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Construções para Olimpíadas ARQUITETURA AÇO ARQUITETURA AÇO & Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 31 setembro de 2012 Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 31 setembro de 2012

Revista Arquitetura e Aço - 31

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Page 1: Revista Arquitetura e Aço - 31

Construções para Olimpíadas

ARQUITETURA AÇOARQUITETURA AÇO&Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 31 setembro de 2012Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 31 setembro de 2012

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AF_An-ARQUITETURA E ACO Set-31.pdf 1 8/20/2012 1:00:02 PM

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Logo de início, quando Londres foi escoLhida como a sede das Olimpíadas 2012 não se imaginava que um novo marco poderia ser estabelecido na organiza-ção deste tipo de evento. A premissa adotada foi de que as obras se tornassem sustentáveis, tanto do ponto de vista construtivo, quanto pelo legado deixado à capital. Com isso, a transformação foi além dos aspectos físicos, atingindo o âmbito econômico e social.

Além de impulsionar a reurbanização da zona leste da cidade – uma região degradada e precária de recursos –, o objetivo maior do Comitê Olímpico Internacional (COI) foi garantir que o Parque Olímpico não se transformasse em um local subaproveitado. Por isso, parte das construções será desmontada e reaproveitada para outros fins, ou para reciclagem.

Nesta edição de Arquitetura & Aço dedicada aos “Jogos Olímpicos”, procu-ramos apresentar alguns destes aspectos. Reunimos os principais projetos de Londres, tanto de instalações esportivas quanto de infraestrutura. Em comum, todos os empreendimentos revelam a aplicação do aço como indispensável para se alcançar critérios como velocidade construtiva, flexibilidade nas formas e, sobretudo, sustentabilidade.

A emblemática estação King's Cross que passou por um processo de requa-lificação, restauração e ampliação é um exemplo. O destaque é o novo saguão em forma de semicírculo, construído em estrutura metálica . Outra obra icônica, incorporada à paisagem londrina é a ArcelorMittal Orbit. Inteiramente em aço, com sua forma espiralada e escultórica, propicia uma visão panorâmica, tal qual um mirante para os turistas.

Também mostramos duas obras que terão parte da estrutura desmontada e reciclada. Uma é o Centro Aquático, assinado por Zaha Hadid, e outra é o Estádio Olímpico de Londres, cuja capacidade será reduzida dos atuais 80 mil lugares para até 25 mil, e com múltiplos usos.

Já no Velódromo, o diferencial foi o design inspirado na eficaz engenharia de uma bicicleta. O conjunto de soluções tecnológicas adotado na obra possibilitou que ela ultrapassasse as metas de sustentabilidade estabelecidas pela Olympic Delivery Authority (ODA). E ainda a Arena de Basquete, que foi a edificação que mais combinou mobilidade, leveza e o mínimo de construção possível, já que todos os seus componentes podem ser desmontados, reutilizados ou reciclados.

Por fim, em entrevista, Maria Silvia Bastos Marques, presidente da Empresa Olímpica Municipal (EOM) fala sobre a preparação do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016 e sobre as melhorias realizadas na cidade. Boa leitura!

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AF_An-ARQUITETURA E ACO Set-31.pdf 1 8/20/2012 1:00:02 PM

Os Jogos Olímpicos e seu legado

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sumário

Foto da capa:Estádio Olímpico de Londres

Arquitetura & Aço nº 31setembro 2012

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04. Estádio Olímpico de Londres tem estrutura para uso permanente e também temporário. 10. Novo ícone

da paisagem londrina, a ArcelorMittal Orbit foi estruturada inteiramente em aço. 14. Arena de Basquete:

uma das maiores edificações temporárias já erguidas no mundo. 18. Inspirado na ergonomia de uma bicicleta,

o Velódromo é uma das obras mais sustentáveis do Parque Olímpico de Londres. 22. Estação King’s Cross é

remodelada e ganha novo acesso com cobertura semicircular metálica. 28. Projetado por Zaha Hadid, Centro

Aquático exibe forma de onda. 32. À frente da Empresa Olímpica Municipal (EOM), Maria Silvia Bastos Marques

fala sobre os Jogos Olímpicos Rio 2016.

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As OlimpíAdAs de 2012, realizadas em Londres, nem bem termi-naram e já entraram para a história. O desempenho dos atletas, os recordes quebrados, o quadro de medalhas, vitórias e derrotas esperadas ou não, enfim, emoções que só o esporte pode propor-cionar, certamente encantaram os que acompanharam os Jogos. Entretanto, não só aspectos relacionados a modalidades esportivas ganham destaque num acontecimento desse porte. Impossível não ter assistido às cerimônias de abertura ou encerramento, por exem-plo, ou ainda a alguma das provas de atletismo e não ter ficado fas-cinado com a arquitetura do Olympic London Stadium, a principal

obra erguida na capital do Reino Unido para o evento.

Assinada em conjunto pelo arqui-teto britânico Peter Cook e pelo escri-tório Populous, o mesmo que projetou o Estádio Olímpico de Sydney (Áustra-lia, 2000), a obra está situada numa espécie de ilha em forma de diamante – entre dois cursos de água – na parte leste de Londres. De formato circular,

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Arena

Palco das cerimônias de abertura e encerramento das olimPíadas e das Provas de atletismo, a área onde se localiza o olymPic stadium será transformada em um Parque, com estrutura Para esPorte e cultura

ocupa cerca de 160 mil m2 e tem 60 m de altura. Foi construído com dois obje-tivos principais: ser um dos estádios olímpicos mais sustentáveis da era moderna e, após os Jogos, se transfor-mar num espaço útil à população local, completamente integrado à cidade.

Para alcançar tais metas, o proje-to começou a ser elaborado em 2003, antes mesmo do anúncio oficial de

Londres como sede das Olimpíadas de 2012, feito pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em 2005. O propósito era elaborar um projeto de fácil leitura visual e de simples execução, minimizando o peso físico da construção, o tempo de obra e a energia incorpora-da em cada componente, reunidos em uma estrutura compacta e formada por elementos desmontáveis.

