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9771678112036 21 ARQUITETURA AÇO ARQUITETURA AÇO & Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 21 março de 2010 Aeroportos Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 21 março de 2010

Revista Arquitetura & Aço 21

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ARQUITETURA AÇOARQUITETURA AÇO&Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 21 março de 2010

Aeroportos

Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 21 março de 2010

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Mais do que portas de entrada, os aeroportos são hoje os grandes organizadores do fluxo de pessoas. Nunca antes se viajou tanto de avião. E este não é o único, mas um dos principais motivos da grande necessidade de expansão em que se encontram os aeroportos do mundo todo.

No Brasil, nos vemos agora diante de dois outros – e potentes – motiva-dores para a ampliação da nossa malha aeroportuária: Copa do Mundo, em 2014, e Olimpíadas, em 2016. Muitos planos já estão em andamento. Até 2014, a Infraero tem como missão ampliar pelo menos 16 aeroportos, aumentando em mais de 66% a capacidade dos terminais de cargas e passageiros, em obras que começam agora.

É a esta tipologia que se dedica a presente edição de Arquitetura&Aço, que amplia seu escopo editorial, trazendo, entre outras novidades, depoi-mentos exclusivos de arquitetos conhecedores da área, como Sérgio Parada e Sergio Jardim, além de uma matéria técnica que radiografa a construção de edifícios-garagem para aeroportos.

O aeroporto Santos-Dumont, cartão-postal do Rio – epicentro dos eventos que colocarão o Brasil na pauta internacional –, é mais um dos destaques dessa edição. Dono de um dos terminais mais modernos do país, o Aeroporto Internacional de Brasília é outro destaque. Do outro lado do planeta, A&A traz o recordista em números: o Aeroporto Internacional de Pequim, cujos grandes vãos de seu terminal mais novo – estruturado e coberto em aço – alcançam uma área de 1,3 milhão de m2.

A revista apresenta, ainda, os projetos universitários selecionados para o concurso internacional organizado pelo Ilafa (Instituto Latinoamericano de Ferro e Aço), em 2009.

Em todos estes projetos o aço se apresenta como um material de excep-cional versatilidade e capacidade estrutural.Boa leitura.

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Para alçar

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sumárioFoto de capa:

o Aeroporto JK, de Brasília

Arquitetura & Aço nº 21março 2010

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14.10. 17.

20. 24. 32.04. 08.

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04. O aço no aeroporto JK, de Brasília, permitiu uma transformação radical que priorizou a dinâmica de um

dos terminais mais movimentados do país. 08. Sérgio Parada fala sobre os desafios no trabalho com arquitetura

aeroportuária no Brasil. 10. Em Maceió, o aço viabilizou referências à cultura local na construção de um terminal

mais sustentável e inovador. 14. A recuperação e a ampliação do Santos-Dumont, aeroporto que emoldura um dos

mais belos cartões-postais do país. 17. Sergio Jardim comenta sua experiência nas reformas de alguns dos maio-

res aeroportos brasileiros. 20. Pequim: o maior terminal de passageiros do mundo é uma expressão da grandeza

da China e das potencialidades do aço. 24. Concurso do Ilafa e a missão de aproximar estudantes de arquitetura

da América Latina da construção industrializada e mais racional. 32. Matéria técnica detalha as peculiaridades da

construção de edifícios-garagem de aeroportos.

ENDEREÇOS 34

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Eficiência O prOjetO arquitetônicO dO aerOpOrtO internaciOnal de Brasília – presidente juscelinO KuBitscheK resiste aO tempO e prOva a raciOnalidade da OpçãO pelO açO

Foi apenas em 1990 que o Aeroporto Internacional de Brasília – Presidente Juscelino Kubitschek começou a ganhar a forma atual, concebida pelo arquiteto Sérgio Roberto Parada: um corpo central e dois satélites para embarque e desembarque de passageiros, estrutu-rados a partir de uma grande cobertura de aço em treliça espacial.

A partir da utilização do aço, o projeto de reforma, ampliação e modernização do antigo plano de 1956 otimizou a infraestrutura existente e viabilizou a construção em três etapas, sem provocar a

interrupção das operações aéreas. Do projeto atual falta ainda construir o Satélite Sul, que irá permitir atender à demanda de cerca de 20 milhões de passageiros ao ano.

A primeira etapa foi inaugurada em 1992 e incluiu a construção do viaduto de acesso ao terminal de passageiros

a toda a prova

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e a cobertura de aço. Dois anos depois, foi inaugurado o Satélite Norte. Nessa segunda etapa da obra também foram entregues a reforma do corpo central do terminal de passageiros e nove pontes de embarque.

A conclusão da terceira fase da obra acrescentou uma nova área de embar-

que e desembarque internacional, um terraço panorâmico e uma praça de alimentação 24 horas. Com a instalação de uma galeria com espelhos d’água, jardins e espaço para exposições, a refor-ma alcançou os atuais 17.285 m2. Em 2004, foi concluída a quarta etapa com a finalização da construção e a reforma da área sul do corpo central do terminal. Neste momento também foi concluída a expansão do terraço panorâmico para adaptação ao conceito de Aeroshopping.

O terraço panorâmico foi ampliado em 2004 para se adequar ao conceito de Aeroshopping. O projeto levou em consideração o máximo aproveita-mento da luz e ventilação naturais

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A opção pelo aço no Aeroporto de Brasília foi determinante para minimizar os impactos negativos da obra na operação aeroportuária. Na praça de desembarque, acima, se destaca a leveza das estruturas espaciais em aço da cobertura. Abaixo, o pátio de manobras do aeroporto, onde é feito o manuseio das bagagens, e, à direita, vista da praça de alimentação

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> Projeto arquitetônico: Sérgio Roberto Parada

> Colaboradores: arq. Antônio Henrique Sottovia, José Mauro de Barros Gabriel, Fabiana Torres Mendonça, Eni de Barros Gabriel, Rodrigo Marar, Suyene Arakaki, Marcelo Sávio, Igor Campos, Gustavo Costa, Carlos Weidler, Marcelo Gama, Débora Barros e Ailton Moraes

> Área de projeto: 100.000,00 m²

> Aço empregado: aço patinável de alta resistência mecânica e maior resistência à corrosão atmosférica

> Volume do aço: 2.200 toneladas

> Projeto da estrutura metálica: eng. Welder Silva de Miranda

> Fornecimento, fabricação e montagem da estrutura metálica: CPC Estruturas Metálicas

> Execução da obra: Camargo Correa (1ª, 2ª e 3ª etapas) e Beter (4ª etapa)

> Local: Brasília, DF

> Data do projeto: 1990 – 2003

> Conclusão da obra: (4º etapa): 2004

De linhas modernas, o projeto, que originalmente utilizaria o concreto como sistema estrutural, foi alterado para o aço como consequência das condicionantes da obra: o curto prazo para sua conclusão e a necessidade de manter o fluxo aéreo e de passageiros.

