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Foto: Alexandre Cattan alvo LESTE ANO 5 Nº 61 Novembro/2011 - distribuição gratuita Inclusão em classe Escolher a creche Estímulo ao professor ESPECIAL EDUCAÇÃO Pele negra BELEZA Magia da Serra TURISMO Alongar para treinar FITNESS Foto: Maximo Jr. Entrevista ADRIANA ALVES

Revista Alvo Leste

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Edição 61, mês de novembro da Revista Alvo Leste.

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alvoLESTEANO 5 Nº 61 Novembro/2011 - distribuição gratuita

Inclusão em classeEscolher a creche

Estímulo ao professor

ESPECIALEDUCAÇÃO

Pele negra

BELEZA

Magia da Serra

TURISMO

Alongar para treinar

FITNESS

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Jr.

EntrevistaADRIANA ALVES

[email protected]

R. Cumanachós, 54 - Penha - (11) 2684-5035 / 2791-8477

Excelência em Ensino

APOIO PEDAGÓGICO

NOSSA QUALIDADE REFLETE NAS

APROVAÇÕES DAS MELHORES FACULDADES Bárbara

Ribeiro MartinsAluna Fereguetti aprovada em

Econômia Empresarial

USP

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R. Cumanachós, 54 - Penha - (11) 2684-5035 / 2791-8477

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editorial

Tel.: (11) 2225-3435/Fax.: (11) 2225-3396 [email protected]

Para anunciar

Envie suas críticas e sugestões para o e-mail: [email protected] pelo fax (11) 2225-3396

Espaço do Leitor

Diretor: Nilo Targino da Silva - Projeto gráfico: Alvo Certo Publicidade Ltda - Edição de arte e diagramação: Yone Shinzato - Produção: Izilda Delza de Godoi - Gerência comercial: Alzira A. Feitosa - Colaboradores: Agência Contatto Ass. Imp. / Approach Ass.Com. / Hayai Ass. Imp. Com. / In Ass.Imp. Com./ Index Assessoria / Magda Pedroso / Prestige Ass. Com. e Mkt. / XPress Com. Jornalista responsável e redação: Douglas Martins MTB - 57.627- Distribuição: Tatuapé, Vila Carrão, Vila Formosa, Vila Matilde, Jd. Aricanduva, Penha, Parque do Carmo, Jd. Têxtil e Vila Sta. Isabel. Impressão: Neoband Soluções Gráficas - Tiragem desta edição: 15.000 exemplares.A Revista Alvo Leste não se responsabiliza por eventuais mudanças na programação fornecida, bem como pelas opiniões emitidas nesta edição e o conteúdo dos anúncios publicados, que são de total responsabilidade dos anunciantes.

Caiu do céuRecentemente, acompanhamos notícias de que frag-

mentos de satélites atingiriam a Terra. As chances de eles acertarem uma pessoa são quase remotas, mes-mo assim, o fato chama a atenção, pois, se pararmos para refletir, percebemos que até no espaço há “lixo”, resultado da ação do homem. Para falar deste assunto, preparamos uma matéria com um especialista da área com as explicações destas quedas.

Nossa edição de novembro traz também uma en-trevista bem descontraída com a bela atriz Adriana Al-ves. Ela nos conta como foi seu início de carreira, os desfiles em escolas de samba e os novos trabalhos. A musa revela que já visitou alguns de nossos bairros e conhece um pouquinho da zona leste.

A Educação é destaque neste mês. A importância de estimular um educador para que ele possa transmi-tir, com eficácia, o conhecimento adquirido; os cuida-dos na hora de escolher a creche de seu filho; e como incluir crianças, com algum tipo de deficiência, no am-biente escolar.

Em Cidadania, abordaremos um assunto que é ato de amor e sonho de muitas famílias: Adoção. Conheça as novas regras e as etapas, sem burocracia, até a con-cretização deste processo.

Para descontrair, um passeio pela bela Visconde de Mauá, um lugar encantador na divisa do Rio de Janeiro com Minas Gerais. Vale a pena conhecer e aproveitar os feriados de novembro. Tudo isso e muito mais você confere aqui!

Tenha uma ótima leitura!Equipe Alvo Leste

10 FITNESSAlongamento dinâmico

12 MODA PRAIABiquínis, maiôs e acessórios

14 TURISMOVisconde de Mauá

16 RECEITA FÁCILGuisado de carne com batatinhasMousse de banana com caramelo

18 ENTREVISTAAdriana Alves

22 EDUCAÇÃOInclusão na escolaDe olho na crecheEstímulo ao educador

28 CIDADANIARegras para adoção

08 BELEZALaser em pele negra

32 MEIO AMBIENTELixo espacial

índice

34 SAÚDECélulas-tronco na ortopedia

PSICOLOGIA06Workaholic: trabalho em excesso

Desafio Cultural 2012

Séries participantes: Maternal, Jardim e Pré-Escola, Ensino Fundamental (1º, 2º e 6º anos), Ensino Médio (1ª série)

Preparar-se para os desafios faz parte da vida. Escolher um bom colégio é parte dessa preparação. As escolas do Grupo Educacional Drummond possuem estruturas modernas e profissionais experientes,

que preparam seu filho para os desafios de sua vida social, universitária e profissional. Para comprovar isto, convidamos você e seus filhos a participarem do Desafio Cultural do Colégio Drummond, Escola João XXIII

e Colégio Alvorada no próximo dia 4 de dezembro, às 9 horas.

Tatuapé | Rua Prof. Pedreira de Freitas, 401/415 Telefone: 2942-1488.Ponte Rasa | Avenida São Miguel, 4335 Telefone: 2214-6644.

Vila Formosa | Praça Nossa Senhora das Vitórias, 92 Telefone: 2076-4600.Penha | Avenida Penha de França, 35 Telefone: 2227-8400.

Enquanto você conhece a nossa escola,

nós reconhecemos o valor do seu filho.

Bolsas de

estudo

Data04/12/11 às 9:00h

Inscrições gratuitaswww.desafiocultural.com.br

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6PSICOLOGIA

WORKAHOLIC:quando o

trabalho se transforma em

obsessão

Eles não relaxam e se preo-cupam, constantemente, com as atividades organizacionais; não enxergam com clareza o limite entre realização e o caminho da autodestruição.

Estamos falando dos workaho-lics, profissionais que trabalham em demasia e formam um grupo que, atualmente, está em franco crescimento.

O workaholic faz de seu empre-go o sentido de sua vida, centra-liza toda sua energia no trabalho, sacrificam o lazer e as relações pessoais.

A maior consequência em ser um workaholic é a deterioração da qualidade de vida e também daqueles que o cercam, além do medo de fracassar.

Alguns dos fatores que podem estar ligados ao fato de não se per-mitir parar de trabalhar são: o au-mento da concorrência e, conse-quentemente, da competitividade e da pressão profissional, assim como a busca de poder e status, a obsessão pelo dinheiro, a neces-sidade pessoal de provar algo a alguém ou a si mesmo, a vaidade e a fuga dos problemas íntimos ou familiares.

Para identificar o workaholic, é importante observar seu afasta-

mento de parentes e amigos, se conversa apenas sobre deveres empresariais, se, com frequência, leva tarefas para casa, agenda reu-niões durante o almoço, não des-gruda do notebook, mesmo no final de semana ou durante as férias.