A estrutura do estádio é elegante e expressa claramente a arti-culação baseada em diagonais de tubos de aço. Ao todo, foram consumidas 10 mil toneladas de aço. Trata-se do estádio olímpico mais leve já construído. Quanto à cobertura, foi pensada não só a

multiuso

Na imagem, vista geral do está-dio. No modo olímpico, a cons-trução foi planejada para acomo-dar 80 mil espectadores. Após ser parcialmente desmontado, o objetivo é abrigar 25 mil pessoas

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partir de aspectos arquitetônicos, mas principalmente levando--se em consideração as necessidades dos atletas, particularmente sensíveis às condições do vento. A treliça do anel de compressão da cobertura é composta por 28 seções, cada uma com 85 toneladas e 15 m de altura e 30 m de comprimento. Cerca de dois terços da área das arquibancadas são cobertas, somando 25 mil m2.

Outro destaque foi a iluminação, que, além dos atletas, pre-cisava atender às exigências da transmissão televisiva, hoje em alta definição, e ainda aos critérios de sustentabilidade. A fim de evitar brilho excessivo, calor no ambiente e o alto nível de luz sobre a pista de atletismo – e considerando-se também o design com-pacto do estádio e a área de cobertura –, foram instalados cerca

de 532 refletores individuais, dividi-dos em 14 torres que se erguem 70 m acima do campo.

Para atingir um equilíbrio entre as necessidades imediatas do estádio e as de longo prazo da cidade, o proje-to seguiu o que o escritório Populous denominou de “linguagem arquitetô-nica e de design local”. O termo con-siste em explorar formas, sistemas de materiais, estrutura operacional, entre outros itens necessários a uma obra,

O sistema estrutural adotado para a cobertura é baseado em uma treliça circular, formando um anel de compressão periférico, contrabalançado por um anel de cabos tracionados na área central do estádio. Entre estes dois elementos, estão instaladas as torres de iluminação, que se sobressaem visualmente

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limitados à área de inserção do projeto. Com a instalação de um “canteiro de pré-montagem” no local, para a mon-tagem de diversos e importantes com-ponentes da edificação, este aspecto garantiu agilidade, pontualidade e cumprimento dos prazos estabeleci-dos, uma vez que as peças de grandes dimensões ficaram livres das estradas e sistemas viários congestionados de Londres. De acordo com a Olympic Deli-very Authority (ODA), o estádio ficou

pronto três meses antes da data prevista e custou 10 milhões de libras a menos que a estimativa inicial.

Estrutura desmontávelO Olympic Stadium de Londres tinha, durante as competições, capacidade para 80 mil espectadores – a expectativa do COI era de que cerca de um milhão de pessoas passasse pelo local durante os Jogos Olímpicos. Sua estrutura atual compreende, além da grande arquibancada e arena esportiva, vestiários, sanitários, estaciona-mentos, lanchonetes, lojas, departamento médico, entre outros ambientes. Pensando no uso do espaço após as Olimpíadas, tam-bém já conta com uma creche, um café independente, um estúdio

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de dança e estrutura para apoiar atividades esportivas do dia a dia, tais como basquetebol, handebol, boxe, artes marciais, tênis de mesa, voleibol, entre outras modalidades.

Após ser parcialmente desmontado, terá sua capacidade redu-zida para abrigar 25 mil pessoas em uma maior diversidade de eventos, tanto esportivos quanto culturais. Isso porque as arqui-bancadas incluem uma camada totalmente retrátil inferior, per-mitindo que se transforme num grande ginásio ou numa pequena arena para exposições, shows ou concertos para plateia restrita a 1,5 mil pessoas. Além disso, seu projeto paisagístico está integrado ao parque no qual se situa, o Royal Park, previsto para ser aberto ao público, neste novo formato, em agosto de 2013.

Seu reduzido peso físico e estrutura flexível, um dos objetivos essenciais do projeto para sua construção mais rápida e sustentá-vel, e critérios-chave da sustentabilidade – reduzir, reutilizar e reci-clar – devem permitir maior agilidade na hora da desmontagem, justificando o custo-benefício da obra.

“De uma perspectiva técnica, o principal desafio do estádio foi criar uma estrutura que pode ser temporária e permanente, capaz de abrigar 80 mil espectadores durante os Jogos, mas tornando-se um estádio gerenciável, com capacidade para apenas 25 mil pessoas após as Olimpíadas. Esta escala de reconfiguração nunca tinha sido feita antes", afirma o diretor sênior da Populous, Rod Sheard.

> Projeto arquitetônico: Peter Cook e Populous

> Data do projeto: 2003

> Conclusão da obra: 2012

Ainda de acordo com o diretor, os Jogos foram um catalisador para a regeneração urbana no leste de Lon-dres, o que levaria, normalmente, de 25 a 30 anos de trabalho planejado pelas autoridades locais. “Criamos esse lugar vibrante e próspero para se viver e tra-balhar em apenas uma década. É um legado que os Jogos Olímpicos de 2012 deixam para a cidade”, conclui. (C.e.) M

A estrutura do estádio é composta pela articulação baseada em diagonais de aço tubular. Ao todo, foram consumidas aproxi-madamente 10 mil toneladas de aço. Trata- -se do estádio olímpico mais leve que existe

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Durante as transmissões Das OlimpíaDas de Londres 2012, uma torre de formas espiraladas chamou a atenção nas imagens aéreas do Parque Olímpico de Londres. Trata-se da ArcelorMittal Orbit, uma gigantesca escultura em aço projetada pelo artis-ta indiano Anish Kapoor e pelo engenheiro de estruturas Cecil Balmond, localizada entre o Estádio Olímpico e o Parque Aquático.

Idealizada como um mirante para a capital britânica e para receber turistas durante e após os Jogos, a estrutura foi inspirada na Torre de Babel e também na obra do arquiteto e escultor ucra-niano Vladimir Tatlin, um dos precursores do movimento cons-trutivista. Com sua forma singular, uma escultura de tubos em aço entrelaçados, e acabamento em vermelho vivo, a ArcelorMit-tal Orbit passa a impressão de que sua estrutura está em plena rotação, efeito acentuado pela escada metálica em espiral no exterior da construção.

O projeto foi concebido como uma órbita – por isso o nome Orbit –, uma jornada ou loop, uma estrutura contínua do começo ao fim. A ideia é a representação criativa que Kapoor e Balmond fize-ram das Olimpíadas e dos esforços físicos e emocionais extraordiná-rios pelos quais os atletas passam quando competem. Assim como a escultura, a Olimpíada tem um começo e um fim, mas durante as competições existe um empenho contínuo em se superar para fazer o melhor possível.

