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www.acim.com.br Junho 2011 R E V I S T A 1

Revista ACIM - 510

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Revista ACIM Junho de 2011

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PALAVRA DOPResiDente

Em terra deempreendedores...

O Brasil é o país mais empreendedor entre as maiores economias mundiais. Segundo uma pesquisa mundial, 17,5% da população é empreendedora em estágio inicial, ou seja, têm negócios com até três anos e meio de existência. No Brasil o estudo é coordenado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP).

Esta notícia é motivo de comemoração. Afinal, são mais empregos e impostos sendo gerados, além, de claro, aumentar a concorrência, o que para os consumidores pode significar produtos e serviços com melhor qualidade e preços mais competitivos. E em terra de empreendedores, o que não faltam são exemplos de gente que apostou na inovação e em diferenciais para conquistar mercado.

Reginaldo Czezacki, do Sistema Prever, é um exemplo que ilustra o perfil de inovação dos empreendedores. Eleito Empresário do Ano 2011, um prêmio que é concedido pela ACIM e outras três entidades, ele tem como principal negócio o atendimento funerário. Vinte anos

atrás Czezacki resolveu investir neste segmento oferecendo diferenciais, porque até então os sepultamos eram feitos em residências ou em capelas municipais, que não ofereciam muita estrutura para os familiares que já enfrentavam a dor com a perda de um ente. E foi aí que surgiu a ideia de oferecer uma estrutura mais moderna e com mais conforto. O modelo foi bem aceito e passou a ser expandido para diversos municípios do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Ao longo de sua trajetória empresarial, Czezacki investiu em mais 11 segmentos, como floriculturas, clínica médica e mercado imobiliário. Com certeza, o título de Empresário do Ano é merecido, coroando uma trajetória de sucesso. E assim como ele, há empresários que investem em inovação e comodidade aos consumidores, que, aliás, são temas de reportagens desta edição. Aos novos e futuros empreendedores, o nosso desejo de muito sucesso e de um trabalho coroado de êxito.

Adilson emir santos é presidente da AssociaçãoComercial e Empresarial de Maringá (ACIM)

E em terra de empreendedores, o que não faltam são exemplos de gente que apostou na inovação e em diferenciais para conquistar mercado

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ÍnDiceREvIstA ACIM Ano 48 nº 510

emPRegOna há dúvidas: falta mão de obra em diversos segmentos e se os profissionais estão escassos, a alternativa é os empresários firmarem parcerias para qualificar pessoal; há até disputa por pessoas que concluem cursos de formação profissional e exemplos de quem sai empregado antes de concluir os cursos 50

RePORtAgemDe cAPA

o brasileiro é o povo mais empreendedor

entre os habitantes das 20 maiores economias

mundiais; são mais de 22 milhões de

empreendedores e entre eles sobram

exemplos de pessoas que apostaram as

economias para abrir o próprio negócio e de

gente que tem investido num segundo segmento

14

cOmPORtAmentOQuase 9% da população brasileira tem mais de 65 anos, e de olho nesta faixa-etária as empresas oferecem cursos de idiomas e informática, intercâmbio e programas de atividade física; e, na melhor idade, há aposentados que continuam no mercado de trabalho, sem a competitividade dos tempos da juventude 26

meRcADO oferecer serviço de leva e traz de animais para o banho e a tosa em pet shop e disponibilizar um automóvel para quem deixa o carro consertar na oficina pode fazer a diferença na hora de fidelizar um cliente; apostar na comodidade e oferecer pequenos “mimos” é uma forma de se diferenciar da concorrência 30

negÓciOsse para os “boleiros de plantão”, as partidas de futebol são uma forma de lazer e descontração, para muitos empresários, é uma forma de lucrar com o aluguel de campos de futebol society; e para quem quer mais facilidade na hora de alugar uma chácara para recreação, há até site especializado no assunto 34

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O PRimeiRO e O PRinciPAL segmentO De AtuAçãO DO sistemA PReVeR é O AtenDimentO funeRáRiO. POR que VOcê DeciDiu inVestiR neste setOR? Um dos meus primos tinha uma

funerária em Curitiba e me mudei para lá aos 17 anos para fazer cursinho. Um dia este meu primo me pediu para acompanhá-lo ao Hospital Evangélico para buscar o corpo de uma senhora. Era uma e meia da manhã de uma noite bastante chuvosa. Ao lado desta senhora havia outra maca com um corpo coberto e como eu era curio-so, descobri o lençol e vi que era uma pessoa que tinha sido atrope-lada. Nisto caiu um raio, acabou a energia elétrica e eu saí correndo

entReVistA ReginALDO czezAcki

um empresário de muita visão R eginaldo CzezaCki foi eleito, em maio,

empresário do ano 2011, uma homenagem que é ConCedida anualmente pela aCim, sindiCato do ComérCio Varejista de maringá (siVamar), assoCiação paranaense de supermerCados (apras) e Coordenadoria regional da federação das indústrias do paraná (fiep) – a Cerimônia de homenagem será em 19 de agosto. CzezaCki é proprietário do sistema preVer, que Começou e ainda tem Como prinCipal segmento de atuação o atendimento funerário. hoje a empresa tem negóCios em 12 áreas e gera mil empregos no paraná, santa Catarina e rio grande do sul – fora os empregos gerados em empreendimentos em são paulo e mato grosso. entre os segmentos que o grupo tem atuação estão inCluídos ClíniCa médiCa e odontológiCa, floriCultura, joias e empreendimentos imobiliários. Casado Com helena, e pai de julyana, letyCia e bruno, reginaldo CzezaCki é o entreVistado prinCipal deste mês:

com medo. Acho que com este sus-to, perdi o trauma. Depois daquele dia decidi trabalhar com funerária. Tive funerária e supermercado em Ponta Grossa e com o intuito de expansão, fui montar uma fune-rária em Nova Hamburgo, no Rio Grande do Sul, mas acabou não dando certo. Foi quando decidi vir para Maringá, em 1992, porque vi uma oportunidade de crescer. Naquela época o agente funerário era visto como uma pessoa que queria se aproveitar da situação e o dono da funerária era visto como alguém que estava esperando que as pessoas morressem para que ele pudesse ganhar mais dinheiro. De-cidi que iria mudar esse conceito e para isso acontecer, os velórios

não deveriam ser feitos mais den-tro de casa e das capelas munici-pais, que eram antigas, precárias, com bancos de cimento e cozinha única para todos os velórios. Aí eu pensei: vou achar um local ade-quado próximo ao cemitério para construir um centro funerário. Assim, as pessoas não precisariam mais velar os corpos em casa, no mesmo local onde eram realizadas as festas de final de ano e come-morações de aniversário. Decidi construir o centro funerário com uma estrutura parecida com a casa, porém moderna. Tanto que quando estávamos construindo o centro funerário as pessoas vi-nham nos perguntar se seria um centro de eventos, porque não era

Ivan Amorin

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nada parecido com uma funerária. No início eu parava em frente à obra e pensava “Meu Deus que gigante elefante branco fizemos aqui”. Aos poucos os velórios pas-saram a ser feitos lá.

e POR que VOcê LAnçOu O PLAnO PReVeR?Em 2000 lançamos o plano para

que as pessoas pudessem pagar uma pequena mensalidade. Até existia seguro funeral na época que cobria determinado valor por óbito, mas para usar o seguro, era necessário ligar para um 0800 e mandar as notas fiscais dos gastos. O nosso era um modelo diferen-te. O usuário entrava em contato conosco e providenciávamos o serviço e é até hoje este é o maior diferencial entre o seguro e o plano funeral. Atualmente temos usu-ários de todas as classes sociais, cerca de um milhão de pessoas pagam o plano Prever no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. As pessoas passaram a nos ver como uma empresa que está ali para auxiliar e não para explorar ou se aproveitar do momento do óbito. Depois surgiu, pelo número de pessoas filiadas ao plano, o livro de convênios, que são parceiros que oferecem serviços em vida. Es-tes parceiros dão descontos e ofe-recem preços diferenciados para os associados. A Cliniprev veio para trazer um preço diferenciado para quem precisa fazer consultas médicas e com ela, tiramos muitas pessoas das filas do SUS. Só em Maringá a Cliniprev realiza mais de 15 mil atendimentos médicos, odontológicos e de fisioterapia. Como a consulta é R$ 45, para to-das as especialidades médicas, três filhos podem se reunir e cada um

dará R$ 15. Se for preciso fazer um exame, temos convênio com o La-boratório São Camilo, que oferece um preço mais acessível. E há dois anos passamos a oferecer o plano Cliniprev empresarial, destinado a pessoas jurídicas e que oferece cobertura ambulatorial. Agora es-tamos reformulando este plano de saúde e em breve vamos ter novi-dades, que não posso dizer agora. Hoje nós invertemos o caminho da morte e damos condições para que a pessoa se mantenha viva.

O PReVeR está inVestinDO nA cOnstRuçãO De sete cRemAtÓRiOs (mARingá, cAscAVeL e LOnDRinA e em sAntA cAtARinA e mAtO gROssO)...Em Maringá já foram feitas mais

de 20 cremações, porém não fi-zemos a entrega oficial do prédio porque estamos terminando de construir a sala de cerimonial, que será finalizada nos próximos dias. No crematório temos um anfiteatro com mais de 200 lugares. Depois do velório será realizada uma ceri-mônia de 30 a 40 minutos, com a exibição de um vídeo e de fotos em telões instalados dentro da sala de cerimonial. E em vez das pessoas verem o corpo sendo enterrado, na cremação a última imagem será a do caixão descendo para ser cre-mado. Também há um bosque no Cemitério Parque, onde foi cons-truído o crematório, para quem quiser plantar uma árvore com as cinzas. O forno do crematório não polui o meio ambiente e todos os níveis de CO2 são controlados. Também não existe contaminação do lençol freático e nenhuma outra contaminação. Vamos instalar ainda fornos nos crematórios de Joinville, Porto Alegre e Marília e

estamos em negociação para ins-talar em Londrina e em Cascavel. O crematório de Cuiabá está em fase de documentação.

nO BRAsiL APenAs 1,5% DOs cORPOs sãO cRemADOs. O PReVeR APOstA numA muDAnçA De cOmPORtAmentO DAs fAmÍLiAs BRAsiLeiRAs? Nas cidades onde há cremató-

rios, o índice de corpos cremados é 5% e em cidades que não há, é 1%. Em Porto Alegre, onde já há um crematório há anos, 17% das pessoas que morrem são crema-das. Realmente estamos apostan-do numa mudança de comporta-mento. Tanto que vamos instalar em Maringá ainda neste ano um novo centro funerário no Cemi-tério Parque, com um sistema de velório dia. Isso significa que por volta das 23 horas, vamos fechar a capela, a família irá embora e retornará no outro dia por volta das 6 da manhã. E, como hoje as pessoas têm uma rotina bastante corrida, o velório dia não irá dimi-nuir o tempo de velório. A intenção é que os corpos fiquem expostos dois dias para que as pessoas pos-sam fazer suas homenagens. Nos EUA hoje há velórios de dois, três dias para que as pessoas tenham tempo de fazer sua despedida. Outra novidade é que neste novo centro funerário vamos ter oito apartamentos com serviço de hotelaria para que as pessoas que vêm de outras cidades possam se hospedar e não precisem ir para hotéis. Também temos planos de construir em Maringá uma cháca-ra funerária, com a realização de até dois velórios simultâneos e no máximo quatro por mês. Será um serviço mais exclusivo.

“Toda a estrutura do Prever, que inclui capela, clínica, farmácia, lanchonete, floricultura e plano, deverá estar presente em todas as cidades paranaenses com mais de 50 mil habitantes até 2015. São 32 cidades

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entReVistA ReginALDO czezAcki

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O senhOR tRABALhA há muitOs AnOs cOm AtenDimentO funeRáRiO. quAis As muDAnçAs DO PeRfiL DAs fAmÍLiAs em ReLAçãO AO RituAL De mORte? As famílias estão muito mais

exigentes. Uma das mudanças que trouxemos há dez anos foi a preparação dos corpos. Usamos a técnica de tanatopraxia, onde todo o líquido do corpo é substituído por outro. Também usamos técni-ca de reconstituição cadavérica e hoje são poucos os casos em que o caixão precisa ser lacrado. Temos um consultor que trabalha para o Prever corrigindo erros. Os agentes funerários não podem estar com cigarro nas mãos, não é permitido usar sapato com solado de madei-ra, há formas para fechar a tampa do caixão, porque cada velório é único e um erro pode marcar a família inteira. O agente funerário deve fazer o serviço dele e não marcar presença.

cOmO O senhOR cOnsegue ADministRAR negÓciOs De segmentOs DifeRentes em tAntOs estADOs BRAsiLeiROs?Temos que ter pessoas capa-

citadas e tenho sociedades com parceiros locais. Eu também tenho uma aeronave própria, que facili-ta o deslocamento. E hoje temos a tecnologia como aliada, o que permite fazer reuniões por video-conferência e despacho de 50 a 80 e-mails por dia. O que eu menos faço é falar ao telefone, o que devo fazer duas ou três vezes por dia, porque o e-mail é mais ágil.

cOm O PAssAR DOs AnOs, O PReVeR fOi DiVeRsificAnDO O RAmO De AtuAçãO. quAis cRitéRiOs O senhOR utiLizA PARA escOLheR em quAL segmentO inVestiRá?

Alguns negócios são propostos por parceiros. Por exemplo, estou construindo em sociedade um pré-dio de 40 apartamentos em Marília, porque meu sócio tinha negócios lá e me convidou. Um sócio de Campo Mourão, me convidou para cons-truirmos um empreendimento imo-biliário, com 150 casas, e lá também vou concluir neste ano a obra do cemitério vertical, com capacidade para 20 mil túmulos. O prefeito de Primavera do Oeste, no Mato Gros-so, por exemplo, me convidou para construir capela e cemitério na cida-de. Mas, além destes negócios que sou convidado para fazer sociedade, tenho um projeto, lançado há dois anos, chamado Prever 2015, onde estabelecemos que toda a estrutura do Prever, que inclui capela, clínica, farmácia, lanchonete, floricultura e plano, deverá estar presente em todas as cidades paranaenses com mais de 50 mil habitantes até 2015. São 32 cidades, que são polo, e hoje estamos em 19 destes municípios. Também temos metas estabelecidas para Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

que DicAs O senhOR Dá PARA Os jOVens emPResáRiOs e futuROs emPReenDeDORes?

Primeiro é preciso escrever num papel todas as ambições que o empreende-dor tem. O fato de escrever faz com que se tenha uma meta, um direcio-namento, mas este plano de negócios deve ser escrito a lápis, para poder ser redirecionado no

futuro, porque em-presário que não muda de opinião fica para trás. Lembro-me que em 1998 dei uma entrevista para uma apresentadora de TV e falei da minha vontade de montar o plano Prever e expliquei como seria este plano. Eu tinha uma meta e fui co-locando em prática. Outra dica que dou é que é preciso concluir tudo aquilo que se começou. O retorno financeiro é consequência de se fazer bom trabalho.

cOmO O senhOR se sente POR teR siDO escOLhiDO emPResáRiO DO AnO?O prêmio na verdade não é

do ano e sim de uma mudança ocorrida nos últimos dez anos. O reconhecimento veio agora, mas esta mudança de conceito de atendimento funerário começou em 1999 e culminou em todas as atividades do Prever. Este prêmio é de todas as pessoas que fazem par-te ou já passaram pelas empresas do grupo, que trabalharam, deram seu sangue e tiveram a mesma missão de mudar o conceito de atendimento funerário.

