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Catarina Figueiredo Resumos 11ºano Geografia Agricultura Sector primário- grupo de atividades económicas que se dedica à exploração dos recursos que a natureza disponibiliza ao homem. Engloba a agricultura, a pesca, a pecuária, a silvicultura, a extração mineira, entre outras. Agricultura- atividade económica do sector primário cujo objetivo consiste na produção de alimentos e matérias-primas de origem vegetal retiradas do solo. Produto interno bruto (PIB) - valor de todos os bens e serviços produzidos num país, por empresas nacionais, ou estrangeiras, num dado período, geralmente um ano. Valor acrescentado- Diferença entre o valor da produção e o valor dos custos de produção. PAB (produto agrícola bruto) - valor final da produção agrícola de um país. Inclui a pecuária e silvicultura, para além da agricultura. O sector agrícola, mantém algum peso na criação de emprego, e detém uma grande importância na ocupação do espaço e na preservação da paisagem, constituindo mesmo a base económica essencial de alguns áreas acentuadamente rurais do país. Além disso contribui para o PIB dos países. Regiões agrárias: Entre douro e Minho Trás-os-Montes Beira litoral Beira interior Ribatejo e oeste Alentejo Algarve Região autónoma da madeira Região autónoma dos açores Características da agricultura: Tradicional de autoconsumo e subsistência: o Produtividade baixa; o Uso de utensílios/objetos obsoletos; o Elevado número de trabalhadores; o Uso de fertilizantes naturais que promovem a produção sem prejudicar o solo; o Qualidade superior à quantidade;

Resumo - 11º

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Catarina Figueiredo

Resumos 11ano Geografia

Agricultura

Sector primrio- grupo de atividades econmicas que se dedica explorao dos recursos que a natureza disponibiliza ao homem. Engloba a agricultura, a pesca, a pecuria, a silvicultura, a extrao mineira, entre outras.Agricultura- atividade econmica do sector primrio cujo objetivo consiste na produo de alimentos e matrias-primas de origem vegetal retiradas do solo.Produto interno bruto (PIB) - valor de todos os bens e servios produzidos num pas, por empresas nacionais, ou estrangeiras, num dado perodo, geralmente um ano.Valor acrescentado- Diferena entre o valor da produo e o valor dos custos de produo.PAB (produto agrcola bruto) - valor final da produo agrcola de um pas. Inclui a pecuria e silvicultura, para alm da agricultura.

O sector agrcola, mantm algum peso na criao de emprego, e detm uma grande importncia na ocupao do espao e na preservao da paisagem, constituindo mesmo a base econmica essencial de alguns reas acentuadamente rurais do pas. Alm disso contribui para o PIB dos pases.

Regies agrrias: Entre douro e Minho Trs-os-Montes Beira litoral Beira interior Ribatejo e oeste Alentejo Algarve Regio autnoma da madeira Regio autnoma dos aores

Caractersticas da agricultura:

Tradicional de autoconsumo e subsistncia: Produtividade baixa; Uso de utenslios/objetos obsoletos; Elevado nmero de trabalhadores; Uso de fertilizantes naturais que promovem a produo sem prejudicar o solo; Qualidade superior quantidade; Populao com experincias mas com formao adequada; Predomina a policultura em reas pequenas (minifndios);

Agricultura moderna ou de mercado Produtividade elevada; Uso de tecnologias modernas; Baixo nmero de mo-de-obra; Uso de fertilizantes/ pesticidas que promovem a produo em grande mas sem ter preocupaes ambientais; Quantidade superior qualidade; Populao com elevados nveis de formao; Predomina a monocultura praticada em reas com vrios hectares (latifndios);

Agricultura tradicional: Itinerante sobre queimada

um dos mtodos utilizados na agricultura, e consiste: o agricultor lana o fogo (depois de cortar as rvores), servindo-se das cinzas para fertilizar o solo. Faz o cultivo desse terreno durante 2 ou 3 anos (at os solos ficarem esgotados) e depois procura novos lugares onde repete todo o processo aplicada em reas de agricultura descapitalizada. A produo feita em pequenas e mdias propriedades como tambm em grandes latifndios (propriedade agrcola de grande extenso). Este mtodo feito por mo-de-obra familiar, e as tcnicas usadas so tradicionais e rudimentares. Os alimentos mais produzidos so o milho, nabo, rabanete, entre outros. Esta tcnica mais usada em PED localizados em frica, Amrica Latina e sia central.

Sedentria de sequeiro

uma tcnica agrcola para cultivar terrenos onde a chuva mais escassa. um cultivo sem irrigao. Sequeiro deriva da palavra seco. Predomina nas regies de savana, tpica no continente africano. Faz-se em sistema de policultura extensiva associada criao de gado. Pratica-se o sistema de rotao das culturas para evitar o esgotamento dos solos.

De osis

o tipo de agricultura praticada no norte de frica nas regies osis (lugar, em pleno deserto, onde, devido existncia de gua, h vegetao, se fazem culturas e se cria gado), caracteriza-se pela intensidade de ocupao do solo, pelo sistema de policultura e pela extrema diviso da propriedade (minifndios).

Da sia das mones ou rizicultura

uma forma de agricultura muito comum na sia das mones, pois est equilibrada com o clima quente e hmido e com a forte densidade populacional onde so utilizadas tcnicas agrcolas muito simples, pormenorizado, e intensivas, fazendo uso da grande quantidade de mo-de-obra existente. As tcnicas de cultivo so pouco evoludas e a utilizao de adubos muito baixa. Desta forma, utilizam como fertilizantes, os excrementos de animais, do homem e as prprias razes da planta. Contudo, apesar da cultura do arroz ser a principal atividade da regio, a rizicultura no constitui propriamente uma monocultura (cultura de uma s espcie agrcola), pois as reas das encostas e dos planaltos, tanto so ocupadas pela cultura de arroz, como pela cultura de ch ou sorgo

Agricultura moderna:

De plantao

Pratica-se este tipo de agricultura Amrica do Sul, frica e sia. uma agricultura que utiliza processos modernos, e tem como objetivo atingir o mximo rendimento e produtividade. As exploraes so de grande dimenso (latifndio) e uma agricultura especializada numa espcie (monocultura), a produo destinada ao mercado nacional e internacional. Neste tipo de agricultura mo-de-obra abundante e mal remunerada, utiliza tcnicas muito evoludas, visto que tem em vista a obteno de produtos de qualidade em grandes quantidades.

Do tipo norte-americano

Este tipo de agricultura muito mecanizada, e recorre a tcnicas muito modernizadas. Alm disso este tipo de agricultura feito em latifndios, e de alta produtividade.

Do tipo europeu

uma agricultura praticada em terras de pequena e mdia dimenso, bastante mecanizada e recorre muito a fertilizantes qumicos. A agricultura europeia tem tido inmeras transformaes e com progressos para uma especializao cada vez mais acentuada, tendo em mente corrigir o excesso de produo em determinados aspetos. Esta tendncia acentuou-se com a criao da PAC (poltica agrcola comum) que atravs de subsdios tentou diminuir as produes excedentrias.

Principais fatores condicionantes da agricultura: Principais fatores fsicos:

Clima Nveis de precipitao variam se estivermos no Norte ou no Sul; se estivermos no Litoral ou no interior variam consoante a estao do ano em que nos encontramosPrecipitao

Variam consoante os nveis de evaporao Variam entre Norte e sul do pas. Variam entre noroeste de Portugal, beira litoral, e oeste, regies com grande aptido para a prtica agrcola que se opem ao interior alentejano onde a prtica agrcola tem nveis muito inferiores.Temperatura

Os nveis so superiores no Algarve, Alentejo e Madeira, o que beneficia em muito a prtica agrcola nomeadamente na produo de frutcolas e hortcolas. Insolao

Relevo As maiores altitudes localizam-se no interior Norte e centro, j as reas de plancie so muito mais comuns no litoral e no sul do pas. Qualquer rea do pas pode ser adequada para a prtica agrcola apesar dos condicionalismos fsicos se escolhermos as espcies que melhor se adequem nas plancies. Nos relevos planos, a fertilidade dos solos geralmente maior, assim como a possibilidade de modernizao das exploraes. Se o relevo mais acidentado, a fertilidade dos solos torna-se menor e h maior limitao no uso de tecnologia agrcola e no aproveitamento e organizao do espao. Recursos hdricos fundamental para a produo agrcola, pelo que esta se torna mais fcil e abundante em reas onde a precipitao maior e mais regular. Em reas de menor precipitao necessrio recorrer a sistemas de rega artificial. Tambm depende da permeabilidade das rochas. No norte onde predomina o granito, a rocha mais impermevel, logo o caudal dos rios maior. No centro predomina o calcrio, a rocha mais permevel, logo o caudal dos rios menor. No sul predomina o mrmore, mais impermevel, logo o caudal dos rios maior. No sul os caudais dos rios so menores, no tanto por causa das rochas, mas sim pela escassez de gua. Fertilidade do solo Depende das caractersticas geolgicas, do relevo e do clima) e criada pelo homem (fertilizao e correo dos solos), influencia diretamente a produo, tanto em quantidade como em qualidade.

Principais fatores humanos: Densidade populacional Existem grandes assimetrias entre o Norte o Sul do pais, e o litoral e o interior, que levam a uma maior concentrao da prtica agrcola em determinadas reas.

Passado histrico A conquista e o povoamento do pas- que leva a que ainda hoje haja uma maior concentrao da populao no Norte do que no Sul. A este aspeto temos que associar a momentos histricos, como por exemplo os descobrimentos que fizeram do litoral uma rea muito mais povoada do que o interior.

Estrutura fundiria Sendo assim a propriedade no Norte sempre foi de menor dimenso (minifndio) associada uma agricultura de subsistncia ou de autoconsumo, e dai que predomina o sistema de cultura policultural em regime intensivo, e com espcies que necessitam de gua. J no sul acontece o oposto.

Objetivo da produo Quando a produo se destina ao autoconsumo, as exploraes so geralmente de menor dimenso e muitas vezes, continuam a utilizar tcnicas mais artesanais, se a produo se destina ao mercado, as exploraes tendem a ser de maior dimenso e mais especializadas em determinados produtos.

Tecnologias e prticas utilizadas Utilizando tecnologia moderna (mquinas, sistemas de rega, estufas, etc.), contribui para uma maior produtividade do trabalho e do solo

Polticas agrcolas So orientaes e medidas legislativas- quer nacionais quer comunitrias (UE), so atualmente fatores de grande importncia, uma vez que influenciam as opes dos agricultores, relativamente aos produtos cultivados, regulamentam prticas agrcolas, como a utilizao de produtos qumicos, criam incentivos financeiros, apoiam a modernizao das exploraes, etc.

Espao rural- parte significativa do territrio portugus e nele se desenvolvem as atividades agrcolas, mas tambm outras, como o artesanato, o turismo e a produo de energias renovveis que, atualmente tm cada vez mais expresso.Espao agrrio- reas ocupadas com a produo agrcola (vegetal e animal), pastagens e florestas, habitaes dos agricultores e ainda infraestruturas e equipamentos associados atividade agrcola (caminhos, canais de rega, estbulos, etc.)Espao agrcola-rea utilizada para a produo vegetal e/ou animalSuperfcie agrcola til (SAU) - rea do espao agrcola ocupada com culturasEstrutura agrria- consiste no conjunto de espetos externos (forma de parcelas) que caracterizam o espao agrrio.