É importante reconhecer que essas pessoas precisam de aju-da profissional, pois elas sofrem por não terem momentos para se divertir ou descansar. As pressões do dia a dia e a autocobrança exa-gerada fazem com que diversos danos sejam causados à saúde desses profissionais. Os princi-pais sintomas apresentados são: estresse, isolamento, hipertensão, infarto, depressão, fadiga, insônia, gastrite, ansiedade excessiva e im-potência sexual.

Artigo: Talita Cristina da Silva Oliveira - psicólogawww.clinicaequillybryo.com.br

Infantil

Fundamental I

MédioAs crianças vivenciam

experiências que estimulam sua c r i a t i v i d a d e , a u t o n o m i a , coordenação motora e raciocínio lógico, para seu desenvolvimento de forma segura e harmoniosa em um ambiente alegre e desafiador.

Com o Sistema de Ensino Poliedro, os professores estimulam o aluno a descobrir suas habilidades, através do pensamento reflexivo, a adquirir competências para prosseguir os estudos no Ensino Superior e a ingressar no mercado de trabalho com autoconfiança.

Matrículas Abertas 2012

A aprendizagem, trabalhada de forma lúdica, auxilia os alunos a alcançarem o domínio da leitura, da escrita e do cálculo, compreendendo o ambiente natural, a tecnologia e os valores da sociedade.

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O aluno é considerado o centro do processo de aprendizagem, permitindo que a construção do conhecimento aconteça de forma natural, na qual adquirem conceitos que nortearão suas escolhas pessoais e profissionais.

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8BELEZA

O usO dO equipamentO cOrretO e a escOlha de um bOm prOfissiOnal trazem eficácia e se-gurança aOs tratamentOs em peles escuras

Conquistar uma pele de diva, semelhante à exibi-da pelos ícones da beleza negra como Naomi Camp-bell, Tyra Banks, Beyoncé Knowles, Taís Araújo, entre outras, pode estar mais perto do que se imagina. Hoje, a tecnologia laser avançou e já possui equipamentos que atendem com eficácia e segurança as necessida-des das peles morenas e negras. De acordo com o Dr. Fernando Macedo, dermatologista colaborador da Uni-dade de Cosmiatria, Cirurgia e Oncologia (UNICCO) da Escola Paulista de Medicina - UNIFESP, o maior cuidado ao se tratar destes fototipos com laser é o de evitar as queimaduras, que podem deixar manchas ou até cicatrizes. Por isso, são tipos de pele que necessi-tam de aparelhos específicos para controlar a emissão de luz, aliados à escolha de um bom profissional. “Os novos equipamentos trazem mais tranquilidade e efi-

cácia para os pacientes de pele negra ou morena que desejam tratar rugas, flacidez, estrias e também realizar depilação”, comenta o especialista.

Na entrevista a seguir, o dermatologista apresenta mais detalhes sobre os tratamentos que podem ser realizados, as contraindicações, os equipamentos recomendados e outros cuidados que devem ser to-mados para a realização de procedimentos em peles morenas e negras. Confira!

Por que o tratamento da pele negra com tecnolo-gia laser é mais difícil?

F.M. - Porque a luz do laser tem como um dos alvos o pigmento melanina, que dá cor à pele e ao pelo. Como esses pacientes têm grande quantidade de melanina, há risco de absorver muito a luz do la-ser e queimar a pele.

Quais os problemas mais comuns causados pelo uso do laser incorreto ou de forma inadequa-da na pele negra?

F.M. - O maior problema são as queimaduras, que podem deixar manchas na pele ou até cicatrizes. Evi-tamos esse problema com o uso de aparelhos espe-cíficos, que selecionam comprimentos de onda da luz mais apropriados para estes fototipos e por meio do treinamento do profissional qualificado para executar o procedimento.

As peles negras já podem contar com tratamen-tos a laser eficazes e seguros para quais tipos de uso (depilação, eliminação de rugas, flacidez)? Quais? O que mudou na tecnologia?

F.M. - Sim, no caso da depilação, existem aparelhos com tecnologias que privilegiam a maior penetração da luz, sem que haja grande absorção na superfície da pele, onde está a barreira de pigmento melanina. Desta forma, queima-se a raíz do pelo sem queimar a superfície cutânea. Para os tratamentos de flacidez, a pele negra geralmente não é um problema, já que a ação do laser ocorre nas camadas mais profundas da derme. Entretanto, para o tratamento das rugas, ainda existem muitas restrições para a pele negra. Algumas tecnologias devem ser evitadas, como, por exemplo, a luz intensa pulsada e os lasers ablativos de gás carbô-nico (CO

2). Outras tecnologias podem ser usadas com

cautela, como os lasers fracionados não ablativos. Para esse fototipo, qual o tipo de laser indicado e

quais são os cuidados?F.M. - Indico o laser mais seguro e, ao mesmo tempo,

eficiente. É o laser de Nd Yag 1064nm de pulso longo, presente em alguns equipamentos no Brasil, como é o caso das ponteiras Coolglide e Genesis da Cutera, im-portado pela empresa Medsystems. Este equipamento é muito seguro, mas mesmo assim depende de um treinamento adequado do profissional, pois também pode queimar a pele. Os cuidados principais para a

O uso de laser em peles morenas e negras

sessão de laser são: evitar o sol antes da aplicação (não vir bronzeado para o tratamento) e não se expor ao sol pelo menos por 15 dias após a sessão.

Quais são os tratamentos ainda contraindicados para peles negras?

F.M. - São, principalmente, os tratamentos para reju-venescimento facial, rugas e cicatrizes com os lasers mais agressivos, chamados de ablativos. Além disso, alguns “peelings” químicos mais intensos também de-vem ser evitados.

O tradicional queloide, que afeta a pele negra, pode ser tratado com laser? De que forma?

F.M. - O laser pode ser usado como uma ferramenta adicional no tratamento do queloide, mas não é a pri-meira escolha. O tratamento é difícil e exige, geralmen-te, uma condição de técnicas que podem incluir o laser.

Quais os cuidados na hora de se iniciar o trata-mento a laser? Existem procedimentos especiais re-comendados para a pele negra no pós-tratamento?

F.M. - Para a grande maioria dos métodos a laser os principais cuidados são o de não tomar sol ou bron-zear-se antes do procedimento. Pode ser realizado um preparo prévio com cremes clareadores e, durante o tra-tamento, podem ser usadas técnicas para resfriamento da pele a fim de diminuir o risco de queimaduras. No pós-laser, existem cuidados com cremes ou loções cal-mantes, indicadas para todos os fototipos, inclusive o negro. Os pacientes com pele morena ou negra são sempre orientados a retornar ou telefonar caso haja al-gum efeito inesperado.

Foto: Divulgação

Fonte: Dr. Fernando MacedoDermatologista

10FITNESS

Alongamento dinâmico: mais eficiência

na hora do treino

cOnsiderada pOr muitOs educadO-res físicOs mais eficiente que O alOnga-mentO estáticO, a mOdalidade cOnsiste em mOvimentOs que, gradativamente, ampliam a mObilidade articular.

