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Beit Chabad do Paraná anos Tishrei, 5773 / Setembro, 2012 Edição comemorativa

Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

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Revista comemorativa aos 30 anos do Beit Chabad em Paraná

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Page 1: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

Beit Chabad do Paraná

anos

Tishrei, 5773 / Setembro, 2012

Edição comemorativa

Page 2: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[2]

Recebi sua carta relacionada com a aproximação

do novo ano, bem como uma cópia da carta

anterior. Como foi solicitado, eu me lembrarei

de você e de sua família, bem como daqueles

mencionados em sua carta, em prece, para a

realização dos desejos de seus corações para o

bem.

Com referência às suas dúvidas e à dificuldade

de tomar decisões e sobre um sentimento de

insegurança para confiar nas

pessoas em geral, não é preciso

eu me alongar muito para dizer

que este tipo de sentimentos surge

quando alguém pensa que está

sozinho, que pode apenas confiar

em si mesmo e em seu próprio

julgamento e, portanto, sente-

se incerto e inseguro sobre cada

passo que precisa dar. Embora

ele também confie em D’us,

essa confiança de certa forma é

superficial e não está imbuída nele,

em todos os detalhes de sua maneira de viver; e

apenas em determinados dias, como as Grandes

Festas, ele se sente mais próximo de D’us.

Porém quando a pessoa tem uma profunda fé

em D’us e quando reflete que a benevolente

Providência Divina se estende a todas as pessoas,

e a todo e cada detalhe, e a todo e cada minuto,

certamente ele desenvolve um profundo senso de

segurança e confiança.

O conceito de “Divina Providência” é mais facilmente

compreendido no termo original hebraico,

Hashgachá Peratit [supervisão individual],

pois Hashgachá significa cuidadosa vigilância,

razão pela qual o termo Hashgachá também é

usado em conexão com as leis de cashrut [leis

dietéticas judaicas], onde cada detalhe precisa

ser cuidadosamente supervisionado. Uma outra

tradução que às vezes é usada para Hashgachá

Peratit, ou seja, “supervisão”, não é inteiramente

satisfatória neste caso, porque

supervisão implica “visão de

cima”, ou seja, olhar do alto, ao

passo que Hashgachá no sentido

da vigilância de D’us significa

conhecer todos os assuntos, por

dentro e por fora, completamente.

A crença nesta Hashgachá Peratit

é fundamental em nossa religião

e modo de vida, a tal ponto que,

antes de cada novo ano e durante

o início do ano, recitamos duas

vezes ao dia o Salmo 27: “D’us é minha luz e

minha salvação, a quem temerei? D’us é a força

da minha vida, de quem terei medo?” Por isso

vemos que, mesmo que as coisas não ocorram

como desejadas, segundo os cálculos humanos,

e mesmo que pareça que, segundo a Torá, deveria

ser diferente, um judeu ainda coloca sua confiança

em D’us, como conclui o Salmo: “Espera em D’us;

sê forte e fortalece teu coração e esperança em

D’us.”

Providência DivinaSaudações e Bênçãos, 25 de Elul, 5735 (1975)

“EspEra Em D’us;

sê fortE E fortalEcE

tEu coração E EspErança Em D’us”

Page 3: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[3]

Em outras palavras, às vezes é necessário ser

forte e fortalecer o próprio coração para atingir

plena confiança em D’us, mas há também a

promessa de ser capaz de consegui-la.

O que foi dito acima vem mais facilmente quando

se fortalece a aderência à Torá e às mitsvot

[mandamentos] na vida diária. Não importa o

quão satisfatório isso possa ser a qualquer

tempo, sempre há espaço para aperfeiçoamento

em todos os assuntos de bondade e santidade,

Torá e mitsvot, que são infinitos, sendo derivados

do Infinito. Na verdade, estou contente por notar

que, apesar das suas dúvidas, você dedica

tempo e esforço para ser útil em seu campo,

e que D’us conceda que seja com Hatzlocho

(sucesso), especialmente por isso não interferir

com períodos regulares de estudo diário de Torá.

Nesta conexão, cabe lembrar as palavras do Alter

Rebe, o fundador de Chabad, que verdadeiro

Kviat Ittim (horários estabelecidos) para o estudo

de Torá implicam não apenas no tempo, mas

também na alma.

Possa D’us conceder que você tenha boas notícias

para relatar sobre o que foi dito acima.

Desejando a você e todos os seus um Kesivo

VeChasima Tovo [que você seja inscrito e selado

para o bem], para um ano novo bom e doce.

Rabi Menachem Mendel Schneerson

7º Rebe do Chabad

Page 4: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[4]

Francisco Grupenmacher

Presidente do Beit Chabad Paraná

Como a maioria da comunidade israelita de Curitiba

a idéia da vinda de um casal de religiosos me

pareceu, em um primeiro momento, estranha, algo

fora de nossa realidade, pois já tínhamos sinagoga,

clube, escola etc. Como sempre participei

intensamente de atividades comunitárias tendo,

inclusive, frequentado e atuado em todos esses

ambientes, além dos movimentos universitários,

pensava que a atividade do Beit Chabad não se

adequaria ao perfil de nossa comunidade.

Sempre entendi que o ambiente judaico de nossa

comunidade já estava completo, tendo todas

as minhas necessidades atendidas. Naquela

oportunidade me questionei se não teriam vindo

para atender aqueles que não frequentavam

quaisquer dos ambientes comunitários.

Anos depois, já casado, com filhos e,

principalmente, a partir dos filhos, comecei a

compreender o porquê e o que o Beit Chabad fez,

faz e pode ainda fazer por todos nós.

O que mais aprendi é que o Beit Chabad vem

sempre somar. De tudo o que vi e com aqueles

que convivi nestes últimos oito anos, durante

os quais mais de perto tenho acompanhado as

atividades do Beit Chabad, todas as suas ações

tendem a sedimentar o objetivo principal, que é

a manutenção e o fortalecimento da vida e da

identidade judaica, mantendo viva a religião e

intensificando cada vez mais o respeito a ela.

Sempre foi motivo de reflexão para mim o motivo

pelo qual um casal viria de longe para uma missão

tão difícil. Por que, mesmo depois de estar aqui

por 30 anos, após ter criado seus filhos, ainda

assim aqui permanecer, trazendo outros jovens de

longe, para também transmitirem ensinamentos,

exemplos, conselhos, explicações, conforto,

ajuda aos necessitados físicos e espirituais,

orientar jovens e membros da comunidade

afastados? Qual a razão de continuarem a

contribuir para que as gerações atuais e futuras

de nossa comunidade não apenas preservem

nossa herança, mas progridam no sentido de se

melhorarem espiritualmente como seres humanos

e judeus?

Nestes 30 anos, a comunidade de Curitiba

pôde aprender a importância do trabalho do

querido casal, Rabino Fitche e Tila, assim como

o de sua comprometida família, valorizando o

desprendimento com tudo o que o realizem

e, como eu, que no princípio estranhava e não

entendia o porque de terem começado aqui

este movimento, agora admira e torce para que

continuem por mais 30, 60 anos, ou até quando

D ‘us permitir.

Mensagem

Page 5: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[5]

rabino yosseF e Tila Dubrawsky

O Beit Chabad do Paraná comemora 30 anos de

atuação com profundo sentimento de gratidão a

Hashem por todas Suas dádivas e pelo privilégio

de poder, em parceria com vocês, queridos

amigos e colaboradores, fazer parte do grande

exército espiritual do Rebe de Lubavitch, que foi

incumbido com a missão de trazer o conhecimento

Divino a todos os lugares do mundo. É grande

o nosso reconhecimento para todos os que nos

apoiaram, incentivaram e deram condições para

juntos chegarmos aonde chegamos.

“Abra para mim o tamanho da ponta de uma

agulha e Eu abrirei para vocês os mais expansivos

corredores do Grande Salão (do templo)”. Os

nossos Sábios dizem que D’us nos pede apenas

uma coisa. “Eu não lhe peço para mudar toda sua

vida; apenas quero que abra uma frestinha como

o olho da agulha. Dedique a Mim um momento,

um espaço, um canto de sua vida. Apenas peço

que este momento, este espaço, este canto seja

unicamente para Mim.”

Temos o prazer de oferecer esta revista para

recordar momentos de que todos fazem parte,

nos quais juntos comemoramos e juntos

vibramos com amor a D’us e às tradições da

nossa Torá. Ocasiões quando fomos ligados à

eternidade de D’us fortalecendo uns aos outros e

contribuindo para uma continuidade judaica mais

próspera. Nesta edição comemorativa também

compartilhamos histórias e depoimentos de fé

e coragem, identidade e orgulho judaico, Divina

Providência e amor ao próximo, escritos por

pessoas que moram em Curitiba; ou que aqui se

criaram ou que por aqui passaram.

É motivo de muito orgulho presenciar tantas

pessoas e famílias determinadas a abrir um espaço

único para D’us e acrescentar mais um passo

na sua observância judaica, aqui em Curitiba.

E também acompanhar uma segunda geração,

filhos dos nossos alunos (nossos filhos espirituais),

crescendo com alegria e comprometimento com

os valores do judaísmo em diversos lugares do

mundo. Isso traz à mente as palavras do Salmista

“e tu verás filhos nascerem para teus filhos;

paz haverá sobre Israel.” Certamente D’us nos

atenderá com amplitude, abençoando a todos

com o melhor em saúde, nachat e prosperidade e

que, no mérito coletivo, venha a tão almejada paz

universal, com Mashiach.

Que todos sejamos escritos e selados para um

ano novo bom e doce!

Editorial

Page 6: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[6]

ExpEdiEntE

CoordenaçãoRabino Yossef DubrawskyTila Dubrawsky

SecretáriaSilvia Kozminski

ConteúdoRabino Mendel LabkowskiRabino Mendel Stolik

Jornalista ResponsávelKatia Aguiar [MTB 40152]

Edição e RedaçãoFrances BarasKatia AguiarSara BursteinTila Dubrawsky

RevisãoBlima LorberKutzi SegallSara BursteinSzyja B. Lorber

DiagramaçãoKatia Aguiar

GráficaAjir Artes Gráficas e Editora Ltda

Tiragem1.500 exemplares

Fontes de alguns textospt.chabad.org

FotosArquivo Beit ChabadEida Labkowsky Paulo Mendel Kulisz Sergio WeishofTzivia Stolik

Arte páginas 35-42Vitor S. Milder

Beit Chabad do ParanáRua Alferes Ângelo Sampaio, 370Água Verde 80250-120 - Curitiba/PR55 41 3023-1398www.chabadcuritiba.com

Diretoria da Associação Israelita de Beneficência

“Chabad Lubavitch” - Beit Chabad do Paraná

Diretor: Rabino Yossef Itzchok Dubrawsky

Colel: Rabino Menachem Mendel Labkowski

Juventude: Rabino Menachem Mendel Stolik

Presidente: Francisco Grupenmacher

1º Vice Presidente: Bernardo Rzeznik; 2º Vice Presidente: Ari Zugman

1º Secretario: Kutzi Segall; 2º Secretario: Sara Burstein

1º Tesoureiro: Vitor Ricardo Hertz; 2º Tesoureiro: Flavio Barbalat

Conselho Fiscal: Ismar Strachman, Jaques Rigler, Jackson Kupper

Patrimônio: Julio Zugman, Moyses Becher, Salomão Figlarz

Educação e Cultura: Eida Labkowski, Tzivia Stolik

Eventos: Tila Dubrawsky, Lílian Zugman, Thatiana Wencik

Divulgação e Relações Públicas: André Segall, Szyja Lorber

eDição comemoraTiva aos 30 anos De FunDação Do

beiT chabaD Do paranáProvidência Divina

Carta do Rebe.......................................................................2

Mensagem

Carta do Presidente do Beit Chabad Paraná.............................4

Editorial..

Rabino Yossef e Tila Dubrawsky...............................................5

Quem Somos.............................................................................7

O Rebe...................................................................................10

Chabad Lubavitch Hoje..........................................................15

Prática Judaica

Campanha das Mitsvot..........................................................17

“Akeret Habayit” - Alicerce do Lar...........................................22

Atuação do Chabad na Comunidade

Arte, Criatividade e Tecnologia a Serviço do Judaísmo............26

Ganenu é Educação Judaica Infantil de Qualidade...................29

Chabad Curitiba Leva Mais Judaísmo a Florianópolis...............32

Há 18 Anos Ajudando a Manter a Tradição Judaica.................34

Juventude...........................................................................36

Triunfo do Espírito..................................................................40

Talmud em Português.............................................................38

Aulas e Atividades Que Agitaram os Últimos Cinco Anos............42

Imagens que Marcaram os 30 Anos.......................................50

Chabad: Luz Para Vidas

Vidas Tocadas pelo Beit Chabad do Paraná............................77

Chabad, Sua Casa Longe de Casa

Histórias de Brasileiros Acolhidos ao Redor do Mundo..........104

Page 7: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[7]

Quem Somos

Da Direita para esquerDa rebe rayátz, rebe rashab, alter rebe, tsêmach tsêDec e o rebe.

Fundado por Rabi Yisrael Ben Eliezer, o Baal

Shem Tov, há dois séculos e meio, o Chassidismo

espalhou-se rapidamente pelo mundo judaico.

O Baal Shem Tov ensinava que o judaísmo e a

Torá são propriedades de todos os judeus; que

cada um, independentemente de seu status ou

de suas qualidades pessoais, está perfeitamente

capacitado a servir a D’us.

A devoção, enfatizava ele, é vital para uma

vida plena - e o potencial religioso da devoção

é incalculável. Prazer e entusiasmo no

atendimento aos desejos de D’us, calor e afeto no

relacionamento com os outros - essas se tornaram

as marcas de identificação do Chassidismo.

O Chassidismo O Movimento Chabad-Lubavitch

Chabad-Lubavitch é uma filosofia, um movimento,

uma organização. A palavra “Chabad” é um

acrônimo em hebraico para as três faculdades

intelectuais de: chochmá (sabedoria), biná

(compreensão) e daat (conhecimento). Ensina o

entendimento e o reconhecimento do Criador, o

papel e o propósito da Criação, e a importância e

a missão singular de cada criatura. Esta filosofia

orienta a pessoa a refinar e a governar cada

ação e sentimento por meio destes três atributos

intectuais.

Lubavitch, “A Cidade do Amor Fraterno”, era uma

Page 8: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[8]

pequena cidade no condado de Mohilev, Rússia

Branca, e seu nome transmite a essência da

responsabilidade e do amor engendrados pela

filosofia Chabad por todo e cada judeu. Tornou-se

a residência dos líderes do Movimento Chabad-

Lubavitch em 1814, quando Rabi Dovber, filho e

sucessor do fundador do Movimento, Rabi Shneur

Zalman, estabeleceu-se no local. Por mais de

um século (até 1916) e por quatro gerações de

líderes Chabad-Lubavitch, ela permaneceu como

o centro do Movimento. Assim, os líderes de

Chabad-Lubavitch tornaram-se conhecidos como

“Lubavitcher Rebes” e seus Chassidim como

“Lubavitcher Chassidim”.

A FilosofiaChabad enfatiza a importância em cumprir para

si mesmo e transmitir para os outros a beleza e a

profundidade do estilo de vida baseado na Torá.

A virtude da filosofia Chassídica Chabad é que ela

não se esgota com ensinamentos teóricos, mas

motiva e induz aqueles que a estudam a traduzir

seu conhecimento intelectual em ações práticas.

Os líderes de Chabad-Lubavitch, com sua grande

influência no campo espiritual, dedicavam sua

atenção para as condições gerais da comunidade

judaica, motivados pelo ilimitado Ahavat Yisrael,

que é uma de suas molas mestras. Amar um

companheiro judeu significa amá-lo completa e

incondicionalmente. Assim, o seu trabalho tinha

um propósito duplo - melhorar as condições

materiais do povo, assim como seu padrão

espiritual.

O movimento é guiado pelos ensinamentos de

seus sete líderes (Rebes), começando com Rabi

Shneur Zalman de Liadi, de abençoada memória

(1745-1812). Esses líderes tornaram acessíveis os

mais refinados e delicados aspectos do misticismo

judaico, criando um corpo de estudo composto

por milhares de livros. Eles personificaram as

milenares qualidades bíblicas de piedade e

liderança, preocupando-se não apenas com

Chabad-Lubavitch, mas com a totalidade da vida

judaica, física e espiritual. Nenhuma pessoa ou

detalhe era pequeno ou insignificante demais para

seu amor e dedicação.

Liderança

O Báal Shem Tov –

O Mestre do Bom Nome

Rabi Yisrael Ben Eliezer

(1698-1760)

Fundador do Chassidismo.

O Maguid de Mezeritch

Rabi DovBer

(? – 1772)

.

Discípulo do Báal Shem Tov e professor

de Rabi Shneur Zalman de Liadi.

Fortaleceu o chassidismo de seu mestre,

ancorando-o firmemente no pensamento

e na prática judaicas.

Fundadores do Chassidismo

Quem Somos

Page 9: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[9]

2º Rebe: O ”Mitteler Rebe”

Rabi DovBer de Lubavitch

(1773-1827)

Conhecido pela amplitude e profundidade de

seus ensinamentos e seu incrível amor por

todos os judeus. Dedicou sua vida ao serviço

da comunidade espiritual e fisicamente. Filho

e sucessor do Alter Rebe, e tio e sogro do

Tsêmach Tsêdec.

Os Rebes dO ChassidismO Chabad1º Rebe: O “Alter Rebe”

Rabi Shneur Zalman de Liadi

(1745-1812)

Conhecido como “O Rav” e autor

do Tanya; fundador da linha

Chabad-Lubavitch dentro

do Movimento Chassídico;

discípulo do Maguid de

Mezeritch e pai do Mitteler Rebe.

3º Rebe: O “Tsêmach Tsêdec”

Rabi Menachem Mendel Schneersohn

(1789-1866)

Conhecido pelo título de seu

livro de respostas haláchicas;

sobrinho e genro do Mitteler

Rebe e pai do Rebe Maharash.

4º Rebe: O “Rebe Maharash”

Rabi Shemuel Schneersohn de Lubavitch

(1834-1882)

Em sua curta liderança, fortaleceu a

Chassidut, combateu o antissemitismo e

preparou o terreno para o alcance mundial

do Chabad. Filho mais novo do Tsêmach

Tsêdec e pai do Rebe Rashab.

5º Rebe: O “Rebe Rashab”

Rabi Shalom DovBer Schneersohn de Lubavitch

(1860-1920)

Devotou-se ao futuro da nação

judaica, envolvendo-se em

educação em todos os níveis.

segundo filho do Rebe Maharash e

pai do Rebe Rayatz.

6º Rebe: O “Rebe Rayatz”

Rabi Yossef Yitschac Schneersohn

(1880-1950)

Nascido no coração do Comunismo, lutou

pelo Judaísmo na Rússia em

todas as frentes, assegurando

a sobrevivência do Judaísmo

no Velho Mundo. Estabeleceu-

se nos Estados Unidos, onde

revolucionou e reinventou o

Judaísmo para o Ocidente. Conhecido

também como “o Rebe Anterior”; filho único

do Rebe Rashab, e sogro do Rebe.

7º Rebe: O Rebe

Rabi Menachem Mendel Schneerson

(1902-1994)

Page 10: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[10]

O RebeEm cada geração existe um Moisés. Na nossa,

é o Rabino Menachem Mendel Schneerson

conhecido como O Rebe. Na sua época, Moisés

recebeu a incumbência Divina de redimir um

povo das garras da escravidão e elevá-lo a um

estágio de liberdade plena, cujo ápice foi atingido

na Outorga da Torá, no deserto. Nos

tempos atuais, o Rebe nutriu um

povo devastado pelas garras

do nazismo e do comunismo

e estendeu os conceitos

autênticos de liberdade

a cada ser individual-

mente, sem exeções.

O deserto espiritual da

humanidade começou a

mostrar vida e se tornou

evidente a presença de

muita energia positiva,

curiosidade em revelar

as dimensões desconheci-

das do Universo e um desejo

palpável para transformar este

mundo em um lugar melhor.

Em praticamente cada palestra que o Rebe

proferiu, cada carta que escreveu e cada diretiva

que emitiu, o tema, o encerramento e o objetivo

eram: a vinda de Mashiach e como alcançar a

Redenção. Trazer o Céu para a Terra que será

banhada pela sabedoria e pela bondade de seu

Criador, um mundo sem ódio nem ganância, livre

de sofrimento de discórdia. Nada menos que isso.

A idéia de uma Redenção Universal, introduzida

por um líder global chamado Mashiach, “o

ungido”, é um princípio básico da fé judaica.

O judeu acredita que o mundo criado por D-us

possui o potencial para refletir completamente

a infinita bondade e a perfeição do seu Criador.

E o judeu acredita que a realização desse

objetivo é o propósito para o qual sua

alma foi colocada num corpo físico

e recebeu uma vida na Terra.

O Rebe muitas vezes citava

o grande sábio Maimônides,

que há mais de 800 anos,

dizia: um simples ato, uma

única palavra, apenas um

pensamento, tem o poder

de inclinar as balanças

e trazer redenção a este

mundo. O Rebe explicou:

como a natureza básica de

nosso mundo é perfeita e boa, toda

ação do bem é real e permanente,

enquanto que toda a negativa é somente

aquilo – um fenômeno negativo, um vácuo

esperando para ser dissipado, a escuridão na

espera da luz.

Não importa quão escuro o mundo possa parecer

ou sentir, a luz está apenas a uma única ação

de distância. O Rebe viu isso e partilhou essa

visão conosco. Se abrirmos nossos olhos a essa

realidade, traremos redenção a este mundo. Hoje.

Page 11: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[11]

Nascimento e Infância

Em 1900, Rabi Levi Yitschac

Schneerson, renomado pela

sua erudição talmúdica,

haláchica e em Cabalá casou-

se com Rebetsin Chana

Yanovski, aristocrática, de

família rabínica prestigiosa,

cujo pai, Rabi Meir Shlomo, era rabino da cidade

de Nicolaiyev, Ucrânia.

No dia 11 de Nissan (18 de abril de 1902), nasceu

seu primeiro filho, bisneto do terceiro Rebe de

Lubavitch, seu homônimo. Menachem Mendel

(foto).

Seu pai, Rabi Levi Yitschac, era bisneto de Rabi

Baruch Shalom, o filho mais velho do Tsemach

Tsedec (terceiro Rebe de Chabad-Lubavitch e neto

do fundador do Movimento, Rabi Schneur Zalman,

o Alter Rebe) e Rabino-Mor de Yecatrinoslav

(Dniepropetrovsk), de 1907 a 1939.

