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Resistências dependentes da Luz e da Temperatura Equipa 1MIEEC7_2 1/13 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Resistências dependentes da Luz e da Temperatura Projeto FEUP 2016/2017 Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores: Coordenador Geral: Coordenador do curso: Equipa 1MIEEC7_2: Supervisor: Monitor: Estudantes & Autores: Fernando Silva [email protected] Nuno Lopes [email protected] Ana Araújo [email protected] José Dias [email protected] Clara Correia [email protected]

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Resistências dependentes da Luz e da Temperatura – Equipa 1MIEEC7_2 1/13

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Resistências dependentes da Luz e da

Temperatura

Projeto FEUP 2016/2017 – Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e de

Computadores:

Coordenador Geral: Coordenador do curso:

Equipa 1MIEEC7_2:

Supervisor: Monitor:

Estudantes & Autores:

Fernando Silva [email protected] Nuno Lopes [email protected]

Ana Araújo [email protected] José Dias [email protected]

Clara Correia [email protected]

Resistências dependentes da Luz e da Temperatura – Equipa 1MIEEC7_2 2/13

Resumo

O verdadeiro objetivo desta atividade é relacionar a variação da temperatura e da luz

com resistências. De facto, estas variáveis influenciam o comportamento de certas

resistências, isto é, com o aumento da temperatura deve ser prevista uma variação na

resistência NTC (Negative Temperature Coefficient) e com o aumento da intensidade luz

deve-se verificar também uma variação na resistência LDR (Light Dependent Resistor).

Tendo em vista observar os fenómenos anteriormente referidos, procedeu-se à realização

de uma experiência com todos estes componentes eletrónicos.

A atividade foi realizada em duas partes distintas: primeiramente foi feita a atividade

com a temperatura e uma resistência NTC e de seguida foi feita a atividade com a luz e a

resistência LDR. Na primeira utilizou-se um candeeiro que incidia sobre um luxímetro a uma

intensidade moderável, enquanto na última se recorreu a uma chaleira elétrica para aquecer

a água, á qual posteriormente se adicionava água fria enquanto se registavam os valores

assinalados por um termómetro.

A partir desta atividade foi possível concluir que o aumento da temperatura provoca uma

diminuição nas resistências NTC, enquanto o aumento da intensidade da luz provoca um

aumento nas resistências LDR, tal como previsto.

Palavras-Chave

FEUP;

Engenharia Eletrotécnica e de Computadores;

MIEEC;

Resistências;

Termistor;

LDR;

NTC;

Temperatura;

Luz;

Multímetro.

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Índice 1. Introdução ........................................................................................................................................... 4

2. Resistência em Função da Luz - LDR ................................................................................................... 5

2.2. Procedimentos experimentais: .................................................................................................... 1

2.3. Resultados .................................................................................................................................... 2

3. Resistência NTC ................................................................................................................................... 3

3.2 Procedimentos experimentais ...................................................................................................... 4

3.3. Resultados .................................................................................................................................... 5

4. Conclusões .......................................................................................................................................... 5

5. Pequenas considerações: .................................................................................................................... 6

6. Referências bibliográficas ................................................................................................................... 7

7. Apêndices ............................................................................................................................................ 8

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1. Introdução

O presente relatório, cujo tema é “Resistências dependentes da Luz e da Temperatura”,

é realizado no âmbito da unidade curricular Projeto FEUP, pela equipa 2 da turma 7 do

Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores. Nesta experiência

procuramos observar a influência da luz e da temperatura em dois tipos de componentes

eletrónicos, as resistências LDR (Light Dependent Resistor) e NTC (Negative Temperature

Coefficient), a fim de obter uma maior familiarização com o equipamento de medida

disponível.

A resistência “pode ser caracterizada como a dificuldade encontrada para que haja

passagem de corrente elétrica por um condutor submetido a uma determinada tensão” (a).

São componentes dependentes de diversos fatores, pelo que a temperatura e a luz foram as

variáveis estudadas neste tema, recorrendo a resistências LDR e NTC.

As resistências vêm-se revelando cada vez mais importantes e têm sido utilizadas em

vários ramos da indústria, apesar de pouco conhecidas. O seu papel tem sido fundamental

em áreas da indústria plástica, indústria da borracha e química, em fornos industriais,

baterias de aquecimento e até mesmo em hospitais, hotéis, entre outros.

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2. Resistência em Função da Luz - LDR

A resistência LDR, ou resistência dependente da luz, tem como característica principal a

sua variação com a intensidade da luz. Na verdade, quanto maior for a intensidade da luz,

menor será a sua resistência e quanto menor for a intensidade, maior será aquela.

