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Retratos de Portugal …da demografia ….à economia.
Equipa: PARCEIROS
Escola: Básica Pe. Joaquim Flores/
Agrupamento de Escola de Montelongo
Localidade: Revelhe-Fafe; Região: Norte
Categoria: B - 3.º ciclo do ensino básico
1. Objetivos: ╺ Aplicar, aperfeiçoar e aprender novas técnicas de análise estatística e de tratamento de dados,
usando o excel;
╺ Explorar novas situações de aprendizagem e responder a novos desafios;
╺ Conhecer as diferenças na estrutura etária e no envelhecimento da população e averiguar a existência de indícios de adoção de políticas natalistas;
╺ Conhecer o índice de dependência da população, considerando o elevado envelhecimento;
╺ Contextualizar o enquadramento do nosso concelho (Fafe);
╺ Investigar sobre a relação entre recolha seletiva de resíduos e densidade populacional;
╺ Perceber se as dificuldades de cumprimento dos empréstimos aumentou no período da “Troika”.
2. Metodologia ╺ Seleção e organização da informação em tabelas de acordo com a análise pretendida;
╺ Tratamento estatístico da informação, com recurso às funcionalidades do excel (somatórios, médias, cálculo de índices e de percentagens, uso de filtros e hierarquização das informação).
╺ Tratamento gráfico dos dados/resultados e respetiva análise.
93,1
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(%) Índice de envelhecimento por NUT III (2018)
Índice de envelhecimento (NUT III)… reflexos da TN, TM e TCN
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(‰) TN, TM e TCN (NUT III, 2018)
Tx. Natalidade Tx. Mortalidade Tx. Crescimento Natural
+ envelhecido
- envelhecido
3. Resultados
Como critério para avaliar o envelhecimento, usamos e calculamos o índice de envelhecimento (IEnv.):
Há um grande envelhecimento da população portuguesa. * Há apenas uma região (Açores) em que o número de idosos NÃO supera o número de jovens, em resultado das baixas TN.
* - (Nós portugueses-nascer para não morrer,
RTP, 2020)
- envelhecido
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159,8 159,4
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300
400
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600
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(%)
Valores extremos do índice de envelhecimento por concelho (2018)
Índice de envelhecimento e de dependência extremos (concelhos em 2018) … estrutura etária
+ envelhecido
110,9
55,1 46,8
36,0
0
20
40
60
80
100
120
(%)
* por cada 100 pessoas em idade ativa
Valores extremos do índice de dependência total * (2018)
Há apenas 11 concelhos em que o número de idosos NÃO supera o número de jovens.
Os elevados IEnv. traduzem-se em elevados índices de dependência total (IDep.), atingindo a média nacional 55,1%. Um dos maiores da Europa (Pordata. 2018;Eurostat, 2018)
Fafe tem um IEnv. em linha com a média nacional e um IDep. inferior à media nacional
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Concelhos mais envelhecidos … e a tentativa de rejuvenescimento.
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(%)
Concelhos com aumento (em %) da população dos 0-4 anos em relação à população dos 5-9 anos (2018)
Os concelhos com aumento (em %) da população dos 0-4 anos em relação à população dos 5-9 anos (2018) são, sobretudo, os mais envelhecidos e refletem os efeitos da adoção de incentivos à natalidade pelos autarquias.
(Incentivos das câmaras à natalidade ajudam os casais e a economia dos concelhos,
Público, 17/02/2014)
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Recolha de resíduos … e densidade populacional: uma relação (in)existente !?
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A. M. Lisboa
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(t./1000 hab)
Recolha resíduos seletiva – NUT III (2018)
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Alentejo Litoral
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Alentejo Central
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Douro
Lezíria do Tejo
Médio Tejo
Viseu Dão Lafões
Algarve
Região de Coimbra
Alto Minho
R. A. Açores
Região de Leiria
Oeste
Região de Aveiro
Tâmega e Sousa
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R.A. Madeira
Cávado
A. M. Porto
A. M. Lisboa
(hab./Km2)
Densidade populacional – NUT III (2018)
363
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0 200 400 600 800
Tâmega e Sousa
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Região de Leiria
R. A.Madeira
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Alto Minho
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Região de Aveiro
A. M. Porto
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Lezíria do Tejo
Oeste
Alto Alentejo
Baixo Alentejo
R. A. Açores
Alentejo Central
Alentejo Litoral
Algarve
(t./1000 hab)
Recolha resíduos indiferenciados - NUT III (2018)
A recolha de resíduos por 1000 habitantes apresenta grandes contrastes regionais, sobretudo a seletiva, e não apresenta uma relação expressiva com a densidade populacional.
