Revisão AV2 - Introdução Ao Estudo Do Direito (1)

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    INTRO UÇÃO O ESTU O O IREITO

    IE

    “O Direito é um fato ou fenômeno social que não existe se não na sociedade” 

    “O Direito estabelece os limites de ação de cada um de seus membros” 

    * Diversas acepções do vocábulo Direito;

    - O Direito não permite a vingança

    - O Estado tem o direito de legislar

    - A educação é direito da criança

    - Cabe ao direito estudar a criminalidade

    - O Direito é a parte da nossa vida social

    - Não é direito que alguém passe fome

    DIREITO É UM CONJUNTO DE NORMAS QUE TEM POR OBJETIVO, A DISCIPLINA E A

    ORGANIZAÇÃO DA VIDA EM SOCIEDADE, SOLUCIONANDO OS CONFLITOS DE INTERESSES

    E PROMOVENDO A JUSTIÇA.

      MORAL

    Conjunto de praticas, costumes e padrões de conduta formadores de ambiência ética.

      DIREITO

    Conjunto de normas, postas pela sociedade e pelo Estado a fim de prevenir, compor e em

    ultima instancia punir os conflitos de interesses.

      Distinções entre a Moral e o Direito;

    - O campo da moral é mais amplo

    - O Direito tem Coação; A moral é incoercível

    - A moral visa abstenção do mal e a prática do bem. O Direito visa evitar que se lese ou

    prejudique a outrem;

    - A Moral dirige-se ao momento interno psíquico. O Direito ao momento externo , físico( ato

    exteriorizado)

    - A Moral é Unilateral. O Direito é Bilateral- A Moral impõe deveres. O Direito impõe deveres e conferem direitos.

    - Imperativo Categórico: Age como a máxima de sua ação devesse tornar-se, por tua vontade,

    lei universal da natureza.

    - Imperativo Universal: A máxima do agir deve ser por mim entendida como lei universal para

    que todos a sigam.

    [C1] Comentário: COAÇÃO; é um dos

    vícios dos consentimentos nos negócios jurídicos, caracteriza-se pelo

    constrangimento físico ou moral para

    alguém fazer algum ato sob o fundado

    temor de dano iminente e considerável à

    sua pessoa, à sua família ou a seus

    bens (Art.151 do CC). 

    [C2] Comentário: INCOERCÍVEL;

    Irrefreável, irreprimível. Que não se pode

    comprimir; conter: Que não se pode

    reprimir refrear: (riso incoercível). 

    [C3] Comentário: OUTREM; outras

    pessoas.

    [C4] Comentário: UNILATERAL;Situado de um único lado.Que vem de um lado só.Decisão que beneficia apenas um doslados em uma negociação. Tipo denegociação onde os interesses de umdos envolvidos é valorizado emdetrimento do outro. Situação em que,sem a participação de mais ninguém,um dos lados toma a decisão que lheparece mais conveniente e maisinteressante. 

    [C5] Comentário: BILATERAL;Que tem dois ladosQue se refere a dois lados opostos(antropologia) bilinear; cognático. 

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_(biologia)http://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_(biologia)http://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_(biologia)http://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADliahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADliahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADliahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bemhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bemhttp://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Civilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Civilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Civilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Civilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bemhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADliahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_(biologia)

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    - Imperativo Pratico: Age de tal modo que possas usar a humanidade, tanto em tua pessoa

    como na pessoa de qualquer outro, sempre como um fim ao mesmo tempo e nunca apenas

    como um meio.

      ORDENAMENTO JURIDICO

    Pode ser considerado como organização e disciplinamento da sociedade realizada por

    intermédio do direito, ou seja, concretizando através de normas exclusivamente jurídicas.

    “A Axiologia Normativa Trazida Pelo Pós-Positivismo, Traz A Discussão Ou a Existência Dos

    Chamados; HARD CASES”

    HARD CASES: O direito é insuficiente, tanto é utilizado a teoria da Argumentação.

      O NORMATIVISMO JURIDICO

    O normativismo jurídico Kelsiniano é a defesa d construção de parâmetros metodológicos

    próprios para a ciência do Direito, expressa na denominada Teoria Pura do Direito, que não

    fosse uma mera importação das Ciências Sociais e Humanas do Século XIX, nem a reprodução

    dos paradigmas teóricos próprios das Ciências Naturais e Exatas.

