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Órgão Informativo do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal - N° 84 Ano XIII - Novembro-Dezembro / 2010 - nº 84

Revista 84

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Órgão Informativo do Sindicato dos Médicos do Distr ito Federal - N° 84 Ano

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E d i t o r i a l

Um ano muito bom

Está lá, marcando a criação da República Federativa do Brasil, inspirando a grafia do lema “Ordem e Progresso” na Bandeira Nacional, as bases da doutrina positivista mundial defendida por Auguste Comte: “O Amor por princípio, a Ordem por base e o Progresso por fim”. Certamente está imortalizada no principal símbolo do nosso país, a atitude dos cidadãos brasileiros por acreditarem que o amanhã poderá sempre ser melhor do que hoje, concebendo as bases da nossa cordialidade e hospitalidade. Por este olhar, naturalmente temos a predisposição de vermos os fatos pela ótica mais positiva. O que de fato é verdade, pois nossas vidas progridem com o passar dos tempos. É só observar, por exemplo, os índices de mortalidade e da expectativa de vida, que permitem que mais pessoas vivam por muito mais tempo. Porém, existem instantes que se tornam realmente especiais e diferenciados. 2010 foi um destes momentos, principalmente para a classe médica da cidade. Vivemos e acompanhamos de perto a saúde pública do DF ser propositadamente sucateada, fatiada e entregue a organizações mais preocupadas com o lucro do que com o paciente. Da mesma forma, assistimos os promotores destes problemas serem afastados da vida pública permitindo que o setor pudesse ter condições de voltar a ser resgatado. Inclusive com a reincorporporação de unidades de atendimento que estavam nas mãos de quem não devia. Podemos conferir que, mesmo havendo uma grave crise na gestão política da cidade, o Estado se mostrou maior do que os governos, confirmando a ordem institucional de se respeitar leis e acordos no instante que o GDF cumpriu com o pagamento da segunda parcela da Incorporação da Gratificação da Atividade Médica (GAM), aos vencimentos básicos da categoria. Mesmo com o descrédito com a classe política local, pelos cidadãos de Brasília, os médicos proporcionaram a maior participação eleitoral da história do Sindicato dos Médicos, comparecendo maciçamente as urnas, para escolher aqueles que melhor representavam um passado de realizações e um futuro de novas conquistas para o coletivo da categoria. Isto só para celebrar algumas das principais retrospectivas que ajudaram a fazer deste 2010, um ano muito bom. Seguramente celebrada recentemente nas festividades que marcaram o aniversário do sindicato, quando foi realizada a cerimônia de posse da nova diretoria para o Triênio 2010-2013, a entrega da 5ª. Edição do Prêmio SindMédico, e o show do artista Dudu Nobre, considerado um dos sambistas mais importantes da nova geração da música brasileira. Mas como somos uma nação positivista por pricípio, se 2010 foi muito bom, desejamos que 2011 seja excelente. As bases para esta perspectiva estão lançadas:Diretoria eleita no sindicato, novo governador eleito para o Governo do Distrito Federal. Da nossa parte estaremos sempre vigilantes e atuantes para que a Saúde de Brasília retome sua grandeza. Esperamos que o médico que vai assumir os destinos da capital do país, se espelhe no criador desta cidade e tenha a grandeza de fazer muito pelo os que aqui vivem e nunca se esqueça daqueles que fracassaram ao tentar inverter esta ordem. Um Feliz 2011 a todos e que os próximos 50 anos de Brasília possam trazer muita saúde, paz e orgulho a todos nós.

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S u m á r i o

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Entrevista

Fórum

Posse & Premiação

Precatório: malha fina

Bancada Médica diminui

Dr. Iran CardosoPresidente do CRM-DF

Médicos Poliglotas

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Jurídico

Aconteceu

Capa

Vida Médica

Artigos

Nova presidência da ABP

22EspecialPolêmica sobre receituário

18RegionaisUTI do HRAS

24SindicaisClínicas de Cirurgia

Plástica do DF

Opinião - 5

Estratégia - 21

Vinhos - 28

Literárias - 30

Presidente

Vice Presidente

secretário Geral

2º secretário

tesoureiro

2º tesoureiro

diretor Jurídico

diretor de inatiVos

diretora de ação social

diretora de relações intersindicais

diretor de assuntos acadêmicos

diretora de imPrensa e diVulGação

diretor cultural

diretores adJuntos

conselho Fiscal

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editor executiVo

Jornalista

diaGramação e caPa

Fotos

ProJeto GráFico e editoração

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sindmédico/dF

Dr. Marcos GuteMberG Fialho Da costa

Dr. Gustavo De arantes Pereira

Dr. eMManuel cícero Dias carDoso

Dr. JoMar aMoriM FernanDes

Dr. Gil Fábio De oliveira Freitas

Dr. olavo Gonçalves Diniz

Dr. antônio José Francisco P. Dos santos

Dr. José antônio ribeiro Filho

Drª. olGa Messias alves De oliveira

Drª. raquel carvalho De alMeiDa

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Dr. antônio evanilDo alves, Dr. antônio GeralDo Da silva, Dr. baelon Pereira alves, Dr. cantíDio

liMa vieira, Dr. cezar De alencar novais neves, Dr. eloaDir DaviD Galvão, Dr. Flávio hayato eJiMa, Dr. Maurício contriM Do nasciMento, Dr. raFael

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os artiGos assinaDos são De resPonsabiliDaDe exclusiva De seus autores.

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5R e v i s t a M é d i c o

O p i n i ã o

Há cada 12 anos, as eleições sin-dicais coincidem com as eleições majori-tárias. É um momento ímpar de reflexão muito importante não só para os médi-cos, mas também para todos os cidadãos. Pois dentro dos ritos das normas e das leis, podemos avaliar, reavaliar e escolher os representantes que melhor potencial apresentam para construir um futuro de mudanças e aperfeiçoamento na vida das pessoas. Dessa maneira, os médicos elege-ram uma diretoria, que passa a representar e ser porta-voz dos principais anseios da classe, por melhores condições de trabalho e remu-neração mais digna. Fatores que são essen-ciais para a prestação de serviços de saúde da maneira que a população necessita e deseja. Podemos dizer que mesmo com a diretoria revitalizada, os preceitos por uma saúde digna não mudaram. As reivindica-ções de que o Governo do Distrito Federal tenha capacidade e competência de promo-ver um resgate do Setor, sob os pilares de que os recursos públicos devem ser utiliza-dos na melhoria da saúde pública, continu-am ainda mais fortes. Durante anos, este sindicato lutou para que a pasta da saúde fosse comandada por um médico. Muitos governantes desde-nharam desta proposição e todos eles falha-

ram. Agora temos um médico que governa-rá toda esta cidade. Será uma oportunidade ímpar de confirmar que médicos são bons gestores. Um deles criou esta cidade. Outro poderá retomá-la. Este sindicato, em conjunto com as demais entidades médicas do DF, apre-sentaram sua primeira cota de contribui-ção, ainda durante a campanha eleitoral, ao confeccionar e entregar a Carta Resgate da Saúde de Brasília, apresentando sugestões e reivindicações para que isso seja possível. Mais do que desejar um bom governo ao colega que breve assumirá a cadeira de go-vernador, estaremos a sua disposição para colaborar com as mudanças que o segmen-to precisa, desde que o preceito aqui expos-to, não seja esquecido. Uma das virtudes que o SindMé-dico-DF aprendeu ao longo de 32 anos de existência é não ser sistematicamente con-tra, pois isso obriga a instituição a mudar de postura, sempre que se muda um gover-no. O que os governos não aprenderam é que somos sempre a favor, porém da Medi-cina de qualidade e somente ela. Se essa for a sintonia do futuro governo, um grande passo está sendo dado para que possamos criar uma saúde pública modelo para todo o país, dentro das melhores prerrogativas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Políticas de saúde para o novo governo

Adriana Graziano,

Diretora de Imprensa e Comunicação do SindMédico-DF

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E n t r e v i s t a

Resolução marca o fim da exploração dos médicos no setor privado

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF), Iran Augusto Gonçalves Cardoso, analisa cada ponto da Resolução nº 317/2010 do CRM-DF, publica-da no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), em 19 de novembro. Para esclarecer os detalhes das novas normas, o médico formado na Universidade Fe-deral do Maranhão, conta o que motivou a con-fecção da resolução, como foi o processo de ela-boração, além de orientar os médicos sobre como agir diante deste novo cenário, onde o colega pas-sa a ter a garantia de que os seus honorários não sejam mais negociados sem a sua participação ou anuência. Este é um marco histórico que vai equa-lizar e organizar a relação entre médicos, hospi-tais, planos de saúde e pacientes; e conta com a participação das entidades médicas, entre elas, o SindMédico-DF. Confira a seguir a entrevista em detalhes.

REVISTA MÉDICO – A resolução 317/2010 do CRM-DF é um marco his-tórico, pois significa o fim da explora-ção dos médicos que atuam na saúde suplementar? Como foi o processo de elaboração e composição das normas?

Dr. IRAN – A proposta da resolução é jus-tamente essa: acabar com a exploração dos médicos, que até então tinham seus hono-rários arbitrados entre hospitais e convê-nios. Nós começamos a fazer um levanta-mento junto a vários colegas, assim como nas entidades representativas da classe, como o Sindicato dos Médicos do DF, e constatamos que os profissionais estavam reclamando muito dos valores pagos pelos planos de saúde para os procedimentos médicos, como consultas, cirurgias, entre

outros. Então, fizemos uma pesquisa so-bre várias resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM) e compusemos a nos-sa, tratando especificamente deste tema. O processo de elaboração durou um ano e ela foi estudada, discutida e analisada em to-dos os âmbitos jurídicos. É bom que se diga que a resolução tem caráter definitivo, pois uma vez já publicada, precisa ser cumprida e vamos atuar para isso.

REVISTA MÉDICO - Quais são os prin-cípios a serem obedecidos na celebra-ção dos novos contratos?

