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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHORJUIZ FEDERALDAMM" VARADO TRABALHODECURITBA- PRo RENATA CIRILO, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/SP 140.995, inscrita no CPF/MF sob o nO. 151.412.998-13, portadora da CTPS nO. 13878, série 00045/SP, cadastrada no PIS/PASEP sob o nO. 12542741621-04, residente e domiciliada à Rua Purus, 21, Bacacheri, Curitiba, Paraná, CEP82.520-750, nascida em 23/10/1971, filha de ANTÔNIA DE LIMA CIRILO, por seu advogado ao final assinado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional na Rua Pedro Gusso, 4.037, sala 02, CIC, Curitiba, PR, CEP: 81315-000, onde recebe intimações e notificações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor: ACÃO RECLAMATÓRIA TRABALHISTA, 1 Documento assinado com certificado digital por ADRIANO UGOllNI AIRES Confira a autenticidade no sitio WWN.trt9.Jus.brlprocessoeJelronico _ Código: SY2A-Q21M-2515-6186 Numero único CNJ: 0000536-08,2012.5.09,0004

Renata cirilo

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHORJUIZ FEDERALDA MM" VARADOTRABALHODECURITBA- PRo

RENATA CIRILO, brasileira, solteira, advogada,inscrita na OAB/SP 140.995, inscrita no CPF/MF sob onO. 151.412.998-13, portadora da CTPS nO. 13878, série 00045/SP,cadastrada no PIS/PASEP sob o nO. 12542741621-04, residente edomiciliada à Rua Purus, 21, Bacacheri, Curitiba, Paraná,CEP82.520-750, nascida em 23/10/1971, filha de ANTÔNIA DE LIMACIRILO, por seu advogado ao final assinado (instrumento de mandatoanexo), com escritório profissional na Rua Pedro Gusso, 4.037,sala 02, CIC, Curitiba, PR, CEP: 81315-000, onde recebe intimações enotificações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,propor:

ACÃO RECLAMATÓRIA TRABALHISTA,

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Confira a autenticidade no sitio WWN.trt9.Jus.brlprocessoeJelronico _ Código: SY2A-Q21M-2515-6186Numero único CNJ: 0000536-08,2012.5.09,0004

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em face de FERRAREZE & FREITAS SOCIEDADEDE ADVOGADOS, pessoa jurídica de direito privado, inscrita noCNPJ sob o nO 07.309.502/0001/48, com sede à rua Visconde do RioBranco, 1322, 70 andar, Centro, Curitiba, Paraná, CEP 80.420-210,pelas razões fáticas e jurídicas a seguir expostas, para ao finalrequerer:

01. DO CONTRATODETRABALHO

1.1 A reclamante manteve vínculo empregatício com areclamada, o qual teve início em 21 de julho de 2006 (dois mil eseis) até 21 de setembro de 2011 (dois mil e onze).

1.2. Ressalta-se que a reclamada efetuou o registro naCTPS da obreira somente em 01 de junho de 2009 (dois mil enove).

1.3. Durante todo o pacto laboral a reclamante exerceuo cargo de ADVOGADA.

02. DO PISO SALARIAL DA CATEGORIA - DOS SALÁRIOS PAGOSPELAEMPRESARECLAMADA

2.1. A reclamada SEMPRE pagou à reclamante salárioinferior ao "piso" da categoria para jornada contratual de 08 (oito)horas diárias e JAMAIS aplicou os reajustes previstos nos DissídiosColetivos e Acordos Coletivos, senão vejamos:

PISOS DACATEGORIA SALARIOSPAGOS

Até 31/10/2006 - R$ 2.500,00 De 07 a 10/2006 - R$ 1.200,00TRT.PR~16014-2002.909.09-00-7 (De 00014/2002)

De 01/11/2006 31/10/2008De 11 a 12/2006 - R$ 1.400,00

a - De 01/2007 a OS/2008-R$ 1.700,00R$ 3.000,00 + 2,2 % (reajuste) = De06/2008 a 07/2008-R$ 2,000.00R$ 3.066,00 De 08/2008 a 10/2008-R$ 2,500,00TRT-PR-1601S-2006-909-09-00-g 'OC-00018/2006 \

De01/11/2008 a 31/10/2010 - De 11/2008 a OS/2009-R$ 2,500.00R$ 3,348,00 + 11,58% (reajuste) = De 06/2009 a 06/2010-R$ 3,000,00R$ 3.735,69 De 07/2010 a OS/2011-R$ 3,348 00TRT-PR977/2008-909-09-00-4 'AC.31031 09)

De 01/06/2011 a 31/05/2012 - De06 a 09/2011 - R$3,348,00R$3.815,00+ R$ 298,85 (reajuste)=R$ 4.113,85NO Recllstro MTE ?R002B3a 2011

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03. DAS CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA RECLAMADA - DOSASPECTOS GERAIS DO CONTRATO DE TRABALHO

3.1. Inicialmente se faz necessário apontarmos algumascaracterísticas da empresa reclamada. Para tanto, tomamos a liberdadede transcrever texto extraído do seu site oficial disponível na Internet:

nA empresa

Ferrareze & Freitas Advogados

Para contar a historia desta empresa, é precisoescrever várias páginas. No entanto, é predicado doadvogado o poder de síntese.

Iniciando suas atividades no ano de 19B2, em PassoFundo, no Planalto Médio do Rio Grande do Sul, apóscinco anos, os estudos e trabalhos foramdirecionados para uma advocacia especializada,nascendo a FERRAREZE & FREITAS ADVOCACIATRABALHISTA BANCÁRIA ESPECIALIZADA, atentaaos anseios e dilemas vividos peJa classe operáriados bancos.

Desde então, com muito êxito, a empresa fezreverter em favor dos bancários e principalmente ex-bancários, diversos direitos que foram sonegados nocurso da relação de emprego. A atividade consisteem prestar informações jurídicas a todos osfuncionários de bancos e caixas econômicas, bemcomo em buscar na Justiça do Trabalho, desde areintegração ao emprego, até a complementação daaposentadoria. E assim a FERRAREZE & FREITASsolidificou-se através de numerárias vitóriasjudiciais, pelo destaque no reconhecimento deinovação, e, sobretudo, em razão dos expressivosvalores alcançados nas ações judiciais. A expansão éa colheita de um grande entrosamento de amizade,de trabalho e de união com os bancários, avançado apartir de PASSO FUNDO, CAXIAS DO SUL, PORTOALEGRE, SEGUIDO POR CHAPECO, SÃO PAULO, NOVOHAMBURGO, CURITIBA, CAMPINAS, RIO DEJANEIRO, BELO HORIZONTE, SALVADOR,FLORIANOPOLIS, RECIFE E BRASILIA.

