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ARQUITETURA AÇO & Marquises e escadas Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 15 setembro de 2008 Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 15 setembro de 2008

Revista Arquitetura & Aço 15

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ARQUITETURA AÇO&

Marquises

e escadas

Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 15 setembro de 2008Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 15 setembro de 2008

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Um dos mais experientes arquitetos brasileiros na utilização de estruturas metálicas, Zanettini está presente, nesta edição, com o projeto de amplia-ção do Hospital Albert Einstein. Ali, a marquise metálica com estrutura em tubos de aço causa impacto aos visitantes. Este projeto, ao lado de outras marquises, aparece na matéria de abertura, onde selecionamos alguns exemplares deste componente fundamental na arquitetura. Há marquises nos mais variados desenhos e materiais conjugados ao aço em diversos tipos de acabamento, proporcionando sempre rapidez de montagem e leve-za estética às edificações.

A festejada marquise do Auditório do Ibirapuera, chamada “Labareda”, com desenho de Oscar Niemeyer, merece destaque nesta edição, assim como alguns projetos que chamam atenção não apenas pela marquise, mas tam-bém pela escada, os dois temas dessa edição: o Centro Brasileiro Britânico, de Botti Rubin, o Aeroporto de Natal, de Sérgio Parada, a Mahle Metal Leve, de Roberto Loeb, e o Shopping Salvador, de André Sá e Francisco Mota.

Em Memória, relembramos um projeto histórico: o Planetário do Ibirapuera, construído em 1957 e restaurado nos anos 2000, exibindo ampla marquise sustentada por tirantes de aço.

As escadas aparecem numa seleção com formas diferenciadas e usos distintos, abrangendo desde as mais sofisticadas, como a da Clube Chocolate e a da Competition, às mais populares, como as implantadas nos CEUs da Prefeitura de São Paulo, as pré-fabricadas projetadas pela Tecsteel para a CDHU e a da Cohab. Acompanhando funções e usos, o aço entra em cena demonstrando seu potencial técnico ao se adaptar às variadas linguagens arquitetônicas.

E uma novidade: a partir dessa edição, Arquitetura & Aço passa a ofere-cer um serviço ao leitor: uma página com os endereços dos profissionais e fornecedores que participaram das matérias apresentadas.

Os editores

A tecnologia do aço tem que ser pensada tanto no seu conjunto quanto nos seus detalhes. Ela é arquitetura e desenho industrial ao mesmo tempo.” arquiteto Siegbert Zanettini

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sumário14.10. 16.

08. 18. 22. 24.

Foto de capa: "Labareda", a mar-

quise do Auditório Ibirapuera,

desenhada por Oscar Niemeyer

Arquitetura & Aço nº 15

setembro 2008

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04. Uma seleção de marquises mostra o potencial do aço em diversos acabamentos e desenhos variados.

08. No Aeroporto de Natal, a marquise e a escada são características marcantes desta edificação quase

100% em aço. 10. Denominada “Labareda”, a marquise do Auditório Ibirapuera tem sido a mais festejada

pelo público paulistano. 14. Aço e vidro compõem harmoniosamente a marquise e a escada do Centro Brasileiro

Britânico. 16. Um resgate da história do Planetário do Ibirapuera, inaugurado em 1957, cuja marquise é

sustentada por tirantes de aço. 18. Na Mahle Metal Leve, o aço permitiu desenhos esbeltos para os brises

e para a marquise. 22. Perfis tubulares e vidro compõem a escada e a marquise do Shopping Salvador. 24.

Das mais sofisticadas às populares, as escadas de aço apresentam perfil escultórico nesta seleção.

ENDEREÇOS 31

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MARQUISES RECEPCIONAM, ABRIGAM, PROTEGEM. GERALMENTE

CONSTITUEM A PRIMEIRA IMPRESSÃO DE UMA EDIFICAÇÃO. OS

LIVROS TÉCNICOS AS CLASSIFICAM COMO ALPENDRE EM BALANÇO

SUSTENTADO POR MÃOS-FRANCESAS, QUE TÊM COMO FUNÇÃO A

DE RESGUARDAR PLATAFORMAS DE ESTAÇÕES, VITRINES, CALÇA-

DAS ETC. HOJE, USA-SE MARQUISE PARA DESIGNAR PRATICA-

MENTE TODAS AS COBERTURAS ABERTAS NAS LATERAIS. ASSIM,

SELECIONAMOS ALGUMAS MARQUISES COM DESENHOS INOVA-

DORES E QUE CUMPREM O PAPEL DE ORGANIZAR A ENTRADA DE

PRÉDIOS COMERCIAIS E HOSPITALARES E QUE, ALIADAS AO USO DO

AÇO, GANHAM LEVEZA E FUNCIONALIDADE

CENTRO EMPRESARIAL E CULTURAL JOÃO DOMINGUES DE ARAÚJO/SÃO PAULO, SPAço empregado: aço patinável de maior resistência à corrosão; cálculo estrutural: Eng. Flávio D'Alambert; fornecimento

e montagem da estrutura metálica: Engemetal

CORTE TRANSVERSAL

Boas-vindas...

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Projetado por Rino Levi na década de 1950 e inaugurado dez anos depois, o Hospital Albert Einstein necessitou adequar algumas áreas para atender melhor aos usuários, como recepção, espera de pacientes e acompanhantes e estacionamento de carros. O projeto de retrofit, criado em 1998 pelo arquiteto Siegbert Zanettini, enfocou a ampliação dos espaços da entrada e o resultado ainda surpreende após uma década.Um dos destaques do projeto é o novo átrio, que segundo o arquiteto, constitui um elemento de valorização da fachada do prédio, tornando-a mais contemporânea. A área ampliada recebeu estrutura metálica com 36 m de comprimento, pintura eletrostática branca e fechamentoem vidro. A marquise, com 3,60 m de altura e balanço de 7,70 m, é sustentada por tirantes de aço. Montada em tempo recorde (cerca de dez dias), a estrutura tem pilares constituídos por perfis I com seção 30 x 30 cm, distanciados 7,20 m entre si, soldados e aparafusados no edifício antigo. Nas vigas principais e nas peças de contraventamento, foram usados perfis tubulares com diâmetro de 273 mm e 168/355mm, respectivamente, e a carga da estrutura em balanço recai somente sobre os cinco pilares.No entanto, a inovação tecnológica deste projeto está no modo como se obteve a curvatura dos perfis tubulares: tradicionalmente, a peça é calandrada a frio e os tubos vão sendo curvados sob pressão que alteram sua seção, apresentando pequenas ondulações no raio interno. No novo processo, a peça é curvada eletromagneticamente sem deformações graduais, preservando integralmente sua seção original. Envolve-se a peça com uma bobina por onde flui uma corrente alternada, criando-se um campo magnético que induz um potencial elétrico para a peça e, conseqüentemente, um fluxo de corrente. A resistência da peça ao fluxo causa o aquecimento que permite a curvatura de tubos com até 20 polegadas de diâmetro.

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“A idéia foi a de se ter uma grande cobertura com 7 m de balanço e, num só tempo, buscar a leveza e a simplicidade, como se fosse um pano jogado sobre dois apoios.” Assim o arquiteto Carlos Bratke resume o projeto da marquise do Centro Empresarial e Cultural João Domingues de Araújo, executada em aço tipo COR sobre apoios per-pendiculares à fachada, dando personalidade ao edifício de 16 andares e desafiando a materialidade do metal.A maior dificuldade do projeto foi o grande balanço, “solucionado por uma série de vigas triangulares de forma que duas chapas, a superior e a inferior, acabassem em uma só linha”, destaca o arquiteto.Ainda pouco utilizado no Brasil, o aço COR possui em sua composição elementos que aumentam a resistência à corrosão. Sua principal característica, quando deixado apa-rente, é a formação de uma pátina de cor avermelhada que se forma com a exposição aos agentes do ambiente com o passar do tempo e que protege o aço da corrosão.

