RESINA FENOL40

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Sntese e caracterizao de Polmeros

MMP-061 RESINA FENOL - FORMALDEDOIMA - Instituto de Macromolculas - UFRJProf .: Maria de Ftima Aluno: Alberto Drummond

Rio de Janeiro 30 / 01 / 2003

A RESINA FENOL FORMALDEDOEm 1907, Leo H. Baekeland aperfeioou o processo de produo da resina fenol-formaldedo, desenvolvida alguns anos antes por Adolf Von Bayer. O composto formado era uma resina rgida e pouco inflamvel, chamada de baquelite. A baquelite foi amplamente empregada na fabricao de carcaas de equipamentos eltricos (principalmente telefones), at meados dos anos 50, quando foi substituda por outros polmeros, devido a razes puramente estticas, j que a baquelite permitia pouca variao de cor. Contudo a baquelite continua sendo largamente empregada para a produo de inmeros artefatos ,sendo inclusive muito utilizado na produo de peas para equipamentos eltricos devido as suas excelentes propriedades como isolante eltrico j que possui elevada rigidez dieltrica . O desenvolvimento das resinas Fenlicas conduziu, nos anos 20 ao surgimento do conhecido revestimento Frmica, que um laminado de papel impregnado com resina Fenlica e que pode ser considerado o percursor dos plsticos reforados com fibras, de alto desempenho dos nossos dias. Um material semelhante, conhecido como Gordon Aerolite e tambm baseado em resina Fenlica servindo de matriz para fibras de linho, foi desenvolvido nos finais dos anos 30 para aplicaes em aviao. Mais tarde, em 1940, durante a guerra e devido preocupao dos aliados com a escassez de Alumnio, foi construda uma fuselagem com painis deste material para o avio de caa Spitfire. Para no perder tempo no se fez nenhuma tentativa para desenvolver uma tecnologia de construo apropriada a este novo material, por isso foi seguido o modelo da estrutura em Alumnio sempre que possvel, indo at ao detalhe da montagem por rebites. O peso da fuselagem em Aerolite era o mesmo que o da sua homologa em Alumnio e os testes de carregamento foram inteiramente satisfatrios, bem como os de vo do prottipo.

A condensao do fenol com o formaldedo em meio cido , d origem a uma resina fenlica permanentemente termoplstica conhecida como Novolak, em que ainda no temos ligaes cruzadas . Desta resina termoplstica , por aquecimento sob presso, com hexametilenotetramina ( tambm conhecida como HMTA , urotropina ou hexamina ) ,durante a moldagem por compresso , reticula-se o polmero e chega-se a uma resina termorrigida , insolvel e infusvel . Se a polimerizao feita em meio alcalino , o processo se passa em trs estgios , com excesso de formaldedo e aquecimento obtemos primeiro uma resina do tipo Resol que fusvel e solvel , termoplstica. Continuando o aquecimento com refluxo e agitao , esta resina passa a resitol que insolvel ,mas ainda fusvel , suas caractersticas situando-se entre a dos termoplasticos e dos termorrigidos.

Um maior aquecimento leva a Resite ou resina de 3 estgio , insolvel e infusvel , termorrigida . Neste caso no necessrio usar agentes de cura, como no processo por catalise cida que leva ao Novolak , e um simples aquecimento mais intenso e demorado j suficiente para se chegar a uma resina termorrigida , tridimensional e reticulada . Isto ocorre principalmente devido a extrema reatividade dos grupamentos metilol ( -CH2OH ) . Grupamentos grandes e estveis nas posies meta e para podem inibir a reticulao por impedimento estrico (espacial ) , esta capacidade conhecida como flexibilidade interna ,estando presente quando usamos fenois dissubstitudos com a presena de grupamentos alinfticos de cadeia longa ( com 15 carbonos j se faz sentir o efeito com certa intensidade ) , geralmente de origem natural . Se retirar-mos gua do sistema por aplicao de vcuo e corrente de N2 ,deslocamos o equilbrio para a direita e temos um maior rendimento . A corrente de nitrognio tem duas funes a saber : 1. Carreia o vapor de gua para fora do meio reacional ,auxiliado pelo vcuo. 2. Ao expulsar o ar presente no meio ,ajuda a evitar possvel oxidao da resina fenlica , que facilmente oxidvel em temperaturas mais elevadas . Na reao, em ambos o processo, temos a gua como " elemento " de sada , o que facilita muito no sentido de um melhor controle da reao . Se tivermos ausncia total de gua externa e excelente controle da reao , podemos ento ter uma idia do grau de polimerizao pela quantidade de gua produzida . claro que na policondensao em soluo teremos tambm a gua adicionada. Estas resinas foram estudadas, meticulosamente, pela primeira vez por Beakland, derivando da o nome baquelite para o primeiro tipo comercial. As resinas fenlicas podem apresentar-se na forma lquida ou slida, de acordo com a proporo de cada reagente, tempo de polimerizao etc. No estado lquido so viscosas, com uma viscosidade variando entre 80 a 4000 cp a 25oC, conforme o grau de condensao, e pH variando entre 7,5 e 8,5 (so bsicas, portanto). Sua densidade de 1,0 a 1,25, e so solveis em lcool, teres, cetonas e, alguns tipos, em gua. Policondensaes so reaes que resultam da adio de molculas iguais ou diferentes, com a sada de molculas pequenas ( geralmente H2O ou HCl ) .

A estrutura de uma rede de resina Fenol-formaldedo aps reticulao

Caractersticas e Aplicaes da Resina Fenol-formaldedo Aplicaes da Resina Novolak: Composio de revestimentos ( tintas , vernizes , etc. ) Resina para aplicao em madeiras ( aglutinante para aglomerados ) Industria eletroeletrnica ( fotorresistores , isolantes , etc. )

Aplicaes da Resina Termorrigida fenol-formaldedo : Peas eltricas moldadas e rgidas ( isolantes e outras ) Pastilhas para freio Laminados para revestimento de mesas e mveis , balces , divisrias, pisos, portas , etc. ( como exemplo temos a Frmica e outros ) Engrenagens e guarnies para discos de embreagem Compensado Naval

Caractersticas principais da Resina Fenol- formaldedoMais ou menos um tero da produo de resina fenlica e usada com objetivos de moldagem , sento tambm muito utilizada na fabricao de madeira tipo aglomerado , compensados , adesivos e peas para artefatos eltricos e eletrnicos ( devido a elevada constante dieltrica ). Os plsticos de fenol-formaldedo so de cor escura , de baixo custo , apresentando bom acabamento, alta resistncia ao calor e alta fora dieltrica. Abaixo temos a constante dieltrica da baquelite em comparao com a de outros materiais .

