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Revista ACIM / 1

Revista ACIM maio 2016

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  • Revista ACIM / 1

  • Revista ACIM / 3

    uma honra estar na presidncia da

    ACIM, entidade que fao parte h mais

    de uma dcada. Nas duas ltimas ges-

    tes tive a honra de ocupar a primeira

    vice-presidncia. Neste perodo confir-

    mei a fora da entidade, seja na defesa

    da classe empresarial, seja na discus-

    so do futuro da cidade e do desenvol-

    vimento regional.

    Sei da importncia da Associao

    Comercial para os pequenos empre-

    srios, que encontram respaldo para

    continuar crescendo, gerando empre-

    go e renda. por isto que vamos conti-

    nuar trabalhando de forma engajada,

    com a oferta de cursos e mais edies

    do projeto ACIM em Ao, que leva pa-

    lestras gratuitas aos bairros. Tambm

    vamos continuar dando total apoio ao

    Empreender, programa que une, em

    ncleos, empresrios de um mesmo

    segmento para discutir as adversida-

    des e do qual temos orgulho de ter o

    maior nmero de ncleos do Brasil.

    Outro projeto importante, e que

    tem a parceria do Conselho de De-

    senvolvimento Econmico de Maring

    (Codem), o Masterplan, um estudo

    que vai contribuir com as gestes mu-

    nicipais e ajudar a nortear o desenvol-

    vimento regional. Nas prximas sema-

    nas teremos o resultado da primeira

    etapa, que o planejamento socioeco-

    nmico feito pela PwC. A segunda fase

    ser a contratao de outra consultoria

    internacional para elaborar o planeja-

    mento urbanstico, e novamente deve-

    remos contar com o apoio e patrocnio

    de empresas para o projeto.

    Nesta gesto assumimos o com-

    promisso de continuar oferecendo

    respaldo para o trabalho de entidades

    que ficam no mesmo prdio da ACIM,

    como o Conselho Comunitrio de Se-

    gurana de Maring (Conseg) e Obser-

    vatrio Social de Maring.

    E como a Associao Comercial

    a legtima representante da classe

    empresarial, vamos continuar defen-

    dendo os interesses da comunidade

    e a transparncia e tica na gesto

    pblica. Queremos que os polticos

    defendam, acima de tudo, os interes-

    ses da sociedade, e no os interesses

    partidrios e pessoais.

    A todos os diretores que assu-

    mem comigo o desafio de conduzir

    a ACIM pelos prximos dois anos, os

    mais sinceros votos de bom traba-

    lho. Sei que muitos so voluntrios

    em outras entidades e somaro suas

    experincias. Tambm tenho certe-

    za do profissionalismo e empenho

    dos funcionrios, que do uma con-

    tribuio valiosa para manter a en-

    tidade uma verdadeira agncia de

    fomento regional.

    Aos associados, assumo o com-

    promisso de continuar trabalhando

    por boas prticas e construindo este

    grande legado da ACIM. Estamos de

    portas abertas, afinal a Associao

    Comercial a casa do empreende-

    dor maringaense.

    // Jos Carlos Valncio presidente da Associao Comercial e Empresa-

    rial de Maring (ACIM)

    s boas prticas

    PALAVRA DO PRESIDENTE

  • Maio 2016

  • Revista ACIM / 5

  • ndice //

    ENTREVISTA // MERCADO

    REPORTAGEM

    DE CAPA //

    30

    Para o jornalista Kennedy Alen-car, a interpretao jurdica so-bre o crime de responsabilida-de fiscal da presidente Dilma Rousseff ficou em segundo plano: recorre-se a um instru-mento da Constituio para tirar do poder um governo im-popular e incompetente

    Desde que a Lins de Vascon-cellos foi criada, em 2000, mais de dez mil pessoas pas-saram por l buscando for-mao profissional, segundo Cezar Eduardo Ivantes; a crise tem levado mais profissionais a buscar cursos de recolocao rpida e especializao

    Apoio Intitucional

    Paulo Rogrio Pavo viu o n-mero de refeies servidas no restaurante dele cair devido aos marmiteiros informais; essa concorrncia apenas uma das vertentes da encolha do mercado de trabalho, que tem motivado tambm o em-preendedorismo formal

    8

    16 24

  • Revista ACIM / 7

    ASSOCIATIVISMO COMPORTAMENTO //

    SADE //

    Jos Carlos Valncio assumiu, em abril, a presidncia da ACIM, que era ocupada por Marco Tadeu Barbosa; tam-bm foram empossados os diretores dos conselhos de Ad-ministrao (que ele preside), Superior, ACIM Mulher, Cope-jem e Comrcio & Servios

    Gabriela Chagas Rotta convi-dou os moradores do Jardim Novo Horizonte a participarem de um mutiro de limpeza do bairro, mas ningum apareceu no dia combinado; jogar lixo em local proibido apenas uma das infraes da convi-vncia comunitria

    No consultrio de Flvio Taira Kashiwagi, o ronco, apneia e a insnia esto entre os maio-res obstculos para uma boa noite de sono; a polissonogra-fia monitora funes cerebral, respiratria, cardaca e mus-cular para identificar se o pa-ciente tem distrbios

    4028

    44

    ano 53 edio 564maio/2016

    Factory Totalnossa capa:

  • Maio 2016

    entrevista // Kennedy AlencAr

    A afirmao do jornalista Kennedy Alencar sobre a herana negativa da crise atual; foi o consenso, segundo ele, que ajudou a democratizar o Brasil, a estabilizar a economia e a derrubar a inflao // Rosngela Gris

    O envenenamento da disputa po-

    ltica partidria e o crescimento da

    intolerncia no debate pblico so

    apontados pelo jornalista Kennedy

    Alencar como as provveis piores he-

    ranas da atual crise para o pas.

    Especializado na cobertura dos

    bastidores da poltica e economia em

    Braslia, o comentarista da Rdio CBN

    e reprter do SBT no v possibilidade

    de reverso do processo de impeach-

    ment, hoje tramitando no Senado, e

    atribui o fracasso do governo petista

    a poltica econmica equivocada da

    presidente Dilma Rousseff (PT).

    Na vinda a Maring, em 12 de

    abril, para o lanamento do livro A

    solidez de um legado, que conta a

    histria da ACIM, Alencar conversou

    com a Revista ACIM sobre o iminen-

    te governo Michel Temer (PMDB) e

    traou cenrios para as prximas

    eleies. Confira:

    Os escndalOs de cOrrupO e a guerra pOltica sO vistOs cOmO fatOres que afundaram mais O pas na crise ecOnmica. O senhOr acredita nissO?

    O Brasil perdeu a capacidade de criar consensos

    O peso maior da crise econmica se

    deve aos erros e s decises equivo-

    cadas do governo Dilma nos ltimos

    cinco anos. Mas inegvel que as in-

    vestigaes de corrupo, ao atingir

    o partido que est no poder e figuras

    prximas a presidente, adicionaram

    elementos crise e dificultaram a

    ao do governo. Em muitos momen-

    tos em que o governo ganhou flego,

    tanto no Congresso quanto na eco-

    nomia, a Lava Jato trouxe revelaes

    com impactos devastadores.

    quais fOram Os errOs cruciais dO gOvernO dilma?Desde o comeo a presidente aplicou

    uma poltica econmica equivocada

    de interveno exagerada. Ela des-

    truiu a poltica fiscal, exagerou na de-

    sonerao, baixou os juros de maneira

    abrupta e depois precisou aument-

    -los, permitiu a convivncia por muito

    tempo com inflao alta. Outro erro

    A presidente Dilma Rousseff aplicou uma poltica econmica equivocada de interveno exagerada. Ela destruiu a poltica fiscal, exagerou na desonerao, baixou os juros de maneira abrupta e depois precisou aument-los, permitiu a convivncia por muito tempo com inflao alta. Outro erro foi segurar os preos dos combustveis na Petrobras

  • Revista ACIM / 9

    Quem ?Kennedy Alencar

    O Que FAZ? comentarista da CBN e reprter do

    SBT

    destAQue pOR?

    especialista na cobertura dos bastidores da

    poltica e economia do Brasil

    Walter Fernandes

    foi segurar os preos dos combustveis

    na Petrobras, alm dos problemas

    de m administrao e a corrupo

    que minaram a capacidade de inves-

    timento da estatal. Tambm foram

    adotadas medidas equivocadas no

    setor eltrico.

    a presidente cOmeteu crime de respOnsabilidade fiscal?

    Ouo opinies fundamentadas nos

    dois sentidos. No artigo 35 da Lei de

    Responsabilidade Fiscal est cla-

    ro que crime de responsabilidade

    atentar contra a lei oramentria, e

    neste sentido as pedaladas e os de-

    cretos de crdito suplementar confi-

    gurariam atentado. Por outro lado, h

    argumentos de que a Lei de Respon-

    sabilidade Fiscal posterior lei de

    impeachment e que as medidas no

    podem ser atribudas presidente da

    Repblica. Portanto, h interpreta-

    es jurdicas elsticas para considerar

    crime de responsabilidade fiscal. S

    que essa discusso acabou ficando

    em segundo plano. O que prevaleceu

    foram argumentos de natureza polti-

    ca e a disputa de poder entre Dilma

    e o vice-presidente Michel Temer. Ou

    Av. Brasil, 2.538 44 3227-2161www.eletrobrasilmaringa.com.br

  • Maio 2016

    seja, recorre-se a um instrumento da

    Constituio para tirar do poder um

    governo impopular e incompetente.

    aprOvadO na cmara federal nO ms passadO, O prOcessO de impeachment tramita nO se-nadO. h chance de O gOvernO reverter essa situaO?Dificilmente haver reverso. J h

    apoio suficiente para instaurar o pro-

    cesso e afastar a presidente do cargo

    pelo prazo de at 180 dias, perodo em

    que dever ser julgada pelos senado-

    res. improvvel que Dilma volte ao

    poder. S um milagre poltico, porque

    estaria criado um fato consumado: o

    governo Temer estar em andamento.

    e O que pOdemOs esperar dO gO-vernO michel temer? O mercado financeiro est comprado

    no impeachment por fazer uma leitu-

    ra de que o Temer ser um governan-

    te melhor para seus interesses. Isso, no

    entanto, depender da escolha do mi-

    nistrio, das medidas adotadas e da

    reao contrria que enfrentar. Se for

    um ministrio apenas de notveis, fal-

    tar apoio no Congresso. J se for um

    ministrio negociado no balco do

    Congresso, correr o risco de ser me-

    docre. Pelo que se fala nos bastidores,

    Temer optar por um mix, blindando

    a rea econmica como Fazenda, Pla-

    nejamento e Banco Central. Ele deve

    destinar as pastas de Sade, Educa-

    o, Casa Civil e de articulao pol-

    tica para pessoas prximas e colocar

    os outros ministrios em negociao

    partidria. Hoje so 32 ministros, mas

    se fala em reforma ministerial. H uma

    proposta radical para reduzir para 20

    pastas. Acredito na menos radical, em

    torno de 25 e 26, porque Temer pre-

    cisar de ministrios para negociar

    apoio no Congresso. Tambm preci-

    so ver como os movimentos sociais, PT

    e aliados vo reagir apeados do poder.

    O senhOr v pOssibilidade de antecipaO das eleies?Acho difcil. Creio que seria complicado

    o Congresso que afasta a presidente

    decidir pela convocao de eleies

    gerais ou at eleio presidencial. S

    em caso de fracasso do governo Temer,

    mas ele ter uma trgua para governar.

