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Revista Arquitetura e Aço - 07
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ARQUITETURA AÇO&
Hospitais e Clínicas
Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 7 setembro de 2006Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 7 setembro de 2006
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407
3ARQUITETURA AÇO&
O AUMENTO DA DEMANDA por serviços de alta tecnologia e o sur-
gimento de novos conceitos em hotelaria hospitalar, enfatizando
ambientes mais aconchegantes e versáteis, abriram espaço para a
requalificação de antigas edificações. Os espaços precisam ser cada
vez mais polivalentes, para se adaptar às constantes necessidades de
transformação. Novas clínicas e hospitais surgem também com
esse perfil, no qual a humanização dos espaços e a variedade de
serviços se fazem cada vez mais presentes. Para esses edifícios,
novos ou revitalizados, o aço traz inúmeras possibilidades.
A limpeza e a rapidez da obra executada em aço são as principais
vantagens da utilização do material, que também é interessante
pelo aspecto de modernidade e assepsia que confere a qualquer
projeto da área de saúde. Dessa forma, combinado com vidro, traz
transparência e luminosidade para áreas antes enclausuradas. E a
aplicação de sistemas de pintura garante facilidade de limpeza e
manutenção. Outro fator que tem contribuído para a difusão do
aço no segmento hospitalar é que esse tipo de obra permite o fun-
cionamento do hospital enquanto algumas alas isoladas passam
por reformas ou ampliações. Isso porque a pré-fabricação de ele-
mentos de aço aboliu a necessidade de grandes canteiros de obras
e praticamente eliminou a quantidade de poeira em suspensão e
o ruído, evitando incômodo para pacientes e funcionários.
As próximas páginas reúnem projetos de edificações hospitalares
novas ou revitalizadas, nos quais o aço mostra-se indispensável.
Boa leitura!
editorial
Solução para asdemandas hospitalares
2 ARQUITETURA AÇO&
sumário 04. Zanettini inova conceitos em tradicional hospital paulistano 08. Hospital Márcio Cunha II: escritório
paulistano cria hospital popular para a região do Vale do Aço 10. Aço e vidro modernizam recepção de Instituto
Psiquiátrico 14. Andrade Morettin concebe laboratório para pesquisa genética em Campinas 16. Santa
Bárbara optou por materiais duráveis e de rápida execução 20. Lelé e a tecnologia da Rede Sarah no Rio de Janeiro
24. Ousadia premiou projeto na década de 1990 27. Ambiente hospitalar prioriza flexibilidade e humanização
dos espaços 30. Fachada contemporânea valoriza arquitetura de clínica de cirurgia plástica04.
08. 14.10. 16.
20. 24. 27. 30.
Foto da capaDetalhe em aço do HospitalEdmundo Vasconcelos, revita-lizado por Siegbert Zanettini
Arquitetura & Aço n0 7setembro/outubro/novembro
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5ARQUITETURA AÇO&4 ARQUITETURA AÇO&
ALÉM DAS REFORMAS INTERNAS E DE FACHADA, HOSPITAL PAULISTANO GANHA NOVOS
ACESSOS QUE CONFEREM CONTEMPORANEIDADE À OBRA
Cobertura e guarda-corpo em aço tubular soldado permitiram acabamento clean,sem emendas aparentes
Revitalizando em aço
O HOSPITAL EDMUNDO Vasconcelos,
em São Paulo, foi projetado original-
mente por Oscar Niemeyer. Com o pas-
sar do tempo, houve a necessidade de
adaptar alguns ambientes internos,
fachada e instalações, principalmente
na ala de internação. O escritório de
Siegbert Zanettini, com grande expe-
riência no setor hospitalar, foi o encar-
regado pelas modificações realizadas
entre os anos de 2001 e 2002. E, para
concluir o processo de renovação, em
2003 foi erguido um grande átrio em
aço e vidro. Assim, a portaria ganhou
transparência, luminosidade e leveza.
Toda a estrutura do átrio foi proje-
tada com perfis tubulares de aço,
agilizando a obra e garantindo con-
temporaneidade à entrada, comple-
mentada pela cobertura de vidro lami-
nado. Pela rapidez e limpeza da
montagem, não houve necessidade de
interromper o funcionamento do hos-
pital durante a execução.
Zanettini explica que todos os
tubos foram soldados in loco. Geral-
mente seus projetos em aço utilizam
parafusos à mostra, mas, neste caso,
ele preferiu a soldagem dos tubos para
obter acabamento mais limpo, sem
emendas aparentes.
