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PUBLICIDADE Nº 138 • ANO XII • SETEMBRO 2010 • GRATUITO • MENSAL • PROPRIEDADE: TAMANHO DAS PALAVRAS, LDA DIRECTOR: JOAQUIM FORTE Pág. 03 | 04 GD Joane À volta do Estádio Novo Remodelar Barreiros ou construir de raíz, fora do centro da vila? OPINIÃO O TGV DO GD JOANE Custódio Oliveira Vermoim pág. 15 Pais vão fechar escola de Agra Maior Pousada pág. 22 “Pedra Formosa” foi descoberta há 20 anos Desporto pág. 16 Rosa Oliveira deixa AMVE Região pág. 11 Joaquim Martins, o homem das “Madrugadas” da rádio RL MAGAZINE RICARDO, o craque do Vitória diz que gosta de viver em Joane ENTREVISTA ADÃO FERNANDES “Câmara não tem olhado para Joane como devia ” Pág. 12 e 13 Pág. 20 e 21 PUBLICIDADE www.reporterlocal.com DANIEL RODRIGUES, Presidente da Junta de Ronfe Ronfe pág. 07 “Câmara de Guimarães voltou ao tempo da discriminação”

Repórter Local

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Edição de Setembro 2010

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Nº 138 • ANO XII • SETEMBRO 2010 • GRATUITO • MENSAL • PROPRIEDADE: TAMANHO DAS PALAVRAS, LDA

DIRECTOR: JOAQUIM FORTE

Pág. 03 | 04

GD JoaneÀ volta do Estádio NovoRemodelar Barreiros ou construir de raíz, fora do centro da vila?OPINIÃOO TGV DO GD JOANE Custódio Oliveira

Vermoim • pág. 15

Pais vão fechar escola de Agra Maior

Pousada • pág. 22

“Pedra Formosa”foi descoberta há 20 anos

Desporto • pág. 16

Rosa Oliveira deixa AMVE

Região • pág. 11

Joaquim Martins, o homem das “Madrugadas” da rádio

RL MAGAZINE

RICARDO, o craque do Vitória diz que gosta de viver em Joane

ENTREVISTA

ADÃO FERNANDES“Câmara não tem olhado para Joane como devia ”

Pág. 12 e 13 Pág. 20 e 21

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www.reporterlocal.com

DANIEL RODRIGUES, Presidente da Junta de Ronfe

Ronfe • pág. 07

“Câmara de Guimarães voltou ao tempo da discriminação”

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REPÓRTER LOCAL • SETEMBRO DE 2010 • 3

MEMÓRIA

Viatura 4-6-9 lugares e Viatura para pessoas com mobilidade reduzida

Serviço permanente: 917 514 596 | 252 991 646

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PRÓS...Permite dotar o clube e a vila de um es-tádio com melhores condições, torneando as evidentes limitações do campo de Bar-reiros.Pode permitir o relançamento de novas modalidades para além do futebol.Liberta uma grande área de terreno numa zona central de Joane que pode servir para projectos urbanísticos de qualidade.Incrementa a economia local.Pode impulsionar o nascimento de novas zonas centrais de Joane.

& CONTRASO contexto actual não é propício a grandes investimentos, o que pode, também, difi-cultar a venda dos actuais terrenos e insta-lações em Barreiros.As receitas do futebol estão a diminuir, o que pode ser um entrave para custear o investimento.Abre caminho à especulação imobiliária, com os apetites do costume.Pode abrir caminho à devastação de uma zona agrícola, se vier a ser esco-lhido um espaço amplo situado nas imediações de Joane (caso da Quinta da Mata).Pode endividar o clube de forma irreme-diável.

GRUPO DESPORTIVO DE JOANEFoi fundado a 10 de Junho de 1930. As ac-tividades desportivas entre 1930 e 1968/69 não tiveram a regularidade esperada pelos seus fundadores. A partir de 1969, filiou-se na Associação de Futebol de Braga.Existiram no GDJ outras actividades:Secções de Pesca Desportiva; Motorismo; Atletismo.Foi no futebol que conseguiu notoriedade e importância. Foi Campeão Distrital por mais de uma vez, venceu a Taça da Asso-ciação de Futebol de Braga (3 vezes), subiu à 3ª Divisão e chegou ao ponto mais alto até hoje conseguido: a subida à 2ª Divisão Nacional. Nessa altura chegou aos Quartos de Final da Taça de Portugal. Milita actual-mente na Série B da 3ª Divisão Nacional.Há alguns anos alargou o futebol às Cama-das Jovens ( Juvenis e Juniores) e Escolinhas com todos os escalões de formação.

EM FOCO

Luís Pereira

O projecto de renovação do Campo de Barreiros, do Grupo Desportivo de Joane, pode acabar

p o r s e r “ t r a n s f o r m a d o ” n u m projecto para a construção de raíz de um estádio? A pergunta surge face às movimentações e à tomada de posição de algumas pessoas ligadas à vida do clube e de Joane. A possibi l idade de retirar o Campo de Barreiros tem sido focada no seio do GDJ e até da Câmara Municipal , que, tal como referiu o RL no último nú-mero, sugeriu a possibilidade de ser construído fora de Barreiros. “No entender do presidente, o c lube ter ia mais a ganhar com isso sobretudo porque, no futuro, teria por onde crescer. É apenas uma sugestão. O actual espaço, para aparcamento, por exemplo, é exíguo”, salienta Leonel Rocha, vereador do Desporto na Câmara. P o r a g o r a , p o r é m , o q u e e s t á em causa é a renovação. De res-

to, é o que prevê o projecto de arquitectura que dará entrada na Câmara na próxima semana. Carlos Oliveira, do gabinete de arquitectura, diz que se trata de uma “pré-aprovação e licencia-mento” , que permite ao c lube pedir os apoios necessários para o financiamento. “Está projectado p a r a o s t e r r e n o s a c t u a i s , m a s como a aprovação do projecto se refere apenas à arquitectura, em caso de decisão de mudança de

terrenos, não haverá necessidade de refazer tudo”, sublinha. O projecto está estimado em cerca de 3 milhões de euros, contem-pla um campo principal e outro de treinos, bancada, cabine de imprensa e polícia, balneários, serviços administrativos e sede, além de um pequeno museu.“A solução de aparcamento sub-terrâneo não está contemplada mas nada impede que venha a estar”, diz aquele técnico. Para tal, o clube terá de adquirir uma casa, perto da oficina de automó-veis, para poder demoli-la.Amadeu Oliveira, da Comissão Administrativa do GDJ, diz que o m a i s i m p o r t a n t e é q u e s e j a encontrada uma solução para o clube, admitindo abertura para avaliar qualquer solução. “ A l é m d e B a r r e i r o s h á v á r i o s locais em Joane onde se poderia construir um estádio novo, mas isso custa muito dinheiro e os tempos não estão muito propícios para investimentos avultados”, refere.

GD Joane e o Estádio Novo

No entender do

presidente da

Câmara, o GDJ

teria mais a ganhar

com a construção

de um estádio fora

de Barreiros

NOVO ESTÁDIO

GD JOANE NA NETPara saber mais sobre o GD Joane (história, resultados, notícias) consulte www.grupodesportivodejoane.com

Renovar o Campo de Barreiros ou construír um novo estádio? Eis a questão...

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4 • SETEMBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

Todo o empreendimento tem riscos. Riscos que, para uns, são desaf ios a enfrentar e a vencer. Para outros são medos paral isantes. Riscos que, para alguns, são os normais de quem quer rasgar os caminhos do futuro. Para outros são motivo para encontrar to-das as razões possíveis e imaginárias para não investir. Riscos que uns assumem com coragem e alguma insensatez . Outros têm toda a sensatez e zero de coragem. O dita-do popular diz : quem não arrisca não pe-tisca . Mas são muitos os que não arriscam.Quando há 155 anos se construía a primei-ra l inha férrea e o primeiro comboio em Portugal as vozes conservadoras que te-miam o investimento eram muitas. Lembro que a 1ª viagem de comboio teve lugar en-tre Lisboa e Carregado em 1856, – 30 anos depois de circular o primeiro comboio na

Grã-Bretanha . Também agora há um coro contra o investimento no comboio de alta velocidade, o TGV. Os argumentos no século XXI são seme-lhantes aos do século XIX. O conservadorismo é o mesmo! Só lhes falta dizer que ainda não passaram 30 anos sobre circulação do TGV na Europa . Joane e o seu Grupo Desportivo necessitam de um novo e mais moderno complexo desportivo. Uns arranjarão todos os argumentos para dizer não. Outros procurarão levar à prática o sonho. Faça-se o debate. Esgrimam-se os argumentos. Evite-se que a discussão seja paral isante. Projecte-se a obra . Planeie-se a engenharia f i-nanceira . Serão muitos os problemas. Pessoa anunciou: Quem quer passar além do Bojador - Tem que pas-sar além da dor. - Deus ao mar o perigo e o abismo deu, - Mas nele é que espelhou o céu.

D eve ou não o Grupo Des-port ivo de Joane cons-tru ír um estádio novo, fora de Barreiros? Joane

precisa de um estádio novo? Eis duas questões que por estes dias muitos farão e para as quais o RL quer encontrar respostas da parte d o s j o a n e n s e s . P o r i s s o m e s m o , iniciamos a partir de hoje um in-quérito junto de personalidades de Joane, estando abertos, também, à participação dos leitores.“As actuais instalações do GDJ não estão à altura do clube, são feias, exíguas no que concerne à formação e não têm quaisquer condições”, diz Leonel Rocha, vereador do Desporto

na Câmara de Famalicão.Q u a n t o à J u n t a d e F r e g u e s i a , o autarca Sá Machado diz que reuniu com o GDJ mas escusa-se a revelar a posição defendida, admitindo-se que possa ser uma forma de tentar não pre judicar o desenrolar das conversações entre clube e Câmara.Outras fontes entendem que a “alter-nativa” sugerida pelo presidente da Câmara para construção do Estádio de raíz (há quem fale da Quinta da Mata, por exemplo, outros até da Quinta de Bemposta), visará apenas “ganhar tempo” para iludir a falta de dinheiro municipal para apoiar o projecto. “É preciso sermos objectivos e não embarcar em projectos megalóma-nos, ter consciência da realidade.

Se os promotores do projecto já têm garantido o ‘saco do dinheiro’, tudo bem, caso contrário, cuidado!”, aler-ta Manuel Cunha, sócio do Joane.Miguel Ribeiro , l íder do PSD de J o a n e , e n t e n d e q u e o G D J d e v e “adaptar-se às circunstâncias do presente, sempre com os olhos no futuro”. As necessidades do clube centram-se na melhoria das con-dições actuais e não em cenários de localização. No entanto, caso a deslocação do estádio se afigurar c o m o a m e d i d a m a i s a d e q u a d a , os joanenses devem ter a ambição e a visão de apoiar uma eventual mudança”, acrescenta.Leonel Rocha realça, porém, que a mudança tem a desvantagem do gasto acrescido com a compra de um

novo terreno. “Dadas as dificulda-des do país, não será fácil ao clube vender as actuais instalações em Barreiros. O clube na opção actual não tem de construir acessos porque já existem. Devem ser ponderados todos os prós e contras”, aconselha. Sobre o projecto, o responsável do desporto municipal diz que “é bom na medida em que aproveita bem todo o espaço” e “muito arrojado”, mas avisa que é muito provável que os custos acabem por ser superiores ao estimado. “A Câmara garante o apoio mas sempre dentro das suas limitações, o clube terá de encontrar outras formas de financiamento”, conclui aquele responsável.A discussão em torno do projecto prossegue no próximo número.

Concorda com a construção de um estádio de raíz para o GDJ?Luís Pereira

JOANE • ESTÁDIO

O TGV do Grupo Desportivo de JoaneOPINIÃO

“Joane e o seu Grupo Desport ivo necessitam de um novo e mais mo-derno complexo desport ivo. Faça-se o debate. Evite-se que a discussão seja paralisante”

EM FOCO

CUSTÓDIO OLIVEIRAConsultor de Comunicação; Presidente da Associação Teatro Construção de Joane

3milhões €O projecto está estimado em cerca de 3 milhões de euros, contempla um campo principal e outro de treinos, bancada, cabine de imprensa e polícia, balneários, serviços administrativos e sede, além de um pequeno museu.