    Se largar bem na economia, com um

    nome na Fazenda que recupere a cre-

    dibilidade do pas, ter boa chance de

    enterrar a ameaa de eleies.

    qual a piOr herana que a crise atual pOde deixar?H uma destruio de riqueza que

    est deixando o Brasil fora do preo.

    Entre os efeitos econmicos podemos

    citar o desemprego, a derrubada da

    renda familiar e a capacidade de inves-

    timentos das empresas. Essa destrui-

    o econmica ruim, mas superada

    a turbulncia poltica, a economia vai

    melhorar. As heranas mais negativas

    seriam o envenenamento da disputa

    poltica partidria no pas nos prxi-

    mos anos e o crescimento da intole-

    rncia no debate pblico. O Brasil per-

    deu a capacidade de criar consensos,

    e foi criando consensos que democra-

    tizamos o pas na dcada de 80. Foi

    assim que os governos FHC [Fernando

    Henrique Cardoso] e Itamar Franco es-

    tabilizaram a economia e derrubaram

    a inflao e o governo Lula fez surgir

    uma nova classe mdia e um merca-

    do consumidor de grande massa. No

    momento o que se v na classe polti-

    ca uma guerra sem quartel, de terra

    arrasada. E isso causa uma negao

    perigosa da poltica. Pesquisas mos-

    tram percentuais de 60% a favor do im-

    peachment e da renncia da presiden-

    te Dilma, patamares semelhantes aos

    que querem tambm o impeachment

    e a renncia de Temer. Acio Neves e

    Geraldo Alckmin no conseguiram dis-

    cursar em um evento recente em So

    Paulo. Pesquisas mostram queda de

    inteno de voto nos nomes tucanos

    para as eleies de 2018 no momento

    de maior gravidade da crise do PT. Ou

    seja, alguma coisa de errado o PSDB

    fez para afastar parte do eleitorado. O

    Brasil rejeita de certa forma as extre-

    mas esquerda e direita. E isso permite

    o surgimento de um fenmeno como

    Jair Bolsonaro, deputado folclrico que

    aparece com 8% a 9% de intenes de

    votos no Datafolha.

    neste anO teremOs eleies municipais. cOmO O cenriO pO-lticO naciOnal vai interferir nO prOcessO eleitOral, tantO na cOmpOsiO de cOligaes quantO nOs resultadOs?O eleitor inteligente e sabe que, ao

    votar para prefeito e vereador, preci-

    sa debater e considerar os problemas

    da sua cidade. S que estamos em

    um momento exacerbado da poltica

    nacional que certamente influencia-

    r nas eleies municipais. Acredito

    que os candidatos do PT tero mui-

    ta dificuldade porque o antipetismo

    cresceu consideravelmente no pas. O

    PSDB tambm tem questes de can-

    didaturas sendo influenciadas por fa-

    tores da poltica nacional. Porm, ain-

    da acho que deve preponderar uma

    avaliao pragmtica do eleitor em

    relao ao que o prefeito e os verea-

    dores podem fazer de concreto para

    melhorar a sua vida.

  • Maio 2016

    CAPITAL DE // GIRO

    A colao de grau das turmas I e II da Escola Treine

    Ing foi realizada em 5 de maro. Ao todo, 41 corretores

    finalizaram o curso Tcnico em Transaes Imobilirias,

    que aborda aspectos legislativos da profisso, jurdicos

    da negociao e operacionais da atividade, e permite

    o registro profissional junto ao Conselho Regional de

    Corretores de Imveis do Paran (Creci).

    A Treine Ing est h quase dois anos no mercado e

    oferece mais de dez cursos tcnicos e de capacitao na

    rea imobiliria, todos com validade legal.

    O Prmio Sinduscon, promovido pelo Sindicato da Indstria da Construo do Noroeste do Paran (SindusconNor-PR) e seu

    brao social, o Seconci-Nor-PR, em parceria com Sebrae e Senai, entrou na era digital. As informaes sobre o prmio podem ser acessadas por meio de tablets e celulares. Os aplicativos

    esto disponveis no Google Play e App Store. O presidente do sindicado, Jos Maria Paula Soares, diz que a novidade tem o objetivo de dar mais transparncia ao prmio. Os vencedores

    sero conhecidos em 25 de novembro durante o Encontro Empresarial da Construo Civil. O Prmio Sinduscon, assim

    como o Prmio Academia e Prmio Fornecedores, foi lanado em 27 de abril. As inscries esto abertas.

    Treine ing forma duas Turmas

    Prmio sinduscon na era digiTalD

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    oD

    ivul

    ga

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    Cinquenta empresrios de hospedagem e de gastronomia

    que participaram do Programa Selo de Turismo do Paran,

    coordenado pelo Sebrae/PR, receberam selo de qualidade

    em 11 de maro, durante o 22 Salo Paranaense de Turismo,

    em Curitiba. A validao foi destinada s empresas que

    atingiram 80% nas anlises que verificam se a gesto

    est em conformidade com os critrios de qualidade

    estabelecidos pelas entidades promotoras do Programa.

    Empresas que atingiram os ndices mais altos receberam

    trofus, sendo trs de Maring: Golden Ing Apart Hotel

    (95,2%), Villa Gourmet (93,6%) e Boteco do Neco (95%).

    emPresas de Turismo ganham selo de qualidade

    Cai

    que

    Fon

    tana

  • Revista ACIM / 13

    show solidrio dos 35 anos da maring fmPara comemorar os 35 anos e a

    liderana na audincia em rdio na

    cidade, a Maring FM promoveu o

    Show Solidrio, em 28 de fevereiro,

    com a participao de grandes

    nomes da msica sertaneja, como

    Joo Bosco & Vinicius, Thaeme

    & Tiago e a dupla Victor & Leo. O

    evento reuniu 15 mil pessoas e a cada

    ingresso vendido a rdio doou o valor

    equivalente a um quilo de alimento

    no perecvel para o Provopar, que

    repassou o recurso s entidades

    assistenciais cadastradas, conforme a

    necessidade de cada uma. No total,

    foi arrecadado o equivalente a dez

    toneladas de alimentos e mais 2,5 mil

    litros de leite.Divu

    lga

    o

  • Maio 2016

    Parque do JaPo Tem nova direToriaO empresrio Joo Noma foi empossado presidente do Parque do Japo - Memorial Imin 100, em 28 de abril, para um mandato de dois anos. Conforme o Estatuto Social do empreendimento, os presidentes da ACIM, Jos

    Carlos Valncio, e da Acema, Afonso Shiozaki, deram posse diretoria e conselhos do Parque do Japo. Noma sucede o agropecuarista Eduardo Suzuki. O Parque do Japo considerado o novo carto postal de Maring,

    tendo sido inaugurado oficialmente em 2015, e est localizado em uma rea com mais de cem mil metros quadrados, com Jardim Japons, lagos, restaurante, salo de eventos, casa de ch e ginsio de esportes.

    CAPITAL DE // GIRO

    dB1 receBe nvel a no mPs-BrA DB1 Global Software, com sede em Maring, tornou-se a primeira do Brasil, na rea de Tecnologia da

    Informao e Comunicao (TIC), a conquistar a certificao MPS-Br de qualidade de software, nvel A, o mais alto numa escala de seis nveis. O selo nacional garante a aplicao das melhores prticas internacionais no

    processo de desenvolvimento, atestando a capacidade da empresa em entregar software de qualidade global no prazo acordado e atendendo a satisfao do cliente. Estamos recebendo mais do que uma certificao, o

    reconhecimento para o mercado de uma empresa que possui foco em performance, por meio dos pilares de boas prticas, processos e pessoas e gesto, o que vai se converter em produtos e servios de alta qualidade a um preo competitivo, comemora o CEO e acionista da empresa, Ilson Rezende. O prximo passo, de acordo com Rezende, buscar a certificao internacional CMMI nvel 5, equivalente ao MPS-BR do Brasil. Atualmente a DB1 certificada

    no nvel 3. Como CMMI e MPS so modelos similares estamos aderindo ao nvel 5. S precisamos formalizar o status atravs de uma avaliadora internacional, explica o CEO.

    exPoing deve movimenTar r$ 330 milhesDe 5 a 15 de maio, a 44 Expoing, exposio agropecuria, registra mais de mil expositores nacionais e

    internacionais no Parque de Exposies. A projeo da Sociedade Rural de Maring (SRM) atrair mais de 500 mil visitantes e movimentar R$ 330 milhes em negcios gerados e prospectados.

    Com o tema Tecnologia para todos, o agronegcio o destaque da feira por apresentar solues inovadoras em mquinas, implementos e biotecnologias. Na pecuria, a ateno volta-se para as principais raas de

    bovinos, equinos e ovinos. O pblico tambm poder saborear as variedades gastronmicas e se divertir nos shows, rodeios, espao cultural, parque de diverses, barraca universitria, entre outros.

    Ivan

    Am

    orin

  • Revista ACIM / 15

  • Maio 2016

    O mercado de trabalho encolheu

    RePORtAgem // CAPA

    Depois das empresas locais fecharem 3,5 mil empregos em 2015, neste ano a oferta de vagas est, por enquanto, 84% menor; com equipes menores, empresas alteram rotinas e empreendedorismo vira necessidade para quem perdeu o emprego // Giovana Campanha e Rosngela Gris

    At pouco tempo ter o prprio negcio fazia

    parte do futuro de Michelle Roberta Balestra.

    Gerente de marketing de uma cooperativa

    em Maring at setembro do ano passado,

    ela pensava no empreendedorismo como

    uma possibilidade, porm decidiu antecipar

    o projeto aps a inesperada demisso. Pe-

    sou na deciso o atual cenrio do mercado

    de trabalho, com grande oferta de mo de

    obra e salrios pouco atrativos, especialmen-

    te para cargos administrativos.

    Foram nove anos na empresa at a dis-

    pensa em 2015. Entrei na condio de esta-

    giria, passei pelo departamento de recursos

    humanos e depois para o marketing, recor-

    da com orgulho. O desligamento foi moti-

    vado por cortes de custos por conta da crise

    econmica do pas.

    Desempregada pela primeira vez na car-

    reira, aos 35 anos, Michelle buscou ajuda de

    um coach para avaliar as opes de recoloca-

    o na rea de marketing. Deparou-se com

    um mercado retrado para profissionais com

    sua experincia e currculo. H vagas na ci-

    dade, no entanto, a maioria das empresas

    no consegue sustentar a complexidade de

    um cargo com tanta experincia. E to pou-

    co oferece salrios atrativos ou ao menos

    compatveis, avalia.

    Alm da experincia prtica, Michel-

    le se especializou na rea de marketing

    frequentando cursos, treinamentos e

    servios de coach nas mais renomadas

    instituies do pas. Estudei muito para

    Wal

    ter

    Fern

    and

    es

  • Revista ACIM / 17

    chegar a um nvel diferenciado.

    Por causa da famlia, principalmente da filha de nove

    anos, ela descartou uma mudana de cidade. Depois de

    avaliar as vagas no mercado, Michelle decidiu pelo em-

    preendedorismo. E, embora ciente dos desafios que ter,

    mostra-se empolgada e feliz com a nova histria que co-

    mea a escrever. um recomeo, define ela, ao falar da

    deciso de abrir uma empresa de consultoria de marke-

    ting e gesto de pessoas.