Paisagens agrrias:

Sistema de cultura: (conjunto de plantas cultivadas, forma como estas se associam e tcnicas utilizadas no seu cultivo- so diferentes de regio para regio, devido essencialmente a fatores relacionados com o relevo, o clima e os solos)

Ocupao do solo: Intensivo (o solo total e continuamente ocupado) Extensivo (no h ocupao permanente e contnua do solo)

Culturas: Policultura (mistura de culturas no mesmo campo e colheitas que se sucedem umas s outras) Monocultura (cultivo de um s produto no mesmo campo)

Necessidade de gua: Regadio (que precisa de rega regular) Sequeiro (com pouca necessidade de gua)

Morfologia dos campos: Dimenso: Minifndio (pequeno) Mdio Latifndio (grande) Forma: Regular Irregular

Vedao: Campo aberto (sem qualquer vedao) Campo fechado (com muros ou renques de rvores e arbustos que delimitam a propriedade e protegem as culturas do vento e da invaso do gado)

Povoamento Disperso- prprio de regies ricas em gua como o noroeste de Portugal; Misto Concentrado- comum em regies mais secas como o Alentejo em que a populao se concentra junto das fontes ou cursos de gua;A dimenso da superfcie agrcola til (SAU) est associada extenso das exploraes, pelo que apresenta tambm uma distribuio regional marcada pela desigualdade, salientando-se o Alentejo com cerca de metade da SAU nacional.Razes pela qual a SAU varia em Portugal:A desigual distribuio de SAU deve-se, essencialmente, s caratersticas do relevo e da ocupao humana. O relevo aplanado, a fraca densidade populacional e o povoamento concentrado permitem a existncia de vastas extenses de reas cultivadas, no Alentejo. Nas regies de relevo mais acidentado, maior densidade populacional e povoamento disperso, como a madeira, a beira litoral e entre douro e Minho, a rea ocupada pela SAU menor.

SAU engloba: Terras arveis- ocupadas com culturas temporrias (de ciclo vegetativo anual ou que tm de ser ressemeadas com intervalos inferiores a cinco anos) e com os campos em pousio. Predomina na Beira Litoral, e regio autnoma da madeira. Culturas permanentes- plantaes que ocupam as terras durante um longo perodo de tempo como um olival, uma vinha, um pomar, etc. Predomina nos Trs-os-Montes e Algarve. Pastagens permanentes- reas onde so semeadas espcies por um perodo superior. Predomina entre douro e Minho, Beira interior, Aores, Ribatejo e oeste, Alentejo. Horta familiar- superfcie ocupada com produtos hortcolas ou frutos destinados a autoconsumo.

Fatores humanos e naturais que condicionam a SAU:Na beira interior, as terras arveis ocupam mais de metade da SAU, seguidas das culturas permanentes. As culturas permanentes tm maior importncia no Algarve e na Madeira, onde a produo de frutas e vinhos importante. As pastagens permanentes ocupam a quase totalidade da SAU nos aores, onde as condies climticas favorecem a formao de prados naturas e a criao de gado bovino muito importante, e cerca de dois teros no Alentejo, onde o aumento de pastagens permanentes reflete o investimento na criao de prados artificiais, com recursos a modernos sistemas de rega, sobretudo para o gado bovino.

Formas de explorao da SAU: Contra prpria- o produtor tambm o proprietrio Arrendamento- o produtor paga um valor ao proprietrio da terra pela sua utilizao.

Vantagens e desvantagens de conta prpria:A explorao por conta prpria habitualmente considerada mais vantajosa. O proprietrio procura obter o melhor resultado possvel da terra mas, como est a cuidar do que seu, preocupa-se com a preservao dos solos e investe em melhoramentos fundirios, como a construo de redes de drenagem, a colao de instalaes de rega permanentes, etc.Os proprietrios podem ter um papel decisivo na comunidade rural, participando na preservao da paisagem e das espcies autctones, na preveno de fogos florestais, etc. Podem tambm com maior facilidade, aliar a atividade agrcola a outras, contribuindo para a diversificao da base econmica e para o desenvolvimento sustentvel das reas rurais.

Vantagens e desvantagens por arrendamento:O arrendamento pode ser desvantajoso, pois os arrendatrios nem sempre se interessam pela valorizao e preservao das terras, preocupando-se mais em tirar delas o mximo proveito durante a vigncia do contrato. Porm, o arrendamento pode evitar o abandono das terras, nos casos em que o proprietrio no possa ou no queira explor-las.

Apesar das dificuldades impostas pela dimenso mdia das exploraes sobretudo no norte do pas e na madeira, tem-se verificado uma tendncia de aumento do valor da produo vegetal e animal. As pequenas oscilaes anuais dos valores da produo vegetal resultam da alterao dos preos de mercado e das diferentes condies meteorolgicas verificadas durante os ciclos vegetativos.No sector vegetal, a superfcie ocupada pelas principais culturas e o volume da produo de cada uma delas apresenta tambm algumas desigualdades.

Rendimento agrcola- Relao entre a quantidade produzida e a superfcie produzida, avaliando em toneladas por hectare.

Nem sempre uma maior rea de cultivo corresponde a uma maior produo, ou seja, existem diferenas no rendimento agrcola. Essas diferenas advm das prprias caratersticas das culturas (por exemplo o trigo e a oliveira ocupam maior extenso de solo), da fertilidade dos solos (natural ou induzida pelo agricultor) e das tecnologias utilizadas. Produtividade agrcola-produo ou valor da produo por trabalhador ou por unidade de tempo, num determinado perodo, medindo-se por toneladas por trabalhador.

Aspetos importantes que marcaram a agricultura em Portugal Romanos- foram eles que introduziram novos cereais como por exemplo trigo, aperfeioaram tcnicas de rega e de distribuio da gua e desenvolveram o cultivo da vinha e de algumas rvores de frutos. rabes- ocuparam progressivamente a pennsula ibrica a partir do ano de 711, a eles se devem algumas espcies frutcolas (rom, laranja, limo, tangerina e amndoa) e ainda formas de captao e de distribuio de gua, bem como de irrigao, caso da nora e picano. Idade mdia- o desenvolvimento agrcola prosseguiu com o arroteamento de terras em regies que foram sendo conquistadas e incorporadas no territrio portugus e nas quais as ordens militares assumiram um papel importante. Descobrimentos- os descobrimentos estiveram na introduo de culturas que hoje desempenham um papel importantssimo nos hbitos alimentares dos portugueses. o caso do milho (originrio da Amrica), como da batata. Nos seculos XVII e XVIII com o desenvolvimento da vinha para fins comerciais, o homem desenvolveu uma autntica luta contra a natureza, atravs da construo de socalcos nas vertentes dos rios.

Problemas associados ao sector agrcola portugus: Decrscimo da populao ativa neste sector de atividade; Baixa qualificao profissional/formao da populao ativa deste sector; Idade avanada da populao que ocupam este sector; Diminuio da superfcie agrcola total; Diminuio do nmero de exploraes; O nmero de blocos (componente das parcelas) diminui bastante; Estrutura de utilizao das terras sofreu alteraes significativa em termos de concentrao; Diminuio da explorao arrendadas; A rea da superfcie irrigada diminui; Decrscimo das culturas praticadas de uma forma geral, a que no so alheias as alteraes introduzidas pela PAC que nos ltimos anos tem incentivado no produo de acordo com a aptido dos solos;

Culturas tradicionais: Vinho Azeite Batata

Culturas emergentes: Fruticultura Horticultura

Culturas industriais: Tomate Girassis Tabaco

Norte litoral:

Entre Douro e Minho:

Propriedade e explorao da terra: minifndios, campos fechados e de forma irregular.Explorao da terra: a explorao por conta prpria predomina;Tipo de povoamento: predomina o disperso;Sistemas de cultura: intensivo e policultural;Sistema de rega: regadio;Principais produes: Cereais: milho; Culturas tradicionais: Vinha, batata; Culturas emergentes: Frutos secos, feijo abbora, e hortalias; Culturas industriais

Beira Litoral

Propriedade e explorao da terra: minifndios, campos fechados e de forma irregular.Explorao da terra: a explorao por conta prpria predomina;Tipo de povoamento: concentrado;Sistemas de cultura: intensivo e policultural;Sistema de rega: regadio;Principais produes: Cereais: milho; Culturas tradicionais: batata, vinha; Culturas industriais: Tomate;Norte interior: Trs-os-Montes

Propriedade e explorao da terra: minifndiosExplorao da terra: a explorao por conta prpria predomina;Tipo de povoamento: ConcentradoSistema de Culturas: Extensivo, monocultural Sistema de Rega: SequeiroPrincipais Produes: Cereais: trigo; Culturas tradicionais: vinha, azeite, batata; Culturas emergentes: fruticultura: mas e frutos secos; horticultura; Culturas industriais: Com um peso menor o tabaco Beira Interior

Propriedade e explorao da terra: minifndios;Explorao da terra: a explorao por conta prpria predomina;Tipo de povoamento: Concentrado;Sistema de Culturas: Extensivo, monocultural;Sistema de Rega: Sequeiro;Principais Produes: Cereais: trigo; Culturas tradicionais: vinha, azeite, batata; Culturas emergentes: fruticultura: mas, pssegos e frutos secos; horticultura; Culturas industriais: Com um peso menor o tabaco Ribatejo e oeste

Propriedade e explorao da terra: latifndios, campos abertos e forma regular;Explorao da terra: a explorao por conta prpria predomina;Tipo de povoamento: Maioritariamente concentrado;Sistema de Culturas: Extensivo, monocultural;Sistema de Rega: Regadio;Principais Produes: Cereais: milho e arroz; Culturas tradicionais: vinha, batata; Culturas emergentes: Fruticultura: ma, pssego, citrinos; Culturas industriais: tomate;

Alentejo

Propriedade e explorao da terra: latifndios, campos abertos e forma regular;Explorao da terra: a explorao por conta prpria predomina;Tipo de povoamento: concentradoSistema de Culturas: Extensivo, monocultural;Sistema de Rega: Sequeiro;Principais Produes: Cereais: trigo, milho e arroz; Culturas tradicionais: Vinha, batata e azeite; Culturas emergentes: Fruticultura: melo e citrinos; produtos hortcolas; Culturas industriais: Tomate e girassol Algarve:

Propriedade e explorao da terra: Zonas de altitude: latifndio; Zona litoral: minifndios;Explorao da terra: a explorao por conta prpria predomina;Tipo de povoamento: predomina o concentradoSistema de Culturas: Intensivo, policultura; extensivo, monocultural.Sistema de Rega: regadio/sequeiroPrincipais Produes: Culturas emergentes: Litoral: Citrinos, pssegos e produtos hortcolas, floricultura; Zona de altitude: Sobreiro, alfarrobeira, figueira; Culturas industriais: tomate.