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REPÓRTER LOCAL • SETEMBRO DE 2010 • 5

Nesta edição duas pessoas, de for-mas e em fóruns diferentes, apontam o dedo à fragilidade que representa a forma como muitas vezes o Poder mais centralizado (no caso munici-pal) olha para a periferia. “A Câmara de Famalicão não tem olhado para Joane com a importância que a Vila tem no concelho”, afirma Adão Fernandes. Insuspeito, o ex-presidente da Junta de 1976 a 1979, eleito pelo CDS, acaba por fazer eco das críticas frequentes do actual autarca joanense, Sá Ma-chado, do PS. Alguma coisa não está bem na actuação da Câmara, quando há esta sintonia de opiniões.Em Ronfe, o presidente da Junta lo-cal, Daniel Rodrigues, do PSD, clama de novo contra a falta de atenção da Câmara de Guimarães. Num estilo que já é a sua imagem de marca, e que pode merecer reservas de muitos, Rodrigues garante que vai voltar aos protestos contra o Poder municipal vimaranense. São dois casos distintos, mas podem bem simbolizar o desamparo que sen-tem freguesias mais afastadas do cen-tro de decisão. Ou então provam que a diferença partidária entre diferen-tes órgãos autárquicos afinal conta. O autarca de Ronfe diz ainda que a

Junta escreveu “uma centena de ofí-cios” à Câmara e que apenas dois obtiveram resposta. Faz lembrar o caso descrito na recente deliberação da Entidade Reguladora para a Co-municação Social sobre a queixa de um jornal de Famalicão por alegada discriminação por parte da Câmara no tocante à distribuição de publici-dade. Escreve a ERC: “Em 11 de No-vembro de 2009, foi o Presidente da Câmara notificado do conteúdo da participação recebida e do direito que lhe assistia a pronunciar-se acerca da mesma. Dada a ausência de res-posta, em 3 de Dezembro foi enviado um segundo ofício, o qual também não gerou qualquer pronunciamen-to da autarquia. Foram ainda feitos alguns contactos telefónicos entre a ERC e a Câmara de Famalicão, tendo sido referido que o responsável pelo processo se encontrava de férias, mas que procederia aos esclarecimentos necessários quando voltasse. Final-mente, em 26 de Fevereiro de 2010, foi requerido o envio da listagem, de 2005 a 2009, dos investimentos pu-blicitários feitos pela autarquia junto dos quatro semanários de Famalicão. No entanto, esta nova diligência não teve resposta”. Maus princípios...

EDITORIAL

CARTOON RLpor tiago mendes ([email protected])

GD JOANEPrimeiro era a remodelação do Campo de Barreiros; depois, aos solavancos, foi ganhando terreno a ideia de avançar com a construção de um “estádio novo”, com custo de alguns mi-lhões de euros. O que pensam os joanenses?

ADÃO FERNANDESPresidente da Junta de Joane de 1976 a 1979, mostra-se atento ao que se passa dentro de por-tas e não deixa de responsabili-zar a Câmara de Famalicão pelo atraso que ainda se verifica na vila joanense.

DANIEL RODRIGUESO presidente da Junta de Ron-fe tem um gosto inegável pela política acalorada. Assim se justifica a ameaça de voltar

aos protestos contra a Câma-ra de Guimarães, reeditando uma postura de crispação que marcou o seu primeiro manda-to. Por outro lado, poderá ser a única forma de conseguir a atenção do poder municipal.

ARCAA Associação Recreativa e Cul-tural de Airão Santa Maria as-sinalou 25 anos em Setembro.

RICARDOO craque do Vitória de Guima-rães diz que gosta de viver em Joane.

JOAQUIM MARTINSEste joanense é o animador das madrugadas da Rádio Santia-go de Guimarães e a principal companhia de muita gente, de padeiros a pescadores

PROTAgONIsTAs

Repórter Local | Propriedade e Editor - Tamanho das Palavras, Lda, Rua das Balias, 65, 4805-476 Stª Mª de Airão | Telefone 252 099 279 E-mail [email protected] | Membros detentores com mais de 10 % capital Joaquim Forte, Luís Pereira | Director Joaquim Forte ( [email protected]) | Redacção Luís Pereira ([email protected]) | Paginação Filipa Maia | Colaboradores Ana Margarida Cardoso; Custódio Oliveira; Elisa Ribeiro; João Monteiro; Analisa Neto; Emília Monteiro; Luís Santos; Sérgio Cortinhas; Luciano Silva; Joana Cunha; Miguel Azevedo; António Oliveira | Impressão Gráfica Diário do Minho | Tiragem 4000 ex. Jornal de distribuição gratuita | Distribuição: Alberto Fernandes | Registo ICS 122048 | NIPC 508 419 514

Desamparo local

JOAQUIM FORTE

UM BLOG

http://asm-083.blogspot.com/Este é o blog do Agrupamento 083 de Airão Santa Maria do Cor-po Nacional de Escutas. Um blog com muita informação sobre a actividade escutista. O último texto data de 26 de Setembro deste ano e refere-se ao ROVER 2010 - Actividade Nacional para Ca-minheiros e Companheiros. O grupo esteve presente com cinco elementos: Vitinha, Alexandra, Raquel, Dulce e Vítor.

PAG. 20, 21ADÂO FERNANDESPresidente da Junta de Joane de 1976 a 1979, diz , na entrevista ao RL , que a Câmara de Famali-cão não tem dado a me-lhor atenção a Joane.

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6 • SETEMBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

FÓRuM

O MêS DE ANTÓNIO SOUSA

é ASSIMOPINIãO

O qUE SE DIz

>> FACTO LOCAL Destaco a nível local a forma ordeira e organizada como decorreu o arranque do novo ano lectivo de 2010/2011 na freguesia de Pousada de Saramagos. Congratulo-me pelo facto da Escola Básica do 1.º Ciclo de Matinhos ter sido a única escola do Agrupamento de Escolas Bernardino Machado a aumentar o número de alunos. Um facto de salientar numa altura em que se verifica o inverso em quase todos os níveis.

>> FACTO NACIONAL Como facto nacional mais relevante destaco a Justiça Portuguesa, a propósito, concretamente, do julgamento do caso Casa Pia (abuso sexual de menores) que ao fim de tantos anos e de muitas sessões, deu origem por fim a uma sentença. Só que, e apesar de a sentença ter condenado sete pessoas a penas de prisão efectiva, entre as quais Carlos Cruz, parece que ninguém vai para a cadeia.

>> FIGURA DO MêS Destaco André Vilas Boas, treinador da equipa do Futebol Clube do Porto. Merece realce pelo facto de ser um quase desconhecido no universo dos treinadores de futebol e que chega ao comando técnico de um dos “grandes do futebol” português (se não mesmo o maior). Acima de tudo, há que destacar o facto de somar, até agora, só vitórias em todos os jogos oficiais disputados pela sua equipa.

>> FRASE “As acções ser mais sinceras que as palavras” (M.Scuderi)

A FRASE DO MêS

“Admito que também a Junta de Ronfe já gastou dinheiros mal gastos”Daniel Rodrigues, presidente da Junta de Ronfe na Assembleia de Freguesia

“Pedia o favor à Junta de Joane para indagar junto do presidente de Airão Santa Maria para retirar de uma vez por todas aquela capela (Santa Luzia) que serve de rotunda”Carlos Rego (PS) na Assembleia de Fre-guesia de Joane.

“Se eu fizesse isso ao meu amigo An-tónio Carvalho este iria questionar de imediato se o concelho de Joane já estaria aprovado sem o seu conheci-mento”Resposta de Sá Machado a Carlos Rego

A Câmara de Famalicão vai contes-tar a decisão da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, que con-siderou que o município discrimina o “Jornal de Famalicão” na distribuição de publicidade”Jornal de Negócios

“Considerando que ‘um município deve tratar equitativamente todos os seus jornais locais’, o vereador do PS Reis Campos disse ter saído da reu-nião de Câmara (de Famalicão) triste e envergonhado”Notícia do jornal Opinião Pública

“A Câmara de Famalicão vai abrir ‘dentro de dias’ uma “loja social”, equipamento que tem por objectivo responder às necessidades imediatas de famílias carenciadas”Diário do Minho

“IVA sobe para os 23 por cento em 2011”Público

“A CGTP vai propor a realização de uma greve geral antes da aprovação final do Orçamento do Estado para 2011”Público

“Parlamento islandês processa primeiro-ministro que governava quando país faliu, em 2008”Público on-line

Presidente da Junta de Pousada de SaramagosPOUSADA

FACTO LOCAL

“Destaco a forma ordeira e organizada como arrancou o novo ano lectivo na freguesia de Pousada de Saramagos”

Feira em tempo de crise

Padre da Póvoa detido no Brasil com sete mil euros nas cuecas

GNR multa Quercus por infracções ambientais

Abílio Ferreira da Nova, um monsenhor português de 77 anos, de enorme prestí-gio no Brasil, foi detido quando tentava embarcar para Portugal com 52 mil euros escondidos na bagagem, no aeroporto. Vai responder pelo crime de evasão fiscal em liberdade, graças à rápida acção dos advogados da Igreja Católica. O padre trazia dinheiro nas malas e 7000 euros escondidos nas cuecas e nas meias. Disse depois que o dinheiro era para “ajudar parentes pobres” na Póvoa de Varzim, admitindo o erro de não ter informado que transportava todo aquele dinheiro”.Fonte: Diário de Notícias

“Falta de separação de resíduos, mau uso dos mesmos e abertura de um poço sem l icença. Tudo isto dentro de uma zona protegida. A GNR não perdoou e levantou três contra-ordenações contra a Quercus. A Inspecção do Ambiente foi informada.O caso aconteceu no concelho de Castelo B r a n c o , e m p l e n o P a r q u e N a t u r a l d o Tejo Internacional , numa propriedade adquirida pela Quercus em 1992. Numa fiscalização efectuada ao local, uma equipa da GNR elaborou três autos de contra-ordenação por infracções à leg is lação s o b r e r e s í d u o s e a o p r ó p r i o P l a n o d e Ordenamento do parque.Fonte: Jornal de Notícias

A II Feira Rural de Joane foi um sucesso. E ainda bem. É deste género de iniciativas, dinâmicas que a vila precisa. Que mobili-zem, que mostrem novas formas de criar oferta cultural e recreativa. A população respondeu bem ao desafio e apareceu ao Parque da Ribeira. Uns admiraram os cantares e os bailaricos dos grupos folclóricos e dos tocadores de concertina; outros apreciaram a música popular, outros ainda foram provar os petiscos e o vinho. E se em matéria do néctar dos deuses nem tudo foram rosas (pelo menos para quem não aprecia o “carrascão” de por a língua vermelha), e se se ouviram algumas queixas sobre a qualidade do produto vinícola, nem por isso a romaria foi mais pobre.E quem compareceu ao Parque da Ribeira teve ainda outro “petisco”: ouvir o pre-sidente da Junta a usar da pedagogia e a dizer que os joanenses devem ter mais

cuidado com a manutenção do Parque.

“Isto é que vai cá uma crise!”. A frase tornada famosa pelo Camilo, nos seus programas de humor na TV, deve ser, por estes dias, como aquela célebre pasta dentífrica: anda na boca de toda a gente.IVA a 23 por cento, pensões congeladas, aumentos congelados (com tanto con-gelamento ainda o pessoal apanha um resfriado!) e cortes nos apoios sociais. Dizem que é consequência da crise in-ternacional, que a Europa agora é que manda e exige controle do défice, contas regularizadas e outras justificações. Vamos esperar que alguma coisa melhore nestes dias de incerteza em que nem dá gosto ver o Telejornal! Também por causa estes cenários da “eco-nomia real” é que se sente falta de uma boa Feira Rural, animada, com qualidades nostálgicas.