Este tipo de resistências regista valores entre em Ω (Ohm).

A resistência LDR é representada pelo símbolo apresentado na Figura 1 (c).

Figura 1- Símbolo da resistência LDR (c)

Em “1873, Willoughby Smith, engenheiro elétrico inglês, descobriu o fenómeno da

fotocondutividade” (b). Foi a partir desta descoberta que se começaram a ver as formas

primitivas de LDR’s.

As resistências LDR apenas reagem quando são expostas a intensidade luminosa. Isto

porque quando “os fotões atingem o componente, excitam os eletrões de valência do

material semicondutor, fazendo-os atingir a banda de condução” (d). Na ausência de luz a

resistência LDR é máxima mas à medida a intensidade luminosa aumenta, a resistência

regista valores cada vez menores. Na Figura 2 é representado este fenómeno graficamente.

Figura 2 – Gráfico Resistência vs Iluminação (d)

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0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800

Res

istê

nci

a (M

Ω)

Luz (Lux)

R=f(luz)

2.2. Procedimentos experimentais:

1. Ligou-se a resistência LDR ao multímetro em primeiro lugar. Com um pano,

cobriu-se o candeeiro, a resistência e o multímetro, de modo a não haver

interferência da luz exterior à experiência.

2. Registaram-se os valores da luminosidade e da resistência inicial.

3. Ligou-se o candeeiro e foi-se aumentando a sua intensidade em intervalos de 30

segundos, registando os valores apresentados ao longo da sua variação.

4. Obteve-se a seguinte tabela de valores:

Resistência (MΩ) Intensidade da Luz (Lux)

61,8 7,3

2,67 227,45

1,18 673,15

0,86 1004,15

0,59 1579,5

5. A partir desta tabela elaborou-se o seguinte gráfico:

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2.3. Resultados

A Física é uma ciência que segue o método hipotético dedutivo. E a última etapa deste

método assenta na verificação da hipótese através da experimentação. Assim, seguiu-se

este método para provar que, o LDR é um resistor que, à medida que a intensidade da luz

aumenta, a sua resistência diminui.

A experiência foi organizada de forma cuidada, desde a escolha dos materiais e

instrumentos a usar, à determinação das condições onde ocorreu.

A experiência começou por incidir a luz de um candeeiro sobre a resistência tapada com

um pano. Em seguida procedeu-se à medição do valor da resistência nestas condições,

sendo de 61.8 kΩ . A seguir, aumentou-se a luminosidade e foi-se registando os valores da

resistência, sendo estes sucessivamente de 2.67,1.18,0.86 e 0.59. Perante os resultados

obtidos foi possível confirmar e validar a hipótese, isto é, o LDR variou conforme a

intensidade da luz pois verificou-se que, quanto maior a intensidade luminosa, menor a

resistência deste resistor, como comprovado pelo gráfico anterior.

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3. Resistência NTC

A resistência NTC faz parte de um grupo de resistências denominadas termistores. “Os

termistores são excelentes sensores para aplicações [em] que seja necessário uma alta

sensibilidade com as mudanças de temperatura. As aplicações de termistores estão mais

voltadas à área média e na biologia. […] Os termistores fazem parte da classificação de

termoresistência. Termistores são sensores de temperatura fabricados com materiais

semicondutores.” (i).

Existem dois tipos de termistores: NTC (Negative Temperature Coefficient) e PTC

(Positive Temperature Coefficient). Estas diferem na reação ao aumento da temperatura

sendo que a primeira diminui a sua resistência elétrica face ao aumento da temperatura,

enquanto a última aumenta a sua resistência elétrica.

O termistor é representado pelo símbolo apresentado na Figura 3.

Figura 3 – Símbolo de um termistor (e)

Estes dispositivos “são largamente usados para medir temperatura, limitar corrente de

partida em circuito e componentes elétricos, proteção de sobre corrente, e podem ser usado

em circuitos de controle de temperatura.”. Atingem temperaturas entre os -90ºC e 130ºC

(e).

Figura 4 – Gráfico da resistência em função da temperatura

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3.2 Procedimentos experimentais

1. Aqueceu-se água numa chaleira elétrica e, em simultâneo, ligou-se a resistência

ao multímetro. Isolou-se a resistência LDR em conjunto com o termómetro, a fim

de não haver contacto com a água.

