25
Idendade Revista 6 - Julho 2015 LEIA SOBRE: Benchmarking, Propósito e Posicionamento. Conheça mais sobre o projeto e como ele está sendo construído!

Revista 6 - Marca Florianópolis

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Revista de andamento do Projeto Marca Florianópolis: Benchmarking, Propósito e Posicionamento da Identidade Visual.

Citation preview

Page 1: Revista 6 - Marca Florianópolis

REVISTA 6 - JULHO 2015www.marcaflorianopolis.com 1

IdentidadeRevista 6 - Julho 2015

LEIA SOBRE: Benchmarking,

Propósito e Posicionamento.Conheça m

ais

sobre o projeto

e como

ele está sendo construído!

Page 2: Revista 6 - Marca Florianópolis

ApoioProjeto

Equipe

Luiz Salomão Ribas GomezDesigner – Pós-Doutor em Branding - Professor Design UFSC

Marília Matos GonçalvesDesigner - Doutora em Engenharia de Produção - Professora Design UFSC

Clarissa Martins AlvesDesigner - Mestranda em Design e Expressão Gráfica UFSC

Grasiele PilattiDesigner - Mestranda em Design e Expressão Gráfica UFSC

Patrick Veiga MartinelliDesigner - Mestrando em Design e Expressão Gráfica UFSC

Daniele Diniz WarkenDesigner - Especializanda em UX UFSC

Adriele Marie YamaguchiGraduanda em Design UFSC

Angela Carolina MansimGraduanda em Design UFSC

Bruna Maria Almeida Rosa Graduanda em Design UFSC

Eduardo PachecoGraduando em Design UFSC

José Victor MatosGraduando em Design UFSC

Juliana AzevedoGraduanda em Design UFSC

Pedro KirstenGraduando em Design UFSC

Rafaela De ContoGraduanda em Design UFSC

Thiago JanningGraduando em Design UFSC

Clique para acessar!

Clique!

Page 3: Revista 6 - Marca Florianópolis

REVISTA 6 - JULHO 2015www.marcaflorianopolis.com 3

no universo da criação de marcas, no marketing e na publicidade. Tratando-se de uma marca territorial, eles são igualmente essenciais, uma vez que um posicionamento bem definido confere força e perenidade à marca, fazendo com que ela ocupe um lugar distinto e valorizado, diferente dos clichês e excessos de referência observados em outras identidades.

Nesse momento chegamos à etapa de geração de alternativas gráficas para a marca! Nesse volume você poderá conhecer o modelo de concepção das três alternativas finais para a marca gráfica. Essas estão em votação popular e a mais votada será escolhida para representar a cidade. A ferramenta de escolha democrática dá continuidade ao processo cocriativo, que é a base da criação da marca da cidade de Florianópolis. Esse modelo procura aproximar as pessoas que vivem o local engajando-as em um projeto o qual também fazem parte.

Por fim, passado um ano desde o início do projeto, no qual nossa equipe pôde viver a cidade nos mais diversos aspectos, gostaríamos de convidar você à leitura de nossa pesquisa distribuída nas páginas a seguir!

Boa leitura.

A última edição da revista foi dedicada ao DNA da cidade, onde foi possível identificar os cinco conceitos intrínsecos à cidade de Florianópolis. Esses, que são indissociáveis, estão presentes no povo manezinho, nas paisagens, na cultura e nas belezas em geral conhecidas por aqueles que visitam, moram ou foram adotados por essa terra tão “quirida”. Foi assim que, durante a etapa seguinte, fizemos a seguinte pergunta:

“O que seria do mundo sem Florianópolis?”

Através de novas entrevistas e um questionário disponibilizado online, obtivemos inúmeras respostas que orientaram a descoberta do propósito da marca da cidade.

O objetivo era saber das pessoas o que torna Florianópolis um local tão essencial e único no mundo. Relacionamos essas respostas com o DNA e algumas delas podem ser lidas mais adiante em “Propósito”, bem como este definido.

Dando sequência, chegamos à identificação do posicionamento, o qual é composto de outras três subetapas em nossa metodologia TXM: Target, Análise de parceiros e Naming. Todos esses termos são bem conhecidos

EM quE Pé Tá o PRoJETo?

Clique!

