33

Revista aca 2014

Embed Size (px)

DESCRIPTION

6ª Edição da revista da Associação Comercial de Arcoverde

Citation preview

Page 1: Revista aca 2014
Page 2: Revista aca 2014
Page 3: Revista aca 2014

Poucos anos, ao longo da história recente, foram tão esperados como 2014. Primeiro, a Copa do Mundo em nossas terras, com a esperança de um título dentro de casa. Logo depois, as eleições nacionais e estaduais, que, embora recorrentes a cada 4 anos, sempre geram expectativa em todos os brasileiros. Ambos os eventos promoveram um aumento na ansiedade dos brasileiros, parte movida pela diversão proporcionada pela Copa do Mundo, parte pela responsabilidade relacionada ao nosso futuro enquan-to nação, gerando uma série de dúvidas, e por que não dizer, até insegurança sobre o que viria pela frente.

A derrota histórica sofrida contra a Alemanha, que pôs por ter-ra o tão sonhado hexa em casa, nos apresentou várias lições que podemos facilmente levar para a vida empresarial. A primeira é que não devemos superestimar e, tampouco, subestimar nossos concorrentes, sendo esta última, talvez, uma das principais res-ponsáveis pela queda da seleção canarinha. O Brasil entrou no torneio exalando confiança e superioridade por motivos subjeti-vos, como o fato de simplesmente ser o “país do futebol” e por jo-gar em casa com o apoio de sua torcida, como se desconsiderasse todos os outros fatores. Se fizermos um paralelo com as teorias do Planejamento Estratégico, a seleção brasileira deu foco demasia-

do às oportunidades, mas não observou com mais cuidado seus pontos fortes, fracos e as ameaças do ambiente.

A segunda lição nos mostrou que não podemos ser dependentes de um único profissional. Extremamente dependente de Neymar, o Brasil sofreu um enorme baque quando este se lesionou, em-bora tivesse procurado não mostrar isso. A concentração exacer-bada da responsabilidade no astro do Barcelona fez com que os demais jogadores, embora talentosos, perdessem a referência. E deu no que deu.

Para ficar apenas em três exemplos, nossa derrota também mos-trou que os sucessos passados não garantem sucesso futuro, prin-cipalmente quando não se há planejamento. A trajetória vitoriosa do futebol brasileiro nas últimas duas décadas e nossa paixão por futebol pareceram suficientes para que pudéssemos conquistar o que quiséssemos e quando quiséssemos. Nossa cultura de viver um dia após o outro sem planejar o futuro, mostrou-se ineficaz.

Peguemos essas três breves lições e façamos um comparativo, tra-zendo-as para nossa realidade: não estamos agindo assim dentro das nossas empresas, superestimando ou subestimando nossos concorrentes, centralizando as decisões em uma ou em poucas

editorial expedienteJaime Espósito de Lima Filho(PrESidENtE)

Celia Rejane Vidal Maciel(viCE-PrESidENtE)

Wanda Maria Freire Queiroz(1ª SECrEtáriA)

José Wellington Cordeiro(2º SECrEtáriO)

Maria Ivone de Lima(1ª tESOurEirA)

Elidaine Oliveira Severiano(dirEtOrA AdMiNiStrAtivA)

Antônio Gibson Quirino (dirEtOr dE NúCLEOS EMPrESAriAiS)

Ednildo Barbosa Bezerra(dirEtOr dE PrOdutOS E SErviçOS)

Maria Rosimar da Silva(dirEtOrA dE rESPONSABiLidAdE SOCiAL)

Nivaldo Sampaio(dirEtOr dE MArkEtiNg)

José Elbson dos Santos AraújoJussara Pereira BarbosaMarcus Wellington Ferreira(CONSELhO fiSCAL)

Miguelito Rodrigues AlmeidaWellington NirlandyGenival Ferreira Xavier(SuPLENtES)

Elba Quirino(JOrNALiStA)

Gabriel Novaes(fOtógrAfO)

Kianda Comunicação(diAgrAMAçãO)

Gráfica JB(iMPrESSãO | 2.000 tirAgEM)

A nossa volta, os acontecimentos. Em nossas mãos, o poder de agir.

pessoas e fazendo tudo aos “trancos e barrancos”, sem critério ou planejamento? O resultado obtido com estes exemplos, nós já sa-bemos qual foi, e não podemos nos dar ao luxo de acreditar que foi coincidência ou azar.

Passada a Copa do Mundo, vieram as eleições, que trouxeram consigo uma conotação mais próxima da realidade, pois é a par-tir dela que podemos, senão definir, influenciar o que queremos para nossa sociedade. Por esse motivo, também é possível iden-tificar ligações do processo eleitoral com a gestão empresarial, principalmente no que diz respeito ao processo de tomada de de-cisão. fazer uma leitura do que aconteceu ao longo dos últimos anos, analisando contextos e cenários, definindo uma visão de futuro a partir do que fomos, o que somos e o que queremos ser, tudo isso embasado em informações que estão disponíveis para nossa análise, afinal, o que aconteceu é público, o que acontece é notório, e o que poderá acontecer a partir da nova conjuntura, que embora imprevisível, nos dá um norte a partir das propos-tas que nos são apresentadas. Mais uma vez, encontramos várias ligações em relação ao nosso cotidiano empresarial. Será que quando tomamos decisões, nos envolvemos de informações a fim de tomá-las da melhor forma? Ou as tomamos simplesmente com base em “achismos” ou simpatia com determinados fatores? vamos ser responsáveis com nossas empresas, assim como de-vemos ser com o futuro do nosso país, tomando decisões fun-damentadas e estruturadas, investindo nosso tempo na análise e no aprofundamento das informações. O resultado da tomada de decisão utilizando essa estratégia não é certeiro como dois mais dois são quatro, mas reduzem, e muito, a incerteza.

vamos utilizar estas e outras lições a nosso favor, como uma es-pécie de feedback das nossas estratégias, que poderão trazer no-vas perspectivas para o futuro. Eleições e Copa do Mundo. Não poderíamos falar em 2014 sem mencionar esses dois relevantes acontecimentos, afinal, foram eles, juntamente com outros fatores macroeconômicos, que ocasionaram inúmeros questionamentos na cabeça do povo brasileiro, no que tange ao consumo das famí-lias, ao crescimento econômico e ao fantasma da inflação. falar sobre o ano que está acabando sem percorrer por estes eventos é o mesmo que planejar o futuro de nossas empresas e ignorar o impacto de forças externas à gestão e que não possuímos controle direto, mas que podemos antever e nos preparar para elas.

Essa é a mensagem que gostaria de passar: que a forma como nos preparamos para determinados eventos, não apenas durante sua ocorrência, mas antes e depois, define muito onde podemos che-gar. devemos nos perguntar: dedicamos tempo para analisar o contexto e tomar melhores decisões? respeitamos as forças e fra-quezas dos nossos concorrentes? delegamos responsabilidades e reconhecemos a importância da nossa equipe? temos consciên-cia do que fomos, somos e o que queremos ser, refletindo essas ideias em nosso Planejamento?

Nós que fazemos a ACA, estamos sempre pensando em como ajudar nossos Associados a pensar criticamente a respeito dos seus negócios, seja simplesmente gerando e fornecendo conteú-do, como também através dos nossos produtos e serviços, pensa-dos e voltados para o fortalecimento da classe empresarial. Afi-nal, não cansamos de repetir que juntos, somos mais fortes.

uma ótima leitura e contem conosco, sempre.

Page 4: Revista aca 2014

07

Entrevista

Associativismo

Urbanização

Cultura e Turismo

Emprego

Saúde

Educação

Responsabilidade Social

Empresarial

Desenvolvimento

08

12

21

26

34

36

42

46

50

58

índice

Page 5: Revista aca 2014

08 09

A ACA teve o imenso prazer de entrevistar para esta nova edi-ção da revista, o pesquisador brasileiro da área de Engenharia de Software, Silvio romero de Lemos Meira, ex-cientista chefe e um dos fundadores do C.E.S.A.r (www.cesar.org.br), profes-sor associado da direitorio.fgv.br e provocador-chefe da ikewai, presidente do conselho do portodigital.org e batuqueiro do ma-racatu a cabra alada. Nascido em taperoá, no interior da Paraíba, é formado em Engenharia Eletrônica pelo instituto tecnológico de Aeronáutica (1977), especializou-se em Ciência da Computa-ção, com doutorado em computação pela university of kent at Canterbury (inglaterra) (1985).

Há alguns anos, a relação tecnologia x negócios era vista como algo restrito aos Departamentos de TI que, por sua vez, também eram tratados como “artigos de luxo” de organizações de gran-de porte. Como o senhor vê a quebra desse paradigma e qual a importância da tecnologia na gestão das micro e pequenas empresas, hoje em dia?

Estamos na quinta década de revolução, inovação e evoluções provocadas por tecnologias de informação e Comunicação, o que resultou em um processo de transformação digital na Socie-dade e Economia, que atinge, hoje, instituições de todos os tipos e porte, privadas e públicas. Até a década de 90, os efeitos des-ta transformação eram essencialmente corporativos: hardware era caro, complexo, grande, software era escasso, comunicações eram em banda muito estreita e somente o essencial escapava das empresas para as pessoas. Na década passada, vimos surgir os tablets e smartphones, resultado simultâneo da miniaturiza-

ção e aumento da capacidade e perfor-mance do hardware, incluindo as bate-rias, da simplificação dos processos de criação, distribuição e uso de software, incluindo a computação em nuvem e os mercados de aplicações. Agora es-tamos começando a ter conectividade de qualidade aceitável em escala global, muito superior a que havia há dez anos. A combinação de todos esses fatores faz com que se possa usar um smartphone e um serviço global, como WhatsApp, para um negócio muito pequeno cuidar do gerenciamento de relações com seus clientes. Porque os clientes e consumi-dores também têm um smartphone e usam a mesma aplicação. E isso vale para negócios de todos os tamanhos: conheço um gerente de bebidas de um grande supermercado de recife que avi-sa as novidades e promoções de vinhos aos seus clientes por WhatsApp. isso pode ser feito, da mesma forma, por um fiteiro em Arcoverde. Por qualquer um, em qualquer lugar. E é só um dos milhões de exemplos do que as tecnolo-gias que já temos possibilitam. Quando começar a era das coisas conectadas, da internet das Coisas, aí é que o bicho vai pegar.

Muitas pessoas ligam a palavra em-preendedorismo à criação de novos ne-gócios. Como o senhor definiria o em-preendedorismo em um sentido mais amplo?

há uma definição padrão do que é em-preender, e ela é antiga, de 1730, dada por um estudioso franco-irlandês, ri-chard Cantillon: empreender é tomar a decisão de produzir sob condições de incerteza de demanda e/ou mercado, assumindo os riscos para tal. Essa é a definição clássica e ao mesmo tempo a mais geral possível. É, também, a que nos permite diferenciar o criador e em-preendedor do empresário e gerente; os primeiros estão descobrindo algo, re-finando a oportunidade recém-desco-berta em um mercado que talvez esteja, também, criando e tentando entender como construir um modelo de negó-cios ao redor de sua invenção ou ino-vação; os segundos estão preocupados em coordenar os recursos existentes em um negócio já conhecido, tentando fazer com que os meios à disposição sejam apropriadamente distribuídos

entre os fins capazes de gerar mais valor atual para a organização. Claro que há pessoas e grupos que conseguem exer-cer estes papéis conflitantes ao mesmo tempo e com muito sucesso, e isso é o que, por sua vez, define as iniciativas de sucesso na partida e que consegue, por muito tempo, sobreviver em ambientes de negócios cada vez mais competiti-vos. A combinação essencial, em qual-quer negócio, em todos os mercados, é a articulação entre as capacidades em-preendedoras (as da criação de novos negócios, mesmo dentro da organiza-ção existente) e empresariais, que são as que mantêm e aumentam a performan-ce dos negócios existentes, agora.

O polo tecnológico estadual está, atu-almente, concentrado na RMR, con-solidado principalmente em torno do Porto Digital e com forte apoio de Ins-tituições como o C.E.S.A.R., por exem-plo. Como um dos líderes no movimen-to empreendedor em Pernambuco, há planos de expandir essa força para o interior do Estado? Há algo pensado ou já sendo feito nesse sentido?

É verdade que o polo de tecnologias de informação e Comunicações – es-pecialmente o de software e economia

criativa – está concentrado no recife. Em qualquer processo de desenvolvi-mento de novos mercados, que neces-sitam de conhecimento novo, existe esse tipo de concentração, que deriva da existência de um setor de formação de capital humano de alta qualidade. Acho que se podem traçar as origens do Porto digital, em certa parte, ao processo de transformação do que era o departamento de informática da ufPE em um dos maiores Centros de infor-mática da América Latina, com mais de 100 Phds em computação atuando, e é isso que o Centro é hoje. Ainda mais, o Centro de informática formou milhares de mestres e doutores e, em boa parte, ajudou a criar mais de duas dezenas de cursos de graduação e pós-graduação ao seu redor, tornando a área metro-politana do recife em um dos maiores espaços de formação de capital humano em tiCs do Brasil. O próprio C.E.S.A.r é um spin off do Centro de informática. A economia de tiCs é uma economia de pessoas – e sua educação, num pa-tamar de sofisticação mundial, pois se trata de economia global –, especial-mente em software. O Porto digital está ultimando os detalhes com o go-verno do Estado, para fazer dois pilo-

entrevista

Silvio Meira

Um dos ícones do empreendedorismo e da inovação no cenário brasileiro.

Page 6: Revista aca 2014

10 11

tos do que poderiam ser sementes de algo parecido com o Porto digital, em Caruaru e Petrolina, que têm um am-biente de formação de capital humano que pode ser o ponto de partida para um ambiente de inovação, criatividade e empreendedorismo sustentável. Por-que, ao fim e ao cabo, trata-se de um mercado, da contribuição de um setor do conhecimento científico, tecnológi-co e de negócios ao desenvolvimento econômico e social. dependendo do que acontecer em Caruaru e Petrolina, certamente haverá uma discussão sobre o que fazer depois, quando, como, onde e com que recursos. tomara que tenha Arcoverde no mapa. Eu adoraria voltar a morar aí, como morei por seis anos na década de 60.

A inovação está no cerne dos seus es-tudos e em seu DNA enquanto pes-quisador. Como as empresas devem trabalhar com a inovação a fim de

O movimento empreendedor vem ga-nhando força e destaque no contexto econômico atual brasileiro. Quais di-cas o senhor daria para alguém que sonha em empreender, mas ainda não sabe, exatamente, por onde começar?