     Pontos principais da Teoria Pura do Direito:

    Kelsen priorizara o aspecto estrutural do ordenamento jurídico e a correlação entre suas

    normas, independentes de concepções ideológicas e de regime politico.

    NORMAL FUNDAMENTAL

    Normas Superiores

    Normas Superiores

    Norma Intermediaria

    Normas Inferiores

    C.R./88

    LEIS

    DECRETOS

    ACORDÕES/SENT./POR

    [C6] Comentário: AXIOLOGIA; é oestudo de valores, uma teoria do valorgeral, compreendido no sentido moral.Tal como se descreveu na Alemanhacom Max Scheler ou John Rickert e aFrança por Ruyer ou R. Polin,a axiologia tenta estabelecer uma

    hierarquia de valores. 

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     CULTURALISMO JURIDICO

    A Teoria Tridimensional de Miguel Reale (TRIDIMENSIONALISMO);

    É tida como a melhor sistematização da visão culturalista sobre o Direito. Para Reale, toda

    experiência jurídica pressupõe a correlação entre esses três elementos:

    FATO

    VALOR

    NORMA

    TEORIA

    TRIDIMENSIONAL CORRENTE CIÊNCIAFATO Dado da Realidade

    (Sociedade)

    Sociologismo/Realismo Sociologia Jurídica

    VALOR Elemento de natureza

    moral (Justiça)

     Jusnaturalismo Filosofia Jurídica

    NORMA Elemento regulador

    (LEI)

    Pós Positivismo Dogmático

    “O DIREITO COMO CIÊNCIA E SUA METODOLOGIA”

     

     CONCEITOS JURIDICOS FUNDAMENTAIS

    TEORIA ESTÁTICA ≠ TEORIA DINÂMICA

    Normas Estáticas Fatos Sociais

      DIREITO NATURAL: Atemporal, independente do Estado, Informal, Não hierárquico,

    Independente de local (não espacial), Espontâneo, Não escrito e Imutável.

      DIREITO POSITIVO: Temporal, Aplicado pelo Estado, Formal, Hierárquico, Espacial

    Criado pelo homem, Escrito e Mutável.  Diferenças entre o Direito Natural e o Direito Positivo;

    - O Direito Positivo é imposto pelo estado. O Direito Natural é pressuposto, é anterior ao estado.

    - Direito Positivo é válido por determinado tempo em um território. O Direito Natural possui

    validade universal e imutável.

    - Em síntese, o Direito Natural seria aquilo que nossa consciência acredita e o Direito Positivo as

    leis que temos que obedecer, imposta pela sociedade.

    [C7] Comentário:DOGMÁTICO:Que se apresenta com o caráter decerteza absoluta; que exprime umaopinião de forma categórica. 

    [C8] Comentário: Vigência em localdefinido.

    [C9] Comentário: PRESSUPOSTO: Alguma hipótese ou suposição lançadaantes de ser provada 

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    - Direito Positivo é o ordenamento jurídico em vigor num determinado pais e numa

    determinada época. Direito Natural é o ordenamento ideal, corresponde a uma justiça superiore suprema.

    - Direito Positivo é um conjunto de normas jurídicas e tem como fundamento a estabilidade e a

    ordem da sociedade. O Direito Natural se liga a princípios fundamentais de ordem abstrata,

    corresponde à ideia de justiça.

      DIREITO SUBSTANTIVO DIREITO MATERIAL): é o conjunto de regras criadas pelo

    Estado que normatiza a vida em sociedade definido relações jurídicas, constitui o

    chamado Direito material. 

     DIREITO ADJETIVO PROCESSUAL, FORMAL): Consiste nas regras de direitoprocessual que regulam a existência dos processos, bem como o modo destes de

    iniciarem, se desenvolverem e terminarem a forma pela qual se aplica o direito

    material. 

      DIREITO OBJETIVO REGULA O COMPORTAMENTO HUMANO): é composta pelas

    normas jurídicas, as leis, que devem ser obedecidas rigorosamente por todos os seres

    humanos que adota essas leis. 