Arte e engenhariaA estrutura tem 114,5 m de altura e

conta com dois deques de observação – um a 76 m e outro a 80 m de altura –, a partir dos quais é possível ter uma visão de até 32 km da paisagem de Londres, em qualquer direção. A ArcelorMittal Orbit é um exemplo de acessibilida-de universal, pois todos os visitantes são levados até os deques por meio de dois elevadores com capacidade para 21 pessoas cada, e potencial para locomo-ver até 770 pessoas por hora. A desci-da pode ser feita pelos elevadores, mas os visitantes são encorajados a fazê-la também pelos 455 degraus da escada externa em espiral para experimentar a sensação de orbitar a estrutura.

Um dado curioso e peculiar da obra é que todo o aço empregado foi forne-cido em quantidades simbólicas pelos continentes onde a ArcelorMittal pos-sui fábricas. Na verdade, o objetivo da companhia foi traduzir um pouco o

Novo ícoNe da paisagem loNdriNa, a arcelormittal orbit foi coNstruída iNteirameNte em aço

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A estrutura da ArcelorMittal Orbit tem 114,5 m de altura e conta com dois deques de observação. Do local é possível avistar até 32 km do panora-ma de Londres. O acesso aos deques é feito por dois ele-vadores com capacidade para 21 pessoas cada. À noite, 250 refletores coloridos são progra-mados e controlados, originan-do diversos efeitos especiais

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espírito olímpico que une atletas de todas as partes do mundo. A construção durou 18 meses e utilizou tubos de aço para conformar a superestrutura entrelaçada, a qual apresenta, ainda, 366 conexões em formato de estrela, com 4 m de altura cada. A obra é um marco permanente e sustentável, visto que 60% das 2 mil toneladas de aço empregadas vieram de fontes recicladas, destacando a característica do material mais reciclado no mundo. Segundo a ArcelorMittal, o aço foi escolhido para a escultura por suas propriedades únicas, que incluem resistência, durabilidade, estrutura modular e vantagens quanto à leveza e à velocidade de construção.

Tubos de aço conformam a supe-restrutura entrelaçada, composta ainda por 366 conexões em for-mato de estrela. Na foto abaixo, à esquerda, montagem da parte superior da torre, com o arco pré--montado, sendo içado e elevado até seu local definitivo

> Projeto arquitetônico: Anish Kapoor e Cecil Balmond

> Projeto estrutural: Cecil Balmond

> Data do projeto: 2008

> Conclusão da obra: 2012

A grande escultura possui também 250 refletores coloridos, que podem ser programados e controlados individual- mente para formar combinações de efeitos especiais estáticos e animados, usados para shows noturnos, além de destacar a estrutura.

Novo ícone da paisagem londrina, a ArcelorMittal Orbit é a escultura mais alta do Reino Unido e um dos lega-dos contemporâneos da arquitetura deixados pelas Olimpíadas. Com sua forma híbrida, sua ligação entre arte e estrutura e sua dinâmica não linear, espera-se que atraia cerca de 1 milhão de pessoas em seu primeiro ano de operação. (E.F.) M

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14 &ARQUITETURA AÇO

Estrutura temporária

A ArenA de BAsquete, projetada para as Olimpíadas de Londres 2012 pelo escritório Wilkinson Eyre Architects, é considerada uma das maiores edificações temporárias já erguidas no mundo. Localizada numa área alta ao norte do Parque Olímpico – claramente visível a partir de diversos pontos do terreno –, o espaço foi palco não só dos jogos de basquete, mas de handebol, além de abrigar as competições dos Jogos Paraolímpicos, realizados entre 29 de agosto e 9 de setem-bro. Trata-se de um exemplo de edificação que combinou mobilida-de, leveza e um conceito minimalista de construção.

No total, são 12 mil assentos instalados num espaço de 115 m de

comprimento, 100 m de largura e 35 m de altura, totalizando 11,5 mil m2 de área bruta construída. Um dos maiores destaques do projeto é, sem dúvida, sua capacidade de desmontagem após os eventos esportivos. Tal característica é obtida graças à estrutura constituída por um pórtico de aço revestido por 20 mil m2 de painéis leves de PVC reci-clado. Este revestimento translúcido

Vista da Arena, implantada no ponto mais alto do lote. Um dos destaques da edi-ficação foi o tecido utiliza-do na cobertura, que inclui uma camada de blackout capaz de filtrar a luz do dia durante as partidas

Temporária e reciclável

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Estrutura temporária

Construída no Parque olímPiCo, a arena de Basquete tem roBustos ComPonentes individuais que Podem ser desmontados e suBdivididos Para Possível reutilização

cobre a superfície entre pequenos ele-mentos modulados de aço que esti-cam o tecido, solução que gerou um efeito tridimensional elegante e ondu-lado nas fachadas.

No momento da desmontagem, mais de dois terços dos materiais e componentes utilizados no projeto já estarão identificados para a reutiliza-ção ou reciclagem. A mesma edifica-

ção, no entanto, pode ser montada em um outro evento, e mesmo em outro país, a partir dos mesmos componentes. Considerando--se que levou apenas seis semanas para ser erguida, tornou-se a obra mais rápida de todo o evento, segundo a Olympic Delivery Authority (ODA).

“A equipe liderada pelo Wilkinson Eyre Architects foi chamada para erguer uma estrutura simples, que deveria ser desmontável, mas que seria utilizada para uma das modalidades mais impor-tantes dos Jogos Olímpicos, o basquete. A opção por uma constru-ção leve, executada com malha estrutural em aço foi uma solução

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Vista interna da Arena, onde foram instalados 12 mil assentos num espaço de 115 m de compri-mento, 100 m de largura e 35 m de altura

muito habilidosa e inteligente”, elogiou Dennis Hone, chefe executivo da ODA.

Além da arena esportiva, o local conta com vestiários, elevadores e salas diversas interligadas por corredores – tudo instalado abaixo das arquibanca-das, cujos assentos são revestidos em tons de preto e laranja em homenagem às cores da bola de basquete.

