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ORTODONTIA FRENTE ÀS REABSORÇÕES APICAIS E PERIAPICAIS PRÉVIAS OU POSTERIORES AO TRATAMENTO. ORTHODONTIC TREATMENT’S POSSIBILITY IN PRESENCE OF PREVIOUS OR POSTERIOR APICAL AND PERIAPICAL ROOT RESORPTION Málaki Younis a Luis Eduardo Duarte Irala b Renata Grazziotin Soares b Alexandre Azevedo Salles b Resumo Este trabalho de revisão da literatura propôs-se a verificar as possibilidades da movimentação ortodôntica na presença de reabsorções dentárias prévias ou posteriores ao tratamento ortodôntico. Apesar das reabsorções apresentarem magnitude variável e serem, na maioria dos casos, imprevisíveis, a redução do comprimento radicular normalmente não chega a comprometer a função do dente na arcáda e a longevidade dos elementos dentários induzidos. No entanto, a ortodontia, quando diante de reabsorções moderadas a extremas, adota condutas baseadas nos fatores de risco e na magnitude destas reabsorções. Às vezes, é preciso alterar a finalização do tratamento ortodôntico, no intuito de minimizar este irreversível custo biológico, evitando, muitas vezes, a necessidade de um tratamento endodôntico. PALAVRAS CHAVE: Movimentação dentária, reabsorção radicular, tratamento ortodôntico. Abstract This research purpose to verify the possibilities of orthodontic movement in dental resorption. Although the resorptions were variable magnitude and were unexpected, the length’s reduction of root does not implicate the dental’s function. Moderate resorptions and extreme resorptions are treated with care based on the factors of risk and the magnitude of the resorptions. Many times have that to simplify the objectives or even though to modify the finishing of the treatment for to minimize the irreversible biological cost, resulting many times in endodontic treatment. KEY WORDS: Tooth movement, resorption of the root, orthodontic movement.

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artigo de ortodontia sobre expansão maxilar

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ORTODONTIA FRENTE ÀS REABSORÇÕES APICAIS E PERIAPICAIS

PRÉVIAS OU POSTERIORES AO TRATAMENTO.

ORTHODONTIC TREATMENT’S POSSIBILITY IN PRESENCE OF PREVIOUS

OR POSTERIOR APICAL AND PERIAPICAL ROOT RESORPTION

Málaki Younisa

Luis Eduardo Duarte Iralab

Renata Grazziotin Soaresb

Alexandre Azevedo Sallesb

Resumo

Este trabalho de revisão da literatura propôs-se a verificar as possibilidades da movimentação ortodônticana presença de reabsorções dentárias prévias ou posteriores ao tratamento ortodôntico. Apesar das reabsorçõesapresentarem magnitude variável e serem, na maioria dos casos, imprevisíveis, a redução do comprimento radicularnormalmente não chega a comprometer a função do dente na arcáda e a longevidade dos elementos dentáriosinduzidos. No entanto, a ortodontia, quando diante de reabsorções moderadas a extremas, adota condutas baseadasnos fatores de risco e na magnitude destas reabsorções. Às vezes, é preciso alterar a finalização do tratamentoortodôntico, no intuito de minimizar este irreversível custo biológico, evitando, muitas vezes, a necessidade de umtratamento endodôntico.

PALAVRAS CHAVE: Movimentação dentária, reabsorção radicular, tratamento ortodôntico.

Abstract

This research purpose to verify the possibilities of orthodontic movement in dental resorption. Although theresorptions were variable magnitude and were unexpected, the length’s reduction of root does not implicate thedental’s function. Moderate resorptions and extreme resorptions are treated with care based on the factors of risk andthe magnitude of the resorptions. Many times have that to simplify the objectives or even though to modify thefinishing of the treatment for to minimize the irreversible biological cost, resulting many times in endodontictreatment.

KEY WORDS: Tooth movement, resorption of the root, orthodontic movement.

a Especialista em endodontia pela Sociedade Brasileira de Cursos SOBRACURSOS, Porto Alegre-RS.

b Professores do curso de especialização em endodontia da SOBRACURSOS Porto Alegre-RS.