    Depois de passar os dois ltimos meses estruturando os

    servios a ser ofertados, agora ela e os scios trabalham na

    prospeco de mercado, em Maring e regio, e no aten-

    dimento dos primeiros clientes. Existe mercado para esse

    tipo de consultoria. Nossa proposta transmitir s empre-

    sas a mensagem que engajar colaboradores mais barato

    que gerenci-los, especialmente em pocas de crise. Te-

    nho confiana que vou dar uma importante contribuio

    s empresas que nos contratarem, assegura.

    nOva carreira No muito diferente a histria de Eduardo Zanesco. Con-

    tratado como promotor de vendas de uma empresa de

    decorao, ele tinha mudado de funo h pouco mais de

    um ano e passou a responder pelo setor de cobranas. A

    mudana o deixou em alerta sobre o emprego. No final do

    ano passado, a empresa em que trabalhava fez uma pro-

    posta de mudana de cargo e reduo do salrio. Ele no

    aceitou e decidiu colocar em prtica o sonho de se tornar

    empreendedor. E eis que o aumento da energia eltrica

    ajudou a definir o futuro profissional. Desde que a tarifa da

    residncia onde mora disparou, mais ou menos quando

    mudou de funo, Zanesco passou a pesquisar energias

    alternativas. A pesquisa sentenciou onde investir: na co-

    mercializao e instalao de placas solares fotovoltaicas

    da Aldo Componentes Eletrnicos.

    Desde ento o empreendedor tem procurado percor-

    rer o caminho mais assertivo para o sucesso empresarial:

    fez curso de instalao de placas solares, est procuran-

    do mais conhecimento na rea de gesto, procurou o

    Sebrae, foi ACIM, abriu uma microempresa em maro

    e contratou um contador. Tambm tem ido atrs de li-

    nhas de crdito para o prprio negcio e para indicar

    aos futuros clientes que quiserem investir na gerao da

    prpria energia.

    Ele acredita que o segmento tem um futuro promis-

    sor, j que estimativas do setor apontam que um projeto

    de gerao prpria de energia eltrica se paga em cinco

    anos, alm de ser uma medida sustentvel. um merca-

    do que tem muito a crescer, tanto em residncias quanto

    em empresas, diz. O empreendedor ainda no deu incio

    venda e instalao das placas, mas calcula que se fechar

    dois contratos por ms, ser o suficiente para ter a renda

    que tinha como empregado.

    menOs vagasO caminho seguido por Michelle e Zanesco tm sido o

    mesmo de tanto outros profissionais que perderam o em-

    prego e no conseguiram uma recolocao ou encontra-

    ram ofertas de trabalhos com salrios menores: o empre-

    endedorismo. Os nmeros da Agncia do Trabalhador de

    Maring ajudam a comprovar que a fase de pleno empre-

    go ficou para trs, e o que se tem hoje um nmero muito

    menor de vagas. Em 2014 a agncia captou 17.639 vagas,

    nmero que caiu para 10.187, em 2015. Neste ano, entre 1

    de janeiro e 24 de abril, foram captadas apenas 1.314 va-

    gas. De segunda a quarta-feira, dias de maior procura, tem

    havido filas de trabalhadores em busca de uma oportuni-

    dade de trabalho. Se em 2014 passavam, em mdia, 450

    pessoas por dia til na Agncia do Trabalhador, hoje este

    nmero saltou para 600.

    O diretor da agncia, Maurlio Mangolin, confirma: ao

    ser demitido, o profissional quer voltar logo ao mercado,

    com receio de ficar desempregado por causa do nme-

    ro menor de vagas. Dois anos atrs a situao era outra:

    tinham mais empresas querendo contratar do que gen-

    te querendo emprego.

    E essa pressa encontra explicao nos dados do Cadas-

    tro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do

    Ministrio do Trabalho e Emprego. Em 2014, o nmero

    de contrataes em Maring superou o de demisses em

    1.861, realidade muito diferente do ano seguinte. O muni-

    cpio encerrou 2015 com o fechamento de 3.515 postos de

    trabalho com carteira assinada.

    No primeiro trimestre de 2016, o municpio mantm

    // Consultoria de marketingDepois de nove anos de

    empresa, Michelle Roberta Balestra foi demitida, e diante

    de um mercado de trabalho pouco favorvel, optou por

    abrir uma empresa

    Wal

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  • Maio 2016

    saldo positivo de emprego, 335. No

    entanto, no comparativo com o

    mesmo perodo do ano passado, o

    resultado 84% menor. Entre janei-

    ro e maro de 2015, o saldo era posi-

    tivo em 2.135 postos de trabalho.

    escassez ficOu para trs Na fase de pleno emprego, o mer-

    cado estava fazendo contrataes

    fora da realidade. A afirmao do

    diretor comercial do grupo O Dirio,

    Csar Lus de Carvalho, e faz meno

    ao perodo em que as empresas, para

    suprir a alta demanda de consumo e

    com crdito fcil para expanso dos

    negcios, contratavam profissionais

    com currculo e experincia aqum

    de suas necessidades e pagavam al-

    tos salrios. Estava claro que aque-

    la situao uma hora iria mudar. As

    empresas estavam pagando bons

    salrios nem sempre por bons profis-

    sionais, mas por escassez de mo de

    obra. Chegou a uma situao em que

    os profissionais no apareciam para a

    entrevista de recrutamento, porque

    deveriam ter recebido outra propos-

    ta, ou no dia em que deveriam come-

    ar o trabalho na empresa, avisavam

    que tinha recebido proposta melhor

    e declinavam o emprego, lembra.

    Desde 2012 o grupo reduziu em

    30% o nmero de colaboradores

    em parte a reduo foi devido ao

    investimento tecnolgico, que eli-

    minou funes. O mercado agora

    est num patamar mais real de

    salrios e contrataes, diz. Com

    a crise, as empresas, e tambm o

    jornal em que Carvalho trabalha,

    priorizaram funes de extrema

    necessidade e que agregam resul-

    tado. As empresas esto revendo

    processos e mantendo apenas as

    funes fundamentais. E esta no

    uma realidade apenas do interior.

    Em recente visita a um banco de

    uma montadora, fiquei sabendo

    que a equipe de marketing que

    era de quatro pessoas, passou a ter

    apenas uma.

    A nova realidade tornou a em-

    pregabilidade mais difcil para pes-

    soas com menos qualificao. Bons

    profissionais que do resultado, po-

    dem no estar ganhando o que gos-

    tariam, mas no ficam desemprega-

    dos. E a se incluem os profissionais

    de vendas. Por outro lado, quem tem

    pouca qualificao est tendo dificul-

    dade de encontrar vagas e h muita

    concorrncia nos cargos intermedi-

    rios, diz.

    de vOlta dcada de 90Para o coach e consultor Fernando

    Rogrio Andreussi, o cenrio atual

    semelhante ao da dcada de 1990,

    quando os profissionais enfrentavam

    disputa acirrada no mercado de tra-

    balho, at por vagas com salrios in-

    feriores aos pretendidos.

    um ambiente que favorece o

    contratante, j que h muita oferta

    de mo de obra. E como h mais

    profissionais qualificados no mer-

    cado do que oportunidades de em-

    prego, a rgua salarial acaba cain-

    do, avalia o coach.

    Tal percepo confirmada por

    Silvana Cavalini Carstens, psicloga

    e administradora da Job Center, em-

    presa de recrutamento e seleo em

    Maring. Segundo ela, o nvel de exi-

    gncias das vagas anunciadas para

    entrevista aumentou consideravel-

    mente nos ltimos meses, na con-

    tramo da remunerao ofertada. O

    reportagem // CAPA

    // Venda e instalao de placas solaresO empreendedorismo tambm foi o caminho escolhido por Eduardo Zanesco aps a demisso

    Wal

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    Evoluo no nmero de microempreendedores em Maring

    FONTE | www.portaldoempreendedor.gov.br

    JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL* AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR

    15.000

    12.000

    9.000

    6.000

    3.000

    0

    9.170 9.375 9.5979.804 10.029 10.271

    10.792 11.08211.296 11.489 11.611

    11.843 12.085 12.304

    2015 2016(*) Dados de julho/2015 no informados.

    REFERENTE AO LTIMO DIA DE CADA MS

  • Revista ACIM / 19

    // Cargos foram extintos ou incorporadosSegundo o consultor e coach Fernando Rogrio Andreussi, o cenrio do mercado de trabalho atual semelhante ao da dcada de 90, com disputa acirrada por vagas e salrios inferiores

    // muita gente em busca de empregoO contratante procura profissionais experientes, proativos, com MBA no currculo, fluentes em ingls, entre outras exigncias, e encontra, diz Silvana Carstens, da Job Center

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  • Maio 2016

    reportagem // CAPA

    nmerode meiss cresceO nmero de Microempreen-

    dedores Individuais (MEIs) tem

    aumentado ms a ms. Em fe-

    vereiro de 2015 eles somavam

    9.375, segundo o Portal do Em-

    preendedor. Destes, 4.590 esta-

    vam com o alvar regularizado.

    Um ano depois, em fevereiro

    deste ano, eram 12.085 formali-

    zados, sendo 6.582 com a situa-

    o regular na prefeitura, ou seja,

    aumento de 29% no nmero de

    MEIs e de 62% no nmero de re-

    gularizados.

    O MEI pode faturar at R$

    60 mil por ano ou R$ 5 mil por

    ms, no pode ter participao

    em outra empresa como scio

    ou titular e pode ter apenas um

    empregado, que receber salrio

    mnimo ou piso da categoria. O

    empreendedor fica isento de tri-

    butos federais, como PIS e Cofins,

    mas deve pagar mensalmente o

    Documento de Arrecadao do

    Simples Nacional (DAS), que va-

    ria de R$ 45 a R$ 50, dependen-

    do do ramo de atuao.

    Com a formalizao, o empre-

    endedor tem direito a benefcios

    previdencirios, como auxlio-

    -maternidade e aposentadoria,

    passa a ter facilidade para aber-

    tura de conta bancria, pedido

    de emprstimos e pode emitir

    nota fiscal.

    As vantagens atraram Mayra

    Bueno. Sem ter concludo o en-

    sino mdio e depois de uma

    temporada de trabalho em Por-

    tugal, ela voltou ao Brasil. Aqui,

    trabalhou como costureira, teve

    o segundo filho e decidiu em-

    contratante hoje procura profissio-

    nais experientes, proativos, com MBA

    no currculo, fluente em ingls, entre

    outras exigncias, e encontra porque

    h muita gente qualificada em busca

    de recolocao. Entre o desemprego

    e um salrio inferior ao ltimo cargo,

    opta pelo segundo, diz.

    De acordo com Silvana, esta nova

    realidade tambm tem interferido

    no processo de seleo e recruta-

    mento. At alguns meses o nmero

    de entrevistas necessrias para o pre-

    enchimento de uma vaga era menor.

    Atualmente, as empresas tm ouvido

    e analisado mais currculos antes de

    se decidir por um candidato.

    multifunciOnais Para Andreussi, a preferncia, na

    maioria das vezes, por aquele com

    perfil proativo, com capacidade de

    liderana e habilidades multifun-

    cionais. A empresa quer profissio-

    nais engajados e que possam fazer

    a diferena, especialmente em um

    perodo de crise e faturamento no

    limite, diz.

    A dificuldade econmica, se-

    gundo o coach, obrigou empresas

    a reverem o processo de gesto, a

    reorganizarem o quadro de cola-

    boradores e a aproveitarem o m-

    ximo a prpria mo de obra. Den-

    tro da proposta de reformulao,

    cargos foram extintos ou incorpo-

    rados a outras funes.

