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Revista ACIM / 1
Revista ACIM / 3
uma honra estar na presidncia da
ACIM, entidade que fao parte h mais
de uma dcada. Nas duas ltimas ges-
tes tive a honra de ocupar a primeira
vice-presidncia. Neste perodo confir-
mei a fora da entidade, seja na defesa
da classe empresarial, seja na discus-
so do futuro da cidade e do desenvol-
vimento regional.
Sei da importncia da Associao
Comercial para os pequenos empre-
srios, que encontram respaldo para
continuar crescendo, gerando empre-
go e renda. por isto que vamos conti-
nuar trabalhando de forma engajada,
com a oferta de cursos e mais edies
do projeto ACIM em Ao, que leva pa-
lestras gratuitas aos bairros. Tambm
vamos continuar dando total apoio ao
Empreender, programa que une, em
ncleos, empresrios de um mesmo
segmento para discutir as adversida-
des e do qual temos orgulho de ter o
maior nmero de ncleos do Brasil.
Outro projeto importante, e que
tem a parceria do Conselho de De-
senvolvimento Econmico de Maring
(Codem), o Masterplan, um estudo
que vai contribuir com as gestes mu-
nicipais e ajudar a nortear o desenvol-
vimento regional. Nas prximas sema-
nas teremos o resultado da primeira
etapa, que o planejamento socioeco-
nmico feito pela PwC. A segunda fase
ser a contratao de outra consultoria
internacional para elaborar o planeja-
mento urbanstico, e novamente deve-
remos contar com o apoio e patrocnio
de empresas para o projeto.
Nesta gesto assumimos o com-
promisso de continuar oferecendo
respaldo para o trabalho de entidades
que ficam no mesmo prdio da ACIM,
como o Conselho Comunitrio de Se-
gurana de Maring (Conseg) e Obser-
vatrio Social de Maring.
E como a Associao Comercial
a legtima representante da classe
empresarial, vamos continuar defen-
dendo os interesses da comunidade
e a transparncia e tica na gesto
pblica. Queremos que os polticos
defendam, acima de tudo, os interes-
ses da sociedade, e no os interesses
partidrios e pessoais.
A todos os diretores que assu-
mem comigo o desafio de conduzir
a ACIM pelos prximos dois anos, os
mais sinceros votos de bom traba-
lho. Sei que muitos so voluntrios
em outras entidades e somaro suas
experincias. Tambm tenho certe-
za do profissionalismo e empenho
dos funcionrios, que do uma con-
tribuio valiosa para manter a en-
tidade uma verdadeira agncia de
fomento regional.
Aos associados, assumo o com-
promisso de continuar trabalhando
por boas prticas e construindo este
grande legado da ACIM. Estamos de
portas abertas, afinal a Associao
Comercial a casa do empreende-
dor maringaense.
// Jos Carlos Valncio presidente da Associao Comercial e Empresa-
rial de Maring (ACIM)
s boas prticas
PALAVRA DO PRESIDENTE
Maio 2016
Revista ACIM / 5
ndice //
ENTREVISTA // MERCADO
REPORTAGEM
DE CAPA //
30
Para o jornalista Kennedy Alen-car, a interpretao jurdica so-bre o crime de responsabilida-de fiscal da presidente Dilma Rousseff ficou em segundo plano: recorre-se a um instru-mento da Constituio para tirar do poder um governo im-popular e incompetente
Desde que a Lins de Vascon-cellos foi criada, em 2000, mais de dez mil pessoas pas-saram por l buscando for-mao profissional, segundo Cezar Eduardo Ivantes; a crise tem levado mais profissionais a buscar cursos de recolocao rpida e especializao
Apoio Intitucional
Paulo Rogrio Pavo viu o n-mero de refeies servidas no restaurante dele cair devido aos marmiteiros informais; essa concorrncia apenas uma das vertentes da encolha do mercado de trabalho, que tem motivado tambm o em-preendedorismo formal
8
16 24
Revista ACIM / 7
ASSOCIATIVISMO COMPORTAMENTO //
SADE //
Jos Carlos Valncio assumiu, em abril, a presidncia da ACIM, que era ocupada por Marco Tadeu Barbosa; tam-bm foram empossados os diretores dos conselhos de Ad-ministrao (que ele preside), Superior, ACIM Mulher, Cope-jem e Comrcio & Servios
Gabriela Chagas Rotta convi-dou os moradores do Jardim Novo Horizonte a participarem de um mutiro de limpeza do bairro, mas ningum apareceu no dia combinado; jogar lixo em local proibido apenas uma das infraes da convi-vncia comunitria
No consultrio de Flvio Taira Kashiwagi, o ronco, apneia e a insnia esto entre os maio-res obstculos para uma boa noite de sono; a polissonogra-fia monitora funes cerebral, respiratria, cardaca e mus-cular para identificar se o pa-ciente tem distrbios
4028
44
ano 53 edio 564maio/2016
Factory Totalnossa capa:
Maio 2016
entrevista // Kennedy AlencAr
A afirmao do jornalista Kennedy Alencar sobre a herana negativa da crise atual; foi o consenso, segundo ele, que ajudou a democratizar o Brasil, a estabilizar a economia e a derrubar a inflao // Rosngela Gris
O envenenamento da disputa po-
ltica partidria e o crescimento da
intolerncia no debate pblico so
apontados pelo jornalista Kennedy
Alencar como as provveis piores he-
ranas da atual crise para o pas.
Especializado na cobertura dos
bastidores da poltica e economia em
Braslia, o comentarista da Rdio CBN
e reprter do SBT no v possibilidade
de reverso do processo de impeach-
ment, hoje tramitando no Senado, e
atribui o fracasso do governo petista
a poltica econmica equivocada da
presidente Dilma Rousseff (PT).
Na vinda a Maring, em 12 de
abril, para o lanamento do livro A
solidez de um legado, que conta a
histria da ACIM, Alencar conversou
com a Revista ACIM sobre o iminen-
te governo Michel Temer (PMDB) e
traou cenrios para as prximas
eleies. Confira:
Os escndalOs de cOrrupO e a guerra pOltica sO vistOs cOmO fatOres que afundaram mais O pas na crise ecOnmica. O senhOr acredita nissO?
O Brasil perdeu a capacidade de criar consensos
O peso maior da crise econmica se
deve aos erros e s decises equivo-
cadas do governo Dilma nos ltimos
cinco anos. Mas inegvel que as in-
vestigaes de corrupo, ao atingir
o partido que est no poder e figuras
prximas a presidente, adicionaram
elementos crise e dificultaram a
ao do governo. Em muitos momen-
tos em que o governo ganhou flego,
tanto no Congresso quanto na eco-
nomia, a Lava Jato trouxe revelaes
com impactos devastadores.
quais fOram Os errOs cruciais dO gOvernO dilma?Desde o comeo a presidente aplicou
uma poltica econmica equivocada
de interveno exagerada. Ela des-
truiu a poltica fiscal, exagerou na de-
sonerao, baixou os juros de maneira
abrupta e depois precisou aument-
-los, permitiu a convivncia por muito
tempo com inflao alta. Outro erro
A presidente Dilma Rousseff aplicou uma poltica econmica equivocada de interveno exagerada. Ela destruiu a poltica fiscal, exagerou na desonerao, baixou os juros de maneira abrupta e depois precisou aument-los, permitiu a convivncia por muito tempo com inflao alta. Outro erro foi segurar os preos dos combustveis na Petrobras
Revista ACIM / 9
Quem ?Kennedy Alencar
O Que FAZ? comentarista da CBN e reprter do
SBT
destAQue pOR?
especialista na cobertura dos bastidores da
poltica e economia do Brasil
Walter Fernandes
foi segurar os preos dos combustveis
na Petrobras, alm dos problemas
de m administrao e a corrupo
que minaram a capacidade de inves-
timento da estatal. Tambm foram
adotadas medidas equivocadas no
setor eltrico.
a presidente cOmeteu crime de respOnsabilidade fiscal?
Ouo opinies fundamentadas nos
dois sentidos. No artigo 35 da Lei de
Responsabilidade Fiscal est cla-
ro que crime de responsabilidade
atentar contra a lei oramentria, e
neste sentido as pedaladas e os de-
cretos de crdito suplementar confi-
gurariam atentado. Por outro lado, h
argumentos de que a Lei de Respon-
sabilidade Fiscal posterior lei de
impeachment e que as medidas no
podem ser atribudas presidente da
Repblica. Portanto, h interpreta-
es jurdicas elsticas para considerar
crime de responsabilidade fiscal. S
que essa discusso acabou ficando
em segundo plano. O que prevaleceu
foram argumentos de natureza polti-
ca e a disputa de poder entre Dilma
e o vice-presidente Michel Temer. Ou
Av. Brasil, 2.538 44 3227-2161www.eletrobrasilmaringa.com.br
Maio 2016
seja, recorre-se a um instrumento da
Constituio para tirar do poder um
governo impopular e incompetente.
aprOvadO na cmara federal nO ms passadO, O prOcessO de impeachment tramita nO se-nadO. h chance de O gOvernO reverter essa situaO?Dificilmente haver reverso. J h
apoio suficiente para instaurar o pro-
cesso e afastar a presidente do cargo
pelo prazo de at 180 dias, perodo em
que dever ser julgada pelos senado-
res. improvvel que Dilma volte ao
poder. S um milagre poltico, porque
estaria criado um fato consumado: o
governo Temer estar em andamento.
e O que pOdemOs esperar dO gO-vernO michel temer? O mercado financeiro est comprado
no impeachment por fazer uma leitu-
ra de que o Temer ser um governan-
te melhor para seus interesses. Isso, no
entanto, depender da escolha do mi-
nistrio, das medidas adotadas e da
reao contrria que enfrentar. Se for
um ministrio apenas de notveis, fal-
tar apoio no Congresso. J se for um
ministrio negociado no balco do
Congresso, correr o risco de ser me-
docre. Pelo que se fala nos bastidores,
Temer optar por um mix, blindando
a rea econmica como Fazenda, Pla-
nejamento e Banco Central. Ele deve
destinar as pastas de Sade, Educa-
o, Casa Civil e de articulao pol-
tica para pessoas prximas e colocar
os outros ministrios em negociao
partidria. Hoje so 32 ministros, mas
se fala em reforma ministerial. H uma
proposta radical para reduzir para 20
pastas. Acredito na menos radical, em
torno de 25 e 26, porque Temer pre-
cisar de ministrios para negociar
apoio no Congresso. Tambm preci-
so ver como os movimentos sociais, PT
e aliados vo reagir apeados do poder.
O senhOr v pOssibilidade de antecipaO das eleies?Acho difcil. Creio que seria complicado
o Congresso que afasta a presidente
decidir pela convocao de eleies
gerais ou at eleio presidencial. S
em caso de fracasso do governo Temer,
mas ele ter uma trgua para governar.
Se largar bem na economia, com um
nome na Fazenda que recupere a cre-
dibilidade do pas, ter boa chance de
enterrar a ameaa de eleies.
qual a piOr herana que a crise atual pOde deixar?H uma destruio de riqueza que
est deixando o Brasil fora do preo.
