RESPOSTAS - FILOSOFIA

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  • 8/17/2019 RESPOSTAS - FILOSOFIA

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    FILOSOFIA E SOCIOLOGIA - BANCO DE QUESTÕES

    OS FUNDAMENTOS DA ORDEM JURÍDICA

    AS TEORIAS DA JUSTIÇA DE RAWLS

    WEBER VIGIAR E PUNIR 

    A JUDICIALIZAÇÃO DA POLÍTICA E DAS RELAÇÕES SOCIAS NO BRASIL

    UM ENIGMA CHAMADO BRASIL: 2 INT!RPRETES

    DEMAIS QUESTÕES DE AUTORES E"IGIDOS NO IDPEPR E EM SÃO PAULO

     ________________________________________________________________

    OS FUNDAMENTOS DA ORDEM JURÍDICA

    2#$ C%&'()*+ III$ H%,./%0 ,)01% .3454. + &%&* % 34*+0+34%6 4. %*7/ %034*+0+34%0 + 0),8(4940/+ 0+*4&040(% 3)5%/5(%.-0 5% 45(.0),8(494%+ /)5+ 9494+$ N00 05(4+6 401+..% 0+,. + &%&* % .%;+1+/)541%(49%6 5+

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    civil que a virtualidade de $uridicidade do direito privado torna0se direito efetivo. +araisso é preciso que se exer!a a coa!ão legal.

    1 revolu!ão copernicana definida pela metodologia da 2r%tica da 3a#ão +ura,gera duas consequências) a uma, a subsun!ão do direito privado do estado denature#a sob o direito p4blico do estado civil indica a inversão da tese $usnaturalista5a duas, a coa!ão, longe de ser uma manifesta!ão emp%rica e sub$etiva de for!a ou de

    violência, exprime ao constrário, em sua forma legal, a obriga!ão vinculada aoimperativo puro do pol%tico) ela se o6e racionalmente a tudo o que obsta a liberdade,como tal, é transcendentalmente fundada.2$ C%&'()*+ III$ O /7(++ 35+/5+*41+ &.+& )/% %5%*'(41% 8).'41%

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    fundamenta em uma ideia por meio do qual o conceito enfrenta o que não é comtanta for!a que o converte nele. ;arx denuncia essa mistifica!ão- sofrida peladialética na filosofia de Hegel.

    2onforme 1dorno e Hor8(eimer, Hegel instrumentali#ou a ra#ão, com asubmersão do direito pela tecnocracia e pela burocracia. 1dorno, em sua &ialética7egativa- acusa a ideia d totalidade que embasa o idealismo absoluto) vê nessa

    con$un!ão as ra%#es do totalitarismo.

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    exp6e a progressão imanente ao direito.7esse sentido, Hegel, que sabe muito bem que não (á absoluto do direito,

    percorre o universo $ur%dico, diversificado, complexo, relativo, evolutivo, segundo opasso da processuali#a!ão dialética. 7uma marc(a ascendente, encamin(a0se dafigura abstrata do direito para sua forma de universal concreto.

    +ara Hegel, a ra#ão do direito não é natural, mas espiritual. 3e$eita, portanto, a

    ideia de um direito natural que lan!a suas ra%#es no apriorismo abstrato e eterno deum estado de nature#a ou de uma nature#a (umana.

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    significa!ão que l(es é imanente. E certo que a lei escrita não é o todo de direito5 oscódigos não l(e esgotam a existência5 não é falso que os textos estatutáriosrequeriram uma interpreta!ão na prática $ur%dica 0 particularmente na ordem $udiciária e muito especialmente nos casos dif%ceis-. 9ampouco é incorreto di#er queuma lei pode. em diferentes épocas, revestir0se de sentidos práticos diferentes. ;as otexto continua sendo em si mesmo o que ele é, a saber, um caso central e

    paradigmático de institui!ão do direito-) é um fato institucional D$ur%dico- que os1tos ou 1rtigos existem enquanto direito- e que a teoria do direito não pode silenciarnem sua promulga!ão ou ab0roga!ão, nem sua efetividade, isto é, sua capacidade deprodu#ir efeitos $ur%dicos. +ág ?AK

    $ P%.( II$ C%&'()*+ III$ A (+.4% %)(+&+47(41% + 4.4(+ H$ W4** 0 4&.+1)&%% 1+/ % +5(+*+4% 8).'41%6 5+ 5(%5(+ *% 5;+ 1K% % %*1%51-*%94%/5($ P+.

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    através da leitura do texto de acordo com o momento (istórico em que foi produ#ido,através de elementos como a cultura, e pela utili#a!ão dos princ%pios postos nalegisla!ão, a leitura de legisla!6es consideradas a princ%pio lacunosas.