Desde a infância, o Rebe mostrava prodigiosa

inteligência e logo teve de deixar o chêder, por

estar muito à frente dos colegas. Aos nove anos,

o diretor da escola local disse a seus pais que não

havia mais nada que pudesse ensinar-lhe. Desde

então, seu pai – ele próprio um célebre erudito e

cabalista – encarregou-se da educação do filho,

empregando tutores e ensinando-o pessoalmente.

Uma autoridade rabínica certa vez visitou o pai

do Rebe. Os dois sábios começaram a discutir

delicados pontos de estudo, sem perceber que

Mendel, então com oito anos, havia entrado na

sala e estava ouvindo com atenção.

O convidado notou a expressão concentrada

no rosto do menino. "Ele entende o que

estamos dizendo?" perguntou. Com um olhar de

conhecedor, o pai replicou: "É impossível saber."

O Rebe teve um grande exemplo e uma forte

influência de seus pais durante sua vida. Seu

pai, Rabi Levi Yitschac, agia com raro grau de

dignidade e coragem para sustentar e fortalecer

o judaísmo sob o regime comunista. Ao seu

lado contava sempre com a grande coragem e

abnegação de sua esposa, Rebetsin Chana, mãe

do Rebe, que não poupava esforços colocando

sua vida em risco, para que seu marido pudesse

continuar escrevendo suas obras sagradas.

Rabi Levi Yitschac foi preso e exilado no vilarejo

distante de Chi li, na Ásia Central. Como resultado

dos seus sofrimentos, faleceu no exílio, na cidade

vizinha de Alma Ata, em 20 de Menachem-Av,

1944, aos 66 anos.

Casamento

O Rebe encontrou o sexto Rebe de Lubavitch,

Rabi Yossef Yitschac Schneerson, em 1923, em

Rostov, Rússia. Em 27 de novembro de 1928,

casou-se com Chaya Mussia (1901-1988),

segunda filha do Rabi Yossef Yitschac. A Rebetsin

é lembrada pela sua excepcional erudição, embora

fosse de comportamento compassivo, humilde e

despretensioso.

O casamento foi realizado em Varsóvia, Polônia,

na terça-feira, à tarde, em 14 de Kislêv de 1928.

Centenas de Chassidim Chabad de Varsóvia, das

Biografia

Page 12: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[12]

áreas polonesas, da Lituânia e da Rússia Branca

compareceram, além de renomados Rebes e

eruditos.

Logo após o casamento,

o Rebe mandou o jovem

casal viver em Berlim,

então a capital intelectual

da Europa Ocidental, onde

Rabi Menachem Mendel

passaria parte do seu

tempo estudando em famosos

centros de estudos e acabaria matriculando-

se na Universidade de Berlim. Rabi Yossef Ber

Soloveichik também encontrava-se em Berlim

naquela época e os dois passaram muito tempo

juntos, em estudos gerais e talmúdicos. Rabi

Soloveichik relembra que o Rebe trazia um

volume do Talmud ou outros textos da Torá a suas

palestras, e o colocava dentro do livro de textos.

Certa vez, um dos professores ficou aborrecido

pela aparente falta de atenção do Rebe e, no

meio da palestra, acreditando que ele não o

estava ouvindo, resolveu testá-lo: "Pode repetir

uma palavra daquilo que eu disse?", perguntou

ele. Humildemente, o Rebe levantou-se e repetiu

a palestra inteira, palavra por palavra.

Embora o Rebe passasse a maior parte de seu

tempo em Paris envolvido nos estudos, também

deu muitas aulas. Eliyáhu Reichman lembra-se de

que, quando jovem, assistiu diariamente às aulas

de Talmud dadas pelo Rebe. Uma vez ele e outro

aluno perceberam que o Rebe tinha citado uma

passagem de modo ligeiramente diferente do que

aparecia no texto. Depois que a aula terminou,

foram à estante do Rebe para conferir o texto do

Talmud que ele usara. Talvez tivesse uma versão

diferente? Para sua surpresa, viram que o Rebe

O Rebe

tinha usado um tratado completamente diferente!

Havia uma escassez de textos e vários alunos

tinham que estudar usando o mesmo volume. A

fim de deixar um texto adicional disponível para

os alunos, o Rebe tinha recitado as passagens

de cor e para esconder o problema dos alunos,

fingira usar um livro com outro tratado.

Formação

Em 1933, a mudança do regime forçou Rabi

Menachem Mendel a deixar a Alemanha, onde se

graduara em Heidelberg, em Engenharia Superior,

e mudar-se para Paris. Matriculou-se na Sorbonne

,onde receberia outro diploma, Engenharia

Mecânica, com especialização em Projeto Naval.

O conhecimento adquirido nesses estudos

habilitaram-no a resolver dúvidas haláchicas nos

anos subseqüentes. Por exemplo, quando houve

uma discussão sobre se um navio com tripulação

de judeus poderia viajar no Shabat, o Rebe

comentou: "A alegação de que tais trabalhos

proibidos podem ser realizados automaticamente

demonstra não apenas ignorância sobre os

princípios haláchicos no trabalho, como também

ignorância sobre os rudimentos da engenharia."

O Rebe sempre dedicou-se primordialmente à

oração e ao estudo da Torá, preocupando-se com

cada judeu, onde quer que se encontrasse.

O Rebe e sua espOsa

a Rebetsin Chaya Mussia eM 1928

Page 13: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[13]

Chegada aos Estados Unidos

Segunda-feira, 23 de junho de 1941, o Rebe e a

Rebetsin chegaram aos Estados Unidos, havendo

milagrosamente escapado da investida nazista.

Estabeleceram-se em Nova York. Seu sogro, Rabi

Yossef Yitschac Schneerson, que havia chegado

aos Estados Unidos um ano antes, escolheu-o

para liderar suas recém-fundadas organizações:

Merkos Linyonei Chinuch, o braço educacional

do movimento Lubavitch; Machané Israel, a

organização de serviço social do movimento; e

a Sociedade Kehot de Publicação, a editora de

Lubavitch.

O Rebe, então, começou a escrever suas

anotações eruditas sobre vários tratados

chassídicos e cabalísticos, bem como uma vasta

gama de responsas. Com a publicação dessas

obras, logo foi reconhecido por eruditos de todo

o mundo.

Liderança

Em 1950, Rabi Yossef Yitschac faleceu. Embora o

Rebe tivesse sido escolhido como seu sucessor,

foi relutante no início em aceitar o manto da

liderança. Apenas um ano mais tarde assumiria

formalmente o título de “Rebe”: foi em 28 de

Janeiro, 10 de Shevat de 5710.

Em seu primeiro discurso como Rebe, ele afirmou

que a missão da nossa geração é a de trazer

Mashiach (Messias).

O Rebe organizou um corpo de shluchim –

emissários de Lubavitch – e os encarregou de

estabelecer centros Chabad-Lubavitch no mundo.

Hoje milhares de instituições Chabad-Lubavitch

cobrem o planeta. Além de se preocupar com

cada indivíduo, o Rebe dava atenção especial

a órfãos e viúvas de soldados israelenses, as

crianças de Chernobyl, entre outros. Mais de 1300

crianças recebem tratamento médico em Kfar

Chabad. Para os meninos órfãos, são celebradas

anualmente cerimônias de bar-mitsvá, no Muro das

Lamentações. Além disso, foram criados vários

centros de reabilitação para pessoas viciadas

em drogas. O Rebe estabeleceu cerca de 60

instituições de ensino judaico na Comunidade dos

Estados Independentes e na Letônia. Centenas de

emissários visitam regularmente e muitos outros

estabelecem lá suas residências para promover

as atividades judaicas. A organização Ezrat Achim

envia toneladas de alimentos para os judeus

desses países.

O Rebe foi quem iniciou o movimento de teshuvá

(retorno ao autêntico judaísmo), através de uma

forma revolucionária de difundir o judaísmo para

todos os judeus com a sua famosa "Campanha

das Mitsvot" (campanha das boas ações). A

colocação dos tefilin, o acendimento das velas

de Shabat e Yom Tov pelas mulheres judias,

Os eMissáRiOs dO Rebe eM fRente aO 770 nO KINUS anual as eMissáRias dO Rebe têM seu KINUS na data dO yahRtzeit da Rebetsin Chaya Mushka

Page 14: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[14]

O Rebe

a cashrut, a prática da tsedacá, a educação

baseada na Torá, entre outras. Na época, foi

duramente criticado, enfrentando forte oposição,

ao dizer que esta era a única maneira de salvar

o judaísmo da assimilação. Suas campanhas

inovadoras hoje servem de modelo a diversas

instituições judaicas que atraem judeus de volta a

sua herança exatemente como o Rebe já fazia há

cinco décadas.

Sua preocupação com a educação e o futuro da

humanidade foi reconhecida nos Estados Unidos.

A data de nascimento do Rebe, 18 de abril,(11 de

Nissan), foi transformada pelo Presidente Ronald

Reagan em “Dia Nacional da Educação”.

Entre as previsões que fez sobre situações

mundiais, as que mais repercutiram foram a

abertura da Cortina de Ferro, com a emigração

maciça de judeus soviéticos para Israel, ao alertar

o governo israelense para a construção de casas

e condições de emprego para esses judeus. Isto

aconteceu numa época em que tal possibilidade

era impensável.

Outra previsão fantástica: durante a Guerra do

Golfo, em 1991, o Rebe foi o único a dizer que a

guerra não atingiria o povo judeu, declarando que

as máscaras de gás não seriam necessárias. Ele

declarava isso enfaticamente, mesmo durante o

contínuo bombardeio de scuds sobre Israel, pois

lá "é o lugar mais seguro do mundo."

Conscientizou sobre a iminente vinda de Mashiach

(Messias) e da importância de "recepcioná-lo"

apropriadamente, principalmente por meio de

um estudo intensivo dos assuntos relativos à era

messiânica, contidos na Torá, no Talmud e em

outras fontes judaicas, como no código de leis de

Maimônides.

Todos os domingos, o Lubavitcher Rebe

costumava receber e abençoar as vastas

multidões que vinham buscar as suas palavras de

sabedoria e de bênção. A cada uma das milhares

de pessoas que o procuravam entregava uma nota

de um dólar para ser doada a uma instituição de

caridade, a critério da pessoa. Além de pessoas

comuns, diversas personalidades judias e não-

judias pediam-lhe conselho e bênção.

No dia 12 de junho de 1994 (3 de Tamuz, 5754

- “Guimel Tamuz”) o Rebe deixou este mundo da

matéria. Mas, conforme se pronunciou na época

do falecimento de seu sogro, o Tsadic continua

vivendo por intermédio de seus ensinamentos e

de todo o legado que deixou a seus chassidim e

a todos que foram tocados pela sua imensurável

sabedoria, exemplo vivo de Torá e amor

incondicional. As centenas de volumes que

transmitem seu conhecimento e orientação em

cada assunto continuam a influenciar a maneira

de conduzir nossas vidas e a nos preparar para

o início de uma nova era. Que seja em breve, se

D’us quiser! •

Page 15: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[15]

Argentina: Bahia Blanca, Buenos Aires, Cordoba, La Plata, Martinez, Mendoza, Morón, Rosario, Salta, San Carlos de Bariloche, Santa Fe, Tucumán Armenia: Yerevan Australia: Balaclava, Bellevue Hill, Bentleigh East, Bondi, Brighton East, Brisbane, Byron Bay, Canberra, Carnegie, Caulfield, Double Bay, Dover Heights, East Brighton, East St. Kilda, Elsternwick, Greenslopes, Hobart, Kensington, Launceston,

Malvern, Melbourne, Moorabbin, Ormond, Perth, South Yarra, St. Ives, Surfers Paradise, Sydney Austria: Salzburg, Vienna Azerbaijan: Baku, Quba, Sumgait Belarus: Bobruisk, Brest, Grodno, Minsk, Mogilev, Orsha Belgium: Antwerp, Brussels, Edegem Bolivia: La Paz Brazil: Belem, Belo Horizonte, Curitiba, Petropolis, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, S. Andre, S. Paulo, Salvador Bulgaria: Sofia Cambodia: Phnom Penh Canada: Alberta: Calgary, Edmonton British Columbia: Richmond, Surrey, Vancouver, Victoria Manitoba: Winnipeg Nova Scotia: Halifax Ontario: Downsview, Hamilton, London, Maple, Mississauga, Niagara Falls, North York, Ottawa, Richmond Hill, Thornhill, Toronto, Waterloo Quebec: Chomedey, Cote St Luc, Dollard-des-Ormeaux, Hampstead, Laval, Mont

Tremblant, Montreal, Pierrefonds, Quebec City, S. Lazare, Ville S. Laurent, Westmount Chile: Pucon, Santiago China: Beijing, Guangzhou, Hong Kong, Kowloon, Midlevels, Nanshan District, Shanghai, Tung Chung, Yiwu Colombia: Barranquilla, Bogota Congo: Kinshasa Costa Rica: S. Jose Croatia: Zagreb Cyprus: Ayia Napa, Larnaca Czech Republic: Praha Denmark: Copenhagen Dominican Republic: Santo Domingo Ecuador: Quito England: Altrincham, Birmingham, Bournemouth, Brighton, Bristol, Buckhurst Hill, Cambridge, Cheadle, Edgware, Ilford, Leeds, Liverpool, London, Manchester, Nottingham, Oxford, Radlett, Salford, Sheffield, Southgate, Whitefield, Woodside Park Estonia: Tallinn Finland: Helsinki France: Alfortville, Antibes Juan Les Pins, Athis-Mons, Aubervilliers, Bagnolet, Bobigny, Bois-Colombes, Bondy, Bonneuil-sur-Marne, Boulogne-Billancourt, Brunoy, Bry-sur-Marne, Cannes, Charenton-le-Pont, Chatou, Choisy La Roi, Clamart, Courbevoie, Creteil, Dijon, Ecully, Épinay-sur-Seine, Ezanville, Fontenay-Sous-Bois, Gambetta, Grenoble, La Celle-St-Cloud, Les Lilas, Levallois-Perret, L’Hay-les-Roses, Lille, Lunéville, Lyon, Maisons-Laffitte, Marseille, Massy, Meaux, Metz, Montigny-le-Bretonneux, Montmorency, Montpellier, Montreuil, Montrouge, Neuilly Sur Seine, Nice, Nogent-sur-Marne, Noisy-le-Grand, Pantin, Paris, Poissy, Pontault-Combault, Romainville, Rouen, Rueil-Malmaison, S. Denis, S. Tropez, Saint-Maur-des-Fossés, Sarcelles, Savigny-sur-Orge, Sceaux, Sèvres, St Ouen, St-Brice-Sous-Forêt, St-Cloud, St-Geneviève-des-Bois, St-Germain-en-Laye, Strasbourg, Suresnes, Toulouse, Tournefeuille, Valence, Versailles, Vigneux-sur-Seine, Villeneuve-S.-Georges, Villeurbanne, Villiers-sur-Marne, Yerres Georgia: Tbilisi Germany: Berlin, Cologne, Dresden, Dusseldorf, Frankfurt, Hamburg, Hannover, Karlsruhe, Munich, Nuernberg, Offenbach Am Main, Potsdam, Ulm Greece: Athens,

Thessaloniki Guatemala: Guatemala City Hungary: Budapest India: Anjuna Village, Bangalore, Manali, Mumbai Ireland: Dublin Israel: Aderet, Adi, Afula, Akko, Alfei Menashe, Arad, Arbel, Ariel, Ashdod, Ashkelon, Ashteol, Atlit, Avital, Azor, Balfurya, Bareket, Bat Hayin, Bat Khefer, Be’er Sheva, Be’er Ya’akov, Beit Arye, Beit Dagan, Beit She’an, Beit Shemesh, Beitar Eilit, Ben Gurion Airport, Binyamina, Bnei Ayish, Bnei Brak, Chispin, Dimona, Efrat, Eilat, Ein Ayala, Ein Bokek, Elad, Elon More, Emanuel, Even Yehuda, Gan Ner, Gan Yavne, Ganei Tikva, Gedera, Gila, Giv’at Ada, Giv’at Avnei, Giv’at Ela, Giv’at Shmuel, Giv’at Ze’ev, Giv’atayim, Hadera, Haifa, Har Adar, Hebron, Hertzliya, Hod Hasharon, Holon, Jerusalem, Kadima, Kadumim, Karmei Tsur, Karmiel, Karnei Shomron, Katzir Harish, Kazrin, Kfar Achim, Kfar Baruch, Kfar Chabad, Kfar Chabad Bet, Kfar Gidon, Kfar Ha-Oranim, Kfar Monash, Kfar Neter, Kfar Saba, Kfar Sitrin, Kfar Tavor, Kfar Warburg, Kfar Yona, Khashmona’im, Khatsor ha-Glilit, Kiryat Arba, Kiryat Ata, Kiryat Bialik, Kiryat Chaim, Kiryat Ekron, Kiryat Gat, Kiryat Malachi, Kiryat Motskin, Kiryat On, Kiryat Shemona, Kiryat Tivon, Kiryat Yam, Lehavim, Lev ha-Sharon Regional Council, Lod, Lower Galilee, Ma’ale Adumim, Ma’alot, Maccabim-Reut, Mate Binyamin, Mazkeret Batya, Meitar, Meitav, Menachamiya, Merkaz Sapir, Metulla, Mevo’ot Hachermon, Migdal, Migdal ha-Emek, Mikhmoret, Mitzpeh Ramon, Mitzpeh Yericho, Modiin, Modiin Illit, Moshav Brosh, Moshav Givati, Moshav Porat, Na’ale, Nachlat Yehuda, Nahalal, Nahariya, Natzrat Eilit, Nes Ziyona, Nesher, Netanya, Netivot, Nir Zvi, Nitsan, Nofit, Nordiya, Ofakim, Omer, Or Akiva, Or Yehuda, Oranit, Otniel, Pardes Chana Karkur, Pardesiya, Petach Tikva, Porat, Ra’anana, Ramat Ef’al, Ramat Gan, Ramat Hasharon, Ramat Yishai, Ramla, Rechovot, Rishon Lezion, Rosh ha-Ayin, Rosh Pina, Safed, Safsufa, Sapir, Sderot, Shimshit, Shlomi, Shoam, Shomriya, Susya, Talmei Yechiel, Tekoa. Tel Adashim, Tel Aviv, Tel Mond, Tiberias, Tirat Hakarmel, Tivon, Tnuvot, Tsoran, Tsur Hadassa, Yagel, Yavne, Yavniel, Yehud, Yehud Monosun, Yerucham, Yesod Hama’ala, Yokne’am Eilit, Zeitan, Zichron Yaakov Italy: Milan, Rome, Trieste, Valenza, Venice Japan: Tokyo Kazakhstan: Almaty, Karaganda Korea: Yongsan Kyrgyzstan: Bishkek Latvia: Riga Lithuania: Vilnius Luxembourg: Luxembourg Mexico: Cancun, Tijuana, Cabos S. Lucas Moldova: Kishinev Morocco: Agadir, Casablanca, Fes, Kenitra, Marrakech,

Meknes, Rabat, Tanger Nepal: Pokhara, Thamel Netherlands: Almere, Amersfoort, Amstelveen, Amsterdam, Haarlem, Maastricht,

Nijmegen, Rotterdam, The Hague, Utrecht, S. Maarten New Zealand: Christchurch North Cyprus: Kyrenia Northern Ireland: Belfast Norway: Oslo Paraguay: Asuncion Peru: Cusco, Lima Poland: Krakow, Warsaw Romania: Bucharest, Yassi Russia: Astrakhan, Barnaul, Birobidjan, Bryansk, Chelyabinsk, Derbent, Dzerzhinsk, Irkutsk, Izhevsk, Kaliningrad, Kazan, Kemerovo, Khabarovsk, Kostroma, Krasnodar, Krasnoyarsk, Kursk, Lipetsk, Malakhovka, Moscow, Mytischi, Nalchik, Nizhny Novgorod, Novgorod Veliky, Novosibirsk, Omsk, Orenburg, Perm, Rostov, S. Petersburg, Samara, Saratov, Smolensk, Sochi, Stavropol, Togliatti, Tomsk, Tyumen, Ufa, Ulyanovsk,

Vladivostok, Volgograd, Voronezh, Yekaterinburg Scotland: Edinburgh, Giffnock, Glasgow Serbia: Belgrade Singapore: Singapore Slovakia: Bratislava, Pieštany South Africa: Bloubergrant, Cape Town, Fourways, Hyde Park, Illovo, Linksfield, Lyndhurst, Melrose North, Norwood, Orchards, Rouxville, Sandown, Sandton, Savoy Estate, Sea Point, Umhlanga Rocks Spain: Barcelona, Madrid, Marbella, Valencia

Sweden: Goteborg, Malmö, Stockholm Switzerland: Basel, Bourgerie, Geneva, Genève, Lugano, Luzern, Zurich Thailand: Bangkok,

Chiang Mai, Koh Samu, Nonthaburi, Phuket Tunisia: Tunis, Zarzis Turkey: Istambul, Izmir

Chabad Lubavitch HojeO PResente dO Rebe aO mundO

Page 16: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[16]

United States: Alabama: Birmingham, Huntsville Alaska: Anchorage Arizona: Anthem, Chandler, Flagstaff, Fountain Hills, Gilbert,

Glendale, Mesa, Phoenix, Scottsdale, Tempe, Tucson Arkansas: Little Rock, Rogers California: Agoura Hills, Aliso Viejo, Bakersfield, Berkeley, Beverly Hills, Bonita, Burbank, Calabasas, Camarillo, Carlsbad, Chatsworth, Chico, Chula Vista, Coronado, Culver City, Cupertino, Danville, Davis, Encino, Folsom, Foster City, Fresno, Glendale, Goleta, Huntington Beach, Irvine, La Jolla, Laguna Beach, Laguna Niguel, Lancaster, Lomita, Long Beach, Los Alamitos, Los Angeles, Los Gatos, Malibu, Marina Del Rey, Mill Valley, Mission Viejo, Moorpark, Mountain View, Napa, Newbury Park, Newhall, Newport Beach, North Hollywood, Northridge, Oak Park, Oakland, Oceanside, Oxnard, Pacific Grove, Pacific Palisades, Palm Desert, Palm Springs, Palo Alto, Pasadena, Pleasanton, Porter Ranch, Poway, Rancho Cucamonga, Rancho Mirage, Rancho Palos Verdes, Rancho S. Fe, Redondo Beach, Redwood City, Reseda, Riverside, Roseville, Running Springs, S. Barbara, S. Clemente, S. Cruz, S. Diego, S. Francisco, S. Luis Obispo, S. Mateo, S. Monica, S. Rafael, S. Rosa, Sacramento, Sherman Oaks, Simi Valley, Stockton, Studio City, Sunnyvale, Tarzana, Temecula, Thousand Oaks, Topanga, Trabuco Canyon, Tustin, Vacaville, Ventura, Walnut Creek, West Hills, West

