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ERBERSON RODRIGUES DA SILVA RELATÓRIO DE PRÁTICA DO TRABALHO DOCENTE III Trabalho apresentado para a disciplina de Prática do Trabalho Docente III, do Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará (UFC) Profa. Celina Lima FORTALEZA

REVISADO Trabalho Final Prática Docente III Erbs

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memorial de prática do trabalho docente realizado na disciplina Prática do Trabalho docente III da UFC.

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ERBERSON RODRIGUES DA SILVA

RELATRIO DE PRTICA DO TRABALHO DOCENTE III

Trabalho apresentado para a disciplina de Prtica do Trabalho Docente III, do Curso de Cincias Sociais da Universidade Federal do Cear (UFC)

Profa. Celina Lima

FORTALEZA2015

SUMRIO

1 INTRODUO................................................................................................ 2

2 RELATRIO DE ATIVIDADE......................................................................... 32.1 Perfil da escola................................................................................. 32.2 Perfil do professor........................................................................... 42.3 Perfil das Turmas............................................................................. 52.4 Avaliao das aulas......................................................................... 62.5 Impresses Pessoais....................................................................... 83 CONSIDERAES FINAIS.......................................................................... 11

1. INTRODUOEste trabalho tem como objetivo relatar as atividades desenvolvidas na escola na disciplina de Prtica do Trabalho Docente III. Para tanto interessante explorar algumas decises anteriores que considero importante e levaram at as circunstncias por hora expostas nesta atividade. Entre essas escolhas exponho a vontade tanto de realizar as atividades sozinho quanto a de retornar escola Adauto Bezerra para realizao da prtica docente.Aps realizar duas prticas docentes respectivamente em dupla e em grupo, senti a necessidade de realizar as atividades nas escolas s. Primeiro, por considerar que individualmente estaria me aproximando mais das dificuldades que encontraria quando estivesse profissionalmente no mercado (procura por escola, entrada numa realidade escolar nova e etc.). Segundo, por necessitar realizar todas as atividades que a disciplina requeria sozinho para evitar relaxar e ter mais disciplina nas produes escritas provindas do estgio que me serviro para a produo do memorial.A escolha pela escola se d por motivos mais logsticos. Primeiro por saber que teria maior facilidade de insero no Adauto Bezerra (escola que j havia realizado estgio e estudado) e tambm por considerar que, por haver maior contato com os professores de sociologia de l, a aprendizagem docente seria maior. Aps esta contextualizao da escolha para a realizao do estgio, se mostra importante realizar uma breve introduo acerca do que est posto no relatrio. Dentro dele, h cinco pontos que do a devida contextualizao ao estgio, demostra o que foi vivenciado em sala e o que foi descoberto durante as vivncias do estgio. Inicialmente, os trs primeiros pontos, de perfil da escola, do professor e da turma servem para contextualizar as condies em que realizei o estgio, alm de indicar algumas impresses do mesmo. O tpico sobre avaliao das aulas expe, sinteticamente, as dinmicas das aulas indicando brevemente as impresses que tive acerca da reao dos alunos de acordo com cada aula. Por fim, nas impresses pessoais exponho as problemticas e compreenses que tive na experincia em sala de aula. Neste ltimo ponto utilizo extensamente as anotaes do dirio de campo.Algumas impresses so reiteradas em mais de um ponto do relatrio e as opinies e aprendizagem so postas em todo o texto sem necessariamente estar em uma parte separada j que as vivncias e as impresses esto muito interligadas.2. RELATRIO DE ATIVIDADE2.1 Perfil da escolaA escola se situa em um bairro de classe mdia alta da cidade (Bairro de Ftima) e conta com praas, bares, shoppings, restaurantes entre outros estabelecimentos em seu entorno. A sua localizao privilegiada permitindo chegar l por diversos pontos da cidade. Essa caracterstica de centralidade ajuda a compreender a constituio dos alunos da escola, pois h uma variedade de estudantes de diferentes bairros da cidade, at mesmo da regio metropolitana. Portanto, o