    E com as equipes mais enxutas,

    coube aos gestores o desafio de

    manter produtividade, a qualidade

    dos servios e, principalmente, a

    motivao dos colaboradores. Por

    outro lado, o fantasma do desem-

    prego levou muitos profissionais a

    sarem da zona de conforto. Trata-

    -se de uma estratgia de sobrevi-

    vncia para os dois lados. Daqui a

    pouco a crise vai passar e quem

    tiver feito a diferena na empresa

    ser recompensado, acredita An-

    dreussi.

    reduO de 40% da equipeTerceirizao e reduo da equipe

    foram as solues encontradas pela

    empresria Renata Mestriner, da Glo-

    bal Assessoria em Comrcio Exterior,

    para superar o que ela considera o

    momento mais difcil da empresa

    que tem 19 anos de mercado. A crise

    combinada ao dlar alto afugentou

    os clientes que importavam supri-

    mentos e maquinrios. Com isso, o

    faturamento chegou a cair para um

    tero e a empresa registrou meses

    de prejuzo. Sem outra sada e com

    funcionrios ociosos pela queda de

    volume trabalho, foi preciso reduzir a

    equipe de 25 para 15 funcionrios, e

    entre eles estavam profissionais com

    uma dcada de casa. um momen-

    to em que o empresrio precisa ser

    rpido nas decises para se ajustar

    ao mercado, mas sempre difcil

    deixar pessoas qualificadas sarem

    da empresa, diz ela, que foi franca

    sobre a situao, explicando que os

    profissionais que tinham outra op-

    o de trabalho deveriam ir atrs.

    Renata tambm planejou a reduo

    do quadro: a cada ms, a equipe foi

    reduzida em duas pessoas.

    Antes ela tinha uma pessoa res-

    ponsvel apenas por acompanhar as

    mudanas na legislao. Com a redu-

    o do quadro de colaboradores, o es-

    critrio de contabilidade passou a ser

    mais demandado sobre o assunto. O

    servio de limpeza foi terceirizado. Por

    outro lado, houve aumento no vale-

    -alimentao. Com a inflao e pre-

    os em alta, foi preciso readequar o

    valor, comenta. Com a leve reduo

    da cotao do dlar e empresrios

    voltando a planejar investimentos,

    Renata diz que tem sentido uma

    bem-vinda melhora no nimo do

    mercado. Voltamos, ainda que num

    nvel menor, a comprar mquinas

    para empresas da regio, diz ela,

    acrescentando que h empresas

    que esto negociando maquinrios

    que superam US$ 3 milhes.

  • Revista ACIM / 21

    // planos para mudar para casa maiorMayra Bueno tem uma empresa de robes personalizados, o que possibilita uma renda maior que a que tinha como trabalhadora com carteira assinada

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    Acim_Syma_Computer_Stick.indd 1 02/05/16 15:30

    preender. Primeiro passou a fabricar

    enxovais para beb, mas as vendas

    foram diminuindo com a crise. Por

    sorte, por sugesto de uma cliente

    que encomendou um robe persona-

    lizado para a nora que iria se casar,

    Mayra encontrou um novo nicho.

    Hoje ela dona do Ateli Mayra

    Bueno Robes Personalizados, tem

    pgina no Facebook e fabrica mais

    de 150 peas por ms para noivas e

    madrinhas usarem enquanto se ar-

    rumam para o casamento. Tenho

    uma renda maior que se tivesse tra-

    balhando como empregada. Fao

    meus horrios, o que me permite

    levar e buscar os filhos na escola, e

    no falta servio. Animada, a em-

    preendedora deve se mudar para

    uma casa maior, com um espao ex-

    clusivo para atender os clientes. Ela

    tambm faz planos de aumentar o

    portflio e pretende confeccionar

    toalhas e necessaries personaliza-

    das. Com isso, deve contratar o pri-

    meiro funcionrio.

    O caminho empreendedor tam-

    bm est sendo seguido pelo ma-

    rido de Mayra, Glauber. Ele re-

    presentante comercial, abriu uma

    microempresa de artigos para festa

    e conta com um ajudante freelan-

    cer para os dias de maior demanda.

  • Maio 2016

    infOrmalidade leva cOncOrrncia desleal

    // movimento caiu 10%O aumento de pessoas informais que fabricam marmitas tem trazido prejuzos para Mrio Roberto Andregueti, do Recanto do Sabor

    reportagem // CAPA

    Apesar da alta constante do nmero

    de microempreendedores individu-

    ais em Maring, nem todos os novos

    empreendedores seguem o cami-

    nho da formalidade. H quem recor-

    ra ao improviso para garantir a renda

    domstica. E nesses casos, sem com-

    promisso com legislao e encargos

    tributrios, impem uma concorrn-

    cia desleal s empresas.

    Entre os setores afetados pelo

    mercado informal est o de alimen-

    tao. Em Maring, empresrios do

    ramo afirmam estar perdendo clien-

    tes para os chamados marmiteiros.

    So pessoas que perderam o em-

    prego e agora esto fazendo mar-

    mitas. Eles improvisam cozinhas no

    fundo do quintal ou at em estacio-

    namentos para preparar as refeies

    e vender, relata o empresrio Mrio

    Roberto Andregueti.

    Proprietrio do restaurante Re-

    canto do Sabor, localizado na ave-

    nida Brasil, Andregueti calcula uma

    queda de 10% na clientela nos lti-

    mos meses. Hoje, ele serve cerca de

    cem refeies por dia no buffet livre

    ao custo de R$ 14,90. Com os custos

    com funcionrios, luz e outras contas

    difcil competir no quesito preo

    com quem trabalha na informalida-

    de, desabafa.

    A reclamao a mesma de Paulo

    Rogrio Pavo, do Sabor Brasil, locali-

    zado avenida Mandacaru. Atualmen-

    te trabalham seis funcionrios, j que

    outros dois foram demitidos devido

    crise e queda no movimento

    De outubro de 2015 para c, o

    nmero mdio de refeies servi-

    das no restaurante caiu pela me-

    tade, de 60 para 30. A procura por

    marmitex, carro-chefe do Sabor

    Brasil, tambm est menor, tan-

    to nos pedidos feitos no balco

    como nas solicitaes de entrega

    por meio de telefone e WhatsApp.

    Hoje, em mdia, so vendidas 150

    marmitas por dia. O valor mdio

    R$ 9.

    Nossos produtos tm procedn-

    cia atestada e so manipulados con-

    forme as regras da Vigilncia Sani-

    tria. Mas, infelizmente, em tempos

    de crise as pessoas abrem mo da

    qualidade e optam pelo preo. E na

    situao atual R$ 2 fazem diferena,

    lamenta Pavo.

    Assim como Andregueti, ele atri-

    bui a queda no movimento atua-

    o irregular dos marmiteiros. Todos

    tm o direito de trabalhar e ganhar

    dinheiro, desde que de maneira

    legalizada. S que estamos con-

    correndo com gente que no paga

    imposto, no tem funcionrios ou

    custos com estrutura, no cumpre

    as exigncias da Vigilncia e por

    isso consegue oferecer um preo

    menor, reclama.

    Para impedir uma debandada

    maior da clientela, o empresrio

    tem realizado promoes e ofertado

    programas de fidelidade e pacotes

    mensais. Outra estratgia alertar

    os clientes sobre os riscos que o con-

    sumo de alimentos manipulados

    inadequadamente oferece sade.

    Em etiquetas anexadas nas marmi-

    tas explicamos e alertamos sobre os

    problemas de intoxicao alimen-

    tar, diz.

    // J demitiu dois funcionrios Estamos concorrendo com gente que no paga imposto, no tem funcionrios ou custos com estrutura, reclama Paulo Rogrio Pavo

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  • Revista ACIM / 23

  • Maio 2016

    Profissionais buscam cursos de recolocao rpida ou se especializarem para garantir empregabilidade // por Wilame prado

    Na esteira da crise, aumenta procura por

    cursos tcnicos

    A crise econmica enfrentada pelo pas tem levado mais

    pessoas a procurar alternativas para melhorar a renda e

    a colocao no mercado. Uma das consequncias o

    aumento da procura pelo aprimoramento por meio de

    cursos profissionalizantes. Responsvel pelo acompanha-

    mento pedaggico dos cursos tcnicos oferecidos pela

    jurisdio do Ncleo Regional de Educao (NRE) de Ma-

    ring, que contempla 25 municpios, a coordenadora de

    Educao Profissional, Elizabete Neves, revela que a pro-

    cura tem sido maior que as vagas disponveis, o que obri-

    ga, algumas vezes, a um processo classificatrio na hora de

    elencar os participantes. O mercado est mais exigente

    em relao contratao. Busca-se um profissional espe-

    cializado e que consiga acompanhar e crescer com a em-

    presa, comenta.

    Elizabete diz esperar um nmero ainda maior de gente

    disposta a estudar mais para, quem sabe, obter colocao

    desejvel no mercado. Neste primeiro semestre estamos

    verificando aumento de 20% na procura pelos cursos em

    relao ao ano passado.

    Outra caracterstica envolvendo o mercado profissiona-

    lizante em tempos de crise a busca por solues de ma-

    neira rpida. No o caso de Luiz Antonio Mendona, que

    foi aluno do Servio Nacional de Aprendizagem Industrial

    (Senai), trabalhou na indstria e s ento depois retornou

    casa onde aprendeu seus primeiros ofcios, desta vez

    para ficar: h 25 anos ele trabalha no Senai, primeiramen-

    te como instrutor e hoje como gerente da unidade Marin-

    g. Normalmente, sob as condies de crise, as pessoas

    buscam aliar as necessidades oferta de cursos gratuitos.

    MERCADO //W

    alte

    r Fe

    rnan

    des

  • Revista ACIM / 25

    // Aumento leva seleoProcura por cursos tcnicos cresceu 20% em relao a 2015, segundo a coordenadora de Educao Profissional do Ncleo Regional de Educao, Elizabete Neves

    // mais de mil pessoas por semanaA Lins de Vasconcellos, alm de dar assistncia bsica a famlias, oferece cursos profissionalizantes e prepara jovens aprendizes; na foto o diretor Cezar Eduardo Ivantes

    Quando isto no possvel, buscam-

    -se os cursos mais rpidos e que pos-

    sibilitam a insero ou permanncia

    no mercado, ou ainda aqueles que

    permitem atuar como um profissio-

    nal autnomo, diz ele, que cita os

    cursos de eletricista entre os mais

    procurados deste perodo.

    Para o empresrio Cezar Eduardo

    Ivantes, mais do que uma preocupa-

    o envolvendo recolocao no mer-

    cado ou busca por empregos, pre-

    ciso pensar nas dificuldades de toda

    a famlia no momento de crise. Ele

    diretor da Lins de Vasconcellos, enti-

    dade que atende mais de mil pessoas

    por semana dando assistncia bsica

    e ofertando cursos profissionalizantes

    e preparao de jovens aprendizes.

    quando entra o papel da entida-

    de, que leva aos assistidos uma viso

    global, mas tambm questes ti-

    cas, morais e crists. Neste momen-

    to tem-se um grande diferencial da

    Lins de Vasconcellos como entidade

    formadora no s da profisso, mas

    do carter, refora. Ele explica que,

    desde 2000, quando a entidade foi

    fundada atendendo especialmente FONTE | Coordenadora do setor de Educao Profissional do Ncleo Regional de Educao de Maring, Elizabete Neves

    AS REAS TCNICAS DE GRANDE EMPREGABILIDADE

    MEIO AMBIENTE

    CONSTRUOCIVIL

    SEGURANA DO TRABALHO

    EDIFICAES

    ENFERMAGEM

    ALIMENTOS

    FARMCIA

    ANLISESCLNICAS

    VESTURIO

    SADE BUCAL

    ADMINISTRAO

    INFORMTICA

    RECURSOSHUMANOS

    FORMAODE DOCENTES

    Foto

    s/W

    alte

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    des

  • Maio 2016

    os moradores dos conjuntos Guaiap

    e Requio, mais de dez mil pessoas

    passaram por l buscando forma-

    o profissional. Sempre de maneira

    gratuita, a entidade oferece cursos

    de costura, informtica, manicure e

    pedicure, automaquiagem e higiene

    pessoal, alm de constantes palestras

    motivacionais e informativas.

    entrOsamentO claro que o mercado no capaz

    de absorver todas as pessoas que

    concluem cursos tcnicos e profissio-

    nalizantes. Ainda assim, na opinio de

    Mendona, h uma preocupao das

    entidades educacionais em se aproxi-

    mar do mercado, objetivando entro-

    samento e entendimento das neces-

    sidades dos empresrios.