Os alongamentos são movi-mentos voltados para o aumen-to da flexibilidade muscular, que contribuem com o aquecimento antes do treino e relaxamento posterior, por isso devem ser pra-ticados antes e após a prática da atividade física. São exercícios que promovem o estiramento das fibras musculares, permitindo que elas aumentem seu comprimento, além de auxiliar o corpo a realizar a transição diária da inatividade para uma ação mais forte, sem correr o risco de tensões e lesões indevidas. Eles são importantes, principalmente, para quem pratica atividades físicas mais desgastan-tes, como uma corrida.

Diferente do alongamento co-mum, chamado de estático, no qual o corpo fica parado, o alon-gamento dinâmico envolve a movi-mentação de partes do corpo que, gradualmente, aumentam sua am-plitude e velocidade. Normalmen-te, são exercícios caracterizados por movimentos pendulares e re-petitivos. Muitos profissionais acre-ditam que este tipo de exercício pode ser mais eficaz se realizado antes do treino.

Para esclarecer algumas dú-vidas sobre o assunto, entrevis-tamos o personal trainer Carlos Klein, da equipe Movimente-se. Confira:

O que é o alongamento dinâ-mico e qual a sua importância?

C.K. - O alongamento dinâmico é uma forma de exercício que tra-balha a flexibilidade de forma mais eficiente, pois explora a capacida-de de ativamente levar cada arti-culação ao seu ponto de máxima amplitude, por meio da utilização de todos os músculos envolvidos naquele movimento. Ele consiste

Foto: Divulgação

em deslocações lentas que, gradativamente, vão am-pliando a mobilidade articular.

Quais exercícios são feitos neste tipo de alon-gamento?

C.K. - Existem muitos exercícios que podem ser uti-lizados na forma de alongamento dinâmico como, por exemplo, elevação de joelho, flexão de quadril e aga-chamentos. Os movimentos utilizados são naturais e se assemelham às posições da Ioga e Pilates. O im-portante é trabalhar o corpo todo em diversos planos de movimento, aumentando a capacidade funcional de todas as articulações.

Quantas repetições de cada exercício são ne-cessárias e por quanto tempo?

C.K. - O ideal é repetir cada movimento por seis ve-zes, segurando a posição de amplitude máxima (aque-la que causa mais desconforto), por aproximadamente dois segundos.

O alongamento dinâmico deve ser realizado antes e depois do treino? Por quê?

C.K. - O alongamento dinâmico deve ser realizado, principalmente, antes do treino, pois é uma excelente maneira de deixar o corpo todo preparado para a tare-fa a seguir. Este tipo de alongamento proporciona um aquecimento dos músculos e do tecido conjuntivo, que envolve as articulações, diminui o risco de lesões e me-lhora o desempenho nos treinos.

Qual a diferença desse alongamento para o tradicional?

C.K. - A principal diferença é o movimento. O alon-gamento tradicional, mais conhecido como estático, consiste em segurar uma posição de forma passiva, a fim de aumentar a amplitude da articulação. Esse siste-ma é menos eficiente do que o alongamento dinâmico, pois não conta com o princípio da inibição recíproca, no qual, ao contrair um músculo para realizar o movimento, o sistema nervoso automaticamente relaxa seu agonis-ta, permitindo um ganho de amplitude. Esse conceito é a base do alongamento dinâmico.

Quais os principais músculos/partes do cor-po envolvidos no alongamento dinâmico?

C.K. - No alongamento dinâmico, todas as partes do corpo são trabalhadas.

Que benefícios ele proporciona para quem pratica algum esporte, como natação, vôlei, en-tre outros?

C.K. - O benefício mais evidente é uma maior pro-teção contra lesões. Outros benefícios, como maior concentração no treino, maior rendimento e eficiência motora também devem ser notados.

Fonte: Carlos KleinPersonal Trainerwww.movimente-se.com

12MODA PRAIA

vai aO litOral? antes, cOnfira as nOvidades de mOda praia e se prepare para chegar cOm um visual cheiO de estilO nOs biquínis, maiôs, saídas de praia e acessóriOs

Com a temporada de verão mais próxima, as cole-ções de Moda Praia trazem diversas opções com estilo e conforto, proporcionando às mulheres interessadas em inovar no visual, seja na piscina ou à beira-mar, dife-rentes modelos, cores e estampas.

Para não errar na hora da produção, a apresentadora do Programa Fashion Stamp, Thais Lee, dá as dicas de como garantir um “look” refinado e confortável, de acordo com as tendências deste verão. Segundo ela, as estampas de animal print, tropicalismo e floral vão estar em alta este ano. Outro estilo que já apareceu em algumas coleções passa-das e vai continuar forte na Moda Praia é o “retrô”. No quesito cores, os indicados são os azuis, pinks, pretos, brancos, ama-relos, laranjas, marrons e dourados.

Dentre os principais lançamentos, os destaques ficam por conta das estampas geométricas e ópticas, que causam um efeito visual. Entre os acessórios mais desejados estão as pulseiras de metal e resina. “O bacana é misturá-las, formando uma palheta de cores. Prefira os modelos maiores e mais grossos, eles têm tudo a ver com praia”, explica a especialista. Ou-tro acessório que vai estar em alta é o len-ço estampado usado na cabeça.

Escolha o seuBiquínis: o modelo tomara que caia volta muito forte,

os tops drapeados e alças cruzadas também. O dra-peado valoriza o busto, dá a impressão de volume. As hot pants aparecem nas versões de cintura alta e mais democráticast, com modelagens menores. A hot pant é uma boa pedida para quem está acima do peso, pois disfarça as gordurinhas.

Maiôs: eles aparecem com recortes vazados nas la-terais, decotes ousados, com um ombro só, grafismos e

estampas abstratas. Os bojos arredonda-dos, as alças diferenciadas, os babados e os decotes profundos são as modela-gens mais pedidas para o verão 2012.

Saídas de praia: aparecem em te-cidos fluidos e com muita transparên-cia. Os vestidos mais soltinhos e as túnicas vão marcar presença. A renda e as listras também ganham destaque. Outra tendência é o grafismo em cores vivas, vem dos anos 70 para tomar con-ta desta estação. A cartela de cores é marcada por tons vibrantes, o principal deles é o laranja.Fonte:Thais Lee - designer e apresentadora do Programa Fashion Stampwww.fashionstamp.com.brBlue BeachTel.: (11)2281-0011

Divulgação: Blue Beach

14TURISMO

Visconde Mauá: a MAGIA SERRANA,

mais próxima do que se imagina

Foto: Divulgação

regiãO é cOnhecida pOr suas belezas natu-rais, tranquilidade e gastrOnOmia ímpares

Local aconchegante, tranquilo, acolhedor e de at-mosfera bucólica, cercado por uma enorme área

verde, no alto da Serra da Mantiqueira, na divisa com o parque Nacional de Itatiaia, com cachoeiras, rios e piscinas naturais de águas cristalinas.

Parece a descrição do “paraíso”, mas trata-se de Vis-conde de Mauá, região formada por um complexo de Vilas – Mauá, Maromba e Maringá – localizado na divi-sa entre os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro e com população em torno de seis mil habitantes.