Não pense que é simples e fácil. É com-plexo e difícil. A primeira e mais funda-mental dica é: vá trabalhar com quem já está empreendendo. Não com quem está empresariando. volte para a segun-da pergunta para ver a diferença entre os dois. É possível aprender a empreender, mas não há nenhum registro de sucesso nas tentativas de se ensinar a empreen-der. trata-se de algo prático, essencial-mente experimental, no contexto e no tempo dos acontecimentos. A segunda é: tente entender muito do seu assunto, do seu potencial negócio e do mercado dele, antes de começar qualquer empre-endimento. Sugiro a leitura do meu li-vro Novos Negócios no Brasil, que tem exatamente este foco: discutir o que são, ou o que poderiam ser, novos negócios no Brasil, não necessariamente novas empresas, mas novos empreendimen-tos de todos os tipos, dentro e fora de organizações já existentes. Não é um li-vro de fórmulas para empreender, coisa na qual eu não acredito e que faz parte da perigosa literatura de autoajuda, mas um livro que questiona muita coisa ao redor do processo empreendedor, que tem sido ponto de partida para muita gente repensar suas iniciativas.

Crédito fotos do entrevistado: Leo Caldas

tornarem-se mais competitivas no ce-nário atual?

inovação não é um fim em si mesma; inovação é a capacidade que qualquer negócio deve desenvolver para se mo-dificar e se adaptar a um ambiente de negócios mutante ou, quando tiver a combinação de desenho e energia para tal, mudar o ambiente de negócios ao seu redor. inovação é a única fonte de vantagens competitivas sustentáveis. E inovação, muitas vezes, não tem nada a ver com tecnologia. Peter drucker, um dos maiores estudiosos do tema, defi-niu inovação como a mudança do com-portamento de agentes, no mercado, como fornecedores e consumidores de qualquer coisa. Não tem tecnologia aí, e temos uma definição radical do que é inovação. uma definição que chama à ação, ao processo de redefinir o mundo e sua performance. A performance do seu negócio, nele.

Page 7: Revista aca 2014

12 13

As histórias de sucesso de empreendedores se repetem pelo país, com um fato interessante: cresce o número de empresas e profissionais interligados pelas associações comerciais. Na sua maioria, micro e pequenas empresas.

Estudos do Sebrae demonstram que empresas desse porte re-presentam 99,20% do total das empresas em atividade no país. Além disto, essas empresas são responsáveis pela geração de 57,2% dos empregos formais e são responsáveis por gerar 45% do Produto interno Bruto (PiB) de nossa nação.

de acordo com a Confederação das Associações e Empresa-riais do Brasil – CACB, o número de associações no país é superior a 2 mil, as quais representam cerca de 2,5 milhões de empresários, na sua maioria, micro e pequenas empresas. Segundo dados da federação das Associações Comerciais de Pernambuco (fACEP), hoje no Estado são, aproximadamente, 25 associações comerciais ativas.

comerciais ganham novo status porque representam, em cada comunidade, a condição de agentes de desenvolvimento forta-lecendo a economia local, a geração de empregos e a redução da informalidade. “Empreendedorismo e associativismo são aspectos fundamentais para transformar o Brasil num país de primeiro mundo, estabelecendo o desenvolvimento econômi-co através de negócios que possam crescer de forma sustentá-vel”, afirma Jaime.

Ele é enfático ainda em afirmar que essa forma de organização de empresas é um caminho importante para reverter números como os apresentados por estudos realizados pelo Sebrae, que apontam a taxa de mortalidade empresarial no Brasil, onde cerca de 50% das empresas encerraram as atividades com até dois anos de existência e cerca de 56% com até três anos e 59,9% não sobrevivem além dos quatro anos. diante dessa re-alidade, o próprio Sebrae passa a ser um grande incentivador das ações associativistas, e seus escritórios regionais possuem planos específicos para o desenvolvimento de determinados setores para cada tipo de região.

há 14 anos, a ACA aderiu a um desses planos inovadores com a participação do Sebrae, o programa Empreender, iniciativa da CACB, com ações em todo país. O programa é responsável pela reunião de empresários de um mesmo setor em núcleos, com objetivo de viabilizar ações e investimentos que dificil-mente poderiam ser realizados individualmente.

“O sistema associativo é considerado um meio de organizar grupos de interesse econômico, com necessidade de agregação e união de esforços. Através dele podemos desenvolver ações de interesse comum a todos, agregar setores e promover o de-senvolvimento econômico de uma região. No associativismo não há espaço para o egoísmo e as ações são pensadas para o bem comum”, ressalta Jussara.

Entre as vantagens de se organizar em grupos, ou Núcleos Se-toriais, como são conhecidos, estão: a potencialização da com-petitividade; a compra conjunta; o aperfeiçoamento tecnoló-gico; o marketing estratégico promovendo a comercialização; redução de custos e obtenção de melhores preços na aquisição da matéria-prima; aumento do poder de negociação; criação de uma rede, com identidade própria; obtenção de melhores condições para linhas de crédito, entre outras.Para a presidente da fACEP, Jussara Pereira Barbosa, há al-

gumas diferenças entre o comércio das cidades que possuem ou não uma associação comercial. Ela explica que uma cidade que conta com Associação Comercial possui maior poder de negociação para ações conjuntas, maior representatividade perante o poder público, maior interatividade entre os diver-sos setores da economia, maior visibilidade das ações perante sua comunidade.

Já as cidades que não possuem uma Associação Comercial tendem a ter um comércio um pouco mais frágil, com ausên-cia de planejamento estratégico que contemple ações voltadas ao seu incentivo.

O município de Arcoverde tem em pleno funcionamento sua Associação Comercial e Empresarial – ACA, com 298 associa-dos, também, na sua maioria, microempreendedores.

Segundo o presidente da ACA, Jaime Espósito, as associações

associativismo

Arcoverde aposta no associativismo para o desenvolvimento da economia localEssa força estratégica de iniciativa da ACA tem proporcionado a melhoria das condições locais de vida das pessoas, sob todas as suas dimensões, culminando com a ideia de desenvolvimento.

O RÁDIO

NÃOPARA DE

EVOLUIR. AGENTETAMBÉM.

BAIXE O NOSSO APLICATIVO

www.radioportalnet.com.brA r c o v e r d e - P E

O Empreender estimula programas de treinamento para a qualificação dos colaboradores e, com isso, melhora a quali-dade da empresa, facilita a relação empresário/fornecedor e proporciona a geração de mais empregos e o aumento da ren-da das micro e pequenas empresas.

Atualmente, na cidade de Arcoverde, esses grupos, através do Empreender, estão organizados em núcleos de artesões, conta-bilistas, gastronomia, hotelaria, mecânicos, moveleiros, pani-ficação, profissionais da beleza e mercadinhos. Neles, histórias de sucesso e muito aprendizado.

A cozinheira valdira ramos de Souza, com idade de 50 anos, é uma das empreendedoras que encontrou no Núcleo de gas-tronomia o apoio e incentivo para melhorar seu negócio. há mais de 20 anos que trabalha com alimentos, tendo como car-ro chefe o acarajé, sempre percorreu o caminho dos negócios apenas com o conhecimento que as experiências da vida lhes concederam.

Mas, já faz cinco anos que essa realidade mudou. Após inte-grar o Núcleo, onde trocam experiências e buscam soluções conjuntas para problemas comuns aos empresários do mesmo ramo, valdira sabe onde quer chegar e como fazer para alcan-çar seus objetivos.

Ela conta que entre as muitas vantagens de fazer parte de uma associação está a capacitação. “recebo orientação profissional, e já consegui expandir o cardápio acrescentando pratos como vatapá e bobó de camarão. isso reflete na conquista de mais clientes e, consequentemente, mais lucratividade”, explica.

As vendas acontecem no Ponto do Acarajé da valdira, e em locais da cidade onde são realizados eventos. Apesar de apren-der o ofício com a mãe e primas, e daí tirar o seu sustento, a empreendedora conta que foi através do Núcleo de gastrono-mia que ela profissionalizou seu negócio.

foi também em busca de melhorias para seu negócio que a cabeleireira Marli Silva tenório procurou a ACA. dona de um salão de beleza, onde são oferecidos serviços de corte de cabe-lo, escova, colorimetria, progressivas, entre outros, ela lembra de algumas amigas falando sobre os benefícios de fazer par-te dessa associação. “fiquei curiosa, comecei a participar de cursos e depois entendi que, de fato, valeria a pena ser uma

Page 8: Revista aca 2014

14 15

associada. há dois anos faço parte do Núcleo de Cabeleireiro, participando de encontros com outros profissionais da área e de caravanas, onde ampliamos nossos conhecimentos”, explica Marli.

A profissional, que atua no mercado há 17 anos, lembra que não tinha quase nenhum conhecimento sobre empreendedo-rismo, até participar de palestras e cursos oferecidos pelo Se-brae, através da ACA, como o SEi vender e o SEi Planejar. Ela conta que muito do que aprendeu nos cursos tem colocado em prática em seu negócio e vem sentindo a diferença em traba-lhar conhecendo o que está fazendo.

Para o presidente da ACA, o movimento associativista gera hoje a força produtiva do município. gera empregos e fomen-ta o desenvolvimento, quebrando o isolamento da micro e pe-quena empresa. “Os empresários que atuam no mesmo ramo eram vistos como concorrentes e agora passam a ser colegas que atuam no mesmo setor, são parceiros em ações de interes-se mútuo”, completa Jaime.

Formação e funcionamento – Os núcleos setoriais surgiram no Brasil em 1991, fruto de um projeto de cooperação entre Câmara de Artes e Ofícios de Munique e Alta Baviera, e as Associações Comerciais e Empresariais de Santa Catarina. O modelo alemão foi adaptado à realidade brasileira, permitin-do, assim, trabalho mais participativo e orientado pela deman-da dentro das entidades empresariais. A partir dos resultados gerados, foi implementado o Projeto Empreender, parceria da CACB - Confederação das Associações Comerciais e Empre-sariais do Brasil e do SEBrAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, levando a ideia dos núcleos setoriais para todos os Estados da união.

Os Núcleos Setoriais elegem anualmente um coordenador, que fica responsável junto com o Consultor do Núcleo Setorial em tomar a frente aos trabalhos, envolvendo os nucleados no planejamento e trabalhando para que as ações efetivamente aconteçam. O coordenador pode se reeleger por mais de um ano ou integrar a diretoria.

um Núcleo pode atuar das mais diversas formas de acordo com a necessidade do segmento e do planejamento estratégi-co construído pelos próprios nucleados. Como exemplos de atividades estão em treinamentos e palestras específicas para o segmento, compras conjuntas, parcerias com fornecedores, troca de informações e boas práticas entre os nucleados, visi-tas a feiras, congressos e eventos, realização de eventos, repre-sentatividade do segmento, entre outras ações.

A frequência e os horários das reuniões são definidos pelos empresários, o que, normalmente, acontece quinzenalmen-te. A Associação Comercial e Empresarial de Arcoverde re-comenda que a primeira reunião do núcleo seja aberta pelo presidente da ACA, acompanhado pelo seu executivo e pelo consultor da entidade, e com a presença, também, do consul-tor do SEBrAE. As reuniões seguintes, geralmente, são mode-radas pelo consultor.

Aplicando metodologias de condução de reuniões, o consul-tor auxilia os empresários reunidos para identificar os proble-mas dos participantes; identificar suas necessidades; trocar

informações e experiências; decidir e realizar atividades de treinamento e consultoria; negociar com fornecedores e clien-tes sobre bens e serviços e buscar soluções em conjunto.

Através da cooperação, confiança no trabalho em grupo e a participação ativa no Núcleo Setorial, os participantes levam para discussões aspectos comuns aos segmentos e, em conjun-to, encontram soluções. Essas soluções fortalecem o segmen-to, desenvolvendo a sustentabilidade dos negócios.

Entre os resultados desse trabalho está que, antes os empre-sários que atuam no mesmo ramo eram vistos como concor-rentes e inimigos, agora, são vistos como colegas que atuam no mesmo setor, com experiências e problemas semelhantes.

Competição e cooperação – No dicionário, competir é sinô-nimo de “pretender uma coisa simultaneamente com outra, uma vantagem, uma vitória, um prêmio; luta, desafio, disputa, rivalidade”. Afinal, o mundo é assim, muitos querem a mesma coisa e não há para todos. E indo mais além, dá até para enxer-gar a competição em todos os seres vivos.

Muitos empreendedores pensam assim também. um famo-so educador e pesquisador examinou os argumentos usados para defender os sistemas competitivos. Ele concluiu que esses argumentos, na verdade, são mitos. um desses mitos susten-ta que a competição é natural ao homem. Não é. Estudos e pesquisas mostram que a ideia de competição não faz parte da natureza humana, mas é própria apenas das sociedades in-dividualistas, sendo culturalmente transmitida por meio da educação.

Outro mito afirma que a competição aumenta a produtividade e o desempenho. Esse mito é baseado na crença equivocada de que o sucesso depende de competição. Ele cita estudos e pesquisas para sustentar sua afirmativa. Pesquisadores anali-saram 122 estudos de desempenho em sala de aula realizados entre 1924 e 1980. desses, 65 estudos verificaram que a coo-peração produz desempenho melhor do que a competição, 8 concluíram o contrário e 36 não encontraram diferença signi-ficativa entre as duas formas de atividade.

E no final da década de 1970 outros pesquisadores estudaram 103 cientistas homens e verificaram que os de maior sucesso apreciavam tarefas desafiadoras, mas exibiam baixos níveis de competitividade. O mesmo resultado foi encontrado entre executivos, psicólogos, universitários, pilotos e funcionários de empresas aéreas.

um terceiro mito afirma que a competição forma o caráter, fortalecendo a autoconfiança. dois psicólogos do esporte, po-rém, depois de estudar cerca de 15 mil atletas, não encontra-ram suporte para essa crença. O que ocorre é, precisamente, o contrário. A competição é danosa porque faz a autoestima depender do resultado de uma disputa. Para manter a autoes-tima, o indivíduo passa a depender de vitórias seguidas, como se fosse um dependente químico que depende de doses fre-quentes da droga que usa. Ao contrário, o indivíduo psicologi-camente saudável possui um senso de autoconfiança que não depende de nada.

No entanto, especialistas da área de gestão afirmam que os

Page 9: Revista aca 2014

16 17

associativismo

Em virtude do ambiente empresarial altamente competitivo dos dias atuais, as empresas têm de serem flexíveis, altamente inovadoras, responsáveis, eficientes e terem vantagens com-petitivas.

Essas exigências requerem capacitação, qualificação, soma de força e planejamento. de forma segura e profissional a Asso-ciação Comercial e Empresarial de Arcoverde – ACA oferece serviços que atendem as necessidades e norteiam aqueles em-presários que desejam crescer.