A empresa está hoje aparelhada com mais recentetecnologia para pesquisa informatizada, bem comopara acompanhar os processos desde as varas dotrabalho até o Tribunal Superior do Trabalho.

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É preciso alertar a todos os bancários para queobtenham informações sobre as complementaçõessobre as conciliações prévias, sobre os planos dedemissões, sobre as complementações deaposentadoria, substituições de cargos, acúmulos defunções, equiparações salariais, sobre asnegociações que tem sido sugeridas, visto trazerem,invarialmente, prejuízos "embutidos" em termostécnicos e pouco conhecidos entre a classe bancária,além de alertar para que os funcionários de bancosconsultem as unidades da FERRAREZE & FREITASdurante a relação de emprego em qualquer dos seusendereços. É importante lembrar também, que aclasse patronal a que servem os bancários époderosa e mantém respeitáveis departamentosjurídicos permanentemente à disposição, razão destachamada.

Contam com excelente quadro de advogados comlarga experiência, estagiários e colaboradores.

Assim, esta história é simples: do trabalho, com oDireito do Trabalho, de amizades, de expansão, dealegria e de sucesso, o que lhes permite colocar àdisposição da classe bancária, uma das maioresestruturas jurídico-trabalhista do País".

(Fonte: htto: //www.{(a.com.br/sitelindex. oho ?Dagina=empresa)

3.2. A filial da reclamada em Curitiba, a qual a reclamanteesteve vinculada durante todo o pacto laboral foi criada em meados de2003, sendo responsável pelas ações trabalhistas ajuizadas na capitalparanaense, região metropolitana e: Apucarana, Arapongas, AssisChateaubriand, Bandeirantes, Cambé, Campo Mourão, Castro, CornélioProcópio, Guarapuava, Jacarezinho, Londrina, Maringá, Nova Esperança,Paranaguá, Paranavaí, Ponta Grossa, Santo Antônio da Platina, Toledo,Umuarama e União da Vitória.

3.3. Além das cidades paranaenses, a filial Curitiba éresponsável por ações trabalhista em inúmeras cidades do interior deSão Paulo, tais como: Assis, Avaré, Botucatu, CapãoBonito, Itapetininga,Itapeva, Itararé, Durinhos, Presidente Prudente, Presidente Venceslau,Santa Cruz do Rio Pardo e Teodoro Sampaio.

3.4. O corpo jurídico da filial na maioria do período foicomposto efetivamente por 04 (quatro) advogados, incluindo areclamante, e um gerente que também respondia pela áreaadministrativa.

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3.5. A reclamante de setembro/2006 até o final docontrato de trabalho foi responsável pelo "setor de prazos" da filial,onde elaborava a maioria das peças processuais da fase deconhecimento, fazia análise de sentenças e acórdãos, criava tesespara todos os tipos de recursos interpostos na defesa dos interessesdos clientes, em todas as instâncias, atendia clientes, sendo aindadesignada para efetuar as audiências mais complexas.

04. DO HORÁRIO DEEXTRAORDINÁRIAS

TRABALHO DAS HORAS

4.1. A jornada contratual imposta pela empresa reclamadaera de 08 (oito) horas diárias e 40 (quarenta) semanais, com no mínimo01 (uma) hora de intervalo intrajornada.

4.2. Embora a aludida previsão contratual, a reclamante foiobrigada a trabalhar permanentemente em regime extraordinário, cujamédia, de segunda à sexta-feira, pode ser fixada como sendo, das 08hOOàs 18h30, com intervalo intrajornada de apenas 30 (trinta) minutos.

4.3. Ressalta-se que devido a realização de audiência e/ouatendimento aos clientes, em média 04 (quatro) vezes por mês a jornadaacima era elastecida em 02 (duas) horas no mínimo, sendo que em taisocasiões não havia fruição de intervalo intrajornada.

4.4. A reclamante no ano de 2011 laborou 02 (dois)sábados das 09hOOàs 12hOO.

4.5. Não lhe foi permitido anotar a integralidade da jornadatrabalhada, razão pela qual restam impugnados os registros de horários,que serão juntados aos autos pela parte reclamada.

4.6. A reclamada JAMAiS pagou as horas extrasefetivamente prestadas pela obreira.

4.7. Ante o exposto, o reclamante faz jus auferir comoextraordinárias todas as horas que cumpriu a partir da oitava diária equadragésima quarta semanal, com o adicional de 100% (cem porcento), conforme o artigo 20, ~ 2° da Lei 8.906/94.

04. DAS HORAS EXTRAS EM VIAGENS PARA AUDIÊNCIAS

4.1. A reclamante era obrigada a realizar audiências nascidades citadas no item anterior (3.2 e 3.3). Os deslocamentos ocorriamobrigatoriamente de ônibus ou de carro, uma vez que a empresareclamada NÃOfornecia passagens aéreas.

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4.2. As viagens de ônibus onde a reclamante saía à noitede Curitiba e chegava à cidade de destino na manhã seguinte, ocorreramem média 02 (duas) vezes por mês, sendo que o retorno para Curitibatambém ocorria durante à noite. As viagens noturnas duravam em média08 (oito) horas.

4.3. Assim, tem direito ao pagamento de 16 horas extrasem viagens, na média de 02 (duas) vezes por mês, além das horasanteriormente requeridas.

4.4 A jurisprudência corrobora a tese obreira:

TRT-PR-04-10-2011 VIAGENS. TEMPO À DlSPOSlçAO.ART. 4° DA CLT. O período em que o Reclamante estava noônibus, viajando a serviço da Reclamada, é considerado àdisposição, na medida em que lá estava por ordem doempregador, não tendo a liberdade de alterar o trajeto, e nãohá provas de que poderia escolher outro horârio de viagem,enquadrando-se a situação no art. 4° celetârio que"considera-se como de serviço efetivo o período em que oempregado esteja à disposição do empregador, aguardandoou executando ordens, salvo disposição especialexpressamente consignada". Recurso ordinârio do Autor aque se dá provimento, no particular. (TRT-PR-03668-2010-010_09_00_7_ACO_39882_2011 IA. TURMA, Relator:UBlRAJARA CARLOS MENDES, Publicado no DEJT em04-10-2011).