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cAPitAL De giRO

dedicado à preservação da história dos colonizadores e do de-senvolvimento de maringá, o museu histórico, desenvolvido pelo Centro universitário de maringá (Cesu-mar), terá 2,6 mil metros quadrados e será inaugurado neste mês.

o museu conta com uma casa restaurada pelos alunos de arqui-tetura do Cesumar e uma antiga tulha de café, doada pela Compa-nhia melhoramentos, construída na década de 1940. um museu interativo, com tecnologia 3d, garantirá aos visitantes acesso a documentos, fotos e vídeos digitalizados sobre a história da região.

o projeto foi idealizado pelo reitor Wilson de matos silva (foto), conta com a direção de loide Caetano e com o trabalho de alunos e professores de diversos cursos da instituição. o museu histórico será aberto a toda comunidade e teve investimentos de mais de r$ 2 milhões.

os empresários devem ser mais cautelosos com o uso de cheques para não se tornarem vítimas de estelionatários. de acordo com o investigador da subdivisão policial de maringá, ivan galdino freitas, quase todos os dias são feitas denúncias de cheques adulterados. ele explica que a prática é antiga e acontece em diversos tipos de estabele-cimentos comerciais. o conselho do investigador é para que os comerciantes depositem os cheques no banco e não repassem para terceiros. já o cliente deve ter cautela ao entregar seus cheques e devem deixar claro qual deverá ser o destino, dizendo, por exemplo, que o cheque deverá ser depositado.

o delegado da 9a subdivisão nilson rodrigues da Silva acrescenta que é importante verificar se não há estranhos por perto na hora de utilizar o cheque. “pode ser que haja alguém observando o comportamento de quem está fazendo o paga-mento”, diz.

eVite ADuLteRAçãODe cheques o prefeito silvio barros nomeou três novos

secretários municipais – o decreto foi assinado em 16 de maio. a secretaria de esportes e lazer passou a ser comandada por Walter guerlles, Valdir pignata responde pela secretaria de transportes e edith dias assumiu a secretaria de educação.

segundo silvio barros, “já tivemos uma boa experiência na troca de cargos que refletem em benefícios para a população. essa reestru-turação de parte da nossa equipe é um desafio para a administração, para os servidores e prin-cipalmente para os secretários que assumem, que com o apoio dos funcionários e trabalho em equipe farão um excelente trabalho”.

edith dias foi vereadora por cinco mandatos e ocupava a secretária de esportes, agora co-mandada por Walter guerlles, que também foi vereador e ocupava a secretaria de transportes. por sua vez, pignata já ocupou o cargo de se-cretário de transportes entre 2006 e 2007 e foi chefe de gabinete e diretor do procon.

nOVOs secRetáRiOs

museu VAi PReseRVAR histÓRiA De mARingá

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umA nOVA emissORA fmno dia do aniversário de maringá, 10 de maio, entrou

em operação a rádio Caribe fm, na sintonia 105,7. Voltada para diversos tipos de ouvintes, a rádio tem um mix variado, que inclui dance music, aché, pagode, pop e sertanejo. há programas de entrevista, policial e de histórias de pessoas retratadas na vida cotidiana. a programação da tarde é voltada para o público jovem e a programação da noite é voltada para às classes a, b e C+, com veiculação de clássicos dos anos 70, 80 e 90.

a formatação da grade de programação foi planejada após a realização de pesquisas de audiência e adequa-da aos perfis de ouvinte de acordo com os horários de veiculação. por exemplo, de madrugadas até as 8h a maioria dos ouvintes é formada por homens. e das 8 as 12h são as mulheres a maior parte dos ouvintes.

a rádio pertence ao empreendedor luís Carlos saravia beccari, que está há quase duas décadas no mercado da comunicação, responsável pelo grupo Cidade Verde, do Mato Grosso, que abrange a afiliada da TV Bandei-rantes, band fm, jovem pan e tV gazeta.

em 11 dias, a 39ª edição da expoingá, realizada no parque de exposições francisco feio ribeiro, recebeu 536.408 mil pessoas. o volume de negócios gerados e prospectados atingiu r$ 210 milhões – apenas os lei-lões foram responsáveis pelo faturamento de r$ 5,250 milhões. Cerca de sete mil animais de elite, incluindo bovinos de corte, suínos e pequenos animais desfilaram pela feira. o número de empregos diretos e indiretos gerados ultrapassou a casa dos dez mil. além dos shows com artistas consagrados, como exaltasamba, foram realizadas mais de 20 apresentações no palco cultural, incluindo danças folclóricas e capoeira.

mAis De 530 miL PessOAs nA exPOingá

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RePORtAgem De cAPA vInICIus CARvAlho

cOm O POVO mAis emPReenDeDOR DO g20, O BRAsiL OfeRece cOnDições PARA quem queR DeixAR De seR emPRegADO e ReALizAR O sOnhO De seR PAtRãO; cOnheçA exemPLOs De emPReenDeDORes mARingAenses e DicAs PARA teR sucessO nA ABeRtuRA DO PRÓPRiO negÓciO

empreender está no sangue do brasileiro. Um levantamento

feito em abril, pela Global En-trepreneurship Monitor (GEM), mostra que o brasileiro é o povo mais empreendedor entre as 20 maiores economias do mundo. O Brasil tem 17,5% da população atuando como empreendedores em estágio inicial, em negócios com até três anos e meio de vida. Isso representa 22 milhões de pessoas, duas vezes a população do Paraná.

O brasileiro é mais empreen-dedor que os norte-americanos, chineses, japoneses e alemães. A pesquisa mostra que a faixa com maior número de empreen-dedores está entre 25 e 34 anos de idade. A independência finan-ceira é o objetivo de 40% deles. O GEM aponta que 58% dos em-preendedores brasileiros abrem empresa com até R$ 10 mil. A pesquisa é feita em 60 países, desde 1999, com a coordenação da London Business School – no Brasil, é coordenada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pe-quenas Empresas (Sebrae) e pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP).

A empresária maringaense Aurilene Fernandes de Almeida tem o perfil do brasileiro empre-endedor mostrado na pesquisa.

emPReenDeDORismO nO DnA

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Brasil é um dos países mais burocráticos

PAÍS

FONTE - BID WVAINER

EUA

Argentina

China

Brasil

Venezuela

Média da América Latina

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27

37

120

141

63,45

6

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14

16

16

9,55

DIAS NECESSÁRIOS PARAABRIR UMA EMPRESA

PROCEDIMENTOS PARA INICIAR O NEGÓCIO

BUROCRACIAEla tem 26 anos, sonha com a independência financeira desde os 18 e abriu a própria empresa com R$ 10 mil. Aurilene se formou em Ciências Contábeis em 2010 e com o diploma, ficou mais fácil planejar como seria a empresa que sonhava abrir. Só não imaginava que tudo começaria com um prêmio.

Em 2010, o Sebrae-PR e a RICTV ofereceram R$ 7 mil no concurso “Meu Sonho, Meu Negócio”, que teve 313 inscritos no noroeste do Paraná. Foram 3,5 mil interessados em todo o Estado. O objetivo era incentivar a inovação na pequena empresa e Aurilene conseguiu vencer com um projeto de escritório de contabilidade. “O prêmio buscava algo inovador e escritório contábil é o que mais tem na cidade. Mas meu foco de inova-ção estava na forma de prestar o serviço e isso chamou a atenção dos organizadores”, conta Aurilene.

Ao invés do tradicional serviço contábil, ela pensou numa empre-sa que suprisse o empresário com ferramentas de gestão, relatórios e informações que o ajudasse a tomar decisões corretas. “Mostrei quais eram minhas ideias e dife-renciais de qualidade, agilidade e eficácia”, diz Aurilene. Quando chegou entre os três finalistas, a ansiedade tornou-se incontrolável, pois a decisão se daria por voto popular, via celular. Ela começou uma intensa campanha nas redes sociais, na Faculdade Cidade Verde, onde estudou, e por e-mail. “Venci o concurso com 99,06% dos votos, a maior votação do Paraná”, lembra Aurilene. Foram escolhidos vence-

dores em diversas regiões do Esta-do. Além do dinheiro, ela recebeu do Sebrae-PR acompanhamento técnico por seis meses.

Com os R$ 7 mil do prêmio e mais R$ 3 mil de suas economias, Aurilene abriu a Registro Assessoria Contábil em 11 de abril. Pouco mais de um mês depois, a empresária já sente a diferença entre liderar e ser liderada. “O fato de estar atenden-do meus próprios clientes é muito mais satisfatório do que quando eu trabalhava como empregada”, com-para Aurilene. O amor pela conta-bilidade é o mesmo, mas agora ela pode realizar o trabalho da maneira como acredita ser mais eficiente para o cliente, ideias que não podia colocar em prática quando era fun-cionária de escritórios contábeis. E já descobriu que no ramo é preciso buscar clientela e se fazer conhecer. “Meu ramo não é muito fácil. Não é como sair oferecendo uma mer-cadoria que o cliente vê e prova. O que eu vendo é confiança”, ex-plica. Nada que desanime a jovem empreendedora. Pós-graduada na área, ela assume todas as responsa-bilidades que sempre sonhou: esta-

belecer padrões para seguir as leis vigentes, conversar com clientes, fazer compras, planejar as finanças e investir em marketing. Para quem quer seguir seus passos, Aurilene dá dicas valiosas. “Ter capital de reserva é extremamente importan-te, capital suficiente para manter a empresa e o empreendedor pelo menos nos seis primeiros meses”, recomenda a contabilista, lembran-do que no início, surgem despesas que não se imaginava. Fontes de capital de giro e bom planejamento são outros fatores destacados pela empreendedora.

A palavra que define a catego-ria, segundo Aurilene, é inovação. “Acredito que o empreendedor deve ser primeiramente inovador. Tem que oferecer algo diferente, que chame a atenção, ter iniciati-va, correr riscos calculados, com responsabilidade e persistência”, cita Aurilene. “O mais importante é saber transformar crise em opor-tunidade”, acrescenta.

NovidadeEscolher um ramo comercial

quase inexplorado aumenta as

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cOm O DinheiRO que gAnhOu De um PRêmiO e cOm As ecOnOmiAs, AuRiLene De ALmeiDA ABRiu umA emPResA De AssessORiA cOntáBiL

RePORtAgem De cAPA

chances de sucesso do negócio. Foi o que fez Renato Souza ao abrir uma indústria de máquinas e equi-pamentos automotivos. Ele pesqui-sou o mercado e descobriu que não havia empresas neste segmento nas regiões norte e oeste do Paraná e há um ano abriu a Tech Max Equipa-mentos Automotivos em Maringá. A vontade de empreender o acom-panha há anos. “Desde cedo tinha espírito empreendedor, gostava de fazer coisas e vender”, conta Souza, o primeiro da família a ter o próprio negócio. “Traz satisfação construir algo e agregar. É muito bom poder gerar riqueza”, acrescenta.

A indústria fabrica equipamen-tos que são usados por retíficas, autocenters e oficinas mecânicas, como máquinas para alinhamento de veículos e produz de dez a 15 equipamentos de cada modelo por mês, com clientes no norte e oeste do Paraná e no sul do Mato Grosso do Sul. A iniciativa já emprega cin-

RenAtO sOuzA é O PRimeiRO memBRO DA fAmÍLiA A teR O PRÓPRiO negÓciO e há um AnO ABRiu A tech mAx equiPAmentOs AutOmOtiVOs cOm inVestimentO iniciAL De R$ 10 miL

Para Souza, é melhor estar pre-parado para a escassez do que para o excesso. “Para quem quer abrir um negócio, é interessante ter uma reserva para eventuais problemas e basear a produção em sua condição financeira, para não dar um passo ‘maior do que a perna’. Além disso, a pessoa deve se entregar ao negó-cio”, recomenda.

diversificaçãoArriscar-se em outro segmento

comercial depois de anos de su-cesso empresarial revela um traço do empreendedor: visão de opor-tunidade. Foi o que fez Jean Carlo Stegani, que possuía uma oficina de funilaria e pintura quando deci-diu abrir uma empresa de locação de quadras de futebol society. “A ideia de diversificar apareceu há dois anos, pois já gostava de jogar futebol com amigos”, comenta Stegani. Em 2011, a oportunidade surgiu quando um grande terreno na avenida Mauá foi oferecido para locação. Em abril, ele inaugurou a Camisa 10 Futebol Society, que conta com duas quadras, uma

co pessoas. Assim como Aurilene, Souza gastou cerca de R$ 10 mil para iniciar o negócio.

Antes de abrir a indústria, ele pesquisou o mercado e participou de feiras especializadas. Como o segmento metalmecânico é um dos

pilares industriais de Maringá, o empreendedor sabia que teria garantia de fornecedores e possibilidade de agregar va-lor aos equipamentos. “Para dar certo, é preciso conhecer bem o que está sendo produ-zido e procurar fazer com a melhor qualidade possível”, diz Souza. Um ano depois da abertura, o empresário está fazendo a transição entre o sistema de produção sob en-comenda para a implantação de estoque, já que a demanda cresceu.

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jeAn cARLO stegAni, PROPRietáRiO De umA OficinA De funiLARiA e PintuRA, ABRiu umA emPResA De LOcAçãO De quADRAs De futeBOL e esPeRA O RetORnO DO inVestimentO DePOis De tRês AnOs

escolinha de futebol e um bar. “É um investimento de R$ 300 mil feito para ser recuperado depois de três anos”, revela. “Pesquisei bem e estou ciente de que não é como as pessoas pensam, que basta abrir para se ganhar uma fortuna”, adverte.

Em pouco tempo desde a aber-tura, o empreendedor já conseguiu completar todos os horários dispo-níveis para o aluguel das quadras. “Isso tudo só com meus contatos, pois ainda não comecei a fazer a divulgação do negócio”, destaca Stegani. Durante a manhã, ele trabalha na oficina de funilaria. Depois disso, vai ao Camisa 10 e dá expediente até o final do dia, ao lado do sócio. “Por enquanto, estamos trabalhando nós mesmos, mas a expectativa é de ter sete fun-cionários”, diz Stegani.

Ele viveu durante um ano na Espanha, na fase em que o país atravessava seu melhor momento econômico, puxado pelo setor imo-biliário. De volta ao Brasil, Stegani reconheceu em Maringá as mesmas características que marcaram o

crescimento espanhol. “A cidade tem campo para tudo, é nova e está crescendo. Hoje não é mais neces-sário sair do país para ter sucesso”, comenta.

Stegani acredita que a tão temida burocracia deixou de ser o maior obstáculo para o empreendedoris-mo. “O maior problema no Brasil é a carga tributária. Deveria ter um imposto único, para facilitar”,

avalia. A quem quer trilhar o mes-mo caminho, ele diz que é preciso acompanhar de perto o negócio. “O empreendedor tem que traba-lhar mesmo, não deixar nas mãos dos outros. É preciso se empenhar, pesquisando antes para saber se o mercado comporta o novo negó-cio”, resume.

Para o consultor Alessandro Pimenta, da Controlsul Consulto-

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ria Empresarial, o empreendedor precisa reunir todas as informa-ções possíveis sobre o mercado, o que permite calcular riscos. “Um dos atributos do empreendedor é a disposição para assumir riscos, conhecendo a gravidade deles”, diz Pimenta. Essas informações estão disponíveis no Sebrae, em empre-sas de consultoria, cursos técnicos e de graduação em negócios. “A inexperiência é um dos principais obstáculos para o sucesso”, desta-ca o consultor. “O primeiro passo é o plano de negócios, onde deve constar os objetivos da empresa, sua missão, a descrição do produto ou serviço e quem serão os clientes, seu mercado-alvo”, cita Pimenta. É no plano de negócios que o em-presário descobre os custos, que define a margem de lucro e o preço que será cobrado do cliente.

Entre os erros mais comuns identificados pelo consultor es-tão a falta de controle financeiro,

O BAncO DO POVO emPRestA Até R$ 10 miL cOm tAxAs De juROs suBsiDiADAs PARA quem queR ABRiR O PRÓPRiO negÓciO; nA fOtO A geRente OPeRAciOnAL, ViLmA BAstOs

“um DOs AtRiButOs DO emPReenDeDOR é A DisPOsiçãO PARA AssumiR RiscOs, cOnhecenDO A gRAViDADe DeLes”, Diz O cOnsuLtOR ALessAnDRO PimentA

a falta de profissionalismo e de planejamento. “Ocorre bastante a falta de distinção entre pessoa física e jurídica. Muita gente utiliza os recursos da empresa para pagar despesas pessoais e vice-versa”, analisa Pimenta. Outro problema apontado é a falta de estrutura. “As empresas devem crescer de manei-ra estruturada e sustentada, dentro das possibilidades”, recomenda Pimenta.

Interessa e muito ao governo que os empreendedores alcancem seus sonhos, principalmente em micro e pequenas empresas – com faturamento de até R$ 2,4 milhões por ano. De acordo com o Sebrae, nos últimos 12 meses elas foram responsáveis por 80% das vagas com carteira assinada no Brasil. Somente em abril, as micro e pe-quenas empresas responderam por 67% do saldo de empregos formais gerado no país.

Esse dado explica porque os órgãos governamentais investem em fomento, fi-nanciamento e assessoria para empresas nascentes. Em Maringá, o Banco do Povo já atendeu 8,9 mil clientes desde sua criação, em 2001. A instituição empresta dinheiro com ta-xas de juros subsidiadas a quem sonha abrir o próprio negócio. Desde a fundação, já foram mais de R$ 12 milhões emprestados, o que ajudou a gerar mais de três mil empregos e manter outros seis mil.