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6 ARQUITETURA AÇO&
> Projeto arquitetônico: SiegbertZanettini
> Colaboração: Alexandre Barone,Vanessa Ludescher
> Área construída: 72,70 m2 (átrio)
> Aço empregado: aço de maiorresistência à corrosão e aços demédia e alta resistência mecânica
> Cálculo estrutural: Companhia deProjetos
> Fornecimento da estruturametálica: Poliaço
> Execução da obra: HMCConstrutora
> Local: São Paulo, SP
> Data do projeto: 2001
> Data de conclusão da obra: 2003
“O cliente concordou que quanto
mais clean o acabamento, melhor. O
resultado foi tão positivo que querem
aço tubular e vidro em outros edifícios
do hospital”, explica o arquiteto, que
utilizou os materiais na passagem de
ligação entre o pronto-socorro e o
edifício de internação, nos principais
acessos e tem projeto em aço para a
garagem e a portaria de serviços.
Dessa forma, o aço tubular é a nova
marca arquitetônica do hospital, tra-
zendo forma, luz e transparência à
entrada, além de segurança e conforto
ao trânsito de pacientes, visitantes e
funcionários. (V.S.) M
O hospital adotou o aço e o vidro para os principais acessos de pedestres, con-ferindo aspecto inovador ao projeto original. Na página ao lado, no alto, o reforma-do edifício de internação, que está ligado ao pronto-socorro pela nova passarela.Embaixo, entrada de estacionamento em aço tubular
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9ARQUITETURA AÇO&8 ARQUITETURA AÇO&
Direto na fonteEM PLENO VALE DO AÇO, HOSPITAL UTILIZA TÉCNICAS E MATERIAIS INDUSTRIALIZADOS
PARA GARANTIR AGILIDADE E ECONOMIA CONSTRUTIVA
O HOSPITAL MÁRCIO CUNHA II carrega parte da história de Ipatinga.
Assim como a cidade mineira localizada a 217 km a leste de Belo
Horizonte, este centro médico se estruturou a partir do aço. Mas,
longe de ser apenas emblemático, o uso desse material foi uma esco-
lha racional e determinante para o projeto, de acordo com Lauro
Miquelin, arquiteto responsável pela obra e gerente executivo da
L+M Arquitetura Gets, escritório com sede na cidade de São Paulo.
Segundo Miquelin, o aço solucionou duas questões da obra: a
primeira refere-se ao terreno, que, assoreado, requeria uma fun-
dação mais leve; a segunda, à economia de tempo e material. “Por
ser uma estrutura montada, o aço gera menos desperdício, além de
atender prazos construtivos mais enxutos”, explica o arquiteto. “O
edifício tem 7.600 m2 e foi concebido como um show-room de
racionalização construtiva com estrutura em aço e paredes secas”,
comenta. “Um rigoroso trabalho de gestão de montagens garantiu
O hospital está implantado em um terreno de 60 mil m2 à beira do Rio Piracicaba,em Ipatinga, MG. Tem 132 leitos, mas com possibilidade de atingir até 250.Organizado em blocos de atendimento, o edifício é predominantemente horizontale todo estruturado em aço
que os serviços – obras e embarque de
mobiliário e tecnologias – fossem
entregues em apenas 14 meses”, com-
pleta Miquelin.
Para aproveitar o imenso terreno
de 60 mil m2 e a abundante luz natural
da região, tomou-se um partido cons-
trutivo horizontal. Assim, além da
economia de energia, esta planta pos-
sibilitou a criação de blocos de aten-
dimento mais eficazes, tanto para
comportar grande fluxo de pessoas
como para agilizar serviços médicos
interdependentes. Outro ponto desta-
cado pelo arquiteto é que, a partir
dessa configuração horizontal, foi possível criar jardins internos em
cada bloco de internação – um convite e um alento para os pacien-
tes que caminham nesses pátios protegidos.
Na fachada, como explica Miguel Elias Filho, engenheiro civil,
especialista em estrutura metálica que trabalhou na obra, foi uti-
lizado um sistema misto: pilares e vigas metálicas com dois perfis
enrijecidos em U e soldados formando um tubo quadrado, criando
os pórticos. Sobre esta estrutura, com perfis mais esbeltos de steel
frame, resistentes à corrosão foram sobrepostas chapas cimentí-
cias com acabamento em pintura texturizada. Este sistema tam-
bém permitiu que a cobertura ganhasse tempo e economia. “A par-
tir das vigas de aço foi possível criar uma laje em steel deck, que foi
soldada às próprias vigas. Isso dispensou a armação. Depois foi só
fazer o acabamento com concreto”, comenta o engenheiro.