Ortodontia frente às reabsorções apicais e periapicais prévias ou posteriores ao tratamento.

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Introdução e revisão da literatura

As reabsorções radiculares externas transitóriasapicais, oriundas de movimentação ortodôntica é umproblema iatrogênico preocupante. Acredita-se ser oresultado de uma complexa combinação da biologiaindividual e dos efeitos das forças mecânicas. Areabsorção radicular é definida como um processopatológico ou fisiológico, resultando na perda decemento e dentina. O pioneiro a evidenciar a reabsorção radicular, serelacionado ao trauma do ligamento periodontal, foiBate (1856). Posteriormente, Ottolengli (1914) járelatava a existência de uma peculiaridade nareabsorção radicular provocada pelo movimentoortodôntico, ou seja, a polpa permanece viva enquantoas raízes são reabsorvidas. Neste processo, umaatividade osteoblástica preenche com tecido ósseo oespaço causado pela reabsorção radicular, mantendo oelemento dentário sem mobilidade.Kaley, Phillips (1991), estudando os fatoresrelacionados com reabsorção radicular e a técnica deEdgewise, observaram 200 pacientes, nos quais 6 (3%)mostravam reabsorção severa nos incisivos centraissuperiores. Em outros dentes, tal reabsorção ocorreuem menos de 1%.Trope, Chivian (1992) descreveram que o ligamentoperiodontal, cementoblastos, cementóide e cementointermediário parecem desempenhar algum papel naresistência da superfície externa da raiz à reabsorção.Acreditam, também, que os restos epiteliais deMalassez da bainha radicular estejam relacionadascom a resistência à anquilose e à reabsorçãosubstitutiva da raiz dentária.Ainda Brezniak, Wassertein (1993), citaram fatoresque podem afetar a reabsorção radicular, dentre osquais o tipo de aparelho utilizado (fixo ou móvel), otipo de movimentação dentária e a força utilizada.Destacam também a presença da reabsorção radicularantes do tratamento ortodôntico, dentes traumatizadospreviamente e susceptibilidade individual.Braum et al. (1993), relataram que a dentição adultaexibe uma diminuição no suporte alveolar e que osriscos ao tratamento são maiores, necessitando umaintervenção mais cuidadosa e lenta.Stephen (1996), avaliando a diferença na extensão dareabsorção radicular nos tratamentos com arcocontínuo e arco seccionado em 56 pessoas commaloclusões semelhantes, observou que a extensão da

Figura 1 . Restos epiteliais de Malassez.Fonte: Lopes,Siqueira. Jr. (2004).

reabsorção radicular nos grupos tratados exibia osmesmos níveis, indicando que o efeito do tratamentopode se relacionar a uma avaliação individual.Costopoulos, Nanda (1996) investigaram a intrusãocomo possível causa de reabsorção, a partir de umgrupo de 17 pessoas com excessivo overbite, tratadoscom arco intrusivo tipo Burstone, sob baixa pressão eutilizando um grupo de controle de 17 pacientes comaparelho fixo, os quais foram selecionados ao acaso.Como resultado, segundo os autores, indicou que aintrusão com força leve pode ser efetuada para aredução do overbite, enquanto causa desprezívelreabsorção radicular apical.Long et al. (1996) concluíram em seu estudohistológico que as reabsorções podem ocorrerdecorrentes de força ortodôntica e essas injúriaspossivelmente podem ser permanentes.Mathews, Kokich (1997) enfatizaram a importância dodiagnóstico pré-tratamento nos pacientes adultos, comleve ou severa alteração periodontal, relatam que taispacientes oferecem riscos maiores à evolução dotratamento.No que se refere à magnitude da reabsorção, os dentesmais vulneráveis por ordem decrescente deprevalência são os incisivos laterais superiores,seguidos pelos incisivos centrais superiores, incisivosinferiores, raiz distal dos primeiros molares inferiores,segundos pré-molares inferiores, segundos pré-molares