A gerente operacional do Banco do Povo de Maringá, Vilma Bastos, afirma que o montante emprestado cresce na medida em que aumenta o número de novos empreendedo-res no município. “Os valores em-prestados passaram de R$ 665 mil, em 2002, para R$ 2,357 milhões em 2010”, destaca Vilma. A insti-tuição é credenciada pelo Ministério do Trabalho e Emprego e nasceu a partir de um projeto de incentivo ao microcrédito. Para empresários que abriram firma, sem restrição de crédito, com garantia ou avalista, o Banco do Povo empresta de R$ 300 a R$ 10 mil. O projeto é apoiado pela Prefeitura de Maringá, ACIM, Cesumar, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e outras entidades classistas.

Entre os empreendedores que procuram a instituição, as mulheres são maioria. “74% dos beneficia-dos são mulheres, sendo 77% dos

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negócios informais”, revela Vilma. Os ramos com maior procura são os relacionados à prestação de ser-viços, seguido pelo comércio e a indústria. “O que mais se destaca é a procura de financiamento por parte de costureiras, já que temos muitas indústrias de confecção em Maringá”, diz. Para a gerente, o empreendedor de Maringá tem a seu favor uma cidade próspera, com boa visibilidade nacional em qualidade de vida. “O brasileiro, em geral, é um povo empreendedor e o maringaense não foge à regra”, afirma.

Apoio não se resume a dinheiro. O que muita gente precisa para entrar no rumo certo é dividir ex-periências com outros empresários do mesmo segmento. É o que pro-

põe o Programa Empreender, que funciona desde 2000 na ACIM, com apoio da Federação das Associa-ções Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB) e Sebrae. No município, es-tão em funcionamento 23 núcleos de atividades econômicas, com 250 empresários no total. O coordena-dor do programa, Eraldo Pasquini, explica que a iniciativa funciona como um grupo de trabalho de micro e pequenos empresários de um mesmo ramo, que buscam o desenvolvimento de forma asso-ciativa. “Fazemos isso através de estratégias estabelecidas no pla-nejamento do núcleo, onde procu-ramos contribuir para o aumento da competitividade das empresas,

nO emPReenDeR emPResáRiOs De um mesmO segmentO DeixAm De seR cOncORRentes; “PROcuRAmOs cOntRiBuiR PARA O AumentO DA cOmPetitiViDADe”, Diz O cOORDenADOR DO PROgRAmA, eRALDO PAsquini

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sempre focados nas demandas e nos processos de melhoria contí-nua”, destaca.

Reunidos, os empresários pro-movem compras coletivas e divul-gação conjunta das empresas, o que reduz custos e contém despesas e desperdícios. Eles também atuam em projetos para destinação correta de resíduos e conseguem melhoria da mão de obra, em iniciativas de treinamento interno ou externo. “Além disso, conseguem maior representatividade junto a forne-cedores e autoridades”, ressalta Pasquini. O mais importante para os núcleos é a superação da ideia de que o concorrente é um inimigo. “O principal obstáculo foi a quebra do paradigma de que concorrentes não podem se unir para crescerem juntos”, completa o coordenador.

Além das características já des-tacadas, Pasquini afirma que o empreendedor deve ser persuasivo no dia-a-dia e ter uma boa rede de contatos. Deve ser comprometido e estabelecer metas na empresa, no trabalho e na vida pessoal. “Acre-dito que, se conseguirmos colocar essas características em prática, venceremos qualquer obstáculo”, afirma Pasquini.

O Instituto Tomodati de Coo-peração do Brasil, especializado

Dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) revelam que o brasileiro demora 120 dias para abrir uma empresa. É quase duas vezes o tempo médio gasto entre os países da América Latina, onde se leva 63,4 dias. Nos Estados Unidos, são necessários apenas seis dias para colocar uma empresa em funcionamento. Além da espera, há a burocracia: são necessários 16 procedimentos para abrir uma empresa no Brasil, mais que a

média latino-americana e é igual da Venezuela.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) tem um plano para simplificar a abertura de empresas no Brasil, que deverá ser implantado até o final do ano. A iniciativa está prevista em lei, aprovada em 2007. A ideia é padronizar o processo em todas as cidades brasileiras, evitando que cada uma tenha regras próprias, como acontece atualmente.

Brasileiro demora 120 dias para abrir empresa

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no apoio aos trabalhadores bra-sileiros que retornam do Japão, também oferece apoio por meio do Programa de Microfranquias. São modelos de negócios com inves-timento inicial máximo de R$ 50 mil. Lançado em 2010, o projeto prevê pelo menos 60 novos negó-cios com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvi-mento (BID). Já existem 1,5 mil

interessados. Segundo o presiden-te do Instituto Tomodati, Cláudio Suzuki, “o município hoje é sede mundial das microfranquias e tam-bém cidade amiga das franquias”. O projeto contempla o lançamento de 15 microfranqueadores, 15 franqueadores e a capacitação de 60 consultores especializados em microfranquias, durante três roda-das em 24 meses.

Errata - Em relação à reportagem de capa da

edição de maio da Revista ACIM, informamos que

diferente do que foi divulgado, na entrevista da dou-

tora em Arquitetura e Urbanismo Fabíola Castelo de

Souza Cordovil, o plano diretor mencionado por ela

foi elaborado em 1967 e aprovado no ano seguinte,

em 1968. Também em relação à mesma reportagem

informamos que a citação correta da arquiteta é:

“Uma das propostas do plano diretor de 1967 era de

prolongar a avenida Tiradentes, cortando o Parque

do Ingá e o Bosque das Grevíleas”. Wal

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inovar é precisoinVestiR nA inOVAçãO, sejA De PRODutO Ou De PROcessO, PODe seR umA ALteRnAtiVA PARA enfRentAR A cOmPetitiViDADe e AumentAR O fAtuRAmentO; Veja exemplos e diCas de Como inoVar na empresa

inovar em tecnologias de produtos e processos, como a aquisição

de máquinas e a organização do processo administrativo, é uma das alternativas para enfrentar a competit ividade, inclusive para os pequenos negócios. E foi justamente esta a aposta da Bernardi ME, de Nova Esperan-ça. A empresa atua no ramo de confecção há quatro anos e há um ano ingressou no projeto Agente Local de Inovação (ALI), que é uma iniciativa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PR) e da Fundação Araucária.

Após ingressar no projeto, a empresa passou a contar com ma-quinários mais modernos e, além de facção, passou a confeccionar produtos independentes. “Foi uma oportunidade que acabou unindo o útil ao agradável”, diz a proprie-tária da empresa, Evelyn Vizzoto, referindo-se à necessidade da em-presa de investir na modernização e à oportunidade oferecida pelo projeto. Ela conta que a empresa apresentou diversas melhorias de qualidade desde a data de entre-

A DemORgAn unifORmes integRA um PROjetO De inOVAçãO e inVestiu nA cOmPRA De mAquináRiOs, AmPLiAnDO O fAtuRAmentO em 10%, segundo a proprietária, roseli morgenstern

ga de produtos até a organização interna.

Segundo Evelyn, o lucro ainda não atingiu o esperado, mas o fa-turamento mensal aumentou 15%. Depois de receber consultoria, agora ela participa regularmente de cursos e feiras do empreendedor.

apoio à iNovação

Empresa inovadora é aquela que baliza sua atividade na introdução de novidades ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo ou social. O resultado é a elaboração de novos produtos, processos ou serviços baseados em técnicas direcionadas

negÓciOs

Ivan

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para cada tipo de empresa. Para isso, as empresas podem recorrer a serviços especializados que ajudam a identificar o que pode ser melho-rado na organização.

Para o gestor do ALI, Marco Aurélio Gonçalves, no segmento metalmecânico de Maringá, as micro e pequenas empresas pos-suem um ambiente favorável para a implantação de novidades, já que a hierarquia não é tão rígida. O ALI é totalmente subsidiado pelo Sebrae/PR e pela Fundação Araucária, que disponibilizam às empresas o acompanhamento por dois anos, cabendo às organizações

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no setor de atuação, mas que rece-berá alteração ou um ajuste para a melhoria de processo, podendo resultar no incremento do fatura-mento”, complementa o gestor.

As áreas de inovação em que cada empresa pode ser inserida são identificadas através de con-sultorias, sendo que existem três diferentes métodos: inovar em produto, em processo (administra-tivo, de produção e de logística) e em mercado.

Foi através do ALI que a Bernar-di ME incluiu a inovação na rotina de trabalho. Quem também tem se beneficiado com o projeto e já calcula os primeiros resultados é a Demorgan Uniformes, que está no mercado há dez anos e conta com 30 funcionários. Desde dezembro do ano passado, a empresa passou a integrar o projeto. A proprie-tária, Roseli Morgenstern, conta que optou pelo aprofundamento das iniciativas de inovação com a contratação de um serviço de con-

sultoria para atuar em paralelo ao ALI.

Segundo Roseli, a modi-ficação do leiaute da nova instalação da empresa exigiu a contratação de uma consulto-ria. “O processo de introduzir novidades na empresa funcio-na melhor quando temos uma pessoa de fora trabalhando. Os funcionários aceitam melhor e compreendem a capacitação do profissional contratado”, enfatiza.

“A inOVAçãO DifeRenciA-se DA inVençãO, POis é ALgO existente nO setOR De AtuAçãO, mAs que ReceBeRá ALteRAçãO Ou um Ajuste PARA A meLhORiA De PROcessO, exPLicA O gestOR mARcO AuRéLiO gOnçALVes

cumprirem as atividades previstas no plano de trabalho. O projeto é desenvolvido dentro da empresa com a ajuda de consultores especia-lizados em áreas como arquitetura, engenharia mecânica, engenharia civil e administração.

Direcionado para os segmen-tos de maior significância para a economia regional, o programa abrange a indústria de vestuário de Maringá e Altônia, com 150 empre-sas, metalmecânico em Maringá e Campo Mourão, com 50 empresas, e agronegócio na região de Umua-rama, com 50 empresas. Segundo Gonçalves, as empresas têm muito a ganhar com o investimento em inovação e isso pode torná-las mais competitivas.

Gonçalves explica que a inova-ção é um assunto novo, mas que vem sendo amplamente discutido, inclusive os empresários estão bus-cando mais informações. Ele acres-centa que “a inovação diferencia-se da invenção, pois é algo existente

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As novas máquinas de cortes, que dispensam a modelagem manual, e máquinas de cortes de elástico que hoje fazem parte da Dermorgan estão lá graças ao contato da proprietária com pro-fissionais capazes de apresentar as novidades tecnológicas e adaptá-las melhor ao negócio. Roseli conta que em quatro meses foi possível registrar um aumento de 10% no faturamento mensal.

exames pela iNterNetUm banco de dados eletrônico

para cadastramento de resultados de exames. Esta é a proposta de um projeto piloto denominado de Rede Social de Promoção da Saúde e Prevenção de Agravos, da Univer-sidade Estadual de Maringá (UEM), que deu origem ao site Exude.

O site foi desenvolvido pelo pro-fessor Carlos Sica, que não teve gastos com a programação, pois utilizou o próprio computador e trabalhou durante as férias. No site são armazenados os resultados de

exames laboratoriais para que eles possam ser acessados a qualquer momento e, com isso, os usuários não precisaram arquivar pilhas de exames em papel.

Os resultados dos exames podem ser transpostos para o site pelo pró-prio usuário, que para se inscrever, precisa acessar o endereço www.exude.com.br e seguir os passos do cadastro, que são simples de serem preenchidos. Feito isso, uma mensagem com a senha de acesso será enviada por e-mail.

Depois é só digitar os resultados dos exames em um formulário específico. O padrão adotado é o mesmo que os laboratórios utili-zam. O perfil do usuário poderá ser visualizado pelo médico, que terá a possibilidade de imprimir os resultados ou exibi-los pelo visor do celular. Além do médico, é possível convidar amigos para participar do perfil – como nas redes de relacio-namentos.

Sica revela que o projeto também funciona como difusor de marcas

negÓciOs

DuRAnte As féRiAs, O PROfessOR cARLOs sicA cRiOu um site PARA A ARmAzenAgem De exAmes LABORAtORiAis, que PODem seR AcessADOs A quALqueR mOmentO, incLusiVe PeLOs méDicOs DOs usuáRiOs

e serviços, como de laboratórios, clínicas e remédios. Por enquanto, o projeto atende pessoas ligadas à Fundação Interuniversitária de Pesquisa sobre o Trabalho (Unitra-balho/UEM). O grupo é formado por trabalhadores organizados em cooperativas, associações e outros empreendimentos econômicos e de autogestão. Também são bene-ficiadas com o Exude famílias de pequenos agricultores, desempre-gados, mulheres em condições de vulnerabilidade financeira, famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família, pessoas atendidas pelos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), Centros de Referência da Assistência Social (Cras), Centros Públicos de Economia Solidária e Consórcios de Segurança Ali-mentar e Desenvolvimento Local (Consads).

De acordo com Sica, o projeto precisa de parceiros para “amparar o Exude financeiramente, por meio de bolsas e equipamentos”. E, com isso, poderá ser expandido.

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cOmPORtAmentO

na melhor idade para trabalhar, estudar...

A ViDA DePOis DOs 60 AnOs PODe seR PRAzeROsA e cheiA De AtiViDADes e De tRABALhO; De OLhO neste fiLãO há emPResAs que OfeRecem cuRsOs De iDiOmAs, informátiCa e até interCâmbio para as pessoas mais Velhas

A população brasileira está mais velha. Números do Censo 2010,

divulgados pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE), mostram que mais de 17 milhões de brasileiros têm acima de 65 anos, ou seja, quase 9% da popu-lação – há 20 anos este número era de 4,8%. O envelhecimento da população vem provocando uma

A APOsentADA iOLAnDA kOPP está APRenDenDO infORmáticA numA escOLA que tem Até um PROgRAmA VOLtADO para as pessoas da “melhor idade”

vAnEssA bEllEI

mudança no mercado: as empresas têm percebido que esta faixa-etária da população continua ativa, con-sumindo produtos e serviços mais do que nunca e bem disposta para trabalhar, estudar e viajar.

No Paraná, são mais de 934 mil pessoas com mais de 65 anos e, em Maringá, este número quase alcan-ça 35 mil. O número de brasileiros

com mais de cem anos também cresceu, somando quase 24 mil pessoas em 2010. Ainda segundo o IBGE, em 2008, para cada grupo de cem crianças de zero a 14 anos, existiam 24,7 brasileiros acima de 65 anos. A projeção para 2050 é que a cada cem crianças tenhamos 172,7 idosos.

Brasileiros mais velhos, mas

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incentiVADO PeLA fiLhA, O OficiAL APOsentADO jOeL De OLiVeiRA iniciOu um cuRsO De ingLês: “sOu O VOVô DA tuRmA, mAs APRenDO muitO cOm Os cOLegAs”

não menos ativos. Não é difícil en-contrar pessoas que passaram da casa dos 60 anos voltando para os bancos da faculdade, aprendendo um novo idioma, retornando ou continuando no mercado de traba-lho, conectados ao mundo atual e também virtual.

Iolanda Maria Kopp, de 75 anos, é um destes exemplos. A aposentado-ria veio aos 67 anos, mas nem por isso o dia-a-dia ficou mais calmo. Informática, ginástica, hidroginás-tica e grupo de oração são algumas das atividades. “Também estou pla-nejando começar o aprendizado de mais um idioma, talvez o alemão, e iniciar outro curso na Universidade da Terceira Idade, da Universidade Estadual de Maringá (UEM)”, diz animada. Parar as atividades não está nos planos da aposentada. “Como diz meu marido, não pode-mos parar, se não o alemãozinho pega”, diz ela, se referindo ao Mal de Alzheimer.

Detalhe: o principal meio de loco-moção da jovem senhora é a bicicle-ta. “Só se a distância for muito longa para eu usar o transporte coletivo”.

Iolanda conta que o marido, um ano mais novo, também tem uma vida ativa: “Faz anos que ele usa muito bem o computador e também faz aulas de inglês”.

Com três filhos, sete netos e mui-tos amigos, ela tem como principal objetivo nas aulas de informática aprender a utilizar, sozinha, a in-ternet. Iolanda é uma das alunas do programa “Melhor Idade Co-nectada”, da escola de informática Microlins. A diretora pedagógica da empresa, Erika da Silva Gabriel, conta que o programa oferece os mesmos módulos de outros cursos de informática. “Também ofere-cemos aulas em grupo, mas nor-malmente este público prefere as aulas individuais para ter atenção exclusiva”, destaca ela.

Erika conta que a procura pelo curso é grande. “Temos professores específicos para trabalhar com esta faixa-etária”. O interesse dos mais velhos pelas aulas, segundo a direto-ra pedagógica, é visível. “Conforme o avançar do curso, eles começam a perceber a evolução do conheci-mento, trocam informações com

os filhos, netos e querem aprender mais”.