Dr. IRAN – Respeitar a Classificação Brasi-leira Hierarquizada de Procedimentos Mé-dicos (CBHPM) sempre com banda positi-va e não bitributar o médico, como estava

sendo feito anteriormente. Dessa forma, a resolução estará sendo cumprida. Também não pode deixar que os honorários médicos cubram taxas dos benefícios prestados pelo hospital. Ou seja, o médico não tem que ar-car com nada, porque a unidade hospitalar já fica com a parte de hotelaria. REVISTA MÉDICO – As novas regras já estão em vigor desde a data da publi-cação. Qual é o próximo passo para que as normas sejam obedecidas na práti-ca? Existe algum prazo previsto para a adaptação?

Dr. IRAN – Estamos na fase de notificação de hospitais, clínicas, empresas de admi-nistração de convênios e os próprios planos de saúde, para tomarem conhecimento da

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Iran Augusto Gonçalves Cardoso - Presidente do CRM-DF

7R e v i s t a M é d i c o

E n t r e v i s t a

resolução. Esse é o primeiro passo. Depois, os gestores hospitalares terão um prazo de 120 dias para cumprir com as novas nor-mas. Eles terão que conversar com os pla-nos de saúde e firmarem novos contratos, que deverão estar de acordo com as deter-minações estabelecidas pelo CRM-DF. REVISTA MÉDICO – De quem é a res-ponsabilidade de negociar os valores dos serviços prestados pelos médicos no Distrito Federal? E como isso será feito?

Dr. IRAN – Com essa resolução, o direito de negociar valores de honorários passa a ser exclusividade do próprio médico e das instituições que são responsáveis pelo credenciamento dele. Esses órgãos repre-sentativos – como o SindMédico-DF, a As-sociação Médica de Brasília, entre outros, como a AMHP-DF, AMAI e similares – es-tão habilitadas para fazer tal negociação. Contudo, se o médico preferir, ele pode fazer seu contrato direto com os planos de saúde. Um dos aspectos importantes é que o hospital não entra mais nessa função e, por isso mesmo, deixa de ser intermediário do repasse dos recursos dos planos de saú-de para os médicos. A ponte agora é direta.

REVISTA MÉDICO – Hoje os honorários dos médicos variam de acordo com a acomodação dos pacientes. Isto ainda pode continuar a acontecer por moti-vos empresariais?

Dr. IRAN – Reafirmamos que não have-rá mais isso! O paciente que está na en-fermaria necessita do mesmo padrão de atendimento médico, de quem está no apartamento. A doença é uma só. A respon-sabilidade pela hotelaria é dos hospitais e não do profissional. Por isso, o honorário do médico não pode variar conforme a aco-modação. Esse é um dos grandes objetivos da resolução, ao determinar o que cabe a cada parte envolvida no atendimento, aca-bando com a discriminação que havia, até então, com o paciente e com o médico que o atendia. Se o trabalho do colega é sempre o mesmo, a remuneração também não pode ser diferenciada.

REVISTA MÉDICO – No artigo 4º é con-cedida ao médico a liberdade de negociar honorários diretamente com os pacien-tes vinculados aos convênios. Em que si-tuações o ele pode exercer este direito?

Dr. IRAN – Por exemplo, no caso de uma consulta no valor de R$ 150, que o convênio paga R$ 50 ou menos, o médico tem a liber-dade de negociar antecipadamente o valor da consulta com o paciente. Da mesma for-ma uma cirurgia. Se o médico não aceitar fazer o procedimento no valor pago pelo convênio, não terá problema nenhum e nem será penalizado se ele estabelecer seu atendimento direto com o usuário. Isso não é comercialização da medicina. Isso signifi-ca não prestar serviços a preço vil. REVISTA MÉDICO – O que poderá acontecer com os estabelecimentos de saúde e com os médicos que descumpri-rem as normas previstas na resolução?

Dr. IRAN – O responsável técnico terá que responder no Conselho Regional pela de-sobediência da resolução. Os médicos res-ponderão uma sindicância para justificar o motivo do não cumprimento das novas normas e poderão ser penalizados. O colega precisa entender, porém, que a medida não é contra ele, mas a favor dele, ao assegurar que seus direitos sejam exercidos somente por ele e não mais por terceiros. REVISTA MÉDICO – Na sua opinião, quais são os principais ganhos dos mé-dicos com a nova resolução?

Dr. IRAN – Os médicos terão uma valori-zação pelo seu ato e uma maior união da categoria. Será muito melhor receber um valor digno pelo seu trabalho, além de não ficar mais refém de hospitais e dos planos de saúde, que arbitravam valores de hono-rários e gerenciavam os recursos pagos. Es-tamos devolvendo ao colega, o direito de se sentar à mesa de negociação e administrar os seus recursos pessoalmente.

REVISTA MÉDICO – Essa é uma experi-ência inovadora. Será que ela será ado-tada em outras unidades da federação?

Dr. IRAN – Representantes médicos de vários estados já solicitaram a resolução, como Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo e Es-pírito Santo. Então, decidimos encaminhar essa resolução para todos os outros esta-dos, para que eles tomem conhecimento e possam observar a coragem que o CRM-DF teve em fazer essa medida. Afinal, esse é um problema nacional.

REVISTA MÉDICO – Como o médico tem que agir, em primeiro momento, no local de trabalho para fazer valer a resolução?

Dr. IRAN – Ele tem que cumprir com as novas regras sem medo de retaliações por quem quer que seja. Se o estabelecimento que o médico trabalha não estiver cumprin-do as normas, ele deve comunicar o fato ao CRM-DF. Qualquer dúvida, ele deverá en-trar em contato com o Conselho ou com a sua entidade médica de representação. Estão todas preparadas para acolher e tirar as dúvidas do médico. Inclusive está sendo preparada toda uma campanha cooperada entre os órgãos de nossa classe, para escla-recimento dos profissionais, com o uso de cartilhas e outros materiais que expliquem e envolvam o médico neste movimento sem volta pelo resgate das condições de trabalho na iniciativa privada do DF.

“Representantes médicos de vários estados já solicitaram a resolução”

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F ó r u m

Bancada de médicos cai na Câmara Federal

Médico assumirá o Governo do Distrito Federal

As bancadas que mais cresceram para o próximo mandato foram a dos empresários e dos evangélicos. Os médicos irão ocupar o segundo lugar no ranking de parlamentares, por profissão, com 37 eleitos, em primeiro estão os advogados, com 65 deputados.

De acordo com dados do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), a partir do ano que vem, o Congres-so Nacional terá 17 médicos a menos do que no pleito que encerra em 2010, no qual 54 parlamentares fazem parte da classe. Esse dé-

ficit é consequência de a um problema antigo: a falta de militân-cia dos deputados em prol da classe. Apesar de serem médicos de formação, a maioria não foi eleita pelos votos chamados “co-orporativo” ou de “classe”. O deputado reeleito, Ronaldo Caiado (DEM-GO), é um exemplo dessa realidade. Apesar de ser médico, o depu-tado tem como maior base eleitoral os ruralistas, assim como a maioria dos outros parlamentares médicos, que dependem de outras bases para serem eleitos. Em maio, durante a VIII Jornada Médico-Jurídica, em Anápolis (GO), Caiado notou a importância do envolvimento da classe no processo eleitoral,

como fator fundamental para modificar essa tô-nica. O deputado ressaltou que essa realidade dificulta a defesa no plenário, de projetos para a classe médica.

Um médico-cirurgião, o petista Ag-nelo Queiroz, governará pela primeira vez o Distrito Federal, no período 2011-2014, após ter vencido as eleições no primeiro e no segundo turno. O médico baiano (nascido em Ita-petinga) afirmou durante a campanha que priorizará a Saúde Pública do DF, e para tanto, assumirá a Pasta, acumulando com a função de governador, nos primeiros me-ses do mandato. “Na verdade, vou entrar com a equipe completa, inclusive com se-cretário nomeado. Só que nessa fase inicial, responderei à população pela Saúde do DF e estarei junto com o Secretário em todas as ações prioritárias. É impossível que um governador trate das questões mínimas de

uma secretaria, mas as ações emergenciais estarão sob minha responsabilidade, até colocarmos a saúde de pé, porque hoje ela está na UTI. E essa responsabilidade, a po-pulação vai cobrar do governador”, afirmou o novo governador eleito, já em clima de transição e posse. Em sua estratégia de governo, Ag-nelo Queiroz colocou como prioridade a va-lorização dos profissionais que atendem a população. “Quero fazer um programa de va-lorização dos recursos humanos. Para todas as áreas, vou cuidar de quem cuida da popula-ção, vou cuidar do cuidador”, destacou. E para reestruturar a saúde pública, Agnelo adianta que não pretende investir em terceirizações. “Nós vamos reestruturar a saúde pública, com base no Serviço Único de Saú-de (SUS). Vamos mudar o modelo de assis-tência para dar prioridade à atenção básica, fazer as unidades intermediárias, recupe-rar os hospitais, mudar a gestão e valorizar os recursos humanos da saúde pública. Mas não teremos política de privatização. Isso não vai ter. Iremos recuperar a saúde públi-ca com a nossa estrutura. Teremos novida-des de gestão criativa e inovadora. Afinal, isso será necessário”, garantiu Agnelo.

CLDF - Em âmbito local, a ban-cada médica na Câmara Distrital conti-nuou com um parlamentar, no caso, Arlete Sampaio (PT-DF). Formada em medicina pela UnB e especialista em saúde pública, a deputada vive em Brasília dede 1971. Em 1994, elegeu-se vice-governadora e, no pe-ríodo de 2003 a 2006, exerceu mandato como deputada distrital. Quanto ao Dr. Charles (deputado desde 2007), ele ocupará a primeira suplên-cia pela coligação PRB/PTB, na próxima composição da Casa. Roberto Lucena ficou como segundo suplente pela coligação PR.

