem, para além da informação
acima referida, a identificação do tipo dos materiais soldados, fabricante, diâmetro, SDR, tipo de PE
e número do lote, o registo de soldadura servirá como registo de receção de materiais permitindo
desta forma a rastreabilidade dos mesmos relativamente aos certificados de fabrico.
Todos os acessórios para soldar topo a topo deverão ser de resinas e SDR adequados aos tubos a
que vão ser soldados.
Os acessórios eletrossoldáveis devem ser de resinas e SDR adequado aos elementos que irão ser
soldados (tubo/tubo, tubo/acessório e acessório/acessório).
Os acessórios em PEAD quer sejam eletrossoldáveis ou não, só devem ser retirados da sua
embalagem imediatamente antes da sua instalação.
5.2. Execução da Soldadura
5.2.1. Soldadura topo a topo com interface de aquecimento
Este tipo de soldadura só poderá ser executado para diâmetros DN ≥110 mm.
Durante as fases de preparação execução e verificação das soldaduras o soldador deverá garantir
o cumprimento dos seguintes requisitos:
a) Proteger o posto de soldadura de forma adequada no caso em que as condições atmosféricas
assim o exigirem. Em condições normais a soldadura é realizada com temperaturas entre - 5º C
e 40º C, sem vento e/ou chuva.
b) Pré-montar, no equipamento de soldadura, os elementos a soldar.
c) Proteger as extremidades dos elementos a soldar.
d) Examinar os elementos a soldar de forma a detetar eventuais zonas danificadas ou com riscos
profundos.
e) Não são admissíveis riscos, cuja profundidade ultrapasse 10% da espessura nominal do
elemento a soldar num máximo de 1 mm.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
SOLDADURA EM TUBAGEM EM POLIETILENO
Disposições Gerais
ET – T 05
f) Alinhar e nivelar os elementos a soldar com o equipamento de soldadura de forma a tornar
coincidentes os seus eixos, quer por deslocação dos pontos de apoio, por rotação dos
elementos a soldar ou por intermédio de outra qualquer técnica, tendo sempre presente que os
elementos a soldar não podem provocar esforços nos dispositivos de fixação do equipamento
de soldadura.
g) A ovalização dos tubos fornecidos em bobinas ou vara não deverá ultrapassar 6% e 2%,
respetivamente.
h) As extremidades originais dos tubos deverão ser eliminadas em cerca de 50 mm, de forma a
reduzir a parte do tubo deformada pela operação de corte após extrusão, a fim de facilitar a
operação de soldadura.
i) Ajustar as maxilas de fixação do equipamento de soldadura com um aperto manual ligeiro.
j) No caso de se observarem desalinhamentos na tubagem que possam ser corrigidos deve ser
cortado um comprimento da extremidade de tubo suficiente que permita a correção e reinício da
operação.
k) Os desalinhamentos e folgas são admissíveis desde que estejam dentro dos parâmetros da
Norma DVS 2202, devendo ser distribuídos ao longo de todo o perímetro da soldadura.
l) Montar a interface de corte/preparação, que deverá ser de dupla face, no intervalo entre os
elementos a soldar e perpendicularmente a estes.
m) Preparar com o auxílio da interface de corte/preparação as superfícies a soldar.
n) As superfícies a soldar devem apresentar um plano perpendicular ao eixo do tubo.
o) A força de encosto não deverá atingir valores que provoquem um esforço excessivo na unidade
de corte.
p) Retirar a interface de corte/preparação e as aparas resultantes da respetiva operação.
q) A operação de corte deverá terminar após a saída completa da apara em todo o seu perímetro
e espessura.
r) Não é admissível a existência de qualquer vestígio da apara ou ressalto nas superfícies
tratadas.
s) Controlar o acabamento e o paralelismo dos dois topos a soldar através da observação visual e
da sua aproximação até ao contacto.
t) Verificar o alinhamento entre os elementos a soldar.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
SOLDADURA EM TUBAGEM EM POLIETILENO
Disposições Gerais
ET – T 05
u) Os topos a soldar deverão ser pressionados um contra o outro não podendo, em qualquer
ponto, existir folgas e/ou desalinhamentos superiores às indicadas no quadro abaixo.
DN Largura da folga Desnivelamento Desalinhamento
90 – 200 0,3 0,3 0,5
> 225 0,3 0,5 e /10;max=1mm
Dimensões em mm
Nos casos em os valores verificados não estejam dentro destes parâmetros, deverão ser repetidas
todas as operações anteriores até à correção do defeito de forma a permitir o prosseguimento das
operações.
a) Desengordurar a interface de aquecimento e as extremidades dos elementos a soldar, interior e
exteriormente.
b) Verificar a temperatura de superfície da interface de aquecimento.
c) O valor de comparação é dado pelo fabricante do equipamento.
d) Controlar o valor da força de pré-aquecimento necessária a aplicar à unidade de aquecimento e
o respetivo tempo de encosto, de forma a proporcionar o aparecimento do rebordo de fusão
definido pela sua altura, conforme definido pelo fabricante do equipamento.
e) Colocar a interface de aquecimento entre as duas superfícies a soldar.
f) Controlar o deslocamento dos elementos a soldar, até ao contacto com a interface de
aquecimento.
g) A força de pré-aquecimento, correspondente à pressão que permita o aparecimento em toda a
periferia, dos elementos a soldar da altura de rebordo de fusão, é definida e programada pelo
fabricante do equipamento de soldadura.
h) Reduzir a força de pré-aquecimento aplicada a um valor quase nulo, conforme recomendado
pelo fabricante do equipamento, tendo em vista preparar o aquecimento das superfícies a
soldar.
i) Este valor deverá ser mantido, aproximadamente, durante o tempo mencionado pelo fabricante
do equipamento.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
SOLDADURA EM TUBAGEM EM POLIETILENO
Disposições Gerais
ET – T 05
j) Retirar a interface de aquecimento, após afastamento das superfícies a soldar, tendo em
atenção o tempo de saída da unidade definido pelo fabricante do equipamento. Esta fase é a
mais importante e crítica da operação de soldadura; o tempo de saída da placa nunca deverá
exceder os 8 segundos.
k) Aplicar e manter, tendo em conta o ponto anterior, a pressão que permita a realização da
soldadura, tendo em atenção os tempos definidos pelo fabricante do equipamento.
l) Esta fase é controlada pelo soldador, de acordo com a programação do equipamento.
m) Manter, durante o arrefecimento, a pressão de soldadura conforme definido pelo fabricante do
equipamento.
n) Manter durante o período de arrefecimento, sem influência de qualquer esforço mecânico, as
maxilas apertadas. O arrefecimento forçado é interdito.
o) Desapertar as maxilas do equipamento de soldadura após concluída a fase de arrefecimento.
p) Efetuar uma impressão do registo dos parâmetros da soldadura efetuada e comparar com os
valores da especificação do equipamento para os tubos em causa.
q) Proceder ao controlo visual e dimensional do rebordo exterior resultante da soldadura o qual
deverá ser retirado com os meios adequados de forma a ser analisada a perfeita fusão dos
elementos a soldar.
r) O critério de aceitação adotado será o preconizado no documento normativo DVS 2202, nível
de Qualidade I.
s) Relativamente à espessura do cordão será respeitado o enquadramento “A” do mesmo
documento.
t) É da exclusiva responsabilidade do empreiteiro, assegurar a qualidade das soldaduras
executadas bem como o corte e nova execução das que apresentarem defeitos, quer estes
sejam detetados pelo sistema de qualidade do empreiteiro ou pela fiscalização.
u) Deverá ser realizado um controlo estatístico da percentagem de reparações não devendo a
mesma ultrapassar os 7%.
v) Caso esta percentagem seja ultrapassada a fiscalização determinará a redução/suspensão dos
trabalhos de soldadura, a fim de se proceder à análise das causas da falta de qualidade e
implementar ações corretivas adequadas.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
SOLDADURA EM TUBAGEM EM POLIETILENO
Disposições Gerais
ET – T 05
w) A introdução repetida de defeitos, ou o não cumprimento dos procedimentos de soldadura
qualificados por parte de um soldador, confirmam à fiscalização a autoridade de o afastar
imediatamente dos trabalhos de soldadura.
5.2.2. Soldadura por eletrofusão
Durante as fases de preparação, execução e verificação das soldaduras o soldador deverá garantir
o cumprimento dos seguintes requisitos:
a) Preparar as extremidades dos elementos a soldar;
b) Limpar as extremidades dos elementos a soldar;
c) Proteger o posto de trabalho de forma adequada de forma a não pôr em causa a qualidade da
soldadura executada;
d) Proteger as extremidades dos elementos a soldar;
e) Preparar a superfície dos elementos a soldar.
f) A influência atmosférica, em particular os UV, ocasionam a formação de uma camada de óxido
sobre as superfícies a soldar.
g) Em função desta camada, a qualidade da ligação pode ser mais ou menos afetada, podendo
mesmo tornar-se impossível realizá-la se a camada de óxido for muito espessa.
h) As extremidades de cada um dos elementos a ligar deverão ser libertas, por um processo
mecânico de raspagem, dessa camada de óxido nocivo à ligação, até a um máximo de 0.10
mm de profundidade (a raspagem deve ser realizada apenas para tirar a camada superficial de
óxidos, uma raspagem excessiva pode por em causa a soldadura). A raspagem será realizada
numa extensão mínima igual a metade do comprimento total do acessório mais 25mm, a
impossibilidade de verificação da zona raspada, após a execução da soldadura, é condição
suficiente para o corte da mesma. Deverão ser utilizados nesta operação raspadores ou
superficiadores e está interdito o uso de esmeris ou limas.
i) Pré-montar os elementos a soldar.
j) Antes de proceder à pré-montagem deve marcar-se, nos extremos dos elementos a soldar, a
extensão da entrega do acessório eletrossoldável.
k) Inserir a união num dos elementos a soldar deslizando-a até ao contacto com o ressalto interior
ou até à marcação efetuada.