IluminaçãoOutro destaque da obra foi a sua ilumi-nação. Segundo a equipe do Wilkinson Eyre Architects, o tecido da cobertura inclui uma camada de blackout que filtra a luz do dia durante as partidas. “A vantagem é que as paredes externas são translúcidas, permitindo que a luz solar seja filtrada; no entanto, à noite, a luz interna se torna visível do exterior. Além disso, manteve-se controlável a iluminação artificial para as equipes

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A estrutura de aço é constituída por diversos pórticos e por estruturas auxiliares externas revestidas por 20 mil m² de painéis leves de PVC reciclado. Este revestimento trans-lúcido cobre a superfície entre pequenos elementos modulados de aço que esticam o tecido, solução que gerou um efeito tridi-mensional elegante e ondulado às fachadas

> Projeto arquitetônico: Wilkinson Eyre Architects

> Projeto estrutural: SKM Anthony Hunts

> Data do projeto: 2009

> Conclusão da obra: 2011

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de transmissão de TV dos Jogos”, expli-cam os arquitetos.

Especialistas em iluminação para concertos e instalações trabalharam no projeto para criar, à noite, sobre a base de PVC, efeitos de iluminação que transformam a superfície branca em uma ampla e variada gama de cores saturadas e fortes silhuetas da subes-trutura, criando a maior instalação de iluminação do Parque Olímpico. (C.e.) M

Membrana de PVC tipo blackout no teto

Calha para escoamento de água pluvial

Pele de membrana de PVC

Superestrutura primária de aço

Estrutura metálica tubular secundária para suporte do revestimento externo

Tecido tipo blackout aplicado no fundo da arquibancada forma um vazio

Sistema de assentos temporários

Pingadeira em aço inox na base do tecido

Placa de policarbonato retroiluminada

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18 &ARQUITETURA AÇO

O própriO ciclismO e a bicicleta – um objeto engenhoso, ergo-nômico e aerodinâmico, de incomparável beleza e eficiência – servi-ram de inspiração para a criação do Velódromo, projeto do Hopkins Architects para as Olimpíadas de Londres. “Desde o início do proces-so de concepção, queríamos aplicar o mesmo nível de criatividade e rigor no projeto de engenharia utilizado na fabricação de uma bici-cleta. Para nós era importante que isso se manifestasse como uma resposta tridimensional aos requisitos funcionais da construção. A partir desta ideia, tanto a estética como a forma do espaço, surgiram naturalmente", afirrma Mike Taylor, sócio sênior do escritório.

Localizado no Parque Olímpico – zona leste da capital britânica – numa área conhecida como Lower Lea Valley, a obra começou a ser erguida em fevereiro de 2009, durou cerca de dois anos e custou 95 milhões de libras. O prédio tem capacidade para seis mil pessoas, uma pista de 250 m e 35 m de altura. E, de fato, o que mais chama a atenção são justamente os aspectos estéticos e a forma. Com estrutura em aço e revestimento em madeira, o prédio se resume a uma base, chamada bowl, com uma cobertura em dupla curvatura e extremamente diferenciada.

As arquibancadas inferior e superior são separadas pelo saguão principal, de circulação pública, que constitui o principal ponto

de entrada para a arena e permite aos espectadores manter contato visual com a ação na pista, bem como a se mover ao redor da construção. Objeti-vando conceitos de sustentabilidade, o formato da cobertura foi responsável por minimizar o volume construtivo e garantir, por exemplo, iluminação e adequação térmica do ambiente. Nele, uma malha de cabos de aço foi utiliza-da para cobrir totalmente a sua exten-são – sistema semelhante a uma raque-te de tênis. Os sistemas baseados em cabos trabalham tracionados, e, neste caso, a tração atua sobre um anel de compressão no perímetro da cobertura.

“Montar esta rede de cabos nos trou-xe dois desafios principais. O primei-ro era que a área interna precisava de uma cobertura leve e graciosa, previs-tas no projeto arquitetônico inicial, que

Vista geral do prédio, estrutu-rado em aço e cuja cobertura é composta por malha de cabos

VelódromoConsiderada a obra mais sustentável de todo o Parque olímPiCo de londres, um dos destaques foi o uso de uma rede de Cabos de aço na estrutura

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isolasse as condições climáticas exter-nas, em função até do desempenho dos atletas. O segundo era o forte desejo de reduzir os componentes da estrutura para garantir a leveza”, explica um dos engenheiros responsáveis, Chris Wise, completando que este duplo desafio apresentou o maior obstáculo de enge-nharia estrutural do projeto.

O primeiro passo, consistiu em pro-jetar painéis de fechamento que se diferenciassem dos cabos de aço e for-massem a superfície do telhado.

Estes painéis rígidos, em madeira, precisaram ser adaptados ao movimen-to e tolerâncias necessários em uma cobertura estruturada em cabos – com movimentos maiores e mais comple-xos do que uma cobertura-padrão –, por meio de um sistema inteligente e racional de conexão articulada. Tal sistema envolveu a transferência da

força de tensão gerada para fora dos cabos, evitando a utilização de uma grande viga periférica circular. Em resposta, a construção em aço da arquibancada superior e toda a estrutura de baixo foram projetadas para receberem esta força, sendo necessário apenas um pequeno anel de compressão periférico.

A partir de um redesenho do projeto inicial e levando em consi-deração as vantagens da rede de cabo, não só arquitetônicas e estru-turais, mas de custos, agilidade e eficiência, o Velódromo ganhou novas dimensões, pesos e medidas: a previsão de 1,6 mil toneladas de aço do projeto inicial, para uma área de pista de 6 mil m2 e cober-tura de 11,7 mil m2, totalizando 130 kg/m2 de aço, foi reduzida, ao final para mil toneladas de aço, com área de pista de 3,7 mil m2 e 13,3 mil m2 de cobertura, totalizando 79 kg/m2 de aço.

SustentabilidadeO Velódromo é a obra mais sustentável do Parque Olímpico. De todas as metas de sustentabilidade estabelecidas pela Olympic Delivery Authority (ODA) para os projetos dos Jogos, foi o único que alcançou e até ultrapassou os requisitos. “Nossa estratégia de projeto para a construção foi focada em minimizar a demanda por energia e água, integrando-as na estrutura do edifício para reduzir a dependência de sistemas e infraestrutura”, diz Mike Taylor.

Na parte interna, a pista com 250 m e 35 m de altura. Por meio de claraboias o Velódromo utiliza luz natural na maior parte do tempo. Aberturas nas laterais fornecem ventilação, também natural

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A estratégia de iluminação natural da arena principal de ciclis-mo exemplifica esta abordagem. Em vez de investir em painéis fotovoltaicos na cobertura ou em outras tecnologias, optou-se pelo uso de claraboias para fornecer luz suficiente para fins de treina-mento, por exemplo, durante a maior parte do ano. Vidros difusores especiais foram utilizados para prevenir que manchas de luz solar aparecessem na pista, e oferecendo um elevado nível de luz difusa no interior do edifício.