Financiado pela Usiminas, por meio da Fundação Francisco
Xavier, o Hospital Márcio Cunha II é hoje, ao lado da unidade I,
referência no atendimento de cerca de 21 municípios da região do
Vale do Aço e uma grata realidade para os pacientes do SUS que
superlotavam as alas do primeiro prédio. (I.G.) M
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ação
> Projeto arquitetônico: LauroMiquelin e Marlene Braga
> Colaboração: arquitetos ManoelFernandes, Ceci Gabriel eSilvana Tersi; engenheirosGiuliano Pacheco, Miguel EliasFilho e Fernando Oliveira
> Área do terreno: 60 mil m2
> Área construída: 7.600 m2
> Aço empregado: ASTM A36, aço de maior resistência à corrosão e ZAR 230 nos perfis de steel frame
> Cálculo estrutural: JorgenyGonçalves EngenheirosAssociados e Usiminas Mecânica - UMSA
> Fornecimento da estruturametálica: Usiminas Mecânica - UMSA
> Fornecimento e montagem dosteel frame: Flasan
> Execução da obra: CamargoCorrêa e Saraiva
> Local: Ipatinga, MG
> Data do projeto: 2004
> Data de conclusão da obra: 2005
11ARQUITETURA AÇO&10 ARQUITETURA AÇO&
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COBERTURA TRANSPARENTE ESTRUTURADA EM AÇO HUMANIZOU FACHADA DE HOSPITAL PSIQUIÁTRICO
A cobertura, revestida com vidros duplos especiais, permite quea recepção seja amplamente iluminada. O conforto térmico égarantido pela própria orientação do edifício, que recebe aincidência de sol apenas na parte da manhã. Equipamentos dear-condicionado e características especiais dos vidros comple-mentam esse cuidado
Luminosidade como ponto de partida
13ARQUITETURA AÇO&12 ARQUITETURA AÇO&
COM LEVEZA E TRANSPARÊNCIA é recebido o visitante que vai ao
Instituto de Psiquiatria (IPq), do complexo do Hospital das Clínicas, na
cidade de São Paulo. Mais do que um gesto cordial, ali no hall de
entrada, como parte das obras de modernização do IPq, foi construída
uma cobertura translúcida em aço e vidro para recepcionar os
pacientes.“Imaginei um ambiente claro e amigável para que a pessoa
não tivesse medo de adentrar o edifício. Afinal, quem está com pro-
blemas de ordem mental precisa de claridade; sua vida já está escura
e confusa demais”, diz o arquiteto Geraldo G. Serra, do Nutau – Núcleo
de Pesquisa em Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo, da USP.
Com 26 metros de extensão e uma inclinação de 34 graus, a
cobertura apóia-se, de um lado, na fachada do próprio hospital e,
de outro, em uma viga de concreto protendido. Por isso, explica
Serra, a estrutura feita de perfis de aço com vidros colados tinha
de ser “solta”, totalmente articulada. “Eu não podia fazer uma liga-
ção de engastamento, precisava dar uma certa liberdade para a
estrutura se mexer. De outra forma, quando ela fosse submetida
a tensões muito grandes, arrebentaria”, comenta o arquiteto
sobre a questão de recalques de fundação e da dilatação que têm
diferentes materiais.
Para o fechamento foram utilizadas placas de vidro tipo sanduí-
che, com uma camada de vidro externo laminado de alta reflexão de
10 mm, câmara de nitrogênio de 12 mm e outra camada de vidro lami-
nado interno com 8 mm, montadas com gaxetas de neoprene à estru-
tura metálica. “Eu francamente não consigo imaginar outro material
além do aço que me desse tal possibilidade”, afirma Serra. (I.G.) M
CORTE
> Projeto arquitetônico: Nutau –Núcleo de Pesquisa emTecnologia da Arquitetura e Urbanismo. Geraldo Serra,Giselda Visconti, MarceloRoméro, Hércules Merigo, JoséBorelli Neto, Cláudio Bueno,Marcos Donizete Machado
> Área construída: 18.810 m2
> Aço empregado: ASTM A36 e ASTM A570
> Cálculo estrutural: EscritórioTécnico Julio Kassoy e MarioFranco Engenheiros Civis Ltda.