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Os artigos de Opinião são da responsabilidade dos seus autores

EÇA DA SILVA

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REPÓRTER LOCAL • SETEMBRO DE 2010 • 7

RONFE • POLéMICA

O presidente da Junta de R o n f e a m e a ç a v o l t a r aos protestos contra a Câmara de Guimarães

e d e s t a v e z a p e l a à p o p u l a ç ã o para que o apoie. A “declaração d e g u e r r a ” f o i f e i t a e m v á r i o s momentos da última Assembleia de Freguesia, dia 26 de Agosto. “A Câmara vo l tou ao tempo da d iscr iminação . Não co labora e não esc larece e por isso vamos ter de voltar ao protesto”, disse o autarca. S e g u n d o D a n i e l R o d r i g u e s , “ a Junta endereçou à Câmara, só este ano, cerca de 100 of íc ios” com pedidos sobre assuntos diversos m a s s ó “ d o i s o u t r ê s ” t i v e r a m resposta. As críticas começaram a propósito da escola da Ermida. O edifício está devoluto desde 2005, quando o Ministério encerrou a escola. Os protestos locais foram pacificados depois de a Câmara ter prometido instalar na Ermida o ensino pré-escolar público. O que não aconteceu, já que a Câmara optou por entregar o edifício ao Agrupamento Abel Salazar para os cursos EFA. A Junta desde sempre reclama para si o edifício para nele instalar a Casa da Juventude. “Para tapar os olhos dizem que está ocupada com o grupo de teatro da escola. Só por birra a Câmara não devolve o edif ício para ser uti l izado em prol da população. Se não vai a bem, vai a mal, nem que para isso tenhamos que pôr os jovens de Ronfe à porta a protestar”, atirou

Daniel Rodrigues.Entretanto, a vereadora Francisca Abreu diz que o presidente da Junta “foi informado em devido tempo que a escola da Ermida estava e está sob gestão do Agrupamento, que mantém a sua utilização por parte dos alunos”.Os ataques de Rodrigues à Câmara voltaram a propósito das obras n a e s c o l a d e G e m u n d e . “ M e r a operação de estética. O edifício continua com sérios problemas que comprometem o conforto dos alunos. Temo que o centro escolar vá marcar passo e que daqui a dois ou três anos ainda não haja obra e que o edifício de Gemunde não tenha condições”, afirmou.Outros dos assuntos prendeu-se com os acessos à esco la , numa s e s s ã o m a r c a d a p e l a a u s ê n c i a d e A n t ó n i o e L u í s G o n ç a l v e s , do PS. Fátima Mendes, da CDU, considerou “urgente” modificar a postura de trânsi to na v ia de acesso à escola de Gemunde e ao estádio. A via , estrei ta , regista intenso tráfego. Tratando-se de uma zona escolar, a assembleia foi unânime em considerar que a solução passaria por tornar a via com um único sentido bem como a colocação de lombas junto à escola.

Daniel Rodrigues acusa Câmara Municipal de ter voltado “ao tempo da discriminação” e apela aos ronfenses para que o apoiem nos protestos

Luís Pereira

Águas pluviais problemáticasA falta de escoamento das águas pluviais de Ronfe tem-se tor-nado num sério problema para e s t a v i l a . P r o v a d i s s o s ã o a s várias intervenções por parte do público sobre este assunto. Daniel Rodrigues reconheceu o problema mas disse que pou-c o o u n a d a p o d e f a z e r p a r a o re s o l ve r . “ C o ns t ru iu - s e e m R o n f e s e m s e t e r e m c o n t a a criação de drenagens de água.

Antigamente as pessoas não se importavam que as águas fos-sem escoadas para os campos, hoje já não é ass im e a Junta t e m t i d o d i f i c u l d a d e e m s e r autor izada por pr ivados . Por causa disso, agora no Inverno vamos ter a v i la inundada de á g u a . M e s m o a s s i m , a J u n t a d e n t r o d o p o s s í v e l v a i r e s o l -vendo os problemas”, garantiu o autarca.

O presidente da Junta de Ronfe usou a última sessão da Assembleia de Freguesia para voltar a dirigir duros ataques à Câmara Municipal de Guimarães. Daniel Rodrigues anunciou mesmo que vai reeditar os protestos que marcaram o seu mandato, e apelou ao apoio da população local.

Autarca volta aos protestos contra Câmara de Guimarães

DANIEL RODRIGUES“ A C â m a r a v o l t o u a o tempo da discriminação. N ã o c o l a b o r a e n ã o e s c l a r e c e e p o r i s s o vamos ter de voltar ao protesto”

LOCALIDADEs

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8 • SETEMBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

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BREVES

LOCALIDADES

JOANE

PSD VISITOU BAIRRO DOS POBRES

O núcleo de Joane do PSD, juntamente com os eleitos da coligação PSD-PP na As-sembleia de Freguesia de Jo-ane, efectuaram uma visita de trabalho ao bairro social Francisco Simões. O PSD diz ter ouvido queixas sobre as condições do bairro e acusações contra a Junta de Joane por, alegadamen-te, não investir no bairro. Segundo o PSD, as pessoas contactadas alertaram ainda para o alegado tratamento desigual dado pela Junta aos moradores.Entretanto, o PSD de Joane promove na próxima segun-da-feira, 4 de Outubro, um debate subordinado ao tema “o PSD e as autarquias lo-cais”. A iniciativa decorre no auditório do Centro Cultural de Joane a partir das 21h30 e terá como principais ora-dores o autarca de Ronfe, Daniel Rodrigues, que falará sobre as novas gerações do poder local e Paulo Cunha, vice-presidente da Câmara de Famalicão e líder da dis-trital de Braga do PSD, que falará sobre o partido e as autarquias locais.O debate conta ainda com o presidente do núcleo jo-anense, Miguel Ribeiro e o líder concelhio, Vítor Mo-reira, e no final estará aber-to ao debate com o público. Com esta iniciativa, o PSD quer “mobilizar a população e fomentar a discussão em torno de temas de relevância local”.

Junta pede patrocínio da Câmara para limpar rios da vila

JOANE • ASSEMBLEIA DE FREGUESIA

A Junta de Joane quer que a Câmara de Famal icão pa-trocine uma candidatura ao programa POLIS-RIOS, que

o Governo vai lançar em 2011, para a limpeza do rio Pelhe e do ribeiro de Cortinhas. A novidade foi lançada pelo autarca Sá Machado na Assembleia de Feguesia (dia 29) em resposta ao PSD-PP. Segundo a Junta, o programa destina-se à l impeza das margens dos r ios e as candidaturas devem ser fe i tas pelas Câmaras. A Junta de Joane já apelou à Câmara famalicense para que candidate os cursos de água da vila, aproveitando o projecto RIECO, da autoria de Oliveira Fernandes e que há anos está colocado de lado. “Sem o patrocínio da Câmara a candidatura morre à partida”, afirmou Sá Machado.

GRAVAÇÕES CHUMBADASAs Assemble ias a f ina l não vão ser gravadas, ao contrário do que chegou a ser admitido na sessão de Junho. Na a l tura , Car los Rego, do PS, e o presidente da Junta não colocaram entraves à gravação, e tudo apontava p a r a a a p r o v a ç ã o , m a s a g o r a o P S rejeitou a proposta do PSD-PP. A razão, apurou o RL, prende-se com o facto de o PSD/PP não abdicar de consultar as gravações de todas as reuniões e não apenas as que pudessem suscitar dúvidas na transcrição para acta, como pretendia o PS.No encontro, o PSD/PP sol ic i tou à J u n t a o i n v e n t á r i o d o p a t r i m ó n i o da autarquia . O execut ivo admit iu

que nem todo o património está de-vidamente registado nas Finanças, assegurando que esse trabalho estará concluído até final do ano, sendo então disponibilizado aos eleitos.Da Assembleia de Junho transitou o regulamento de utilização do Parque de Laborins (nova feira), mas ainda n ã o f o i d e s t a q u e f o i a p r o v a d o . O Executivo submeteu a discussão um documento que mereceu dúvidas do PSD-PP quanto às taxas a cobrar. Por sugestão da Junta, a proposta não foi votada, tendo sido criada uma comis-são para melhorar o regulamento.Fortemente criticada pela oposição esteve a segunda revisão orçamental.

Sá Machado explicou que a diminuição das despesas se deve à conclusão de que, até final do ano, há investimen-tos previstos em orçamento que não serão concretizados. Por isso, a Junta apresentou uma revisão que permite a transição dessa despesa para o lado da receita, estando agora apostada na redução da dívida. Miguel Coelho, do PSD-PP, anunciou o voto contra da coligação. “A revisão só acontece por fa l ta de planeamento. Trata-se de uma péssima revisão porque corta no investimento na nossa terra”, concluiu Miguel Coelho. A revisão acabou por ser aprovada com os votos da maioria socialista.

Luís Pereira

Maioria PS chumbou proposta do PSD-PP para gravação das sessões da Assembleia

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REPÓRTER LOCAL • SETEMBRO DE 2010 • 9

BREVE

Pousada de Saramagos ce-lebra , a seis de Novembro, o Dia da Freguesia com um conjunto de iniciativas cultu-rais e recreativas.Do programa da iniciativa or-ganizada pela Junta local com apoio das colectividades - e que ainda não está fechado -, consta a repetição da romaria ao Castro das Eiras, com uma paragem no Parque de Mati-nhos para o lanche-convívio. A ementa conta com a ha-bitual oferta de castanhas e vinho por parte da autarquia local. A iniciativa prevê ain-da, à noite, a recreação de uma desfolhada minhota , a ter lugar no recinto frental à sede da Junta de Freguesia .

LOCALIDADES

PUBL

ICID

AD

E

POUSADA

DIA DA FREGUESIA COM ROMARIA E DESFOLHADA

A tradicional festa em honra de S. Miguel-O-Anjo decorreu no fim-de-sema-na de 26 e 27 de Setembro. No sábado, o programa incluiu música do gru-po “Alvorada Musical” e fogo-de-artifício. No domingo, a procissão saiu da igreja em direcção ao monte de S. Miguel onde se realizou a missa. Como ha-bitualmente, centenas de pessoas rumaram ao monte com os farnéis, tiran-do partido do parque de merendas.A tarde de domingo foi de folclore, com o Rancho Folclórico Maria da Fonte e o Rancho Danças e Cantares de Vermil.

JORNADAS DA DEFICIÊNCIA EM FAMALICÂOA Associação Famalicense de Prevenção e Apoio à Deficiência promove as II Jornadas da Deficiência, subordinadas ao tema “Ser (In)Diferente - A deficiência na sociedade”, no dia 9 de Outubro, na Casa das Artes de Famalicão.

VERMIL

Festa de S. Miguel

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10 • SETEMBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

LOCALIDADEs

Protesto contra falta de pagamento de salários

Loja de roupa assaltada duas vezes numa semana

Cerca de 25 t rabalhadoras da confecção Mendes Pereira, Lda., de Ronfe, protestaram em frente às instalações da empresa reivin-dicando o pagamento de salários em atraso. A s t r a b a l h a d o r a s e s t i v e r a m e m g r e v e d u r a n t e t o d o o d i a , acompanhadas pelo Sindicato Têxtil do Minho, que serviu de intermediário nas conversações com a entidade patronal. Em causa está a falta de paga-mento do salário de Agosto e de metade do subsídio de férias.Funcionárias e sindicato garan-tem que o problema da confecção de camisas não é falta de enco-mendas, mas sim uma alegada falta de liquidez. No final do dia, as trabalhadoras puseram termo à greve face ao compromisso da empresa pagar os vencimentos até f inal deste mês. Se o prazo não for cumprido,

ameaçam pedir a suspensão dos contratos, como avançou ao RL o coordenador do Sindicato Têxtil do Minho, Francisco Vieira.O RL esteve no local a acompa-nhar o dia de protesto e ouviu algumas das trabalhadoras, que solicitaram o anonimato. “O trabalho não nos mete medo, queremos é receber”, disse uma das costureiras com 17 anos ao serviço da empresa.Uma outra mostrou-se preocu-pada com as despesas. “A minha casa não se paga com lágrimas nem com as palavras doces da patroa”, desabafou.A ad e são à g re ve f o i e l e vad a . S e g u n d o o S i n d i c a t o T ê x t i l , apenas quatro funcionárias não aderiram ao dia de protesto.O RL tentou contactar a admi-nistração da empresa mas até à hora de fecho desta edição tal revelou-se impossível.

A loja de roupa Mipavi, em Joane, foi assaltada duas vezes em cinco d i a s . O p r i m e i r o a s s a l t o n u m a sexta-feira, o segundo na quarta seguinte. Os assaltantes levaram roupa de marca. Partiram o vidro da porta da loja para entrar e leva-ram o que conseguiram. O alarme começou a tocar, o que fez com que os assaltantes fugissem em direcção à EN 206.Na sexta-feira três indivíduos en-c a p u z a d o s a s s a l t a r a m a m e s m a

lo ja cerca das c inco da manhã e levaram a roupa que se encontrava nas prateleiras. Os indivíduos che-garam à loja num Opel Corsa preto, arrombaram a fechadura e levaram peças de vestuário. O barulho do esti lhaçar da porta a ler tou um v iz inho que chamou d e i m e d i a t o a s a u t o r i d a d e s . O s assaltantes fugiram em direcção à EN 206. A GNR de Joane esteve no local e ficou encarregue das investigações.