SubstnciaBaqueliteBorracha Poliestireno Polietileno Teflon Fibra de Vidro Mica Neopreno Parafina Vidro Vidro (pirex) Ar (100 atm) Ar (1 atm) Vcuo

Temperatura ( oC)2727 23 22 27 25 24 25 20 20

Constante Dieltrica (k)5,502,94 2,55 2,23 2,1 3,40 3-6 6,70 2,1 - 2,5 5 - 10 14 1,0548 1,00059 1

Algumas Propriedades das resinas Novolak e Baquelite Propriedade Densidade Mdia Condutividade trmica Expanso trmica Resistividade Eltrica Modulo de elasticidade Constante dieltrica relativa Condutividade Eltrica Resistividade Eltrica Capacidade Calorfica Valor numrico 1,30 4,0 x 10 -4 72,0 x 10-6 1,0 x 1012 0,35 x 103 3,6 1,0 x 10-10 1,0 x 1014 0,35 Unidades g/ cm Cal . cm cm / C / cm Kg / mm2 ------------ / cm Cal / g . K/m

Resina Novolak Novolak Novolak Novolak Novolak Baquelite Baquelite Baquelite Baquelite2

OBS : A reticulao da resina Novolak levando a Baquelite aumenta a resistividade em um fator de 10

Reao de policondensao para resina fenol-formaldedo

OH

n

+

H m H-C=O

[ OH ] / ( Excesso de formaldedo )

-

H2O +OH OH OH CH2OH CH2 CH2 CH2 OH CH2OH

nCH2OH CH2OH

Grupamento Metilol Muito Reativo

( RESINA TIPO RESOL - Estagio I )( catlise cida ) ( catlise bsica )

Excesso de Formaldedo / ( )

[H ] / ( ) ( Excesso de Fenol )

+

H2 O

+OH CH2 OH CH2

OH

n

( RESINA NOVOLAK )OH OH

CH2

CH2

OH CH2

CH2Hexametilenotetramina - Agente de Cura + ( / Presso )

CH2 OHCH2

CH2

OH

CH2

OH

CH2

( RESINA RETICULADA - 3 D ) => Baquelite

Sntese da Resina Novolak em Laboratrio Policondensao em soluo - Processo por catlise cida Em um balo de fundo redondo de 3 bocas com 500 ml de capacidade , introduziu-se 130 g ( 121,25 ml ) de fenol , ao qual se adicionou 10 ml de gua destilada. Adicionou-se 92,4 g ( 84,7 ml ) de soluo aquosa a 37 % de formaldedo e 3 ml de soluo aquosa a 34 % de cido oxlico dihidratado ( C2H2O4 .2H2O ) a quente . Adaptou-se ao balo um agitador mecnico e um condensador de refluxo ,montando-se o sistema sobre manta de aquecimento e agitao constante. A mistura reacional ficou em refluxo por 30 minutos. Acrescentou-se ,pela sada lateral do balo ,mais 3 ml de soluo de cido oxlico ( HOOC-COOH ) e aquecemos sob refluxo por mais 1 hora ( 60 minutos ) . Removeu-se em seguida a manta de aquecimento e o condensador . Adicionou-se na massa reacional do balo , 75 ml de gua destilada e agitou-se vigorosamente e continuamente por mais alguns minutos . Foi ento retirada a agitao e a conexo, agitando-se mais um pouco manualmente para em seguida deixar decantar bem e remover a fase aquosa o mximo possvel . Adaptou-se ento a boca do balo uma conexo com sada lateral e instalou-se um tubo capilar de vidro ,atravs do qual foi injetado nitrognio ,fazendo-se o borbulhamento lento na mistura , que novamente montada sobre manta de aquecimento. No inicio a passagem da corrente de nitrognio feita lentamente e aplica-se vcuo ao sistema por meio de uma trompa d'gua eficiente ,mantendo um aquecimento tambm lento e progressivo. Prosseguimos at que a massa se tornou to viscosa que no mais permitia o fcil borbulhamento do gs inerte ( N2 ) .

-

Ento interrompeu-se o aquecimento e a suco e imediatamente se verteu o contedo ainda bem quente , em molde de papel alumnio ( ou podemos usar um molde de vidro ,tal como um tubo de ensaio, por exemplo ) para que a resina possa solidificar . Podemos colocar a forma escolhida com a resina em um forno eltrico para que se complete o processo , muitos fornos presentes nas industria e nos laboratrios possuem sada para vcuo ou entrada de gs inerte . O uso de vcuo importante para ajudar a deslocar o equilbrio reacional para a direita retirando-se , tanto a gua formada durante a policondensao quanto a gua adicionada durante o processo . Como molde podemos usar um tubo de ensaio , podemos colocar a forma escolhida com a resina em um forno para que se complete o processo , muitos fornos possuem sada para vcuo ou gs inerte. Na produo de resina fenol-formaldeido o grupo de sada a gua , mas em outras policondensaes podemos ter outras molculas pequenas tais como HCl ,HBr , CO , etc. Desloca-se o equilbrio da policondensao no sentido da produo da resina ,retirando-se a gua ( ou qualquer outro bom grupo de sada ) por meio da aplicao de alto vcuo e injeo de gs inerte , com isto se tem um melhor rendimento. utilizado um agitador mecnico em forma de ncora , para se ter boa homogeneizao da mistura reacional , o agitador raspa a parede interna do balo evitando acumulo de resduos , que poderiam prejudicar as trocas trmicas. A temperatura fator critico no processo , logo deve ser controlada com eficincia. O Novolak e a Baquelite esto hoje sendo aplicados em diversas reas de ponta , tal como componentes eltricos e eletrnicos , espumas especiais, ferramentas , aglutinantes , revestimentos anticorrosivos , revestimentos para madeiras e peas para industria automobilstica onde se faz uso desta resina incorporada com fibra de carbono e amianto. Os vernizes e lacas constituem outra grande aplicao das resinas lquidas. De baixo peso molecular, so solveis em leo e compatveis com compostos resinosos, desde que sua polimerisao no se tenha completado e no estejam ocupadas duas ou mais valncias do fenol. A reao deve ser conduzida em uma capela com exaustor eficiente , porque os vapores de fenol e formaldedo so txicos e irritante para as mucosas .

Diagrama esquemtico da sntese de resina fenol-formaldedo no laboratrio.

A Resina fenol-folmaldedo

As Resinas Fenol-formaldedo se classificam de acordo com o tipo de catlise que ocorre nas reaes em que so produzidas e a natureza destas .