      DIREITO SUBJETIVO PODER DE EXIGIR) Art. 205,206, CC/02: Também chamado de

    “FACUITAS AGENDI” (Faculdade de Agir) é o poder de exigir uma determinada

    conduta de outrem, conferido pelo direito objetivo. 

    - Elementos do Direito Subjetivo:

    Sujeito –  Pessoa Física ou Pessoa Jurídica

    Objeto –  O bem jurídico sobre o qual o sujeito exerce o poder conferido pela ordem jurídica.

      DIREITO PUBLICO: Direito Constitucional, Direito Financeiro, Direito Tributário,

    Direito Administrativo, Direito Internacional, Direito Ambiental, Direito Penal, etc.

      DIREITO PRIVADO: Direito Civil, Direito Empresarial

      DIREITO MISTO: Direito do Trabalho, Direito Consumidor, Direito da Criança e

    Adolescente.

    DIREITO PÚBLICO ≠ DIREITO PRIVADO

    Origem: Direito Romano 

    Resgate: Direito Liberal (Burguês)

    Teorias:

    a) Teoria Monista: A existência de somente um direito. (Não existia divisão)

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    b)Teoria Dualista: Divisão em Direito Publico e Privado

    c)Teoria do Interesse em jogo: Teoria Romanas( O que é publico é publico. O que é privado éprivado)

    d)Teoria do Fim: Teoria de finalidade

    e)Teoria do Titular da ação: vê quem está com o direito subjetivo

    f)Teoria Trialista: Além do publico e privado, um terceiro gênero, o chamado Direito Misto.

    “Direito Social” 

    Requisitos são Acumulativas Estado –  DIREITO PUBLICO Parte –  DIREITO PRIVADO

    Conteúdo Interesse Geral Interesse Particular

    Relação Jurídica Sociedade Partes

    Forma ou tipo de Relação

     Jurídica

    Relação de Estado

    Subordinação sobre o

    homem

    Relação de partes

    coordenação iguais

    Licitude Principio estrito

    Legalidade (Só é licito o que

    esta na lei)

    Principio da autonomia de

    vontade (Tudo que a lei não

    proibir é licito) Art. 5 CR/88

      DIREITO NACIONAL  –  Interno: Povo, Território, Soberano.

      DIREITO INTERNACIONAL  –  Externo

    - Dualista Heinrich Triepel 1899): Defende que o Direito Internacional e o Direito Nacionalsão concepções distintas, á medida que se encontram baseados em duas ordens: Interna e

    Externa.

    - Monista Hans Kelsen): Argumenta que o Direito Internacional e o Direito Nacional são

    noções de uma só ordem jurídica e neste caso, havendo um só ordenamento, haveria uma

    norma hierarquicamente superior a todas as demais regulando este único ordenamento. “O

    Direito Nacional é mera delegação do Direito Internacional”. 

    DIREITO NACIONAL ≠ DIREITO INTERNACIONAL

    OBS: O STF e a tese da Supra legalidade RE 466.343/SP (Ministro Celso Melo)

    Se forem direitos humanos independente do conteúdo da norma do tratado interno.

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     NORMAS JURÍDICAS

    Hans Kelsen: “Sentido Hipotético” (Forma) –  Necessidade Sancionatória.

    “Norma Jurídica é uma hipótese que precisa de um fato pra impor uma sanção.”! 

    Miguel Reale: Norma ≠ Sanção –  “Proposição Enunciativa” 

    "Teoria da pluralidade das Ordens Jurídicas”

    Só vinculam os seus integrantes A Outra fonte de produção de

    Norma diferente para o estado.CARACTERISTICAS GERAIS DAS NORMAS JURÍDICAS;

    Generalidade: Regra Aplica-se para toda sociedade sem distinção

    Exceção: Norma de efeito concreto.

    Abstratividade: Três conceitos normativos não especificados

    Bilateralidade atributiva: É a consequência jurídica certa. O aspecto aponta para relação

    regulada para o jurídico.

    Imperatividade: Principio da Supremacia do interesse publico sobre o privado

    Coercibilidade: Independente da aceitação particular ou pessoal.Heteronomia: Direito produz normas externas da minha vontade pessoal.

    LEI Sentido Formal –  Positivismo –  Normativismo (Kelsen) 

    Sentido Material (Conteúdo).