Energeticamente eficiente, a iluminação artificial é conectada a um sistema de controle inteligente que permite fornecer elevados níveis de iluminação durante grandes eventos. Tal solução atinge o melhor equilíbrio entre a economia de energia devido ao uso de luz natural, sem incorrer em áreas excessivamente envidraçadas, o que comprometeria a estratégia térmica do Velódromo.

A arena principal é altamente isolada e ventilada naturalmen-te, reduzindo a demanda de energia. Uma extensa e detalhada

simulação computacional foi utilizada para aperfeiçoar os requisitos dimen-sionais para as entradas e saídas de ar, com o objetivo de atingir o nível exigido de ventilação. Estas, por sua vez, estão perfeitamente integradas à fachada e, em combinação com o isola-mento térmico, permitem refrigeração passiva do ambiente mesmo no verão. Um sistema de reuso de água da chuva prevê uma redução anual de até 75% do consumo de água no local. (c.e.) M

Todo o revestimento externo do Velódromo é feito em lâminas de madeira. Na foto acima, observam-se as aberturas para a ventilação natural do ginásio

> Projeto arquitetônico: Hopkins Architects

> Data do projeto: 2007

> Conclusão da obra: 2011

Na ilustração acima, corte da estrutura metá-

lica que suporta as arquibancadas e das

diversas camadas que compõem a cobertura

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moderno e o antigoEntre o

King’s Cross, em Londres, é remodeLada e ganha novo aCesso Com Cobertura semiCirCuLar metáLiCa

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A transformação da estação criou um diálogo notável entre a estação original, de Cubitt, e a arquitetura do século XXI

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O transpOrte ferrOviáriO da inglaterra é mundialmente conhecido por sua pontualidade e eficiência, e também pelas belas estações, muitas delas centenárias. Um dos melhores exemplos é a estação King’s Cross, erguida em 1852, em Camden, Londres, e que recentemente passou pelo maior projeto de restauração e reestru-turação de sua história.

Projetada pelos arquitetos John McAslan + Partners (JMP), a obra levou oito anos, e 500 milhões de libras esterlinas, para ficar pronta a tempo de recepcionar os turistas durante as Olimpíadas.

A transformação envolveu três operações arquitetônicas bas-tante complexas: requalificação, restauração e ampliação, com modificações principalmente nos galpões de trem, enquanto as outras edificações tiveram de ser adaptadas e reutilizadas. A facha-da de Grau 1 (classificação que se refere aos Listed Buildings, edi-ficações de graus de importância hierárquicas e relevantes para o contexto histórico do Reino Unido) recebeu restauro detalhado, além da ala oeste e do saguão oeste da King’s Cross, que se tornou o destaque do projeto. A obra também reorientou a estação para oeste, criando melhorias operacionais importantes e revelando a fachada sul do projeto original criada por Lewis Cubitt.

A superestrutura abobadada, construída com 1.200 toneladas de aço, tem cerca de 15% da sua área de cobertura revestida com vidro (foto a esquerda) para a entrada de luz natural. À direi-ta, imagem do saguão, cuja cobertura é apoiada em um conjunto de colunas principais em aço, que se ramificam dando origem a uma malha reticulada que estrutura a cobertura, e se apoia na extremidade em outras 16 colunas menores

SaguãoA principal intervenção aconteceu a oeste da estação, com o projeto de um pátio coberto por uma estrutu-ra metálica semicircular com um vão de 150 m de largura e 20 m de altura em seu ponto mais alto. Este novo saguão foi recoberto em parte por telhas metálicas, mas também com grande área revestida em vidro, favorecendo a entrada de luz natural no local. O arquiteto John McAslan explica que a cobertura se apoia em um elemento estrutural, formado por cinco colunas tubulares, de onde par-tem vigas ramificadas, como galhos de árvores, para todo o perímetro do semicírculo.

O novo saguão de 7.500 m2 se conecta à parte oeste da estação, que mantém as características arquitetô-nicas originais. Além disso, é um dos maiores vãos livres estruturais den-tre as estações europeias. Segundo o arquiteto, além de ampliar os recursos disponíveis para o embarque de pas-sageiros, o saguão acentua as ligações com o metrô de Londres, com as linhas de ônibus, táxis e conexões com a reno-vada estação do Eurostar, St. Pancras.

Fachada oestePara John McAslan, a fachada oeste da estação tem grande valor histó-rico e concentra diversas funções. Complexa em planta e articulada em

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cinco edificações, sua renovação possibili-tou melhorias nas condições de trabalho das equipes da estação e de manutenção da rede de trilhos, além das companhias de operações de trens. A ala norte, des-truída por um bombardeio durante a Segunda Guerra Mundial, foi reconstruí-da a partir de seu desenho original.

Galpões de tremA gare principal tem 250 m de compri-mento, 22 m de altura e 65 m de vão, estendendo-se sobre oito plataformas. Sua restauração revela a arquitetura

arrojada da fachada sul original, com as empenas norte e sul reen-vidraçadas e as plataformas remodeladas. As duas coberturas abo-badadas foram remodeladas e adaptadas para economizar energia por meio de um conjunto de painéis fotovoltaicos instalados ao longo das lanternas lineares do teto, enquanto uma nova passarela envidraçada estende-se desde o mezanino do saguão oeste, passando pelo galpão principal de trem com acesso às plataformas por meio de elevadores e escadas rolantes.