l) Inserir, de igual forma, o segundo elemento no acessório até ao ressalto interno ou à marcação.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
SOLDADURA EM TUBAGEM EM POLIETILENO
Disposições Gerais
ET – T 05
m) Se necessário os ressaltos internos podem ser eliminados para que a união seja utilizada para
as ligações deslizantes.
n) Unir as extremidades dos elementos a soldar e realizar o deslizamento até à marcação
efetuada.
o) Tomar os devidos cuidados de forma a não danificar a resistência do acessório.
p) Desmontar o conjunto e desengordurar as áreas de soldadura.
q) Montar de novo o conjunto.
r) Antes de proceder á soldadura os elementos a soldar devem ser fixos por meio de dispositivos
de posicionamento, vulgo posicionadores.
s) Proceder à operação de soldadura conforme instruções do fabricante do acessório.
t) Desmontar o posicionador.
u) De um modo geral os posicionadores podem ser retirados decorrido um período de 20 minutos
(recomendado pelo fabricante) para arrefecimento, após a finalização da soldadura.
v) Se por qualquer acidente um ciclo de soldadura é interrompido, o mesmo acessório pode ser
sujeito a uma segunda tentativa de soldadura, na condição de que o novo ciclo apenas se inicie
após o completo arrefecimento do ciclo abortado, ou com mais garantia apenas após vinte e
quatro horas depois.
w) Se a união soldada for submetida a esforços de tração ou se for para colocação em serviço
deve ser guardado um tempo mínimo de 1 hora para diâmetros iguais ou superiores a 160 mm,
podendo este tempo ser reduzido para diâmetros inferiores de acordo com a fiscalização;
x) Proceder ao controlo visual da soldadura.
y) O critério de aceitação adotado será o preconizado no documento normativo DVS 2202, nível
de qualidade I.
z) É da exclusiva responsabilidade do empreiteiro, assegurar a qualidade das soldaduras
executadas bem como o corte e nova execução das que apresentarem defeitos, quer estes
sejam detetados pelo sistema de qualidade do empreiteiro ou pela fiscalização.
aa) Deverá ser realizado um controlo estatístico da percentagem de reparações não devendo a
mesma ultrapassar os 7%.
bb) Caso esta percentagem seja ultrapassada a fiscalização determinará a redução/suspensão dos
trabalhos de soldadura, a fim de se proceder à análise das causas da falta de qualidade e
implementar ações corretivas adequadas.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
SOLDADURA EM TUBAGEM EM POLIETILENO
Disposições Gerais
ET – T 05
cc) A introdução repetida de defeitos, ou o não cumprimento dos procedimentos de soldadura
qualificados por parte de um soldador, confirmam à fiscalização a autoridade de o afastar,
imediatamente, dos trabalhos de soldadura.
dd) Nas ligações deve ser sempre respeitado um período de espera de 1 hora, após a realização
da última soldadura, antes da colocação em carga da tubagem.
ENSAIO DE PRESSÃO
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ENSAIO DE PRESSÃO
Disposições Gerais
ET – T 06
1. Objetivo
O presente documento, indica as linhas gerais e requisitos para os ensaios de resistência mecânica
e de estanquidade da tubagem em linha e, no geral, em todos os sistemas de tubagem com
pressão.
2. Documentos de Referência
As tubagens em questão têm que ser submetidas a ensaios de resistência mecânica e de
estanquidade antes de serem colocados em serviço. Os testes devem cumprir os requisitos dos
seguintes documentos, listados por ordem de precedência:
Caderno de Encargos
EN 805
ANSI B 31.8
3. Descrição
3.1. Ensaios de Condutas para Escoamento em Pressão
3.1.1. Generalidades
O empreiteiro deverá manter no estaleiro de obra plantas atualizadas que evidenciem a extensão
de rede ensaiada relativamente à rede construída.
Os ensaios hidráulicos da tubagem serão executados de acordo com a norma EN 805. Serão
submetidas a ensaio todas as tubagens instaladas incluindo ramais.
Para tal cada ramal ficará com um comprimento maior do que o necessário, sendo colocado na sua
extremidade uma válvula, de forma a permitir purgar o ar, todos os acessórios utilizados nos
ensaios serão no mínimo PN10.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ENSAIO DE PRESSÃO
Disposições Gerais
ET – T 06
Os marcos de água devem fazer parte integrante do ensaio com o obturador aberto. No final do
ensaio, devem ser fechados os obturadores de todos os marcos e realizada a verificação da sua
estanquicidade.
Os ensaios serão efetuados por troços individualizados da tubagem ou por conjuntos de troços.
O comprimento de cada troço submetido a ensaio deve ser fixado pela fiscalização tendo em conta
os condicionamentos locais.
O(s) troço(s) a testar em cada ensaio serão definidos com base nos seguintes critérios:
a) Que a pressão de ensaio possa ser atingida no ponto mais baixo de cada troço;
b) Que uma pressão não inferior à máxima pressão de serviço seja alcançada no ponto mais alto;
c) Que a pressão de ensaio seja, no mínimo, igual a 1,5 a pressão de serviço;
d) Que em qualquer caso a pressão de ensaio nunca seja inferior a 9,00 bar;
e) A % de tubagem exposta não pode exceder 5% do comprimento total do troço a ensaiar.
Antes do início dos ensaios de pressão de todo e qualquer troço da rede o empreiteiro deve
colocar, obrigatoriamente, à disposição da fiscalização a seguinte documentação:
a) Uma planta do troço a ensaiar, aprovada e assinada pela fiscalização (pode ser a planta
fornecida com o projeto de execução atualizada à mão), evidenciando o traçado e todas as
características do troço a ensaiar;
b) Croquis com o levantamento integral da conduta a ser objeto de ensaio e que, por conseguinte,
cubram toda a zona a ensaiar, aprovados e assinados pela fiscalização;
c) Lista de ramais da zona a ensaiar aprovada e assinada pela fiscalização;
d) Lista de válvulas da zona a ensaiar aprovada e assinada pela fiscalização.
O troço de tubagem a ensaiar deve ser cheio de água, a um caudal suficientemente baixo para
assegurar uma expulsão total do ar.
Deve sempre que possível introduzir-se a água no ponto mais baixo da seção de ensaio,
aproveitando as descargas de fundo existentes, ou deixando previsto dispositivos para o efeito.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ENSAIO DE PRESSÃO
Disposições Gerais
ET – T 06
Durante o enchimento deve assegurar-se que todas as ventosas, ou outros dispositivos de purga,
colocados nos pontos altos da tubagem estejam em funcionamento (exemplo: verificar se todas as
válvulas de seccionamento das ventosas ou dos dispositivos de purga estão abertas).
Os ensaios decorrerão com todas as válvulas intermédias abertas. O reservatório da bomba deve
possuir um dispositivo de medição das quantidades de água de reajustamento para manter a
pressão requerida, sendo a precisão desse dispositivo de ± 0,10 litro.
As tubagens serão despressurizadas lentamente e com todas as purgas abertas.
Caso o equipamento de medição e registo não possa ser instalado no ponto mais baixo do troço a
testar, a pressão do teste será de 9,00 bar menos a diferença de pressão devida à diferença
altimétrica entre o ponto de instalação do equipamento e o ponto mais baixo.
Cada troço a ensaiar, caso isso se justifique, deverá ser, previamente, ancorado por meio de
maciços de amarração, ou por dispositivos de carácter provisório, julgados adequados, de forma a
evitar deslocamentos da tubagem durante os ensaios.
Caso tenha havido betonagem, os ensaios só poderão efetuar-se 7 dias após ter ocorrido a
betonagem do último maciço de amarração ou 1,5 dias (36H00) no caso de ser utilizado cimento de
presa rápida.
3.1.2. Instrumentos de registo e medida
Todos os aparelhos terão um certificado de calibração individual com validade máxima de um ano,
sendo aceites somente os certificados de calibração de uma entidade acreditada.
Deverão ser considerados os seguintes instrumentos de medida para o ensaio:
a) Um manómetro de leitura direta de classe 0,6 com escala adequada às pressões do teste em
questão. O manómetro deve ter escala adequada, para que a leitura tenha lugar ao meio da
sua escala e não na sua extremidade;
b) Um registador de pressão e temperatura;
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ENSAIO DE PRESSÃO
Disposições Gerais
ET – T 06
c) Um manómetro digital de classe 0,1 com uma precisão de pelo menos 10 milibar.
3.1.3. Procedimento de ensaio das tubagens
Tubagens em PE
A fim de assegurar maior sucesso do teste final recomenda-se a realização de um pré-teste
pneumático de estanquidade, introduzindo na tubagem uma pressão de 0,50 bar, com verificação
de todas as soldaduras com espumífero.
Os troços de tubagem que possam ser seccionados entre válvulas e tenham sido submetidos a
ensaios de estanquidade serão pressurizados com água à pressão de serviço, mantendo-se assim
até ao ensaio hidráulico final.
Procedimento de teste
O procedimento completo de teste envolve três fases:
Fase preliminar que envolve um período de relaxamento e estabilização;
Teste de ausência de ar;
Teste principal.
Fase Preliminar
Esta fase constitui um pré-requisito fundamental para o teste principal sendo o seu objetivo
estabilizar as condições de temperatura e pressão.