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HOSPITAL ALBERT EINSTEIN/SÃO PAULO, SPAço empregado: ASTM A53 (tubos) e ASTM A36 (para planos e laminados); cálculo estrutural: SVS Projetos Estruturais; fornecimento e

montagem da estrutura metálica: Alufer; execução da obra: Fonseca & Mercadante

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Arrojo e sofisticação são as marcas do complexo Continental Square Faria Lima, situado no bairro da Vila Olímpia, em São Paulo, composto por três unidades: uma torre de escritórios Continental Office Tower e dois blocos justapostos que abrigam o flat Caesar Business e o hotel Caesar Park.Um dos destaques deste projeto do escritório Aflalo&Gasperini é o acesso principal, pela rua Olimpíadas: a praça central recebeu uma marquise de 220 m² em balanço, revestida com vidros laminados incolores de 10 mm e fixados com gaxetas de silicone em quadros metálicos, cuja característica é a leveza do desenho. Para completar a cobertura da marquise, um plano horizontal curvo recebeu painéis metálicos na face interna e telhas metálicas na externa.Com 45 m de comprimento, 10 m em sua área mais larga e 11 m em balanço, a marquise utiliza perfis de aço patinável, com tratamento superficial à base de epóxi e poliuretano. Para sua sustentação, foram adotadas quatro grandes mãos-francesas, apoiadas em colunas metálicas de 250 mm de diâmetro, dispostas a cada 2,5 m, que nascem de pilares de concreto e estão fixadas, na parte superior, em uma viga de concreto, integrante do terraço.Os perfis possuem o mesmo conceito utilizado nas fachadas, com acabamento de pintura eletrostática na cor branca. Na interface dos quadros foi utilizado silicone de cor neutra.

CONTINENTAL SQUARE FARIA LIMA/SÃO PAULO, SP Aço empregado: aço patinável de maior resistência à corrosão; cálculo estrutural, forneci-

mento e montagem da estrutura metálica: Beltec Engenharia; execução da obra: Inpar

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Investindo em novas instalações para as sedes da empresa em várias capitais do país, a Vivo construiu edificações que empregam o que há de mais moderno em tecnologia e sistema construtivo. Na capital paulistana, o impacto começa logo na entrada. Para recepcionar as pessoas, clientes e funcionários, o arquiteto Edo Rocha projetou uma marquise de 4,5 m x 22 m, e 3 m de altura, suportada por pilares de aço inox 304 (revestimento) encravados em espelhos d’água, distantes 6 m uns dos outros, e com guarda-corpos também em aço inox. “A idéia foi deixar a estrutura aparente e colocamos os pilares nos espelhos d’água para dar leveza ao projeto. O teto, cujo forro é do tipo minibrise, em policarbonato compacto jateado permite a entrada de luz natural”, destaca o arquiteto Mauro Halluli, do escritório Edo Rocha. Assim, a nova sede da Vivo, implantada no bairro do Brooklin, em São Paulo (SP) exibe um exemplo de projeto arquitetônico arrojado que também chama a atenção pela torre de 100 m, com efeitos multicoloridos, à frente dos dois blocos da empresa. (D.P.) M

VIVO, SÃO PAULO/SPAço empregado: ASTM A36 (estrutura) e A304 (revestimento); cálculo estrutural, fornecimento e montagem da estrutu-

ra metálica: Phyton Engenharia e Equipamentos Industriais; construtora: Walter Torre Jr. Construtora

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O AerOpOrtO InternAcIOnAl AugustO severO, em Natal (RN), é o primeiro do país executado inteiramente em aço. Segundo o autor do projeto, o arquiteto Sérgio Roberto Parada, expert em projetos aeroportuários, o aço foi uma solução lógica e natural. Afinal, além de permitir grande plasticidade, o material responde satisfatoriamente às exigências da Infraero, como rapidez e adap-tação do projeto às fundações já existentes que delimitavam vãos estruturais de 12 m.

Assim, o novo terminal de passageiros, localizado junto a outro já existente, deveria ser dimensionado para atender a 1,5 milhão de passageiros/ano, em um nível A de conforto, de acordo com as normas internacionais.

A cobertura assume papel de destaque no conjunto e privile-gia grandes aberturas de modo a garantir o máximo de ilumina-

Inspiração na natureza Com restrições de tempo, espaço, mas muita ajuda da natureza loCal, o arquiteto sérgio parada elabora projeto pioneiro, quase 100% em aço, em natal, rn

ção e ventilação naturais, além de um cuidado com o entorno paisagístico, a brisa e a luz abundantes do local, que definiram a linguagem arquitetônica adotada. A circulação de ar deve-se, em parte, à forma sinuosa da estrutura, obtida por meio de treliças, formadas por perfis tubulares, com seção trans-versal variável. No encontro das cober-turas, a instalação de um shed reforça os recursos de iluminação e ventilação dos espaços internos.

Telhas metálicas, duplas e ondu-ladas, pré-calandradas com isola-

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As marquises metálicas apresentam formato sinuoso inspirado nas famosas dunas de Natal e têm pé-direito de até 13,5 m em sua parte mais elevada. A sustentação fica a cargo de braços com articulações na base. A escada principal em forma helicoidal foi desenhada estruturalmente com dois tipos de apoio: um vertical central e outro nos diversos níveis de chegada, dando ao conjunto uma ambigüidade proposital de leveza e robutez

Inspiração na natureza

sinuosa apresentam na parte mais baixa pé-direito de 5 m, na seção intermediária 7 m, na parte mais elevada o pé-direito chega a 13,5 m, e um balanço de 23 m.

As escadas internas também assumem papel importante na configuração dos espaços. No saguão de embarque e desembarque, ela tem degraus de perfis dobrados, piso de granito, corrimão tubu-lar e vigas estruturais – tudo na cor branca – ficando o laranja da estrutura geométrica, formada por perfil tubular metálico, respon-sável pelo contraste.

Além de razões pragmáticas, as formas sinuosas marcantes desta edificação podem evocar o mar e as dunas típicas de Natal – um dos cartões-postais mais belos do país. (I.g.) M

mento de lã de vidro, e o colchão de ar criado entre esta superfície e o forro asseguram o necessário confor-to termo-acústico.

Importante elemento de transição entre os espaços interno e externo do edifício, as marquises metálicas são sustentadas por braços ou pés-de-gali-nha que funcionam com três articula-ções na base, ligadas a um aparelho fixo e a uma articulação superior, solução que minimiza problemas de deforma-ção na cobertura e reduz as cargas nas fundações. Estas marquises em forma

> Projeto arquitetônico: Sérgio Roberto Parada

> Colaboradores: Antônio Henrique Sottovia e José Mauro de Barros Gabriel (co-autores), Rodrigo Marar, Antônio Carlos, Mariano Garcia, Gilson Freire e Renata Scafuto

> Área construída: 13 mil m2

> Aço empregado: aço de maior

resistência à corrosão em perfis soldados (vigas, pilares, chapas de nós), perfis dobrados a frio (terças, travamentos, pontaletes e acessórios da cobertura) e perfis tubulares das marquises

> Cálculo estrutural: Technica Consultoria e Projetos (Paulo André B. Barroso)

> Fornecimento da estrutura metálica: Cibresme/Tecnoserv

> Execução da Obra: Empire Tecnologia S/A

> Local: Natal, RN> Data do projeto: 1998> Conclusão da obra: 2000

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PARA O AUDITÓRIO MUSICAL DO PARQUE IBIRAPUERA, OSCAR NIEMEYER CONCEBEU UMA MARQUISE

CONSIDERADA UMA VERDADEIRA OBRA DE ARTE – E A TRANSFORMOU NA FESTEJADA MARCA REGISTRADA

DO ESPAÇO, ONDE REINA A CALMARIA DA NATUREZA

“Labareda” no parque

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QUANDO O PÚBLICO OUVIU os acordes iniciais das Bachianas, de Villa-Lobos, em outubro de 2005, estava finalmente inaugurado o Auditório do Ibirapuera. Foram mais de 50 anos em compasso de espera, desde os primeiros traços do arquiteto Oscar Niemeyer para a cria-ção de um espaço destinado a espetá-culos musicais no Parque do Ibirapuera até a implantação do projeto.