Adauto Bezerra uma escola de carter metropolitano.A estrutura da escola tem acessibilidade, possuindo rampas espalhadas por todo colgio com exceo da entrada para algumas salas de terceiros anos que s feito por uma escada. Isto permite escola receber alunos deficientes visuais e cadeirantes.Ainda no que tange estrutura fsica, a escola contem uma secretaria, uma sala de coordenao, uma sala dos professores com anexo de uma sala de reunio, vinte e uma salas de aula, uma cantina, um espao pra o grmio estudantil, uma biblioteca, uma sala de vdeo, dois auditrios, laboratrios de informtica, fsica e matemtica (numa mesma sala) e outro de biologia e qumica (tambm em uma mesma sala), alm de um sala de enfermaria (resqucios da poca que a escola tinha um curso tcnico de enfermagem). A escola tambm possui reas de convivncias, sendo que uma delas constituda por um grande bosque e outra um espao aberto com bancos e mesas dispostas em crculo prximo a uma venda de produtos alimentcios, duas quadras poliesportivas cobertas, mquinas de exerccios e um campo de areia.2.2 Perfil do professorA professora com quem eu estagiei formada em Cincias Sociais pela UFC em 1988; no entanto, sua entrada para a docncia se d relativamente tarde. Ao conversarmos sobre o que a levou a lecionar na escola pblica e o motivo da entrada tardia, ela elencou alguns motivos. Entre eles o fato de ela trabalhar com movimentos sociais durante muito tempo e a disciplina de sociologia ser instituda no ensino mdio apenas no ano de 2008.Sua entrada na escola se d no ano de 2010 por concurso pblico, no entanto ela ainda trabalhava em outras escolas. S no ano seguinte ela trabalha unicamente no Adauto Bezerra. No perodo atual ela ministra as aulas de todos os terceiros anos da escola, dos turnos manh e tarde, e trabalha junto com o PIBID de sociologia da UECE enquanto supervisora de atividades.Acerca da sua postura em sala ela possui um perfil bastante sereno. Em todo o perodo em que a acompanhei no houve nenhuma exaltao perante os alunos, apesar de haver, em alguns momentos, a tentativa de conscientizao sobre a postura deles em sala e em relao ao livro didtico, mas sempre com o tom de conversa. Ela dialoga bastante com os discentes, em especial com os monitores de sociologia e lderes de turma.A maioria das aulas foge do estilo somente expositivo, havendo quase sempre dinmicas ou reproduo de multimdias. A tentativa da professora obter a maior participao dos alunos e o uso das categorias sociologia para a interpretao das vivncias de suas realidades. Os alunos, quase sempre, respondiam s expectativas lanadas pela professora e no perodo em que acompanhei as turmas foi possvel compreender certa eficcia em suas tentativas. Uma das maiores barreiras para a dinmica de apropriao das categorias sociolgicas pelos alunos est numa deficincia escolar em realizar certos graus de abstraes e na compreenso de leituras. No entanto, ao ver os alunos realizarem as atividades escolares em sociologia, possvel ver que o pensamento crtico e cientfico manuseado, mas ainda muito coberto pelas expresses das vivncias do cotidiano. Um dos exemplos disto se d em uma das aulas ao discutir violncia, em que um dos alunos afirma que no existe s a violncia fsica, mas que algumas propagandas comerciais denigriam as imagens das mulheres de forma violenta. O aluno, neste caso, compreende as outras formas de violncias, mas no possui a expertise de utilizar categorias sociolgicas como violncia simblica para expressar sua linha de pensamento.Ao discutir esses temas possvel ver na professora que ela no busca dos alunos um profundo conhecimento da teoria social, mas que eles possam utiliz-las em seu favor para o desenvolvimento de um pensamento crtico ou na produo de saber escolar (por exemplo, ideias para redao do ENEM ou de uma olimpada de alguma matria). Ela se sente recompensada ao ver que o aluno est construindo um conhecimento. Ao indag-la sobre possveis correes de erros de portugus ou de teoria sociolgica ela responde que deve haver cautela nesta dinmica, pois ela compreende que os alunos podem se sentir inibidos para futuras tentativas, mas que em casos mais graves ela busca de maneira adequada ajudar o discente. Ela reitera que o importante seria a construo de competncias que, por muitas vezes, devido ao prprio sistema educacional e fatores externos, o aluno acaba por no desenvolver.2.3 Perfil das TurmasComo a professora que acompanhei s leciona para os terceiros anos, acompanhei duas turmas