So de dois tipos fundamentais: 1. Resinas de duas etapas ou Novolaks : Na produo desta resina , junta-se ao reator apenas uma parcela do formol necessrio, usando um catalisador cido e excesso de fenol. Esta resina ao ser descarregada do reator , permanentemente fusvel , ou seja , termoplstica. A reao com o formaldedo adicional ento gera os grupamentos mais reativos e de baixo peso molecular ao reagir com a resina em meio alcalino ,gerando reticulao e tornando a resina termorrigida . Esta a segunda etapa , o formaldedo adicional vem da decomposio da hexamina , So resinas aninicas,levemente alcalinas. A hexamina ( HMTA ) utilizada como agente de cura em resinas fenol-formaldedo tipo Novolak , pois no possuindo oxignio em sua molcula, no libera gua quando usada como agente de metilenao . Este fato de fundamental importncia no endurecimento final de resinas fenol-formaldedo, pois a liberao de gua acarretaria a formao de bolhas na resina. No laboratrio a prtica constituiu-se na obteno da resina Novolak . 2. Resina de uma etapa ou Resol : Nestas resinas , todos os reagentes necessrios , ou seja , o fenol , a soluo de formaldedo ( formol ) e o catalisador alcalino ( KOH , NaOH ou NH3 . H2O ) para a produo de uma determinada composio termorrgida so carregadas no reator de polimerizao , nas suas propores definidas e reagem em conjunto. Usamos como catalisador bsico geralmente o NaOH por razes de custo e eficincia , porem outras bases podem ser utilizadas . o processo em uma etapa usado em geral para a obteno das resinas lquidas, Neste processo, o fenol e um excesso de formaldedo, juntamente com um catalisador alcalino (em geral NaOH ou amnia ) so colocados em um reator de nquel ou ao inox e aquecidos aentre 60 e 70oC por perodos que variam entre 10 minutos e 3 horas. A reao exotrmica, liberando 89cal/g. Um maior tempo de processamento, aliado a temperaturas mais baixas, possibilita maior controle das propriedades da resina..

A resina passa por trs estagios a saber : 1. RESOL : Fusvel e solvel , termoplstica . Por aquecimento adicional vai ao segundo estgio - Resitol. 2. RESITOL : Fusvel e insolvel , com propriedades intermedirias , so resinas em estgio intermedirio de endurecimento irreversvel (polimerizao) , maior aquecimento leva rapidamente a Resit , ou terceiro estgio. 3. RESIT : Insolvel e infusvel , o estgio final da resina j reticulada . Na fabricao de compensados de madeira,as resinas Fenlicas mais usadas so do tipo Resol.

A resina sai do reator ainda no segundo estgio ( Resitol ) , ento levada ao molde , onde um aquecimento posterior sob presso leva ao estagio reticulado termorrigido ou Resit . A resina reticulada assume uma configurao tridimensional com ligaes cruzadas , termorrigida , no mantm a chama e apresenta alta resistncia mecnica e eltrica ,recebendo o nome genrico de baquelite ou formica.

Caracteristicas especiais e processamento industrialO reator utilizado na industria de ao inox com camisa dupla para aquecimento/ resfriamento com vapor / gua ,vcuo e agitao mecnica . O agitador em forma de ancora raspa suavemente a parece interna do reator , impedindo o acumulo de resduos que prejudicariam as transferencias trmicas ( os mesmos cuidados so levados em conta no equipamento em escala laboratorial ) . O equipamento utiliza refluxo e um controle preciso de temperatura e presso. Possui ainda vlvulas de segurana e sistemas para recuperao de gua e solventes . O termmetro usado digital de preciso e todo o sistema pode ser automatizado e otimizado. Durante o controle do processo se efetua monitoramentos de viscosidade ,indique de refrao, temperatura , presso e PH do meio . Determina-se por cromatografia gasosa o teor de formol e fenol livre . O fluido viscoso no meio reacional no newtoniano e sua viscosidade cresce com o tempo de reao . Toda policondensao tem como caracterstica a sada de substncias simples de baixo peso molecular, em nosso caso termos a gua , so reaes que podem se processar com molculas iguais ou diferentes, passam por estgios oligomricos e requerem energia de ativao ,porem logo aps iniciada a prpria reao gera calor suficiente para mante-la , podendo-se facilmente sair de controle caso no se tenha meios para resfriar o reator logo aps o inicio do processo. No inicio se adiciona vapor a camisa ( trocador de calor associado ao reator ) e logo que se tem o inicio da reao se desliga o vapor e se adiciona gua , assim se tem um controle eficiente da temperatura , sendo que os reatores industriais mais modernos possuem sistemas termoestatisados e pr programados . A temperatura de reao no deve ser superior a 70 C, a reao muito exotrmica , logo desloca-se o equilbrio para a direita esfriando-se o meio reacional , dentro de uma faixa tima de temperatura e retirando-se a gua formada . Atualmente as resinas tipo Novolak esto sendo muito estudadas e novas aplicaes esto sendo propostas. A resina novolak associada a azocompostos aromticos e com vrios substituntes especficos ( grupos alquila principalmente ) capaz de promover o deslocamento de cargas ao longo da cadeia polimrica, assumindo propriedades especiais de semicondutividade e fotocondutividade ( com azocompostos aromticos pode tornar-se fotossensiveis ) , como resultado temos uma brusca queda de sua constante dieltrica. Compsitos de resinas fenolicas polissubstitudas com organometlicos, compostos de metais de transio e varias substncias orgnicas

especficas ( azocompostos absorvem UV com facilidade ) so muito interessantes e suas propriedades podem ser alteradas tanto pela incidncia de luz quanto pela temperatura , dependendo do tipo de "dopante " . Utilisa-se fenois polissubstitudos ou se altera a resina aps sua formao . A resina Novolak pode ser obtida a partir de fenois trifuncionais ( trissubstituidos ) por etapas de condensao com aldedos ou cetonas , as substituies nas posies orta- para do resinas interessantes que so precursoras de novos materiais com propriedades de fotorresistencia positiva. Uma resina deste tipo e seu fenol polissubstitudo ( monomero ) so mostrados abaixo :

A resina Novolak em presena de aditivos tal como a diazonaftaquinona est sendo usada em pesquisas sobre a construo de fotorresistores positivos para a industria eletroeletrnica.