    Sujeito Ativo: Portador do Direito Subjetivo

    Sujeito Passivo: Possuidor do dever jurídico

      . CLASSIFICAÇÕES GERAIS DAS NORMAS JURIDICAS

    Normas de Organização:

    Aparelho estatal. Chamado também de secundarias, fixam competências e atribuições no

    âmbito do estado, algo indispensável no estado do Direito.

    Ex.: Dos poderes, competências, constituição.

    Normas de Conduta:

    Normas primarias, exatamente porque cumprem a finalidade básica das regras de direito, que

    é a disciplina de comportamentos na sociedade. FATOS OU ATOS SOCIAIS.

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    Quanto a Existência:

    . Escrita –  constituição, CP, CC.

    . Não Escrita –  Principio Jurídico, Proporcionalidade.

    Quanto a Extensão Territorial:

    .Normas Internacionais –  Normas estabelecidas com bases em tratados, convenções e costumes

    internacionais.

    . Normas Nacionais –  Federais, Estaduais e Municipais.

    Quanto ao conteúdo:

    . Publico –  Supremacia do interesse publico, Relação de subordinação do particular à vontade

    publica..Privado –  Principio da autonomia de vontade.

    Critérios: Teoria formalista da relação jurídica.

    Quando ao Tipo de Comando:

    Força de vontade estatal sobre a conduta humana)

    . Norma imperativa –  Coagente ou Preceptiva; Exige de seu destinatário uma conduta positiva

    ou uma ação.

    AÇÃO  –  Licitude (Campo da Licitude; obediência civil)

    Normas Proibitivas: Não agir, Licitude. O estado determina que não faça a ação.Norma Permissiva: Compreende aquelas situações em que a ordem jurídica cria um padrão de

    agir, mas permite ao destinatário optar por uma ação diferente, de acordo com o principio da

    autonomia da privada.

    PADRÃO CONDUTA –  Autonomia da vontade (espaço livre de decisão).

    Quanto a Natureza:

    . Subjetiva: Relação Material, Conteúdo.

    . Adjetiva: Processo

    Quanto a Amplitude:

    . Genérica: Abstrata, genérica, sem destinatário especifico. Ex.: “Todos são iguais perante a Lei” 

    . Particular: É possível identificar ao menos a categoria de pessoas atingidas

    .Normas Individualizadas de “Efeito Concreto”:  Pode identificar a pessoa especifica.

    Quanto aos efeitos sobre os fatos:

    .Normas de efeitos prospectivos: “EX NUNC”  - Não retroage, é a norma jurídica que atinge

    apenas fatos posteriores a sua entrada em vigor.

    .Normas de efeitos Retroativo: “EX TUNC”  –  Retroage, é a norma jurídica que são

    absolutamente excepcionais, só admitidos quando favoráveis as partes. 

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    Os Planos de VIGÊNCIA, VALIDADE e EFICÁCIA NORMA JURIDICA PLENA): 

    - Teoria Culturalista:

    .Plano Formal (VIGÊNCIA) - É a analise formal do procedimento de produção da norma

     jurídica e analise da competência (trâmite) para edição da norma.

    Norma de competência –  Trâmite Constitucional –  Ex. Art. 60, CR/88.

    .Plano de Validade: - Revogação tácita –  É o fenômeno jurídico no qual uma norma jurídica

    vigente confronta-se com outra norma jurídica vigente anterior a ela.

    - Analise Formal Trâmite

    Competência

    - Analise Constitucional de conteúdo.

    .Plano Social ou Eficácia: Tanto a validade quanto a eficácia são buscados pelo positivismo.- Hans Kelsen: Dispensável

    - Miguel Reale: Analisa a aceitação e a aplicabilidade social de norma jurídica.

    Leis Anacrônicas

    : “Envelhecidas” –

     Art. 240, CR L.11.106/05)

    Ex.: Adultérios

    .Leis Injustas: “Critérios Subjetivos” –  Art. 50 L.C.P –  Ex. Jogo do azar

    .Leis Defectivas ou Injustas: “Nasceram com defeito tornando-se inaplicáveis” –  Art. 219, CP

    (Lei 11.106/05) Ex. Rapto de mulheres honestas

    Fundamento Ético:

    Legalidade ≠ Legitimidade

    Após ultrapassado os três planos das normas jurídicas, segundo a doutrina que busca o

    fundamento ético das normas jurídicas, as leis ainda devem passar pela analise de sua

    legalidade ética, ou seja, estas normas devem corresponder aos valores da sociedade.