O Projeto Branding Territorial Identidade de Marca Turística é um projeto de pesquisa registrado na Pró Reitoria de Pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina sob o número 2014.0819 e pode ser acessado no sistema Notes no site da UFSC.

Page 4: Revista 6 - Marca Florianópolis

#marqueflorianopolisPROJETO MARCA FLORIANÓPOLIS 4

BEnChMARKinG DoS ConCEiToS

Benchmarking é um termo oriundo da administração, o qual implica em um processo que envolve o estudo dos concorrentes de uma marca a fim de captar deles boas práticas e características em comum com a marca em criação. Já cumprimos essa etapa no início do projeto, porém nesse momento retornamos a ela para confrontar os conceitos definidos como o DNA da marca da cidade de Florianópolis e procurá-los em marcas de outras cidades. Para a análise foram escolhidas marcas que nos inspiram e que apresentam soluções coerentes com os conceitos apontados. Conheça um pouco mais dessa etapa lendo os resultados encontrados:

Conceito Técnico: NaturalPeru escolheu para seu símbolo a fluidez do traço manual o qual faz referência ao seu povo e ao seu local. Esse artifício também confere personalidade à marca, que se propõe como o “núcleo de um amplo ecossistema comunicacional, que admite múltiplas mensagens, imagens, conceitos, paisagens, culturas”, dando abertura para a aplicação em diversos suportes.

De maneira indireta a forma também remete à topografia dos pontos turísticos e ao misticismo presente nesses lugares. São características buscadas por aqueles que visitam o país, os quais também valorizam sua cultura, gastronomia e as experiências que a terra proporciona.

Em Florianópolis, o natural também é relacionado com as belas paisagens, as praias, a natureza que é rica e muito presente ao longo da ilha. Dessa forma, a maneira como o conceito é expresso através do desenho gráfico peruano pode ser incorporado à marca da cidade de Florianópolis.

Clique!

Page 5: Revista 6 - Marca Florianópolis

REVISTA 6 - JULHO 2015www.marcaflorianopolis.com 5

Page 6: Revista 6 - Marca Florianópolis

#marqueflorianopolisPROJETO MARCA FLORIANÓPOLIS 6

Conceito Emocional: MágicaFlorianópolis é frequentemente lembrada como “a ilha da magia”, por esse e outros motivos que o conceito que toca as pessoas foi definido como “mágica”. Essa carga de elementos intangíveis foi encontrada na marca turística da Indonésia que, através do símbolo, suas curvas e cores, transmite a magia que buscamos traduzir na marca da nossa cidade.

Composta por diversas ilhas, algumas habitadas por animais exóticos e repletas de misticismo devido às crenças dos locais, a Indonésia se aproxima de Florianópolis no quesito folclórico preservado e passado de geração para geração. Quem visita ambos os lugares carrega consigo uma parcela dessas lendas que permeiam os monumentos, as manifestações artísticas, as formações naturais e o semblante do povo local. Todos esses fatores devem ser levados em conta no momento da concepção da identidade gráfica, já que falam especificamente de um povo e do que estes acreditam.

Conceito Resiliente: MulticulturalA multiculturalidade de São Paulo pode ser observada na grande diversidade de raças, cores e credos que apresenta. A cidade concentra imigrantes vindos de diversos locais do Brasil e do mundo, fazendo com que essa variedade seja uma de suas características mais marcantes. Assim, ela se torna uma “imensa malha de tribos e células interdependentes que se unem em diversos pontos”. Isso faz com que o lugar também seja procurado por aqueles que sentem a necessidade de encontrar o seu grupo, seu lugar nessa sociedade “multi”.

Da mesma forma, respeitadas as diferentes dimensões físicas, Florianópolis também se torna abrigo para muitas pessoas que procuram na cidade o seu lugar, a sua identidade. Encontram aqui um povo rico em cultura e paisagens belíssimas, que acabam se fundindo com a bagagem de quem adota essa ilha tão quirida. Portanto existe uma troca, o que acaba sendo positivo tanto para as pessoas quanto para a cidade, já que esta também se torna multicultural.