Hollywood, Westlake, Woodland Hills, Yorba Linda Colorado: Aspen, Aurora, Boulder, Colorado Springs, Denver, Evergreen, Fort Collins,

Lone Tree, Longmont, Vail, Westminster Connecticut: Fairfield, Glastonbury, Greenwich, Guilfordtt, Hamden, Hartford, Litchfield, Milford, New Haven, New London, Orange, Ridgefield, Southbury, Stamford, Storrs Mansfield, Wallingford, Washington, Waterbury, Weatogue, West

Hartford, Westport District of Columbia: Washington Delaware: Newark, Wilmington Florida: Aventura, Boca Raton, Bonita Springs, Boynton Beach, Bradenton, Cape Coral, Cooper City, Coral Gables, Coral Springs, Cutler Bay, Davie, Deerfield Beach, Delray Beach, Doral, Fort Lauderdale, Fort Myers, Gainesville, Greenacres, Groveland, Hallandale, Hillsboro Beach, Hollywood, Jacksonville, Jupiter, Key Biscayne, Key West, Lake Mary, Lantana, Lauderdale By The Sea, Lauderhill, Maitland, Margate, Miami, Miami Beach, Miami Lakes, Naples, North Bay Village, North Miami, North Miami Beach, Ocala, Orlando, Ormond Beach, Oviedo, Palm Beach Gardens, Palm City, Palm Harbor, Palmetto Bay, Parkland, Pembroke Pines, Plantation, Pompano Beach, Ponte Vedra Beach, Punta Gorda, Royal Palm Beach, S. Augustine, Sarasota, Satellite Beach, St. Petersburg, Sunny Isles Beach, Sunrise, Surfside, Tallahassee, Tamarac, Tampa, Trinity, Valrico, Venice, Wellington, Wesley Chapel, West Palm Beach, Weston Georgia: Alpharetta, Athens, Atlanta, Augusta, Kennesaw, Marietta, Norcross Hawaii: Honolulu,

Kapa’a Idaho: Boise Illinois: Champaign, Chicago, Des Plaines, Evanston, Glenview, Gurnee, Highland Park, Naperville, Northbrook, Oak Park, Peoria, Riverwoods, Skokie, Wilmette Indiana: Bloomington, Indianapolis, Munster Iowa: Davenport, Des Moines, Iowa City,

Postville Kansas: Lawrence, Overland Park Kentucky: Louisville Louisiana: Metairie, New Orleans Maine: Portland Maryland: Annapolis, Baltimore, Bethesda, College Park, Columbia, Frederick, Gaithersburg, Germantown, Ocean City, Owings Mills, Potomac, Rockville, Silver Spring, Towson Massachusetts: Acton, Amherst, Andover, Boston, Brighton, Brookline, Cambridge, Chestnut Hill, Framingham, Hingham, Hyannis, Lexington, Longmeadow, Mansfield, Milford, Natick, Needham, New Bedford, Newton Centre, Peabody, Pittsfield, Sharon, Somerville, Stoughton, Sudbury, Swampscott, Waltham, Wellesley, Westborough, Westford, Worcester Michigan: Ann Arbor, Commerce Township, Farmington Hills, Flint, Grand Rapids, Kalkaska, Novi, Oak Park, Southfield, West Bloomfield Minnesota: Cottage Grove, Duluth, Hopkins, Minneapolis, Rochester, S. Paul, West S. Paul Missouri: Chesterfield, Kansas City, St. Louis Montana: Bozeman, Nebraska, Lincoln, Omaha Nevada: Henderson, Las Vegas, Reno New Hampshire: Hanover, Manchester New Jersey: Basking Ridge, Cherry Hill, Clinton, Denville, Ewing, Fair Lawn, Fanwood, Flanders, Fort Lee, Franklin Lakes, Freehold, Hillsborough, Hillside, Hoboken, Holmdel, Jersey City, Lawrenceville, Livingston, Madison, Manalapan, Margate City, Medford, Monroe Township, Montville, Morganville, Morristown, Mullica Hill, North Brunswick, Old Tappan, Paramus, Passaic, Princeton, Randolph, Rockaway, Short Hills, Sparta, Teaneck, Tenafly, Toms River, Ventnor City, Vineland, Wayne, West Orange, West Windsor, Woodcliff Lake New Mexico: Albuquerque, Las Cruces, Santa Fe, Taos New York: Albany, Andes, Bayside, Bedford Hills, Briarcliff Manor, Briarwood, Bronx, Brooklyn, Buffalo, Cambria Heights, Carmel, Cedarhurst, Chautauqua, Chestnut Ridge, Clifton Park, Commack, Coram, Dairyland, Delmar, Dix Hills, Dobbs Ferry, East Hampton, East Hills, East Northport, East Norwich, Ellenville, Elmhurst, Fallsburg, Far Rockaway, Flushing, Forest Hills, Getzville, Glen Head, Goshen, Great Neck, Greenfield Park, Hempstead, Howard Beach, Ithaca, Kew Gardens, Kew Gardens Hills, Kingston, Lake Grove, Larchmont, Little Neck, Long Beach, Long Island City, Melville, Merrick, Mineola, Monroe, Monsey, Monticello, Napernack, New City, New Paltz, New York, Oakland Gardens, Oceanside, Old Westbury, Oswego, Parksville, Patchogue, Pittsford, Port Washington, Poughkeepsie, Rego Park, Rhinebeck, Riverdale, Rochester, Rockaway Park, Roslyn Heights, Saratoga Springs, Scarsdale, Schenectady, Southampton, Spring Valley, Staten Island, Stony Brook, Suffern, Syracuse, Troy, Valley Stream, Vestal, Water Mill, West Hempstead, White Plains, Woodbury, Woodmere, Yonkers North Carolina: Asheville, Cary, Chapel Hill, Charlotte, Greensboro, Raleigh, Wilmington Ohio: Akron, Beachwood, Cincinnati, Cleveland, Cleveland Heights, Columbus, Dayton, New Albany, S. Euclid, Solon, Toledo Oklahoma: Oklahoma City, Tulsa Oregon: Ashland, Bend, Eugene, Hillsboro, Portland, Salem Pennsylvania: Allentown, Bethlehem, Bryn Mawr, Clarks Summit, Devon, Doylestown, Fort Washington,

Fox Chapel, Harrisburg, Lancaster, Media, Merion Station, Monroeville, Newtown, Philadelphia, Pittsburgh, Reading, Rydal, Scranton, State College, Stroudsburg, Wilkes-Barre, Wynnewood, Yardley, York Puerto Rico: Carolina Rhode Island: Barrington, Providence, Warwick South Carolina: Columbia, Greer, Mount Pleasant, Myrtle Beach Tennessee: Chattanooga, Knoxville, Memphis, Nashville Texas: Arlington, Austin, College Station, Dallas, El Paso, Fort Worth, Houston, Pearland, Plano, S. Antonio, South Padre Island, Sugar Land Utah: Salt Lake City Vermont: Burlington Virginia: Alexandria, Blacksburg, Charlottesville, Fairfax, Herndon, Norfolk, Richmond, Vienna, Virgin Islands: St. Thomas Washington: Bellevue, Bellingham, Edmonds, Issaquah, Olympia, Seattle, Spokane, Tacoma, Vancouver West Virginia: Morgantown Wisconsin: Kenosha, Madison, Mequon, Milwaukee Wyoming: Jackson Ukraine: Belaya Tserkov, Belgorod-Dnestrovsky, Berdichev, Cherkassy, Chernigov, Chernovtzy, Dneprodzerzhinsk, Dnepropetrovsk, Donetsk, Ivano-Frankovsk, Izmail, Kharkov, Kherson, Khmelnytskyi, Kiev, Kirovograd, Korosten, Kremenchug, Krivoy Rog, Lugansk, Makeevka, Mariupol, Nikolayev, Odessa, Pervomaisk, Poltava, Rovno, Sevastopol, Simferopol, Sumy, Uzhgorod, Vinnitza, Zaporozhye, Zhitomir Uruguay: Montevideo, Punta Del Este Uzbekistan: Buhara, Samarkand, Tashkent Venezuela: Altamira, Caracas, San Bernardino Vietnam: Ho Chi Minh

Page 17: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[17]

Campanha das Mitsvotdez maneiRas de viveR uma vida mais signifiCativa

ahavat YisRael - Amar seu irmão judeu

Em todas as ocasiões possíveis, o Rebe insistia

na difusão da campanha da mitsvot entre os

judeus. As dez mitsvot da campanha levam a um

relacionamento mais profundo e significativo com

a nossa herança judaica.

Rabi Akiva (um dos grandes sábios do Talmud)

explicou que o amor ao próximo é “um

dos princípios mais importantes da

Torá”. Cada judeu deve ter seus

pensamentos, falas e ações

permeados pelo interesse no

bem-estar do seu irmão judeu.

Ser voluntário é uma das formas

mais “judaicas” de amor ao

próximo. Exemplos? Ofereça buscar

pessoas para reuniões, festas ou aulas;

entregue velas de Chanucá ou Mishloach Manot

em Purim; ajude a realizar um evento na Sinagoga.

Mitsvot são mandamentos de D’us, dados ao

povo judeu e especificados na nossa Sagrada

Torá. Pelo cumprimento de cada mitsvá, trazemos

ao mundo a Vontade Divina de torná-lo aquilo que

ele deve ser.

Passe o Shabat com pessoas, convide e esteja

aberto para ser convidado. Fale coisas boas

sobre as pessoas, especialmente

seus irmãos judeus. Faça contato

com as pessoas se não as vê

por algum tempo. Visite as

pessoas quando estiverem

doentes ou hospitalizadas.

Informe-se – certamente

há algo para você fazer na

comunidade. Estar conectado é

o âmago de toda estratégia de vida

mais significativa. É o motor e o ímã. Pode

chamar de unir-se ao seu povo.

ChinuCh - Educação pela ToráA campanha da educação pela Torá quer envolver

cada uma das crianças judias num programa

educacional que lhes ensine o que significa viver

como judeu.

Igualmente, os adultos são encorajados a se

inscreverem em grupos de estudo e seminários,

de acordo com o seu meio e conhecimentos.

Page 18: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[18]

estudO da tORá - Expansão da Mente

Estudar Torá não é como

qualquer outro estudo.

Outros estudos são meios de

adquirir conhecimento, mas

estudar Torá é um fim em

si mesmo. É a experiência

de fazer perguntas, buscar

as respostas, entrar em

sincronia com as mentes dos sábios - a experiência

de fazer contato com um intelecto Divino.

Os judeus são conhecidos como pessoas

inteligentes. Temos sido um povo de livros e de

sabedoria há mais de 4 mil anos - o que soma

muito em livros e sabedoria.

Rabi Schneur Zalman, o fundador do movimento

Chabad-Lubavitch, explicou

que o estudo da Torá deve

estar fixado não só no tempo,

mas também na alma, de

modo que se transforme no

ponto ao redor do qual gira

todo o espectro da vida

cotidiana.

A Torá pode referir-se apenas aos Cinco Livros

de Moshê, mas também pode referir-se a todo o

corpo da sabedoria judaica. A Torá não deve ser

estudada somente como “História dos judeus”,

mas como a luz que mostra o caminho a seguir.

É a Torá Viva, o projeto pelo qual o mundo foi

desenhado. Tudo que existe pode ser encontrado

na Torá e tem aplicação prática.

tefilin - Amarre-se nesta IdeiaOs tefilin são um par de caixas de couro negro

contendo rolos de pergaminho com trechos da

Bíblia. Ao colocar os tefilin, o judeu

entra num espaço eterno todas

as manhãs. Conectando a mente,

o coração e a mão – acontece o

supremo paradoxo: a conexão de

um ser finito com um D’us Infinito.

A ideia do tefilin é entrar no mundo

diariamente como uma única pessoa

conectada eternamente a um único

D’us.

A Torá descreve tefilin como um sinal, uma

afirmação pública de envolvimento judaico. Os

tefilin são colocados no braço (ao lado do coração)

e sobre a cabeça; significa a ligação dos poderes

emocionais e intelectuais do indivíduo a serviço

de D’us.

As tiras de couro, que vão do

braço até a mão e da cabeça até as

pernas, significam a transmissão

da energia intelectual e emocional

para as mãos e pés, simbolizando

a ação.

Essa mitsvá é feita uma vez ao dia – de preferência

durante as preces matinais – enquanto você

recita uma passagem chamada Shema Israel. É

cumprida por homens acima dos 13 anos, todos

os dias exceto no Shabat e Yom Tov.

Prática Judaica

Page 19: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[19]

estantes de livROs - Um Lar Repleto de Livros Judaicos

Uma casa repleta de livros judaicos contém 4 mil

anos de livros judaicos. Portanto, é uma casa

de 4 mil anos de idade, construída para durar

eternamente.

O ambiente ensina. O que

você tem em casa ajuda a

determinar que tipo de lar é

o seu. Ao ter livros judaicos à

vista, sua família e os visitantes

serão motivados a usá-los.

Além disso, a própria presença

dos livros nos lembra de seu

conteúdo e da importância dos valores judaicos.

Quanto mais livros, melhor. No entanto, é sugerido

um mínimo de um Chumash (os Cinco Livros de

Moisés), um Tehilim (Livro de Salmos) e um Sidur

(livro de orações).

O Talmud também

destaca o mérito de quem

empresta os seus livros

de Torá para que outros

se beneficiem. Os livros

na sua estante precisam

circular entre amigos e

inspirá-los. Recomende,

indique e compartilhe

os tesouros dos livros judaicos, atualmente

disponíveis em diversos idiomas.

aCendendO as velas de shabat - Iluminando o MundoO mundo é um local enlouquecedor. Sua vida é

um navio na tempestade. A noite de sexta-feira é

um casulo de fuga para entrar num outro mundo,

um local de serenidade e calma. Uma calma que

chamamos de Shabat.

E tudo começa com o

tremular de uma pequena

chama de luz.

Por sua natureza tão

diferente das outras

entidades materiais, a

luz é muitas vezes usada

para descrever introvisão

espiritual. O Shabat é um dia de luz, um dia com

um padrão e uma orientação de valores especial.

O acender das velas de Shabat introduz e inspira

este estado de percepção.

A responsabilidade e a honra de acender as velas

de Shabat pertencem à mulher. Meninas desde

a idade de três anos são

encorajadas a acender a

sua própria vela. As velas

de Shabat são acesas 20

minutos antes do pôr-do-

sol.

“Uma pequena vela

neste mundo, acesa no

momento certo, com o

objetivo certo, gera uma luz espiritual lá em cima,

tão magnífica, tão brilhante, que pode iluminar o

mundo inteiro.”

Page 20: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[20]

mezuzá - Nossa Maior Proteção

A mezuzá identifica uma casa, ou um

recinto fechado, como sendo judaico. Ela

deve estar afixada no batente direito da

porta de cada quarto ou sala (exceto o

banheiro).

Uma mezuzá casher é um pequeno

rolo de pergaminho, escrito a mão por

um escriba, contendo duas passagens

bíblicas, uma delas o Shemá Yisrael. No

lado oposto do pergaminho estão escritas

as três letras hebraicas, Shin, Dalet e Yud, que é

um dos Nomes Divinos e é um acrônimo para as

palavras hebraicas que significam: “Guardião das

portas de Israel”.

Como uma mezuzá funciona? Enrolamos

um pequeno rolo que declara a unicidade

de D’us e o afixamos no batente – e

aquela unicidade de D’us fica conosco,

provendo um escudo protetor em

qualquer lugar que estejamos.

Mezuzot e tefilin precisam ser certificados

como casher por um escriba autorizado

e necessitam de verificação periódica, pois com

o tempo o pergaminho pode desgastar-se ou

danificar-se.

tsedeCá - Faça JustiçaTsedacá, embora comumente traduzida como

caridade, literalmente significa “justiça” ou

“retidão”. Devemos doar aos outros por um senso

de responsabilidade, porque é preciso entender

que aquilo que temos também é

uma caridade de D’us, que nos

foi confiada com o propósito de

ajudarmos aos outros.

Nossa prosperidade é um

fundo que devemos dirigir e

generosamente partilhar com

aqueles que precisam.

A campanha de tsedacá clama por um aumento

na doação, bem como a colocação de uma caixa

de tsedacá visível para servir de lembrete para

doar com frequência, todos os dias da semana,

exceto Shabat e Yom Tov, quando antecipamos

esse ato colocando tsedacá antes do horário de

acendimento das velas.

É melhor doar menos todos

os dias, do que fazer a

mesma doação de uma vez

só, porque, toda vez que

suas mãos fazem a ação de

doar, torna-se cada vez mais

uma “mão doadora”.

Quando a caixinha estiver

cheia não se esqueça de enviá-la ou de entregar

o seu conteúdo à instituição de sua escolha.

Nossos sábios disseram: “A tsedacá é notável,

porque aproxima a Redençãa”.

Prática Judaica

Page 21: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[21]

tahaRat hamishPaChá - Pureza FamiliarComo existimos na mente de D’us, homem e

mulher são um único todo. Portanto nenhum de

nós pode atingir integridade

até recuperar aquela unicidade

original de corpo e alma. É por

isso que a união de homem

e mulher é tão poderosa. Se

tratada grosseiramente e com

egoísmo, torna-se destrutiva e

feia. Mas dentro dos limites e condições corretos,

não há nada mais belo e elevado.

Taharat Hamishpachá - as atitudes e as práticas

que a Torá prescreve para a vida conjugal –

ajudam a desenvolver uma comunicação genuína

e o amor entre marido e mulher. Elas trazem

ao mundo filhos saudáveis e

amorosos.

Casais de todas as esferas

da vida adotaram essa mitsvá

como um meio para realçar e

enriquecer sua vida conjugal.

Em vez de considerar o não cumprimento de

outras observâncias da Torá como impedimento

para o micvê, considere-o como um importante

passo para começar. •

CashRut - A Dieta Judaica

O que é casher (em hebraico), kosher (em yiddish),

cashrut? Querem dizer a mesma coisa: um produto

apto, apropriado ao consumo. A dieta judaica faz

bem para o corpo e para a alma.

Comer comida casher permite que

nos identifiquemos com nosso

judaísmo num nível fundamental. A

Torá nos diz para não rejeitarmos

o físico, e sim santificá-lo. Comida

casher é a dieta da nutrição

espiritual para a neshamá, a alma judaica, trazendo

refinamento e purificação ao povo judeu.

Os alimentos citados na Torá como proibidos ao

nosso consumo subtraem nossa sensibilidade

espiritual. A pessoa se torna menos sensível aos

sentimentos de Divindade e menos capaz de

entender conceitos Divinos. D’us, sim, se importa.

E como!

A observância da cashrut consiste em comer

apenas alimentos casher em casa

e fora dela. Significa também

não comer laticínios junto com

alimentos à base de carne e separar

louças, talheres e utensílios para

carne e leite.

Leite e carne não devem ser cozidos

juntos ou consumidos na mesma refeição. Carne

e frango devem ser abatidos, inspecionados e

salgados segundo as leis casher. Porco, mariscos

e outros crustáceos jamais podem ser casher.

Peixes que têm escamas são casher. Alimentos

processados precisam de supervisão casher.

Separamos louças, talheres e utensílios para

carne e leite.

Page 22: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[22]

Uma mulher “feminista” indagou a um rabino

renomado por seus dons oratórios, o que era

que a esposa dele fazia. O rabino respondeu

que ela cuidava de um lar para oito crianças

carentes, dedicando-se inteiramente às suas

necessidades, preenchendo para elas o papel de

mãe, conselheira, professora e assistente social.

A mulher ficou impressionada. Finalmente ela

encontrara uma esposa de rabino que fugia do

estereótipo, que não era “presa” em casa, que

tinha uma carreira.

A conversa continuou e a mulher percebeu que

as oito crianças eram do rabino e sua esposa e

o lar que ela cuidava era o seu próprio. Ela ficou

indignada. Sentiu-se iludida. O rabino ouviu e

sorriu. Ele disse: “Enquanto pensou que a minha

esposa dirigia um lar para crianças da rua, estava

tudo bem, você a admirava. Já quando soube

que o lar que ela administra é o seu próprio, sua

estima por ela diminuiu. Isso é lógico!?”

Edificar um lar e ser

mãe é uma carreira

digna de louvor.

Trazer filhos ao

mundo e educá-los

para serem sãos,

íntegros e bem

equilibrados de corpo e espírito é contribuir

concretamente e positivamente para o bem da

humanidade. Acredito que esse papel preenche

de verdade a nossa necessidade e desejo de

realizar algo de real significância nesta vida, ainda

que optemos por necessidade ou vontade de ter

mais um trabalho fora de casa.

Na minha juventude criei-me em Crown Heights,

no Brooklyn, no bairro do Grande Tsadic, Rebe de

Lubavitch, Rabi Menachem Mendel Schneerson.

Tive o privilégio de participar das audiências

especialmente dirigidas para milhares de mulheres,

quando o Rebe nos transmitia ideias elevadas da

Torá. “A mulher é o alicerce do lar e de todo o

mundo judaico”, enfatizava o Rebe.

Ser alicerce de um lar e, consequentemente,

de toda a vida judaica não é uma tarefa fácil.

Criar um ambiente no lar onde prevalece o amor

a Hashem, à Torá e ao próximo é uma tarefa

colossal, que exige muita perspicácia, firmeza,

devoção e criatividade, entre outras qualidades.

Abrange desde a escolha da decoração do quarto

do bebê, as canções de ninar, até a investigação

do material de leitura e filmes que os adolescentes

“Akeret Habayit “- Alicerce do LarO POdeR femininO

Tila Dubrawsy

Prática Judaica

Page 23: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[23]

e os adultos tem acesso. Envolve assegurar que

cada dependência tenha uma mezuzá no seu

umbral e que haja livros sagrados para estudo

e oração. Inclui incentivar o hábito de recitar o

Modé Ani ao acordar, em agradecimento por um

novo dia, as bênçãos anteriores e posteriores aos

alimentos, e o Shemá Yisrael antes de deitar à

noite. Abraça a transmissão de valores, como o

respeito aos pais, a prática da caridade (tsedacá),

hospitalidade e honestidade.

