Revista BrOffice 013

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  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    1/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 1 Julho | 2010Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Diagramado no BrOffice.org Draw

    Ano 4 | N 13 |Julho 2010

    Revista

    Artigos | Dicas | Tutoriais | e muito mais...

    Novidade:Dicas Curtas para darmais produtividade ao

    ia a dia dos usurios.

    Mdias Sociais naConstruo da Cidadania

    Como redes sociais podem ter funesque vo alm do entretenimento.

    Editorao grficaAprenda a diagramar pginas

    e jornais e revistas com orOffice.org Draw.

    Trabalhandocom Modelos

    Otimize seu tempo, criandodocumentos e templates que

    podem ser reutilizados.

    Alm do desktop:Conhea os recursos e arquivos

    de controle do BrOffice.org.

    Entrevista: Rubens QueirozCriador do site Dicas-L, colaborador da Revista BrOffice.org

    desde a sua primeira edio, Rubens fala sobre seusprojetos e sua militncia no Software Livre.

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    2/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 2 Julho | 2010

    nathancolquhoun

    | carta do leitor

    Carta do leitor 04

    | como ns ...

    ... participamos do fisl 06

    | reportagem

    Fisl: tecnologia para um mundo livre 10

    O padro QWERTY do teclado 16

    | artigo

    Mdias Sociais na Construo da Cidadania 08

    | entrevista

    18A SAGA de Rubens Queiroz de Almeida

    | novas tecnologias

    20A tecnologia que levou o BrOffice.orgao Fedora

    | cultura

    Redblade Episdio 04 - O olho do furaco 42

    Dica de filme - Duro de matar 4 44

    | dica

    Instalando a extenso PresentationMinimizer no BrOffice.org para64 bits em Linux

    25

    Alm do desktop: BrOffice.org Recursose Arquivos de Controle

    27

    | tutorial

    Criando diagramas no Openoffice.orgDraw e Impress

    35

    Trabalhando com textos grficosDraw e Impress

    39

    | resumo do ms

    Resumo do ms 45

    ndice|

    | dica rpida

    22Dica rpida

    Trabalhando com modelos 29

    Diagramando no Draw 33

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://home/luiz/Download/%23Slide%200http://home/luiz/Download/%23Slide%200http://home/luiz/Download/%23Slide%200http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    3/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 3 Julho | 2010

    O leitor acostumado com edies bimestrais da Revista BrOffice.org

    deve estar, neste momento, estranhando o lanamento de um novo

    nmero em 30 dias. A explicao est no momento que ascomunidades de usurios e desenvolvedores de programas de

    cdigo aberto vivenciam: a proximidade com o Frum Internacional

    do Software Livre, o fisl. O evento est no centro das atenes da

    maioria dos interessados nessas tecnologias e com a comunidade

    BrOffice.org no poderia ser diferente.

    O frum representa um marco na histria da BrOffice.org. Foi duran-

    te a sexta edio do evento que o projeto brasileiro se tornou uma

    organizao formal, com a assinatura da ata de fundao da ONG.

    A importncia do frum tambm est no ambiente de convivncia

    que oferece s comunidades. Isso proporciona a soma de ideiasnuma busca comum e inerente a todos os grupos que constroem o

    software livre: a difuso da tecnologia, incluso social e autossusten-

    tabilidade. , portanto, o tema central da edio 13, que vai das ori-

    gens do fisl aos desafios que o software livre enfrenta ou ainda deve

    enfrentar.

    Numa verdadeira viagem no tempo, reportagem sobre os padres

    de teclado mostra como a democratizao do conhecimento passou

    pela evoluo tecnolgica. A sociedade moderna se acostumou a

    consumir e a produzir contedo de distribuio em massa. Porm,

    por trs dessa facilidade, dada pelos programas de computador,como uma sute de escritrios, existe uma histria, uma evoluo e

    muitas heranas.