A idéia original surgiu em 1951, quando Niemeyer foi convidado para projetar o conjunto de edifícios do par-que paulistano. Na ocasião, o prédio não foi considerado essencial e acabou indo para o fundo da gaveta. A partir de

então, diversas promessas de que a obra seria construída animaram o arquiteto, que se apressava em adaptar o desenho a novos pedidos e condições. No total, 12 versões foram criadas até 2005, quando finalmente a proposta saiu do papel.

Em sua forma definitiva, o Auditório do Ibirapuera ganhou uma volumetria surpreendentemente simples – e, por isso mesmo, genial. Trata-se de um bloco único, com planta trapezoidal e corte triangular, que abriga palco, foyer e platéia. Tudo erguido em concreto armado e revestido com pintura impermeabilizante inteiramente branca.

Quem dá o tom da marcante identidade visual do espaço é a marquise metálica vermelha que envolve a porta de entrada, erguendo-se em direção ao céu com força monumental. O elemento possui tanta personalidade que foi transformado em logomarca do auditório e, dado seu formato, oficialmente batizado de “Labareda”.

Com 7,5 m de largura nos apoios, 5,5 m de largura na extremi-dade e 16 m de balanço, a marquise foi inserida posteriormente no

De dentro ou de fora: a platéia interna do Auditório do Ibirapuera comporta aproximadamente 800 pessoas; nos fundos do palco, umaporta com 20 m de largura permite a exibição de espetáculos na área externa, para mais de 15 mil expectadores

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contexto da obra. “Por isso, precisávamos de rapidez em sua execu-ção”, afirma o arquiteto Jair Valera, que trabalha há mais de 30 anos no escritório de Niemeyer. Segundo ele, a partir desta necessidade, a opção pelo aço foi o caminho natural. “Tecnicamente, poderíamos ter apostado em outro material. No entanto, a facilidade de insta-lação das peças metálicas, que já chegaram prontas ao canteiro, foi decisiva”, completa.

Para dar vida à sinuosa imaginação de Niemeyer, as chapas de aço foram moldadas ainda na indústria, a partir de um processo de deformação a frio com o uso de calandras. “Uma técnica que não é nenhum bicho-de-sete-cabeças”, explica o engenheiro Wilson Ramos da Silva, diretor da Construmet, empresa fornecedora da estrutura metálica. Dividida em três tiras longitudinais, a marquise foi facilmente montada no campo e encaixada nas vigas de concreto

> Projeto arquitetônico: Oscar Niemeyer

> Área construída: 4.870 m²

> Aço empregado: ASTM A36

> Cálculo estrutural: José Carlos

Sussekind e Mário Terra

> Fornecimento da estrutura metálica:

Construmet

> Execução da obra: Construtora OAS

> Local: São Paulo, SP

> Data do projeto: setembro de 2002

> Conclusão da obra: dezembro de 2004

A simplicidade dá o tom à volumetria do edifício: palco, foyer e platéia foram acomodados em um bloco único, com corte triangular. A marquise metálica vermelha, batizada de “Labareda”, surge imponente com a assinatura de Oscar Niemeyer

do edifício por meio de chumbadores químicos.

Com 4.870 m2 de área construída, o Auditório Ibirapuera tem sido um ponto de atração em São Paulo, com a realiza-ção de shows musicais das mais diver-sas culturas internacionais e nacionais. O palco do Auditório também merece destaque: uma boca de cena de 28 m de largura, 15 m de profundidade e uma porta de 20 m, localizada ao fundo, que, quando aberta, permite espetáculos na área externa para aproximadamente 15 mil pessoas. (C.P.) M

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www.cbca-ibs.org.br

Novo

Manuais da Construção em Aço

ViabilidadeEconômicaViabilidadeEconômica

Saiba como obter no site:

Revista Arquitetura&Aço Nº 6Foto: Carlos Alberto Maciel

Manual

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Elegância britânicaO CENTRO BRASILEIRO BRITÂNICO COMBINA FUNCIONALIDADE, INOVAÇÃO E TRADIÇÃO – BEM AO ESTILO

INGLÊS. A ESCOLHA DOS MATERIAIS, COMO O AÇO E O VIDRO, CONFIRMA TAL PREMISSA

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DOIS VOLUMES ROBUSTOS E SIMÉTRICOS unidos por uma caixa central leve e translúcida. Trata-se do Centro Brasileiro Britânico (CBB), localizado no bairro de Pinheiros, em São Paulo, em terreno de 5 mil m2. O prédio destaca-se não só por sua forte presença arquitetônica como pelas múltiplas funções que congrega. Afinal, é neste imponente e moderno prédio que estão a Sede da Cultura Inglesa, o Consulado Britânico, a Câmara de Comércio, entre outras instituições da área educacional, cultural, comercial e política que representam as relações entre a Inglaterra e o Brasil.

A fachada de 285 m2 de pano de vidro do saguão foi montada sem caixilhos. Para isso, foi utiliza-do sistema do tipo spider-glass em que garras aparafusam uma folha de vidro à outra e fitas de silicone completam a vedação. É interessante observar, ainda, que, para sustentar toda esta estrutura transparente e conferir um inusita-do desenho geométrico, foi implantada uma delicada rede de tubos de aço na parte interna desta fachada

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de vidro na parte anterior e na posterior, próxima ao prédio, ocul-ta uma treliça horizontal que absorve os esforços de compressão decorrentes do processo de atirantamento.

Mesmo no interior do edifício a dupla aço-vidro é destaque. A escada que liga o térreo às galerias de exposição do mezanino é formada por degraus de vidro temperado de 40 mm de espessura e perfis laterais em U em chapa dobrada, vinculados a um espaçador que garante o afastamento para o encaixe do guarda-corpo, tam-bém de vidro. Com isso, o público pode não apenas apreciar o espe-lho d’água sob os pés, como observar reflexos da luz que incide na água e rebate nos degraus e nos patamares translúcidos. (I.G.) M

> Projeto arquitetônico: Botti

Rubin

> Área construída: 11.545 m2

> Aço empregado: ASTM A36

> Fornecedor da estrutura

metálica: Projecta Estrutura

Metálica

> Cálculo estrutural: Eng.

Heloísa Martins Maringone

(Cia de Projetos)

> Execução da obra: Racional

Engenharia Ltda.

> Local: São Paulo, SP

> Data do projeto: 1999

> Conclusão da obra: 2000

O projeto, elaborado pelo escritório Botti Rubin Arquitetos Associados, esco-lhido por meio de um concurso privado, deveria, desta maneira, combinar fun-cionalidade e imponência. “O projeto se destaca pela leveza, em que elementos, como espelhos d’água, aço aparente combinado com o vidro ressaltam estes aspectos”, explica Mark Rubin.

