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REVISÃO Psicoterapia Cognitiva

Revisao cognitiva

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Reviso

RevisoPsicoterapia CognitivaAaron Beck, o fundador da terapia cognitiva, formulou uma base terica coerente antes do desenvolvimento de estratgias teraputicas.

As diretrizes para desenvolver e avaliar o novo sistema de psicopatologia e psicoterapia foram:

1) construir uma teoria abrangente de psicopatologia que dialogasse bem com a abordagem psicoterpica;

2) pesquisar as bases empricas para a teoria;

3) conduzir estudos empricos para testar a eficcia da terapia. As pesquisas subsequentes envolveram diversos estgios: a tentativa de identificar os elementos cognitivos derivados de dados clnicos em vrios transtornos; desenvolver e testar medidas para sistematizar essas observaes clnicas; e preparar planos de tratamento e diretrizes para terapia;

Treinamento de auto-instruo: com foco especial na relao entre auto-instruo verbal e comportamento; o treinamento de auto-instruo tem nfase nas tarefas graduais, modelagem cognitiva, na orientao do treinamento mediacional e auto-reforo. Donald Meichenbaum

Terapia racional emotiva comportamental (TREC): o chamado modelo ABC, que prope que qualquer determinada experincia ou evento ativa (A) crenas individuais (B), que, por sua vez, geram conseqncias (C) emocionais, comportamentais e fisiolgicas. (Albert Ellis)

Terapia construtivista: tem uma abordagem cognitiva estrutural; ao invs de lidar com o contedo do pensamento, as terapias de orientao construtivista enfatizam o processo de pensamento e a gerao de significado. Importante: a abordagem construtivista pode ser at radicalmente divergente de uma perspectiva tradicional de terapia cognitiva.

A TC se baseia em uma formulao em contnuo desenvolvimento do cliente e de seus problemas em termos cognitivos, buscando conceituar as dificuldades em enquadramentos trplices: a) Identifica pensamentos atuais que mantm seus sentimentos e comportamentos problemticos; b) Fatores precipitantes que influenciaram a percepo; c) Levanta hipteses sobre eventos chaves do desenvolvimento e padres duradouros desses eventos que predispem a pessoa doena.

A TC enfatiza colaborao e participao ativa. A terapia deve ser vista como um trabalho em equipe. Juntos, decidem o que trabalhar em cada sesso, freqncia e tarefas de casa.A TC requer uma aliana teraputica segura. O terapeuta deve demonstrar: cordialidade, empatia, ateno, respeito, competncia.

Os significados mal adaptativos, dos quais resultam a psicopatologia, so construdos em relao ao que denominado de Trade Cognitiva ou seja em relao ao self, ao ambiente (experincia atual) e ao futuro (objetivo).TranstornoContedo do pensamento tpicoDepressoViso negativa de si mesmo, do mundo e do futuroTranstorno de ansiedade generalizadaMedo de risco fsico ou psicolgicoTranstorno de pnicoMedo de acidente fsico ou psicolgico iminenteTranstorno alimentarMedo descontrolado de no ser fisicamente atraenteHipocondriaPreocupao com distrbio mdico insidioso srioTranstorno de personalidade anti-socialSensao de ser tratado de maneira injusta e de ter direito sua parte justa, no importa por quais meiosDistrbios mdicos nos quais os pacientes apresentam queixas de dor em graus significativosSensao de dor intolervel e impotncia para control-laPensamentos AutomticosNo so diretamente relacionados s situaes ocorrendo sob forma de suposio ou regra (Ex.: Se me conhecerem melhor vai perceber que sou insegura)Resumo do modelo: so os pensamentos da pessoa em uma determinada situao que desencadeiam as emoes que ela sente e as reaes que ela tem (seus comportamentos).

Registro de Pensamentos Disfuncionais (RPD)O terapeuta e pcte devem dominar o RPD;O RPD deve ser introduzido ao longo das sesses.Apurar se o paciente realmente acredita no modelo cognitivo antes de introduzir o RPD;O paciente deve ter habilidade em identificar os pensamentos automticos e emoes;O paciente deve ser capaz de diferenciar situao, emoes e resposta fisiolgica sem confundi-las com pensamento automtico.

Data ehoraSituaoPensamento automticoEmooComportamentoResposta AdaptativaResultadoQue evento real, fluxo de pensamentos, sensaes fsicas, devaneios ou recordaes levou emoo desagradvel?Que pensamento(s) e/ou imagem(ns) passou pela sua cabea? E o quanto voc acreditou em cada um no momento?Que emoo voc sentiu neste momento? (tristeza, raiva, ansiedade, etc.) e qual a intensidade?O que voc fez?Que distoro cognitiva voc utilizou?Resposta s perguntas abaixo para compor a resposta ao(s) pensamento(s) automtico(s)?Quanto voc acredita em cada resposta?O quanto voc acredita agora em cada pensamento automtico?Que emoo voc sente agora?O que voc far?12/03/2008 s 10:30Conversando ao celular com o amigo CsarEle no est interessado no que eu digo. 60%Triste: 80%Rejeitada: 90%Fingi que tinha que desligarCatastrofizao1) ele j fez isto antes (90%)2) ele est preocupado com outra coisa (50%)3) ele no quer minha amizade (30%). Eu no superaria isto (60%). Pode ser impresso minha (40%)4) eu vou perder o amigo (75%) e Insistir na amizade (50%)5) eu deveria falar pra ele o que penso (80%)6) voc est enganado (90%)PA: 30%Tristeza: 40%Rejeio: 50%Acrescentar outro fatoAcrescentar outro fato Pode-se utilizar de perguntas do tipo: Qual a evidncia de que o pensamento verdadeiro? H uma explicao alternativa? O que o pior que poderia acontecer? Eu poderia superar isso? Qual o resultado mais realista?Qual o efeito de eu acreditar no pensamento automtico? Qual poderia ser o efeito de eu mudar o meu pensamento? O que eu deveria fazer em relao a isso? Se _______ (nome do(a) amigo(a)) estivesse na situao e tivesse esse pensamento , o que eu diria a ele(a)?

Referncias Bibliogrficas:KNAPP, Paulo; BECK, Aaron T. Fundamentos, modelos conceituais, aplicaes e pesquisa da terapia cognitiva. Rev. Bras. Psiquiatr., So Paulo, 2011 .

NEUFELD, Carmem Beatriz; BRUST, Priscila Goergen; STEIN, Lilian Milnitsky. Bases epistemolgicas da psicologia cognitiva experimental. Psic.: Teor. e Pesq., Braslia, v. 27, n. 1,mar. 2011.