Entre os efeitos econmicos podemos
citar o desemprego, a derrubada da
renda familiar e a capacidade de inves-
timentos das empresas. Essa destrui-
o econmica ruim, mas superada
a turbulncia poltica, a economia vai
melhorar. As heranas mais negativas
seriam o envenenamento da disputa
poltica partidria no pas nos prxi-
mos anos e o crescimento da intole-
rncia no debate pblico. O Brasil per-
deu a capacidade de criar consensos,
e foi criando consensos que democra-
tizamos o pas na dcada de 80. Foi
assim que os governos FHC [Fernando
Henrique Cardoso] e Itamar Franco es-
tabilizaram a economia e derrubaram
a inflao e o governo Lula fez surgir
uma nova classe mdia e um merca-
do consumidor de grande massa. No
momento o que se v na classe polti-
ca uma guerra sem quartel, de terra
arrasada. E isso causa uma negao
perigosa da poltica. Pesquisas mos-
tram percentuais de 60% a favor do im-
peachment e da renncia da presiden-
te Dilma, patamares semelhantes aos
que querem tambm o impeachment
e a renncia de Temer. Acio Neves e
Geraldo Alckmin no conseguiram dis-
cursar em um evento recente em So
Paulo. Pesquisas mostram queda de
inteno de voto nos nomes tucanos
para as eleies de 2018 no momento
de maior gravidade da crise do PT. Ou
seja, alguma coisa de errado o PSDB
fez para afastar parte do eleitorado. O
Brasil rejeita de certa forma as extre-
mas esquerda e direita. E isso permite
o surgimento de um fenmeno como
Jair Bolsonaro, deputado folclrico que
aparece com 8% a 9% de intenes de
votos no Datafolha.
neste anO teremOs eleies municipais. cOmO O cenriO pO-lticO naciOnal vai interferir nO prOcessO eleitOral, tantO na cOmpOsiO de cOligaes quantO nOs resultadOs?O eleitor inteligente e sabe que, ao
votar para prefeito e vereador, preci-
sa debater e considerar os problemas
da sua cidade. S que estamos em
um momento exacerbado da poltica
nacional que certamente influencia-
r nas eleies municipais. Acredito
que os candidatos do PT tero mui-
ta dificuldade porque o antipetismo
cresceu consideravelmente no pas. O
PSDB tambm tem questes de can-
didaturas sendo influenciadas por fa-
tores da poltica nacional. Porm, ain-
da acho que deve preponderar uma
avaliao pragmtica do eleitor em
relao ao que o prefeito e os verea-
dores podem fazer de concreto para
melhorar a sua vida.
Maio 2016
CAPITAL DE // GIRO
A colao de grau das turmas I e II da Escola Treine
Ing foi realizada em 5 de maro. Ao todo, 41 corretores
finalizaram o curso Tcnico em Transaes Imobilirias,
que aborda aspectos legislativos da profisso, jurdicos
da negociao e operacionais da atividade, e permite
o registro profissional junto ao Conselho Regional de
Corretores de Imveis do Paran (Creci).
A Treine Ing est h quase dois anos no mercado e
oferece mais de dez cursos tcnicos e de capacitao na
rea imobiliria, todos com validade legal.
O Prmio Sinduscon, promovido pelo Sindicato da Indstria da Construo do Noroeste do Paran (SindusconNor-PR) e seu
brao social, o Seconci-Nor-PR, em parceria com Sebrae e Senai, entrou na era digital. As informaes sobre o prmio podem ser acessadas por meio de tablets e celulares. Os aplicativos
esto disponveis no Google Play e App Store. O presidente do sindicado, Jos Maria Paula Soares, diz que a novidade tem o objetivo de dar mais transparncia ao prmio. Os vencedores
sero conhecidos em 25 de novembro durante o Encontro Empresarial da Construo Civil. O Prmio Sinduscon, assim
como o Prmio Academia e Prmio Fornecedores, foi lanado em 27 de abril. As inscries esto abertas.
Treine ing forma duas Turmas
Prmio sinduscon na era digiTalD
ivul
ga
oD
ivul
ga
o
Cinquenta empresrios de hospedagem e de gastronomia
que participaram do Programa Selo de Turismo do Paran,
coordenado pelo Sebrae/PR, receberam selo de qualidade
em 11 de maro, durante o 22 Salo Paranaense de Turismo,
em Curitiba. A validao foi destinada s empresas que
atingiram 80% nas anlises que verificam se a gesto
est em conformidade com os critrios de qualidade
estabelecidos pelas entidades promotoras do Programa.
Empresas que atingiram os ndices mais altos receberam
trofus, sendo trs de Maring: Golden Ing Apart Hotel
(95,2%), Villa Gourmet (93,6%) e Boteco do Neco (95%).
emPresas de Turismo ganham selo de qualidade
Cai
que
Fon
tana
Revista ACIM / 13
show solidrio dos 35 anos da maring fmPara comemorar os 35 anos e a
liderana na audincia em rdio na
cidade, a Maring FM promoveu o
Show Solidrio, em 28 de fevereiro,
com a participao de grandes
nomes da msica sertaneja, como
Joo Bosco & Vinicius, Thaeme
& Tiago e a dupla Victor & Leo. O
evento reuniu 15 mil pessoas e a cada
ingresso vendido a rdio doou o valor
equivalente a um quilo de alimento
no perecvel para o Provopar, que
repassou o recurso s entidades
assistenciais cadastradas, conforme a
necessidade de cada uma. No total,
foi arrecadado o equivalente a dez
toneladas de alimentos e mais 2,5 mil
litros de leite.Divu
lga
o
Maio 2016
Parque do JaPo Tem nova direToriaO empresrio Joo Noma foi empossado presidente do Parque do Japo - Memorial Imin 100, em 28 de abril, para um mandato de dois anos. Conforme o Estatuto Social do empreendimento, os presidentes da ACIM, Jos
Carlos Valncio, e da Acema, Afonso Shiozaki, deram posse diretoria e conselhos do Parque do Japo. Noma sucede o agropecuarista Eduardo Suzuki. O Parque do Japo considerado o novo carto postal de Maring,
tendo sido inaugurado oficialmente em 2015, e est localizado em uma rea com mais de cem mil metros quadrados, com Jardim Japons, lagos, restaurante, salo de eventos, casa de ch e ginsio de esportes.
CAPITAL DE // GIRO
dB1 receBe nvel a no mPs-BrA DB1 Global Software, com sede em Maring, tornou-se a primeira do Brasil, na rea de Tecnologia da
Informao e Comunicao (TIC), a conquistar a certificao MPS-Br de qualidade de software, nvel A, o mais alto numa escala de seis nveis. O selo nacional garante a aplicao das melhores prticas internacionais no
processo de desenvolvimento, atestando a capacidade da empresa em entregar software de qualidade global no prazo acordado e atendendo a satisfao do cliente. Estamos recebendo mais do que uma certificao, o
reconhecimento para o mercado de uma empresa que possui foco em performance, por meio dos pilares de boas prticas, processos e pessoas e gesto, o que vai se converter em produtos e servios de alta qualidade a um preo competitivo, comemora o CEO e acionista da empresa, Ilson Rezende. O prximo passo, de acordo com Rezende, buscar a certificao internacional CMMI nvel 5, equivalente ao MPS-BR do Brasil. Atualmente a DB1 certificada
no nvel 3. Como CMMI e MPS so modelos similares estamos aderindo ao nvel 5. S precisamos formalizar o status atravs de uma avaliadora internacional, explica o CEO.
exPoing deve movimenTar r$ 330 milhesDe 5 a 15 de maio, a 44 Expoing, exposio agropecuria, registra mais de mil expositores nacionais e
internacionais no Parque de Exposies. A projeo da Sociedade Rural de Maring (SRM) atrair mais de 500 mil visitantes e movimentar R$ 330 milhes em negcios gerados e prospectados.
Com o tema Tecnologia para todos, o agronegcio o destaque da feira por apresentar solues inovadoras em mquinas, implementos e biotecnologias. Na pecuria, a ateno volta-se para as principais raas de
bovinos, equinos e ovinos. O pblico tambm poder saborear as variedades gastronmicas e se divertir nos shows, rodeios, espao cultural, parque de diverses, barraca universitria, entre outros.
Ivan
Am
orin
Revista ACIM / 15
Maio 2016
O mercado de trabalho encolheu
RePORtAgem // CAPA
Depois das empresas locais fecharem 3,5 mil empregos em 2015, neste ano a oferta de vagas est, por enquanto, 84% menor; com equipes menores, empresas alteram rotinas e empreendedorismo vira necessidade para quem perdeu o emprego // Giovana Campanha e Rosngela Gris
At pouco tempo ter o prprio negcio fazia
parte do futuro de Michelle Roberta Balestra.
Gerente de marketing de uma cooperativa
em Maring at setembro do ano passado,
ela pensava no empreendedorismo como
uma possibilidade, porm decidiu antecipar
o projeto aps a inesperada demisso. Pe-
sou na deciso o atual cenrio do mercado
de trabalho, com grande oferta de mo de
obra e salrios pouco atrativos, especialmen-
te para cargos administrativos.
Foram nove anos na empresa at a dis-
pensa em 2015. Entrei na condio de esta-
giria, passei pelo departamento de recursos
humanos e depois para o marketing, recor-
da com orgulho. O desligamento foi moti-
vado por cortes de custos por conta da crise
econmica do pas.
Desempregada pela primeira vez na car-
reira, aos 35 anos, Michelle buscou ajuda de
um coach para avaliar as opes de recoloca-
o na rea de marketing. Deparou-se com
um mercado retrado para profissionais com
sua experincia e currculo. H vagas na ci-
dade, no entanto, a maioria das empresas
no consegue sustentar a complexidade de
um cargo com tanta experincia. E to pou-
co oferece salrios atrativos ou ao menos
compatveis, avalia.
Alm da experincia prtica, Michel-
le se especializou na rea de marketing
frequentando cursos, treinamentos e
servios de coach nas mais renomadas
instituies do pas. Estudei muito para
Wal
ter
Fern
and
es
Revista ACIM / 17
chegar a um nvel diferenciado.
Por causa da famlia, principalmente da filha de nove
anos, ela descartou uma mudana de cidade. Depois de
avaliar as vagas no mercado, Michelle decidiu pelo em-
preendedorismo. E, embora ciente dos desafios que ter,
mostra-se empolgada e feliz com a nova histria que co-
mea a escrever. um recomeo, define ela, ao falar da
deciso de abrir uma empresa de consultoria de marke-
ting e gesto de pessoas.