TRT-PR-13-09-2011 VIAGENS A TRABALHO APÓS OEXPEDIENTE. TEMPO DE DESLOCAMENTO. TEMPO ÀDlSPOSIÇÀO DO EMPREGADOR. O tempo que o empregadodespende no trajeto, realizando viagens a trabalho após oexpediente, no interesse da empresa, deve ser consideradocomo tempo à disposição do empregador, de modo que deveráser remunerado como horas de efetivo labor. (TRT.PR-02725_2010_007_09_00_8_ACO_36786_2011 - 2A. TURMARelator: MARCIO DIONíSIO GAPSKI, Publicado no DEJTem 13-09-2011)

05. DOSINTERVALOSINTRAJORNADA

5.1. Como dito alhures, O único intervalo foi de 30 (trinta)minutos diários, afrontando o disposto no artigo 71, caput, da CLT,sendo que em diversas oportunidade tal intervalo foi totalmentesuprimido. Neste sentido, a vedação relativa ao trabalho nos intervalosintrajornada é absoluta, sendo que a exigência reiterada de trabalhoneste período de descanso constitui abuso de direito do empregador.

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5.2. Prevê o parágrafo 40 do art. 71 da CLT que, se ointervalo for suprimido, o empregador ficará obrigado a remunerar operíodo correspondente com um acréscimo de no mínimo (60°/0 conformeCCT) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. É devidaa integralidade do intervalo mínimo legal, conforme OJ. nO307 da SDI-Ido TST:

"Após a edição da lei nO8.923/94, a não-concessãototal ou parcial do intervalo intrajornada mínimo,para repouso e alimentação, implica o pagamentototal do período correspondente, com acréscimo de,no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração dahora normal de trabalho (art. 71 da CLT)".

5.3. Veja-se a recente jurisprudência do C. TST:

TRT-PR.06.03.2012 INTERVALO INTRAJORNADA.VIOLAÇAo. DIREITO A REMUNERAÇAo INTEGRAL. Ainfração ao intervalo intrajornada mínimo confere direito aopagamento integral da pausa prevista em lei, e não apenas àdiferença entre o que foi fruído e o que era devido. Quando olegislador estabelece um patamar mínimo para qualquerespêcie de garantia, o que se deve entender ê que, abaixodele, nada existe que se possa valorar, para efeito decumprimento à lei. Não se cogita de enriquecimento semcausa o recebimento de todo o tempo de pausa quando partedele foi [ruído. Se o legislador ftxou o minimo de pausanecessário à recomposição das energias - quinze minutos ouuma hora, conforme a jornada - não se pode considerar queo trabalhador se recomponha com intervalo menor. Recursoa que dã provimento para deferir ao autor, como extra, umahora de intervalo por dia laborado e reflexos decorrentes.(TRT.PR.37449.200B.007.09.00.4.ACO-09375.2012 - 2A.TURMA, Relator: MARLENE T. FUVERKI SUGUIMATSU,Publicado no DEJT em 06-03-2012)

Ementa: I • RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE.INTERVALO INTRAJORNADA. CONCESSAo PARCIAL.HORAS EXTRAS. E devido ° pagamento da hora integra!acrescida do adicional, na hipôtese de descumprimento dointervalo intrajornada, bem como dos reflexos, ante anatureza jurídica salarial da parcela {OJs nO 307 e 354 daSBDI-l do TST). Recurso de revista de que se conhece e aque se dá provimento. (... ) (TST, Processo: RR - 2030900-55.2005.5.09.0009 Data de Julgamento: 11/05/2011,Relatora Ministra: Kátia Magalhães Arruda, 5- Turma,Data de Publicação: DEJT 20/05/2011).

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INTERVALO INTRAJORNADA. CONCESSAo PARCIAL.REMUNERAÇAOINTEGRAL DO TEMPO DESTINADO AREPOUSO E ALIMENTAÇAO. PERÍODO POSTERIOR AENTRADAEM VIGOR DA LEI N•• 8.923/94. ORlENTAÇAOJURISPRUDENCIAL N.• 307 DA SBDI.I DO TRIBUNALSUPERIOR DO TRABALHO. É devido, como laborextraordinário, o tempo integral destinado ao intervalointrajornada, se não concedido ou usufruído de formaparcial, no período posterior à entrada em vigor da Lei n.o8.923/94. Nesse sentido firmou-se o entendimento destaCorte superior, consagrado na Orientação Jurisprudencialn.• 307 da SBDI-!. A finalidade da norma, destinada aassegurar a efetividade de disposição legal relativa àsegurança do empregado e à higiene do ambiente detrabalho, respalda o entendimento predominante nesta Corteuniformizadora, não havendo falar no pagamento apenas dolapso de tempo sonegado. Precedentes. Recurso de revistaconhecido e provido. (TST, Processo: RR - 2612700-91.2009.5.09.0014, Acórdão divulgado no DEJT, nostermos da lei 11.419/06, em 29.09.2011 e publicado em30.09.2011)

5.4. Portanto, reclama o pagamento de uma hora diária deintervalo intrajornada não concedido, em valor correspondente ao salárionormal, acrescido do adicional de 100%, conforme disposto no 9 40 doartigo 71 da CLT, sem prejuízo do pedido de horas extras laboradasneste período de intervalo.

06. DO INTERVALO QUE ANTECEDE A JORNADA EXTRAORDINÁRIA

6.1. A reclamante, durante todo o contrato de trabalho,realizou horas extras imediatamente após o horário normal de trabalho,restando, portanto, evidenciado que nunca gozou do intervalo de quinzeminutos que deve anteceder à jornada extraordinária, afrontando, destaforma, o disposto no artigo 384 da CLT,que dispõe:

"Em caso de prorrogação do horário normal, seráobrigatório um descanso de 15 (quinze) minutos nomínimo, antes do inicio do período extraordinário do

trabalho."

6.2. Ora Excelência, este intervalo para descanso temcomo finalidade a proteção da saúde da mulher, com preocupações deordem higiênica, psicológica e social, visando integrar a obreira numcontexto eminentemente social. As ementas abaixo transcritascorroboram a tese obreira, senão vejamos:

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Ementa: I - RECURSO DE REVISTA DA RECLAMANTE.INTERVALO PARA DESCANSO PREVISTO NO ART. 384DA CLT. Nos termos do art. 384 da CLT em caso deprorrogação do horãrio normal, será obrigatãrio um descansode quinze minutos no mínimo, antes do inicio do períodoextraordinârio do trabalho-o Recurso de revista conhecido eprovido. (... ) (TST, Processo: RR 75600-76.2009.5.04.0292 Data de Julgamento: 14/12/2011,Relator Ministro: Alberto Luiz Bresciani de FontanPereira, 3. Turma, Data de Publicação: DEJT19/12/2011)

(.••) TRABALHO DA MULHER. INTERVALO PREVISTO NOARTIGO 384 DA CLT. NORMA RECEPCIONADA PELACARTAMAGNA.De acordo com a jurisprudência do c. TST êassente o entendimento de que o art. 384 da CLT foirecepcionado pela Constituição da República, portanto, fazjus a mulher ao intervalo de quinze minutos antes do iniciodo período extraordinário. Não sendo o caso, nos presentesautos, não há se falar em aplicação do disposto nomencionado artigo. (TRT-PR-OI006-2008-093-09-00-5-ACO-30007-2011 - IA. TURMA, Relator: CÉLIO HORSTWALDRAFF, Publicado no DEJT em 29-07-2011)