Profissionalismo e competência fazem da ACA referência no cuidado com o empreendedor

A instituição já se tornou referência no que diz respeito ao apoio ao micro e pequeno empreendedor, aos profissionais e jovens em busca de estágio ou do primeiro emprego. Ao longo dos seus 56 anos de existência tem preenchido uma lacuna importante no desenvolvimento econômico e social do muni-cípio de Arcoverde e cidades circunvizinhas.

O cardápio de serviços é vasto, tendo alguns como carro che-fe. O Programa de Complementação Educacional, parceria com o instituto PrOE, CACB e fACEP, está na lista dos mais procurados. O programa consiste em um eficiente sistema de

líderes devem, sim, incentivar a competitividade dentro da corporação, porém, sempre com gerenciamento atento e fo-cado no equilíbrio. um ambiente carregado de conflitos pro-vocados por disputas pessoais pode acabar prejudicando o de-senvolvimento do trabalho em grupo e impedindo um maior rendimento dos profissionais.

Por outro lado, cooperar é interagir, é conseguir que os resul-tados almejados sejam trabalhados em equipe. A cooperação faz-se necessária em todo e qualquer trabalho pelo simples fato de que duas cabeças pensam melhor do que uma e traba-lhar em equipe é um desafio e ao mesmo tempo uma maneira de solucionar problemas e fazer com que os resultados positi-vos aconteçam.

Para tanto, é necessários cuidar do ego. A verdadeira equipe equilibra egos, ensaia com afinco a humildade de cada cola-borador, treina intensivamente o reconhecimento, incentiva, com firmeza, a satisfação de todos, zela pela paz e, finalmente, aposta no respeito e na transparência.

Equipes vencedoras são formadas por pessoas que não pen-sam somente em sua vitória pessoal, mas sim, no todo. vi-bram pelas conquistas dos colegas e entendem que o sucesso deles é também seu. “O trabalho em equipe permite a coope-ração entre profissionais com visões diferentes e complemen-tares, proporcionando a divisão e agilidade na realização das tarefas, utilizando melhor a competência de cada um dos seus membros”, afirma o presidente da ACA, Jaime Espósito.

Estudos mostram que, entre as vantagens do trabalho em equipe estão: aumento da motivação das pessoas envolvidas; níveis mais altos de produtividade; aumento da satisfação do funcionário, uma vez que o trabalho tende a ser mais interes-sante e menos rotineiro; ampliação das habilidades e compe-tências propiciadas pelos desafios em conjunto; maior flexibi-lidade organizacional, uma vez que as equipes enfocam mais os processos do que as funções e estimulam o treinamento multifuncional, que, quando necessário, uma pessoa da equi-pe pode substituir outra.

há, ainda, quem acredite que a melhor política é mesmo o misto de competição com cooperação para pessoas e empre-sas. Se a competição é inevitável, a solução é exercitá-la com qualidade, eliminando o aspecto nocivo da exclusão, da im-possibilidade de ganhos para todos os envolvidos. isto é, in-cluir os conceitos da cooperação na competição.

diCAS PArA trABALhAr BEM EM EQuiPE

1. SEJA PACiENtE – Nem sempre é fácil conciliar opiniões diferentes, afinal “cada cabeça, uma sentença”. Por isso, é im-portante que você seja paciente e pense antes de falar. Procure expor os seus pontos de vista com moderação e ouça o que os outros têm a dizer.

2. ACEitE AS idEiAS dOS OutrOS – Muitas vezes é difícil aceitar ideias novas ou admitir que nós não temos razão; mas, é importante saber reconhecer que a ideia de um colega pode

ser melhor do que a nossa. Afinal de contas, mais importante do que o nosso orgulho é o objetivo comum que a equipe pre-tende alcançar.

3. SAiBA dividir – Ao trabalhar em grupo, é importante di-vidir tarefas. Não parta do princípio de que é o único que pode e sabe realizar uma determinada tarefa. Se isso fosse verdade, o trabalho não seria “em equipe”, seria individual. Partilhar responsabilidades e informações é fundamental para o suces-so da equipe.

4. trABALhE – Não é por trabalhar em equipe que você deve relaxar nas suas obrigações. dividir tarefas é uma coisa, deixar de trabalhar é outra completamente diferente. Colabore com a sua parte e verá o resultado no final.

5. SEJA PArtiCiPAtivO E SOLidáriO – Procure dar o me-lhor de si e ajude os seus colegas sempre que necessário. da mesma forma, você não deverá se sentir constrangido quando, também, precisar de auxílio.

6. diALOguE – Quando você se sentir desconfortável com alguma situação ou função que lhe tenha sido dada, é impor-tante que explique o problema, para que seja possível alcan-çar uma solução que agrade a todos e não sobrecarregue nin-guém. A comunicação é fundamental.

7. PLANEJE – Quando várias pessoas trabalham em conjunto, é natural que alguns se distraiam ou se dispersam, por isso, o planejamento e a organização são ferramentas importantes para que o trabalho de equipe dê resultados positivos. Antes de iniciar um novo dia de trabalho decidam o que deverá ser feito durante aquele expediente. ter claro para si e para toda a equipe o que cada um tem a fazer torna o dia de trabalho mais motivador e produtivo.

8. ACEitE A idEiA dO ErrO – Quando todas as barreiras já foram ultrapassadas e a equipe é muito unida, existe a pos-sibilidade de se tornar resistente a mudanças e a opiniões dife-rentes. É importante que a equipe ouça opiniões e que aceite a ideia de que pode errar. Afinal, errar é humano.

9. APrOvEitE – O trabalho em equipe acaba sendo uma boa oportunidade de conviver mais de perto com os seus colegas, conhecê-los melhor e também, aprender com eles.

Page 10: Revista aca 2014

18 19

recrutamento, que permite às empresas e estudantes conve-niados a realização de um intercâmbio de trabalho na contra-tação de estagiários.

As vantagens do Proe para os estudantes são a chance coloca-rem em prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula/faculdade e o alto nível de exposição que eles têm do currícu-lo, com seu cadastro na internet. Para as empresas, além de um sistema eficaz de recrutamento de futuros profissionais, o serviço ainda reduz o investimento em tempo, salários e trei-namentos e mantém o espírito de renovação dentro da empre-sa, permitindo ao empresário cumprir com seu papel social na formação de novas gerações de profissionais. vale lembrar que o estágio não cria vínculo empregatício com a empresa e, por isso, não gera encargos trabalhistas.

Outro projeto de grande impacto é o Empreender, que pro-move o associativismo e o desenvolvimento empresarial atra-vés da organização das empresas e profissionais em Núcleos Setoriais.

A Associação também aposta na condução das empresas à mudança de atitude, através do projeto Empresa responsável. Em funcionamento desde 2011, o projeto tem contribuído para as relações sociais e institucionais entre a classe empre-sarial e a população de Arcoverde, promovendo o desenvolvi-mento sustentável através de programas de responsabilidade Social. único na cidade, e de grande sucesso, a iniciativa ga-nha cada vez mais adeptos, e juntos buscam soluções na área sócio ambiental, geração de emprego e renda, capacitação de jovens para o empreendedorismo e na coleta seletiva de lixo.

Essa última, além de garantir a proteção ambiental, promove a integração de vários setores da sociedade. do projeto, par-ticipam escolas, alunos e familiares, cidadãos da circunvizi-nhança das entidades participantes, catadores de resíduos e empresas responsáveis.

Outra área de atuação da Associação é em comunicação. A instituição produz, a cada dois meses o informativo, distribuí-do para os associados e parceiros, com matérias abordando as mudanças, melhorias, novas parcerias e assuntos de interesse do empreendedor. Mantém um site atualizado, www.acaonli-ne.com.br, com artigos e explicações detalhadas das atuações e benefícios promovidos aos associados.

Mais um veículo de comunicação promovido pela ACA é a re-vista, com edições anuais, recheada de informações relevantes sobre o desenvolvimento econômico de Arcoverde, emprego, bem-estar, associativismo, educação, entrevistas com nomes importantes no cenário estadual e nacional, responsabilidade social, cultura, turismo, entre outros.

Mais benefícios são proporcionados para os associados, como a organização de eventos de integração e comunhão entre empresários da cidade. São cafés da manhã, jantares empresa-riais, confraternizações, reuniões, palestras, entre outras ativi-dades, que propiciam maior interação entre os associados. Os eventos sempre têm palestras abordando temas atuais.

“Pensamos em todas as necessidades dos nossos associados, buscamos incrementar com mais opções de serviços e tornar

mais fácil o dia a dia dos nossos parceiros. Ainda oferecemos acesso ao vale transporte, banco de empregos, aluguel de salas para reunião, biblioteca e videoteca e diversos cursos”, acres-centou o presidente da ACA, Jaime Espósito.

Page 11: Revista aca 2014

20 21

UrBanização

“todo mundo tem direito à vida. todo mundo tem direito igual, motoqueiro, caminhão, pedestre, carro importado, car-ro nacional”, o trecho da música “rua da Passagem”, composta por Lenine e Arnaldo Antunes bem que poderia ser verdade, igualdade de direito para todos.

Mas, será que pessoas portadoras de algum tipo de deficiência vivem, de fato, o que diz a declaração universal dos direitos humanos? No seu artigo iii consta que todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

dados do instituto Brasileiro de geografia e Estatística (iBgE) indicam que 45,6 milhões de pessoas têm algum tipo de defi-ciência, o que corresponde a 23,91% da população brasileira. Essas pessoas, no seu dia a dia, convivem não só com suas pró-prias limitações, mas também com as limitações que a socie-dade, através de seu preconceito, impõe por meio de barreiras tanto atitudinais quanto arquitetônicas.

As barreiras para liberdade de locomoção estão nas ruas, cal-çadas, nos ônibus, prédios públicos, lojas, praças, parques,

museus, banheiros, na web e tantos outros lugares. Contudo, o amplo debate sobre os assuntos nas diversas esferas dos gover-nos, na mídia de forma geral, em empresas e instituições, tem, pouco a pouco, transformado pensamentos preconceituosos em efetivas ações de compreensão e respeito.

Acessibilidade significa organizar os espaços públicos e priva-dos de modo que se tornem seguros, saudáveis, adequados e equipados para que promovam o fácil acesso a todas as pes-soas sem distinção. A Lei nº 7.853/89 e o decreto nº 3.298/99 balizam a política nacional para integração da pessoa porta-dora de deficiência.

Essa população tem demandado uma grande atenção no que se diz respeito às políticas públicas e privadas, para tornar as cidades lugares mais acessíveis. O debate, que se intensifica a cada dia, vem despertando em governantes e na iniciativa pri-vada a atenção para a necessidade de criar e colocar em prática políticas e iniciativas que revertam o quadro da indiferença.

Arcoverde está no mapa dessas cidades que começa a enxer-

Acessibilidade e mobilidade urbana

A fruição do espaço público e a livre circulação nos espaços urbanos enquanto direito universal dos cidadãos tem constituído preocupação de entidades públicas e particulares, levando às mudanças importantes na cidade de Arcoverde.

Page 12: Revista aca 2014

22 23

gar a igualdade de direitos. Para garantir essa igualdade, várias entidades unem forças e transformam leis em iniciativas, que beneficiam cerca de 20 mil pessoas que, segundo Censo de 2010, possuem algum tipo de deficiência, sendo 6 mil destas com deficiência motora.

uma das instituições é a Autarquia de trânsito de Arcoverde – Arcotrans, responsável pela regulamentação e organização do trânsito na cidade e projetos que garantam a acessibilidade.

Segundo o Secretário da Autarquia, Wladimir Cavalcanti, re-centemente a cidade foi pioneira, na região, com a implanta-ção, pela Autarquia, de rampas de acesso. Cerca de 150 ram-pas foram construídas em espaços públicos, escolas e diversos prédios. As rampas obedecem às normas da Associação Bra-sileira de Normas técnicas - ABNt, na NBr 9050, de Setem-bro de 1994 e medem 2,2 metros em média, com sinalização horizontal e vertical.

Outro projeto que está para ser implantado é a substituição dos semáforos que ficam nas faixas de pedestres por um mo-delo sonorizado, com objetivo de garantir a independência e segurança dos portadores de deficiência visual.

O governo do Estado também está unido pelas mudanças no município de Arcoverde, que conta com o Programa Estadual PE Conduz, implantado pela Secretaria de desenvolvimento Social e direitos humanos - SEdSdh, por meio da Supe-rintendência Estadual de Apoio à Pessoa com deficiência – SEAd.

O serviço gratuito de transporte adaptado é voltado para pes-soas com alto grau de deficiência, que tenham comprometi-mento severo da mobilidade e que não apresentem condições de se locomover com autonomia nos demais meios de trans-portes coletivos. Em Arcoverde, são assistidos pelo programa pacientes que fazem tratamento no SOS rim Arcoverde, teste, Centro de fisioterapia dr. Luiz Coelho filho e Centro de re-abilitação Mens Sana.

Comércio e acessibilidade – Poucas empresas reconhecem o potencial comercial para pessoa com necessidades especiais, não o observando como consumidor em potencial, que paga impostos e que consomem tanto quanto alguém que não tem nenhuma deficiência. Quantos clientes as empresas perdem por ano, por não terem em seu espaço adaptações para pesso-as com necessidades especiais?

São portas estreitas, espaços apertados entre prateleiras, cal-çadas sem rampa, vestiários sem nenhuma adaptação como barras de apoio e pouco espaço para circulação e balcões fora da altura padrão. Muitos são os obstáculos que levam milha-res de pessoas portadoras de necessidades especiais ou com mobilidade reduzida a encontrarem as portas fechadas para a garantia dos seus direitos.

Apesar da existência de leis que asseguram os direitos como lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade re-duzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção

Em seus encontros com o público, são apresentadas fotos que mostram as histórias de constrangimento e falta de respeito a quem precisa de um pouco mais de atenção, são mulheres grávidas, idosos, mães com carrinho de bebê, cadeirantes ou pessoas com deficiência visual.

Outra forma de acessibilidade está descrita na lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que obriga as empresas com mais de 100 funcionários a contratar de 2 a 5% de Portadores de deficiên-cia, de acordo com o total de funcionários. diante dessa reali-dade, as empresas, em sua maioria – sem generalizar –, ainda encaram a Lei de Cotas apenas como uma obrigação legal.

Essa visão leva a empresa a adotar postura e ações equivoca-das, fazendo o mínimo necessário para cumprir a lei. Então, por que contratar um portador de deficiência? Primeiro, por-que os portadores de deficiência podem realizar a maioria das tarefas na sua empresa tão bem quanto os outros funcionários. Segundo, porque todos os cidadãos têm direito ao trabalho, ao consumo, ao lazer e a uma vida digna.