Na industria o fenol e o formaldedo so colocados no reator de polimerizao com o catalisador cido para a formao das Novolaks , o cido utilizado geralmente o cido oxlico ou o cido clordrico ( podendo-se usar tambm o cido sulfrico diludo ou mesmo HCl

gasoso ) e aquecido por 3 - 4 horas a 141- 163 C . A gua formada posteriormente retirada por alto vcuo ,em alguns processos tambm se faz uso de uma corrente de gs inerte como carreador da gua formada , retira-se a gua sem adio de calor , por meio do vcuo. A resina quente , desidratada e muito viscosa retirada do reator e lanada em tabuleiros rasos onde esfria e endurece. Uma vez fria, quebrada e moda finamente para aps ser misturada ao agente de cura ( reticulao ), hexametilenotetramina ( ou tambm conhecida como hexamina ou urotropina ( CH2)6N4 ) homogeneizada e ento adiciona-se lubrificantes , que so sabes metlicos , tais como o estearato de clcio , cargas de negro de fumo e serragem em p fino, bem como plastificantes , de acordo com a aplicao a que se destinar . A resina ento novamente pr aquecida em cilindros com vapor e novamente resfriada e moda em moinhos de rolos diferenciais para em seguida ser levada ao molde de ao resistente onde se eleva a temperatura para 132 a 182 C sob presses de 2000 a 5000 Psi ou seja , 136 a 340 atm , em nosso S.I. . O processo de cura desencadeado pela adio de agentes de reticulao ( ou cura ) , geralmente usada a hexamina que sob condies adequadas de temperatura e presso ( cerca de 160C e 7 MN / m2 ) se decompe em formaldedo e amnia . esta ultima atua como catalisador bsico fazendo com que o formaldedo gerado reaja com a resina estabelecendo ligaes transversais entre as molculas , a resina ento torna-se dura , rgida , infusivel e insolvel , podendo inchar quando por muito tempo imersa em solvente , mas no se solubiliza , o molde ento resfriado e a resina se contrai pelo resfriamento , podendo ento ser facilmente removida do molde j no estado termorrigido . A aplicao de presso visa no somente o completo preenchimento do molde pela resina, evitando perdas j que a resina termorrigida no pode ser reprocessada , mas tambm para superar o efeito da gua formada na polimerizao espacial (reticulao) que fica como um subproduto da etapa de cura , evitando-se que a mesma forme bolhas de vapor e vazios que possam induzir a porosidade na pea . A aplicao de presso evita a vaporizao da gua e esta fica presente na forma e uma muito pequena poro na estrutura da resina formada , esta ao reagir com a amnia mantm o meio bsico o que leva a iniciar novas reticulaes ,at que toda a resina dentro do molde esteja termorrigida ( chama-se resina curada ). Observa-se que embora o Novolak seja produzido com meio cido ( [H+ ] ) como catalisador , na etapa de cura o catalisador o meio alcalino ( [ OH ] ) gerado ' in locus ' . Observa-se ainda que a resina gerada em meio bsico no necessita de agentes de cura ( HMTA , paraformaldedo , etc. ) , exatamente porque o prprio meio alcalino j o catalisador para a cura da resina , da porque neste caso se utiliza um excesso de formaldedo. As resinas fenolicas so utilizadas tambm em Casting , neste caso usada a resina tipo Resol, processada com catalisador alcalino , com excelentes propriedades termoplsticas e sob eficiente controle de temperatura e presso.

As resinas fenlicas do tipo lquido, conhecidas como resol, tm largo emprego na impregnao de materiais diversos ( papis, tecidos, madeira, etc.), na fabricao de adesivos, vernizes, podendo ser aplicadas a pincel, por imerso, borrifo entre outros. No estado slido, novolac ( catlise cida ), geralmente j formuladas com cargas, plastificantes e outros aditivos, apresentam-se com colorao escura , avermelhada , com densidade variando entre 1,3 e 1,6. Apresentam um ndice de absoro de 0,3 a 1% e, depois de curadas, tornam-se de colorao mbar , infusveis, resistindo at 150 ou 250 oC, conforme a carga e os aditivos.Acima destas temperaturas, h carbonizao e decomposio. Antes da polimerizao final das resinas tipo resol , que se d durante a moldagem , possuem um ponto de fuso variando entre 55 a 85oC, o que torna extremamente fcil e economica sua moldagem. So tambm solveis em solventes orgnicos, lcool, teres e cetonas. Durante a reao, a gua se separa, formando um lenol superior, que extrado vcuo , a mistura escurece levemente e sofre aumento de viscosidade. Tempo de processamento, controle de pH, temperatura e viscosidade so os fatores principais a serem observados. Depois de removida 75% da gua, a resina torna-se xaroposa; neste ponto, enquanto a resina ainda tem afinidade com a gua, adiciona-se um cido orgnico, como o cido ltico, maleico ou anidrido ftlico, usados para clarear e neutralizar a resina. Aps a acidificao, a adio de glicerina (cerca de 13% em peso) proporciona resinas translcidas. A mistura de plastificantes, pigmentos e outros aditivos feita no reator; em seguida, processa-se a desidratao final, sob alto vcuo, a uma temperatura variando entre 75 e 80oC. Ainda quente, a resina pode ser vazada em moldes de chumbo pr-aquecidos ( usa-se aquecimento por onda de alta freqncia ) , para a produo de blocos. O tempo de cura de aproximadamente de 3 a 10 dias, a uma temperatura de 85oC . O processo de fabricao dos resols conhecido como "alcalino ou seco"; por ser mais caro que o cido, s usado quando se desejam resinas translcidas ou de cores muito claras. O processo mido, cido ou alemo produz as novolacs, empregadas como matria-prima nos compostos semelhantes baquelite; a resina resultante presta-se mais moldagem por compresso e transferncia. Como carga de reforo podemos usar de preferencia serragem de madeira em p ,quando a resina ser utilizada em aplicaes de carater comum. Para fins especiais e de engenharia utiliza-se asbesto , fibras , papel macerado e outros . Cargas minerais gera resinas resistentes ao calor , podendo ser usadas at cerca de 200 C , contudo dependendo da carga inorgnica utilizada esta temperatura limite para uso pode ser at muito maior , tal como com cargas de grafite ,amianto , carbeto de clcio, slica e outros , e neste caso a resina se presta ao uso em moldes para fundio e metalurgia .

Como carga para resinas de alto impacto ou resistente ao choque podemos usar papel ou tecido em fragmentos finos . As resinas fenolicas tem limitaes de cor , antes da cura so avermelhadas e aps a cura so de cor mais escura chegando ao mbar . Isto impede que sejam usadas em utenslios que devam ter variadas coloraes. So normalmente translucidas ou opacas .

OH CH2HO

OH CH2 CH2OH

n

Estrutura da Resina Fenol-formaldedo tipo Novolak Na tabela abaixo observamos os diversos tipos de cargas que podem ser utilizadas AS CARGAS MAIS Origem Orgnica Cargas Celulsicas P de serrgem Algodo -celulose Polpa de papel Trapos finos de tecidos Bagao de cana Palha de milho Casca de cereais Cargas Carbonceas Grafite em p Negro de fumo Fibras de carbono Diversos Borracha pulverizada Plastificantes Lubrificantes Corantes e Pigmentos UTILIZADAS Origem Inorgnica Cargas Minerais Amianto Mica Argilas Silicosas Talco Kieselguhr Barita Cr Slica ( areia ) Pedra Pomes Esmeril Oxido de zinco Oxido de chumbo Sulfeto de cdmio Sulfeto de Brio Carbonato de clcio Carbeto de silcio Fibra de vidro Fibra de Boro Metais em p