A tecnologia do aço foi a escolha natural. No caso da grande cobertura do acesso ao terminal, que protege a praça de desembarque, foi usada uma estrutura espacial. Por esta ser leve e de fácil construção, foi erguida sobre uma área em operação. “Com esta tecnologia foi possível minimizar os impactos negativos da obra na ope-ração aeroportuária”, explica Parada. “Quanto à cobertura do terraço pano-râmico, em 2004, também propus essa tecnologia porque tínhamos de cons-truir a grande cobertura sobre estrutu-ras existentes, e as cargas deveriam ser reduzidas para viabilizar o projeto.”

A cobertura do terraço panorâmi-co, onde funciona o Aeroshopping, foi desenhada com grandes planos curvos e soltos, recebeu telhas metálicas zipa-das e forro em chapa de aço corruga-do, desenvolvido especificamente para a obra. Composta por vigas planas e perfis I soldados com seção variável, a estrutura metálica está apoiada em perfis tubulares de aço que convergem para os pilares de concreto.

Para completar, o fechamento do terraço em vidro laminado permite uma visão panorâmica de 360 graus do pátio de aeronaves, das pistas de pouso e decolagem e da área frontal de recepção e desembarque de passagei-ros, além dos usuários poderem des-frutar do pôr-do-sol de Brasília. (D.p.) M

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Em seu currículo, Sérgio Roberto Parada tem cerca de 15 projetos aeoroportuários, entre terminais de passageiros e de carga. Ele também é vencedor do concurso do Aeroporto Internacional de Wuxi Shuofang, na China

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Além da necessidade física (a estabilidade da edificação),o aço otimiza o tempo e amplia o emprego do processo industrializado

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AA – Quais os principais princípios que nortearam o projeto do aero-porto de Brasília?SP – Desde os primeiros esboços que elaborei sempre tinha em mente a concepção de um edifício que pudesse aproveitar ao máxi-mo tudo o que a natureza nos oferece, como luz e ventilação natu-rais. Também quis integrar, com generosidade, o espaço externo e o interno do edifício, criando uma praça coberta que estabelecesse um ponto de encontro entre pessoas que chegam e que partem.

AA – Quais foram as maiores dificuldades da obra?SP – A complexidade do projeto era muito grande e o plano diretor tinha muitas restrições. A principal era o terminal existente, que deveria continuar operando enquanto as obras de ampliação se desenvolvessem. Hoje, quando vemos a obra parcialmente pronta, não imaginamos a complexidade em se resolver um projeto de um terminal de passageiros e, principalmente, sendo construído sobre outro existente, com todas as interferências operacionais e constru-tivas. Mas vencemos as dificuldades e, sem dúvida nenhuma, foi com o espírito de união e de realização de todas as equipes de trabalho.

AA – E como a reforma otimizou as possibilidades da infraestrutura existente e viabilizou a construção em etapas?SP – Este projeto/obra me proporcionou um grande aprendizado, e acredito que para toda a equipe técnica. Desde o início do projeto, em 1990, tínhamos uma vontade de realizar um trabalho e qualidade de obra muito grandes. Tínhamos que tomar por base que o aproveita-mento máximo da infraestrutura existente era fundamental, princi-palmente na questão do pátio de aeronaves, cuja construção é muito cara. Depois, o edifício sofreria uma metamorfose, ou seja, se transfor-maria num terminal moderno e adequado às necessidades, com pon-tes de embarque/desembarque, utilização de sistemas de controle do edifício de última geração, enfim, uma aposta na modernização.

AA – E o aço foi elemento definidor nesse processo?SP – Para que tudo isso fosse realizado, a tecnologia de constru-ção deveria atender às exigências de segurança, tempo adequa-do, adaptações de operações etc. Sem dúvida, a técnica do uso do aço foi fundamental.

Com mais De três DéCaDas de profissão, o arquiteto Sérgio Roberto Parada tem em seu currículo diversos prêmios e homenagens, consequên-cia das inúmeras obras projetadas nas mais diversas tipologias, que vão de edifícios comerciais a terminais de passageiros. Dentre suas obras mais recentes, a sede do Iphan, em Brasília, e o Aeroporto Internacional de Wuxi Shuofang, na China, são atestados de sua versatilidade. Curitibano de nascimento, considera-se brasiliense de coração desde 1997, quando mon-tou seu escritório na capital federal. Parada fala nesta entrevista de seu processo de criação e da construção do Aeroporto Internacional de Brasília.

AA – Além de aeroportos, a Copa e os Jogos Olímpicos tornaram eviden-tes a necessidade de uma gama de obras de infraestrutura. Como o sr. vê a participação da construção em aço diante dos desafios que o país tem pela frente?SP – A tecnologia do aço se torna cada vez mais evidente e necessária. Dificilmente vemos, nos dias de hoje, edifícios com grandes vãos ou grande altura que não sejam pensados com a técnica do aço. Isso, porque além da tecnologia que atenderá a uma neces-sidade física (a estabilidade da edi-ficação), temos o tempo como fator primordial, e a possibilidade de uma maior industrialização do processo de construção.

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A marquise do aeroporto de Maceió tem estrutura metálica e fechamento em lona e é um dos marcos do projeto arquitetônico

Cultura e sustentabilidade Projeto do AeroPorto de MAceió incorPorou eleMentos regionAis Ao seu desenho de AcentuAdA PlAsticidAde

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A linguAgem contemporâneA e a acentuada plasticidade são duas mar-cas importantes do projeto arquitetô-nico do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, em Maceió (AL). Assinado por Mário Aloísio Barreto Melo, o aero-porto da capital alagoana é uma das mais modernas obras aeroportuárias brasileiras. Além da climatização, um mesmo sistema regula desde a intensi-dade da iluminação e do ar refrigerado até a velocidade das escadas rolantes. Em operação desde 2005, tem capaci-dade para receber 1,2 milhão de passa-

O amplo hall de entrada, com pé-direito triplo, abriga um jardim sob uma grande claraboia. Localizada na cobertura central, a abertura proporcio-na iluminação ao ambiente interno. A estrutura de sustentação principal é aparente, marcando o rasgo longitudinal como uma espinha dorsal

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geiros por ano, expansível para 2,5 milhões até 2014.Dentre suas inovações, destaca-se o sistema de cogeração de

energia ambientalmente limpa a partir da utilização de gás natu-ral. Este sistema foi projetado com dois grupos de geradores movi-dos a gás natural, que abastecem todo o aeroporto. Por meio desse processo, a água quente, utilizada para o arrefecimento dos gera-dores, é reaproveitada e vertida em água gelada por meio de um chiller de absorção.