A transformação ambiciosa da estação cria um diálogo notável entre a estação original, de Cubitt, e a arquitetura do século XXI. Esta relação entre o antigo e o novo eleva a posição da King’s Cross como uma referência de modernidade aos transportes, enquan-to revitaliza e revela um dos grandes monumentos férreos da Grã-Bretanha. (e.f.) M

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Na foto acima, detalhe da montagem da estru-tura da cobertura do saguão oeste. O corte apresenta tanto o galpão original, à esquerda, como o prédio intermediário no centro e o novo saguão, à direita. À esquerda, detalhe da insta-lação das placas metálicas da cobertura

> Projeto arquitetônico: John McAslan + Partners

> Data do projeto: 2004

> Conclusão da obra: 2012

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Inovador, complexo e robusto. Este é um bom resumo das características do Centro Aquático de Londres, projetado pela reno-mada arquiteta iraquiana Zaha Hadid, obra de grande destaque nos Jogos Olímpicos 2012. A construção, que teve início em 2008 e foi entregue em 2011, localiza-se em um terreno de 36.875 m2 no sudeste do Parque Olímpico, sobre um eixo ortogonal perpendicu-lar à ponte Stratford City. Porém, antes que a construção pudesse

Design futuristaEstrutura Em aço confErE forma fluida ao cEntro aquático dE londrEs

começar, 11 edifícios industriais tive-ram de ser demolidos e cerca de 160 mil toneladas de solo foram escava-das, em uma área considerada uma das mais poluídas do Parque Olímpico. Além disso, quatro esqueletos de cons-truções preexistentes ainda foram

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removidos de um assentamento pré--histórico descoberto no local.

Inspirado na forma de uma onda, o partido reflete a paisagem ribeirinha local e possui cobertura ondulada, que ao mesmo tempo unifica os espaços internos e define o volume onde estão

localizadas as piscinas de natação e mergulho. No subsolo, foi cons-truída a piscina de treinamento. Devido à falta de luz natural no local, cerca de mil lâmpadas foram instaladas no teto, que apresenta recortes em formato de pétalas, simulando claraboias.

A cobertura tem 11 mil m2 e vence um vão livre de 160 m de comprimento. A sua largura máxima atinge 90 m. Somente a estru-tura demandou 2,8 mil toneladas de aço. Esta estrutura apoia-se em

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Acima, o teto em grelha possui recortes em formato de pétalas que simulam claraboias para a entrada de iluminação natural durante o dia. Ao lado, imagem do Centro Aquático após os Jogos com áreas ocupadas pelas instala-ções temporárias agora fechadas por vidro

> Projeto arquitetônico: Zaha Hadid

> Projeto estrutural: Ove Arup & Partners (London, Newcastle)

> Data do projeto: 2007

> Conclusão da obra: 2011

dois núcleos de concreto localizados na sua extremidade norte, e sobre uma parede do mesmo material no extremo sul. A cobertura é composta por uma série de treliças de longos vãos que abrangem o Centro Aquático a partir de uma treliça transversal montada sobre a parede sul e outra que abrange os núcleos do norte.

Todas as treliças são formadas a partir de perfis de seção “H” fabricados especialmente para a obra. As espessuras das chapas das seções dos perfis variam ao longo do comprimento das peças para assegurar o uso eficiente do material, compreendendo entre 8 mm e 120 mm. No local, os membros foram aparafusados para produzir peças estruturais de 30 m a 40 m de comprimento.

Antes da construção, foram desenvolvidos diversos modelos tridimensionais de cada peça em aço utilizada no teto, a fim de garantir a qualidade de fabricação.

A cobertura foi projetada para ser fixada a partir de seu lado norte deslizando até o sul. Mas, devido a limitações do local, foi necessário percorrer o caminho inverso, começando com a elevação da treliça transversal sul, que pesava pouco mais de 70 toneladas. Somente para esta etapa foi necessário o uso de três gruas.

Quando a cobertura estava 50% concluída, uma das linhas de cavaletes intermediários, que suportavam a estrutura, tiveram de ser

Corte longitudinal

Corte transversal

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removidas para permitir a escavação de uma das piscinas. Para tanto, o teto foi elevado em uma de suas partes. Contudo, duas linhas principais de cavaletes tiveram de ser mantidas na mesma posição até que a estrutura estivesse completa. Após a conclusão, a cobertura foi suspensa por quatro equipamentos hidráulicos montados em torres temporárias ao sul, despren-dendo-se aos poucos dos apoios cen-trais até assumir a posição final.

Os arquitetos destacam que, devido à geometria do telhado, foram forma-dos dois arcos nas asas leste e oeste. Sob uma carga uniforme, esses arcos opostos e inclinados equilibram um ao outro, formando um anel de compres-são em todo o perímetro.

Devido ao ambiente altamente corrosivo, toda a estrutura de aço foi revestida com tinta à base de silicato de zinco, como forma de tratamento

anticorrosão. Na parte interna do Centro Aquático, tiras de madeira compensada recobriram todo o teto.

Seguindo critérios de sustentabilidade, 100% de agregado reciclado utilizado no concreto do interior do Centro Aquático e a utilização de escória granulada de alto forno, um subproduto da produção do aço, reduziram a exigência de cimento em 50%. A água das piscinas tam-bém é reutilizada para a lavagem dos banheiros. Já o fechamento em vidro garantirá toda a iluminação natural do equipamento esportivo.

CapacidadeA área total construída do Centro Aquático é de 42.866 m2, o sufi-ciente para acomodar 17,5 mil espectadores durante os Jogos de Londres 2012, no seu modo “olímpico”. Para isso, foram construídos dois pavilhões temporários em aço, que receberam as arquibanca-das extras. Ao final dos Jogos, estas duas estruturas serão remo-vidas e recicladas, reduzindo a capacidade do local para 2,5 mil lugares em 2.529 m2. Para os arquitetos, a vantagem é que o espaço é flexível, pois na ocasião de grandes eventos na cidade ainda pode-rão ser adicionados mil lugares.

Como legado das Olimpíadas, a comunidade local terá à disposi-ção duas piscinas de 50 m e uma piscina de mergulho. Com a retira-da das estruturas da arquibancada temporária, o Centro Aquático terá realçada a sua forma ondulada. (m.c.s.) M

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Presidente da emPresa OlímPica municiPal (eOm), a eco-nomista Maria Silvia Bastos Marques fala sobre a preparação do Rio de Janeiro para as Olimpíadas de 2016. A exemplo de Londres, a preocupação com a sustentabilidade será fator essencial nos projetos olímpicos. Fortalecer a cultura do planejamento detalhado para cada etapa das obras e aproveitar o evento para construir um importante legado para cidade são metas prioritárias da EOM.