A fachada frontal confirma isso. Com 285 m2, é formada por vidros estru-turais ultra-resistentes, importados da Inglaterra, fixados uns aos outros pelos vértices com garra de aço (spider), dis-pensando caixilhos e molduras. Outro elemento estrutural que confirma tal premissa é a marquise lateral, com lar-gura de 14,80 m e balanço de 6,50 m, executada em perfis-caixa que variam de 100 a 200 mm. Esta estrutura, que dá acesso ao foyer, sustenta a cobertura

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Planeta metálicoAÇO POSSIBILITA A INCORPORAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS E RESTAURO, COM

UM MÍNIMO DE INTERFERÊNCIA, EM OBRA-SÍMBOLO DA ARQUITETURA DOS ANOS

1950 DA CIDADE DE SÃO PAULO: O PLANETÁRIO DO IBIRAPUERA

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INAUGURADO EM 1957 e conside-rado pioneiro na América Latina, o Planetário Aristóteles Orsini, conheci-do como Planetário do Ibirapuera, tem sido atração para um público de todas as idades interessado no espetáculo da reprodução da abóbada celeste.

Projetado pelos arquitetos Roberto Goulart Tibau, Eduardo Corona e Antonio Carlos Pitombo, a edificação compreende basicamente uma cúpu-la semi-esférica de 20 m de diâmetro, onde um aparelho mecânico projeta-va as imagens espaciais, de estrelas e planetas.

O planetário ainda impressiona por seu porte e aparência, semelhante a uma nave espacial metálica, pousan-do entre as árvores do parque. Uma marquise de dimensões avantajadas, executada em estrutura metálica e ati-rantada à cúpula, enfatiza o acesso e prenuncia o clima do interior.

Desgastes naturais ocorridos ao longo do tempo em sua estrutura (infil-trações e infestação de cupins) e mesmo a defasagem tecnológica do aparelho de

projeção tornaram necessária uma reforma. Em 2002, a Prefeitura abriu licitação para a recuperação deste patrimônio tombado pelo Conpresp (Conselho Municipal de Tombamento e Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) e pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo).

O projeto escolhido foi o dos arquitetos Paulo Faccio, Pedro Dias e Luis Antonio Cambiaghi Magnani, que adotou como diretrizes a recuperação das características externas do edifício e, internamen-te, as adequações necessárias à acessibilidade. “Na maquete origi-nal, percebemos que a idéia era ancorar a marquise com tirantes a partir do anel circundante. O projeto foi alterado antes da cons-trução: o anel deixou de ser estrutural, mas na nossa intervenção manteve-se como elemento arquitetônico”, esclarece Magnani.

A grande marquise é uma estrutura simples em treliças planas, de perfis de chapas dobradas com revestimento metálico em todas as superfícies. Apresenta balanço de 16,60 m e espessura variável (frontal 0,64 m, central de 1,04 m e 0,48 m próxima ao edifício). Tem formato trapezoidal (10,15 m na base junto ao edifício e 14,80 m no extremo oposto) e perfil ascensional (2,33 m junto ao acesso e 4,45 m na outra face).

A aquisição de um novo equipamento digital tornou necessá-ria outra tela de projeção – pré-moldada, composta de nervuras em forma de arco e chapas metálicas perfuradas. “Para suportá-la, empregamos uma estrutura de aço, em balanço, que a sustenta a uma altura que permite a circulação do público ao redor de toda a sala de projeção”, explica o arquiteto. (I.G.) M

Internamente, o Planetário sofreu várias interferências para que pudesse com-portar as novas atividades e tecnologias relacionadas à astronomia. Mas, como ressalta o arquiteto Luis Cambiaghi Magnani, sempre com a premissa de restaurar e preservar o desenho arquitetônico original. Um exemplo desta decisão é a cúpula de madeira que fica sob a abóbada de concreto. Muito danificada pela umidade e ataque de cupins, os projetistas resolveram substituí-la por uma outra idêntica e deixá-la à mostra. Assim, parte do mezanino está propositalmente sem forro para que os visitantes apreciem esta estrutura formada por arcos e forro de peroba-rosa e sustentada por perfis de aço, uma vez que, como exalta Cambiaghi, “observar a feitura primorosa dessa cúpula de madeira é, por si só, uma aula de engenharia”

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> Projeto arquitetônico: Paulo

Faccio e Pedro Dias Arquitetura

> Colaboradores: Luis Antônio

Cambiaghi Magnani; Orlando

Morassi Júnior e Piti Rezende

> Aço empregado: ASTM A36

> Cálculo estrutural: Eng. Wagner

de Carvalho

> Execução da obra: Construtora

Cyrela

> Local: São Paulo, SP

> Data do projeto: 2002

> Conclusão da obra: 2006

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18 &ARQUITETURA AÇO18 &ARQUITETURA AÇO

A UNIÃO DE TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE é exemplar neste projeto: o novo Centro de Pesquisas e Tecnologia da Mahle Metal Leve, que leva a assinatura dos arquitetos Roberto Loeb e Luis Capote, foi concebido de forma a respeitar as características do terreno de topografia irregular e adotar novas tecnologias cons-trutivas. Localizado em uma reserva florestal da Mata Atlântica, na Serra do Japi, em Jundiaí (SP), o resultado é um edifício industrial que em nada lembra os espaços convencionais das antigas cons-truções fabris.

Por se tratar de uma área de preservação ambiental, o objetivo foi adaptar o edifício ao solo íngreme. Para tanto, a dupla apostou em uma ousada volumetria baseada em semicírculos escalonados: o conjunto divide-se em três anéis incrustados nas encostas do terreno, cada um com dois pavimentos e cerca de 10 m de desnível entre eles. No primeiro anel, ficam as áreas administrativa e de infra-estrutura, auditório e estacionamento. No segundo, laborató-rios e data center. No terceiro, o coração da indústria: salas especiais para pesquisa de novas tecnologias, cada uma com necessidades técnicas específicas, como sistema de abastecimento de gases, isola-mento acústico, base antivibração e detecção e combate a incêndio.

Os anéis foram construídos a partir de peças de concreto pré-moldadas, ou moldadas in loco, de acordo com as necessidades específicas de cada trecho. A tecnologia do aço garantiu rapidez e

Conceito

AS ESCOLHAS SUSTENTÁVEIS NORTEARAM O PROJETO; A TEC-

NOLOGIA DO AÇO GARANTIU QUE MARQUISE E BRISES FOSSEM

EXECUTADOS DE FORMA RÁPIDA E INTELIGENTE

eco-tech

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Elementos metálicos compõem a fachada do edifício. No detalhe à direita, brises protegem as laterais do prédio sem barrar a vista pano-râmica para a Mata Atlântica, que se descortina através de enormes painéis de vidro. Abaixo, destaque para as marquises metálicas que cobrem a área de embarque e desembarque de veículos: as peças foram criadas a partir de telhas trapezoidais do tipo sanduíche, com alta performance em isolamento térmico e acústico

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praticidade para os brises que contornam a fachada e a marquise que protege a área de embarque e desembarque no primeiro pavimento.

“Mais do que conquistar praticidade, com o uso do aço pudemos lançar mão de elementos mais leves e esbeltos”, diz o arquiteto Luis Capote. Os brises, que favorecem o conforto térmico sem barrar a entrada da luz natural, são compostos por chapas metálicas ondu-ladas e perfuradas, instaladas sobre grandes panos de vidro que oferecem uma generosa vista para a mata. Já a marquise, sobre o estacionamento, é composta por telhas trapezoidais do tipo sandu-íche com isolamento termo-acústico. “Além da alta performance, as peças metálicas permitiram que chegássemos a um balanço de 7,5 m, por meio de um sistema de pórticos engastados nos pilares de concreto”, completa o engenheiro Renato Gioielli, responsável pelo cálculo estrutural da obra.