Os passos a seguir descritos devem ser observados rigorosamente de forma a obter resultados
credíveis no teste principal:
a) Após o enchimento da tubagem e purga de ar deve proceder-se à sua despressurização lenta,
evitando entradas de ar, até atingir a pressão atmosférica;
b) A fim de aliviar possíveis tensões, deve em seguida deixar-se a tubagem em repouso por um
período nunca inferior a 01H00;
c) Após o período de relaxamento deve subir-se a pressão de forma rápida e continua (menos de
10 min) até à pressão de teste, mantendo-se depois esta pressão por um período de 30 min,
bombeando, se necessário, continuamente e procurando fugas;
∆Vmax = 1,2.V.( ∆p).[(1/Ew).(D/(e.Er))]
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ENSAIO DE PRESSÃO
Disposições Gerais
ET – T 06
d) Deixar 01H00 sem bombear, período durante o qual a tubagem poderá “distender” devido às
suas propriedades elásticas;
e) Medir a pressão ao fim deste período;
f) Se a pressão tiver descido mais que 30% da pressão de teste, interrompe-se a fase preliminar
e despressurizasse a seção;
g) Considerar e ajustar as condições de teste (ter atenção à influência da temperatura e possíveis
fugas);
h) O teste só deverá recomeçar novamente após um período de 01H00;
i) No caso desta fase preliminar ser bem-sucedida passa-se então à fase seguinte.
Teste de Ausência de ar
Os resultados do teste principal só serão válidos se a quantidade de ar na tubagem for bastante
baixo, assim os seguintes passos são fundamentais:
a) Reduzir rapidamente a pressão que ficou após conclusão da fase preliminar, até um
abaixamento de pressão entre 10 a 15 % da pressão de teste;
b) Medir exatamente o volume retirado ∆V e a Pressão;
c) Calcular a variação de volume máxima ∆Vmax através da seguinte formula e verificar se ∆V é
inferior a ∆Vmax:
onde:
∆Vmax – variação máxima de volume permitida;
1,2 – Fator de ar permitido para o teste principal
V – Volume da secção testada em litros
∆p – variação de pressão em KPa
Ew – Módulo de Bulk da água em KPa
D – Diâmetro interno da tubagem em metros
e – espessura dos tubos em metros
Er – Módulo de elasticidade da parede do tubo na direção circunferencial em KPa.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ENSAIO DE PRESSÃO
Disposições Gerais
ET – T 06
Especialmente em diâmetros muito pequenos ∆p e ∆V devem ser medidos com bastante precisão.
Se ∆V > ∆Vmax deve-se interromper o processo, despressurizar a secção de teste e purgar
novamente o ar.
Teste Final
A rápida descida de pressão durante o teste de ausência de ar origina uma contração da tubagem.
Mantendo a pressão após o teste de ausência de ar aguarda-se durante um período de 03H00 que
constituirá o teste final.
O teste final será aceitável se durante um primeiro período de 30min a pressão nunca descer e
inclusive mostrar tendência para um aumento.
Se durante este período existir alguma descida de pressão isto indica fuga. Neste caso prolonga-se
o teste final por mais 02H30.
Para que o ensaio seja considerado aceite, têm que se verificar as seguintes condições:
a) Caso exista queda de pressão esta deverá ser decrescente ao longo das 3 (três) horas de
ensaio;
b) Caso exista queda de pressão esta deverá ser inferior a 300 mbar nas 3 (três) horas de ensaio;
c) Caso a perda de pressão seja superior aos 300 mbar então o teste falha e deve ser repetido
após retificada a situação. A repetição do teste deverá ser integral não sendo de desprezar
qualquer dos passos atrás descritos.
Tubagens em ferro fundido dúctil
O teste compreende as seguintes fases:
Período de estabilização da tubagem – Teste preliminar;
Avaliação de ausência de ar;
Teste de estanquidade.
∆Vmax = 1,5.V.( ∆p).[(1/Ew).(D/(e.Er))]
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ENSAIO DE PRESSÃO
Disposições Gerais
ET – T 06
Teste preliminar
Durante esta fase pretende-se estabilizar a secção a ser testada;
Atingir um ponto de saturação de água adequado quando se testam tubagens com poder
absorvente; Este período será no mínimo de 12H00.
A pressão será 1,5 a pressão de serviço com um mínimo de 9,00 bar. Durante este período
deverão ser procuradas fugas que, caso sejam detetadas, conduzirão à despressurizada da
tubagem para a reparação e posterior reinício do teste.
Teste de Ausência de ar
A presença de ar na tubagem pode levar a resultados enganadores. Eleva-se a pressão até à
pressão de teste. Retira-se um volume de água mensurável ∆V da tubagem e mede-se a respetiva
queda de pressão.
Compara-se então o volume de água retirado ∆V com a variação máxima de volume dada pela
seguinte fórmula.
onde:
∆Vmax – variação máxima de volume permitida;
1,5 – Factor de ar permitido para o teste principal
V – Volume da secção testada em litros
∆p – variação de pressão em KPa
Ew – Módulo de Bulk da água em KPa
D – Diâmetro interno da tubagem em metros
e – espessura dos tubos em metros
Er – Módulo de elasticidade da parede do tubo na direção circunferencial em KPa.
Caso ∆V > ∆Vmax é porque a tubagem não foi convenientemente purgada de ar e o processo
deverá ser recomeçado.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ENSAIO DE PRESSÃO
Disposições Gerais
ET – T 06
Caso o teste de Ausência de Ar seja aceite, passa-se à fase seguinte.
Teste de Estanquicidade
Variações de temperatura elevadas deverão ser tidas em linha de conta.
Eleva-se a pressão até atingir a pressão de teste, mantém-se esta pressão e aguarda-se durante
03H00.
Para que o Ensaio seja considerado aceite, têm que se verificar as seguintes condições:
Caso exista queda de pressão esta deverá ser decrescente ao longo das 3 (três) horas de ensaio;
Caso exista queda de pressão esta deverá ser inferior a 300 mbar nas 3 (três) horas de ensaio.
3.1.4. Método alternativo de procedimento de ensaio
Para troços a ensaiar cujo comprimento seja inferior a 500 metros ou cujo volume seja inferior a 19
m3, poderá ser utilizado um procedimento alternativo para o ensaio da conduta, conforme
especificado em seguida.
A tubagem deverá ser cheia de água a partir do ponto de menor cota. Todo o ar existente na
tubagem deverá ser purgado através de dispositivos adequados instalados em todas as
extremidades e em todos os pontos suscetíveis de acumularem bolsas de ar.
O ensaio principal (final) deverá ser precedido da estabilização, que tem por objetivo estabilizar as
variações de volume, as quais podem ser função da pressão interior, da temperatura e da duração
do ensaio. O ensaio principal será realizado com a presença da fiscalização.
Os marcos de água devem fazer parte integrante do ensaio com o obturador aberto. No final do
ensaio, devem ser fechados os obturadores de todos os marcos e realizada a verificação da sua
estanquicidade.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ENSAIO DE PRESSÃO
Disposições Gerais
ET – T 06
Estabilização
Duração aconselhável: 12H00.
Pressão de estabilização: 9,00 bar (para uma melhor estabilização aconselha-se o
restabelecimento da pressão de 2 em 2 horas).
Ensaio principal
O Ensaio Principal só poderá ter início após 2 (duas) horas, no mínimo, do último aumento de
pressão.
Este período de 2 (duas) horas deverá ficar registado no registador de pressão e temperatura.
O Ensaio principal ficará sempre registado no registador de pressão e temperatura.
O Ensaio Principal terá a duração de 3 (três) horas e será feito a 1,5 x Pressão de Serviço com um
mínimo de 9,00 bar. A pressão nunca poderá ser inferior a 9,00 bar durante toda a duração do
ensaio.
Critérios de aceitação
Para que o Ensaio Principal seja considerado aceite, têm que se verificar as seguintes condições:
Caso exista queda de pressão esta deverá ser decrescente ao longo das 3 (três) horas de ensaio;
Caso exista queda de pressão esta deverá ser inferior a 0.30 bar nas 3 (três) horas de ensaio.
A aplicação deste procedimento implica a utilização do modelo de relatório “Relatório de Ensaio de
Pressão (método alternativo).
Este método refere-se a um procedimento alternativo mantendo-se todos os restantes requisitos
para os ensaios.
3.1.5. Outros requisitos
Após ensaiada por secções e fechada, a rede será colocada à pressão de serviço durante 02H00,
após o que são verificadas as ligações entre as secções testadas e a estanquidade das ligações de
qualquer componente inserido após os ensaios parciais.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ENSAIO DE PRESSÃO
Disposições Gerais
ET – T 06
Para as ligações, dever-se-á fazer inspeção visual às uniões e acessórios de fecho após colocação
em serviço.
3.2. Relatórios de Ensaio
Serão elaborados pelo empreiteiro e sujeitos à aprovação da fiscalização relatórios de ensaio de
acordo com formato aprovado pelo dono de obra.
Devem ainda ser anexas a estes relatórios cópias dos croquis da zona ensaiada evidenciando os
troços testados.
DISPOSIÇÕES GERAIS RELATIVAS A CONDUTAS
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
DISPOSIÇÕES GERAIS RELATIVAS A
CONDUTAS
Disposições Gerais
ET – AA 01
Os trabalhos de execução das condutas adutoras definidas no projeto e no mapa de quantidade
de trabalhos compreendem o fornecimento, montagem e ensaio dos tubos e equipamentos
acessórios, de forma a que a instalação fique pronta a funcionar, conforme descrito nas
presentes cláusulas técnicas, memória descritiva e justificativa e peças desenhadas do projeto.
A fiscalização poderá exigir ao empreiteiro a apresentação de certificados dos ensaios dos tubos
e acessórios em fábrica, que comprovem as informações prestadas nas folhas de
características.
As presentes especificações técnicas aplicam-se aos tubos e acessórios definidos na solução
do projeto.
Fazem igualmente parte integrante das presentes cláusulas técnicas as especificações
complementares referentes aos tubos e acessórios propostos pelo empreiteiro e aceites pelo
dono da obra.