(... ) 4. INTERVALO. ARTIGO 384 DA CLT. Nos termos dajurisprudência desta Corte, a disposição contida no artigo384 da CLT foi recepcionada pela Constituição Federal.Assim, homens e mulheres, embora iguais em direitos eobrigações, diferenciam-se em alguns pontos, especialmente,no que concerne ao aspecto fisiológico, merecendo, portanto,a mulher , tratamento diferenciado quando o trabalho lheexige um desgaste fisico maior, como nas ocasiões em quepresta horas extras, razão pela qual elas têm direito aointervalo de quinze minutos antes do inicio do períodoextraordinârio. Recurso de revista conhecido e provido. (... )(TST, Processo: RR - 3513500-04.2007.5.09.0002 Datade Julgamento: 14/12/2011, Relatora Ministra: DoraMaria da Costa, 8- Turma, Data de Publicação: DEJT19/12/2011)

6.4. Desta maneira, reclama o pagamento de quinzeminutos diários de intervalo que antecede à jornada suplementarsuprimido, em valor correspondente ao salário normal acrescido em100%, sem nenhum prejuízo das horas extras devidas pelo laborextraordinário, com reflexo nos repousos semanais remunerados.

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07. DO DANO MORAL DESRESPEITO A DIREITOSFUNDAMENTAIS - ASSÉDIO MORAL

7.1. Utilizando-se as informações contidas no site oficial daparte ré, podemos afirmar que: a empresa reclamada é sem sombra dedúvidas "uma das maiores estruturas jurídico-trabalhista do País" e que"solidificou-se através de numerárias vitórias judiciais" e "sobretudo, emrazão dos expressivos valores alcançados nas ações judiciais"; e aindaque, a partir do momento em que se tornou especializada em açõestrabalhistas contra Bancos "a empresa fez reverter em favor dosbancários e principalmente ex-bancários, diversos direitos que foramsonegados no curso da relação de emprego".

7.2. A história da empresa reclamada é repleta deconquistas, vitórias e conseqüentemente sucesso. Interessante ressaltarque a reclamada está presente nos estados do Rio Grande do Sul, SantaCatarina, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia,Pernambuco e Distrito Federal, e seus proprietários consideram que "Aexpansão é a colheita de um grande entrosamento de amizade, detrabalho e de união com os bancários".

7.3. Mas, e o contingente humano da empresa reclamada?Du melhor, o "excelente quadro de advogados com iarga experiência,estagiários e colaboradores" que compõem suas filiais também fizeram efazem parte dessa história de sucesso? Tiveram reconhecimentoprofissional adequado? Tiveram seus direitos respeitados? Foramtratados com dignidade?

7.4. A ementa abaixo transcrita traduz com exatidão ocomportamento da reclamada em relação aos seus empregados:

Ementa: DANO MORAL. TRATAMENTO INJURIOSO EDESRESPEITO ÀS NORMAS TRABALHISTAS.CONFIGURAÇAo. A comparação do empregado com papelhigiênico - porque serve para ser usado e laneado fora - eos xingamentos desferidos por superior hierárquico navigência do contrato configuram dano pessoal indenizável.Ao lado destas razões, a manutenção de empregado semregistro e sem a atenção aos ditames trabalhistas.mormente se realizada por escritório de advocaciatrabalhista especializado no atendimento de empregados.configura desrespeito pessoal. do qual emana prejuízomoral também indenizável. Recurso a que se dãprovimento. (TRT/SP N° 02162.2008.016.02.002, RO,RECORRENTE: MEIRE LOPES, RECORRIDO:FERRAREZE E FREITAS ADVOGADOS, JUIZ RELATOR:MARCOS NEVES FAVA, DATA DE PUBLICAÇAo:08.09.2011) (grifamos)

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Acórdão:7.5. Vale transcrevermos trechos do elucidativo v.

"Dano moral

(...)Vejo razão com a reclamante, que postulamodificação desta parcela do julgado.Três foram os fundamentos evocados pela exordialpara a indenização de dano pessoal, a saber: acomparação injuriosa, o tratamento injurioso dasuperiora Lia e o desrespeito às regras trabalhistasmais elementares, por parte de advogadostrabalhistas especializados no atendimento deempregados.Quanto ao primeiro, a prova realizou-se pela oitivade Anderson Luis Alves, à f. 120, que atestou, comsegurança, que o sócio Gilberto Freitas, dareclamada, em reunião de trabalho em que sediscutiam os gastos do escritório com osempregados, comparou-os a papel higiênico,literalmente:"empregado é igual a papel higiênico, que usa ejoga fora"A falta de lembrança da testemunha acerca dapresença da reclamante na sala, na oportunidade,não abala a gravidade do fato, nem mitiga suaconfirmação.De outro lado, assertivas genéricas de que Gilbertoé boa pessoa, de trato fácil, acessível etc não têmo condão de desaparecer com a infeliz e injuriosacomparação.

(...)No que toca ao segundo fato, a testemunhaRosilaine Cristina Matulevic, f. 121, ratificou asagressões perpetradas por Dra. Lia em relação àreclamante, quer na cobrança desproporcional dasatividades do trabalho, chamando-a deincompetente e que tais, quer no uso de palavrasde baixo calão e desrespeito, como as transcritasem ata de audiência.De mesma forma, depoimentos genéricos de queLia é pessoa equilibrada e não costuma usarpalavrões não apagam a confirmação doslamentáveis fatos.

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No que toca ao argumento de defesa, segundo oqual a reclamante nada sofreu porque, mesmodiante das ofensas, manteve-se no emprego,considero-o uma confirmação do tratamentoinadequado. E isto porque, no mundo do trabalho,bem conhecido pelo reclamado e pela advogadaque assina a defesa, a dependência de quemprecisa laborar, sem dispor de controle de outrosmeios da produção, senão sua própria forçapessoal, impede a tomada de decisões peloabandono de um contrato, a qualquer tempo. (•••)

Por fim, no que toca ao desrespeito às regrastrabalhistas e os prejuízos que daí derivam, épreciso rápida ponderação.Há duas ordens de prejuízos pessoais, quedesbordam do vilipêndio às regras do direito dotrabalho.De um lado, materiais: resultantes da perda doFGTS, da proteção previdenciária, do registro dotempo para aposentação e das garantiasconvencionais ou legais, sem intervenção judicial.De outro lado, imateriais: emergentes no fato deque o trabalho do homem é o próprio homem, istoé, NÃO SE DISTINGUEM a força despendida e seutitular. Malferir as condições de trabalho consisteem desrespeitar a dignidade do homemtrabalhador. O fato agrava-se ainda mais, quandooperado no seio de um escritório de advocaciatrabalhista preponderantemente de empregados,como é a reclamada, e entre bacharéis em direito.Não só reclamante foi vitima da fraude, mas todasas testemunhas que vieram a juizo deporassentiram NÃO SER REGISTRADAS. As duasprimeiras mencionaram contratos de prestação deserviços sem vinculo de emprego, tornando aviolação mais grave, em que pese não terem vindoa juízo como prova documental da defesa. Serludibriado, engodado e ter seus direitosvilipendiados causa, sim, dano moral.