Implantado sobre um planalto, o novo terminal do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares é um edifício de três pavimen-tos principais e dois andares técnicos, formado por dois blocos curvos. Na cobertura, em sistema metálico, destacam-se a grande abertura zenital em vidro, e as telhas em tom de verde, que busca reproduzir a cor do mar.

Corte longitudinal

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Ao alto, vista aérea do complexo do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares. Os detalhes do projeto homenageiam a cultura local. A cobertura metálica reproduz um escudo africa-no. Abaixo, ponte de embarque e desembarque

Como em toda a obra do arquiteto, a cultura alagoana está pre-sente em diversos detalhes, como nas coberturas tensionadas e no desenho dos postes de iluminação do pátio, que lembram as velas e os mastros das jangadas.

E é neste contraste entre revestimentos metálicos e artesanais que encontramos a marca dessa interação entre o aeroporto, equi-pamento contemporâneo e funcional, e os valores locais simboliza-dos por cores e texturas.

O grande átrio central do terminal, com o pé-direito de 13 m de altura, é formado por dois arcos locados nas extremidades laterais. No centro, o conjunto das circulações verticais concentra os fluxos e leva os passageiros diretamente ao embarque ou à praça de ali-mentação. Um vazio de contorno elíptico abre a praça de alimen-tação, estabelecendo contato visual e integração entre o nível das lojas e o fluxo dos passageiros que lá desembarcam. A intenção, de acordo com a equipe de arquitetos, foi criar impacto visual para quem chega à cidade.

E completando o impacto perseguido pelo projeto de arquitetura apresenta-se a marquise, com estrutura metálica e fechamento em lona que marca a face frontal do prédio, voltada para o norte. (D.p.) M

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> Projeto arquitetônico: Mário Aloísio Barreto Melo

> Colaboradores: arq. Tiago Amaral e Henrique Gennari; Mariana Estay, André Venceslau, André Coelho e Bruno Damasceno

> Área: 22.423,62 m²> Aço empregado: aço patinável

de alta resistência mecânica e maior resistência à corrosão atmosférica

> Volume do aço: 580 t> Projeto estrutural: Technica

Consultoria e Projetos Industriais, Pengec Engenharia Consultoria, Consep Consultoria Engenharia e Projetos

> Fornecimento, fabricação e montagem da estrutura metálica: Hispano

> Execução da obra: OAS> Local: Maceió, AL> Data do projeto: 2001> Conclusão da obra: 2005

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www.cbca-iabr.org.br

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Respeito à paisagemRefoRma de SeRgio JaRdim pReSeRvou a leveza e atualizou a funcionalidade do pRoJeto hiStóRico doS iRmãoS RobeRto

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Respeito à paisagemFoi de dentro de uma precária cabana de madeira no canteiro de obras que os arquitetos Marcelo e Milton Roberto acompanharam, nos anos 1930, a construção do Aeroporto Santos-Dumont, no Rio de Janeiro. O pequeno e elegante projeto dos irmãos Roberto é considerado um dos símbo-los da arquitetura modernista brasilei-

Com cobertura em telha metá-lica tipo sanduíche e clara-boias de vidro que permitem a entrada de luz natural no interior de pé-direito triplo, a reforma racionalizou o con-sumo de energia elétrica

ra e se destaca pela relação com a cidade. O hall transparente, em vidro, “aproxima” a Baía de Guanabara, as pistas e os aviões.

Com o tempo, o projeto foi sofrendo reformas e adaptações até que, em 1998, foi parcialmente destruído por um incêndio. O projeto de recuperação foi feito por Sergio Jardim, especialista em obras aero-portuárias, e o Santos-Dumont foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural (Inepac). Em 2004, quando sua capacidade de 1,8 milhão de viajantes por ano já excedia 3 milhões, ele foi novamente ampliado com projeto de Sergio Jardim.

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O aeroporto foi construído em um espaço tão representativo quanto o próprio terminal: a praça em frente ao aeroporto e o Aterro do Flamengo são projetos assinados pelo paisa-gista Burle Marx; o Museu de Arte Moderna, de Afonso Eduardo Reidy, e o Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, projeto arquitetô-nico de Marcos Konder Netto e Hélio Ribas Marinho.

As estruturas em aço foram a solu-ção para preservar a leveza e a trans-parência do projeto original. Por sua facilidade de se agregar a estruturas existentes, a reforma teve o cronogra-ma acelerado e sem nenhum contra-tempo. O prédio original concentrou a função de desembarque, enquanto um novo edifício ficou com a função de embarque dos passageiros. Ligando os dois espaços, está uma edifica-ção elíptica com 287,5 m de compri-mento, construída em tubos de aço e vidro, onde se concentram as salas de embarque e as pontes metálicas (fin-gers), que hoje dividem os fluxos de embarque e desembarque. O novo ter-minal funciona somente para embar-que, deixando o anterior com a função de desembarque. (F.L.) M

> Projeto arquitetônico: Sergio Jardim

> Área construída: 33 mil m²

> Aço empregado: aço patinável de alta resistência mecânica e maior resistência à corrosão atmosférica; lajes tipo steel deck; tubos estruturais de aço sem costura

> Volume de aço: 340 t> Projeto estrutural: Figueiredo

Ferraz (projeto 2007)

> Fornecimento e montagem da estrutura metálica: CPC Estruturas Forte Metal e Sanebras Estruturas; coberturas: Perfilor e Dânica; conectores e stud-bolts: Ciser – Crescenza