Madeira:

Propriedade e explorao da terra: minifndios, campos fechados e de forma irregular.Explorao da terra: a explorao por conta prpria predomina;Tipo de povoamento: mistoSistema de Culturas: Intensivo, policultural;Sistema de Rega: regadioPrincipais Produes: Cereais: milho; Culturas tradicionais: Vinha; Culturas emergentes: Fruticultura: banana; anans, anona; maracuj; Culturas Hortcolas; Culturas industriais: cana-de-acar AoresPropriedade e explorao da terra: minifndios, campos fechados e de forma irregular.Explorao da terra: arrendamento predomina;Tipo de povoamento: dispersoSistema de Culturas: Intensivo, policultural;Sistema de Rega: regadioPrincipais Produes: Culturas tradicionais: batata e milho. Culturas emergentes: fruticultura: anans e batata-doce; Culturas industriais: tabaco; ch e beterraba sacarinaPopulao agrcola:A populao ativa agrcola diminuiu bastante nos ltimos decnios, devido modernizao da agricultura e melhor oferta de emprego nos outros sectores de atividade.Esta oferta tem aumentado provocando o xodo agrcola- transferncia de mo-de-obra para outros sectores de atividade, ainda que mantendo a residncia nas reas rurais. Tal evoluo influenciou a estrutura etria da populao agrria portuguesa e contribuiu para o seu envelhecimento.O nvel de instruo dos agricultores, embora tenha vindo a aumentar, ainda relativamente baixo. A formao profissional da larga maioria dos agricultores continua a ser exclusivamente prtica. A transmisso de conhecimentos e experincias de pais para filhos apresentasse ainda como o principal modo de formao. S uma pequena parte da populao agrcola tem formao profissional.

Consequncias das caractersticas da populao agrcola:O envelhecimento e os baixos nveis de instruo e de formao dos agricultores constituem um entrave ao desenvolvimento da agricultura, nomeadamente no que respeita adeso a inovaes (tecnologia, mtodos de cultivo, prticas amigas do ambiente, etc.), capacidade de investir e arriscar, e adaptao s normas comunitrias de produo e de comercializao.

Composio da mo-de-obra agrcola:A mo-de-obra agrcola essencialmente familiar, representando cerca de 80% do volume de trabalho. Nas regies com maior dimenso mdia das exploraes, a importncia da mo-de-obra agrcola no familiar mais relevante, sobretudo devido maior especializao da agricultura que mais exigente na qualificao da mo-de-obra.

(As mulheres representam oficialmente um quarto do total da populao ativa neste sector, mas a realidade pode estar subestimada, uma vez que muitas mulheres que trabalham na agricultura identificam-se como domsticas)

Pluriatividade - prtica em simultneo, do trabalho na agricultura e noutras atividades. Pode ser encarada como uma alternativa para aumentar o rendimento das famlias dos agricultores. Deste modo as famlias rurais tendem a ser multifuncionais.Plurirrendimento- acumulao dos rendimentos provenientes da agricultura com os de outras atividades.Atualmente, os rendimentos da maioria dos agregados famlias agrcolas provm principalmente de outras atividades exteriores explorao.

Agricultura portuguesa:Problemas: Predomnio das exploraes agrcolas de pequena dimenso; Baixa densidade populacional e envelhecimento demogrfico nos meios rurais; Baixos nveis de instruo dos agricultores; Insuficiente nvel de formao profissional dos produtores; Baixo nvel de adeso s tecnologias de informao e comunicao nas zonas rurais; Fraca capacidade de inovao e modernizao; Dfice de gesto empresarial e de organizao voltada para o mercado; Falta de competitividade externa; Imagem dos produtos agrcolas portugueses pouco desenvolvida no mercado externo; Dificuldades de autofinanciamento e acesso ao crdito; Fraca ligao da produo agrcola e florestal a indstria; Abandono de espaos rurais; Elevada percentagem de solos com fraca aptido agrcola; Riscos de desertificao em vastos territrios rurais; Fraca sustentabilidade social e econmica das reas rurais; Dependncia externa; Baixos nveis de rendimento; Irregularidade climtica; Introduo de transgnicos (OMGS todo o organismo cujo matria gentico foi manipulado de movo a favorecer alguma caracterstica desejada; Degradao de a poluio dos solos; Superproduo / sobreproduo

Potencialidades: Condies climticas propcias para certos produtos, em especial os mediterrnicos; Boas condies de sanidade vegetal; Existncia de recursos genticos com vocao para o mercado; Aumento da especializao das exploraes; Aumento da disponibilidade de gua para rega; Potencial de produo com qualidade de diferenciada para azeite, as hortofrutcolas, o vinho e produtos da floresta; Existncia de um nmero significativo de denominaes de origem; Potencial para produzir com qualidade e diferenciao; Aumento da vocao exportadora de alguns produtos; Pluriatividade da populao agrcola nas reas com maior diversificao do emprego, o que ajuda a evitar o abandono; Utilizao crescente de modos de produo amigos do ambiente;

Dependncia externa:A balana alimentar portuguesa continua a ser deficitria em grande parte dos produtos, mantendo-se, assim, uma forte dependncia externa.A insuficincia da produo nacional no explica, s por si, o saldo negativo da balana alimentar portuguesa. A livre circulao de mercadorias na UE facilita a importao de produtos agrcolas, mesmo daqueles que o nosso pas autossuficiente.As modernas facilidades de transporte, a agressividade de marketing, a globalizao da economia e o aumento da exigncia dos consumidores portugueses tambm favorecem a importao de produtos agrcolas de outros pases do mundo.

Os problemas estruturais da agricultura portuguesa refletem-se nos nveis de rendimento e de produtividade que ainda se situam bem abaixo da mdia da UE.Para avaliar os nveis de rendimento de rendimento da agricultura so, habitualmente, utilizados indicadores definidos a nvel comunitrio, dos quais que se destaca: Rendimento de fatores- indicador econmico que permite medir a remunerao dos fatores de produo e calculado subtraindo, ao VAB liquido a preos de base, os impostos sobre produo e somando os subsdios produo; Rendimento empresarial liquida- saldo contabilstico obtido pela soma do excedente lquido de explorao e dos juros recebidos pelas unidades agrcolas constitudas em sociedade, qual se deduzem as rendas (rendas de terrenos e parcerias) e os juros pagos.

A produtividade da agricultura est diretamente relacionada com a mo-de-obra e depende de fatores como as tecnologias utilizadas, a formao profissional e o grau de mecanizao. Nos ltimos decnios, verificou-se um crescimento significativo da produtividade, resultado da reduo do volume de mo-de-obra que, por sua vez, reflete as mudanas de agricultura portuguesa, nomeadamente no que respeita mecanizao.Fatores que diminuem a nossa produtividade agrcola: Condies meteorolgicas irregulares, e muitas vezes, desfavorveis; Caractersticas da populao agrcola: envelhecida e com baixos nveis de instruo e de formao profissional; Utilizao ainda muito significativa de tcnicas tradicionais; Uso inadequado de adubos e pesticidas; Predomnio de exploraes de pequena dimenso; Desajustamento frequente das culturas s aptides dos solos; Elevados custos de produo, incluindo cursos de combustveis e impostos superiores aos da maioria dos pases da Unio Europeia. Pesados encargos financeiros do crdito a que os agricultores tm de se sujeitar para modernizar as suas exploraes;

Como potencializar a nossa agricultura:Para aumentar os nveis de rendimento e de produtividade, a agricultura portuguesa tem de acelerar o seu ajustamento estrutural e apostar na modernizao e na orientao para o mercado, aproveitando todas as nossas potencialidades endgenas.

Em Portugal mais de metade dos solos tem uma boa aptido agrcola para floresta e apenas cerca de um quarto para a agricultura. A rea ocupada com atividade agricultura continua a ser superior dos solos com aptido para a agricultura. No entanto muitas atividades agrcolas se desenvolvem em solos pouco aptos para agricultura. Alm disso, os agricultores escolhem as espcies a cultivar sem estudos prvios que permitem uma boa adequao entre a aptido natural e uso do solo.

A aplicao inadequada dos sistemas de produo, constitui outro problema, pois conduz ao empobrecimento e degradao dos solos. Por exemplo: No sistema extensivo, a utilizao do pousio absoluto, sem recursos s culturas forrageiras ou s pastagens artificias, facilita a eroso dos solos, uma vez que, sem cobertura vegetal, os seus horizontes superficiais ficam mais expostos aos agentes erosivos; A prtica de monocultura conduz ao empobrecimento e esgotamento de determinados nutrientes do solo essenciais ao desenvolvimento das culturas; A excessiva mecanizao, sobretudo a utilizao de mquinas pesadas, contribui tambm para a compactao dos solos; No sistema intensivo, a utilizao excessiva ou incorreta de fertilizantes qumicos e pesticidas degrada e polui os solos e diminui a fertilidade.

PAC (politica agrcola comum): politica desenvolvida no quadro da unio europeia e que harmoniza a gesto do sector agrcola nos vrios pases membros. Objetivos da PAC: Incrementar a produtividade da agricultura, fomentando o progresso tcnico, assegurando o desenvolvimento racional da produo agrcola e a utilizao tima de fatores de produo, nomeadamente da mo-de-obra; Assegurar, deste modo, um nvel de vida equitativo populao agrcola, designadamente pelo aumento do rendimento individual dos que trabalham na agricultura; Estabilizar os mercados; Garantir a segurana dos abastecimentos; Assegurar os preos razoveis nos fornecimentos aos consumidores;

Pilares da PAC: Unidade de mercado: criao de uma organizao comum de mercado OCM para cada um dos produtores, conseguida atravs da definio de preos institucionais e de regras de concorrncia; Preferncia comunitria: pretende evitar a concorrncia de produtos de outros pases, atravs do estabelecimento de um preo mnimo para as importaes e de subsdios explorao; Solidariedade financeira: pressupe que os custos de funcionamento da PAC sejam suportados em comum, a partir de um fundo comunitrio, o FEOGA, fundo europeu de orientao e garantia agrcola: FEOGA orientao: financia os programas e projetos destinados a melhorar as estruturas agrcolas (construo de infraestruturas agrcolas, redimensionamento das exploraes) FEOGA- garantia: financia as despesas de regulao dos preos e dos mercados (apoio direto aos agricultores, despesas de armazenamento, restituies s exportaes, etc.)

Em 2005 foram criados o FEAGA- fundo europeu agrcola de garantia e o FEADER fundo europeu agrcola para o desenvolvimento rural que substituram o FEOGA.