RONFE • LABORAL

Trabalhadoras da confecção Mendes Pereira fizeram greve frente às instalações da empresa. em Ronfe

Luís Pereira

JOANE • POLÍCIA

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REPÓRTER LOCAL • SETEMBRO DE 2010 • 11

Setembro

RUI VELOSO EM GUIMARÃESRui Veloso actua no Multiusos de Guimarães no dia 13 de Novembro, num concerto que assinala o 9º aniversário daquele espaço. No concerto não faltarão os seus grandes êxitos, todos eles com a virtude de atravessarem várias gerações.

Não lhe vêem o rosto e muitos não sabem sequer se se cruzam com ele todos os dias. Ouvem-lhe a voz e pela voz o reconhecem como uma grande companhia . Natural de Airão Santa Maria mas d e s d e o s 1 0 a n o s a v i ve r e m Jo a n e , Jo a q u i m Martins é dos locutores de rádio mais ouvidos em todo o distrito de Braga fazendo companhia , divertindo e partilhando histórias de vida todas as madrugadas, das 2 às 7 horas, na Rádio San-tiago de Guimarães, a muita gente cujas vidas profissionais são feitas noite dentro.“O fascínio pela rádio remonta aos meus tempos de DJ nas discotecas “Vacaria” , Vanguarda e 9.83. A música sempre foi o meu delírio, a minha mãe passou das boas comigo” , conta o radialista .Depois da aventura das discotecas, entra no mun-do das rádios. Passa pela Rádio Jovem de Joane e pela S. Silvestre de Requião. A legalização das rádios locais, em 1989, abriu-lhe as portas para a Vila Nova (agora Digital FM) de Famalicão, onde permaneceu até 1995, altura em que saiu para a Santiago, já lá vão 15 anos.A madrugada da Santiago é, todos os dias, excepto domingos, feita apenas e só por Joaquim Martins. A solidão do estúdio não o assusta . “Só estou lá por ser assim, sozinho e de noite.

Se fosse de d ia , não dava para o meu fe i t io” , garante. E le com as suas “Madrugadas” já fez com que muitos padeiros e operários têxteis se juntassem em convívios e que centenas de ouvintes come-çassem a travar amizade. Os padeiros são os que mais participam, mas há também pescadores. E ouvintes de todo o lado: Santo Tirso, Fafe, Fama-licão Barcelos, Braga... E histórias de tudo. “Com o passar dos anos, as mortes de ouvintes de sempre entristecem-me porque ganhamos afectos por pessoas com quem fa lamos e que 95 por cento delas nunca lhes conhecemos a cara” , confessa .

Joaquim Martins faz as madrugadas na Rádio Santiago. Sozinho. “Só estou lá por ser assim, sozinho e de noite. Se fosse de dia, não davapara o meu feitio”, garante.

“O ÁS DOS COPOS”, A REPORTAGEM

DO RL SOBRE FRANCISCO FERREIRA,

DONO DE UMA COLECçãO COM

MAIS DE 2000 COPOS DE CERVEjA,

DEVIDAMENTE EMOLDURADA PELO

COLECCIONADOR...

O nosso homem da rádio

ArteBeatsO Repórter Local apoiou a segunda edição do ArtBeats, um evento de divulgação de jovens artistas, que teve lugar no recinto da Piscina de Airão S. João e que chamou dezenas de pessoas.

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12 • SETEMBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

RICARDO SILVADefesa do Vitória de GuimarãesNaturalidade Pousada de SaramagosReside há oito anos em joaneData de Nascimento: 19/08/1980Casado, duas filhas

Porque escolheu Joane para viver?Quem casa quer casa e foi por acaso que vim parar a Joane há cerca de oito anos.O que acha de Joane?Não tenho uma opinião formada sobre a vila porque não conheço muito, sou mais caseiro. Mas ter um parque como o da Ribeira é já um passo importante que nem todas as freguesias conseguem dar, embora ao nível de recinto para prática desportiva seja limitado. Acho que a vila pouco a pouco está a crescer, a mudança da feira foi outro passo importante. Gosto muito de viver em Joane por ser uma zona bonita e por estar perto de tudo; com faci-lidade e rapidez chegamos a Braga, Guimarães ou Famalicão.Em pequenino sonhava ser jogador de futebol?

Está no sangue! O meu pai foi guar-da-redes do Vizela e daí nasceu o bichinho pela bola. Estive nos in-fantis e inicidos no FC Famalicão de onde saí para os juniores do Vitória. Quando começou a dar nas vistas?Quando saí do Guimarães e fui para o Ronfe, de onde saí para o Serzedelo. Comecei a encarar o futebol de forma mais séria quando regressei ao Famalicão, acabando por me profissionalizar. Depois veio o Freamunde, e cheguei à I Liga em 2004, com o Beira-Mar. De Aveiro rumei ao Paços.Como foi regressar à casa de formação?Quando se sai da formação de um clube como o Vitória fica sempre o sonho e a vontade de um dia regressar à equipa principal. Concretizou-se esta época. Teria sido óptimo para a

minha carreira se tivesse acontecido há cinco anos, mas não fico com amargo de boca. Como tem corrido a época?Bem. Começámos um bocado por baixo, com as pessoas a duvidar da equipa por haver novo treinador e 16 caras novas, mas as coisas levam o seu tempo até encaixar direitinho. Conseguimos demonstrar o nosso valor e as coisas estão melhores.O recente e polémico jogo com o Benfica veio levantar a moral…No meu primeiro ano na I Liga, en-carava os jogos com os grandes como um bicho-de-sete-cabeças. Agora já encaro isso de forma normal. Todas as equipas têm mais qualidade e os grandes já não assustam tanto. Os pequenos cada vez mais acreditam que é possível ganhar a um grande.O grande adversário do Vitória é o eterno rival de Braga?

Não. Ainda não senti o que é jogar um derby minhoto embora reconhe-ça que se sente grande rivalidade. Com o Braga é matar ou morrer. Sou do Vitória e luto pelo clube mas temos de saber reconhecer o mérito ao Braga. Tem que se lhe tirar o chapéu. Qual é o objectivo do Vitória para esta época?Pela sua dimensão, o Vitória tem que lutar por uma competição europeia. O 5.º lugar é sempre a meta.O seu futuro passa pelo Vitória?Sempre tive como principio não dar um passo maior que a perna. Neste momento estou no Vitória e não penso em mais nada. Além disso, tenho 30 anos e já não posso ambicionar um Porto ou um Benfica, por muitas qualidades que possam ver em mim.Porque é que joga pela selecção de Cabo Verde?Sou neto de uma cabo-verdeana e

O CRAQUE DO VITóRIA GOSTA DE VIVER EM JOANE

RIC

AR

DO

Ricardo Silva fala ao RL da sua carreira de futebolista (que passou pelo Ronfe, pelo Famalicão e pelo Vitória), de Joane, onde vive há oito anos (“Gosto de viver em Joane por ser uma zona bonita e por estar perto de tudo”) e da arbitragem.

Luís Pereira

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REPÓRTER LOCAL • SETEMBRO DE 2010 • 13

CINECLUBE DE JOANE: OUTUBROEis os filmes para Outubro do Cineclube de joane, na Casa das Artes de Famalicão. Dia 7, “A Estrada”; 14, “Filme do Desassossego”, de joão Botelho (com a presença do realizador); 19, “Conto de Outono”; 21, “O Segredo dos Seus Olhos”; 28, “Mother, uma Força Única”.

A tiróide é uma glândula endócrina situ-ada na parte anterior do pescoço e que produz , armazena e liberta as hormonas tiroideias para a corrente sanguínea. Es-tas hormonas regulam o metabolismo corporal e o funcionamento de vários órgãos, influenciando o batimento cardí-aco, o peso, a memória , entre outras fun-ções. Quando a tiróide funciona pouco, falamos de hipotiroidismo, tendo esta ca-rência consequências distintas caso ocor-ra durante a infância ou durante a fase adulta . Esta é, aliás, uma das patologias que se pretendem detectar precocemente no “teste do pézinho” realizado nos re-cém-nascidos. Nos adultos e nos idosos o hipotiroidis-mo é frequente, em especial nas mulhe-res. A causa mais frequente é a tiroidite autoimune (desconhece-se o motivo des-ta patologia , na qual o organismo produz anticorpos que lesam a própria tiróide). A segunda causa é o tratamento com iodo radioactivo.Quando a tiróide funciona pouco, os sin-tomas que estão tipicamente associados

são o cansaço, aumento de peso, sono-lência , prisão de ventre, sensação de frio, pensamento lento, perdas de memória , pulso lento e pele pálida, fria e incha-da, especialmente na cara . O diagnóstico é efectuado após a realização de análi-ses sanguíneas, sendo o tratamento feito através da suplementação com hormona tiroideia em forma de comprimido, de modo a restabelecer os níveis normais e, dessa forma, restabelecer o normal equi-líbrio metabólico.Caso tenha sido medicado pelo seu Mé-dico Assistente com este tipo de medi-cação, tenha o cuidado de tomar diaria-mente o medicamento, 20 a 30 minutos antes do pequeno-almoço, de preferên-cia sempre à mesma hora . Não deixe de realizar o tratamento sem autorização médica, tome exactamente a dose reco-mendada (o excesso de hormona poderá ser prejudicial) e faça as análises de rea-valiação com a frequência indicada pelo médico, de modo a saber se a dose da hormona que toma é a correcta .Até breve.

HAJA sAÚDEJOÃO MONTEIROMéDICO

DOUTOR, TENHO A TIRÓIDE?

como tinha a noção de que a selecção portuguesa seria uma miragem, surgiu a oportunidade, há três anos, que agarrei, embora já esteja decidido abandonar este ano. Foi uma experiência muito positiva, apesar de falhado o Mundial e a Taça Africana das Nações.Como vê o caso da Federação portuguesa?Não beneficia em nada a estabilidade da equipa. Tudo acon-teceu devido a problemas de dinheiro.Paulo Bento é uma boa aposta?É a escolha ideal.E o episódio de Mourinho?É sem dúvida um grande treinador mas parecia-me ridículo vir treinar por dois jogos, numa espécie de esmola que ia dar ao País.A arbitragem é o cancro do futebol?Nunca questionei a arbitragem porque olho para os árbitros como olho para os jogadores, como homens. Assim como os jogadores falham jogadas, também os árbitros podem falhar ao ajuizar. Acredito que não erram intencionalmente e por isso tenho por hábito colocar-me no lugar deles. Tenho esta atitude sem o calor do jogo porque dentro do campo, na hora, também protesto e critico.Mas reconhece o erro no jogo com o Benfica…Mas é que não reconheço mesmo! No lance de que falam e em que me envolvem, não quis derrubar o Di Maria. Preparava-me para fazer o chuto e o Di Maria colocou o pé à minha frente. São lances que temos de ver quatro vezes na TV para dar uma opinião.O recurso à tecnologia melhoraria a arbitragem?Não acho. O futebol é bonito com os erros. Com os chips, iria tornar-se numa coisa mais mecânica.

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14 • SETEMBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

Hoje em dia, as refeições são cada vez mais realizadas fora de casa. Isto deve-se ao desenvolvimento económico, à inovação tecnológica , às estratégias q u e o m e r c a d o u s a p a ra c a t i va r o consumidor e, principalmente, à falta de tempo vivenciado pelas sociedades actuais. Como consequência, o consu-mo de “fast-food” tem aumentado nos últimos tempos. Além de se tratar de uma refeição rápida, o facto de ser económica, também ajuda. O “Fast food” é habitualmente culpa-da pela epidemia da obesidade que actualmente se verif ica e por isso é excluída das recomendações dietéticas. Porém, na sociedade existem pessoas que acreditam que o “fast food” é uma boa refeição. São dadas duas razões para a relação obesidade/fast food, a primeira é devido ao alto valor energético do “fast food” e a outra razão é devido à existência de muitos restaurantes que servem este tipo de comida. Contudo, foi concluído que os restaurantes de “fast food” não são os culpados principais da obesi-dade, apesar de serem convenientes,

acessíveis e de baixos custos.Embora os menus nos restaurantes de “ fast food” já tenham a informação nutricional, onde aparentemente são “refeições saudáveis” , ainda há muitas razões para acreditar que o consumo frequente de “fast food” contribui para o ganho de peso, para a obesidade, diabetes t ipo 2 e doenças da artéria coronária. O “ f a s t fo o d ” ge ra l m e n t e t e m u m a alta densidade energética e é servida em grandes porções, o que induz um consumo excessivo de calorias. Para além disso, as cadeias de “fast food” na maioria dos países, ainda contém níveis inaceitáveis de ácidos gordos transfor-mados, produzidos industrialmente, que têm efeitos biológicos negativos que podem contribuir para o ganho de peso, para a obesidade abdominal, para a diabetes tipo 2 e doenças da artéria coronária. Por isso, evite este tipo de refeições. Comer bem e de forma equilibrada é um dos melhores investimentos que pode fazer para a sua saúde. Invista em si e na sua alimentação.