> Execução da obra: Consórcio Odebrecht/Carioca/Construcap

> Local: Rio de Janeiro, RJ> Data do projeto: 1996> Conclusão da obra: 2007

O embarque foi transferido para o novo terminal, com três pavimentos e um sub-solo, onde um túnel envidraçado abriga as salas de embarque e corredores de ligação. As pontes de embarque e desembarque de passageiros organizam, hoje, o trânsito de 8 milhões de passageiros por ano

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Além do Santos-Dumont, no Rio, e Congonhas e Guarulhos, em São Paulo, Sergio Jardim é autor dos projetos do Aeroporto de Macapá, de Salvador e de Palmas

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Formado peLa FacuLdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1976, Sergio Jardim é um especialista em obras aeroportuárias. Ao longo de mais de três décadas, o arquiteto e diretor do escritório Planorcon realizou projetos de reformas e ampliações de alguns dos mais importantes aeroportos do país, como o Aeroporto Internacional

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de Congonhas (SP), o Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) e o Aeroporto Santos-Dumont (RJ). Na entrevista que se segue, Sergio Jardim comenta os desafios de sua obra mais famosa e reflete sobre o trabalho com arquitetura aeroportuária no Brasil.

AA – Quais os principais desafios em projetar aeroportos no Brasil?SJ – Por força justamente das dimensões continentais do país, o desafio está na identificação das características regionais de onde se encontra o aeroporto e na elaboração de um projeto em obediência a essas características, principalmente no que se refere ao clima.

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Passageiros –, o aeroporto estava com-pletamente descaracterizado, com inter-ferências desastrosas levadas a cabo ao longo dos anos. Resgatada a volumetria original, o prédio foi finalmente protegi-do pelo Inepac. Cumprida essa etapa, nos coube, anos depois, projetar a ampliação do Terminal de Passageiros com o míni-mo possível de intervenções no prédio existente, mantendo o máximo da trans-parência do projeto original. Esse foi o maior desafio.

AA – O projeto investe na “convivên-cia” de construções com cerca de 70 anos de diferença. O sr. enxerga essa consciência nas gerações de profissio-nais que devem assumir nos próxi-mos anos a mais importante leva de reformas na infraestrutura pela qual o Brasil já passou? SJ – Somos um país novo e os jovens arquitetos estão cada vez mais preocu-pados com a preservação da memória arquitetônica e em encontrar destina-ções, utilidades e funções contemporâ-neas para as edificações. Isso demanda intervenções, e o aço, por suas inúmeras possibilidades de aplicação, vem a ser um excepcional facilitador. (F.L.) M

AA – Os projetos para aeroportos sofreram muitas mudanças ao longo das últimas décadas?SJ – Sem dúvida. A utilização das estruturas em aço passou a permi-tir ousadias estruturais, estéticas e operacionais, o que representou uma mudança fundamental para a arquitetura aeroportuária. Um exemplo é a marquise do Terminal de Passageiros do Aeroporto de Palmas (Tocantins), com um vão livre de 23 m, permitindo a circulação de veículos, passageiros e transeuntes, protegidos e sem qualquer obstáculo.

AA – Quais os desafios de reestruturar um conjunto complexo como o aeroporto Santos-Dumont?SJ – Até 1998 - quando um incêndio quase destruiu o Terminal de

A utilização das estruturas em aço passou a permitir ousadias estruturais, estéticas e operacionais, o que representou uma mudança fundamental para a arquitetura aeroportuária

“ Sergio Jardim sonha com a possibilidade de aeroportos sustentáveis, inseridos dentro de uma malha urbana igualmente consciente. "Assim, chegaríamos à condição de intermodalidade, apontando para um futuro economicamente equi-librado, em que todos pudessem ser atendidos e transportados com conforto e segurança, transitando por espaços harmônicos, belos e funcionais"

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O aço Usiminas estará presente na Copa de 2014. Nos estádios e em qualquer outro projeto que precise de soluções completas em aço.

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O dragão de açoConCluído em 2008, o Terminal 3 do aeroporTo inTernaCional de pequim é, Com seus 1,3 milhão m², um símbolo da robusTez e ambição Chinesas. o maior aeroporTo do mundo Congrega passageiros sob uma CoberTura de aço que se espraia em uma área de 360 mil m²

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Na página ao lado e acima, as ripas de aço que separam a cobertura, cujo revestimento externo alcança 275 mil m2 do T3 do Aeroporto de Pequim. Abaixo, passageiros após o desembarque em um dos mais modernos controles de bagagem do mundo

O maiOr aerOpOrtO do mundo tinha mesmo de ser construído no país mais populoso. Em março de 2008, a China viu a área total do Aeroporto Internacional de Pequim chegar a 4,7 mil hectares. O Terminal 3 havia sido concluído – e em menos de qua-tro anos. Juntamente com o Centro de Transportes Terrestres (CTT), o T3 ocupa uma área de 1,3 milhão m2.

A construção do novo terminal foi acelerada pela admissão da China na Organização Mundial do Comércio, em 2001, acontecimento que lhe abriu os mercados internacionais, e pelos Jogos Olímpicos de 2008, que atraíram os olhos do mundo para a sua capital. Era preciso que as portas de entrada e saída do país sintetizassem as ideias de ino-vação e grandeza que a China queria transmitir ao mundo.

Como nos aeroportos de Stansted, em Londres, e de Chek Lap Kok, em Hong Kong, o projeto do escritório Foster and Partners, do arquiteto inglês Norman Foster, seguiu alguns princí-pios construtivos eficientes: uma cober-tura grande e unificadora; simplicidade de organização para o fluxo de passa-geiros; luz natural abundante e um sis-tema de transporte terrestre integrado.

Alguns pontos importantes do pro-jeto de Pequim, entretanto, diferem dos de Londres e Hong Kong. Os vários andares que abrigam as instalações aeroportuárias em Chek Lap Kok deram lugar a uma distribuição horizontal e mais equilibrada em ambas as asas em “Y” do T3 – as suas duas estruturas triangulares, conectadas por um setor satélite que é a espinha dorsal do ter-minal. Esse arranjo aproveita melhor o

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espaço e aumenta o número de plataformas dos aviões, com vagas para 126 aeronaves.

Outra mudança foi concentrar os voos domésticos ao longo da asa norte, onde está localizado o CTT, e da área satélite. A medida reduz o taxiamento dos aviões, que ficam abrigados próximos aos prédios determinados. O desembarque dos viajantes internacionais também é diferente do que se vê em outros aeroportos. Em vez de atravessar um sem-fim de corredores e escadas rolantes, quem aporta em Pequim desce no andar superior da extremidade norte e é recebido em um oceânico teto de aço.