> Fornecimento da estrutura metálica: Companhia SiderúrgicaNacional (CSN)
> Execução da obra: Projecta (soba supervisão da Construbase)
> Local: São Paulo, SP
> Data do projeto: 1996
> Data de conclusão da obra: 2006Fo
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Antes da obra de ampliação, havia um grande problema de exigüidade de espaço na entrada principal. A solução para humanizar etornar mais afável esse espaço foi a conjunção de três elementos: aço, vidro e luz. Hoje, quem entra pela recepção do Instituto dePsiquiatria tem a impressão de adentrar um lobby de hotel
15ARQUITETURA AÇO&
FLEXIBILIDADE E SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS DE PONTA DEFINEM O PROJETO DE UMA EMPRESA
ESPECIALIZADA EM PESQUISA GENÉTICA
QUANDO OS ARQUITETOS Vinícius Andrade e Marcelo Morettin
foram contratados para desenhar o projeto da sede do Laboratório
Alellyx, no pólo industrial de Campinas, interior de São Paulo, assumi-
ram uma tarefa tão envolvente quanto desafiadora: a de traduzir, em
forma de elementos construtivos, toda a modernidade e alta tecnolo-
gia que definem a identidade de uma empresa especializada em
pesquisa genética.
Desde o início, o projeto foi pensado para ser realizado em duas
etapas. A primeira, feita em 2002, previa a instalação da sede da
Alellyx em um galpão de concreto pré-moldado existente, que deveria
ser adaptado para suprir as necessidades da empresa. A segunda, colo-
cada em prática em 2004, foi a criação de um volume anexo para
ampliar a construção inicial.
Na primeira fase, a preocupação dos arquitetos era aproveitar o
galpão existente de maneira funcional e criativa. Para tanto, optaram
por manter o pé-direito duplo em uma área significativa da edificação,
criando um espaço amplo e fluido para instalar o laboratório principal
da empresa.
Em volta dessa linha de produção científica, foram dispostas salas
de apoio, construídas com estrutura em aço e fechamento em drywall.
Uma passarela metálica completa o espaço, integrando os ambientes
e reforçando a sinergia entre eles.
Na segunda fase do projeto, o aço ganhou ainda mais espaço e
importância. Anexo à volumetria já existente, os arquitetos criaram
um enorme vagão, elevado sobre pilotis, com estrutura em aço,
fechamento interno em drywall e externo em telhas metálicas.
Segundo Marcelo Morettin, a escolha da estrutura metálica se deu
tanto pelo curto prazo de execução quanto pela necessidade de a obra
ser rápida e limpa. “Como o laboratório não parou de funcionar em
nenhum momento, precisávamos interferir o mínimo possível em sua
estrutura já existente”, explica o arquiteto. A estratégia deu certo: cada
uma das fases do projeto foi executada em apenas cinco meses, um
tempo recorde para o tamanho e complexidade das edificações. (C.P.) M
Laboratório high tech
> Projeto arquitetônico: AndradeMorettin Arquitetos Associados
> Colaboração: AlexandreMirandez, Jens Brinkman e Marina Mermelstein
> Área construída:2.300m2 + 800m2 (ampliação)
> Aço empregado: ASTM A36,ASTM A572 e ASTM A570
> Cálculo estrutural: StecEngenharia
> Fornecimento e montagem da estrutura metálica: São PauloPh Estruturas Metálicas
> Execução da obra: BarrosPimentel Engenharia
> Local: Campinas, SP
> Data do projeto: 2002 (fase 1) e 2004 (fase 2)
> Data de conclusão da obra: 2002(fase 1) e 2005 (fase 2)
Na página ao lado, os dois volumes quecompõem a sede da Alellyx, com destaquepara o novo galpão, construído em aço eelevado sobre pilotis.Nesta página, acima, a fachada principal,valorizada por brises metálicos; na sequên-cia, vista geral da área interna, onde fun-ciona o laboratório principal da empresa
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17ARQUITETURA AÇO&
Solução sob medida
A APENAS UMA QUADRA da Avenida
Paulista, foi construído o Hospital
Santa Bárbara. A obra faz parte de um
novo modelo de empreendimento imo-
biliário: hospitais financiados por ope-
radoras de planos de saúde. Segundo
dados da ANS (Agência Nacional de
Saúde), percebemos que esta é uma
tendência em expansão. De 2004 para
2005, o número de centros médicos
com esse perfil cresceu 21%.
Célia Schahin, arquiteta do escritó-
rio Duarte Schahin e responsável pela
obra do hospital, observa tais dados
como uma busca das seguradoras para
aumentar a qualidade dos serviços
oferecidos aos seus clientes.“A Blue Life
quis, com esta obra, centralizar o aten-
dimento de alta complexidade e ofere-
cer mais benefícios aos seus segurados
em um único lugar”, diz.