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superiores, molares superiores e inferiores(KENNEDY et al., 1983; PHILIPS, 1995; SHARPE etal., 1987; SILVA FILHO et al., 1993). A maiorpredisposição à reabsorção dos incisivos superioresestá relacionada à extensão de movimentação destesdentes, em decorrência da correção da má-oclusão,função e estética (SHARPE et al., 1987; SILVA FILHOet al., 1993).Quando, ao exame radiográfico, evidencia-se umareabsorção mínima ou ausência de reabsorção, pode-seafirmar que o paciente apresenta risco pequeno dereabsorção severa ao final do tratamento e, então,mantém-se ao mesmo regime de tratamento. Aodetectar-se uma reabsorção moderada, tem-se um riscoregular de reabsorção severa e risco pequeno dereabsorção extrema ao final do tratamento. Nessescasos recomenda-se um período de repouso (fiopassivo, mecânica estabilizada) de 60 a 90 dias, e deve-se comunicar a susceptibilidade ao paciente(LEVANDER et al., 1994). Diante de reabsorçõessevera existe um alto risco de reabsorções extremas nofinal do tratamento. (SILVA FILHO, 1993;LEVANDER et al., 1994; CAPEZZOLA FILHO, l998) .O tratamento endodôntico parece não intervir no graude reabsorção radicular durante o tratamentoortodôntico (MATTISON et al., 1984; REMINGTON etal., 1989; SPURRIER et al., 1990). Mirabella, Artun,1995ª. Os estudos que levantaram hipótese dos dentestratados endodonticamente serem mais susceptíveis àreabsorção (WICKWIRE et al., 1974) apresentammetodologia questionável, ao incluírem dentes comtraumatismo prévio no grupo experimental, visto que otrauma dental aumenta o risco de encurtamentoradicular. Além disso, uma reabsorção radicularexcessiva ocorrida durante a movimentaçãoortodôntica de dentes tratados endodonticamente podeestar mais associada ao insucesso da terapiaendodôntica do que o tratamento ortodôntico em si.Toda a mecânica, por menores que sejam as forçasaplicadas (OWMAN-MOLL et al., 1995; OWMAN–MOLL, KURIOL, 1995; OWMAN-MOLL et al., 1996;OWMAN-MOLL, KURIOL, 1998), não estará livre dedesencadear reabsorção. Uma mecânica consistentevai provocar reabsorção discreta e pouco significantena maioria dos pacientes, mas será agressiva em 10%deles (LINGE, LINGE, 1991).Na população ocidental, 7 a 10% das pessoas semqualquer tipo de tratamento ortodôntico temreabsorção radicular (BREZNIAK; WASSERTEIN.,

2002). Se estas reabsorções não forem diagnosticadasem radiografias periapicais antes do início dotratamento ortodôntico, durante movimentação, elasserão exacerbadas e a culpa recai sobre a ortodontia,pela falta de diagnóstico prévio. Vale lembrar que aradiografia para diagnosticar reabsorções deve sersempre tomada com películas periapicais e nãopanorâmicas.CONSOLARO (2002), diz que apenas 10% dasreabsorções dentárias em Ortodontia são severas,sendo assim, indica-se que sejam realizadasrotineiramente radiografias periapicais dos incisivossuperiores e inferiores em pacientes adolescentes euma série de radiografias em adultos como condutapreventiva habitual, previamente ao início dotratamento. Uma vez que esse tenha sido iniciado,recomenda-se que sejam feitas radiografias periapicaisdos incisivos superiores e inferiores a cada seis meses,para controle do custo biológico da mecanoterapia(BREZNIAK, WASSERTEIN, 1993b; SILVA FILHO,1993; LEVANDER et al., 1994; CAPELOZZA FILHO,l998; BRESNIAK, WASSERTEIN, 2002).Lopes, Siqueira. Jr. (2004), afirmam que a reabsorçãosubstitutiva é assintomática. Clinicamente o denteanquilosado mostra-se imóvel (sem mobilidadefisiológica) e, freqüentemente, em suboclusão. O dentepermanece estável no arco, até uma pequena porção remanescente de raiz.

