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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES Conceito: é o vínculo jurídico em virtude do qual, uma pessoa pode exigir de outra prestação economicamente apreciável. Elementos Objeto e suas características Sujeito – devedor e credor objeto – prestação vínculo jurídico – relação entre credor e devedor O objeto é a presta ção, que dev e ser deter miná vel, pos sível, lícito, caráter patrimonial Importante: o credor não é obrigado a receber prestação difere nte do que é realmente devido, ainda que mais valios o e também não é obrigado a receber o pagamento em parcelas podendo fazê-lo por mera liberalidade. ADIMPLEMENTO EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO Cumprir a obrigação de forma espontâne a e adeq uada De forma indi reta: pode ou não have r o adimpleme nto, (dação em pagamento, sub-rogação) Morte da parte envolvida : em regra não extingue a obrigação, salvo casos previsto em lei (obrigação infungível) Se o pagamento for feito por terceiros não há adimplemento e sim extinção da obrigação. REQUISSITOS PARA O ADIMPLEMTTO Voluntário : deve ser espontâneo, pagamento feito pelo devedor Exato: valor, prazo, e a forma, sob pena de inadimplência Lícito: sob pena de configurar um ato i lícito DO PAGAMENTO QUEM PAGA ? Solvens – próprio devedor DEVEDOR Sujeito passivo da obrigação, titular do débito, o devedor pode ser aquele que responde pelo ato de outrem (filho menor) ou coisa (objeto). TERCEIRO INTERESSADO Indiretame nt e re spon vel pela solu ção do bi to e po rt an to ,  juridicamente legitimada a resgatá-lo, sob pena de sofre os efeitos do inadimplemento . (fiador, avalista) Se hou ver re cusa do credo r ou oposição do devedor? Hav end o o pag amento qua is os efeitos? Qual a nova relação? Pagamento em juízo , cons igna ção O 3° sub-rog a-se dos direitos do credor - 3°/devedor TERCEIRO NÃO INTERESSADO Pagando em nome do devedor Pa ga me nt o em se u nome co ntr a a vo ntade do devedor Não cabe reembols o, mera liberalidade Cabe reembolso , sem direit o a co rr ão,. Não cabe sub-rogação Contrato: não pode  justo motivo: sem reembolso O terceiro deve avisar o devedor , a fim de que este não pague duas vezes, dívida paga sem conhecime nto do devedor ou contra a vontade deste, não terá direito a reembolso nos casos em que o devedor dispuser de causas para não efetuar o pagamento (prescrição, dívida já paga), porém a recusa do devedor deve ser relevante ou justificável. Se o 3° não interessado pagar antes do vencimento ele só poderá cobrar no dia do pagamento QUEM RECEBE? Accipiens – credor polo ativo CREDOR Originário Derivado Titular do cré dito Sub sti tui ção do pol o ati vo , a obrigação continua a mesma. Art. 308 – o pagamento deve ser efetuado ao representante legal (pai, curador, tu tor) , ju di ci al (o ju iz de terminar á) ou conv en cio na l (mandatário) Pagamento feito a pessoa diferente Feito a u m repres en tant e Ge ra ex ti ão, é ef ica z Feito a pessoa não autorizada Em regra não é eficaz, mas é válido se: Credor ratifica pagamento Reverteu em benefício do credor

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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

Conceito: é o vínculo jurídico em virtude do qual, uma pessoa pode exigir de outra prestaçãoeconomicamente apreciável.

Elementos Objeto e suas características

Sujeito – devedor e credorobjeto – prestaçãovínculo jurídico – relação entre credor e devedor

O objeto é a prestação, que deve ser determinável, possível, lícito,caráter patrimonial

Importante: o credor não é obrigado a receber prestação diferente do que é realmente devido, ainda que mais valioso e também não é obrigado areceber o pagamento em parcelas podendo fazê-lo por mera liberalidade.

ADIMPLEMENTO EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO

Cumprir a obrigação de forma espontânea e adequada De forma indireta: pode ou não haver o adimplemento, (dação empagamento, sub-rogação)

Morte da parte envolvida : em regra não extingue a obrigação, salvocasos previsto em lei (obrigação infungível)

Se o pagamento for feito por terceiros não há adimplemento e simextinção da obrigação.