Setembro é, talvez, o mês mais detestado de todos. As famílias portuguesas sabem do que falo. Setembro é o mês derradeiro. Para os estudantes, acabam-se as férias; a boa vida; o acordar quando o sol se põe; os festi-vais; as festas na praia; o flirt à beira-mar e o sonhar com amo-res de verão estilo “Morangos com Açúcar”.Para os pais, é um bocadinho mais grave. Acabam-se as fé-rias, para quem as teve. E nes-sas mesmas férias, acaba-se o subsídio de férias. Por vezes, acaba-se o emprego, com o fe-cho inesperado de empresas. E arruína-se a conta bancária a comprar o material escolar para os futuros pais deste país.Apesar de gostar de Setembro, o mês que me viu nascer, irrita-me antes ainda de ser Setembro. As campanhas de regresso às aulas nos hipermercados come-çam em pleno Agosto, mês auge das férias estudantis. Ainda mal saboreei as férias e não posso ir às compras sem esbarrar numa confusão de cadernos, mochilas e canetas, que me faz lembrar que daí a um par de semanas vou ter de voltar a acordar às sete da manhã todos os dias e tentar combater o sono durante os meus blocos de aulas de qua-tro horas ininterruptas. Obriga-dinha, Sonae, Auchan e Jeróni-mo Martins!Se a mim me irrita por me aler-tar que a santa boa vida não dura sempre (irrita-me mais ainda por frequentar o meu úl-timo ano da licenciatura), aos pais irrita por alertar que há opções a fazer: ou aquelas férias bonitas que tinham planeado ou então os livros e materiais esco-lares para os seus rebentos. Mas nesta altura, os pais (que têm de decidir se vão realmente gastar o subsídio de férias nas férias

ou na formação dos seus filhos) não fazem ainda ideia do que lhes vem pela frente. Em duas palavras: Vida Académica.Caro leitor, se tem filhos a es-tudar até ao secundário, acha que são muito caros e anseia pela sua entrada na Universi-dade para deixar de comprar os manuais escolares, é melhor repensar o assunto. A integra-ção dos vossos filhos nas insti-tuições onde entraram tem um preço, tal como tudo na vida. Analisando o calendário de ac-tividades da Universidade do Minho, vejo de caras algumas actividades às quais os vossos filhos não vão faltar e das quais vocês vão ter vontade de gritar só de ouvir falar disso: festas académicas. Pais, se estiverem a ler isto, comecem a assimilar termos como “Recepção ao Ca-loiro”, “Enterro da Gata”, “Tra-je, “Jantares de Curso”, “Festas de Curso” e “Noite académica”. Tudo o que não vai gastar em manuais escolares vai gastar para aqueles que os seus filhos vão descrever como “os melho-res anos das suas vidas”. Que, por sinal, vocês (ou o Estado, no caso de conseguirem uma bolsa de estudo rechonchuda) vão pa-gar. Pense positivo. A economia é mesmo assim. Quando alguém paga, alguém recebe. A Sagres, a Super Bock, a Tabaqueira, os bares e estabelecimentos de di-versão nocturna adoram os es-tudantes. O dinheiro circula, o que é positivo! É um estímulo para a economia. E não estamos sempre a ouvir dizer que a nos-sa economia precisa de ser es-timulada? Da próxima vez que não deixar o seu filho sair à noi-te, pense nisto. Afinal, não esta-rá ele a cumprir o seu dever de cidadão e a ajudar a debilitada economia portuguesa?

Finanças académicas

AnA MArgAridA CArdoso

NUTRIÇÃO

“Fast food”Analisa Neto | Nutricionista

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REPÓRTER LOCAL • SETEMBRO DE 2010 • 15

AIRÃO SANTA MARIA • ASSOCIAÇõES

Uma ARCA com 25 anosEfeméride foi assinalada em Setembro. Presidente em exercício abandona em Janeiro

A Associação Recreat iva e Cul tural de Airão Santa Maria (ARCA) assinalou em Setembro os 25 anos

de actividade. Apesar da data, não há muitos motivos para que a asso-ciação festeje. O actual presidente, por exemplo, já anunciou a intenção de abandonar o cargo em Janeiro, altura de novas eleições.Quanto à efeméride, foi evocada com um jogo de futebol e um passeio de BTT. No dia quatro de Setembro, à noite, sócios e amigos da instituição cantaram os tradicionais parabéns e fizeram a festa.A associação conta actualmente com cerca de t rês centenas de sóc ios e t e m - s e a f i r m a d o a o l o n g o d o s anos como uma referência na vida associativa de Airão Santa Maria.A ARCA tem apostado nos últimos tempos na prática desportiva, tendo uma equipa de futsal a competir no campeonato distrital. Por outro lado, tal como o RL deu conta na edição passada, a institui-ção conta com um grupo de BTT. Cinco dos atletas competem no Cam-peonato Regional da modalidade.Ainda na área desportiva, a ARCA continua a organizar aquela que é considerada a sua mais emblemá-tica iniciativa. Trata-se da prova de atletismo que promove sempre para assinalar o 25 de Abril.

Nem só de desporto vive a associa-ção. Depois de já ter sido madrinha de uma formação musical com algum r e l e v o n o p a n o r a m a d a m ú s i c a tradicional portuguesa (“Trovas ao Vento”), a instituição aposta agora em aulas de concertina, contando com cerca de 30 alunos de todas as idades.Com cerca de 10 mil euros de or-çamento anual, a instituição vê na exploração do bar, local izado na sede, uma das suas principais fontes de receita, mas as dificuldades são

muitas. “Não está fácil conseguir arranjar apoios financeiros para promover i n i c i a t i v a s p e l o q u e t e m o s t i d o alguma contenção”, explica Júlio Oliveira, presidente da ARCA.Júlio Oliveira l idera a associação h á d o i s a no s m a s t e m i nt e n ç õ e s de abandonar o cargo em Janeiro, altura das novas eleições. “A ARCA ocupa-me muito do meu tempo, já estou aqui há muitos anos e enten-do que está na hora de dar lugar a outros”, justifica.

LOCALIDADES

Luís Pereira

“FEIRA RuRAL é uM MARCO DE jOANE E DO CONCELhO”

Quais são os trunfos que fazem da Feira Rural um sucesso?Oferta cultural (gratuita) ao ní-vel das tradições etno-folclóricas, mostrando uma realidade que se vivia antes da industrialização em massa; o prazer dos pais mostra-rem aos filhos como se ‘ vivia anti-gamente’. é a prova de que afinal a população ainda adere aos eventos culturais sobre as nossas raízes!A II Feira foi a confirmação?Sem dúvida! Torna a Feira Rural num marco nas grandes festivida-des de Joane e do concelho.O sucesso também se vê pelo nú-mero de “personalidades” polí-ticas que passaram pela Feira?Não se deve a essas personalida-des. Compreende-se que, dada a adesão, seja um óptimo local para essas “entidades”, publicamente, se mostrarem. Todas as entidade politicas presentes representam o apoio à organização.Sentiram a falta do Presidente da Câmara de Famalicão?Por acaso nunca esteve presen-te em nenhum evento organizado pela Rusga de Joane. é normal que tenha uma agenda complicada. Mas acredito que no próximo ano dê prioridade de agenda à III Feira .Quantas noites passou em claro por causa da organização?Ui! Em claro nenhuma, porque te-nho o meu emprego e não posso faltar com as minhas obrigações. Mas sim, prescindi de muitas ho-ras de dormir. Eu e outras pessoas da organização, a Vânia Mendes, Sr.Baptista e Joaquim Dias. O que mudaria?Voltaria ao modelo do ano passa-do, de ser apenas um dia .Da parte do público, quais foram as reacções mais comuns?Uns agradados, outros agradavel-mente surpreendidos. Um aparte: em Joane, fazemos três festas (St . António, S. Bento e St . Amaro), curiosamente nenhuma ao Padro-eiro Divino Salvador. Devíamos juntar as romarias numa só, em Agosto, mês do padroeiro, com muitos emigrantes com “sede” des-tas festividades. Porque não uma grande Romaria aos Santos cá da terra , em vez termos três festas? Lanço o repto para termos algo em grande, como Joane merece!Para o ano há mais?No que depender de nós, sim. Tem custos reduzidos, comparando com outros eventos semelhantes e com muito menos adesão e mais caros. O apoio das entidades politicas de-verá manter-se.

MINI-ENTREVISTA

A II FEIRA RURAL DE JOANE FOI UM êXITO. RICARDO CARNEIRO, DA “RUSGA DE JOANE”, FALA DO EVENTO E ESPERA QUE O PRESIDENTE DA CâMARA APAREÇA NA III EDIÇÃO .

A Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola do 1.º Ciclo de Agra Maior, de Vermoim, protesta esta sexta-fe ira contra as “precár ias condições de aprendizagem” e promete encerrar a escola e manter o protesto durante a próxima semana, até que a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) responda às suas exigências.“A DREN decidiu reduzir o corpo docente ao mínimo, obrigando à convivência de dois níveis de escolaridade distintos em várias salas”, acusam.

A Associação diz não entender esta opção, tanto mais que a escola sofreu um investimento de 300 mil euros para f icar com cinco salas de aulas. “Agora não existe orçamento para pagar a mais um professor e formar quatro turmas como seria legítimo. Se a DREN não for ao encontro das nossas pretensões, estamos na disposição de prolongar o boicote às aulas durante a próxima semana”, garante.

VERMOIM • ESCOLAS

PAIs VÃO FEChAR EsCOLA DE AgRA MAIOR

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16 • SETEMBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

Luís Pereira

A atleta joanense Rosa Oliveira já não faz parte da Associação Moinho de Vermoim. Apontada como “estrela” do clube, Rosa Oliveira deixou a associação para se envolver num projecto pesso-al, segundo confirmou a própria em declarações ao RL .“Achei que estava na hora de abraçar um projecto novo em Jo-ane, que aposte na formação dos mais pequenos”.Segundo apurou o RL , trata-se da Associação Escola Rosa Oliveira , está oficialmente constituída e conta já com patrocinadores. A

atleta tem estado em contactos com a Câmara Municipal de Fa-malicão, com vista a encontrar uma sede para o novo projecto. Ao que o RL apurou, a solução poderá passar pela ocupação de uma das salas das escolas bási-cas do primeiro ciclo que ficarão devolutas no próximo ano lecti-vo. Por agora , a sede funciona na residência da atleta . Rosa Oliveira conquistou diver-sos títulos para o clube de Ver-moim, na categoria de vetera-nos. Basta consultar o sítio na Internet da AMVE para se f icar com a noção da importância da atleta para a colectividade.

Sete equipas da Academia de Bas-quetebol da ATC part ic ipam nos Campeonatos Distr i ta is da moda-l idade, que começam no f im-de-semana de 2 e 3 de Outubro. No sábado, dia dois , às 14.30 ho-ras , a equipa de Sub-16 recebe no Pavi lhão de Vermoim o Gru-po Desport ivo André Soares . No mesmo local , mas às 20.05 horas , a equipa feminina de Juniores de-fronta o Vi tór ia Sport Clube. Os Juniores mascul inos des locam-se a Vi la Real para defrontar a equipa ADCE Diogo Cão, às 21.00 horas .

ASSEMBLEIA GERAL NO GD JOANEA Assembleia Geral do Grupo Des-port ivo de Joane reúne em sessão ordinár ia no próximo dia 8 de Ou-tubro, pelas 21:00 horas , na sua sede socia l , em Barreiros .A ordem de trabalhos inclui in-formações do pres idente da Co-missão Direct iva , apresentação, discussão e votação do orçamen-to para a época desport iva 2010-2011, proposta de a l teração ao regulamento de quotas e outros assuntos de interesse para a co-lect iv idade.