Figura 2 . Reabsorção substitutiva.Fonte: LOPES,SIQUEIRA Jr. (2004).

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Quando apenas a inserção epitelial sustentar o dente,a exodontia é indicada.A instalação da anquilose alvéolo dentária implica aperda do ligamento periodontal e a sua substituiçãopor tecido ósseo. Conseqüentemente, desaparecem oscementoblastos, pré cementoblastos e os restosepiteliais de Malassez, elementos essenciais para aproteção da superfície radicular contra a instalaçãodas unidades osteorremodeladoras (LOPES, SIQUERAJr.,2004).A reabsorção substitutiva pode ser evitada, mas, até omomento, não responde a qualquer opçãoterapêutica.Sendo a remodelação óssea um fenômenofisiológico, os fatores de manutenção representadosespecialmente pelos hormônios calcitoninaparatormônio não podem ser removidos. Emconseqüência, a reabsorção ocorrerá no osso e na raizdentária, sendo esta substituída gradualmente portecido ósseo.A reabsorção substititiva é muito lenta elevará anos (3 a 10) para substituir a raiz dentária

Conceito de sucesso em tratamentoortodôntico e as reabsorções dentárias.

A previsibilidade das reabsorções dentárias:Entre as características demarcadas do sucesso notratamento ortodôntico podem ser detectadas: aausência de sintomas; a movimentação rápida dentro dopossível; a duração breve do tratamento;a estabilidadedos resultados e o menor dano tecidual possível(CONSOLARO, 2002).

Figura 3 . Reabsorção inflamatória por pressão com

superposição de um processo infeccioso (necrosepulpar). Fonte: LOPES, SIQUEIRA Jr. (2004).

Para obtermos o menor dano tecidual possível requer-sereduzir o índice de reabsorção dentária durante otratamento ortodôntico. Para isso, devemos construirparâmetros e critérios que permitam a previsibilidade dasreabsorções dentárias durante o planejamento de cadacaso. A reabsorção dentária prevista não secaracterizará como insucesso, mas sim estaráenquadrada no contexto do prognóstico e prognosticar éa arte de prever com antecedência a evolução do caso,a partir do tratamento a ser efetuado. (CONSOLARO,2002).Alguns aspectos oferecem previsibilidade para asreabsorções no tratamento ortodôntico, mas paraidentificá-los, assim como para identificar as reabsorçõesdentárias, é essencial o rigor na qualidade das imagense na interpretação radiográfica, a partir de películasperiapicais. Entre os itens que permitem prever aocorrência das reabsorções dentárias no tratamentoortodôntico são: a morfologia radicular; a formageométrica, a forma especial do periápice, a proporçãocoroa raiz e a angulagem coroa-raiz; a morfologia dacrista óssea alveolar; os movimentos extensos; aindicação de extração dentária; a opção por mecânicaintrusiva e o uso de elásticos intermaxilares.A ocorrência de reabsorções dentárias depõe contra osucesso ortodôntico, mas a sua previsão indica plenitudede conhecimento e segurança na conduta do tratamento.A capacidade profissional de prever a ocorrência dereabsorção dentária durante o tratamento ortodônticopermeia os procedimentos de condutas preventivas quereduzirão ao mínimo necessário a sua ocorrência.

CONDUTA DA PREVENÇÃO NAS REABSORÇÕESDENTÁRIAS DURANTE A MOVIMENTAÇÃOORTODÔNTICA.Segundo Costa et al. (2002), a rotina exige praticidadenas condutas e planejamentos. Com este objetivo há 10tópicos a serem lembrados durante o tratamentoortodôntico, para prevenirmos das reabsorções dentáriase suas conseqüências:- Realizar uma anamnese minuciosa para resgatartratamentos anteriores, história de traumatismodentários, reimplantes e cirurgias dos maxilares;- Fazer uma avaliação radiográfica periapical de todos osdentes durante o planejamento do caso. Em 7 a 10 %dos casos dos pacientes sem tratamento ortodônticodiagnosticamos reabsorções dentárias (HARRIS et al.,1993) que podem ser exacerbados durante o tratamentoortodôntico; se não diagnosticadas no planejamento,posteriormente serão atribuídas a ele como sua causa. - Compatibilizar o uso de forças e movimentos menosagressivos com a morfologia radicular, da crista ósseamaxilar, quando esses aspectos forem desfavoráveis;- Sempre que planejar movimentos extensos, revelar amaior probabilidade de ocorrer reabsorções dentárias