O prédio de nove andares conta
com 108 leitos, seis salas de cirurgia,
central de esterilização, consultórios,
UTIs, entre outras alas. “Trata-se de
uma unidade compacta, mas com
todos os recursos de um grande centro
médico. Totalmente construído em
estrutura metálica, o hospital possui
todas as paredes em drywall, que per-
mite maior flexibilidade de layout”,
descreve a arquiteta.
O projeto seguiu o conceito “built to suit”, feito deacordo com as especificações do cliente. Assim, oedifício de nove andares consegue atender a to-das as necessidades de um grande centro médico
SEGURADORA DE SAÚDE INAUGURA HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE NA CAPITAL
PAULISTA. ESTRUTURA METÁLICA REDUZIU CANTEIRO E ECONOMIZOU RECURSOS
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Célia Schahin conta que a estrutura
em aço foi a solução mais acertada
para atender às características do ter-
reno de apenas 920 m2, uma vez que
não poderia dispor de um grande can-
teiro de obras. Além disso, essa opção
representou uma economia de investi-
mento e de tempo.
Requinte e sofisticação também
são palavras-chave do projeto e perce-
bidas nos detalhes da fachada em aço
inox e vidro, na recepção com pé-direito
duplo e também na escolha dos mate-
riais dos interiores, como aço e granito.
Para a arquiteta, mais do que luxo,
tudo isso só reforça a questão básica
que norteou todo o projeto: o bom aten-
dimento aos pacientes. (I.G.) M
Os acessos ao pronto socorro e ao hospital são totalmente independentes.O primeiro está localizado no subsolo, já a recepção principal, no pisotérreo. Dessa forma, o projeto garantiu facilidade de circulação e agilidadeno atendimento aos pacientes
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ção
> PPrroojjeettoo aarrqquuiitteettôônniiccoo:: CéliaDuarte Schahin
> CCoollaabboorraaççããoo:: Ana CristinaTamashiro, Patricia PaivaD'Alessandro e Rosana Benetti da Costa
> ÁÁrreeaa ccoonnssttrruuííddaa:: 8.700 m2
> AAççoo eemmpprreeggaaddoo:: ASTM A572
> CCáállccuulloo eessttrruuttuurraall:: ErnestoTarnoczy Engenharia Estrutural
> FFoorrnneecciimmeennttoo ddaa eessttrruuttuurraa mmeettáálliiccaa:: Avantec Engenharia
> EExxeeccuuççããoo ddaa oobbrraa:: OmarMaksoud
> LLooccaall:: São Paulo, SP
> DDaattaa ddoo pprroojjeettoo:: 2004
> DDaattaa ddee ccoonncclluussããoo ddaa oobbrraa:: 2006
18 ARQUITETURA AÇO&
20 ARQUITETURA AÇO&
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RS
Sob a luz do sol CENTRO DE REABILITAÇÃO INFANTIL NO RIO DE JANEIRO É RESULTADO BEM-SUCEDIDO DA EXPERIÊNCIA
TÉCNICA E PLÁSTICA DE LELÉ À FRENTE DA REDE SARAH
A ILHA POMPEBA, EM JACAREPAGUÁ, abriga o Centro de
Reabilitação Infantil da Rede Sarah, no Rio de Janeiro. A obra, assim
como as outras oito unidades hospitalares da rede em todo o
Brasil, foi concebida pelo arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé, que
conta com uma equipe de 280 pessoas no Centro Técnico da Rede
Sarah (CTRS), instalado em Salvador. Ali, todos os elementos em
aço, painéis de argamassa armada e até mesmo a marcenaria e a
maior parte dos equipamentos e mobiliário hospitalar são pré-
fabricados e transportados para todas as unidades. No caso do Rio,
a pré-fabricação permitiu que os 5.160 m2 de área fossem erguidos
no tempo recorde de seis meses. Lelé mantém um padrão de qua-
lidade e de desenvolvimento tecnológico para todos os projetos do
CTRS e, quanto ao aço, sempre utiliza o tipo patinável, de maior
resistência à corrosão, na pré-fabricação. Nesta obra, além das
vigas, treliças e terças em chapas de aço patinável, também fazem
parte da estrutura os pilares em tubo de aço galvanizado com aca-
bamento em pintura eletrostática.
Pelas características do terreno e do programa, o arquiteto pre-
feriu a implantação horizontal para a unidade carioca – assim
como já havia feito em Brasília, Salvador e São Luís. O formato
permitiu a integração dos quatro blocos da unidade, abrigando o
primeiro a fisioterapia e a hidroterapia, o segundo o ambulatório
e a administração, o terceiro atividades esportivas e o último ser-
viços gerais (com almoxarifado e cantina). Para garantir o apro-
veitamento da luz solar e também a ventilação natural, que ajuda
a evitar infecções hospitalares, sheds em formato de concha na
cobertura trazem o desenho característico das obras de Lelé para
a rede. As esquadrias dos sheds são feitas de chapa de aço galva-
nizado com acabamento em pintura poliéster a pó, que reforça a
resistência à umidade e ao vento da região.