     RELAÇÃO JURÍDICA 

    ORIGEM: “SAVIENY” Século XIX 

    Relação Jurídica Ato Licito

    Ato Ilícito (Bilateralidade Atributiva)

    “Um vinculo entre pessoas, em virtude do qual pode uma delas pode pretender algo a que a

    outra esta obrigada “ 

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      Relação Social Relação Jurídica

    Concepções Sobre as Relações Jurídicas:

    - Jusnaturalismo: “Efeito declarativo do Direito” 

    O Direito apenas “reconhece” a relação jurídica pré-existente.

    - Juspositivimos: “Efeito Constitutivo do Direito”

    “Cria” aquela hipótese como relação jurídica antes do Direito não há relações jurídicas, apenas

    relação social.

    - Neopositivismo: “Em regra –  O efeito do Direito é Constitutivo” 

    Exceção: Efeito Declarativo

    “São relações jurídicas que transformam os fatos em “Fatos Jurídicos””. 

    “Toda relação jurídica é social, mas nem toda relação social é jurídica”. 

    Polos das Relações Jurídicas

    - Sujeito Ativo: Titular do Direito

    - Sujeito Passivo: Responsável pelo cumprimento da obrigação.

    Facultas agendi

    POLO ATIVO Direito Subjetivo POLO PASSIVO

    (Credor) (Devedor)

    Normas agendi

    Pessoas que figuram nas relações jurídicas

    - Pessoa Natural: No CC/1916 –  Pessoas Físicas: Em CC/2002. Pessoa Natural

    - Pessoa Jurídica: Art. 45 CC/02 –  Que cumpre procedimento jurídico. “Registra-se”

    - Entes Despersonalizados: (Sociedade de fato; massa falida) –  Comercio que não cumpre o

    procedimento jurídico. “Não registra-se” 

    Objetos das Relações Jurídicas

    -Imediato: (Principal, primaria) Prestações Positivas e Negativas

    -Mediato: (Secundário) Bem jurídico tutelado

    [C10] Comentário: Fazer

    [C11] Comentário: Não fazer

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    Fato Gerador ou Vinculo de Atributividade

    - Gera: “Facultas Agendi” -Comando Imperativo: Ação Humana (conduta social)

    Conteúdo das Relações Jurídicas

    São fatos sociais cuja lei atribui um efeito legal especifico para garantir esse fato jurídico

    Fatos Jurígenos

    - Fato: Efeito Legal específico –  Relação Jurídica

    - Fatos Constitutivos: São fatos jurígenos que “criam” novas relações jurídicas

    - Fatos Modificativos: São fatos jurígenos que surgiram efeitos nas relações jurídicas

    originarias.- Fatos Extintivos: São fatos jurígenos que acabam dando fim na relação jurídica original.

    Fatos Jurídicos

    Acontecimentos

    Fatos Sociais

    -Fatos Jurídicos Ordinários: (Previsíveis, esperado)

    Ex.: Morte

    Nascimento

    - Fatos Jurídicos Extraordinários (Imprevisível). Critério Objetivo (evento inevitável)

    Subjetivo (culpa)

    CASO FORTUITO X FORÇA MAIOR

    Força humana irresistível Evento da Natureza

      DIREITO SUBJETIVO: .Direito –  Faculdade 

    .Direito –  Poder

    .Direito –  prorrogativa

     DIREITO POTESTATIVO: Corresponde a um exercício de um direito por seu titular

    que, ao exercê-lo, produz efeitos não somente na sua esfera jurídica, mas também na

    esfera jurídica de outrem. Ex.: Herança, Divorcio, renuncia de contrato.

    [C12] Comentário: Poder de ação,faculdade de agir (direito subjetivo) 

    [C13] Comentário: Que produz oucria um direito 

    [C14] Comentário: Diz-se de quemestá revestido de poder.Dir. Que depende da vontade de umadas partes contratantes. 