BREVEs

ATLETISMO • FORMAÇÃO

Rosa Oliveira deixa AMVEAtleta da equipa e Vermoim abraça novo projecto em Joane: Associação Escola Rosa Oliveira

ATC COM SETE EQUIPAS DE BASKET

ROsA OLIVEIRAESCOLA DE ATLETISMO EM JOANE é O NOVO PROJECTO

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REPÓRTER LOCAL • SETEMBRO DE 2010 • 17

Ana FreitasGestor de Seguros | Companhia de Seguros Tranquilidade

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OPINIÃO

DESPORTO

República dos Tesos organiza 1º Passeio de Gingas

Juventude Joanense arranca frente ao Santa Eulália

Joane regressa às vitórias

A República dos Tesos de Airão S. João promove no próximo dia 17 de Outu-bro um passeio BTT. Denominado I Passeio de Gingas da República dos Tesos, inclui dois percursos, um com médio-difícil e com a extensão de 30 quilóme-tros; outro com grau de dificuldade fácil, com extensão de 15 quilómetros.As inscrições podem ser feitas na sede do grupo, à quarta e ao sábado, das 20 às 22 horas e das 13 às 16 horas, respectivamente. A inscrição inclui dorsal, lembrança, reforço e banho. O início tem lugar junto ao campo de jogos do Fórum de Airão.

Sábado, dois de Outubro, a Associação Juventude Joanense tem marcado o arranque das actividades no escalão de Pré-Escolas, frente à formação da Associação Desportiva e Cultural de Santa Eulália. No mesmo dia, encontro entre as duas colectividades, escalão de Infantis. Estes jogos estão inseridos na V Mostra de Aves daquela associação de Santa Eulália.

O Grupo Desportivo de Joane recebeu o Oliveira do Douro (2ª jornada) e surpreendeu ao vencer por 4-1, depois de ter estado a perder a uma bola (5 minutos). Aos 19 minutos, dentro da grande área , Gil rematou à meia volta e fez o empate. Quase em cima do intervalo, Carlos Manuel fez o 2-1. A equipa adversária jogou parte da partida com 9 elementos. Para o Joane, tudo parecia mais fácil . Perto do final, Vítor Hugo entrou e aumentou a vantagem para o Joane. Daniel, que entrou já em cima do minuto 90, de cabeça fez o 4-1. O treinador Jorge Baptista mostrou-se satisfeito com o resultado mas com reservas quanto à exibição da equipa na segunda parte. O Joane alinhou com Sérgio, Capucho, Zé Pedro, André Campos, Pedro Pinto, Sócrates, Hugo Matos, Pedro Borges, Gil, Carlos Manuel e Álvaro. Jogaram ainda: Miguel Lemos, Vítor Hugo e Daniel.

ESCOLA DE ATLETISMOA Escola de Atletismo Associação Moinho de Vermoim arranca no dia 8 de Outubro, no Pavilhão Municipal Terras de Vermoim. Podem inscrever-se gratuitamente todas as crianças entre os 4 e os 14 anos. Os treinos serão às terças e sextas-feiras.

Danças de Salão Adultos

Danças Competição APPDSI (Associação Portuguesa de Proossionais de Dança de Salão Internacional)

Cursos de Dança para Noivos

Animação de Dança com dançarinos proossionais em Casamentos e Eventos

91 695 15 63

VERMOIM - junto à estrada nacional 206 por trás da Rucoline

Dança Criativa

Dança Oriental

Dança Infantil

HIP HOP

ACADEMIA DE DANÇA

INSCRIÇÕES ABERTAS

PASSA-SECAFÉ SNACK-BAR EM VERMOIM

A FUNCIONAR

TLF: 252 113 056

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18 • SETEMBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

OPINIÃO

Joane, ao longo dos mandatos do actual presidente de Junta, não se desenvolveu de forma sustentável e equilibrada. A herança urbanística é de fraca qualidade.Claro que a responsabilidade não é unicamente do futuro ex-presidente, mas como líder de um grupo deveria ter sido capaz de reunir vontades e s i n e r g i a s p a r a q u e t a l n ã o tivesse acontecido. Demonstra uma personal i -dade composta de fragilida-des escondidas sob a forma de defesas , nomeadamente um certo autismo e falta de abertura para os projectos e actividades diferenciadores e

que não estejam de acordo com o seu pensamento político. Joane necessita de uma mu-dança radical relativamente aos pressupostos pelos quais se tem orientado. Neste sentido, acredito que é possível a mudança de pa-radigma. Abracei o projecto político do PSD por acreditar que Joane merece mais e me-lhor do que tem conseguido até ao presente. A comissão política tem uma ideia clara e uma visão para Joane. Uma harmoniosa relação entre o meio e as pessoas, no fundo, uma procura de qualidade de v ida tota l , que infe l i zmen-te Joane, actualmente , não oferece. Apelo aos Joanenses que se envolvam no projecto político do PSD, virado para as gentes da terra para que possamos desta forma competir com as freguesias do concelho, sendo no futuro a referência central de Famalicão.

O Courrier International publicou um a r t i g o s o b r e e d u c a ç ã o c o m q u e s t õ e s pert inentes , as quais , no nosso país , primam pela ausência.Que tipo de sociedade estão a criar os nossos modelos de educação? Qual o seu impacto para a democracia? Esta é uma crise muito mais grave do que a econó-mica, sendo os seus efeitos muito mais perniciosos. A obsessão dos Estados em apostar em modelos de educação que pri-vilegiam a técnica, a hiper-especialização e os resultados quantificáveis, tem como consequência a exclusão dos curricula das chamadas ciências não exactas (História, Filosofia, etc.) e, simultaneamente como causa e efeito, o afastamento de potenciais candidatos. Para piorar, este modo de ver a educação encontra-se largamente difundido entre a população. Quantos

pais não aconselham os filhos a escolher os cursos (supostamente) mais viáveis do ponto de vista profissional e “fugir” das humanidades? Certamente que não fazem com má intenção, mas a opção acrítica pelo caminho do útil terá implicações muito sérias no nosso modo de viver. O mercado de trabalho entrincheira-se no vocabulário balofo que a psicotécnica lhe fornece. A capacidade criativa é posta de lado, constituindo um “ângulo mor-to”. Esta atitude pode também reflectir apenas ignorância, na medida em que é precisamente a criatividade que faz a diferença, até no meio empresarial.Portanto, se os sistemas de educação e a sociedade tendem a privilegiar a técnica em detrimento de tudo o resto, bem como a premiar os alunos que se lhe submetem, o que será de todos esses valores (que tão frequentemente escapam à técnica) que devem formar o cidadão consciente e politicamente responsável?E m tempos de confusão e transmutação d e v a l o r e s , q u a n d o j á n i n g u é m s a b e muito bem onde põe os pés, temos que aprender a caminhar no escuro. Para isso, o espírito crítico deve estar mais desperto o que nunca.

Rui Sérgio CortinhasMembro da Comissão Política do Núcleo de Joane do PSD

OPINIÃO

Mudança de paradigma

Ângulos mortos

Os artigos de Opinião são da responsabilidade dos seus autores

Passeios dos teimosos

Este ano a nossa Câmara Municipal d e c i d i u m a n t e r o p a s s e i o a n u a l d o s i d o s o s . A p e s a r d e t o d o s o s índices da crise em que vivemos, apesar do f lagelo do desemprego q u e a s s o l a o n o s s o p a í s e m u i t o em particular o nosso concelho, o passeio continua. E com o passeio vem o boné e o docinho. Mas houve u m a a l t e r a ç ã o e s t e a n o . D e i x o u de se realizar ao Sábado e passou para a Sexta-feira. Terá entendido o S r . P r e s i d e n t e q u e n ã o h a v i a necessidade de pagar horas extra-ordinárias a vários funcionários, já que o poderiam fazer em horas de expediente. A Câmara tem negado permanente-mente ajuda a muitas associações, para o desenvolvimento das suas a c t i v i d a d e s . A o s v á r i o s p e d i d o s

para auxi l iar nas inic iat ivas que a s a s s o c i a ç õ e s d e s e n v o l v e m , a resposta é a mesma. Não. Não há verba, estamos em contenção de despesas, o orçamento já foi ultra-passado, talvez para o ano, etc.. . . As associações são quem mais di-rectamente lida com as populações, e q u e m j á f e z p a r t e d e a l g u m a , sabe da dedicação e entrega que são necessár ias para se estar no associat ivismo. Qualquer evento que se organiza obr iga a muitas horas de preparação. Exige de cada elemento uma participação activa, em que na maior parte das vezes a família é a grande prejudicada. É p o r t a n t o , u m a o b r i g a ç ã o d a s Juntas de freguesia, na medida do seu orçamento e pr incipalmente das câmaras municipais, que são quem dispõe dos meios financeiros, ajudar e incentivar todas estas ac-tividades. E a ajuda tem que chegar a todos, mesmo às freguesias mais distantes dos Paços do Concelho.M a s p a r a o r g a n i z a r u m p a s s e i o com gastos exorbitantes, não sei os números com exactidão, mas se pensarmos em quase duas centenas d e a u t o c a r r o s e e m m i l h a r e s d e brindes para oferecer, facilmente

entenderemos que os euros gastos serão muitos. Hoje em dia, as idas a Fátima são frequentes. Apenas duas semanas depois do passeio organizado pela Câmara Municipal, da Vila de Joane saiu nova excursão para Fátima (Festa do Rosário), e a grande maioria dos intervenientes

eram os mesmos. Não sou contra a s i d a s a F á t i m a , é u m a o p ç ã o livre de cada um, confesso que eu mesmo, de quando em vez, gosto de lá passar. O que se deve discutir é a organização de um passeio que custa milhares de euros, para levar as pessoas a um destino onde vão f r e q u e n t e m e n t e . P a r a f r a s e a n d o alguém: “não havia necessidade”.U m a ú l t i m a r e f e r ê n c i a p a r a u m tema que espelha, com exactidão, a forma como a Câmara Municipal de Famalicão tem lidado todos estes a n o s c o m a g e s t ã o d o s d e s t i n o s d o c o n c e l h o . J á a n t e r i o r m e n t e escrevi que o grande projecto de desenvolvimento prometido para F a m a l i c ã o n ã o f o i m a i s q u e u m chavão publicitário. Temos mais um exemplo. Em 2002, a Câmara dobrou a verba l ivre atribuída às freguesias, com a promessa de que essa verba era um suporte financei-ro fundamental. Fez conferências de imprensa e pagou publicações em jornais. Estamos em 2010 e essa verba continua a ser transfer ida exactamente com os mesmos valo-res de 2002. Oito anos passaram. Mas não para todos. Para a Câmara Municipal o tempo parou.

“Não devemos

menosprezar o que é

de Joane. Não devemos

valorizar em demasia

o que vemos noutras

terras, só porque não

queremos ver igual, ou

muito melhor em Joane”

Luís SantosMembro da Junta de Freguesia de Joane | PS

Luciano SilvaLicenciado em Direito. Membro do BE de Joane

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REPÓRTER LOCAL • SETEMBRO DE 2010 • 19

QUE GRANDE ANIMAÇÃO!A Feira Rural de Joane foi uma animação. Não faltou nadi-nha: petiscos, música e muitos VIP´s. Não houve “f igurão” que não tivesse aparecido (excepção feita ao presidente da Câmara , que se fez representar pelo vice). Outros até man-daram notas prós jornais e rádios a dizer que estiveram lá, não fosse o povo não os ter visto no meio da multidão!

PRESIDENTE PAULO CUNHAEstá em todas. Não há festa ou festança em que não apa-reça D. Constança .. .perdão, o doutor Paulo Cunha, número dois da Câmara de Famalicão e número um da Distrital de Braga do PSD. Na ausência do Presidente Armindo Costa , é Cunha que aparece, de sorriso largo, a ensaiar para o palco de 2013.

PUB E COMPANHIAUm jornal de Famalicão queixou-se à Entidade Reguladora para a Comunicação Social pelo facto de a Câmara de Fa-malicão só dar publicidade a uns jornais e a outros não. A ERC “puxou as orelhas”. A Câmara , já se sabe, decidiu cortar nos gastos com anúncios, mas eles continuam a sair com frequência mas apenas nuns periódicos bafejados pela sor-te. Bem, se calhar deve ser pelo facto de esses jornais terem nas suas páginas umas mulheres semi-despidas! Sempre dá mais nas vistas!

PS AUSENTE EM RONFEOnde pára o PS de Ronfe? Esta pergunta foi feita várias vezes na última sessão da Assembleia de Freguesia perante a ausência dos dois elementos eleitos pelo PS. Quer Antó-nio Gonçalves, que foi cabeça de lista do PS nas eleições do ano passado, quer Luís Gonçalves, estratega socialista na vila , primaram pela ausência .. . Parafraseando o craque Cristiano Ronaldo: “Assim não ganhamos!”.

