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Filosofia
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7/21/2019 resumo1
http://slidepdf.com/reader/full/resumo1-56db24e7705a8 1/4
ArgumentaçãoNo nosso dia-a-dia, sentimos imensa necessidade de utilizar a
argumentação, para justifcar as nossas acções, quando queremosdeendermos de alguma acusação, dar a nossa opinião, ou até mesmoquando precisamos de discordar do ponto de vista de outra pessoa. , neste
momento, argumentar é algo natural e espont!neo, que não e"ige qualqueresorço, e portanto, argumentar agora, é meramente uma #a$ilidade. Naverdade, sentimos necessidade porque a realidade, não é evidente, ou seja,tem v%rios pontos de vista, e por isso, n&s queremos sempre convencer ooutro de que o nosso ponto de vista é o mel#or 'o$jectivo daargumentação(.
)odavia, a argumentação pode ser ensinada, e a*, dei"a de ser uma#a$ilidade inconsciente e passa a ser uma técnica rigorosa.
+m discurso argumentativo tem de ter o$rigatoriamente
• radoremissor / aquele que alaargumenta e que tem de azer
passar a sua ideia0• Audit&rioreceptor / aquele a quem nos dirigimos e que tem de ser
convencido0• 1ensagem / tese undamentada através das premissas• 2onte"to do audit&rio / para uma tese ser $em-sucedida 'ter muita
adesão(, o orador tem de con#ecer algumas caracter*sticas doaudit&rio 'como por e"emplo, son#os, valores, crenças, etc.(. A argumentação utiliza uma linguagem com v%rios signifcados, ou
seja, uma linguagem natural, e isso provoca ideias erradas e pode sercontestada. 3 composto por premissas discut*veis, o que torna o seu
conte4do igualmente discut*vel e como as premissas são prov%veis, aconclusão não ser% necessariamente verdadeira, portanto, a conclusão éprov%vel tam$ém.
5emonstraçãoAo contr%rio da argumentação, a demonstração não pretende
convencer o audit&rio mas sim mostrar a relação necess%ria entre aspremissas e a conclusão, e nem uma, nem outra, podem ser discutidas umavez que as premissas são necessariamente verdadeiras, e comoundamentam a conclusão, esta tam$ém é necessariamente verdadeira.
+tiliza linguagem o$jectiva e rigorosa, portanto apenas tem um s&signifcado. 2omo é o$jectiva, não necessita da adesão do audit&rio nemnecessita da opinião deste mesmo. 2ontudo, pode ser contestada de umamaneira através da sua orma, ou seja, ao analisarmos o conte4do, não #%duvidas nem podemos discutir nada so$re isso, mas, ao analisarmos aorma do discurso, podem 'ou não( e"istir al#as a n*vel da orma, isto querdizer que pode 'ou não( estar contra as regras da l&gica.
A procura de adesão do audit&rio+m argumento é considerado um conjunto de erramentas que
apoiam a tese. A argumentação tem como fm provocar a adesão doaudit&rio so$re determinada tese, porém, s& é $em-sucedida se o oradortiver um con#ecimento prévio das caracter*sticas do audit&rio que vai tentar
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convencer. 6e o orador con#ecer, por e"emplo, as motivações, aspirações,valores, e crenças do audit&rio, pode estar a garantir que a sua tese ten#auma grande adesão.
discurso argumentativo apresenta as seguintes caracter*sticas• Audit&rio especifco0• )enta responder a necessidades, contudo, tam$ém as cria0• 6eduz uma vez que dirige um apelo espec*fco 7
emoçãosensi$ilidade0• 8romessas veladas, ou seja, az uma promessa eita
inconscientemente, porque na verdade não oi eita nen#umapromessa0
• 1ensagens curtas e com pouca inormação.
A argumentação e ret&rica t9m alguns o$jectivos• 8ersuadir e convencer0• Agradar, seduzir ou manipular0• :azer passar o veros*mil0• 6ugerir o impl*cito pelo e"pl*cito.
8ersuadir é o o$jectivo de um discurso quando se dirige a umaudit&rio particular.
2onvencer é o o$jectivo de um discurso quando se dirige a umaudit&rio universal.
No caso do discurso argumentativo, ele utiliza am$as as técnicas
'persuasão e convencer(, porém, o discurso demonstrativo, utiliza apenas atécnica de convencer.
)ipos de argumentaçãoEthos (eu, individuo) - tipo de prova centrado no caracter do orador. 5eveser cred*vel para conseguir a confança do seu audit&rio.
Pathos (emoções, sentimentos) – tipo de prova centrado no audit&rio.5eve ser emocionalmente impressionado e seduzido.
Logos (razão) – tipo de prova centrado nos argumentos e no discurso. discurso tem de estar $em estruturado do ponto de vista l&gica-argumentativo, de modo a que a tese se impon#a como verdadeira. Aspremissas não são discut*veis, logo, undamentam necessariamente aconclusão. ste é o tipo de argumentação que se utiliza quando o oradornão con#ece nada a respeito do audit&rio, porque apesar de não sa$er nadaso$re este, tem a certeza de uma coisa que todos os mem$ros do audit&riot9m uma coisa em comum, a sua racionalidade.