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    Aquisição de Poder:

    -Gratuita: Se não houver qualquer contraprestação. Ex.: Doações, Sucessões hereditárias.- Onerosa: Quando o patrimônio do adquirente enriquece em razão de uma contraprestação.

    Ex.: Compra e venda.

    Posições Jurídicas Passivas

    -Dever Jurídico: É o dever de cumprir certa conduta determinada pelo exercício de um direito

    subjetivo, é por tanto a conduta exigível do sujeito passivo, fundada em normas vigentes.

    - Sujeição: É a posição jurídica de uma pessoa em fase do direito potestativo de outra. Ou seja,

    quando o titular de um direito potestativo passa a exercê-lo, o sujeito passivo resta suportar as

    consequências jurídicas do exercício regular do direito.-Ônus : Deve o sujeito passivo comportar-se de determinada maneira para realizar interesses

    próprios e não interesse de outrem. O ônus deve ser compreendido como uma situação para

    alcançar um resultado útil do interesse do titular (Sujeito Passivo).

    Fontes Materiais do Direito

    São aquelas fontes que criam diretamente as normas jurídicas, representadas pelos órgãos

    legiferante.

    - Fontes Materiais Diretas ou Imediatas:

    . O Poder Legislativo quando elabora e faz entrar em vigor as leis

    . O Poder Executivo quando excepcionalmente elabora Leis

    . O Poder Judiciário quando elabora jurisprudência ou quando excepcionalmente legisla

    . Os Doutrinadores quando desenvolvem trabalhos, elaboram doutrinas utilizadas pelo

    aplicador de lei.

    . A própria sociedade quando consagra determinados costumes.

    - Fontes Materiais Indiretas ou mediatas:

    São fatos ou fenômenos sociais que ocorrem em determinada sociedade, trazem como

    consequência o nascimento de novos que serão protegidos pelas normas jurídicas.

    - Fontes Históricas:São documentos jurídicos do passado que continuam a influir na legislação atual

    - Fontes Formais:

    Seriam as Leis, os costumes, a jurisprudência e a doutrina. O estado cria a lei e dá, ao costume

    e a jurisprudência, a força desta.

    [C15] Comentário: Que ocasionadespesas, gastos. 

    [C16] Comentário: Aquilo que é ouse tornou incumbência oucompromisso de alguém; dever,encargo, obrigação 

    [C17] Comentário: Define Lei,Legislação. 

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    FONTES DO DIREITO

    MATERIAL (Produção) FORMAIS (Conhecimento)

    ESTADO IMEDIATA MEDIATA

    Lei Costume Doutrina Jurisprudência

    Processo de Elaboração Legislativa

    Iniciativa –  Votação –  Aprovação –  Sanção –  Veto –  Promulgação – Publicação –  Vigência.

    - Iniciativa: É a faculdade que se atribui a alguém ou a um órgão para apresentar projeto de

    lei ao legislativo.

    - Votação: Constitui ato coletivo das casa do Congresso, é ato de decisão que se toma por

    maioria de votos.

    . Maioria Simples (Art.47) - Para aprovação de lei ordinária.

    . Maioria Absoluta (Art.69) –  Para aprovação de leis complementares.

    . Maioria de Três Quinto (Art. 60 § 2º) –  Para aprovação de emendas constitucionais.

    - Sanção: É adesão do chefe do poder executivo ao projeto de lei aprovado pelo legislativo

    - Veto: É o modo pelo qual o chefe do executivo exprime sua discordância com o projeto

    aprovado, por entendê-lo inconstitucional ou contrario ao interesse publico.

    - Promulgação ou Publicação: Promulgação é a declaração de existência da lei. A promulgação

    não faz lei, mas os efeitos da lei só se produziram depois dela.

      CONCEITO DE JURISPRUDENCIA

    É o conjunto de decisões proferidas pelos juízes ou tribunais sobre uma determinada matéria

     jurídica. Decisões reiteradas dos Tribunais –  Erga Omnes (Nacional –  Inter Partes (Território

    do Tribunal)

      CONCEITO DE SÚMULA

    Atos decorrentes de uma jurisprudência consolidada. Súmulas são enunciados normativos que

    resumem as teses. Consagradas reiteradas decisões nos Tribunais Superiores STS e STF.