Resinas fenlicas , mesmo as reforadas com produtos minerais e reticuladas , perdem sua resistncia ao ser submetidas a um fluxo integrado de neutrons rpidos com 1017 n / cm2 . Isto ocorre porque a alta energia dos neutrons deformam o retculo polimerico , causando pontos de fragilidade mecnica na pea considerada . Logo no se utiliza este tipo de material em aplicaes onde possa ser atingida por fluxo energtico de partculas e radiaes tal como em instrumentao nuclear. Raios csmicos ( prtons e msons de alta energia presentes na alta atmosfera e no espao externo ) podem tambm alterar a estrutura destas resinas . Os plastificantes reduzem a viscosidade da resina melhorando sua trabalhabilidade e facilitando o processo de conformao . O controle do processo envolve no somente a temperatura , mas tambm uma srie de fatores operacionais tais como : 1. 2. 3. 4. 5. Concentrao e natureza dos reagentes Concentrao e natureza do catalisador Temperatura Tempo de reao Presso e agitao

A presena de cargas , modificadores , plastificantes e diluentes alteram significativamente muitas propriedades e caractersticas da resina , logo deve ser levado em conta sua dosagem na formulao da resina. Os produtos oligomericos tem emprego na industria de cosmticos enquanto as resinas termoplsticas ( tipo novolak e resol ) e as termorrigidas ( tipo baquelite ) so largamente empregadas nas industrias automobilsticas e eletroeletrnicas . Tanto no processo industrial binrio quanto no laboratrio se usa como catalisador para a produo do Novolak , o cido oxlico e o cido clordrico . No se utilizam cidos oxidantes tal como o cido sulfrico concentrado , o cido ntrico e o cido perclrico , porque oxidariam rapidamente a resina com elevados riscos de forte exploso e incndio , os cidos ntrico e perclrico reagem violentamente com o fenol gerando substncias explosivas e instveis com produo de muito calor .

Fluxograma do Processo Industrial Binrio Para fabricao de resina fenol-formaldedo

Fenol ou CresolMOLDAGEM EM PRENSA 170 C 300 Kg/ cm2

cido Oxlico

Formol ( 37 % )

MISTURADOR

Pigmentos LubrificantesMisturador( P de Moldagem ) Lubrificantes

HMTA CARGAS

REATOR DE POLIMERIZAO

Retirada da gua a Vcuo

Resina fenolica bruta Resina moda em pEtapas de separao e Purificao

Resina separada e purificada

MOGEM

Resinas Fenlicas a partir de produtos naturais - uso do LCCAs resinas fenlicas podem tambm ser produzidas com LCC e podem ser processadas com resduos orgnicos ou inorgnicos para obteno de corpos slidos com as seguintes caractersticas muito teis : Boa resistncia mecnica Boa resistncia ao ataque de gua e roedores (cupins) Bom ndice de isolamento acstico Bom ndice de isolamento trmico Podem ser serrados, furados ou aparafusados.

A resina fenlica tipo novolak pode ser obtida a partir de fenois de origem natural ,como o caso do Liquido da Casca da Castanha do caju ou LCC ,que um produto renovvel , nacional e de baixo custo. A novolak usada no preparo de revestimentos anticorrosivos e como aglutinantes para madeira aglomerada e compensados . J se produziu resinas tipo novolak a partir do LCC com qualidade muito semelhante as resinas feitas a partir do fenol petroqumico , j sendo usadas como lacas e tintas anticorrosivas nos pases desenvolvidos . Os fenois encontrados no LCC so mono e difenois substitudos , possuindo cadeia alinftica lateral , o que confere algumas propriedades interessantes .

A cadeia alinftica pode conter de 0 at 3 ligaes duplas . O LCC tambm contem em menor concentrao outras substncias tal como gua , pigmentos , etc. Na produo do Novolak , o LCC substitui parcialmente com vantagem o fenol petroqumico , inclusive com menor custo . O Novolak fabricado a partir do LCC apresenta maior flexibilidade que os seus sucedneos petroqumicos devido ao efeito de plastificao interna proveniente da cadeia lateral , e portanto melhor processabilidade . Alem disto a cadeia lateral d maior hidrofobicidade ao polmero obtido , aumentando sua repelncia a gua e tornando o material mais resistente ao intemperismo e a ao de leos minerais , cidos e bases. Apresentam tambm um menor ndice de desgaste e como resultado temos melhores

caratersticas antifrico que so importantes na industria de auto peas , na fabricao de pastilhas e lonas de freio , guarnies para disco de embreagem, etc. Temos abaixo algumas formulaes de resinas onde o LCC aparece sozinho ou para substituir parte do fenol petroqumico ,com vantagens , principalmente de ordem econmico. A substituio total ainda no feita no Brasil em escala industrial, porem j existem estudos a nivela de pesquisa , neste sentido . A resina obtida do LCC mais flexvel , termoplstica , sendo til seu uso associado a outros polmeros para se obter propriedades mais especficas. Tambm pode ser reticulada , levando a uma resina termorrigida . Aplicao Revestimento de Pisos( NOVOLAK )

Formulao LCC destilado Fenol Formol ( 37 % ) cido Sulfurico ( 46 % ) Solvente aromtico

Dose Unid ( p/100p Phr ) 40 - 50 45 30 - 40 1,3 130

Molde Para Fundio

LCC Puro Polimerizado Bentonita ( Arginas ) Slica ( Areia ) gua

1- 2 4- 5 93 - 95 2

Lona de Freio

Carga Orgnica Resina de LCC em P Carga Inorgnica Sulfato de Brio Fibra de Amianto Ligante Resina de LCC 20 - 30 20 30 30 60 10

Laca para Esmalte

Resina de LCC Dibutilftalato Oxido de ferro Octoato de manganes 6% Octoato de cobalto - 6%

100 8 30 2 1,5

Aditivo no Polimerico para Borracha

Borracha natural cido Esterico ZnO Negro de Fumo Antioxidante LCC destilado ( puro ) Enxofre Acelerador

100 1 3 45 2 8 2 1

Na formulao de borrachas o LCC atua como plastificante e antioxidante . A resina fenolica tanto a produzida pelo fenol petroqumico quanto a sua substituta a partir do LCC so usadas principalmente em peas para industria automobilstica , eltrica e de revestimentos anticorrosivos , adesivos , impermeabilizantes , resinas de troca ionica , entre outras. O peso molecular da resina aps cura praticamente infinito ( no mensurvel ) , como na sua sucednea petroqumica. A resina fenol-formaldedo apresenta uma densidade em torno de 1,36 1,46 ( com cargas celulosicas ) . Sendo mais densa que a resina epoxidica e menos densa que as resinas ureiaformaldedo e melamina-formaldedo ( d = 1,50 ) . Quanto maior a cadeia lateral maior ser o efeito indutivo positivo ( +Is) e maior ser o efeito ativador orto-para orientador em substituies eletroflicas aromticas , isto ajuda na reatividade do LCC quanto a formao da resina termoplastica Novolak , porem tende a dificultar o processo de reticulao com o crescimento da cadeia lateral ( como j visto anteriormente , por impedimento esterico ) , contudo o uso de agentes de cura ( HMTA / pFormaldedo ) leva a uma resina reticulada de boa qualidade a partir do LCC , a cadeia lateral de 15 carbonos torna mais dificil a reticulao , mas no a impossibilita . O uso de um excesso em Formaldedo ( que pode ser fornecido 'in locus' pelo p-formaldedo e HMTA ) leva ao processo de reticulao , sem maiores problemas , pois forma-se -( metilol ) como intermedirio.