    1inda, &Cor8in tra# a no!ão de integridade do direito- ao afirmar que anormatividade $ur%dica deve ser analisada sob dois critérios) a coerência com osprecedentes e a conveniência da moral pol%tica do lugar e do momento. "sso permite

    que um consenso intelectual se$a alcan!ado e que (a$a uma integra!ão no direito.R0&+0(% J5433.:1 normatividade $ur%dica implica recurso, por um lado, a um critério de

    coerência com os precedentes que, sobre o ponto levantado pela espécie litigiosa, a(istória do direito pode oferecer e, por outro, a um critério de conveniência com amoral pol%tica- do lugar e do momento) ou se$a, a normatividade $ur%dica implica, nasociedade em que se dá o $ulgamento, um consenso intelectual- denominado por elede a integridade- do direito. &Cor8in acredita que sua concep!ão interpretativaesclarece dois pontos particularmente delicados do direito. * primeiro, di# ele, é poeirento-) trata0se0do problema das lacunas, tantas ve#es $á examinado. 7a suaabordagem realista-, &Cor8in afirma que não (á, ou que (á muito poucas, lacunas

    no direito. &e fato, quando se recoloca uma lei ou um texto de direito no contextocultural e pol%tico em que foram editados, quase sempre é poss%vel ter Gsobre elesuma opinião-) possuem um sentido, compat%vel ou não com os precedentes da(istória do direito, conveniente ou não para a ética do momento5 mas ele existe e,assim, não (á va#io- $ur%dico 0 * segundo ponto é o dos casos problemáticos- ou dif%ceis- com que um $ui# pode se deparar e para os quais deve, se as regras dodireito positivo se mostram insuficientes, recorrer aos princ%pios- do direito. Estes,como se sabe, indicam, aquém da obrigatoriedade das >regras- que ordenam ecoagem, a orienta!ão geral da pol%tica $ur%dica. +ág. ?IP. Q essa (ermenêutica $ur%dicaque leva &Cor8in, como demonstram ao mesmo tempo o comportamentoto do $ui#Hércules- e a continuidade da corrente do direito-, a uma reflexão sobre a concep!ãonarrativista do direito. 2ompensando as fraque#as de um puro conceitualismo ou deum ultilitarismo simplesmente empirista, o narrativismo insere o direito em seucontexto ético e sociopol%tico gra!as ao procedimento interpretativo do qual éinseparável. +ág. ?IJ.

    #$ O 8)05%().%*40/+ 0).4) 1+/+ )/ /,%( %+0 0+340(%0 &+40 + 0+340/+3+4 .1)&.%+ &*+ &.&.4+ 8)05%().%*40/+$ E&*4

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    retomada pela modernidade da filosofia $usnaturalista.

    >$ N% +,.% O0 3)5%/5(+0 % +./ 8).'41% 0;+ &+0(+0 +40/+/5(+0 + 8)05%().%*40/+6 + 1*0041+ + /+.5+$ S+,. + (/%:% E&*4

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    pode, tudo o que pode, mas nada além do que pode. &esta forma (á uma certa(ostilidade ' democracia, e aceita!ão tanto da (ierarquia de classes-, quanto daescravidão. +ara 1ristóteles, a desigualdade natural fornece $ustificativas para asdesigualdades das condi!6es da cidade, legitimando a escravidão.

    $ N+ &.X/,)*+ % +,.% O0 3)5%/5(+0 % +./ 8).'41% S4/+5

    G+?%.-F%,. (.%,%*K% % 5+=;+ 4.4(+ 4.4(+0 + K+//$ Q)%* %40(45=;+ &%.% 00%0 &.000 0)5+ % %)(+.% R*%14+5-%0 1+/ %05+=0 4.4(+ &+04(49+ 4.4(+ 5%().%*$R0&+0(%: J5433.

    1 polissemia da palavra direito- foi evidenciada pelos $urisconsultos modernos.7o século ST" os autores a significavam como sendo mandamentos da lei divina enatural-, mesclando a ideia de direito com preceitos (umanos. 1 escola do direito danature#a e das gentes- atribu%a mutas acep!6es ao termo 0 qualidade moral daspessoas, aquilo que é $usto, etc. 9anto o moderno $usnaturalismo quanto opositivismo tentaram, sem grande sucesso, fa#er a delimita!ão do termo. 1quele,numa tentativa de emancipá0lo de uma concep!ão teológica, o redu#iu 's capacidades

    da ra#ão (umana de di#er o que é $usto. * positivismo, em sua incessante busca pelaneutralidade axiológica, o redu#iu ' letra da lei, ao arb%tro pol%tico do legislador.1s modernas declara!6es de direitos, como a de IFJU, tra#em um rol de

    direitos considerados inerentes ' todos, cu$a capacidade de usufruir dependeunicamente da condi!ão de ser (umano. 2ontudo, tais direitos se não efetivamentegarantidos pela sociedade civil e pelo Estado não passam de simples poss%veis $ur%dicos ou promessas de direitos. 7este sentdo, os direitos do (omem-, expressãoutil#ada pela autora, só se transformam em direitos exig%veis e efetiváveis quando o direito- do Estado se apropria deles. 1ssim, para o $usnaturalismo, tais direitos sãoinerentes ao (omem, sendo a sua efetiva!ão independente de atua!ão Estatal, maspara o positivismo, eles só serão exig%veis se integrados ao sistema $ur%dicopositivado. +ode0se di#er, portanto, que as os direitos do (omem- das declara!6es dedireitos tem clara concep!ão $usnaturalista, mas que só são efetivadas se tornadaspositivas pelo direito- dos Estados.

    2$ P%.( II$ C%&'()*+ III$ E&*4

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    diálogo, para estar em acordo com outrem, é preciso uma referência comum- que,evidendentemente escapa ' sub$etividade. +or conseguinte, $á está está na (ora decompreender que o direito não corresponde ' essas reivindica!6es individuais queenvenenaam o mundo de nossa época. * $usto tem uma dimensão ob$etiva que seexprime sempre por uma rela!ão, da qual a vida social fornece dois exemplosnotáveis) as distribui!6es e as trocas. 7essas duas circunstnciiias, todo o empen(o

    do $ui#, que consiste em encontrar o imeio $usto-, isto é, a propor!ão adequada entreas coisas, mostra claramea%e que o direito é, como di#ia

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    que o direito se confunde com a lei e se determina como um corpus ob$etivo deregras obrigatórias destinadas a reger a sociedade.