Visconde de Mauá é uma ótima opção de lazer em todas as épocas do ano, agradando todos os perfis de turistas, desde os mais aventureiros até os que dese-jam apenas descansar e admirar as belezas naturais locais. Durante o verão, pode-se desfrutar do rapel, boia cross, trilhas radicais motorizadas, mergulhos em rios e banhos de cachoeira.

Já no inverno, com a queda das temperaturas e o clima intimista, a região ganha um charme à parte, con-vidando o turista a fazer caminhadas, cavalgadas, voos livres e passeios ecológicos pelas trilhas esculpidas nas serras e encostas.

O descanso e a tranquilidade são garantidos, já que o local apresenta uma ótima infraestrutura hoteleira para atender à demanda de turistas, independente da época do ano, conta com pousadas para todos os bolsos e gostos.

Pousada Vilarejo AcauãPara desfrutar ainda mais o clima e a natureza ca-

racterísticos da região, o Vilarejo Acauã apresenta con-cepção paisagística e arquitetônica harmonizada com a área de mais de 55 mil m2, valorizando a piscina na-tural formada pelo Rio Preto, que margeia a região. A área de convivência conta com saunas, ofurô, piscina, sala de jogos, adega, cinema e videokê, lounge, sala de massagens e academia.

Ótima para casais que buscam conforto e privaci-dade, a pousada oferece ainda oito chalés bem equi-pados com frigobar, cama king size, TV LCD, lareira, entre outros mimos.

Gastronomia A culinária local possui grande influência mineira e

pode ser constatada pela grande quantidade de restau-rantes que oferecem comida caseira, massas, pizzas, fondue, pizzas e refeições rápidas. Muitos estabeleci-mentos privilegiam produtos locais como o pinhão e a truta, acompanhados e aromatizados com ervas e ver-

duras da região. Algumas opções são o restaurante Pronobis, loca-lizado na Vila de Mauá, que tem como prato principal o frango no milharal Ora-Pro-Nobis, e a Canti-na D'Corleone, na Vila de Maringá, que oferece cardápio enfocado na culinária italiana e as trutas, prato típico da região.

PasseiosA região apresenta uma grande

variedade de opções de passeios, entre eles a Vila Visconde de Mauá, que concentra os serviços úteis à população, Centro Cultural, palco de exposições de artistas lo-cais e eventos.

A Vila de Maringá é a divisa entre Rio e Minas. O lado carioca tem lojas de artesanato, cafés e restaurantes. Já a parte mineira é conhecida por seu forte viés gas-tronômico, concentrando ótimos restaurantes.

Já na Vila da Maromba, conside-rada o point dos jovens, é famosa por ser localizada próximo às ca-choeiras como a Escorrega, Poção, Macacos e Véu de Noiva.

Para os amantes das trilhas, prá-tica de rapel, atividades aquáticas e esportes radicais, vale também fazer uma visita ao Vale da Santa Clara, Vale das Cruzes e Vale do Alcantilado.

pOusada vilarejO acauã:tel.: (24) 3387-1182www.vilarejOacaua.cOm.br cantina italiana d’cOrleOne:tel.: (24) 3387-1034www.dcOrleOne.cOm.br

prOnObis restaurante

tel.: (24) 3387-2322e-mail: [email protected]

t&t adventures passeiOs turís-ticOs

tel.: (24) 3387-1080 / 9979-6354e-mail: [email protected]

Fotos: Arquivo

RECEITA FÁCIL16

Fonte: Campbell’s Kitchen

Ingredientes:500g de carne moída1 cebola média picada (cerca de ½ xícara)1 lata de Creme de Champignon1 colher de sopa de ketchup 1 colher de sopa de molho inglês3 xícaras de batatas fritas congeladas em pedaços

Modo de Preparo:Refogue a carne moída e a cebola em uma

frigideira em fogo médio-alto até dourar, me-xendo de vez em quando para separar bem a carne.

Acrescente a sopa, o ketchup e o molho inglês à frigideira. Espalhe a mistura em um refratário raso. Espalhe as batatas ao redor da carne nas laterais do refratário.

Asse a 250°C por 25 minutos ou até que as batatas fiquem douradas.

Tempo de Preparo: 10 minutosRendimento: 5 porções

Ingredientes:8 bananas nanicas maduras picadas2 colheres (sopa) de suco de limão200g de cobertura de Caramelo Senni-nha Cepêra1 lata de creme de leite gelado1 sachê de gelatina incolor sem sabor (12g)½ xícara (chá) de água1 colher (sopa) de óleo de girassol200g de cobertura caramelo Senninha Cepêra

Modo de Preparo:Bata no liquidificador as bananas, o li-

mão, 200g de cobertura caramelo Sen-ninha Cepêra e o creme de leite, hidrate a gelatina com o liquidificador ainda em movimento, adicione a gelatina hidratada e derretida. Leve para gelar em forma un-tada com óleo e molhada. Desenforme frio e cubra com o outro frasco de cobertura de caramelo.

Rendimento: 6 porçõesCapacidade da forma: 1000ml

Fonte: Cepêra Alimentos

MOUSSE DE BANANAS COM CARAMELO

GUISADO DE CARNE COM BATATINHAS

18ENTREVISTA

Adriana Alves:um multitalentoda Terra da Garoa

Ela já foi manequim vivo, dançarina, modelo, madri-nha de bateria e apresentadora. No campo das artes cênicas, está no teatro, cinema e televisão. Esta é a atriz Adriana Alves, uma paulistana que traz consigo muito talento, simpatia e uma beleza encantadora.

Adriana iniciou sua carreira aos 17 anos de idade. Aos 19, após assistir a uma aula de teatro, resolveu se tornar atriz. De lá para cá, colecionou personagens. Em 2002, atuou no seriado “Turma do Gueto”, da Rede Record, depois, em “Celebridade”, “Como uma Onda” e “Duas Caras”, da Rede Globo, também participou dos filmes: “Besouro”, “O último voo do flamingo” e “As doze estrelas”, além de diversas peças de teatro e apresen-tações de programas de TV.

Em entrevista à Alvo Leste, Adriana conta como foi o início de sua trajetória profissional, suas atividades longe das câmeras morando no centro de São Paulo com o marido francês, o chef Olivier Anquier. A atriz fala também sobre seu carinho pela cidade e revela que conhece um pouco da nossa região. Confira!

Alvo Leste - Como foi sua infância e adoles-cência?

A.A. - A minha infância foi muito saudável e diverti-da. Meus pais permitiam a nós (eu e meus irmãos) as brincadeiras mais divertidas e interativas com outros amigos. Nunca sonhei em ser atriz ou modelo, sonhava em ser cantora, mas não deu (risos).

Alvo Leste – Você passou por muitos testes no início da carreira para ingressar na TV?

A.A. - Não tinha muitos testes a fazer. Lembro-me quando fiz meu primeiro teste para a "Turma do Gueto", fiquei muito triste porque achei que não tinha sido bom, no entanto, ao contrário do que pensava, os diretores adoraram, passei e fiz a personagem Pamela.

Foto

: Max

imo

Jr.