A integração da arquitetura com a paisagem é marca registrada de Loeb, conhecido por projetar parques industriais que valorizam as relações humanas e, conseqüentemente, o bem-estar dos fun-cionários. Sem deixar de seguir esta trilha, neste novo projeto o arquiteto optou por valorizar também a atmosfera high-tech – que reflete a modernidade da companhia, uma das maiores do mundo no ramo de peças para motores automotivos – e sistemas construti-vos racionais – que tornaram possível executar em tempo mínimo um edifício tão técnico e complexo. (C.P.) M

> Projeto arquitetônico: Roberto

Loeb e Luis Capote

> Área construída: 17.500 m2

> Aço empregado: ASTM A36,

ASTM A572 GR50

> Cálculo estrutural: Renato Gioielli

(Grupo Dois Engenharia de

Estruturas)

> Fornecimento da estrutura

metálica: Sulmeta Construções

> Execução da obra: Racional

Engenharia

> Local: Jundiaí, SP

> Data do projeto: junho de 2006

> Conclusão da obra: junho de 2008

O desafio do projeto era implantar um centro tecnológico de grande porte em uma área de preservação ambiental; a solução foi acomodar a construção ao terreno íngreme, evitando a necessidade de terraplenagem. Acima, a inusitada volumetria, baseada em anéis semicirculares. Nas imagens à direita, a marquise, a passarela de ligacão entre os edifícios e o espelho d'água F

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> Projeto arquitetônico: André Sá

e Francisco Mota

> Área construída: 180 mil m²

> Aço empregado: ASTM A572 GR

50 e o ASTM A588.

> Cálculo estrutural: Enpro

Engenharia e Projetos

> Execução: Codeme

> Local: Salvador, BA

> Data do projeto: 2005

> Conclusão da obra: 2007

SÃO 180 MIL M2, 263 lojas, 21 escadas rolantes, o mesmo número de elevadores, quatro esteiras rolantes e escadas monumentais. Trata-se do Salvador Shopping, projetado pelos arquitetos André Sá e Francisco Mota e considerado um megaempreendimento para a região Nordeste do país. Foram utilizadas aproximadamente 7 mil toneladas de aço de alta e média resistência mecânica, como o ASTM A572 GR 50 e o ASTM A588.

Um dos destaques do projeto é a chamada "escada voadora" implantada no vazio central da edificação. Concebida com patama-res triangulares em balanço de 10,25 m, a escada interliga todos os pavimentos e tem estrutura metálica e degraus de vidro laminado de 20 mm. Os pontos de fixação das estruturas localizam-se próxi-mos aos primeiros e últimos degraus de cada lance, onde se apóia a estrutura metálica que dá a sensação de estar solta no espaço. Os pilares, que vão do piso térreo ao último pavimento, são metálicos, tubulares, vazados, com 400 mm de diâmetro e 10 m de altura.

UM DOS MAIORES CENTROS COMERCIAIS DO NORDESTE DO PAÍS, O SALVADOR SHOPPING INOVA AO IMPLANTAR

UMA ESCADA CUJO BALANÇO RENDEU-LHE O NOME POPULAR DE "ESCADA VOADORA"

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Flutuandono espaço

Associados a travamentos, estes pila-res funcionam estruturalmente como pórtico espacial. Em aço inox, os guar-da-corpos foram fixados à estrutura principal da escada por parafusos.

Outro destaque do projeto é a mar-quise de entrada. Seu perfil em for-mato de "asa de pássaro" tem o trecho maior, de 16 m, ancorado na edificação e com balanço de 8 m. O conjunto está apoiado em um pórtico cujos pilares têm 3,3 m de altura e 60 cm de diâme-tro. A estrutura é de aço ASTM A588 e a grelha estrutural da cobertura envi-draçada é constituída de módulos de 1,20 x 2,00 m. (L.V.L.) M

O formato "asa de pássaro" é marcante na marquise de entrada do shopping, que tem um balanço de 8 metros sustentado por pilares metálicos com 3,3 m de altura

Na página ao lado, a "escada voadora" que passou a ser a grande atração do local dada a sensação de estar solta no ar, com mais de 10 m de balanço

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As escadas da Academia Competition, localizada em São Paulo (SP), desempenham um papel fundamental na compreensão da arquitetura que os autores do projeto, Marco Donini e Francisco Zelesnikar, quiseram imprimir à reforma do antigo Colégio Imaculada Conceição que, desde 1999, ganhou novo uso. A escada da fachada foi projetada para solucionar a distribuição do fluxo dos alu-nos pelos vários andares. Em formato de serpente, é o grande destaque do projeto, pois confere a sensação de que atravessa o prédio na diagonal, resultando num layout agradável e instigante. Como um apêndice da fachada, a escada metálica tem traçado fluído e contínuo, suavizando o desenho retilíneo e a rigidez da estrutura original. Encaixada entre os vãos dos pilares de concreto existentes, o elemento com sua sinuosidade deixa transparecer o movimento interno da academia às pessoas que circulam pela rua e, aos alunos, permite visualizar o exterior.

ACADEMIA COMPETITION/SÃO PAULO, SPAço empregado: ASTM A36 (estrutura) e SAE 1010-1020 (degraus); cálculo estrutural,

fornecimento e montagem da estrutura metálica: Poliaço; execução da obra: Tessler

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UNIVERSIDADE PETROBRAS/RIO DE JANEIRO, RJAço empregado: A36; cálculo estrutural: Eng. Heloísa Martins Maringone (Cia de Projetos); fornecimento

e montagem da estrutura metálica: Construmet; execução da obra: Confidere

Foi inaugurado em abril deste ano um dos primeiros prédios do Rio de Janeiro a receber a pré-certificação do US Green Building Council, que regula os mais modernos conceitos de sustentabilidade: é o Edifício Cidade Nova que abriga a nova sede da Universidade Petrobras, órgão da área de Recursos Humanos da estatal. Projetado pelo arquiteto Ruy Rezende, tem 52 mil m² de área construída e nove andares, com capacidade para operar simultaneamente com cerca de quatro mil pessoas.Para ligar as áreas comuns do primeiro pavimento, foi construída uma escada helicoidal em aço. Pensada para o átrio (coberto por uma clarabóia, recoberta por planos de vidro, de aproximadamente 900 m2), a escada foi projetada para ser um ponto focal marcante no edifí-cio. “Desta forma, optou-se por uma escada metálica, leve, helicoidal, para lançar por todo o átrio o olhar de quem a usasse”, descreve Ruy Rezende. A escada é composta por uma folha dupla de aço dobrado, estruturada por pilares escultóricos distribuídos em espiral ao seu redor e com alturas diferentes.A opção pelo aço, segundo o arquiteto, se deu porque o material é 100% reciclável, integrando-se perfeitamente ao conceito de sustenta-bilidade do projeto. “Além disso, a leveza pretendida para o elemento não seria conseguida por meio do concreto.”

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COHAB PEDRO FACCHINI/SÃO PAULO, SPAço empregado: ASTM A36 (chapas de piso, em aço galvanizado), ASTM A120 (tubos), SAE 1020 (barras quadradas);

cálculo estrutural: Gepro Engenharia; montagem da estrutura metálica: Construtora Cronacon

“Com materiais simples, como alvenaria arma-da, estrutura metálica, tintas de linha, caixilhos de aço etc., os mesmos usados pela Cohab em outros projetos, conseguimos fazer uma obra diferenciada que privilegiou o espaço tridimen-sional e garantiu a uma população carente um local digno para morar.” É desta forma que o arquiteto Marcelo Barbosa, do escritório Barbosa & Corbucci, explica o partido do edifício constru-ído pela Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab) na rua Pedro Facchini, no bairro pau-listano do Ipiranga, que utilizou materiais de qualidade em uma construção popular.São 12 unidades habitacionais distribuídas em três pavimentos acessados por escadas metá-licas externas. “O aço possibilitou a instalação da escada no local pretendido e a colocação de degraus vazados (chapa perfurada), que permi-tem a entrada de luz natural nos ambientes do térreo. Um tratamento de galvanização a fogo deu à escada, toda revestida com esmalte branco, um aspecto industrial contrastante com a edificação em alvenaria”, finaliza o arquiteto. Este projeto recebeu o Prêmio Asbea 2004, na categoria edifícios residenciais multifamiliares.