    1ssim, apesar da dessacrali#a!ão do direito, distinguindo direito natural edireito positivo, a primeira onda tem como limita!ão o recon(ecimento de que odireito ainda é influenciado pela metaf%sica, não se afastando de &eus nem da ;oral,na medida em que o direito decorre do estabelecido por &eus, é apreendido pela

    ra#ão e a atua!ão em conformidade com o direito confere valor moral 's a!6es.Yá a segunda onda é representada pela Escola do &ireito 7atural moderno, em que selogra êxito em garantir autonomia do direito em rela!ão ' moral, apresenta comoprincipais expoentes ant e :ic(te.

    ant elucida a distin!ão entre direito moral, adu#indo que as regras moraiscomandam o foro interno e fa#em do dever um móbil suficiente da a!ão, enquanto asregras do direito comandam o foro externo Do agir e, por não integrar o móbil dodever ' lei, são acompan(adas de coer!ão, o que ense$a a clássica distin!ão entre a(eteronomia do direito e a autonomia da moral.

    +or sua ve#, :ic(te, partindo das teses 8antianas, fa# do direito a viga mestrado sistema da filosofia, eis que ele seria um possibilitador da coexistência das

    liberdades, na medida em que permite a limita!ão rec%proca das liberdades.1ssim, a análise cr%tica da segunda onda aclara o conceito do direito aodistingui0lo da moral, no entanto, teve como limite sua má compreensão, como se opositivismo $ur%dico $ustificasse a obediência cega a regras $ur%dicas, o que foiacentuado na terceira onda.

    1 terceira onda, presente no pensamento positivista, apesar de garantir aautonomia cient%fica plena do direito, acaba por destacar a retra!ão do (ori#onteaxiológico do direito. "sto porque, o positivismo, ao pretender ser uma teoria dodireito positivo, apresenta como postulados o legicentrismo estatal e a neutralidadeaxiológica do direito, como se o direito pudesse ser indiferente de toda influênciameta$ur%dica e imuni#ado, de certo modo, contra qualquer tendência filosófica.Xogo, apesar da autonomia do direito, a terceira onda, em nome do cientificismo quedenuncia as mitologias trans$ur%dicas, despo$ou o direito de toda referênciaparadigmática, inibindo qualquer $u%#o de valor e qualquer aprecia!ão cr%tica. 1ssim,pode0se di#er que o positivismo $ur%dico é, no limite, um anti$uridismo) seu conceitodo direito, a pretexto de neutralidade, nega o direito.

    $ P%.( II$ C%&'()*+ II$ D

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    a espontaneidade e a singularidade. 1ssim, o direito não possui uma essência, massim qualifica certas práticas (istóricas, de modo que (á uma estrutura contraditória $áque ao mesmo tempo que prevê a liberdade, esta é posta em perigo para aqueles quedeveriam usufru%0la. +ortanto, autores como :oucault e 7iet#sc(e podem serconsiderados anti$ur%dicos, ao afirmarem a necessidade de destrui!ão da categoria dodireito para que o vitalismo possa ser garantido.

    R0&+0(% J5433.:;arxismo) a lei não pode servir, como acreditava o pensamento revolucionário,para a liberta!ão dos (omens5 só pode capturá0los nas armadil(as de suá própriamiséria. 1 mentira da igualdade dos direitos e da liberdade dos cidadãos) suaproclama!ão formal- em nada modifica a realidade ob$etiva da condi!ão miserável edesigual da maioria. * comunismo, acarretando a ru%na do Estado, acarretará a mortedo direito. +ág. IFK\IFI. E. Z. +asu8ams) 7ão (á a menor d4vida de que acausalidade (istórica do $ur%dico é a da economia própria da sociedade capitalista. Emsuma, embora o direito ten(a uma realidade ob$etiva que não está prestes adesaparecer e que é até necessária, as suas categorias e no!6es, longede ordenarema matéria social, dissolvem0se, ao contrário, nela. * direito é um não0direito. 1

    rela!ão econ[mica é, em seu movimento real, a fonte da rela!ão $ur%dica.- * direitonão tem a especificidade de uma regula!ão normativa e ideal. +ág. IF?.Historicismo) a filosofia do direito não deixou de sucumbir ao mesmo

    reducionismo destruidor das correntes materialistas.Zur8e denuncia particularmente ocaráter abstrato do individualismo igualitário que, em nome dos princ%pios universaisda ra#ão, inspira a &eclara!ão dos direitos do (omem e do cidadão. 2omo crer,nessas condi!6es, que os direitos solenemente proclamados passam ter algumaeficácia concretaN +ág. IFP. 1 teoria da soberana da lei, que 3ousseau transformouna pedra angular do contrato social e em que se louvaram os 2onstituintes franceses,costitui o grave erro de esmagar o legado natural da (istória sob o peso artificial daordem constitucional. Tersão sartriana da cr%tica da ra#ão (istórica) a (istorici#a!ãodo direito provoca sua dissolu!ão, o (istoricismo não é apenas uma filosofia semmetaf%sica, é uma não0filosofia. 2r%tica de . +opper) se os (omens são levados porum movimento necessitante contra o qual nada podem e que determina, ao longo dotempo, regras $ur%dicas transmitidas por tradi!6es e costumes, é fácil prendê0los nastena#es de doutrinas em que a sobredetermina!o elimina qualquer iniciativa. +ág.IJA