Alvo Leste - Nos últimos tem-pos você deixou de atuar em novelas e se dedicou ao cinema. Você tem interesse em focar-se neste tipo de arte?

A.A. - Eu fiquei um pouco fora da TV para fazer cinema, não porque eu não quisesse, mas porque não havia personagens para mim em novelas. Hoje estou voltando para a TV e espero poder mesclar sempre a minha carreira.

Alvo Leste - Como foi a experi-ência de gravar em Moçambique em “O último voo do flamingo”?

A.A. - Gravar em Moçambique me fez crescer muito não apenas como atriz, mas também como ser huma-no. As pessoas de lá são incríveis, sensíveis e de muita personalida-de. O filme foi a realização de um sonho que era conhecer um pouco do continente africano e me habituar aos costumes locais. Eu adorei, foi uma experiência maravilhosa, tenho ótimos amigos em Moçambique e espero voltar sempre.

Alvo Leste - Como foi a repercus-são do filme “As doze estrelas”?

A.A. - O filme "As doze estrelas" ficou pouco tempo no cinema. A re-percussão foi tranquila e tivemos al-gumas críticas. Tudo isso faz parte.

Alvo Leste - Você já teve a opor-tunidade de apresentar alguns programas de TV. É uma ativida-de que tem interesse em repetir?

A.A. - Eu adoro apresentar, prin-cipalmente quando o assunto é descontraído. Nunca tive dificulda-des e repetiria quantas vezes fosse necessário.

Alvo Leste - Apesar de tantos trabalhos, você consegue reser-var um tempo para malhação e cuidados com a beleza?

A.A. - Eu acho que a malhação é um dever, nunca podemos deixar de malhar. Eu só vou à academia. Lá eu nado, corro, faço meus exercícios lo-cais e sempre encontro amigos... É muito bom.

Foto: Maximo Jr.

Alvo Leste - Além dessas, quais outras ativida-des você pratica para manter o corpo em forma?

A.A. - Eu também faço drenagem e massagem modeladora na clínica Raquel Rossetti, duas vezes por semana.

Alvo Leste – Agora vamos falar um pouco de samba... O que ele representa na sua vida?

A.A. - O samba faz parte da nossa cultura, signi-fica encontro de amigos, alegria, diversão e muita descontração.

Alvo Leste - Como e onde foi seu primeiro desfile no Carnaval paulista?

A.A. - Eu desfilei pela primeira vez, em 1999, na Es-cola Leandro de Itaquera, em São Paulo, foi muito en-graçado, pois subi em um carro alegórico com o rosto pintado de branco.

Alvo Leste - Você deixou mesmo de ser rai-nha de bateria? Por quê?

A.A. - Tudo tem a sua época, adoro o Carnaval, mas depois de um tempo percebi que as madrinhas de ba-terias viravam escravas de uma função que no fundo não tinha reconhecimento nenhum, só cobranças e até algumas desilusões. Deixei de desfilar para fazer o que tem de melhor no samba: curtir a grande festa como espectadora. É muito bom!

Alvo Leste - Assim como seu marido, você também faz sucesso na cozinha?

A.A. - Entre nossos amigos, com jantares em nossa casa.

Alvo Leste - O que acha da cidade e o que mais gosta de fazer em São Paulo quando tem um tempo livre?

A.A. - Adoro São Paulo. Sempre morei na cidade, pois sou paulistana. Moro no centro, adoro curtir a arqui-tetura e ver a paisagem. Saber que a revitalização no centro está em alta me deixa muito orgulhosa. Sempre que posso, caminho, ando de metrô, aprecio o Vale do Anhangabaú e o nosso Teatro Municipal, verdadeiras obras de arte.

Alvo Leste - O que você conhece da zona leste?A.A. - Conheço pouco, mas acho que há bairros que

têm crescido muito, como o Tatuapé e Anália Franco. Eles conseguem fazer uma mistura deliciosa de pes-soas, também conheço a Vila Matilde, por causa da "Nenê de Vila Matilde".

Alvo Leste - Quais trabalhos o público pode esperar de você para os próximos meses?

A.A. - Eu vou fazer uma novela no SBT, que se cha-ma "Carrossel". A personagem é a Paula, mãe do Cirilo.

Alvo Leste - Quais seus planos para o futuro?A.A. - Fazer, novela, teatro, cinema, apresentar pro-

gramas e viajar.

Foto

: Max

imo

Jr.

Ensaio fotográfico: Maximo Jr.Produção : Daniela AvesaniMaquiagem: Anderson LongoCabelo: Salão Studio E - Tel.: 11- 3683-2820

22EDUCAÇÃO

Inclusão: aprendendo a respeitar as diferenças

“aqueles que julgam que existem crianças especiais se esquecem de que tOdOs sOmOs únicOs”

Inclusão é um termo cada vez mais usado na atu-alidade, porém muito pouco praticado.

Mas o que seria incluir? Incluir é fazer parte, absorver, agregar. Mas o que

vemos na realidade é que a teoria, na prática, é exata-mente o contrário.

A par de vários segmentos o qual se fala da inclu-são, o caso mais delicado é o da educação; desde Salamanca (cidade espanhola), em 1996, fala-se na obrigatoriedade da inclusão de crianças portadoras de alguma necessidade especial no ensino regular.

Como? Por quê? Sabemos que o ganho de uma criança com necessidades especiais no convívio com outras crianças do ensino regular é muito positivo. Aju-da no desenvolvimento e crescimento dessas crian-ças, portadoras de algum tipo de síndrome. Porém a inclusão não pode ser feita nos moldes da lei, sem critérios, sem conhecimento da dinâmica de uma sala de aula, sem estudos prévios da viabilidade. A inclusão é coisa séria tanto para quem faz como para quem será incluído.

Escolas Especiais são necessárias e de grande va-lia às crianças portadoras de necessidades especiais, justamente as que têm comorbidades e, por isso, são muito comprometidas.

Mas as escolas do ensino regular podem também colaborar com as crianças que possuem alguma sín-drome, mas são perfeitamente educáveis. São os ca-sos de crianças portadoras da síndrome de Down, Williams, X Frágil, algumas crianças com Paralisia Ce-rebral leve, Asperguer, Autismo leve, e outras. Estas crianças, em classes adequadas às suas necessida-des, mas convivendo em algum momento do período escolar com outras crianças que não tem nenhuma questão neurológica, ganham muito com a inclusão. Não só elas, como também as crianças do ensino re-gular, que aprendem com as crianças a importância da solidariedade, do respeito às dificuldades, a determina-ção frente aos obstáculos que precisam ser vencidos, a derrubada do tabu de que essas crianças não são capazes de aprender, de se alfabetizar, adquirir auto-nomia, lutar no seu dia a dia para crescer e provar que têm os mesmos direitos, mas que também possuem deveres e sabem cumprir regras e viver em sociedade como qualquer cidadão comum.