    A Revista BrOffice.org tambm inaugura, nesta edio, a modalida-

    de de dicas curtas. Com um formato de texto reduzido, o objetivo

    levar aos leitores pequenas doses de conhecimento sobre as funci-

    onalidades do BrOffice.org, a fim de tornar o dia a dia dos usurios

    mais produtivo. Outra contribuio que esta edio d aos leitores

    na rea de editorao grfica. Alm de desmistificar o uso do Draw

    para diagramao, compartilhamos conhecimento com o leitor, ex-

    plicando como a prpria Revista BrOffice.org confeccionada.

    Boa Leitura!

    Rochele Prass

    [email protected]

    Colaboradores desta edioRedao:Andr BordignonCarlisson GaldinoCcero RochaGilvan VilarimIgor Pires SoaresLuiz Fernando CarvalhoLuiz OliveiraRochele Prass

    Dicas e tutorial:Ccero Pinho RochaEliane Domingosrico Jos Ferreira - TraduoLcio Mendes - TraduoPaulo de Souza Lima - TraduoRubens QueirozRui Ogawa - Traduo

    Diagramao:Duilio Dias NetoEliane DomingosLuiz OliveiraMaria Aparecida ColtroRochele Prass

    Reviso:Luiz OliveiraMaria Aparecida ColtroPedro CiracoRenata MarquesRochele Prass

    Capa:Duilio Dias Neto

    Agradecimentos especiais:Luis Henrique Silveira e Equipe ASL

    Edio:Luiz OliveiraRochele [email protected]

    Jornalista responsvel:Luiz Oliveira Mtb.31064 | [email protected]

    Coordenador Geral BrOffice.org:Claudio Ferreira Filho | [email protected]

    Escreva para a Revista BrOffice.org:[email protected]

    Edies anteriores: www.broffice.org/revista

    O contedo assinado e as imagens que o integram so deinteira responsabilidade de seus respectivos autores, norepresentando necessariamente a opinio da revistaBrOffice.org e de seus responsveis. Todos os direitos sobreas imagens so reservados a seus respectivos proprietrios

    O que o BrOffice.org o produto, ferramenta de escritrio multiplataforma, livre,em bom portugus, desenvolvido sob os termos da licenaLGPL, composto por editor de texto, planilha de clculo,apresentao, matemtico e banco de dados, mantido pelacomunidade e OSCIP, que trabalha para a difuso do SL/CA

    no Pas.DesenvolvimentoEsta revista foi elaborada no BrOffice.org, editor de texto,planilha eletrnica, apresentao e, diagramao. A repro-duo do material contido nesta revista permitida desdeque se incluam os crditos aos autores e a frase: Reprodu-zido da Revista BrOffice.org www.broffice.org/revista emlocal visvel.

    O BrOffice.org declara no ter interesse de propriedade nasimagens. Os direitos sobre as mesmas pertencem a seusrespectivos autores/proprietrios.O contedo da Revista Broffice.org est protegido sob a li-cena Creative Commons BY-NC-SA, disponvel nowww.creativecommons.org.br. Esta licena no se aplica anenhuma imagem exibida na revista, e para utilizao delasobtenha autorizao junto ao respectivo autor.

    |editorial

    Lanamento fora de poca ?

    http://www.broffice.org/revistamailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revistahttp://www.creativecommons.org.br/http://www.creativecommons.org.br/http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revistamailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    4/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 4 Julho | 2010

    carta do leitor |

    Esta a sua seo! Na Carta do Leitor, voc pode tirar dvidas sobre o

    BrOffice.org, seja produto, comunidade ou desenvolvimento, enviar crticas

    ou sugestes que possam enriquecer ainda mais a nossa revista.

    Envie um email para [email protected].

    Participe!

    Oi,

    Gostaria de parabenizar a comunidade pelo excelente

    trabalho desenvolvido na Revista BrOffice.org. J li

    praticamente todas as edies e gosto especialmente

    das dicas e tutoriais, que me ajudam muito a usar o

    BrOffice.org.