Na nossa religião enquanto o homem é o “ministro

do exterior”, a mulher é a “ministra do interior”,

cuidando para que nosso povo se fortaleça e

permaneça unido. A missão que Hashem entregou

à mulher judia é de salvaguardar a santidade de

nosso povo. Os preceitos mais sublimes que

afetam o próprio âmago de nossa nação, estes,

Hashem confiou às mulheres. Às mulheres foi

concedida a responsabilidade e o privilégio do

acendimento das velas de Shabat e YomTov,

anunciando o dia santificado com todas as suas

energias espirituais, do cuidado como cashrut

dos alimentos, a ingestão dos quais diretamente

influenciam o nosso caráter, e da Pureza do Lar,

um preceito sublime que assegura a própria

continuidade do nosso povo.

O papel fundamental da mulher

na perpetuação do judaísmo

foi traçado por D-us desde o

nascimento do nosso povo. Ao

pedir que Moisés preparasse

a jovem nação israelita para

o recebimento de Sua dádiva

preciosa - a Torá, o Todo

Poderoso ordenou: “Assim

falarás à casa de Jacob e dirás

aos filhos de lsrael”. Nossos

sábios explicam que a ‘casa de Jacob’ refere-

se às mulheres judias, e os ‘filhos de Israel’,

aos homens, assim Moishe Rabênu teria de falar

primeiramente com os membros femininos de Am

Yisrael.

Entre as explicações dadas para esse fato é que a

continuidade da nossa herança legada por D-us e

a preservação de sua santidade depende do grau

do compromisso da mulher. Por isso era essencial

assegurar a participação feminina. Quando uma

mulher se compromete, quando ela se envolve

e se dedica, ela se torna uma fonte de força e

inspiração para seu marido e para sua família.

Nossos sábios dizem que às mulheres foi

concedida maior compreensão. Essa qualidade

lhes dá a habilidade de conectar ideias e tecer

valores abstratos e princípios espirituais dentro da

palpável textura do ambiente do lar. Sem minimizar

o papel do marido em cultivar o judaísmo no lar,

é a mulher, a akeret habayit (alicerce do lar) que

nutre e molda essa atmosfera no dia-a-dia.

O estudo da Torá é um grande estímulo; desperta

o nosso amor e reverência inatos para D-us e nos

lembra do verdadeiro propósito da vida. É muito

importante que cada mulher estude a Torá, tanto

a sua dimensão mística, quanto

às leis e conceitos práticos.

A Tefilá – oração, também

é um potente meio de nos

conectarmos com D-us e pedir

para que os nossos esforços

dentro do lar sejam coroados

com as Suas bênçãos. Ambos,

homens e mulheres, têm a

obrigação de rezar. A mulher já

Page 24: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[24]

não necessita rezar com Minyan

ou em horário fixo, mas, ela tem

que louvar, agradecer e suplicar

a D-us, diariamente. As mulheres

judias desde os tempos primordiais

apreciavam o valor da oração. Elas

rezavam em silêncio, mas sabiam

que suas palavras e suas lágrimas estavam sendo

ouvidas e sentidas nitidamente por D-us.

O Rabi Yossef Yitschok Schneerson, sexto líder

de Chabad, comenta nas suas escritas: “Minhag

Nashim Torá” - as tradições e costumes das

mulheres judias fazem parte da Torá. As súplicas

e preces silenciosas que as mulheres oferecem:

antes e depois de acenderem as velas de Shabat

- que Hashem ilumine os seus lares com a luz da

verdadeira Shalom Bayit (harmonia doméstica) e

Nachat de seus filhos, antes e depois de separarem

a chala (uma porção da massa ao preparar o pão)

- que o Todo Poderoso concede ao seu marido

e filhos amplo sustento, permitindo que apoiem

sábios de Torá e doem tsedacá generosamente,

antes e depois da imersão na micvê - que Hashem

lhes conceda filhos bons e sadios, que cresçam e

se tornem observantes de Torá e mitsvot - todos

esses costumes e súplicas - são Torá!

Quando eu era criança, não conseguia entender

por que minha mãe demorava tanto com seus

olhos cobertos murmurando suas preces ao

acender suas velas de Shabat.

Aguardava pacientemente para

lhe dar um carinhoso “Shabat

Shalom” depois que descobria

sua face. Muitas vezes via que

os seus olhos estavam úmidos.

Sei que quando me casei, apesar

de já ter acendido uma vela para

Shabat como solteira, o momento

das velas de Shabat começou a ser

ainda mais importante e precioso.

Era natural aproveitar essa hora

de audiência especial com D-us

para agradecer, compartilhar e

pedir, assim como tinha visto a minha mãe fazer.

Gradativa e profundamente descobri “o segredo”

das velas de Shabat.

Quando nossos filhos cresceram e começaram a

acompanhar a recepção ao dia santificado foi a

vez deles especularem o que mamãe tanto tinha

para comunicar a D-us. Hoje, nada me dá mais

satisfação do que observar as minhas meninas,

agora, graças a D-us, casadas, e a minha querida

nora, acendendo as suas velas de Shabat e se

prolongando em doce comunhão com o Criador

do mundo, da mesma forma que as gerações

justas das mulheres judias que nos antecederam

faziam.

Junto com o estudo da Torá e a Tefilá temos o

preceito da Tsedacá, que caracteriza muito o

lar judaico. (Estes três são um tripé de valores

básicos que sustentam o nosso mundo.)

O Talmud relata que o grande sábio Aba Chilkiya

e sua esposa eram ambos caridosos. No entanto,

quando rezavam em época de seca, as orações

dela eram atendidas antes

das orações dele. A razão

disso era porque, enquanto

Aba Chilkiya dava dinheiro

aos necessitados, com

o qual podiam comprar

alimentos, sua esposa dava

aos pobres pão e outros

Prática Judaica

Page 25: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[25]

gêneros comestíveis. Por mérito desse auxílio

mais imediato suas preces eram atendidas mais

prontamente.

Uma das minhas histórias favoritas, relacionada

com o poder feminino e a tsedacá é

a respeito de Chana Rivka, esposa

de Reb Gavriel, um dos mais

proeminentes judeus de Vitebsk

e chassid (adepto) do Alter Rebe,

primeiro Rebe do Chabad, Rabi

Schneur Zalman (1745-1812). Vinte e

cinco anos após o seu casamento, o

casal ainda não havia tido filhos. Depois, por motivo

de contínua perseguição, eles empobreceram.

Naquela época, Reb Gavriel, recebeu um apelo

do Alter Rebe para participar da mitsvá de Pidyon

Shevuim (resgate de prisioneiros) com uma

contribuição substancial, como ele costumava

fazer em tempos anteriores. É compreensível a

sua aflição em não poder atender ao pedido do

Rebe. Ao tomar conhecimento do apuro de seu

marido, Chana Rivka vendeu as suas jóias e

levantou a quantia de dinheiro necessária. Depois,

ela esfregou e poliu as moedas até que elas

cintilassem e com uma prece no seu coração para

que a sua sorte (mazal) revivesse,

ela embrulhou as moedas em um

pacote, o qual entregou ao marido

para levar ao Alter Rebe.

Chegando à presença de seu Rebe,

em Liozna, Reb Gavriel colocou o dinheiro em

cima da mesa. O Rebe pediu ao chassid para abrir

o pacote. Imediatamente as moedas apareceram

resplandecendo com um brilho extraordinário.

O Tsadic (justo) se compenetrou e depois disse:

“De todo ouro, prata e cobre que os judeus

contribuíram para o Mishkan (tabernáculo), nada

reluziu tanto quanto o lavatório e a sua base, que

foram confeccionados dos espelhos de cobre

que as mulheres judias doaram com abnegação,

generosidade e alegria. Conte-me,

onde você arranjou estas moedas?”

Reb Gavriel tinha que revelar ao Rebe

sobre o seu estado financeiro e como

sua mulher, Chana Rivka bat Beila,

havia levantado o dinheiro. O Alter

Rebe apoiou sua cabeça nas mãos

e ficou em concentração espiritual durante um

tempo. Depois, ele ergueu a cabeça e concedeu

a Reb Gavriel e sua esposa a bênção de filhos,

longevidade, riqueza e graça extraordinária.

Orientou o chassid para fechar os negócios

em Vitebsk e começar a trabalhar com gemas

preciosas e diamantes.

A bênção do Rebe se realizou. Reb Gavriel

Nossê Chên - Gracioso Gavriel (como veio a ser

conhecido) se tornou rico. Ele e sua esposa foram

abençoados com filhos e filhas. Ele viveu até a

idade de 110 anos e Chana Rivka sobreviveu ao

seu marido por dois anos!

“A bênção repousa no lar de um

homem somente por causa de

sua mulher,” afirma o Talmud. O

Rei Salomão disse (Provérbios):

“Toda mulher sábia edifica sua

casa”. Que Hashem nos permita cumprir a nossa

verdadeira vocação com saúde e contentamento

de coração! O futuro do judaísmo depende disso!

(Adaptado de uma série de artigos escritos pela autora e

publicados no jornal “Visão Judaica”)

Page 26: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[26]

aRte, CRiatividade e teCOnOlOgia a seRviçO dO JudaísmO

Tudo que D’us criou no Seu Mundo, criou-o para

exprimir Sua glória. (Ética dos pais (6:11)

A tecnologia canaliza as forças divinas presentes

na natureza desde o momento da criação

(O Rebe).

Foi imbuído desses ensinamentos que o Rabino

Dubrawsky chegou a Curitiba há 30 anos,

ansioso por utilizar a sua criatividade particular

e os recursos que encontrava a seu dispor para

divulgar o judaísmo e torná-lo acessível e atraente

para o maior número de pessoas.

Com esse objetivo iniciou o Clubinho de trabalhos

manuais aos domingos, na Sinagoga Francisco

Frischman. A cada semana, vinha um bonito grupo

de crianças que acompanharam o recém-chegado

rabino, ainda com dificuldade de se expressar,

mas que, com muito carisma e simpatia, os

instruía na confecção de trabalhos relacionados

com temas e valores de judaísmo. Rabino Fitche

conta: “Eu tinha, desde minha juventude, muito

prazer e habilidade em esculpir miniaturas e

gostava de atividades manuais. Sempre sonhava

em canalizar esses recursos para engrandecer o

judaísmo. Nos meus primeiros meses em Curitiba,

eu passava muitas horas elaborando novas

idéias e preparando o material para trazer para

as crianças do Clubinho de Tsivot Hashem, aos

domingos.”

No segundo ano, em Purim, o rabino estreou seu

famoso “jogo de memória” com temas gerais de

Cultura Judaica, repleto de efeitos sonoros para

a alegria e o entretenimento do grande público

de adultos e crianças que lotou ao salão da

Sinagoga Frischmann. Em seguida, vieram os

Atuação do Chabad na Comunidade

Page 27: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[27]

populares Sevivonim Piscadores, que divertiam as

crianças em muitas festas de Chanucá no CIP e

no Chabad. “Eu sempre me identifiquei muito com

a necessidade das crianças de poderem aprender

de forma criativa e dinâmica. Se D’us me deu a

possibilidade de fabricar materiais didáticos para

enaltecer as nossas tradições, eu sentia muita

satisfação em dedicar meu tempo para essa

finalidade”, ressalta o diretor do Chabad.

Nos meses que antecederam a grande Expo

Judaica no CIP, em 1985, o rabino ficava até altas

horas talhando pequenos objetos com minuciosos

detalhes em isopor, madeira e outros materiais,

para confeccionar as maquetes que ilustraram as

festas judaicas com todos os seus costumes e

muitos dos preceitos básicos judaicos. “Choveu

tão forte neste dia, mas isso não impediu que

centenas de pessoas chegassem ao ginásio do

CIP, onde representantes de todas as entidades

organizaram com muito êxito, junto com Beit

Chabad, uma exposição encantadora, que

repercutiu muito pelo Brasil e o mundo judaico

afora”, admira-se o próprio responsável pelo

projeto.

Nos próximos anos, o rabino iria montar excelentes

cenários e apetrechos para acompanhar muitas

apresentações dos alunos do Clubinho do Chabad,

além de usar sua criatividade para fantasiar as

crianças e a ele mesmo nos momentos divertidos

nas colônias de férias, nas chácaras, atividades

tão lembradas pelas crianças, muitas das quais

hoje têm suas próprias crianças.

O rabino descobriu um judeu generoso de

coração que tinha uma fábrica de cerâmica. Logo

milhares de castiçais e chanukiot estavam sendo

distribuídos em Curitiba e em outras cidades do

Brasil. Ele mesmo orientou quanto ao formato das

peças artesanais.

Seja para decorar os ambientes para festas

temáticas ou para criar necessários materiais

visuais para deslumbrar as crianças nas aulas

no Beit Chabad e nas festas na praça, o Rabino

Dubrawsky nunca poupou esforços e, com muito

talento e sensibilidade dava mais do que conta do

recado.

Em 2009, o Rabino Fitche concebeu a ideia brilhante

de homenagear os 120 anos da imigração judaica

no Paraná. Confeccionou uma chanukia com 120

Page 28: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[28]

“tijolos” que incluíram as datas importantes de

todas as entidades judaicas presentes na cidade.

“Fiquei horas colando os dígitos, marcando cada

ano dos 120 anos nos tijolos, confessa o rabino,

“mas tive um enorme prazer em poder enfatizar

a singularidade do nosso povo, através desta

Chanukiá, de como cada entidade judaica faz

parte de um grande candelabro, cuja função é

espelhar a luz Divina.”

Passaram as décadas e hoje os genros do Rabino

Fitche, os jovens rabinos Mendi Labkowski

e Mendy Stolik investem muito na tecnologia

para expandir, divulgar, ensinar e dinamizar os

ensinamentos judaicos. Rabino Labkowski utiliza

datashow nas suas aulas e os recursos avançados

para transmitir aulas ao vivo via internet. Rabino

Stolik organiza o website do Chabad e, além de

divulgar as programações, possibilita compras do

kitov “on-line” e passa informações úteis. Ele o

abastece com clips interessantes, surpreendendo

os navegantes com curiosidades e novidades no

mundo judaico. O concurso moderníssimo “I Light”

incentivou as crianças a produzirem clips sobre

mitsvot na última festa de Chanucá na Praça.

“Tudo indica que essa tendência de utilizar a

tecnologia e todos os recursos inerentes no

mundo para difundir os ensinamentos e valores

da nossa Torá continuará pegando ímpeto e se

tornará cada vez mais atual e necessária, pois o

momento quando ‘o universo estará repleto com

o Conhecimento Divino assim como as águas

cobrem o mar’ está se aproximando com uma

velocidade inédita, concretizando nos nossos

tempos as palavras milenares do Profeta Isaias”,

destaca o Rabino Dubrawsky.•

Atuação do Chabad na Comunidade

(Da esq. para a Dir.) os casais rabino menDy e tzivi stolik; e rabino menDi e eiDi labkowski: filhas e genros Do

casal Dubrawsky que se DeDicam às ativiDaDes Do beit chabaD

Page 29: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[29]

Ganenu é eDucação JuDaica inFanTil De qualiDaDe

Os 30 anos do Beit Chabad do Paraná marcam

também a transformação do antigo Clubinho. Os

pais que sempre ficaram tranquilos em confiar

a educação judaica à instituição agora podem

garantir educação infantil completa para as

crianças.

Um lugar para aprender sobre o judaísmo e as

tradições, onde os pais podiam deixar seus filhos

com toda a tranquilidade. O Clubinho do Beit

Chabad do Paraná sempre representou muito

para a comunidade judaica da capital paranaense.

Assim como as diversas atividades realizadas na

instituição, o Clubinho também evoluiu. Hoje é

chamado Ganenu e atende crianças até 8 anos

de idade, incluindo matérias como português,

matemática e ciências.

Atualmente uma das responsáveis é a Morá Eidi

Labkowski, filha do Rabino Yossef e Tila Dubrawsky.

No currículo de Eidi estão uma temporada

estudando pedagogia em conceituadas escolas

no Reino Unido, Israel, Áustria e Estados Unidos.

A coordenadora conta com uma excelente

equipe pedagógica comprometida com os

ideais do instituto.

Há cinco anos a Escola utiliza o método

de ensino da “Inteligência Múltipla”, que

consiste em utilizar as diversas áreas do

conhecimento, como: musical, espacial,

linguística, lógica, culinária, esportiva, entre

outras. Dessa forma, os alunos conseguem

Frances Baras

conectar o que está sendo ensinado com o seu

cotidiano, tornando o aprendizado muito mais

interessante e eficaz.

Todas as matérias continuam ligadas, de uma

forma ou de outra à educação judaica. As

festas judaicas e os ensinamentos dos sábios

são sempre o foco e o ponto de partida para os

diversos temas. Por exemplo, aproveita-se para

fazer experiências científicas com o fermento

em conexão à festa de Pessach e aborda-se o

assunto de segurança com fogo em relação ao

tema da fogueira de Lag Baomer.

As crianças contam também com uma biblioteca

infantil judaica, mantida com a ajuda da comunidade

e dos próprios pais dos alunos do Ganenu. Os

livros são levados para casa semanalmente,

estimulando não apenas a leitura, mas também

o conhecimento de histórias judaicas, das festas,

dos sábios e dos valores judaicos, que passam

a fazer cada vez mais parte do dia-a-dia das

crianças.

Page 30: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[30]

O sistema de ensino do hebraico, tão importante

para a cultura judaica, é o TALAM, Tochnit

Limudim (Currículo de Estudo) Ivrit Moreshet

(Hebraico e tradição) desenvolvido no Canadá

para ensinar o Hebraico e o Conteúdo Judaico

em escolas fora de Israel. O método se baseia em

ensinar leitura, escrita e conversação de acordo

com o nível da criança, utilizando cores, música e

outras atividades que despertam a curiosidade e

facilitam o aprendizado, com a utilização de livros,

CDs e jogos. As situações estudadas têm relação

com o cotidiano da criança e facilitam a fluência

no idioma.

A Morá Eidi conheceu esse currículo durante

a sua formação pedagógica em Viena, Áustria,

em 2002, na escola Lauder Chabad Campus,

onde estudava e lecionava. Desde então, ela se

encantou com o programa e teve oportunidade de

participar do curso de TalAm em Viena junto com

professoras de outras escolas ao redor da Europa.

Mais tarde, em 2010 participou de mais um curso

TalAm na escola Beit Yacov em S. Paulo.

A Morá decidiu introduzir no programa ao Ganenu,

pois, durante os seus anos de experiência com

alfabetização do hebraico, sentiu que este era

o programa mais completo. TalAm trabalha

a leitura, a escrita e a conversação de uma

maneira fantástica. As crianças constroem o seu

conhecimento, absorvem o conteúdo e convivem

com o aprendizado. Além de desenvolver as

habilidades cognitivas, sociais e emocionais, o

programa possibilita o avanço, desafiando cada

aluno em seu nível.

No Ganenu, os alunos são iniciados ao currículo

TalAm, a partir do primeiro ano (Kita Alef), somente

após a familiarização com o Alef-Bet na educação

infantil pelo método tradicional.

“Adaptamos o programa para ser aproveitado

duas vezes na semana com o Ariot (Alef-Bet),

Shalom Bakita / Babait Uvachutz (conceitos

sociais da vida escolar e família) e Chaguim. Para

reforçar o aprendizado, os alunos se divertem com

os mischakim (jogos) e atividades no machshev

(computador). No final de cada letra estudada, os

alunos fazem a Hachtava (ditado em hebraico),

passando antes por uma revisão através do

“rodízio” – trabalham em duplas nos centros de

leitura, escrita e jogos no computador. Isso permite

à Morá avaliar com atenção individualizada o

andamento de cada aluno.

“Estamos com a terceira turma aproveitando do

currículo. Os resultados são visíveis: os alunos

Atuação do Chabad na Comunidade

Page 31: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[31]

estão lendo cada vez com mais fluência. A

conversação na sala é cada vez mais em hebraico

e, acima de tudo, podemos ver as crianças

felizes e estimuladas em aprender”, explica a

coordenadora.

As mães são só elogios para o método e tudo

o que acontece no Ganenu. Lea Baras Top, que

voltou a viver em Israel após 3 anos morando em

Curitiba com a família valoriza a experiência dos

filhos Rinat (7) e Dan (5) no Ganenu.

“Meu filhos são nascidos em Israel e achamos

muito importante manter o conhecimento do

idioma hebraico no tempo em que passamos em

Curitiba. O Ganenu proporcionou isso, inclusive

o início da alfabetização dos dois. Quando

voltaram a estudar na escola israelense causaram

surpresa nas morot. A base deles era excelente

considerando que haviam passado três anos

estudando fora de Israel”.

A Rinat e o Dan frequentaram o Ganenu de 2008

até maio de 2011 e, segundo Lea, sempre voltavam

para casa empolgados com as experiências,

contando as histórias que haviam escutado sobre

o judaísmo e sobre nossos sábios. “Até hoje eles

praticam tudo o que aprenderam por lá e ainda

falam com saudade das morot, dos rabinos e dos

amigos que ficaram”, completa a mãe orgulhosa.

Para Lea, isso é resultado da forma interessante

como o judaísmo é passado para as crianças.

“A experiência dos meus filhos no Ganenu foi

maravilhosa. A recepção calorosa das morot, a

alimentação saudável e casher, e o aprendizado

amplo que inclui desde as noções básicas que

uma criança em idade pré-escolar necessita até o

hebraico e o judaísmo”.

Jéssica Nevel, que leva a sua pequena Isabela

(Belinha) ao Ganenu desde que ela tinha apenas

1 ano e 8 meses, diz que a principal razão para

escolher a escola é a educação de qualidade

aliada aos valores judaicos. “Acho importante que

a criança conheça os valores judaicos e conheça

as nossas tradições desde cedo”.

Além disso, conta que conseguiu notar um

“desenvolvimento sensacional” na menina desde

que começou a frequentar as aulas. “Ela adora

o Ganenu e as morot. Todos os dias, chega

contando que brincou com os amiguinhos e fez

muitas artes”. •

Page 32: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[32]

Chabad CuRitiba leva mais JudaísmO a flORianóPOlis

Trabalho realizado há três décadas em Curitiba

desce a rodovia até Santa Catarina e alegra a

vida da comunidade judaica de Florianópolis, uma

cidade linda com poucos judeus e, até então,

poucas atividades ligadas ao judaísmo.

Todo judeu, onde quer que ele esteja, tem o

direito de vivenciar o judaísmo. É com base

nesse ensinamento do Rebe de Lubavitch que

a comunidade judaica de Florianópolis, Santa

Catarina, está mais próxima das tradições e das

festas judaicas há cerca de cinco anos. E isso

tem acontecido com a ajuda do Rabino Mendy

Labkowski, genro do casal Yossef e Tila Dubrawsky,

responsáveis pelo início das atividades do Beit

Chabad em Curitiba há 30 anos.