Artigo: Professora Regina Luiza Terribili SantosPsicopedagoga Especialista em Distúrbios da Aprendizagem Fone (11) 9858-2707

R. L. T. S.

24

De olho na creche

EDUCAÇÃO

pais devem estar atentOs na hOra de escOlher a escOl a de ensinO infantil para O filhO. itens cOmO segurança, prO-pOsta pedagógica, higiene e qualificaçãO dOs funciOnáriOs fazem tOda a diferença

Em 20 de julho deste ano, um bebê de oito meses passou mal após ser amamentado em uma cre-

che da zona leste de São Paulo. Os responsáveis cha-maram o socorro, mas não houve tempo de reanimar a criança. Uma fatalidade como esta exemplifica e alerta os pais para a importância de analisar bem o estabelecimen-to de ensino que ficará responsável pelo filho.

Além da segurança, a responsabilidade da instituição de ensino vai além. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a educação infantil, oferecida em creches para crianças de até três anos, deve ser respon-sável pelo desenvolvimento integral, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectuais e sociais.

Especialistas na área de educação afirmam que há vários critérios a serem considerados antes de deixar os filhos sob responsabilidade de terceiros. Na primeira visita à creche, o recomendado é verificar se o local é seguro, limpo, organizado, espaçoso e ventilado. Questionar os responsáveis pela instituição de ensino qual é o proce-dimento adotado em casos de emergência, se há uma equipe médica de prontidão, caso necessário, ou se o quadro de funcionários é suficiente para a quantidade de meninos e meninas atendidos.

O número de crianças por professor deve possibilitar atenção, responsabilidade e interação com os pequenos e suas famílias. O Ministério da Educação recomenda a proporção de seis a oito crianças por professor (no caso de crianças de zero a um ano), 15 crianças por professor (no caso de crianças de dois a três anos) e 20 crianças

por professor (nos agrupamentos de crianças de quatro e cinco anos).

É importante levar em consideração o fato do aprendi-zado do filho e seu desenvolvimento em convívio social. A creche não é apenas um local de passatempo, por isso vale prestar atenção na proposta pedagógica da escola, nas atividades desenvolvidas e no grau de instrução dos profissionais que tomarão conta deles.

Apesar de muitos pais não terem condições de acom-panhar de perto os passos do filho na creche, seja devido ao trabalho ou outras atividades, é importante uma aproxi-mação junto às instituições para que possam fazer parte das decisões e propostas pedagógicas a que as crianças serão submetidas. Dessa forma, o atendimento prestado poderá ser melhor avaliado.

Verifique se:- A instituição tem autorização de funcionamento expe-

dida pela Secretaria Municipal de Educação;- Os móveis são proporcionais ao tamanho e à força

dos pequenos;- O banheiro dos adultos é separado do das crianças;- As refeições, além de balanceadas, também são sa-

borosas;- Existe muita rotatividade na equipe, o que pode afetar

emocionalmente as crianças; - A segurança em relação à entrega das crianças; - Os brinquedos ao ar livre estão bem conservados.

Fonte:Carmen Monari - Conselheira TutelarMinistério da Educação - http://portal.mec.gov.br

26EDUCAÇÃO

Ensino de qualidade só com educador motivado

a falta de estímulO prOfissiOnal para Os prOfessOres cOntribui para que O brasil Ocupe uma pOsiçãO atrasada nO ranking da unescO. desmOtivadOs, alguns educadO-res preferem abandOnar a carreira para se dedicarem a Outras prOfissões

“A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem”, já dizia Paulo Freire, educador

referência quando o assunto é a arte de lecionar. As sábias palavras ressaltam a importância da forma que o conhecimento é transmitido do professor ao aluno, entretanto é preciso estímulo para que este profissional possa exercer sua atividade satisfeito com as condi-

ções de trabalho apresentadas. A ausência desta mo-tivação, muitas vezes, acaba resultando na desistência da carreira de alguns profissionais, que migram para outros setores em busca de melhores oportunidades no mercado de trabalho.

Foi o caso de Gabriel Ponzetto. O ex-professor de Física dava aulas na rede pública de ensino em uma escola da zona norte da capital e, mesmo concursado, abandonou a carreira pela ausência de estímulo profis-sional. “Foi uma série de motivos que me levaram a dei-xar o cargo como professor, a carga horária mínima me obrigava a lecionar para dez salas de níveis diferentes, um total de quase 400 alunos, assim era difícil fazer um trabalho especificamente voltado às determinadas salas”, explica Ponzetto. “Outro ponto foi a baixa remu-neração e suporte para material didático”.

Os problemas motivacionais dos educadores po-dem refletir no aprendizado dos alunos, gerando uma “bola de neve”. Em um de seus artigos, a supervisora de ensino Izabel Sadalla Grispino afirma que: “o Brasil precisa de muito esforço para atingir um nível educa-cional que possa inseri-lo no plano da competitividade internacional. Possui déficits educacionais cumulativos de décadas, comprometendo a trajetória de estudantes que, muitas vezes, deixam a escola, tiram seus diplo-mas, tidos como semialfabetizados, longe de possuir as competências e as habilidades requeridas pela épo-ca globalizada. Tem uma redação empobrecida, pouca capacidade de argumentação e sofrível domínio das normas cultas da língua. Esse aluno tem dificuldade de relacionar informações, de interpretar textos, de resolver seus problemas do dia a dia. As nações que acompa-nharam o avanço da educação, que perceberam no passado a sua importância, estão hoje num estágio pri-vilegiado de desenvolvimento”.

Para se ter uma ideia, o Relatório de Monitoramento Global 2011, realizado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unes-co), aponta que o Brasil está em 88º lugar no ranking de educação. No topo da lista estão o Japão, o Reino Unido e a Noruega. O Chile, o Uruguai e a Argentina são os latino-americanos melhores colocados.

Investimento na carreiraSegundo a Secretaria Estadual da Educação, para

tornar a carreira de educador como uma das mais de-sejadas pelos jovens que querem ingressar no merca-do de trabalho, é preciso investir e algumas medidas já foram tomadas, tais como aumento de salário de 42,2%, plano de carreira para estimular os docentes à constante promoção salarial por meio da formação con-tinuada e também da valorização pelo mérito, além da ampliação no quadro de servidores.

Já em âmbito federal, o Ministério da Educação (MEC) informou que investe na qualificação dos do-centes em nível superior por meio do Plano Nacional de Formação de Professores (Parfor). A intenção é bene-ficiar 332 mil educadores em exercício na rede pública de ensino. Os institutos federais de educação, ciência e tecnologia se voltam para a formação de docentes da educação básica. Cada um deve reservar 20% das vagas a cursos de licenciatura em matemática, física, química e biologia, para ajudar a suprir a demanda por professores dessas disciplinas.

Fontes:Gabriel Ponzetto, ex-professor de FísicaArtigo supervisora pedagógica Izabel Sadalla Grispino - www.izabelsadallagrispino.com.brUnesco - www.unesco.orgSecretaria do Estado da Educação - www.educacao.sp.gov.brMinistério da Educação - www.mec.gov.br

FAMÍLIA DO CORAÇÃO

adOtar uma criança parece tarefa difícil e burOcrá-tica, pOrém a nOva lei de adOçãO, em vigOr há dOis anOs, agiliza este prOcedimentO para facilitar O en-cOntrO dOs pais cOm O nOvO filhO

No Brasil existem mais de 30 mil crianças e ado-lescentes que vivem em abrigos ou estabele-

cimentos mantidos por ONGs ou outras instituições. Destas, pouco mais de 4.600 estão disponíveis para adoção. Os números fazem parte do banco de dados do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), do Conse-lho Nacional de Justiça (CNJ). A quantidade de inte-ressados em adotar, por sua vez, é maior. São mais de 27 mil inscritos.