O Automated People Mover, trem que liga as duas pontas do aeroporto, leva o viajante, em menos de dois minutos, pelos 3,25 km que separam o desembarque do CTT, de onde ele pode seguir para

o centro urbano da cidade.A cobertura do T3 foi criada de

modo a permitir que a luz do dia entre continuamente no edifício. Ela consis-te numa construção em aço feita com módulos triangulares soldados ou apa-rafusados, que produzem as diferen-tes curvaturas do teto. A estrutura é revestida internamente com tiras de aço pintadas de branco, mantidas a uma distância suficiente para que a luz externa que trespassa as claraboias chegue ao interior do aeroporto.

Essa superfície contínua parece aumentar ainda mais a extensão da enorme cobertura. Sua estrutura é sus-tentada por colunas tubulares de aço, de comprimentos variáveis. O ponto mais alto é o centro das duas estruturas triangulares; a partir dali, a cobertura cai suavemente em direção às pare-des côncavas e à espinha do terminal. A impressão de andar por um espaço interminável é reforçada pelas filei-ras das gigantescas colunas brancas,

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Dividido em três áreas, o T3 está anexo ao Centro de Transportes Terrestres (acima), com uma cobertura de vidro de mais de 27 mil m2. Abaixo, a perspectiva renderizada do T3. A ligação do desembarque internacional com o CTT é feita por um trem que chega a 80 km/h

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separadas por uma distância de 36 m.Durante o dia, a luz entra no termi-

nal através das altas paredes de vidro, com suas robustas colunas treliçadas de aço – inclinadas para fora para redu-zir o reflexo –, e das claraboias, visíveis pelo teto ripado. A luz natural destaca as cores intensas da estrutura, pintada em 16 variações de tons valorizados na cultura chinesa: do vermelho imperial dos balcões de check-in às sombras em laranja e amarelo no fim do terminal internacional.

Os dados da construção do T3 são tão impressionantes como ele próprio. No pico das obras, mais de 50 mil pes-soas trabalharam simultaneamente naquele terreno. A estrutura da cober-tura é feita de 18.950 toneladas de aço; as colunas que a sustentam exigiram 26.850 toneladas do mesmo material. Números condizentes com um ter-minal cujas estatísticas mostram que receberá 50 milhões de passageiros por ano até 2020. (F.a.) M

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As paredes côncavas, escolta-das por colunas de aço, definem o corpo do T3, com capacidade para receber até 14 mil pas-sageiros de voos domésticos e internacionais a cada hora

Nas imagens abaixo, a vasta cobertura do T3. O primeiro terminal do aeroporto de Pequim foi construído em 1959, numa área de 78 mil m2. O T2 foi concluído depois de 40 anos e se estende por 326 mil m2. A construção do T3 – com seus 10,6 milhões de m3 de terraple-nagem – foi realizada inteiramente por companhias chinesas

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24 &ARQUITETURA AÇO

O Ilafa – InstItutO latInOamerIcanO de ferrO e açO – é uma InstItuIçãO nãO gOvernamental sem fIns lucratIvOs sedIada nO chIle que, entre dIversas Outras ações, e de fOrma sImIlar aO cBca, amplIa seu apOIO à cadeIa dO açO. a InstItuIçãO realIza anualmente um cOncursO de arquItetura entre as unIversIdades latInOamerIcanas

A primeirA edição do ConCurso ilAfA de Desenho em Aço para Estudantes de Arquitetura, ocorrida em 2008, teve como tema pavi-lhões de exposições e convenções, na qual a equipe do Peru sagrou-se campeã. Em 2009, sob o tema aeroportos, conferiu o primeiro lugar ao projeto da equipe da Universidad Mayor de Santiago e reafirmou o objetivo de incentivar o desenvolvimento do ensino e a ampliação do conhecimento do uso do aço entre os estudantes de arquitetura e engenharia da América Latina. Além do projeto chileno, que ficou com o primeiro lugar, foram classificadas propostas de universidades do Brasil, Argentina, Peru, Venezuela, México e Equador. A premiação deste ano propõe os centros públicos como objeto do projeto.

A educaçãopara o aço

Como parte deste esforço de apro-ximar o Brasil de uma construção mais industrializada, e menos artesanal, o CBCA promoveu, em 2008 e 2009, um concurso nacional em que os vencedores foram os representantes brasileiros no concurso do Ilafa. Nesta edição, apresentamos seis dos sete projetos finalistas da edição 2009 do concurso do Ilafa, escolhidos por um júri composto por representantes dos países participantes. (A.W. e f.A.)

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ão 1º lugar: aeroporto sem Vento

país: Chile/universidad mayor de santiago

autores: luis Haro, markos Huincahue, José ripeti e luciano Valdivia

profs. orientadores: Cristian Winckler e pablo sari

A escolha de Punta Arenas, com as baixas temperaturas e os ventos intensos da região, levaram os estudantes a projetar um aeroporto sob o lema “sem vento”.

A proposta dos vencedores do concurso do Ilafa consiste em escavar 2,5 m do solo, criando-se um abrigo do vento. Devido ao rigor do clima local, o projeto prevê o controle da entrada de ar e de luz. Uma cobertura é proposta sobre a área escavada. Essa estrutura metálica projeta-se a partir do nível original do terreno e ganha altura, num plano inclinado até o final do edifício e os hangares dos aviões.

Estendendo-se para fora da cobertura e atravessando-a terminal adentro estão dois tipos de claraboias. A primeira tem as extremidades abertas, o que permite a entrada do ar externo no aeroporto. A segunda cria ambientes dentro do terminal. Sobre a cobertura foi proposto um green roof, ou teto verde, composto de vegetação baixa,e que ajuda na absorção da chuva e na climatização do aeroporto.

Nas duas páginas, a proposta dos alunos da Universidad Mayor de Santiago, do Chile, que levou em consideração a configuração atual do aeroporto de Punta Arenas, e propõe a incor-poração das três pistas existentes ao projeto vencedor do concurso de 2009

Corte A

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26 &ARQUITETURA AÇO

Corte transversal

O projeto argentino para o aeroporto de Córdoba aproveita o terreno e as pistas da Escola de Aviação Militar da cidade e traça uma seção transversal, em aço, semelhante a uma coluna.