CARTAs ABERTAs CoMENDADoR APARECIDo

EXMo. SR. PRESIDENTE DA JUNTA DE RoNFE

“O Sporting de-cidiu proíbir a utilização de cal-ças de ganga por parte dos funcio-nários do clube”. (Expresso)E está bem!

Empresário Bom dia Sr. Dr., há quanto tempo! Ministro olá! Está tudo bem? Empresário Eh pá, mais ou menos, tenho o meu filho desempregado, tu é que eras homem para me desenrascar. Ministro Que habilitações tem? Empresário Tem o 12.º completo. Ministro o que é que ele sabe fazer? Empresário Nada, sabe ir para a discoteca e deitar-se às tantas!Ministro Posso arranjar-lhe um lugar como Assessor, a ganhar 4000 euros, agrada-te?!Empresário Isso é muito dinheiro, com a cabeça que ele tem era uma desgraça. Não arranjas algo com um ordenado mais baixo?Ministro Sim, um lugar de Secretário, a ganhar 3000...Empresário Ainda é muito, não tens nada à volta dos 600/700? Ministro Bom, isso não. Para esse ordenado tem de ser Licenciado, falar inglês, dominar informática e tem de ir a concurso!

AS CARTAS DO COMENDADORNa Assembleia de Freguesia de Joane, o eleito do PSD José Fernandes interrogou a Junta sobre o sinal da feira sem a indicação do “Sábado”, tendo por base o “recado” dado pelo vizinho aqui do lado, Comendador Aparecido. “Se eu não for de cá como saberei que a feira é ao sábado?”, perguntou o eleito. Anda a ler-nos.. .!O presidente da Junta respondeu prontamente que já foi comunicado aos serviços competentes para ser acrescen-tado na tabuleta o dia da feira e o horário!

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O! SE PUDESSE...UM DiálOgO

por D. VIRINHA

Vocelência é um homem conhece-dor das leis e pessoa que não diz não a um bom combate. Mesmo que dê azo a cacetada daquela de criar bicho, lá está o Ilustre de peito aberto ao combate como um glorioso soldado nos campos de batalha, peito aberto às balas. Sabe Vocelência das consumições que anda a dar aquela fábrica Josim, ali pespegada no meio da Vila de Ronfe, e que em mim tem o dom de puxar para a nostalgia sempre que a vejo. Pois enquanto a dita cuja não cede lugar a mais um incomensurável sinal do progresso, um hipermer-cado ou outro empreendimento de igual valia, lá vai servindo para outros fins, como receber o gado vacum, uns cavalitos e comedo-rias tradicionais da Associação dos Lavradores do burgo. Que não lhes falte o empenho, é o que lhes desejo.Pois bem, o muro da acima referi-da fábrica vai cedendo lentamen-te à voragem dos tempos, e em algumas partes ameaça dar de si, com todos os perigos inerentes, como bem compreenderá Vocelên-cia, homem sempre atento, com-bativo quer na barra do tribunal

(não vacilando perante Juizes ou ilustres colegas de toga), quer na Assembleia de Freguesia perante as investidas dos adversários.Faça o Senhor Presidente aqui-lo que deve ser feito em relação à iminência de colapso do dito muro. Diligencie lá prós lados de Santa Clara, dê corda e, se pre-ciso for, prepare nova investida contra o presidente da Câmara para que este ouça as vozes de Ronfe. Mas o que se passa ali perto do cruzamento Vermil-Ronfe, na Rua do Souto, é de bradar aos céus e de fazer revolver na tumba o democrata-cristão Oliveira Sa-lazar: o cenário mete dó, Ilustre Presidente causídico. Não consigo palavras para descrever a como-ção que toma conta do meu pobre coração ao ver este amontoado de lixo, muito pouco digno de uma Vila com os pergaminhos de Ron-fe! Façase ao caminho, Ilustre, e não se poupe a esforços para ba-nir este cenário e, em sendo pre-ciso, dar uns bons puxões de ore-lhas aos autores desta porcaria! Aceite os melhores cumprimentos deste que se assina Comendador Aparecido

por D. VIRINHA

“Se pudesse fazer comícios no cemitério até lá passava oraspanete”. Sá Machado na últimaAssembleia de Freguesia de Joane, em resposta à oposição PSD-PP sobre a falta de civismo no cemitério local

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20 • SETEMBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

LARGO 3 DE JULHO“FOI PIOR A EMENDA quE O sONETO”

“O CRUZEIRO FOI MAL DESLOCALIZADO E A CONSTRUÇÃO DAS LOJAS MAIS PA R E C E U M A P R O V O C A Ç Ã O E O RESULTADO DE UMA GUERRA EM QUE NINGUéM SAIU VENCEDOR E JOANE SAIU A PERDER”

O que acha dos mais recentes projectos de Joane: a mudança da feira semanal para Laborins, da responsabilidade da Junta, e o arranjo do Largo 3 de Julho, da respon-sabilidade da Câmara de Famalicão? Quanto às obras no Largo 3 de Julho foi “pior a emenda que o soneto”. Acha que o arranjo do Largo ficou aquém do esperado e que Joane perde uma gran-de oportunidade para obter um verdadei-ro centro cívico, com características urba-nas? A obra não foi devidamente planeada e Joane perdeu uma oportunidade de ter um verda-deiro centro cívico e de lazer. O que é que está mal?O cruzeiro foi mal deslocalizado e a constru-ção das lojas mais parece uma provocação e o resultado de uma guerra em que ninguém saiu vencedor e Joane saiu a perder.E a nova feira: depois de estranhar, acha que a população já entranhou a nova lo-calização?A nova feira semanal não serve verdadeira-mente a população de Joane. Julgo que com a conjugação de esforços entre a Junta de Freguesia , a Câmara Municipal de Famalicão e o proprietário do terreno junto ao Largo 3 Julho, teria sido possível a sua deslocação apenas alguns metros, continuando no cen-tro de Joane, onde sempre esteve.

“Câmara não tem olhado para Joane com a importância que a vila tem no concelho”

ADÃO FERNANDES

Presidente da Junta de 1976 a 1979 (CDS), diz que Joane ainda tem um longo caminho a percorrer para ser Vila

O s e n h o r f o i a u t a r c a e m J o a n e durante vários anos. Conhece b e m a r e a l i d a d e l o c a l . O q u e acha que evoluiu nas últ imas

três décadas? Para melhor e para pior…Em três décadas, Joane evoluiu bastante, sendo de destacar positivamente a Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, que se tem consagrado no panorama nacional como um dos melhores estabelecimentos públicos de ensino, o associa-tivismo com destaque para o Centro Social de Joane e para a Associação Teatro Construção, esta última com um Lar de Idosos e com um Lar de Infância e Juventude que constituem respostas sociais muito importantes no contexto actual.O Parque da Ribeira e o novo Quartel da GNR também marcam muito positivamente a nossa freguesia. Porém, a evolução também acarreta aspectos negativos, nomeadamente a falta de zonas verdes correspondentes aos blocos de construção e a recente transferência da feira semanal (ver caixa).A C â m a r a M u n i c i p a l t e m o l h a d o p a r a Joane com a importância que a vila tem no concelho? A Câmara Municipal não tem olhado para Joane com a importância que a freguesia tem no pa-norama concelhio. Joane precisa de um grande impulso que marque a diferença a caminho do progresso, tornando Joane uma Vila de corpo inteiro. No entanto, para que isso aconteça é necessário que se unam esforços nesse sentido, independentemente de as pessoas pertencerem a partidos políticos diferentes. Ao longo da histó-ria, Joane tem tido várias pessoas em lugares de destaque na sociedade e no panorama político, devendo isso constituir uma mais-valia para quem está à frente dos destinos da freguesia e do concelho. Com boa colaboração entre todos Joane será diferente.Joane tem condições para ser concelho? Acha que falta um movimento sustenta-do, credível para tal reivindicação, que mobiliza também freguesias vizinhas de

Famalicão e Guimarães?Joane ainda não tem condições para ser concelho, apesar da sua influência nas freguesias vizinhas de Famalicão e Guimarães. Ainda há um longo caminho a percorrer e muitas questões a analisar ponderadamente. De momento pensemos no que ainda nos falta para sermos uma Vila com letra grande, pois mais importante que ser concelho, interessa a qualidade de vida e garantir o seu crescimento sustentado e planeado.Joane poderia receber um equipamento cultural ou recreativo de grande enver-gadura, em vez de ficar sediado no centro da cidade de Famalicão?Joane tem, de facto , uma local ização muito privi legiada em termos geográf icos, f icando a poucos quilómetros de grandes centros ur-banos. Porém, mais do que um equipamento cultural ou recreativo, Joane deveria ter mais actividades culturais e recreativas, tendo em conta o número de associações existentes e a existência de um auditório no Centro Cultural. Assim, Joane deveria ter um equipamento de grande envergadura, sem necessidade de ser um equipamento cultural, devendo avançar um projecto já sonhado como a Unidade Hospitalar de Cuidados Continuados.Embora faltem mais de dois anos para as eleições autárquicas, o que espera que aconteça ao nível da indicação dos can-didatos do PS e dos restantes partidos? Acha que com a saída de Sá Machado, o PS corre o risco de perder? A três anos de distância será prematuro falar em candidatos quer do PS, quer dos restantes partidos políticos. É certo que o facto do actual presidente da Junta, Sá Machado, não concorrer pode trazer mais equilíbrio à disputa eleitoral, tudo dependendo dos candidatos a apresentar pela oposição e dos respectivos programas a sufragar.O q u e a c h a d e A n t ó n i o O l i v e i r a c o m o candidato a presidente (PS)?Fala-se disso, é um elemento que já se encontra a desempenhar funções no actual executivo da Junta o que à partida lhe dá uma certa vantagem

Redacção

ADâO FERNANDES

ENTREVIsTADÊ-NOS A SUA SUGESTÃOSe acha que há pessoas que deveriam ser entrevistadas pelo RL, envie-nos a sua sugestão para [email protected]

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REPÓRTER LOCAL • SETEMBRO DE 2010 • 21

A Associação Teatro Construção (ATC) vai a votos para eleger os órgãos sociais da instituição a 6 de Novembro. O acto elei-toral foi antecipado em um mês devido à necessidade de planear atempadamente o plano e orçamento da ATC para 2011.“A direcção em funções decidiu não pre-parar o plano para 2011 pois não faz sentido ser a actual direcção a fazer um plano em que quem o irá executar será a direcção seguinte. Como até Dezembro o plano e orçamento terão de estar apro-vados, consideramos que a antecipação das eleições seria mais benéfico”, referiu Custódio Oliveira , presidente da ATC.Desta vez , Oliveira assumiu estar “dispos-to a continuar” embora avance a sua pre-ferência por outro cargo. “Começa a ser a hora da renovação. Não quero fugir das responsabilidades mas preferia ocupar um cargo como o de presidente da As-sembleia . A instituição só teria a ganhar se os jovens começassem a aparecer”, ar-gumentou.Custódio Oliveira diz também que os crí-ticos da sua gestão, face a este anúncio, não terão desculpa para não apresenta-rem uma alternativa . “Estamos a comu-nicar com dois meses de antecedência . Dois meses dá bem tempo para que se organizem e formem uma alternativa”, desafiou.No encontro com os jornalistas, Custódio Oliveira reconheceu a culpa na estagna-ção do projecto da Fundação. “A Funda-ção está aprovada e só por minha causa é que perdeu dinâmica. Depois das elei-ções poder-se-á trabalhar nela . Continua a ser a melhor e mais segura opção para a ATC”, defendeu.Recorde-se que foi por causa da Funda-ção que Custódio Oliveira , em 2009, tam-bém antecipou o acto eleitoral.