    Ele lembra que, no caso do Senai,

    todas as atividades tm foco na inds-

    tria e, para a aproximao dos cursos

    e o mercado, realiza-se a formao

    de comits com diversos especialis-

    tas para que sejam apresentadas as

    competncias atuais e futuras pre-

    ponderantes profisso. Com base

    nesta informao que modelamos

    os currculos dos cursos.

    Para que haja entrosamento entre

    alunos formados e empresas, h uma

    srie de impedimentos que extrapola

    a capacidade das instituies educa-

    cionais em oferecer pessoas realmen-

    te prontas para as exigncias do mer-

    cado. Na opinio de Elizabete, isto

    est relacionado s questes culturais

    e, infelizmente, financeiras.

    A necessidade de se aventurar

    muito cedo no mercado de trabalho,

    sobrecarregando alunos que preci-

    sam estudar e trabalhar, e a falta de

    incentivo da famlia so alguns agra-

    vantes. Seria importante que as em-

    presas abrissem as portas para que os

    alunos, durante o perodo de estudos

    nos cursos tcnicos, pudessem real-

    Sabendo da dificuldade de

    encontrar o primeiro emprego

    e entendendo as limitaes

    financeiras das famlias para

    pagar cursos e aperfeioamentos,

    a Lins de Vasconcellos oferece

    capacitao para jovens que

    chega a durar um ano em

    cursos de aprendizagem

    com profissionais voluntrios.

    Em 2015, passaram pela

    entidade 480 adolescentes

    que, posteriormente, tiveram

    mais condies de atender s

    necessidades das empresas que

    aderem ao Jovem Aprendiz

    programa do Governo Federal

    criado em 2005.

    A CCP Engenharia de Obras

    uma das empresas maringaenses

    que conta com colaboradores

    efetivados por meio do Jovem

    Aprendiz. O diretor Jos Maria

    Soares diz ser uma relao de

    trabalho importante e que precisa

    prOgrama dO gOvernOincentiva aprendizes

    haver comprometimento do jovem

    em aprender e a contrapartida

    da empresa em fornecer o

    conhecimento relacionado

    atividade profissional.

    Ele cita o caso de uma

    colaboradora que comeou como

    Jovem Aprendiz e hoje gerente

    de Recursos Humanos. Foi uma

    das primeiras jovens aprendizes

    da empresa. Ela se destacou pelo

    compromisso, anseio pelo saber e

    pelo interesse de evoluir na carreira.

    Mas ainda h certa predisposio

    de parte dos jovens para a

    escolha de reas que envolvem

    os setores administrativos.

    Nem sempre as empresas

    comportam em seus quadros

    tantas funes administrativas.

    Na minha percepo, nosso setor

    tem formado aprendizes no

    campo administrativo, e no no

    operacional (obras) como seria o

    desejado, pondera Soares.

    // Comprometimento em aprenderJos Maria Soares, da CCP Engenharia de Obras, e a gerente de Recursos Humanos, Lorena Canhovatti, que ingressou na empresa como jovem aprendiz

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  • Revista ACIM / 27

    mente conflitar a teoria e a prtica,

    sugere a coordenadora do NRE de

    Maring.

    dO tOrnO mecatrnicaMendona diz recordar da poca em

    que os cursos de ferramenteiros eram

    praticamente um passaporte para a

    empregabilidade e ainda garantiam

    uma boa remunerao. Mas o avano

    tecnolgico causou transformao na

    indstria e nas profisses. As mqui-

    nas so automatizadas e controladas

    por softwares e demandam profissio-

    nais que entendam da operao e de

    programao. Justamente pelo nvel

    de automao da indstria o curso

    mais procurado no Senai local o de

    Mecatrnica,

    Neste cenrio tm mais chances

    aqueles que seguem uma formao

    // Cursos para indstriasNo Senai, explica Luiz Antonio Mendona, comits discutem competncias atuais e futuras da profisso para adequao das grades dos cursos

    continuada. O aluno pode optar

    por um curso profissionalizante e,

    medida que avana, pode ir de-

    senhando a formao agregando

    competncias relacionadas ao cur-

    so inicial. Se faz o curso de torneiro

    mecnico, o profissional pode fazer

    o curso de programador de torno

    CNC (comandado por computador)

    e depois se especializar conforme a

    complexidade dos equipamentos e

    softwares, explica.

    preciso procurar se desenvolver

    na profisso em que h maior afinida-

    de, de forma continuada e estar pre-

    parado e disposto para aproveitar as

    oportunidades que, mesmo no pa-

    recendo ser a melhor no curto prazo,

    podem ser uma boa experincia para

    a construo da carreira, aconselha

    Mendona.

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  • Maio 2016

    AssociAtivismo //

    Engenheiro civil substitui Marco Tadeu Barbosa; integrantes dos cinco conselhos da entidade foram empossados em abril junto com as diretorias do Instituto Mercosul, Fundacim e Noroeste Garantias // por Giovana Campanha

    Jos Carlos Valncio assume presidncia da ACIm

    // pena smbolo de transitoriedadeMarco Tadeu Barbosa transmite cargo para Jos Carlos Valncio, que ficar frente da ACIM na gesto 2016-2018

    At abril de 2018 o engenheiro civil

    Jos Carlos Valncio o presiden-

    te da ACIM. Ele assumiu, em 25 de

    abril, o cargo ocupado nas duas

    ltimas gestes por Marco Tadeu

    Barbosa. A cerimnia de posse, no

    teatro Calil Haddad, reuniu mais

    de 750 pessoas, incluindo repre-

    sentantes de todos os poderes,

    lideranas empresariais de todo

    o Paran e presidentes de entida-

    des de classe. Junto com Valncio

    foram empossados mais de 400

    diretores dos cinco conselhos da

    ACIM: Administrao, Superior, Co-

    pejem, ACIM Mulher e Comrcio

    & Servios, alm das diretorias do

    Instituto Mercosul, Fundacim e No-

    roeste Garantias. Antes da posse,

    houve assembleia geral ordinria,

    para prestao de contas e apro-

    vao do plano de metas, alm da

    apresentao da orquestra e coral

    da Cocamar.

    O presidente do Sicoob Uni-

    coob, Jefferson Nogaroli, foi o pri-

    meiro a discursar. Marco Tadeu

    entrou menino e saiu gigante da

    presidncia da ACIM. Pessoas como

    ele ajudam a construir uma cidade

    como a nossa Maring. Ele e sua

    equipe realizaram um trabalho r-

    duo, honrando a ACIM. E tenho cer-

    teza que o Jos Carlos Valncio vai

    fazer um bom trabalho.

    J o presidente da Faciap, Guido

    Bresolin Junior, disse que em nome

    das 395 associaes comerciais do

    Paran parabenizava Marco Tadeu.

    Representando o governador Beto

    Richa e a vice-governadora Cida

    Borghetti, o coordenador da Regio

    Metropolitana de Maring, Joo

    Carvalho, destacou a competncia

    de Marco Tadeu, bem como o res-

    peito e prestgio que ele conquis-

    tou junto aos ex-presidentes. Jos

    Carlos Valncio vai assumir com

    muita responsabilidade aquela que

    a maior associao comercial do

    Paran.

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    esAssOCIAtIVIsmO//

  • Revista ACIM / 29

    // micro e pequenas empresasJos Carlos Valncio: o que tenho mais orgulho defender a classe empresarial, principalmente os pequenos negcios, que encontram na ACIM respaldo para que possam continuar crescendo

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    Para o prefeito em exerccio Cludio Ferdinandi, a

    ACIM faz a argamassa entre diferentes nichos e une po-

    der pblico, entidades e o sistema Judicirio. A Asso-

    ciao Comercial o orgulho de todos os paranaenses

    e ponto de visitao de pessoas que vm conhecer o

    diferencial de Maring.

    Num discurso que o levou s lagrimas, Marco Tadeu

    Barbosa disse que um dos aprendizados que teve foi

    que o associativismo pode transformar a sociedade.

    Unidos temos a possibilidade e diria mais, a responsa-

    bilidade, de tornar a nossa comunidade um lugar me-

    lhor para se viver. Ele falou ainda sobre o trabalho da

    Associao Comercial. A ACIM procura se blindar con-

    tra vaidades. Para nossa instituio, no importa quem

    faa, o importante fazer.

    O ex-presidente agradeceu conselheiros, parcei-

    ros, colaboradores, a famlia dele e dos diretores. S

    estando na ACIM podemos medir a dimenso da se-

    riedade do trabalho desenvolvido por esta entidade.

    Estar na presidncia foi uma oportunidade nica, que

    no sei se teria em outro lugar. Sinceramente, diante

    de tantas pessoas fantsticas que estiveram ao meu

    lado nesta caminhada, fico em dvida se conduzi ou

    se fui conduzido. A tripulao que assume o leme

    hoje tem o estmulo de desbravar novos mares em

    defesa do empresrio maringaense e da nossa queri-

    da Maring. Meu desejo de sucesso e de bons ventos.

    Conhecendo a ACIM, estou certo que estes ventos se-

    ro sempre favorveis.

    Encerrado o discurso, Barbosa recebeu homena-

    gens de entidades e empresas, inclusive de todos os

    conselhos da ACIM. Aos ex-presidentes foi entregue

    uma pena de metal, para destacar os trabalhos realiza-

    dos frente da Associao Comercial. Depois foi feita

    a transmisso do cargo de Barbosa para Valncio por

    meio da entrega de uma pena de metal, que simboliza

    a transitoriedade do cargo. A coube ao ex-presidente

    mais velho da entidade, Manoel Mrio de Arajo Pis-

    mel, dar posse aos membros do Conselho Superior, que

    agora tm como presidente Barbosa. Depois foram em-

    possados os integrantes do Conselho de Administrao

    (conduzido por Jos Carlos Valncio), ACIM Mulher

    (tendo como presidente Ndia Felippe), Copejem (cujo

    presidente Michael Tamura) e Conselho do Comrcio

    & Servios (que tem Mohamad Ali Awada Sobrinho

    frente), alm de serem empossados os diretores de Ins-

    tituto Mercosul, Fundacim e Noroeste Garantias.

    pequenOs negciOs e ticaEm seu discurso como presidente da ACIM, Valncio

    afirmou: h mais de uma dcada integro a diretoria

    desta entidade. Participei de grandes mobilizaes, de

    projetos em defesa dos associados e dos interesses da

    comunidade. Recepcionamos ministros, governado-

  • Maio 2016

    associativismo //

    res, secretrios de Estado, cnsules,

    embaixadores, grandes empres-

    rios, presidentes de companhias

    respeitadas e mais uma extensa

    lista de personalidades do mundo

    poltico e empresarial. Mas o que

    tenho mais orgulho defender a

    classe empresarial, principalmente

    os pequenos negcios, que encon-

    tram respaldo na ACIM para que

    possam continuar crescendo, ge-

    rando emprego e renda.