Ela funciona como um eixo do qual saem as “costelas” – vigas de diferentes formas e tamanhos que sustentam a cobertura. Cada um destes conjuntos constitui um módulo independente, que é ligado ao outro pelas pontas das vigas. Uma malha de aço é colocada sobre as vigas, sustentando a cobertura do aeroporto.

O eixo central orienta espacialmente os usuários, que podem atravessar diretamente as duas pontas do terminal, reduzindo a aglomeração de pessoas. Aliado ao aço, este sistema modular torna possível uma expansão mais simples do aeroporto: basta criar novos módulos e acomodá-los ao lado dos anteriores.

2º lugar: Coluna de aço

país: argentina/Faculdade de

arquitetura, urbanismo e desenho da

universidad nacional de Córdoba

autores: ramiro Veiga

e Federico urfer

profs. orientadores: Celina Caporossi,

maría del Carmen e Fernández saiz

O desenho do aeroporto de Córdoba baseia-se na fuselagem dos aviões, e o vidro na cobertura e paredes destaca o aço das vigas transversais

Imag

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&ARQUITETURA AÇO 27

aeroporto de ribeirão preto

país: brasil/universidade são Judas tadeu

autores: anderson Carneiro noris, elis mariam duarte david de souza, Fernanda Ferreira da silva, gislaine moura do nascimento, rafael gustavo rodrigues e Wellington tohoru nagano

Consultor de cálculo estrutural: eng. arquimedes Costa

prof. orientador: leonardo shieh

Os alunos da Universidade São Judas Tadeu, em São Paulo, criaram um projeto que ultrapassa a proposta do concurso. Além do terminal de passageiros para o Aeroporto Estadual Dr. Leite Lopes, em Ribeirão Preto, eles sugerem também hangares e um terminal de cargas.

O terminal brasileiro é construído em estruturas modulares em perfis de aço, que podem ser reproduzidas e adicionadas à construção. Um espelho d'água ao seu redor esfria o ar que chega às paredes de vidro duplo – que, por sua vez, criam um “colchão”, fazendo o ar mais quente subir e se dissipar no alto do edifício. Estas medidas ajudam a reduzir a necessidade de climatização no terminal.

Os pórticos em aço vencem vãos de 42 m. Eles saem da área de desembarque, no térreo do aeroporto, cobrem o terraço atirantado do terceiro pavimento e se debruçam sobre o espaço de embarque, no segundo andar.

Corte transversal

Acima, visão transversal dos três níveis da proposta para o aeroporto de Ribeirão Preto, com seus pórticos de aço distantes 12,5 m entre si. Ao lado, a área de desembarque, o espelho d’água – que reduz a temperatura interna do edifício – e a esplanada de acesso ao terminal

Imag

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28 &ARQUITETURA AÇO

Construída sobre uma área de intensa atividade tectônica, a cidade de Arequipa foi escolhida pelos alunos peruanos para receber este ambicioso projeto. Eles se valeram de princípios de eletromagnetismo para tensionar o terminal de passageiros e fazê-lo, literalmente, flutuar.

Um conjunto de anéis de aço imantados, de polaridades opostas, é o elemento central da proposta. Cabos fixados ao chão são estendidos até as vigas curvas, que formam a estrutura do terminal. Na ponta de cada um dos cabos há um anel de carga elétrica inversa à de seu respectivo anel na viga. Polaridades diferentes atraem-se continuamente e tensionam-se mutuamente: os cabos, assim, tracionam as vigas sem que haja nenhum contato entre as estruturas.

O mesmo princípio físico é aplicado à sustentação das vigas. Duas âncoras cravadas ao chão são magnetizadas e, atraindo as pontas das vigas para direções opostas, mantêm a estrutura “presa” à terra. Como o terminal não toca o solo, o aeroporto seria menos impactado em caso de terremotos.

Elevação frontal

Planta geral

graVidade Zero

país: peru/universidad ricardo palma

autores: luis enrique Cueva Collantes, paolo díaz santisteban e Willinson maita mesías

profs. orientadores: Félix mayorca e Walter león

Abaixo, planta do terminal peruano, desenho inspirado nas asas do con-dor. A torre de controle, como todo o aeroporto, é suspensa por um sistema eletromagnético

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&ARQUITETURA AÇO 29

aeroporto de paCHuCa

país: méxico/escola superior de engenharia e arquitetura ipn

autores: eduardo benitez Chavira, rodolfo Franco Zamudio, Xavier ivan garcia allende, luis nemorio gress

luna e alfonso edén gutiérrez Vásquez

prof. orientador: mario martinez Valadez

Pachuca, devido aos fortes ventos que sopram na cidade, é conhecida como “Bella Airosa”. Lá, os estudantes mexicanos decidiram instalar o segundo aeroporto para atender a região da Cidade do México.

Para amenizar os ventos foi pensado o desenho em elipse: o formato aerodinâmico do edifício ajuda a reduzir o impacto do vento sobre a construção. Pequenas perfurações na cobertura e nas paredes do aeroporto, auxiliado por uma película de vidro, ajudam a absorver o ruído dos aviões, diminuindo o desconforto sonoro dos usuários e a vibração no prédio.

Colunas de aço sustentam a estrutura tubular da cobertura. Os tubos estão unidos de modo a permitir uma ligeira movimentação da estrutura, de acordo com os ventos e com a dilatação do aço. Dobradiças instaladas nestas junções fazem com que a cobertura e as paredes se movimentem juntas, sem comprometer a integridade da estrutura ou a dos usuários, já que o piso permanece imóvel.

Acima, os módulos triangulares do projeto para o aeroporto mexicano, cuja

estrutura tubular de aço, em forma de elipse, abriga seus três pavimentos

Imag

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30 &ARQUITETURA AÇO

aerosombras

país: Venezuela/universidad Central de Venezuela

autores: Karla montauti e Yamandú meléndez

prof. orientador: Juan Castillo y edwing otero

Os ventos de Porto Cabello, cidade localizada à beira do mar do Caribe, também foram determinantes para o projeto dos alunos venezuelanos. O sol intenso da região foi igualmente importante para definir a disposição do aeroporto.

Para evitar a incidência direta do sol sobre as estruturas, a cobertura do terminal tem uma superfície “dobrada”. A maleabilidade do aço permite que se crie uma estrutura que, não sendo atingida perpendicularmente pelos raios, absorve menos o calor externo, amenizando a temperatura dentro do edifício.