O teto ondulado já é a marca dos projetos de Lelé para a Rede Sarah. Os shedsem formato de concha são pré-fabricados pelo CTRS e facilitam a circulação doar e a entrada de luz natural. A implantação horizontal fornece a circulação
21ARQUITETURA AÇO&
23ARQUITETURA AÇO&22 ARQUITETURA AÇO&
No alto, vista aérea da ilha Pompeba, penínsulana lagoa de Jacarepaguá onde foi instalado todo oCentro de Reabilitação. Ao lado, corredor que in-terliga todos os módulos. Na página ao lado, salade hidroterapia: destaque para os sheds dacobertura, que permitem a entrada de luz natural
> Projeto arquitetônico: JoãoFilgueiras Lima (Lelé)
> Colaboração: Ana Amélia Monteiro,André Borém, Neuton Bacelar,Josenias dos Santos, Sônia Almeida
> Área construída: 5.160 m2
> Aço empregado: aço de maiorresistência à corrosão
> Cálculo estrutural: Roberto Vitorino
> Fornecimento da estrutura metálica: Centro de Tecnologia da Rede Sarah (CTRS)
> Execução da obra: CTRS
> Local: Rio de Janeiro, RJ (pré-fabricação em Salvador, BA)
> Data do projeto: 2001
> Data de conclusão da obra: 2002
O isolamento térmico e acústico é
garantido por um colchão de ar entre as
chapas metálicas da cobertura. As
paredes internas desse colchão ganha-
ram um isolante inusitado: são forra-
das com mantas de bidim, que por sua
porosidade ajudam a impedir que o
som da chuva e demais ruídos externos
cheguem ao interior da estrutura. “A
função principal da manta é de imper-
meabilização, mas neste caso funciona
como um excelente isolante acústico,
com custo bem inferior ao de outros materiais”, explica o arquiteto.
A construção e a manutenção de todas as unidades da Rede
Sarah – em Brasília, Belo Horizonte, Macapá, Salvador, São Luís e
Fortaleza, além do Rio de Janeiro – são feitas pela equipe do CTRS.
Atualmente, um hospital está em construção a 2 km da ilha
Pompeba, em Jacarepaguá, para completar o atendimento do
Centro de Reabilitação Infantil. Outra unidade está em obras em
Belém, no Pará, e já está pronto o projeto para o hospital e o centro
de reabilitação de Natal, no Rio Grande do Norte. Serão edifícios
com as características marcantes das obras de Lelé: luminosidade
e funcionalidade, que colaboram para aumentar o conforto de
pacientes e funcionários. (V.S.) M
LEGENDA:1. Portaria2. Ambulatório
3. Quadra coberta4. Garagem de barcos5. Serviços gerais
6. Fisioterapia7. Hidroterapia8. Piscina externa
9. Quadra10. Playground11. Pátio de serviço
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Lagoa de Jacarepaguá
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RS
25ARQUITETURA AÇO&24 ARQUITETURA AÇO&
PROJETADA POR SIEGBERT Zanettini
em 1989, a Clínica Ortopédica Pistelli,
atual Instituto Vita, foi uma das pri-
meiras experiências do arquiteto com
a construção em aço. Na época, um
médico especialista em cirurgia de
mãos buscava um projeto arquite-
tônico para sua futura clínica. Sua
esposa passou em frente ao escritório
de Zanettini e ficou admirada com
aquela construção futurista em aço,
vidro, muita transparência e contato
com a paisagem. Era justamente esse
conceito de modernidade que deseja-
va para a clínica .
Assim, o arquiteto buscou o melhor
aproveitamento do terreno de peque-
nas proporções, verticalizando a cons-
trução em três pavimentos (incluindo o
subsolo). Os delicados perfis ASTM A36
mostraram grande resistência e capa-
cidade para suportar cargas. Foram uti-
lizados de forma a criar módulos de
3 x 3 metros que se sobrepõem, geran-
do os espaços. O contraventamento foi
feito com o uso de perfis em diagonal,
enquanto perfis T suportam as lajes. Os desenhos quadrados e
triangulares podem ser vistos na fachada, que também recebeu
janelas com caixilhos na mesma modulação de 3 x 3 metros.