Consequncias positivas do incremento da PAC: Produo agrcola triplicou; Reduziram-se a superfcie e a mo-de-obra utilizadas; Aumentaram a produtividade e o rendimento dos agricultores;

Principais problemas gerados pela aplicao da PAC: Criao de excedentes agrcolas em quantidades impossveis de escoar nos mercados, gerando custos muito elevados de armazenamento; Desajustamento entre a produo e a necessidade de mercado. A oferta tornou-se maior do que a procura; Peso muito elevado da PAC no oramento comunitrio, comprometendo o desenvolvimento de outras polticas; Tenso entre os principais exportadores mundiais, devido s medidas protecionistas e poltica de incentivos exportao; Graves problemas ambientais motivados pela intensificao das produes com utilizao de numerosos produtos qumicos;Reformas da PAC: 1984- Foi institudo o sistema de quotas inicialmente aplicado ao sector do leite, que estabelece um limite de produo para cada pas; 1988- Foram alargados a um maior nmero de sectores os estabilizadores agro-oramentais fixao de quantidades mximas garantidas (QMG) e de condies de descida automtica dos preos na proporo de quantidade excedida;

Medidas destinadas a reduzir as terras cultivadas: Sistema de retirada de terras arveis, o set-aside: forma de pousio da terra subsidiado pela UE. Este incentivo no produo visa a reduzir os excedentes e proteger os solos menos aptos, garantindo a remunerao dos produtores; Regime de incentivo cessao da atividade agrcola ou reforma antecipada; Reconverso dos produtos excedentrios, baseada na concesso de prmios aos produtores que se comprometam a reduzir a produo;

1992- reforma com principal Objetivo o reequilbrio entre a oferta e a procura e a promoo de um maior respeito pelo ambiente;

Para atingir esses objetivos, procedeu-se a: Diminuio dos preos agrcolas garantidos; Criao de ajudas diretas aos produtores sem ligao com as quantidades produzidas; Definio de medidas para melhorar os sistemas de produo, de modo a torna-los mais amigos do ambiente, nomeadamente, o incentivo a: Ao pousio temporrio; s reformas antecipadas para os agricultores mais idosos; prtica da agricultura biolgica utiliza tecnologia moderna e recorre investigao e apoio cientfico excluindo, porm, fertilizantes qumicos e pesticidas; silvicultura; Ao desenvolvimento da pluriatividade; orientao para novas produes industriais ou energticas;

A reforma de 1992 teve muitos resultados positivos, no entanto mantiveram-se os problemas de fundo como a ineficincia dos apoios, a intensificao dos problemas ambientais e o acentuar das diferenas de rendimento entre agricultores;

1999- No mbito a agenda 2000 (documento sobre e conjunto de questes que se colocam UE, no mbito do alargamento e das politicas comuns;

Funes da agricultura mais valorizadas pela poltica agrcola- agenda 2000: Econmica: pelo tradicional papel de produo e contribuio para o crescimento econmico; Ordenamento do territrio: por ocupar grande parte do territrio, constituindo a matriz de enquadramento dos restantes usos do solo; Social: por ser a principal atividade e forma de sobrevivncia de numerosas comunidades rurais; Ambiental: pelo seu papel na conservao dos espaos, de proteo da biodiversidade e de salvaguarda da paisagem;

No mbito da reforma da PAC e da agenda 2000, Portugal beneficiou ainda do aumento da quota para trigo duro e para a extenso da rea irrigada no sector dos cereais, bem como do aumento dos limites dos prmios no sector pecurio. Beneficiou tambm do fato de o financiamento das medidas para as reas consideradas desfavorecidas ter passado a ser feito pelo FEOGA garantia, libertando meios do FEOGA- orientao;

Apesar das potencialidades, as medidas implementadas em 1999 no foram suficientes para resolver problemas como a falta de competitividade no mercado mundial, a desigualdade repartio dos apoios entre os produtores e entre regies e a presso ambiental resultante dos sistemas intensivos.

Surgiram novos desafios na PAC: A necessidade de aumentar a competitividade da agricultura comunitria, face s perspetivas de expanso do mercado agrcola mundial; O deficiente ordenamento do espao rural e o predomnio de prticas intensivas, nefastas para o ambiente e para a segurana alimentar; A necessidade de afirmar e valorizar a diversidade da agricultura europeia; O alargamento da unio a estados em que o sector agrcola tem ainda grande importncia e ter de se adaptar s normas e orientaes comunitrias; A defesa da PAC nas negociaes internacionais, no quadro da OMC.

A integrao da agricultura portuguesa:A agricultura portuguesa encontrava-se economicamente e tecnicamente estagnada, quando se iniciou, em 1977, o processo de adeso: Contribua com 17% para a formao do PIB e 30% para o emprego; A produtividade e o rendimento eram muito inferiores os dos restantes pases membros; O investimento era muito reduzido e as tcnicas pouco evoludas; As infraestruturas agrcolas eram insuficientes e as caractersticas de estruturas fundirias dificultavam o desenvolvimento do sector. Havia pouca experincia em matria de concorrncia nos mercados internos e externos.

Estas fragilidades foram reconhecidas no programa de pr-adeso e no tratado de adeso, o que permitiu uma integrao em duas partes:1. Decorreu at 1990. At esse ano Portugal no esteve sujeito a regras de preos e mercados da PAC, para facilitar a adaptao. Porm beneficiou de incentivos financeiros do PEDAP programa especfico de desenvolvimento da agricultura portuguesa; cujo principal objetivo era promover uma modernizao acelerada nos primeiros anos, para mais facilmente enfrentar e posterior abertura ao mercado europeu.2. Deveria terminar em 1995. Foi marcada pela concretizao do mercado nico (1993) que, ao estabelecer a livre circulao de produtos, exps prematuramente o mercado portugus concorrncia externa. Tambm nesse perodo, decorreu a primeiro reforma da PAC o que contribuiu igualmente para tornar o processo de integrao mais difcil.

Problemas que surgiram com a adeso de Portugal UE e a PAC: Sofreu limitaes de produo, pelo sistema de quotas, na sequncia de excesso de produo para o qual no havia contribudo; Foi desfavorecido pelo sistema de repartio dos apoios, feitos em funo do rendimento mdio e da rea de explorao, que beneficiava essencialmente alguns sectores e os pais que mais produziam; Os investimentos nos projetos cofinanciados por fundos comunitrios levaram ao endividamento dos agricultores, agravada pelas taxas de juro bancria que durante muito tempo, foram as mais elevadas da Unio Europeia.

MEDIDAS DA VELHA PACMEDIDAS DA NOVA PAC

Agricultura industrial modernaAgricultura biolgica

Massificao (quantidade)Qualidade

Produo intensivaProduo extensiva

Prioridade ao produtorPrioridade ao consumidor

Produo artificial na pecuriaReproduo natural na pecuria

Uso de medicamentos antibiticosUso controlado de medicamentes e eliminao de uso de medicamentos

Maior consumo de produtos alimentares nacionais e estrangeirosMaior consumo de produtos regionais e locais

Subsdios produo

A agricultura portuguesa, no final do segundo quadro comunitrio de apoio (QCA II 1994-1999), encontrava-se apesar de tudo numa situao favorvel: O nmero de exploraes agrcolas diminuiu quase 40% enquanto a dimenso mdia das exploraes aumentou de 6.3 para 9.3 h; Os investimentos em infraestruturas fundirias, tecnologias e formao profissional melhoraram substancialmente com os apoios comunitrios do PEDAP at 1995 e do PAMAF- programa de apoio modernizao agrcola e florestal entre 1994 e 1999;

Reforar a competitividade: Modernizar os meios de produo e de transformao, necessrio investir na tecnologia produtiva e infraestruturas; e corrigir as deficincias estruturais, pois a modernizao dificultada pela pequena dimenso das exploraes, o que conduz a perdas de tempo, ao aumento de despesas e impossibilidade de adotar mtodos de cultivo mais racionais. O aumento da dimenso das exploraes poder conseguir-se pelo emparcelamento- agrupamento de parcelas ao nvel da propriedade, do direito de uso, do cultivo- que permitir melhorar a organizao da produo e rendibilidade dos fatores de produo, para aumentar o rendimento e a produtividade; Produzir com qualidade Melhorar os circuitos de distribuio e comercializao pois necessrio potencializar o sector agrrio, com criao de condies para o escoamento da produo, o que passa pela organizao dos produtores e pela melhoria das redes de distribuio e comercializao e incentivar o associativismo (organizao de produtores em cooperativas, associaes ou por outras formas que permite: Defender melhor os interesses dos produtores; Aumentar a informao dos mercados; Garantir a sua comercializao; Aumentar a capacidade de negociao nos mercados; Evitar a atuao abusiva dos intermedirios; Otimizar os recursos e equipamentos; Facilitar o acesso ao crdito e a aquisio de tecnologia; Proporcionar informao sobre novas tcnicas e prticas de produo; Valorizar os recursos humanos, atravs de medidas que conduzam o rejuvenescimento e qualificao; Garantir a sustentabilidade, apostando na qualidade, e associando a preocupao econmica e ambiental;

A multifuncionalidade das reas ruais implica a pluriatividade, que permite o plurirrendimento, atravs de atividades alternativas ou complementares. Implica, tambm, um esforo de preservao dos valores, da cultura, do patrimnio e de mobilizao e potencializao dos recursos locais. Esta uma opo estratgica que poder melhorar as condies de vida de muitas reas rurais, afastando-as da situao de desfavorecidas. Tal s ser possvel com a fixao de populao e o desenvolvimento de atividades econmicas sustentveis.reas rurais:reas rurais pontos fracos: Perda e envelhecimento da populao; Baixo nvel de qualificao dos recursos humanos; Predomnio das exploraes de pequena dimenso econmica; Falta de emprego; Abandono de terras agrcolas; Carncia de equipamentos sociais, culturais, recreativos e de servios de proximidade; Insuficincia das redes de transporte; Baixo poder de compra;

Potencialidades: Recursos endgenos- recursos naturais e humanos prprios de um territrio- que muitas vezes constituem vantagens relativas param o seu desenvolvimento; Patrimnio histrico, arqueolgico, natural e paisagstico rico e diversificado; Importante valor paisagstico das culturas, como a vinha, o olival, o pomar, e de espcies florestais como o montado ou os outros; Baixos nveis de poluio e, de um modo geral, elevado grau de preservao ambiental; Tendncia para melhoria das infraestruturas coletivas e equipamentos sociais e da rede de acessibilidade; O saber-fazer tradicional, que muitas vezes, valoriza os recursos naturais da regio;

Podero tambm constituir elementos de oportunidade determinadas tendncias de procura da sociedade atual como a: Crescente procura de produtos de qualidade e atividades de lazer associadas a diferentes regies e paisagens rurais do pas; Valorizao das energias renovveis que podem ser produzidas no espao rural ou a partir de produtos de origem agro-florestal; Preocupao com a preservao dos recursos naturais e do ambiente.

A viabilidade de muitas comunidades rurais passa pela diversificao da base econmica a partir das potencialidades naturais e humanas, com a promoo da silvicultura, do turismo, da indstria, do artesanato e de outras atividades que eles induzidas. A prestao dos servies ambientais da sociedade constitui tambm uma possibilidade de promover o desenvolvimento de uma forma sustentvel.

Turismo- Deslocao para lazer com durao superior a 24horas;Turismo no espao rural (TER) - conjunto de atividades e servios de alojamento e animao em empreendimentos de natureza familiar realizados e prestados a turistas, mediante remunerao, no espao rural, tem como principal objetivo oferecer aos turistas a oportunidade de conviver com as prticas, as tradies e os valores da sociedade rural, valorizando as particularidades das regies no que elas tm mais genuno, desde a paisagem gastronomia e aos costumes.