A localização do terminal em relação ao oceano também foi considerada para reduzir o desconforto térmico dos usuários. Os ventos do mar e do continente entram no aeroporto pelo piso térreo, onde estão as áreas de acesso e check-in, e pelo primeiro pavimento, que abriga o embarque e desembarque. O ar mais frio retira calor do ambiente e sobe, dispersando-se acima da cobertura. Segundo os alunos, a ventilação cruzada e o aproveitamento da luz natural são inspirados nos preceitos do arquiteto venezuelano Carlos Raúl Villanueva, que projetou a Universidade Central da Venezuela, frequentada por eles.

Corte transversal

Corte longitudinal

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Page 33: Revista Arquitetura & Aço 21

&ARQUITETURA AÇO 31

Page 34: Revista Arquitetura & Aço 21

32 &ARQUITETURA AÇO

Além dAs estruturAs pArA terminAis de passageiros e cargas,

os aeroportos demandam uma intensa rede de infraestrutura para

seu funcionamento. Atualmente, há uma grande preocupação com

a ampliação do número de vagas para estacionamento de veículos

nos aeroportos, que hoje já não dispõem de grandes áreas para tal

finalidade. Assim, a construção de edifícios-garagem é uma solução

para aumentar o número de vagas sem a necessidade do aumento

da área projetada de terreno.

Os edifícios-garagem estruturados em aço são uma alternativa que

permite um menor prazo de obra, já que o processo de fabricação das

peças metálicas ocorre paralelamente à execução das fundações da

obra. Além disso, uma obra em aço permite um melhor aproveitamen-

to das áreas de estacionamento, já que com este tipo de construção é

possível aumentar o espaçamento entre colunas e reduzir a seção dos

Edifícios-garagem

Rampa reta entre meio-pisos alternados

pilares, facilitando o layout e diminuindo

o número de manobras que os motoristas

necessitam executar. Fatores como segu-

rança para os usuários e redução do custo

das fundações também são vantagens

deste tipo de construção.

A escolha do tipo de rampa de acesso

(retas entre dois pavimentos, retas entre

meio-pisos alternados ou helicoidais)

deve ser feita de acordo com as caracte-

rísticas do terreno. A declividade máxi-

ma não deverá ultrapassar 20%. Para

uma operação mais segura, as rampas de

subida e descida devem ser separadas.

estruturados em aço

Rampa helicoidal Rampa reta entre dois pavimentos

Por Rosane Bevilaqua

Page 35: Revista Arquitetura & Aço 21

&ARQUITETURA AÇO 33

A estrutura de um edifício-garagem é

bastante simples, composta de vigas,

pilares, lajes e fachadas. O correto posi-

cionamento de vigas e colunas tem

influência direta no número de vagas

e na quantidade de manobras para o

estacionamento dos veículos. Assim,

arquitetos e projetistas devem avaliar

cuidadosamente as possibilidades e

optar por aquela que ofereça a melhor

relação custo/benefício.

As lajes, juntamente com as vigas metá-

licas, compõem o sistema de piso da

garagem. Existem vários tipos de lajes,

que se adaptam às diferentes necessi-

dades de cada projeto, podendo confi-

gurar um sistema estrutural misto ou

isolado. Qualquer tipo de laje utilizada

na obra fica exposta a intempéries, já

que as fachadas precisam de uma gran-

de área aberta:

• O caimento do piso evita o empoça-

mento da água, que deve ser encami-

nhada à rede pluvial por canaletas;

• A impermeabilização de todos os

pavimentos é essencial.

As fachadas ou fechamentos laterais deverão possuir 2/3 de sua

área aberta, de forma a permitir a ventilação e dissipação de gases

tóxicos em caso de incêndios. Com esta consideração, não se faz

necessário o uso de proteção contra fogo na estrutura em aço.

O artigo “edifícios-garagem estruturados em aço” (disponível para

download no site do CBCA) fornece as principais informações sobre

tipologias dos edifícios, componentes estruturais, exigências dos

órgãos públicos e taxas de consumo de aço para empreendimentos

destinados ao estacionamento de veículos. M

O estacionamento criado no projeto de expansão do Shopping Center Flamboyant foi concebido por Bernardo Figueiredo, em 2006, e teve a utilização do aço como principal diretriz arquitetônica

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Rosane Bevilaqua, engenheira civil, mestre em estruturas metálicas pela Universidade Federal de Minas Gerais, MBA em gerenciamento de projetos pela FGV, trabalha na área de estruturas metálicas desde 2003, em empresas como Medabil e Roll-on. Atua como engenheira consultora da Gerdau desde 2008. E-mail [email protected]

Pilar metálico

Pilar metálico

Pilar metálico

Lajes

RampaFechamento lateral

Vigas secundárias

Viga principal

Page 36: Revista Arquitetura & Aço 21

Endereços

> ESCRITÓRIOS DE ARQUITETURAFoster and Partners22 Hester Road Londres (Reino Unido)SW11 4AN Tel.: +44 20 7738-0455 E-mail: enquiries@ fosterandpartners.com www.fosterandpartners.com

Sergio Jardim (Planorcon)Praça Del Vecchio, nº 47 Rio de Janeiro (RJ) Tel.: (21) 2502-7345E-mail: [email protected] www.planorcon.eng.br

Sérgio Roberto Parada Arquitetos Associados S/S Ltda.CLN 111, Bloco D, sl. 102/103 - Brasília (DF)Tel.: (61) 3349-4644E-mail: [email protected]

Traço Planejamentoe Arquitetura Ltda.Av. Comendador Leão, n° 351 Maceió (AL)Tel.: (82) 3326-3714E-mail: [email protected]

> PROjETO ESTRUTURAl Engenheiro Welder Silva de [email protected]

Figueiredo FerrazAv. Fagundes Filho, nº 141, 9º andar São Paulo (SP)Tel.: (11) 5085-5300E-mail: [email protected] www.figueiredoferraz.com.br

Techina Consultoria e Projetos IndustriaisAv. Santos Dumont, n° 2.626 Aldeota - Fortaleza (CE)Tel.: (85) 3224-9252E-mail: [email protected]

Pengec - Engenharia e ConsultoriaAv. Prof. Magalhães Neto, n° 1.856 - Ed. TK Tower, sl. 1.401 - Salvador (BA)Tel.: (71) 3342-0123/3342-2900E-mail: pengec@ pengec.com.br www.pengec.com.br