desse ano: o 3 A e o 3 C. Estes tinham aula de sociologia nas teras-feiras, sendo a primeira turma no quarto tempo (16:00 s 16:50 h) e a segunda no sexto tempo (17:40 s 18:30 h). A primeira turma eu acompanhei do dia 24/03/2015 a 07/04/2015, mas devido a atividades da bolsa do Programa de Educao Tutorial (PET) e da disciplina de Oficina de ensino, fui obrigado a parar de acompanhar esta turma. J no terceiro ano C realizei um acompanhamento mais extenso dentro do perodo de 24/03/2015 a 09/06/2015. As turmas eram compostas por cerca de 40 alunos que frequentavam regularmente as aulas. De maneira geral as duas turmas apresentavam comportamento homogneo com poucas conversas paralelas nas atividades propostas pela professora e na maioria das vezes havendo silncio nos momentos de exposio de falas e reproduo de multimdias. Uma assimetria poderia ser encontrada pelo perfil dos alunos, no qual a primeira turma tinha perfis mais introspectivos, enquanto na segunda havia mais alunos agitados. Porm, a participao dos alunos na segunda classe se dava de maneira mais geral, ao passo que na primeira turma os discentes que mais participavam eram quase sempre os mesmos.2.4 Avaliao das aulasAo todo acompanhei oito aulas, sendo duas do 3 A e seis do 3 C. No perodo em que estive no estgio, houve trs momentos que no teve aula de sociologia por motivos do calendrio escolar prever outras atividades e pela professora estar doente. Outro dia tambm no houve aula por ser feriado nacional. As primeiras aulas que acompanhei foram realizadas no dia 24/03/2015 com a temtica de Gnero e Sexualidade nas turmas do 3 A e 3 C, no qual pequenos grupos (clulas) apresentavam brevemente sobre diferentes temas. Entre os temas apresentados cito Lei Maria da Penha, Movimentos Sociais, Homossexuais e Igreja, Religio e Famlia e os Queers nos estudos de gnero. A metodologia destas aulas foram as seguintes: contextualizao da atividade, apresentao dos grupos, problematizao das falas, reproduo e problematizao de multimdia e informes para a prxima aula. Os alunos contriburam para a atividade, havendo apenas alguns momentos em que acontecia conversas entre as apresentaes e algumas brincadeiras e piadas quando um aluno mais agitado apresentava os temas. Na semana seguinte, acompanhei a aula do 3 C. A aula comeou atrasada devido aos alunos estarem ainda voltando da aula de educao fsica na quadra da escola. A professora dividiu os grupos em clula e entregou a cada clula revistas para que escolhessem imagens e identificassem, seguindo o livro, o que cultura material e cultura imaterial. Aps um tempo os grupos foram apresentar para a sala. A maioria das equipes realizou a atividade, com exceo de um grupo. Como pontos para salientar da dinmica que houve momentos de barulho e conversa em alto volume de voz, apesar de a maioria estar fazendo barulho devido prpria realizao da atividade. A professora foi acompanhar as atividades de cada grupo e pedia silncio em cada grupo. Durante e ao final das exposies a professora realizou comentrios sobre o tema da aula. E no final lanou uma pergunta sobre a possibilidade de se fazer trabalho de grupo de maneira mais silenciosa. As aulas do dia 07/04/2015 tiveram como tema Etnocentrismo e ressignificao cultural. Para tanto, foi utilizado o livro para resolver questes. Para driblar o fato de alguns alunos no trazerem o livro, a professora realizou duas atividades. Uma individual, para quem trouxe o livro, e outra com material de apoio do ENEM para os que no trouxeram resolver em grupo. Nos ltimos 15 minutos a professora resolveu as questes. Por meio de observao possvel perceber que a turma do 3 A se sai melhor na atividade realmente fazendo e resolvendo os problemas na correo, enquanto o 3 C no responde to bem dinmica da aula. Neste perodo ocorre um hiato no acompanhamento do estgio. No dia 14/04/2015 no pude ir devido s atividades da bolsa, seguido do feriado do dia 21/04/2015. Nos dois dias seguintes a professora fica doente. No entanto, neste perodo realizo outras atividades na escola, como a ida a um encontro sobre conscientizao ambiental junto a alunos do Grupo de Estudos do Meio Ambiente a convite do professor de Geografia da escola e a organizao e planejamento de uma oficina de formao em resumo cientfico e banners para os alunos.Voltando a acompanhar as aulas no dia 12/05/2015, presencio e participo de uma atividade com reviso das matrias at ento lecionadas e comeo discutir a noo de ideologia. A turma, devido falta de aula