REQUISSITOS PARA O ADIMPLEMTTO

Voluntário : deve ser espontâneo, pagamento feito pelo devedorExato: valor, prazo, e a forma, sob pena de inadimplênciaLícito: sob pena de configurar um ato i lícito

DO PAGAMENTO

QUEM PAGA ? Solvens – próprio devedor

DEVEDORSujeito passivo da obrigação, titular do débito, o devedor pode ser aqueleque responde pelo ato de outrem (filho menor) ou coisa (objeto).

TERCEIRO INTERESSADO

Indiretamente responsável pela solução do débito e portanto, juridicamente legitimada a resgatá-lo, sob pena de sofre os efeitos doinadimplemento. (fiador, avalista)

Se houver recusa do credor ou

oposição do devedor?

Havendo o pagamento quais os

efeitos? Qual a nova relação?

Pagamento em juízo, consignação O 3° sub-roga-se dos direitos docredor - 3°/devedor

TERCEIRO NÃO INTERESSADO

Pagando em nome dodevedor

Pagamento em seunome

contra a vontade dodevedor

Não cabe reembolso,mera liberalidade

Cabe reembolso , semdireito a correção,.Não cabe sub-rogação

Contrato: não pode justo motivo: semreembolso

O terceiro deve avisar o devedor , a fim de que este não pague duas vezes, dívida paga sem conhecimento do devedor ou contra a vontade deste,não terá direito a reembolso nos casos em que o devedor dispuser de causas para não efetuar o pagamento (prescrição, dívida já paga), porém arecusa do devedor deve ser relevante ou justificável. Se o 3° não interessado pagar antes do vencimento ele só poderá cobrar no dia do pagamento

QUEM RECEBE? Accipiens – credor polo ativo

CREDOR

Originário Derivado

Titular do crédito Substituição do polo ativo, aobrigação continua a mesma.

Art. 308 – o pagamento deve ser efetuado ao representante legal (pai,curador, tutor), judicial (o juiz determinará) ou convencional(mandatário)

Pagamento feito a pessoa diferente

Feito a um representante Gera extinção, é eficaz

Feito a pessoa não

autorizada

Em regra não é eficaz, mas é válido se:

Credor ratifica

pagamento

Reverteu em

benefício docredor

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Art. 309 : o pagamento feito de boa fé a credor putativo é valido, poderáo credor verdadeiro regressar contra o putativo. Ex: herdeiro

Art. 311: portador de título, mandato presumido – o devedor deve secertificar da legitimidade daquele que possui o título.

Art. 310: pagamento feito ao incapaz – em regra não é válido

Situação conhecida pelo devedor Não conhecida pelo devedor

Se o representante ratificar ou odevedor provar que se reverteu embenefício do incapaz é válido

Pagamento válido – deve haver aboa-fé. Ex: pródigo.

PROVA DO PAGAMENTOArt. 319: o devedor tem direito a receber a quitação

Caso o credor não o façaReter o pagamento

Consigna em mora

A quitação é o meio mais robusto de prova do adimplemento.

. Art. 321: a posse do título pelo credor é presunção de que o título nãofoi pago., e houver a perda do título, poderá o devedor exigir, retendo opagamento, declaração do credor que inutilize o título perdido.Art. 322: Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação daúltima estabelece, até prova em contrário, a presunção de estaremsolvidas as anteriores.

Art. 320: A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumentoparticular, designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome dodevedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, coma assinatura do credor, ou do seu representanteIMPORTANTE: o recibo não significa uma renúncia ao direito dequestionar em juízo o cumprimento da obrigação, bem como a validadeda mesma.

Art. 324 caput e §ú.: a entrega do título ao devedor presume-sepagamento. A prova do inadimplemento cabe ao credor no prazo de 60diaS.Art. 325: as despesas com pagamento e quitação, ficam em cargo dodevedor, porém se for culpa do credor esse arcará com os custos.

OBJETO DO PAGAMENTO

Art. 313: o credor não é obrigado a receber prestação diversa do que lheé devida ainda que mais valiosa.Art. 315: pagamento em dinheiro deverá ser feito em moedacorrente,salvo casos previstos em lei.Devedor que cumpriu com sua obrigação quase em sua totalidade – teráo credor de aceitar a prestação sob pena de incidir abuso de direito . ex:saco de laranja faltando três unidades.