CÂMARAS DE VÁLVULAS E CÂMARAS DE MEDIDORES DE CAUDAL
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
CÂMARAS DE VÁLVULAS E CÂMARAS DE
MEDIDORES DE CAUDAL
Disposições Gerais
ET – AA 02
1. Disposições gerais
As características das câmaras são as indicadas no projeto ou no caderno de encargos, devendo
ainda obedecer ao Decreto Regulamentar nº 23/95, de 23 de agosto – “Regulamento Geral dos
Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais” - e às
disposições da NP EN 1917 e NP EN 124;
As câmaras de válvulas de seccionamento e de descarga de fundo serão construídas integralmente
em betão armado ou em blocos de betão pré-fabricados, de acordo com as indicações da
fiscalização e conforme pormenor tipo constante do projeto;
Nas fundações das câmaras será executada uma camada de betão de regularização da classe
C16/20, com a espessura mínima de 0,10m;
A execução das câmaras, paredes e fundo será em betão armado da classe C30/37, hidrofugado e
vibrado, incluindo aço da classe A400NR;
O fundo das câmaras de visita nunca poderá ter uma espessura inferior a 0,25 m, sendo admissível
outra espessura de acordo com as indicações da fiscalização;
A parede da câmara será executada em betão armado ou em blocos de betão prefabricados, de
acordo com as indicações da fiscalização, a espessura da parede nunca poderá ser inferior a 0,25
m, sendo admissível outra espessura de acordo com as indicações da fiscalização;
Se nada for referido em contrário no projeto, todas as câmaras de acessórios de manobra, câmaras
de válvulas de descarga de fundo, câmaras para medidores de caudal, câmaras de válvulas de
controlo de pressão, serão pintadas de acordo com o referido na presente especificação.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
CÂMARAS DE VÁLVULAS E CÂMARAS DE
MEDIDORES DE CAUDAL
Disposições Gerais
ET – AA 02
O acesso à câmara será constituído por degraus em material compósito pultrudido ou em
alternativa em aço inoxidável AISI 316L, com marcação CE segundo a EN 13101:2002. O
empreiteiro submeterá à fiscalização, para aprovação, os tipos e materiais que constituem os
degraus que pretende aplicar;
Não está prevista a utilização de ligadores metálicos (parafusos, porcas ou rebites), devendo os
elementos ser chumbados à estrutura. Na eventualidade de ser necessário realizar ligações
mecânicas, estas deverão ser materializadas por elementos em aço inox AISI 316 e buchas
expansivas.
Nas câmaras de válvula de descarga e câmaras de medidor de caudal, sempre que possível,
deverá ser feira ligação da descarga de fundo da câmara ao coletor pluvial.
2. Revestimento interior das câmaras
São admissíveis os seguintes esquemas de revestimento interior, devendo o empreiteiro submeter
à fiscalização, para aprovação, qual o esquema a adotar.
Pinturas com coaltar-epoxy
A superfície interior das câmaras deverá obedecer ao seguinte programa de pinturas:
Primeira demão (diluída se necessário) em coaltar-epoxy de cor castanha com espessura seca de
125μ;
Segunda demão em coaltar-epoxy de cor preta com espessura seca de 125 μ;
Terceira demão em coaltar-epoxy de cor castanha com espessura seca de 125 μ;
O aplicador da tinta deverá estar equipado com máscara.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
CÂMARAS DE VÁLVULAS E CÂMARAS DE
MEDIDORES DE CAUDAL
Disposições Gerais
ET – AA 02
Pintura com produto à base de vinil
Sempre que não especificado no projeto ou no caderno de encargos outro esquema de pintura
deverá aplicar-se o seguinte programa de pinturas:
Foscagem da superfície com jato de areia;
Aplicação de 50 μ de éster de vinil;
Regularização da superfície com argamassa epoxídica, quando necessário;
Aplicação de 400 μ de éster de vinil com flocos de vidro de cor branca.
Dado que o esquema de aplicação de pintura é bastante complexo, deverá haver por parte da
fiscalização e do fornecedor do produto um acompanhamento sistemático de todas as fases da
preparação da superfície e da aplicação dos produtos;
Como é inviável a medição da espessura da película de tinta sobre o betão, deverá ser criado um
método de controlo área/volume dos produtos consumidos;
Os aplicadores aprovados para esta obra deverão ser de reconhecida qualidade e competência
técnica e apresentar referências de obras anteriores;
Em casos onde se verifique a existência de humidades e/ou repasses será necessário, e a custas
do empreiteiro, que antes da aplicação das pinturas se proceda a uma impermeabilização com
produtos de cristalização.
3. Revestimento exterior das câmaras
As superfícies de betão em contacto com o terreno serão pintadas com tinta à base de alcatrão de
hulha betume asfáltico ou emulsão asfáltica, aplicada em três demãos cruzadas, de acordo com as
indicações do fabricante.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
CÂMARAS DE VÁLVULAS E CÂMARAS DE
MEDIDORES DE CAUDAL
Disposições Gerais
ET – AA 02
4. Tampa das câmaras
A tampa a utilizar nas câmaras de visita, deverá estar de acordo com a seguinte especificação:
Tampa de classe D 400, ou equivalente, da norma NP EN 124, com inscrições dos SIMAR;
a) Tampa em ferro fundido dúctil
b) Aro em ferro fundido dúctil
c) Pintura preta
d) Tampa com superfície anti deslizante
e) Aro com vedação hidráulica
f) Sistema de encaixe concebido para evitar ruído
g) Todas as tampas situadas em zonas públicas deverão ter fecho de segurança
h) Medidas de abertura útil mínima 760 x 760 mm
Todos os casos omissos da presente especificação, serão resolvidos, tendo em atenção os
preceitos e normas de boa técnica, as instruções da fiscalização, assim como o cumprimento da
legislação em vigor aplicável.
VÁLVULAS DE SECCIONAMENTO TIPO CUNHA ELÁSTICA
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
VÁLVULAS DE SECCIONAMENTO TIPO CUNHA
ELÁSTICA
Disposições Gerais
ET – AA 03
1. Disposições gerais
Os diâmetros nominais e pressões nominais estão indicados na memória descritiva ou peças
desenhadas do projeto;
As válvulas deverão ser fabricadas em empresas com Sistema da Garantia da Qualidade, segundo
a Norma EN 1171 e DIN EN 1092-2, garantidas, contra defeitos de fabrico;
Todas as válvulas terão, em lugar de destaque uma chapa de identificação em aço inoxidável com
espaços reservados com indicação dos seguintes dados:
Fabricante;
Número de fabrico;
Data da fundição;
Diâmetro nominal;
Pressão nominal;
Tipo de ferro fundido;
Sentido do fluxo;
Massa em vazio;
2. Materiais
As especificações que de seguida se indicam são apresentadas a título indicativo e em caso algum
poderão ser propostas válvulas de constituintes de qualidade inferior.
As válvulas serão do tipo:
Válvula de passagem integral;
Dimensões face a face segundo a EN 558-1 GR 14 – curta (DIN 3202-F4);
Dimensões e furação das flanges segundo EN 1092-2 PN 16;
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
VÁLVULAS DE SECCIONAMENTO TIPO CUNHA
ELÁSTICA
Disposições Gerais
ET – AA 03
Corpo e tampa:
Ferro fundido dúctil (EN-GJS-400-18) de acordo com a EN 1563 (GGG 400 – DIN 1693);
Revestimento anticorrosivo interior e exterior:
Resina de epoxy potável de cor azul (RAL 5005) “RESICOAT 9000 R4 BLUE”, aplicado por banho
fluidificado segundo DIN 30677 - Parte 2 de acordo com os requisitos de qualidade e testes de RAL
– Marca de Qualidade 662;
Espessura de revestimento 250 [µm];
Porosidade zero: min 3000 V Teste de Isolamento
Aderência: min 12 N/mm2;
Cunha:
Cunha em ferro fundido dúctil EN-GJS-400-18 segundo EN 1563 (GGG 400 – DIN 1693),
completamente revestida a borracha interior e exteriormente, com EPDM vulcanizado, casquilho da
cunha (de latão altamente resistente à deszincagem) completamente embebido na cunha revestida
a borracha, casquilho da cunha concebido segundo EN 1171, com furo para dreno, guias da cunha
de material sintético resistente ao atrito com elevada capacidade de deslizamento.
Fuso:
Fuso fixo em aço inoxidável (nível mínimo de qualidade 1.4021-X20Cr13), roscado por
compressão, polido na área de vedação com os O-ring, devendo a zona de apoio encontrar-se,
totalmente isolada do contacto directo com o material da tampa, de modo a impedir a corrosão,
garantindo, assim, um binário de manobra reduzido e constante.
Parafusos:
Parafusos protegidos da corrosão por montagem embebida e selada com cera e isolados pela
borracha de vedação da cabeça da válvula.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
VÁLVULAS DE SECCIONAMENTO TIPO CUNHA
ELÁSTICA
Disposições Gerais
ET – AA 03
Vedação do fuso:
A vedação deverá ser isenta de manutenção, por sistema de O-ring múltiplo com vedação anti
retorno adicional. Guia do fuso protegido da água e impurezas exteriores por vedante; O-rings
embebidos em material não corroente (segundo DIN 3547), O-rings substituíveis (até DN 200 sob
pressão segundo DIN 7259, a partir de DN 250 e superiores sem pressão)
Fixação do Fuso:
Sem fricção do fuso até DN 200 com duas anilhas de fricção em POM, a partir de DN 250 guia
suplementar do fuso através de dois conjuntos de rolamentos de esferas axiais, isentos de
manutenção
Volante:
Em aço estampado ST W24 e revestimento em poliéster de cor preta.
As válvulas de manobra manual serão equipadas com volante destacável, devendo fechar no
sentido de rotação dos ponteiros do relógio.
MARCOS DE INCÊNDIO
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MARCOS DE INCÊNDIO
Disposições Gerais
ET – AA 04
1. Disposições gerais
Nos termos regulamentares o fornecimento de água para abastecimento dos veículos dos
bombeiros deve ser assegurado por hidrantes exteriores, alimentados pela rede de distribuição
pública.
As bocas-de-incêndio existentes devem ser progressivamente substituídas por marcos de incêndio.
2. Especificações dos marcos de incêndio
As especificações que de seguida se indicam são apresentadas a título indicativo e em caso algum
poderão ser propostos marcos de incêndio de qualidade inferior.