JOANE • ASSOCIAÇõES

ATC VAI A VOTOs uM Mês MAIs CEDO

pelo conhecimento das respecti-vas funções.Fala-se na ideia de construir um novo estádio para o GD Joane. Há até uma corrente que defende que seja cons-truído fora de Barreiros. Vê vantagens na saída do campo de Barreiros? Julgo que não há vantagens na sua deslocação, pelo contrário p o d e r i a h a v e r d e s v a n t a g e n s . Um novo estádio pode ser um sonho. Uma via circular a passar pela Torre, Cortinhas, Tapada, u m c o m p l e x o d e s p o r t i v o , u m hotel panorâmico seriam sonhos bonitos, mas talvez não passem disso. Sonhar é fácil, concretizar é difícil.Acha que Joane precisa de um novo estádio? Joane pode precisar de uns cam-pos de treinos para as escolas, mas devemos pensar que o futebol vem perdendo adeptos e receitas f inanceiras . Por outro lado, a aposta do GD de Joane deve ser na formação: veja-se o que tem acontecido com a Academia de B a s q u e t e b o l d a A T C q u e t e m apostado forte na formação dos at le tas , sendo cada vez maior o número de jovens de Joane a praticar basquetebol, em vez de futebol. F a l a - s e m u i t o d a f a l t a d e participação das pessoas na vida política local. Qual é a sua opinião: as pessoas não

participam porque não têm motivação ou porque as es-truturas não fomentam essa participação?A falta de participação na vida política, local ou nacional, é uma realidade. Os partidos e seus pro-tagonistas vivem uma democracia fechada, agarrados ao poder, não querendo participantes que lhes possam disputar os lugares e , por isso, as rivalidades existem dentro dos próprios partidos.Quem tiver intenção apenas de servir e de não se perpetuar no poder acaba por desistir. Temos

a democracia que merecemos.O movimento associativo já conheceu melhores dias em Joane. Temos a ATC, um dos expoentes do apoio social, mas outros movimentos de-sapareceram, como o CAL. Que análise faz do associa-tivismo na vila?O movimento associat ivo vive momentos difíceis, não apenas em Joane , mas a n íve l loca l e nacional.É muito difícil encontrar pessoas disponíveis para dirigir de forma gratuita e desinteressada uma associação, tendo em conta que hoje a competição no mercado de trabalho é muito grande e as pessoas têm de se dedicar cada vez mais ao trabalho.Uma crise associativa?Uma crise no movimento asso-c i a t i v o q u e p o d e t a m b é m s e r fruto da crise de valores, pois para impulsionar uma associação é p r e c i s o e s p í r i t o d e e q u i p a , confiança, seriedade… Quando as pessoas estão apenas para ganhar protagonismo ou servir os seus próprios interesses é di f íc i l concret izar projectos e os movimentos assoc iat ivos acabam por desaparecer. Joane pode considerar-se muito privi-legiada, não só pela existência do Centro Social e da ATC, mas também de muitas outras associa-ções ligadas à música, como, por exemplo, os ranchos folclóricos.

“Um novo e s t ád io pa ra o GD joane pode se r um sonho , mas sonha r é f ác i l , conc re t i za r é d i f í c i l ”

ENTREVISTA

CUSTóDIO DESAFIA CRÍTICOS A APRESENTAREM LISTA ALTERNATIVA NAS ELEIÇõES DE 6 DE NOVEMBRO

ADÃO FERNANDESPresidente da Junta de Freguesia de Joane de 1976 a 1979 (CDS). Membro da Assembleia Municipal; membro da Assembleia Distrital (representação dos Presidentes de Junta do concelho de Famalicão), tendo sido eleito com os votos do CDS, PS e PCP.Tem 79 anos e é reformado. É sócio doGrupo Desportivo de Joane e da Associação Teatro Construção.

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22 • SETEMBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

REGIÃO • PATRIMóNIO

Castro das Eiras, o que fazer 20 anos depois?Escavações que descobriram a Pedra Formosa começaram em Setembro de 1990

Vinte anos depois da descoberta d a P e d r a F o r m o s a , d u r a n t e a s p r i m e i r a s e s c a v a ç õ e s n o C a s t r o das Eiras, o que foi feito e o que se prevê para aquele local?U m d o s p r o j e c t o s , r e v e l a d o a o R L p e l o p r e s i d e n t e d a J u n t a d e P o u s a d a , p o d e s e r a i n s t a l a ç ã o de Centro Interpretat ivo. Antó-n i o S o u s a d i z q u e a C â m a r a d e Famalicão pretende dinamizar a área, transformando-a numa zona turística, e o Centro Interpretativo poderá ser a solução para o regresso da Pedra Formosa ao local original, uma vez que este passaria a estar vigiado e a salvo de vândalos.A Pedra Formosa é uma peça de grandes dimensões, decorada com gravuras, colocada no interior de balneários da civilização castreja. Permitiria aos indivíduos o aces-s o , p o r u m a p e q u e n a a b e r t u r a , ao compart imento dos banhos e vapores quentes. A pedra das Eiras s i t u a v a - s e n a p a r t e d e b a i x o d o Castro , em área da f regues ia de P o u s a d a , s e r v i n d o d e l i m i t a ç ã o do povoado que remonta ao Séc. I aC e I dC. Na actualidade a pedra está guar-dada nas oficinas gerais da Câmara de Famalicão de onde poderá sair para ser colocada no local original, se o Centro Interpretativo for uma

realidade.O achado foi alvo de grande inte-resse turístico em 1990. Seguiu-se depois um tempo de esquecimento e de abandono, até porque, à data, a Pedra Formosa estava em terrenos privados. A pedra, encontrada na sua forma original (de pé), terá tom-bado, partindo-se em três partes. Uma delas encontra-se ainda hoje exposta na Central de Camionagem d e F a m a l i c ã o , j u n t a m e n t e c o m outros achados arqueológicos do concelho.

“A Câmara pretende adquirir os restantes terrenos do Castro das Eiras para ampliar a zona e para q u e s e p o s s a c o n t i n u a r c o m a s escavações, transformando todo o Castro numa zona turística”, refere António Sousa.Em 2007 esteve exposta no Mosteiro dos Jerónimos uma réplica da Pedra Formosa do Castro das Eiras. No final da exposição a réplica voltou para Famalicão e encontra-se no Museu Arqueológico, podendo vir a ser co locada no futuro Parque da Cidade.

25 SÉCULOS DE HISTÓRIAPousada tem, porém, outros pon-tos de interesse arqueológico que conf i rmam c iv i l i zação até c inco s é c u l o s a C . N a B o u ç a d o P i q u e foram encontrados dois vasos de um povo nómada que no Sec. V aC terá passado por Pousada e que estão na posse de um particular. A somar a estes achados está ainda o Castelo de Vermoim (Sec. XII) , incluído nas antigas “Terra de Vermoim”, d a s q u a i s f a z i a m p a r t e t o d a s a freguesias em redor de Pousada. “ É f r e q u e n t e s e r m o s v i s i t a d o s por estrangeiros. Ainda há pouco v ieram pessoas da Áfr ica do Sul que f i caram marav i lhadas . Está comprovado que Pousada tem 25 séculos de história”, af iança An-tónio Sousa.

LOCALIDADES

Luís Pereira

Em Setembro de 1990, como jornalista fui testemunha directa de uma grande descoberta arqueológica na região: a Pedra Formosa (PF), de inegável valor histórico que integrava um complexo de banhos, tipo sauna, da cultura cas-treja, com cerca de 3 mil anos. Na altura, o protagonista de tal fei-to, o arqueólogo Francisco Queiroga, conseguiu cativar os jornalistas para a importância da descoberta. Eu próprio fiquei expectante sobre o modo como os responsáveis autárquicos iriam aproveitar este tesouro. Passados 20 anos, vejo que estava perfeitamente iludido. Poucos anos depois do achado, o com-plexo de banhos da PF era um monte de pedras depois de votado ao aban-dono e vandalizado. Já não se sabe onde pára a Pedra Formosa. O que sig-nifica que a Câmara de então não to-mou os cuidados indispensáveis para a sua preservação. Foi já no mandado de Armindo Costa, que os locais de inte-resse arqueológico da zona foram de-vidamente sinalizados e o terreno foi adquirido pela Câmara em 2006, por 39 mil euros. No entanto, apesar da meritória aquisição, muito mais e me-lhor poderia ter sido feito. A actual Câmara mandou construir uma réplica da PF (200 toneladas de granito) que integrou, em 2007, uma exposição sobre o Castro das Eiras, no Mosteiro de Jerónimos. Uma ideia in-teressante mas que custou aos cofres do município mais de 80 mil euros. Na altura fez saber a Câmara que a inicia-tiva visava projectar o concelho junto do povo português e estrangeiro, mas não sabem os milhares que viram a exposição, que o complexo de banhos do Castro das Eiras continua à mercê de qualquer vândalo, porque não é vedado ou vigiado. E não sabem que em 20 anos praticamente a exploração arqueológica do local estagnou e a au-tarquia não soube capitalizar a riqueza arqueológica/cultural deste territó-rio - que abrange também os castros de Santa Cristina, Vermoim e várias Mamoas (construções tumulares com cerca de 5000 anos) -, transformando-o num magnífico espaço de cultura, de história e de lazer que contribuiria para o desenvolvimento cultural, turís-tico e económico de Joane, Pousada, Vermoim, Telhado, entre outras. Talvez esteja também na hora de as Juntas de freguesia da região pugna-rem pela valorização desta zona: pela construção da Casa Museu da Arque-ologia, da Pousada da Juventude do concelho, pela criação de trilhos pe-destres interpretativos, pela constru-ção de parques de lazer/aventura. Pro-jectos que podem ser concretizados autonomamente pelo município ou com parcerias público-privadas onde a cultura, o turismo, a economia e a preservação ambiental podem andar sustentavelmente de mãos dadas.

OPINIãO

PEDRA FORMOSA?SÉRGIO CORTINHASProfessor | Joane

Ao fim de 20 anos de

ter sido encontrada,

a Pedra Formosa do

Castro das Eiras ainda

não voltou ao seu lugar

CASTRO DAS EIRAS: OUTRAS DESIGNAÇÕESMonte Marinho, Eira dos Mouros, Monte do Marinho, Leira do Penedo das Estrelas, Fonte de Rei, Monte da Fonte do Rei, Alto das Eiras e Eiras.

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Contabilidade e Seguros

Page 24: Repórter Local

CuRTAs

Quem, e com que actividade, vai ocupar a quarta loja do Largo 3 de Julho, no centro de Joane? A pergunta não tem ainda uma resposta definitiva. T r ê s d a s l o j a s d e s t i n a m - s e a o s l o j i s t a s q u e n ã o c h e g a r a m a a c o r d o c o m a C â m a r a d e Famalicão quanto ao valor das indemnizações para abandonarem as antigas “barracas” da feira, entretanto demolidas. No entanto, o novo edifício em construção, obra da responsabilidade da Câmara de Famalicão, prevê não três mas quatro espaços comerciais. Apesar de ter sido apontada como solução, já é certo que a quarta loja não se destina à instalação de um

posto de correios.Na últ ima Assembleia de Freguesia de Joane, q u e s t i o n a d o p e l o e l e i t o d o P S D - P P P o r f í r i o Carvalho, o presidente da Junta, Sá Machado, admitiu já ter sugerido à Câmara que ocupasse a quarta loja, concessionando-a para um café com serviço de esplanada. O autarca joanense desafiou Porfírio Carvalho a dar sugestões, o que não aconteceu. No entanto, o RL apurou que a finalidade da loja está a ser pensada pela Câmara famalicense sob grande segredo, não estando posta de lado a hipótese de ser entregue a uma associação ligada ao desporto.

PRAIA FLUVIAL EM OLEIROSA Junta de Oleiros fez a escritura de propriedade do terreno, onde vai surgir a praia fluvial, com cerca de 800 metros quadrados, junto ao rio Pelhe. No próximo ano devem começar os trabalhos de reconversão para dotar o terreno de áreas de lazer e de apoio aos banhistas.

Nº 138 • ANO XI • SETEMBRO 2010 GRATUITO • MENSAL PROPRIEDADE: TAMANHO DAS PALAVRAS, LDA

252 099 [email protected] | www.reporterlocal.com

Afinal havia outra!Não se sabe o que vai ser feito da quarta loja do Largo 3 de Julho

Por agora é ainda um posto limitado que não permite todo o tipo de serviços

A partir de segunda-feira , 4 de Outubro, Ronfe passa a ter um posto de correios na sede da Junta . Embora sem a totali-dade dos serviços, permite enviar cor-respondência , levantar vales de reforma e efectuar pagamentos diversos através do Payshop.O posto surge em sequência de vários pedidos feitos ao longo dos anos pela Junta local, que assume a concessão do posto. Esta é, contudo, uma primeira fase de instalação. Para já, alguns ser-viços ainda não serão disponibilizados, como o de levantamento de cartas re-gistadas. O posto não cria , para já, postos de trabalho, uma vez que será assegura-do pela funcionária da Junta, que nas últimas semanas recebeu formação no posto de Joane. A Junta será compen-sada financeiramente pelos CTT apenas através de comissões. “Quanto mais car-tas e serviços forem prestados no posto, mais verba recebemos. Caso se justifi-que, criaremos um posto de trabalho”, referiu o presidente da Junta ao RL .

Ronfe abre posto de correios no dia 4 de Outubro