    Titalismo) ,0escreve ele, é uma categoria do pensamento que são designa nen(umaessência, mas serve para qualificar certas práticas- que sempre se referem, aocontexto cultural de uma época, a pressupostos (istóricos. +ortanto, o direito é feitode não0direito. 7o limite, é um epifen[meno que implica a nega!ão da própria idéiade direito. :ilosofia reativa- por excelência, o anti0racionalismo pretende portantodevolver ' experiência social e ' vida, condu#das pelo movimento da (istória, ospoderes de que as privou a codifica!ão sistemática do direito. +ara se opor 'svertigens idealistas e aos entusiasmos ideológicos, o realismo imp6e o sentido dorelativo. Esse relativismo é o temor do normativo, porque nele se agita umaespontaneidade que #omba da ordem, da coerência e das continuidades5 é uma

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    revolta contra os valores5 essa revota transforma0se em cr%tica e em recusa dequalquer normatividade, que culmina com a dissolu!ão de todas as normas. +ág. IJFa IUF.

    $ P%.( II$ C%&'()*+ II$ N% 0)% @1+50(.)=;+ 0+14%* + 4.4(+@6 R+01+ P+)5%34./% .

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    construtores do individualismo racionalista, nem pelos princ%pios de solidariedade dosociologismo. 7ão vê na institui!ão a expressão da solidariedade espontnea5 aprópria forma da institui!ão consiste-, di# ele, num sistema de equil%brio de poderese de consentimentos constitu%dos em tomo de uma idéia-. 1 institui!ão é umaorgani#a!ão social criada por um poder que perdura porque contem uma ideiafundamental aceita pela maioria dos membros do grupo>. * Estado fa# parte das

    institui!6es >corporativas>, isto é, em torno de um poder de base nacional, eledesenvolve a empresa da coisa p4blica-. +ág. IOU e IPK.

    #$ P%.( II$ C%&'()*+ II$ N% T+.4% + 4.4(+ 0+14%* L7+5 D))4( * 3%*% /..%0 1+50(.)'%06 &*4. . 1 lei social e,portanto, uma primeirae irrefutável verdade. Em consequência, são as normas sociais, isto é, os (ábitosgravados na vida do grupo, que se transformam em normas $ur%dicas. &uguit insisteno fato de que o caráter constru%do- da regra $ur%dica não reflete o voluntarismo dodecisionismo do poder do Estado5 é antes o aval com que os poderes p4blicosconsagram um estado de fato ou, simplesmente, um fato social-. 1s regras constru%das- do direito extraem sua dimensão presciitiva e obrigatória tão somenteda for!a espontnea das regras normativas- do grupo social. +ortanto, não (á>separa!o absoluta>, muro instranspon%vel>, como se tende a pensar, entre o direitop4blico e o direito privado. "sso só teria sentido se o Estado criasse o direito5 ora, ofundamento do direito é o fato da solidariedade espontnea do grupo. +ortanto, nofundo, (á apenas uma 4nica regra de direito e sempre a mesma) cooperar para asolidariedade social. "sso evidencia claramente a re$ei!ão do autor de umconstitucionalismo de tipo racionalista cu$o critério de validade seria o formalismológico da ordem de direito.+ág. IOA a IOJ.

    >$ P%.( II$ C%&'()*+ II$ Q)%40 0;+ +0 3)5%/5(+0 % 01+*% *49. + 4.4(+3)5%% &+. F.%5=+40 G75?R0&+0(%: L) B)5+

    1 escola livre do direito surgiu no pós +rimeira Ruerra ;undial e um de seusprecursores iniciais foi :ran!ois RénV.

    3efuta a no!ão formalista do direito, afirmando que na verdade o direito devevir das rela!6es sociais, do dinamismo da vida. +ortanto, anteriormente ' formula!ãodo direito (á a realidade social que a determina.

    1ssim, o direito não pode ser redu#ido a letra da lei Do que RénV denomina de técnicas-, que é um dado pré0concebido que deve ser utili#ado con$untamente coma realidade fática, (istórica e intelectual, isto é, deve ser feita uma $un!ão entre dado

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    e constru%do.R0&+0(% J5433.:

    *s autores defendiam a tese de um direito livre e espontneo, portanto flex%vele modulado, $á que brota das representa!6es e das necessidades da sociedade. +ara adoutrina do direito livre, o dinamismo da vida deve prevalecer sobre o formalismo daregra no universo $ur%dico. *s dados da intui!ão deve fecundar as exigências da

    ra#ão. 2(egou0se a falar de uma filosofia intuicionista do direito- que flexibili#aria aregra de direito em contato com o fato e l(e daria um poucoo desse frescor que,mutatis mutandis, o direito inglês sabe tirar, lembravam eles, do common laC e daequitV. +ágina IOI.