  • 8/20/2019 Revisão AV2 - Introdução Ao Estudo Do Direito (1)

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    - Súmula: Aplicada em todos os tribunais territoriais- Súmula Vinculante: Aplicada pelo STF em território nacional.

      DOUTRINA

    É o direito resultante de estudos voltados a sistematização, esclarecimento, adequação e

    inovação.

      ANALOGIA

    Aplica- se a um caso previsto de modo direto ou especifico por uma norma jurídica.

    - Analogia LEGIS: É aplicação de lei a caso semelhante por ela previsto.- Analogia IURIS: É aplicação de princípios de direito nos casos de inexistência de norma

     jurídica aplicável.

    A analogia não é permitida no ramo do Direito Penal, salvo para beneficiar o réu, tampouco

    em matéria tributaria para criação de novos tributos.

      EQUIDADE

    Equidade não é fonte do direito. É um critério de aplicação pelo qual se leva em conta o que

    há de particular em cada relação.

    - Direito Comparado: Estuda as diferenças e as semelhanças entre os ordenamentos jurídicosdiferentes.

    - Segurança Jurídica: Implica que o direito seja certo, que as normas sejam conhecidas,

    compreendidas e fixem como razoável previsão o que ordenam. Ex.: estabilidade, generalidade,

    taxatividade.

      HERMENEUTICA JURIDICA

    Conceito de Hermenêutica: INTERPRETAÇÃO + CONSTRUÇÃO; Relação de métodos científicos.

    A Hermenêutica Jurídica é uma das espécies de construções que elaboram por meio dainterpretação métodos científicos para a atribuição do significado semântico das normas

     jurídicas. Origem e evolução como ciência –  Grega Mitológica –  Herme Bíblica –  

    Hermenêutica Cientifica.

    -Teoria Subjetiva: Atenção do autor do texto legal (vontade do legislador)

    “MENS LEGISLATORIS” –  Mensagem do legislador.

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    - Teoria Objetiva: Busca a vontade da lei (Norma é dada pelo presente e não pelo passado

    devendo o processo de interpretação de o direito ser orientado pelas necessidades sociais daépoca em que a lei é aplicada e não pelas da época em que foi criada.)

    Tese majoritária “MENS LEGIS”. Vontade da Lei. 

    Processos Hermenêuticos:

    - Processos da Escola Exegética: (GRAMATICA –  EXERGETICA –  FILOLOGICO )Suficiente conhecer a letra da lei. A tarefa do interprete e compreender o texto jurídico em sua

    literalidade.

    - Processo da Escola Histórica:

    SAVIGNY –  Para esta escola o Ordenamento Jurídico deve ser atualizado segundo o contexto

    histórico cultural em que ele será aplicado.

    a) Histórico (Evolutivo): A lei surge em função de determinadas circunstancias mutáveis com o

    tempo, que devem ser levadas em consideração no momento de sua interpretação.

    b) Sistemático: Todo o ordenamento jurídico tem que fazer parte. O ordenamento jurídico é

    um sistema integrado de normas e que eles não podem ser interpretadas isoladamente.- Concepção Atual (Pós-Moderno): Miguel Reale

    a) Teleológico-Finalístico (Finalidade): Busca o significado da lei em sua finalidade social, a

    norma será interpretada em função de sua capacidade de alcançar os resultados esperados a

    seu respeito pela sociedade.

    Espécies de Interpretação

    - Quanto a Amplitude:

    a) Extensiva (A lei disse menos) Quando o juiz perceber que a letra da lei diz menos, ele terá

    que ampliar o alcance da norma jurídica.b) Restritiva (Letra da Lei) Quando a letra da lei tem que ser restrita.

    - Quando a Fonte de Interpretação:

    a) Autêntica (Leis Interpretativas) “MESMO ORGÃO” –  Poder Legislativo

    O órgão que tem a ultima palavra sobre a interpretação da norma.

    b) Administrativa (Poder Executivo): Aquela cuja fonte elaborada é a própria administração

    publica, Através de seus órgãos e mediantes pareceres, despachos, decisões, circulares,

    [C18] Comentário: é a interpretaçãoprofunda de um texto bíblico, jurídico ou literário. A exegese comotodo saber, tem práticas implícitas eintuitivas. 