PROFISSÃO/ATIVIDADE

MÉDICO

REGIÃO NORTE AC AP AM PA RO RR TO TOTAL

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REGIÃO SUL PR RS SC TOTAL

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REGIÃO NORDESTE AL BA CE MA PB PE PI RN SE TOTAL

1 1 5 1 1 1 1 11

REGIÃO SUDESTE ES MG RJ SP TOTAL

5 2 4 4 15

REGIÃO CENTRO OESTE DF GO MT MS TOTAL TOTAL

1 2 3 37

Governador Agnelo Queiroz

Deputada Distrital Arlete Sampaio

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Page 9: Revista 84

9R e v i s t a M é d i c o

F ó r u m

Médicos fazem manifestação em Brasília pelo futuro da saúde

As entidades médicas nacionais e estaduais realizaram um movimento no Congresso Nacional em prol de melhorias na saúde. O ato público foi feito em 26 de outubro, e teve como objetivo cha-mar a atenção de parlamentares, gestores e da opinião pública para os problemas da saúde. No fim da tarde, os médicos entregaram um documento para o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, com as propostas de melhorias. O mesmo documento, também foi entregue aos presidentes da Câmara e do Senado Federal. Entre as propostas enumeradas estão: mais recursos para o SUS, com a regulamentação imediata da Emenda 29; regulação da saúde suplementar, com a atuação adequada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na relação entre os médicos e os pla-nos de saúde; melhores condições de trabalho e remuneração, com a adoção do PCCV (Plano de Cargos, Carreiras e Vencimento) e da

CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos); além de exigir mais respeito às entidades por meio da va-lorização da representação dos médicos no cenário político. O SindMédico-DF apoiou o ato público. A diretora de re-lações Intersindicais, Raquel Almeida, e a diretora Cultural, Lilian Lauton, participaram de toda a programação, que iniciou com uma concentração em frente ao Ministério da Saúde. Os médicos se di-rigiram ao Congresso, onde protocolaram o documento na Câmara e no Senado Federal. Durante a tarde, foi realizada uma plenária para avaliar o movimento na sede da Associação Médica de Brasília (AMBr). O ato público foi encerrado com a audiência dos presiden-tes das entidades médicas nacionais com o ministro José Gomes Temporão, para encaminhamento das reivindicações do movimen-to médico nacional.

Transplante O deputado José Linhares (PP/CE) apresentou parecer pela aprovação, com substitutivo ao PL 912/2003, de autoria do de-putado Dr. Heleno (PSDB-RJ) que “Modifica o dispositivo da Lei nº 10.211, de 23 de março de 2001, que alterou a Lei nº 9.434, de 04 de fevereiro de 1997, inserindo o § 3º no art. 10 para permitir que a confecção da lista única de espera para transplantes passe a observar o grau de prioridade de emergência médica.” A proposição tramita na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF).

Menores Foi aprovado parecer em decisão definitiva, pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), ao PLS 228/2008, de autoria da sena-dora Patrícia Saboya que “Define práticas preventivas nos cuidados com a saúde, estabelece normas para atendimento médico da crian-ça e do adolescente no âmbito dos planos e seguros privados de as-sistência à saúde.”

FENAM

Congresso em Notícia

Fonte CAP/AMB

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1 0N o v e m b r o / D e z e m b r o 2 0 1 0

J u r í d i c o

Médicos notificados pela malha recorrem à Justiça

Sindicato cobra manifestação no STF

Edição no Mandado de Injunção 837/2008

A Receita Federal notificou 191 médicos pela malha fina referente ao Precatório nº 449/94. No dia 28 de outubro, o SindMédico-DF realizou uma reunião entre o escritório Riedel e os médicos, para orientar como agir juridicamente diante de cada situação. Em alguns casos, em que a Receita aplicou descontos indevidos, os médicos foram orientados a recorrerem à Justiça

O Mandado de Injunção 836/2008, que trata da contagem do tempo de serviço insalubre na Secretaria de Saúde (SES), para efeito da aposentadoria, está aguardando a manifestação do Supremo Tribunal Federal (STF), na reclamação feita àquela corte pelo SindMédico-DF. O prazo para que a SES prestasse informações para o Supremo prescreveu em 19 de novembro.

O Ministério do Planejamento editou nova orientação normativa nº 10 esclarecendo os pontos polêmicos da orientação anterior no Mandado de Injunção da área federal, número 837/2008 . Assuntos como o pagamento do abono de permanência e a convenção do tempo es-pecial e tempo comum foram melhor explicados. As informações estão disponíveis no site do SindMédico-DF: www.sindmedico.com.br.

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1 1R e v i s t a M é d i c o

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1 2N o v e m b r o / D e z e m b r o 2 0 1 0

A c o n t e c e u

Pelo segundo ano consecutivo, o Prêmio Saúde Brasília homenageia a medi-cina do Distrito Federal. O projeto realizado em parceria entre o Jornal de Brasília e a As-sociação Médica de Brasília (AMBr) agraciou dez categorias: responsabilidade social; filan-tropia; impacto científico; qualidade de vida da população; qualidade de vida do médico; prevenção de doenças; ética médica e bioéti-ca; inovações e descobertas; defesa da ativi-dade médica; e pessoas ou instituições que tiveram papel de destaque na área da saúde. A premiação foi realizada da sede da AMBr no dia 20 de novembro. O presidente

do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, recebeu o título “Atuação na Área Sindical”. As idealiza-doras do projeto “Aprendendo a cuidar de si para melhor cuidar do outro”, a diretora de Ação Social do SindMédico-DF, Olga de Oli-veira, a delegada sindical, Maria Célia Mello, Ana Maria Soares (foto ao lado) receberam a home-nagem do Prêmio Saúde Brasília pela iniciativa. O trabalho delas foi apoiado e promovido pelo Sindicato dos Médicos.

Em assembléia, no dia 26/11, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) elegeu a nova diretoria da entida-de. A chapa ABPDemocrática, liderada pelo diretor adjunto do SindMédico-DF, Antonio Geraldo (foto), venceu com mais de 60 por cento dos votos. Os inte-grantes do Conselho Fiscal e os Secretá-rios Regionais eleitos também eram da

chapa ABP Democrática. O psiquiatra Antonio Geraldo res-pondia pelo cargo de diretor de Relações com Sócios e Entidades Federadas, agora irá presidir a nova diretoria, cujo mandato irá até 2013. A ABP reúne atualmente 5,5 mil associados, congrega 54 federadas, 6 núcleos, em todas as Unidades da Federa-ção, e 14 departamentos.

O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) realizou, no dia 18 de outubro, uma Sessão Solene em comemoração ao Dia dos Médicos. A cerimô-nia foi marcada com a entrega de diplomas de Mérito Ético Profissional aos médicos que

completaram 50 anos de formação, com con-duta exemplar e isento de penalidades éticas. O presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, discursou sobre a im-portância da solenidade, o diretor de inati-vos, José Antônio Ribeiro, também partici-

pou do evento. A homenagem foi realizada no auditório do Conselho Federal de Medi-cina, 32 médicos foram homenageados. O coral de música da Associação Médica de Brasília (AMBr) participou da solenidade com a apresentação de músicas brasileiras.

A Associação Brasileira de Medici-na do Trabalho (ABRAMT) e a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANA-MT) reuniram especialistas de todo país para participar do Seminário de Psiquiatria

e Perícia Médica, que foi patrocinado pelo Sindicato dos Médicos do Distrito Federal. O presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, participou do evento que foi realizado, nos dias 26 e 27 de no-

vembro, no Naoum Plaza Hotel, em Bra-sília. O seminário tratou de temas como: a abordagem pericial no INSS; Código Civil e incapacidade; conflitos em perícia psiquiátrica.

Prêmio Saúde Brasília

Diretor do SindMédico-DF assume presidência da ABP

CRM-DF homenageia médicos com 50 anos de profissão

Seminário de Psiquiatria e Perícia Médica

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1 3R e v i s t a M é d i c o

A c o n t e c e u

Cerca de seis mil médicos e pro-fissionais de saúde se reuniram no 42º Congresso Brasileiro de Ortopedia e Trau-matologia (CBOT), entre os dias 13 e 15 de novembro, no Centro de Convenções Ulys-

ses Guimarães. Durante os três dias de evento, Brasí-lia foi palco de discussões, palestras e cursos com os principais especialistas do Brasil e do mundo. O pre-sidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, par-ticipou da solenidade de abertura, representando o sindicato. Entre os temas abordados estão artrose em jovens, osteoporose, novidades em tratamen-tos de regeneração medu-lar, traumas ortopédicos e orientações sobre a prática de esportes por crianças e

adolescentes. Além do público do congresso, cerca de 20 palestrantes renomados interna-cionalmente, compareceram ao evento. A criação da logomarca da 42ª edi-

ção do congresso foi presenteada pelo pai da arquitetura moderna, Oscar Niemeyer. A peça faz alusão a um dos principais cartões postais de Brasília: o Congresso Nacional. Para fazer um paralelo entre o símbolo má-ximo da Casa Legislativa e a ortopedia, o ar-quiteto se inspirou em uma radiografia, um dos principais objetos de trabalho dos médi-cos da área de ortopedia e traumatologia. O congresso foi encerrado com show dos paralamas do sucesso (foto abaixo).

De volta ao modelo tradicional, a Festa do Médico reali-zada pela Associação Médica de Brasília (AMBr) foi um sucesso. No ano anterior, foi oferecido um churrasco aos sócios no Clube do Médico. Este ano, a festa foi realizada no Iate Clube de Brasília, na noite de 16/10. O evento reuniu a classe médica do DF para celebrar o Dia do Médico. O SindMédico-DF marcou presença na festa, sendo repre-sentado pelo presidente Gutemberg Fialho. Muita música e diver-são marcaram o evento.