Para avaliarmos a (in)existência da relação entre recolha de lixo e rentabilização de infraestuturas de recolha, beneficiando de economias de aglomeração, calculamos a taxa de recolha por 1000 habitantes, para posterior comparação com a densidade populacional.
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Empréstimos concedidos em Portugal
Sociedades não financeirtas Particulares
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Empréstimos vencidos, em % do valor total, em Portugal
Sociedades não financeirtas Particulares
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Empréstimos vencidos dos Particulares: Habitação e Consumo, em % do valor
total, em Portugal
Particulares_HabitaçãoParticulares_consumo e outros fins
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Percentagem média do total de empréstimos não vencidos período (Dez/2009 - Dez/2018), por regiões NUT III
Empréstimos no período Dez/2009 a Dez/2018… aumenta a dificuldade de cumprimento
Os empréstimos em Portugal diminuíram a partir da implementação do PAEF (2011). No entanto, durante o período de vigência deste, aumentou a percentagem dos empréstimos vencidos sobretudo nas sociedades não financeiras (quase quadriplicou) Nos empréstimos particulares por finalidade, o aumento dos empréstimos vencidos foi sobretudo no consumo, tendo quase duplicado no período de vigência do PAEF.
4. Conclusões:
“Portugal é um país envelhecido...” É uma frase que ouvimos frequentemente na imprensa. Foi a partir dessa ideia que delineamos o nosso primeiro objetivo, o qual, sem surpresa, validamos. Tentamos, então, identificar as áreas mais envelhecidas e averiguar sobre os efeitos das medidas natalistas, implementadas a nível local por algumas autarquias, divulgadas pela comunicação social, com o objetivo de inverter esta situação. Efetivamente, validamos também essa hipótese. Alguns dos concelhos mais envelhecidos tomaram medidas de incentivo à natalidade, como é o caso da Câmara Municipal de Oleiros (site, CMP), entre outras, o que se repercutiu no aumento dos indivíduos com idade 0-4 anos em relação aos das classes seguintes. No entanto, por curiosidade, verificamos que, não sendo regra, nos menos envelhecidos, verifica-se uma diminuição da classe dos 0-5 anos, o que evidencia a tendência para o acentuar do envelhecimento nos mesmos. Nota-se ainda que a população dependente é muito elevada, o que implica um peso acrescido para a população ativa. O nosso concelho não difere muito da realidade nacional, situando-se na média. Considerando a riqueza da base de dados fornecida, decidimos explorar outros domínios. Entendemos interessante investigar sobre os benefícios das economias de aglomeração aplicada à rentabilização das infraestruturas de recolha de resíduos, tendo por base a comparação do volume de recolha por mil habitantes com a densidade populacional (DP). “Aquando da elaboração do Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos 2014-2020 (PERSU 2020) a ERSAR considerou que deveria ser avaliada a existência de eventuais sinergias na integração da recolha seletiva e indiferenciada e na partilha das respetivas infraestruturas e serviços, tendo em conta a promoção de escala (…) de gestão de resíduos urbanos”(site ERSAR, 14/12/2017, consultado em 07/03/2020). Verificamos que a relação entre os dois indicadores não é evidente. Não há uma correspondência direta entre as áreas com maior recolha e as áreas com maior DP, o que nos sugere ineficiência ou desaproveitamento das sinergias atrás referidas. Sentimos também curiosidade em averiguar sobre os impactos da “Troika” na evolução dos empréstimos, principalmente dos empréstimos vencidos. Assim, verificamos que durante o período de implementação do PAEF, os empréstimos diminuíram. No entanto, registou-se uma maior dificuldade em pagá-los dentro do prazo, o que se traduziu no aumento dos empréstimos vencidos, em particular das sociedades não financeiras e dos particulares ao consumo, como atestado pelo Jornal de Negócios de 09/06/2015. “Contudo, a percentagem de malparado é mais expressiva nos créditos ao consumo e outros fins. Nos empréstimos ao consumo, 10,89% do total de crédito estava vencido, tendo recuado face aos 10,91% relativos ao mês de Março. Em Outubro de 2013, o malparado no crédito ao consumo atingiu os 12,12%.” Havendo oportunidade e possibilidade, poderíamos ter analisado muitos outros indicadores, pois este trabalho permitiu-nos cumprir com os nossos principais objetivos, que se prendiam com o gosto pelos novos desafios e pela constante aprendizagem.