Depois de passar os dois ltimos meses estruturando os
servios a ser ofertados, agora ela e os scios trabalham na
prospeco de mercado, em Maring e regio, e no aten-
dimento dos primeiros clientes. Existe mercado para esse
tipo de consultoria. Nossa proposta transmitir s empre-
sas a mensagem que engajar colaboradores mais barato
que gerenci-los, especialmente em pocas de crise. Te-
nho confiana que vou dar uma importante contribuio
s empresas que nos contratarem, assegura.
nOva carreira No muito diferente a histria de Eduardo Zanesco. Con-
tratado como promotor de vendas de uma empresa de
decorao, ele tinha mudado de funo h pouco mais de
um ano e passou a responder pelo setor de cobranas. A
mudana o deixou em alerta sobre o emprego. No final do
ano passado, a empresa em que trabalhava fez uma pro-
posta de mudana de cargo e reduo do salrio. Ele no
aceitou e decidiu colocar em prtica o sonho de se tornar
empreendedor. E eis que o aumento da energia eltrica
ajudou a definir o futuro profissional. Desde que a tarifa da
residncia onde mora disparou, mais ou menos quando
mudou de funo, Zanesco passou a pesquisar energias
alternativas. A pesquisa sentenciou onde investir: na co-
mercializao e instalao de placas solares fotovoltaicas
da Aldo Componentes Eletrnicos.
Desde ento o empreendedor tem procurado percor-
rer o caminho mais assertivo para o sucesso empresarial:
fez curso de instalao de placas solares, est procuran-
do mais conhecimento na rea de gesto, procurou o
Sebrae, foi ACIM, abriu uma microempresa em maro
e contratou um contador. Tambm tem ido atrs de li-
nhas de crdito para o prprio negcio e para indicar
aos futuros clientes que quiserem investir na gerao da
prpria energia.
Ele acredita que o segmento tem um futuro promis-
sor, j que estimativas do setor apontam que um projeto
de gerao prpria de energia eltrica se paga em cinco
anos, alm de ser uma medida sustentvel. um merca-
do que tem muito a crescer, tanto em residncias quanto
em empresas, diz. O empreendedor ainda no deu incio
venda e instalao das placas, mas calcula que se fechar
dois contratos por ms, ser o suficiente para ter a renda
que tinha como empregado.
menOs vagasO caminho seguido por Michelle e Zanesco tm sido o
mesmo de tanto outros profissionais que perderam o em-
prego e no conseguiram uma recolocao ou encontra-
ram ofertas de trabalhos com salrios menores: o empre-
endedorismo. Os nmeros da Agncia do Trabalhador de
Maring ajudam a comprovar que a fase de pleno empre-
go ficou para trs, e o que se tem hoje um nmero muito
menor de vagas. Em 2014 a agncia captou 17.639 vagas,
nmero que caiu para 10.187, em 2015. Neste ano, entre 1
de janeiro e 24 de abril, foram captadas apenas 1.314 va-
gas. De segunda a quarta-feira, dias de maior procura, tem
havido filas de trabalhadores em busca de uma oportuni-
dade de trabalho. Se em 2014 passavam, em mdia, 450
pessoas por dia til na Agncia do Trabalhador, hoje este
nmero saltou para 600.
O diretor da agncia, Maurlio Mangolin, confirma: ao
ser demitido, o profissional quer voltar logo ao mercado,
com receio de ficar desempregado por causa do nme-
ro menor de vagas. Dois anos atrs a situao era outra:
tinham mais empresas querendo contratar do que gen-
te querendo emprego.
E essa pressa encontra explicao nos dados do Cadas-
tro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do
Ministrio do Trabalho e Emprego. Em 2014, o nmero
de contrataes em Maring superou o de demisses em
1.861, realidade muito diferente do ano seguinte. O muni-
cpio encerrou 2015 com o fechamento de 3.515 postos de
trabalho com carteira assinada.
No primeiro trimestre de 2016, o municpio mantm
// Consultoria de marketingDepois de nove anos de
empresa, Michelle Roberta Balestra foi demitida, e diante
de um mercado de trabalho pouco favorvel, optou por
abrir uma empresa
Wal
ter
Fern
and
es
Maio 2016
saldo positivo de emprego, 335. No
entanto, no comparativo com o
mesmo perodo do ano passado, o
resultado 84% menor. Entre janei-
ro e maro de 2015, o saldo era posi-
tivo em 2.135 postos de trabalho.
escassez ficOu para trs Na fase de pleno emprego, o mer-
cado estava fazendo contrataes
fora da realidade. A afirmao do
diretor comercial do grupo O Dirio,
Csar Lus de Carvalho, e faz meno
ao perodo em que as empresas, para
suprir a alta demanda de consumo e
com crdito fcil para expanso dos
negcios, contratavam profissionais
com currculo e experincia aqum
de suas necessidades e pagavam al-
tos salrios. Estava claro que aque-
la situao uma hora iria mudar. As
empresas estavam pagando bons
salrios nem sempre por bons profis-
sionais, mas por escassez de mo de
obra. Chegou a uma situao em que
os profissionais no apareciam para a
entrevista de recrutamento, porque
deveriam ter recebido outra propos-
ta, ou no dia em que deveriam come-
ar o trabalho na empresa, avisavam
que tinha recebido proposta melhor
e declinavam o emprego, lembra.
Desde 2012 o grupo reduziu em
30% o nmero de colaboradores
em parte a reduo foi devido ao
investimento tecnolgico, que eli-
minou funes. O mercado agora
est num patamar mais real de
salrios e contrataes, diz. Com
a crise, as empresas, e tambm o
jornal em que Carvalho trabalha,
priorizaram funes de extrema
necessidade e que agregam resul-
tado. As empresas esto revendo
processos e mantendo apenas as
funes fundamentais. E esta no
uma realidade apenas do interior.
Em recente visita a um banco de
uma montadora, fiquei sabendo
que a equipe de marketing que
era de quatro pessoas, passou a ter
apenas uma.
A nova realidade tornou a em-
pregabilidade mais difcil para pes-
soas com menos qualificao. Bons
profissionais que do resultado, po-
dem no estar ganhando o que gos-
tariam, mas no ficam desemprega-
dos. E a se incluem os profissionais
de vendas. Por outro lado, quem tem
pouca qualificao est tendo dificul-
dade de encontrar vagas e h muita
concorrncia nos cargos intermedi-
rios, diz.
de vOlta dcada de 90Para o coach e consultor Fernando
Rogrio Andreussi, o cenrio atual
semelhante ao da dcada de 1990,
quando os profissionais enfrentavam
disputa acirrada no mercado de tra-
balho, at por vagas com salrios in-
feriores aos pretendidos.
um ambiente que favorece o
contratante, j que h muita oferta
de mo de obra. E como h mais
profissionais qualificados no mer-
cado do que oportunidades de em-
prego, a rgua salarial acaba cain-
do, avalia o coach.
Tal percepo confirmada por
Silvana Cavalini Carstens, psicloga
e administradora da Job Center, em-
presa de recrutamento e seleo em
Maring. Segundo ela, o nvel de exi-
gncias das vagas anunciadas para
entrevista aumentou consideravel-
mente nos ltimos meses, na con-
tramo da remunerao ofertada. O
reportagem // CAPA
// Venda e instalao de placas solaresO empreendedorismo tambm foi o caminho escolhido por Eduardo Zanesco aps a demisso
Wal
ter
Fern
and
es
Evoluo no nmero de microempreendedores em Maring
FONTE | www.portaldoempreendedor.gov.br
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL* AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR
15.000
12.000
9.000
6.000
3.000
0
9.170 9.375 9.5979.804 10.029 10.271
10.792 11.08211.296 11.489 11.611
11.843 12.085 12.304
2015 2016(*) Dados de julho/2015 no informados.
REFERENTE AO LTIMO DIA DE CADA MS
Revista ACIM / 19
// Cargos foram extintos ou incorporadosSegundo o consultor e coach Fernando Rogrio Andreussi, o cenrio do mercado de trabalho atual semelhante ao da dcada de 90, com disputa acirrada por vagas e salrios inferiores
// muita gente em busca de empregoO contratante procura profissionais experientes, proativos, com MBA no currculo, fluentes em ingls, entre outras exigncias, e encontra, diz Silvana Carstens, da Job Center
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Wal
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Maio 2016
reportagem // CAPA
nmerode meiss cresceO nmero de Microempreen-
dedores Individuais (MEIs) tem
aumentado ms a ms. Em fe-
vereiro de 2015 eles somavam
9.375, segundo o Portal do Em-
preendedor. Destes, 4.590 esta-
vam com o alvar regularizado.
Um ano depois, em fevereiro
deste ano, eram 12.085 formali-
zados, sendo 6.582 com a situa-
o regular na prefeitura, ou seja,
aumento de 29% no nmero de
MEIs e de 62% no nmero de re-
gularizados.
O MEI pode faturar at R$
60 mil por ano ou R$ 5 mil por
ms, no pode ter participao
em outra empresa como scio
ou titular e pode ter apenas um
empregado, que receber salrio
mnimo ou piso da categoria. O
empreendedor fica isento de tri-
butos federais, como PIS e Cofins,
mas deve pagar mensalmente o
Documento de Arrecadao do
Simples Nacional (DAS), que va-
ria de R$ 45 a R$ 50, dependen-
do do ramo de atuao.
Com a formalizao, o empre-
endedor tem direito a benefcios
previdencirios, como auxlio-
-maternidade e aposentadoria,
passa a ter facilidade para aber-
tura de conta bancria, pedido
de emprstimos e pode emitir
nota fiscal.
As vantagens atraram Mayra
Bueno. Sem ter concludo o en-
sino mdio e depois de uma
temporada de trabalho em Por-
tugal, ela voltou ao Brasil. Aqui,
trabalhou como costureira, teve
o segundo filho e decidiu em-
contratante hoje procura profissio-
nais experientes, proativos, com MBA
no currculo, fluente em ingls, entre
outras exigncias, e encontra porque
h muita gente qualificada em busca
de recolocao. Entre o desemprego
e um salrio inferior ao ltimo cargo,
opta pelo segundo, diz.
De acordo com Silvana, esta nova
realidade tambm tem interferido
no processo de seleo e recruta-
mento. At alguns meses o nmero
de entrevistas necessrias para o pre-
enchimento de uma vaga era menor.
Atualmente, as empresas tm ouvido
e analisado mais currculos antes de
se decidir por um candidato.
multifunciOnais Para Andreussi, a preferncia, na
maioria das vezes, por aquele com
perfil proativo, com capacidade de
liderana e habilidades multifun-
cionais. A empresa quer profissio-
nais engajados e que possam fazer
a diferena, especialmente em um
perodo de crise e faturamento no
limite, diz.
A dificuldade econmica, se-
gundo o coach, obrigou empresas
a reverem o processo de gesto, a
reorganizarem o quadro de cola-
boradores e a aproveitarem o m-
ximo a prpria mo de obra. Den-
tro da proposta de reformulao,
cargos foram extintos ou incorpo-
rados a outras funes.