Page 7: Revista 6 - Marca Florianópolis

REVISTA 6 - JULHO 2015www.marcaflorianopolis.com 7

Conceito Integrador: QuiridaO estado de Nova Iorque talvez detenha uma das marcas mais conhecidas do mundo. Famoso pela cidade homônima que possui uma vida acelerada, por ser o núcleo onde tudo acontece e onde nascem as novidades, é comum que as pessoas que habitam ou retornem de lá sejam apaixonadas por essa loucura. Isso faz com que ela seja “quirida” globalmente e lembrada sempre com muito carinho acompanhado de um sorriso no rosto. Essa quantidade de sentimentos foi representada pelo , que finda por causar empatia nas pessoas que tem contato com a marca. Isso tudo ainda é reforçado por sua ampla aplicação nos mais diversos suportes físicos e midiáticos, resultando na cópia por parte de outras marcas e outras linguagens quando se quer expressar o amor ou o carinho por alguma coisa. Isso se faz porque a solução simbólica encontrada é simples e universal, reforçando o caráter cosmopolita do estado onde o expoente é a grande metrópole.

Assim como o benchmark de São Paulo, também são respeitadas as dimensões físicas de Nova Iorque quando trazida para o contexto florianopolitano. De qualquer forma, nossa cidade também é cosmopolita e os que a adotaram valorizam essa receptividade do local e do povo. Ou seja, além do “quirida” ser um conceito bem manezinho, é unânime que todos se sentem acolhidos por essa ilha.

Conceito Mercadológico: VibranteNaturalmente o México se aproxima de Florianópolis por seu famoso litoral procurado por turistas do mundo inteiro. Dessa forma, e de acordo com o manual de identidade visual, as cores foram escolhidas por representarem a vivacidade dessas paisagens e do próprio povo mexicano. A vibração se reforça nos detalhes desenhados dentro de cada letra, os quais apontam elementos da cultura e deixam a palavra mais viva.

A intensidade é algo intrínseco do povo mexicano, que expressa isso através de sua personalidade, suas atitudes e a maneira como se manifestam. Essa energia é percebida aqui em Florianópolis através dos mesmos indicadores, reforçados ainda pelas cores da natureza, pela vida noturna e qualidade de vida que essa oferece.

Page 8: Revista 6 - Marca Florianópolis

#marqueflorianopolisPROJETO MARCA FLORIANÓPOLIS 8

PRoPÓSiTo

Conhecendo as respostas de cidadãos e turistas apaixonados por nossa cidade para esta pergunta, pretendemos entender a ‘razão de ser’ de Floripa. Aquilo que a torna única e necessária. Ao tirar (imaginariamente, claro!) esse pedacinho de terra do mapa, procuramos entender as razões pelas quais ele nos encanta, traduzindo esse pensamento que nos é particular em um posicionamento sólido para nossa cidade no cenário nacional e internacional.

Na etapa anterior, já apresentada na 5ª edição da revista do nosso projeto, identificamos e apresentamos a todos as palavras que representam a identidade, o DNA de Floripa. Essas palavras foram selecionadas com base em todas as entrevistas e interações que fizemos, guiadas pela metodologia TXM, também descrita em nossa revista. Para chegar ao propósito, relacionamos estas palavras às respostas que obtivemos de toda a população. Você pode ver mais detalhes sobre estes resultados no nosso blog.

Quem acompanha o nosso projeto já está por dentro da pergunta que motivou esta etapa: “O que seria do mundo sem Florianópolis?“. Para respondê-la deixamos no ar um questionário aberto a toda a população para que cada um pudesse, igualmente, participar dando sua opinião e nos contando o que torna Floripa um lugar essencial e único para o mundo.

Page 9: Revista 6 - Marca Florianópolis

REVISTA 6 - JULHO 2015www.marcaflorianopolis.com 9

“ ”

Acolher e encantar com nossas cores e alto-astral, estabelecendo conexões que inspiram pessoas e

ideias inovadoras, é isso o que nos faz a cidade

mais “quirida” do mundo.