AA – As Olimpíadas de Londres incorporaram conceitos com ênfase na sustentabilidade construtiva. Este também é um compromisso para os projetos dos Jogos Olímpicos Rio 2016?MS – Certamente; porém, antes, é preciso lembrar que para um pro-jeto ser considerado sustentável é preciso analisar todo o processo construtivo, desde a preparação do terreno, as demolições necessárias, os materiais selecionados e sua forma de utilização. Também são avaliadas as práticas construtivas internas e externas ao canteiro de obras, o transporte de materiais e os padrões de consumo da edi-

ficação – a necessidade de energia, os dispositivos de controle e a relação com o entorno natural ou construído. A meta da Empresa Olímpica Municipal é forta-lecer a cultura do detalhado planejamen-to prévio de cada etapa das obras. Com este pensamento, cada projeto vai cola-borar com a criação de uma comunidade mais sustentável em todos os sentidos. AA – Como têm sido tratados os impor-tantes desafios ambientais, sociais e econômicos relacionados às obras para a realização dos Jogos Olímpicos?MS – Esta é uma oportunidade única para o Rio de Janeiro. Todos os projetos têm como preocupação a sustentabili-dade e o legado para as diversas regiões

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da cidade onde acontecem as competi-ções. Para cada uma, foi feito um plane-jamento distinto, de acordo com o perfil da área. Copacabana e Flamengo, por exemplo, concentrarão instalações pro-visórias, já que o adensamento popula-cional da área não permite construções permanentes. As obras relacionadas à mobilidade certamente trarão inúmeros benefícios à população. Embora sejam fundamentais para os Jogos, privilegiam, sobretudo, as necessidades da cidade. A Transoeste, por exemplo, ligará a Barra à Santa Cruz e Campo Grande, dois bairros que não receberão competições esporti-vas, contudo, carentes de transporte efi-ciente de alta capacidade.

Em relação à questão ambiental, os projetos têm como base quatro pilares: conservação de água, gestão de energia, controle de emissões e resíduos sólidos e responsabilidade social. Nas obras ou demolições, a Prefeitura já adota como padrão a reciclagem de todo o resíduo reutilizável, verdadeiras “usinas de reciclagem” são ins-taladas nos canteiros de obras. Quanto à área econômica, é impor-tante ressaltar que a Prefeitura buscou alternativas para diminuir a utilização de recursos públicos e atrair investimentos privados. Tratam-se das parcerias Público-Privadas (PPPs), uma opção para alcançar este objetivo, uma vez que não oneram o orçamento públi-co e, ao mesmo tempo, permitem a realização dos projetos, como a revitalização da Zona Portuária e as construções do Centro de Operações, do Parque Olímpico e da Vila dos Atletas.

AA – As empresas privadas estão engajadas com a sustentabilidade dos empreendimentos?MS – Sim. O Rio de Janeiro passa por uma fase muito especial, de

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crescimento e atração de novos investimentos. A preparação para os Jogos Olímpicos mostra que já existe uma mobilização de diversos setores em prol do crescimento da cidade. Vemos cada vez mais a valori-zação dos empreendimentos com “selos verdes” e ações de preservação do meio ambiente. O número de empreendimentos “verdes” é cada vez maior e o Brasil já é um dos cinco países com maior número de pré-dios certificados ou em processo de certificação. Em relação aos Jogos Olímpicos, as empresas envolvidas têm trabalhado em parceria com a Prefeitura para cumprir os compromissos de sustentabilidade estabele-cidos pelo Dossiê de Candidatura.

AA – De que maneira o Parque Olímpico poderá alavancar o desen-volvimento social do seu entorno e também de infraestrutura local?MS – O Plano Diretor, escolhido em concurso internacional de arqui-tetura, prevê a utilização posterior do Parque Olímpico. Para se ter ideia, até 2030, equipamentos esportivos e novos empreendimentos formarão um novo bairro residencial – de tamanho equivalente ao Leme. Um bairro com eficiência energética, sustentabilidade e aces-sibilidade. E, ao contrário da maioria dos condomínios da Barra da Tijuca, será um bairro aberto e atendido por duas das novas linhas de BRT, a Transoeste e a Transcarioca. Além disso, um dos objetivos é que o local se torne um dos principais legados esportivos, pois encerradas as competições, acomodará ainda o Centro Olímpico de Treinamento, voltado para atletas de alto rendimento.

AA – Com relação às contribuições que os Jogos Olímpicos podem trazer para a cidade, quais destacaria como mais importantes?MS – No que se refere ao legado tangível, depois de 2016, a intenção é melhorar a qualidade de vida da população. No setor de transportes, haverá a implantação de um novo sistema de ônibus expressos e de alta capacidade (BRTs). Uma das metas é diminuir o tempo de deslocamento dos cidadãos. Dessa forma, até 2016, o uso de transportes de alta capa-cidade passará de 20% para 60%, beneficiando milhares de pessoas por dia. Já no setor de infraestrutura urbana, o Porto Maravilha é um dos principais projetos, pois revitalizará completamente a região portuária.Outro investimento é na rede hoteleira da cidade. Para aumentar a ofer-ta de quartos de hotéis no Rio de Janeiro, a Prefeitura lançou um con-junto de incentivos, com ótima resposta do setor. Mais de 11 mil novos quartos de hotéis já foram licenciados ou estão em licenciamento na Secretaria Municipal de Urbanismo.

Além dos projetos diretamente associados aos Jogos, o evento ainda impulsiona o desenvolvimento de outras ações que renderão

frutos permanentes. Será uma impor-tante ferramenta de divulgação, forta-lecendo “a marca Rio de Janeiro”, cida-de que é destino turístico de eventos e negócios. A expectativa, na verdade, é de que o evento se transforme em cata-lisador de projetos e ações por toda a cidade, acelerando os processos e esti-mulando o engajamento da população. Este, aliás, é outro grande desafio: que os próprios cariocas trabalhem em prol das melhorias, por meio do seu apoio e de sua conhecida empolgação.

Por dentro do projetoDesde outubro de 2009, quando foi anunciado como sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, o Rio de Janeiro se prepara para receber atletas e visitantes do mundo todo no maior evento esportivo a ser realizado na América do Sul. A cidade passará por transformações urbanas e sociais, será dividida em quatro zonas que acomoda-rão as 28 modalidades de competições olímpicas: Barra da Tijuca, Maracanã, Copacabana e Deodoro. É na Barra da Tijuca que ficará a maior das instala-ções: o Parque Olímpico, construído sobre um grande terreno de 1,18 milhão m2, o principal local de disputas e palco de 20 esportes olímpicos. Já a Arena Olímpica, o Centro Aquático Maria Lenk e o Velódromo Olímpico, construídos para os Jogos Pan-Americanos de 2007, serão reaproveitados.