Existem empresas hoje no mercado, que promovem o desen-volvimento profissional da pessoa com deficiência, visando a sua inclusão, através da colocação profissional competitiva ou seletiva. Cresce, a cada dia, o número de depoimentos de em-presas felizes com a dedicação e a produtividade dos portado-res de deficiências contratados.

Com olhos humanos, várias instituições cuidam e geralmente treinam os portadores de deficiências, de acordo com sua li-mitação ou exigência, preparando-os para o universo do mer-cado de trabalho, desde o ensino do preenchimento de uma ficha de inscrição até a execução de determinadas atividades, possibilitando a contratação dos mesmos pelas empresas.

de acordo com a diretora de responsabilidade Social da ACA, Maria rosimar da Silva, é necessário desmistificar que cada deficiente intelectual precisa de um tutor ou que uma pessoa com deficiência faltará mais ao trabalho ou irá encare-cer os custos com plano de saúde.

Segundo ela, se o processo de inclusão for bem conduzido e implementado, com capacitação dos gestores, planos de aces-sibilidade, seleção séria, entre outros fatores, é possível veri-

ficar que a empresa não perde dinheiro optando por esse ca-minho. “inserir o profissional com deficiência no mercado de trabalho pode ser um caminho que, além de fazer bem para a sociedade e a organização, não precisa custar mais caro para o empregador”, completou.

Mobilidade urbana – dentro dessa diretriz, para driblar a realidade, as cidades estão implementando soluções mais sustentáveis, criativas e, até mesmo, ousadas, como pedágios urbanos, utilização de bicicletas, obras de revitalização, entre outras.

Apesar do avanço que representa a recente Lei da Mobilidade urbana Sustentável, as cidades brasileiras ainda engatinham na transformação e na utilização de seus espaços públicos.

O termo mobilidade urbana tem ganhado notoriedade nos es-paços sociais e debates políticos, dada sua relevância no que tange à gestão de políticas públicas nas cidades brasileiras, com vistas à melhoria de oferta de transporte coletivo, nor-matização sobre o uso intensivo de automóveis, dentre outros.

Algumas iniciativas colocadas em prática ganham visibilidade e servem de exemplo para outras cidades. Em funcionamento desde 2011, a Autarquia de trânsito de Arcoverde – Arcon-trans transformou o trânsito local, garantindo a mobilidade dos cidadãos.

Nas ruas vê-se sinalização, câmeras de monitoramento, semá-foros de lead, que garantem melhor visibilidade com menos gasto de energia. todos os equipamentos são compostos de lâmpadas de LEd de alta luminosidade e cronômetros regres-sivos para o sinal verde e o vermelho.

Os próximos passos serão a implantação da ciclovia, que já está com projeto elaborado, que contempla 7 km e 200m, com previsão para início das obras em 2015. A utilização de bi-cicletas é uma das saídas mais comuns adotadas por cidades ao redor do mundo para solucionar questões de mobilidade e potencializar a utilização dos espaços públicos. Esse meio de transporte, além de ser benéfico para a saúde, traz outras vantagens, entre elas, a redução da emissão de gases tóxicos na atmosfera e a possibilidade de utilização de recursos simples e de baixo custo para implantação do sistema cicloviário.

e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comuni-cação, muitas não são respeitadas.

Na luta pela garantia desses direitos destaca-se o Lions Clubs internacional, com 46 mil clubes e 1,35 milhão de sócios no mundo, um desses clubes está em funcionamento na cidade de Arcoverde. Entre as ações, estão as palestras de conscien-tização quanto aos direitos e deveres dos portadores de defi-ciência.

A frente dos trabalhos está o palestrante Major Marcelino Carvalho. O Major, reformado da PMPE, ficou paraplégico quando foi vítima de um acidente automobilístico em servi-ços, em 2007. de lá para cá, tem esbarrado em muitas dificul-dades, entre elas, as arquitetônicas.

Marcelino revela que existe um esforço grande na tentativa de mudar essa realidade, e os temas das palestras, entre outros, abordam as necessidades das lojas se adaptarem a esse público que consome e paga impostos como todos os outros.

Page 13: Revista aca 2014

24 25

Page 14: Revista aca 2014

26 27

A arte imita a vida e a vida imita a arte. Através dela podemos nos ver. Podemos perceber de qual forma nos comportamos em cada circunstância e rir disso. Através da arte podemos demonstrar todas as nossas decepções e sonhos. Podemos mudar de lugar na sociedade. Podemos ser reis ou ser pobres. Podemos morar no país que quisermos e ter o que quisermos. É um mundo de fantasia, assim como o teatro tem o poder de dar voz àqueles que ninguém escuta. Ele educa, alerta, sensi-biliza, transforma e, claro, provoca.

Não à toa, o teatro é uma das manifestações artísticas mais antigas do homem: suas origens remontam há mais de 4.500 anos, quando ainda estava ligado a práticas rituais e religiosas,

como as peças sagradas no Egito Antigo sobre o mito dos deu-ses Osíris e isis. fundamental na formação cultural de qual-quer povo, em Arcoverde é uma arte arraigada na história e vivência dos seus moradores.

Esse ano, a cidade recebeu, em agosto, a ii Mostra geraldo Barros de teatro e dança. A programação contou com espetá-culos e oficinas, com o objetivo de estimular a produção artís-tica do município e das cidades circunvizinhas.

Eventos como esse acontecem graças a uma nova estrutura para apresentações artísticas, o teatro do SESC, que foi total-mente reformado. O teatro geraldo Barros, tem capacidade

para 170 pessoas sentadas, com excelente infraestrutura de iluminação e som.

A homenagem a geraldo Barros se deu por sua importância para a cena teatral de Arcoverde. foi o idealizador, na década de 70, da EtEArC – Equipe teatral de Arcoverde, com a pro-posta de realizar espetáculos, oficinas, seminários, representar a cidade em festivais e mostras regionais. durante anos, o tea-tro prosperou em Arcoverde, ganhando espaço e conquistan-do adeptos.

Com a morte prematura de geraldo Barros, adormece tam-bém a Equipe teatral de Arcoverde. Mas não por muito tem-po. O ator e diretor Allan Shymytty assumiu a coordenação da EtEArC, com a proposta de trazer de volta atores e técnicos aos palcos arcoverdenses e proporcionar a troca de experiên-cias entre os grupos da cidade.

Em 2007, volta à cidade um filho da terra, romualdo frei-tas, com imensa experiência em teatro, para fortalecimento da arte local. Através do seu texto A paixão e a sina de Mateus e Catirina, nasce, no mesmo ano, a tropa do BalacoBaco, que realiza parceria com a EtEArC.

A peça conta o causo do Boi que tem sua língua roubada por Mateus para atender a um capricho de Catirina. O espetácu-lo conta com numerosa ficha técnica, incluindo músicos que executam números ao vivo, num trabalho criado para ser re-

presentado em espaços abertos, com a proposta de garantir a proximidade e participação do público.

Com a peça teatral, a tropa do BalacoBaco, pegou a estra-da para fazer apresentações em diversas cidades do Brasil e acumula prêmios como o recebido no 14º festival Janeiro de grandes Espetáculos, no ano de 2008, quando foi reconhe-cido como Melhor Espetáculo, direção, figurino e Maquia-gem e indicações para Música, Ator e Cenário; ainda nesse ano participou do 1º fEStLiP – festival de teatro da Língua Portuguesa – rio de Janeiro, levando o Prêmio de Espetáculo revelação fEStLiP; esteve presente na iX Mostra teatro de Serra talhada, levando o prêmio como Melhor figurino; em 2009 esteve na iv Mostra latino-americana de teatro de grupo, premiado como Espetáculo revelação. Em 2010, participou da mostra de teatro em tuparetama – PE, desta vez sendo aplaudido e premiado como Melhor Espetáculo, figurino e Maquiagem.

depois de A paixão e a sina de Mateus e Catirina foram mon-tadas outras apresentações como vade retro – A história do homem que vendeu a alma ao diabo, Para Eros e Thanatos e Quadrilha – um romance Sertanejo.

Teatro: uma arte arraigada na história de Arcoverde

cUltUrae tUrismo

Page 15: Revista aca 2014

28 29

cUltUrae tUrismo

A cidade de Arcoverde ainda é agraciada pela existência do grupo de teatro do SESC – o teatro de retalhos. O nome do grupo faz referência a sua formação, com atores de forma-ções diferentes, “costurados” pouco a pouco um ao outro, formando esse grande grupo de profissionais qualificados e determinados a levar alegria, reflexão, diversão e muito mais a homens, mulheres, jovens e crianças. Suas ações não se limitam ao presente deste grupo, mas trabalham pelo futuro da vida teatral arcoverdense, contribuindo para a formação de novos profissionais através de oficinas.

O despertar da Primavera é o Primeiro espetáculo do teatro de retalhos, tendo nascido com a formação dos alunos do curso de teatro do SESC Arcoverde. A peça levou um ano para ser montada, tendo sua estreia no dia 08 de novembro de 2008, no SESC Arcoverde. Essa montagem participou do i festival Entre em Cena, em Arcoverde; do 20º fEtEAg (festival de teatro do Agreste), em Caruaru; do ii festival Curta Peça, em Buíque; do 11º fEStEL (festival de teatro Estudantil de Limoeiro), onde recebeu prêmios de Melhor Espetáculo, Melhor direção e Atriz revelação, entre outros.

Ao mesmo tempo o grupo faz experimentações em mostras e festivais de esquetes, com as montagens Entre veias, quadros que abordam o amor, passeando por estéticas diver-sas; deve haver um Porto, cuja dramaturgia foi construída pelo grupo a partir de textos do escritor Caio f. Abreu; Quintanares, homenagem ao poeta Mário Quintana e romeu e Julieta – igual ao outro, só que diferente, uma versão do clássico Shakespeariano para satirizar fatos contemporâneos e o próprio fazer teatral.

Ousadamente, o grupo lança o espetáculo revolta no País dos retalhos, que conta a saga de José da Silva, um cidadão como qualquer outro que quer apenas viver com dignidade. Com a parceria de seu amigo Zequinha tapioca sai numa jornada à procura do seu lugar, entre líderes e políticos e entre os poderes vê-se rodeado de coligações e manifestações contrárias aos seus direitos. temas como acordos partidários, importância do voto e a relação poder-povo são constantes nas andanças de José da Silva. O espetáculo se passa num país com um cenário político tão absurdo que poderia ser o nosso.

No extenso currículo das criações do grupo, está a peça Aquelas Coisas, que nasceu neste ano de 2014. O trabalho aborda de maneira lúdica as relações com o outro, consigo mes-mo e com os objetos, num cotidiano marcado pela corrida contra o tempo.

Teatro de Retalhos

A união de talentos, força e determinação dos atores que fazem o grupo Teatro de Retalhos tem levado, cada vez mais, ao reconhecimento, com importantes premiações e ao gosto do povo, conquistando cada vez mais plateias.

Page 16: Revista aca 2014

30 31

BR 110- Próximo ao Povoado de Moderna FONE:(87)9102-7142Aberto aos: Sábados, Domingos e feriadosRua Nova, 19 Centro, Itaíba-PE

87.3849.1197

PE 87.3855.1133

Page 17: Revista aca 2014

32 33

Page 18: Revista aca 2014

34 35

emprego

As profissões do futuro estão surgindo a cada momento. A rápida evolução do mercado e as oportunidades econômicas decorrentes das grandes obras e da realização de grandes eventos no país têm exigido novos perfis de profissionais.

Assim, quais são as profissões que estão mais valorizadas pelo mer-cado de trabalho, hoje? E daqui a três, quatro anos, elas ainda serão as mais procuradas pelos empregadores? E quais são as áreas em que os profissionais devem enfrentar dificuldades para encontrar empre-go? Essas são perguntas comuns aos empreendedores, empresários e profissionais.

há menos de duas décadas não se pensava em consultar um webde-signer ou fazer um curso à distância vendo as aulas no computador. Se a tecnologia elimina alguns postos de trabalho, ela também cria novas profissões. O consenso entre futurólogos é que estamos en-trando em uma era de confiança na ciência como nunca vivemos e, por isso, em alguns anos sua profissão não vai mais existir nos mol-des de hoje.

Para identificar as necessidades do mercado no futuro próximo e como o jovem deve investir na própria formação educacional para aumentar suas chances de emprego, a fundação getúlio vargas re-alizou uma pesquisa que revela que o crescimento da economia nos últimos anos fez o Brasil esbarrar na dificuldade de encontrar mão de obra especializada em algumas áreas. Segundo o trabalho, que ou-viu representantes de 416 empresas de todo o país e analisou as 128

profissões com as melhores chances de sucesso até 2015, essa década será marcada por uma disputa por qualificação.

As áreas de petróleo, petroquímica, meio ambiente, construção civil e engenharia são as mais promissoras. Já no contexto dos trabalha-dores de produção, a pesquisa alerta para a importância da formação adequada. Ao projetar as perspectivas para 2015, a pesquisa revela que há uma crescente tendência pela terceirização de serviços em quatro segmentos: tecnologia da informação, jurídico, contabilidade e serviços gerais.

Estudos fazem projeções e apontam que uma das áreas que vai gerar mais empregos até 2030 será consultoria de bem-estar para idosos, profissionais capazes de articular diversas áreas da saúde para ajudar os velhinhos do futuro a viver melhor. São profissionais da área de saúde dispostos a construir pontes entre os pacientes da terceira ida-de e os serviços que podem trazer a eles melhor qualidade de vida.

Outro tema que vem suscitando um interesse crescente no país, a exemplo do que já vem ocorrendo em diversas partes do mundo, é dos empregos verdes, definido como postos de trabalho nos setores da agricultura, indústria, construção civil, instalação e manutenção, bem como em atividades científicas, técnicas, administrativas e de serviços que contribuem substancialmente para a preservação ou restauração da qualidade ambiental.

“Qualquer ocupação que possa ter um impacto positivo em termos de reduzir emissões de carbono e impactos ambientais pode ser considerada um emprego verde”, explica Paulo Sérgio Muçouçah, coordenador do Programa de trabalho decente e Empregos do es-critório brasileiro da Organização internacional do trabalho (Oit).

Os dados mais recentes da Oit indicam que há 2,9 milhões de tra-balhadores ocupando “empregos verdes” no país, 6,6% do mercado formal. O setor de transportes coletivos e alternativos aos meios ro-doviário e aéreo é responsável por 857 mil dessas vagas.