Estas relações resultaram em uma frase que define a razão de ser de Florianópolis, ou seja, seu propósito:

Page 10: Revista 6 - Marca Florianópolis

#marqueflorianopolisPROJETO MARCA FLORIANÓPOLIS 10

EnCAThoGravação de depoimentos sobre “o que seria do mundo sem Florianópolis” no Encontro Catarinense de hoteleiros

Page 11: Revista 6 - Marca Florianópolis

REVISTA 6 - JULHO 2015www.marcaflorianopolis.com 11

Page 12: Revista 6 - Marca Florianópolis

#marqueflorianopolisPROJETO MARCA FLORIANÓPOLIS 12

BRASiL SABoRGravação de depoimentos sobre “o que seria do mundo sem Florianópolis” no festival gastronômico Brasil Sabor

Page 13: Revista 6 - Marca Florianópolis

REVISTA 6 - JULHO 2015www.marcaflorianopolis.com 13

Page 14: Revista 6 - Marca Florianópolis

#marqueflorianopolisPROJETO MARCA FLORIANÓPOLIS 14

PoSiCionAMEnTo

Arquétipos Já comentamos em outras edições da nossa revista e também no nosso blog a respeito da personificação de Florianópolis, ou seja: “Como Florianópolis seria se fosse uma pessoa?”. No início do nosso projeto fizemos esta pergunta a uma série de pessoas que possuem uma forte relação com a cidade: jornalistas, pessoas da área do turismo, artistas e personalidades. Os resultados foram muito interessantes e nos trouxeram quatro personificações da cidade que explicamos detalhadamente em um post no nosso blog. São elas: a Sereia, a Matriarca, o Manezinho e o Manezinho 2.0.

Neste momento, que buscamos definir como a cidade vai se apresentar ao mundo por meio de uma marca, retomamos estas personificações para auxiliar em como este posicionamento deve ser realizado de forma a contribuir estrategicamente para os objetivos da cidade tanto para com seus nativos e moradores quanto para seus turistas. Para tanto, unimos aos nossos resultados iniciais os conhecimentos a respeito dos arquétipos.

A palavra arquétipos deriva do grego arché, que significa principal ou princípio e tipós, que significa impressão, marca. Trata-se portanto da primeira imagem ou modelo ao qual recorremos para definir alguma coisa, por exemplo: se nos dedicamos a estudar as diferentes lendas ou folclores de diversas culturas, nos deparamos com uma série de figuras que se repetem, como magos, bruxas, heróis, entre outros.

O processo de identificar uma marca ou cidade com algumas dessas figuras ou imagens que temos, ajuda a contar uma história e a construir uma narrativa para aquilo que está sendo apresentado, além de fazer com que - mesmo que indiretamente - façamos ligações entre aquilo que é novo que nos está sendo apresentado e o referencial que já possuímos a respeito de outras coisas.

O Posicionamento trata de como a marca se comunicará para o mundo, de forma autêntica e criando laços afetivos com seu público. O Propósito, apresentado no tópico anterior, é o que ajuda a conectar o DNA da marca com o seu Posicionamento, sua alma com a sua linguagem. Posicionar significa planejar a oferta e a imagem da marca de forma a ocupar um lugar distinto e valorizado na mente do seu público-alvo. Para a apresentação da marca Florianópolis ao mercado, analisamos seus Arquétipos, Target e Naming.

Page 15: Revista 6 - Marca Florianópolis

REVISTA 6 - JULHO 2015www.marcaflorianopolis.com 15

No caso de Florianópolis, identificamos a cidade com três figuras arquetípicas, as quais guiarão o seu posicionamento daqui pra frente:

A primeira delas é a do Homem Comum. Quem conhece um pouco da cultura florianopolitana já sabe que uma de suas principais figuras é o Manezinho. Em nossa pesquisa, o Manezinho aparece primeiramente como uma figura tradicional ligada à simplicidade do povo açoriano (principal colonizador da cidade), ao mar e à pesca e ao jeito carismático e “quirido” de interagir com todos. Portanto a cidade, quando personificada por estas figuras, traz consigo o arquétipo do Homem Comum:

hoMEM CoMuMDesejo básico: conexão com os outrosMeta: pertencer, adequar-seMedo: destacar-se ou parecer que está dando ares de importância, e por isso ser rejeitado ou exiladoEstratégia: desenvolver sólidas virtudes comuns, o toque comum, mesclar-seArmadilha: abrir mão de si mesmo para se mesclar em troca de uma conexão superficialDons: realismo, empatia, ausência de vaidade

A mesma figura aparece resignificada no Manezinho 2.0, ou o novo manezinho, muitas vezes representada pelo ex-tenista Gustavo Kuerten. Além disso, o poeta Zininho – que compôs o Rancho de Amor à Ilha – refere-se a cidade como duas figuras femininas, a ‘velha rendeira tradicional’ que representa uma figura de Manezinha e também a ‘moça faceira’,

uma jovem Manezinha de espírito leve a alto astral. Por isso, a cidade possui uma relação com o arquétipo do Bobo, não em um sentido pejorativo, mas como aquela figura que diverte e encanta emanando alegria a todos que se aproximam:

BoBo Desejo básico: viver no momento presente, com alegria totalMeta: divertir-se e alegrar o mundoMedo: aborrecer-se ou ser maçanteEstratégia: brincar, fazer piadas, ser engraçadoArmadilha: desperdiçar a própria vidaDons: alegria

Outra figura bastante relacionada à cidade de Florianópolis é a figura feminina. Em nossa pesquisa ela aparece de duas maneiras. A primeira delas é a figura de uma mãe, que acolhe com carinho seus filhos, sempre otimista e com uma palavra de ânimo e alegria. Na segunda, como a sensual e mística Sereia. Florianópolis é chamada por muitos de “Ilha da Magia”, não somente por seu folclore, mas também pelo seu poder de encantar com sua beleza e as curvas de sua orla bem desenhada. Que grande semelhança com as sereias! Essa magia não poderia deixar de aparecer no arquétipo do Mago:

MAGoDesejo básico: conhecer as leis fundamentais do funcionamento do mundo ou do UniversoMeta: tornar os sonhos realidadeMedo: consequências negativas inesperadaEstratégia: desenvolver uma visão e vivê-laArmadilha: tornar-se manipuladorDons: encontrar resultados, “ganha-ganha”

Page 16: Revista 6 - Marca Florianópolis

#marqueflorianopolisPROJETO MARCA FLORIANÓPOLIS 16

TARGET

Toda marca possui um público a quem se dirige, o qual é chamado de target, que em português significa “alvo”. Esse público auxilia no direcionamento de tudo o que é criado, uma vez que a definição do seu perfil traça diretrizes que buscam resultados mais assertivos e coerentes com essas pessoas. O mesmo acontece com Florianópolis que, por ser uma cidade e estarmos falando de uma marca territorial, teve sete perfis identificados a partir da análise SWOT. Estas personas são elencadas aleatoriamente a seguir:

Manezinho Ao pronunciar “manezinho”, quem já visitou ou conhece Floripa imediatamente liga a palavra à cidade, isso quando não vem acompanhado de uma imitação do sotaque: “Olhólhó!”. Esse povo ‘quirido’ valoriza a sua cultura e sabe que vive no que muitos chamam de paraíso. Por isso a marca também se direciona a eles, mantenedores do que se vive aqui nessa ilha.

Amantes de esportes náuticos e da natureza Floripa é rodeada por praias e submersa em natureza. Isso faz com que pessoas busquem nossa cidade para a prática de esportes náuticos e pelos apreciadores das belezas naturais e toda a magia que elas envolvem. Sendo assim, é válido lembrar que um dos conceitos mais lembrados pelas pessoas que

entrevistamos ao perguntarmos “O que marca Florianópolis pra você?” eram as práticas que envolviam esses locais intocados pelo homem, que proporcionam “a beleza sem par”

Apreciadores de gastronomiaEm 2014, Florianópolis foi convidada a fazer parte do seleto grupo que compõe a Rede Mundial de Cidades Criativas da Unesco. A entidade em questão reconhece e apoia iniciativas criativas que colaboram com o desenvolvimento local através de parcerias mundiais. O título recebido foi o de Cidade Unesco da Gastronomia, o qual valoriza um dos atributos mais conhecidos de nossa ilha e que faz as pessoas a procurarem e lembrarem por isso.

Empresários e turistas de negóciosNossa cidade é ventre de muitas start-ups do ramo de tecnologia e inovação. Isso a transforma em uma vitrine para que empresários visualizem negócios promissores e ideias que merecem destaque. Esse ramo ainda desenvolve na cidade o setor de feiras, congressos e negócios e finda por desenvolver esse nicho de turismo. Em apoio a isso, dados da ABEOC (Associação Brasileira de Empresas de Eventos) apontam o Brasil em segundo lugar na promoção de eventos. Isso movimenta a economia, gera empregos e leva o nome da cidade ao cenário mundial.