Tudo começou em 2008, quando as chuvas de

verão assolaram boa parte do litoral do estado de

Santa Catarina. Uma campanha de solidariedade

do Beit Chabad Curitiba reuniu alimentos

enlatados que formaram uma chanukiá para

comemorar a Chanucá, Festa das Luzes. Esses

alimentos se transformaram em donativos para a

população que ficou sem casa e sem bens após

a tragédia. Seguindo até Florianópolis, o Rabino

Mendy conheceu a comunidade.

Desde então, a comunidade da capital catarinense

tem apoio para comemorar as grandes festas

judaicas. E não são apenas os judeus de lá que

participam, mas também os diversos turistas

judeus que passam pela cidade para conhecer a

belíssima costa do litoral sul do país. “Há muitos

jovens israelenses que fazem turismo pelo Brasil,

que não poderiam deixar de conhecer Santa

Catarina e que nos encontram para passar as

festas judaicas como Chanucá e Pessach”, relata

o Rabino Labkowski.

Sergio Iokilevitc, que é do Rio de Janeiro e mora

em Florianópolis com a sua esposa desde 1977,

Atuação do Chabad na Comunidade

Frances Baras

Page 33: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[33]

conta que já participou com a família de diversas

comemorações de Chanucá, Sucot, Purim,

Pessach e também de “um encontro próximo ao

período de Yamim Noraim, quando o tema foi o

significado das grandes festas de Rosh Hashanah

e Yom Kipur”.

“Talvez a mais marcante tenha sido a última

comemoração de Sucot, pois envolveu a

construção de uma Sucá em nossa casa.

Contávamos apenas com pouco material e menos

ainda com mão-de-obra, e o resultado final foi

muito bom, uma Sucá casher e fruto de trabalho

efetivamente coletivo”, revela.

A vida judaica na cidade, conta Sérgio, se

dá principalmente por meio da existência da

Associação Israelita Catarinense, que procura

manter conectadas as pessoas judias da

região, enfrentando bastantes dificuldades

neste propósito, em função da dispersão da

comunidade, assimilação etc. Sérgio, que é

engenheiro elétrico, chegou a Florianópolis com

a esposa logo após a universidade. O casal teve

os filhos por lá e procurou dar a educação judaica

que sempre tiveram.

“Fizemos isso dentro do que é possível quando

se está numa cidade sem a estrutura básica que

seria desejável - escola, sinagoga, clubes, número

expressivo de jovens de mesma faixa etária etc.

Tudo isto foi escasso, e tivemos de nos esforçar

mais, do que se estivéssemos em cidades onde a

comunidade judaica é maior e mais efetiva”. Por

isso, segundo ele, a presença do Rabino Mendy é

tão importante. “O Rabino Mendy representa um

missionário da fé, no sentido de que sua dedicação

encontra motivação no cumprimento de mitzvót, e

age para trazer apoio e conhecimento para aqueles

interessados, de forma carinhosa e solidária.

É uma pessoa importante no fortalecimento e

construção de nossa identidade judaica”, relata. •

Page 34: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[34]

Cerca de 200 meninas de Curitiba já passaram

pelas atividades para B’not Mitsvá organizadas

pelo Beit Chabad em Curitiba. Com a chegada

das redes sociais, as atividades unem tradição

e modernidade em uma experiência única e

inesquecível.

É fato conhecido que a mulher tem um papel

fundamental na vida judaica, já que ela é a grande

responsável por manter um lar judaico dentro das

tradições. A partir do Bat Mitzvá toda menina

judia começa a se tornar mulher e deve entender a

importância desse momento para toda a sua vida.

Essa transição é muito mais divertida e especial

para as meninas de 12 anos em Curitiba desde

1994.

Foi naquele ano que começaram as atividades da

“Maravilha de se tornar mulher”, em parceria com

a Naamat Pioneiras, reunindo as meninas para

atividades culinárias e a vivência de um shabaton

coletivo. Quase 200 meninas já passaram pela

experiência e, com toda a certeza, lembram até

hoje do que aprenderam. Muitas delas já colocam

em prática em suas próprias famílias.

Em 2003, com a ajuda da Morá Rose Muller, a

atividade passou a ser bimensal e a ser chamada

do Bat Mitsvá Club. As meninas se reuniam

inicialmente em Motsaei Shabat (sábado a noite)

enquanto hoje são realizados aos domingos a

tarde. O programa inclui leitura de Salmos, uma

reflexão, uma história empolgante, uma atividade

manual, um momento musical e um lanche

gostoso. As sócias recebem missões e fazem

tarefas administrativas no Club.

há 18 anOs aJudandO a manteR a tRadiçãO JudaiCaBat Mitsvá Club

Atuação do Chabad na Comunidade

Frances Baras

Page 35: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[35]

Em 2007 a Morá Tzivi Stolik, filha do casal Yossef

e Tila Dubrawsky, assumiu a coordenação do

Club integrando a sua rica criatividade e as idéias

do BMC internacional ao programa. Hoje as

atividades transcendem os encontros presenciais

e chegam até as redes sociais.

É por meio do Facebook, por exemplo, que Tzivi

se comunica com as B’not Mitzvá, avisa sobre a

programação dos encontros e se aproxima ainda

mais dessas meninas da chamada “Geração

Z”. Para a superconectada Ilana Ida Ingberman,

integrante do BMC de 2011, essa interação tornou

tudo ainda mais divertido.

Apesar de todas as mudanças, o objetivo,

segundo Tzivi Stolik, continua sendo o mesmo:

dar às meninas neste ano tão importante, em que

elas atingem a maioridade judaica, a oportunidade

de conhecer, entender e vivenciar tudo aquilo

que é fundamental para a mulher judia e para a

continuidade da vida judaica de forma dinâmica

divertida e criativa.

As atividades, que acontecem no Beit Chabad,

continuam baseando-se em leitura dos salmos

correspondentes à idade, bate-papos e dinâmicas

sobre algum tema, scrapbook e outros trabalhos

manuais, ações sociais e um lanche. “Como parte

do programa, as meninas também participam de

um shabaton, passando o Shabat juntas, com

25 horas de muitas atividades, aprendizagem,

músicas e diversão. Elas participam de atividades

lúdicas e fazem novas amizades”, completa Tzivi.

Para concluir as atividades, não há necessidade

de realizar uma cerimônia. “O importante é

que elas entendam o seu papel nessa nova

etapa e continuem seguindo o caminho com os

ensinamentos que juntaram durante o ano”, revela.

Mas nada “passa em branco”, segundo Tzivi.

“Realizamos um encontro de encerramento para

mães e filhas, para que as mães possam conhecer

um pouco do que suas filhas viveram durante o

ano, mostramos um clipe especial, entregamos

lembranças para as meninas e desejamos as elas

muita sorte para o futuro”, finaliza. •

Page 36: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[36]

Juventude

O braço de Juventude no Chabad, coordenado

pelo Rabino Mendy Stolik, oferece programas

dinâmicos, criativos e educativos. Consciente de

que a juventude de hoje representa o futuro do

judaísmo de amanhã, o Beit Chabad diversifica

a programação para alcançar o maior número

possível de participantes.

“O Talmud relata que, ‘do mesmo modo que as

faces das pessoas não são iguais, assim também

as mentes são diversas’. É preciso achar para

cada indivíduo uma maneira para ele se sentir

bem e se conectar com nossa herança tão rica

e profunda. Para um é uma aula de Torá e para

outro é uma viagem à Polônia, para ver e viver o

estilo de vida de seus antepassados”, explica o

rabino.

Toda semana há aulas de “Kiruv” em grupo e

particulares. Os participantes recebem uma bolsa

de estudo e podem debater temas como “existe

mau olhado?” ou “como sabemos que a Torá é

verdade?” São oferecidos também, algumas

vezes por ano, cursos especias como “Israel 3D”,

“Tour pelo Templo Sagrado” e mais.

Quem não gosta de viajar? Se a viagem for por

sete países, melhor ainda! É por isso que o Beit

Chabad promoveu várias viagens dentro do

“Projeto Alicerces” e do “Projeto I Know I Go”,

para incentivar jovens a estudar nossa história e a

conviver com jovens judeus de outras cidades do

Brasil. Essas viagens, muito mais do que estudo,

abrem os olhos dos jovens por meio de atividades

de integração, passando shabatot e desfrutando

de momentos agradáveis em outras comunidades

judaicas do mundo ou no 770 (sinagoga do Rebe)

em Nova York.

Em nossas festas judaicas os jovens podem

celebrar com amigos, seja num seder de Pessach,

num encontro na suká, ou no acendimento de

uma Chanukiá em Chanucá. As moças recebem

dicas de decoração para as mesas festivas e

participam de aulas de culinária, onde aprendem

a fazer chalá ou uma outra boa receita típica.

A residência do rabino está sempre aberta, seja

para dar conselhos para os jovens, para estudar,

para um jantar de Shabat ou só para hangout.

Mesmo os jovens que estão fora, procuram o

rabino para ajudar a achar e a conhecer um Beit

Chabad em outra cidade ou país.

Sobre os planos para o futuro o Rabino Stolik fala:

“Sabemos que ainda resta muito trabalho pela

frente. Networking com outros centros judaicos

para ajudar os jovens a encontrarem sua alma

gêmea, reuniões em residências de casais jovens,

entre outras idéias. Nós precisamos sempre inovar

e melhorar, porque, enfim, se trata do futuro do

povo judeu”.

Atuação do Chabad na Comunidade

Page 37: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[37]

Convivência interessante e descontraídaPatríck Sasson

Now that I went, I know!

Foi realmente uma experiência única ter participado desse projeto especial. Poder aproximar-se do judaísmo de uma maneira interessante e descontraída é fundamental.

Foi isso que o Projeto “I know, I go” nos proporcionou. A convivência real com judeus do mundo inteiro em Nova York resultou em uma experiência inesquecível.

Uma das surpresas positivas foi, sem dúvida, nossa interação com o grupo do Rio de Janeiro. Jovens brasileiros tiveram a oportunidade de compartilhar experiências, algo que, sem esse projeto, para a grande maioria, seria inviável. Para nós, que vivemos em uma comunidade pequena, esse tipo de programa é imprescindível para possibilitar uma convivência mais próxima do judaísmo.

Judaísmo íntegroMarcelo Tayah de Melo

Meus avós vieram da Europa trazendo esta bagagem judaica que hoje eu levo. Pelo Beit Chabad, tive a oportunidade de conhecer mais a comunidade judaica praticante do judaísmo, além de poder realizar uma viagem a Israel, pelo Programa Taglit, em 2007, e conhecer o 770, em Nova York, com toda sua energia e mostra de uma integridade judaica nos Estados Unidos.

Quero agradecer ao Beit Chabad do Paraná por me receber de braços abertos.

Eu me encanteiVanessa Gelhorn

Difícil selecionar o momento mais marcante da viagem, porque todos os momentos foram muito enriquecedores e especiais. Talvez o Shabat em Praga, onde tivemos a oportunidade de estar na Sinagoga do grande Sábio e Cabalista “MaHaRaL” (famoso pelo golem que ele criou), vivenciando toda a simbologia e as regras desse momento tão especial. Eu estou encantada! Não só pelo fato de o programa Alicerces ter-me proporcionado uma experiência de viagem com uma mágica mistura de sentimentos e emoções, um conhecimento da história dos meus antepassados, uma vivência do judaísmo. Ele me fez entender de onde eu vim e para onde eu quero ir.”

Vivenciar os costumes do nosso povoDiana Parigot de Souza

O projeto “I know I go” foi uma ótima experiência para conhecer e, principalmente, vivenciar o judaísmo.

Ao longo das aulas fomos relembrando, descobrindo e debatendo temas judaicos. As aulas foram de extrema importância para que todos os participantes se conhecessem e também para que aprendêssemos sobre o judaísmo e a visão do Chabad.

A finalização do programa, uma semana em Nova York, vivendo dentro de uma casa religiosa e praticando os costumes do nosso povo, foi incrível! É interessante notar como mesmo tão longe a identificação e o sentimento de “estar em casa” foi tão forte.

Vejam o que tem a dizer alguns jovens que

participaram de programas de estudos e viagens

do Beit Chabad nos últimos três anos.•

Page 38: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[38]

Numa noite memorável, em maio de 2001, mais

de 400 pessoas lotaram a sala de confêrencias

no Hotel Radisson para uma homenagem a

62 sobreviventes do Holocausto da nossa

comunidade.

O evento promovido pelo Beit Chabad como

parte das comemorações dos seus 30 anos,

contou com a ilustre presença da Rebetsin Esther

Jungreis, oradora de renome mundial. O programa

foi organizado com muito esmero pelas senhoras

Lilian Zugman e Marina Hasson e teve a valiosa

colaboração dos jovens do Dror haBonim,

O cerimonial comecou com acendimento de uma

vela pelos membros da familia ao lado da fotografia

de seu ente querido, sobrevivente, que já se foi.

Foram projetados no telão, com fundo musical, os

nomes e retratos de todos esses heróis, exemplos

de fé e coragem para as novas gerações.

Os sobreviventes que moram na nossa comunidade

foram homenageados recebendo, cada um

da mão de um dos presidentes das entidades

judaicas do Paraná, um lindo livro de Salmos com

capa de couro e inscrição expressando nossa

admiração e respeito por tudo que passaram e por

ainda conseguirem, com muita garra, constituir

suas famílias e se dedicarem a continuidade do

judaísmo.

A Rebetsin Jungreis, nascida na Hungria,

descende de uma dinastia rabínica cuja linhagem

remonta ao Rei David. Sobrevivente do campo

de concentração Berguen-Belsen, ela vive hoje

em Nova York. Ela proferiu uma comovente

palestra, acompanhada por muitos com tradução

simultânea, destacando, por meio de vários casos

verídicos, o milagre do judaísmo ter sobrevivido a

momentos de perseguição ao longo da História.

O tRiunfO dO esPíRitOHomenagem aos Sobreviventes do Holocausto

Os sobreviventes Zichronam Livrachá que foram homenageados e lembrados:

Abram Majer Apelbaum Korcfeld, Alter Nechemie Grynbaum, Arie Flaksberg, Bela Zielonogora, Bernardo Wies, Binyamin Gelhorn, Brondla Grynbaum, Bruno Macioro, Chaskiel Slud, Chaya Kulysz, David Lorber Rolnik, Eva Kohane, Fiszel Szmargowisz, Hanna Lili Sielecka, Hella Bewaski, Henik Weishof, Hinda Klein, Ita Gottfreid Hendler, Izak Baras, Jacob Krigsner, Jacob Mendelsom, Joel Bergman, José Hendler, Joseph Kohane, Julio Kohane, Leah Mamber, Leon Fajgenbaum, Mala Szniter, Malka Lorber Rolnik, Marcos Zielonogora, Marie Berthe Weishof, Mario Grynbaum, Miriam Mendelsom, Moises Bergerson, Moshe Aron Herchlikowicz, Moshe Klein, Natan Mamber, Nuchym Szniter, Rosa Baras, Samuel Klein, Schulem Krajden, Shendel Aizescu, Shimon Aizescu, Shoshana Klin, Sonia Ingberman, Szlama Kac, Yaacov Kulysz, Zeev Goldstein.

Os sobreviventes, ad meia veessrim shaná, que foram homenageados:

Abram Bogdanski Z”L , Bela Bogdanski, Bunia Finkel, Cila Krajden, Hella Schwarz, Marcos Bergerson, Menachem Klin, Moises Jacobson, Naftali Steinberg, Peter Aizescu, Samuel Grinbaum, Sara Gelhorn, Sara Goldstein, Vergil Terifan.

Atuação do Chabad na Comunidade

Page 39: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[39]

Todos os participantes levaram uma lembrança

com o nome de uma das crianças judias cuja vida

foi ceifada durante o holocausto, assumindo uma

mitsvá em honra da memória dessa criança. •

Page 40: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[40]

Ainda como parte das comemorações dos seus

30 anos, na noite de 28 de junho 2011, houve

um evento muito especial no Beit Chabad de

Curitiba, iniciativa do Colel Centro de Estudos,

dirigido por Rabino Mendy Labkowski. Foi o

lançamento do primeiro volume do Talmud em

Português! Na presença de mais

de cem descendentes, familiares

e amigos, receberam homenagem

três patriarcas de familias distintas:

senhores Menachem Mendel

Knopfholz Z’’L, Shmil Troib Z’’L e

Nathan Yalom Z’’L conhecidos pelo

Yishuv Curitibano por sua devoção

e erudição no estudo do Talmud.

Uma gravura que data de 1945, emprestada pelos

parentes demonstrou estes senhores saindo da

Sinagoga Francisco Frischmann, com seus livros

de Talmud embaixo do braço, após seu estudo

diário. A famosa Edição Vilna do Talmud utilizado

por eles estava exposta junto com outros objetos

pessoais, fazendo sua presença palpável e

marcante.

Três netos que levam os nomes de seus avós,

Mendel Knopfholz, seguido por Jaime Zlotnik,

Sergio (Shmil) Mazer e Nathan Kulisch, prestaram

depoimentos emocionantes, compartilhando

lembranças suas de seus notáveis ancestrais.

Rabino Yossef Dubrawsky destacou o grande

mérito da comunidade em ter tido estes ilustres

exemplos e como hoje com a tradução desta

grandiosa obra em línguas mais acessíveis, inglês

e agora o português, será cada vez mais fácil para

a nova geração continuar a estudar. O Rabino

informou ao público das aulas de Talmud, já em

andamento no Colel do Beit Chabad, frequentadas

por jovens e adultos e sobre novos grupos que

serão formados no futuro breve. “Hoje podemos

conciliar uma vida profissional com o estudo da

Torá e do Talmud. Não se torna mais necessário

abrir mão de qualquer um em prol

do outro”, salientou o diretor do Beit

Chabad.

O Rav Shamai Ende, convidado

especial da noite e o responsável

pela obra em português, desvendou

os mistérios do Talmud proferindo

palavras profundas e interessantes

a respeito da Lei Oral da Torá. Compartilhou

histórias verídicas de grandes sábios e seu incrível

domínio neste estudo da sabedoria divina milenar

que acompanha o nosso povo desde Moshe

Rabenu até nosso dias. “Todas as ciências, todas

as novidades na tecnologia e medicina já estão

previstos nas páginas destes tomos”, afirmou o

chefe da Yeshiva Lubavitch de SP, Rabino Shamai.

O programa terminou com uma calorosa

confraternização, com comes e bebes e a venda

do Talmud em Português. Muitos participantes

aproveitaram a oportunidade de levarem para

casa este Clássico Judaico. O grande público

dispersou e um grupo de umas trinta pessoas se

aconchegou em volta de uma grande mesa para

um farbrenguen chassídico com Rabino Shamai

Ende. Ficaram mais uma hora e pouco para

ouvir pérolas de inspiração e histórias magníficas

do Rebe de Lubavitch, próximo da data que

lançamentO dO talmud em PORtuguêsTestemunha Ocular de uma Noite Iluminada

Atuação do Chabad na Comunidade

Page 41: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[41]

marcava 70 anos de sua chegada aos EUA. Um

Sheva Brachot inesperado, brindando os recém-

casados Jackson Guelman e Joyce Grimberg

que vieram prestigiar o evento, finalizou a noite

com tom de muita benção, alegria e dança. E me

atrevo a especular se a alegria contagiante desta

noite não foi um reflexo de uma alegria especial

de três almas no Gan Éden, que vibraram vendo

a continuidade de seu esforço e das suas boas

ações... •

Page 42: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[42]

aulas e atividades que agitaRam Os últimOs CinCO anOsCursos

Atuação do Chabad na Comunidade

Page 43: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[43]

Crianças

Page 44: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

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Kitov

Atuação do Chabad na Comunidade

Page 45: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[45]

almoços aos Domingos

Page 46: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[46]

mulheres

Atuação do Chabad na Comunidade

Page 47: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[47]

Palestras e Fabrenguen

Page 48: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[48]

Festas JuDaiCas

Atuação do Chabad na Comunidade

Page 49: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[49]

JuventuDe

Page 50: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[50]

Imagens que Marcaram os 30 anos

vOCê faz PaRte desta históRia

aulas Para Jovens e aDultos

Page 51: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[51]

bar mitsvá

Page 52: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[52]

bat mitsvá

Você Faz Parte Desta História

Page 53: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[53]

beit ChabaD no CiPbat mitsvá

Page 54: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

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beit ChabaD na esCola israelita

Você Faz Parte Desta História

Page 55: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[55]

eDuCanDo a nova geração

Page 56: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[56]

Você Faz Parte Desta História

eDuCanDo a nova geração

Page 57: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[57]

Page 58: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[58]

eDuCanDo a nova geração

Você Faz Parte Desta História

Page 59: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[59]

Colônia De Férias

Page 60: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[60]

Você Faz Parte Desta História

Colônia De Férias

Page 61: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[61]

Jantares

ChurrasCo na CháCara Da Família FrenKel

Page 62: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[62]

Feiras

hotel mata atlântiCa

Você Faz Parte Desta História

Page 63: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[63]

Festas

Page 64: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[64]

Festas

Você Faz Parte Desta História

Page 65: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[65]

Casamentos

Page 66: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[66]

melhor iDaDe shabaton

Você Faz Parte Desta História

Page 67: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[67]

inaugurações

miCvê 1983 miCvê 2002

Page 68: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[68]

inauguração Da nova Cozinha Kitov

Page 69: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[69]

Kitov

haChnassat seFer torá 2000

FlorianóPolis

bênção Do sol

Page 70: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[70]

haChnassat seFer torá 2007

Você Faz Parte Desta História

haChnassat seFer torá 2000

Page 71: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[71]

Jovens

Você Faz Parte Desta História

Page 72: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[72]

mulheres

Page 73: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[73]

Você Faz Parte Desta História

mulheres

Page 74: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[74]

Palestras e Farbrenguens

Page 75: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[75]

Praça

Palestras e Farbrenguens

Você Faz Parte Desta História

Page 76: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[76]

Praça

Page 77: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[77]

suPeRaçãO e suCessOPeço a D-us que me conceda sabedoria para usar

aqui palavras eficazes, que traduzam sentimentos

tão fortes, e que elas possam alcançar os corações

e as almas de todos vocês.

A nossa história tem início em 1980, quando

tivemos que vencer a dor de perder nosso amado

filho Joel (Z”L). Lembro-me então das palavras do

Rabino Benayon que me perguntou

como poderia ajudar. Eu lhe pedi

que nos levasse mais perto de

Hashem; precisávamos dessa luz.