Além das vagas em atividades econômicas que contribuem para a re-dução de emissões e para a melhoria da qualidade ambiental, a Oit considera o potencial de criação de empregos verdes por setores ba-seados na exploração de recursos naturais e que dependem da qua-lidade ambiental: extração mineral e indústrias de base; construção, comercialização, manutenção e uso edifícios; agricultura, pecuária e pesca; e turismo e hotelaria.

Estudo do instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (iPEA) destaca alguns setores no Brasil que podem alavancar a criação de empregos verdes, entre eles, está a construção civil. A geração de empregos ver-des na construção civil depende dos cuidados dispensados em cada uma das etapas para a redução das emissões de gases de efeito estufa e a qualidade ambiental interna e externa para as edificações.

A cadeia de reciclagem é complexa, mas vem se profissionalizando à medida que as prefeituras e empresas têm que se adequar à Política Nacional de resíduos Sólidos, trabalho que vem sendo explorado pela Associação Comercial e Empresarial de Arcoverde e cresce a cada ano.

De olho nas novas profissõesEstudos mapeiam as áreas de conhecimento que deverão ganhar projeção no mercado de trabalho e exigir profissionais qualificados nos próximos anos.

Page 19: Revista aca 2014

36 37

saúde não estarem satisfeitos com sua aparência.

Então, cabe dizer que saúde e beleza podem e devem conviver em harmonia. Ouvimos tantas coisas sobre estereótipos, mídia e tipos de beleza, que parece até que ser bonita é errado. Que se cuidar é algo que tem que ficar em segundo plano, quando na verdade com-provadamente sentir-se bonita faz de nós melhores profissionais, melhores mães, melhores parceiras. Sentir-se bonita, nos faz feliz. vale lembrar que beleza não é pré-requisito para felicidade. Mas, é saudável buscar a boa forma de maneira consciente. respeitar os li-mites do próprio organismo possibilita que a transformação ocorra de maneira equilibrada, gerando não apenas beleza, mas também bem-estar e satisfação interior.

Quanto melhor for a aparência, melhor a pessoa vai se sentir. Não gostar do que vê no espelho é um dos grandes motivos que fazem a pessoa deixar de gostar de si mesmo. No entanto, cuidar da aparên-cia não quer dizer bancar a neurótica, exagerar na academia e fa-zer dietas malucas só para tentar conquistar um visual de modelo. tudo o que você precisa é encontrar formas de cuidar do seu corpo para se sentir bonita, saudável e bem disposta.

Segundo uma pesquisa encomendada pela dove, apenas 4% das mulheres se consideram bonitas. Muito além dos produtos e tra-tamentos de beleza, roupas e acessórios da moda, há várias coisas que fazem uma pessoa mais bonita. Muitas mulheres pensam que para estarem bonitas e de bem consigo mesmas é necessário muito dinheiro e tempo sobrando para passar horas em academias. Se enxergar mais bonita faz parte de um processo de autoaceitação, e que não vem de uma hora para outra.

Mas é claro que podemos dar uma forcinha e melhorar aquilo que nos incomoda e, para tanto, podemos recorrer à estética. É para nos ajudar, que as clínicas de estética oferecem uma variedade de serviços e produtos.

independente do número da calça, independente da cor dos olhos, independente de quantos tratamentos de beleza se faça por mês, tudo começa quando aceitamos que beleza é algo importante na nossa vida e descobrimos o que nos faz sentir bonita.

O Studio Qualityfisio é uma opção para quem está em busca de melhorias. A esteticista e fisioterapeuta Carla daniela é responsável por alguns “milagres” que deixam as mulheres de bem com o rosto,

Muitas pessoas ainda acham que a estética não passa de beleza. Es-tética também é sinônimo de bem-estar e saúde. A saúde pode ser definida como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, que não se restringe à mera ausência de doença ou enfermi-dade, ou seja, um estado positivo e multidimensional que envolve três domínios: saúde física, psicológica e social.

Autoestima é o valor físico e emocional que se dá a si mesmo. Quando o indivíduo está com sua autoestima elevada ele se sente mais seguro e confiante sendo capaz de desenvolver seus afazeres e até mesmo passar por seus problemas com maior facilidade, pois mesmo quando passam por problemas, estes indivíduos recupe-ram com maior rapidez o foco positivo das coisas e da vida. Com-pletamente diferente de indivíduos que perdem sua autoestima por

corpo e alma.

Na lista dos serviços estão tratamento antirrugas, limpeza de pele, massagem modeladora e relaxante, e o uso de máquinas modernas como a heccus. Essa tecnologia proporciona o combate à celulite, à gordura localizada e à flacidez. É uma combinação de técnicas que vem revolucionando o mercado, promovendo resultados re-ais e transformadores. trata-se de um gerador de ultrassom com corrente australiana. O aparelho possui três geradores com uma área efetiva e de potência realmente impressionantes. A corrente é responsável por gerar impulsos elétricos que estimulam o sistema linfático e os músculos, fazendo com que haja menos fadiga e dor. O método é não invasivo e praticamente não possui efeitos colate-rais. Muita gente vem apostando nesta técnica e conseguindo bons resultados.

Outra possibilidade é a Endermologia, sua principal ação é agir nos vasos linfáticos estimulando a eliminação de toxinas e gordu-ras presentes, acabando com as celulites, as gorduras localizadas, e o resultado é notado após a 5ª sessão, sendo que o ideal é fazer 10 sessões no mínimo, é claro que as regras podem mudar de acordo com o tipo do corpo. durante o tratamento é utilizado um apare-lho que funciona através de uma massagem feita por sucção.

Estética masculina – há alguns anos a vaidade masculina se resu-mia a cortar o cabelo e fazer a barba, diferente do cenário atual em que os homens não se limitam mais a oferta de produtos disponí-veis no armário do banheiro. ávidos por novidades, eles costumam procurar produtos e serviços específicos para suas necessidades.

uma pesquisa feita pela 2B Brasil research & Consulting, com ho-mens entre 25 e 64 anos, revelou que 82% dos homens acham im-portante uma pele bem cuidada. Quando se trata da forma física, 78% acreditam que um corpo esbelto e saudável é essencial.

dentre os tratamentos mais procurados pelo público masculino nas clínicas de estética, estão a limpeza de pele, peelings e massa-gens, mas eles também não dispensam os equipamentos, e inves-tem em microcorrentes, ultrassom, endermologia e radiofrequên-cia.

Cuidar da beleza também é cuidar da saúdeBem-estar, saúde e beleza começam de dentro para fora e com atitudes que realmente fazem a diferença.

Page 20: Revista aca 2014

38 39

saúde nuo e prazeroso esforço que é cuidar do corpo e da mente.

da musculação ao Yoga e Pilates – estas duas últimas mais cres-centes no meio fitness – aos tradicionais hábitos de caminhar e pe-dalar, chegando às artes maciais, todo organismo responde de ma-neira diferente para cada uma dessas opções de atividades físicas. Contudo, todas elas constituem um ótimo conjunto de exercícios para driblar as consequências de uma vida sedentária e sem muitos esforços físicos que proporcionem uma dinâmica menos impac-tante para o corpo e, consequentemente, para a mente humana.

uma das academias mais frequentadas é a do SESC Arcoverde, re-ferência no setor fitness, tem uma das melhores infraestruturas da região, além de oferecer vantagens especiais para quem é comerci-ário, os descontos que chegam a 50%.

de segunda a sexta-feira, das 6h às 22h, estão em funcionamento salas de aeróbica, composto por esteiras, bicicletas, estepes e sala de musculação, com cerca de 50 máquinas, que possibilitam ati-vidades dos membros superiores e inferiores aos 600 alunos ma-triculados.

uma das frequentadoras assíduas da academia é diana Maciel, 37 anos, que há três descobriu os benefícios da prática regular da ativi-dade física. Ela conta que começou a frequentar o local por indica-ção de amigas e, atualmente, faz musculação diariamente. “Mudei meu estilo de vida, com benefícios na saúde, estético e mental. Sou vendedora e fico muito em pé, no trabalho, com o exercício ganhei mais resistência e fico menos cansada no final do dia. Outra van-tagem é o relacionamento social, com a convivência, passamos a construir novas amizades”.

O local, ainda oferece hidroginástica e atividades esportivas como vôlei, futsal e natação. de acordo com informação da supervisora de Esportes, Monique falcão, a última modalidade é a mais procu-rada, com cerca de 400 alunos matriculados.

Não há dúvidas que atividade física é essencial para se ter uma vida saudável e boa disposição. Contudo, não são todas as pessoas que são adeptas à rotina de exercícios, como a musculação, por exem-plo. Muitos têm dificuldade em encontrar algo que dê prazer, em que consiga acompanhar e não se torne somente uma obrigação. uma opção de atividades que fazem bem para o corpo e que têm feito muito sucesso nas academias é a luta, tanto para homens

É cada vez mais recorrente a busca pela qualidade de vida e bem es-tar. desde a alimentação ao sono, o nosso modo de vida sofre influ-ência. A rotina que leva a acomodação e ao marasmo sem práticas de convívios sociais diferentes do estudo e do trabalho tem levado mesmo aquelas pessoas que estudam e trabalham intensamente ao cansaço físico e mental. diante disso, é que a prática de exercícios físicos para relaxamento, ou até mesmo para extravasar o stress é cada vez mais procurada.

Os relacionamentos sociais com família e amigos também repre-sentam causas boas ou ruins – dependendo da forma como uma pessoa se porta diante desses ambientes – para o corpo e a mente. Não bastasse tudo isso, para uma qualidade de vida razoável, é re-levante levar em consideração as condições não só da saúde, como também educacionais, econômicas, de habitação e saneamento bá-sico para circunstâncias positivas na busca da qualidade de vida e bem-estar.

Para a OMS, qualidade de vida reflete a percepção dos indivíduos de que suas necessidades estão sendo satisfeitas ou, ainda, que lhes estão sendo negadas oportunidades de alcançar a felicidade e a au-torealização, com independência de seu estado de saúde físico ou das condições sociais e econômicas.

A atividade física, realizada com regularidade, é uma das principais bases para a manutenção da saúde, em qualquer idade. Ela se torna

ainda mais importante para os idosos. isto, porque quando enve-lhecemos, o corpo sofre algumas transformações como perda da força muscular e diminuição da flexibilidade, da agilidade e da co-ordenação. todas estas alterações fazem parte do processo natural do envelhecimento, mas podem ser amenizadas através da prática regular da atividade física.

Mas, será que a atividade física influencia a avaliação subjetiva da qualidade de vida das pessoas? Pesquisas revelam que, de fato, as pessoas ativas ao longo da vida se avaliaram possuindo maior qua-lidade de vida do que as pessoas inativas, por, entre outras razões conseguirem lidar melhor com fatores estressantes.

Segundo a dra. Marilda Emmanuel Novaes Lipp, fundadora do Centro Psicológico de Controle do Stress (CPCS), uma entidade pioneira na América Latina que se destina a produzir conheci-mento científico e promover a profilaxia e o tratamento do stress excessivo, um dos quatro pilares do que é conhecido como o trei-namento em controle do stress é justamente a atividade física e este treinamento é todo baseado em pesquisas científicas.

Arcoverde é uma cidade que também desponta nos serviços que ofertam qualidade de vida e bem-estar. No mercado tão vasto, as academias de ginástica, artes maciais, musculação, dança e demais exercícios físicos que contribuem para o melhor condicionamento do organismo, estão presentes para a população desfrutar do contí-

quanto para mulhe-res.

Aulas que também estão disponíveis em Arcoverde. A acade-mia O2 é referência no assunto, oferecen-do quatro modalida-des o muay thai, judô, jiu-jitsu e MMA, que trazem benefícios para o corpo como maior flexibilida-de, músculos mais definidos e menos gordurinhas. A aca-demia funciona em horário estendido, das 5h30min às 21h.

há quem prefira movimentos mais suaves. uma opção são os exercícios de pilates que, recomen-dado para pessoas de todas as idades, ao enfatizar a respiração profunda e adequada, o alinhamento da coluna, e a concentração para um movimento sua-ve, proporcionam ao praticante a possibilidade de sentir a sintonia com corpo, e faz com que o exercício beneficie o corpo por inteiro.

O Studio Qualityfisio, em funcionamento na cidade há 7 anos, é especializado em aulas de pilates, oferecendo uma estrutura com máquinas, bolas e outros equipamentos. Sob a orientação do fisio-terapeuta e proprietário, Adilton Queiroz, cerca de 60 alunos sen-tem os benefícios da prática, entre eles, melhora da qualidade de vida, da autoestima e da coordenação motora, controle de peso e alívio das dores musculares. Para a colaboradora do Studio, Enódia Siqueira, o pilates é uma boa opção para deixar o corpo em forma, e sendo praticado 2 ou 3 vezes por semana o aluno já consegue ter um bom resultado.

Qualidade de vida, um benefício que não tem preço. Uma vida de qualidade envolve o bem físico, emocional e psicológico, o que implica no meio em que a pessoa vive, como são suas relações sociais, com família e amigos, e também como é sua saúde e bem-estar.

Page 21: Revista aca 2014

40 41

87 3821-3030 87 [email protected]

/shophospitalar.arcoverde

Av. Zeferino Galvão, 515 - Centro - Arcoverde - PECNPJ: 07.147.081/0001-04

ARCOVERDE TUPANATINGA ITAÍBA | I87 3821.2813 87 3856.1665 87 3849.1517

Av. José Bonifácio, 1121 - São Cristovão - CEP: 56.512-000 - Arcoverde-PEFone/Fax: (87) 3821-8100/ 3821-8119 - E-mail: [email protected]

www.hospitalmemorialarcoverde.com.br

Qualidade, Tecnologia e Segurança você encontra aqui!

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Page 22: Revista aca 2014

42 43

edUcação

Educação corporativa, que alguns chamam de educação em-presarial, é a aquisição da competência em empreender um forte processo de aprendizagem e gestão do conhecimento, de acordo com a visão e missão da instituição.

Muitos são os objetivos como, por exemplo, desenvolver com-petências essenciais para o sucesso da empreitada, desenvolver a prática das atividades, alicerçar crenças e valores da institui-ção, enfatizar a cultura empresarial e desenvolver a cidadania para o sucesso da instituição.

dessa forma, passa a ser mais do que treinamento empresa-rial ou qualificação de mão-de-obra. trata-se de articular coe-rentemente as competências individuais e organizacionais no contexto mais amplo da empresa, com a finalidade, geralmen-te, de contribuir para o processo de inovação nas empresas e ao aumento da competitividade de seus produtos ou serviços.

Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Arcoverde, Jaime Espósito, com a sociedade do conhecimen-to a educação corporativa é um diferencial para a empresa, procurando transformar oportunidades em negócios. “O co-nhecimento está nas pessoas e são elas que vão movimentar a

empresa”.

tendo em vista a importância desse processo de educação e a crescente demanda por parte das empresas, a ACA preen-che essa lacuna em Arcoverde, através de parcerias com o Se-brae. O Empretec é uma das opções para o empreendedor, um caminho para encontrar a melhor performance de cada um de nós, aprendendo a reconhecer, dentre nossas habilidades, quais as que temos que aprimorar e, dentre nossas deficiên-cias, quais devem ser trabalhadas.

O seminário capacita o empresário a enfrentar metas desafia-doras, além de aumentar o seu potencial para obter lucro em situações complexas e garantir a satisfação dos clientes, entre outros benefícios.

São identificadas e trabalhadas as 10 características de um em-preendedor de sucesso de acordo com estudos da ONu: busca de oportunidades e iniciativa; exigência de qualidade e efi-ciência; capacidade de correr riscos calculados; persistência; comprometimento; estabelecimento de metas; planejamento e monitoramento sistemático; busca de informações; persuasão e rede de contato; independência e autoconfiança.

No Brasil, o Empretec é realizado exclusivamente pelo Sebrae e já capacitou cerca de 200 mil pessoas, em 8.500 turmas dis-tribuídas pelos 27 Estados da federação. todo ano, o Empre-tec capacita em torno de 10 mil participantes.

Segundo pesquisa do Sebrae, os empreendedores que fizeram Empretec registraram um acréscimo de r$ 24,6 mil por mês no faturamento de suas empresas. Mais de 90% dos entrevis-tados confirmaram o aumento dos lucros após a conclusão do seminário e que aplicaram imediatamente mudanças em seus produtos e serviços com base nos conhecimentos adquiridos.

Mudanças que aconteceram na vida e negócios do empreen-dedor gildson Lira Barros, proprietário do restaurante guaia-mum Matuto. Ele define seu empreendimento com o antes e o depois do Empretec. “Essa oportunidade abriu meus olhos para enxergar como um bom empreendedor, que trabalha com planejamento, metas, dados e novas possibilidades, e tudo isso mudou completamente a forma de investir nos negócios, pro-porcionando mais rentabilidade e qualidade”, destaca Lira.

Empretec no Brasil – Ocupamos a terceira posição no ranking de países com o maior número de empreendedores – ficando atrás apenas da China e dos Estados unidos. uma parte signi-ficativa desta ascensão do empreendedorismo nacional passa pelo trabalho realizado no programa Empretec, que completa 21 anos de atuação no Brasil.

Com metodologia desenvolvida nos EuA desde os anos 60, baseia-se em estudos da equipe de david McClelland sobre a motivação para a realização. Nos anos 80, a ONu incorporou a metodologia e, em parceria com a MSi, dos EuA, e criou o workshop.

Apenas 11 anos mais tarde, o projeto foi introduzido no Bra-sil, no rio grande do Sul e em Santa Catarina. Só a partir de 1993 o projeto é assumido pelo Sebrae, que efetivou sua na-cionalização, tornando-se uma das maiores ações da história do Sebrae. Mais de 185 mil pessoas já passaram pelas mais de 8 mil turmas de formação organizadas em todos os 27 es-tados, fazendo do país um líder mundial de capacitação. O projeto é fruto da parceria entre o Sebrae, o PNud, a unctad (Conferência das Nações unidas para o Comércio e o desen-volvimento) e a ABC (Agência Brasileira de Cooperação, do Ministério das relações Exteriores).

FORME – No mesmo sentido de desenvolver competências relacionadas às atitudes e características empreendedoras com o objetivo de ampliar a visão de oportunidade de mercado e a utilização de boas práticas de gestão foi criado o Programa formação Empreendedora – fOrME, pela federação do Co-mércio de Bens, Serviços e turismo.

Em Arcoverde, o Programa também chega com apoio da As-sociação Comercial e Empresarial. Para a facilitadora Maria rosimar da Silva, a participação da ACA foi decisiva para que o fOrME chegasse à cidade. “Com essa iniciativa, desper-tamos um comportamento empreendedor nas pessoas, com retorno sentidos no desenvolvimento da região”, completou.

implantado há cinco anos no município, o fOrME é com-posto por aulas presenciais, com metodologias ativas, onde

Educação corporativa em focoCom essa ferramenta, a organização forma e alinha a equipe com a missão e visão da empresa e negócios, assim, forma um time mais capaz, altamente produtivo que encanta e surpreende seus clientes.

Page 23: Revista aca 2014

44 45

o professor constrói com a turma o conhecimento. Para cada turma são realizados 33 encontros, em um tempo aproximado de dois meses.

O conteúdo é dividido em 4 módulos capacitores. inicialmen-te, é feito um trabalho para melhoria da autoestima dos parti-cipantes. daí começa o trabalho sobre “Comportamento Em-preendedor”, seguido por “Oportunidade de Negócios”. Esta é uma fase importante dentro do processo, pois é quando há uma análise da conjuntura de mercado local. É, também nesse período, que se traça o plano de ação e se desenvolve o semi-nário a ser apresentado com base em uma empresa fictícia, a “cria”, organizada pelos participantes.

As próximas etapas são “Prática de gestão” e “Elaborando Plano de Negócios”. tudo isso culmina com a exposição dos trabalhos (segundo características da localidade) e do semi-nário a uma banca formada por instituições financeiras, que escolhem alguns dos projetos para financiar. Ao final do curso é realizada uma feira de Negócios, organizada pelos próprios alunos, onde eles apresentam seus projetos para o mercado de trabalho.

Educação à distância – O foco organizacional que antes pousava nas finanças (foco no mercado) migra, nesta última década, para o ser humano (foco individual) com o objetivo de potencializar e valorizar o conhecimento e qualidades dos funcionários e de toda a cadeia produtiva de valores, aprimo-

rando seu conhecimento individual e, consequentemente, o empresarial.

Contudo, no contexto organizacional, nem sempre é possível “abrir mão” de algumas horas de trabalho da equipe, mesmo que isso seja sinônimo de desenvolvimento dos talentos.

diante desse impasse, algumas organizações têm recorrido à EAd – Educação à distância – uma modalidade de aprendi-zado flexível que tem gerado resultados expressivos no meio organizacional e que permite ao aprendiz a possibilidade de se desenvolver de acordo com sua realidade e até mesmo interes-se de crescimento profissional.

Essa combinação de tecnologias convencionais e mídia digi-tal com atividades presenciais se valem de meios como in-ternet, intranet, televisão, videoconferência, teleconferência, Cd-rOM e novas tecnologias que surjam. O estudo pode ser individual e/ou em grupo, nos locais de trabalho ou à conve-niência do usuário, através de métodos de orientação e tutoria à distância.

Através da Educação à distância, a qualificação dos funcioná-rios é realizada em um tempo menor e com custos reduzidos, salientando que a economia de tempo pode chegar a 50%, e de custo a 60%, em relação aos cursos presenciais.

A EAd oferece flexibilidade na execução dos programas, amplia-ção da base dos treinamentos e do desempenho dos aprendizes.

Page 24: Revista aca 2014

46 47

responsaBilidadesocial

Preocupar-se com o outro, com o meio em que vive e agir em seu favor, essa é a essência da responsabilidade socioambiental, causa vivenciada in-tensamente pela Associação Comercial e Empresarial de Arcoverde, que encontrou no projeto Empresa responsável, uma forma de gestão para diminuir os impactos negativos no meio ambiente e comunidades, preser-vando recursos ambientais e culturais, respeitando a diversidade e redu-zindo a desigualdade social.

implantado em 2011, através do projeto, que conta com apoio de 56 em-presas, são investidos tempo e recursos nas áreas social e meio ambiente, o que vem mudando muitas realidades no município de Arcoverde. As em-presas participantes contribuem com uma taxa que é revertida em ações que vão desde a plantação de árvores à coleta seletiva.

Escolas também estão integradas ao projeto, especificamente, ao trabalho da coleta seletiva com a separação de plástico, metal, papelão e vidros. Atualmente, participam as escolas ivany Bradley, Conviver, Japiassu, Mon-senhor José kerly, Carlos rios, Noé Nunes ferraz, ErEMA, Colégio Car-deal, Colégio imaculada, e ainda as instituições SESC e fundação terra.

Aos poucos está sendo implantada em Arcoverde a cultura da sustentabili-dade, através de ações e atividades que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Nesse cenário, o município conta com a iniciativa e ações conscientes da empresa Edilimp, que produz material de limpeza, na linha doméstica e automotiva.

O crescente negócio que, além de Pernambuco, estendeu-se aos estados de Alagoas, Sergipe, Bahia e Paraíba levou a indústria a planejar a implemen-tação de um projeto que fizesse a reutilização das embalagens plásticas. Com o aumento da produção de plásticos e a falta de programas de ges-tão adequada de resíduos pós-consumo, que resultam no descarte inade-quado e na sua disposição nos ambientes terrestres e aquáticos, causando inúmeros impactos ambientais e afetando, inclusive, a saúde humana, a Edilimp assumiu para si, em 2004, a responsabilidade de tirar essas emba-lagens do meio ambiente.

Responsabilidade socioambiental é um dever de todos

É dever do cidadão cumprir o seu papel de tornar menos desigual a sociedade na qual está inserido. Este engajamento, individual ou coletivo, deve ser direcionado para a promoção do desenvolvimento sustentável.

Page 25: Revista aca 2014

48 49

utilizando a reciclagem mecânica, a empresa faz a conversão dos descartes plásticos pós-industriais ou pós-consumo em grânulos que podem ser reutilizados na produção de outros produtos, como sacos de lixo, solados, pisos, conduítes, mangueiras, componentes de automóveis, fibras, embalagens para todos os fins e outros.

todo material coletado proveniente das aparas das próprias emba-lagens, da compra de material para reciclar de catadores de lixo e produtores de material reciclado e das embalagens de consumidores finais, passa por um processo produtivo de moagem e lavagem, para tornar-se reutilizável na produção de novas embalagens. “utilizamos 100% do material reciclado em nossas embalagens, ganhando com-petitividade em preço e contribuindo para um planeta melhor para a futura geração”, informa a diretora da indústria, Elidaine tikinha.

Ela explica que a reciclagem mecânica só pode ser realizada em pro-dutos que contenham apenas um tipo de resina (só poliestireno ou só polipropileno, por exemplo). Ou seja, quanto mais misturado e contaminado for o resíduo, mais difícil será reciclá-lo mecanicamen-te, tornando essencial o trabalho de separação do material plástico previamente à coleta. “São necessários mais programas de coleta seletiva e logística reversa, para que a maior quantidade possível de plásticos possa ser destinada às recicladoras. A ACA tem desempe-nhado esse papel importante ao colocar em prática o Projeto Empre-sa responsável, que contempla a Coleta Seletiva”, destaca.

O projeto de logística reversa, que deverá ser ampliado ainda em 2015, prevê a captação maciça das embalagens em seu consumidor final. Segundo tikinha, a ideia é criar um cartão fidelidade onde a cada embalagem recolhida o cliente recebe um carimbo, e quando completar 10 carimbos, será possível fazer a troca por um produto acabado Edilimp, gerando assim, ganhos para ambas as partes.

Esse projeto será realizado com recursos da empresa como: cami-nhões, colaboradores, reciclagens e envolvimento de entidades mu-nicipais, que serão procuradas pela empresa para abraçar o projeto em questão.

Além dos benefícios proporcionados ao meio ambiente, iniciativas como a da ACA e Edilimp de retirar o lixo das ruas, geram emprego e renda, melhorando a qualidade de vida de homens e mulheres que fazem parte, por exemplo, da Associação de Catadores de resíduos.

Muitas mudanças vêm acontecendo na qualidade de vida e na ren-da dessas famílias que antes, quando coletavam sozinhos, ganhavam cerca de r$ 27,00 por semana e, hoje, unidos em uma associação, estão recebendo mais de um salário mínimo por mês.

Responsabilidade social – A ressocialização de detentos também faz parte das ações da ACA voltadas para a área social, sendo essa, uma iniciativa recente. Eles participam de oficinas do SEi ( SEi ven-der, SEi comprar, SEi empreender, SEi planejar e SEi controlar meu dinheiro).

Acompanhados por agentes penitenciários, esses homens parti-cipam das aulas em dias alternados e são integrados à sala de aula, sem que ninguém saiba que são presidiários. A descrição tem como objetivo principal evitar possível discriminação. Para um futuro pró-ximo, já está sendo viabilizada a participação no curso Próprio, onde vão aprender a iniciar o seu próprio negócio.

todos são responsáveis por promover um consumo conscien-te e justo – para quem produz, para quem compra e para o meio ambiente. Por isso, faça a sua parte e aja como um com-prador responsável, estando atento a todos os detalhes do pro-duto ou serviço que for consumir.

valorize empresas responsáveis, se informe sobre todos os impactos ambientais e sociais causados pela fabricação, trans-porte e venda daquele produto, busque a melhor relação entre preço, qualidade e atitude social nos produtos e serviços ofe-recidos no mercado.

A atual demanda mundial por recursos não é sustentável. Se todos no mundo comessem como o cidadão europeu comum, seriam necessários os recursos de três planetas. Se todos con-sumissem como o cidadão americano comum, seriam neces-sários cinco.

No entanto, temos apenas um planeta e para preservá-lo precisamos assumir a responsabilidade pelas mudanças, e o ponto de partida, claro, é o compromisso pessoal. É possível melhorar o ambiente mudando hábitos do cotidiano, como economizar água, consumir alimentos orgânicos, cultivar áre-as verdes, diminuir o uso de embalagens, entre outros. faça sua parte.

Com carreiras bem sucedidas, três empreendedoras Elidaine tikinha, Jussara Pereira e késsia vasconcelos, descobriram novos talentos, além de administrar seu próprio negócio: ajudar mulheres a administrarem a própria vida. Criaram o grupo inova, através do qual promovem eventos, ministram palestras que mostram como equilibrar vida pessoal e profis-sional, entre outros temas.

Além de feiras e grandes eventos de negócios, o grupo leva a cultura do empreendedorismo a públicos como mães de alu-nos em escolas, mulheres de uma mesma comunidade ou que fazem parte de projetos como o PE no Batente.