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    portarias e etc. Mas não impedem que particulares adotem interpretações diversas. Nos limites

    da lei interpretada, só vinculam a administração publica.c) Doutrina (Não vinculante “Não é oficial”): Ciência jurídica sistematizada, organizada e

    critica dos métodos teóricos do Direito.

    Antinomias

    São positivadas no mesmo ordenamento, duas normas conflitantes das qual uma obriga e aoutra permite.

    - Solúveis /Aparentes: São antinomias resolvidas facilmente pelos critérios de solução dos

    conflitos. A solução dos conflitos entre as normas jurídicas, de um mesmo ordenamento,

    voltados a eleger um dos comandos como aplicava ao caso e afastar o outro, exatamente como

    a finalidade de presenciar a coerência do ordenamento jurídico.

    a) Critério Cronológico (Revogação Tácita) “Art. 2º, LINDB” (Tempo) Critério mais frágil, perde

    sempre “LEX POSTERIOR DEROGAT PRIORI” Revogação. È aquele com base no qual, entre duas

    normas incompatíveis, prevalece a norma posterior.

    b) Critério Hierárquico (Teoria Piramidal de Hierarquia) Maior escalão normativo. É aquelepelos qual, entre duas normas incompatíveis, prevalece a hierarquicamente superior,

    exatamente porque ela é norma de produção, não podendo ser contrariada por uma norma de

    execução.

    c) Critérios de Especialidades (Muito Subjetivo) Matéria –  Trata da forma especifica.

    Trata-se de conflitos entre normas de graus de especialidades distintos, que vai ser aferido a

    partir do exame do conteúdo de cada uma das normas.

    -Segundo Grau ou Insolúveis (Reais): Insuficiente dos critérios de solução do conflito. São

    assim denominadas aquelas antinomias que não são imediatos equacionais pelos critérios

    anteriores mencionados (Insuficiência de Critérios)Hierárquico >x Especialidade >x Cronológico.

    Hierárquico x Cronológico? Hierárquico

    Especialidade x Cronológica? Especialidade

    Hierárquico x Especialidade? Hierárquico

    [C19] Comentário: LEI DEINTRODUÇÃO NORMAS DIREITOSBRASILEIROS –  Decreto Lei nº 4.657/42

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      INICIO DA VIGÊNCIA DA LEI

    - PROCESSO LEGISLATIVOIniciativo –  Votação –  Sanção (Veto) –  Publicação (LINDB –  Art. 01)

    “Vacation Legis” - Período de transição da data de publicação da lei e de sua entrada em vigor

    . A forma de contagem do prazo da VACATION LEGIS é a dos dias corridos, com exclusão do

    começo e inclusão do encerramento computados domingos e feriados.

    • ___________________ •_____________________•_______  _

    Publicação S/Prazo –  45 dias Entra em vigor

    Principio da Obrigatoriedade da Lei

     Art. 01 § 3º LINDB

    - Uma lei só deixa de vigorar quando modificada ou revogada por outra posterior.

    - Erro de Direito (REGRA). Exceção Causa única do negocio jurídico

    “Erro Ivris” (Art.8 L.C.P) 

     Revogação da Lei

    Ab-Rogação –  Perda Total

    Derrogação - Parcial

    Revogação Expressa - Se a lei posterior disser de maneira expressa , que a lei anterior estárevogada, temos na revogação expressa.

    Revogação Tática –  é a que decorre da vigência de uma nova disposição que colide com a

    anterior, sem que seja mencionada a lei nova a revogação da antiga. (Implícita)

      Repristinação:

    Seria o restabelecimento da lei revogada após a perda da vigência da lei revogadora. Tal fato

    não é possível em nosso ordenamento jurídico, salvo disposição expressa em contrario.

    - Ato Jurídico - É aquele que se realizou inteiramente sob a vigência de determinada Lei.- Direito Adquirido - É aquele que na vigência de determinada lei, incorporou-se ao

    patrimônio de seu titular.

    - Expectativa de Direito –  É a possibilidade de se vir a ter um direito. Não conferem direitos

    - Coisa julgada –  Depois de decidida uma questão ao judiciário, se não há possibilidade de

    recursos.