    $ P%.( II$ C%&'()*+ I$ F+./)* 1.'(41%0 %+ &%5-5+./%(4940/+Y1+50(4()14+5%*40/+ )54% - %)(+-+.5%+$R0&+0(%: L) B)5+

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    2$ P%.( II$ C%&'()*+ I$ S+,. *05 .0&+0(%: Y%

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    a 1 unidade lógica e a (omogeneidade da teoria constitucionalista do direitosignifica que a 2onstitui!ão é a norma fundamental que orienta todo o sistema $ur%dico e organi#a o próprio Estado.

    b 7a ordem pol%tica, o Estado deve observar as normas constitucionais, demodo que é a 2onstitui!ão que define e delimita o poder das autoridades e dávalidade ao ordenamento. 7esse contexto as normas constitucionais possuem três

    aspectos) Da formal 0 são o fundamento $ur%dico das demais normas5 Db pol%tico 0limitam o poder dos governantes5 c $ur%dico 0 fundamentam o Estado de &ireito evalidam toda a ordem $ur%dica.

    c 1 teoria constitucionalista do direito se op6e ao direito natural por entenderque o direito advém da racionalidade (umana, distinguindo0se, inclusive, da moral.R0&+0(% J5433.:

    "sso significa que nen(uma lei, e, de modo geral, nen(uma regra de direito,pode ser definida em si e para si, isto é, isoladamente) ela pertence ' organi#a!ãoinstitucional do espa!o estatal. 9oda lei que fa# parte de uma ordem constitucionaltem a sua validade confirmada por esta mesma ordem constitucional. 7a ordempol%tica o ob$etivo é evitar tanto o absolutismo monárquico como o despotismo da

    liberdade popular, ambos obstáculos para o centralismo do Estado moderno, a fim dedefinir e delimitar a autoridade do poder p4blico. 7essa constru!ão $ur%dica auto0organi#acional, nen(um enunciado de direito pode ser incondicional) a multiplicidadedas regras legais e infralegislativas exprime a unidade primordial de uma ordemsistemati#ada. +áginas IIO e IIP. * século ST""" imp6e 's regras de direito umaestrutura lógica e (ierarqui#ada que, de patamar em patamar, determina0l(e ^funcionamento a existêcia, pois só as for!as constituintes e organi#adoras da ra#ãogarantem a legitimidade a legaldade e a $urisdicidade. 7este sentido, como estasnormas são depreendidas da ra#ão (umana elas se afastam de concep!6es de direitonatual e direito divino utili#adas por absolutistas para a manuten!ão do podercentrali#ado. +ágina I?A.

    AS TEORIAS DA JUSTIÇA DE RAWLS

    2$ Q)%40 %0 &.4514&%40 0/*K%5=%0 %0 43.5=%0 5(. % (+.4% R%*0 % (+.4% N+41 3esposta) D2amila

    1 teoria de 7o#ic8 Dliberalismo conservador e a teoria de 3aCls Dliberalismoigualitário são semel(antes no que tange a defesa existência de certos direitosbásicos invioláveis e re$eitam a possibilidade de que os direitos de algum indiv%duose$am deturpados em favor do maior bem0estar de outros. 1mbas as posturasregistram um antecedente comum na no!ão 8antiana de que os indiv%duos devem serconsiderados como fins em si mesmos, e não como meios que podem ser utili#adospara mel(orar o destino dos demais.

    7o que tange as diferen!as entre as teorias, podemos descrevê0las daseguinte forma) DI

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    de uma nova forma de escravidão, defendida em nome da $usti!a.

    $ D400.( 0+,. +0 &.451'&4+0 % 8)0(4=% 5% 1+51&=;+ R%*0$3esposta) D2amila

    *s princ%pios de $usti!a, que orientam as institui!6es Dsociopol%tico0$ur%dicas,podem ser formulados da seguinte maneira) +rimeiro) cada pessoa deve ter um

    direito igual ao esquema mais abrangente de liberdades básicas iguais que se$acompat%vel com um sistema semel(ante de liberdades para as outras pessoas.. &e acordocom essa regra de prioridade, a liberdade não pode ser limitada Dem sociedades quealcan!aram um n%vel m%nimo de desenvolvimento econ[mico a favor da obten!ão demaiores vantagens sociais e econ[micas, mas apenas no caso de entrar em conflitocom outras liberdades básicas.D:onte extra)

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    legal.

    2$ O 050+ 1+/)/ %34./%

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    deve sempre cumprir o seu dever, confiando os resultados a &eus ou ao destino. 1ética da responsabilidade di# que o (omem deve sempre responder pelas previs%veisconseqências de seus atos. =uando as conseqências de um ato praticado por puraética de convic!ão se revelam desagradáveis, o partidário de tal ética não atribuiráresponsabilidade ao agente, mas ao mundo, ' tolice dos (omens ou ' vontade de&eus, que assim criou os (omens-. Yá o partidário da ética da responsabilidade, ao

    contrário, contará com as fraque#as comuns do (omem e entenderá que não podelan!ar os ombros al(eios as conseqências previs%veis de sua própria a!ão- 1 4nica responsabilidade do portador da ética da convic!ão é com a pure#a da

    doutrina ou da sua cren!a.

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    .&(/$ D5(. *%06 14(%-0: % &.40;+ 5;+ 4/45)4 % 1.4/45%*4% Y+) %/%5(7/ +) % %)/5(% % (5=;+ &.+9+1% .4514514%6 &*+ &.4514&%* 3%(+.

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    informa!6es. * que se vê (o$e é uma sociedade mais enga$ada em mudan!as, sendoque essa mobili#a!ão é a consolida!ão de uma cultura pol%tica e ética próprias aocampo social. Esse ciclo de protestos surgiu no sentido de negar o padrãoinstitucional corporativo do modelo pol%tico anterior, bem como questionar os aspectosautoritários que de certa forma ainda prevalecem na democracia brasileira. :oi e éuma luta contra a permanência de um modelo pol%tico que dá poucas vo#es 's ruas,

    ou que restringe a participa!ão pelo ato do voto.9ais protestos podem contribuir inegavelmente para a conforma!ão de novasformas de fa#er pol%tica em que ten(a por base uma ética p4blica solidária, o quepode fulminar o crescimento da democracia.