Aconteceu o XVIII Congresso Brasileiro de Perícia Médica, que debateu as novas perspectivas da área, em Ara-cajú/SE, nos dias 08 à 11 de setembro. O médico de Brasília, Hélbio Bonifácio, proferiu palestras sobre os temas: Avalia-ção de causas de interpelação judicial sobre benefícios INSS; Divergências dos conceitos

entre resultados de exames; e Divergências entre o perito judicial e os peritos do INSS. O último tópico gerou um debate de qua-se três horas. A palestra leavou ao conhe-cimento de profissionais de todo o Brasil, a importância do trabalho realizado pelo colega de Brasília. O SindMédico-DF foi represen-

tado pelo presidente Gutemberg Fialho. O congresso teve a participação de cerca de 500 médicos de todo país. Na pro-gramação foram realizadas mais de 40 atividades científicas, entre cursos, me-sas redondas, conferências, palestras, painéis, júri simulado e apresentação de trabalhos.

Brasília sedia 42º Congresso Brasileiro de Ortopedia

Festa do Médico celebrou o dia da profissão na AMBr

Médico de Brasília fala sobre peritos judiciais e do INSS

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1 4N o v e m b r o / D e z e m b r o 2 0 1 0

C a p a

Em noite de homenagens e celebrações, mais de 1,5 mil pessoas festejaram o 32º aniversá-rio do SindMédico-DF. A grande festa iniciou com a posse da nova diretoria, eleita para o próximo triênio, seguida de homenagem a 12 médicos, com estatuetas do V Prêmio SindMédico, placas de Honra ao Mérito em reconhecimento ao trabalho prestado à comunidade do DF, e a entrega da Co-menda ao Mérito Sindical. A recepção dos convidadas ficou por con-ta da diretoria do sindicato. O vice-presidente do SindMédico-DF, Gustavo Arantes, fez o discurso de abertura em nome da diretoria executiva em comprimento aos convidados, que compareceram no evento realizado no Centro de Eventos Palácio Maçônico do Grande Oriente do Brasil, na noite de 6 de novembro. Médicos sindicalizados, familiares, ami-gos e autoridades participaram do evento, que teve um cardápio farto e de qualidade oferecido pelo Coffe Break. O sambista Dudu Nobre animou os presentes com um mega show, com interpreta-ções de suas composições e de clássicos do samba.

Dudu Nobre animou os médicos até de madrugada

SindMédico-DF comemora o 32º aniversário com a posse da nova diretoria e premiações para os médicos

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1 5R e v i s t a M é d i c o

C a p a

Em discurso, o presidente re-eleito, Gutemberg Fialho, agradeceu o apoio dos médicos e reforçou a respon-sabilidade do grupo diante da confian-ça depositada no trabalho da diretoria que irá assumir a gestão da entidade durante os próximos três anos. Além disso, destacou a importância do mo-mento político para resgatar a quali-dade da saúde pública do Distrito Fe-deral, diante do novo governo que irá assumir o GDF em janeiro de 2011. A Chapa 1 Médicos Unidos venceu as eleições em 1º de setem-

bro, com 73% dos votos, e ratificou a aprovação do trabalho do grupo res-ponsável por conquistas importan-tes em prol da classe. Uma das prin-cipais metas para a próxima gestão é, em outubro de 2011, garantir a in-corporação da GAM aos salários dos médicos na última fase, aperfeiçoar o Plano Cargos, Carreira e Salários (PCCS), diminuindo o número de re-ferências, para que os médicos, em início de carreira, possam progredir mais rápido e assegurar a paridade entre ativos e aposentados.

As festividades que envolvem a comemoração do aniversário do SindMédico-DF já se tornou uma tradição do calendário social de Brasília e envolvem meses de preparação e uma equipe com mais de 200 profissionais. Tudo isso para garantir que o médico receba anualmente o melhor em termos de receptividade, entretenimento e diversão. Uma

verdadeira superprodução que só se torna capaz, com organização e a participação de empresas que patrocinam a iniciativa, acreditando que esta seja a melhor oportunidade de exposição de marca e interação com a classe médica. A diretoria do SindMédico-DF agradece as seguintes empresas que ajudaram a realizar o evento de 2010:

PRESIDENTE MARCOS GUTEMBERG FIALHO DA COSTA

VICE PRESIDENTE GUSTAVO DE ARANTES PEREIRA

SECRETARIO GERAL EMMANUEL CÍCERO DIAS CARDOSO

2º SECRETÁRIO JOMAR AMORIM FERNANDES

TESOUREIRO GIL FÁBIO DE OLIVEIRA FREITAS

2º TESOUREIRO OLAVO GONÇALVES DINIZ

DIRETOR JURIDICO ANTONIO JOSÉ FRANCISCO P DOS SANTOS

DIRETOR DE INATIVOS JOSÉ ANTONIO RIBEIRO FILHO

DIRETOR DE AÇÃO SOCIAL OLGA MESSIAS ALVES DE OLIVEIRA

DIR. DE REL. INTERSINDICAIS RAQUEL CARVALHO DE ALMEIDA

DIR. DE ASSUNTOS ACADEMICOS LINEU DA COSTA ARAÚJO FILHO

DIR. DE IMPRENSA E DIVULGAÇÃO ADRIANA DOMINGUES GRAZIANO

DIRETORA CULTURAL LILIAN SUZANY PEREIRA LAUTON

DIRETOR DA MEDICINA PRIVADA FRANCISCO DIOGO RIOS MENDES

DIRETOR ADJUNTO ANTÔNIO EVANILDO ALVES

DIRETOR ADJUNTO ANTÔNIO GERALDO DA SILVA

DIRETOR ADJUNTO BAELON PEREIRA ALVES

DIRETOR ADJUNTO CANTÍDIO LIMA VIEIRA

DIRETOR ADJUNTO CEZAR DE ALENCAR NOVAIS NEVES

DIRETOR ADJUNTO ELOADIR DAVID GALVÃO

DIRETOR ADJUNTO FLÁVIO HAYATO EJIMA

DIRETOR ADJUNTO MAURÍCIO COTRIM DO NASCIMENTO

DIRETOR ADJUNTO RAFAEL DE AGUIAR BARBOSA

DIRETOR ADJUNTO TIAGO SOUSA NEIVA

DIRETOR ADJUNTO VICENTE DE PAULO SILVA DE ASSIS

CONSELHEIRO FISCAL CARLOS FERNANDO DA SILVA

CONSELHEIRO FISCAL FERNANDO AMÉRICO ROZZANTE DE CASTRO

CONSELHEIRO FISCAL FRANCISCO DA SILVA LEAL JÚNIOR

CONSELHEIRO FISCAL GUSTAVO CARVALHO DINIZ

CONSELHEIRO FISCAL REGIS SALES DE AZEVEDO

Gutemberg Fialho, Presidente

Complexo de saúde e bem-est ar.

Posse da nova diretoria

Uma superprodução de técnica e parceria

Conheça a diretoria eleita para 2010 - 2013:

Page 16: Revista 84

1 6N o v e m b r o / D e z e m b r o 2 0 1 0

C a p a

Prêmio Pesquisa em Medicina - Dr. Sydney Abrão Haje O ortopedista Sydney Haje já publi-cou 22 estudos sobre deformidades torácicas, conhecidas como deformidades pectus, e sobre deformidades da coluna vertebral, as chamadas escolioses. Natural de Anápolis-GO, há 42 anos em Brasília, Haje formou-se em medicina pela Univer-sidade de Brasília, em 1976. Atualmente é diretor

médico do Centro Clínico Orthopectus e instrutor de Ortopedia Pediátrica para médicos residentes. Haje lançou, em 1995, o programa de distribuição gratuita de órteses pela Secretaria de Saúde do DF, no Hospital Regional da Asa Norte. Frequentemente concede palestras em eventos, além de cursos de treinamento sobre esse assunto no Brasil e no exterior.

Pelo quinto ano consecutivo, a entidade reconheceu os profissionais da área médica do Distrito Federal, com a entrega o V Prêmio SindMédico. Seis estatuetas foram entregues para as categorias: Revelação Médica;

Medicina Acadêmica; Pesquisa Médica; Contribuição de Vida à Medici-na; Medicina Socialmente Responsável e Medicina Suplementar; além da Comenda do Mérito Sindical e de Placas de Honra ao Mérito.

Prêmio Revelação Médica – Dr. Jânio Serafim de Sousa

Prêmio Contribuição de Vida à Medicina – Dr. Miguel Farage Filho

Prêmio Medicina Acadêmica – Dr. Ronaldo Mafia Cuenca

Neurocirurgião há 44 anos, o mineiro de São Vicente, Miguel Farage, formou-se na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais em 1966. No ano seguinte, veio para Brasília onde fez sua residência, até 1968, no Hospital de Base. O médico iniciou como staff e precep-tor da unidade de ensino, função que ocupou até 1985. Naquele ano, também foi eleito che-fe da Unidade de Neurocirurgia e coordenador

da Residência de Neurocirurgia, Miguel Farage ocupou as funções até 1996. Durante 23 anos, representou a Socie-dade Brasileira de Neurocirurgia na Comissão Nacional de Residência Médica e presidiu a So-ciedade de Neurocirurgia do Distrito Federal, de 2000 a 2001. Em 1987, foi membro da Unidade de Cirurgia do Hospital Santa Lúcia e organizou o Serviço de Neurocirurgia, que chefiou até 2005.

O Dr. Jânio Serafim nasceu em Goiané-sia-GO e formou-se em medicina na Universidade Federal do Pará, em 1998. No mesmo ano, veio para Brasília, onde se especializou em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Regional de Ceilândia. Sempre com o interesse voltado para a área cirúr-gica e acadêmica, em 2000, especializou-se em

Ginecologia Oncológica no Hospital de Base e, em 2003, fez nova especialização em Uroginecologia na Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-SP). Atualmente é médico da Unidade de On-cologia Ginecológica do Hospital de Base do Distri-to Federal e coordenador do Serviço de Urogineco-logia e Cirurgia Vaginal do Hospital Santa Marta.

O médico premiado em Medicina Acadê-mica formou-se em 1991, em Curitiba. Atualmente, o Dr. Ronaldo Cuenca é membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva e membro da Dire-toria para 2011-2012, supervisor dos programas de Residência Médica em Cirurgia Geral R1, R2 e R3 do Hospital Universitário de Brasília e professor adjun-to da Universidade de Brasília (UnB).