O fechamento dos volumes foi feito em concreto celular, garan-
tindo leveza; a estrutura, por sua vez, recebeu pintura automotiva
e foi deixada aparente, valorizando o projeto. Tanto os perfis
metálicos como o fechamento da fachada foram pintados de tons
variados de verde – a cor da Medicina.
O ineditismo do projeto rendeu a Zanettini o prêmio Cidade do
Recife, quando a clínica foi exposta na I Bienal de Arquitetura do
Recife, em 1992.
Mais de uma década após a construção, a clínica mudou de
nome, transformando-se em Instituto Vita, e inaugurou novas
unidades no município. Dessa forma, houve também a necessidade
de ampliar a unidade-sede, concebida por Zanettini, no bairro de
Moema. A arquiteta Cristina Ferreira Lopes e sua sócia, Lucia Ozi,
ficaram responsáveis pela reforma, que foi entregue em 2002.
“Respeitei o projeto de Zanettini, todo feito em módulos de aço.
Então, seguimos o desenho original e criamos mais um bloco, no
espaço onde havia uma rampa para a garagem, utilizando o mes-
mo aço e desenho da estrutura”, conta Cristina.
Nada foi modificado quanto à estrutura de aço original, que con-
tinua em perfeito estado. Além do bloco, a clínica recebeu rampa
para deficientes físicos, piscina para hidroterapia, nova pintura e
revestimentos, sendo que as instalações permanecem aparentes,
agora na cor branca, para seguir o padrão do Instituto Vita. (V.S.) M
CLÍNICA PREMIADA NO INÍCIO DA DÉCADA DE 1990 É AMPLIADA E SE MANTÉM FIEL AO PROJETO ORIGINAL
1. Pintura branca, blocos de vidroe cadeiras colo-ridas compõem a sala de espera 2. Clarabóiapermite que a luz natural inunde todo o átrio e ilu-mine corredor e recepção 3. Todas as instalaçõespermaneceram aparentes após a reforma, quenão modificou o projeto original 4. Perfis de açocompõem a geometria visível a partir da fachada
O projeto concebido em 1989 mostrou queo aço podia ter aplicações que iam muitoalém dos galpões industriais
1. 2. 3.
4.
memória
O vigor do aço em dois momentos
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27ARQUITETURA AÇO&
Saúde e bem-estarPROJETO DE AMPLIAÇÃO HOSPITALAR ALIA CONFORTO E REQUINTE À COMPLEXA INFRA-ESTRUTURA EXIGIDA POR EDIFÍCIOS DA ÁREA MÉDICA
Acima, o novo hall de entrada do hospital, um espaço destinado a dar boas-vindas aos pacientes e visitantes
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28 ARQUITETURA AÇO&
PLANEJADO PARA OFERECER INSTALAÇÕES de alta qualidade aos
pacientes, o projeto de ampliação e reestruturação do Hospital São
Rafael, em São Paulo, reúne os dois principais conceitos da arquite-
tura hospitalar contemporânea: humanização dos ambientes e
flexibilidade para absorver novas tendências e tecnologias.
A implantação de um novo prédio com dez pavimentos marcou
o início do programa de expansão do hospital. Realizado pelo
escritório Emed, de São Paulo, o projeto definiu uma nova identi-
dade visual para a instituição, ao mesmo tempo que seguiu à risca
as exigências de funcionalidade para edifícios de saúde.
Segundo o arquiteto Sergio Reis, responsável pela obra, o prin-
cipal desafio era não interferir na rotina do centro cirúrgico já exis-
tente, localizado no terreno contíguo à nova edificação. Somando a
essa necessidade o fato de não haver espaço para canteiro de obras
e o desejo por uma estrutura leve, que tivesse pouco impacto nas
fundações do edifício, a escolha da solução construtiva recaiu
naturalmente sobre o aço.
Dividida em etapas, a execução da obra priorizou a construção
dos três primeiros pavimentos, que já estão concluídos. Assim, a
opção pelo aço trouxe ainda mais uma vantagem: os andares que
já estão prontos poderão ser utilizados pela equipe médica
enquanto a torre ainda está sendo erguida, em razão da limpeza e
do baixo nível de ruídos da construção em aço.
Na fachada, o projeto seguiu uma tendência clean, mesclando
blocos de concreto brancos com vidro laminado e detalhes em
cerâmica e alumínio composto. Para o fechamento interno, utili-
zou-se drywall com dupla camada de placas, reforçando o conforto
acústico dos cômodos. No interior das paredes, correm instalações
elétricas e hidráulicas e dutos de gases medicinais.