Page 17: Revista 6 - Marca Florianópolis

REVISTA 6 - JULHO 2015www.marcaflorianopolis.com 17

Estudantes universitáriosFlorianópolis abriga a maior universidade federal do estado e uma das mais importantes do país. Sendo assim, jovens estudantes em início de carreira procuram a cidade, tanto pela reconhecida qualidade do ensino, quanto por toda a beleza que está inclusa no pacote. Isso permite que a ilha seja destino desses estudantes, sendo que alguns acabam a adotando pela vida toda.

Turistas europeus e do MercosulA proximidade com grande parte dos países do Mercosul, somada à beleza e a receptividade do povo local faz com que Floripa seja destino de férias de muitos “hermanos”. A presença desse povo é mesclada com sotaques

europeus. Toda essa mistura caracteriza a multiculturalidade de Florianópolis, que acolhe a todos e deixa sua marca no coração de cada um, haja vista o retorno frequente de seus visitantes.

“ostentadores”Florianópolis possui uma vida noturna também muito conhecida mundialmente. Ela oferece as mais diversas opções de diversão, e dentro dessas foi identificado um perfil em potencial, que é o das pessoas que buscam o glamour, a exclusividade, o bon vivant. Fatores como praias habitadas por celebridades, que desfilam aqui sazonalmente sua coleção de carros importados e promovem festas particulares, fazem do perfil algo relevante para a economia da cidade.

Page 18: Revista 6 - Marca Florianópolis

#marqueflorianopolisPROJETO MARCA FLORIANÓPOLIS 18

nAMinG

Uma das etapas do processo de criação e gestão de marca - o que chamamos de branding - é a etapa de naming. Mais que uma etapa, trata-se de uma área de estudo do branding, a qual é responsável por estudar os processos de nomeação de marcas, produtos e serviços. Existem muitas formas e processos que podem auxiliar nesta tarefa. Se observarmos marcas conhecidas mundialmente, por exemplo, podemos destacar a maneira como seus nomes lhes foram atribuídos:

Descritivo: Volkswagen (Carro do Povo)Acrônimo: Fedex (Federal Express)Patronímico: Disney (Walt Disney)

Já no caso de uma cidade existem outras questões envolvidas nesse processo, como a questão legal. Uma cidade possui um nome oficial, o qual deve ser utilizado em todos os seus informativos oficiais. A cidade de Florianópolis - antes Nossa Senhora do Desterro e apenas Desterro - recebeu este nome no ano de 1894 como forma de homenagem ao Marechal Floriano Peixoto. Após 121 anos da mudança, o nome Florianópolis ainda causa discussão: alguns consideram uma justa homenagem enquanto outros a consideram uma afronta.

Como se trata de um nome oficial, alterar este nome implicaria em processos legais, contando com a proposição de um projeto de lei por parte de um ou mais vereadores, implicando que o projeto fosse ou não promulgado de acordo com os trâmites legais.

Fato é que Florianópolis vem ganhando cada vez mais expressão no cenário nacional e internacional, sendo conhecida principalmente pela qualidade de vida que oferece a seus cidadãos e pelas suas belezas naturais, oriundas de suas belas praias e geografia privilegiada. Neste contexto Florianópolis ganhou carinhosamente o apelido de Floripa, pelo qual ficou amplamente conhecida. Por fim, pensando na crescente expressão de Florianópolis no cenário internacional e considerando, também, a dificuldade de pronúncia do nome Florianópolis em alguns idiomas optou-se trabalhar, nas alternativas de marca, com duas opções de naming: o nome oficial “Florianópolis” e o apelido “Floripa”.

Page 19: Revista 6 - Marca Florianópolis

REVISTA 6 - JULHO 2015www.marcaflorianopolis.com 19

FLoRiPA? FLoRiAnÓPoLiS?

Page 20: Revista 6 - Marca Florianópolis

#marqueflorianopolisPROJETO MARCA FLORIANÓPOLIS 20

A criação das alternativas para a marca de Florianópolis partiu do modelo de concepção de sistemas de identidades visuais de Fernando Oliveira, da Universidade Técnica de Lisboa (UTL). O modelo sugere uma orientação criativa a partir da personalidade da marca, o seu DNA, organizando painéis de referência com símbolos, cores, tipografias e qualquer material imagético. Esses painéis foram sendo sintetizados até aquilo que representava mais fortemente, segundo as pesquisas teóricas do projeto, a marca de Florianópolis. A partir daí, de um mesmo painel semântico, sucederam diversos brainstormings e oficinas com a equipe do LOGO para geração de alternativas. Desse painel surgiram os elementos gráficos (linhas, formas, texturas, etc.) para que encontrassem sua essência no que é Florianópolis, nas imagens que vemos, nas pessoas que encontramos, no que a cidade representa.