(...)A alegação de que não há prova do sofrimentomoral não pode prevalecer, eis que o dano pessoalíntimo não aparece em imagem de raio x,ressonância magnética ou tomografia, menos

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ainda em exame de sangue. É na alma que dói, oque IMPEDE a prova do fato. Comprova-se, nestahipótese, a fonte do dano, presumindo-se osofrimento pessoal.A fixação da indenização por danos morais nãoassenta em normativo positivado, o que tornadelicada a tarefa de quem tenha que a indicar. Trêselementos devem pautar a escolha, a saber, acompensação pelo sofrimento da vítima, arepreensão pelo ato do agressor e o incentivo paraque isto não se repita".

(...)_ DA CONDUTA RECLAMADA NA FILIAL CURITIBA

7.6. Como dito alhures. a reclamante laborou por 03 (três)anos sem registro na CTPS, recebeu salário muito inferior ao piso dacate'S0ria antes e depois do registro. nunca recebeu pagamento pelashora", extras efetuadas e não usufruiu corretamente os intervaloslegalmente garantidos (inclusive aguele previsto no artigo 396 da CLT.gue fez jus em 2008). Não bastassem tais condicÕes lamentáveis detrabalho. a reclamada praticou condutas gue desrespeitaram direitosfundamentais da obreira. senão vejamos:

7.7. No primeiro semestre de 2010 a reclamante passavapor inúmeras dificuldades financeiras, e estava na iminência de ter seunome inserido no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e tambémSERASA.

7.8. Além da situação financeira lamentável, a reclamantetambém enfrentava problemas com o imóvel alugado onde morava comseus pais idosos e seu filho pequeno. A casa era mista (alvenaria emadeira) e estava com o forro repleto de cupins e ameaçava desabar.

7.9. O contrato de locação venceria somente em fevereirode 2011, e a imobiliária responsável enviou um técnico ao local queconstatou a necessidade de troca de todo o forro e também dasestruturas de madeira. Segundo a imobiliária, o proprietário do imóvelnão iria efetuar a reforma, pois estaria aguardando o término docontrato, para talvez demolir o imóvel que era bastante antigo. Areclamante então necessitava alugar outro imóvel (doc. anexos).

7.10. O sócio-proprietário da reclamada, Dr. LidiomarRodrigues de Freitas, que é conhecido como Dr. Freitas, havia fixadoresidência em Curitiba em janeiro de 2010, e tomou conhecimento dosproblemas pessoaisda reclamante através do gerente da filiai Dr. RicardoVanderlei Beuter, e se prontificou a "ajudá-Ia" financeiramente propondoo seguinte:

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• A reclamante deveria ajUIzar uma Reclamatória Trabalhistacontra a empresa reclamada, pleiteando o reconhecimento devinculo e consectários, além das diferenças salariaisdecorrentes do não pagamento do piso salarial definidos nasCCTdos Advogados do Paraná, do período de 21/07/2006

até 31/05/2009;

• Ele iria pedir para o advogado Dr. André Luiz Aché Mansur(ex-empregado da reclamada) patrocinar a ação, e logo apósa citação da ré, efetuaria um acordo judicial;

• O valor do acordo judicial seria compatível com oefetivamente devido pela reclamada, e que ele iria solicitarque o Contador da empresa fizesse 05 cálculos, e que estariaconcedendo tal benefício como retribuição ao excelentetrabalho desenvolvido pela reclamante na filial;

7.11. Em 28 de junho de 2010 foi ajuizada a reclamatóriaTrabalhista (RT nO 18106-2010-004-09-00-6, CNJ: 0000821-69.2010.5.09.0004), pleiteando somente o determinado pelo Dr. Freitas,e no dia 02 de agosto foi designada audiência UNA para o dia 25 denovembro de 2010.

7.12. A citação da ré foi expedida em 10 de agostode 2010. Imediatamente após o recebimento da citação, o gerente dareclamada Dr. Ricardo conseguiu incluir a aludida ação na pauta do JuízoAuxiliar de Conciliação de 10 grau, e foi designada audiência para 19 deagosto de 2010, às 09h43.

7.13. Na véspera da audiência o Dr. Freitas informou paraa reclamante que pagaria o valor de R$ 9.000,00 (nove mil reais), paraquitar os 03 (três) anos de contratação irregular de trabalho.

7.14. A reclamante argumentou que aquela quantiacorrespondia a aproximadamente 10% (dez por cento) do valorrealmente devido, e obteve como resposta:

"Não estamos negociando um "acordo", mais simum "meio" para que a senhora possa pagar suas dívidas eainda continuar trabalhando, conosco. Caso não aceite a minhaproposta não poderei mais mantê-Ia aqui".

7.15. O patrono da reclamante, Dr. André, quando soubeda proposta aviltante do sócio da reclamada e do seu total desrespeitoao princípio da boa-fé objetiva, decidiu não comparecer à audiência.

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7.16. A reclamante não tinha saída, não poderia ficardesempregada naquele momento, e foi obrigada a aceitar as condiçõesdo acordo conforme Ata de Audiência anexa.

7.17. Como exaustivamente demonstrado na presentepeça, a conduta da reclamada com os seus empregados JAMAIS foicondizente com uma empresa especializada em defender os direitostrabalhistas da classe "trabalhadora".

7.18. Todas as filiais da reclamada inauguradas antes de2008 (dois mil e oito) mantinham os advogados sem registro na CTPS,sendo que a filial de "Curitiba" foi a última a registrar seus advogados. Areclamante era a advogada mais antiga da filial.

7.19. Segundo informações o valor do piso salarial dacategoria aqui no Paraná era muito "alto" e a filial ainda não dava o lucroesperado. Talvez por tais motivos a reclamada nunca tenha pagadocorretamente os valores mínimos disposto nas normas coletivas dosadvogados.