Uma proposta de polimerizao para o cardanol , um dos maiores constituntes do LCC destilado industrial.C15H31 OH [ H+] / OH n + m O=CH2Fenol em Excesso

OH CH2

OH CH2 OH

C15H31 CARDANOL

C15H31

C15H31

n

NOVOLAK DO CARDANOL

( TERMOPLASTICO) Resumindo : Os grupos ( C15H31)- na posio meta causam impedimento espacial e dificultam a reticulao, tornando a resina termoplastica , embora a reatividade do LCC seja maior que a do fenol petroqumico . Esta resina pode ser reticulada ( curada ) com o uso de agentes de cura , tal como o Novolak obtido a partir do fenol petroquimico.

Preparao de um Novolak a partir do LCC Em um balo de trs bocas munido de um agitador mecnico ( tipo raspador em forma de ancora ) , condensador de refluxo e termmetro ( digital se possvel ) , utilizando-se manta eletrica para aquecimento , adicionamos uma mistura de LCC destilado e fenol petroqumico na relao de 7:3 ( 77 gramas de LCC para cada 33 gramas de fenol ) , liga-se o aquecimento e espera-se chegar a 60C, quando se controla a temperatura para que no ultrapasse este valor ( controlando a manta eltrica de aquecimento e agitao ) , ento se adiciona aos poucos pelo condensador uma mistura de 11,3 g de formaldedo ( formol 40 % ) e 0,45 ml de cido Sulfurico ( ou podemos usar com maior segurana 2 ml de cido clordrico ) . H necessidade de controlar a temperatura porque a reao exotrmica , sendo o LCC mais reativo que o fenol. O tempo de reao vai depender da concentrao de LCC e fenol no meio reacional e pode variar de 20 minutos a 90 minutos. O tempo timo para esta reao de 30minutos a 60 minutos , como nas demais resina fenolicas , contudo fazendo-se a reao em um dinistar ou se usar-mos um trap para a retirada da gua formada por meio de alto vcuo o tempo de reao se reduz bastante .

A proporo tima entre LCC e Fenol de 7:3 e a relao entre esta mistura e o formaldedo de 1:1 . Com o uso de um dinistar com vcuo eficiente chega-se a um tempo mnimo para reao , igual a 20 minutos. No experimento do exemplo descrito acima no se usou uma proporo 1:1 entre a mistura fenolica e o formaldedo ,mas fez-se varias reaes com propores diferentes , chegando-se a este resultado. A composio do LCC varia com a destilao industrial. O LCC bruto contem em mdia 71,7 % de cido anacardico , 18,7 % de cardol ,2,7 % de 2 metilcardol e 4,7 % de cardanol , quando extraido a baixa temperatura . O LCC extrado a alta temperatura nos processos industriais possui 1,1 % de cido anacardico, 18,2 % de cardol , 3,3 % de 2 metilcardol e 67,8 % de cardanol , isto ocorre porque o acido anacardico sobre descarboxilao durante o processo industrial de extrao e converte-se em cardanol ( temperatura de 180 - 200 C ) , elevando o teor deste monofenol alquilado em mais de 60 % . Logo no LCC industrial destilado o cardanol o seu maior componente , da podemos deduzir a estrutura bsica da resina fenolica produzida pela policondensao do LCC com formol . A cadeia lateral do cardanol pode conter de 0 a 3 insaturaes ou seja : n = [ ( 15 :0 ) ; ( 15:1 )8 ; ( 15 : 2 )8 , 11 ; ( 15 : 3 )8 , 11 ,14 ] Estas insaturaes podem funcionar como stios funcionais de reao , logo influenciam no processo de crescimento de cadeia e reticulao . A composio do LCC tem sido largamente estudada , para tal se utilizam tcnicas de analise instrumental tal como : Espectrometria e Espectrofotometria no UV Cromatografia gasosa Densitometria Espectrometria de Massa RMN Analise Trmica

A estrutura das resinas fenolicas tanto as do LCC quanto as petroqumicas j bem conhecida , no entanto novas resinas se tem produzido e novas propriedades ,aplicaes , blendas e

compsitos tem sido obtidas em laboratrios de pesquisa em todo o mundo , legando novas patentes e muitas possibilidades industriais ,com grande potencial econmico. O LCC bruto mais reativo que o destilado industrial , no entanto sua destilao onerosa devido ao elevado vcuo necessrio .O LCC somente pode ser destilado sob alto vcuo , para que no se oxide rapidamente com polimerizao no frasco de destilao e parcial decomposio . Ento se utiliza vcuo de 0,01 atm ( cerca de 10 mm Hg ) com temperaturas de at 200 C . A diferena de reatividade deve estar relacionada a presena de produtos oxidados e a maior concentrao de cido anacardico. As aplicaes e possibilidades da resinas obtidas a partir do LCC destilado devem compensar economicamente os custos de destilao , por este motivo os paises do 3 mundo raramente usam o LCC em seus processos industriais , porem so seus maiores exportadores , sendo a India o maior exportador mundial de LCC e o Brasil seu segundo maior exportador .

OS MONOMEROS EMPREGADOS - Resina Fenol-FormaldedoSubstncia FENOL FormaldedoPonto de Fuso Ponto de Ebulio Densidade25C / 1 atm

Estado Fsico Peso Molecular25C( MOL )

41C -117C

182C -21C

cido Oxalico

189 C

------------------

Slido 94 Cristalino 1,09091 Gs muito 30 solvel em gua 90 => Anidro -------------------Slido Cristalino 126=> Dihidrato

1,07216

O cido Oxlico usado como catalisador cido . pKa = 1,62 Formula : O = C- OH Ka1 = 2,4 x 10-2 | Peso molecular do cido oxalico dihidratado : 90 + 36 = 126 O = C- OH Funde a 98C em sua gua de cristalizao Slido cristalino prismtico , sabor amargo , muito venenoso , pouco solvel na gua gelada , muito solvel na gua quente e extremamente solvel na gua em ebulio , um forte agente redutor. TOXICIDADE : Muito Txico e Corrosivo . Manuseio com cuidado usando luvas de PVC , no aspirar , evitar contato com a pele e mucosas - facilmente absorvido - causa irritao grave.