    7ão (á d4vidas de que os protestos recentes recuperaram a capacidade ativada sociedade enquanto elemento transformador da realidade (istórica, vale lembrarque o povo é su$eito de sua própria (istória-  $ D400.( 0+,. + 4*%*40/+ 5+ L49.+ V44%. P)54.$

    7a filosofia de ;ic(el :oucault expressa em Tigiar e +unir a palavra ilegalismo- tem um sentido bem peculiar. Ela não se confunde com ilicitude-, que é um conceito

     $ur%dico fec(ado usualmente empregado para designar a contrariedade de um ato aoordenamento $ur%dico. "legalismo- tem uma defini!ão sociológica.

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    esperam dele, este$a associada a um determinado castigo, com as desvantagensprecisas que dele resultam.

    1 pen4ltima regra é a da verdade comum, segundo a qual a verifica!ão docrime deve obedecer aos critérios gerais de qualquer verdade, afastando a antigaprática dos supl%cios.

    +or 4ltimo (á a 3egra da especifica!ão ideal. +ara que a semiótica penal

    recubra bem todo o campo das ilegalidades que se quer redu#ir, todas as infra!6estêm que ser qualificadas, devem ser classificadas e reunidas em espécies que nãodeixem escapar nen(uma ilegalidade.

    $ A &%.(4. % +,.% M41K%* F+1%)*(6 &*4

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    na luta pela redemocrati#a!ão do pa%s, em um dos seus intérpretes, decerto que coma inten!ão de institu%0lo como advogado- da 2onstitui!ão em matéria federativa.1 forte ênfase das 1dins dos governadores em matéria de mbito estadual obriga auma análise das circunstncias que passaram a presidir as suas rela!6es com asassembléias legislativas) trata0se de um momento dominado, primeiro, pela produ!ãodas 2onstitui!6es estaduais, e, logo em seguida, pela reforma administrativa.

    Em escala bem mais modesta, a $udiciali#a!ão da pol%tica de iniciativa dosgovernadores tem con(ecido um outro eixo, clássico em uma rep4blica federativa, aofirmar padr6es de descentrali#a!ão no poder administrativo, rearticulando o tipo derela!6es entre os entes federados e a Bnião, caracteri#ado, até então, por secularassimetria, . +ela Emenda de IUPO, a provoca!ão do

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    legitimados, um dos órgão com mais 1!6es &iretas de "nconstitucionalidadeinterpostas durante o per%odo analisado pelo livro.

    7o caso dos governadores a mudan!a é ainda mais notória. *cupando estes oprimeiro lugar em n4mero de 1&"7s interpostas perante o

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    1pesar do esfor!o por afirmar a inexistência do preconceito racial no pa%s, emcompara!ão com o que ocorre em outros Estados, o que se observa é que (á no Zrasil umpreconceito assistemático, dissimulado, gerando um afastamento entre negros e brancos epre$udicando a tão buscada democracia racial-.

    Existe no pa%s, tendo em vista as observa!6es de :ernandes, um preconceito reativo,ou se$a, um preconceito contra o preconceito de ter preconceito) o brasil esfor!a0se pordemonstrar que não (á preconceito no pa%s, sem nada fa#er para mel(orar a situa!ão.

    Essa segrega!ão dissimulada é sentida quando observamos a dificuldade de acessoaos direitos fundamentais por motivos raciais, como ao trabal(o e ao tratamentoigualitário, ainda presentes na realidade nacional, necessitando, inclusive, de a!6esafirmativas para solucionar- a questão.

    >  A .0&4(+ + 05(4+ % 1+*+54%=;+ C%4+ P.%+ J.$6 7 &+00'9* 4.

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    sentimentalismo e pouco racional, que prestigia as emo!6es em detrimento dopensamento equilibrado, agindo de forma imparcial quando em face de amigos einimigos.  3eferida cordialidade em nada se aproxima com os ideais democráticos eburocráticos, devendo ser superada, conforme disp6e

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    brasileira.Rilberto :reVre, 2aio +rado Y4nior e

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    desfrutado, originou uma cultura excessivamente receptiva e pouco imparcial do povobrasileiro) o (omem cordial-. Xonge de ser uma qualidade, o (omem cordial é aqueleque age a partir dos sentimentos que brotam do cora!ão, se qualquer filtro deracionalidade, sendo incapa# de agir com imparcialidade em face de amigos einimigos. 1 cordialidade é inadequada ao funcionamento da democracia e daburocracia. "nfeli#mente, contudo, referida cordialidade é a marca da cultura

    brasileira.2onclui que a cordialidade está em processo de dilui!ão, fomentado pelamoderni#a!ão da sociedade, em especial em face da urbani#a!ão, mas que está longede ter um fim, sendo a moderni#a!ão insuficiente para resolver esse mal de origem-.

    $ UM ENIGMA CHAMADO BRASIL: 2 INT!RPRETES - D401+..% 0+,. %/+1.%14% .%14%* G4*,.(+ F.?. 0)% .*%=;+ 1+/ %0 %=0 %34./%(49%01.4%%0 / X/,4(+ ,.%04*4.+ 9+*(%%0 %+ %0&1(+ .%14%*$ YI0%,*% S$3) 3enataRilberto :reVre, em seu primeiro e mais con(ecido livro 0 2asa0Rrande

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      *

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    corresponderia ao vol8sgeist-, o esp%rito do povo. 2onforme a sociedade evolu%sse,também o direito se alteraria.