Consumo consciente

Sustentabilidade – compromisso de todos

Inova – empreendedorismo para mulheres

Page 26: Revista aca 2014

50 51

empresarial

hoje, muito se fala a respeito da importante contribuição de um coaching eficiente para o sucesso de uma empresa. Para começar, essa é uma palavra em inglês que indica uma atividade de forma-ção pessoal em que um instrutor (Coach) ajuda o seu cliente (Co-achee) a evoluir em alguma área da sua vida. Pode-se definir de diversas maneiras, porém, a essência do coaching é apoiar uma pessoa, grupo ou empresa de modo a ter atitudes que a levem de um ponto A (estado atual) a chegarem ao ponto B (estado dese-jado).

Apesar de consolidada no mundo, no Brasil a profissão é consi-derada nova. E Arcoverde já oferece essa novidade. Profissionais, empresas e pessoas contam com serviços como o da coach Eli-daine Oliveira Severiano, especializada pelo instituto Brasileiro de Coach – iBC, com foco em Life & Self Coaching e Ativação de Competências Pessoais e Profissionais, com certificado da Beha-vioral Coaching institute – BCi, uma das maiores e mais respei-tadas instituições de ensino de Coaching no mundo.

Atuando no mercado desde 2013, Elidaine é uma dessas profis-sionais que evitam que empresários com potencial não alcancem seus objetivos em decorrência de certas limitações. Entender a missão de vida, conhecer as limitações e pontos de melhoria e identificar as crenças sabotadoras que o impedem de ter uma liderança efetiva são alguns dos benefícios para quem usa seus serviços. Segundo ela, esse acompanhamento acontece, em mé-dia, durante dez sessões, com o tempo de uma hora, que podem ser semanais, quinzenais ou mensais, dependendo do objetivo do cliente e prazo por ele estabelecido para que seja alcançado.

“Muitas pessoas acham que coaching é um profissional que dá orientações aos outros profissionais, analisando a situação e di-recionando o cliente de maneira como nós consideramos me-lhor. Não é verdade, não damos as respostas ou o caminho a ser seguido. Nosso papel é fazer as perguntas certas, conduzindo o coachee às respostas que serão importantes para o seu desenvol-vimento e alcance de seus objetivos. Motivamos, orientamos e

apoiamos as pessoas a encontrarem seus valores e darem o me-lhor de si”, explica Elidaine.

um dos seus coachee foi Antônio gibson Siqueira. Ele lembra que sempre teve alguns projetos e desafios e nunca conseguia fi-nalizar, apareciam desculpas, outros projetos, mais tarefas, e essas coisas estavam deixando-o cada dia mais e mais frustrado. fez alguns cursos de administração do tempo, planejamento estraté-gico e tantos outros, mas não obtinha sucesso. Certo dia, pesqui-sando na web sobre essas carências, leu uma reportagem sobre o processo do coaching e ficou interessado. “Eu sabia que Elidaine havia feito um treinamento sobre isso e a procurei para iniciar-mos algumas sessões”.

Entre suas metas, a principal era organizar e abrir a própria em-presa de consultoria e oferecer serviços para várias empresas de Ar-coverde e região. Com as sessões, Antônio al-cançou o objetivo e hoje tem uma empresa que oferece serviços de con-sultoria e treinamento empresarial para em-presas em sua cidade, além dos municípios de Pesqueira, Custódia, Caruaru e recife. “A partir da quinta sessão já começamos a estru-turar os primeiros pas-sos e visualizar melhor um futuro que até então não estava nítido para mim. Nas três primei-ras sessões fiquei um pouco desconfortável por saber que eu era o principal responsá-vel pelas minhas atitudes e insucessos. depois começamos a uti-lizar ferramentas que me ajudaram a seguir no caminho certo e

eliminar barreiras que causavam fracassos e, consequentemente, angustias e desmotivações”, revela.

Segundo ele, nas últimas sessões, era perceptível a mudança de postura e confiança; a empresa já estava aberta e legalizada, com sede e ainda gerou outro empreendimento de treinamento que veio para agregar valor ao objetivo principal.

Antônio afirma que hoje está mais focado nas tarefas; deixou de ser procrastinador, sempre planejando muito bem a agenda. “Não ofereço mais desculpas por não ter concluído meus proje-tos e estou fazendo um planejamento estratégico pessoal para os próximos vinte anos da minha carreira profissional”, completou.

Em sua opinião, “o coa-ching é uma ferramenta que faz com que você saia realmente da sua zona de conforto e al-cance seus objetivos de forma planejada e com metas realizáveis; mos-tra que todos nós so-mos capazes de atingir nossos sonhos e realiza-ções, basta ter coragem e disposição para ouvir e seguir em frente”.

há diferentes tipos de coaching, cada um atendendo a um nicho específico de clientes. A meta a ser trabalhada pode estar em qualquer área da vida, tanto pes-soal, quanto profissio-nal.

Coaching: explorando competênciasDepois de passar pelo processo, o profissional consegue melhorar seu relacionamento com o trabalho. Ele passa a gerenciar melhor sua equipe e alcança bons resultados.

kalango.com.br Tel.: (87) 3821-3127 Watsapp: (87) 9932-2632Av. Severiano José Freire, 461 Centro Arcoverde - PE

Fabricamos cada jóia como se fosse única e especial, feitas para eternizar grandes momentos.

Jóias em ouro 750 prata 950

RELÓGIOS

Garantia eterna dometal e estrutura

Page 27: Revista aca 2014

52 53

tomar decisões é uma atividade que praticamos diariamente, de uma forma ou de outra. Podemos até mesmo tomar a decisão de não tomar nenhuma decisão. Escolhas eficazes é uma habilidade que pode ser desenvolvida.

Para auxiliar os profissionais responsáveis pelas decisões surgiu a tecnologia de tomada de decisão, que enquadra os principais níveis corporativos, através de sistemas de informação.

O papel de um gestor, por exemplo, exige que as tomadas de deci-sões sejam rápidas e inteligentes, para que o seu negócio acompa-nhe o dinamismo do mercado. Só consegue ter vantagem compe-titiva quem possui acesso a todas as informações relacionadas ao seu empreendimento com velocidade, precisão e confiabilidade.

A informação é um patrimônio, é algo que possui valor. Quando digital, não se trata apenas de um monte de bytes aglomerados, mas sim de um conjunto de dados classificados e organizados de forma que uma pessoa, uma instituição de ensino, uma empresa ou qualquer outra entidade possa utilizar em prol de algum obje-tivo. Para tanto, é preciso utilizar ferramentas, sistemas ou outros meios que façam das informações um diferencial.

E é aí onde pode entrar um bom sistema de automação, que é um recurso para transformar tarefas manuais repetitivas em pro-cessos automáticos, realizados por máquinas. O sistema auxilia na tomada de decisões, além de controlar todas as suas rotinas administrativas, como gestão de estoque, relacionamento com os clientes, controle de finanças e fluxo de caixa de maneira auto-matizada, aumentando a produtividade e a rentabilidade da em-presa.

foi enxergando essa crescente necessidade e buscando promover soluções de ti para micro e pequenas empresas, que o empre-endedor ivan Quirino decidiu entrar para o ramo. inicialmente desenvolveu diversos sistemas para os variados segmentos, como prefeitura, hospitais, oficina mecânica e algumas financeiras. Em 2000, oficializou a iQ Sistemas e especializou-se na automação comercial. desde então, em funcionamento em Arcoverde, a iQ é líder do mercado de sistemas para automação comercial na ci-dade e região, atendendo mais de 400 clientes, em 35 cidades dos estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Sergipe, e já possui filial na cidade de Caruaru.

Atualmente, ivan reside em frankfurt, na Alemanha, onde de-senvolve e pesquisa novas tecnologias, presta serviço e mantém parceria na área de ti. A cada quatro meses, ele está presente na sede da iQ Sistemas em Arcoverde, para acompanhar de perto o crescimento dos seus investimentos.

Segundo ele, a iQ Sistemas está comprometida em prestar um serviço de qualidade a seus clientes, buscando inovação, parceria, associativismos e novas soluções para promover o crescimento regional, além de promover um ambiente favorável ao desen-volvimento pessoal de seus colaboradores. Atualmente, conta com dez colaboradores e quatro parceiros, a indexa tecnologia, Phasys Compute, Escritório Líder e a Associação Comercial e Empresarial de Arcoverde.

Para informatizar uma empresa, o administrador não precisa comprar um software para controle de estoque, outro para nota fiscal, outro para contas a pagar, outro para controle de caixa, ou-tro para cadastro de clientes, outro para fornecedores, outro para contas a receber. A empresa oferece um conjunto de ferramentas de apoio para a administração de um negócio, desde o balcão até o controle de estoque e financeiro, facilitando todo processo do dia a dia de uma empresa.

ivan explica que a maioria das empresas que estão com a iQ des-de o início, expandiram seus negócios e abriram novas filiais, interligaram e hoje desfrutam desse benefício. “Apesar das adver-sidades e concorrências, as empresas têm clareza financeira do seu negócio. Por isso, afirmo que a decisão de implantar nosso sistema permite que a empresa obtenha um retorno de, no míni-mo, cinco vezes o valor de investimento”.

Como exemplo, o empreendedor diz que uma pequena empresa pagaria uma mensalidade de r$ 157,00 usando somente as roti-nas operacionais diárias do nosso sistema, terá um retorno de r$ 628,00 por mês.

A iQ Sistemas tem como principal produto a SiCE.net, uma plataforma de automação comercial que tem mais de 30 caracte-rísticas que a torna confiável e eficaz. Entre muitas, um eficiente sistema de cobrança de juros sobre o crediário (todas as empresas que vendem no crediário, os juros são superiores ao valor de in-vestimento); controle de giro de estoque e rotatividade, permi-

Tomada de decisão – uma habilidade para ser aperfeiçoada

Depois de passar pelo processo, o profissional consegue melhorar seu relacionamento com o trabalho. Ele passa a gerenciar melhor sua equipe e alcança bons resultados.

empresarial

Page 28: Revista aca 2014

54 55

tindo maiores promoções dos ítens sem giro; fluxo de caixa que não permite desvio financeiro e modelo de negócio padronizado que foi criado a partir do cenário real das empresas do segmento varejista e atacadista nos últimos 15 anos.

Ao adquirir o software é possível fazer a emissão de cupom fiscal (ECf), tEf (transferência eletrônica de fundos (visa, redecard, amex, hiper), controle de estoque, controle de vendas, comissões, controle de clientes, contas à receber, mala direta, relatórios e gráficos 3d. Seu principal produto é voltado para as empresas do segmento varejista e atacadista de todos os portes.

“Em 99% dos casos, nosso sistema é suficiente para se adequar e aten-der as necessidades do cliente que deseja fazer automação comercial. Sendo uma solução robusta para empresas, fazendo a integração en-tre matriz e filiais, gestão de estoque, formação de preços e sugestões de compras, controladoria de clientes, de comissão de vendedores e cobradores, integração bancária, entre outras.”, ressalta o gerente de Produção Willian Siqueira Alexandre.

A empresa também desenvolveu o SiCE.Mobile, que através do smartphone e tablet, podem ser acessados os dados de onde o usu-ário estiver; SiCE.pdv (frente de caixa); iEfd (geração de arquivos conforme exigências do fisco); SiCE.web (acompanhamento online dos processos da empresa na internet) e SiCEgNf-e (emissão de no-tas fiscais eletrônicas).

Atualmente estão trabalhando em projetos de desenvolvimento de aplicações para smartphones e tablets usando Cloud Computing (Computação em nuvem). desenvolvimento de aplicações com base no htML5 e padrões da WEB 2.0 e seminários de uso da plataforma SiCE.net pela equipe de suporte.

Nota Fiscal – O SiCEgNf-e, uma adesão opcional na compra do SiCE.net, deixa de ser apenas uma solução para agilizar processos, mas para atender a exigências legais. É sabido que o uso de nota fis-cal eletrônica tornou-se obrigatório, para atender a determinação da Constituição federal, que determina às administrações tributárias da união, dos Estados, do distrito federal e dos Municípios a atuar de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais.

Em vigor desde o dia 15 de setembro de 2006, a Nf-e substitui a nota fiscal impressa modelos 1 e 1ª e tem tecnologia desenvolvida a fim de garantir a segurança da informação, tais como certificado e assi-natura digital.

Essa segurança pode ser garantida por uma das principais empresas de certificação do Brasil e América Latina, a Certisign, que mantém parceria com a Associação Comercial e Empresarial de Arcoverde, única representante da marca na cidade de Arcoverde.

Entre os certificados emitidos através da ACA estão o e-CNPJ, emi-tido para empresas, oferecendo validade jurídica aos atos eletrônicos realizados por uma empresa na receita federal; o e-CPf utilizados por pessoas físicas, identificando uma pessoa na internet; o certifi-cado Nf-e é emitido para o envio de notas fiscais eletrônicas, que permite delegar ao funcionário responsável à titularidade deste certi-ficado; já o Ct-e A3 tem validade de 36 meses, é indicado para quem quer emitir documentos fiscais eletrônicos para transporte de carga e indicará com titular do certificado digital um funcionário que fará a emissão dos documentos fiscais eletrônicos para transporte de carga.

Page 29: Revista aca 2014

56 57

Planejamento Estratégico

Gestão com Pessoas

Planejamento de Marketing

Treinamento

Planejamento Estratégico

Gestão com Pessoas

Planejamento de Marketing

[email protected]

(87) 3822.4408

(87) 9106.1515

(87) 9625.3555

“Contamos com toda variedade de produtos e soluções para di-versas necessidades, proporcionando segurança e sigilo nos mais diversos processos. Além disso, trabalhamos com uma empresa que se destaca pelo pioneirismo”, informa a vice-presidente da ACA, Celia rejane vidal Maciel.

Segundo Celia rejane, são muitas as vantagens de se obter um certificado digital, como redução de fraudes na comunicação di-gital; aumenta a confiança em transações eletrônicas; dispensa o reconhecimento de firma em cartório; diminui a burocracia; ga-rante privacidade, entre outras.

recentemente a empresa lançou no mercado o primeiro aplicati-vo para compra, agendamento da validação presencial e emissão do Certificado digital. “A rotina das pessoas, de forma geral, exige mobilidade. E nós, líderes do segmento, temos que acompanhar essa tendência. Com o APP da Certisign não há mais necessidade de se conectar a um computador para comprar um Certificado digital. do táxi, do aeroporto, seja de onde for, é possível solicitar o documento eletrônico e já agendar a validação presencial, que é parte essencial do processo, em um dos mais de mil pontos de atendimento espalhados por todo o Brasil. Basta ter um celular ou tablet com conexão à internet”. Explica Maurício Balassiano, diretor de tecnologia da Certisign.