neste perodo, ainda trabalhava com as matrias de antes do recesso. Para esta aula a professora utiliza imagens de propagandas que ela distribui aos grupos para que eles utilizem as categorias j ensinadas em sala, como cultura material e imaterial, violncia, esteretipo, e outras ainda no trabalhadas como ideologia. A tarefa dos alunos escrever um texto com 10 linhas problematizando as imagens. Como a professora ainda recuperava a voz ela pediu apoio para acompanhar a atividades com os grupos. A tarefa se estendeu at a outra aula com ela fazendo pedido para os estudantes trazerem intervenes artsticas para a prxima aula.A aula do dia 19/05/2015 comeou com uma demora de cerca de dez minutos para organizar o material de multimdia. Neste dia em especial havia muitos alunos na sala o que deixava a turma mais agitada. No entanto, quando comeou a primeira atividade da aula com a recitao de um poema do livro os estudantes logo pararam para prestar ateno. Em seguida, dois alunos cantaram a msica Ideologia, de Cazuza, na voz e violo que foi logo seguido de explanao da professora e com problematizaes vindas dos alunos. Aps este momento, houve reproduo da msica Comportamento Geral de Gonzaguinha seguido por problematizao e debate com os alunos. Neste momento da aula eu participei como articulador da discusso fechando as falas de cada msica. Por fim, a professora fez uma avaliao da atividade com os alunos que consideraram uma dinmica interessante de ser realizada.Aps este perodo, h mais duas datas que no acompanho o estgio. A primeira para realizar trabalho de campo da disciplina de informtica na educao, em que acompanho uma aula no laboratrio de informtica na escola Cesar Cals. A aula consistiu no uso de multimdia com a utilizao de um filme (Oraes para Bobby) como recurso didtico, aps a reproduo houve um debate sobre a temtica abordada. J na semana seguinte no h aula devido a Olimpada Brasileira de Matemtica das Escolas Pblicas. Ainda neste perodo eu oferto para os alunos do turno da manh a oficina de produo de artigo cientfico e banners, juntamente com outros colegas que apresentaram no turno da tarde e da noite.2.5 Impresses pessoaisNeste excerto indicarei as impresses que tive durante a experincia de estgio. A maioria das impresses fruto direto dos escritos realizados in loco no dirio de campo da disciplina.As primeiras anotaes indicam a minha ateno quase que total a dinmica das turmas e da aula. No entanto, como primeiro momento, h o estranhamento da estrutura fsica de uma das salas que se localiza ao lado das quadras e que recebe muito barulho exterior. Termos e metodologias que at ento no conhecia tambm me chamam a ateno neste primeiro momento.No segundo momento em sala continuo atentando a questes da dinmica da aula e dos alunos. Uma pessoa me chama a ateno ao resmungar com amigas sobre o fato de no gostar da disciplina e do horrio da aula. Ela fala que odeia a sociologia, que no nasceu para isso e ainda na sexta aula. Apesar de realizar a atividade a contragosto (Aula do dia 31/03/2015) ela ainda foi representar a turma na apresentao e em sua fala ainda, segundo minhas anotaes, falou bem, apesar de ter amassado o papel de sua apresentao depois. Neste momento eu percebo que a turma do 3C tem um bom domnio sociolgico. Ainda neste momento sou apresentado a turma (com direito a gritos de parte de alunos sobre se estou solteiro), fao uma pequena exposio acerca das apresentaes.J em anotaes do dia 07/04/2015, comeo a me repensar mais e a anotar isto no dirio de campo, alm das anotaes da dinmica escolar. Eu me questiono acerca da diferena entre mim e os alunos que l esto (no fazia nem quatro anos que eu era o aluno desta mesma instituio) e escrevo como respostas provisrias que no o mesmo AB [Adauto Bezerra], nem o mesmo eu. A instituio se modifica em suas clulas (professores, estudantes e etc.) enquanto eu no comungo [mais] dos sonhos, preocupaes e ideias de antes. Ainda continuo a me incomodar com a acstica da sala do 3 A e a professora cita uma das minhas falas na aula e eu reitero a fala dela diante dos alunos. Uma das preocupaes que tenho quando fao as intervenes em aula se estou sendo ouvido.Ainda nas anotaes do dia 07/04, s que na sala do 3 C, escrevo algumas problemticas sobre o papel da professora, no qual ela [...] d maior autonomia ao aluno. At o momento no houve aula expositiva. Sei que em outros lugares isso seria considerado anti-didtico ou caracterstica de um pssimo professor. Mas no creio que seja