No aprendizado de uma segunda língua é o contrário: as aulas em grupo são as mais indicadas, in-dependente da idade do aluno. Na escola de inglês e espanhol CCAA pessoas mais velhas estudam com os jovens. “Essa troca de informa-ções e de experiências é fundamen-tal para aprender uma nova língua e as pessoas com mais idade se sentem à vontade”, ressalta a dire-tora comercial da empresa, Claudia Aymoré Novicki. Ela comenta que as aulas individiais normalmente são indicadas para alunos que não têm muito tempo disponível ou que precisam de um aprendizado de curto prazo.

Uma atenção diferenciada, expli-ca ela, vai depender mais do perfil do aluno e não da idade. “O adoles-cente, no geral, tem mais facilidade de aprendizagem, por outro lado, é mais disperso. A pessoa mais velha, por ter mais experiência, compreen-de melhor algumas aulas”.

Trabalhando há 22 anos com o ensino da lingua inglesa, Cláudia

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percebeu que nos últimos cinco anos aumentou a procura por aulas de inglês por pessoas mais velhas. O oficial aposentado do Corpo de Bombeiros Joel de Oliveira é um dos aplicados alunos do CCAA. Há três meses ele iniciou o curso de inglês, incentivado pela filha. As aulas em grupo acontecem duas vezes por semana, mas Oliveira faz uma aula extra semanalmente para reforçar o ensino. “Nesta aula individual posso tirar mais dúvidas e aprender um pouco mais”.

Ele conta que a aula é um hobby, mas nem por isso deixa de levar o estudo a sério, tanto que criou uma rotina em casa. “Diariamente sen-to em frente ao computador para estudar a apostila e ouvir os CDs. Acredito que essa complementação em casa é essencial”. Nas aulas em grupo, Oliveira estuda com alunos mais novos, entre 13 e 25 anos, e gosta desta interação. “Eu sou o

vovô da turma. Mas aprendo muito com eles, é uma troca de experi-ências”.

Para os mais velhos que querem aproveitar a aposentadoria de uma forma mais “radical”, nada melhor do que um intercâmbio. A empre-sa CI Intercâmbio oferece cursos voltados para pessoas acima dos 50 anos. O diretor da empresa em Maringá, Rafael Rodrigues, informa que o programa para este público segue os mesmos padrões de qual-quer outro. “No exterior, as pessoas com mais de 50 vão estudar com pessoas da mesma idade”. Os des-tinos são os mais variados e incluem Inglaterra, Espanha, Itália, França e Nova Zelândia. O local de acomo-dação pode ser tanto em casa de família quanto em hotel, conforme critério do aluno.

O intercâmbio pode durar de duas semanas a dois meses. “Pesso-as nesta faixa-etária procuram cur-

sos para aprender italiano fazendo aulas de culinária ou para aprender a língua francesa ao fazer cursos de pintura. É uma oportunidade de conhecer a cultura e os costumes locais e aproveitar para enriquecer a experência de vida”, destaca Ro-drigues. O único pré-requisito é ter muita disposição. “Energia e von-tade de aprender são os requisitos mínimos”.

de volta ao mercadoEncontrar profissionais que con-

tinuam no mercado de trabalho mesmo depois de se aposentarem é cada vez mais comum. Dorival Baggio, de 60 anos, e Agnaldo Reis, de 59, são exemplos. Ambos traba-lharam por 34 anos em um banco e depois de se aposentarem recebe-ram uma proposta para continuar trabalhando em outra instituição financeira, o Sicoob.

Hoje Baggio é gerente de audito-

DORiVAL BAggiO e AgnALDO Reis cOntinuAm tRABALhAnDO, mesmO DePOis DA APOsentADORiA; AgORA A PRessãO e A cOmPetitiViDADe sãO menORes

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umA PequenA PALestRA seguiDA De AtiViDADes fÍsicAs é A PROPOstA DO PROgRAmA ALOngAR; As iDAs AO méDicO DiminuÍRAm

Iolanda Maria Kopp conta, orgulhosa, que não tem problemas de saúde. Ela acredita que a vida mais ativa, tanto fisicamente quanto mentalmente, não dá espaço para que as doenças cheguem.

A opinião de Iolanda é a mesma da assistente social Rubia Carla de Almeida, que atende pessoas da terceira idade. Rubia é coordenadora de medicina preventiva do Instituto de Medicina Integrada, de Maringá, que desenvolve o programa Alongar. “Percebíamos que muitas pessoas que estavam procurando tratamento médico, precisavam mesmo era sair de casa, ter uma atividade extra. Foi então que surgiu a ideia de criar o programa Alongar”. Além da atividade física, o programa prevê palestras com nutricionista, farmacêutico, psicólogo e outros

profissionais da área da saúde. “Normalmente iniciamos a aula com uma palestra de 15 minutos e depois passamos para os exercícios físicos”. Atualmente, as aulas acontecem duas vezes por semana, mas os 18 alunos já solicitaram que a frequência aumente.

A assistente social conta que as idas ao médico diminuem depois que os participantes iniciam o programa. “Aqui é um momento em que eles não se queixam de dor”. Qualquer pessoa pode participar do programa e para os associados do PAM Saúde, não há custos.

mais ativos,mais saudáveis

ria e Reis é gerente de crédito. “Eu me aposentei cedo, com 55 anos, e me sentia muito jovem para parar de trabalhar”, comenta Reis. Am-bos afirmam que apesar da carga de trabalho continuar a mesma, a pressão, depois da aposentadoria, se torna menor. “Hoje eu trabalho mais tranquilo”, diz Reis. Já Baggio acredita que trabalha mais feliz. “Minha vida, financeiramente fa-lando, está segura. A sensação que tenho é de estar contribuindo com a empresa e com as pessoas que aqui trabalham”.

A relação com os funcionários mais novos também é tranquila. “Procuro repassar o conhecimento. Aquela competitividade da juventu-de não existe mais”, destaca Baggio. Dias complementa: “Vejo que os mais jovens têm muito respeito pela experiência que acumulamos”.

mercado O aumento do número de

idosos no país gerou uma pro-cura maior por profissionais que atendam este público. Há dois anos teve início em Maringá o curso técnico em cuidados com a pessoa idosa. “Os 23 alunos que se formaram na primeira turma estão empregados”, informa a coordenadora, Romilda Araújo. O curso tem duração de um ano e meio e as aulas acontecem de segunda a sexta-feira.

A segunda turma teve início no começo deste ano e alguns alunos já estão empregados. “A procura por esses profissionais é grande”, salienta Romilda. Na grade há aulas práticas e teóricas sobre anatomia humana, nutri-ção, psicologia, políticas públicas, atividades físicas e de lazer, entre outras. A próxima turma terá início em julho e os interessados já podem se inscrever no colégio Gastão Vidigal, em Maringá, onde ocorrem as aulas.

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meRcADO

todas as honras para os consumidores

ALém De OfeReceR PRODutOs De quALiDADe, LOjistAs PODem inVestiR em cOmODiDADes PARA tRAnsfORmAR Consumidores esporádiCos em Clientes fiéis

seRViçO De LeVA e tRAz PARA AnimAis que VãO ReceBeR BAnhO e tOsA e Disk entRegA sãO ALgumAs cOmODiDADes OfeReciDAs AOs cLientes DO ViDA AnimAL; na foto, a proprietária, margareti borella

todos os sábados a cadela Laila, da raça Lhasa Apso, tem encontro

marcado no pet shop Vida Animal. O dono de Laila, o vendedor Paulo Sérgio Marcão, comprou o animal no pet shop há pouco mais de um ano e, desde então, Laila é buscada em casa para tomar banho por meio

do serviço de leva e traz. “Em dias de chuva ela vai de automóvel e nos outros, de motocicleta, mas sempre com muita segurança”, frisa Marcão, que acrescenta que o serviço é uma comodidade, já que ele não dispõe de tempo para levar a cadela toda semana ao pet shop.

Além dos serviços comuns en-contrados em pet shops, como tosa, vacinas e cirurgias, o Vida Animal oferece algumas comodida-des para manter os bichinhos bem tratados e garantir a satisfação dos clientes. Segundo a proprietária, Margareti Borella, para cativar os

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nA ÓticA Diniz há Até um BAR PARA seRViR gRAtuitAmente Os cLientes, e neste mês A equiPe VAi estAR VestiDA cOm tRAjes De festA juninA

consumidores, são oferecidos serviços de disk entrega de ra-ção e de outros produtos, além de leva e traz de animais para banho e tosa.

O resultado é que são tantas as solicitações pelo serviço, que há dias em que Margareti não consegue atender todos os clien-tes. Em média, 15 animais to-mam banho e são tosados no pet shop todos os dias. E o veículo responsável pelo serviço de disk entrega percorre, em média, 150 quilômetros diariamente. Margareti conta que a exemplo da cachorrinha Laila, alguns bi-chinhos têm dia e horários fixos para o atendimento.

A também empresária Orle-te Maria Barth é cliente fiel do pet shop e utiliza o serviço de disk entrega a cada 15 dias. “Compro rações e remédios para os três cachorros”, conta. Orlete diz que o atendimento prestado é ágil e cômodo.

E é justamente pensando na comodidade dos consumidores e, na consequente, fidelização deles, que muitas empresas maringaenses têm apostado em diferenciais. O proprietário da Help Car, Roberto Koepsel, resolveu presentear os clientes fiéis. Quem deixar o carro para consertar, ficará com um carro emprestado da loja enquanto o seu estiver sendo reparado. O empresá-rio conta que percebeu a dificuldade dos clientes em ficar sem o automó-vel por vários dias. “Nossa ideia foi facilitar a vida do cliente”, diz.

E o retorno é positivo, segundo ele, que conta que os clientes se sentem agradecidos com a comodi-dade. “Sempre tem um consumidor comentando o diferencial ofereci-do”, ressalta.

Além disso, na empresa os clien-tes têm uma sala climatizada, onde há café, televisão e revistas. Koepsel adianta que em breve será instalado na loja um box próprio para troca de óleo e posteriormente os clientes passarão a contar com as vantagens de um cartão fidelidade.

Quem também investe em um espaço especial para cativar os consumidores é a rede Óticas Diniz, presente há três anos no mercado maringaense. No interior das lojas há um bar onde são servidos gratui-

tamente refrigerantes, café, balas, pirulitos e até sorvete.

Segundo a supervisora da rede, Juliana Coelho, neste mês os clien-tes serão agraciados com quitutes especiais em comemoração a São João. Quem passar pela loja ganha-rá quentão, pipoca, pé de moleque e outras comidas típicas de festa junina. “E todos os colaboradores estarão vestidos a caráter”, com-pleta Juliana. “Queremos que os clientes voltem sempre”, diz ela.

Há quase duas décadas no mer-

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nA LejOn A VARieDADe De PRODutOs e Os PReçOs cOmPetitiVOs estãO ALiADOs AO AtenDimentO PeRsOnALizADO; “ReceBemOs cLientes que Vêm POR inDicAçãO De OutROs”, Diz jOnAs feRReiRA

Segundo o consultor do Sebrae/PR Marcelo Wolff, existem alguns serviços e diferenciais que são vistos pelos clientes como cortesia, comodidade, praticidade, conforto e respeito:n ambientes climatizados;n loja com boa disposição dos equipamentos e displays de atendimento, possibilitando que o cliente toque e experimente o produto;n vitrines modernas, destacando produtos que realmente são novidade;n espaço para o descanso do acompanhante do cliente, como sala com TV, mesa para leitura e espaço para crianças e idosos;n acesso gratuito a internet;n manobrista para levar o veículo do cliente ao estacionamento da empresa;n oferta de cafezinho, sucos e outros, inclusive acompanhados de salgados, bolachas e pães;n serviços de entrega do produto e de presente com personalização;n possibilidade de levar os produtos para provar em casa com posterior fechamento da venda ou devolução;n loja virtual; n variedade de opções para pagamento;n sistema de pontuação cumulativa por compras efetuadas, com posterior troca por algum benefício, serviço ou produto; n acessibilidade.

Opções de comodidadescado, a Lejon Embalagens conta com estacionamento coberto, loja climatizada, um variado mix de mercadorias com preços compe-titivos, além de um atendimento personalizado, que inclui a oferta de suco, chá, café, doces e salgadinhos à clientela. E, assim como na Ótica Diniz, neste mês os funcionários estão vestidos com trajes caipiras e há diversos doces e salgados que remetem a festas juninas.

“Acima de tudo somos clientes e gostamos de um bom atendimento, menor preço e estacionamento. Percebemos deficiências nessas áreas e traçamos um planejamento para oferecer o melhor”, diz o pro-prietário, Jonas Garcia Ferreira.

A maioria dos clientes da loja é composta por comerciantes, que têm uma rotina corrida e buscam agilidade. “Por isso, percebemos a satisfação quando o cliente é prontamente atendido pela equipe e consegue encontrar todos os itens que necessita em apenas um lugar. Nosso objetivo é fazer o cliente ga-nhar tempo”, diz.

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Para o proprietário, o bom atendimento é o que mais agrada o consumidor, já que o fato de alguém estar prontamente prepa-rado para acompanhá-lo e separar a mercadoria enquanto toma um café, agiliza a compra. “Recebe-mos elogios, sugestões, além de atendermos clientes que vêm por indicação de outros consumidores que foram atendidos. E é justa-mente esse feedback que nos ani-ma para que possamos melhorar e inovar”, diz.

primeiro o plaNejameNtoSegundo o consultor do Serviço

Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/PR) Marcelo Wolff, os lojistas têm pro-curado novas formas e mecanismos

para atender cada vez melhor o seu público-alvo. “A questão do confor-to, comodidade e personalização do atendimento deve estar sempre na mente do empresário, pois por meio destas estratégias e da utiliza-ção de ferramentas adequadas de gestão é que ele irá atingir a satis-fação pelo atendimento prestado ao cliente”, explica.

Realizar um bom planejamento é um passo fundamental para agra-dar a clientela. De acordo com o consultor, toda ação que visa atrair, conquistar e fidelizar os clientes deve passar pela etapa do planeja-mento. Realizar estudos, elaborar estratégias e ensaios para pôr em campo as táticas de atendimento ajudam o lojista a atingir os objeti-vos. “Deve-se ainda observar se o

valor dos investimentos é compatí-vel com o fluxo de caixa para poder ou não implementar mudanças, projetos e ações”, alerta.

Ele explica que para cada tipo de loja caberá um ou alguns tipos de estratégias e ações. É fundamental também, segundo Wolff, definir o público-alvo, os objetivos a serem atingidos e realizar um monitora-mento constante para perceber se as estratégias estão no caminho correto e, se necessário, fazer ajustes.

Para quem desejar investir em comodidades, as dicas do consultor incluem estar atualizado sobre as novidades e tendências do setor em que atua, participar de feiras e congressos, buscar orientação de profissionais qualificados e pesqui-sar informações na internet.

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negÓciOs

Apenas os jogadores são amadoresnOs úLtimOs AnOs, mARingá gAnhOu mAis cAmPOs De futeBOL sOciety VOLtADOs PARA umA DemAnDA cRescente De jOgADORes; A gestãO Deste cAmPOs e O fORnecimentO De equiPAmentOs são feitos por empresários que Viram uma oportunidade de negóCio

A tradicional “pelada” com ami-gos após o expediente de tra-

balho é uma boa opção para quem gosta de futebol e para quem quer desestressar. Mas para muitos, o futebol amador é uma oportunida-de, profissional, de negócios. Em Maringá, os “boleiros” de plantão

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contam com cerca de 20 campos de futebol society para realizar partidas entre amigos, mas nem sempre foi assim. Jotani Alves é proprietário da Toca da Coruja e conta que há cinco anos, além do campo dele, havia apenas mais quatro. “A instalação de novos

campos society é resultado do au-mento do número de jogadores”, explica Alves.

Segundo ele, mesmo com o au-mento da concorrência, a agenda da Toca da Coruja continua lotada. Nos horários considerados nobres, como Alves intitula o período das 19 às 22 horas, só haverá vagas caso algum grupo venha a desistir. “A opção é jogar após as 22 horas ou nas tardes dos finais de sema-na”, argumenta. Cada grupo paga R$ 90 a hora.