Page 30: Revista aca 2014

58 59

A construção civil e os empreendimentos imobiliários se firmam como ramo produtivo em expansão. No interior de Pernambuco na cidade polo do Sertão do Moxotó, Arcoverde, também deu um salto na expansão e qualificação dos serviços relacionados a este setor. Não poderia ser diferente, pois Pernambuco é o estado do Nordeste que teve impulsionada a construção civil, a partir dos grandes empreen-dimentos recém-chegados de Suape ao Sertão.

A região que compreende Arcoverde se beneficia também pelo fator geográfico para o mercado internacional, pois o Nordeste é a região brasileira mais próxima dos mercados europeus, o que lhe confere vantagens consideráveis no comércio internacional. É, portanto, um cenário animador para quem deseja construir, para quem comercia-liza produtos e serviços, bem como para as grandes indústrias forne-cedoras de matéria-prima e manufaturados.

Nesse cenário, incorporadoras que atuam em segmentos tradicio-nais (residencial, escritórios, galpões, etc.) tem olhado cada vez mais para a região e investido nos loteamentos e comunidades planejadas. há empreendimentos para todos os gostos e necessidades. Basta se empenhar um pouco nas pesquisas que certamente encontrará o que procura a um custo atraente.

Como o investimento inicial é baixo e o potencial de valorização é alto, os loteamentos estão na mira tanto de quem espera para re-vender, quanto quem deseja construir um imóvel para morar ou ter uma segunda residência. Os loteamentos fechados residenciais des-pontam como tendência no ramo imobiliário, dizem especialistas. Com taxas de manutenção menores se comparadas às praticadas pelos condomínios horizontais, esses loteamentos conquistam boa parte das pessoas que buscam por moradias mais seguras e bairros tranquilos para os filhos. O grande crescimento chama a atenção de investidores, incorporadoras e compradores, apesar do pouco inte-resse dos Bancos e do governo em oferecer e incentivar linhas de crédito para o setor.

Como os loteamentos são, em geral, afastados das áreas centrais, a disputa por clientes na mesma região é menor, segundo o analista de construção civil da BES Securities, Eduardo Silveira. Ele afirma tam-bém que, devido aos valores médios dos terrenos inferiores aos que são destinados aos empreendimentos residenciais, há menos “ânsia” para girar o ativo, o que reduz a chance de excesso de oferta.

um empreendimento em especial tem se destacado em Arcoverde, pela ousadia em tamanho, preço e qualidade das obras. É o lotea-mento vila Cardeal, situado às margens da Br-232, entre o bairro de São Cristóvão e o distrito industrial, bem no início de uma das extremidades da zona urbana de Arcoverde.

Empregos e oportunidades de negócios no mercado da construção civil

O setor da construção civil em Arcoverde está com boas oportunidades para compra de empreendimento e em busca de profissionais qualificados.

desenvolvimento

A equipe da rocha se debruçou sobre o projeto do loteamento em Arcoverde, com a proposta de que fosse um produto acessível, mo-derno e atendesse as novas exigências do mercado consumidor, bem como a legislação ambiental e relacionadas ao espaço territorial, no caso de novos loteamentos em cidades em crescimento.

No local há áreas reservadas para instalação de escolas, comércios, praças ou outros equipamentos públicos. Contará com um reserva-tório de água próprio, para minimizar os problemas com o raciona-mento. terá também o meio fio, e uma avenida principal de acesso duplicada e asfaltada. voltado para o lazer, a rocha está construindo uma praça arborizada com quadra poliesportiva e academia da ci-dade.

Além de toda infraestrutura interna, a rocha projetou e aprovou junto ao dNit um trevo de acesso ao loteamento, com pistas de ace-leração e frenagem para garantir um acesso tranquilo e seguro à vila Cardeal Arcoverde.

A facilidade de pagamento e preços acessíveis a uma aceitação ex-traordinária, em seus lançamentos, tinham mais de 1.200 pessoas na fila, e, ainda pela manhã, foram atingimos 78% de todo o volume dos lotes residenciais.

No financiamento, os clientes encontraram muita facilidade, poden-do ser em 60 vezes fixas. Sem reajuste, sem juros e com entrada de apenas 5%. Ainda em 100 vezes reajustáveis pelo igPM anual, tam-bém com entrada de 5% ou pagando a vista, com 20% de desconto no preço que já é o mais baixo do mercado.

Grupo Rocha – Sob forte demanda do mercado imobiliário, a cons-trutora responsável, imobiliária rocha, vem atuando no setor desde junho de 1982, atendendo na Avenida Major Antônio rufino de Barros, 1546, em Salgueiro, cidade polo do Sertão Central de Per-nambuco. As filiais de Petrolina e Olinda vieram depois, em 1989 e 1996, respectivamente, ambas apenas representando a marca com lojas de materiais de construção, para em seguida sediarem escritó-rios que passariam a oferecer mais serviços.

tradicional exemplo de dedicação e competência, a imobiliária ro-cha vem atendendo a um público e região cada vez maiores, agregan-do aos seus serviços a credibilidade que garante a tranquilidade ao cliente, ao receber um produto elaborado pela sua equipe. Já possui o certificado de qualidade iSO 9001, conquistado em 2008 e o cer-tificado de qualidade PBQP-h (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do habitat), concedido pelo Ministério das Cidades.

Soube criar as condições e atender as necessidades e exigências do público para que, de maneira crescente, pudesse se tornar referência

Page 31: Revista aca 2014

60 61

entre empresas do ramo em Pernambuco. Não se restringiu apenas a um tipo de cliente e de início já oferecia produtos e prestação de serviços para os setores público e privado.

tem como principais clientes na esfera pública a Ad diper (Agên-cia de desenvolvimento Econômico de Pernambuco), a Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento de Pernambuco), o dNOCS (departamento Nacional de Obras Contra a Seca), urB recife (Empresa de urbanização do recife), a COdEvASf (Compa-nhia de desenvolvimento dos vales do São francisco e do Parnaíba), dEr-PE (departamento de Estradas e rodagens de Pernambuco), Suape Complexo industrial Portuário, dentre prefeituras de cidades do Sertão, como Petrolina, a região Metropolitana, a exemplo de Olinda.

há uma crescente preocupação em não sobrecarregar o solo com edificações sem base ecológica ou que, minimamente, não respeitem o meio ambiente, além do impacto territorial para uma cidade de médio porte, como é o caso de Arcoverde. Pensando nisso é que a rocha também desenvolve consultoria através da sua equipe de en-genharia.

A locação de equipamentos também é desempenhada pela imobi-liária rocha, sendo nessa área, uma das mais completas da região. da obra particular de uma residência, passando pela construção de conjuntos habitacionais, até chegar aos grandes empreendimentos, a rocha tem demonstrado responsabilidade e, por isso, a solidez é cada vez mais forte.

Cautela na hora da compra

O baixo custo de manutenção, a maior valorização com o passar dos anos e a estabilidade tem feito com que o lote tenha se tornado uma das principais formas de investimento, seja para moradia ou como uma alternativa de renda. Porém, a decisão de compra deve ser am-parada por cuidados básicos para evitar problemas futuros.

1° – verifique o histórico da empresa responsável pelo loteamento, peça referências sobre os loteamentos lançados anteriormente e vi-site-os.

2° – Examine quais os serviços essenciais que estarão instalados, quem irá administrá-los e se o loteamento é fechado ou aberto. isso é fundamental na hora de escolher um bom empreendimento.

3° – visite o local. Conhecer o ambiente em que se deseja adquirir um lote é fundamental para conhecer a infraestrutura das ruas, ilu-minação, segurança e verificar a demarcação dos lotes.

4° – Confira no registro de imóveis o registro do loteamento, as li-cenças e a aprovação do projeto. É recomendável também verificar informações junto aos órgãos ambientais e prestadores de serviços públicos de água e luz. Sobre a obra, deve-se buscar a Associação das Empresas de Loteamento e desenvolvimento urbano (AELO), que confere um “Selo de regularidade de Aprovação” às obras regulares.

5° – Consulte o Conselho regional de Corretores de imóveis (Creci) para verificar sobre a idoneidade da empresa corretora.

6° – Loteamentos irregulares não se preocupam muito com o futuro de seus recebimentos. Por isso, antes de concluir o negócio, verifique quem financia o parcelamento e qual documentação é exigida.

Page 32: Revista aca 2014

62 63

7° – Para efetuar o pagamento, você deve dar a entrada ou sinal com cheque nominal à empresa, além de exigir um recibo de sinal e um contrato que descreva de forma detalhada o empreendimento.

8° – É necessário olhar com atenção a documentação do lote. Caso o lote seja irregular, a documentação irá denunciar se ele está instalado próximo a áreas de mananciais ou de proteção ambiental.

9° – duvide dos preços baixíssimos, isso pode significar que o terre-no está sendo colocado em nome de uma associação de moradores e uma quota irregular vendida.

10° – uma das principais prioridades é verificar a matrícula indivi-dual do lote, que garante ao proprietário que aquilo não é fruto de uma ocupação irregular. Essa conferência pode evitar 95% dos pro-blemas que podem ser descobertos com a compra de terrenos.

Antes investir, ainda é necessário entender as políticas que regem condomínios e loteamento. Eles não são a mesma coisa. Cada um é regulado por uma lei diferente; o primeiro, pela Lei 6.766; o segundo, pela 4.591.

Nos condomínios, por exemplo, a gestão fica a cargo de apenas um síndico; já nos loteamentos, ela é exercida por diretoria executiva e representada por, no mínimo, dois diretores – presidente e tesourei-ro. No tocante à opção pela administradora do empreendimento, nos condomínios, a escolha é feita por assembleia geral; nos lotea-mentos, os dirigentes são os responsáveis pela escolha.

Condôminos têm o direito legal de restringir a entrada de pessoas estranhas; nos lotes, a restrição perimetral pode ser adotada somente com termo de concessão de direito real de uso de área pública, obtida junto à prefeitura local.

FORMAÇÃO TÉCNICA – As grandes perspectivas profissionais da construção civil têm atraído diversas pessoas para o setor. de acordo com o Ministério do trabalho e Emprego, temos no Brasil 3,5 milhões de trabalhadores da construção com carteira de trabalho assinada. No Nordeste são 845.789 e em Pernambuco, 156.531.

A remuneração do segmento da construção civil também tem se tornado atrativo. habitualmente, engloba o salário base de cada uma das categorias, horas extras e/ou a produtividade do trabalhador. de acordo com tabela Nacional da Construção Civil, um técnico em Edificações, por exemplo, ganha, em média, r$ 4.710,30. Já um Mes-tre de Obras, o salário está em r$ 6.284,20.

um Operador de Escavadeira, Motoniveladora e Pá Carregadeira, por exemplo, pode ganhar até r$ 5 mil, conforme o nível de quali-ficação do profissional. Para um Eletricista Predial a remuneração pode chegar a r$ 3 mil. um pedreiro, por sua vez, ganha até r$ 4 mil mensais.

de olho nesse mercado, que o município de Arcoverde expande na oferta de cursos na área da construção civil, para treinar quem deseja se inserir no ramo, qualificar quem já atua há algum tempo e consoli-dar com boa capacitação as empresas ou microempreendedores que tem se destacado nos últimos anos.

As oportunidades chegam através da parceria da Associação Comer-cial e Empresarial e o Centro Profissional Especial/Acesso Nordeste. Pioneiros na região, na oferta de aulas profissionalizantes na área da construção civil, disponibilizam quatro modalidades de formação: Edificações, Estrada, Segurança no trabalho e Eletrotécnica.

O grupo Acesso oferece preços acessíveis e cursos com abrangên-cia e desenvoltura, medidas pelos resultados e impactos positivos na área, além de certificação para atuação nacional e com reconheci-mento das grandes instituições e órgãos públicos e reguladores. Os valores das mensalidades variam entre r$ 185,00 a r$ 198,00, com descontos especiais para os associados da ACA.

Segundo o coordenador do polo, Ediclayton feitosa Alves, os des-contos na matrícula podem ser de 20% a gratuidade. Já nas mensali-dades, esse desconto chega aos 20%.

No total, o polo atende 86 alunos, com um percentual maior de par-ticipação no curso de Edificações, tendo sido o primeiro a entrar em funcionamento na cidade. Com duração de 18 meses e data para formação da primeira turma prevista para março de 2015, o curso contempla, além de aulas práticas e estudos de caso, ações de pla-nejamento, operação, manutenção, proposição e gerenciamento de soluções tecnológicas para infraestrutura, abrangendo obras civis, topografia, transporte de pessoas e bens, mobilizando, de forma ar-ticulada, saberes e tecnologias relacionadas ao controle de trânsito e tráfego, ensaios laboratoriais, cálculo e leitura de diagramas e mapas, normas técnicas e legislação.

Com apenas 19 anos, o jovem victor regis da Silva descobriu no curso de Edificações um caminho promissor para sua carreira pro-fissional. Ele conta que pesquisou o mercado de trabalho e se depa-rou com números animadores, onde 80% a 100% dos alunos que concluem o curso estão empregados.

Atualmente, está estagiando na construção do novo fórum da cida-de, onde atua há quatro meses. “tenho aprendido muito nas aulas teóricas, mas, as práticas fazem a diferença. Com tudo que tenho vi-vido e aprendido digo que vale a pena, quem gosta da área, apostar no curso de Edificações.” O próximo passo do estudante é prestar vestibular para Engenharia Civil.

Outro curso que deve despontar entre os favoritos é o de Eletrotéc-nica, iniciado há apenas dois meses. Esse é um ramo da Engenharia Elétrica que estuda o uso de circuitos formados por componentes elétricos e eletrônicos, com o objetivo principal de gerar, transmitir, distribuir e armazenar energia elétrica. O Curso técnico em Eletro-técnica capacita o aluno para planejar e executar a manutenção de equipamentos e instalações eletroeletrônicas industriais, observando normas técnicas e de segurança. A formação propõe o uso eficiente da energia elétrica, como base no desenvolvimento de projetos e edi-ficações. O tempo de duração do curso é de 1 ano e 9 meses.

Para quem deseja ser técnico em Segurança do trabalho, a duração do curso é de 1 ano e 4 meses, e volta-se à formação de profissionais ecléticos que, além de necessitar conhecer normas técnicas, proce-dimentos de segurança e questões envolvendo saúde e higiene, são elementos fundamentais na composição da equipe de trabalho, pois funcionam como ligação entre trabalhadores, engenheiros, médicos e dirigentes de empresas.

Já o técnico em Estradas atua no planejamento e execução da im-plantação de estradas, considerando normas técnicas e de segurança. Executa pontes, bueiros e viadutos. realiza a fiscalização e manuten-ção de vias terrestres. utiliza equipamentos de engenharia. realiza a identificação de depósitos naturais de minério. Executa e analisa ensaios tecnológicos de materiais.

Page 33: Revista aca 2014

64