    7esse contexto, assume grande importncia a figura do magistrado, que seriaaquele que efetivamente produ#iria o direito ao decidir controvérsia posta em facedeste. 2ontudo, este entendimento também faria ruir por terra o princ%pio daseguran!a $ur%dica. 3etomando as cr%ticas de Zobbio, o realismo redu#iria a validade

    da norma a sua eficácia, confundindo, mais uma ve#, defini!6es distintas eindependentes.

    $ L++ 5+ 45'14+ 0)% +,.% A C4514% + D4.4(+6 T7.14+ S%/&%4+ F..%J.$ 401+.. %1.1% %0 4341)*%0 &.*4/45%.0 % 1+514()%=;+ + D4.4(+1+/+ 05+ )/% C4514%$ E&*4

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    +ara Radamer, seria fundamental a Leltansc(auung Dideologia como elementocatalisador da fusão de (ori#ontes que se espera de uma interpreta!ãofenomenológico. 1ssim, o intérprete supera o autor do texto, produ#indocon(ecimento a partir do texto interpretado, mas nunca cingindo0se unicamente aele. 1 t%tulo de compara!ão, podemos relacionar a (ermenêutica fenomenológica aonão0interpretativismo da doutrina estadunidense e a (ermenêutica epistemológica ao

    seu correspondente interpretativismo.7esse contexto, portanto, em que a ótica da interpreta!ão se encontra maisavan!ada, o intérprete, além de reprodu#ir o texto legal, exerce também influênciasobre ele, fundindo seu (ori#onte com o conte4do interpretando, c(egando a umanova conclusão que pode, muitas ve#es, suplantar o conte4do original do texto, masmantendo sempre sua essência ` nunca o distorcendo.

    7esse ponto, portanto, reside a diferen!a fundamental entre a (ermenêuticafenomenológica e a epistemológica) encontra a primeira De mais moderna prega aessa fusão de (ori#ontes para atribuir um significado 4nico ao significantes, a 4ltimaDclássica e mais antiga afirma que é essencial o distanciamento do texto para nãocontaminá0lo com as precompreens6es do intérprete e, assim, encontrar o real

    significado por trás daquilo que o texto originalmente pretendia conceber.$ D43.514 + 4.4(+ % /+.%*$

    +rimeiramente, é cab%vel mencionar que &ireito e a ;oral são instrumentos decontrole social que não se excluem, mas que se complementam. 2ada qual tem o seuob$eto próprio.

    * &ireito é fortemente influenciado pela ;oral.1 partir da ideia matri# de ZE;, organi#am0se os sistemas éticos, dedu#em0se

    princ%pios para c(egar ' concep!ão das normas morais, que irão orientar asconsciências (umanas em suas atitudes.

    2ritérios ;odernos para &istinguir o &ireito da ;oral1spectos :ormais)

    a 1 &etermina!ão do&ireito e a :orma não2oncreta da ;oral

    &ireito) ;anifesta0se mediante umconte4do de con$untos de regras quedefinem a dimensão da conduta exigida queespecificam a forma doagir-.

    ;oral) Estabelece uma diretiva maisgeral, sem particulari#a!6es.

    b Zilateralidade do&ireito e Bnilateralidadeda ;oral

    &ireito) 1s normas de &ireito,corresponde um dever.

    ;oral) 1penas imp6e deveres

    Dninguém pode exigir a conduta de outremc Exterioridade do&ireito e "nterioridade da;oral

    &ireito) Exterioridade` 1!6es(umanas em primeiro plano\quandonecessário investiga o animus- Do quemotiva ou motivou o agente do agente.

    ;oral) "nterioridade ` Xeva emconsidera!ão a vida interior das pessoas,consciência, $ulgando os atos exteriores paraverificar a intencionalidade. +ortanto, sepreocupa com os atos interiores e exteriores.

    d 1utonomia eHeteronomia

    &ireito) Heteronomia)Estar su$eito aoquerer al(eio. "nerente ao &ireito. 1s regras

     $ur%dicas são postas,

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    independentemente da vontade de seusdestinatários. * "ndiv%duo não cria o &ETE30

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    profundo e denota contemplar-, conceber-. Leltansc(auung seria, portanto, ao péda letra, concep!ão de mundo-.

    1 concep!ão de mundo ou ideologia tem um papel determinante naHermenêutica :ilosófica proposta por Radamer. Esse filósofo se contrap6e ' ideiatradicional Ddefendida pela Hermenêutica ;etodológica de que a interpreta!ão do&ireito deve ser feita a partir de métodos Dgramatical, sistemático, teleológico etc.

    capa#es, por si sós, de garantir o acesso correto e ob$etivo ao sentido das leis. +araRadamer a interpreta!ão pressup6e a atividade de um ser (umano, que é(istoricamente situado, sofre influências de sua cultura, tem preconceitos efrustra!6es. "sso tudo forma a sua ideologia, que distorce o modo como ele concebe einterpreta o mundo.

    +ara Radamer não só o intérprete, mas também o texto da lei está situado(istoricamente e, por isso, possui uma carga semntica própria, sendo que ainterpreta!ão seria o resultado de uma fusão do (ori#onte ideológico do intérpretecom o da lei. Esse resultado sofre influências de ambos os polos e produ# um sentidonovo, ligeiramente distorcido conforme a sub$etividade de cada pessoa. &a% di#erRadamer que a interpreta!ão $amais é reprodutiva.

    1ssim, pode0se concluir que Radamer descreve a ideologia de maneiracient%fica, focando0se em sua fun!ão gnoseológica, isto é, no papel que ela tem naforma como as pessoas con(ecem as coisas. Esse filósofo não a vê como algo positivonem como algo negativo, mas apenas necessário, que atua na concep!ão de mundodo intérprete sem que ele possa controlar através de métodos artificiais.