E com as equipes mais enxutas,
coube aos gestores o desafio de
manter produtividade, a qualidade
dos servios e, principalmente, a
motivao dos colaboradores. Por
outro lado, o fantasma do desem-
prego levou muitos profissionais a
sarem da zona de conforto. Trata-
-se de uma estratgia de sobrevi-
vncia para os dois lados. Daqui a
pouco a crise vai passar e quem
tiver feito a diferena na empresa
ser recompensado, acredita An-
dreussi.
reduO de 40% da equipeTerceirizao e reduo da equipe
foram as solues encontradas pela
empresria Renata Mestriner, da Glo-
bal Assessoria em Comrcio Exterior,
para superar o que ela considera o
momento mais difcil da empresa
que tem 19 anos de mercado. A crise
combinada ao dlar alto afugentou
os clientes que importavam supri-
mentos e maquinrios. Com isso, o
faturamento chegou a cair para um
tero e a empresa registrou meses
de prejuzo. Sem outra sada e com
funcionrios ociosos pela queda de
volume trabalho, foi preciso reduzir a
equipe de 25 para 15 funcionrios, e
entre eles estavam profissionais com
uma dcada de casa. um momen-
to em que o empresrio precisa ser
rpido nas decises para se ajustar
ao mercado, mas sempre difcil
deixar pessoas qualificadas sarem
da empresa, diz ela, que foi franca
sobre a situao, explicando que os
profissionais que tinham outra op-
o de trabalho deveriam ir atrs.
Renata tambm planejou a reduo
do quadro: a cada ms, a equipe foi
reduzida em duas pessoas.
Antes ela tinha uma pessoa res-
ponsvel apenas por acompanhar as
mudanas na legislao. Com a redu-
o do quadro de colaboradores, o es-
critrio de contabilidade passou a ser
mais demandado sobre o assunto. O
servio de limpeza foi terceirizado. Por
outro lado, houve aumento no vale-
-alimentao. Com a inflao e pre-
os em alta, foi preciso readequar o
valor, comenta. Com a leve reduo
da cotao do dlar e empresrios
voltando a planejar investimentos,
Renata diz que tem sentido uma
bem-vinda melhora no nimo do
mercado. Voltamos, ainda que num
nvel menor, a comprar mquinas
para empresas da regio, diz ela,
acrescentando que h empresas
que esto negociando maquinrios
que superam US$ 3 milhes.
Revista ACIM / 21
// planos para mudar para casa maiorMayra Bueno tem uma empresa de robes personalizados, o que possibilita uma renda maior que a que tinha como trabalhadora com carteira assinada
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Acim_Syma_Computer_Stick.indd 1 02/05/16 15:30
preender. Primeiro passou a fabricar
enxovais para beb, mas as vendas
foram diminuindo com a crise. Por
sorte, por sugesto de uma cliente
que encomendou um robe persona-
lizado para a nora que iria se casar,
Mayra encontrou um novo nicho.
Hoje ela dona do Ateli Mayra
Bueno Robes Personalizados, tem
pgina no Facebook e fabrica mais
de 150 peas por ms para noivas e
madrinhas usarem enquanto se ar-
rumam para o casamento. Tenho
uma renda maior que se tivesse tra-
balhando como empregada. Fao
meus horrios, o que me permite
levar e buscar os filhos na escola, e
no falta servio. Animada, a em-
preendedora deve se mudar para
uma casa maior, com um espao ex-
clusivo para atender os clientes. Ela
tambm faz planos de aumentar o
portflio e pretende confeccionar
toalhas e necessaries personaliza-
das. Com isso, deve contratar o pri-
meiro funcionrio.
O caminho empreendedor tam-
bm est sendo seguido pelo ma-
rido de Mayra, Glauber. Ele re-
presentante comercial, abriu uma
microempresa de artigos para festa
e conta com um ajudante freelan-
cer para os dias de maior demanda.
Maio 2016
infOrmalidade leva cOncOrrncia desleal
// movimento caiu 10%O aumento de pessoas informais que fabricam marmitas tem trazido prejuzos para Mrio Roberto Andregueti, do Recanto do Sabor
reportagem // CAPA
Apesar da alta constante do nmero
de microempreendedores individu-
ais em Maring, nem todos os novos
empreendedores seguem o cami-
nho da formalidade. H quem recor-
ra ao improviso para garantir a renda
domstica. E nesses casos, sem com-
promisso com legislao e encargos
tributrios, impem uma concorrn-
cia desleal s empresas.
Entre os setores afetados pelo
mercado informal est o de alimen-
tao. Em Maring, empresrios do
ramo afirmam estar perdendo clien-
tes para os chamados marmiteiros.
So pessoas que perderam o em-
prego e agora esto fazendo mar-
mitas. Eles improvisam cozinhas no
fundo do quintal ou at em estacio-
namentos para preparar as refeies
e vender, relata o empresrio Mrio
Roberto Andregueti.
Proprietrio do restaurante Re-
canto do Sabor, localizado na ave-
nida Brasil, Andregueti calcula uma
queda de 10% na clientela nos lti-
mos meses. Hoje, ele serve cerca de
cem refeies por dia no buffet livre
ao custo de R$ 14,90. Com os custos
com funcionrios, luz e outras contas
difcil competir no quesito preo
com quem trabalha na informalida-
de, desabafa.
A reclamao a mesma de Paulo
Rogrio Pavo, do Sabor Brasil, locali-
zado avenida Mandacaru. Atualmen-
te trabalham seis funcionrios, j que
outros dois foram demitidos devido
crise e queda no movimento
De outubro de 2015 para c, o
nmero mdio de refeies servi-
das no restaurante caiu pela me-
tade, de 60 para 30. A procura por
marmitex, carro-chefe do Sabor
Brasil, tambm est menor, tan-
to nos pedidos feitos no balco
como nas solicitaes de entrega
por meio de telefone e WhatsApp.
Hoje, em mdia, so vendidas 150
marmitas por dia. O valor mdio
R$ 9.
Nossos produtos tm procedn-
cia atestada e so manipulados con-
forme as regras da Vigilncia Sani-
tria. Mas, infelizmente, em tempos
de crise as pessoas abrem mo da
qualidade e optam pelo preo. E na
situao atual R$ 2 fazem diferena,
lamenta Pavo.
Assim como Andregueti, ele atri-
bui a queda no movimento atua-
o irregular dos marmiteiros. Todos
tm o direito de trabalhar e ganhar
dinheiro, desde que de maneira
legalizada. S que estamos con-
correndo com gente que no paga
imposto, no tem funcionrios ou
custos com estrutura, no cumpre
as exigncias da Vigilncia e por
isso consegue oferecer um preo
menor, reclama.
Para impedir uma debandada
maior da clientela, o empresrio
tem realizado promoes e ofertado
programas de fidelidade e pacotes
mensais. Outra estratgia alertar
os clientes sobre os riscos que o con-
sumo de alimentos manipulados
inadequadamente oferece sade.
Em etiquetas anexadas nas marmi-
tas explicamos e alertamos sobre os
problemas de intoxicao alimen-
tar, diz.
// J demitiu dois funcionrios Estamos concorrendo com gente que no paga imposto, no tem funcionrios ou custos com estrutura, reclama Paulo Rogrio Pavo
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Revista ACIM / 23
Maio 2016
Profissionais buscam cursos de recolocao rpida ou se especializarem para garantir empregabilidade // por Wilame prado
Na esteira da crise, aumenta procura por
cursos tcnicos
A crise econmica enfrentada pelo pas tem levado mais
pessoas a procurar alternativas para melhorar a renda e
a colocao no mercado. Uma das consequncias o
aumento da procura pelo aprimoramento por meio de
cursos profissionalizantes. Responsvel pelo acompanha-
mento pedaggico dos cursos tcnicos oferecidos pela
jurisdio do Ncleo Regional de Educao (NRE) de Ma-
ring, que contempla 25 municpios, a coordenadora de
Educao Profissional, Elizabete Neves, revela que a pro-
cura tem sido maior que as vagas disponveis, o que obri-
ga, algumas vezes, a um processo classificatrio na hora de
elencar os participantes. O mercado est mais exigente
em relao contratao. Busca-se um profissional espe-
cializado e que consiga acompanhar e crescer com a em-
presa, comenta.
Elizabete diz esperar um nmero ainda maior de gente
disposta a estudar mais para, quem sabe, obter colocao
desejvel no mercado. Neste primeiro semestre estamos
verificando aumento de 20% na procura pelos cursos em
relao ao ano passado.
Outra caracterstica envolvendo o mercado profissiona-
lizante em tempos de crise a busca por solues de ma-
neira rpida. No o caso de Luiz Antonio Mendona, que
foi aluno do Servio Nacional de Aprendizagem Industrial
(Senai), trabalhou na indstria e s ento depois retornou
casa onde aprendeu seus primeiros ofcios, desta vez
para ficar: h 25 anos ele trabalha no Senai, primeiramen-
te como instrutor e hoje como gerente da unidade Marin-
g. Normalmente, sob as condies de crise, as pessoas
buscam aliar as necessidades oferta de cursos gratuitos.
MERCADO //W
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Revista ACIM / 25
// Aumento leva seleoProcura por cursos tcnicos cresceu 20% em relao a 2015, segundo a coordenadora de Educao Profissional do Ncleo Regional de Educao, Elizabete Neves
// mais de mil pessoas por semanaA Lins de Vasconcellos, alm de dar assistncia bsica a famlias, oferece cursos profissionalizantes e prepara jovens aprendizes; na foto o diretor Cezar Eduardo Ivantes
Quando isto no possvel, buscam-
-se os cursos mais rpidos e que pos-
sibilitam a insero ou permanncia
no mercado, ou ainda aqueles que
permitem atuar como um profissio-
nal autnomo, diz ele, que cita os
cursos de eletricista entre os mais
procurados deste perodo.
Para o empresrio Cezar Eduardo
Ivantes, mais do que uma preocupa-
o envolvendo recolocao no mer-
cado ou busca por empregos, pre-
ciso pensar nas dificuldades de toda
a famlia no momento de crise. Ele
diretor da Lins de Vasconcellos, enti-
dade que atende mais de mil pessoas
por semana dando assistncia bsica
e ofertando cursos profissionalizantes
e preparao de jovens aprendizes.
quando entra o papel da entida-
de, que leva aos assistidos uma viso
global, mas tambm questes ti-
cas, morais e crists. Neste momen-
to tem-se um grande diferencial da
Lins de Vasconcellos como entidade
formadora no s da profisso, mas
do carter, refora. Ele explica que,
desde 2000, quando a entidade foi
fundada atendendo especialmente FONTE | Coordenadora do setor de Educao Profissional do Ncleo Regional de Educao de Maring, Elizabete Neves
AS REAS TCNICAS DE GRANDE EMPREGABILIDADE
MEIO AMBIENTE
CONSTRUOCIVIL
SEGURANA DO TRABALHO
EDIFICAES
ENFERMAGEM
ALIMENTOS
FARMCIA
ANLISESCLNICAS
VESTURIO
SADE BUCAL
ADMINISTRAO
INFORMTICA
RECURSOSHUMANOS
FORMAODE DOCENTES
Foto
s/W
alte
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des
Maio 2016
os moradores dos conjuntos Guaiap
e Requio, mais de dez mil pessoas
passaram por l buscando forma-
o profissional. Sempre de maneira
gratuita, a entidade oferece cursos
de costura, informtica, manicure e
pedicure, automaquiagem e higiene
pessoal, alm de constantes palestras
motivacionais e informativas.
entrOsamentO claro que o mercado no capaz
de absorver todas as pessoas que
concluem cursos tcnicos e profissio-
nalizantes. Ainda assim, na opinio de
Mendona, h uma preocupao das
entidades educacionais em se aproxi-
mar do mercado, objetivando entro-
samento e entendimento das neces-
sidades dos empresrios.
