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Arquitetura e Urbanismo – 2B Noite RESENHA SINGER, Paul. O uso do solo urbano na economia capitalista, 1978 O USO DO SOLO URBANO NA ECONOMIA CAPITALISTA Paul Israel Singer é professor e economista. O solo urbano é objeto de disputas para inúmeros usos, pois é propriedade privada, por isto ele se assemelha ao capital. Entretanto o capital vem da propriedade dos meios de produção. A posse da propriedade privada gera lucro, pois a posse de meios de produção ainda necessita de espaço para se instalar. O valor da propriedade varia constantemente já que a mesma nunca se apresenta vazia, mas sim com benfeitorias, mas o valor de tais alterações não é definidor do valor final, visto que ele muda de acordo com a localidade da propriedade e mesmo este valor varia de acordo com a demanda. Cada tipo de uso depende de uma área com características específicas de acesso, infraestrutura e proximidade a fornecedores. Consideramos ainda um terceiro tipo de renda da terra urbana, existente em localizações que proporcionam àqueles que as ocupam o monopólio de fornecimento de determinadas mercadorias. A cidade brasileira possui em seus centros alto grau de serviços, e estes irradiam cos centros em direção à periferia, progressivamente diminuindo em disponibilidade. Com o crescimento das cidades as áreas residenciais mais próximas aos centros se desvalorizam e passam a ser ocupadas por tipos de serviço secundários, expulsando a população para novas áreas residenciais. Ao longo do tempo um vasto anel de áreas deterioradas se forma ao redor do centro. Tais áreas eventualmente se tornam foco de políticas de renovação urbana. O Estado, como maior transformador do solo pode com suas ações criar situações ideais para a ocupação residencial como pode supervalorizar uma área a ponto de a mesma se tornar inacessível ao cidadão mediano. Historicamente o Estado não se preocupa em providenciar toda a infraestrutura necessária para as áreas de classe mais baixa, o que faz com que Rodrigo Rocha Furtado

Resenha Uso Solo Urbano

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Arquitetura e Urbanismo 2B Noite

RESENHASINGER, Paul. O uso do solo urbano na economia capitalista, 1978

O USO DO SOLO URBANO NA ECONOMIA CAPITALISTA

Paul Israel Singer professor e economista.

O solo urbano objeto de disputas para inmeros usos, pois propriedade privada, por isto ele se assemelha ao capital. Entretanto o capital vem da propriedade dos meios de produo. A posse da propriedade privada gera lucro, pois a posse de meios de produo ainda necessita de espao para se instalar.O valor da propriedade varia constantemente j que a mesma nunca se apresenta vazia, mas sim com benfeitorias, mas o valor de tais alteraes no definidor do valor final, visto que ele muda de acordo com a localidade da propriedade e mesmo este valor varia de acordo com a demanda.Cada tipo de uso depende de uma rea com caractersticas especficas de acesso, infraestrutura e proximidade a fornecedores.Consideramos ainda um terceiro tipo de renda da terra urbana, existente em localizaes que proporcionam queles que as ocupam o monoplio de fornecimento de determinadas mercadorias.A cidade brasileira possui em seus centros alto grau de servios, e estes irradiam cos centros em direo periferia, progressivamente diminuindo em disponibilidade. Com o crescimento das cidades as reas residenciais mais prximas aos centros se desvalorizam e passam a ser ocupadas por tipos de servio secundrios, expulsando a populao para novas reas residenciais. Ao longo do tempo um vasto anel de reas deterioradas se forma ao redor do centro. Tais reas eventualmente se tornam foco de polticas de renovao urbana.O Estado, como maior transformador do solo pode com suas aes criar situaes ideais para a ocupao residencial como pode supervalorizar uma rea a ponto de a mesma se tornar inacessvel ao cidado mediano.

Historicamente o Estado no se preocupa em providenciar toda a infraestrutura necessria para as reas de classe mais baixa, o que faz com que os promotores de servios urbanos no se interessem em abastecer tais reas com todos os servios possveis..

Rodrigo Rocha Furtado