Foi assim que conhecemos o Beit

Chabad em São Paulo. Fomos

acolhidos pelo Rabino Alpern, sua

esposa dona Esther (Z”L), nossa

grande amiga, e seus filhos. Essa foi uma amizade

que ficou para sempre. Com sua força e sabedoria

reaprendemos a caminhar pela vida com mais fé.

Meses depois, uma vez mais amparados pelo

carinho dos Alperns, toda a nossa família vivenciou

uma experiência única e diferente de tudo que

conhecíamos. Fomos a Nova York, mas não à

ilha de Manhattan, e sim a um universo de outros

valores: convivemos com a comunidade religiosa

Chabad de Crown Heights por alguns dias.

Cecilia Tockus Silberspitz

O objetivo principal dessa viagem era um encontro

pessoal com o Rebe de Lubavitch, líder mundial

do movimento do movimento Chabad, para que,

com sua Bracha, pudéssemos reencontrar nosso

caminho.

Como descrever em palavras um encontro

dessa magnitude? Na hora da nossa entrevista,

entramos todos juntos cada um com

seus pensamentos e os corações

acelerados. Seguiu-se um silêncio

confortante e muito choro. O Rebe

começou a falar, e tudo o que ele

disse hoje eu sei que é verdade.

Saímos do pequeno escritório com

grandes esperanças e seguimos

o caminho que ele nos indicou. Aquele rápido

momento, que foi um grande privilégio, passou

para a eternidade de todas as formas.

Pouco tempo mais tarde, estávamos diante de

um desafio ligado às palavras do Rebe: existia

a possibilidade de o Beit Chabad se instalar em

Curitiba. A família designada pelo Rebe para

fundar o Beit Chabad no Paraná era a família

Dubrawsky, o Rabino Fitche, sua esposa Tila e

seus dois filhos, Guity e Sendy.

rabino alpern, manfreD z”l, cecilia e susi

Chabad: Luz Para Vidas

Page 78: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[78]

Hoje, quando lembro das dúvidas, medos e

inseguranças de todos, Baruch Hashem, só tenho

certezas.

Trinta anos se passaram e o tempo trabalhou a

nosso favor. Eu só me pergunto quanta coragem

e determinação estavam naquela bagagem! Todos

nós sabemos como é difícil cada começo e como

são necessários bons parceiros para um novo

projeto. Com o passar do tempo, muita gente se

envolveu, tornando mais fácil toda a trajetória.

Tenho certeza de que o Beit Chabad do Paraná é

uma conquista de todos nós.

Os anos foram passando, a família Dubrawsky

cresceu com a chegada de mais duas filhas,

Eidi e Tzivi. Cresceram também as atividades do

Chabad. Eram muitas novidades para a cidade:

uma micvê, um clubinho para as crianças terem

mais contato com a religião, uma cozinha e um

buffet casher, uma Chanukiá gigante em praça

pública, castiçais de Shabat e de Chanucá, festas

de Sucot e de Purim sempre com bastante alegria

e novidade, semana da Mulher Judia e tantas

outras realizações. Os avanços foram tantos que

não poderíamos descrevê-los com detalhes.

Nestas últimas três décadas quase tudo no

mundo mudou. Vivemos na era da tecnologia e

da globalização total, mas a essência humana

continua a mesma, e a nossa essência como

povo é o judaísmo. Como judeus temos uma

visão diferente da vida, com valores e princípios

que fazem parte da nossa herança, que queremos

deixar intactos, ou melhor, fortalecidos para as

gerações futuras. Este é justamente o foco do

Chabad.

Hoje o Beit Chabad já está na segunda geração

de ¨shluchim¨, com a volta das filhas Eidi, Tsivi e

seus maridos ¨Mendys¨ (como são conhecidos).

Eles e seus filhos são a certeza da continuidade,

somando forças e novas ideias. Imagino como

serão os próximos 30 anos. Com certeza o que

for plantado será colhido.

Moro há quase 20 anos em São Paulo e é com o

maior orgulho que acompanho todas as conquistas

da comunidade de Curitiba, com coexistência

harmoniosa, em que todas as diferenças são

respeitadas. Parabenizo a todos!

Por meio dos ensinamentos do Chabad inúmeros

destinos foram mudados e tantas vidas foram

tocadas. A Brachá do Rebe se transformou nesta

realidade.

Tudo começou com um sonho, um sonho viável.

Sempre soubemos que, para realizá-lo era preciso

um trabalho constante, diligente e árduo. A família

Dubrawsky provou, que, com muita fé, é possível

transformar o mundo!

Minha querida filha Susi: juntas vivemos essa

história e juntas a escrevemos, obrigada pela

ajuda. Dedicamos essas lembranças aos meus

filhos e netos, que são o brilho dos meus olhos,

e ao nosso querido Manfred Z”L. Sem ele, nada cecília (acima á esq.) Durante o jantar Da semana Da mulher juDia

com a presença Da rebetsin esther alpern z’’l (sentaDa à esq.)

Chabad: Luz Para Vidas

Page 79: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[79]

disto teria sido possível.

Nossos agradecimentos a Hashem pelos milagres

e ao Rabino Alpern, que foi o arquiteto deste

rabino fitche e cecília tockus silberspitz simone, joel, cecília, susi, seu mariDo josé e michelle

projeto.

Pelos 30 anos de dedicação, nossa eterna

gratidão. Pelo sucesso alcançado, MAZAL TOV! •

“Da nossa Caixa de Mensagens: Famílias Resnick e Serrulha”

Aos amigos da Sinagoga que fizeram o Hélio

feliz e uma pessoa importante:

Fazer amigos era o grande talento do Hélio;

encantar as crianças com suas histórias era seu

talento; escrever um bom texto era seu talento;

ocupar o espaço om alegria, gargalhadas era o

seu talento; nos deixar muitas saudades foi o

seu talento.

Não existe nada neste mundo que possa

retribuir o carinho, a atenção e dedicação dos

amigos. Obrigada a todos vocês por tudo que

fizeram e estão fazendo por nós.

Sol, Priscilla e Bernardo; Rachel Resnick, Gilda

Serrulha e José Serrulha

Agosto/2009

susi, herta, michelle cecília e simone

Page 80: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[80]

Roland Hasson

O Beit Chabad em Curitiba, foi

aquele susto.

O Rabino Fitche, de barba,

sempre de preto, com o seu

chapéu... Ninguém estava

acostumado a ver um Rabino

assim; pelo menos em Curitiba.

Muita resistência, diz-que-diz-

que e o tempo foi passando,

passando, passando, e o Rabino

Fitche com a Rebetsin Tila,

cativando. Conseguiram um

lugar alugado para desenvolver

as atividades. A Rebetsin Tila, sua grande

companheira, dando aulas para as crianças,

providenciando a comida do Shabat e o Rabino

dando aulas, rezando, convidando os judeus para

rezar, aparecendo nos eventos, mas mais que

isso, fazendo eventos. A Chanukiá da Praça 29

de Março (1986), em Curitiba... quem diria?!

E assim foi, pede uma doação

aqui, outra ali, e quando vimos,

uma casa própria, a qual se

transformou, obviamente,

depois de um pedido aqui, outro

ali, em uma linda Sinagoga.

Seus filhos cresceram e eles

conseguiram trazer para

Curitiba os seus dois genros,

que rapidamente se puseram a

trabalhar: aula de Torá, aula de

Cabalá, aula de cashrut e por aí

afora, e também a Rebetsin Tila

e suas filhas dando aulas. Lá

se vão 30 anos! Temos hoje até

uma loja com produtos casher, chalot de Shabat

etc.

Em Curitiba, pode-se dizer, respira-se judaísmo e,

se assim é, muito devemos à Rebetsin Tila e ao

Rabino Fitche. Só nos resta agradecer e pedir 120

anos de vida para eles! •

CuRitiba ResPiRa JudaísmO

“Da nossa Caixa de Mensagens: Família Galbinsky”

Contando com Apoio no Momento Certo.

Nos momentos mais

difíceis de nossas vidas,

lá estava o Beit Chabad.

O Rabino Fitche e sua

família sempre trazendo

um alento, uma palavra

amiga, um livro, uma

chalá.

Sempre na hora certa e

no momento exato que

precisamos pudemos contar

com seu apoio. Seu trabalho

é admirável e só merece

nossos elogios e votos de

muito sucesso em seus

empreendimentos.

Chabad: Luz Para Vidas

Page 81: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[81]

atRavessandO geRações

Desde que tinha 3 anos, minha família e eu

começamos a frequentar o Beit Chabad em

Curitiba.

Um casal jovem, vindo dos Estados Unidos,

chegara à cidade com a missão de aproximar

os judeus da comunidade ao judaísmo e sempre

nos recebiam com os braços abertos. Havia um

respeito mútuo muito grande.

Não consigo descrever minha infância sem falar

do Chabad de Curitiba como minha segunda

casa. Aprendi o Alef-Bet, as rezas, o significado

e as regras dos chaguim, tziniut e muito mais:

amizades, brincadeiras, colônias de férias, artes

e até a técnica de fazer “chalot” para Shabat.

Frequentava o clubinho de segunda a quinta,

Cabalat Shabat e até shabaton na casa da Morá

Tila, do Rabino Fitche e da minha amiga de

infância, filha do casal, Guity.

Quantas peças de teatro e apresentações fizemos,

inclusive com minha adorada Babe Dora Z”L nos

acompanhando ao piano!

Com o tempo, cresci e passei a ser madrichá nas

colônias de férias. Nunca foi uma obrigação, mas

sempre um enorme prazer.

O Rabino Fitche nos incentivava a vir e a participar

do Cabalat Shabat, receber o espiritualismo e os

ensinamentos e aproveitar o ambiente do Dia

Santificado enquanto estivéssemos ali, mesmo

sabendo que na saída iríamos a uma discoteca ou

algo do gênero.

Muito judaísmo recebi dos meus pais, mas,

graças ao Chabad, observo hoje muitas mitzvot

na minha casa em Israel, inclusive cashrut. Se

D-us quiser, em breve minha primeira filhinha, Lia

Guital, começará a frequentar o jardim de infância

do Chabad, em Kfar Saba.

Posso dizer que a Morá Tila e o Rabino Fitche são

um exemplo de shluchim do Rebe, que recebem

a todos com muito amor, carinho e ensinam os

verdadeiros valores que a Torá representa para

nossas vidas.

Obrigada por tudo! •

Rebeca (Rivkale) Kalter Acherman

RebeCa COM 3 anOs nO ClubinhO dO beit Chabad eM ChanuCá

bRunO, lia Guital e RebeCa eM fRente aO kOtel eM JeRusaléM

Page 82: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[82]

Judeus dO séCulO XXiRicardo Sasson

Recebi com alegria o telefonema do Rabino

Fitche falando que o Beit Chabad do Paraná

estava completando 30 anos, e gostaria de

contar com minha colaboração para esta revista

comemorativa.

Quando desliguei, “caiu minha ficha” de que se

passaram 30 anos, desde que aquela simpática

família chegou a Curitiba. É incrível lembrar que

vivenciei a passagem deles por todos esses anos!

Hoje tenho muita hakarat hatov (gratidão) para

o Rabino Fitche. A receptividade e a forma

que mostrou como podemos ser religiosos e

viver no século 21, sem nenhum conflito, foram

determinantes na minha vida.

Apesar de não ter nascido em uma família religiosa,

meus pais e avós me transmitiram forte ligação com

o judaísmo, que por muitos anos se manifestou

por meio da militância comunitária. Dediquei

muitos anos de minha juventude

ao Ichud, CIP, Escola Israelita e

ao folclore. Éramos poucos, mas

eu também frequentava o Cabalat

Shabat da saudosa Sinagoga

Francisco Frishmann.

Tenho também muito viva em

minha memória uma apostila que

usei para preparar uma peola

no Ichud (atual Habonim Dror),

que descrevia que o Judaísmo

era composto por um triângulo,

POVO-TERRA-D`US. Se temos a TERRA, ISRAEL,

e o povo JUDEU, faltava D`US. Assim que somente

somos completos com as três pontas do triângulo.

E a terceira ponta é o cumprimento da Torá.

Um pequeno grupo de cinco pessoas, do qual

eu fazia parte, juntou-se para estudar Torá, no

Beit Chabad, no final da década de 90. Aquele

momento foi de muita importância na minha

vida. Éramos todos pessoas de casas não

religiosas, que estavam sentadas, semanalmente,

estudando Torá. Daquele momento em diante, a

Providência Divina foi monstrando-me o caminho,

levando-me a viajar a trabalho, a diversos países,

e habituando-me a ver, cada dia, que a religião

é parte inseparável da vida de um judeu. E mais

ainda: a religião somente facilita nossa vida e não

dificulta, como muitos podem pensar.

Minha vida profissional exige muitas viagens,

ricarDo (ao centro) com seus alunos Da 8ª série Da escola israelita brasileira salomão guelmann Durante uma viagem De formatura a parati

Chabad: Luz Para Vidas

Page 83: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[83]

inclusive ao exterior, onde, em cada parada, um

Beit Chabad sempre está presente. Lembro-me

de um Yom Kipur em Offenbach, na Alemanha,

ou um Rosh Hashana, em Milão. Já há muitos

anos viajo à China frequentemente. Fui o primeiro

brasileiro a passar um Shabat no Beit Chabad

de Shanghai. Nessas viagens, sempre encontro

pessoas de diversos países, que, ao sentarem-se

à mesa de Shabat, parecem ser todos familiares,

pois sabemos por que estamos ali e que temos

muito em comum.

A cada dia que passa mais pessoas encontram

o judaísmo autêntico, aquele que o Criador nos

passou de forma clara na Torá, e eu posso vivenciar

isso não só no exterior, como aqui mesmo em

São Paulo, onde vivo hoje. Uma cidade que pulsa

em suas sinagogas, nas escolas judaicas, nos

restaurantes casher, e, por que não mencionar, no

primeiro supermercado casher, de propriedade do

amigo Maurício Majtlis, daquele grupo de cinco

já mencionados, que se aproximou da Torá em

Curitiba.

Como o Maurício e eu, todos daquele grupo hoje

vivem uma vida judaica plena, sem abdicar das

tarefas profissionais e da rotina comum a todas as

pessoas. Contamos com um único ponto que nos

diferencia: desfrutamos da proximidade com o

Criador, com uma vida plena de valores judaicos.

Se D’us quiser, esse diferencial será transmitido

para as minhas próximas gerações, através da

educação que dou aos meus filhos.

Que o Beit Chabad do Paraná continue sendo

fonte de inspiração e de aproximação à Torá para

toda a comunidade! •

ricarDo com sua esposa natalie e os filhos alessanDra e joe

ricarDo completa uma letra na torá

Page 84: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[84]

família segall

O Rabino Yossef Zukin certa vez escreveu: “O

judaísmo é uma religião muito profunda e complexa,

por outro lado, é muito simples: acreditar em D’us

e fazer o que Ele pede. Mas isso requer uma

mudança total em nossas prioridades de vida,

pois, de repente, percebemos que o verdadeiro

‘eu’ é a nossa conexão com o Criador (...) ” (Torah

Mail - Parashat Devarim [5772])

Então o sucesso profissional

e a estabilidade material

e financeira passam a ter

outro valor e significado,

o foco na vida muda para

o fortalecimento de nossa

conexão com D’us.

Na nossa família, isso vem

processando-se há mais de

30 anos. Meu irmão, o Ben Ami, teve o mérito

de junto com o cunhado, o médico e deputado

Dr. David Federmann, de abençoada memória,

serem recebidos pelo Rebe de Lubavitch, Rabi

Menachem Mendel, em audiência particular.

O meu irmão contou, mais tarde, que foi uma

experiência extraordinária e que tocou muito

fundo no seu coração.

Quando retornou a Curitiba, assumiu para si a

tarefa de motivar a família para mudar o nosso

estilo de vida - mudanças que não foram fáceis -

e adotar um estilo mais significativo sob a luz da

Uma História de Mitsvot, Desafios e AlegriasKutzi Segall

Torá. Foram enfrentados muitos desafios nessa

caminhada de 30 anos, mas sempre se contou

com o incentivo e a orientação do Rebe.

Essa motivação foi transmitida pessoamente pelo

Rebe, enquanto distribuía um dólar de tzedacá

nas intermináveis filas formadas por judeus de

muitas partes do mundo, ansiosos por receber

uma B’rachá de saúde e sucesso. Mesmo hoje,

quando ele não mais se

encontra fisicamente

entre nós, o Rebe é

consultado por meio

de cartas pedindo

orientação.

O Beit Chabad tem

sido nosso farol todos

esses anos, aqui em

Curitiba e nos Estados Unidos, em Crown Heights

(bairro do Brooklyn onde morava o Rebe) e em

outros locais onde membros da família foram

morar, trabalhar, estudar: São Paulo, Flórida, Las

Vegas, Israel, França, Itália, Alemanha.

A família cresceu, porém todo tempo se esforçou

para manter forte o judaísmo que nos conservasse

conectados com o que nosso Criador espera de

um judeu. O Beit Chabad tem nos proporcionado

os meios para observar esse foco e crescer

espiritualmente.

sergio e ben ami

Chabad: Luz Para Vidas

Page 85: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[85]

Claro que não faltaram dificuldades, pois elas

fazem parte de nossa vida material, mas, com a

luz da Torá foram superadas.

O meu avô era um ilustre rabino e professor na

Romênia, mas meu pai, que veio para a América à

procura de melhor qualidade de vida, foi perdendo

contato com a religião, como aconteceu com

outros judeus. Agora a família é grande, cresceu

muito e é a contribuição dos Segall para aumentar

a população judaica do mundo... recebendo

educação judaica religiosa.

Contar alguns fatos atuais acho que expressa o

que aconteceu com a família nesses 30 anos.

Yehuda e Ariel são os primeiros filhos de meu

irmão e a sua esposa Beti. Yehuda começou a

sua jornada de volta às suas raízes numa viagem

para Israel, fazendo um curso na Universidade de

Bar Ilan e continuou em uma Yeshiva. Os seus

dois filhos mais velhos estão em Israel. Pinchas

Shloime (tem o nome de meu pai z”l) estuda na

Yeshiva de Tzfat e Shmuel, em Yerushalaim, na

Yeshiva Torat Emet.

Ariel foi o filho “corajoso”, resolveu estudar na

Yeshivá de Petrópolis quando ainda cursava o

colegial no Cefet Paraná. Ele ajudou os irmãos

menores a colocarem o judaísmo em prática,

sempre trazendo novidades da Yeshivá, quando

vinha passar finais de semana com a família. Foi

ele quem incentivou a casherização da cozinha (30

anos atrás era mais difícil) e ajudou na realização

do primeiro (de muitos) sedarim casher lePessach

da família. Tudo isso graças ao conhecimento que

ele adquiriu na Yeshiva de Petrópolis. Atualmente

mora na Flórida, próximo de meu irmão e cunhada.

Ele cumpre com muita dedicação o dever sagrado

de honrar pai e mãe, visitando-os diariamente e

estando sempre pronto para ajudar no que for

necessário.

yehuDa (na foto acima), casou-se com pnina, nasciDa em israel, e atualmente moram em crown heights.

nas Duas fotos, os Dez filhos Do casal

ariel com os sobrinhos shmuel e pinchas shloime

Page 86: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[86]

Ethel também é filha do meu irmão Ben Ami.

Ethel estudou na Escola Israelita, em Curitiba.

Era adolescente quando começou a frequentar

o Clubinho do Beit Chabad. Essa experiência foi

marcante na formação de seu caráter e, mais

tarde no seu projeto de vida como mulher judia. É

casada com o rabino Shimon Brand e são shluchim

em São Paulo. Eles falam de sua alegria com os

frutos que o casal vem colhendo no seu esforço

em aproximar os judeus às suas raizes e também

na área de educação onde são professores.

O Yehoshua (Itamar) é o filho mais novo do Ben

Ami e estudou aqui, na Escola Israelita. Lembro

que quando, chegou o momento de ir para a

Yeshivá de Petrópolis, no Rio de Janeiro, estava

com 12 anos de idade e sentiu receio da mudança:

ficar longe da casa de seus pais e viver em um

ambiente totalmente religioso, mas descobriu os

benefícios desta experiência e seguiu em frente.

Hoje é rabino e professor em Las Vegas. Cursou

Educação Especial, para poder atender crianças

que precisam de uma ajuda diferenciada. Está

orgulhoso com a participação do filho Mendel

no coral da Yeshivá, onde fez um solo. Também

pelo Bar Mitsvá de seu segundo filho, Motti, que

colocou tefilin no dia 16 de Tamuz de 5772 (6 de

julho de 2012) na sinagoga do Rebe, em Crown

Heights, onde a família se reuniu para comemorar

esse momento da vida do Motti.

Ananda (Simcha), neta de meu irmão Sérgio, mora

em Israel. Ela cresceu afastada do judaísmo até

os 18 anos de idade. Residia em Rezende, RJ,

e veio para Curitiba continuar os seus estudos

e trabalhar. Entrou em contato com o judaísmo

participando dos projetos para jovens, promovidos

pelo Beit Chabad. Quando compreendeu o que

é ser judeu e o papel da mulher na família e na

comunidade, assumiu esse papel com convicção,

com toda sinceridade e força. O seu esposo, Allan,

é um grande parceiro nessa decisão. Agora eles

tem três filhinhos que estão recebendo educação

judaica religiosa desde pequeninos. Ela trabalha

como esteticista e está completamente integrada

à vida israelense.

Aqui no Paraná nossa família também segue

crescendo em judaísmo: o André, filho do meu

ben ami, ethel e beti

yehoshua, sua esposa gili e seus oito filhos. na foto abaixo, a família reuniDa com tia kutzi (à Dir.) em crown heights

Chabad: Luz Para Vidas

Page 87: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[87]

irmão Sérgio, até 14 anos atrás não queria nem

ouvir falar da Torá. Nessas voltas que a vida dá

ele teve um acidente, precisou de cirurgia e foi

visitado no hospital pelo Rabino Dubrawsky.

Foi lá, numa cama de hospital, que o André fez

o seu “Bar Mitsvá” aos 39 anos, com o tefilin

pela primeira vez no braço esquerdo e o soro no

braço direito. Saindo do hospital decidiu retribuir

a visita do rabino indo ao seu primeiro seder de

Pessach - e daí em diante nunca mais parou de

perguntar, aprender e participar das atividades

do Beit Chabad. Hoje ele e sua esposa, Michele,

conciliam a sua vida profissional com uma vida

judaica aqui mesmo em Curitiba, comendo 100%

casher, guardando o Shabat e educando os seus

filhinhos Hanna e Gabriel nos caminhos da Torá.