Ele lembra que, no caso do Senai,
todas as atividades tm foco na inds-
tria e, para a aproximao dos cursos
e o mercado, realiza-se a formao
de comits com diversos especialis-
tas para que sejam apresentadas as
competncias atuais e futuras pre-
ponderantes profisso. Com base
nesta informao que modelamos
os currculos dos cursos.
Para que haja entrosamento entre
alunos formados e empresas, h uma
srie de impedimentos que extrapola
a capacidade das instituies educa-
cionais em oferecer pessoas realmen-
te prontas para as exigncias do mer-
cado. Na opinio de Elizabete, isto
est relacionado s questes culturais
e, infelizmente, financeiras.
A necessidade de se aventurar
muito cedo no mercado de trabalho,
sobrecarregando alunos que preci-
sam estudar e trabalhar, e a falta de
incentivo da famlia so alguns agra-
vantes. Seria importante que as em-
presas abrissem as portas para que os
alunos, durante o perodo de estudos
nos cursos tcnicos, pudessem real-
Sabendo da dificuldade de
encontrar o primeiro emprego
e entendendo as limitaes
financeiras das famlias para
pagar cursos e aperfeioamentos,
a Lins de Vasconcellos oferece
capacitao para jovens que
chega a durar um ano em
cursos de aprendizagem
com profissionais voluntrios.
Em 2015, passaram pela
entidade 480 adolescentes
que, posteriormente, tiveram
mais condies de atender s
necessidades das empresas que
aderem ao Jovem Aprendiz
programa do Governo Federal
criado em 2005.
A CCP Engenharia de Obras
uma das empresas maringaenses
que conta com colaboradores
efetivados por meio do Jovem
Aprendiz. O diretor Jos Maria
Soares diz ser uma relao de
trabalho importante e que precisa
prOgrama dO gOvernOincentiva aprendizes
haver comprometimento do jovem
em aprender e a contrapartida
da empresa em fornecer o
conhecimento relacionado
atividade profissional.
Ele cita o caso de uma
colaboradora que comeou como
Jovem Aprendiz e hoje gerente
de Recursos Humanos. Foi uma
das primeiras jovens aprendizes
da empresa. Ela se destacou pelo
compromisso, anseio pelo saber e
pelo interesse de evoluir na carreira.
Mas ainda h certa predisposio
de parte dos jovens para a
escolha de reas que envolvem
os setores administrativos.
Nem sempre as empresas
comportam em seus quadros
tantas funes administrativas.
Na minha percepo, nosso setor
tem formado aprendizes no
campo administrativo, e no no
operacional (obras) como seria o
desejado, pondera Soares.
// Comprometimento em aprenderJos Maria Soares, da CCP Engenharia de Obras, e a gerente de Recursos Humanos, Lorena Canhovatti, que ingressou na empresa como jovem aprendiz
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Revista ACIM / 27
mente conflitar a teoria e a prtica,
sugere a coordenadora do NRE de
Maring.
dO tOrnO mecatrnicaMendona diz recordar da poca em
que os cursos de ferramenteiros eram
praticamente um passaporte para a
empregabilidade e ainda garantiam
uma boa remunerao. Mas o avano
tecnolgico causou transformao na
indstria e nas profisses. As mqui-
nas so automatizadas e controladas
por softwares e demandam profissio-
nais que entendam da operao e de
programao. Justamente pelo nvel
de automao da indstria o curso
mais procurado no Senai local o de
Mecatrnica,
Neste cenrio tm mais chances
aqueles que seguem uma formao
// Cursos para indstriasNo Senai, explica Luiz Antonio Mendona, comits discutem competncias atuais e futuras da profisso para adequao das grades dos cursos
continuada. O aluno pode optar
por um curso profissionalizante e,
medida que avana, pode ir de-
senhando a formao agregando
competncias relacionadas ao cur-
so inicial. Se faz o curso de torneiro
mecnico, o profissional pode fazer
o curso de programador de torno
CNC (comandado por computador)
e depois se especializar conforme a
complexidade dos equipamentos e
softwares, explica.
preciso procurar se desenvolver
na profisso em que h maior afinida-
de, de forma continuada e estar pre-
parado e disposto para aproveitar as
oportunidades que, mesmo no pa-
recendo ser a melhor no curto prazo,
podem ser uma boa experincia para
a construo da carreira, aconselha
Mendona.
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Maio 2016
AssociAtivismo //
Engenheiro civil substitui Marco Tadeu Barbosa; integrantes dos cinco conselhos da entidade foram empossados em abril junto com as diretorias do Instituto Mercosul, Fundacim e Noroeste Garantias // por Giovana Campanha
Jos Carlos Valncio assume presidncia da ACIm
// pena smbolo de transitoriedadeMarco Tadeu Barbosa transmite cargo para Jos Carlos Valncio, que ficar frente da ACIM na gesto 2016-2018
At abril de 2018 o engenheiro civil
Jos Carlos Valncio o presiden-
te da ACIM. Ele assumiu, em 25 de
abril, o cargo ocupado nas duas
ltimas gestes por Marco Tadeu
Barbosa. A cerimnia de posse, no
teatro Calil Haddad, reuniu mais
de 750 pessoas, incluindo repre-
sentantes de todos os poderes,
lideranas empresariais de todo
o Paran e presidentes de entida-
des de classe. Junto com Valncio
foram empossados mais de 400
diretores dos cinco conselhos da
ACIM: Administrao, Superior, Co-
pejem, ACIM Mulher e Comrcio
& Servios, alm das diretorias do
Instituto Mercosul, Fundacim e No-
roeste Garantias. Antes da posse,
houve assembleia geral ordinria,
para prestao de contas e apro-
vao do plano de metas, alm da
apresentao da orquestra e coral
da Cocamar.
O presidente do Sicoob Uni-
coob, Jefferson Nogaroli, foi o pri-
meiro a discursar. Marco Tadeu
entrou menino e saiu gigante da
presidncia da ACIM. Pessoas como
ele ajudam a construir uma cidade
como a nossa Maring. Ele e sua
equipe realizaram um trabalho r-
duo, honrando a ACIM. E tenho cer-
teza que o Jos Carlos Valncio vai
fazer um bom trabalho.
J o presidente da Faciap, Guido
Bresolin Junior, disse que em nome
das 395 associaes comerciais do
Paran parabenizava Marco Tadeu.
Representando o governador Beto
Richa e a vice-governadora Cida
Borghetti, o coordenador da Regio
Metropolitana de Maring, Joo
Carvalho, destacou a competncia
de Marco Tadeu, bem como o res-
peito e prestgio que ele conquis-
tou junto aos ex-presidentes. Jos
Carlos Valncio vai assumir com
muita responsabilidade aquela que
a maior associao comercial do
Paran.
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esAssOCIAtIVIsmO//
Revista ACIM / 29
// micro e pequenas empresasJos Carlos Valncio: o que tenho mais orgulho defender a classe empresarial, principalmente os pequenos negcios, que encontram na ACIM respaldo para que possam continuar crescendo
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Para o prefeito em exerccio Cludio Ferdinandi, a
ACIM faz a argamassa entre diferentes nichos e une po-
der pblico, entidades e o sistema Judicirio. A Asso-
ciao Comercial o orgulho de todos os paranaenses
e ponto de visitao de pessoas que vm conhecer o
diferencial de Maring.
Num discurso que o levou s lagrimas, Marco Tadeu
Barbosa disse que um dos aprendizados que teve foi
que o associativismo pode transformar a sociedade.
Unidos temos a possibilidade e diria mais, a responsa-
bilidade, de tornar a nossa comunidade um lugar me-
lhor para se viver. Ele falou ainda sobre o trabalho da
Associao Comercial. A ACIM procura se blindar con-
tra vaidades. Para nossa instituio, no importa quem
faa, o importante fazer.
O ex-presidente agradeceu conselheiros, parcei-
ros, colaboradores, a famlia dele e dos diretores. S
estando na ACIM podemos medir a dimenso da se-
riedade do trabalho desenvolvido por esta entidade.
Estar na presidncia foi uma oportunidade nica, que
no sei se teria em outro lugar. Sinceramente, diante
de tantas pessoas fantsticas que estiveram ao meu
lado nesta caminhada, fico em dvida se conduzi ou
se fui conduzido. A tripulao que assume o leme
hoje tem o estmulo de desbravar novos mares em
defesa do empresrio maringaense e da nossa queri-
da Maring. Meu desejo de sucesso e de bons ventos.
Conhecendo a ACIM, estou certo que estes ventos se-
ro sempre favorveis.
Encerrado o discurso, Barbosa recebeu homena-
gens de entidades e empresas, inclusive de todos os
conselhos da ACIM. Aos ex-presidentes foi entregue
uma pena de metal, para destacar os trabalhos realiza-
dos frente da Associao Comercial. Depois foi feita
a transmisso do cargo de Barbosa para Valncio por
meio da entrega de uma pena de metal, que simboliza
a transitoriedade do cargo. A coube ao ex-presidente
mais velho da entidade, Manoel Mrio de Arajo Pis-
mel, dar posse aos membros do Conselho Superior, que
agora tm como presidente Barbosa. Depois foram em-
possados os integrantes do Conselho de Administrao
(conduzido por Jos Carlos Valncio), ACIM Mulher
(tendo como presidente Ndia Felippe), Copejem (cujo
presidente Michael Tamura) e Conselho do Comrcio
& Servios (que tem Mohamad Ali Awada Sobrinho
frente), alm de serem empossados os diretores de Ins-
tituto Mercosul, Fundacim e Noroeste Garantias.
pequenOs negciOs e ticaEm seu discurso como presidente da ACIM, Valncio
afirmou: h mais de uma dcada integro a diretoria
desta entidade. Participei de grandes mobilizaes, de
projetos em defesa dos associados e dos interesses da
comunidade. Recepcionamos ministros, governado-
Maio 2016
associativismo //
res, secretrios de Estado, cnsules,
embaixadores, grandes empres-
rios, presidentes de companhias
respeitadas e mais uma extensa
lista de personalidades do mundo
poltico e empresarial. Mas o que
tenho mais orgulho defender a
classe empresarial, principalmente
os pequenos negcios, que encon-
tram respaldo na ACIM para que
possam continuar crescendo, ge-
rando emprego e renda.