Os marcos de incêndio (hidrantes de incêndio de coluna) devem ser certificados em conformidade
com as normas portuguesas aplicáveis.
Os marcos de incêndio são constituídos essencialmente por:
a) Cabeça e corpo da coluna divididos pelo sistema de fusível conduzido através de obturador;
b) Bocas de saída com inclinação situadas no corpo da coluna com uniões/flanges (do tipo
storz) para acoplamento de mangueiras;
c) Mecanismo de operação, acionado por chave ou volante.
A carcaça dos marcos de incêndio deve ser fabricada com os seguintes materiais:
a) Ferro fundido de grafite lamelar (EN 1503-3);
b) Ferro fundido de grafite esferoidal (EN 1503-3);
c) Aço (EN 1503-1).
Todos os vedantes devem estar conformes com a EN 681-1. Devem ser do tipo WA no caso de
utilização com água fria potável, ou do adequado ao líquido com o qual entrarão em contacto.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MARCOS DE INCÊNDIO
Disposições Gerais
ET – AA 04
As saídas dos marcos de incêndio devem ser em número de três, do tipo Storz para aperto rápido,
com os diâmetros exteriores das junções de 52mm, 75mm e 110mm.
As flanges de entrada dos marcos de incêndio (hidrantes de incêndio de coluna) devem ser
adequadas para ligação a flanges de acordo com a norma EN 1092-1 ou EN 1092-2, dependendo
do material da carcaça.
O número total de voltas de abertura (N, com uma tolerância de ± 1), bem como as marcas da
direção de abertura devem ser claramente marcadas na parte superior do hidrante de incêndio,
devendo estas marcações estar próximas de cada dispositivo de operação.
O fabricante deve declarar o número de voltas do dispositivo de operação desde o começo de
caudal até à posição de todo aberto (número de voltas efetivas), o número de voltas do dispositivo
de operação até ao começo de caudal (voltas mortas) e a soma dos dois (voltas totais).
Existindo sistema de drenagem, o seu desempenho deve satisfazer os requisitos da secção 5.6 da
EN 1074-6:2004, devendo o fabricante declarar o volume de água retida e o respetivo tempo de
drenagem.
A drenagem da água acumulada acima do obturador da válvula principal deve ser possível sem
necessidade de retirar o marco de incêndio do pavimento.
Todos os marcos de incêndio (hidrantes de incêndio de coluna) devem possuir, na sua parte
superior, uma marcação durável indicando o sentido de abertura e o número total de voltas de
abertura.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MARCOS DE INCÊNDIO
Disposições Gerais
ET – AA 04
Adicionalmente, os marcos de incêndio devem comportar ainda:
a) Referência à norma EN 14384;
b) Diâmetro Nominal (DN);
c) Pressão Nominal (PN);
d) Marca do fabricante;
e) Data de fabrico;
f) Letra de designação;
g) Adequação para a condução do fluido (fazer referência à EN 1074-6, no caso da água
potável);
h) Marcação CE.
A aposição da marcação CE nos marcos de incêndio, é da responsabilidade do fabricante ou do
seu representante autorizado estabelecido na comunidade europeia. A marcação CE deve ser
conforme a diretiva 93/68/CE e deve aparecer sobre o marco de incêndio com as informações
acima especificadas.
A marcação CE deve ser aposta também na embalagem e/ou nos documentos comerciais e deve
incluir as seguintes informações:
a) Número de identificação do organismo de certificação;
b) Nome ou marca do fabricante/fornecedor;
c) Os dois últimos números do ano de aposição da marcação;
d) Número do certificado CE de conformidade;
e) Referência à norma EN 14384;
f) Tipo de produto (isto é, marco de incêndio).
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MARCOS DE INCÊNDIO
Disposições Gerais
ET – AA 04
3. Proteção e sinalização dos marcos de incêndio
Os marcos de incêndio, quando necessário, deverão ser protegidos contra choques de viaturas por
três tubos com diâmetro igual ou superior a 40 mm, dobrados em U invertido com as pernas fixas
ao solo, formando o conjunto dos três tubos um triângulo na periferia do marco e a 0,60 m do
mesmo.
Os tubos devem ser pintados a vermelho fogo (RAL 3000).
Fora dos limites urbanos, sugere-se que exista sinalização na via, obtida através de um refletor de
pavimento perpendicular a esta. O referido refletor deve emitir a cor azul, quando iluminado pelos
faróis dos veículos que circulem nessa via.
Deverá ser salvaguardada a acessibilidade e a manobra a todos os hidrantes exteriores.
4. Dados adicionais dos marcos de incêndio
A documentação comercial de acompanhamento do fabricante (por exemplo catálogo) deve
fornecer a informação mencionada no nas especificações dos marcos de incêndio, assim como os
dados seguintes:
a) Dimensões;
b) Material da carcaça;
c) Detalhes do obturador;
d) Aprovação dos materiais para contacto com a água destinada a consumo humano (se
aplicável):
Detalhes da conformidade com os requisitos nacionais no país de utilização;
e) Resistência às forças de operação:
Gama (MOT - binário máximo de operação, mST - binário de resistência mínimo);
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MARCOS DE INCÊNDIO
Disposições Gerais
ET – AA 04
f) Flanges de entrada:
EN 1092-1 ou EN 1092-2;
g) Guia de instalação e manutenção;
h) Ligações de saída:
Detalhes de acordo com os requisitos nacionais no país de utilização;
i) Válvula de drenagem (se aplicável):
Volume de água retida;
Tempo de drenagem;
j) Características hidráulicas: coeficiente KV;
k) Resistência à corrosão interna e externa
l) Revestimentos (se aplicável):
Detalhes relativos ao tipo, cor e espessura do revestimento;
m) Resistência à corrosão de outras partes construtivas;
n) Resistência aos produtos de desinfeção (se aplicável);
o) Compatibilidade com o líquido transportado (se aplicável):
Hidrantes para sistemas de água não potável;
p) Hidrante para sistemas de água potável, EN 1074-6.
A documentação que deve ser fornecida após a instalação de um marco de incêndio (hidrantes de
incêndio de coluna) é a seguinte:
Declaração de conformidade CE emitida pelo fabricante conforme o Anexo ZA da NP EN
14384:2007;
Certificado de conformidade CE conforme Anexo ZA da NP EN 14384:2007;
Declaração de conformidade do instalador garantindo que o marco de incêndio foi instalado
conforme especificado no projeto e que cumpre as disposições do RT - SCIE.
VENTOSAS
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
VENTOSAS
Disposições Gerais
ET – AA 05
1. Disposições gerais
Serão fornecidas as ventosas para instalação nos locais indicados nas peças desenhadas do
projeto.
Os diâmetros e as classes de pressão das ventosas a instalar em cada local, serão os indicados
nas peças desenhadas ou memória descritiva do projeto.
Deverão ser fabricadas em empresas com sistema da garantia da qualidade certificado segundo as
Normas ISO 9001/EN 29001 e garantidas, contra defeitos de fabrico.
2. Materiais
O corpo da ventosa deverá ser essencialmente constituído por duas câmaras interligadas e, por um
canhão flangeado, o qual equipa a parte inferior da parte de interligação entre câmaras.
Em cada câmara trabalha um obturador constituído por uma esfera oca de aço inoxidável, com
uma relação peso/volume por forma a permitir o fecho superior de cada câmara da ventosa quando
cheia de água.
As câmaras de trabalho dos obturadores serão separadas por septos e deverão ser flangeadas
superiormente para imobilização dos respetivos tampos.
O fecho da ventosa, tal como referido anteriormente, efetuar-se-á por encosto de cada obturador
no tampo da respetiva câmara, que, por conseguinte, lhe serve de sede.
Desta forma, o tampo de cada câmara da ventosa deverá ser constituído por uma chapa plana a
ligar à respetiva flange por intermédio de uma união aparafusada, devendo ser equipado não só
com um orifício para escape do ar e posterior encosto do obturador, mas também, com um defletor
dos jatos de água que saiam durante o fecho da ventosa.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
VENTOSAS
Disposições Gerais
ET – AA 05
Enquanto que o orifício do tampo de uma das câmaras deverá ter dimensões razoáveis por forma a
proporcionar francas entrada e saída do ar, o orifício do tampo da outra câmara deverá ter
pequenas dimensões e deverá ser calibrado, por forma a proporcionar o escape de pequenos
volumes de ar.
Cada obturador deverá ser equipado com uma abertura cilíndrica, colocada diametralmente em
relação ao mesmo, por forma a permitir o seu guiamento vertical por intermédio de uma haste
solidária com o corpo da ventosa.
A abertura cilíndrica do obturador, mencionada na alínea anterior, deverá ser materializada por
intermédio de um tubo, soldado nas suas extremidades à esfera que constitui o obturador, por
forma a assegurar que este último seja totalmente estanque.
A flange do canhão mencionado na alínea a) desta cláusula destina-se à sua ligação a uma
derivação do tubo que se pretende proteger.
Entre as duas câmaras de instalação e trabalho dos obturadores esféricos, o corpo da ventosa
deverá ser equipado com um outro obturador plano e de forma circular, por forma a assegurar o
seccionamento total do conjunto em relação à tubagem onde está ligado.
O obturador mencionado na alínea anterior deverá ter como sede, a aresta da secção de inserção
do canhão de interligação no corpo da ventosa, a qual, para o devido efeito, deverá ser equipada
com um anel em bronze.
Este obturador deverá ser manobrado por uma haste vertical, intermediamente roscada, com a
extremidade inferior apropriada para ligação ao mesmo e a superior devidamente sutada por forma
a permitir a montagem de um volante de manobra ou uma chave de atuação manual.
Para suporte da haste, a parte central do corpo da ventosa deverá ser equipada com uma peça,
tipo chumaceira, a qual, por sua vez, é equipada com uma flange para respetiva interligação.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
VENTOSAS
Disposições Gerais
ET – AA 05
A peça tipo chumaceira, mencionada na alínea anterior, deverá, central e verticalmente, ser furada
a toda a sua altura, devendo este furo ser equipado, inferiormente com uma bucha em bronze com
rosca interior, onde trabalha a rosca intermédia da haste e, superiormente, com uma caixa
devidamente maquinada para montagem dos empanques de vedação.