;et&rica e :ilosofa
A ret&rica e a flosofa nem sempre se entenderam. A ret&rica, sendoa arte de convencer e persuadir, teve origem na Antiguidade, devendo-se
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aos sofstas a sua e"pansão. s sofstas eram proessores que se dedicavamao ensino dos jovens, dominavam a arte de persuadir pela palavra. seuensino proporcionava aos cidadãos da <récia antiga as técnicas necess%rias7 participação na vida politica.
6e uma pessoa alasse $em, conseguia convencer as pessoas. 6e
sou$ermos usar $em a palavra, levamos os outros a azer o que quisermos.Nesta altura, passou a e"istir a democracia, uma vez que era mais
justa. 5izia-se que a 5emocracia era o governo de todos para todos, ouseja, todos aziam as leis ' que tornava logo este tipo de governo mais
justo(.s sofstas ensinavam ret&rica aos uturos pol*ticos. 8ara eles, era
mais importante sa$er alar $em do que dizer a verdade, ser justo, porquequem sou$esse alar $em, convencia alguém sempre que quisesse. ssofstas eram associados ao also sa$er0 aquele que detém a sa$edoriaaparente, que az uso de um racioc*nio alacioso.
8ara os fl&soos o $em da cidade é universal e o$jectivo0 e acusavamos sofstas de ensinarem alsidades, erros, mentiras= o fl&soo diz que omais importante é sa$er e o seu o$jectivo para agirmos mel#or e sermosmais justos.
s sofstas tin#am imensos adeptos porque ensinavam o que a maiorparte das pessoas queria poder. les ensinavam tudo, sem sa$er nada,porque apesar de parecer que os sofstas eram muitos cultos 'e elespr&prios diziam que sa$iam tudo(, não o eram, na realidade tin#am muitopoucos con#ecimentos, tudo o que sa$iam so$re algo era superfcial. 8araos sofstas tudo era relativo, tudo podia ser deendido. A verdade v%lida era
aquela que conseguia mais adeptos.5esde muito cedo que os sofstas entendem que o uso da palavra é
mais efcaz do que o conte4do do pr&prio discurso. Acreditar e deender averdade dos discursos é a verdade que serve ao #omem0 e a verdaderelativa eita 7 medida das necessidades e circunst!ncias de cada um.
A retorica era a arte de $em alar ou a técnica de persuadir paragan#ar a adesão de um certo audit&rio, para os fl&soos a argumentação s&pode servir a $usca da verdade. +ma $oa argumentação é aquela que serveo fl&soo da $usca da verdade. Não interessa o conte4do, interessa apenasque seja aceite, que convença e persuada.
A $usca da verdade é a tarea do fl&soo. A flosofa mão aceita orelativismo e pretende invia$ilizar a pr%tica de uma ret&rica de merasapar9ncias.2om Arist&teles, a retorica torna-se um sa$er como todos os outros, umadisciplina que se ocupa do veros*mil. 8ode azer-se uso do $om ou do mauuso da retorica0 a retorica não é moral ou imoral, mas quem a utiliza.
No século >> a nova ret&rica encontra na argumentação oundamento de uma nova racionalidade, isto é, passa a considerar-se a suaimport!ncia no pensamento para o con#ecimento.
A flosofa demonstra que não quer a adesão do p4$lico, contudo, a
retorica j% necessita da adesão do audit&rio.
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;et&rica e 5emocraciaNa 5emocracia é onde a retorica se evidencia. A igualdade perante a
lei e o livre uso da palavra omentam a cidadania. )al como na <récia antiga, #oje, nos pa*ses democr%ticos, a palavra
continua a ser o primeiro instrumento de deesa da li$erdade e da igualdade
dos direitos undamentais do individuo e do cidadão. A palavra su$stitui aviol9ncia *sica mas omenta outro tipo de viol9ncia 'manipulação docon#ecimento e das emoções(. A democracia parece ser tam$ém umterreno prop*cio ao aumento da sedução, da manipulação da demagogia.
8ersuasão e manipulação8ersuadir levar alguém a aceitar ou optar por determinada posição. )odo odiscurso argumentativo tem por o$jectivo persuadir determinado audit&rio aadoptar as teses de dado orador.
Não podemos conundir argumentação com manipulação.
1anipular paralisar o ju*zo e em tudo azer para que o receptor aceite umaideia que conscientemente não aceitaria.
A argumentação, ao contr%rio da manipulação, pressupõe a e"ist9nciade actos de comunicação livres entre o emissor e o receptor. A persuasãonão nega a possi$ilidade de o receptor poder aceitar ou recusar amensagem. 8elo contr%rio, a argumentação persuasiva deve permitir aposição e não a imposição.
1anipulação é uma pr%tica a$usiva do discurso, em que o$riga oreceptor a aderir a dada mensagem. A persuasão pratica o discurso que tem
como fnalidade a livre adesão do audit&rio 7 tese.
5evemos considerar a distinção entre a retorica $ranca e a retoricanegra.
5ei"amo-nos manipular porque não sa$emos o que decidir, ou porquenão queremos assumir as responsa$ilidades da nossa opção e assimdei"amos outros decidir por n&s.
2ritica, lucida e consciente dasdierentes ormas e dos v%riospro$lemas que envolvem acomunicação.
+so ileg*timo do discursoporque visa enganar, iludir,manipular.