2. Após a fervura da água, transferiu-se esta para um recipiente de plástico e

mergulhou-se o termómetro e a resistência isolados. Registou-se nesse

momento a temperatura inicial da água e o valor da resistência, e a cada minuto

juntou-se um pouco de água fria, anotando-se sempre os novos valores da

temperatura e da resistência.

3. Repetiu-se o processo até se atingir meio litro de água fria adicionada.

4. Obteve-se a seguinte tabela de valores:

Resistência (kΩ) Temperatura (ºC)

6,54 60,2

6,93 57,1

8,77 51,7

10,57 46,5

12,08 42,2

13,7 38,5

15,01 36,1

15,77 34,9

5. A partir desta tabela elaborou-se o seguinte gráfico:

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3.3. Resultados

Seguindo o mesmo método, procurou-se validar e confirmar através da verificação

experimental que o NTC é um resistor que, à medida que a temperatura diminui, o valor da

sua resistência aumenta ou vice versa.

Na realização da experiência, verificamos que, a temperatura da água, após a fervura

era de 60,2ºC e o valor da resistência de 6.54kΩ.Com a sucessiva introdução de água fria, a

temperatura diminuiu e o valor da resistência aumentou. No final da experiência, a

temperatura registada foi de 34,9ºC e o valor da resistência de 15,77 kΩ ,como se pode

observar pelo gráfico.

4. Conclusões

Em suma, com este trabalho verificou-se que algumas resistências são dependentes da

Luz ou da Temperatura. Através desta experiência conseguimos aprender também a

trabalhar com Material de Laboratório, equipamento básico de medida (como o multímetro

na sua função de ohmímetro, mas também de voltímetro e de amperímetro) e a trabalhar

melhor com folhas de cálculo de Microsoft Excel. Como grupo, conseguimos também

aprender a trabalhar em equipa e a orientarmo-nos no sentido de maximizarmos a eficiência

de trabalho.

Através deste trabalho concluiu-se que existem resistências dependentes da luz (LDR –

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18

0 10 20 30 40 50 60 70

Res

istê

nci

a (kΩ

)

Temperatura (ºC)

R = f(temperatura)

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Light Dependent Resistor) e da temperatura (NTC – Negative Temperature Coeficient) ou

PTC - Positive Temperature Coeficient) em que as primeiras diminuem a sua resistência

com o aumento da luz incidente e as segundas diminuem (NTC) ou aumentam (PTC) a sua

resistência com o aumento da temperatura.

5. Pequenas considerações:

O que aconteceria se se tivesse medido o aquecimento da água em vez do seu

arrefecimento?

Na experiência utilizou-se um NTC e como tal, o gráfico de R= f(l) é crescente, já que se

mediu-se a diminuição da temperatura. Caso se tivesse registado os valores do aumento da

temperatura, iria-se obter um gráfico decrescente, pois os valores dos NTCs diminuem com

o aumento da temperatura.

Na experiência utilizou-se um vidro transparente, mas e se se tivesse usado um vidro

fosco? Quais seriam as diferenças?

A única diferença seria que a luz não iria atravessa o vidro tão facilmente e, por essa

razão a luminosidade seria mais baixa. Consequentemente, os valores registados seriam

menores e o gráfico continuaria decrescente, apenas mais “encolhido”.

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6. Referências bibliográficas

a. http://www.vishay.com/docs/29049/ntcle100.pdf

b. http://www.radio-electronics.com/info/data/resistor/ldr/light_dependent_resistor.php

c. http://electronica-electronics.com/info/LDR-fotoresistencia.html

d. http://www.electrical4u.com/light-dependent-resistor-ldr-working-principle-of-ldr/

e. http://lusosat.org/hardware/termistor.pdf

f. http://pdf1.alldatasheet.com/datasheet-pdf/view/90419/ETC/VT935G.html

g. http://www.if.ufrgs.br/mpef/mef004/20061/Cesar/SENSORES-Termistor.html

h. http://www.technologystudent.com/elec1/ldr1.htm

i. http://www.eletrica.ufpr.br/piazza/materiais/Gustavo&Ishizaki.pdf

j. http://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrodinamica/resistencia.p

hp

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7. Apêndices

Referências e especificações das resistências:

NTCLE100E3 http://www.vishay.com/docs/29049/ntcle100.pdf

VT935G http://pt.farnell.com/excelitas-tech/vt935g/light-dependent-resistor-

80mw/dp/1652638?ost=VT935G+EXCELITAS+TECH&selectedCategoryId=&CMP=os_pdf-

datasheet&searchView=table&iscrfnonsku=false