Esta peça deverá ser ainda equipada superiormente com uma flange oblonga para fixação do anel
de esmagamento dos empanques.
A haste de manobra do obturador de seccionamento geral deverá ser de aço inoxidável X10 Cr 13
(AISI 410) de acordo com a norma DIN 17 440.
Os parafusos e pernos deverão da classe 8.8 de acordo com a norma DIN 267, folha 3.
As porcas deverão ser da classe 8 de acordo com a norma DIN 267, folha 4.
Juntas de vedação em EPDM.
As caraterísticas dos materiais como descritos nas alíneas anteriores deverão ser consideradas
como as mínimas exigíveis.
Corpo da ventosa em ferro fundido, grafite laminar, GG25, de acordo com a norma DIN 1691.
Obturador esférico em aço inoxidável X5.CrNi18.9 (AISI304) de acordo com a norma DIN 1744.
3. Prescrições construtivas e dimensionais
A ventosa, de uma forma geral, deverá ser de construção vazada.
As flanges das ventosas deverão ter valores do seu diâmetro exterior, diâmetro de furação, número
de furos e respetivos diâmetros, de acordo com a norma DIN 2501 e classe de pressão como
especificado.
As ventosas deverão ser equipadas com válvula de seccionamento incorporada que permita
efetuar as operações de manutenção da ventosa sem necessidade de interromper a exploração
das condutas.
As ventosas deverão ter uma saída de 1/2" para se realizar a purga de ar e água, munida de
válvula de macho esférico, para a pressão de serviço.
VÁLVULAS DE CONTROLO DE PRESSÃO
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
VÁLVULAS DE CONTROLO DE PRESSÃO
Disposições Gerais
ET – AA 06
Serão fornecidas as válvulas de controlo de pressões para instalação nos locais indicados e de
acordo com as peças desenhadas do projeto.
Os diâmetros e pressões nominais das válvulas a instalar em cada local, serão os indicados nas
peças desenhadas ou memória descritiva do projeto.
Hidraulicamente operadas, atuadas por diafragma e do tipo globo.
A única parte móvel é o conjunto do diafragma. Este é guiado na parte superior e inferior, sendo a
sede substituível. O diafragma é em tela sintética e a obturação integral obtida num disco macio
suportado por uma robusta caixa. A válvula não possuirá empanque.
As válvulas terão ligações flangeadas segundo Norma DIN PN16, sendo a constituição do corpo e
tampa em ferro fundido dúctil, sede em bronze, haste em aço inox, guias e outros componentes em
bronze e aço inox.
No sistema piloto os tubos de ligação serão em aço inox sem costura (1.5 mm de espessura) e
restantes acessórios em bronze e aço inox, devendo suportar pressões no mínimo 3 vezes a
pressão nominal.
Todos os sistemas piloto deverão incorporar um filtro de proteção com rede mesh 100 e possuirão
instrumentos de leitura de pressão e (ou) nível.
O redutor deverá possuir um sistema de ajuste de pressão por Controlo Horário. Este método
consiste na utilização de um controlador com temporizador horário, ligado a uma válvula redutora
de pressão com dois patamares de redução regulados para dois valores diferentes de pressão
(diurno e noturno, por exemplo).
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
VÁLVULAS DE CONTROLO DE PRESSÃO
Disposições Gerais
ET – AA 06
De acordo com o perfil horário é possível reduzir a pressão durante a noite, evitando
sobrepressões na rede em baixo consumo, minimizando as perdas de água e a ocorrência de
novas roturas.
As condições de funcionamento da válvula redutora de pressão são as indicadas na Memória
Descritiva e Justificativa.
VÁLVULAS DE CONTROLO DE NÍVEL
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
VÁLVULAS DE CONTROLO DE NÍVEL
Disposições Gerais
ET – AA 07
A válvula automática de controlo será hidraulicamente operada, acuada por diafragma e do tipo
globo constituída por três partes:
. Corpo
. Conjunto de diafragma
. Tampa
A única parte móvel é o conjunto do diafragma. Este é guiado na parte superior e inferior,
sendo a sede substituível. O diafragma é em tela sintética e a obturação integral obtida num
disco macio suportado por uma robusta caixa. A válvula não possuirá empanque.
A válvula terá ligações flangeadas segundo Norma DIN PN16, sendo a constituição do
corpo e tampa em ferro fundido dúctil, sede em bronze, haste em aço inox, guias e outros
componentes em bronze e aço inox.
No sistema piloto os tubos de ligação serão em aço inox sem costura (1.5 mm de
espessura) e restantes acessórios em bronze e aço inox, devendo suportar pressões no
mínimo 3 vezes a pressão nominal.
As proteções deverão ser compatíveis com água potável.
Todos os sistemas piloto deverão incorporar um filtro de proteção com rede mesh 100 e
possuirão instrumentos de leitura de pressão e (ou) nível.
Sempre que se verifique a presença de ar, as válvulas de controlo deverão possuir um
sistema automático para a sua eliminação.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
VÁLVULAS DE CONTROLO DE NÍVEL
Disposições Gerais
ET – AA 07
Aplicação
As válvulas deverão ter um sistema piloto que permite:
Controle hidráulico de nível diferencial. O piloto a colocar no reservatório não deverá
possuir partes móveis, braços basculantes ou boias deslizantes, e será de construção em
PVC, bronze e aço inox. O diferencial será obtido pelo comprimento de tubo de ligação da
parte superior e inferior que corresponde a N.
Controlo Eletrónico de Nível para integrar a válvula de controlo num sistema SCADA. Com
este tipo de controlo deverá ser possível posicionar com precisão e de uma forma contínua
o nível pretendido. Além disso existe um sistema automático de comutação eletrónico/
hidráulico. Em falha de energia elétrica a válvula não se descontrola, pois o piloto
hidráulico assume o controlo.
Com vista a disponibilizar todos os sinais no sistema de Telegestão a válvulas a fornecer
deverá permitir:
o Controlo remoto e local de abertura / fecho / paragem da válvula
o Controlo por setpoints de nível com definição de percentagem de abertura
o Informação de posição da válvula através de percentagem de abertura
ASSENTAMENTO DE COLETORES
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ASSENTAMENTO DE COLETORES
Disposições Gerais
ET – AR 01
1. Trabalhos Preparatórios
Ao iniciar a montagem das tubagens, o adjudicatário deverá assegurar as seguintes condições:
a) Vala aberta e drenada (se for caso disso), com largura e profundidade adequadas ao diâmetro
da conduta e à natureza do terreno, leito regularizado e taludes estabilizados, tudo numa extensão
não inferior à média diária de progressão da montagem;
b) Tubagens e acessórios de ligação, provenientes de lotes aprovados, empilhados ou alinhados
paralelamente ao traçado da conduta, em quantidade pelo menos bastante para um dia de
montagem;
c) Montadores e mão-de-obra auxiliar, equipamento, materiais e ferramentas de espécie adequada
e em quantidade suficiente para que o assentamento, o nivelamento e os ensaios das condutas se
possam realizar com eficiência e perfeição, sem interrupção e em bom ritmo.
2. Assentamento de tubagens
O assentamento das tubagens exige prévia autorização da fiscalização, que só será dada depois
de se constatar que as cotas da respetiva trincheira ou das obras de arte são as estabelecidas.
Todas as reparações que venham posteriormente a tornar-se necessárias por virtude de
assentamentos nos aterros efetuados serão de conta do adjudicatário.
Nas valas as tubagens deverão ficar uniformemente apoiadas no leito de assentamento, ao longo
de toda a geratriz inferior, exceto nas secções transversais correspondentes às juntas de ligação,
as quais ficarão a descoberto em todo o seu perímetro, até aprovação do ensaio de pressão
interna.
No caso de troços de tubagem com juntas travadas, os ensaios referidos só podem ser realizados
nesses troços com as valas aterradas até à cota final, embora com as juntas dos tubos a
descoberto.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ASSENTAMENTO DE COLETORES
Disposições Gerais
ET – AR 01
O fundo da vala deverá ser sempre compactado a, pelo menos, 95% do Proctor pesado, podendo a
fiscalização mandar executar os ensaios de confirmação de compactação que julgar convenientes.
3. Movimentação de tubos e sua colocação na vala
Tanto no armazém como nos locais de aplicação os tubos podem ser arrumados por
empilhamento.
Os tubos devem ser transportados, do estaleiro ou armazém para os locais de aplicação, em
plataformas de reboque por trator, em camiões ou noutros veículos providos de boa suspensão e
equipados com dormentes, coxins ou dispositivos de fixação equivalentes, apropriados ao seu
perfeito acondicionamento durante a viagem.
A carga e a descarga dos tubos nos veículos de transporte e a sua colocação em obras deverão
fazer-se manual ou mecanicamente, consoante for menor ou maior o peso dos tubos e as
condições de assentamento. Em qualquer dos casos serão manuseados cuidadosamente, com o
auxílio de cordas, cintas ou correias de couro, ou ainda de garras suficientemente largas e
protegidas com revestimento macio, por forma a evitarem-se danos nos tubos ou no seu
revestimento, quando exista.
Os tubos devem ser inspecionados antes de serem assentes em obra. Se apresentarem fendas,
mossas, falhas e chochos ou outros defeitos, a fiscalização poderá rejeitá-los e recusar a sua
reparação para futura aplicação.