Arie Leib e Yossef são filhos de Ethel e Rabino

Shimon. Arie estuda na Yeshivá de Brunoy,

na França. Yossef concluiu seus estudos em

Frankfurt e depois de Rosh Hashaná 5773 faz a

smichá (estudo para obter o diploma rabínico),

provavelmente, se D’us quiser, em Israel em Tzfat.

São muitos os sobrinhos e sobrinhas-netas, baruch

Hashem (graças a D’us). Poderia escrever muito

sobre cada um deles, mas vou resumir afirmando

que a identidade judaica e o amor à Torá são as

principais características de suas vidas. Tudo isso

aconteceu com a ajuda do Rebe, do Beit Chabad

e começou bem aqui, em Curitiba.

Acredito que meus pais, de abençoada memória,

estão muito felizes com o rumo que tomaram os

seus filhos, netos, bisnetos e tataranetos (várias

gerações). Rumo que nos trouxe de volta às

nossas raízes. •

ananDa, allan e seus três filhos anDré e seu filho gabriel, com um tefilin De brinqueDo para imitar o pai

henry, primeiro neto De meus pais, escrevenDo uma letra no sefer torá, pela primeira vez (2010)

Page 88: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[88]

idiChe naChesDora Goldberg

Meu nome é Dora Goldberg, sou carioca e resido

em Curitiba há 30 anos. Em 1982, eu, meu marido

e meus três filhos nos mudamos para Curitiba,

pois meu marido havia sido transferido pela

empresa em que trabalhava.

Meu marido, Helio Goldberg Z’’L, foi um ativista

na comunidade judaica de Curitiba onde, por

vários anos, exerceu a vice-presidência da

Federação Israelita do Paraná, além de ser o

mentor da Semana de Israel e das Macabíadas

Estudantis, dentre vários outros projetos.

Acentuo a ligação forte e o respeito reverencial

que ele nutria pelo Rebe de Lubavitch, a quem ele

enxergava como exemplo e fonte de inspiração.

Meus filhos estudaram na Escola Israelita e depois

cada um seguiu seu caminho. Graças a D-us,

todos estão casados e hoje tenho cinco lindos

netos.

Um fato interessante é o caminho que meus

filhos decidiram seguir. Sob o meu ponto de vista,

vivíamos como “judeus tradicionais”, ou seja,

preparávamos o seder de Pessach, celebrávamos

Rosh Hashaná, observávamos Yom Kipur e, às

sextas-feiras, sempre que possível, o Hélio ia com

as crianças à sinagoga e pronto. Assim foi por

vários anos.

Há mais ou menos 15 anos, a Ilana e a Daniela

resolveram que só comeriam carne se fosse

casher. Aí começou a “ batalha”. Carne casher???

Em Curitiba? Além da possibilidade de comprar

produtos casher, inclusive carne, no Beit Chabad,

o Hélio Z’’L, pai zeloso que sempre apoiava os

filhos, trazia de São Paulo caixas e mais caixas

para que elas pudessem respeitar a cashrut.

As meninas compraram seus talheres e panelas.

Daí em diante, as comidas passaram a ser feitas

separadamente. Eu nem imaginava, mas isso foi

apenas o primeiro passo.

Num certo dia as duas resolveram estudar o

Judaísmo mais a fundo por alguns meses em

Israel. A partir daí, elas se tornaram judias mais

observantes, respeitando Shabat e realizando

anDré no Dia De seu bar mitzva com seu pai helio z’’l e rabino fitche

Daniela e ilana (Da esq. para a Dir. a segunDa e a quarta, respectivmente), em uma festa De chanucá organizaDa pelo beit chabaD no cip

Chabad: Luz Para Vidas

Page 89: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[89]

ilana e sua família Daniela, mariDo e filhas

muitas outras mitzvot.

Hoje a Ilana é casada e tem três filhos lindos que

estudam na Escola Beit Menachem (Escola do

Beit Chabad que possui cerca de 100 alunos). Ela

e a família são ortodoxos (na verdade eles são tão

próximos de mim e levam uma vida tão “normal”

que essa palavra nem faz mais sentido para mim,

prefiro trocar por shomrei mitzvot), vivem no Rio

de Janeiro e, apesar das diferenças entre o meu

modo de vida e o deles, percebo que são muito

felizes.

Da mesma forma, a Daniela vive no Rio de Janeiro,

tem duas princesinhas alunas do colégio Bar-

Ilan, que também é uma escola que proporciona

conteúdo verdadeiramente judaico aos seus

alunos. Eles seguem comendo somente carne

casher.

Meu filho André é recém-casado, estuda judaísmo

com cada vez mais profundidade, esforça-se para

cuidar da cashrut em seus vários detalhes e está

crescendo espiritualmente, juntamente com sua

esposa.

Hoje, apesar de o meu marido ter falecido

precocemente, eu agradeço muito a Hashem

pela família que tenho. Com o apoio e o carinho

do Beit Chabad, por meio dos emissários do

Rebe em Curitiba, Rav e Rebetsin Dubrawsky,

conseguimos criar filhos maravilhosos, que são

motivo de muito orgulho, não só para mim, mas,

tenho certeza, para todo o Am Israel. •

“Da nossa Caixa de Mensagens: Yvelise dos Santos Furtado”

A Arte de Se Doar ao Próximo.

Espaço da Mulher: o nome já diz tudo. Para

mim, representa o meu momento, a minha

vontade de estar com pessoas amáveis,

generosas e divertidas. É o momento de

absorver conhecimento, por meio das leituras

e explicações da Rebetsin Tila, que o faz

com clareza, acrescentando histórias muito

interessantes.

No Espaço da Mulher ainda há o

“espaço arte”. Já aprendi desde

culinária a decoração. Mas isso só

acontece porque existem pessoas que se doam

para nós e espero estar aprendendo essa arte

também, que é se doar ao próximo. Com isso

quero agradecer a todos que participam desse

momento semanal. Obrigada!!!

Page 90: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[90]

Sempre tive uma educação judaica básica. Estudei

quando pequena no gan do Beit Chabad e, em

casa, observávamos um pouco as tradições: um

pouco de Shabat, um pouco dos chaguim, Yom

Kipur... Essa foi toda a minha vida religiosa até

que vim para Israel, onde tive a oportunidade de

me aprofundar mais.

Passei dois anos estudando muito a Torá. Desde

então sou observante de mitsvot e consigo

perceber a diferença entre a “Tamara antiga”

e a “nova”. Com o estudo da Torá eu sinto que

estou preenchendo um buraco cuja existência

eu ignorava até então. Não tenho como explicar

esse sentimento. Acho que cada um deve ter

essa experiência, pois é fantástico sentir-se mais

perto de Hashem, cumprindo as mitzvot. Como as

pessoas dizem, é estar nas nuvens!

O mais importante de tudo isso foi perceber que,

para ser religioso não é preciso se fechar em

algum lugar, estar distante de todos e perder os

amigos. É possível fazer isso em qualquer lugar.

Quando estive em Curitiba, antes da minha aliá,

não sabia o que fazer. Como iria comer? Onde

passaria Shabatot e chaguim?

B”H, todos esses problemas se resolveram. Meus

pais, para me receber, tornaram a casa casher

com a ajuda do Rabino Fitche (foi uma escolha

deles e eu fiquei muito grata, pois esta é uma

decisão difícil e eu nunca iria impor algo assim).

Eu trabalhei no Ganenu, onde pude relembrar um

pouco do meu tempo de gan e também passar

o conhecimento adquirido em todos esses anos.

Shabatot, passei vários na casa dos rabinos

do Beit Chabad, para poder estar nas rezas da

sinagoga e também em minha casa. Tenho certeza

de que, sem a ajuda e o apoio da minha família e

do Beit Chabad, esse tempo teria sido muito mais

difícil. Fico tranquila em saber que toda vez que

voltar ao Brasil, seja para férias ou para algum

tempo mais longo, terei o meu lugar e a minha

família me esperando.

Moro em Israel (com identidade israelense) há um

ano e já tive algumas experiências aqui. Comecei a

estudar enfermagem em uma faculdade religiosa,

só para mulheres, onde

se mescla o estudo

codesh (Torá) e chol

(técnico). Estudei um

semestre e saí. Fui fazer

sherut leumi, o serviço

nacional que as meninas

religiosas cumprem

durante um ano ou dois,

em vez de fazer a tzava

Tamara Aronis

estaR nas nuvens

tamara (em primeiro plano, terceira criança Da esq.) Durante uma apresentação musical Da escolinha Do beit chabaD (1995)

Chabad: Luz Para Vidas

Page 91: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[91]

nossos amigos, somos como família, sempre

ajudando uns aos outros em todos os momentos.

Tenho várias amigas casadas na casa de quem,

normalmente, estou no Shabat e, claro, famílias

brasileiras ou não, que nos recebem de braços

abertos.

Estou quase sempre em um meio religioso, onde

estudamos juntas, escutamos shiurim, estudamos

chol, trabalhamos. Levamos uma vida muito boa!

É uma felicidade incrível!

Quando terminar o meu sherut pretendo voltar a

estudar, BeEzrat Hashem (com a ajuda de D’us),

trabalhar, casar....

Essa é minha vida, tudo o que planejo tem sempre

Eretz e Am Israel no meio.

Parabéns ao Chabad pelos 30 anos no Paraná!

Que possam continuar com esse lindo trabalho,

somente ouvindo boas notícias até a vinda

próxima de Mashiach, BeEzrat Hashem! •

(exército) que é obrigatório em Israel. Comecei

em julho no hospital Sharei Tzedek em Jerusalém.

O contato com todo tipo de gente é incrível e

necessário. Vejo que muitas coisas que aprendi

com a religião me ajudam no trabalho: ter muita

paciência, não ficar irritada ou brava com as

pessoas etc.

Eu moro em um apartamento com uma amiga

também brasileira. Nós nos conhecemos na

midrasha (lugar de estudo), onde participávamos

da Hachshara do B’nei Akiva, um movimento

religioso, em 2010.

Em Israel tenho somente uma tia e dois primos.

Aqui aprendemos o que realmente significam

na miDrasha (instituto De estuDos juDaicos para moças)

tamara (à esq.) no casamento De uma amiga

tamara (em primeiro plano, segunDa Da esq.) com seus amigos De b’nei akiva

Page 92: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[92]

alegRia de viveRMyriam Raquel Kopenhagen Spach

Eu nasci em S. Paulo, mas ainda pequena vim

com meus pais e minha irmã para Curitiba e aqui

nós nos estabelecemos.

Fomos bem recebidos pela comunidade israelita

e participamos sempre das grandes festas. Meu

pai sempre esteve pronto a cooperar nas grandes

campanhas e compareceu a vários congressos

em Israel.

Casei-me e fui morar em S. Paulo. Tive três filhos

e hoje tenho sete netos e três bisnetos. Alguns

moram no exterior e nos amamos muito.

Por influência da minha mãe, dediquei-me a ser

Chavera da Naamat Pioneiras em S. Paulo e fui

ativa ao lado da minha mãe durante anos. Nesse

período, eu estava sempre a par do que acontecia

em Israel. Isso despertou em mim um grande

amor pela Terra Santa. Consegui influenciar meu

esposo e meus filhos a fazer aliya em 1962.

Dissemos adeus aos parentes, amigos e nos

aventuramos. Não sei se foi a saudade, mas em

seis meses estávamos de volta. A experiência

foi boa, ficamos num kibutz, eu fiz Ulpan e

conhecemos lindos lugares.

Na volta viemos novamente para Curitiba e me

filiei às Pioneiras por vários anos. Apesar de já ser

avó, resolvi fazer um curso superior e me formei

em Letras Anglo-Portuguesas.

Quis o destino que a esposa do Rabino

Dubrawsky, a Rebetsin Tila, viesse me procurar na

minha moradia, para me entregar pessoalmente

Mishloach Manot, em Purim, dois anos atrás.

Nasceu desse encontro a nossa amizade e, a

convite da Tila, comecei a frequentar todas as

semanas o Espaço da Mulher, no Beit Chabad.

A minha participação no espaço da Mulher no

Chabad foi um presente de D’us, pois lá encontrei

senhoras da melhor idade, que me aceitaram e

hoje somos todas grandes amigas. Tenho recebido

tanta demonstração de carinho, respeito e amizade

(e procuro retribuir)! Tenho tido oportunidade de

aprofundar-me em muitos temas interessantes de

judaísmo e aprecio muito as aulas com os rabinos

e a leitura dos Salmos.

O ambiente no Beit Chabad é tão acolhedor, que

só tenho palavras para agradecer as horas felizes

que tenho passado com vocês, minhas queridas

amigas!

Shalom para todos! myriam spach Durante festa De “purim em jerusalém” no beit chabaD

Chabad: Luz Para Vidas

Page 93: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[93]

Uma observação sobre os caminhos de

Hashem:

Recentemente a dona Myriam nos contou que

quando era jovem a família dela era vizinha de

Kurt e Herta Tockus Z”L e que ela se lembra do

dia em que ajudou a mãe dela a preparar a casa

de dona Herta para o retorno dela da maternidade

com a nova filhinha, Cecilia.

Quando ouvi isso, eu contei para ela que tinha

sido a Cecília e o seu marido Manfred Z”L, que

prepararam o caminho para o Beit Chabad vir

para Curitiba e que tinham nos dado muito apoio.

Curiosamente, chegamos dois dias antes de Purim

e nossa primeira atividade junto à comunidade foi

uma festa alegre, na Sinagoga Frischmann.

Enxergamos aqui os caminhos de Hashem e um

círculo de bondade se fechando (ainda que os

efeitos ondulares do bem e da bondade sejam

eternos). A jovem Myriam se alegrou com a

chegada da pequena Cecília. A dona Cecília se

alegrou com a chegada do casal Dubrawsky e o

casal Dubrawsky pode causar novos motivos de

alegria á dona Myriam muitos anos depois, por

meio de um projeto de Purim! •

“Da nossa Caixa de Mensagens: Paulina de Hirsch”

A visita ao Rebe foi um momento mágico.

Incrível já estamos comemorando os 30

anos do Beit Chabad em Curitiba.

Eu não poderia deixar passar esta

oportunidade de parabenizar a família

Dubrawsky e as crianças de ontem,

hoje transformadas em novas e queridas

famílias. Sempre colaborando, ensinando

e mostrando a beleza e a grandeza de

nossa milenar História.

Gosto muito das aulas da Rebetsin Tila,

no Shabat, na sua residência e também

as de terças-feiras, no Beit Chabad.

São aulas instrutivas e divertidas, pois

passamos bons momentos aprendendo

algo importante e trocando idéias com as

amigas.

Uma das maiores emoções que eu e meu

marido Leon tivemos, aconteceu vários

anos atrás. Estávamos em Nova York e

fomos visitar o “Rebe” para receber sua

benção. Experimentamos ali a maravilhosa

sensação de estar na presença de um

grande homem.

Foi um momento mágico, eterno, que

levamos guardado para sempre em

nossos corações.

Page 94: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[94]

Ao longo da vida temos

professores para quase tudo:

para alfabetização, para música,

para direção, para faculdade...

e até de judaísmo. Saber sobre

judaísmo não nos faz mais ou

menos judeus. Nascemos assim

e iremos deste mundo assim.

Mas o Beit Chabad, com o seu trabalho, vai

além de nos ensinar. Diariamente nos faz sentir o

judaísmo até em pequenos detalhes. Aprendemos

que um simples “bom dia”, sincero e espontâneo,

pode conter tantos nachas quanto desejamos dar

ou receber de alguém. O Beit Chabad em Curitiba,

nesses anos, não só cresceu: ele floresceu,

expandiu sua sabedoria em muitos galhos, famílias

que lá buscaram conforto espiritual, financeiro;

dividiu suas alegrias em tantos

Bar Mitsvás e Bat Mitsvás e

muitos casamentos. Tenho o

privilégio de auxiliar a Divisão

Feminina do Chabad. Sempre foi

uma experiência incrível, embalar

e distribuir as encantadoras

Mishloach Manot de Purim aos

idosos da comunidade.

Houve anos em que conheci idosas maravilhosas,

pessoas que só comemoram o Purim graças a

essa delicada lembrança. E esse ano tive o prazer

de entregar a uma senhorinha, avó de minha

amiga e irmã de coração que está morando fora

do Brasil, e pudemos matar juntas as saudades.

Quantas alegrias com uma simples Mishloach

Manot, que o Beit Chabad motivou a distribuir! •

Thatiana Wencik

alegRia nOs detalhes

thatiana (à Dir.) prepara kits De mishloach manot

“Da nossa Caixa de Mensagens: Mira Kupper”

Ambiente Harmonioso e Alegre

Acho importante os encontros das terças-feiras,

organizados pela Rebetsin Tila, no Beit Chabad,

pois aí nos relacionamos com senhoras de todas

as idades, num ambiente harmonioso e alegre,

trocando idéias, estudando, tirando dúvidas a

respeito de diversos assuntos sobre os Tehilim

(Salmos), ou assuntos religiosos.

Além de lermos os Tehilim, relacionados ao

dia do mês hebraico, rezamos com muito

carinho pela melhora da saúde de pessoas

adoentadas, ou que estão passando por alguma

dificuldade.

Ainda temos palestras com pessoas convidadas

como: nutricionistas, psicólogas, professoras

de academias e também atividades de trabalhos

manuais. Terminamos sempre com um delicioso

lanche casher e um bom papo. Assim sendo

saímos revigoradas e pensando na próxima

terça-feira.

Chabad: Luz Para Vidas

Page 95: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[95]

de CuRitiba a JeRusalém

A época é o inicio dos anos 1980. O local é a

cidade de São José do Rio Preto, São Paulo,

onde chegamos vindos de Nancy, na França.

Naquela cidade meu marido Abraham trabalhava

como médico pesquisador. Apesar do ambiente

acolhedor, Rio Preto apresentava um problema

sério: a inexistência de uma comunidade judaica,

o que gerava uma situação insuportável.

Felizmente, o Abraham recebeu um convite para

passar uma temporada nos Estados Unidos, onde

ficamos quase dois anos. Durante esse tempo,

concluímos que teríamos que mudar tudo na

volta ao Brasil e, após uma busca minuciosa e

muitos contatos, fomos para Curitiba. Em nossa

pesquisas, soubemos que havia um Centro

Chabad na cidade, o que nos animou bastante.

Nosso encontro com Tila e Yossef Dubrawsky foi

amor à primeira vista! Ainda me lembro do primeiro

encontro com a Tila. Batemos em sua porta e ela,

cercada por seus flihos então ainda pequenos,

nos acolheu com seu jeito doce e caloroso.

Enquanto Abraham se entendia perfeitamente com

o Rabino Fitche, nossos filhos Eliahu Abraham,

Dan e David logo se sentiram como peixinhos no

mar! Esse período foi curto mas intenso e rico

deixando marcas (uma grande inspiração para os

anos que viriam) e saudades!

Menos de dois anos mais tarde, em 1992, partimos

de novo, dessa vez rumo à França, para onde o

trabalho do Abraham nos levaria - e dessa vez por

mais de 20 anos. De qualquer forma, a semente

estava plantada. O tempo passado em Curitiba

tinha sido fundamental não apenas para a nossa

evolução como judeus, mas também para nossos

filhos. As horas passadas no Talmud Torá com

Rabino Fitche e Tila deixaram marcas indeléveis.

Mais que um rabino ou professor, o meninos viam

nele o amigo mais velho com quem aprendiam

Torá com a marca registrada do Chabad: alegria.

Relato de uma JornadaSilene Sarah Bohadana

eliyahu, dan e david bOhadana quandO eRaM CRianças

Page 96: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[96]

Revigorados pela experiência de Curitiba, nossos

filhos, especialmente o David, logo se integraram

à comunidade de Nancy. Paralelamente, Abraham

e eu começamos a estudar cada vez mais os

textos sagrados e a avançar no nosso processo de

Teshuva. Com o tempo, Eliahu, Dan e David foram

integrando-se cada vez mais à vida comunitária,

participando das atividades sociais, da segurança

e dos ofícios religiosos.

Embora observantes, nossos filhos se encontram

em estágios diferentes de prática religiosa. O

mais precoce e que, de certa forma, nos guiou

a todos foi o David. Ainda me lembro do dia em

que, vendo-o ainda adolescente fazer Havdalah

sozinho em nossa casa, decidimos, a partir

daquele dia, guardar o Shabat. Esse processo

tem sido progressivo, acrescentando aos poucos

tzniut, cashrut etc.

Recentemente, o trabalho do Abraham nos levou

a novas aventuras em Montreal, Canadá. Lá

encontramos outro Centro Chabad dirigido pelo

Rabino Yossi Shanowitz, onde passamos três anos

maravilhosos. Muitas vezes tivemos ocasião de

evocar nossa passagem por Curitiba e ressaltar a

importância do encontro com o casal Dubrawsky

e da influência de ambos no florescimento da

nossa alma judaica. Foi, sem dúvida, um encontro

fundamental, sem o qual certamente não teríamos

descoberto as maravilhas da nossa Torá sagrada.

Os frutos desse encontro são visíveis hoje.

Nosso filho Eliahu Abraham formou-se em

engenharia e vive em Paris, onde, juntamente

com nosso Dan, médico residente não muito

longe, em Caen, frequenta a sinagoga Chabad

da rua Lamartine quando não está ajudando o

rabino Levy Asseraf, do Chabad Opera. Por sua

vez, nosso David, após quatro anos em Toronto,

onde obteve seu diploma de Concept Artist,

acaba de se casar com uma jovem de Montreal,

também seguidora de Torá. Em breve, eles devem

instalar-se em Jerusalém.

Jerusalém é exatamente o lugar onde eu e Abraham

estamos há três meses. Abraham trabalha como

médico no Hospital Sharei Tzedek e eu me

preparo para começar o Ulpan. No momento em

que desencaixotamos nossos pertences recém-

chegados da França, agradecemos a Hashem por

todas as maravilhas com que ele nos premiou,

imerecidamente, desde que nascemos. E entre

uma velha foto e outra, lembramo-nos

dos momentos de alegria e de Ahavat

Israel passados em Curitiba, e, uma vez

mais, agradecemos ao Todo Poderoso

por ter colocado o Rabino Fitche e a

Tila no nosso caminho. Para terminar

quero enviar, em meu nome e da minha

família, nossos parabéns pelos 30 anos

do Chabad, e pedir a Hashem que

abençoe a todos com bênçãos de Briut

Nechona (boa saúde), Parnassá Tová e

Teshuva (retorno ás nossas raizes). Que

a equipe dos Shluchim possa continuar a faMília bOhadana nOs dias atuais

Chabad: Luz Para Vidas

Page 97: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[97]

seu trabalho inspirado pelo exemplo do Rebe de

Lubavitch, até 120!