Após uma série de dinâmicas realizadas entre a equipe, inúmeras ideias surgiram. A filtragem foi feita com base na pesquisa documental realizada durante os últimos doze meses. Os depoimentos das pessoas ouvidas, as opiniões e críticas foram consideradas a fim de conduzir o desenvolvimento das três alternativas que encontram-se em votação nesse momento. A preocupação era que estivessem representadas, ali, as personas, com foco no target e abordando os cinco conceitos do DNA.

Conforme reforçamos diversas vezes, a metodologia utilizada, cujo processo é cocriativo, buscou desde o início ouvir as pessoas e tudo o que elas pudessem nos oferecer como informação tendo em vista o bem comum que é a cidade. Entre essas, dos elogios às críticas construtivas, queremos que todos se aproximem do projeto, pois desde o início reforçamos que este é “construído por todos, inclusive você”. O Laboratório e o Projeto continuam abertos para saber o que a população pensa, para que juntos possamos entregar o melhor resultado para a cidade. A marca visa o crescimento local e o desenvolvimento como bônus universal.

PRoCESSo DE CRiAção DAS ALTERnATiVAS

Page 21: Revista 6 - Marca Florianópolis

REVISTA 5 - MAIO 201521www.marcaflorianopolis.com

Page 23: Revista 6 - Marca Florianópolis

REVISTA 6 - JULHO 2015www.marcaflorianopolis.com 23

www.minhamarcaeflorianopolis.com

www.MarcaFlorianopolis.com

Clique para acessar!

Contamos com a criatividade de todos aqueles que amam Floripa e convidamos todos a acompanharem o nosso processo. Existem muitas maneiras de colaborar; você pode:

> Utilizar a hashtag #marqueflorianopolis e dividir com a gente as suas experiências e opiniões; > Curtir e acompanhar o nosso Facebook, Twitter, Instagram, Blog e também o nosso Site; > Compartilhar esta revista com seus amigos e conhecidos e mostrar o quanto você ama a nossa cidade!

Page 24: Revista 6 - Marca Florianópolis

#marqueflorianopolisPROJETO MARCA FLORIANÓPOLIS 24

REFERênCiAS

BURMESTER, Haino. Manual de Gestão: organização, processos e práticas de liderança. São Paulo:Saraiva, 2012. 144 p.GALLO, Carmine. A Arte de Steve Jobs: Princípios Revolucionários sobre Inovação para o Sucesso em Qualquer Atividade. São Paulo: Lua de Papel, 2010. 237 p.

CARDOSO, Helder Antônio Teixeira Gomes; SOUSA, Richard Perassi Luiz de. A abordagem Brand DNA Process como fator motivacional na configuração da identidade e na gestão da marca. 2012. Link: http://www.ngd.ufsc.br/files/2012/12/helder_richard_vf.pdf. Acesso em 17 de abril de 2015.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991

GOBÉ, Marc, 2002. A Emoção das Marcas: Conectando Marcas às Pessoas. 1st ed. Campus: Rio de Janeiro.

_______. BrandJam: O Design Emocional na Humanização das Marcas. Rio de Janeiro: Rocco, 2007. 381 p.

GOMEZ, Luiz Salomão R. in CANTISTA, Isabel. A Moda num Mundo Global. organização Isabel Cantista, Francisco Vitorino Martins, Paula Rodrigues e Maria Helena villas Boas Alvim. Porto: Vida Econômica, 2011.

GOVINDARAJAN, Vijay, TRIMBLE, Chris,

2005. Organizational DNA for Strategic Innovation. Californa Management Review. Vol 47, no03: Berkeley.

GOVINDARAJAN, Vijay; TRIMBLE, Chris. O Outro Lado da Inovação. São Paulo: Campus, 2010. 241 p.

GUEDES, Roberto, 2004. Quando Surgem os Super-Heróis. 1st ed. Opera Graphica: São Paulo.

HARTLEY, Gregory; KARINCH, Maryann. Missão Dada é Missão Cumprida: as regras da guerra. São Paulo: Saraiva, 2011. 223 p.