Ele destacou que a entidade
vai continuar planejando o de-
senvolvimento de Maring, com
a contratao do Masterplan, que
vai contribuir com as gestes mu-
nicipais e ajudar a nortear o de-
senvolvimento regional. Tambm
vamos continuar nosso trabalho
de defender a transparncia e ti-
ca na gesto pblica e de cobrar
a correta aplicao de recursos.
quem O nOvO presidente? A chapa encabeada por Jos Carlos Valncio, a Compromisso com o futuro, foi eleita em 28 de maro por aclamao, com 483 votos. O novo presidente integrou ou presidiu diversas entidades. Foi presidente do Conselho de Desenvolvimento Econmico de Maring (Codem, 2012-2014) e da Terra Roxa Investimentos (2012-2016). Foi tambm presidente da Associao dos Engenheiros e Arquitetos de Maring (Aeam, 1984-1986) e membro do Conselho de Administrao do Sicoob Metropolitano. scio da Valncio Arquitetura e Engenharia, que tem quase trs dcadas de mercado e faz projetos de arquitetura de interiores, residenciais, comerciais, industriais e corporativos e atua na administrao de obras.
Entre as metas da prxima gesto esto implementar o programa de Incluso Digital Corporativa, preparando os associados para o comrcio digital; manuteno do programa ACIM em Ao, para qualificao dos associados; realizao de cursos e palestras para o empreendedorismo; propiciar a entrega do Masterplan, projeto que envolve consultoria para balizar o poder pblico em seus programas de mdio e longo prazo no desenvolvimento global de Maring.
// pena sempre ficava na ACImEx-presidentes receberam uma pena de metal como smbolo pela dedicao entidade
Continuaremos defendendo me-
didas de combate corrupo.
Continuaremos cobrando nossos
representantes polticos para que
defendam os nossos interesses,
que so maiores que os interesses
partidrios.
O novo presidente destacou que
os desafios so grandes, mas que os
funcionrios e a diretoria voluntria
no mediro esforos para valorizar
o associado e continuar fazendo
da ACIM uma agncia de fomento
regional. E desejou sabedoria para
que todos possam continuar cons-
truindo este grande legado da ACIM.
A cerimnia teve o patrocnio de
Central de Negcios Imobilirios,
Certeza Consultoria Empresarial, Co-
camar, Controlsul Consultoria Em-
presarial, Cooper Card, Maring Park
Shopping Center, O Dirio, Sancor, Si-
coob, Unicesumar, Unimed e Viapar.
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Revista ACIM / 31
// Conselho de AdministraoPresidente: Jos Carlos Valncio1 vice-presidente e vice-presidente para assuntos de MPE: Michel Felippe Soares2 vice-presidente: Wilson de Matos Silva FilhoPresidente do Copejem: Michael TamuraPresidente do ACIM Mulher: Ndia FelippePresidente do Conselho do Comrcio & Servios: Mohamad Ali Awada SobrinhoAssessor jurdico: Csar Misael de AndradeVice-presidentes: Afonso Shiozaki , Ali Wardani, Anlia Nasser, Antonio Batista Moura Jr, Antnio Fiel Cruz Junior, Antonio Tadeu Rodrigues, Ben Hur Lobo da Costa Prado, Carlos Alexandre Ferraz, Carlos Cndido Costa, Carlos Walter Martins Pedro, Cezar Couto, Claudiomar Sandri, Daoud Nasser, Divanir Higino da Silva, Edson Scabora, Erico Diniz, Everaldo Belo Moreno, Felipe Silva Bernardes, Fernando Rezende, Franklin Silva, Geraldo Conte Jnior, Gilmar Santos, Guilherme Calijuri, Ilson Rezende, Jair Ferrari, Joo Roberto Fraguas, Jos Carlos Barbieri, Jos Maria de V. P. de Paula Soares, Lauri Galina, Lourival Macedo, Luiz Ajita, Luiz Roberto Marquezini, Marcelo Silva, Marcio Rodrigo Frizo, Marcio Sendeski, Marcos Kenji, Massimiliano Silvestrelli, Maurcio Bendixen da Silva, Murilo Daura Jorge Boos, Nivaldo Reginato, Orlando Chiqueto, Osnir Roberto Gaspar, Paulo Lima, Paulo Viscardi, Renata Mestriner, Ricardo Wagner Teixeira, Roberto Cidade, Roberto Granado Martins, Rodrigo Fernandes, Rodrigo Seravali de Brito, Rony Cezar Guimares, Sergio Yamada, Silvana Romagnole, Wagner Severiano, Walcir Franzoni, Walter Thom Jnior, William Tadeu Bauer e Wilson Tomio Yabiku
// Conselho superior Presidente: Marco Tadeu BarbosaConselheiros: Ana Lcia Megda, Claudio Sandri, Cludio Haruo Mukai, Donisete Busiquia, Fernando Alves dos Santos, Guilherme Farias Fvero, Heitor Bolela Jnior, Joo Maria da Silveira, Jos Gomes Ferreira, Jos Vanderley Santana, Paulo Meneguetti, Reginaldo Nunes Ferreira, Renato Tavares, Sabas Martins Fernandes e Wilson MatosMembros natos (ex-presidentes): Manoel Mrio de Araujo Pismel, Luiz Jlio Bertin, Sidnei Meneguetti, Raymundo do Prado Vermelho, Fernando Henriques, Alcides Siqueira Gomes, Carlos Mamoru Ajita, Massao Tsukada, Pedro Granado Martines, Hlio Costa Curta, Jefferson Nogaroli, Ariovaldo Costa Paulo, Carlos Tavares Cardoso e Adilson Emir SantosMembros convidados: Alberto Haddad, Alexandre Barros, Carlos Alberto Domingues, Gilson Barbiero e Sebastio Carlos Abro
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and
esW
alte
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Maio 2016
// ACIm mulherPresidente: Ndia FelippeConselheiras: Adriane Dallagnol, Agma Sendeski, Alessandra Garbin, Alessandra Serra, Ana Gabardo, Ana Karolina Amashta, Anlia Nasser, Andra Toscano, Branca Alai, Camila Andreoti Boaventura, Caroline Camotti, Cidinha Coquemalla, Cludia Michiura, Claudilene Sandri, Donria Rizzo, Edna Almodin, Elenice Lara Erbano, Eliane Meller, Elisabeth M. Aramaki Yoshida, Elizabete Benites, Eliza Mitie Shiozaki, Fernanda Sordi Michels, Flvia Carneiro Pereira, Glaucia Corra, Hasue Komura Ito, Honame Chaves, Isolene Aparecida Niedermeyer, Jacira Paranhos de Souza, Jacira Reami, Jamile Andrea Elias, Jany Lima, Joanita Scandelai, Juliana Balbo, Juliana Coelho, Jussara Perin, Larissa Casagrande, Larissa Lessa, Ledyanne Mattos, Lizeth Detros, Luciany Michelli Pereira dos Santos, Mair Marroni, Mrcia Lamas, Mariana Fregadolli Cerqueira Reis, Marilene Philot Fernandes, Marisa Marutaka, Marta Sakurai, Miriam Thelma Ferro, Neide Nicolau, Noroara de Souza Moreira, Odlia da Silva Dossi, Patricia Silva, Paula Buosi Fabri, Rosa Maria Loureiro, Rosangela Danielides, Rosemary Kendrick e Silva, Rosemary Satiko Kawamoto, Sandra Arajo, Simone Fernandes, Sineida Berbet Ferreira, Sirley Britto, Soraia Marsico, Sueli Just, Teresa Furquim e Wldia Dejuli
// CopejemPresidente: Michael TamuraConselheiros: Adriana de Oliveira, Aislan Felipe Sena, Ana Claudia Satie Kakihata, Ana Rita Canassa, Andr Luis Afonso, Andr Valncio, Annbal B. A. da Rocha, Beatriz Fontana Assumpo, Caio Augusto Jorge Valncio, Carlos Alexandre Ciceri, Carlos Eduardo Tonet, Cezar Augusto Fornazaro, Daniel Malgarin da Costa, Danilo Hirata, Denison Vander da Silva, Derick Raiocovitch, Diego Mateus Sanches, Diego Pavan, Diego Silva, Dinarte Bueno Ferreira, Eduardo Medeiros Pereira, Gabrielle Rodmann Elias, George L. Coelho, Helio Cezar Mesquita, Joo Marcos de Assis Miguel, Joo Paulo Rodrigues Gomes, Julio Cesar Prudente de Oliveira Andreo, Julio Tadashi Tomita, Karina Spehar Vellanga, Leonardo B. Blanco, Lucas Di Loreto Peron, Lus Andr Gomes Grigoli, Marco Antnio de Jesus Almeida, Onofre Valero Saes Jnior, Rafael Kenji Tokuda, Rafael Legnani, Rafael Macagnan Marutaka, Rafael Mendes Cotrim, Rafael Tupan Ruy, Renan Gabriel Ferreira Detros, Renato Bento Rodrigues, Ricardo Cavalcante de Alburquerque, Ricardo Tortato, Roberta Assumpo Alves Tranquilini, Romualdo Correa Bisognin Dalmarco, Romulo Cortez Gomes Ferreira, Silvio S. R. Iwata, Tatiana Martinhago, Thais Lie Romo Iwata, Thiago Ramalho, Vicente Suzuki e Vitor Gaspareto Bezerra
Revista ACIM / 33
// Conselho de Comrcio & serviosPresidente: Mohamad Ali Awada SobrinhoAdauto Silva Barros, Ademir Kimura, Ademir Scobin, Adevaldo Salvador, Agnaldo Mendes, Alexandre Lima, Alexandre Pismel, Allan Cardoso, Amauri Donadon Leal, Amauri Jr, Ana Cludia de Freitas, Anderson Malaquias, Angelo Martins Jnior, Antonio Beltrame, Antonio Carlos Pires, Antnio Carlos Santana, Antonio Marcos de Souza, Aparecido Marroni, Arnaldo Brger, Bem Hur Ferreira da Silva, Carlos Augusto Myrrha, Celso Sarro, Charles Piveta Assumpo, Cicero ngelo de Brito, Claudemir Gracino, Claudinei Barbosa Sandri, Cludio Michiura, Cladio Suzuki, Clorival Brustolin Junior, Cynthia Elena de Campos, Dejair B. de Paula Jnior, Demir Dener di Berardino, Derclio Constantino, Diene Eire, Dirceu Gambini, Edson Berto, Edson Luiz Cardoso Pereira, Edson Ronaldo de Moraes, Elbes Percinoto, Eliane Nascimento Silva Costa, Elias Pereira da Silva, Eluci Roque Kerber, Emanuel Pipino, Eniceia Silva, Erick Costa Moraes, Fabbio Gonzalez Correia Gomes, Fbio Csar dos Santos, Fbio Pacheco, Fbio Yano Kine, Fernando dos Santos Ramos, Fernando Lucas, Fernando Meurer, Fernando Molinari, Flavio Koiti Otomura, Geraldo Herculano Ramos, Gerson Lopes Dias Dolemba, Gerson Luiz Sovinski, Gilson Aguiar, Guilherme Ribeiro, Gustavo Garcia, Hermes Aparecido Coli Vieira, Humberto Garbelini Kotsifas, Ireneu Meurer, Janana da Silva Alionso, Jean Carlo Caramanico, Jeane Nogaroli, Jeferson Doacyr Balbinot, Jefferson Favotto, Joo Adolfo Stadler Colombo, Joo Francisco Dantas de Carvalho, Joel kalil Nader, Jorge Fregadolli, Jos Campos, Jos Cezar Abro, Jos Paulo Urgnani, Jos Previdelli, Jos Ramil