Silene é artista plástica, produzindo

trabalhos em vários suportes, como

tela, tecidos, papel, usando seu talento

para enfocar temas judaicos. •

“Da nossa Caixa de Mensagens:

Frida Berenstein”

Resgate do Bem Espiritual

Gostaria de consignar como relevante, o

acolhimento cálido e benfazejo com que o Beit

Chabad se manifesta por meio de suas várias

atividades sóciorreligiosas e educacionais.

O Beit Chabad promove um vigoroso resgate,

da forma mais genuína, do mais precioso bem

espiritual que cada judeu possui.

na foto acima, jessica (à Dir.), filha De friDa, participa De ativiDaDe Do beit chabaD em 1982.

abaixo, na extrema Direita Da foto, está isabella, neta De friDa e filha De jessica, hoje em Dia, aluna

Do ganenu

Page 98: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[98]

PessaCh POR um fiO

Pessach é uma época sempre corrida. Limpar a

casa, comprar comida não fermentada... Neste

ano, a Páscoa Judaica caiu numa sexta-feira à

noite. Como estava cheio de provas da faculdade

até a véspera, deixei muita coisa para fazer na

própria sexta-feira, que era um feriado nacional

também.

Depois de acordar cedo, ir ao minyan do Chabad

e fazer a queima do chamets, sabia que precisava

dos ingredientes simbólicos da Keará de Pessach.

Ainda faltavam nozes, raiz forte e alface romana.

Assim, fui correndo ao Mercado Municipal de

Curitiba e, ao chegar lá, fiquei parado perto de

uma das portas para tentar localizar em quais

barracas deveria ir.

De repente, ouço ao meu lado: “Atá medaber

Ivrit (você fala hebraico)?” Uma jovem com uma

mochila gigantesca nas costas e típicas sandálias

israelenses me abordou.

Perguntei de onde era e o que fazia aqui.

Respondeu-me que ela e seu marido eram

israelenses recém-casados e estavam “fazendo

mochilão” pela América do Sul, como lua-de-mel.

Seu marido estava na Rodoferroviária tentando

comprar passagens para passarem o fim de

semana na Ilha do Mel.

A moça queria saber onde poderia comprar

pão, pois estava com muita fome. Ela não falava

nenhuma palavra em português e também não

encontrava estabelecimentos abertos no feriado.

Quando ouvi isso, respondi imediatamente: ”Como

assim pão? Hoje à noite é Pessach! Nosso povo

há mais de 3300 anos faz uma viagem no tempo

e vivencia a saída do Egito. A sua viagem já está

marcada e não é mais para o litoral.”

Nesse momento dei a ela o telefone e o endereço

do Beit Chabad: “Seu lugar na mesa está reservado

nesse endereço, onde todos os judeus do mundo

estarão unidos, é a sua casa!”

No dia seguinte quando fui para a reza no

sábado de manhã, tive a maior surpresa. O

casal havia passado um seder maravilhoso e

superparticipativo. Eles também haviam ficado

hospedados no Beit Chabad.

Uma dúvida restava. Como é que fui reconhecido

pela moça no Mercado, já que minha kipá se

camufla no meu cabelo? Ela contou que percebeu

que um dos fios do meu tzitzit (que costumo usar

por dentro das calças), estava visível. Então ela

Ariel Gandelman

Chabad: Luz Para Vidas

Page 99: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[99]

não teve dúvidas de que se tratava de um judeu.

Tudo é Providência Divina. Qual era a chance de

haver encontrado a tal moça? E ainda por um

mero fio do tzitzit que não estava oculto. Isso

também mostra o incrível trabalho do Beit Chabad

do Paraná, que serve literalmente como uma casa

para cada judeu de todas as partes do mundo,

resgatando e levando a luz da Torá a todos os

dispersos do nosso povo. •

“Da nossa Caixa de Mensagens: Ismar Strachman”

Ser judeu e agir como tal em meu dia a dia é

minha grande vitória, é ganhar uma medalha

de ouro e agradecer a D’us por tudo que Ele

nos faz. Essa minha percepção aconteceu

durante as aulas de Bar Mitsvá de meu filho

Henry ém 1988 no B. Chabad da rua Vicente

Machado, com o Rabino Fitche sempre

acompanhado da Rebetsin Tila. Recolocar

Tefilin, frequentar com mais assiduidade o

Shabat, acender velas com a minha Gilza

e poder passar todos ensinamentos aos

dois filhos, Henry e Renato, foram e são os

maiores ensinamentos que aprendi.

Parafraseando o Rabino Dovi Goldberg

(Chabad Morumbi): ”Se nos concentrarmos

desde o início, só temos a ganhar o jogo!“

henry, fitche, renato e ismar

Page 100: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[100]

nãO estava aluCinadO

Alguns anos atrás, viajei a Maringá, antes de

Chanucá, para visitar uma indústria de fécula

de mandioca e aprovar o seu produto para o

comércio internacional casher. Como Shliach

do Rebe, aprendi a sempre levar alguns artigos

judaicos nas minhas viagens, e dessa vez apanhei

três caixinhas de velas de Chanucá e o mesmo

número de Chanukiot simples de alumínio. As

chances de encontrar judeus eram escassas, mas

nunca se sabe quem D’us vai colocar no nosso

caminho.

Uma hora depois, embarquei no meu vôo, Azul,

de porte menor, e me acomodei na primeira fileira

do lado esquerdo do avião. Do lado direto sentava

um senhor alto e robusto, que entrava com

frequência na cabine dos pilotos. Percebi que ele

tinha intimidade com os tripulantes. A certa altura,

quando saía da cabine, ele se virou para mim:

- Shalom, ma nishma? (Olá, o que há de novo?)

Começamos a conversar em hebraico e ele me

contou que era piloto no exército de Israel e

hoje trabalhava no Brasil com a Azul. Ele estava

a caminho o seu próximo trabalho, em que iria

pilotar um avião.

Perguntei-lhe se sabia que logo seria Chanucá e

ele me disse que não sabia onde estaria nessa

festa. Saquei da minha mala de mão uma

caixa de velas e uma Chanukia e dei-lhe

de presente. Ele ficou feliz e disse que iria

usar.

Pousamos, fui ao meu destino para fazer

a supervisão na indústria e algumas horas

depois estava de volta ao aeroporto, para

uma espera um tanto longa até meu vôo.

Fiquei de pé para fazer a reza vespertina

de Minchá quando senti um mochileiro

me rondando. Alguns minutos depois,

ele juntou coragem e me perguntou se

era do Chabad. A conversa transcorreu

em diversos sentidos. Por fim, conduzi o

assunto à festa de Chanucá. Perguntei

se podia entregar-lhe uma lembrança de

Chanucá. Ele aceitou de bom grado e me

agradeceu profusamente.

Rabino Yossef Dubrawsky

o rabino fitche prepara anualmente as caixas Das velas De chanucá, projeto De toDas as entiDaDes juDaicas Do paraná, junto com os alunos Da escola

israelita brasileira salomão guelmann

Chabad: Luz Para Vidas

Page 101: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[101]

Com a longa espera, estava ficando entediado e

resolvi dar umas voltas pelo saguão do aeroporto.

Decidi despachar a minha mala de mão pensando

que não teria mais clientela e poderia passear

mais á vontade. Andando pelo aeroporto passei

por uma família de turistas estrangeiros e me

chamou atenção um rapaz jovem, loiro, com rosto

pálido e pano amarrado na testa.

Voltei para sentar no meu lugar na área de espera

quando, de repente, fui abordado por uma mulher

que falou em inglês:

- Graças a D’us que você é de verdade.

- Eu sou – disse - mas o que você quer dizer com

isso?

Ela me contou que eram judeus turistas da

Finlândia, e o filho dela, que estava com muita dor

de cabeça, havia dito que teria visto um rabino

no aeroporto. A pobre mãe, temerosa de que o

seu filho de tanta febre estivesse alucinado, agora

estava aliviada! A mulher contou que conhecia o

Chabad na Finlândia. Não havia muito tempo que o

filho comemorara o Bar Mitsvá. Ela não imaginou,

nem nos sonhos mais loucos, que encontraria

um rabino naquelas paragens. O assunto foi para

Chanucá e fui logo recuperar temporariamente

a minha mala de mão. Como tudo era perto e

de estrutura simples, sem muita formalidade,

rapidamente consegui reaver a mala e apanhar a

última caixa de velas e a Chanukia. Entreguei tudo

à família desejando melhoras ao rapaz.

No vôo de volta, não podia deixar de me maravilhar

com a Mão Divina que me havia encaminhado três

destinatários para desfrutar dos presentes de

Chanucá que levara, “caso precisasse”. Pensei na

minha agenda do dia; sabia que havia marcado

um encontro numa indústria alimentícia de fécula

de mandioca, para fazer um trabalho ligado à

cashrut. Ainda assim, D’us tinha outra missão

para mim na Sua agenda: a de trazer a lembrança

de Chanucá e a mensagem do triunfo da luz sobre

as trevas para três patrícios, companheiros de

viagem! •

“Da nossa Caixa de Mensagens: Salmo Zugman”

Estudo Torá no Beit Chabad de Curitiba

Quando digo Torá, não

estou me referindo apenas

aos cinco livros sagrados

do Chumash, mas também

ao Talmud e à Chassidut.

O povo judeu, de geração

em geração, estuda Torá faz séculos.

Estudando Torá me sinto unido a esse esforço

coletivo milenar. A Torá pode ser estudada

individualmente, mas é vantajoso estudar

em grupo. O estudo fica mais dinâmico e

nos surpreendemos com as abordagens e

questionamentos dos diferentes colegas, o

que aumenta a nossa compreensão sobre o

tema.

Desde que comecei a estudar Torá, acredito

que assimilei um pouco da maneira de pensar

particular do povo judeu. Com isso aumentou

o orgulho por minha identidade judaica.

Recomendo a todos.

Page 102: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[102]

POR este PessaCh: daYenu

Antes da nossa mudança para Curitiba, tivemos a

oportunidade de passar diversos chaguim no Beit

Chabad do Paraná e gostaria de descrever uma

certa experiência.

Em um Pessach, estivemos no seder coletivo,

muito bem organizado e muito agradável. Em um

certo momento, notei a presença de uma pessoa

diferente na mesa do Rabino Fitche, mas como eu

não era da cidade, era comum sempre ver rostos

novos naquelas ocasiões.

Em uma determinada altura

do seder, o Rabino Fitche

contou uma história pessoal

e convidou essa pessoa para

falar o Ma Nishtaná. Enfatizou

que seria em Yidish e, na

sequência da cerimônia, o

rabino foi explicando os

diversos pontos, passagens,

dentre os quais o “DAYENU”

cujo significado é: mesmo

as coisas mais simples que

D’us faz por nós já seriam suficientes, nem

precisaríamos esperar por mais nada.

Passados alguns dias, perguntei ao Rabino Fitche

quem era aquela pessoa. O Rabino respondeu

que era uma pessoa que o havia procurado para

vir ao seder e que apesar de ter um contato com

o judaísmo mais espaçado hoje em dia, tinha

solicitado que pudesse falar o Ma Nishtaná em

Yiddish. Porém um comentário do Rabino Fitche

me marcou muito: “só por ouvir aquele Ma Nishtaná

em Yiddish já valeu todo esforço da organização

do Pessach... “DAYENU”!

Eu fiquei muito impressionado com aquele

comentário e a forma como do rabino expressou

seu sentimentos. Assim, eu me apropriei desse

“DAYENU”!

E quando penso que agora tenho contato com

um judaísmo que eu não

conhecia: DAYENU.

Quando penso que agora

tenho uma noção do elo

que me liga com minha

história: DAYENU.

Quando penso que

agora tenho uma família

que segue os costumes

judaicos: DAYENU.

Quando penso que agora tenho um ambiente

não onde me sinto bem, mas do qual faço parte:

DAYENU.

Quando penso que agora temos nossa filha Dvora

Lea: DAYENU. •

Alexandre Hojda

alexanDre com sua esposa, tatiane, e a pequena Dvora lea, filha Do casal

Chabad: Luz Para Vidas

Page 103: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[103]

JúbilO da COlheitaYariv Yonayov

Depoimento De um aluno que cresceu em curitiba e hoje mora em israel. yariv yonayov agraDece pelas sementes que foram plantaDas que o ajuDaram a encontrar um caminho íntegro Dentro Do juDaísmo observante.

quanDo criança, Durante uma colônia De férias Do beit chabaD (á Dir.)

a esposa De yariv, chaya ortal e seus filhos

yariv e seus filhos, avraham DaviD e yehuDa osher avraham DaviD e yehuDa osher, filhos De yariv

Page 104: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[104]

enCOntRandO meu destinO

Quando decidi que iria para a

Austrália, fui conversar com o

Rabino Fitche, a fim de pedir a

ele os dados do rabino do Beit

Chabad em Brisbane, cidade onde

ficaria por um ano.

Alguns dias após ter conversado

com ele, recebi um e-mail com os

dados do Rabino Levi Jaffe. Recebi

também um e-mail do Rabino Jaffe, colocando-

se à minha disposição. A princípio, não tinha

pensado em procurá-lo de imediato, porém seria

bom ter os seus dados, caso eu necessitasse.

Após duas semanas na Austrália, eu me sentia só,

uma vez que não tinha amigos no país e ainda

sentia um pouco de dificuldades com o inglês.

Numa sexta-feira, cheguei à casa da família onde

estava hospedado e entrei em contato com o

rabino, para perguntar o endereço da sinagoga

e o horário da reza. Com extrema simpatia, o

Rabino Jaffe me passou as informações e me

convidou para jantar na sua casa após a reza. No

caminho para o jantar, conheci outros estudantes

e estrangeiros que viviam no país sem família,

que frequentavam a sinagoga e a casa do rabino.

Posteriormente, essas pessoas passaram a ser os

meus melhores amigos na Austrália.

David Coifman

Durante o jantar, foram servidas

comidas tradicionais judaicas,

além de toda a animação de

uma mesa de Shabat, como

músicas, histórias e piadas.

Depois de me sentir só em um

país diferente, vi-me rodeado de

pessoas que compartilhavam as

mesmas crenças e costumes

que eu.

Senti que estava em um ambiente de família. Ao

sair do jantar, fui invadido por um sentimento de

felicidade e conforto. Decidi que frequentaria a

sinagoga semanalmente.

Sempre após as rezas eu era convidado a

participar do jantar de Shabat. A casa do rabino

era pequena, porém muito reconfortante. Sempre

havia estudantes estrangeiros, pessoas que

estavam na Austrália a negócios ou a passeio.

Além disso, seus sete filhos corriam de um lado

para o outro da casa, brincando e interagindo

com os convidados. Para muitos, parecia ser uma

bagunça, mas eu sempre vi aquele lugar e aquelas

pessoas como minha casa e minha família.

Como a comunidade de Brisbane era pequena,

o rabino pediu que os estudantes homens

DaviD em seu bar mitsvá com o

rabino fitche

Chabad, Sua CasaLonge de Casa

Page 105: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[105]

ajudassem com o miniam nos

dias de semana. Morando perto

da sinagoga, passei a assistir aos

serviços religiosos das quintas-

feiras de manhã, para a leitura da

Torá.

Oito meses se passaram e eu

frequentava semanalmente a casa

do rabino. Um dia, estava cumprimentando as

pessoas na saída da sinagoga, quando me deparei

com uma estudante carioca que nunca tinha visto

lá. Seu nome era Karina Kaufman. Conhecíamos

diversas pessoas em comum e ela pareceu ser

muito simpática. Trocamos telefones e, em duas

semanas, já estávamos namorando.

Em algumas ocasiões, o Rabino Jaffe pediu

que fôssemos a sua casa cuidar das crianças,

enquanto ele atendia a alguns

compromissos. Também éramos

convidados para os aniversários

dos seus filhos. Como participei do

movimento Habonim Dror, sempre

gostei de brincar com crianças e

isso fez com que eu estabelecesse

um ótimo relacionamos com todos

os sete filhos do rabino.

No meu último Shabat em sua casa, antes de

voltar ao Brasil, fiquei muito emocionado ao me

despedir dessa família que para mim significou

tanto durante aquele ano que passei na Austrália.

A Karina ficou mais seis meses lá e continuou

frequentando semanalmente a casa deles. Por fim,

ela veio morar em Curitiba. Atualmente estamos

noivos, nos preparando para casar.•

em brisbane, com karina, rabino jaffe e parte De sua família

Chabad nOs lugaRes mais distantes

O Beit Chabad esteve sempre presente em minha

vida. Pertenci às primeiras turmas do “clubinho” de

Curitiba, fiz o meu Bar Mitsvá com o Rabino Fitche

e sempre gostei de frequentar o Beit Chabad.

Em julho deste ano, meu amigo

Fábio Camlot e eu resolvemos fazer

uma viagem para um lugar diferente.

Fomos para a China com a intenção

de visitar os principais pontos

turísticos e as principais cidades:

Pequim, Xi An, Xangai, Macau e Hong Kong.

Em uma quarta-feira, estávamos voltando de uma

feira de negócios na cidade de Yiwu para Xangai

e, coincidentemente (ou não), encontramos

Alexandre Hertz

alexanDre, quanDo criança. no clubinho Do chabaD (primeiro à esq.

olhanDo para a câmera)

uma pessoa no trem, usando trajes ortodoxos.

Imediatamente nos identificamos e começamos a

conversar com ele. Ele nos contou que em Yiwu

havia um Beit Chabad, assim como em Xangai.

Ficamos muitos surpresos com

essas notícias.

Na sexta-feira, apesar de termos

uma agenda lotada de programas,

não pensamos duas vezes e fomos

ao Beit Chabad. Queríamos muito

passar um Shabat em um ambiente judaico.

Procuramos no google o endereço do Beit

Chabad de Xangai e fomos em frente. Como

vocês podem imaginar, encontrar algum endereço

na China não foi uma tarefa fácil. Chegando

Page 106: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[106]

alexanDre (à Dir.) em férias na china

com seu amigo fábio

beit Chabad de XanGai

ao Beit Chabad ficamos muito

surpresos com as boas instalações,

com a grande quantidade de judeus

que encontramos e com a enorme

hospitalidade do rabino e de sua

esposa.

Nós nos apresentamos e contamos que, em nossa

cidade também havia um Beit Chabad. Fomos

convidados a jantar e nos sentamos em uma

mesa com judeus de diversos lugares do mundo.

Não posso deixar de falar que a

comida estava maravilhosa. Após

15 dias comendo comida chinesa,

sentíamos falta de uma comida

ocidental, ou melhor, Yiddish.

Nós nos sentimos em casa! Foi

um Shabat inesquecível por saber

que em lugares tão distantes do

mundo existem emissários do Rebe

praticando judaísmo e que, em

qualquer lugar do mundo, somos

um único povo, compartilhando os

mesmos valores e ideais.

Após aquele Shabat memorável, teríamos mais

uma semana de viagem na China. Verificamos que

estaríamos em Hong Kong no Shabat seguinte.

Não pensamos duas vezes: entramos no google

e anotamos o endereço. Passamos

nosso último Shabat no Beit

Chabad de Hong Kong e também

foi formidável! É muito bom saber

que nos lugares mais distantes do

mundo sempre existirá um Beit

Chabad! •

Chaguim na fRança COm O beit ChabadMichele Nudelman Rosenberg

Em 2010, fui estudar na França, por meio de

um sistema de intercâmbio para alunos do

ensino superior. No 1º semestre,

morei em Toulouse, no sudoeste

francês. Quando chegou a época

de Pessach, consegui um contato

com o Beit Chabad do Paraná para

que eu pudesse participar de um

seder em Toulouse. Fui muito bem

recebida no jantar.

O mesmo aconteceu no 2º

semestre, quando eu estava em

Lyon. Passei Yom Kipur com a

irmã do Rabino Fitche e, a partir

daquele dia, uma de suas noras

michele (primeira Da esq.) na colônia De férias Do beit chabaD

em lyon, na festa De chanucá (segunDa Da esq.)

sempre me convidava para um almoço ou jantar

de Shabat. Nesses dias, havia também outros

jovens em sua casa, franceses ou

intercambistas como eu. Assim

fiz diversos amigos e comecei a

participar de um encontro de jovens

judeus em Lyon, entrando na sucá,

em shabatot, indo ao “chanucá na

praça” e participando de encontros

em bares e de viagens.

O contato do Chabad me possibilitou

uma experiência judaica na Europa,

além de me deixar um pouco mais

“perto” de casa, seguindo nossos

costumes. •

Page 107: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[107]

aRi zugman beRnaRdO JaCObsOn

elie hORn

haROldO JaCObOwiCz

JuliO zugman

luiz ClaudiO gOldneR

maRCOs slud

meYeR nigRi

mOYsés beCheR

saul zugman

seRgiO mazeR

vitOR heRtz

YaaCOv ReiCheR

PlatinaO Beit ChaBad dO Paraná agradeCe Seu aPOiO

ASSOCIAÇAO CASA DE CULTURA

EIT YAACOVB

Page 108: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[108]

RubibanCO safRa

helCiO KROnbeRg

Jaques RigleR

Jean PieRRe aKiva bRami

Kutzi segall

maRCelO beRgeRsOn

mauRiCiO heRtz

ROland hassOn

saRa buRstein

samuel teig [in memORiam]

silvia KOzminsKi

O Beit ChaBad dO Paraná agradeCe Seu aPOiO

Page 109: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[109]

OuroandRé KRigeR andRe segall

CiRO Kessel

daniel benzeCRY

david beCheR

diegO dOuRadO

flaviO baRbalat

ismaR stRaChman

nelsOn baRbalat

salmO zugman salOmãO figlaRz

O Beit ChaBad dO Paraná agradeCe Seu aPOiO

Page 110: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[110]

alfRedO fRanCh

anna KleineR

avi aRKadeR

avRam fiselOviCi

beRnaRdO Katz

Celia galbinsKY e filhas

izhaK POliKaR

ivOne ehRliCh

JOel KRigeR

JOel tROib

JOsé aKeR e família

leandRO KnOPfhOlz

máRCia melzeR fRisChman

melvin KOhane

RObeRtO CaRlOs gOldman

salmO teig

samuel zugman

tânia slud

PrataO Beit ChaBad dO Paraná agradeCe Seu aPOiO

Page 111: Revista Beit Chabad Paraná - 30 Anos

[111]

PaRtiCiPem das atividades dO beit Chabad dO PaRaná

Visitas a doentes

Oneg Shabat para Mulheres

Revisão de Mezuzot e Tefilin

Sinagoga:Minian diário

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