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Resumo do livro de Oscar Wilde - O Retrato de Dorian Gray
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Aluno: Antonio Carlos de Barros
Resumo: O Retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde
O enredo desenvolve-se tendo como plano de fundo a Aristocracia inglesa do
século XIX. Dorian Gray aceita o convite do pintor Basil Hallward, para ser seu modelo
e a partir disso os dois desenvolvem uma certa amizade.
Percebemos pelo diálogo que se segue logo no início do livro, entre Basil e lorde
Henry Wotton, que o pintor vê em Dorian a fonte de sua inspiração artística e nutri uma
forte paixão pelo rapaz. Temendo que Henry possa corromper a inocência do jovem,
devido à sua visão de mundo peculiar, Basil, nega-se a apresentá-los. Enquanto o
diálogo prossegue no jardim do ateliê, Dorian chega para que Basil termine seu retrato
e, inevitavelmente, acaba conhecendo lorde Wotton. Henry também encanta-se com a
beleza e a pureza jovial que Dorian exala e, enquanto Basil termina o retrato, divaga
suas teorias defendendo o individualismo e a busca de um prazer extremo.
Ao terminar o retrato, todos ficam deslumbrados com a obra de Basil e Dorian
revolta-se com a figura pintada na tela, pois permaneceria eternamente jovem e bela.
Assim, o jovem expressa um desejo sincero de que o retrato possa envelhecer em seu
lugar, para que ele mantenha sua beleza intacta. Por conseguinte, Dorian passa a ser
como um discípulo de Henry, deixando-se levar por seus princípios hedonistas,
buscando um prazer desmedido e sem valores éticos ou morais.
No decorrer da trama, Dorian se apaixona por uma jovem atriz, Sybil Vane, e a
pede em noivado. Após uma péssima atuação de Sybil em Romeu e Julieta, Dorian a
rejeita e a moça acaba por suicidar-se. De certa maneira, Dorian se mostra arrependido
pela maneira como tratara Sybil, até receber a visita de lorde Henry. Nesse momento é
completamente perceptível a influência do lorde sobre a personalidade do rapaz,
levando-o a um pensamento frio e indiferente com relação à morte da jovem atriz. É
nesse momento também que Dorian percebe as primeiras alterações em seu retrato e,
assustado, o esconde no sótão para que ninguém possa vê-lo.
Tendo em vista que nada poderia afetar sua beleza, pois o retrato envelheceria
em seu lugar e assumiria as marcas de sua corrupção moral, Dorian passa a viver uma
vida mundana, colocando em prática a filosofia hedonista, sem importar-se com as
consequências disso.
O enredo apresenta seu ápice no capítulo XIII, quando Dorian decide mostrar
seu retrato a Basil, para que o pintor conheça a verdadeira face de sua alma. Após
deparar-se com a figura do retrato, que ele mesmo pintara, totalmente deformada e
envelhecida, Basil suplica a Dorian para que se arrependa de seus atos. Este, por sua
vez, atribui seu destino a Basil por haver pintado o retrato e, enfurecido, o apunhala até
a morte.
Após a morte de Basil, há uma certa mudança no comportamento de Dorian, que
se mostra um pouco mais humano, passando a se preocupar com a influência de seus
atos na vida de outras pessoas. A partir de então, ele busca um caminho correto, na
esperança de que o retrato se recomponha e que sua alma possa ser salva. Percebendo
que isso não seria possível, ele revolta-se contra o retrato e, tentando destruí-lo, morre
ao apunhalar a representação alegórica de sua alma. A narrativa se encerra com os
empregados entrando no sótão e encontrando o corpo de Dorian Gray, velho e
transfigurado, aos pés de seu retrato completamente intacto, jovem e belo.