O empreendimento foi instalado numa chácara. Na estrutura, além de campo com grama sintética, há uma lanchonete para que os clientes possam consumir bebidas durante um bate-papo antes ou após as partidas. Além da Toca

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metADe DO fAtuRAmentO DA kAshimA sPORts Vem DA VenDA De unifORmes PARA equiPes AmADORAs De futeBOL; nA fOtO, O emPResáRiO PAuLO nunes

jOgADORes DisPutAm umA PARtiDA em mARingá; em ALguns cAmPOs DisPOnÍVeis PARA LOcAçãO, nos horários após o expediente é preCiso esperar a desistênCia dos jogadores

da Coruja, Alves é representante comercial e viu no lazer de muitos uma oportunidade de aumentar a renda. “Para o próximo semestre estou programando investir em infraestrutura e fazer algumas me-lhorias no local”, planeja.

A paixão pelo futebol também tem sido motivo de satisfação e tem gerado renda extra para o empresário Dirceu Martins. Além de um escritório de contabilidade, Martins é proprietário da Chácara Recreio, que conta com três cam-pos sintéticos; um showbol (menor do que o de society) e o society. En-trou no novo negócio há sete anos, quando instalou apenas um campo e com o crescimento da demanda, ampliou a estrutura.

Para oferecer mais comodidade aos usuários, a chácara conta com lanchonete e quatro quiosques com churrasqueira e aparelho de televisão. Os usuários podem até receber uma ajudinha da tecnolo-gia, já que o local conta com um dispositivo que simula uma chuva leve ou brisa, que serve para re-frescar os jogadores em dias de alta temperatura ou sol.

Nos campos maiores, a agenda está lotada e para conseguir um horário, só se houver a desistência de algum grupo. No entanto, para não perder a partida, os jogadores podem ocupar o campo menor e aguardar uma desistência. Atu-almente, são cerca de 70 grupos

que frequentam assiduamente a Chácara Recreio.

O campo de futebol Show de Bola tem apenas um ano de fun-cionamento, mas seguindo a tendência do mercado, também mantém a agenda lotada. O valor de locação é maior que os demais: R$ 150, isso porque, segundo o gerente administrativo, Claudemar Fernandes Pelacani, há diferen-ciais em infraestrutura: grama sintética importada, placar eletrô-nico, quadra coberta e climatizada, entre outros. Pelacani conta que a ideia inicial do proprietário era construir um salão para festas, mas ele viu na locação de campo, uma oportunidade e decidiu investir. Pelacani acrescenta que o espaço ainda possui duas churrasqueiras, salão de festas para até 60 pessoas, lanchonete e estacionamento para 80 veículos.

Outro serviço oferecido pelo estabelecimento são filmagens das

partidas para que o grupo possa guardar e assistir posteriormente. Mas o serviço está provisoriamente suspenso, porque uma câmara que gerará uma imagem melhor está sendo adquirida.

ageNda lotada

Quem também tem se beneficia-do com o aumento dos jogadores amadores são as empresas que for-necem materiais para a construção e instalação dos campos. A Telas e Alambrado Maringá entrou nes-ta área há três anos, mas o boom começou em 2010. Atualmente, os campos de futebol society re-presentam 10% do faturamento da empresa, conta o proprietário, Edmar Aparecido de Souza. “Pare-ce pouco, mas por ser apenas um dos segmentos, isso faz diferença no faturamento. Além disso, não temos espaço na agenda para reali-zar mais atendimentos nessa área. Nossa agenda está lotada até a se-

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gunda quinzena de junho”. Em função da grande deman-da, a empresa dis-põe de uma equipe formada por três profissionais espe-cializados na insta-lação de alambra-do em campos de futebol.

Há dez anos no mercado, a Tac Telas, de acordo com o proprietário, Edson Luiz Cossich, tem registrado um au-mento no serviço de instalação de telas e alambrados em campos de futebol em Maringá. Segundo ele, trata-se de um investimento alto, cerca de R$ 30 mil, valor que varia conforme o tipo do material, altu-ra da tela e tamanho do campo.

Na Kashima Sports, a venda de uniformes para equipes ama-doras de futebol representa 50% do faturamento da empresa, que é especializada na comerciali-zação de artigos esportivos. O empresário Paulo Nunes conta que para atender a exigência do mercado e os “gostos” dos jo-gadores, a Kashima investe em novidades e desde maio, passou a personalizar os meiões do uni-forme, que era uma solicitação dos clientes.

Segundo Nunes, muitas equipes amadoras investem pesado no vi-sual para entrar em campo. Para isso, personalizam o uniforme (camiseta e calção) e não economi-zam na chuteira, que pode custar até R$ 1 mil. “Mulheres não gos-tam de estar na moda e gastam di-nheiro comprando sapatos? Quem gosta de jogar futebol, também é assim quanto ao visual do campo”, compara Nunes.

A chácARA é De PAuLO séRgiO cARniAti, que em Vez De VenDeR Ou LOcAR O imÓVeL mensALmente PARA umA fAmÍLiA, DeciDiu inVestiR em LOcAções POR DiA

negÓciOs

Diante da dificuldade para locar uma chácara para realizar as festas particulares, os turismólogos Leonardo Corradini e Alysson Rossei da Silva viram uma oportunidade de iniciar um negócio. Os dois decidiram lançar um portal especializado em imóveis para lazer e eventos em Maringá e região. “Decidimos centralizar as opções e facilitar a tarefa de localizar um local para lazer e eventos. No portal Central Chácaras agregamos a cadeia de produtos e serviços que está ligada a eventos”, explica Corradini.

Por meio do site www.centralchacaras.com.br, que está no ar desde dezembro de 2007, é possível localizar proprietários de imóveis, prestadores de serviços e fornecedores ligados a eventos. Os eventos particulares representam, conforme Corradini, 90% deste mercado, subdividindo-se basicamente em eventos familiares, religiosos e empresariais. “Poucas possuem

festa em chácaras vira negócio imobiliário

estrutura e estão legalizadas para eventos abertos e promoções (eventos com bilheteria)”, explica.

A demanda de locação desses imóveis se divide em de alta e baixa temporada. De novembro a fevereiro é o período de alta temporada, com média de cem locações por semana feitas por meio do site. Os demais meses são de baixa temporada, onde são registradas de 15 a 20 locações por semana.

O empresário Paulo Sérgio Carniati há oito anos adquiriu uma chácara em Maringá para morar com a família, mas após a aquisição decidiu se mudar para um apartamento. “Ficamos na dúvida se vendíamos ou alugávamos para uma família. Mas alugar para lazer e festas foi a opção mais acertada. Caso alugasse o imóvel, o valor mensal giraria em torno de R$ 1,5 mil. Hoje, este é o valor da diária da locação. Além disso, posso usar o espaço sempre que quiser”.

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VenDAs

cOmO se Deu suA inDicAçãO PARA DisPutAR A PResiDênciA DA Acim, já que nA histÓRiA DA entiDADe O senhOR fOi O únicO PResiDente que quAnDO Assumiu O cARgO eRA um executiVO e nãO um emPResáRiO? Eu era diretor financeiro, administrativo

e jurídico de uma sociedade de quatro em-preendimentos: somaco Automóveis, somaco locadora de veículos, Pecuária novo horizonte e triângulo Administradora de Consórcio. Como integrava a diretoria da ACIM fazia dez anos, além de ter experiência notória na iniciativa privada, também existia experiên-cia como diretor da entidade. Por isso, fui indicado como candidato único para assumir a presidência.

nO PeRÍODO em que O senhOR fOi PResiDente DA Acim escReVeu ARtigOs PARA DiVeRsOs jORnAis, incLusiVe em VeÍcuLOs De ciRcuLAçãO nAciOnAL. quAL eRA suA “BROncA” cOntRA O gOVeRnO nAqueLe PeRÍODO? vivi juntamente com outros empreendedo-

res um dos momentos mais significativos da política e da economia nacional: o processo de abertura política e, com o fim do regime militar, vieram planos econômicos para a estabilização da moeda, durante o período em que o presidente José sarney governou o país (1985/90). o governo de sarney foi marcado por

A condução da Acim durante a transição para a RepúblicaO ex-PResiDente DA Acim ALciDes siqueiRA gOmes Assumiu A entiDADe em 1986, DiAnte De um cenáRiO De inceRtezAs POLÍticAs e ecOnômicAs nO BRAsiL

PeRfiLALciDes siqueiRA gOmes PoR vERônICA MARIAno

planos econômicos controversos, como o “Plano Cruzado”, caracterizado pelo congelamento de preços e salários, e por uma euforia nacional de curta duração. Porém, as consequências so-ciais foram traumáticas: falência de pequenas empresas, recessão e inflação alta. Além de movimentos deflagrados, os artigos ganha-ram espaço nos meios de comunicação em todo país, sendo publicados em jornais como “Gazeta Mercantil”, “o Estado de s. Paulo” e “Folha de s. Paulo”, nos quais fui crítico e duro, principalmente quanto às promessas não cumpridas por parte do governo sarney.

nO PeRÍODO em que O senhOR PResiDiu A Acim, O BRAsiL hAViA AcABADO De migRAR DO Regime miLitAR PARA A RePúBLicA e A ecOnOmiA enfRentAVA mOmentOs DifÍceis...o pessimismo era geral em relação à ativi-

dade econômica, que não conseguia alcançar resultados positivos. naquele cenário se não houvesse uma intercessão nas questões estruturais da economia, não haveria solução para uma saída digna. Era preciso um bom entrosamento com o poder público em prol do desenvolvimento social e econômico.

DuRAnte suA gestãO Os emPResáRiOs chegARAm A fAzeR ALgumAs mAnifestAções PeDinDO mAis justiçA quAntO AOs juROs e tRiButOs. cOmO

fORAm essAs Ações? no dia 19 de fevereiro de 1987 aconteceu um

movimento a partir do qual se decidiu realizar várias formas de pressão ao Governo Federal. Enviávamos diariamente mensagens, por in-termédio dos meios de comunicação, outdoors e passeatas, às autoridades superiores. no dia 26 de fevereiro do mesmo ano foi realizado o “Dia do Protesto”, quando o comércio local fechou as portas e o empresariado maringaense saiu em passeata pelas ruas da cidade, tendo repercussão nacional.

tAmBém fOi nO PeRÍODO em que O senhOR PResiDiu A entiDADe que As sessões DA câmARA municiPAL PAssARAm A seR AcOmPAnhADAs POR um RePResentAnte DA Acim, AméRicO feRnAnDes. cOmO eRA esse PROcessO De AcOmPAnhAmentO juntO à câmARA?na época nomeamos um diretor espe-

cialmente para acompanhar as sessões do legislativo, o que permitiu acompanharmos de perto o trabalho legislativo. Por exemplo, quando a Câmara tentou aprovar o aumento no IPtu e nos impostos em geral utilizando índices superiores aos da inflação, sentamos para negociar com os vereadores e após va-rias ponderações conseguimos fazer com que os reajustes ficassem num patamar justo. Esta iniciativa trouxe resultados bastante positivos.

Alcides Siqueira Gomes é maringaense. Casado com Sônia Nunes Silva Siqueira Gomes e pai de cinco filhos, ele foi presidente da ACIM entre 1986 e 1987, num período de grandes mudanças, já que o cenário era de incertezas com o fim da Ditadura Militar e a retomada da República com o presidente José Sarney e o país enfrentava inflação, tributos e juros altos. Contrário à política econômica vigente, Gomes externou suas opiniões em artigos publicados em diversos jornais, inclusive de circulação nacional. Ele é o entrevistado na coluna perfil deste mês:

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Acim muLheR

um prato típico brasileiro num evento tradicional da Acim

A sétima edição da feijoada ACIM Mulher foi um sucesso. Em 28

de maio 350 pessoas participaram, por adesão, do evento realizado no Haddock Buffet. Além de sabore-arem o prato típico brasileiro, os participantes curtiram o som da banda de samba Grupo Art Lua.

A presidente do ACIM Mulher, Pity Marchese, explica que “o evento integra o calendário da ACIM e é uma oportunidade para confraternização e para network. E neste ano teve um cunho social, já que a todos os participantes foi pe-dida a doação de um litro de leite, que foi repassado ao instituto de responsabilidade social da Associa-ção Comercial (a Fundacim), que, por sua vez, doará para entidades sociais da cidade”.

Ela destaca que as conselheiras também estão empenhadas em realizar mais uma edição da Feira Ponta de Estoque, que acontecerá em julho, e tem organização do ACIM Mulher. Mas até lá elas têm trabalho pela frente: divididas em comissões, se reunirão com lojistas e prestadores de serviços para cui-dar de todos os detalhes que devem fazer da feira, mais uma vez, um sucesso de público e de vendas. A expectativa é receber 250 mil pes-soas em quatro dias de evento.

A feijoada ACIM Mulher teve os seguintes patrocinadores: Água de Cheiro, Baby Sol, Cesumar, Fiat Via Verdi, Gráfica Caiuás, Haddock Buffet, Hospital Pró-visão, Kashi-ma Sports, KM Telecom, Lacoste, Liberty Seguros, Lunna Indústria, Maringá Park Shopping Center, Moraes & Moraes Imóveis, Não + Pêlo, O Casulo Feliz, ORP Turis-mo, Ótica Comercial, PAM, Rede Telesul, Shopping Center Brasil, Shopping Cidade, Sol Propaganda, Supermercados São Francisco,

feijOADA Acim muLheR fOi ReALizADA nO hADDOck Buffet;

nA fOtO menOR As cOnseLheiRAs, que

têm muitO tRABALhO PeLA fRente cOm A

ORgAnizAçãO DA feiRA POntA De estOque

TCCC, Viação Garcia e Vita Derm.

participação em eveNtosMaio foi um mês movimentado

para as conselheiras do ACIM Mu-lher. Além de mais uma edição da feijoada, elas realizaram o Fórum ACIM Mulher e participaram de dois eventos voltados para mulhe-res: a primeira edição paranaense

do Rally do Batom, realizado em 22 de maio, e a “3ª Corrida da mulher de combate ao Câncer”, também realizada em 22 de maio. No caso da corrida, os recursos ar-recadados com as inscrições serão destinados a Rede Feminina de Combate ao Câncer, entidade que oferece apoio aos pacientes com câncer de Maringá e região.

GIovAnA CAMPAnhA

A feijOADA Acim muLheR Reuniu 350 PessOAs nO hADDOck Buffet; partiCipantes doaram um litro de leite que será repassado a entidades soCiais

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A coluna Maringá Histórica deste mês mostra exemplos de prédios históricos, que apesar de terem sofrido algumas modificações, so-breviveram ao tempo e preservam as características arquitetônicas do período em que foram constru-

ídos: fachadas, arquitetura, janelas e portas atestam que o imóvel tem raízes no período de colonização.

Apesar de Maringá ter comple-tado 64 anos recentemente e de viver um período de efervescên-cia imobiliária, a cidade não deve

deixar de preservar os edifícios com mais de 40, 50 anos de exis-tência e que são um patrimônio da cidade.

miguel fernando é especialista em história e sociedade do brasil

Prédios históricos e suas faces com o presente

MIGuEl FERnAnDohistÓRicAmARingá

EDIFÍCIO LANGOWSKIInaugurado na década de 1940, é considerado o primeiro prédio da cidade. Localizado na avenida Brasil esquina com a Rua José Jorge Abraão (antiga Rua Cleópatra), apesar das modificações, a arquitetura ainda preserva o traçado original

CAFEEIRA SANTA LUZIAEra de propriedade de Américo Dias Ferraz, que foi o segundo prefeito de Maringá (1956-1960). Localizada na rua José Jorge Abraão, a Máquina de Café registrou grandes movimentaçõesfinanceiras de compra e venda do “ouro verde”

BANCO COMMERCIAL DE SÃO PAULO (com dois “M”) Foi inaugurado no início da década de 1950 efuncionou na avenida Brasil quase esquina coma avenida Getúlio Vargas. Ele se fundiu a outrasinstituições financeiras sob a denominação deBanco União Comercial e foi incorporado peloBanco Itaú

PRIMEIRA LOJAMAÇÔNICA DE MARINGÁA Loja da Justiça, inaugurada em 22 de setembro de 1951, está localizada na avenida Itororó, 101

Fotos atuais: Walter Fernandes

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esPORte

empresas amigas do esportese POR um LADO As AssOciAções esPORtiVAs PRecisAm DOs inVestimentOs DA iniciAtiVA PRiVADA, PARA As emPResAs, é umA OPORtuniDADe De AtReLAR à mARcA AO esPORte; mas por falta de reCursos há atletas disputando Competição representando outra Cidade

mesmo com o apoio da Secre-taria de Esportes e Lazer de

Maringá, que repassa cerca de R$ 2,15 milhões por ano para as 21 associações esportivas da cidade, os projetos esportivos precisam de investimentos da iniciativa privada. Para as empresas, é uma oportu-nidade de atuar socialmente e de associar à marca ao esporte, garan-tindo mais visibilidade à empresa.