Aumento da procura de TER devido a: Maior interesse pelo patrimnio, pela Natureza e pela sua relao com a sade; A necessidade de descanso e evaso e a busca de paz e tranquilidade; A valorizao da diferena e da oferta turstica mais personalizada; O aumento dos tempos de lazer e do nvel de instruo e cultural da populao; A crescente mobilidade da populao e a melhoria das acessibilidades;

Turismo no espao rural: Turismo de habitao: Desenvolve-se em solares, casas apalaadas ou residncias de reconhecido valor arquitetnico, com dimenses adequadas e mobilirio e decorao de qualidade. Caracteriza-se por um servio de hospedagem de natureza familiar e de elevada qualidade; Turismo rural: Desenvolve-se em casas rsticas particulares, com caractersticas arquitetnicas prprias do meio rural em que se inserem. Utilizando materiais da regio, o valor etnogrfico mais importante do que o arquitetnico. Tm, geralmente, pequenas dimenses e mobilirios simples e so utilizados como habitao de proprietrio, que dinamiza tambm a estadia dos visitantes; Agroturismo: Caracteriza-se por permitir que os hspedes observem, aprendam e participem nas atividades das exploraes agrcolas, em tarefas como a vindima, apanha de fruta, desfolhada, ordenha, alimentao de animais, fabrico de queijo, vinho e mel; Casas de campo: so consideradas casas de campo as casas rurais e abrigos de montanha onde se preste hospedagem, independentemente de o proprietrio nelas residir. Integram-se na arquitetura e ambiente caractersticos da regio, pela sua traa e pelas matrias de construo; Turismo de aldeia: Desenvolve-se empreendimentos que incluem no mnimo cinco casas particulares inseridas em aldeias que mantm, no seu conjunto, as caratersticas arquitetnicas e paisagsticas tradicionais da regio. Envolvendo toda a aldeia, esta modalidade uma das que melhor poder promover a conservao e a valorizao do patrimnio edificado

Outras formas de turismo rural: Turismo ambiental: cada vez mais procurado, pela aventura, pelo contacto com a natureza e pela multiplicidade de atividades ao ar livre. As reas protegidas, localizadas na sua maioria em reas rurais, so espaos privilegiados para o turismo ambiental; Turismo fluvial: valorizando a importncia da gua como fonte de lazer, obtm cada vez mais adeptos, que preferem a calma dos espelhos de gua do interior ao rebulio das praias do litoral; Turismo cultural: valoriza o patrimnio arqueolgico, histrico e etnogrfico local; Turismo gustativo e o enoturismo: dinamizam as reas rurais, aproveitando a grande diversidade e qualidade da gastronomia e dos vinhos regionais; Turismo cinegtico: ligado caa, cria emprego nas atividades de preservao do ambiente, nas zonas de caa turstica e associativa; Turismo termal: as termas aproveitam as caractersticas especficas das guas subterrneas e tm sido elementos importantes na dinamizao turstica de muitas reas rurais do nosso pas;

As regies devem planear e promover as atividades tursticas de uma forma sustentvel, evitando problemas que ocorrem noutros locais associados procura de lucros rpidos, como: O alargamento excessivo das capacidades de alojamento; O subaproveitamento do solo agrcola; A especulao fundiria e mobiliria; A falta de formao profissional; A perda do elemento humano e das relaes personalizadas e a massificao das formas de turismo mais acessveis; A degradao dos recursos naturais; A perturbao dos ecossistemas e a desfigurao da paisagem;

A atividade turstica nas reas rurais no dever ser entendida como uma atividade milagrosa, mas como um complemento em equilbrio com as atividades tradicionais e inserida num modelo de desenvolvimento integrado;A maioria dos produtos regionais obtida atravs de sistemas de produo extensivos, o que lhes acrescenta e, a juntar a uma imagem regional, contribui para a sua valorizao. Tendo em conta a crescente procura de alimentos de qualidade, estes produtos constituem uma importante via para a obteno de rendimentos suplementares aos das atividades agrcolas que lhes do origem e para o desenvolvimento rural.A importncia deste tipo de produes foi j reconhecida na UE, que atribuiu proteo especial aos produtos agroalimentares especficos das regies e de qualidade reconhecida.Artesanato:Constitui tambm uma forma de diversificar as atividades rurais e de criar emprego, para alm de ser um elemento representativo da identidade cultural que importa preservar.Tipos de materiais utilizados: madeira, metal, pele, cortia, l, linho, e palha.Nas reas rurais, so frequentes indstrias associadas : Produo agropecuria- conservas de fruta e vegetais, transformao de tomate, lacticnios e carne, lanifcios, vesturio, couro, calado, etc. Explorao florestal- serraes, carpintarias, corticeiras, mobilirios; Extrao e transformao das rochas minerais;

Ao criar emprego, a indstria contribui para fixar e atrair populao.A instalao de indstrias em reas rurais ou em cidades de pequenas e mdias dimenses localizadas em reas predominantemente rurais pode ser promovida pela oferta de: Mo-de-obra relativamente barata; Infraestruturas e boas acessibilidades; Servios de apoio atividade produtiva; Proximidade de mercados regionais com alguma importncia; Medidas de poltica local e central- redes de transporte e de telecomunicao, loteamentos industriais infraestruturados e a preos atrativos, facilidades de acesso ao crdito, subsdios e incentivos fiscais e formao profissional da populao;

O papel dinamizador dos serviosA oferta de bens e servios de proximidade, como os que se encontram ligados ao abastecimento de gua, eletricidade, telefone, sade, apoio aos jovens e a idosos, e de outros mais diversificados relacionados com a cultura, o desporto ou lazer, garantem uma melhor qualidade de vida s populaes rurais e constituem um estmulo essencial sua permanncia tambm uma forma de cativar novos habitantes.

Desenvolver a silvicultura

Funes desempenhadas pelas reas florestais: A funo econmica, produzindo matrias-primas e frutos, gerando emprego e riqueza; A funo social, proporcionando ar puro e espaos de lazer; A funo ambiental, contribuindo para a preservao dos solos, a conservao da gua, a regularizao do ciclo hidrolgico, o armazenamento de carbono e a proteo da biodiversidade;

Problemas: A fragmentao da propriedade florestal, agravada pelo desconhecimento frequente dos seus limites por parte dos proprietrios, dificultando a organizaes e impossibilitando a gesto da floresta; A baixa rendibilidade, devido a ritmo lento de crescimento de espcies; O elevado risco da atividade, pelos incndios florestais, frequentes no vero;A estes problemas acrescentam-se o despovoamento e o abandono de prticas de pastorcia e de recolha do mato para os animais, que limpavam o substrato arbustivo. Todos em conjunto contriburam para a crescente degradao da floresta e para o desinvestimento do sector;

Solues: Promoo do emparcelamento, atravs de incentivos e da simplificao jurdica e fiscal; Criao de instrumentos de ordenamento e gesto florestal, contraindo o abandono florestal; Simplificao dos processos de candidatura e programas de apoio floresta; Promoo do associativismo, da formao profissional e da investigao florestal; Diversificao das atividades nas exploraes florestais e agroflorestais; Combate vulnerabilidade e a pragas e doenas; Preveno de incndios: Limpeza de matos, povoamento e desbastes; Melhoria da rede viria e de linhas corta-fogo; Otimizao dos pontos de gua; Abertura de faixas de segurana nos locais de combusto permanente como as lixeiras; Aquisio e otimizao de mquinas e materiais para limpeza de desmatao; Campanhas de sensibilizao sobre prticas de bom uso de fogo; Melhoria da coordenao dos meios de deteno e de combate de fogos;Energias renovveis:A produo de energia a partir de fontes renovveis uma das formas de valorizar os recursos disponveis nas reas rurais e de criar novas oportunidades de produo, com o cultivo de espcies destinadas produo de energia. um sector que pode contribuir a criao de emprego e riqueza nas reas rurais;Biomassa- matria orgnica, de origem vegetal e animal, que pode ser utilizada como fonte de energia. Todos os resduos orgnicos podem ser utilizados para a produo de energia: bioenergia.

Biomassa-bioenergia: Produo de eletricidade: os produtos e resduos da florestam constituem um enorme potencial para a produo de eletricidade. Biocombustveis: o biogs produzido a partir de efluentes agropecurios, de agroindstrias e urbanos e ainda nos aterros. Resulta da degradao biolgica anaerbica (sem oxignio) da matria orgnica. No caso das exploraes agropecurias, sobretudo as suiniculturas, alm de poderem tornar-se autossuficientes, em termos energticos, ao aproveitarem os resduos, evitam problemas de poluio dos cursos de gua;

Energia elica: existem boas condies para a produo de energia elica numa vasta rea do nosso pas, e os locais mais adequados situam-se geralmente em reas rurais;Energia hdrica: Tem sido, desde sempre, muito utilizada nas reas rurais, para a moagem de cereais e da azeitona, mas constitui tambm um recurso nacional mais utilizado para a produo de eletricidade, nas centrais hidroeltricas, atualmente aposta-se tambm na construo de mini-hdricas;Agricultura biolgica- consiste no cultivo de produtos agrcolas sem o emprego de aditivos base de qumicos. Em sua substituio, utilizam-se compostos orgnicos para a fertilizao, bactrias, e insetos para o combate de pragas e doenas, e elementos qumicos para a correo de solos. Os resultados revelam-se na maior qualidade nutritiva dos alimentos e na melhoria da fertilidade dos solos a longo prazo. Tem como principal problema os baixos nveis de produo que levam a que os produtos sejam ainda mais caros.

Caractersticas do espao rural / espao urbano;Espao urbano: Edifcios de vrios andares; Estradas com vrias vias e com muitos trnsitos; Densidade populacional elevada; Sectores de atividade e econmicas tpicas da cidade- tercirio e algum secundrio; Habitao tpica: prdios onde habitam vrias famlias;

Espao rural: Habitaes unifamiliares; Existncia de menor nmero de estradas sem engarrafamentos; Densidade populacional baixa; Sectores de atividade tpicos de espao rural: primrio e algum secundrio;Modos de vida urbano: Os elevados padres de conforto dos cidados; O tpico de atividade profissional; As caratersticas das habitaes; A maior concentrao das pessoas; Atitudes e comportamentos; O individualismo tpico de quem vive em espao rural;

Relaes de complementaridade- embora os espaos urbanos e rurais sejam diferentes, mantm relaes muito prximas, na medida em que cada um fornece ao outro exatamente aquilo de que necessita;

O espao urbano garante ao espao rural: Centro de escoamento de produtos agrcolas e de oferta de servios especializados relacionados com as atividades agrcolas; Centro de informao para dar apoio s atividades produtivas da regio; Polos (reas) de atrao para a localizao de indstrias agroalimentares; Centro de divulgao cultural junto da populao rural que tradicionalmente que tem menos acesso a bens culturais: cinema, teatro, msica, entre outros; Centros de organizao e controlo da vida politica e econmica da regio;

O espao rural garante ao espao urbano: Produtos alimentares; reas diversificadas de recreio e lazer; Contacto com o ambiente natural; Disponibilidade de mo-de-obra (cada vez menos devido ao envelhecimento)xodo rural- migrao interna que consiste na sada de populao de uma rea rural para uma rea urbana;Razes que levam a populao a sair do campo: Desemprego; Vida dura (em termos fsicos) Dificuldades no acesso sade e educao; Isolamentoxodo urbana- migrao interna que consiste na sada de populao de uma rea urbana para uma rea rural;Razes que levam as pessoas e a sair das grandes cidades: Poluio; Stress; Perda de tempo nas deslocaes, engarrafamentos, dificuldades de circulao e de estacionamento; Habitaes muito caras; Falta de tempo para descansar e apreciar a natureza;