Art. 314: obrigação divisível: cada um recebe sua cota parte.- solidariedade: pode pagar a qualquer um credor.- devedor que cumpriu com a obrigação quase com sua totalidade –adimplemento quase total. Terá prestação, sob pena de incidir em abusode direito. A obrigação não é extinta e poderá ser cobrado o valor quefaltaart.316: obrigação de trato sucessivo (possibilidade de aumento (aluguel)

Art.317: teoria da imprevisão excessiva: permite que o juiz corrija o valor do pagamento, quando ocorrem fatos imprevisíveis que proporcionemdefasagem entre o valor original da prestação e o valor do momento da execução da prestação. Para que haja essa correção, o motivo deve serimprevisível, sua aplicação restrita, desproporção, pagamento dificultoso, acontecimento que independe da vontade das partes, boa fé, justiça,equidade, revisão – mudança substancial na condição financeira. Ex: leasing de veículos ( o governo interferiu nas prestações)

DO TEMPO DO PAGAMENTO

É o vencimento da obrigação, ou seja, o momento em que a dívida setorna exigível. A identificação desta data é fundamental.Pode o devedor pagar antes do prazo? Fica o credor obrigado a receber?Pode sim pagar antes do prazo, porém o credor não é obrigado a receber.Data do pagamento: dura 24h.Horário específico: banco, comércioArt. 332: condição – existindo condição estipulada, somente com oimplemento da obrigação é que a dívida se torna exigível. Cabe aocredor informar o implemento da obrigação

Art. 331: fixada pelas partes, pode o credor exigir imediatamente, salvolei em contrato.

Obrigação

Pura: quando a data dovencimento não está fixada, credorpode exigir de imediato, desde queo prazo seja razoável.

À termo: quando a data dovencimento está fixada.

Benefício do devedor.

Art. 333: hipóteses em que a dívida pode ser cobrada pelo credor antesmesmo de vencido o prazo:Falência, hipoteca ou perda da garantia, só cabem essas alternativas.

Art.333§ú. Solidariedade no polo passivo – a situação ruim de um dosdevedores não atinge aos demais.

DO LUGAR DO PAGAMENTO

Art. 327: regra – sempre no domicílio do devedor, salvo se as artesestipularem o contrário, ou se a lei assim determinar.Credor se recusa injustamente a receber o pagamento – mora credor§ú:se houver dois ou mais lugares caberá ao credor a escolha. E eledeverá avisar ao devedor com tempo hábil para que ele se organize.

Dívida:

Quesível Portável Mista

Domicílio devedor,ex: desconto em folha

Domicílio credor, ex:cartão de crédito

Terceiro lugar:escritório de direito.

É fundamental que o lugar do pagamento seja previamente determinadoquem paga no local errado paga duas vezes, a mora dependerá de quemteve culpa por esse motivo preciso saber se a dívida é queráble ouportableart. 328: tradição do imóvel ou parcelas relativas a ele, só e operam nolocal onde o bem está localizado.

Mora

Queráble Portável

O credor provoca o pagamento, seassim não o fizer (mora)

O devedor procura o credor, seassim não o fizer \(mora)

Art. 329: local do pagamento isolado por grave acidente, calamidadepública, poderá o devedor pagar em outro lugar desde que nãoprejudique o credor.

Art. 330: se o pagamento é constantemente realizado em local diversodaquele que foi previamente estipulado, pesume-se que houve umaintenção de muar de local,salvo estipulação em contrário.

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PRINCÍPIOS DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

SOCIALIDADE OPERACIONALIDADE ETICIDADE

O ordenamento jurídico concede ao sujeito umdireito, com o objetivo de que seja satisfeitauma necessidade pessoal, porém com acondição de que a satisfação individual não leseas expectativas coletivas que lhe rodeiam todopoder de agir é concedido a pessoa, para que

seja realizada uma finalidade social, casocontrário, a atividade individual falecerá delegitimidade e o intuito do titular será recusadopelo ordenamento.

Código de 1916: individualista , as pessoaseram analisadas por segmentos, sua posição jurídica.Código de 2002: pessoas e necessidadesdiferentesEfetividade: aumento da eficácia da norma.

Importante: as desigualdades materiais e ocontexto real da pessoa serão decisivos para quea sentença consiga dar a cada um o que é seu.

Contempla a realidade social, teoriatridimensional do direito de Miguel Reale, estápautada nas cláusulas gerais da boa-fé, funçãosocial, dignidade , bons costumes.A boa-fé é: o fundamento do direito dasobrigações.

Código de 1916: formalismo jurídico – Teoriapura do direito – Kelsen,