Embora os números de candidatos a pais sejam maiores do que o número de crianças inscritas, o pro-cesso de adoção tem suas etapas a serem cumpri-das e regras importantes para o bem de ambas as

partes, fatores estes que, em determinados casos, po-dem provocar demora. Com objetivo de otimizar o pro-cedimento, em 2009, houve alteração na Lei Nacional de Adoção e, um ano antes, a criação do Cadastro Nacional de Adoção, ferramenta que possibilita inte-gração nas informações sobre as crianças instaladas em abrigos de todo o País.

Um dos motivos que dificulta o procedimento é o perfil das crianças disponíveis, muitas vezes, diferente do desejado pelos pretendentes. Segundo Roberto de Paula Beda, presidente do Grupo de Apoio à Adoção de São Paulo (GAASP), grande parte das famílias que busca adotar o faz por não ter conseguido gerar os pró-prios filhos. Nesse contexto, eles desejam que a ado-ção seja o mais parecido possível com a geração de um filho. “A maior parte das crianças disponíveis para adoção tem mais de seis anos, fazem parte de grupos de irmãos, são pardas ou negras e parte delas possui necessidades especiais, diferente do perfil traçado pela

28CIDADANIA

maioria das famílias que querem adotar um único bebê, de preferência, parecido com os pretendentes e plena-mente saudável”, explica.

Outro aspecto que ocorre é a insegurança de ado-tar uma criança mais velha ou mais de uma criança ao mesmo tempo (grupo de irmãos) e não conseguir lidar com elas de forma satisfatória. De acordo com Roberto, o processo de adoção no Brasil é mais fácil e rápido do que muitos países desenvolvidos da Euro-pa. “A partir da mudança na legislação, principalmente pela obrigatoriedade da preparação dos pretendentes durante o processo de habilitação, melhorou a organi-zação e, com o Cadastro Nacional, facilitou adoções de crianças de outros estados”, afirma. “Mais famílias passaram a procurar os grupos de apoio à adoção para receberem essa preparação, o que tem contribu-ído para aumentar a idade média das crianças preten-didas e a diminuição nas devoluções”.

O alto número de crianças instaladas em abrigos e fora do banco de dados de adoção é devido ao traba-lho de assistência social que busca todos os recursos para localizar a família biológica de cada uma delas. O especialista explica que, antes de ser incluída no cadastro, é feito este trabalho e somente entram para adoção quando não há nenhuma condição de retorno à família original. “Grande parte das crianças institucio-nalizadas está nessa situação pela pobreza de seus pais que, sem condições de sustentá-las, as deixam em instituições de acolhimento. Nesses casos, o tra-balho a ser realizado é de ajudar essas famílias a se reerguerem, pois pobreza não deve ser motivo para se perder os filhos”, conclui.

MudançasEm agosto de 2009, a Lei de Adoção sofreu algu-

mas alterações. Confira as principais:- A legislação, alterada em 2009, passou a limitar

em dois anos o tempo máximo para permanência de crianças em abrigos;

- A prioridade é manter a criança em sua família de origem e, quando não for possível, mantê-la em famí-lia extensa, com parentes próximos. Casais brasileiros têm preferência sobre os estrangeiros;

- Com a nova Lei, os candidatos a pais deverão pas-sar obrigatoriamente por uma preparação psicosocial e jurídica, procedimento antes adotado por alguns juizes, mas não via de regra;

- A gestante que desejar entregar o filho para ado-ção deverá agora ter orientação de assistentes sociais e psicólogos;

- Somente em casos excepcionais, os casais não terão de passar pelo Cadastro Nacional de Adoção: quando foi pedida por parente com o qual a criança tenha afinidade ou quando pedido for de família que já detém tutela.

Eu adotEi

“meu nOme é regina beda, sOu casada cOm O rObertO de paula beda. temOs quatrO filhOs, dOis biOlógicOs e dOis adOtivOs. antes de nOs cOnhecermOs, cada um já tinha a vOntade de adOtar. quandO cOmeçamOs a namOrar, vimOs que era uma vOntade em cOmum, decidimOs que iríamOs ter nOssOs filhOs e depOis adOtar. tivemOs dOis filhOs biOló-gicOs, desde que nasceram, cOnversamOs bastante sObre adOçãO, pOis era um sOnhO nOssO e queríamOs que fOsse de tOdOs. quandO estavam cOm mais Ou menOs 12 e 13 anOs, re-sOlvemOs iniciar O prOcessO de adOçãO. nOssO perfil era de uma menina (pOis já tínhamOs dOis meninOs), cOm três anOs, pOderia ter um irmãO Ou irmã. depOis de dOis anOs, fOmOs chamadOs para um casal de irmãOs, sendO uma menina cOm quatrO anOs e um meninO cOm três. eles ficaram abrigadOs durante dOis anOs. quandO fOmOs visitá-lOs a primeira vez, também estávamOs ansiOsOs e insegurOs cOmO eles. dúvidas cOmO: vOu dar cOnta? será que vai dar certO? cOmO vai ser agOra? levamOs mais de uma visita para nOrmalizar Os nOs-sOs sentimentOs. e cada vez mais, tínhamOs a certeza de que eles eram Os nOssOs filhOs e queríamOs levá-lOs. quandO fOram para casa, O iníciO fOi cOmplicadO, pOis éramOs qua-trO e passamOs a ser seis. depOis de um tempO, tOdOs fOram se adaptandO a nOssa nOva rOtina. O aprendizadO é diáriO tantO nOssO, cOmO deles, Os medOs e inseguranças acOnte-cem dOs dOis ladOs, basta paciência e amOr”.

Fontes:Roberto de Paula Beda - presidente do Grupo de Apoio à Adoção de São Paulo (GAASP) - www.gaasp.org.brRegina Beda - GAASPConselho Nacional de Justiça - www.cnj.jus.br

adoção passo a passo

1. prOcure a vara da infância e da juventude dO fórum da regiãO Onde reside e sOlicite O iníciO dO prOcessO de adOçãO.2. participe dO prOcessO de habilitaçãO para adOçãO, que inclui: entrega de dOcumentOs, participaçãO em cursO de preparaçãO, entrevistas cOm a equipe técnica (assis-tente sOcial e psicólOgO), preenchimentO dO perfil da(s) criança(s) desejada(s).3. após habilitada, a família deve aguardar que uma assistente sOcial da vij entre em cOntatO indicandO a criança a ser adOtada;4. efetue a aprOximaçãO cOm a criança;5. realize O estágiO de cOnvivência durante O períOdO es-tabelecidO pelO juiz, quandO se recebe a guarda da criança cOm finalidade de adOçãO (nesta etapa é que a criança pas-sa a mOrar cOm a nOva família);6. deferimentO da adOçãO, cOncluindO O prOcessO, quan-dO uma nOva certidãO de nascimentO é emitida.