    Ele destacou que a entidade

    vai continuar planejando o de-

    senvolvimento de Maring, com

    a contratao do Masterplan, que

    vai contribuir com as gestes mu-

    nicipais e ajudar a nortear o de-

    senvolvimento regional. Tambm

    vamos continuar nosso trabalho

    de defender a transparncia e ti-

    ca na gesto pblica e de cobrar

    a correta aplicao de recursos.

    quem O nOvO presidente? A chapa encabeada por Jos Carlos Valncio, a Compromisso com o futuro, foi eleita em 28 de maro por aclamao, com 483 votos. O novo presidente integrou ou presidiu diversas entidades. Foi presidente do Conselho de Desenvolvimento Econmico de Maring (Codem, 2012-2014) e da Terra Roxa Investimentos (2012-2016). Foi tambm presidente da Associao dos Engenheiros e Arquitetos de Maring (Aeam, 1984-1986) e membro do Conselho de Administrao do Sicoob Metropolitano. scio da Valncio Arquitetura e Engenharia, que tem quase trs dcadas de mercado e faz projetos de arquitetura de interiores, residenciais, comerciais, industriais e corporativos e atua na administrao de obras.

    Entre as metas da prxima gesto esto implementar o programa de Incluso Digital Corporativa, preparando os associados para o comrcio digital; manuteno do programa ACIM em Ao, para qualificao dos associados; realizao de cursos e palestras para o empreendedorismo; propiciar a entrega do Masterplan, projeto que envolve consultoria para balizar o poder pblico em seus programas de mdio e longo prazo no desenvolvimento global de Maring.

    // pena sempre ficava na ACImEx-presidentes receberam uma pena de metal como smbolo pela dedicao entidade

    Continuaremos defendendo me-

    didas de combate corrupo.

    Continuaremos cobrando nossos

    representantes polticos para que

    defendam os nossos interesses,

    que so maiores que os interesses

    partidrios.

    O novo presidente destacou que

    os desafios so grandes, mas que os

    funcionrios e a diretoria voluntria

    no mediro esforos para valorizar

    o associado e continuar fazendo

    da ACIM uma agncia de fomento

    regional. E desejou sabedoria para

    que todos possam continuar cons-

    truindo este grande legado da ACIM.

    A cerimnia teve o patrocnio de

    Central de Negcios Imobilirios,

    Certeza Consultoria Empresarial, Co-

    camar, Controlsul Consultoria Em-

    presarial, Cooper Card, Maring Park

    Shopping Center, O Dirio, Sancor, Si-

    coob, Unicesumar, Unimed e Viapar.

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  • Revista ACIM / 31

    // Conselho de AdministraoPresidente: Jos Carlos Valncio1 vice-presidente e vice-presidente para assuntos de MPE: Michel Felippe Soares2 vice-presidente: Wilson de Matos Silva FilhoPresidente do Copejem: Michael TamuraPresidente do ACIM Mulher: Ndia FelippePresidente do Conselho do Comrcio & Servios: Mohamad Ali Awada SobrinhoAssessor jurdico: Csar Misael de AndradeVice-presidentes: Afonso Shiozaki , Ali Wardani, Anlia Nasser, Antonio Batista Moura Jr, Antnio Fiel Cruz Junior, Antonio Tadeu Rodrigues, Ben Hur Lobo da Costa Prado, Carlos Alexandre Ferraz, Carlos Cndido Costa, Carlos Walter Martins Pedro, Cezar Couto, Claudiomar Sandri, Daoud Nasser, Divanir Higino da Silva, Edson Scabora, Erico Diniz, Everaldo Belo Moreno, Felipe Silva Bernardes, Fernando Rezende, Franklin Silva, Geraldo Conte Jnior, Gilmar Santos, Guilherme Calijuri, Ilson Rezende, Jair Ferrari, Joo Roberto Fraguas, Jos Carlos Barbieri, Jos Maria de V. P. de Paula Soares, Lauri Galina, Lourival Macedo, Luiz Ajita, Luiz Roberto Marquezini, Marcelo Silva, Marcio Rodrigo Frizo, Marcio Sendeski, Marcos Kenji, Massimiliano Silvestrelli, Maurcio Bendixen da Silva, Murilo Daura Jorge Boos, Nivaldo Reginato, Orlando Chiqueto, Osnir Roberto Gaspar, Paulo Lima, Paulo Viscardi, Renata Mestriner, Ricardo Wagner Teixeira, Roberto Cidade, Roberto Granado Martins, Rodrigo Fernandes, Rodrigo Seravali de Brito, Rony Cezar Guimares, Sergio Yamada, Silvana Romagnole, Wagner Severiano, Walcir Franzoni, Walter Thom Jnior, William Tadeu Bauer e Wilson Tomio Yabiku

    // Conselho superior Presidente: Marco Tadeu BarbosaConselheiros: Ana Lcia Megda, Claudio Sandri, Cludio Haruo Mukai, Donisete Busiquia, Fernando Alves dos Santos, Guilherme Farias Fvero, Heitor Bolela Jnior, Joo Maria da Silveira, Jos Gomes Ferreira, Jos Vanderley Santana, Paulo Meneguetti, Reginaldo Nunes Ferreira, Renato Tavares, Sabas Martins Fernandes e Wilson MatosMembros natos (ex-presidentes): Manoel Mrio de Araujo Pismel, Luiz Jlio Bertin, Sidnei Meneguetti, Raymundo do Prado Vermelho, Fernando Henriques, Alcides Siqueira Gomes, Carlos Mamoru Ajita, Massao Tsukada, Pedro Granado Martines, Hlio Costa Curta, Jefferson Nogaroli, Ariovaldo Costa Paulo, Carlos Tavares Cardoso e Adilson Emir SantosMembros convidados: Alberto Haddad, Alexandre Barros, Carlos Alberto Domingues, Gilson Barbiero e Sebastio Carlos Abro

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  • Maio 2016

    // ACIm mulherPresidente: Ndia FelippeConselheiras: Adriane Dallagnol, Agma Sendeski, Alessandra Garbin, Alessandra Serra, Ana Gabardo, Ana Karolina Amashta, Anlia Nasser, Andra Toscano, Branca Alai, Camila Andreoti Boaventura, Caroline Camotti, Cidinha Coquemalla, Cludia Michiura, Claudilene Sandri, Donria Rizzo, Edna Almodin, Elenice Lara Erbano, Eliane Meller, Elisabeth M. Aramaki Yoshida, Elizabete Benites, Eliza Mitie Shiozaki, Fernanda Sordi Michels, Flvia Carneiro Pereira, Glaucia Corra, Hasue Komura Ito, Honame Chaves, Isolene Aparecida Niedermeyer, Jacira Paranhos de Souza, Jacira Reami, Jamile Andrea Elias, Jany Lima, Joanita Scandelai, Juliana Balbo, Juliana Coelho, Jussara Perin, Larissa Casagrande, Larissa Lessa, Ledyanne Mattos, Lizeth Detros, Luciany Michelli Pereira dos Santos, Mair Marroni, Mrcia Lamas, Mariana Fregadolli Cerqueira Reis, Marilene Philot Fernandes, Marisa Marutaka, Marta Sakurai, Miriam Thelma Ferro, Neide Nicolau, Noroara de Souza Moreira, Odlia da Silva Dossi, Patricia Silva, Paula Buosi Fabri, Rosa Maria Loureiro, Rosangela Danielides, Rosemary Kendrick e Silva, Rosemary Satiko Kawamoto, Sandra Arajo, Simone Fernandes, Sineida Berbet Ferreira, Sirley Britto, Soraia Marsico, Sueli Just, Teresa Furquim e Wldia Dejuli

    // CopejemPresidente: Michael TamuraConselheiros: Adriana de Oliveira, Aislan Felipe Sena, Ana Claudia Satie Kakihata, Ana Rita Canassa, Andr Luis Afonso, Andr Valncio, Annbal B. A. da Rocha, Beatriz Fontana Assumpo, Caio Augusto Jorge Valncio, Carlos Alexandre Ciceri, Carlos Eduardo Tonet, Cezar Augusto Fornazaro, Daniel Malgarin da Costa, Danilo Hirata, Denison Vander da Silva, Derick Raiocovitch, Diego Mateus Sanches, Diego Pavan, Diego Silva, Dinarte Bueno Ferreira, Eduardo Medeiros Pereira, Gabrielle Rodmann Elias, George L. Coelho, Helio Cezar Mesquita, Joo Marcos de Assis Miguel, Joo Paulo Rodrigues Gomes, Julio Cesar Prudente de Oliveira Andreo, Julio Tadashi Tomita, Karina Spehar Vellanga, Leonardo B. Blanco, Lucas Di Loreto Peron, Lus Andr Gomes Grigoli, Marco Antnio de Jesus Almeida, Onofre Valero Saes Jnior, Rafael Kenji Tokuda, Rafael Legnani, Rafael Macagnan Marutaka, Rafael Mendes Cotrim, Rafael Tupan Ruy, Renan Gabriel Ferreira Detros, Renato Bento Rodrigues, Ricardo Cavalcante de Alburquerque, Ricardo Tortato, Roberta Assumpo Alves Tranquilini, Romualdo Correa Bisognin Dalmarco, Romulo Cortez Gomes Ferreira, Silvio S. R. Iwata, Tatiana Martinhago, Thais Lie Romo Iwata, Thiago Ramalho, Vicente Suzuki e Vitor Gaspareto Bezerra