7.20. Na busca desenfreada pelo lucro esperado, a partirde 2010 com a presença diária do Dr. Freitas na filial Curitiba, houve umaumento nas metas impostas aos advogados, ou seja, além das tarefasnormais tais como a realização de audiências, elaboração de peças,acompanhamento dos processos e atendimento a clientes, tambémdeveriam visitar os Bancos para captar clientes, através da distribuiçãode cartões e agendamento de entrevistas.

7.21. Ressalta-se que haviam empregados registradoscomo auxiliar administrativo e/ou assistente jurídico, cuja tarefa precípuaera a captação ou angariação de clientes e que além do salário, recebiamcomissão, porém os resultados estavam aquém do esperado, e nasreuniões presididas pelo Dr. Freitas era comum as cobranças e ameaçasde dispensa:

"Advogado tem que estar na rua captando clientes,essa coisa de advocacia de gabinete não existe aqui no Ferrarezee Freitas".

"O SAC está abandonado, quero que os advogadostambém acompanhem todas as entrevistas realizadas pelopessoal do SAC para convencer os clientes a assinarem aprocuração ".

"Se o problema é dinheiro, vamos pagar aosadvogados R$ 50,00 (cinqüenta reais) por cliente que assinar aprocuração";

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"O advogado que não sabe "trazer" cliente não serve

para trabalhar aqui".

7.22. Nas reuniões semanais presididas pelo gerente Dr.

Ricardo, o assunto recorrente era:

"O Dr. Freitas disse que é para a cambada devagabundos (advogados) saírem do ar condicionado e ir pra ruatrazer clientes".

"O Dr. Freitas diz que petição e prazo qualquer

estagiário faz".

"Se não aumentar o número de clientes vou serobrigado a dispensar um advogado".

7.23. Os prepostos da reclamada sabiam que era inviável acaptação de clientes peios advogados, primeiro por ser prática proibidapela OAB e também por ser impossível destinar dentro da jornada detrabalho tempo para visitar as agências Bancárias.

7.24. A determinação da diretoria da reclamada era aceitarapenas processos acima de R$ 100.000,00 (cem mil reais) de estimativa,e havia franca preferência por clientes do Banco do Brasil e CaixaEconômica Federal, o que tornou o trabalho realizado pelo SACcada vezmais difícil. Foram ainda estabelecidas novas metas de captação ondehavia um escalonamento referente ao valor das comissões pagas aoscaptadores conforme o número de procurações assinadasmês.

7.25. A pressão era constante, então o pessoal do SACpassou a marcar as entrevistas no escritório da reclamada fora dohorário comercial, sendo que a reclamante foi obrigada a entrevistarclientes da Caixa Econômica Federal aos sábados, para cumprir adeterminação do sócio-diretor.

7.26. Em abril de 2011 o Dr. Freitas determinou que areclamante fosse responsável pela triagem das procurações, ou seja,deveria barrar aqueles processos que estivessem fora dos padrõesdefinidos pela reclamada. Tal triagem era atribuição do gerenteDr. Ricardo, que na opinião do sócio-diretor não estava cumprindo asdeterminações da reclamada e pegava "processos pequenos".

7.27. A nova atribuição imposta à reclamante lhe trouxesérios problemas de relacionamento com os integrantes do SAC e ogerente Dr. Ricardo, que por diversas vezes falou para toda equipe, que:

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"A culpa pela redução dos salários de vocês(comissões pagas por fora) é da Dra. Renata ".

nEla age com um preciosismo desnecessário e nãotem interesse em ajudar o setor".

"Não podemos contar com ela para nada, temCarteira de Habilitação e não dirige".

"Temos que pressioná-Ia a aceitar as procurações".

7.28. Além da natural sobrecarga de trabalho decorrenteda elaboração dos recursos e realização das audiências mais complexasda filial, a reclamante passou a sofrer pressão psicológica exercida pelogerente Dr. Ricardo e pelos empregados do SAC, que instigados por ele,a todo o momento adentravam na sala da autora, muitas vezes nervosose algumas vezes aos berros, exigindo explicações sobre a recusa dedeterminada procuração.

7.29. Por diversas vezes a reclamante pediu para o Dr.Freitas escolher outro advogado para fazer tal triagem, ou então que atarefa voltasse a ser atribuição do Dr. Ricardo, porém o sócio-diretoralegava que "ela" era a pessoa certa para tal trabalho.

7.30, Na verdade o que os prepostos da reclamadaarquitetavam era a redução dos gastos com as comissões pagas aosempregados do SAC e sobrecarregar ainda mais a reclamante, que alémde necessitar do emprego para sobreviver, era a única advogada da filialque havia feito "acordo" em relação ao período sem registro na CTPS, eque na visão da parte ré teria uma probabilidade mínima de se insurgircontra as más condições de trabalho impostas.

7.31. Na mesma época em que ocorriam osdesentendimentos com os empregados do SAC, a reclamante tomouconhecimento que o gerente Dr. Ricardo constantemente a desmerecia,colocando em dúvida a sua honra pelo fato de ser "mãe solteira", etambém "que não sabia o que a autora fazia com o salário, pois estavasempre cheia de dívidas", na frente dos demais colegas.

7.32. A situação reaimente ficou insustentável e areclamante passou a ser portadora de doença do trabalho (dores pelocorpo e depressão) sendo necessários vários afastamentos e uso demedicação controlada (documentos anexos).

7.33. Em julho de 2011 a reclamada convidou inúmerosfuncionários da Caixa Econômica Federal de diversas agências de Curitibapara participarem de uma reunião no Hotel Bristol, localizado na RuaVicente Machado, nO 1.295, para explicar detalhadamente quais pedidosdeveriam ser inseridos numa RT, principalmente a parcela CTVA que iriaprescrever brevemente.

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7.34. Houve determinação para que os advogados da filialcomparecessem a tal reunião para ajudarem o gerente Dr. Ricardo. Areunião ocorreu no dia 14 de julho e a reclamante não compareceu,tendo que justificar o motivo da ausência, sendo advertida verbalmentepelo preposto da reclamada.

7.35. Em agosto/2011 o sócio-diretor da reclamada,Dr. Gilberto Rodrigues de Freitas (autor da lamentável frase "empregadoé igual a papel higiênico, que usa e joga fora", citada no v. Acórdãoprolatado pelo E. TRT de São Paulo) esteve na filial de Curitiba, e areclamante teve oportunidade de detalhar todas as situações de assédiosofridas, e as conseqüências físicas e mentais que estava sofrendo emvirtude do péssimo ambiente de trabalho. O Dr. Gilberto disse que nãoiria tomar nenhuma atitude para solucionar a questão, e que se areclamante estava descontente deveria pedir demissão.

- DO DIREITO

7.36. Tendo em vista o tratamento dispensado pelosprepostos da reclamada, não há dúvidas de que a conduta em relaçãoà reclamante configurou a prática de assédio morai, abuso de direito epoder, além de desrespeito à boa-fé objetiva, cláusula geral comraízes constitucionais (CF/88, art. 30, IlI) e a dignidade da pessoahumana, resultando em danos morais, os quais merecem reparação.