TOXICIDADE DO FENOL : Corrosivo , irritante para a pele e mucosas , muito venenoso. Provoca intoxicao fatal se ingerido ou absorvido por grande extenso da pele. Pode agir sobre o SNC causando , em casos graves, parada respiratria . Em casos graves a urina se torna verde -oliva ,sendo esta uma das indicaes positivas para intoxicao por fenol. Ataca o sistema renal e destroi a funo heptica , sua intoxicao ,quando no tratada de imediato , leva a morte. Cuidados devem ser tomados quanto ao consumo e produo caseira de castanhas de caju, porque os fenois contidos neste so custicos e txicos , cuidados e conhecimentos especficos devem estar presentes. Crianas podem sofrer severas intoxicaes e at queimaduras ao consumir castanhas de caju in natura , devido ao LCC presente , este extrado pelo processo industrial sendo um subproduto da produo industrial de castanhas de caju secas . EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL: culos de segurana , Luvas , avental revestido com borracha , mascara de proteo contra vapores e resduos , botas de PVC . Queimaduras causadas por fenol devem ser lavadas de imediato com bastante lcool etlico ( lcool 96GL grau farmacutico - comercial ) e posteriormente com muita gua corrente ,lava-se ento com soluo diluda de bicarbonato de sdio e novamente lava-se com muita gua corrente , aps passamos glicerina fazendo curativo e bandagem . Mantendo o local afetado longe no calor , limpo e sem contato com substancias irritantes , material de limpeza , etc. Retira-se a vitima do local do acidente e encaminha-se ao tratamento mdico. Cuidados com a respirao e controle hospitalar da diurese e funo renal so feitos nos casos mais severos . Manitol administrado para prevenir necrose renal. As funes hepticas, renais e respiratrias devem ser monitoradas a nvel hospitalar . OBS : Todo acidente deve ser comunicado a CIPA ( na industria ) , e analisa-se as suas causas para que se possa evitar acidentes futuros , melhorando a segurana de todo pessoal. Cada acidente deve ser encarado como uma lio para maiores cuidados em segurana por parte de toda a equipe e da prpria industria , aprende-se no apenas com acertos ,mas tambm com os erros. Deve-se evitar qualquer acidente a qualquer custo , porque podem levar a graves perdas materiais e humanas .

Analise qualitativa simples para fenol . Monofenois com FeCl3 em soluo aquosa do complexos violeta que desaparecem pela adio de solues de cidos ou bases . A reao sensvel at 1/ 2000 para fenol.

Reao de formao de um complexo violeta com fenol . Fe3+ + 6C6H5OH [ Fe ( O )6 ]-3 + 6 H+

Oximas e cidos hidroxmicos tambm reagem mas do colorao vermelha com cloreto ferrico . Logo no interferem com a analise de monofenois . Contudo interferem para o teste com trifenois porque estes do complexo vermelho com o cloreto ferrico. Dissolve-se o fenol em gua destilada e adiciona-se uma pequena poro de FeCl3 anidro ( pode-se tampem usar soluo concentrada ) . Aparece de imediato uma forte colorao violeta que pode ser melhor observada diluindo-se o contedo do tubo de ensaio com gua destilada . Esta colorao violeta devida ao complexo {[ Fe ( O )6 ]-3 6H+ } . Separar o contedo em dois outros tubos de ensaio e rotular com ( adio de cido ) e ( adio de base ) . Adicionar ao primeiro algumas gotas de cido actico e ao segundo gotas de soluo de NaOH diluda. Observe que o complexo se desfaz em ambos os tubos e o liquido se torna incolor , isto caracteriza qualitativamente os monofenois . Difenois do complexos coloridos variados com o cloreto frrico podendo ir do azul ao violeta avermelhado , as tonalidades contudo so diferentes daquelas obtidas com monofenois , Podendo-se diferencia-las for fotometria , e no so desfeitos pela adio de cidos e bases diluidos . O 1,2 dihidroxibenzeno ( pirocatecol ) gera um complexo verde que se torna violeta avermelhado por adio de bases ( amnia ) enquanto o resorcinol gera complexo violeta no desfeito por adio de cidos diludos . Trifenois do colorao vermelha por complexao com cloreto ferrico. O monofenol ( C6H5OH ) reage com cido ntrico diluido formando 2,4,6 trinitrofenol de colorao amarela, este se isolado e seco, detona se aquecido bruscamente em espatula a 300 C ( em quantidades mnimas por motivos de segurana ) . Aquecido em soluo com amnia e em seguida isolando-se e secando-se o sal produzido , detona por percusso . Caracterizando o monofenol . Forma complexo azul quando aquecido com NaClO na presena de NH3.H2O .

combustvel e arde com chama fuliginosa Atualmente os fenois so dosados na prpria amostra por cromatografia , usam-se microamostras com grande preciso , contudo os cromatgrafos so mais onerosos que as analises simples de laboratrio e somente compensam em trabalhos de pesquisa ou na produo industrial. O ensaio com tiras de papel reativo de Gibbs na presena de NH3 pode identificar fenois com as posies orto e para desimpedidas . O papel indicador aps ser molhado no fenol ( ou em seus vapores ) fica azul ao ser exposto ao vapor de amnia , case se adicione uma gota de cido o papel azul torna-se amarelo , isto caracteriza fenol qualitativamente em pequenas amostras. Por HPLC e GC se pode dosar quantitativamente e com preciso o teor de fenol .

TOXICIDADE DO FORMALDEDO : O formaldedo tanto em sua soluo aquosa a 37 - 40 % ,quanto em seu estado puro gasoso ,ou polimerizado como para-formaldedo extremamente toxico e irritante para as mucosas e olhos , sendo caustico e tambm cancergeno e lacrimogneo. Deve-se utiliza-lo somente em capela Na industria devemos usar os equipamentos de proteo individual e os locais de trabalho devem possuir capelas industriais e equipamentos adequados para trabalhar com este aldedo, evitando-se intoxicaes graves. germicida e tem largo emprego tambm como desinfetante , conservante , agente para conservao de peas biolgicas , fungicidas , etc. liquido a temperatura de -21C muito solvel em gua . A soluo de formaldedo a 40% ( formol ) quando aquecida tende a se polimerizar formando o paraformaldedo ,que slido. Por adio de cloreto de calcio se evita a polimerizao e teremos o formaldedo livre gasoso para uso em laboratrio aps secagem. Por reao com NaOH da lugar a metanol e formiato de sdio , a precipitao e cristalizao do formiato de sdio cristalino permite sua identificao e a identificao do metanol feita por CG ou tcnicas mais simples em laboratrio. Este ensaio caracteriza qualitativamente o formaldedo.

ALGUNS PRODUTOS FABRICADOS COM BAQUELITE

Caixas para rdios e os antigos discos de 78 rpm bem como prteses dentrias , eram feitos com baquelite , sendo este um dos primeiros polmeros sintticos .