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nesses casos;- Indicar extrações estritamente quando necessárias;- Considerar como o emprego de mecânicas intrusivas éfavorável à ocorrência de reabsorções dentárias;- Se possível, não utilizar elásticos intermaxilares;- Preocuparmo-nos com a distribuição das forçaspreferencialmente à sua intensidade;- Seis meses depois, reavaliar radiograficamente sehouve ou não reabsorções significantes. Se assimdiagnosticadas, suspender o tratamento por 5 a 8semanas e retomá-lo normalmente. Essa manobra reduzsignificativamente o encurtamento dentário no final dotratamento ortodôntico;- Em casos de retratamento ou transferência depacientes, promover previamente uma avaliaçãoradiográfica minuciosa periapical para ter plenoconhecimento diagnóstico da situação atual do caso.

DOGMAS NAS REABSORÇÕES DENTÁRIAS NAMOVIMENTAÇÃO ORTODÔNTICA.Ainda priorizando a praticidade nas condutas e decisãoda rotina clinica, elaborando essa lista com a síntese deestudos sobre temas que, por décadas, foram ditadoscomo dogmas na prática e no ensino da ortodontia e,infelizmente, se revelaram equivocados e atualmentedevem ser assim considerados (CONSOLARO, 2002).- O tratamento endodôntico não aumenta a chance dereabsorção dentária durante a movimentação dentária enem protege o dente da mesma;- O movimento ortodôntico não promove necrose pulpar.A magnitude das forças não é suficiente para romper ofeixe vascular. Isso ocorre nos traumatismos e outrascausas em que forças súbitas e concentradas atuam noápice dentário;- Mulheres não têm maior probabilidade de apresentarreabsorções. O risco é igual para ambos os gêneros;- A idade não aumenta o índice de reabsorção durante otratamento ortodôntico- Anticoncepcionais não aumentam o risco dereabsorção durante o tratamento ortodôntico;- Aspirina e drogas semelhantes não dificultamclinicamente a movimentação dentária induzida ouinterfere no índice de reabsorção dentária;- Mulheres grávidas não tem mais reabsorção dentáriase os dentes forem movimentados ortodonticamente,mas a mudança de condição de vida recomenda esperarpassar o período para melhor conforto da paciente;- Alterações endócrinas ou hormonais não induzem ouinfluenciam o índice de reabsorção dentária. Os dentesnão são reservatório de cálcio e outros íons utilizadospara manter o equilíbrio iônico do organismo comoocorre com os ossos;- Não existe predisposição individual, genética ouhereditária à reabsorção dentária, mas sim morfologiasradiculares, apicais e da crista óssea alveolar quepromovem maior concentração de forças em umadeterminada área do ligamento periodontal. Essas

podem apresentar precocemente reabsorção dentária,mesmo quando as forças forem bem dimensionadas;- Doenças ou alterações sistêmicas não induzemreabsorções dentárias, exceto a osteodisplasia fibrosahereditária, uma doença grave, muito rara, que envolvetodo o esqueleto com deformações associadas areabsorções dentárias múltiplas, especialmente cervicaisexternas.

REABSORÇÕES DENTÁRIAS E A MORFOLOGIARADICULARConsolaro (2002), afirma que os quesitos maisimportantes para uma análise da morfologia radicular esuas implicações na maior freqüência de reabsorçõesem ortodontia são: a forma geométrica das raízesdentárias, formas especiais do terço apical, proporçãoentre a coroa e a raiz e ângulo entre raiz e coroadentária.