7.38. Além das lesões dos direitos e os danosocasionados pela conduta da reclamada, ressalta-se o fato de que oabuso de direito praticado pela parte ré ao longo de mais de 05(cinco) anos de contrato também reduziu a condição do trabalho daobreira, despendido diretamente em seu benefício à mera mercadoriaalienada, atentando contra os princípios fundamentais da dignidade dapessoa humana (art. 10, In, CF) e da função social da empresa (art.170, IlI, CF), configurando ato ilícito, passível de reparaçãomonetária, nos moldes do artigo 186, 187 e 927 do Código Civil.

7.39. Diante da gravidade dos fatos, surge anecessidade de buscar-se na prestação jurisdicional um meio eficaz dereparação dos danos causados à reclamante e, com isso, talvez, emrazão do caráter pedagógico da reparação imposta, restabelecer orespeito da reclamada para com seus empregados, sendo que a faltade "atenção aos ditames trabalhistas, mormente se realizada porescritório de advocacia trabalhista especializado no atendimento deempregados, configura desrespeito pessoal, do qual emana prejuízomoral", conforme brilhantemente dispôs o I. Juiz Relator MARCOSNEVESFAVA, na ementa transcrita no item 7.4.

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7AO. Pelo exposto, requer indenização pelos danosmorais sofridos pela autora, no valor total de 100 (cem)remunerações, quando de sua despedida, com juros e correçãomonetária até a data do efetivo pagamento, ou outro valor que esteMeritíssimo Juízo entenda como suficiente para reparar os danossofridos.

08. DAS FÉRIAS USUFRUíDAS PARCIALMENTE

8.1. A reclamada costumava conceder férias de nos mesesde dezembro e janeiro de no mínimo 20 (vinte) dias aos advogados.

8.2. Porém, em dezembro de 2010, a reclamadadeterminou que os advogados gozassem apenas 10 (dez) dias de férias,sob alegação de que no ano de 2009 teriam usufruído as fériasintegralmente sem completarem a totalidade do período aquisitivo,considerando evidentemente a data do registro na CTPSque foi efetuadasomente em junho de 2009.

8.3. Como já dito exaustivamente a reclamante laborouvários anos sem registro na CTPS, portanto fazia jus as férias integraistanto no ano de 2009, como em 2010, ao não conceder o períodointegral de férias para a reclamante, o réu violou o disposto no artigo129 da CLT.

804. Assim, tem direito a autora ao pagamento em dobrodos vinte dias restantes de férias, mais o terço constitucional, nãousufruídos por imposição do réu, nos termos que dispõe o artigo 137 daCLT.

09. DOS ENCARGOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS

9.1. As diversas lesões de direitos sofridas importaram emoutra lesão, qual seja o acúmulo dos créditos ora pleiteados, com opagamento devendo ocorrer em uma única oportunidade.

9.2. Quanto aos encargos previdenciários e fiscais, entendea parte autora não ser de sua responsabilidade, uma vez ter sido areclamada responsável pelo inadimplemento dessas obrigações sociais. Aretenção salarial dos encargos previdenciários só é possível na épocaprópria do recolhimento. Portanto, a falta de recolhimento oportunoalforria o empregado.

9.3. Quanto ao imposto de renda, também é da reclamadao ônus desse encargo. Tivessem sido feitos os recolhimentos de mês amês, por certo a faixa de contribuição seria a mínima.

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9.4. No entanto, a Incidência do encargo pela somaglobalizada das parcelas da ação, ou, em outras palavras, pelo volumepecuniário total das parcelas da ação, provoca a incidência da faixamáxima de contribuição. Não é justo que lhe seja repassado o efeito dainadimplência de seu empregador.

9.5. Sendo eventualmente atribuída a responsabilidade deretenção de encargos fiscais de imposto de renda, requer que omontante seja acrescido no valor final da condenação a titulo deindenização, ou sua incidência apenas em relação aos valores mensais,ou seja, individualizados, de sorte a corresponder ao quantum quedeveria ter sido auferido mensalmente, responsabilizando a reclamadapelas diferencas que o acúmulo ocasionou.

9.6. Destarte, cabe a empresa reclamada o recolhimentodos encargos previdenciárias e fiscais, por seu valor final decorrer única eexclusivamente de sua mora, sendo devido à parte reclamante o valortotal do cálculo de liquidação de sentença, respeitando o principioconstitucional da irredutibilidade salarial. É o que desde já requer.

9.7. Reclama, caso outro venha a ser o entendimento desseJuízo, seja condenada a parte reclamada ao pagamento de umaindenização equivalente aos descontos fiscais, a ser acrescida ao valorfinal da condenação, ou, sucessivamente, seja responsabilizada pelasdiferenças que o acúmulo ocasionou, para assim haver efetivo reparo dodano sofrido, com fundamento nos artigos 186, 389 e 927 do CódigoCivil.

9.8. Ressalta-se por oportuno, que caso Vossa Excelênciaentenda que deve ser descontado dos créditos da parte reclamante oencargo fiscal da presente demanda, o que se admite apenas a título deargumentação, desde já requer, que a incidência do tributo fiscal se dêpelo valor nominal e que os juros de mora sejam excluídos da base decálculo do referido tributo, conforme determina o inciso I, do parágrafo10, do artigo 46 da Lei 8.541 de 23 de dezembro de 1992.

10. DA FORMA DE ATUALIZAÇÃO DO DÉBITO TRABALHISTA -APLICAÇÃO DE ÍNDICES DE ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA EJUROS

10.1. As parcelas deferidas na presente ação terão desofrer a atualização monetária segundo o percentual devido no própriomês da prestação do serviço, não sendo justo que a atualização se dê nomês seguinte ao vencido.

10.2. Com relação à correção monetária, postula aaplicação das leis que regulamentam a matéria, resumidas na utilizada e

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acolhida Tabela APE)UST, a qual contempla os índices mensais deatualização dos créditos trabalhistas.

10.3. Relativamente aos juros legais, requer a aplicação deum por cento ao mês, de forma capitalizada. A incidência de juros ecorreção monetária não deve ser confundida com a verba de indenizaçãopecuniária, tratando-se, esta, de pleito indenizatório, conforme já foiobjeto de abordagem anterior.

11. DA JUSTIÇA GRATUITA

11.1. A autora não possui condições financeiras paraarcar com: custas, despesas processuais e honorários advocatícios,sem prejuízo de seu próprio sustento e o de sua família, declarandoneste ato ser pessoa pobre na verdadeira acepção da palavra, sobas penas da lei, forte no art. 790, 9 30, da CLT e art. 4°., da Lei nO.1.060/50 e nos moldes da OJ 331 e OJ 269 da SDI-I do TST e O)304, da SBDI-I do C. TST.