  • Revista ACIM / 33

    // Conselho de Comrcio & serviosPresidente: Mohamad Ali Awada SobrinhoAdauto Silva Barros, Ademir Kimura, Ademir Scobin, Adevaldo Salvador, Agnaldo Mendes, Alexandre Lima, Alexandre Pismel, Allan Cardoso, Amauri Donadon Leal, Amauri Jr, Ana Cludia de Freitas, Anderson Malaquias, Angelo Martins Jnior, Antonio Beltrame, Antonio Carlos Pires, Antnio Carlos Santana, Antonio Marcos de Souza, Aparecido Marroni, Arnaldo Brger, Bem Hur Ferreira da Silva, Carlos Augusto Myrrha, Celso Sarro, Charles Piveta Assumpo, Cicero ngelo de Brito, Claudemir Gracino, Claudinei Barbosa Sandri, Cludio Michiura, Cladio Suzuki, Clorival Brustolin Junior, Cynthia Elena de Campos, Dejair B. de Paula Jnior, Demir Dener di Berardino, Derclio Constantino, Diene Eire, Dirceu Gambini, Edson Berto, Edson Luiz Cardoso Pereira, Edson Ronaldo de Moraes, Elbes Percinoto, Eliane Nascimento Silva Costa, Elias Pereira da Silva, Eluci Roque Kerber, Emanuel Pipino, Eniceia Silva, Erick Costa Moraes, Fabbio Gonzalez Correia Gomes, Fbio Csar dos Santos, Fbio Pacheco, Fbio Yano Kine, Fernando dos Santos Ramos, Fernando Lucas, Fernando Meurer, Fernando Molinari, Flavio Koiti Otomura, Geraldo Herculano Ramos, Gerson Lopes Dias Dolemba, Gerson Luiz Sovinski, Gilson Aguiar, Guilherme Ribeiro, Gustavo Garcia, Hermes Aparecido Coli Vieira, Humberto Garbelini Kotsifas, Ireneu Meurer, Janana da Silva Alionso, Jean Carlo Caramanico, Jeane Nogaroli, Jeferson Doacyr Balbinot, Jefferson Favotto, Joo Adolfo Stadler Colombo, Joo Francisco Dantas de Carvalho, Joel kalil Nader, Jorge Fregadolli, Jos Campos, Jos Cezar Abro, Jos Paulo Urgnani, Jos Previdelli, Jos Ramil Poppi, Julio Kusakawa, Kaue Myasava, Larissa Rangel, Laurindo Martins Ferreira Filho, Leacir Fiorati, Leo Vianna, Letcia Pagani El-Memari, Lorena Peretti, Lucheo Antonio Tombini, Luciano Coletta, Lucimar dos Santos Niero, Luis Carlos Massaru Maratuka, Luiz Carlos A. Vieira, Luiz Eduardo Borim Gonalves, Luiz Felipe Apollo, Luiz Pereira da Silva, Luiz Tel, Luzia Khattab, Marcelo Farid, Marcelo Reis de Souza, Mrcio Bento Lcio, Marcos Obici, Maria Tereza Anastcio, Mrio Roberto Andregheti, Marlos Almeida, Marun Estephan, Maurcio Bakos, Mauro Clio Dias Filho, Mauro Cominatto Men, Mayra de Oliveira Costa, Miguel Joaquim de Oliveira, Milton Rossi, Nelson Barbosa Junior, Ney Stival, Nilton Cezar Grossi, Nivaldo Bratifiche, Norvan Noronha Dias, Osler Colombari, Osmar dos Santos Vieira, Paulo Barbosa, Paulo Cezar, Paulo Roberto Valrio, Pedro Paulo Coelho Constantino, Regina Acutu, Reginaldo Caleffi Navarro, Ricardo Gonalves, Ricardo Michels, Ricardo Rodriguez Gervzio, Ricardo Vieira Ausek, Roberto Csar, Roberto Nagahama, Roberto Petrucci Jr., Roberto Wilson Teixeira, Robson Bueno dos Reis, Robson Diego Silva Vicentini, Robson Uesu, Rodrigo Dolfini, Rodrigo Marcel Garcia Martucci, Rogrio Boselo, Salatiel Dias, Samir Al Gharibe, Sammy Davis Gomes, Sandro Aparecido Bertoni, Sandro Moles da Silva, Sandro Pinheiro, Sergio Maximilia, Srgio Ribeiro Lemos, Sidnei Ross Bergamo, Silvio Saiti Iwata, Sueli Andrade, Sylvio Carlos Franco, Valdeci Gonalves da Silva, Valdeir Larrosa, Valdemar de Matos Silva, Valderlene de Oliveira Vargas Silva, Vanessa Fernandes, Vitor Marcelo Grossi Santos, Wanderley Vilas Boas, Wesley Dejuli, Wesley Falco Tuler, Wilson Benalli e Wilson Teixeira

    // Instituto mercosulPresidente: Renata Mestriner KrambeckVice-presidentes: Cezar Luiz Couto, Edson Scabora, Carlos Walter Martins Pedro, Carlos Ferraz, Felipe Bernardes, Jos Gomes Ferreira, Jos Carlos Valncio, Michel Felippe Soares e Ricardo Teixeira

  • Maio 2016

    // FundacimPresidente: Anlia da Rosa NasserDiretores: Alessandra Borges, Dayane Francis da Silva Almeida, Fabricia Anglica, George Lus Coelho, Jeane Nogaroli, Jos Vanderley Santana, Mrcia Souza, Mariane Arns, Renato Tavares, Roberta Assumpo Alves Tranquilini, Sueli Bolela Just e Wilson Tomio Yabiku

    // Noroeste GarantiasConselho de Administrao Presidente: Everaldo Belo Moreno Conselheiros: Claudio Marcelo Siena, Carlos Alexandre Walter Ferraz, Eduardo Daibert Arajo, Elizabete Benites, Joo Paulo Silva Junior, Jose Leonardo Cano Quintino, Jose Wanderlei Santana, Jos Ricardo Pereira, Michel Felippe Soares, Mohamad Ali Awada Sobrinho, Paulo Evangelista de Lima, Ribamar Alves Rodrigues, Ronaldo Cesar Siena, Roberto Izaguirre II, Sandro Mols da Silva, Sergio Yamada, Flvio Augusto Matsuoka Cestari e Rodrigo Streleski Picoli Conselho fiscal: Cesar Misael de Andrade, Orlando Chiqueto Rodrigues, Marcelo Scomparim, Edemilson Cruz Santana, Celso Chaparro e Osnei Jose SimesConselho Superior: Luiz Ajita, Jose Maria Bueno Filho, Ilson Rezende, Jefferson Nogaroli, Marco Tadeu Barbosa, Rogrio Machado, Jos Carlos Valncio e Ideval Luis CurioniComit gestor do Fundo de Risco: Eduardo Daibert Arajo, Carlos Alexandre Ferraz, Jose Wanderlei Santana, Ali Saadeddine Wardani e Michel Felippe Soares

  • Revista ACIM / 35

  • Maio 2016

    A concluso consta num livro recm-lanado pelo

    advogado maringaense Jos Roberto Tiossi

    Junior, com base em pesquisas sobre a

    Educao na regio da Amusep

    // por Josi Costa

    mais recursos no so garantia de

    boas notas no IDeBA busca por uma Educao de

    qualidade foi um dos temas tra-

    tados na dissertao do advoga-

    do e professor maringaense Jos

    Roberto Tiossi Junior, que deu ori-

    gem ao livro Oramento pblico:

    investimentos em educao como

    forma de efetivao dos direitos

    da personalidade, lanado recen-

    temente.

    O autor esmiuou o oramento

    pblico para identificar a compo-

    sio dos recursos destinados

    Educao, dando nfase inves-

    tigao do caminho para chegar

    aos valores que compem o m-

    nimo constitucional que deve ser

    aplicado na Manuteno e Desen-

    volvimento de Ensino.

    Tiossi realizou duas pesqui-

    sas sobre a Educao na regio

    da Associao dos Municpios do

    Setentrio Paranaense (Amusep),

    sendo a primeira referente aos in-

    vestimentos de cada municpio,

    por meio de dados publicados no

    portal da Secretaria do Tesouro

    Nacional de 2008 a 2011, e fez um

    paralelo com os maiores ndices

    de Desenvolvimento da Educao

    Bsica (Ideb), de 2011, para aufe-

    rir a qualidade da Educao. Os

    municpios que apresentaram as

    maiores notas no Ideb no foram

    os que aplicaram mais recursos,

    tanto em valores absolutos, quan-

    to em valores proporcionais. Isso

    OramentO pblicO //

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    leva a crer que os altos ndices de

    algumas cidades foram oriundos

    principalmente da dedicao de

    alunos e professores, e no da par-

    ticipao do Estado.

    investimentO x valOr realUm exemplo Ivatuba, que apre-

    sentou o maior Ideb da regio, foi

    o 29 na aplicao de recursos na

    educao em valores absolutos e

    o 30 em valores proporcionais. J

    Maring tem a maior aplicao de

    recursos absolutos, a 29 em va-

    lores proporcionais e tem o 5 me-

    lhor Ideb.

    Na maioria das vezes as despe-

    sas divulgadas como investimen-

    tos em Educao no reflete os

    reais valores aplicados, visto que

    a qualidade no equivalente

    ao montante aplicado, ou seja, as

    // tema educao na Amusep

    Jos Roberto Tiossi Junior, autor do

    livro Oramento pblico:

    investimentos em educao como

    forma de efetivao dos direitos da personalidade

    despesas com Educao de fato

    esto saindo dos cofres pblicos,

    mas nem sempre os recursos che-

    gam ao destino final.

    A segunda pesquisa foi sobre o

    Fundo de Manuteno e Desen-

    volvimento da Educao Bsica

    e de Valorizao dos Profissionais

    da Educao (Fundeb). Segundo

    Tiossi, o fundo, com previso para

    durar at 2020, vem causando

    deficit para alguns municpios,

    em razo do percentual retido ser

    o mesmo para todas as cidades

    e o valor repassado varia com o

    nmero de alunos matriculados.

    Com isso, municpios que pos-

    suem censo escolar baixo, saem

    perdendo, necessitando recorrer

    a outras fontes para atingir o m-

    nimo de aplicao necessria na

    Educao.

  • Revista ACIM / 37

  • Maio 2016

    opinio //

    // Gilson Aguiar graduado em Histria e mestre em Histria e Sociologia; ncora e comentarista da Rdio CBN Maring

    o produtor da pea e nunca o artista

    principal. Ela sequer foi sndica para

    dizer que tem uma histria eleitoral

    que lhe antecedeu presidncia. Dil-

    ma uma construo poltica, uma

    extenso do carisma bem-sucedido

    do padrinho poltico, Luiz Incio

    Lula da Silva.

    Considero Dilma uma pessoa boa.

    Contudo, este no o melhor ingre-

    diente para se ingressar na vida p-

    blica em um pas onde a principal

    marca do ambiente poltico nunca

    transformar o bastidor no palco onde

    o espetculo se desenrola. Dilma no

    se ambientou em um momento fun-

    damental, a crise. Quando seus aliados

    tentaram salv-la e ela deixou-se salvar

    - pois seu temperamento impositor di-

    ficulta dilogo - era tarde demais.

    Dilma Rousseff comea a batalha

    final, que nas palavras da prpria

    ser longa. E marcada por um apren-

    dizado doloroso. Para se cometer um

    crime, no basta apenas desobede-

    cer a lei, tem que ser capaz de fazer

    valer a lgica do poder, manobrar de

    forma racional a fora e, o principal

    objetivo de um governante, manter-

    -se. Por isso, com todo o respeito,

    tchau querida.

    Assisti ao pronunciamento da presi-

    dente Dilma Rousseff sobre a apro-

    vao do processo de impeachment

    aprovado na Cmara de Deputados.

    Ela destacou a palavra injustia.

    Segundo a presidente, esta a de-

    finio mais profunda do momento

    que est atravessando. Comparou

    o perodo, que considera golpe,

    condio que viveu na ditadura mili-

    tar (1964 a 1985). Quando questiona-

    da por um jornalista, lembrou que a

    comparao simblica e que no

    se pode desejar um Estado de exce-

    o como o regime militar.

    Em sua fala, Dilma aposta na de-

    mocracia. Considera que sempre a

    melhor sada. E tem razo. Porm,

    a presidente considera que esto

    cerceando os direitos dela. Se esto

    fazendo isso com a presidente da

    Repblica, o que no fariam com um

    cidado comum?.

    Dilma considera que esto conde-

    nando-a por um crime que no co-

    meteu. Alega que outros presidentes

    fizeram pedaladas fiscais crime que

    fundamentou o pedido do impea-

    chment. Vale lembrar que no com

    tanto dinheiro. Porm, a presidente

    acredita que o que fez no ilegal

    e que o Supremo Tribunal Federal

    (STF) nunca a condenou.

    O pronunciamento da presiden-

    te foi um dos melhores que j fez.

    E um dos mais sinceros. Em alguns

    momentos, o despejo de sentimento

    quase se traduziu em choro. Ela es-

    teve ponto de deixar cair dos olhos

    a verdade da emoo. No seriam

    lgrimas de crocodilo se tivessem

    corrido o seu rosto.

    O que me veio, ao encerrar a fala

    e a entrevista coletiva, algum que

    tem convico, mas no tem voca-

    o. Dilma nunca foi senhora dos vo-

    tos que a construram. Sempre foi o

    elemento tcnico, o cargo de escalo,

    Dilma foi sincera, mas

    no tem vocao

  • Revista ACIM / 39

    Escolhauma instituio financeira

    que somapessoas

    e divide

    resultados.

    sicoobunicoob.com.br

    No Sicoob Metropolitano,em 2015, foram mais de

    R$ 19 milhesde resultado financeiro.