Toda a proposta urbanística está sendo desenvolvida pelo escritório Aecom Architecture, que tem sua base em Londres, com unidades e projetos em várias partes do mundo, em parceria com o DG Arquitetura e Planejamento.

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Endereços

> Escritórios dE ArquitEturAAecom Architecturewww.aecom.com

DG Arquitetura End.: Av. Rui Barbosa, 170 / 1303, Rio de Janeiro (RJ) Tel.: (21) 3624-1907www.dg-arq.com

Hopkins ArchitectsEnd.: 27 Broadley Terrace, London NW1 6LG,

United KingdomTel.: +44 (0)20 7724 1751E-mail: [email protected] www.hopkins.co.uk

John McAslan + Partners (JMP)End.: 7-9 William RoadLondon NW13ERTel.: +44(0) 201313 6000www.mcaslan.co.uk

Peter Cook – CRAB studioEnd.: 50A rosebery Avenue

EC1R 4RPLondon, UKTel.: 0044(0)2078374262 E-mail: [email protected]

PopulousEnd.: 14 Tribunal Blades Deodar Estrada London – SW15 2NU Tel.: +44 (0) 208 874 7666 E-mail: [email protected] Wilkinson Eyre Architects

End.: 33 Bowling Green Lane, London EC1R 0BJTel.: +44 (0)20 7608 7900E-mail: info@ wilkinsoneyre.com www.wilkinsoneyre.com

Zaha Hadid ArchitectsEnd.: 10 Bowling Green Lane, Londres , EC1R 0BQTel.: +44 20 7253 5147www.zaha-hadid.com

Anish Kapoorwww.anishkapoor.com

> ProJEto EstruturALCecil Balmondwww.balmondstudio.com

Ove Arup & Partners www.arup.com

S K M Anthony Huntswww.skmconsulting.com

O escritório também será responsável pela recuperação da lagoa existente no entorno do terreno, iluminação, pavi-mentação de ruas, entre outras melho-rias na região.

Assim como Londres, uma vez que se trata de um complexo com instala-ções temporárias e permanentes e, em favor da sustentabilidade, entre outras

soluções, serão adotados sistemas industrializados com estruturas e coberturas em aço em algumas edificações.

A construção e manutenção do local é de responsabilida-de do Consórcio Rio Mais, formado pelas construtoras Norberto Odebrecht, Andrade Gutierrez e Carvalho Hosken. Já a Prefeitura do Rio de Janeiro ficou responsável pela execução das obras do Parque Aquático, Centro de Tênis e Centro Internacional de Transmissão (IBC), entre outros. Tais projetos serão realizadas com recursos do Governo Federal. (n.F.) M

Mais informações: Empresa Olímpica Municipal, www.rio.rj.gov.br

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Material para publi ca ção:Contribuições para as próximas edições podem ser enviadas para o CBCA e serão avaliadas pelo Conselho Editorial de Arquitetura & Aço.É desejável o envio das seguintes informações, em mídia digital: desenhos técnicos do projeto, fotos da obra, dados do projeto (local, cliente, data do projeto e da construção, autor do projeto, projetista estrutural e construtor) e referências do arquiteto (telefone, endereço e e-mail).

expediente

Revista Arquitetura & Aço é uma publicação trimestral do CBCA (Centro Brasileiro da Construção em Aço) produzida pela Roma Editora.CBCA: Av. Rio Branco, 181 – 28º andar20040-007 – Rio de Janeiro/RJTel.: (21) [email protected]

Conselho EditorialCatia Mac Cord Simões Coelho – Aço BrasilRoberto Inaba – UsiminasRonaldo do Carmo Soares – Gerdau AçominasSilvia Scalzo – ArcelorMittal Tubarão

Supervisão TécnicaSidnei Palatnik

PublicidadeRicardo Wernecktel: (21) [email protected]

Roma Editora Rua Simão Álvares, 356, cj. 12 – 05417-020 – São Paulo/SPTel. (11) [email protected]

DireçãoCristiano S. BarataCoordenação EditorialNádia Fischer

RedaçãoCamila Escudero, Érica Fernandes, Maria Clara Souza e Nádia Fischer

RevisãoDeborah Peleias

EditoraçãoCibele Cipola (edição de arte), Emílio Fim Neto (estagiário)

Pré-impres são e Impres sãowww.graficamundo.com.br

Endereço para envio de material:Revista Arquitetura & Aço – CBCAAv. Rio Branco, 181 – 28º andar20040-007 – Rio de Janeiro/[email protected]

É per mi ti da a repro du ção total dos tex tos, desde que men cio na da a fonte.É proi bi da a repro du ção das fotos e dese nhos, exce to median te auto ri za-ção ex pres sa do autor.

A&A nº 01 - Edifícios EducacionaisA&A nº 02 - Edifícios de Múltiplos AndaresA&A nº 03 - Terminais de PassageirosA&A nº 04 - Shopping Centers e Centros ComerciaisA&A nº 05 - Pontes e Passarelas A&A nº 06 - ResidênciasA&A nº 07 - Hospitais e ClínicasA&A nº 08 - IndústriasA&A nº 09 - Edificações para o EsporteA&A nº 10 - Instalações ComerciaisA&A nº 11 - Retrofit e Outras IntervençõesA&A nº 12 - Lazer e Cultura A&A nº 13 - Edifícios de Múltiplos AndaresA&A nº 14 - Equipamentos UrbanosA&A nº 15 - Marquises e EscadasA&A nº 16 - Coberturas A&A nº 17 - Instituições de Ensino IIA&A nº 18 - EnvelopeA&A nº 19 - Residências IIA&A nº 20 - Indústrias IIA&A Especial – Copa do Mundo 2014A&A nº 21 - Aeroportos A&A nº 22 - Copa 2010A&A nº 23 - Habitações de Interesse SocialA&A nº 24 - MetrôA&A nº 25 - Instituições de Ensino IIIA&A nº 26 - Mobilidade UrbanaA&A nº 27 - Soluções RápidasA&A nº 28 - Edifícios CorporativosA&A Especial – Estação Intermodal de Transporte

Terrestre de PassageirosA&A nº 29 - Lazer e CulturaA&A nº 30 - Construção Sustentável

- Instalações Comerciais

próxiMa edição:

NúMeros aNte rio res:Os números anteriores da revista Arquitetura & Aço estão disponíveis para download na área de biblioteca do site: www.cbca-acobrasil.org.br

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