Pós-graduado em Cirurgia Geral do Apa-relho Digestivo, mestre e doutor em Clínica Cirúr-gica pela Universidade Federal do Paraná. Dr. Ro-naldo Cuenca já escreveu quatro capítulos de livros como autor ou co-autor e proferiu 25 palestras em jornadas, seminários ou congressos, nos últimos cinco anos. Já publicou 12 de seus trabalhos em revistas indexadas nos últimos cinco anos.

Dr. Jânio Serafim entre Adriana Graziano (SindMédico-DF) e Lílian Marques (DASA)

Dr. Miguel Farage entre Bruna Ariela (Qualicorp) e Emanuel Cícero (SindMédico-DF)

Dr. Ronaldo Cuenca entre Marco Bilibio (Riedel) e Jomar Amorim (SindMédico-DF)

Dr. Sydnei Haje entre Janete Vaz (Sabin) e Carlos Fernando (SindMédico-DF)

Conheça os vencedores do V Prêmio SindMédico

Uma noite de prêmios

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1 7R e v i s t a M é d i c o

C a p a

Prêmio Medicina Socialmente Responsável – Dra. Maria Milda da Silveira Diniz

Prêmio Medicina Suplementar – Dr. José Carlos Daher

Entrega de Placas e Comenda encerram a solenidade Tradicionalmente, o Sindicato dos Médicos premia, com placas de Honra ao Mérito, os profissionais que se destacaram em iniciativas que beneficiem o coletivo da classe. Este ano, os médi-cos que compuseram a comissão eleitoral foram agraciados pela atuação durante o processo eleitoral. São eles o Dr. Julio César Menezes Regis Serafim (presidente); Dr. Alexandre Morales Cas-tillo Olmedo; Dr. Swedenburg do Nascimento Barbosa; O sindicato também entregou Placa de Honra ao Mérito ao Dr. Lineu da Costa Araújo Filho, por ser ele o diretor sindical que há mais tempo está em atividade em favor da classe. A última placa foi para o gerente administrativo do SindMédico-DF, Sr. Atílio Gregório Santana, que desde abril de 2004 administra a instituição dentro dos mais importantes preceitos de transparência e rigor técnico.

COMENDA - Pelo segundo ano consecutivo, o SindMédico-DF concedeu a Comenda do Mérito Sindical, que homenageia o colega que dedicou uma vida sindical em benefício da classe. O agraciado em 2010 foi o Dr. Francisco Rossi, que chegou a Brasília em 1982, como oficial médico do Exército brasileiro e, durante o período de 2001 a 2004, foi presidente do SindMédico-DF, além de ocupar diversos postos na estrutura do sindicato. Filho de imi-grantes italianos, o carioca Francisco Rossi formou-se em medici-na em 1977, na Universidade Gama Filho – Escola Médica do Rio de Janeiro. Atualmente, exerce a função de médico na Gerência de Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho na Junta Médica da SES; é coordenador médico da maior cooperativa de crédito do Brasil e médico perito judicial.

A Dra. Maria Milda da Silveira Di-niz dedicou 27 anos de profissão à Saúde Pública do DF. Paraibana, formada pela Uni-versidade Federal de Pernambuco, em 1975. Após a residência no Rio de Janeiro, veio para Brasília em 1979 e até 2006 trabalhou na Secretaria de Saúde do DF. A pediatra também foi funcionária do Ministério da Saúde, mas a sua contri-

buição à saúde da capital teve destaque no período em que chefiou o Centro de Saúde nº 6 da Asa Sul, de 1999 a 2006, quando foi uma das fundadoras de um trabalho especial para crianças e adolescentes. Antes disso, a médica já era destaque na medicina social e fazia atendimento voluntário uma vez por semana na Casa do Candango por mais de sete anos.

O Dr. José Carlos Daher é formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi o responsável por montar o Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital das Forças Armadas, em Brasília (qualificado via concurso público em âm-bito nacional). O médico chefiou este serviço por quase dez anos, período em que desenvolveu pa-ralelamente sua clínica privada, inaugurada em 1980, a Clínica Daher de Cirurgia Plástica. A Clínica Daher transformou-se no

Hospital Daher Lago Sul, uma organização de saúde completa, com 50 leitos, 12 leitos de UTI, laboratório e pronto socorro. O Dr. Daher continua como chefe do Serviço de Cirurgia Plástica e do Curso de Formação de Cirurgiões Plásticos, credenciado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, e destaca-se pela autoria de varias técnicas originais e atualizações, sendo uma das refe-rências da cirurgia plástica atual.

Drª. Maria Milda entre Gustavo Arantes (SindMédico-DF) e Gustavo Reis (JCGontijo)

Dr. Daher entre Sebastião Maluf (Sta. Marta) e José Leal (SBH)

Dr. Alexandre Castilho e Dr. Júlio César representam a

comissão eleitoral

Dr. Lineu é o diretor sindical mais antigo em atividade

Sr. Atílio Santana administra o sindicato desde 2004

Dr. Rossi recebeu a comenda dos presidentes César Galvão

e Gutemberg Fialho

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R e g i o n a i s

Uma série de questionamentos sobre irregularidades na gestão resultou na intervenção do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). A organização social Real Sociedade Espanhola de Beneficência (RSEB) é investigada pelo Ministério Públi-co e o Tribunal de Contas do Distrito Fede-ral (TCDF). A intervenção foi publicada por meio de decreto do governador, Rogério Rosso, em 10 de novembro. A meta do interventor, Cláudio Bernardo de Freitas, é manter o atendi-mento normalizado. Para que assistência à

população não seja afetada, o atual gover-nador e Agnelo Queiroz, que irá assumir o GDF a partir de 2011, acordaram que o hospital continuará com a gestão privada até que seja feito o processo de contratação por concurso público de novos servidores, previsto para o fim do mês de janeiro. Depois de inaugurado, o Hospital de Santa Maria passou quase um ano fecha-do para a comunidade. A partir de 23 de abril de 2009, o hospital foi aberto sob a gestão da organização social Real Sociedade Espanhola de Beneficência. A entidade era acusada de

receber recursos indevidos da Bahia em um cenário conturbado que envolvia assassina-to, corrupção e improbidade administrativa. Mesmo assim, ela foi contratada pelo GDF, na gestão do então secretário de saúde, Augusto Carvalho, sem processo de licitação. O contrato firmado com a RSEB acordou o pagamento de R$ 222 milhões para gerenciar o hospital no período de dois anos. O Sindicato espera que a gestão do HRSM seja reincorporada pelo GDF e refor-ça o posicionamento contrário à terceiriza-ção integral dos serviços públicos.

O SindMédico-DF reuniu-se com o corpo clínico e a direção do Hospital São Vicente de Paula e a Secretaria de Assistência à Saú-de, em 11 de novembro, na sede sindicato (foto ao lado). O motivo do encontro foi discutir a carência de médicos, pagamentos de horas ex-tras atrasados, confecção das escalas e o relacionamento institucional entre a direção do hospital e o corpo clínico.

Privatização da saúde pública fracassa no DF

Reunião com o HSVP

Crise na UTI neonatal do HRAS Mortes de recém-nascidos no Hospital Regional da Asa Sul (HRAS) tor-naram-se um risco recorrente nos últimos anos. Em 40 dias, entre outubro e novem-bro, infecções bacterianas levaram a óbito 11 bebês prematuros. A situação precária da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ne-onatal do HRAS foi aferida pela Comissão de Saúde da Câmara Legislativa do Distrito Federal. O SindMédico-DF, já havia aler-tado para a falta de condições de funcio-namento do setor, por diversas vezes, nos anos anteriores, e espera que as medidas tomadas pelo governo para sanar essa vul-nerabilidade sejam definitivas. O hospital, que tem a maior uni-dade neonatal de Brasília, realiza cerca de 20 partos por dia, mas carece de materiais, medicamentos e profissionais. O Ministé-rio Público do Distrito Federal e Territórios (MPDF) iniciou, em 16 de novembro, a in-vestigação da morte dos bebês. A Vigilância Sanitária do DF ordenou que a UTI neona-tal do HRAS fosse autorizada a receber so-

mente pacientes em estado grave. As medidas tomadas como ten-tativa de controle do surto sobrecarregam a rede pública do DF. O volume de atendi-mento das gestantes escoa para os outros hospitais públicos da região. A Defensoria Pública chegou a emitir liminares para a internação de recém-nascidos em UTIs de hospitais particulares. Entre as tentativas de reestrutu-ração, o GDF aprovou a aquisição de ma-teriais necessários para combater o surto. Após análise, a secretária de Saúde, Fabíola Aguiar, detectou a defasagem de, pelo me-nos, 42 profissionais, entre médicos e enfer-meiros. Ela declarou, à imprensa do DF que esses servidores serão brevemente convoca-dos. Contudo, a Secretaria ainda tem outro problema: a dificuldade de fazer com que os médicos aprovados em concurso público assumam os cargos. Os profissionais não se sentem atraídos pelos salários, nem pelas condições de trabalho na rede pública do DF. A última epidemia pode ter sido

agravada pela superlotação e a falta de hi-gienização do espaço. A diretora de Ação Social do SindMédico-DF, Olga Messias, conhece bem essa realidade. “O surto deu-se por vários motivos, entre eles a falta de técnicos de enfermagem e profissionais em geral. Não é a primeira vez que o hospital passa por esse problema, a UTI neonatal teve epidemias da mesma ordem em 2008 e 2006 (ano em que diminuiu o número de leitos, de 46 para 30)”, afirmou Olga Mes-sias, médica do HRAS.