No caso dos tubos de aço soldado com costura longitudinal, esta deverá ficar no terço superior da
conduta, de modo descontínuo, isto é, em posições desencontradas entre tubos adjacentes,
alternando sucessivamente para um e outro lado da geratriz do extradorso.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ASSENTAMENTO DE COLETORES
Disposições Gerais
ET – AR 01
Serão tomadas as precauções para se evitarem que entrem nos tubos terras, pedras, madeiras e
quaisquer outros corpos ou substâncias estranhas, procurando-se que o seu interior se mantenha
limpo durante o transporte, manuseamento, colocação e montagem. Na suspensão diária dos
trabalhos e sempre que se verifique uma interrupção no processo de assentamento da conduta, os
topos livres dos tubos e dos acessórios já montados deverão ser tamponados e vedados, por
dispositivos a aprovar pela fiscalização, a fim de impedir a entrada de sujidade, detritos, corpos
estranhos e água das valas.
Se, não obstante todos os cuidados, aparecem na montagem tubos insuficientemente limpos no
seu interior, a fiscalização determinará ao adjudicatário que antes de os aplicar, proceda à sua
lavagem ou mesmo desinfeção, conforme o referido neste caderno de encargos.
O assentamento será feito de jusante para montante e no caso dos tubos com campânula, com
esta para montante, devendo haver sempre o cuidado de lhes dar apoio em toda a extensão e de
garantir o seu perfeito alinhamento tanto no plano vertical como no horizontal.
Independentemente do tipo de enchimento para a vala especificado neste caderno de encargos, o
empreiteiro assentará os tipos de tubos que utilizar com amarrações devidamente calculadas
contra a flutuação, sempre que hajam níveis freáticos el elevados e que a natureza das tubagens
possa colocar em risco a sua estabilidade.
O assentamento dos coletores não pode ser iniciado sem a aprovação do fundo da vala pela
fiscalização.
Na zona da boca do tubo, ter-se-á que abrir um rasgo na camada já compactada para que o
assentamento do tubo se dê uniformemente em toda a sua extensão.
Os coletores serão assentes em alinhamentos retos entre caixas, com as cotas e inclinações
previstas no projeto.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ASSENTAMENTO DE COLETORES
Disposições Gerais
ET – AR 01
As tubagens ou manilhas deverão apoiar-se sobre o fundo da vala em todo o seu comprimento, o
seu encaixe deverá fazer-se sem as forçar e de forma a que cada troço compreendido entre caixas
consecutivas fique perfeitamente retilíneo.
Não é permitido o emprego de calços ou cunhas, ou de qualquer material duro com o fim de facilitar
a colocação das manilhas ou tubagens.
Depois de assentar o tubo compactar-se-á a restante camada até 0,25 m do extradorso superior
dos tubos conforme definido em projeto com cilindros mecânicos ou manuais. Essa compactação
deverá evitar danos nas tubagens.
A restante vala será aterrada com terrenos da própria vala compactados por camadas não
superiores a 0,20 m.
CÂMARAS DE VISITA
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
CÂMARAS DE VISITA
Disposições Gerais
ET – AR 02
5. Disposições gerais
As câmaras de visita deverão ser construídas de acordo com os materiais e as indicações descritas
no projeto. Se outras indicações não tiverem sido dadas elas terão as características genericamente
indicadas nas normas em vigor, com o corpo em anéis pré-fabricados ou em betão armado, o fundo
das camaras será sempre executado em betão armado. Quando as câmaras forem implantadas em
vias de comunicação e estiverem sujeitas a tráfego rodoviário, os anéis serão armados.
As dimensões deverão estar de acordo com a legislação em vigor, com a exceção da abertura, a
qual deve ser compatível com o aro e tampa a aplicar, sendo o diâmetro mínimo de passagem
requerido de 0,6 m.
Se nada for definido no projeto, o acesso à câmara será feito por degraus específicos para câmaras
de visita, de aço revestido a polipropileno com marcação CE segundo a EN 13101:2002, com
fixação por buchas químicas e com piso anti deslizante. O empreiteiro submeterá à fiscalização,
para aprovação, o tipo de degraus que pretende aplicar.
Com vista a garantir a estanquidade das câmaras de visita, não são permitidos anéis pré-fabricados
até 20 cm acima da última ligação na câmara.
A tampa e aro das câmaras de visita a instalar em Estradas Nacionais deverão ser em ferro
fundido dúctil, de acordo com a norma NP EN 124 – 2: 2015, isto é, de classe apropriada às
condições de tráfego a que estarão sujeitas. Nas zonas sujeitas a inundações estão previstas
tampas estanques em ferro fundido dúctil do tipo “PAMETANCHE” da Saint-Gobain pont-a-
mousson, ou equivalente.
Nas Estradas Municipais, a tampa e aro das câmaras de visita deverão ser em materiais
compósitos, de acordo com a norma NP EN 124 – 5: 2015.
Todas as tampas incluirão a inscrição dos SIMAR e a simbologia indicada no projeto.
As câmaras de visita que apresentem uma altura superior a 5,00m, devem ser colocados patamares
em perfis compósitos pultrudidos (poliéster reforçado em fibra de vidro) com fixações em aço inox e
buchas químicas.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
CÂMARAS DE VISITA
Disposições Gerais
ET – AR 02
2. Revestimento interior das câmaras de visita
O revestimento interior das câmaras de visita deverá ser efetuada por três demãos de pintura
coaltar-epoxy:
- Primeira demão (diluída se necessário) em coaltar-epoxy de cor castanha com espessura
seca de 150 µm.
- Segunda demão em coaltar-epoxy de cor preta com espessura seca de 150 µm.
- Terceira demão em coaltar-epoxy de cor castanha com espessura seca de 150 µm.
Dado que o esquema de aplicação de pintura é bastante complexo, deverá haver por parte da
fiscalização e do fornecedor do produto um acompanhamento sistemático de todas as fases da
preparação da superfície e da aplicação dos produtos. O aplicador da tinta deverá estar equipado
com máscara.
Como é inviável a medição da espessura da película de tinta sobre o betão, deverá ser criado um
método de controlo área/volume dos produtos consumidos.
Os aplicadores aprovados para esta obra deverão ser de reconhecida qualidade e competência
técnica e apresentar referências de obras anteriores.
Em casos onde se verifique a existência de humidades e/ou repasses será necessário, e a custas
do empreiteiro, que antes da aplicação das pinturas se proceda a uma impermeabilização com
produtos de cristalização.
Deverá ser utilizada ventilação/extração em todas as fases do trabalho de pintura, e apenas será
permitida a iluminação antideflagrante.
Todas as pessoas envolvidas nestes trabalhos deverão utilizar equipamento de acordo com as
normas de segurança. As que estiverem envolvidas diretamente com a pintura deverão utilizar
equipamentos especiais para respiração, com ar fornecido à distância e com elementos filtrantes
intercalados no circuito.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
CÂMARAS DE VISITA
Disposições Gerais
ET – AR 02
3. Revestimento exterior das câmaras de visita
As superfícies de betão em contato com o terreno serão pintadas com tinta à base de alcatrão de
hulha ou emulsão asfáltica, aplicada em três demãos cruzadas por camada seca, de acordo com as
indicações do fabricante.
MANILHAS DE BETÃO
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
MANILHAS DE BETÃO
Disposições Gerais
ET – AR 03
As manilhas devem apresentar-se de acordo com as normas oficiais aplicáveis, marcação CE e
satisfazer particularmente as seguintes condições:
-Terem as dimensões especificadas no projeto;
-Apresentarem superfícies com textura homogénea sem indícios de deterioração ou pontos
fracos;
-Na fratura deverão apresentar granulometria uniforme, textura homogénea e as armaduras
especificadas, se as houver;
-A absorção de água determinada segundo as normas em vigor, não devendo ser superior a
8%.
-No ensaio de estanqueidade, com uma pressão interior de 1.5 bar aplicada durante um
quarto de hora, as manilhas não podem verter nem exsudar. A pressão de rotura não deve ser
inferior a 3 bar;
-Terem resistência à compressão diametral, segundo as normas em vigor, igual ou superior
à requerida no projeto, mas nunca inferior à resistência correspondente à Classe I das normas das
E.P./ Brisa;
-Serem obrigatoriamente armadas quando o diâmetro for superior a 0,8m;
-Possuírem boa resistência à corrosão.
As manilhas deverão apresentar as seguintes indicações:
- Nome do fabricante;
- Classe de Resistência;
- Data de fabrico;
- Dimensões nominais.
A receção destes materiais consistirá na verificação das características acima indicadas. Cada
manilha inspecionada que não satisfaça ao que fica exposto será rejeitada.
GRELHAS PARA CÂMARAS DE VISITA, SUMIDOUROS E CALEIRAS DE
DRENAGEM
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
GRELHAS PARA CÂMARAS DE VISITA,
SUMIDOUROS E CALEIRAS DE DRENAGEM
Disposições Gerais
ET – AR 04
As grelhas para as câmaras de visita, sumidouros e caleiras de drenagem serão em ferro fundido,
aço ou betão armado, conforme as indicações do projeto. Deverão ser da classe adequada de
acordo com a NP EN 124, consoante o respetivo local de aplicação.
As grelhas transversais, localizadas em estradas nacionais serão, no mínimo, da classe E 600, e
ter fecho adequado que impeça o saltamento.
.
VÁLVULAS DE MARÉ
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
VÁLVULAS DE MARÉ
Disposições Gerais
ET – AR 05
As válvulas de maré a aplicar deverão ser fabricadas de acordo com a legislação em vigor e conter
na tampa os seguintes dados:
- Fabricante;
- Número de fabrico;
- Data da fundição;
- Diâmetro Nominal;
- Pressão Nominal.
As características a apresentar por este tipo de válvulas são:
- Ligação flangeada;
- Corpo e tampa em ferro fundido dúctil;
- Vedante da tampa em elastómero NBR;
- Veio em aço inox AISI 316L;
- Casquilho em polióxido de metileno;
- Parafusos e anilhas em aço inox A2
- Porcas em aço inox A4
- Revestimento anticorrosivo interior e exterior em tinta epóxica para águas residuais
RAL3011 aplicada electrostaticamente com espessura ≥ 250 µm.