Cidade: Densa ocupao humana e elevado ndice de construo; Intensa afluncia de trnsito; Grande concentrao de atividades econmicas, com predomnio de atividades do sector tercirio, nomeadamente, servios administrativos, sociais e polticos; Elevado nmero de equipamentos sociais e culturais;

Critrios para definir cidade: Critrio demogrfico valoriza o nmero de habitantes e/ou densidade populacional, definindo um limiar mnimo, a partir do qual as aglomeraes populacionais so consideradas cidades. No entanto varia de pais para pais. Este critrio levanta alguns problemas, uma vez que existem aglomerados suburbanos com um elevado nmero de habitantes e forte densidade populacional que funcionam, principalmente, como dormitrios em relao a uma cidade prxima, sem deterem uma funo relevante alm da residencial. Critrio funcional tem em conta a influncia exercida pela cidade sobre as reas envolventes e o tipo de atividades a que populao se dedica, que devem ser maioritariamente dos sectores secundrios e tercirios. Critrio jurdico-administrativo aplica-se s cidades definidas por deciso legislativa. So exemplo as capitais de distrito e as cidades criadas por vontade rgia, como forma de incentivar o povoamento, de recompensar servios prestados ou de garantir a defesa de regies de fronteira; Critrio paisagstico ou fisionmico - predem-se com o tipo de construo dominante (prdios de construo vertical), os materiais utilizados (predomnio do vidro e do metal nos edifcios mais altos), as caractersticas das ruas, o trfego ou a poluio nas suas diversas formas, como elementos paisagsticos que se distinguem dos da paisagem rural; Modos de vida- incluem-se aqui formas de vestir, ritmos de vida ou comportamentos sociais que continuam a assumir aspetos diferentes dos das reas rurais, ainda que, gradualmente, se vo estendendo a estas por via dos meios de comunicao.

Em Portugal, tem-se assistido concentrao da populao e das atividades nas reas urbanas, habitualmente consideradas como motores de crescimento econmico, de competitividade e de emprego.

Taxa de urbanizao = x100

A evoluo das cidades:O processo do alargamento urbano foi bastante lento, e dele se destaca os seguintes perodos: As primeiras cidades localizaram-se na regio do mdio oriente, nas proximidades de grandes rios (como tigre, Nilo) e ainda no possuam um grande contraste entre o espao rural envolvente, sobressaindo deste pela maior concentrao demogrfica, por serem centros de poder e pela sua arquitetura; A civilizao grega deu incio a um conjunto de transformaes nas cidades, nomeadamente no caracter organizado das suas ruas e na valorizao dos espaos pblicos (acrpole, gora) A civilizao romana foi a que mais se desenvolveu as cidades, construindo ruas pavimentares, aquedutos, balnerios, fruns e outros equipamentos. Em Portugal so vrias as cidades com presena romana bastante evidente: Chaves, Beja, Conimbriga; Na poca medieval, a insegurana dominante conduziu fortificao de muitas cidades, que se desenvolveram numa cintura de muralhas, que funcionavam como limite claro entre a cidade e o espao rural; Aps o renascimento e a estabilizao das fronteiras dos estados, as cidades conheceram uma revalorizao politica e econmica, patente na construo de edifcios monumentais (palcios, catedrais, grandes praas) e no reanimar das reas comerciais e manufatureiras; A cidade industrial que apareceu no sculo XIX foi a responsvel pela grande expanso urbana, ou urbanizao que originou os novos e grandes centros urbanos. Neles surgiu uma grande oportunidade de emprego, de todo o tipo de atividades econmicas, bem como o desenvolvimento dos transportes que faz com que estes espaos sejam ainda hoje mais requisitados;

rea funcional- rea urbana onde se localiza, de uma forma dominante determinada funo urbana. As principais reas funcionais so: Baixa ou CBD; rea residencial; rea industrial; Periferia ou subrbios;

Um dos fatores que condiciona a organizao das reas funcionais a renda locativa custo do solo urbano em cada local. A renda locativa influenciada pela acessibilidade e pela distncia ao centro. De um modo geral, o custo do solo diminui medida que nos afastamos do centro da cidade, que a rea de maior acessibilidade, de maior concentrao de fundos, e consequentemente a mais cara.

Especulao fundiria- sobrevalorizao do custo do solo por haver uma procura de terrenos superiores oferta, o que torna a renda locativa muito mais elevada.Nas reas melhor servidas por transportes e vias de comunicao, o custo do solo tambm mais alto;

O preo do solo tambm influenciado por: Condies ambientais- relevam, poluio, zonas verdes, paisagens, etc. Aspetos sociais as caratersticas socioeconmicas da populao residente; Planos de urbanizao- as atividades projetadas para uma determinada rea condicionam o custo do solo, sendo os terrenos mais caros ocupados, geralmente, pelas do sector tercirio e os mais baratos pelas indstrias;

CBD (central business district) a rea central que, quase sempre, a mais importante da cidade. Trata-se de uma rea muito atrativa para os visitantes, mas que fornece, igualmente, emprego e muita gente.O CBD individualiza-se das restantes reas da cidade pela grande concentrao de atividades tercirias, sobretudo as de nvel mais elevado.

No centro possvel encontrar atividades: Comerciais- que vo desde o comrcio especializado e de bens raros, frequentemente importados, aos artigos de luxo, como a confeo de alta-costura, aos grandes armazns, ou mesmo ao comrcio banal, que se destina a servir os residentes ou as pessoas que a trabalham Servios: Associados ao governo e administrao pblica, como ministrios, tribunais superiores, sedes do governo ou do municpio; Relacionadas com a vida econmica, como sedes de bancos, companhias de seguro, sociedades de investimento e bolsa de valores; De apoio s empresas, como os de contabilidade e de apoio jurdico; Pessoas como mdicos especialistas, exames de diagnstico e recolha de anlises; Animao ldica e cultural de qualidade, como teatros, cinemas, museus ou a simples animao de ruas de circulao pedonal; Hotis e restaurao, desde os restaurantes de luxo aos cafs e restaurantes mais banais.

para o CBD, que convergem as principais artrias de circulao. O trfego quase sempre muito intenso, tanto de veculos como de pees, devido concentrao de uma grande diversidade de funes raras- funes que s se encontram disponveis em determinados lugares as nicas que tm capacidade para suportar os elevados custos de solo, e que por isso atraem diariamente um grande nmero de pessoas.O CBD caracteriza-se por uma enorme concentrao de populao flutuante, presente apenas durante o dia. O nmero de alojamentos reduzido e os residentes so, essencialmente, pessoas idosas, que ocupam casas antigas. Nos edifcios renovados, habita por vezes, uma camada mais jovem e bem-sucedida urbana, os yuppies (young urban professionals)Planta urbana- traado dos diferentes elementos de uma cidade, como ruas, edifcios, espaos verdes, etc. Planta ortogonal/quadrcula- planta com um traado organizado dos diversos elementos de uma cidade desenvolvendo-se as artrias de uma forma retilnea, como resultado de uma evoluo espacial que se efetuou de uma forma planeada; Exemplos em Portugal: Lisboa (baixada pombalina), Chaves, Espinho, etc. Planta radiocntrica- planta que apresenta um traado dos diversos elementos de ima cidade que se desenvolvem em torno de um centro, surgindo as ruas com um traado circular e radical. Exemplos em Portugal: vora, Faro. Planta irregular- planta que apresenta um traado desorganizado dos diversos elementos de uma cidade. Resulta de uma evoluo onde no houve qualquer tipo de planeamento. Exemplos em Portugal: Bairros da alfama e mouraria em Lisboa, e silves e moura.

Funo urbana- atividade especifica que se exerce num centro urbano.As principais funes urbanas so: Funo poltico-administrativa- concentra-se nas sedes de poder e de deciso estatal tais como: capital, e sedes de distrito. Funo econmica ou financeira; Funo cultural, cientfica ou universitria; Funo residencial; Funo religiosa; Funo militar e defensiva- Elvas, vilar formoso e chaves. Funo turstica; Funo industrial; Funo comercial; Funo porturia;

As reas funcionais que compem a cidade so: Baixa/centro histrico/ CBD (pases anglo-saxnios) onde se localiza o centro de negcios da cidade. E onde esto, as atividades econmicas mais importantes e caracteriza-se pela sua modernidade e pela dimenso dos seus edifcios. Em muitos casos coincide com a rea mais antiga da cidade (centro histrico) onde predominam monumentos e edifcios histricos (Lisboa, Coimbra, Porto). Algumas cidades possuem ainda o centro de negcios ou baixa secundria, quando, pela sua dimenso a cidade tem necessidade de desconcentrar algumas atividades (Avenida de Roma, parque das Naes ou a Avenida da Boavista) rea residencial e a rea funcional que ocupa a maior parte do espao urbano embora nos ltimos temos as grandes cidades tenham vindo a perder populao para a sua periferia. As zonas residncias so geralmente organizadas de acordo com os nveis de vida das populaes, existindo por isso bairros de diferentes nveis socioeconmicos, ex: os bairros das classes mais abastadas localizam-se em espaos de boa acessibilidade com timas condies paisagsticas e ambientais- restelo ou lapa em Lisboa e foz no Porto. As classes mais pobres vivem no centro histrico e habitaes muito velhas com poucas condies ou em reas menos qualificadas, exemplos: bairros sociais. rea industrial, que, embora tenha vindo a diminuir nas principais cidades, continua a possuir alguma importncia pelo espao que ocupa; Periferia ou subrbio, a rea perifrica da cidade, alm de grandes reas residenciais, que so autnticos dormitrios para as populaes que trabalham na cidade, tambm inclui atividades econmicas com grande necessidade de espao, exemplo: zonas industriais, grandes reas comerciais, armazenagens de lazer;

Diferenciao espacial:No CBD, apesar da concentrao de uma grande variedade de atividades, existe a tendncia para a diferenciao. De um modo geral, as funes menos nobres ou que requerem menos contacto com o pblico, ocupam os andares mais altos e as ruas secundrias. Em oposio, os estabelecimentos de maior prestigio e os servios que necessitam de maior contacto com o pblico ocupam o piso trreo e as ruas principais. A diferenciao espacial evidencia-se tambm pela existncia de reas especializadas.

Comrcio grossista- transao de bens entre o produtor e o retalhista;Comrcio retalhista- venda de bens diretamente ao consumidor e em quantidades limitadas;

Diferenciao funcional- consiste na diversidade de reas funcionais existentes numa cidade.

O CBD uma rea onde, com o passar do tempo, as diferentes funes vo sucedendo: Numa primeira fase, assistiu-se substituio das funes industrial e residencial pelo comrcio e outras atividades tercirias; Atualmente, verifica-se a tendncia para a descentralizao destas funes em direo a outras reas da cidade.