HILLER, Marcos. Branding: a arte de construir marcas. São Paulo: Trevisan, 2012. 135 p.

KAHNEY, Leander. A Cabeça de Steve Jobs. As lições do líder da empresa mais revoluncionária do mundo. Rio de Janeiro: Prentice Hall, 2000.

KOTLER, Philip. Administração de marketing. 2. ed. São Paulo: Agir, 2008.

KOTLER, Philip; KARTAJAYA, Hermawan; SETIAWAN, Iwan. Marketing 3.0: as forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

KOTLER, Philip; KELLER, Kevin L. Administração de marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.

Page 25: Revista 6 - Marca Florianópolis

REVISTA 6 - JULHO 2015www.marcaflorianopolis.com 25

KOULOPOULOS, Thomas. Inovação com resultado: o olhar além do óbvio. São Paulo: EditoraGente/Editora Senac. 2011

LOPES, Dayane A.; GOMEZ, Luiz Salomão Ribas. Brand DNA Tool aplicado ao Projeto VAMOS. 10o Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design. São Luís: 2012.

Manual de Gestão do design. Centro Português de Design. Portugal, 1997.

MARTINS, Rosane Fonseca de F.; MERINO, Eugenio Andrés Diaz. A Gestão de Design como Estratégia Organizacional. 2. ed. Londrina: Rio Books, 2011. 247 p.MCCLOUD, Scott, 1995.

NEILSON, Gary L.; PASTERNACK, Bruce A. Resultados: mantenha o que está certo, corrija o que está errado e obtenha um ótimo desempenho. Rio de Janeiro: Rocco, 2009.

NOWRAH, U. Decoding a brand’s DNA. Brandchannel, jun. 2006. disponivel em: http://www.brandchannel.com. Acessado em: 12/06/2012

NOWRAH, U. Decoding a brand’s DNA. Brandchannel, jun. 2006. Disponível em: . Acesso em: 16 ago. 2013.

OLHATS, Magali in CANTISTA, Isabel. A Moda num Mundo Global. organização Isabel Cantista, Francisco Vitorino Martins, Paula Rodrigues e Maria Helena villas Boas Alvim. Porto: Vida Econômica, 2011

OLHATS, Magali. Decoding The Brand DNA: A Design Management Methodology Applied to Favela Fashion. 2012. 130 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Design e Expressão Gráfica, Departamento de Design e Expressão Gráfica, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2012.

OLIVEIRA, Fernando Jorge Matias Sanches. Diagramas & Marcas: Contributos sobre a Utilização de Diagramas na Conceção e Análise do Discurso Visual das Marcas. 2014. 240

f. Tese (Doutorado) - Faculdade de Arquitetura, Universidade de Lisboa, Lisboa, 2015.

OSTERWALDER, Alexander; PIGNEUR, Yves. Business Model Generation: Inovação em Modelos de Negócios. Rio de Janeiro: Alta Books, 2011. 300 p.

PORTO, Renata; BROD JUNIOR, Marcos. Processos de Inovação no Design de Produtos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM DESIGN, 9., 2010. São Paulo: Anhembi Morumbi, 2010. v. 9, p. 3697 - 3705. Disponível em: http://blogs.anhembi.br/congressodesign/anais/anais. Acesso em: 30 mar. 2012.

PRESS, M. & COOPER, R. (2009) El diseño como experiência. Barcelona: Gustavo Gili.

PRESTES, Maíra Gomes; GOMEZ, Luiz Salomão Ribas. A experiência da marca: proposta de metodologia para a identificação do DNA de organizações. 9o Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design. Sao Paulo: 2010.

REIS, Paulo Fernando Crocomo dos, 2011. Fuligem: Criação de uma História em Quadrinhos sob a Perspectiva do Branding. UFSC: Florianópolis.

RIES, Al, TROUT, Jack. Posicionamento: A Batalha por sua Mente. São Paulo: M. Books, 2009

ROAM, Dan. Desenhando Negócios: Como Desenvolver Ideias com o Pensamento Visual e Vencer nos Negócios. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 282 p.

ROBERTS, Kevin. Lovemarks – O Futuro Além das Marcas. Tradução de Monica Rosemberg. São Paulo: M.TIDD, Joe. Gestão da Inovação. Porto Alegre: Bookman, 2008.