A Usina Santa Terezinha é uma

ALunOs DA AssOciAçãO mARingá De BAsquete; PARA integRAR A equiPe, as Crianças preCisam ter boas notas na esCola

das patrocinadoras de atividades esportivas. Há oito anos, a empresa apoia, de olho nas causas sociais, 600 crianças que praticam bas-quete em Iguatemi e em Maringá, custeando professores e estagiários de Educação Física, compra de uniformes e materiais necessários para o esporte. O investimento anual é de R$ 80 mil. “Tiramos as crianças da rua oferecendo o es-porte”, diz o diretor da usina, Paulo

Meneguetti. A escolha da modalidade foi

calcada na idoneidade do projeto. “Sabíamos que era um trabalho responsável, por isso decidimos investir”, diz. E agora a empresa pretende ampliar os investimentos no esporte e estuda o handebol como um projeto para 2012.

Meneguetti analisa que o inves-timento, além de patrocinar o es-porte socialmente, dá visibilidade à

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“AcReDitAmOs que quAnDO umA PessOA escOLhe um PLAnO De sAúDe, se LemBRARá De umA OPeRADORA sOciALmente ResPOnsáVeL”, Diz O PResiDente DO PAm, PAuLO LimA

empresa. “Patrocinamos um atleta do atletismo. O resultado foi bas-tante positivo e até um funcionário do Banco Nacional de Desenvolvi-mento Econômico e Social (BNDES) nos telefonou parabenizando pelo trabalho”.

Associar à marca ao esporte faz com que o consumidor passe a nu-trir um sentimento de simpatia pela marca, mas uma atitude indevida da equipe patrocinada ou dos diri-gentes pode causar consequências negativas à imagem da empresa. E é justamente por isso que a usina avalia com critérios o projeto que irá investir. “Devemos conhecer bem os responsáveis por organizar e levar o projeto adiante para ter-mos certeza de que o resultado do investimento será positivo e bem aplicado”, explica.

Outro esporte que recebe o patrocínio da iniciativa privada é o handebol. Por meio do projeto “Pró-handebol Social Unimed”, financiado pela cooperativa Uni-med Regional de Maringá, mais de 700 crianças de escolas públicas passaram a receber incentivo para a prática esportiva desde 2003. De acordo com o diretor de mercado, José Francisco da Silveira, este incentivo, que inclui custeio dos professores e de uniformes, tem levado o esporte da cidade à equipe nacional. “Alguns atletas formados no handebol de Maringá foram con-vocados para a seleção brasileira e até técnicos maringaenses fazem parte do time”.

No caso da Unimed, o investi-mento em esporte é uma estratégia que culmina com os objetivos da empresa. “Hoje a Unimed Maringá patrocina atletas e eventos que promovem saúde, bem-estar, quali-dade de vida, medicina preventiva, educação, responsabilidade social,

A Lei de Incentivo ao Esporte, 11.438 de 2006, prevê a destinação de uma parcela do Imposto de Renda para o esporte. As pessoas físicas que fazem a declaração completa do Imposto de Renda podem destinar até 6% e as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real podem destinar até 1%.

Podem receber o incentivo instituições sem fins lucrativos e de natureza esportiva, com pelo menos um ano de funcionamento. Todos os projetos precisam ser analisados e aprovados por uma comissão técnica composta por representantes governamentais e membros do setor desportivo e paradesportivo.

esporte e lazer, pois trabalhamos com saúde e recomendamos a ado-ção de hábitos saudáveis”, conta Silveira.

Além do patrocínio ao handebol, a cooperativa realiza a Copa Uni-med há 13 anos, com competições esportivas com a participação de crianças e adolescentes. Segundo Silveira, a competição visa à de-mocratização da prática esportiva e o apoio social. “Pretendemos que todos os jovens estudantes pos-sam participar, como um fator de desenvolvimento humano, físico, intelectual e social”.

No caso do marketing esportivo há uma característica diferenciada das outras estratégias, pois ele atinge o consumidor em momentos de lazer, quando está mais aberto à mensagem da empresa e dos produtos. “Com o investimento no esporte atingimos todos os nossos objetivos de comunicação, com a interação junto aos jovens de for-ma direta e com a comunidade em geral em momentos de diversão e confraternização”, diz Silveira,

Lei de incentivoao esporte

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acrescentando que diversos atletas que participaram da Copa Unimed, hoje são clientes. Para ele, “o es-porte é mais rentável do que várias mídias tradicionais por acrescentar à mensagem uma grande dose de emoção. E a empresa por meio dos valores atribuídos ao esporte, como superação, trabalho em equipe e liderança, fica registrada na vida das pessoas como incentivadora do sucesso individual”, diz Silveira.

resultadosO Ciagym, que assiste diretamen-

te mais de 550 crianças e jovens que praticam várias modalidades de esporte, entre elas o futsal e a ginástica rítmica, é patrocinado pelo PAM Saúde em parceria com o Ins-tituto de Medicina Integrada (IMI). Além disso, as mães dos atletas têm a oportunidade de capacitação profissional com o projeto Bordan-do a Cidadania, onde aprendem a bordar, o que pode auxiliar na renda mensal das famílias envolvidas.

No caso de empresas relaciona-das à área da saúde, como o PAM, o investimento em esporte pode incentivar a prática de exercícios físicos, que são mantenedores da boa saúde. “Acreditamos que quan-do uma pessoa escolhe um plano de saúde, se lembrará de uma ope-radora socialmente responsável”, diz o presidente do PAM Saúde, Paulo Lima.

Lima acrescenta que antes de investir num esporte é preciso pla-nejamento para identificar como obter retorno. Planos de comunica-ção, de marketing e de assessoria de imprensa compõem o mix de ferramentas que podem poten-cializar o investimento. “Fazemos análises sobre o reflexo que a ação do marketing esportivo causa à imagem da empresa. É necessário ter estratégia em qualquer ação que influencie na imagem da or-ganização”, afirma Lima. Mas ele reforça a importância do projeto como apoio social. “Damos a opor-

tunidade para crianças e jovens praticarem o es-porte e até serem atletas profissionais, vivendo longe das drogas e da marginalidade”. O PAM apoia outras modalidades esportivas, como o jiu-jtsu, atletismo e futebol de campo.

Fundada por vetera-nos, a Associação Ma-ringá de Basquete tem proporcionado a prática de esporte para mais de 600 crianças, que devem ter boas notas na escola, já que os boletins são checados pelos veteranos e pelos professores de educação física.

Para o atual presidente da Associação, o veterano Otávio Chaves, mais conhecido como Cambará, sem o incentivo das em-presas, neste caso principalmente da Usina Santa Teresinha, o projeto não teria continuidade.

Além de dar lugar ao basquete na rotina diária, com os treinamentos na associação, as crianças passam a criar expectativas para o futuro. De acordo com Cambará, os profissio-nais envolvidos são exemplo para as crianças. “Eles são espelhos, pois disputam na equipe principal. Isso desperta o interesse das crianças pelos ídolos e incentiva a vontade de progredir no esporte”.

Outro exemplo de projeto que sobrevive com patrocínio é a As-sociação Maringaense de Voleibol (Amavolei). De acordo com um dos fundadores, o professor e técnico de voleibol em Maringá há mais de 30 anos Valdemar Umbilino da Silva, conhecido como Dema, sem recursos seria difícil manter o projeto. “A importância destes

A equiPe De VôLei mARingAense DisPutA jOgOs De nÍVeis nAciOnAis, mAs PARA ingRessAR nA suPeRLigA seRá necessáRiO um inVestimentO muitO mAiOR, segunDO O técnicO, DemA

esPORteW

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“A falta de apoio fez com que meus alunos passassem a disputar campeonatos de natação representando outra cidade.” A afirmação é de Erick Moreno Marques, técnico da Escola de Natação Ingá Pool.

Desde 2007, a escola oferece bolsas para que crianças carentes tenham a oportunidade de praticar o esporte. A equipe representava Maringá nas competições até o ano passado, mas por falta de recursos neste ano os atletas maringaenses passaram a disputar os campeonatos representando a Associação Atlética Comercial de Cascavel.

Marques conta que a equipe tem atletas que estão classificados entre os 20 melhores do país, um deles inclusive é campeão brasileiro e agora está treinando em São Paulo por falta de patrocínio em Maringá. Segundo ele, há atletas que são potenciais candidatos a participar das Olimpíadas de 2016. “Mas como vou mantê-los até lá?”, indaga. Ele mesmo já tirou “dinheiro do bolso” para que os atletas pudessem participar das competições. “Temos vontade de trabalhar e atletas dedicados, mas precisamos de apoio para conseguir treinar e sustentar

a equipe”.“temOs VOntADe De tRABALhAR e AtLetAs DeDicADOs, mAs PRecisAmOs De APOiO PARA cOnseguiR tReinAR e sustentAR A equiPe”, Diz O técnicO, eRick mORenO mARques

recursos sejam eles financeiros ou de infraestrutura é primordial para o projeto”, diz. Mas ele também lembra que a Amavolei já enfrentou dificuldades financeiras.

Dema analisa que o custo para a realização de treinamento de qualidade dos atletas depende dos objetivos propostos. “Atualmente temos boa participação em Jogos da Juventude e Jogos Abertos do Paraná, mas para ingressarmos na Superliga, de nível nacional, o inves-timento deve ser bem maior. Sem verba não adianta nem tentar”.

Associações como a Amavolei ajudam a divulgar o nome de Ma-ringá na mídia nacional e contam com torcedores fiéis. “Nossa cidade é carente de ter atletas com partici-pações esportivas de alto nível e o torcedor nos cobra na rua por esta falta de participação, mas depende-mos dos governantes e de empre-sários que queiram investir”.

Os recursos repassados pela Secretaria de Esportes e Lazer

falta de patrocínio leva equipea representaroutra cidade

de Maringá à Amavolei totalizam aproximadamente R$ 206 mil por ano. De acordo com o Secretário de Esportes, Walter Guerlles, o custeio da participação em competições na-cionais não é responsabilidade da secretaria. “Quase todas as equipes que disputam as ligas nacionais são patrocinadas pela iniciativa priva-da. Incentivamos a participação nos jogos oficiais do Paraná, que sào os Jap’s e Jojup’s”, explica. Guerlles ainda analisa que as empresas, ao investirem no esporte, “têm o fortalecimento da marca, conquista de mercado, aumento do reconhe-cimento do público, envolvimento da empresa com a comunidade e responsabilidade social.”

Para a manutenção dos treina-mentos, além do incentivo finan-ceiro da prefeitura de Maringá por meio da Secretaria de Esportes e Lazer, a Amavolei conta com o apoio do Colégio Regina Mundi, Faculdade Uningá, Academia do Futebol e do Santa Rita Saúde.

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sOcORRO RáPiDO e PROceDimentOs cORRetOs fAzem A DifeRençA entRe A ViDA, sem sequeLAs, e A mORte PARA VÍtimAs De AciDentes De tRânsitO e AVc; saiba reConheCer sinais de aCidentes Cerebrais e o que fazer num aCidente de trânsito Com Vítima

Primeiros socorros que salvam vidas

há três meses o empresário An-tônio Roberto Cuenca Areas so-

freu um acidente vascular cerebral (AVC). Socorrido imediatamente, ele foi levado ao hospital e ficou três dias em observação na UTI. O atendimento feito por uma equipe médica especializada e o socorro rápido foram cruciais para que Areas não ficasse com sequelas graves. Hoje o empresário sente apenas um pouco de dificuldade de movimentar uma das mãos.

O médico que conduziu o aten-dimento do empresário foi Paulo César Otero Marcelino, que ressalta que diante de uma pessoa que está sofrendo um AVC o primeiro passo deve ser pedir socorro por meio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que fará o enca-minhamento ao hospital que terá um médico especialista de plantão. O médico alerta que se deve evitar a procura de um hospital por conta própria, já que o paciente perderá tempo no atendimento e às vezes será levado a um hospital que não tem serviço especializado.

Mas como reconhecer os sinais de um AVC? Eles geralmente apa-recem de forma súbita, sendo que os principais são desvio da boca,

perda da força de um lado do corpo e dificuldade para falar. Os sinto-mas podem ser isolados ou não. O próprio Areas estava trabalhando quando sentiu a boca entortar e perdeu a força do braço. Ele acredi-tava que estava sentido apenas um mal-estar, mas os colegas de traba-lho resolveram levá-lo ao hospital. Era um AVC.

Para capacitar a população com foco na melhoria dos índices de sobrevida de vítimas de AVC sem sequelas, de parada cardiorres-piratória (PCR) e infarto agudo do miocárdio (IAM), a Secretaria de Saúde de Maringá firmou, em 2007, uma parceria com o Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa, que prevê a realização de projetos acordados entre o Ministério da Saúde, Sistema Único de Saúde (SUS), Conselho Nacional de Secre-tários da Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

De acordo com o Secretário de Saúde de Maringá, Antônio Carlos Nardi, Maringá é uma das quatro cidades brasileiras contempladas com o programa A Cidade em Defesa da Vida. “A parceria visa à capacitação de profissionais da

saúde e da comunidade no atendi-mento de urgência e emergência até a chegada do Samu”, diz Nardi, acrescentando que o atendimento pronto e de boa qualidade exerce papel crucial na redução da morbi-mortalidade.

A primeira etapa do programa, realizada em 2009, teve foco na capacitação dos profissionais de saúde de níveis superior e médio, como médicos, enfermeiros e odontólogos. Na segunda etapa fo-ram realizados treinamentos para professores das redes municipal, estadual e privada de ensino, edu-

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equiPe De AtenDimentO DO sAmu: nOs quAtRO PRimeiROs meses DO AnO foram registrados mais de 2,7 mil aCidentes na Cidade

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cadores físicos, escoteiros, pastores e membros de pastorais da saúde. Na terceira etapa, iniciada em 2010, foram capacitados 3,8 mil alunos dos ensinos fundamental e médio da rede municipal de ensino. Esta etapa prossegue atualmente com a capacitação direcionada à população em geral.

Prova da eficácia da parceria é que a taxa de sobrevida sem sequelas nas vítimas de parada

cardiorrespiratória aumentou de 2% para 5%. Além disso, houve di-minuição de tempo entre o registro do acidente e a chegada do Samu, aumento do número de pacientes que recebem ressuscitação cardio-pulmonar (RCP) antes da chegada do Samu, melhora da qualidade da RCP, aumento da porcentagem de choques por desfibrilador no primeiro minuto após o colapso e aumento do retorno da circulação

espontânea devido a RCP. Houve também um aumento sig-

nificativo do número de pacientes que chegam vivos aos hospitais e aumento do número de pacientes que receberam alta hospitalar com diminuição das sequelas neurológi-cas. Até o momento dez mil pesso-as foram capacitadas para atender casos de urgência e emergência e, segundo Nardi, a meta é ao final do projeto ter 50% da população maringaense capacitada.

Quando o assunto é trânsito, o secretário diz que os primeiros mi-nutos após o acidente são cruciais e o socorro rápido e eficiente faz a diferença entre a vida e a morte da vítima. “Um atendimento ágil e tec-nicamente efetivo evita ações que no intuito de ajudar, muitas vezes podem provocar ainda mais danos por mexer na vítima de forma ina-dequada”, diz. Ele explica que em alguns casos, o “auxílio” pode até resultar na morte do acidentado, já que as estatísticas mostram que em acidentes de automóvel cerca de 20% dos óbitos ocorrem por falta de primeiros socorros ou mau atendimento. O índice pode ser reduzido consideravelmente se a população estiver preparada para reconhecer uma parada cardiorres-piratória e realizar o atendimento adequado até a chegada do Samu, realizando a desobstrução das vias áreas superiores, fazendo massa-gem cardíaca e acionando o socorro imediato.

Mas quem deverá ser acionado em caso de acidente? Conforme um convênio firmado entre o De-partamento Estadual de Trânsito (Detran), a Prefeitura de Maringá e a Polícia Militar, em acidentes de trânsito a responsabilidade pelo atendimento é da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros (SIATE) e do

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Samu. “É também de responsabili-dade exclusiva da Polícia Militar a elaboração dos boletins de ocorrên-cia dos acidentes”, diz o Secretário de Transportes de Maringá, Valdir Pignata.

O 2º tenente do Corpo de Bom-beiros de Maringá, Nivaldo do Rego, explica que quando houver qualquer acidente com trauma, primeiramente deve-se acionar o Corpo de Bombeiros e em caso de acidente de trânsito, a Polícia Militar também deverá ser aciona-da pelo telefone 190. “Quem for comunicar o acidente ao Corpo de Bombeiros deve informar o local exato da ocorrência, identificando um ponto de referência, e fazer uma descrição sumária sem se preocupar em dar muitos detalhes para não atrasar o acionamento da equipe de socorristas”, alerta.