No térreo, o hospital ganhou uma nova área social, com recepção,
sala de espera e cafeteria. Sofisticado e acolhedor, o hall de entra-
da conta com pé-direito duplo, farta iluminação natural e detalhes
em madeira, fazendo contraponto ao piso em granito polido.
Segundo Sergio Reis, a concepção dos espaços foi norteada pela
preocupação com o bem-estar dos pacientes e visitantes. “Cada
vez mais os hospitais se diferenciam daqueles prédios que conhe-
cíamos, com ambientes rígidos e arquitetura impessoal”, analisa o
arquiteto, apontando uma tendência irreversível. (C.P.) M
> Projeto arquitetônico: EmedArquitetura e Planejamento
> Colaboração: Andréia Alves Rossi
> Área construída: 7.805,18 m2
> Aço empregado: ASTM A36 e ASTM A572
> Cálculo estrutural, fornecimentoe montagem da estrutura metálica: BMC Indústria eComércio de Estruturas Metálicas
> Execução da obra: CJW –Engenharia e DesenvolvimentoUrbano Ltda.
> Local: São Paulo, SP
> Data do projeto: agosto de 2003
> Data de conclusão da obra: 2005(fase 1) e 2007 (previsão para a fase 2)
Praticidade e rapidez: falta de espaço para can-teiro de obras e prazos curtos reforçaram aopção pelo aço como solução construtiva. Acima,registro da montagem da estrutura metálica.Na página ao lado, a fotomontagem mostra onovo bloco de acesso, a torre existente (emamarelo) e a maquete eletrônica da nova torre(em branco). Com dez andares e construída emestrutura metálica, a nova torre se destaca noconjunto arquitetônico
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31ARQUITETURA AÇO&30 ARQUITETURA AÇO&
EXPLORANDO JOGOS GEOMÉTRICOS
e conceitos de concisão e simplici-
dade, o arquiteto Luiz Cesar Barillari
comandou a reforma da área externa
de uma tradicional clínica de cirurgia
plástica em Ribeirão Preto, interior de
São Paulo. Concebida em estrutura
metálica, a nova fachada do edifício
transmite a contemporaneidade dese-
jada pelo cliente, valorizando a estéti-
ca e a qualidade arquitetônica do pré-
dio existente.
A montagem da estrutura em aço
foi o ponto de partida de Barillari.
Mesclando vigas e pilares treliçados e
de alma cheia, ela foi idealizada para
receber, em pontos estratégicos, a
sobreposição de uma estrutura em
alumínio. Esse elemento, por sua vez,
funciona como suporte para a instalação de painéis de alumínio
composto, material que conferiu atualidade ao projeto.
Ao lado do metal, peles de vidro com laminados verdes jateados
e caixilho de apoio com pintura eletrostática branca fazem o
fechamento principal da fachada. Em segundo plano, surgem
painéis do tipo miniwave, de alumínio perfurado na cor prata.
Distribuídos em traços ortogonais, os diferentes materiais se com-
plementam de maneira sutil e harmoniosa, confirmando o conceito
minimalista do projeto.
De acordo com o arquiteto, a escolha de cores e formas simples
e discretas teve como principal motivação a tentativa de diminuir
a poluição visual já existente no entorno. Seguindo essa linha de
raciocínio, Barillari investiu também no paisagismo, dialogando
com o cenário da região ao enquadrar, em seus planos e qua-
drantes, as palmeiras que já faziam parte do jardim da clínica.
A opção pela linguagem do aço, segundo Luiz Cesar Barillari, foi
fundamental para alcançar o resultado final: “Além de uma obra
rápida e limpa, pude criar um projeto que tem como marca a leveza
e esbeltez de seus elementos”. (C.P.) M
> Projeto arquitetônico: Luiz Cesar Barillari
> Colaboração: Gabriel Salgadi e Rafael Péra
> Área construída: 300 m2
> Aço empregado: ASTM A36
> Cálculo estrutural: FerrianiProjetos
> Fornecimento e montagem da estrutura metálica:Maxinbox – Ribeirão Preto
> Execução da obra:Maxinbox – Ribeirão Preto
> Local: Ribeirão Preto, SP
> Data do projeto: dezembro de 2005
> Data de conclusão da obra:fevereiro de 2006 Aço, vidro e alumínio: na fachada da Clínica Basile, diferentes materiais se harmo-
nizam para dar vida a uma arquitetura contemporânea e minimalista
PARA EXPRESSAR CONTEMPORANEIDADE, CLÍNICA DE CIRURGIA PLÁSTICA APOSTA EM
FACHADA METÁLICA DE FORMAS SIMPLES E PURAS
Beleza minimalista
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