Figura 4 . Reabsorção inflamatória por pressãoprovocada por tratamento ortodôntico. Fonte: LOPES,SIQUEIRA Jr. (2004)

Do ponto de vista geométrico, a forma das raízes podemser classificadas em: triangular, romboidal equadrangular.Diante de um mesmo tipo de força e de movimentodentário, as raízes com formato triangular tendem aconcentrar mais forças em menor área apical possível,do que as de formato romboidal e quadrangular. Poressa razão a tendência de reabsorção nesse tipo de raizé mais freqüente.As formas especiais do terço apical podem ser: emforma de pipeta ou garrafa ou com dilaceração. Esteúltimo permite que as forças ortodônticas resultem emreabsorção.Em relação à proporção entre coroa e raiz, em dentesnormais, a raiz tem um comprimento, 1.6 vezes a alturada coroa. Se essa proporção for menor que esse índice,significa que a coroa (alavanca), está maior; as forçasaplicadas nesse dente resultarão em maior ação na raiz

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curta. Raízes curtas tendem a sofrer mais reabsorçõesdurante movimentos ortodônticos.Relativamente ao ângulo entre raiz e coroa dentária, nãohá estudos sobre a influência desses ângulos sobre amaior ou menor freqüência das reabsorções dentárias namovimentação ortodôntica, mas podem ser importantesna determinação da previsibilidade de sua ocorrência.Segundo Sharpe et al. (1987), existe alguma relaçãoentre a recidiva ortodôntica e certos parâmetrosperidontais, como a reabsorção radicular e a reabsorçãoda crista óssea alveolar. Tal relação poderia serexplicada pelo fato de que os dentes queexperimentaram uma redução de sua estrutura desuporte, através da diminuição do comprimento radiculare/ou da crista óssea alveolar durante o tratamentoortodôntico, podem apresentar uma maior predisposiçãoà recidiva em decorrência da redução da resistênciacontra as forças que reconduzem os elementosdentários às suas posições originais.A força de opção em Ortodontia continua sendo a forçaleve e de natureza contínua ou a força dissipante(interrompida). Ambas parecem ter efeito similar sobreas raízes (OWMAN-MOLL et al., 1995), embora do pontode vista histológico e da completude do reparo das áreasde hialinização, a força dissipante pareça ser um poucomais segura (BREZNIAK, WASSERSTEIN, 1993;BREZNIAK, WASSERSTEIN, 2002; DOUGHTERY,1968; RETAIN, 1964; RYGH, 1977). O certo é que, apósa remoção da carga ortodôntica, há uma parada noprocesso de reabsorção radicular ativa, o que permiteconcluir que, após a remoção do aparelho ortodôntico,não existe a progressão do nível de reabsorção, amenos que permaneçam interferências oclusaisgrosseiras (SILVA FILHO, 1993; KJAER, 1995; KUROLet al., 1996; VLASKALIC et al., 1998; HARRIS, 2000;BREZNIAK WASSERSTEIN, 2002). Portanto, de ummodo geral, a perda radicular resultante do tratamentoortodôntico não diminui a longevidade ou a capacidadefuncional dos dentes envolvidos.Do mesmo modo, Kaley, Phillips (1991) relataram que,em termos de suporte dentário, 3mm de perda deestrutura radicular apical são equivalentes a 1mm deperda da crista óssea alveolar, o que significa que aporção apical da raiz apresenta uma participaçãoimportante, porém de menor relevância, no suporteperiodontal dentário. Apesar disso, o profissional devesempre apresentar um conhecimento pleno da biologiada movimentação dentária induzida, objetivandominimizar os custos biológicos da mecanoterapia.A polpa dentária não participa do processo dareabsorção radicular induzida pelo tratamentoortodôntico ou não, exceto nos casos de reabsorçãointerna.O hidróxido de cálcio representa a melhor alternativa detratamento de reabsorção dentária associada à necrosepulpar com e sem infecção do sistema de canais

radicular. Sua ação alcalinizante se associa ao poderantimicrobiano e, dessa forma, reduz o processoinflamatório associado à reabsorção radicular induzida.Sua principal função implica eliminar a causa indutora dainflamação associada e não intervir diretamente noprocesso reabsortivo.Nos casos de reabsorção radicular associada amovimento ortodôntico, o hidróxido de cálcio não teráoutro efeito a não ser alcalinizar a estrutura dentinária,efeito esse insuficiente para cessar o processoindefinidamente, visto que a inflamação continuará coma aplicação da força. Se remover a força, remove-se acausa e cessa-se o processo de reabsorção. Otratamento endodôntico além de não resolver o problemanesses casos, atua como mais um fator irritante aostecidos periapicais de uma região já irregular emodificado (CONSOLARO, 2002).