Para esta dinmica contribuem fatores como: Especulao fundiria; Congestionamento do centro (rea mais antiga, de ruas estreitas) A diminuio da acessibilidade (facilidade com que se pode chegar a um lugar a partir de outros, tendo em conta o tempo e o custo)

Surgem assim, novas centralidades noutros pontos da cidade, onde o espao disponvel permite ofertas mais inovadoras. Assiste-se deslocalizao de empresas e de servios da administrao pblicas;

Muitos servios tm tendncia para sair da cidade, sobretudo os que exigem maior consumo de espao com armazenagem e distribuio. Procuram reas de boa acessibilidade, privilegiando a confluncia de diferentes vias de comunicao e transporte. O aumento das atividades tercirias e as novas exigncias de espao e Infraestruturas levaram tambm procura de novas localizaes. Tratando-se de edifcios antigos, preservados e com estreitas, no se torna fcil proceder a obras no CBD.

Tm surgido, nas ltimas dcadas, novas formas de comrcio, associadas a estabelecimentos de grande dimenso como centros comerciais, super e hipermercados e grandes superfcies especializadas.Vantagens: Facilidade de estacionamento; Acessibilidade; Aumento da taxa de emprego feminino; Maior mobilidade; Aumento do nvel de vida das famlias. O horrio de funcionamento tambm noite e nos fins-de-semana,Desvantagens: Concorrncia muitas vezes desleal, comparativamente ao comrcio local; Difcil articulao com a rede de transportes pblicos; Despersonalizao do atendimento; Devido ao CBD estar perder influncia, as polticas urbansticas tm procurando promover o centro das cidades, implementando medidas como: A organizao do trnsito, a criao de espaos de estacionamento, o aumento da qualidade e eficcia dos transportes pblicos; O encerramento ao trnsito de determinadas ruas ou reas, permitindo circular mais vontade, usufruir de uma esplanada, ou simplesmente, apreciar a animao ldica e cultural que surge nestes espaos; A implementao de programas e iniciativas que incentivam e do apoio financeiro a projetos de revitalizao urbana;

Problemas do comrcio nos centros da cidade: Aumento do trnsito nesta rea da cidade; A falta de estacionamento e por conseguinte a diminuio da acessibilidade; Aumento do preo do solo no centro da cidade que provocou a deslocao do comrcio para outras reas; Despovoamento destes espaos que leva a que as pessoas procurem as grandes superfcies; Os edifcios por vezes apresentam-se pouco funcionais, ou at degradados, tornando-se a sua reabilitao muito dispendiosa.

Funes vulgares- Funo que se encontra disponvel em qualquer rea. So todas aquelas que as pessoas por consumirem diariamente no se deslocam a mais do que uns metros para adquirem;

Caratersticas que distinguem as classes sociais quando procuram residncia: Os custos do solo- a distncia ao centro um fator crucial; A qualidade ambiental afastamento de locais por fumos, lixos industrias, etc. Enquadramento paisagstico vista de mar ou de rio; Acessibilidade ao centro; A proximidade de equipamentos comrcio e infraestruturas de ensino e sade; A segurana e a tranquilidade do espao, que tem sido nos ltimos anos um aspeto muito valorizado;

Segregao espacial- tendncia para a organizao do espao em reas de grande homogeneidade interna e forte disparidade entre elas, tambm em termos de hierarquia.

Classes mais favorecidas:Os melhores locais da cidade so ocupados pelas classes mais favorecidas. So, normalmente, reas planeadas, com boa acessibilidade, espaos verdes e, muitas vezes, vista panormica, locais aprazveis e prestigiados. Predominam quer vivendas unifamiliares que os condomnios fechados de luzo com equipamentos e servios que proporcionam conforto e estatuto social.As classes mais favorecidas ocupam tambm alguns lugares da periferia da cidade, onde novas reas ganharam prestgio devido qualidade de habitao, aos servios e equipamentos e ao espao envolvente, geralmente prximo do campo ou do mar, fuga de problemas de poluio, stress, prprios da cidade.

Classes mdias:Os barritos de classes mdias tm menor qualidade arquitetnica e ocupam a maior parte do espao urbano.O desenvolvimento dos transportes permitiu que, na periferia das cidades, onde os custos do solo, so menores, surgissem extensas reas residenciais, de arquitetura geralmente uniforma, onde as classes mdias encontram apartamentos mais espaosos, melhor equipados e menor custo.Comea em Portugal a surgir a tendncia para uma parte de classe mdia trocar os apartamentos por moradias nos arredores das reas suburbanas e, mais frequentemente, em locais tradicionalmente rurais com boa acessibilidade. Esta tendncia evidencia o amento da mobilidade proporcionado pela banalizao do uso do automvel.

Classes de menores recursos:A populao com menos recursos ocupa, geralmente, bairros de habitao precria ou de habitao social.Nas cidades de Lisboa e Porto e suas periferias, devido imigrao e atrao exercida pela grande cidade, e embora quase erradicados, persistem bairros de habitao precria, habitualmente designados por bairros de lata.De um modo geral, no possuem gua canalizada nem esto ligados rede de esgotos e a eletricidade conseguida atravs de ligaes ilegais e perigosas. So habituados por uma populao de escassos recursos, baixos nveis de escolaridade, falta de formao e dificuldade de acesso ao mercado de trabalho e, em alguns casos, so imigrantes. Estes bairros so reas propcias ao aparecimento de problemas de excluso social relacionados com atividades ilcitas, como a droga e a prostituio.Localizam-se, geralmente, em solos expectantes- terrenos da autarquia ou de particulares que por diversos motivos, sem encontram desocupados, correspondendo, por vezes, a terrenos sem aptido para construo.Atualmente existe a preocupao de garantir uma certa qualidade de habitao e do ambiente destes bairros, de modo a promover socialmente os seus habitantes.Com o mesmo objetivo, evitam-se as grandes manchas de habitao social, optando-se preferencialmente pela sua disperso espacial em bairros de menor dimenso para facilitar a integrao social.O planeamento de novas reas residenciais pode promover essa integrao, conjugando espaos de habitao de maior qualidade com outros de habitao social, ou de habitao a custos controlados- construo que, respeitando as normas de qualidade e segurana evita gastos suprfluos, facilitando o acesso a habitao prpria s famlias de menores recursos.Bairros clandestinos- construdos ilegalmente em terrenos sem projetos de urbanizao e que durante vrios anos no tiveram qualquer tipo de infraestruturas. A segregao social nem sempre clara. Atualmente verifica-se alguma tendncia para a partilha do mesmo espao.

Periferia- zona circundante da cidade

reas industriais:

Razes que levaram fixao doas indstrias em espao urbano aquando do seu surgimento: Oferta de mo-de-obra abundante e baixo custo; Proximidade dos locais de consumo; Fcil acesso administrao pblica e aos servios de apoio (banca) Elevado nmero de consumidores; Terreno disponvel a baixo preo; Infraestruturas de transporte, alojamento, sade e educao; Razes que favoreceram a localizao das indstrias na periferia das cidades ou espao rural: Salrios mais baixos; Facilidade de acesso e estacionamento; Solo barato e em grande quantidade; Impostos mais baixos;

O planeamento urbano contempla reas especficas destinadas indstria, como resposta a esta necessidade tm surgido diversas formas de organizao do espao para fins indstrias (zonas industriais, parques industriais, parques empresariais)

Indstrias que se permaneceram no centro das cidades: Oficinas ou unidades de pequena dimenso por vezes associadas a estabelecimentos comercias como a panificao, confees, reparao; As que trabalham por encomenda e requerem o contacto frequente com o cliente, como a confeo de alta-costura; As que produzem bens raros e de elevado valor, como a joalharia.

Quase todos exigem pouco espao, utilizam reduzidas quantidades de energia e matrias-primas leves e pouco voluminosas. As que ainda se mantm no centro localizam-se de modo geral, nas traseiras das lojas ou nos andares superiores dos edifcios.

Desconcentrao industrial: consiste em deslocar escales inferiores mantendo os centros de deciso. No caso da indstria consiste em deslocar as unidades produtivas, mantendo-as nos centros de deciso no mesmo local.

Descentralizao industrial: Delegao do poder de deciso em escales inferiores da hierarquia de uma empresa ou do estado, no caso da indstria consiste em deslocar para outras reas de produo (tendo em vista a diminuio dos custos de mo de obra) mas tambm centros de deciso.

reas urbanasO crescimento das cidades est fundamentalmente relacionado com o aumento demogrfico, mas liga-se, tambm, com o seu prprio dinamismo funcional interno que provoca a alterao dos padres locativos das diferentes funes.Numa primeira fase as cidades funcionaram como polos de atrao da populao rural, verificando-se uma tendncia para a concentrao da populao e das atividades econmicas nos centros urbanos- fase centrpeta.Numa fase posterior, os preos do solo urbano, fortemente disputado pelas atividades tercirias de nvel mais alto contriburam para deslocar as populaes, as indstrias e algumas funes tercirias, mais exigentes em espao. D-se assim um movimento de desconcentrao urbana em direo s reas perifricas fase centrfuga- fazendo aumentar o tecido urbano envolvente.

A expanso urbana resulta ainda de outros fatores: A dinmica da construo civil; O desenvolvimento das prprias atividades econmicas; O desenvolvimento dos transportes e das infraestruturas virias; O aumento da taxa de motorizao das famlias.

A expanso urbana acompanha, geralmente, os principais eixos virias de acesso cidade.

Renovao urbana- forma de interveno urbana que envolve a reconstruo de rea urbana subocupada e com condies deficientes de habitabilidade e salubridade implicando a substituio dos edifcios existentes. Suburbanizao- processo de crescimento da cidade para a periferia. Em Portugal, este fenmeno teve particular incidncia nas reas urbanas do litoral a partir dos anos 50, com intensificao do xodo rural.

Numa fase inicial, os subrbios cresceram de forma no planeada, essencialmente, ao longo das principais vias de comunicao e em torno de ncleos perifricos, onde era maior a acessibilidade cidade e onde as habitaes eram mais baratas. O rpido crescimento destas reas, sobretudo em torno das maiores cidades, foi ainda marcado pelo domnio de edifcios plurifamiliares, prolongando a paisagem urbana.O processo de suburbanizao comeou por desenvolver-se numa relao de dependncia face grande cidade, oferecendo os subrbios essencialmente funo residencial.Com o crescimento demogrfico, e o desenvolvimento das atividades econmicas as reas suburbanas ganharam vida prpria, oferecendo cada vez mais diversificadas.A dependncia face grande cidade diminuiu medida que cresce a relao de complementaridade.

reas periurbanas: rea para l da coroa suburbana onde o espao rural comea a ser ocupado, de forma descontnua, por funes urbanas: indstria, comrcio e alguns servios, designadamente de armazenagem e distribuio, que induzem o alargamento da funo residencial. Origina tambm o movimento de pessoas e empregos das grandes cidades para pequenas povoaes e reas localizadas fora dos limites da cidade e/ou para pequenas cidades e vilas situadas a maior distncia, um processo designado por rurbanizao. A melhoria da acessibilidade associada expanso da rede viria facilita estes processos, que se caracterizam tambm pela localizao difusa da funo residencial e das atividades econmicas e provocam o aumento dos movimentos pendulares.