verdade. Afinal, ensinar e aprender no so uma via nica, mas um emaranhado de caminhos onde cada indivduo acha o melhor caminho ou engessado a pegar o caminho comum [com modificaes]. Continuando a observar a professora, coloco em uma anotao que, quando exercer a atividade, buscarei comentar as questes dialogando com os conceitos. Neste momento, tambm tenho a impresso de que participo mais da aula. Eu cito a questo das brigas de torcida e alguns alunos cantam, como forma de respostas, um canto da MOFI (Movimento Organizado Fora Independente). Aps a aula escrevo em respostas as dvidas que foram lanadas por mim mesmo que: Interessante ver como o aluno reage quando se toca em situaes que lhe trazem sua realidade. Seria interessante mapear quem so e fazer o acompanhamento. Interessante ver a evoluo da sala.. [com modificaes]Sobre a dvida de se estar sendo ouvido exponho que no momento em que falei, alm do corao bater forte, tive dvida se estavam me ouvindo. At [tive] a impresso da voz faltando e a certeza de ser ouvido [s veio] quando um aluno falou que era do grupo dele o que eu estava usando como exemplo. A professora tambm falou dessa impresso, mas que h sempre algum aluno ouvindo!!. Nas anotaes do dia 12/05/2015 j atentava mais a minha prpria prtica enquanto professor. Uma das problemticas que encontrei foi como lidar com atos hipersexualizados dos alunos e me policiar em alguns termos que normalmente no devo expressar para estudantes mais novos. Nas minhas anotaes considero que: creio que fui bem. A forma como me portei talvez tenha demostrado um pouco de vergonha, mas creio que passei a autoridade necessria. Realmente tenho que me policiar ao falar [...].Outra questo que me incomodou um pouco foi sobre minha postura corporal. Entre as impresses postas indico a forma como uso as mos (considero minhas mos um pouco desproporcional) e o meu olhar. Voltando as atenes para a dinmica da aula, considero que no 3 C os alunos mais bagunceiros respondem bem as questes das atividades e mostram ter conscincia crtica, mas, como no geral, no conseguem relacionar suas percepes com as categorias sociolgicas.Ao final desta aula, um fato que escrevi no meu dirio de campo me chama a ateno: Ao final [da aula] dois alunos me cumprimentaram e o ltimo me chamou de professor. Uma boa sensao me passou, pois acredito que pelo menos para aquele rapaz eu me portei de forma a ser credibilizado a mim a denominao de professor [modificado]. No dia 19/05/2015, a dinmica da prpria aula no permitiu muitas anotaes. No entanto uma impresso posta nestas notas diz respeito ao conhecimento da matria do livro que, por vezes, por no ter lido previamente, acabo no preparando as minhas exposies de forma que dialogue com o livro.3. CONSIDERAES FINAISConsiderando a formao docente como algo inacabado e inacabvel, em especial para mim que ainda tenho pelo menos mais um semestre de estgio, possvel apenas expor nessas linhas conclusivas alguns aspectos positivos e negativos da experincia de estgio deste perodo, avaliando minha atividade em si e o produto escrito aqui apresentado.Primeiramente saliento a impresso de que o acompanhamento em sala de aula poderia ter sido maior quantitativamente, considerando que h um recorte de um ms em que devido a diversos motivos (obrigaes acadmicas feriados, doena da professora e etc.) estive longe do acompanhamento em sala. No entanto, este ponto negativo relegado por dois motivos: a maior participao em sala e a atividade extraclasse que realizo durante todo esse perodo que me fazem, na minha opinio, mesmo longe das salas vivenciar a realidade escolar. Como ponto positivo a se elencar que as escolhas pr-estgio docente foram, a meu ver, acertadas, j que produzi um bom material desta ltima experincia de estgio docente e que assumi com maior responsabilidade a atividade enquanto estagirio em sala e fora dela (realizando apoio escola dentro de minhas possibilidades) produzindo maior experincia e amadurecimento enquanto profissional docente. As impresses pessoais aqui expostas tambm mostram como este estgio serviu no apenas para melhorar o uso de tcnicas e de uso instrumental do ensino, mas a repensar como quero me tornar professor e como encarar este desafio. Por fim, as experincias com a professora se revelaram proveitosas no s em sala de aula, mas at mesmo a acompanhando em um breve recorte de sua rotina, alm das conversas entre aulas que contriburam bastante para se estabelecer uma nova viso do que seja o exerccio de ser professor.