> ESTRUTURA METÁlICA CiserRua Cachoeira, nº 70 Joinville (SC)Tel.: (47) 3441-3999E-mail: [email protected] www.ciser.com.br

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Forte MetalRua Wisard, nº 389, cj. 04 São Paulo (SP)Tel.: (11) 3816-1714 E-mail: [email protected] www.fortemetal.com.br

Hispano Estruturas MetálicasRua Costa Barros, n° 915, sl. 207 Aldeota – Fortaleza (CE)Tel.: (85) 3236-1744E-mail: [email protected]

Pengec - Engenharia e ConsultoriaAv. Prof. Magalhães Neto, n° 1.856 Ed. TK Tower, sala 1.401 Pituba - Salvador (BA)Tel.: (71) 3342-0123/3342-2900E-mail: pengec@ pengec.com.brwww.pengec.com.br

PerfilorRua dos Pinheiros, n° 498, cj. 151São Paulo (SP)Tel.: (11) 3065-3400 E-mail: [email protected] www.perfilor.com.br

Sanebrás Estruturas MetálicasRua Paraopeba, n° 201 Rio de Janeiro (RJ)Tel.: (21) 2671-5354 E-mail: [email protected] www.sanebras.com.br

Techina Consultoria e Projetos IndustriaisAv. Santos Dumont, n° 2.626 Aldeota - Fortaleza (CE)Tel.: (85) 3224-9252E-mail: [email protected]

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Instituto Latinoamericano del Fierro y el Acero (Ilafa)Benjamin, nº 2944, 5º Piso, Las Condes – Santiago (Chile) Tel.: +(56-2) 233-0545E-mail: [email protected] www.ilafa.org

Universidad Central de VenezuelaCiudad Universitaria, s/n Los ChaguaramosCaracas (Venezuela)Tel./Fax: (58212) 605.4190 / 4201E-mail: [email protected]

Universidad Mayor de Santiago Américo Vespucio Sur, n° 357, Las Condes – Santiago (Chile)Tel.: +(56-2) 328-1604www.umayor.cl

Universidad Nacional de CórdobaHaya de la Torre, s/nº, Pabellón Argentina Córdoba (Argentina)Tel.: +(54) 433-2091 www.unc.edu.ar

Universidad Ricardo PalmaAv. Benavides, n° 5.440 Lima (Peru)Tel.: +(51) 1708-0000www.urp.edu.pe

Universidade São Judas TadeuRua Taquari, n° 546 São Paulo (SP)Tel.: (11) 2799-1677 www.usjt.br

&ARQUITETURA AÇO34

Page 37: Revista Arquitetura & Aço 21

&ARQUITETURA AÇO 35

Unidade Marau:Rodovia RS 324, km 8299150-000Marau - RSFone/fax: (54) [email protected]

Unidade Santo André:Av. Industrial, 2558 - Bairro Campestre09080-501Santo André - SPFone/fax: (11) [email protected]

Escritório Comercial RS:Av. Cristóvão Colombo, 239490560-002Porto Alegre - RSFone/fax: (51) [email protected]

Escritório Comercial SP:Alameda dos Nhambiquaras, 1518Conjuntos 122/12 - Bairro Moema04090-003 - São Paulo - SPFone/fax: (11) [email protected]

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A METASA sente-se muito honrada em ser escolhida para fabricar as estruturas metálicas da primeira aciaria do mundo projetada em estruturas

tubulares, com tubos produzidos pela V & M do BRASIL.

Fotos: Thiago Fernandes.

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36 &ARQUITETURA AÇO

expediente

Números aNte rio res:

Os núme ros ante rio res da revista

arquitetura & aço estão dis po ní veis para

down load na área de biblio te ca do site:

www.cbca-iabr.org.br

próximas edições:

Copa do Mundo de 2010 – junho de 2010

Habitação de Interesse Social – setembro de 2010

Obras Metroviárias – dezembro de 2010

material para publi ca ção:

Contribuições para as próximas edições

podem ser enviadas para o CBCA e serão ava-

liadas pelo Conselho Editorial de arquitetura

& aço. Entretanto, não nos comprometemos

com a sua publicação. O material enviado

deverá ser acompanhado de uma autorização

para a sua publicação nesta revista ou no site

do CBCA, em versão eletrônica. Todo o mate-

rial recebido será arquivado e não será devol-

vido. Caso seja possível publicá-lo, o autor

será comunicado.

É necessário o envio das seguintes informa-

ções em mídia digital: desenhos técnicos do

projeto, fotos da obra, dados do projeto (local,

cliente, data do projeto e da construção, autor

do projeto, projetista estrutural e construtor)

e dados do arquiteto (endereço, telefone de

contato e e-mail).

Revista Arquitetura & Aço Uma publi ca ção tri mes tral da Roma Editora para o CBCA (Centro Brasileiro da Construção em Aço)CBCA: Av. Rio Branco, 181 – 28º andar20040-007 – Rio de Janeiro/RJTel.: (21) [email protected]

Conselho EditorialCatia Mac Cord Simões Coelho – CBCA/IABrMarcelo Micali – CSNPaulo César Arcoverde Lellis – Grupo UsiminasRoberto Inaba – Grupo UsiminasRonaldo do Carmo Soares – Gerdau AçominasSilvia Scalzo – ArcelorMittal Tubarão

Supervisão TécnicaSidnei Palatnik

PublicidadeRicardo Wernecktel: (21) [email protected]

Roma Editora Rua Lisboa, 493 – 05413-000 – São Paulo/SPTel.: (11) [email protected]

DireçãoCristiano S. Barata

Coordenação EditorialAna Weiss

RedaçãoAna Weiss, Deborah Peleias, Fabrício Andrade e Fernanda Lopes

RevisãoDeborah Peleias

EditoraçãoCibele Cipola (edição de arte), Mariana Zanarelli e Phillipe Guedes (estagiários)

Pré-impres são e Impres sãoCantadori / Ibep

Endereço para envio de material:Revista Arquitetura & Aço – CBCAAv. Rio Branco, 181 – 28º andar20040-007 – Rio de Janeiro/[email protected]

É per mi ti da a repro du ção total dos tex tos, desde que men cio na da a fonte.É proi bi da a repro du ção das fotos e dese nhos, exce to median te auto ri za-ção ex pres sa do autor.

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37 ARQUITETURA AÇO&

Page 40: Revista Arquitetura & Aço 21

38 &ARQUITETURA AÇO

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