  • Maio 2016

    SADE //

    Celular ao lado da cama e ponto de luz podem atrapalhar uma noite de sono reparadora; como indutores geram dependncia,

    preciso muita cautela antes de tomar Rivrotril // por Josi Costa

    Os obstculos para o sono tranquilo

    Entre as consequncias esto ra-

    ciocnio lento, memria ruim, rea-

    o mais lenta levando at a riscos

    de acidente de trabalho e de trn-

    sito.

    Segundo o ortodontista Paulo

    Nabarro, certificado em Medicina

    do Sono pela Sociedade Brasileira

    do Sono (SBC) e mestre em Distr-

    bios do Sono, uma noite bem dor-

    mida se avalia pela quantidade e

    qualidade. fundamental que o

    ambiente seja tranquilo, silencioso,

    escuro e com temperatura agrad-

    vel. At o barulho do ar-condicio-

    nado ou do ventilador atrapalha,

    // Ronco e insnia so viles Os homens demoram muito mais para procurar ajuda. J a mulher, ao perceber que est roncando, corre para o consultrio, diz o ortodontista Paulo Nabarro

    Enquanto dormimos, economiza-

    mos energia para a manuteno

    do corpo e para consolidar a me-

    mria. Porm, a superexposio ao

    barulho, aos aparelhos eletrnicos,

    principalmente o celular, as pre-

    ocupaes, entre outros fatores,

    impedem uma noite tranquila e o

    sono reparador.

    Embora o sono seja uma rea

    jovem da cincia, pesquisadores

    descobriram que a m qualidade

    ou a fragmentao dele pode au-

    mentar em at 50% as chances de

    perda significativa na produtivida-

    de e capacidade para o trabalho.

    completa. Dormir com o celular ao

    lado no saudvel e muito pior

    para quem tem insnia. O ideal

    que no haja no quarto barulho ou

    ponto de luz, aconselha.

    Para entender a insnia, pre-

    ciso reconhecer as fases do sono. A

    REM (Rapid Eye Movement ou Movi-

    mento Rpido do Olho) se caracte-

    riza pela intensa atividade cerebral,

    semelhante ao estado de viglia.

    Nesta fase ocorrem movimentos

    oculares rpidos, o que explica o

    nome do estgio e os sonhos. A

    REM mais evidente na ltima me-

    tade da noite e importante para a

    recuperao emocional.

    A NREM a fase do sono pro-

    fundo, em que os olhos se movi-

    mentam de forma lenta. Essa fase

    compreende 75% do tempo que

    dormimos e nela acontece a libe-

    rao do hormnio do crescimen-

    to (somatotropina) e o descanso

    mental. Quando a fase REM ter-

    mina, volta-se NREM e repete-se

    esse ciclo pelo menos cinco vezes

    por noite.

    Wal

    ter

    Fern

    and

    es

  • Revista ACIM / 41

    dOrmir nO breu Numa boa noite de sono se produz

    melatonina, um hormnio produ-

    zido pelo crebro, na glndula pi-

    neal. Essa pequena glndula pineal

    endcrina fica entre os hemisfrios

    cerebrais. Um dos efeitos benficos

    retardar o envelhecimento. a

    pineal que enxerga a claridade do

    ambiente, ainda que seja um nfi-

    mo ponto de luz do computador

    desligado.

    Os primeiros estudos sobre a

    ligao entre a pineal e o sono da-

    tam de 300 anos antes de Cristo.

    Descobertas mais recentes e com

    respaldo cientfico atribuem me-

    latonina o sincronismo dos vrios

    ritmos do organismo (dia/noite), e

    com o bom desempenho da pine-

    al, h a reduo do estresse e da

    atividade imunolgica.

    Mas infelizmente h muita gen-

    te que sofre de distrbios do sono.

    No consultrio de Nabarro o ronco,

    a insnia e a sonolncia diurna ex-

    cessiva so as principais queixas.

    Os homens demoram muito mais

    para procurar ajuda. J a mulher,

    ao perceber que est roncando,

    corre para o consultrio.

    A privao do sono traz grandes

    prejuzos. Quando a pessoa dorme

    mal, fica mais lenta, o que diminui

    o tempo de reao e a deixa mais

    exposta a acidentes, alerta, ao se

    referir aos trabalhadores em fun-

    es mais operacionais. Nas reas

    administrativas, ele chama aten-

    o para memria ruim, pouca

    clareza de raciocnio, mau humor,

    entre outros.

    Quanto aos distrbios mais co-

    muns em homens, Nabarro cita a

    apneia, que a respirao desace-

    lerada ou interrompida ou ausn-

    cia durante o sono, que obstrui a

    passagem do ar para os pulmes.

    Essa falta de oxignio prejudica

    a aprendizagem. A pessoa acorda

    com mau humor, ansiosa e acaba

    descontando na comida, e a gor-

    dura cervical que se acumula no

    pescoo aumenta as chances de

    apneia, alerta.

    remdiOsAlguns insones pegam no sono

    muito tarde, outros acordam no

    meio da noite e no conseguem

    ou demoram para dormir de novo,

    e h aqueles que acordam bem

    mais cedo do que deveriam. Estas

    dificuldades, no raro, levam pro-

    cura por medicamentos indutores

    do sono.

    O Rivotril (clonazepan), segun-

    do Nabarro, o campeo de uso

    entre os pacientes - o Brasil, inclu-

    sive, campeo em consumo do

    remdio. Deve-se evitar ao mxi-

    mo tomar indutores do sono, por-

    que causam dependncia, aler-

    ta. Em vez do sedativo, o dentista

    aconselha a atividade fsica mais

    vigorosa, adotar alimentao leve

    noite e evitar bebida alcolica trs

    horas antes de dormir como hbi-

    tos para prevenir a insnia.

    Para quem sofre de apneia ou

    ronca, h tratamentos que garan-

    tem mais qualidade de vida.

    diagnsticO e tratamentOO primeiro passo para quem no

    // exame tem cobertura de plano de sadeNa polissonografia paciente monitorado com eletrodos para medir funes cerebral, respiratria, cardaca e muscular, segundo o mdico Flvio Taira Kashiwagi

    Wal

    ter

    Fern

    and

    es

  • Maio 2016

    tem boa qualidade de sono pro-

    curar um especialista em medici-

    na do sono. este profissional que

    vai fazer uma minuciosa entrevista

    com o paciente e indicar exames

    diagnsticos, sendo que o mais pre-

    ciso a polissonografia. Nesse exa-

    me, o paciente passa a noite conec-

    tado a eletrodos, que fazem uma

    leitura do sono e apontam possveis

    distrbios. Entre eles a apneia do

    sono, que ser classificada em leve,

    moderada ou grave.

    Feito o diagnstico, h trata-

    mento cirrgico feito por otorrino-

    laringologista, que faz a liberao

    das vias areas superiores ou a

    adaptao ao CPAP, mscara que

    injeta ar pela boca ou pelo nariz

    desobstruindo a passagem de ar.

    E por ltimo h o aparelho intra-

    oral, colocado por dentista certi-

    ficado em Odontologia do Sono,

    para o avano da mandbula, para

    liberar a via area inferior e, por

    consequncia, diminuir o ronco e

    a apneia do sono.

    pOlissOnOgrafia O mdico Flvio Taira Kashiwagi

    especializado em neurofisiologia

    clnica, medicina que estuda as do-

    enas que afetam o sistema nervo-

    so, entre elas os distrbios do sono.

    Segundo ele, nos laudos, aps a po-

    lissonografia, que emite aos pacien-

    tes do Instituto do Crebro e Colu-

    na o ronco e apneia, em homens, e

    a insnia, nas mulheres, so os pro-

    blemas mais comuns. Kashiwagi

    aconselha que ao ir clnica se sub-

    meter ao exame, o paciente deve

    simular uma noite mais prxima da

    rotina, inclusive se faz uso de rem-

    dio de uso contnuo, deve ingerir.

    raro, mas pode acontecer de o pa-

    ciente no conseguir dormir, princi-

    palmente os que sofrem de insnia.

    Nesse caso, repete-se o exame em

    outra data.

    A polissonografia s realiza-

    da noite e permite identificar se

    o paciente sofre de um problema

    que impea um sono tranquilo. Si-

    mula-se uma noite normal, em que

    o paciente monitorado com ele-

    trodos que medem as funes ce-

    rebral, respiratria, cardaca e mus-

    cular, explica.

    O mdico destaca que, alm

    de ronco e apneia, existem outras

    doenas do sono que no so va-

    lorizadas, entre elas, os pesadelos,

    sonambulismo, terror noturno, alu-

    cinaes, insnia e bruxismo.

    O exame de polissonografia tem

    cobertura dos planos de sade.

    A quantidade de sono ideal em cada idade

    FONTE | Instituto Brasileiro do Sono

    Recm-nascidos 0 A 3 MESES

    Bebs 4 A 11 MESES

    Crianas1 A 2 ANOS

    Crianas em idade pr-escolar 3 A 5 ANOS

    Crianas emidade escolar 6 A 13 ANOS

    Adolescentes14 A 17 ANOS

    Adultos jovens 18 A 25 ANOS

    Adultos 26 A 64 ANOS

    Idosos 65 ANOS OU +

    IDADEPERODO DE SONO (HORAS POR DIA)

    RECOMENDADO ACEITVEL NO ACONSELHVEL

    14 a 17horas

    11 a 13horas

    18horas ou mais

    12 a 15horas

    11 a 13horas

    18horas ou mais

    11 a 14horas

    10 a 13 horas dirias so apropriadas

    9 a 11 horas so o aconselhvel

    10 horas so o ideal, no menos ou mais que isto

    7 a 9 horas so o recomendado para esta idade

    7 a 9 horas so o ideal nesta faixa etria

    7 a 8 horas so o mais saudvel para os idosos

    9no mnimo

    15 a 16horas ou mais

  • Revista ACIM / 43

    UMA CIDADE QUE S NOS D MOTIVO PARA COMEMORAR.Parabns pelos 69 anos!

    conforto e alta performance em colchesDos tempos de nossos avs at aqui os

    colches ganharam qualidade, resis-

    tncia e muita tecnologia. O conforto

    na hora de dormir depende e, muito,

    do colcho, que tem de se moldar ao

    corpo e distribuir o peso sobre a super-

    fcie, aliviando a presso em todos os

    pontos. Hoje o mercado dispe de altas

    tecnologias e diferentes materiais.

    O presidente da Associao Brasi-

    leira de Indstrias de Colcho (Abicol),

    Lus Fernando Ferraz, que diretor da

    F.A Colches, de Maring, orienta que

    uma das caractersticas primordiais

    de um colcho ser compatvel ao

    biotipo do cliente. Ferraz, que est en-

    tre os principais fabricantes do Brasil,

    lista as tecnologias que mais se desta-

    cam no mercado.

    A primeira a espuma de visco-

    -elstico, que possui clulas termo-

    -sensveis que reagem ao calor do

    corpo, moldando-se perfeitamen-

    te s curvaturas do corpo (ombros

    e quadris), o que proporciona uma

    melhor circulao sangunea e, por

    consequncia, melhores noites com

    um sono reparador. Alm de todos

    os benefcios da espuma de visco-

    -elstico, foi desenvolvido uma tec-

    nologia inovadora com um gel trmi-

    co, ideal para pases quentes como o

    Brasil. Assim, os colches dissipam o

    excesso de calor do corpo por meio

    desta espuma, garantindo sensao

    de conforto e bem-estar, segundo

    Ferraz.

    Tambm h colches com a tec-

    nologia ErgoComfort, que tem cortes

    tridimensionais na espuma, criando

    sete reas de conforto e flexibilidade

    ao colcho. Esta tecnologia inibe pon-

    tos de presso e ideal para quem

    dorme em cima do brao.

    Uma da