Poppi, Julio Kusakawa, Kaue Myasava, Larissa Rangel, Laurindo Martins Ferreira Filho, Leacir Fiorati, Leo Vianna, Letcia Pagani El-Memari, Lorena Peretti, Lucheo Antonio Tombini, Luciano Coletta, Lucimar dos Santos Niero, Luis Carlos Massaru Maratuka, Luiz Carlos A. Vieira, Luiz Eduardo Borim Gonalves, Luiz Felipe Apollo, Luiz Pereira da Silva, Luiz Tel, Luzia Khattab, Marcelo Farid, Marcelo Reis de Souza, Mrcio Bento Lcio, Marcos Obici, Maria Tereza Anastcio, Mrio Roberto Andregheti, Marlos Almeida, Marun Estephan, Maurcio Bakos, Mauro Clio Dias Filho, Mauro Cominatto Men, Mayra de Oliveira Costa, Miguel Joaquim de Oliveira, Milton Rossi, Nelson Barbosa Junior, Ney Stival, Nilton Cezar Grossi, Nivaldo Bratifiche, Norvan Noronha Dias, Osler Colombari, Osmar dos Santos Vieira, Paulo Barbosa, Paulo Cezar, Paulo Roberto Valrio, Pedro Paulo Coelho Constantino, Regina Acutu, Reginaldo Caleffi Navarro, Ricardo Gonalves, Ricardo Michels, Ricardo Rodriguez Gervzio, Ricardo Vieira Ausek, Roberto Csar, Roberto Nagahama, Roberto Petrucci Jr., Roberto Wilson Teixeira, Robson Bueno dos Reis, Robson Diego Silva Vicentini, Robson Uesu, Rodrigo Dolfini, Rodrigo Marcel Garcia Martucci, Rogrio Boselo, Salatiel Dias, Samir Al Gharibe, Sammy Davis Gomes, Sandro Aparecido Bertoni, Sandro Moles da Silva, Sandro Pinheiro, Sergio Maximilia, Srgio Ribeiro Lemos, Sidnei Ross Bergamo, Silvio Saiti Iwata, Sueli Andrade, Sylvio Carlos Franco, Valdeci Gonalves da Silva, Valdeir Larrosa, Valdemar de Matos Silva, Valderlene de Oliveira Vargas Silva, Vanessa Fernandes, Vitor Marcelo Grossi Santos, Wanderley Vilas Boas, Wesley Dejuli, Wesley Falco Tuler, Wilson Benalli e Wilson Teixeira
// Instituto mercosulPresidente: Renata Mestriner KrambeckVice-presidentes: Cezar Luiz Couto, Edson Scabora, Carlos Walter Martins Pedro, Carlos Ferraz, Felipe Bernardes, Jos Gomes Ferreira, Jos Carlos Valncio, Michel Felippe Soares e Ricardo Teixeira
Maio 2016
// FundacimPresidente: Anlia da Rosa NasserDiretores: Alessandra Borges, Dayane Francis da Silva Almeida, Fabricia Anglica, George Lus Coelho, Jeane Nogaroli, Jos Vanderley Santana, Mrcia Souza, Mariane Arns, Renato Tavares, Roberta Assumpo Alves Tranquilini, Sueli Bolela Just e Wilson Tomio Yabiku
// Noroeste GarantiasConselho de Administrao Presidente: Everaldo Belo Moreno Conselheiros: Claudio Marcelo Siena, Carlos Alexandre Walter Ferraz, Eduardo Daibert Arajo, Elizabete Benites, Joo Paulo Silva Junior, Jose Leonardo Cano Quintino, Jose Wanderlei Santana, Jos Ricardo Pereira, Michel Felippe Soares, Mohamad Ali Awada Sobrinho, Paulo Evangelista de Lima, Ribamar Alves Rodrigues, Ronaldo Cesar Siena, Roberto Izaguirre II, Sandro Mols da Silva, Sergio Yamada, Flvio Augusto Matsuoka Cestari e Rodrigo Streleski Picoli Conselho fiscal: Cesar Misael de Andrade, Orlando Chiqueto Rodrigues, Marcelo Scomparim, Edemilson Cruz Santana, Celso Chaparro e Osnei Jose SimesConselho Superior: Luiz Ajita, Jose Maria Bueno Filho, Ilson Rezende, Jefferson Nogaroli, Marco Tadeu Barbosa, Rogrio Machado, Jos Carlos Valncio e Ideval Luis CurioniComit gestor do Fundo de Risco: Eduardo Daibert Arajo, Carlos Alexandre Ferraz, Jose Wanderlei Santana, Ali Saadeddine Wardani e Michel Felippe Soares
Revista ACIM / 35
Maio 2016
A concluso consta num livro recm-lanado pelo
advogado maringaense Jos Roberto Tiossi
Junior, com base em pesquisas sobre a
Educao na regio da Amusep
// por Josi Costa
mais recursos no so garantia de
boas notas no IDeBA busca por uma Educao de
qualidade foi um dos temas tra-
tados na dissertao do advoga-
do e professor maringaense Jos
Roberto Tiossi Junior, que deu ori-
gem ao livro Oramento pblico:
investimentos em educao como
forma de efetivao dos direitos
da personalidade, lanado recen-
temente.
O autor esmiuou o oramento
pblico para identificar a compo-
sio dos recursos destinados
Educao, dando nfase inves-
tigao do caminho para chegar
aos valores que compem o m-
nimo constitucional que deve ser
aplicado na Manuteno e Desen-
volvimento de Ensino.
Tiossi realizou duas pesqui-
sas sobre a Educao na regio
da Associao dos Municpios do
Setentrio Paranaense (Amusep),
sendo a primeira referente aos in-
vestimentos de cada municpio,
por meio de dados publicados no
portal da Secretaria do Tesouro
Nacional de 2008 a 2011, e fez um
paralelo com os maiores ndices
de Desenvolvimento da Educao
Bsica (Ideb), de 2011, para aufe-
rir a qualidade da Educao. Os
municpios que apresentaram as
maiores notas no Ideb no foram
os que aplicaram mais recursos,
tanto em valores absolutos, quan-
to em valores proporcionais. Isso
OramentO pblicO //
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leva a crer que os altos ndices de
algumas cidades foram oriundos
principalmente da dedicao de
alunos e professores, e no da par-
ticipao do Estado.
investimentO x valOr realUm exemplo Ivatuba, que apre-
sentou o maior Ideb da regio, foi
o 29 na aplicao de recursos na
educao em valores absolutos e
o 30 em valores proporcionais. J
Maring tem a maior aplicao de
recursos absolutos, a 29 em va-
lores proporcionais e tem o 5 me-
lhor Ideb.
Na maioria das vezes as despe-
sas divulgadas como investimen-
tos em Educao no reflete os
reais valores aplicados, visto que
a qualidade no equivalente
ao montante aplicado, ou seja, as
// tema educao na Amusep
Jos Roberto Tiossi Junior, autor do
livro Oramento pblico:
investimentos em educao como
forma de efetivao dos direitos da personalidade
despesas com Educao de fato
esto saindo dos cofres pblicos,
mas nem sempre os recursos che-
gam ao destino final.
A segunda pesquisa foi sobre o
Fundo de Manuteno e Desen-
volvimento da Educao Bsica
e de Valorizao dos Profissionais
da Educao (Fundeb). Segundo
Tiossi, o fundo, com previso para
durar at 2020, vem causando
deficit para alguns municpios,
em razo do percentual retido ser
o mesmo para todas as cidades
e o valor repassado varia com o
nmero de alunos matriculados.
Com isso, municpios que pos-
suem censo escolar baixo, saem
perdendo, necessitando recorrer
a outras fontes para atingir o m-
nimo de aplicao necessria na
Educao.
Revista ACIM / 37
Maio 2016
opinio //
// Gilson Aguiar graduado em Histria e mestre em Histria e Sociologia; ncora e comentarista da Rdio CBN Maring
o produtor da pea e nunca o artista
principal. Ela sequer foi sndica para
dizer que tem uma histria eleitoral
que lhe antecedeu presidncia. Dil-
ma uma construo poltica, uma
extenso do carisma bem-sucedido
do padrinho poltico, Luiz Incio
Lula da Silva.
Considero Dilma uma pessoa boa.
Contudo, este no o melhor ingre-
diente para se ingressar na vida p-
blica em um pas onde a principal
marca do ambiente poltico nunca
transformar o bastidor no palco onde
o espetculo se desenrola. Dilma no
se ambientou em um momento fun-
damental, a crise. Quando seus aliados
tentaram salv-la e ela deixou-se salvar
- pois seu temperamento impositor di-
ficulta dilogo - era tarde demais.
Dilma Rousseff comea a batalha
final, que nas palavras da prpria
ser longa. E marcada por um apren-
dizado doloroso. Para se cometer um
crime, no basta apenas desobede-
cer a lei, tem que ser capaz de fazer
valer a lgica do poder, manobrar de
forma racional a fora e, o principal
objetivo de um governante, manter-
-se. Por isso, com todo o respeito,
tchau querida.
Assisti ao pronunciamento da presi-
dente Dilma Rousseff sobre a apro-
vao do processo de impeachment
aprovado na Cmara de Deputados.
Ela destacou a palavra injustia.
Segundo a presidente, esta a de-
finio mais profunda do momento
que est atravessando. Comparou
o perodo, que considera golpe,
condio que viveu na ditadura mili-
tar (1964 a 1985). Quando questiona-
da por um jornalista, lembrou que a
comparao simblica e que no
se pode desejar um Estado de exce-
o como o regime militar.
Em sua fala, Dilma aposta na de-
mocracia. Considera que sempre a
melhor sada. E tem razo. Porm,
a presidente considera que esto
cerceando os direitos dela. Se esto
fazendo isso com a presidente da
Repblica, o que no fariam com um
cidado comum?.
Dilma considera que esto conde-
nando-a por um crime que no co-
meteu. Alega que outros presidentes
fizeram pedaladas fiscais crime que
fundamentou o pedido do impea-
chment. Vale lembrar que no com
tanto dinheiro. Porm, a presidente
acredita que o que fez no ilegal
e que o Supremo Tribunal Federal
(STF) nunca a condenou.
O pronunciamento da presiden-
te foi um dos melhores que j fez.
E um dos mais sinceros. Em alguns
momentos, o despejo de sentimento
quase se traduziu em choro. Ela es-
teve ponto de deixar cair dos olhos
a verdade da emoo. No seriam
lgrimas de crocodilo se tivessem
corrido o seu rosto.
O que me veio, ao encerrar a fala
e a entrevista coletiva, algum que
tem convico, mas no tem voca-
o. Dilma nunca foi senhora dos vo-
tos que a construram. Sempre foi o
elemento tcnico, o cargo de escalo,
Dilma foi sincera, mas
no tem vocao
Revista ACIM / 39
Escolhauma instituio financeira
que somapessoas
e divide
resultados.
sicoobunicoob.com.br
No Sicoob Metropolitano,em 2015, foram mais de
R$ 19 milhesde resultado financeiro.