Figura 5 . Reabsorção inflamatória apical. Seqüência

radiográfica. A. Inicial, após o preparo e colocação dapasta de Hidróxido de cálcio. B. Após obturação (tampãoapical), controle de seis meses e um ano. C. Controleapós seis anos. Fonte: LOPES, SIQUEIRA Jr. (2004).

A parada do processo de reabsorção dentária associadaao tratamento ortodôntico, após suspensão de forçasaplicadas, ocorre uma semana depois, mas aregularização demora 5 a 6 semanas para propiciar umasuperfície compatível e associada a um ligamentoperidontal normal, com deposição de novo cemento. Sea remoção da força for imediatamente seguida pelo

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tratamento endodôntico, pode passar a impressão deque o sucesso decorreu do mesmo, o que na realidadese deve à eliminação da causa representada pela forçaaplicada (CONSOLARO, 2002).

EXISTE DIFERENÇA ENTRE JOVENS E ADULTOSNO TRATAMENTO ORTODÔNTICO? Todos os trabalhos que se propuseram a,metodologicamente, determinar se haviam diferençasno índice de reabsorção dentária, no tratamentoortodôntico, de adultos detectaram que em jovens eadultos os riscos são iguais. Esses dados sãoobservados tanto em animais quanto em homens.Nos tratamentos em adultos, a diferença não está nostecidos normais. Quando o adulto já foi portador dedoença periodontal inflamatória crônica, tem agora asseqüelas relacionadas com menor altura da crista ósseaalveolar e coroa clínica aumentada, modificando aproporção coroa-raiz. Essas diferenças devem modificaro planejamento ortodôntico. Em adultos saudáveis,quanto ao seu periodonto, quando comparados comjovens igualmente saudáveis, não há maior freqüênciade reabsorção dentária (CONSOLARO, 2002).

REABSORÇÕES INDUZIDAS NO TRATAMENTOORTODÔNTICO QUANDO JÁ HÁ TRATAMENTOENDODÔNTICO.Por algumas décadas passadas, o tratamentoortodôntico se restringia a crianças, adolescente e,quando muito, a adultos jovens. Os dentes deveriamestar perfeitos e quando apresentavam tratamentoendodôntico estava contra indicada a movimentaçãoortodôntica e um dos pretextos para isso estava nacrença de que essa situação predispunha os mesmos àreabsorção radicular.Na década de 80, com o incremento do tratamentoortodôntico em pessoas com mais idade e com dentessubmetidos a outros procedimentos prévios, ascasuísticas de movimentação dentária induzida emcasos com tratamento endodôntico, aumentaram epercebeu-se que não havia essa diferença presumidaanteriormente.Na década de 90, Spurrier et. al., apresentarammovimentação ortodôntica em pacientes com tratamentoendodôntico unilateralmente em 43 pacientes,selecionados entre 12000 pessoas, 21 homens e 22mulheres. Do ponto de vista estatístico, no final dotratamento, não houve qualquer diferença entre dentestratados endodonticamente ou não quanto ao índice dereabsorção encontrado. Houve casos menores, como seprotegidos e os autores creditaram essa observação àpossível maior densidade mineral e ao maior grau dedureza, sem submeterem os dentes a testes paraverificar essas características (CONSOLARO, 2002).

Figura 6 . Vista intra-oral mostrando o elemento 22 com

histórico de traumatismo (A); radiografia periapicalevidenciando a lesão perirradicular (B); colagem debrackets e colocação do arco ortodôntico para extrusão(C); radiografia periapical após a extrusão. Fonte:LOPES, SIQUEIRA Jr. (2004).