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R e g i o n a i s

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S i n d i c a i s

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E s t r a t é g i a

Contato com a [email protected]/StrattegiaSaude

Médico x Gestor

A l e x a n d r e B a n d e i r a

Consultor de Estratégiae Marketing

Escrever para a área de Saúde é sempre bom, pois nos permite fazer algu-mas analogias entre a atividade médica e a de consultoria, o que torna a compreensão do problema abordado sempre mais fácil para o público leitor. O caso que vamos tra-tar aqui retrata bem esta abordagem. Costumo observar um fenômeno muito singular, que acomete uma parcela dos médicos que são donos dos seus próprios ne-gócios. Em alguns deles, isso vem em doses homeopáticas, aumentando dia-após-dia. Em outros, parece que surge da noite para o dia, como uma avalanche. Porém, indepen-dente da velocidade em que se instala, ele chega para nunca mais sair, pois é um pro-cesso irreversível. Ou seja, não tem cura. É mais ou menos como atingir a puberdade onde um turbilhão de mudan-ças internas e externas acontece, mudando radicalmente o jeito de se pensar ou enxer-gar o mundo. Justamente aquele instante em que há uma crise particular de iden-tidade, entre ser criança ou passar a agir como adolescente. Para tais médicos acontece da mesma maneira. Não da puberdade que há

muito já passou. Mas de se descobrirem em um conflito de serem médicos ou gestores. Isto porque, via de regra, as empre-sas no setor de saúde são abertas para que o profissional, individualmente ou em pe-quenos grupos, possa exercer sua profissão e atender alguns requisitos, que o permita firmar determinados tipos de contratos ou

obter documentações para, por exemplo, fa-zer a emissão de notas fiscais aos pacientes. Enfim, de permitir uma situação, para o ex-clusivo cumprimento com o que este apren-deu na faculdade e residências: ser médico. Só que esta empresa aberta tende a exigir cada vez mais atividades afeitas às dis-ciplinas da Administração. Principalmente à

medida que a empresa progride, gera mais receitas, clientes e com isso, necessidades in-ternas outras, que saem da periferia da vida profissional do médico e um dia se tornam a principal questão a ser resolvida. Neste instante, a gestão deixa de ser brincadeira e passa a ser assunto sério. Com ela, o momento em que o profissio-nal se vê na encruzilhada de ser médico ou gestor do empreendimento que criou. Fazer bem a transição é deixar de trabalhar para a sua empresa e colocá-la para trabalhar para você. Os exemplos de sucesso são muitos e estão aí para quem quiser conferir. Hoje existem muitas ferramentas que podem lhe auxiliar neste processo, como os MBAs, cursos, eventos de negó-cios, consultorias, livros, revistas especiali-zadas, entre outros. Porém, só terão efeito, se houver a disposição do médico em viver este novo momento, tão fascinante e im-portante para a sua vida e para a vida da sua empresa

“Fazer bem a transição é deixar

de trabalhar para a sua empresa e colocá-la para

trabalhar para você”

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E s p e c i a l

A edição da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC Nº 44) feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) gerou um conflito de versões sobre o mode-lo de receita a ser utilizado. O artigo 2º, defi-ne que para prescrever antibióticos deve-se utilizar o receituário de controle especial, em contraponto, entidades como o Con-selho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (CRMs) divulgou que os médicos podem prescrever em receituário simples, desde que feitas em receitas em duas vias (carbonadas, fotocopiadas ou impressas). Segundo a nota, a informação foi dada pelo presidente da ANVISA durante uma visita ao Conselho Federal de Medicina (CFM), em 01 de dezembro. Contudo, as farmácias não estão aceitando o uso do receituário comum, o fato é que a descrição da norma na resolu-ção não é clara quanto o uso alternativo da receita simples. O Sindicato dos Médicos do Dis-trito Federal (SindMédico-DF) cobra escla-recimentos e um posicionamento unificado da ANVISA. Ainda assim, é necessário uma estratégia de orientação direcionada espe-cialmente para informar o médico, que está refém desse conflito de interpretações.

Cuidados com a superbactéria A superbactéria Klebsiella Pneu-moniae Carbapenemase (KPC) é uma reali-dade que exige medidas duras por parte do Governo e que deve contar com o máximo de empenho, apoio e atenção dos profis-sionais de Saúde. Por isso, a ANVISA edi-tou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC Nº 44), de 26 de outubro de 2010,

com as novas regras para a compra de me-dicamentos antibióticos em farmácias no sentido de coibir a resistência bacteriana por meio da automedicação. Agora, além de os antibióticos se-rem vendidos somente com a apresentação do receituário de controle especial, em duas vias – uma retida na farmácia e outra entre-gue ao consumidor, como comprovante do atendimento - ele deverá estar com letra le-gível e sem rasuras, terá validade de dez dias (a partir da prescrição do médico) e a farmá-cia anotará a data, a quantidade e o número do lote do medicamento, no verso. Os médicos também terão que informar o nome do medicamento ou da substância prescrita utilizando a Denomina-ção Comum Brasileira (DCB), a dosagem ou concentração, a forma farmacêutica, a quan-tidade e posologia. E não para por aí, a receita também deverá constar o nome completo do paciente; o nome do médico, o registro pro-fissional, o endereço completo, o telefone, a assinatura e a marcação gráfica (carimbo); a identificação de quem comprou o remédio, com nome, RG, endereço, telefone e data de emissão. A resolução vale para 93 tipos de substâncias antimicrobianas que compõem os medicamentos antibióticos registrados no Brasil, como sulfametoxazol, amoxici-lina, cefalexina e azitromicina. A partir de 28 de novembro, as farmácias começaram a reter os receituários. Um recente balanço da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, da Gerência de Investigação e Prevenção à In-fecção e Eventos Adversos em Serviços de

Saúde (Gepeas), apontou que 23 estabele-cimentos de saúde do DF detectaram casos de infecção pela bactéria KPC. Um total de 246 casos acumulados, sendo 63 casos de infecção, 22 óbitos associados à infecção pela KPC e 198 identificados nas unidades de terapia intensiva (UTIs). Quem descumprir a resolução terá cometido infração sanitária, prevista no termos da Lei nº 6.437, de 20 de agos-to de 1977, que inclui multa, suspensão de vendas e/ou fabricação de produto, dentre outros. Confira no site do SindMédico-DF (www.sindmedico.com.br) a Resolução da Di-retoria Colegiada (RDC Nº 44) e a lista de medicamentos completa para o receituário na nova regra.

Modelo de receituário para prescrição de antibióticos

Médicos querem esclarecimentos sobre as novas regras sobre o receituário para antibióticos

O programa de assistência domiciliar atende 1.294 pacientes Criada em 2004, a Coordenação de Atenção Domiciliar tornou-se gerência, den-tro do quadro do GDF, em 2007. Atualmente, atende 1.294 pacientes em dez núcleos, nas cidades satélites: Sobradinho, Guará, São Sebastião, Gama, Asa Norte, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia e Paranoá. Para suprir a demanda são 103 profissionais, entre eles 14 médicos. A equipe também conta com o trabalho de enfermeiras, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.

Segundo a gerente de Atenção Do-miciliar da SES/DF, Leopoldina Villas Boas, a equipe realiza duas vertentes de atendimentos. “A assistência domiciliar é destinada para o pa-ciente que necessita de atenção primária. E, a internação propriamente dita, são para aqueles casos de maior complexidade”, explicou. O objetivo do trabalho é disponibili-zar assistência no domicílio às pessoas doentes e acamadas, que possam ser mantidos em casa, sob a atenção de uma equipe multiprofissional e interdisciplinar específica. “A periodicidade

das visitas dependem do grau de necessidade, específico de cada paciente. Dependendo do perfil da complexidade, as visitas chegam a ser até diárias”, esclareceu Leopoldina. Com o atendimento em domicílio, o programa ameniza a carência de leitos, que é um dos principais déficits da rede pública de saúde do DF. A gerente do programa, ain-da afirma que esta modalidade de atenção aumenta a humanização no atendimento e eleva o índice de recuperação a partir da edu-cação dos familiares e pacientes.

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S i n d i c a i s

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S i n d i c a i s

O Acordo Coletivo de Trabalho as-sinado, em 9 de novembro, garante o rea-juste salarial para os médicos que prestam serviço para a BRASILMED Auditoria Mé-dica e Serviços S/C. O termo firmado en-tre a empresa e o SindMédico-DF, também garante outros benefícios como: novo piso salarial, acréscimo de 50% na remunera-ção das horas extras, acréscimo de 20% no adicional noturno, estabilidade à gestante, licença remunerada em caso de adoção, li-

cença paternidade de cinco dias e estabili-dade em casos de acidente de trabalho. As novas normas estabelecidas no Acordo foram validadas e estão em vigor desde a data da assinatura do docu-mento, exclusivamente para os seguintes contratos:- nº 007/2009, junto a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) – Diretoria Regional Brasília;- nº 41.193, de 09/11/2009, junto ao Ser-

viço Federal de Processamento de Dados (SERPRO) e,- DMEAP nº 22-1/2010 junto ao Banco Central do Brasil (BACEN). Os profissionais com mais de um ano trabalhando para o mesmo empregador farão as homologações das rescisões contra-tuais no SindMédico-DF ou na Subdelegacia do Trabalho. O Acordo Coletivo vigorará pelo prazo de um ano podendo ser prorroga-do, adiado e rescindido por comum acordo.

Acordo coletivo traz novos benefícios

Em assembléia-geral convocada pelo SindMédico-DF, em 24 de novembro, foi definido o valor de R$ 153 para o impos-to sindical, que é pago anualmente por to-dos os trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos, independente de serem sindicalizados ou não. O tributo é previsto em lei, na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e no Código Tributário Brasileiro. No caso dos médicos, por exemplo, a inadimplência do tributo pode inabilitar o profissional na inscrição do conselho, in-clusive sob o risco de perder o registro. Os recursos arrecadados no imposto sindical são destinados ao Fundo do Ministério do

Trabalho, centrais sindicais, ao sindicato e às entidades médicas nacionais. O dinheiro vai direto para a Caixa Econômica Federal, que faz a distribuição dos recursos. A AGE realizada no auditório da sede do SindMédico-DF colocou em votação o valor do imposto para o próximo ano. A Federação Nacional dos Médicos (FENAM) havia sugerido o valor de R$ 199 reais, o Sin-dicato fez a proposta de um terço do salário mínimo, R$ 153, mantendo o valor do ano anterior. Colocada em votação entre os mé-dicos, pela proposta do SindMédico-DF. Os médicos aposentados no servi-ço público, que não exercem atividades no

setor privado, estão desobrigados de pagar o imposto. O Sindicato dos Médicos reforça a importância do pagamento do imposto e aconselha aos sindicalizados, a guardarem o comprovante do pagamento.