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CENTROS EDUCACIONAIS UNIFICADOS, SÃO PAULO/SPAço empregado: aço patinável de maior resistência à corrosão; cálculo estrutural: Eng. Alberto Hamazaki; Arquitetos – CEU Butantã: Vera Lúcia

Domschke, Cristiano Arns Kato, Alan Chu Silveira, Tomaso V. Lateana, Fabiana Nakabayashi Paulinetti e Mário E. Ferreira da Silva; CEU Jambeiro:

Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci; CEU Perus: Ângelo Bucci, Fernando de Mello, Marta Moreira e Milton Braga (MMBB Arquitetos)

A partir de vários símbolos de infinito sobre-postos, os arquitetos Alexandre Delijaicov, André Takiya e Wanderley Ariza (da Divisão de Projetos do Departamento de Edificações – Edif – da Prefeitura de São Paulo) estabeleceram o percurso-conceito das escadas laterais dos 21 Centros Educacionais Unificados (CEU) cons-truídos na periferia pela Prefeitura, entre 2003 e 2004, durante a primeira fase do projeto. O objetivo dos CEUs é oferecer educação, cultura e lazer para as regiões carentes da periferia da

maior cidade brasileira; para os arquitetos, é dar dignidade às classes baixas com espaços urbanos que tenham referenciais significativos da cultura arquitetônica.“As extremidades das escadas permitem trocar de lance sem precisar voltar, as pessoas admiram a paisagem e podem escolher o novo percurso que querem fazer pela varanda, para oeste ou para leste; admirar o ‘entardecer’ ou o ‘ama-nhecer’”, explica Alexandre Delijaicov, descrevendo-as como um ponto de encon-tro de pessoas e como as loggias européias, calçadas cobertas que oferecem abrigo do sol e da chuva.Executadas em aço patinável de maior resistência à corrosão, do ponto de vista estrutural as escadas laterais formam um triângulo perfeito, têm 20 m de largura e 3,75 m de altura em cada lance.

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MCKINSEY, SÃO PAULO/SP

O vazio criado para interligação dos três anda-res do escritório paulistano Souza, Cescon Avedissian, Barrieu e Flesch Advogados, loca-lizado no E-Tower, edifício com infra-estrutura de alta tecnologia situado no bairro Vila Olímpia, em São Paulo, é a cena principal para os clien-tes, e o personagem principal é a escada.Com esta idéia cenográfica, os arquitetos Henrique Reinach e Maurício Mendonça dese-nharam a escada escultural, com estrutura em aço carbono e revestida em aço inox escovado e vidro, que liga os pavimentos do escritório de advocacia. “A escada precisava ser um ótimo ator, ou seja, do tipo que não precisa chamar atenção para ser notado; o resultado é um desenho leve, discreto e transparente, que não bloqueia a luz que se difunde por todo o vazio aberto entre os pavimentos”, descreve Maurício Mendonça.Estruturada pelas laterais, com fixação ape-nas nas extremidades inferior e superior, seu desenho foi definido por chapas laterais corta-das, com o mesmo traçado dos degraus. Estas chapas em aço suportam os degraus de vidro laminado de 30 mm, que são também a única ligação estrutural entre as duas chapas.A obra trabalhou com um cronograma total de

Projetada por Isay Weinfeld, a principal característica da loja Clube Chocolate – situada em terreno de pequena frente na Rua Oscar Freire, uma das mais sofis-ticadas da capital paulista – é o amplo vazio interno e a escada capaz de integrar espacialmente seus quatro pavimentos. Para tanto, os pisos são atirantados e vedados apenas por guarda-corpos, ganhando forma de um avarandado contínuo, debruçando-se sobre um grande jardim tropical, no nível do subsolo.Os acessos à loja são atendidos por elevador hidráulico e pela grande escada helicoidal de 9,70 m de altura, disposta neste vazio, nos fundos da loja, de modo a ganhar especial destaque. Seu formato e os materiais empregados – estrutura em aço ASTM A36 e guarda-corpos em aço inox 304 com acabamento polido espelho – contrastam harmoniosamente com os degraus de madeira e conferem um layout contemporâneo ao ambiente de linhas retas. O sistema construtivo utilizado na loja rendeu ao escritório do arquiteto o prêmio Abcem (Associação Brasileira da Construção Metálica) 2006.

CLUBE CHOCOLATE/SÃO PAULO, SPAço empregado: ASTM A36, aço inox A304; cálculo estrutural: Kurkdjian & Fruchtengarten; fornece-

dor e montagem da estrutura metálica: SCA Caldeiraria Ltda.; execução da obra: Fairbanks & Pilnik

SOUZA, CESCON AVEDISSIAN, BARRIEU E FLESCH ADVOGADOS/ SÃO PAULO, SP

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Elegância e leveza são características marcan-tes da escada projetada pelo escritório Roberto Loeb Associados para a sede da McKinsey. Pintada em branco, a escada helicoidal em aço interliga os andares e transmite a imagem pretendida pela empresa: um local sofisticado, moderno. Com corrimão metálico de tubos de 3,4 polegadas em linhas paralelas, o guarda-corpo lembra uma pauta musical, conforme descreve o arquiteto Roberto Loeb. Os degraus são em chapa de aço revestidos de madeira, com um diâmetro total aproximado de 4 m e largura de 1,30 m.“Como o prédio estava em uso e para não afetar a estrutura do concreto, optamos por fazê-la em aço para dar a leveza requerida pelo ambiente, além de permitir que a escada fosse implantada in loco, pois veio em módulos do fabricante”, explica Loeb.

três meses e o aço foi fundamental na agilida-de e, especialmente, no processo construtivo, segundo o arquiteto, pois o trabalho foi todo desenvolvimento com o prédio em funciona-mento. “A maior dificuldade que encontramos na execução da escada foi nas emendas, pois as chapas estruturais não puderam vir inteiras para a obra. Por isso, o acabamento final de escovação precisou ser muito bem feito”, fina-liza Maurício.

Aço empregado: SAE 1020 (estrutura principal onde estão fixados os degraus em vidro), aço inox

A304 (revestimento desta estrutura, spiders de fixação de vidros e guarda-corpos); cálculo estrutu-

ral, fornecimento e montagem da estrutura metálica: Plasmont

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Aço empregado: SAE 1020; cálculo estrutural, fornecimento

e montagem da estrutura metálica: Ser-Cop

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LIVRARIA CULTURA/SÃO PAULO, SPAço empregado: ASTM A36; cálculo estrutural: Modus;

fornecedor da estrutura metálica: Permetal

Um local adequado para a leitura, reflexão e encontros intelectuais. Assim é a nova loja da Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, em São Paulo, a maior do país. Instalada em 2007 no espaço do antigo Cine Astor, a livraria exibe soluções arquitetônicas originais, como o apro-veitamento dos diversos níveis do local, cujos acessos são realizados por rampa, elevador ou escada, que leva ao primeiro pavimento.Construída em aço ASTM A36 e madeira freijó, a escada tem como diferencial o desenho, que ganhou em leveza com os materiais escolhi-dos, de forma a entrar em sintonia com as características da loja. “A opção pela estrutura metálica deveu-se à rapidez no processo de construção e melhor aproveitamento do espa-ço, sem falar na leveza que proporcionou ao desenho do projeto”, afirma Fernando Brandão, arquiteto responsável pelo projeto.