Produo de resina fenlica em p na Industria

CONCLUSOO processo de policondensao para a produo de resinas fenolicas versatil , visto que usando os mesmos materiais se obtem produtos diferentes ,bastando utilizar meios de catalise distintos, embora as resinas termorrigidas finais sejam semelhantes. Por meio da policondensao se pode obter uma variada gama de produtos , um bom exemplo so as resinas fenolicas , apenas alterando o tipo de catalise empregada podemos obter resinas distintas .Bem como variando-se o aldedo ( ou cetona ) e o fenol utilizado , se tem uma infinidade de produtos diferenciados . A reao inicialmente necessita de calor , mas assim que a reao se inicia o calor liberado pela prpria reao j suficiente para mante-la . A reao muito exotrmica e a temperatura pode subir bruscamente , ento torna-se necessrio um controle rgido da temperatura e das trocas trmicas durante a reao. O vcuo e a injeo de gs inerte carreiam a gua formada e adicionada para fora do sistema e evitam a oxidao da resina . A Baquelite e a Novolak esto sendo utilizados em diversas reas de ponta , componentes eletrnicos inclusive novos dispositivos tal como fotoresistores , espumas especiais , cabos para ferramentas e utenslios domsticos resistentes a alta temperatura , isolantes eltricos , aglutinantes e em revestimentos protetores para madeiras , tintas e vernizes , Juntas para motores de exploso interna ( Yamarra , Honda , etc. ) , e muitas outras. Peas para industria automobilistica produzidas a base de compositos com resina fenolformaldedo incorporada com amianto e fibra de carbono j so produzidas em escala industrial, inclusive a partir do LCC e outras fontes naturais. Como a composio do LCC varia em funo da regio produtora e do mtodo de extrao e sendo sua destilao onerosa , como o Brasil o segundo maior produtor e exportador deste produto , seria interessante investimentos no sentido de pesquisar o nosso prprio LCC e descobrir novos mtodos para a purificao do LCC e mesmo o uso do LCC bruto para a produo de resinas fenolicas a partir deste insumo em nosso pas. Consegue-se produzir excelentes resinas fenolica com misturas de LCC/ Fenol petroqumico , isto pode levar a minimizao de custos ,visto que o LCC tem menor custo que o fenol petroqumico e no est sujeito as oscilaes de preo em funo do cenrio poltico-econmico mundial como ocorre com os produtos derivados do petrleo.

O LCC uma fonte renovvel , barata e no oscilante com as polticas do setor petroqumico e da economia mundial , contudo est sujeito as safras do caju . Porem este um fator mais controlvel por ser de mbito nacional . O Brasil exporta praticamente todo o LCC que produz a um preo muito inferior ao das peas acabadas que importa do primeiro mundo e que muitas vezes so fabricadas a partir do prprio LCC . Como o preo do nosso LCC no mercado internacional ainda no alto , ento porque o Brasil no investe mais em pesquisas a partir de nosso produto para que possamos aproveitar todo seu enorme potencial tecnolgico em vez de simplesmente o exportar-mos ? Observe que o uso do LCC uma alternativa que pode ser muito vantajosa para o Brasil , precisamos de vontade poltica e um bom grau de ousadia para valorizar nossos prprios produtos , e sair da forada e j secular , dependncia externa. A temperatura tima para a produo do novolak de 60 - 70 C O tempo timo de reao fica em torno dos 30 - 60 minutos A agitao e a temperatura so fatores crticos na sntese A reao deve ser conduzida em capela devido a toxicidade dos monomeros A resina fenolica tambm apresenta toxicidade ao homem e ao meio ambiente ,logo cuidados pessoais devem ser tomados em sua sntese ,bem como sua produo industrial deve sempre levar em conta o respectivo tratamento dos efluentes gerados , evitando-se impactos ambientais.

O controle do grau de polimerizao e da viscosidade tambm se faz necessrio em funo das aplicaes de uso para a resina obtida. possivel obter resinas oligomericas ou de elevadssimo peso molecular ,controlando-se o tempo de reao , a temperatura , as concentraes dos monomeros , dentre outros fatores operacionais importantes. Os reatores modernos j so automatizados . Do exposto vemos que ainda se tem um enorme campo para pesquisas , ampliando limites que podem ajudar a se alcanar a to almejada soberania nacional ,sem demagogias ,mas com produo industrial , pesquisas de ponta e trabalho , forma nica para que se alcance o progresso real , sem dependncia externa . necessrio investir em nosso prprio pas ,em nossa produo cientifica e industrial , e para que isto seja realidade , torna-se necessrio uma nova mentalidade poltica e empresarial .

Bibliografia ConsultadaSites da Web1. http://demnet.ubi.pt/~humberto/Investiga/html/aula-2.html 2. http://www.quimica.matrix.com.br/artigos/polimeros.html 3. http://www.zipperling.de/News/orgmetal.en 4. http://www.quimica.matrix.com.br/artigos/polimeros.html 5. http:// www.floresta.ufpr.br/eventos/iberomadeir...os-registro.htm 6. http:// www.jorplast.com.br/secoes/aulas-5.htm 7. http:// www.alquimia.pessoal.bridge.com.br/alq1/resina.htm 8. http://www.syp.toppan.co.jp 9. http://www.ordnance.org/chemical.htm

10. http://www.chem.rochester.edu/~chem421/polymod2.htm

Livros ConsultadosMano , Eloisa Biasotto; Introduo aos Polmeros ; Ed. Edgard Blucher Guenther , Bluma - Angelo ,Nelson - Pires , Dario ; Qumica Orgnica ; Ed. Guanabara Gieck , Kurt ; Manual Tcnico - Tabelas ; Ed. Hemus - 2 Edio Shreve, Norris - Brinkjr , Joseph ; Industria de Processos Qumicos - Ed. Guanabara ; 4 Edio 5. Revista de Qumica Industrial n 695 - Aplicaes do LCC na Industria ; Moth, Cheila - Milfont,Wilson - Drummond,Alberto 6. Tintas Anticorrosivas para aplicao em superficies imersas a partir do LCC - Projeto de Inic. Cientifica - Orientadora : Prof. Cheila Moth 7. Vogel ; Analise Orgnica Qualitativa volume 3 ; Ed. Ao livro tcnico S.A . 8. Apostila de curso : Tecnologia de Polimeros - IV CONEEQ - UFRRJ - Cladio Drehmer 9. Apostila de Sntese e Caracterizao de Polmeros Exp. - MMP-061- Prof. Maria de Ftima 10. Apostila de Tecnologia Orgnica Avanada - Prof. Eduardo Falabella Aguiar 11. Anais do 2 Congresso Brasileiro de Polimeros de So Paulo - SP - 5 - 8 / 10 / 1993 paginas consultadas. 320 -569 1. 2. 3. 4.