Estas válvulas poderão apresentar contrapeso caso o mesmo seja mencionado em projeto ou
solicitado pela fiscalização.
A sua localização e diâmetro serão as indicadas no projeto e aferidas junto da fiscalização.
CALEIRAS DE DRENAGEM
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
CALEIRAS DE DRENAGEM
Disposições Gerais
ET – AR 06
As caleiras de drenagem deverão apresentar as características indicadas em projeto, sendo que a
sua grelha deverá apresentar a classe adequada, de acordo com a NP EN 124, consoante o
respetivo local de aplicação.
As grelhas transversais, localizadas em estradas nacionais serão, no mínimo, da classe E 600, e
ter fecho adequado que impeça o saltamento.
CALEIRAS DE DRENAGEM ACO DRAIN, OU EQUIVALENTE
No caso de caleiras de drenagem da ACO Drain, ou equivalente, estas devem apresentar, salvo
indicação contrária em projeto, as seguintes características:
- Canal em betão polímero, certificado segundo as normas NP EN 1433 / DIN 19580, com
bastidor monofundido em ferro fundido e com as dimensões indicadas em projeto;
- Com ou sem pendente incorporada de 0,5% caso seja indicado no projeto;
- Com entalhe de segurança;
- Tampão em betão polímero, com bastidor em ferro fundido, para início/fim de canal;
- Tampão para fim de canal, com anel de vedação integrado e bastidor em ferro fundido, para
ligação DN 200;
- Grelha de cobertura entramada em ferro fundido, MW 41,4×23 mm, com sistema de fecho
Drainlock, e classe de carga de acordo com a norma NP EN 124.
Antes da aplicação dos materiais, os mesmos devem ser aprovados pela fiscalização.
SUMIDOUROS
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
SUMIDOUROS
Disposições Gerais
ET – AR 07
1. Disposições gerais
O Decreto Regulamentar n.º 23/95 de 23 de agosto, define, no seu artigo 163.º, as sarjetas como
sendo os dispositivos, em sistemas de drenagem de águas pluviais e unitários, com entrada lateral
das águas de escorrência superficial, normalmente instaladas no passeio da via pública.
O mesmo Decreto Regulamentar define os sumidouros como sendo os dispositivos com entrada
superior das águas de escorrência e que implicam, necessariamente, a existência de uma grade
que permita a entrada da água, sem prejudicar a circulação rodoviária e, usualmente, implantados
no pavimento da via pública.
Os materiais obedecerão às normas indicadas na presente especificação ou equivalentes.
2. Normalização
Os sumidouros terão, em geral, as caraterísticas prescritas nas normas portuguesas,
designadamente:
NP 676 (1973) – Redes de Esgoto – Sarjetas. Tipos, características e condições de emprego.
Fixa as características e dá indicações sobre as condições de utilização dos tipos correntes de
sarjetas em sistemas separativos de água pluviais ou unitários.
NP 677 (1973) – Redes de Esgoto - Sarjetas. Ensaio de Permeabilidade
Fixa o processo de realização do ensaio de permeabilidade de sarjetas em sistemas separativos de
água pluviais ou unitários.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
SUMIDOUROS
Disposições Gerais
ET – AR 07
3. Tipos de sargetas / sumidouros e condições de emprego
Tipos
De acordo com a NP – 676, existem os doze tipos de sarjetas a seguir indicados, cuja constituição,
forma e dimensões descriminados na presente especificação:
Tipo L - sarjeta de lancil de passeio, sem vedação hidráulica, sem câmara de retenção;
Tipo LC - sarjeta de lancil de passeio, sem vedação hidráulica, com câmara de retenção;
Tipo LH - sarjeta de lancil de passeio, com vedação hidráulica, sem câmara de retenção;
Tipo LHC - sarjeta de lancil de passeio, com vedação hidráulica, com câmara de retenção;
Tipo V - sarjeta de valeta sem lancil, sem vedação hidráulica, sem câmara de retenção;
Tipo VC - sarjeta de valeta sem lancil, sem vedação hidráulica, com câmara de retenção;
Tipo VH - sarjeta de valeta sem lancil, com vedação hidráulica, sem câmara de retenção;
Tipo VHC - sarjeta de valeta sem lancil, com vedação hidráulica, com câmara de retenção;
Tipo F - sarjeta de valeta com lancil, sem vedação hidráulica, sem câmara de retenção;
Tipo FC - sarjeta de valeta com lancil, sem vedação hidráulica, com câmara de retenção;
Tipo FH - sarjeta de valeta com lancil, com vedação hidráulica, sem câmara de retenção;
Tipo FHC - sarjeta de valeta com lancil, com vedação hidráulica, com câmara de retenção.
Condições de emprego
No emprego das sarjetas, há que distinguir os seguintes aspetos:
Quanto à localização da entrada
Em arruamentos com inclinações não superiores a 5 %, podem usar-se os tipos F, FC, FH e FHC,
ou L, LC, LH e LHC, quando o lancil do passeio tiver altura suficiente para permitir localizar a
entrada da sarjeta na face do lancil. Em arruamentos com inclinações superiores a 5 %, devem
usar-se os tipos F, FC, FH e FHC.
Adotam-se os tipos V, VC, VH e VHC quando a entrada ficar localizada numa valeta não
acompanhada de lancil.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
SUMIDOUROS
Disposições Gerais
ET – AR 07
Quanto à necessidade de vedação hidráulica
Adotam-se sarjetas ou sumidouros sem vedação hidráulica quando estes órgãos são ligados a uma
rede de drenagem de águas pluviais onde não haja a possibilidade de se depositar material sólido
que origine gases, cuja saída para a atmosfera deve ser contrariada.
Adotam-se sarjetas ou sumidouros com vedação hidráulica quando estes órgãos são ligados a
coletores de uma rede de drenagem unitária ou a coletores de uma rede de drenagem de águas
pluviais, onde haja a possibilidade de se depositar material sólido que origine gases, cuja saída
para a atmosfera deve ser minimizada (como exemplo, cita-se o caso de troços terminais de redes
de drenagem sujeitos à influência das marés, quando existem condições favoráveis para a
deposição de lodos).
Quanto à necessidade de retenção de material sólido
Adotam-se sarjetas ou sumidouros sem câmaras de retenção em arruamentos de zonas totalmente
pavimentadas, onde não seja de esperar carreamento importante de material sólido pelas águas
pluviais afluentes a estes órgãos ou, ainda, mesmo que se verifique esta hipótese, o coletor da
rede geral possa assegurar o seu transporte. Caso contrário, devem ser adaptadas sarjetas ou
sumidouros com câmaras de retenção.
4. Materiais, formas e dimensões das peças constituintes
Soleira
A soleira deve ser de betão simples de 250 kg de cimento por metro cúbico de betão. Pode ser
moldada no local ou pré-fabricada; neste caso, deve ter uma armadura para segurança no
transporte e assentamento no local.
A soleira tem, em planta, forma retangular definida pelo contorno exterior da secção transversal do
corpo da sarjeta.
A espessura não deve ser inferior a 0,10 m.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
SUMIDOUROS
Disposições Gerais
ET – AR 07
Corpo
O corpo pode ser construído com qualquer dos seguintes materiais: alvenaria hidráulica de tijolo
maciço, alvenaria hidráulica de pedra, betão simples de 250 kg de cimento por metro cúbico de
betão, elementos pré-fabricados de betão, simples ou armado.
A argamassa a utilizar nas alvenarias hidráulicas deve ser equivalente à de 270 kg de cimento por
metro cúbico de argamassa (1:5 em volume).
No caso de o corpo ser construído com elementos de betão pré-fabricados, as porções que não
possam ser executadas com elementos inteiros devem ser de betão moldado no local ou de
alvenaria hidráulica. O corpo tem, em planta, forma retangular, com as dimensões indicadas no
quadro seguinte:
Tipo de sarjeta / sumidouros Dimensões da secção interior (cm)
L, LC, LH, LHC 50 × 40
V, VC 75 × 35
VH, VHC 75 × (55 + e[*]);
75 × 35
F, FC, FH, FHC 60 × 35
[*] e - espessura das paredes do corpo das sarjetas (em cm)
Os valores mais correntes para a altura do corpo das sarjetas e dos sumidouros devem ser
adaptados às condições locais, sempre com a aprovação da fiscalização.
A espessura das paredes do corpo das sarjetas ou dos sumidouros é variável com o material
utilizado na sua construção, devendo obedecer às condições indicadas no quadro seguinte.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
SUMIDOUROS
Disposições Gerais
ET – AR 07
Restantes peças constituintes e acabamentos
A NP – 676 indica as características a que devem obedecer as restantes peças constituintes dos
diferentes tipos de sarjetas ou de sumidouros, nomeadamente a pia sinfónica, a placa sinfónica, a
verga, o septo, a gola de entrada, a tampa e a grelha.
Material Espessura
Alvenaria de tijolo Tijolo a 1/2 vez
Alvenaria de pedra ≥ 17 cm
Betão moldado no local ≥ 10 cm
Elementos pré-fabricados de betão 8 cm
As superfícies das sarjetas ou dos sumidouros devem ser rebocadas, com argamassa equivalente
à de 400 kg de cimento por metro cúbico de argamassa (1:3 em volume), com a espessura mínima
de 1 cm no corpo da sarjeta e de 2 cm no septo, na vigota e na pia ou na placa sinfónica (quando
de betão).
No caso do corpo da sarjeta ou do sumidouro ser construído com elementos de betão pré-
fabricados, pode dispensar-se o reboco, se as superfícies se apresentarem lisas e sem defeitos, e
desde que estes órgãos satisfaçam as condições de permeabilidade estipuladas na NP – 676.
Pode, igualmente, dispensar-se o reboco da pia sinfónica, se a superfície de betão se apresentar
também lisa e sem defeitos.
As dimensões dos sumidouros serão as prescritas no Decreto Regulamentar n.º 23/95 de 23 de
agosto, a menos que outra opção seja indicada no projeto/nota técnica e fiscalização.