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COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO DE SÃO PAULO/SÃO PAULO, SP

Projeto arquitetônico: Arq. Jaime Gonçalves de Souza (Tecsteel); aço empregado: aço patinável de maior resistência à corrosão; cálculo

estrutural: Eng. Mauri Rezende Vargas (Tecsteel); fornecimento e montagem da estrutura metálica: Brastubo; execução da obra: Alusa

Rapidez na montagem, precisão, qualidade construtiva. Estes são alguns dos benefícios de dois tipos de escadas pré-fabricadas projetadas pela Tecsteel para a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo, órgão da Secretaria Estadual da Habitação: uma escada com dois lances e um patamar inter-mediário e outra de um lance único sem patamar intermediário, ambas utilizadas em conjuntos habitacionais, com 1,30 m de largura e degraus com 30 cm de largura e 17,4 cm de altura. Fabricadas com aço patinável de maior resistência à corrosão e com alta resistência mecânica, são montadas apenas com parafusos, “o que per-mite uma execução rápida, precisa e com grande qualidade construtiva”, destaca o arquiteto Jaime Gonçalves de Souza, da Tecsteel. “O baixo peso das peças permite manuseio e montagem sem equipamentos especiais, como gruas, guindastes etc. Após a montagem, os degraus são preenchidos com concreto”, completa.As vigas das escadas são fabricadas com perfis tipo C, formados a frio, e os degraus feitos de chapas dobradas compondo um V. A fabricação de todas as peças foi feita numa prensa convencional, do tipo “dobradeira”. Outro importante benefício é que esta solução dispensa a construção de uma escada de serviço para atendimento à obra. (D.P.) M

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Endereços

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> ESCRITÓRIOS DE ARQUITETURAAflalo & Gasperini ArquitetosRua Helena, n° 235, 2° andar – Vila Olímpia – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3040-7200E-mail: [email protected]

André Sá e Francisco MottaAv. Lucaia, n° 295, 3° andar – Rio Vermelho – Salvador (BA)Tel.: (71) 3334-5166E-mail: [email protected]

Arqdonini – Marco Donini e Francisco ZelesnikarRua Groenlândia, n° 54 – Ibirapuera – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3887-7866E-mail: [email protected]

Barbosa & CorbucciRua General Jardim, n° 645, cj. 21 – Vila Buarque – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3258-5961E-mail: [email protected]

Botti Rubin Arquitetos AssociadosRua Hungria, n° 888, 7º andar – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3035-1717E-mail: [email protected]

Carlos Bratke Ateliê de ArquiteturaAv. Engenheiro Luiz Carlos Berrini, n° 1.091, 1° andar – São Paulo (SP)Tel.: (11) 5505-2344E-mail: [email protected]

Edo Rocha Espaços CorporativosAv. das Nações Unidas, n° 11.857, 8° andar – Brooklin Novo – São Paulo (SP)Tel.: (11) 5505-1255E-mail: [email protected]

Fernando Brandão – Arquitetura + DesignRua João Lourenço, n° 91 – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3845-2053E-mail: [email protected]

Isay WeinfeldRua André Fernandes, n° 175 – Itaim-Bibi – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3079-7581E-mail: [email protected]

Luis Antonio Cambiaghi MagnaniRestarq Arquitetura Restauração & ArteRua São Samuel, 85 – Vila Mariana – São Paulo (SP)Tel.: (11) 5572-4357E-mail: [email protected]

Oscar Niemeyerwww.niemeyer.org.br

Paulo Faccio e Pedro Dias ArquiteturaRua Monte Aprazível, n° 185 – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3045-7500

E-mail: [email protected]

Reinach Mendonça Arquitetos AssociadosRua Santonina, n° 75, cj. 32 – Pinheiros – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3032-1110E-mail: [email protected]

Roberto Loeb e AssociadosRua José Maria Lisboa, n° 1.077 – Jardim Paulista – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3081-6344E-mail: [email protected]

Ruy Rezende ArquitetosRua Fonte da Saudade, n° 215, ap. 303 – Rio de Janeiro (RJ)Tel.: (21) 3579-2254E-mail: [email protected]

Sérgio Roberto Parada Arquitetos Associados S/A Ltda.CLN 111 – Bloco D – salas 102/103 – Brasília (DF)Tel.: (61) 3379-4644E-mail: [email protected]

Zanettini Arquitetura Planejamento Consultoria S/CRua Elvira Ferraz, n° 204 – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3849-0394/3849-2557E-mail: [email protected]

CÁLCULO ESTRUTURALAlberto HamazakiTel.: (11) 3848-0052E-mail: [email protected]

Enpro Engenharia e ProjetosRua Dr. Antonio Monteiro, nº 134 – Itaigara – Salvador (BA)Tel.: (71) 3359-4174www.enpro.com.br

José Carlos Sussekind e Mário TerraTel.: (21) 2523-7173

Heloísa Martins Maringone (Cia de Projetos)Rua Mourato Coelho, n° 69, sala 6 – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3061-2603E-mail: [email protected]

Flávio D’AlambertPraça das Papoulas, nº 30, 3º andar – Alphavile – Barueri (SP)Tel.: (11) 4195-6136E-mail: [email protected]

Paulo André Barroso (Technica Consultoria & Projetos)Av. Santos Dumont, n° 2.626, sala 1.111 – Fortaleza (CE)Tel.: (85) 3224-9252www.technica.com.br

Wagner de Carvalho (WA Engenharia de Projetos)Rua Dona Luiza de Gusmão, n° 555 - Campinas (SP)Tel.: (19) 3296-2020E-mail: [email protected]

Fonseca & Mercadante Ltda.Rua Henrique Monteiro, n° 121 – Pinheiros – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3819-1280E-mail: [email protected]

InparRua Olimpíadas, n° 205, 2° andar – Vila Olímpia – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3036-3000www.inpar.com.br

Racional EngenhariaAv. Chedid Jafet, n° 222 – Vila Olímpia – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3732-3777www.racional.com

Walter Torre S/ARua George Eastman, n° 280 – Morumbi – São PauloTel.: (11) 3759-3300E-mail: [email protected] e [email protected]

ESTRUTURA METÁLICAAlufer S/A Estruturas MetálicasRua General Furtado Nascimento, n° 684, 7° andar – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3022-2544E-mail: [email protected]

AlusaAv. Dr. Alberto J. Byington, n° 160 – Osasco (SP)Tel.: (11) 3659-6590

Beltec EngenhariaRua Professor Tranquilli, n° 239 – São Paulo (SP)Tel.: (11) 5549-2971

BrastuboAv. Brigadeiro Faria Lima, n° 1.234, 13° andar – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3035-4933E-mail: mauro.batista@ brastubos.com.br

Cibresme/TecnovservRua Gaudioso de Carvalho, nº 217 – Jd. Iracema – Fortaleza (CE)Tel.: (85) 3236-4477E-mail: [email protected]

Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa)Av. do Café, n° 277, Torre B, 8°e 9° andares – Vila Guarani – São Paulo (SP)Tel.: (11) 5070-8800www.cosipa.com.br

ConstrumetAv. Santo Amaro, n° 537, cj. 8 – Vila Nova Conceição – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3846-1364E-mail: [email protected]

CronaconRua Aimberê, n° 1.081 - Perdizes – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3676-0908E-mail: [email protected]