MEIO AMBIENTE32

a evOluçãO tecnOlógica permitiu que O hOmem explOrasse a órbita terrestre cOm O lançamentO de naves, fOguetes e sa-télites. Os anOs se passaram e a atividade Obteve benefíciOs, mas também gerOu acúmulO de lixO espacial

A ação do homem com o desenvolvimento in-dustrial e tecnológico trouxe alguns efeitos colaterais ao planeta. O lixo é um deles. Ele está nas ruas, nos rios, nos lixões sobrecarregados e até além das nu-vens. Se para a humanidade o lixo espacial não ofe-rece riscos, o mesmo não pode ser dito referente aos satélites ativos em órbita. Os destroços podem ame-açar o funcionamento dos aparelhos, causar danos e gerar grande prejuízo.

Satélites de telecomunicações, previsão meteoroló-gica ou mapeamento por GPS possuem um tempo de vida útil, após esse período, são desligados e dei-xados, devido ao alto custo para a retirada. Segundo dados divulgados, em 2009, pela Nasa, a agência espacial americana, existem aproximadamente 19 mil objetos acima de dez centímetros de diâmetro, em ór-bita. A estimativa de partículas entre um e dez centí-metros é de aproximadamente 500 mil. O número de resíduos menores que um centímetro provavelmente excede dezenas de milhões.

O chefe do laboratório de Integração e Testes do Ins-tituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Petrônio Noronha de Souza, explica que a atividade humana no espaço sempre tem início por meio da colocação em órbita de um satélite ou nave tripulada. Esta operação pode, em alguns casos, também deixar partes do fo-guete que lançou a nave ou partículas de pequenas di-mensões, como lascas de tinta e mantas térmicas, que já constituem lixo espacial. Ao final da vida, a própria nave se transforma em lixo, pois sai da contabilidade das operacionais e passa para a das abandonadas.

POLUIÇÃO ATÉ NOESPAÇO

No caso de naves tripuladas, há registros de peças e ferramentas que vagam após serem perdidas pelos astronautas. A poluição também é composta por des-troços gerados em choques de satélites inteiros com partes de lixo espacial e explosões de tanques de fo-guetes.

Embora o “lixão” no espaço tenha números que im-pressionam, o especialista tranquiliza a população e explica que as chances desse material causar algum dano às pessoas ou propriedades na Terra são muito pequenas. “Isto se deve ao fato de que quando estes materiais seguem em direção à superfície terrestre, a maior parte de sua massa é consumida pelo atrito com a atmosfera, que vaporiza quase tudo”, diz.

Para fazer uma faxina no espaço seriam necessá-rios recursos inviáveis para a tecnologia atual. Para Petrônio, colocar um artefato capaz de recolher estes materiais traria um custo muito elevado. Por outro lado, tudo o que está em órbita baixa tende a cair na Terra, processo que pode levar anos ou décadas, entretanto, a vantagem é que a limpeza é realizada sem que o ho-mem precise fazer nada. “Cabe a nós adotar políticas que reduzam a geração de mais lixo, já que a remoção do atual não é viável”, opina Petrônio.

Fonte:Petrônio Noronha de Souza, chefe do laboratório de Integração e Testes do Instituto Nacional

de Pesquisas Espaciais (Inpe) - www.inpe.brNasa - orbitaldebris.jsc.nasa.gov

Futuro espacialDiversas medidas são adotadas com o objetivo de

não elevar o número de restos de objetos perdidos no espaço, deixando-o mais limpo no futuro. Dentre elas, podemos citar:

- a remoção voluntária da órbita da Terra de satélites que chegaram ao final de sua vida útil, particularmente para os de órbita baixa (abaixo de 1000 km);

- a remoção automática da órbita da Terra dos últi-mos estágios dos foguetes lançadores, que antes per-maneciam em órbita;

- o aperfeiçoamento dos sistemas de propulsão de satélites e de lançadores, para reduzir a probabilidade de explosões em órbita;

- a remoção dos satélites em vias de desativação para órbitas cemitério, particularmente para os de órbita geoestacionária (a 36 mil km da superfície da Terra);

- o aperfeiçoamento dos projetos de satélites para que não liberem partes como resultado de degrada-ção ou funcionamento normal;

- o aperfeiçoamento das atividades tripuladas, para reduzir a liberação de materiais e resíduos em órbita resultantes de sua operação normal;

- evitar toda forma a destruição intencional de siste-mas colocados em órbita.

34SAÚDE

Esperança e evolução na medicina ortopédica

terapia a partir dO usO de células-trOncO retiradas da medula óssea dOs própriOs pacientes já é uma realidade nO brasil. a manipulaçãO genética é um avançO também para a OrtOpedia e pOde ajudar quem tem prOblemas que, até pOucO tempO, nãO tinham sOluçãO

Vítimas de graves acidentes ou pessoas que te-nham sofrido grandes lesões podem ter uma esperan-ça a mais para se recuperar submetendo-se a um novo método de tratamento. Trata-se da utilização de célu-las-tronco (aquelas que podem gerar diversas células ou tecidos) na terapia ortopédica. O Brasil já domina esta técnica e avança a cada dia nas pesquisas.

As células-tronco permitem a recomposição dos te-cidos onde elas são aplicadas, ajudam na regeneração e tem a capacidade de curar algumas patologias, daí a importância de sua utilização em um tratamento orto-pédico. Segundo o ortopedista da Medicina do Espor-te Marcos Britto, o método está sendo usado para tra-tamento das pseudartroses (não consolidação óssea), lesões musculares e tendinosas, dentre outros.

Segundo o especialista, já houve casos no Brasil em que as células-tronco foram usadas no tratamen-to de fraturas. “Temos trabalhos em andamento para regeneração de cartilagem. Hoje temos a capacida-de de reproduzir condrócitos (células presentes no tecido cartilaginoso) em laboratório, porém, a aplica-ção prática ainda está limitada a regiões de algumas articulações do corpo”, explica.

Alguns procedimentos são fundamentais para a re-alização de uma cirurgia de implante de células-tronco. Os médicos as extraem da medula óssea do próprio enfermo, separam e as multiplicam em laboratório. Pos-teriormente, são divididas em pequenas porções. Po-dem ser usadas todas ao mesmo tempo ou apenas em parte, deixando o restante armazenado em geladei-ras especiais, semelhantes às que guardam sangue do cordão umbilical.

Nem todos os casos podem se beneficiar com este tipo de terapia. “Nosso maior problema é manter as células no mesmo lugar até que elas se reintegrem no organismo”, afirma Brito. “Quando falamos de arti-culação, pensamos num local que está em constante movimento e, muitas vezes, sofrendo carga (o peso do organismo) o que desloca as células de lugar e atrapalha a cicatrização”.

Embora os avanços da medicina sejam animadores, este tipo de tratamento ainda não é usado em larga escala. O procedimento ainda não é coberto pelos pla-nos de saúde, o que dificulta o uso na prática diária. Segundo Brito, os estudos estão mais avançados nas patologias que requerem crescimento ósseo, porém o uso deverá progredir nos próximos anos para o trata-mento da artrose e a esperança é que possa substituir as próteses articulares. Uma luz para quem confia na medicina e necessita de cura.

Fonte:Marcos Brito - Ortopedista da Medicina do Esportewww.marcosbritto.com

Fotos: Arquivo