Impactos da suburbanizao, periurbanizao e rurbanizao: Intensificao dos movimentos pendulares; Grande presso sobre o sistema de transportes urbanos; Aumento do consumo de combustvel e da poluio atmosfrica; Aumenta das despesas, da fadiga, e do stress. Desordenamento do espao, e existncia de bairros de habitao precria; Falta de equipamentos coletivos e fraca oferta de servios; Aumento das despesas com a instalao de redes de abastecimento de gua, eletricidade e saneamento; Ocupao de solos agrcolas e florestais; Decadncia da atividade agrcola;

As grandes concentraes urbanas no mundo:Nos pases desenvolvidos como os da Europa ocidental, os Estados Unidos e o Japo tem-se formado uma rede urbana que procura evitar a concentrao de pessoas numa s cidade. No entanto surgem cidades com Londres, Paris, as cidades da regio do Ruhr ou Tquio que so as aglomeraes urbanas de maior dimenso.Conurbao: associao de duas aglomeraes, so vrios os fenmenos deste tipo existentes nos pases mais desenvolvidos.Megapolis: Como exemplo de maior concentrao urbana do mundo podemos falar da faixa atlntica dos EUA, constitudo por um contnuo urbano que incluo vrias cidades: Boston, Filadelfia, Baltimore, Washington.

Nos pases em desenvolvimento pelo contrrio devido as ms condies de vida tendem a concentrar em enormes cidades e entrarem rapidamente em rutura, por no possurem estruturas assim acontece em S. Paulo, cidade do mxico, Xangai, bombai onde se verifica um crescimento explosivo. Atualmente neste conjunto de pases que se assiste a um maior crescimento da taxa de urbanizao que regista um aumento generalizado de todos os pases do mundo.

reas metropolitanas (extensas reas formadas pelo conjunto de um grande cidade e dos subrbios, os quais cresceram em funo desta. Caracterizam-se pela existncia de relaes de interdependncia no seu interior, dando origem a numerosos fluxos de pessoas)Em Portugal, o processo de suburbanizao ocorreu sobretudo no litoral, tendo sindo particularmente importante em torno das cidades de lisboa e do porto, j desde meados do sculo passado.A expanso suburbana de Lisboa e do porto envolveu algumas cidades prximas e um grande nmero de aglomerados populacionais, que se desenvolveram, criando dinamismo demogrfico e econmico ascendendo, alguns deles, categoria de cidade.Deste modo, em 1991 foram institudas as reas metropolitanas de Lisboa (AML) e reas metropolitanas do Porto (AMP)

AML: 9 Concelhos do distrito de Lisboa: Mafra; Sintra; Odivelas; Amadora; Cascais; Oeiras; Lisboa; Loures; V.F de Xira

9 Concelhos de Setbal: Almada; Seixal; Sesimbra; Barreiro; Setbal; Palmela; Moita; Montijo; Alcochete;

AMP: 10 Concelhos do distrito do Porto: Pvoa de varzim; Vila do conde; Matosinhos; Porto; Vila Nova de Gaia; Santo Tirso; Trofa; Maia; Valongo; Gondomar;

4 Concelhos do distrito de Aveiro: Sta. Maria da feira; Arouca; S. Joo da Madeira; Espinho

Nas duas principais reas metropolitanas desenvolvem-se intensas relaes de complementaridade que aumentam o dinamismo e a competitividade dessas reas como um todo. Tende, assim, a passar-se de uma estrutura funcional monocntrica (centrada na grande cidade) e radiocntrica, do ponto de vista da rede viria, para uma estrutura policntrica em que os diferentes centros urbanos se complementam.

Dinamismo demogrficoO dinamismo demogrfico das reas metropolitanas de Lisboa e do Porto evidencia-se pela elevada concentrao populacional e pelo aumento da populao que se acentuou nas ltimas dcadas.A perda demogrfica foi mais acentuada nos municpios centrais, enquanto o maior crescimento se verifica em concelhos onde a melhoria das acessibilidades, aliadas disponibilidade de espao para a construo, tem permitido o acrscimo populacional, refletindo a importncia dos processos de suburbanizao e periurbanizao. A densidade populacional maior na AMP.Caratersticas da populao que vive nas reas metropolitanas: Populao mais jovem e, de um modo geral, mais instruda e qualificada, o que representa um ponto forte que as torna mais competitivas em domnios com a inovao cultural e tecnolgica e a economia.

Dinamismo econmico

As duas reas metropolitanas apresentam vantagens do ponto de vista fsico (localizao no litoral, amenidade do clima, relevo pouco acidentado, sobretudo na AML, acessibilidade natural, etc.) e demogrfico, bem como no que respeita s estruturas produtivas, o que faz delas polos dinamizadores da economia.No conjunto, estas duas fornecem mais de 40% do emprego, auferindo os trabalhadores ganhos superiores mdia nacional.A bipolarizao da concentrao das atividades econmicas demonstra a grande importncia de duas reas metropolitanas no tecido econmico do pas. Porm quando comparadas, evidenciam-se disparidades que revelam o peso econmico da AML, a nvel nacional.

Quando se junta a AML e a AMP, verifica-se que esto concentrados nestas duas reas metropolitanas mais de metade do emprego no sector tercirio, do VAB dos servios, do volumo do negcio das sociedades, do emprego em grandes empresas, dos trabalhadores qualificados e do PIB.

Processo de expanso urbana:Centro da cidade- subrbios- periferia- espao rural;

A expanso urbana em Portugal:O fenmeno urbano em Portugal teve ao longo da sua histria uma srie de fatores que o debilitou e o afasta da maioria dos pases Europeus. Assim, fatores como a reconquista de Norte para Sul o povoamento ou as caractersticas da diviso da terra, provocaram uma tendncia para a concentrao no Sul do pais e a disperso no Norte.Tambm a instabilidade da fronteira com Espanha, e uma tendncia histrica para a litoralizao completam o enquadramento.

Indstrias:Indstria- atividade econmica responsvel pela transformao da matria-prima em produtos acabados ou semiacabados.A evoluo da atividade industrial resume-se a 3 fases: 1fase: no incio da industrializao localizavam-se nas proximidades das minas de carvo e de ferro, isto , junto da matria-prima das fontes de energia. 2fase: a atividade industrial passa a localizar-se em torno das grandes cidades (cinturas industriais) porque com o desenvolvimento dos transportes, a utilizao das novas fontes de energia (petrleo e eletricidade) e alterao dos hbitos de consumo que permitiram s indstrias localizarem-se em outros espaos. 3fase: hoje em dia, a localizao de uma indstria depende de vrios fatores embora a tendncia seja para o abandono das reas urbanas dada a maior rapidez dos transportes e da distribuio, o preo do solo, e a maior preocupao ambiental.

Fatores de localizao industrial causa ou restries que facilitam a situao de uma ou vrias unidades industriais num dado local: A proximidade das fontes de matria-prima; Condicionalismos estatais; O preo do terreno e do espao; As condies fsico-naturais; Os transportes e as vias de comunicao; A proximidade das fontes de energia e de mo-de-obra;

Diversas classificaes para a atividade industrial: Quanto ao destino de produo: Bens de consumo: satisfazem as necessidades de consumo do mercado (ex: indstria txtil ou alimentar) Bens de equipamento: produzem bens que servem para produzir novos produtos (exemplo: indstria metalomecnica, produo de maquinaria) Bens intermdios: destinam-se produo de bens que voltam a entrar no processo produtivo (exemplo: indstria siderrgica de aos) Quanto ao peso da matria-prima: Indstrias pesadas ou de base: fabricam produtos bsicos para as outras atividades industriam, exemplo indstria metalrgica ou petroqumica) Indstrias ligeiras: fabricam produtos essencialmente de consumo e, por vezes, utilizam tecnologia muito moderna, sendo por isso, chamadas da indstria de ponta; exemplo: indstria eletrnica ou farmacutica

Vantagens da indstria nas reas metropolitanas: A complementaridade entre diferentes ramos industriais; A existncia de infraestruturas e servios diversos; A disponibilidade de mo-de-obra, tanto pouco qualificada como especializada; A acessibilidade aos mercados nacional e internacional;

A atividade industrial nas reas metropolitanas tem vindo a perder alguma importncia, sobretudo no que respeita s funes diretamente produtivas, o que se prende com o processo de terciarizao da economia que, naturalmente mais rpido nestas duas reas do pais, devido ao seu maior desenvolvimento e tendncia da reorganizao espacial das funes das reas urbanas; AMP:Pontos fracos: Forte exposio da estrutura econmica concorrncia internacional pelo predomnio da atividade de baixa intensidade tecnolgica e competitividade baseada na mo-de-obra abundante. Carncia de servios especializados de apoio s empresas face ao peso econmico e industrial da regio; Problemas ambientais resultantes da deficincia nos domnios do abastecimento de gua e tratamentos de efluentes; Problemas de mobilidade no centro do porto e nos principais acessos cidade; Degradao fsica e excluso social nos centros histricos;

Pontos fortes: Grande dinmica demogrfica com uma estrutura etria jovem; Forte dinamismo industrial; Afirmao e insero num espao de cooperao e interdependncia com a Galiza; Rede densa de instituies de ensino superior e de infraestruturas tecnolgicas capazes de suportar o desenvolvimento de atividades ais intensas em conhecimento; Valioso patrimnio cultural, com marcas de prestgio (Porto patrimnio mundial, vinho do porto, douro) Boa acessibilidade s rotas internacionais;

AML:Pontos fracos: Problemas ambientais resultantes da forte presso imobiliria/turstica na ocupao do solo em reas de grande valia ambiental e agrcola; Problemas de mobilidade, congestionamento e poluio, resultantes da forte utilizao do automvel privado; Presena de bairros problemticos associada crescente segregao espacial resultante da diversidade social e tnica. Abandono dos centros histricos, sobretudo no ncleo central. Alguma debilidade na afirmao internacional;

Pontos fortes: Presena de sectores econmicos que apresentam um potencial competitivo internacional e/ou vocao exportadora; Concentrao de infraestruturas de conhecimento e de recursos humanos qualificados; Condies naturais favorveis atrao internacional e de atividades, eventos e movimentos tursticos; Integra as principais infraestruturas de transportes e de comunicaes de articulao internacional; Patrimnio cultural valioso; Boa acessibilidade s rotas internacionais;

Estratgias de descentralizao da indstria: A discriminao positiva de regies menos favorecidas, onde se oferecem benefcios de incentivo instalao da indstria; O desenvolvimento das acessibilidades, que permitam o aumento da liberdade locativa das empresas;Distribuio da indstria em Portugal: Regio Norte: claramente de maior industrializao, assente em pequenas e mdias empresas (PMES) que se distribuem pela pequena rea metropolitana do porto e regies do ave, cavado e Tmega. As mais conhecidas so: txteis, calado, madeira, papel, e ainda montagem de mquinas eltricas e eletrnicas. Regio da grande Lisboa: assiste-se a um processo gradual de descentralizao industrial e relocalizao das empresas nos concelhos limtrofes. Exemplo: Oeste e Lezria do Tejo, principais indstrias metalrgicas de base e produtos metlicos, indstria qumica e de montage4m automvel (AutoEuropa e indstrias alimentares). Centro do pas: 4 a terceira regio mais industrializada nomeadamente no sector txtil e do calado bem como nos plsticos. Regio sul: as regies sul e regies autnomas registam fracos nveis de industrializao.Os problemas urbanos:Habitao Degradao d