EngemetalRua Pedro Paulo Celestino, n° 150 – Piraporinha –

Diadema (SP)Tel.: (11) 4070-7070E-mail: [email protected]

Hunter DouglasRua General Furtado do Nascimento, n° 740, cj. 55 – Alto de Pinheiros – São Paulo (SP)Tel.: (11) 2135-1000www.hunterdouglas.com.br

PermetalEstrada Velha de São Miguel, n° 717 – Guarulhos (SP)Tel.: (11) 2823-9205www.permetal.com.br

Phyton Engenharia e Equipamentos IndustriaisEstrada do Sacramento, n° 1.725 – Bairro dos Pimentas – Guarulhos (SP)Tel.: (11) 2480-4222E-mail: [email protected]

PlanmetalRua Dr. Rodrigo de Barros, n° 317 – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3326-2636

Email: [email protected]

Plasmont Estruturas MetálicasRua Pires da Fonseca, n° 184 – Jaçanã – São Paulo s(SP)Tel.: (11) 2241-0122E-mail: [email protected]

Poliaço Engenharia Indústria e Comércio Ltda.Rua Maria Aparecida Meneghini, 488 – Parque N. Sra. da Candelária – Itu (SP)Tel.: (11) 4023-1651/4022-6719/4022-7642/4013-0830E-mail: [email protected]

Projecta Estrutura metálicaAv. Projecta, n° 798 – Guarulhos (SP)Tel.: (11) 2085-4355www.projecta.com.br

SCA Caldeiraria Ltda.Av. Cel. Oliveira Lima, n° 3.705 – Bairro Aliança – Ribeirão Pires (SP)Tel.: (11) 4828-7941E-mail: [email protected]

Ser-CopRua Tenente Aly C. de Paula, n° 13 - Jd. Cumbica – Guarulhos (SP)Tel.: (11) 2446-5060E-mail: [email protected]

Tessler EngenhariaRua Dr. Cesário Mota Júnior, n° 424 – Vila Buarque – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3154-2727E-mail: [email protected]

Sulmeta ConstruçõesAv. Candido Costa Filho, n° 588, cj. 29 – Vila São Francisco – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3763-4010E-mail: [email protected]

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Gepro EngenhariaAv. Cupecê, n° 6.062, bloco 2, loja 13 – Jardim Miriam – São Paulo (SP)Tel.: (11) 5621-7306E-mail: [email protected]

Grupo Dois Engenharia de EstruturasRua Batataes, n° 146 – Jardim Paulista – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3057-2978E-mail: [email protected]

Kurdjian & Fruchtengarten Engenheiros AssociadosRua George Eastman, n° 160, 6° andar – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3758-2388

Modus Engenharia de EstruturasRua Tenente Gomes Ribeiro, n° 77 – Vila Clementina – São Paulo (SP)Tel.: (11) 5081-5041E-mail: [email protected]

SVS Projetos Estruturais Ltda.Rua Fiação da Saúde, n° 111 – São Paulo (SP)Tel.: (11) 5583-0744E-mail: [email protected]

Tecsteel – Engenharia e Consultoria TécnicaAlameda Iraé 620, cj 37 – Moema – São Paulo (SP)Tel.: (11) 5051-1160E-mail: [email protected]

CONSTRUTORASCodemeRodovia BR 381, km 421 – Distrito Industrial Paulo Camilo – Betim (MG)Tel.: (31) 3303-9000www.codeme.com.br

Confidere Imobiliária e Incorporadora Ltda. (empresa do grupo Synthesis)Av. Atlântica, n° 1.130, 12° andar – Copacabana – Rio de Janeiro (RJ)Tel.: (21) 2105-9500E-mail: [email protected]

Construtora CyrelaAv. Pres. Juscelino Kubitschek, n° 1.455, 3º andar – São Paulo (SP)Tel.: (11) 4502-3000E-mail: [email protected]

Construtora OASAv. Angélica, n° 2.346 –Consolação – São Paulo (SP)Tel.: (11) 2124-1471www.oas.com.br

Empire Tecnologia (empresa do Grupo Marquise)Av. Pontes Vieira, n° 1.838, Dionísio Torres – Fortaleza (CE)Tel.: (85) 4008-3322www.marquise.com.br

Fairbanks & Pilnik Construções EspecializadasRua Alavarenga, n° 508 – Butantã – São Paulo (SP)Tel.: (11) 3039-6533E-mail: [email protected]

Page 34: Revista Arquitetura & Aço 15

32 ARQUITETURA AÇO&

expediente

NÚMEROS ANTE RIO RES:

Os núme ros ante rio res da revista

Arquitetura & Aço estão dis po ní veis para

down load na área de biblio te ca do site:

www.cbca-ibs.org.br

PRÓXIMA EDIÇÃO:

Coberturas e fechamentos – dezembro de 2008

MATERIAL PARA PUBLI CA ÇÃO:

Contribuições para as próximas edições

podem ser enviadas para o CBCA e serão ava-

liadas pelo Conselho Editorial de Arquitetura

& Aço. Entretanto, não nos comprometemos

com a sua publicação. O material enviado

deverá ser acompanhado de uma autorização

para a sua publicação nesta revista ou no site

do CBCA, em versão eletrônica. Todo o mate-

rial recebido será arquivado e não será devol-

vido. Caso seja possível publicá-lo, o autor

será comunicado.

É necessário o envio das seguintes informa-

ções em mídia digital: desenhos técnicos do

projeto, fotos da obra, dados do projeto (local,

cliente, data do projeto e da construção, autor

do projeto, engenheiro calculista e constru-

tor) e dados do arquiteto (endereço, telefone

de contato e e-mail).

Apoio:

Revista Arquitetura & Aço Uma publi ca ção tri mes tral da Quadrifoglio Editora para o CBCA (Centro Brasileiro da Construção em Aço)CBCA: Av. Rio Branco, 181 – 28º andar20040-007 – Rio de Janeiro/RJTel.: (21) [email protected]

Conselho EditorialCatia Mac Cord Simões Coelho – CBCA/IBSMarcelo Micali – CSNPaulo Cesar Arcoverde Lellis – UsiminasRoberto Inaba – CosipaRonaldo do Carmo Soares – Gerdau AçominasSilvia Scalzo – ArcelorMittal Tubarão

Supervisão TécnicaSidnei Palatnik

PublicidadeSidnei Palatnik – Tel.: (11) [email protected]@ibs.org.br

Quadrifoglio Editora Rua Lisboa, 493 – 05413-000 – São Paulo/SPTel.: (11) [email protected]

DireçãoCristiano S. BarataCoordenação EditorialLedy Valporto LealRedaçãoCarine Portela, Deborah Peleias e Isis Gabriel RevisãoDeborah PeleiasProjeto Gráfico e EditoraçãoCibele Cipola e Jefferson Moura (estagiário)Pré-impres são e Impres sãoCantadori / Ibep

Endereço para envio de material:Revista Arquitetura & Aço – CBCAAv. Rio Branco, 181 – 28º andar20040-007 – Rio de Janeiro/[email protected]

É per mi ti da a repro du ção total dos tex tos, desde que men cio na da a fonte.É proi bi da a repro du ção das fotos e dese nhos, exce to median te auto ri za-ção ex pres sa do autor.

ERRATA:Na edição nº 14, junho 2008, na legenda da página

18, o nome correto do arquiteto é Marcelo Barbosa

e não Manuel Barbosa, como publicado.

Page 36: Revista Arquitetura & Aço 15

Principais aplicações:

• Estruturas de edifícios• Galpões• Estacas metálicas• Indústria de máquinas

e equipamentos• Navios e plataformas• Chassis de veículos

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