UMA VEZ REMOVIDO O APARELHO, AREABSORÇÃO DENTÁRIA CONTINUA. QUAIS ASCAUSAS A PROCURAR?Anteriormente podemos verificar vários fatores quefavorecem uma previsibilidade para a reabsorçãodentária em tratamentos ortodônticos, destacando-se osaspectos morfológicos das raízes e da crista ósseaalveolar, a história pregressa de traumatismo dentário,os aspectos relacionados à distribuição das forças,extensão do movimento, a indicação de extrações e ouso de elásticos intermaxilares.Uma vez analisados esses fatores, inexplicavelmente, areabsorção dentária instalada continua, mesmo após aremoção do aparelho e o tratamento ser consideradoconcluído. A busca da explicação passa pelos seguintesitens a serem checados:1. Contenção ativa. O delineamento, a colocação e atendência da volta dos dentes à posição anterior, emfunção dos vetores de crescimento, adaptativos ouderivados da oclusão, podem estar aplicando forçassobre os dentes a partir da contenção;2. Trauma oclusal: não é usualmente determinado epraticado na ortodontia que, após o tratamento, sejaprovidenciada uma avaliação e ajuste oclusal, contando-se que pequenas adaptações ocorram ao longo dosprimeiros meses, após a remoção do aparelho. Aoclusão traumática gera forças que podem darcontinuidade a um processo reabsortivo, iniciado durante

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o tratamento dentário ortodôntico.3. Bruxismo: juntamente com o apertamento dentáriodiurmo ou noturno podem, ao longo dos meses e anos,promover sobrecarga oclusal e gerar forças anormaissobre dentes submetidos à reabsorção durante otratamento ortodôntico, cujo processo se mantém emdecorrência do mesmo. Devemos checar a ocorrênciadesses vícios e sua correção, pois podem serresponsáveis por processos reabsortivos aparentementeidiopáticos;4. Pressão lingual: a estabilidade do dente dependetambém da pressão exercida pelos tecidos moles, emespecial pela língua. Em alguns pacientes, a pressãoexcessiva da lingual promove endentações nas suasmargens, provocando uma falsa impressão de tamanholingual aumentado. Na maior parte dos casos, essasendentações se relacionam com pressão lingualexcessiva contra os dentes e isso pode estarcolaborando ou promovendo a continuidade de umprocesso reabsortivo iniciado durante o tratamentoortodôntico.5. Onicofagia: esse vício de roer as unhas tem seu papelcontrovertido quanto à sua participação em reabsorçõesdentárias, mas em casos de manutenção do processo,após a remoção do aparelho, constitui um dos itens aserem checados para eliminar possível interferência.

Considerações Finais

- A anamnese inicial do paciente por meio da utilizaçãode radiografias periapicais é importante na identificaçãode reabsorções prévias ao tratamento ortodôntico e nadeterminação da morfologia radicular e da crista ósseaalveolar;- O principal fator na previsibilidade das reabsorçõesdentárias é a morfologia da raiz da crista óssea alveolar.Raízes triangulares com ápices afilados, em forma depipeta ou com dilaceração, tendem a apresentarreabsorções maiores e mais precoces, bem como dentescom raízes curtas. As cristas ósseas retangularesaumentam a possibilidade de reabsorções radiculares,pois apresenta menor deflexão óssea e concentra maiorforça no ligamento periodontal;- O traumatismo dentário é um fator de risco parareabsorção radicular. Dentes traumatizados devem sermonitorados por um período de seis meses, para seremincluídos na mecanoterapia;- Os dentes mais vulneráveis à reabsorção por ordemdecrescente são incisivos laterais superiores, incisivoscentrais superiores, incisivos inferiores, raiz distal dosprimeiros molares inferiores, segundos pré-molaresinferiores, segundos pré-molares superiores, molaressuperiores e inferiores;- Embora presente em todos os tratamentosortodônticos, a magnitude da reabsorção radicular não étotalmente previsível e apresenta variações individuais.

No entanto, o processo de reabsorção radicular cessaapós o término da mecanoterapia, não comprometendoa capacidade funcional dos dentes envolvidos.

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