A responsabilidade da Setran, segundo Pignata, é exclusivamen-te de fiscalizar o trânsito na via onde foi registrado o acidente de

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trânsito. E até que a Polícia Militar e os agentes da Setran cheguem ao local, o conselho é que sejam tomadas as medidas de segurança, ligando o pisca-alerta, acendendo os faróis e colocando o triângulo de sinalização.

O tenente Rego explica que os primeiros socorros dependem do tipo de acidente, tipo de le-são e estado da vítima. A função dos bombeiros é providenciar a segurança do local, identificar a vítima e a extensão dos ferimen-tos, realizar os procedimentos obedecendo a um protocolo de atendimento para cada caso e informar o médico regulador do Samu, que orientará para qual unidade médica o paciente será encaminhado. Dependendo da gravidade do caso, será encami-nhado para o local um suporte avançado (médico).

Marcelino alerta que o ideal é não tocar na vítima de acidente, mas existem situações em que o risco de

vida é eminente e, nestes casos, é possível ajudar, mas sempre prote-gendo a região cervical, por ser um local sensível a trauma e que pode ser fraturado facilmente.

ocorrêNciasMotociclistas e condutores alco-

olizados aliados a imprudência e excesso de velocidade representam a maioria dos acidentes ocorridos no trânsito de Maringá, segundo o tenente Rego. De acordo com dados da Setran, de janeiro a abril deste ano foram registrados 2.724 acidentes, com 22 vítimas fatais. Em 2010 ocorreram 6.628 aciden-tes, com 81 óbitos.

Pignata explica que os locais com maior número de acidentes são as avenidas Brasil e Morangueira, se-guidos das avenidas Pedro Taques, Anel Viário Sincler Sambatti, Tuiuti, Mandacaru, Alexandre Rasgulaeff, Cerro Azul, Guaiapó e Paraná. Se-gundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), são con-

A PRimeiRA PROViDênciA DiAnte De umA PessOA que está sOfRenDO AVc é AciOnAR O sAmu PARA VeRificAR quAL hOsPitAL cOntA cOm um esPeciAListA De PLAntãO, segunDO O méDicO PAuLO césAR OteRO mARceLinOW

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mARingá PARticiPA De um PROgRAmA De cAPAcitAçãO De PROfissiOnAis DA sAúDe e DA POPuLAçãO PARA AtenDimentOs De uRgênciA e emeRgênciA Até A chegADA DO sAmu; nA fOtO O secRetáRiO DA sAúDe, AntôniO cARLOs nARDi

niVALDO DO RegO, DO cORPO De BOmBeiROs, AcOnseLhA que As PessOAs que fORem cOmunicAR AciDentes sejAm sucintAs e infORmem O LOcAL exAtO DA OcORRênciA

sideradas oficias as mortes ocorri-das no local ou após 30 dias. “No Brasil, “95% das cidades informam somente as mortes no local”, diz o secretário, acrescentando que Ma-ringá segue a proposta da ABNT.

As sirenes dos veículos socorris-tas são sinais fáceis de identificar e não devem ser ignoradas pelos motoristas. Se uma ambulância ou viatura trafega com a sirene aciona-da, o motorista pode “furar” o sinal ou jogar o carro no acostamento para liberar a passagem, procedi-mentos que, aliás, estão previstos no Código de Trânsito Brasileiro.

De acordo com o código, os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os da po-lícia, fiscalização e operações de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada quando em serviço de ur-gência e devidamente identificados por dispositivos de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente. Quando os dispositivos estiverem

acionados, indicando a proximida-de dos veículos, todos os conduto-res deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda e parando se necessário, e os pedestres, ao ouvirem o alarme sonoro, deverão aguardar no passeio, só atraves-sando a via quando o veículo tiver

passado pelo local. Pignata acrescenta os veículos

que cometerem infrações de trân-sito para facilitar a passagem de veículos que farão atendimento de emergências, como nos casos mencionados acima, não serão penalizados com multas.

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emPRegO

Qualificação: a menor distância até o mercado de trabalhoem temPOs De ecOnOmiA AqueciDA, As VAgAs De emPRegO sÓ AumentAm e PARA suPRiR A DeficiênciA De mãO De OBRA, emPResAs PRecisAm quALificAR nOVOs tRABALhADORes para não Correrem o risCo de ter que frear o CresCimento

Luiz Felipe Teixeira Rodrigues é gerente de manutenção da

Construtora Sanches Tripoloni desde o início deste ano. Técni-co em mecânica industrial, em eletroeletrônica e em mecânica diesel de máquinas pesadas, Rodrigues coordena uma equipe formada por cerca de 25 pessoas, responsável pela prevenção e ma-nutenção de equipamentos caros. Tamanha responsabilidade parece incompatível com a pouca idade do jovem, que completa 20 anos neste mês.

A receita? Além de se declarar um apaixonado por mecânica, robótica, elétrica e eletrônica, ele viu na falta de mão de obra quali-ficada do setor uma oportunidade de construir o futuro profissional. “Sempre fiz treinamentos e está-gios para estar mais preparado para a competitividade no mer-cado de trabalho”, revela. Além da formação técnica, o gerente incrementou o currículo com cur-sos complementares, a exemplo de inglês, informática, SolidWorks e AutoCAD, estes últimos especí-ficos para a elaboração de peças de desenho técnico e modelos tridimensionais.

O incentivo à qualificação per-manente faz parte da rotina do gerente. Há pouco tempo ele passou por treinamento para as-sumir um cargo de liderança na

fALtA De mãO De OBRA é um PROBLemA enfRentADO POR DiVeRsOs segmentOs e há Até cOncORRênciA entRe As emPResAs PARA cOntRAtAR PROfissiOnAis que estão ConCluindo Cursos de formação

empresa, tendo assistido aulas de psicologia para entender mais sobre liderança e comportamento. Rodrigues se diz satisfeito com a carreira profissional e o posto que alcançou até agora, pelo qual o salário gira em torno de quatro a cinco salários mínimos. Os pla-nos incluem a permanência no cargo de liderança para adquirir mais experiência, iniciar um cur-so superior e tentar um cargo de diretoria no futuro.

Os voos almejados pelo jovem gerente poderiam ser encarados como ousados se a ele faltassem dois requisitos básicos para uma vida profissional de sucesso: pai-xão pelo que faz e a constante atualização. “O trabalho não é fácil. O cargo que ocupo exige muita responsabilidade, mas é uma área que eu amo. E é isso que acho mais importante, até mais do que o salário”, afirma.

No setor em que atua, Rodri-gues é uma exceção. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecâni-cas e de Material Elétrico de Ma-ringá (Sindimetal), Carlos Walter Martins Pedro, uma situação que desfavorece a indústria é o desin-teresse dos jovens pelo setor, fato que não consegue ser revertido nem mesmo com os bons salários oferecidos. “Os jovens muitas ve-zes preferem ocupar as vagas dos

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Qualificação: a menor distância até o mercado de trabalho

shoppings dos que as das indús-trias. Precisamos conscientizá-los de que o trabalho na indústria é digno, bem remunerado, num ambiente limpo e rentável”, diz Pedro.

O Serviço Nacional de Apren-dizagem Industrial (Senai) é um dos aliados na formação deste profissional tão requisitado pelo mercado de trabalho. Somente com o Sindimetal, o Senai pro-move cursos gratuitos em bairros da periferia de Maringá e em pequenas cidades da região. O

último, no mês passado, foi no Parque Itaipu. Senai e Sindimetal abriram 40 vagas para homens e mulheres no curso de auxiliar de mecânica industrial, com duração de duas semanas. Os alunos com boas notas seriam encaminhados para emprego imediato.

Estes cursos são direcionais para as funções nas quais a de-manda por mão de obra quali-ficada é maior, como soldador, auxiliar de mecânica industrial, torneiro mecânico CNC e conven-cional. A duração é de dois meses

a dois anos e os alunos que se destacam são encaminhados para a contratação formal.

Foi o caso de Kássia Adriana Antunes. Com o ensino médio completo, ela fez o curso de torneiro mecânico e trabalha desde fevereiro na Planti Center, em Marialva, uma indústria de plantadeiras. Uma das poucas mulheres do setor, Kássia quer se especializar na área de torno CNC, um equipamento automático no qual o processo de usinagem é feito por comandos numéricos computadorizados. “Vi no curso uma oportunidade de emprego. O trabalho é bom, mas puxado.”

empregabilidade Se, muitas vezes, o diploma em

nível superior não é garantia de uma boa colocação no mercado de trabalho, o contrário se pode dizer da educação profissional ofereci-da pelo Senai. O coordenador de educação profissional do Centro de Educação Profissional do Senai em Maringá, Cláudio Alves Batis-ta, informa que a empregabilidade chega a 95%, dependendo da modalidade do curso e da área de atuação. No entanto, uma especi-ficidade contribui para o elevado índice. “Para as ocupações indus-triais, a qualificação profissional é um pré-requisito. Certas funções não podem ser exercidas sem o devido preparo”, explica.

Paulo Mascarenhas de Oliveira concluirá o curso de técnico em eletrotécnica em julho e já está trabalhando como autônomo. Torneiro mecânico por profissão,

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ele migrou de área depois de 18 anos de dedicação por conta de um acidente de trabalho sofrido em 2007. “Ser torneiro mecâ-nico é a paixão da minha vida profissional, é tudo o que gosto de fazer. Fui obrigado a mudar de setor por necessidade, para voltar a trabalhar”, conta.

Algumas indústrias optam por preencher as vagas disponíveis por meio do Banco de Emprego do Senai – alternativa utilizada com frequência pelos associados do Sindimetal - ou pelo programa de qualificação in company. Enquanto por meio do Banco de Empregos, os alunos e ex-alunos (qualificados ou que estão se qualificando) do Senai são encaminhados para o mercado de trabalho, após passar por uma triagem com assistente social do sindicato em questão, a modalidade in company é desen-volvida exclusivamente para a empresa. “O conteúdo e a carga

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A emPRegABiLiDADe entRe As PessOAs que cOncLuÍRAm cuRsOs De eDucAçãO PROfissiOnAL chegA A 95%, DePenDenDO DA áReA De AtuAçãO, segunDO O cOORDenADOR DO senAi, cLáuDiO ALVes BAtistA

geRente De mAnutençãO, Luiz feLiPe RODRigues cOmAnDA umA equiPe De 25 PessOAs; eLe semPRe inVestiu em tReinAmentOs e estágiOs PARA se PRePARAR PARA O meRcADO

horária são estruturados em con-junto, adequados às necessidades da empresa e dos colaboradores”, diz Batista, do Senai.

tecNologia da iNformação Mas não é apenas a indústria

que tem enfrentado dificulda-de para contratação de mão de obra especializada. O setor de tecnologia da informação tem investido em qualificação para suprir a demanda por postos de trabalho. Maringá possui cerca de 70 empresas formais de softwa-re, que geram por volta de dois mil empregos diretos. Em uma pesquisa informal realizada no início de 2011 com mais de 30 associadas, a Software by Marin-gá (SbM) detectou que até o final do ano a maioria tem planos de crescimento, o que poderá agra-var o já presente déficit de mão de obra, estimado em 150 postos de trabalho.

Uma das alternativas para minimizar o problema é o trei-namento em tecnologia da infor-mação realizado em parceria com o Senai, por meio do Centro de Tecnologia e Educação Profissio-nal de Maringá (CTM). Instituído em 2007, o SbM-Trainee oferece 20 vagas em treinamentos con-tínuos, com duração média de três meses. Os alunos aprendem

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“A mãO De OBRA está escAssA ReALmente. estAmOs cOm um gRuPO De emPResAs nO Limite DA PRODuçãO”, Diz O PResiDente DA sBm, sAnDRO mOLés DA siLVA

A política de qualificação profissional da Noma do Brasil começou em 1980. Em 2001 o trabalho foi intensificado e tiveram início as atividades de treinamento na empresa, oferecendo aos colaboradores aulas teóricas e práticas. Todos os novos funcionários participam de treinamento de integração no dia da admissão e seguem treinando durante o período de experiência.

Os treinamentos internos visam dar oportunidade de promoção e crescimento profissional àqueles que já estão na empresa, assim como suprir uma necessidade dos setores onde há a exigência de qualificação específica e dificuldade de contratação. “Todos os dias temos turmas sendo treinadas para o desenvolvimento dos nossos colaboradores. Os treinamentos seguem um cronograma de

Incentivo à ascensão profissionaldemanda interna e atualmente os mais realizados são de pintura, solda, montagem de equipamentos, metrologia e leitura e interpretação de desenhos”, diz Ariane Romagnolli, gerente de Talentos Humanos. Segundo ela, 73% dos funcionários que hoje trabalham na área produtiva da fábrica se profissionalizaram internamente. “Temos funcionários que começaram na função de ajudante geral e hoje exercem cargos de gestão, pois aproveitaram as oportunidades oferecidas pela empresa e participaram dos treinamentos internos”, diz ela.

A exemplo de outros indústrias do setor metalmecânico, a principal demanda da empresa no corpo funcional é de operadores de máquinas, para as funções de tornos e prensas, além de pintura e solda.

noções de lógica, programação e até de psicologia. A cerimônia de encerramento do curso da última turma, formada por 11 alunos, foi em 24 de maio.

“A mão de obra está escassa realmente. Estamos com um grupo de empresas no limite da produção”, afirma o presidente da SbM, Sandro Molés da Silva. Além do treinamento para quem já quer atuar na área, a entidade busca despertar no jovem o interesse pela tecnologia da informação, por meio de palestras em escolas e universidades. “Mostramos a esses estudantes que o salário é bom, o ambiente de trabalho é clean e as vantagens, como pre-miações, são frequentes”, diz Mo-lés. De acordo com ele, a média salarial no setor, que pode ter sete níveis a partir da equipe técnica a gerente de projetos varia entre R$ 800 e R$ 6 mil.

Entre as empresas que contra-taram profissionais formados pelo SbM-Trainee o índice de satisfação é alto. O diretor administrativo-comercial da TecnoSpeed, Erike Almeida, contratou sete forman-dos ao longo do ano passado, dos quais cinco continuam na empre-sa. “Tivemos uma boa efetividade. É claro que os profissionais não saem preparados para exercer as atividades que necessitamos. Mas é um investimento que vale à pena, pois eles adquirem uma boa noção na escola e com o trei-namento interno chegam ao ritmo esperado”, explica.

Almeida tinha intenção de con-tratar mais formandos, mas foi impedido pela grande disputa en-tre as empresas. Em fase de cres-cimento, a TecnoSpeed pretende contratar mais 15 colaboradores até o final do ano.

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Padre Reginaldo manzotti - sinais do sagradolembra minha infância dentro da igreja por trazer músicas católicas, mas com uma nova interpretação. o álbum tem a proposta de fazer as pessoas voltarem às raízes de sua fé. Gosto de ouvir este CD no automóvel, pois as músicas são calmas e tiram um pouco a tensão de dirigir.

AssistiRvale a pena

LeiLA gimenes De OLiVeiRA - geÓgRAfA e cORRetORA

OuViRvale a pena

nAVegARvale a pena

http://www.advbpr.com.br/blog/: site da Associação dos Dirigentes de vendas e Marketing do brasil – diretório Paraná, com artigos de diversos articulistas, notícias, vídeos e outros

http://www.brasileficiente.org.br: o Movimento brasil Eficiente foi criado para sensibilizar a população e governantes para a importância de reduzir a carga tributária sobre o setor produtivo e simplificar a estrutura tributária; o site traz notícias, estudos, vídeos e dez propostas para um brasil mais eficiente

http://www.iececon.net/: o Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica foi criado para acompanhar a evolução da economia e da política econômica brasileira; o site traz pesquisas, publicações e um link de observatório da Economia local, com vários textos

cuLtuRA emPResARiAL

LenDOo que estou

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O VenDeDOR De sOnhOs e A ReVOLuçãO DOs AnônimOsAugustO cuRyeDitORA: AcADemiA 320 PáginAs

É uma história bacana porque um homem misterioso começa a reconstruir sua vida vendendo sonhos e retorcendo a sociedade. É uma mistura bem elaborada de loucura e sanidade mental, dentro da complexidade do ser humano.

inVejA - mAL secRetOzueniR VentuRAeDitORA: OBjetiVA268 PáginAs

A inveja é o pior dos pecados e também inconfessável. ninguém a reconhece. neste livro, o jornalista Zuenir ventura é mágico ao descrever esse intenso pecado, suas mais variadas caras, sempre com toques de humor. A obra é o primeiro volume da coleção Plenos Pecados, que é relativamente antiga (lançada pela Editora objetiva em 1998). Mas o livro vale a pena e cria o desejo de ler as outras obras da coleção, de “se dedicar a mais pecados e seus autores”.