Médicos definem o Imposto Sindical

Em virtude das novas normas estabe-lecidas para o funcionamento de cirurgia plástica em Brasília, médicos do setor reuniram-se com o presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fia-lho (foto acima), para debater e tomar providên-cias a cerca de divergências nas regras. Dentro do novo regulamento, os médicos questionaram as indicações do tamanho mínimo das salas para cada tipo de cirurgia, que varia de 20m² a 25m².

Segundo o cirurgião plástico, Og-nev Cozac, a maioria das clínicas está com dificuldades em se adequar às novas deter-minações de espaço físico de seus centros ci-rúrgicos. “Acredito que a assinatura do novo regulamento foi precipitada. A maioria das normas foi bem editada, mas uma delas foi totalmente sem respaldo técnico, que é o re-dimensionamento equivocado no tamanho das salas de cirurgias de médio porte, o que inviabilizou o funcionamento de quase to-das as clínicas do DF”, afirmou o médico. O tamanho aceitável nacionalmen-te para este tipo de operação está na média de 17m2. De acordo com Ognev Cozac, apesar de a diferença parecer pequena, existe uma grande dificuldade de expandir as salas comerciais em Brasília. “A maioria dos prédios tem tamanho

pré-estabelecido e as clínicas já foram estrutura-das dentro dessas delimitações, em acordo com as normas nacionais”, contou o cirurgião. As discussões em torno das novas regras iniciaram este ano, após a morte de quatro pacientes, que tiveram complicações durante ou após os procedimentos cirúrgi-cos. Com o intuito de reduzir os riscos aos pacientes, o Conselho Regional de Medicina, a Vigilância Sanitária e Ministério Público do DF alteraram os pré-requisitos de funciona-mento delas. Após a reunião na sede do SindMédi-co-DF, os médicos decidiram solicitar a revisão da edição dessa norma, para que essas clínicas voltem às atividades normais. Para os repre-sentantes, a causa das intercorrências não têm relação com os tamanhos das salas de cirurgia.

Novas regras inviabilizam o funcionamento de clínicas de cirurgia plástica

Valor aprovado é menor do que o da FENAM

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V i d a M é d i c a

As férias estão chegando e para celebrar o merecido descanso, as

viagens são roteiros indispensáveis para muitos médicos. Aqueles que

alçam voos mais longos em viagens ao exterior irão experimentar o sabor de no-vas culturas e vivenciar uma das principais barreiras nas relações humanas: o idioma. Visitar uma nova cultura e ser um telespectador que compreende a comuni-cação do país visitado certamente torna a experiência ainda mais inesquecível. Como relata o dermatologista, Rubens Marcelo Souza. “Se você consegue interagir na lín-gua do país em que você está, primeira-mente, a chance de ser bem recepcionado é muito grande. Além disso, a interação com o ambiente permite você conhecer o que é de fato aquela cultura”, contou o médico, que fala nove idiomas. Infelizmente não é possível, nem aos mais estudiosos e fanáticos por língua

estrangeira, aprender todos os idiomas com a rotina acelerada do cotidiano. Enquan-to as legendas ou traduções simultâneas ainda não estão disponíveis in loco, alguns médicos que se dedicam a estudar idiomas contam que não é preciso essa façanha para se comunicar bem mundo a fora. A união de idiomas “curingas”, como o inglês e o espanhol, é fundamental para quebrar essa barreira. “O inglês é instrumental, depois que se aprende este idioma você é capaz de estudar qualquer coisa no mundo, inclusive outros idiomas”, explicou o dermatologista. O diretor do Departamento Médi-co da Câmara dos Deputados, Luiz Henri-que Hargreaves, é aficcionado por idiomas e fala nove línguas, entre elas algumas exó-ticas, como: galego e o alemão. Além disso, consegue estabelecer uma comunicação básica em outros idiomas de alfabetos dife-rentes. “Comecei estudando inglês na ado-lescência. Sempre achei in-teressante outros idiomas e culturas, mas como naquela época não tínhamos Inter-net, no máximo as músicas, o que me aproximou das outras culturas foi o estu-do”, contou o médico. Dr. Eilton Olivei-ra, começou estudando francês e inglês na infân-

cia, no Colégio Marista, em Fortaleza-CE. Durante o ensino médio desenvolveu bem o inglês e começou a se interessar por outros idiomas devido a influências fa-miliares. “Meu irmão era apaixonado por cinema e recebia livros da União Soviética sobre o tema, o interesse em ler esses ma-teriais em russo me estimulou ao estudo do idioma”, relatou o cardiologista. A paixão pela filatelia (coleção de selos) foi o que motivou Rubens Marcelo a aprender outras línguas. A curiosida-de para compreender as mensagens que estavam nos selos incitou o médico. “Eu recebia selos do mundo todo, a partir daí comecei a estudar inglês, russo, espanhol, italiano...”, contou o médico, que também fala línguas exóticas como o cirílico, grego e coreano. A habilidade de ler em outros idiomas foi indispensável na formação dos

Dr. Rubens Marcelo

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V i d a M é d i c a

três médicos. Eles relataram que por vezes o conteúdo do livro perde a essência origi-nal do autor com as traduções. “Durante a graduação, eu não me conformava com ideia de estudar medicina por intermédio de uma tradução feita há mais de cinco anos. A habilidade de ler em inglês é fun-damental para a formação em medicina”, disse Hargreaves. Rubens Marcelo compartilha da mesma opinião, e destaca a importância que o conhecimento de idiomas agregou a sua graduação. “Conhecer idiomas me aju-dou muito na minha formação profissional. Principalmente porque a base bibliográfica da medicina é americana e anglo-saxônica”, destacou o dermatologista. Eilton Oliveira lembra que a tra-dução é muito pessoal e por vezes mal exe-cutada, principalmente quando se trata de termos técnicos de áreas como a medicina. “Tenho o prazer de ir há um congresso e não precisar da tradução, sem contar que a maioria dos livros médicos bons não tem em português, principalmente na época da minha formação. Essa carência existe porque, para muitos países, o português é tido como uma língua exótica”, esclareceu o cardiologista.

Rubens Marcelo notou que, quando estudava em livros estrangeiros (no idioma original), acabava tendo uma forma diferente de ver alguns aspectos da medicina. “Na minha área (dermatologia), por exemplo, a medicina francesa é muito rica e tem uma forma diferente de analisar certas especificidades, seja em as-pectos técnicos como nomencla-turas, ou em questões de aporte do paciente, tipo de acompanha-mento e tratamento. Há uma di-ferença em cada cultura médica”, relatou o médico. Para esses médicos, o idioma é mais do que um conheci-mento, estudar outras línguas se tor-nou um hobby. A virtude da comunicação transcende o aprendizado e torna-se um prazer que amplia os horizontes do coti-diano, das viagens, na profissão e nas ex-periências de vida. Lembrando que nunca é tarde para aprender, aqui fica o convite para aqueles que desejam ir além e con-quistar o mundo dos idiomas.

Dr. Luis Hargreaves

Dr. Elton Oliveira

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Recomendação de vinhos degustados

V i n h o s

Vinhos e HistóriasVinhos e Histórias

País Região 05 04 03 02 01 2000 99 98 97 96 95 94 93 92 91 90 89 88 87 86 85 83 82 1980 79 78 76 75 71 1970

França

LEGENDA

Esta tabela deve ser considerada como uma avaliação genérica da qualidade das safras de regiões produtoras especí�cas, contemplando algumas exceções.

St. Julien/Pauillac/St. Estephe

Margaux

Graves

Pomerol

< que 60Medíocre Fraco Mediano Bom Ótimo Extraordinário Cuidado: Pode estar velho Pronto para beber

Não disponível

Não Víntage

Fonte: www.erobertparker.com - agosto - 2007

Acessível, maturidade precoce

Irregular

Ainda tânico

60 - 69 70 - 79 80 - 89 90 - 95 96 - 100!

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Château La Butte Vieilles Vignes 2003 CA, (M) É um Merlot 100% do Chateau La Gatte, oriundo de vinhas com 50 anos e baixo rendimento. Mostra ao nariz fruta madura, especiarias, chocolate e leve toque animal. Na boca tem bom corpo, taninos finos, equi-líbrio e elegância. Um bom achado.

Chateau de la Tuileries Carte Blanche 2004 EC, (M) Um Syrah de Costières de Nimes. Nos aromas, fruta negra, especiarias, chocolates, notas balsâmicas animais. Tem bom corpo, acidez e taninos finos, com um bom equilíbrio.

Chateau Signac Terra Amanta 2001 EC, (GC) Lote de 50% Grenache, 40% de Syrah e 10% de Mourvèdre, revela-se frutado rico nos aromas, ainda com anis e melaço. Na boca é suntuoso, alcoólico, mas com taninos maduros.