11. DOS PEDIDOS

11.1. FACE AO EXPOSTO, propõe a presente ação,requerendo seja regularmente processada até a sentença final quea julgue integralmente procedente, e condene a FERRAREZE &FREITAS ADVOGADOS ao:

11.2. Pagamento das diferenças salariais relativas aonão pagamento do piso da categoria e reajustes salariais, conformeConvenções Coletivas de Trabalho juntadas aos autos;

11.3. Pagamento de todas as horas extraordináriaslaboradas pela autora, assim consideradas as excedentes da 08

a

(oitava) diária e 40a semanal, segundo a média declinada no corpoda presente ação, com o adicional de 100% previsto no 9 2° doartigo 20, da Lei 8.906/94 e divisor 200, considerando para ocálculo das mesmas todas as parcelas salariais, além de reflexosem DSR's, e, posteriormente a esse agregamento, pelo aumento damédia remuneratória, deverão repercutir no cálculo das fériasacrescidas de um terço, nos décimo terceiro salários e nas verbasrescisórias (ordenado, férias proporcionais, acrescidas do terçoconstitucional, décimo terceiro salário proporcional), além do FGTS;

11.4. Pagamento das horas extraordináriasdecorrentes das viagens noturnas para realização de audiências em

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outras cidades, considerando o adicional noturno, bem como oadicional de 100% previsto no 9 20 do artigo 20, da Lei 8.906/94 edivisor 200, considerando para o cálculo das mesmas todas asparcelas salariais, além de reflexos em DSR's, e, posteriormente aesse agregamento, pelo aumento da média remuneratória, deverãorepercutir no cálculo das férias acrescidas de um terço, nos décimoterceiro salários e nas verbas rescisórias (ordenado, fériasproporcionais, acrescidas do terço constitucional, décimo terceirosalário proporcional), além do FGTS;

11.5. Pagamento de uma hora extra diária em face danão concessão do intervalo para repouso e alimentação previsto noartigo 71 parágrafo quarto, da CLT, ou, sucessivamente, sendooutro o entendimento desse douto Juízo, seja concedido comojornada extraordinária a diferença entre o período de descanso nãoconcedido, acrescidas de 100%, compostas de todas as verbasacima, integrantes da remuneração, com integrações nos repousoSsemanais remunerados, e, posteriormente a esse agregamento,pelo aumento da média remuneratória, deverão repercutir nocálculo das férias acrescidas de um terço, nos décimo terceirosalários e nas verbas rescisórias (ordenado rescisão, fériasproporcionais, acrescidas do terço constitucional, décimo terceirosalário proporcional), além do FGTS;

11.6. Pagamento de quinze minutos diários deintervalo que antecede à jornada suplementar suprimido, em valorcorrespondente ao salário normal acrescido em 60%, sem nenhumprejuízo das horas extras devidas pelo labor extraordinário, comreflexo nos repousoS semanais remunerados, e, posteriormente aesse agregamento, pelo aumento da média remuneratória deverãorepercutir no cálculo das gratificações férias acrescidas de umterço, décimo terceiro salários, horas extras pagas e não pagas everbas rescisórias (aviso prévio, salário, décimo terceiro salárioproporcional Ind., décimo terceiro salário, férias, fériasproporcionais, todas acrescidas com o terço constitucional,indenização lei 6708), além do FGTS;

11.7. Pagar RSR sobre o salário/hora, com as devidasintegrações, sobre as verbas pagas, postuladas e deferidas napresente demanda, e todos esses gerar reflexos em horas extras +reflexos, no RSR, e com esses nas férias + 1/3, 13° salário, avisoprévio +reflexos, e todos esses no FGTS, e demais verbas, a seremapuradas;

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Numero (mico CNJ: OO536-08.2012.5.09.0004סס

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11.8. Pagamento de indenização por dano moral, noimporte sugerido de 100 (cem) vezes a maior remuneração da autora,acrescidos de juros e correção monetária, conforme fundamentaçãocontida no item 07 da presente peça;

11.9. Pagamento em dobro dos 20 (vinte) dias restantesde férias, mais o terço constitucional, não usufruídos por imposição doréu, nos termos que dispõe o artigo 137 da CLT.

11.10. Recolhimento dos encargos previdenciários efiscais por conta da parte reclamada, ou, sucessivamente, casooutro venha a ser o entendimento desse juízo, seja condenada aopagamento de uma indenização equivalente aos descontos fiscais,acrescido ao valor final da condenação, ou, no mínimo, sejaresponsabilizada pelas diferenças que o acúmulo ocasionou, paraassim haver efetivo reparo do dano sofrido, nos termos dafundamentação;

11.11. Juros e atualização monetária, considerando oíndice de atualização do próprio mês da prestação do trabalho,conforme fundamentação retro;

11.12. Pagamento do FGTS, sobre todas as parcelasreclamadas na presente ação;

11.13. Requer a concessão dos benefícios da JustiçaGratuita, posto que a autora não possui condições financeiras paraarcar com as custas, despesas processuais, e honoráriosadvocatícios sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua familia,sob as penas da lei, forte no art. 790, 9 30., da CLT e art. 40., daLei na. 1.060/50 e nos moldes da das OJ 269, OJ 331, OJ 304, daSBDI-I do C. TST;

11.14. Finalmente, a procedência da ação,condenando a reclamada em custas processuais;

12. DOS REQUERIMENTOS

12.1. REQUER a notificação citatória da reclamadapara que conteste a presente ação, querendo, sob pena dedeclaração de revelia e aplicação da pena de confissão ficta emrelação aos fatos alegados;

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12.2. REQUER seja expedido ofício ao MinistérioPúblico do Trabalho e OAB/PR para que ministrem as medidascabíveis à espécie;

12.3. REQUER a produção de provas, depoimentopessoal do representante legal do reclamado, sob pena deconfesso, testemunhal consoante os ditames do parágrafo único,do artigo 825 da CLT, juntada de novos documentos, perícia e tudoo que se fizer necessário, para o deslinde da presente.

12.5. REQUERseja a reclamada intimada a juntar aosautos, com a contestação, todos os documentos que entendanecessário à sua defesa, sob pena de preclusão.

13. DO VALOR A CAUSA

13.1. Dá-se à causa, o valor de R$ 35.000,00 (trinta ecinco mil reais), para fins meramente fiscais e de alçada.

Termos em que,Pede deferimento.

Curitiba, 23 de abril de 2012.

Pp.Adriano Ugolini Aires - OAB/PR 59.374

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