AmAnDA DeLÍViO sAnches sALinAs - secRetáRiA executiVA

cOntRA A PAReDe – fatih akin (2004)Vencedor do Urso de ouro de melhor filme de 2004, Contra a Parede é um dos meus filmes favoritos. A história começa a se desenrolar de maneira rápida. o primeiro personagem que se conhece é Cahit (birol Ünel ), um viúvo que não tem perspectivas de vida e tenta suicídio. no hospital psiquiátrico ele conhece sibel (sibel Kekilli), uma jovem que quer se

indicações para o cultura empresarial podem ser enviadas para o e-mail [email protected]

libertar da rígida família mulçumana e vai tirá-lo do cotidiano ermo e devolvê-lo à vida. os personagens vivem na Alemanha, mas têm suas raízes na turquia, portanto, há cenários alemães e turcos. A trama é totalmente envolvente, os atores são competentes, a trilha sonora é excelente e a questão cultural apresentada desperta ainda mais interesse no expectador. Um filme imperdível para quem gosta de um drama realista.

cOntRAPOntO -terry gilliam (2005) Contraponto é um suspense que prende a aten-ção até o final da trama. O filme utiliza vários efeitos visuais para contar a história de uma garotinha que tem como única amiga a imagina-ção fértil. A história mescla a inocência infantil com problemas sociais, como a dependência química e a deficiência mental. Quando sua mãe morre, Jeliza-Rose (Jodelle Ferland) e o pai (Jeff bridges) se veem obrigados a mudar para a casa da avó de Jeliza em outra cidade. lá muitas coisas irão acontecer e a garota viverá aventuras diferentes, mais assustadoras e inusitadas do que as abordadas em filmes infantis.

Paula fernandes - ao vivo 2011 Paula Fernandes tem uma voz linda, calma e uma interpretação impressionante. E mesmo interpretando músicas

populares e sertanejas conhecidas, ela consegue alcançar o diferencial. É preciso ter sensibilidade e delicadeza para apreciar seu trabalho.

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DAysE hEssemPResARiALestiLO

A questão é simples: você tem algum colega ou contato pro-

fissional na lista de amigos do Facebook ou Orkut? Muito pro-vavelmente sim. E se ainda não, será uma questão de tempo para que isso aconteça. Uma tendência quase impossível de ser freada e que deve ser recebida com cuida-do, pois com a popularização das redes virtuais de relacionamento, impulsionada pela agilidade dos smartphones, informações antes discutidas apenas no ambiente íntimo estão aí, no ar, para todo mundo ver.

Mas, por mais que estejam explícitos rotinas, alegrias, an-gústias, desejos e realizações nas páginas virtuais, não há, na verdade, uma garantia de que tudo isso seja verdade. Se por um lado, isso facilita obter informa-ções sobre determinada pessoa e abre novas possibilidades, por outro, é preciso analisar se estas informações realmente revelam o que a pessoa é ou apenas o que ela quer mostrar. O que pode dar mais credibilidade a estes dados é a criação de redes so-ciais corporativas, um caminho seguro e conectado a uma nova realidade.

Ao usar uma rede social ou sites de relacionamento, seja ele corporativo ou não, todo profissional deve ter em mente que alguns limites jamais devem ser ultrapassados. Primeiro: não acessar estes sites do ambiente de trabalho para uso pessoal, tenha bom senso, sempre bom senso. Segundo: cuidado com as informações postadas, mesmo que seja de casa, no domingo, jamais coloque uma foto sua che-gando em casa depois de umas taças de vinho a mais ou acor-

dando de ressaca. Muito menos publique frases do tipo: “Odeio segundas-feiras!” ou “Acordei de mau humor, tenho reunião com meu chefe”.

Outro proveito que se pode ti-rar é usar o espaço virtual como uma vitrine e mostrar o que você tem feito para se atualizar como profissional, como cursos, palestras, feiras e seminários. Sempre escrevendo de forma correta, com uma visão positiva e de maneira bem educada. E boa educação vale também para os relacionamentos fora do com-putador. Porque por mais que a mais tecnologia esteja ao nosso alcance, somos muito mais reais

do que virtuais - pelo menos por enquanto.

Assim, manda a cartilha da boa educação que se diga bom dia, boa tarde e boa noite, sem-pre que chegar ao escritório ou evento de trabalho. O fato de passarmos mais tempo diante de um computador do que frente a frente com as pessoas não anula a necessidade de dizer palavras simples, como por favor, com licença e obrigado. E, se não for pedir demais, lembre-se que um leve sorriso faz a diferença.

Dayse hess é jornalista e especialista em design de moda

um ser social noambiente de trabalhocOm As ReDes sOciAis cADA Vez mAis POPuLARes, Os uniVeRsOs PessOAL e PROfissiOnAL estãO mAis PRÓximOs

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AcimneWsAcimneWs

festAs & nOiVAs Dez mil pessoas são esperadas na Feira

Festas & Noivas, que acontecerá entre 17 e 19 de junho, no Excellence Centro de Eventos, em Maringá. No evento, que é uma realização da ACIM, haverá mais de 70 estandes e está confirmada a participação de floriculturas, bufês, empresas especializadas em eventos, decorações, hotéis, salões de beleza, acessórios, bandas, estúdios de fotografias, agências de viagens, entre outros. A entrada na feira custará R$ 2, com estacionamento gratuito. O horário de funcionamento será das 16 às 22 horas.

AcessiBiLiDADe nOs PRéDiOs Os conselheiros do comércio da ACIM se reuniram em 18 de maio

para discutir a lei de acessibilidade em prédios comerciais. Quem con-duziu a palestra foi o contador José Vanderlei Santana, que integra o conselho superior da entidade. Ele comentou sobre à adequação à lei para a emissão dos alvarás de funcionamento, que inclui acesso ao imó-vel por rampa ou elevador e adequações de banheiros (portas com vão de 80 centímetros e instalação de barras de apoio, por exemplo).

Santana comentou ainda que alguns empresários estão assi-nando termos de ajustamento de conduta (TAC) junto à prefei-tura para a realização de adaptações em prédios mais antigos e imóveis cujas as readequações para cumprimento da lei são mais difíceis de serem feitas.

cuRsOsinformações e inscrições:[email protected] oupelo fone 44-3025-9640

gestãO De PessOAsinstrutoras: enicéia silva e daniela zanutoData: 4 a 7 de julho, das 19 às 23 horas

PROceDimentOs PARA PARticiPAR De LicitAçõesinstrutores: michelle shimoda e luís fernando oteroData: 9 e 16 de julho, das 8 às 18 horas

DePARtAmentO PessOALinstrutor: edson palmaData: 11 a 22 de julho, das 19 às 23 horas

LOgÍsticA De DistRiBuiçãOinstrutor: tarcísio marcelo menezesData: 11 a 15 de julho, das 19 às 23 horas

c.f.i - cuRsO De fORmAçãO De instRutOResinstrutora: elizabete WillemannData: 11 a 28 de julho, das 19 às 23 horas

ADministRAçãO De cOnfLitOsinstrutor: agmar Vieira juniorData: 25 a 29 de julho, das 19 às 23 horas

fORmAçãO De AuDitOR inteRnO DA nORmA isO 9001instrutor: osmar da Cruz martinsData: 30 de julho e 6 de agosto, das 8 às 17 horas

AssOciADO DO mêsHá cerca de dois meses no mercado maringaense, a Loja das Fábricas co-

mercializa roupas para todas as idades, artigos de cama, mesa e banho. A loja foi fundada há quase duas décadas em São Paulo e hoje, além de Maringá, tem nove unidades nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Segundo o proprietário, Claudenor Nunes, a ideia de abrir uma filial em Maringá surgiu por tratar-se de uma cidade próspera.

A empresa se associou à ACIM com o objetivo de “estar sempre informada das novidades, promoções, palestras, leis trabalhistas e tudo que envolve o comércio e o trabalho”. Nunes já aderiu ao SAIC com o objetivo de ter mais segurança nas vendas.

A Loja das Fábricas fica na avenida Pedro Taques, no Jardim Alvorada, 1672. O telefone é o (44) 3025-7325.

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fORmAçãO De gestOResDe AcADemiAsO Núcleo de Academias e Escolas de Natação

de Maringá (Nusa), ligado ao Programa Empre-ender, está realizando o curso de Formação de Gestores para Academias da Fitness Manager School (FMS). São dez encontros, que aconte-cem todas as sextas-feiras nas instalações do Centro de Treinamento e Desenvolvimento da ACIM. No primeiro encontro, que aconteceu em 13 de maio, o gerente técnico de academias Márcio Torres ministrou a palestra “Gestão da musculação e personal training”. O curso conta com o apoio do Sindicato das Academias e Ati-vidades Afins (Sinacad) e do Conselho Regional de Educação Física (CREF).

O presidente da ACIM, Adilson Emir Santos, recebeu a medalha Coronel Sarmento, que é uma condecoração da Polícia Militar do Paraná para premiar pessoas que se destacam em favor da causa pública e também por atos de heroísmo no desempenho da função policial militar. Ela é anualmente conferida pelo Governador do Paraná, mediante proposta do Comandante Geral da Polícia Militar que avalia nomes indicados pelos comandos regionais da PM.

A solenidade de entrega da medalha foi em 17 de maio no 4º Batalhão de Polícia Militar do Paraná e além de Santos foram homenageados o presidente do Grupo Noma do Brasil, João Noma, o prefeito Silvio Barros e Amaury Meller, da Faculdade Maringá.

PALestRA sOBRe inVestimentOsEm 18 de maio aconteceu mais uma edição

do Copejem Business, que é uma palestra realizada pelo Copejem cuja participação é gratuita. A analista de relações com investidores, Márcia Denes, e o gerente de relações com investidores, Marc Grossmann, ambos da São Carlos Empreendimentos, ministraram uma palestra sobre investimentos e administração de imóveis comerciais, com foco na renda com aluguel e a valorização.

eDmAR ARRuDA nA Acim O deputado federal Edmar Arruda conversou com empresários

na sede da ACIM em 23 de maio. Como ele é membro das comissões Mista de Orçamento e Fiscalização, Tributação e Finanças e de Reforma Política, tem tido reuniões com a Ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. E foi justamente a visão do governo sobre as perspectivas da econômica brasileira e mundial e as políticas conduzidas pelo Banco Central o tema da palestra dele.

Arruda destacou que a perspectiva de crescimento do PIB brasileiro, de 4,5%, é maior do que a prevista para os EUA, Canadá e Alemanha, e menor do que a China e Índia.

Ele também destacou que o crescimento da inflação não é apenas uma preocupação brasileira, já que diversos países, como Rússia, China e Chile, têm enfrentado o mesmo problema.

Na apresentação, o deputado falou ainda sobre balança comercial e investimento estrangeiro. Ele defendeu urgentemente a realização de uma reforma tributária, com a simplificação tributária e a adoção de um imposto sobre valor agregado (IVA), aglutinando todos os impostos federais incidentes.

cOnDecORAçãO DA POLÍciA miLitAR

Walter Fernandes

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PensO Assim ADIR RIbEIRo

R e V i s t A

como obter sucesso na escolha e implantaçãode uma franquia

Com o setor de franquias brasileiro crescendo a passos largos e batendo recordes todos os anos, algumas pessoas têm a falsa sensação de que se trata de uma espécie de fórmula mágica, onde basta escolher uma boa marca e o sucesso estará garantido. Apesar das franquias apresentarem baixa taxa de mortalidade quando comparadas aos negócios independentes, elas apresentam riscos.

Definitivamente, não pode haver a sensação de que é só comprar uma franquia e começar a contabilizar os lucros, pois o mercado apresenta diversos casos de insucesso. Para minimizar riscos, é preciso tomar uma série de cuidados, antes e depois de escolher a marca.

A compra da franquia não pode ser feita de maneira impetuosa somente porque apareceu uma ótima oportunidade, como um ponto de venda. É preciso fazer uma avaliação criteriosa, não só do negócio, mas do segmento e analisar os cenários possíveis, sejam econômicos, sociais ou financeiros, além de ser de suma importância ter a clareza sobre o capital necessário para realizar o investimento inicial e ter sempre planos de contingências caso o negócio demore mais para atingir a maturidade desejada ou não atinja o ponto de equilíbrio financeiro no prazo previsto.

Uma autoavaliação sincera também é recomendável, pois quanto maior a identificação com o negócio, maior a chance de sucesso. Nessa fase é interessante que se faça uma análise das ambições do empreendedor, como aonde quer chegar, quantas unidades quer abrir e em quanto tempo. Também é necessário verificar se o empreendedor se encaixa no perfil ideal desejado pela franqueadora.

Outro ponto fundamental é conversar com os franqueados da rede para ouvir o que eles têm a dizer e não somente o que “se quer” ouvir. Ninguém melhor do que os franqueados que convivem com a marca, com o sistema de negócios e com o franqueador e sua equipe para dar dicas preciosas sobre o dia-a-dia do negócio e os seus desafios diários. Estas conversas ajudarão a identificar quais são os pontos críticos da franquia e quais os aspectos que “tiram o sono” dos franqueados atuais, sempre levando em conta a ótica de um franqueado.

Após o processo de seleção do então candidato começa a montagem do empreendimento, fase que ocorre o maior investimento sem saber se haverá retorno ou não, causando um sentimento de insegurança. Neste momento é importante acompanhar os custos previstos e datas do cronograma de implantação. Avaliar fornecedores que possam apresentar problemas de entrega e obter os certificados e autorizações necessárias para a operação do negócio. É prudente manter o cronograma elaborado pela franqueadora devidamente atualizado e cumprir todas as ações, pois várias etapas se iniciam no mesmo momento, mas não acabam na mesma oportunidade e impactam em ações futuras, comprometendo a inauguração. Vale lembrar que unidade não inaugurada é prejuízo diário, pois cada dia de atraso distancia ainda mais o franqueado do retorno do investimento.

Adir Ribeiro é sócio-diretor da Praxis Education, empresa especializada em educação corporativa e consultoria nas áreas de franchising, canais de distribuição e varejo

DefinitiVAmente, nãO PODe hAVeR A sensAçãO De que é sÓ cOmPRAR umA fRAnquiA e cOmeçAR A cOntABiLizAR Os LucROs, POis O meRcADO APResentA DiVeRsOs cAsOs De insucessO. PARA minimizAR RiscOs, é PRecisO tOmAR umA séRie De cuiDADOs, Antes e DePOis De escOLheR A mARcA

A ReVistA De negÓciOs DO PARAná

AnO 48 nº 510 junhO/2011PuBLicAçãO mensAL DA AssOciAçãO cOmeRciAL

e emPResARiAL De mARingá - Acim / fOne: 44 3025-9595

DirEtor rEsponsávElJosé Carlos Barbieri

Vice-presidente de Marketing

ConsElho EDitorialAltair Aparecido Galvão, Emanuel Giovanetti,

Wládia Dejuli, Giovana Campanha, Gisele Altoé, helmer Romero, José Carlos barbieri, lúcio Azevedo,

Massimiliano silvestrelli, Miguel Fernando Perez silva, sérgio Gini, Walter thomé Júnior, tatiane Consalter

Jornalista rEsponsávElGiovana Campanha MTB 05255

ColaboraDorEsGiovana Campanha, Juliana Daibert, Ivy Valsecchi, Vanessa Bellei, Verônica Mariano, Vinícius Carvalho,

Fernanda Bertolla.

EDitoraçãoAndréa Tragueta

[email protected]

rEvisãoGiovana Campanha

Helmer RomeroSérgio Gini

CapaAnima Lamps

proDuçãoTextual ComunicaçãoFone: 44-3031-7676

[email protected]

FotosIvan Amorin, Walter Fernandes

Ctp E imprEssãoGráfica Regente

Contato ComErCialAltair Galvão9972-8779

[email protected]

EsCrEva-nosRua Basílio Sautchuk, 388

Caixa Postal 1033 Maringá - ParanáCEP 87013-190

e-mail: [email protected]

ConsElho DE aDministraçãoprEsiDEntE: Adilson Emir Santos

ConsElho supErior -presidente: Carlos Alberto Tavares Cardoso

CopEJEm - presidente: Cezar Bettinardi CoutoaCim mulhEr - presidente: Pity Marchese

ConsElho Do ComÉrCio E sErviços -presidente: Massimiliano Silvestrelli

Os anúncios veiculados na Revista Acim sãode responsabilidade dos anunciantes e não

expressam a opinião da Acim

A redação da Revista Acim obedece o acordo ortográfico da Língua Portuguesa.

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