Chateau Cantegril Denis Dubourdieu 2002 OC; (CF/PP).Chateau Pey la Tour 2003 OC; (GC).Domaine Lamargue Cabernet Savignon 2001 OC; (QT).Les Aureliens Cabernet Savignon,Syrah 2001 Domaine de Triennes OC; (AS).Minervois 2003 H&B OC; (M)

Daremos prosseguimento na indicação de vinhos levando em consideração o seu custo e sua qualidade, e ainda seu país de origem.Os vinhos apresentado nesse artigo, foram frutos da degustação de um grupo credenciado de degustadores e ainda dados colhidos em revistas especializadas e reconhecidas internacionalmente por sua experiência, com vinhos dos principais produtores de todo mundo. Embora na maioria dos casos não haja pontuação do vinho, seguiremos a seguinte legenda, classificando a propriedade da compra. Veja legenda abaixo;

CA - CampeãoOC - Ótima CompraEC - Excelente CompraBC - Boa CompraAP - Aprovado

Legenda A degustação destes vinhos (mais de 2 mil títulos entre tintos e brancos) exigiu grandes cuidados, a começar pela escolha dos degustadores. Foram escolhidos conhece-dores de respeitada experiência em provas, especialistas, sommeliers, integrantes de con-frarias e enófilos, formando um grupo de 55 convidados, somando-se ao grupo de degus-tadores regulares da revista GULA. foram também consideradas as notas indicadas por tradicionais revistas como a WINE SPECTATOR, (WS), ROBERT PARKER, (RP), REVISTA DECANTER, (DE), GAMBERO ROSSO e outros.

Vin

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França tintos

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País Região 05 04 03 02 01 2000 99 98 97 96 95 94 93 92 91 90 89 88 87 86 85 83 82 1980 79 78 76 75 71 1970

França

LEGENDA

Esta tabela deve ser considerada como uma avaliação genérica da qualidade das safras de regiões produtoras especí�cas, contemplando algumas exceções.

St. Julien/Pauillac/St. Estephe

Margaux

Graves

Pomerol

< que 60Medíocre Fraco Mediano Bom Ótimo Extraordinário Cuidado: Pode estar velho Pronto para beber

Não disponível

Não Víntage

Fonte: www.erobertparker.com - agosto - 2007

Acessível, maturidade precoce

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Ainda tânico

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Chateau Carignan Prima 2001 CA; (LP) O castelo, muito tradicional, existe desde o século XI, nas proximidades de Bordeaux. Seu tinto, que valoriza a Merlot, é soberbo. Nos aromas predomina o fruta rico, envolto em balsâmico e especiarias. Na boca, é avelidado, tem boa concentração e elegância.

Chateau Clark Cru Bourgeois 2000 EC (GV) Comprada pelo barão Edmond de Rothschild, a propriedade voltou a produzir grandes vinhos. Fruta, café e notas florais nos aromas. Bom corpo, taninos finos e elegância.

Trapet Gevrey-Chambertin 2002 EC(T) Tinto viril, com especiarias no nariz, mescladas a frutas e notas florais. Franco na boca, com final longo, sustenta-do por taninos finos.

Chateau Villemaurine Grand Cru 2003 Robert Giraud BC; (CF/PP)Vosne Romanée Les Genevriéres Premier Cru 2001 CA; (GV) Grande tinto da casa Leroy, comandada pela irrequieta Lalou Bize-Leroy. É explosivo nos aromas, macio e concen-trado na boca. Temperado pelas especiarias, tem a tipicidade da apelação.

Chateau Berliquet Grand Cru 2001 EC; (CP) Casa de St. Emillion renovada por Patrick Valette, cuja filosofia é buscar taninos, sem perder a fruta. Nos aromas, fruta, balsâmico, tostado. Firme na boca, mas equilibrado.

Domaine Faiveley:Chambertin – Clos de Béze 2001 Gran Cru EC; (M) US$ 299,00Domaine Comte Georges de Vogüé:Chambolle-Musigny Premmier Cru 2006 RP=93 EC (M) US$ 299,50

Domaine PonsotChambolle-Musigny Cuvée des Cigales 2005 RP=92 (M) US$ 154,00Morey-St. Denis Cuvée des Grives 2005 RP=91 (M) US$ 153,90Gevrey-Chambertin Cuvée I’Abelle 2006 RP=92 US$ 155,50

Crus Bourgeois – Haut-MédocCh. Bernadotte 2003 WS=90/RP=90 US$100,00Grands Crus Classés - St.EstépheCh. Calon-Ségur 2000 WS=93 US$420,00Ch.Cos D’Estournel 1998 WS=88 US$154,00Pauillac Grand Crus ClassésCh. Pichon-Longueville Baron 2001 RP=93 US$ 230,00Ch. Pontet-Canet 1994 RP=93 US$270,00Grand Crus Classés – St. Julien

Ch. Lagrange 2000 WS=93 US$ 350,00Grand Crus Classés – Pessac-LéognanCh. La Mission-Haut-Brion 1999 RP=91 US$600,00Grand Crus Classés – PomerolCh. Bonalgue 2003WS90 EC US$ 170,00Ch. Plince 2001 WS 90 OC US$130,00Vieux Chateau Certan 2002 OC RP 93 US$250,00Le Pin 1985 CA WS=98 US$3500,00Petrus 2000 carp=99 US$ 11000,00Premiers Grand Crus Classés

- PouillacCh. Latour 2001 CA WS - 95 US$900,00 Premiers Grand Crus Classés MargauxCh.Margaux 1999 RP=94 US$1000,00

Premier Grand Crus ClassésCh. Haut-Brion 1998WS=97 US$200,00Second Vin De Grans Chateaux – Pessac-Léognan“L” DE La Louviere 2001 US$150,00Domaine De Larrivet 1999 US$170,00

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Sempre houve muita curiosidade das pessoas em torno da capacidade visual de um bebê. E vem a pergunta que remonta à infância: a partir de qual idade o bebê enxerga com nitidez, con-traste e percepção de cores? O cérebro, o olho e a visão, além de outras funções, conti-nuam, gradativamente, o seu desenvolvimento depois que a crian-ça nasce. Sua capacidade visual, nos primeiros dias, restringe-se à noção de claro e escuro. Nesta fase da vida a visão é desfocada, e a percepção das cores não está bem definida. Daí a importância do uso de brinquedos, objetos e roupas com cores contrastantes para estimular o sistema visual do bebê. No primeiro ano de vida a capacidade visual da criança passa por mudanças fundamentais, sendo de enorme interesse a detecção de alguns problemas congênitos. A retinopatia da prema-turidade atinge principalmente bebês prematuros ou com baixo peso ao nascer, e corresponde ao crescimento desorganizado dos vasos sanguíneos que irrigam a retina, podendo levar ao seu des-colamento, ocasionando perda da visão. Aos trinta dias a visão é borrada, com melhoria do con-traste, momento em que o bebê inicia a fixação do olhar nos objetos mais próximos, seguindo o movimento das pessoas. Aos dois meses a visão está melhor, mas ainda desfocada, e a percepção das cores e contrastes ainda é insatisfatória, dizem os especialistas. Aos três meses há uma melhora na percepção das cores, do contraste e da nitidez, e as imagens estão mais bem focadas. Por volta dos seis meses a visão da criança já se aproxima à do adulto, aumentando o interesse por cores vivas e contrastantes. Em torno dos cinco aos sete anos de idade o

desenvolvimento visual da criança se completa. Percebe-se que, daqui em diante, fica mais difícil corrigir e tratar os problemas visuais detectados. Estima-se que no Brasil existam 35.000 crianças cegas e 140.000 com baixa visão. Cerca de metade desses casos é devida a causas evitáveis, sendo que 15% desses casos são tratáveis e 28% preveníveis. Consideram-se causas evitáveis aquelas que podem ser totalmente preveníveis ou tratáveis para preservar a visão. Com este enfoque, podem ser prevenidas as causas de cicatriz cor-neana, as doenças infecciosas e a retinopatia da prematuridade. Entre as tratáveis estão a catarata e o glaucoma congênitos e a re-tinopatia da prematuridade grave. O Teste do Reflexo Vermelho, também conhecido como Teste do Olhinho, é o ponto de partida para o diagnóstico precoce das principais causas de cegueira e da baixa visão em crianças, e pode ser realizado de forma simples, rápida e indolor, ainda na maternidade, enfatizam a Sociedade Brasileira de Pediatria e o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, mais uma vez de mãos da-das. É necessário - além da dedicação e do comprometimento - apenas um oftalmoscópio que, posicionado diante de cada olho do bebê, propicia a observação de um tranquilizador reflexo vermelho homogêneo e simétrico em ambos os olhos. Realizado por um pediatra capacitado para tal, o bebê deverá ser encaminhado a um oftalmologista com urgência logo após o exame, caso o profissional não consiga identificar o reflexo vermelho em ambos os olhos. Exame simples, que garante uma visão e um ponto futuro. Enfim, que o olho que vejamos seja olho porque nos vê.

Medicina em ProsaMedicina

em ProsaSAÚDE OCULAR DA CRIANÇA, VISÃO DE FUTURO

O olho que vêsNão é olho porque tu o vês.É olho porque te vê.Antonio Machado

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A ISO 14001 é uma norma internacionalmente reconhecida, que define o que deve ser feito para estabelecer um Sistema de Gestão Ambiental efetivo.

O mundo está melhor. O Laboratório Sabin, na sua forma séria de lidar com a vida, conquista mais uma vitória: seu sistema integrado de gestão acaba de ser recomendado à certificação ISO 14001. Isso significa cuidar mais e melhor do planeta e garantir sustentabilidade para as futuras gerações.

Principais ações ambientais desenvolvidas no Laboratório Sabin:• Tratamento e monitoramento ambiental de resíduos sólidos e efluentes resultantes de seu processo-fim;

• Programa de redução de consumo de energia elétrica, água e combustíveis utilizados pela frota de transporte;

• Redução de consumo de papel e utilização de papel reciclado em impressão de laudos de exames;

• Criação de diversos programas ambientais com participação e mobilização de todos os colaboradores;

• Estudo, levantamento e avaliação periódica dos aspectos e impactos ambientais relevantes em sua atividade;

• Melhoria do desempenho ambiental – processos ecoeficientes, prevenção da poluição, produção mais limpa e menos impactos ambientais negativos;

• Educação ambiental e mobilização permanente pela melhoria do desempenho ambiental;

• Atuação junto à comunidade em programa ambiental;

• Adoção do bosque do Sudoeste para manutenção (parceria em andamento).

O Laboratório Sabin foi recomendado à certificação ISO 14001

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