    Zourdieu também recon(ece uma fun!ão gnoseológica na ideologia, mas nãosó. +ara ele, a ideologia tem também uma fun!ão pol%tica e está relacionada aprodu!6es simbólicas veiculadas pela classe dominante.

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    tradi!ão. 1 linguagem imp6e0se, em verdade, o próprio ser) a pessoa. 7estes termos,o papel da Hermenêutica não seria a cria!ão ou o desenvolvimento de umprocedimento de compreensão ou até mesmo de um método, mas sim e, em verdade,a delimita!ão das condi!6es de ocorrência da compreensão, do fen[meno(ermenêutico e, em 4ltima análise, a determina!ão da importncia do su$eito nainterpreta!ão. 1ssim, toda interpreta!ão tem como ponto de partida e de c(egada os

    valores da +essoa, $á que a própria existência desta se perfa# na linguagem, elementofundamental da interpreta!ão, não (avendo interpreta!ão fora destes valores.&e outro giro, tem0se a perspectiva de Hart, o qual, fundado na filosofia da

    linguagem, definiu o direito como um sistema lingu%stico de textura aberta que,segundo a teori#a!ão de 1lexV, é completado mediante a atividade do intérprete0$ui#frente a casos especiais em que ocorrem colisão de princ%pios $ur%dicos a seremdecididos mediante $u%#os de proporcionalidade, contrariamente ao resultadoapresentado por &Cor8in, quem defende, também sob influência da filosofia dalinguagem, que a decisão é declarada com base num sistema de regras e princ%pios,(avendo uma resposta certa ex ante facto, devendo o $ui# buscá0la ao interpretar osistema $ur%dico.

    +or fim, cita0se a concep!ão de Habermas, o qual contesta o universalismo(ermenêutico de Radamer, ao defender a linguagem como um meio de poder,imbu%da de ideologias. 7este aspecto, o direito, enquanto sistema lingu%stico de poder,é legitimado por meio de aceita!ão racional dos destinatários dos discursos $ur%dicos,reali#ando0se os interesses por ele mediati#ados.

    >$ D400.( 0+,. % /+.54% 0*4%$ YS)5+ B%)/%51 modernidade sólida teve in%cio com as transforma!6es clássicas e o advento

    de um con$unto estável de valores e modos de vida cultural e pol%tico.2onsiste em através de um pro$eto moderno, que seria o controle do mundo

    pela ra#ão, em que tudo deveria ser con(ecido e categori#ado, de forma que teoriasambivalentes e duais demais devessem ser eliminadas.

    1inda que de forma amb%gua, a modernidade sólida, foi para Zauman umper%odo de domina!ão e controle, pois neste per%odo o mundo se tornou maisglobali#ado através do desenvolvimento industrial e do transporte.

    +ara Zauman, o pro$eto moderno, motor da modernidade sólida, reali#avaatravés dos Estados07a!6es, uma elimina!ão da ambivalência. 9udo deveria sercon(ecido e categori#ado ` para então ser controlado. 9oda ambivalência ` tudo quepermanecesse duplo, confuso, em cima do muro- ` deveria ser eliminado.

    1 ciência operou essa elimina!ão da ambivalência através da classifica!ão domundo, visando seu posterior uso técnico.  *s Estados0 7a!6es eliminavam a ambivalência através da separa!ão entre os de dentro- e os de fora-, entre os estabelecidos e os outsiders ` como diria EliasD?KKK.

    7o entanto, o escndalo do pro$eto moderno se deu com a descoberta de queseus nobres meios racionais levaram ' fins catastróficos. 1ssim como 1dorno eHor8(eimer DIUJO, Zauman vê a modernidade Dsólida como um per%odo em que ara#ão se volta contra si mesma, ou se$a, contra os que se utili#am da ra#ão.

    *s campos de concentra!ão e a tragédia nuclear abalaram profundamente aidéia de que o controle racional do mundo, pela elimina!ão da ambivalência, traria omel(or dos mundos poss%veis-.

    1 modernidade sólida foi, para Zauman, um per%odo de controle, domina!ão,mas nem por isso, mesmo que de maneira amb%gua, não deixou de unir o mundo.9ornou, através dos diversos desenvolvimentos da ind4stria e do transporte, o mundomais globali#ado.  +orém, com o fim da cren!a no pro$eto moderno, e com um desenvolvimentoainda maior dos meios de transporte e comunica!ão, emerge uma nova modernidade,

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    a modernidade l%quida.

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    2$ A+ 59+*9. )/%

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    diversas da dominante.*s métodos de (eterointegra!ão consistem no preenc(imento através de

    ordenamentos anteriores ou outros ordenamentos estatais ou através de recurso afontes diversas daquela que é dominante.  *s métodos de auto0integra!ão consistem em dois procedimentos) a analogia eos princ%pios gerais do direito.

    Entende0se por analogia o procedimento pelo qual se atribui a um caso nãoregulamentado a mesma disciplina que a um caso prescrito semel(ante. 1 fórmula doracioc%nio por analogia pode ser expressa assim) ; é +, < é semel(ante a ;, portanto< é +. &estaca0se que a semel(an!a entre os dois casos suscet%veis a analogia se$auma semel(an!a relevante.

    * outro procedimento de auto0integra!ão é a recorrência aos princ%pios geraisdo &ireito, ou se$a, buscar em princ%pios ou normas não expressas.