Maio 2016
SADE //
Celular ao lado da cama e ponto de luz podem atrapalhar uma noite de sono reparadora; como indutores geram dependncia,
preciso muita cautela antes de tomar Rivrotril // por Josi Costa
Os obstculos para o sono tranquilo
Entre as consequncias esto ra-
ciocnio lento, memria ruim, rea-
o mais lenta levando at a riscos
de acidente de trabalho e de trn-
sito.
Segundo o ortodontista Paulo
Nabarro, certificado em Medicina
do Sono pela Sociedade Brasileira
do Sono (SBC) e mestre em Distr-
bios do Sono, uma noite bem dor-
mida se avalia pela quantidade e
qualidade. fundamental que o
ambiente seja tranquilo, silencioso,
escuro e com temperatura agrad-
vel. At o barulho do ar-condicio-
nado ou do ventilador atrapalha,
// Ronco e insnia so viles Os homens demoram muito mais para procurar ajuda. J a mulher, ao perceber que est roncando, corre para o consultrio, diz o ortodontista Paulo Nabarro
Enquanto dormimos, economiza-
mos energia para a manuteno
do corpo e para consolidar a me-
mria. Porm, a superexposio ao
barulho, aos aparelhos eletrnicos,
principalmente o celular, as pre-
ocupaes, entre outros fatores,
impedem uma noite tranquila e o
sono reparador.
Embora o sono seja uma rea
jovem da cincia, pesquisadores
descobriram que a m qualidade
ou a fragmentao dele pode au-
mentar em at 50% as chances de
perda significativa na produtivida-
de e capacidade para o trabalho.
completa. Dormir com o celular ao
lado no saudvel e muito pior
para quem tem insnia. O ideal
que no haja no quarto barulho ou
ponto de luz, aconselha.
Para entender a insnia, pre-
ciso reconhecer as fases do sono. A
REM (Rapid Eye Movement ou Movi-
mento Rpido do Olho) se caracte-
riza pela intensa atividade cerebral,
semelhante ao estado de viglia.
Nesta fase ocorrem movimentos
oculares rpidos, o que explica o
nome do estgio e os sonhos. A
REM mais evidente na ltima me-
tade da noite e importante para a
recuperao emocional.
A NREM a fase do sono pro-
fundo, em que os olhos se movi-
mentam de forma lenta. Essa fase
compreende 75% do tempo que
dormimos e nela acontece a libe-
rao do hormnio do crescimen-
to (somatotropina) e o descanso
mental. Quando a fase REM ter-
mina, volta-se NREM e repete-se
esse ciclo pelo menos cinco vezes
por noite.
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Revista ACIM / 41
dOrmir nO breu Numa boa noite de sono se produz
melatonina, um hormnio produ-
zido pelo crebro, na glndula pi-
neal. Essa pequena glndula pineal
endcrina fica entre os hemisfrios
cerebrais. Um dos efeitos benficos
retardar o envelhecimento. a
pineal que enxerga a claridade do
ambiente, ainda que seja um nfi-
mo ponto de luz do computador
desligado.
Os primeiros estudos sobre a
ligao entre a pineal e o sono da-
tam de 300 anos antes de Cristo.
Descobertas mais recentes e com
respaldo cientfico atribuem me-
latonina o sincronismo dos vrios
ritmos do organismo (dia/noite), e
com o bom desempenho da pine-
al, h a reduo do estresse e da
atividade imunolgica.
Mas infelizmente h muita gen-
te que sofre de distrbios do sono.
No consultrio de Nabarro o ronco,
a insnia e a sonolncia diurna ex-
cessiva so as principais queixas.
Os homens demoram muito mais
para procurar ajuda. J a mulher,
ao perceber que est roncando,
corre para o consultrio.
A privao do sono traz grandes
prejuzos. Quando a pessoa dorme
mal, fica mais lenta, o que diminui
o tempo de reao e a deixa mais
exposta a acidentes, alerta, ao se
referir aos trabalhadores em fun-
es mais operacionais. Nas reas
administrativas, ele chama aten-
o para memria ruim, pouca
clareza de raciocnio, mau humor,
entre outros.
Quanto aos distrbios mais co-
muns em homens, Nabarro cita a
apneia, que a respirao desace-
lerada ou interrompida ou ausn-
cia durante o sono, que obstrui a
passagem do ar para os pulmes.
Essa falta de oxignio prejudica
a aprendizagem. A pessoa acorda
com mau humor, ansiosa e acaba
descontando na comida, e a gor-
dura cervical que se acumula no
pescoo aumenta as chances de
apneia, alerta.
remdiOsAlguns insones pegam no sono
muito tarde, outros acordam no
meio da noite e no conseguem
ou demoram para dormir de novo,
e h aqueles que acordam bem
mais cedo do que deveriam. Estas
dificuldades, no raro, levam pro-
cura por medicamentos indutores
do sono.
O Rivotril (clonazepan), segun-
do Nabarro, o campeo de uso
entre os pacientes - o Brasil, inclu-
sive, campeo em consumo do
remdio. Deve-se evitar ao mxi-
mo tomar indutores do sono, por-
que causam dependncia, aler-
ta. Em vez do sedativo, o dentista
aconselha a atividade fsica mais
vigorosa, adotar alimentao leve
noite e evitar bebida alcolica trs
horas antes de dormir como hbi-
tos para prevenir a insnia.
Para quem sofre de apneia ou
ronca, h tratamentos que garan-
tem mais qualidade de vida.
diagnsticO e tratamentOO primeiro passo para quem no
// exame tem cobertura de plano de sadeNa polissonografia paciente monitorado com eletrodos para medir funes cerebral, respiratria, cardaca e muscular, segundo o mdico Flvio Taira Kashiwagi
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Maio 2016
tem boa qualidade de sono pro-
curar um especialista em medici-
na do sono. este profissional que
vai fazer uma minuciosa entrevista
com o paciente e indicar exames
diagnsticos, sendo que o mais pre-
ciso a polissonografia. Nesse exa-
me, o paciente passa a noite conec-
tado a eletrodos, que fazem uma
leitura do sono e apontam possveis
distrbios. Entre eles a apneia do
sono, que ser classificada em leve,
moderada ou grave.
Feito o diagnstico, h trata-
mento cirrgico feito por otorrino-
laringologista, que faz a liberao
das vias areas superiores ou a
adaptao ao CPAP, mscara que
injeta ar pela boca ou pelo nariz
desobstruindo a passagem de ar.
E por ltimo h o aparelho intra-
oral, colocado por dentista certi-
ficado em Odontologia do Sono,
para o avano da mandbula, para
liberar a via area inferior e, por
consequncia, diminuir o ronco e
a apneia do sono.
pOlissOnOgrafia O mdico Flvio Taira Kashiwagi
especializado em neurofisiologia
clnica, medicina que estuda as do-
enas que afetam o sistema nervo-
so, entre elas os distrbios do sono.
Segundo ele, nos laudos, aps a po-
lissonografia, que emite aos pacien-
tes do Instituto do Crebro e Colu-
na o ronco e apneia, em homens, e
a insnia, nas mulheres, so os pro-
blemas mais comuns. Kashiwagi
aconselha que ao ir clnica se sub-
meter ao exame, o paciente deve
simular uma noite mais prxima da
rotina, inclusive se faz uso de rem-
dio de uso contnuo, deve ingerir.
raro, mas pode acontecer de o pa-
ciente no conseguir dormir, princi-
palmente os que sofrem de insnia.
Nesse caso, repete-se o exame em
outra data.
A polissonografia s realiza-
da noite e permite identificar se
o paciente sofre de um problema
que impea um sono tranquilo. Si-
mula-se uma noite normal, em que
o paciente monitorado com ele-
trodos que medem as funes ce-
rebral, respiratria, cardaca e mus-
cular, explica.
O mdico destaca que, alm
de ronco e apneia, existem outras
doenas do sono que no so va-
lorizadas, entre elas, os pesadelos,
sonambulismo, terror noturno, alu-
cinaes, insnia e bruxismo.
O exame de polissonografia tem
cobertura dos planos de sade.
A quantidade de sono ideal em cada idade
FONTE | Instituto Brasileiro do Sono
Recm-nascidos 0 A 3 MESES
Bebs 4 A 11 MESES
Crianas1 A 2 ANOS
Crianas em idade pr-escolar 3 A 5 ANOS
Crianas emidade escolar 6 A 13 ANOS
Adolescentes14 A 17 ANOS
Adultos jovens 18 A 25 ANOS
Adultos 26 A 64 ANOS
Idosos 65 ANOS OU +
IDADEPERODO DE SONO (HORAS POR DIA)
RECOMENDADO ACEITVEL NO ACONSELHVEL
14 a 17horas
11 a 13horas
18horas ou mais
12 a 15horas
11 a 13horas
18horas ou mais
11 a 14horas
10 a 13 horas dirias so apropriadas
9 a 11 horas so o aconselhvel
10 horas so o ideal, no menos ou mais que isto
7 a 9 horas so o recomendado para esta idade
7 a 9 horas so o ideal nesta faixa etria
7 a 8 horas so o mais saudvel para os idosos
9no mnimo
15 a 16horas ou mais
Revista ACIM / 43
UMA CIDADE QUE S NOS D MOTIVO PARA COMEMORAR.Parabns pelos 69 anos!
conforto e alta performance em colchesDos tempos de nossos avs at aqui os
colches ganharam qualidade, resis-
tncia e muita tecnologia. O conforto
na hora de dormir depende e, muito,
do colcho, que tem de se moldar ao
corpo e distribuir o peso sobre a super-
fcie, aliviando a presso em todos os
pontos. Hoje o mercado dispe de altas
tecnologias e diferentes materiais.
O presidente da Associao Brasi-
leira de Indstrias de Colcho (Abicol),
Lus Fernando Ferraz, que diretor da
F.A Colches, de Maring, orienta que
uma das caractersticas primordiais
de um colcho ser compatvel ao
biotipo do cliente. Ferraz, que est en-
tre os principais fabricantes do Brasil,
lista as tecnologias que mais se desta-
cam no mercado.
A primeira a espuma de visco-
-elstico, que possui clulas termo-
-sensveis que reagem ao calor do
corpo, moldando-se perfeitamen-
te s curvaturas do corpo (ombros
e quadris), o que proporciona uma
melhor circulao sangunea e, por
consequncia, melhores noites com
um sono reparador. Alm de todos
os benefcios da espuma de visco-
-elstico, foi desenvolvido uma tec-
nologia inovadora com um gel trmi-
co, ideal para pases quentes como o
Brasil. Assim, os colches dissipam o
excesso de calor do corpo por meio
desta espuma, garantindo sensao
de conforto e bem-estar, segundo
Ferraz.
Tambm h colches com a tec-
nologia ErgoComfort, que tem cortes
tridimensionais na espuma, criando
sete reas de conforto e flexibilidade
ao colcho. Esta tecnologia inibe pon-
tos de presso e ideal para quem
dorme em cima do brao.
Uma da