    Maria Cristina AmaralFlorianpolis, SC

    Conheci a Revista nesta edio 12 e achei muito legal a

    proposta. Uso o BrOffice.org h pouco tempo e bom

    saber que podemos contar com uma publicao que nos

    ajuda a conhecer melhor a ferramenta e ficar por dentro

    das novidades sobre o BrOffice.org.

    Rigoberto de AlcntaraRondonpolis, MT

    Al, Revista BrOffice.org!

    Recebi o aviso do lanamento do nmero 12 da

    revista, j baixei o arquivo e, como sempre, estou

    lendo e gostando muito do seu contedo. No entanto,

    ao ler um determinado artigo imagino que seria muito

    til poder recuper-lo individualmente para

    arquivamento prprio, divulgao ou mesmo

    reimpresso. No descobri como fazer essa

    recuperao e se ela realmente no estiver disponvel

    fica a sugesto de implementao dessa facilidadepelo menos para as edies futuras. Obrigado e

    parabns pelo trabalho.

    Benedito F. OliveiraRio de Janeiro, RJ

    Admiro muito o trabalho que vocs fazem na Revista,

    mas gostaria de ver mais dicas e tutoriais a respeito

    do Base.

    Ieda Aparecida dos SantosCampinas, SP

    Quer ganhar uma camiseta do fisl?

    A equipe editorial da Revista

    BrOffice.org se reserva o direito

    de validar o material, a partir de

    critrios de clareza do texto,

    qualidade de imagens e

    pertinncia da dica.

    As primeiras cinco pessoasque enviarem uma dicacurta sobre BrOffice.orgpara [email protected]

    ganham uma camiseta do fisl11.Os ganhadores sero avisados

    por e-mail e devem retirar a camisetano estande do BrOffice.org durante ofisl11. As dicas curtas devem ser sobre

    BrOffice.org e ter entre 800 e 900caracteres de texto e duas imagens. Osconcorrentes devem enviar o material at

    o dia 20/07, com nome completo e RG.

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
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    5/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 5 Julho | 2010

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
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    6/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 6 Julho | 2010

    http://www.temple.edu/students/adm/Community.jpg

    Por Luiz Oliveira e Rochele Prass

    Arquiv

    opessoal

    como ns ... |

    GustavoPacheco

    Uma das mais tradicionais forma de as comunidades participarem do fisl atravs dos eventos comunitrios. A

    atividade consiste na realizao de palestras, conferncias e encontros sob a temtica do software livre,

    organizados e auto-geridos pelas prprias comunidades, grupos de usurios, entidades ou projetos. Na lista

    para a edio deste ano esto comunidades bastante estruturadas, como o caso da comunidade Python,

    Kde, Google Summer of Code, Debian Brasil, Mozzila Brasil, Gnome, e claro, a comunidade BrOffice.org.

    A programao do projeto BrOffice.org para a 11 edio

    do fisl est centrada na apresentao dos diferenciais

    tcnicos e estratgicos necessrios para a sustentabilida-

    de dos projetos de implantao do BrOffice.org. A aborda-gem atual do tema reflete o momento de diversos projetos

    de implantao, cujo sucesso da consolidao passa no

    s pelas questes tcnicas, abordadas na palestra Ex-

    tenses teis para o BrOffice.org, mas, tambm, na asso-

    ciao ao trabalho colaborativo desenvolvido pela ONG

    BrOffice.org, cujo contexto ser apresentado na palestra

    BrOffice.org 2011, de Cludio Ferreira Filho. A palestra "O

    sucesso da implantao do BrOffice.org no TCE/MT"

    apresentar a execuo vitoriosa dessa estratgia, atra-

    vs do projeto do Tribunal de Contas do Estado de Mato

    Grosso, reconhecido nacionalmente.

    A participao da comunidade BrOffice.org no fisl j se tor-

    nou uma tradio. Na edio de 2009, por exemplo, esta-

    vam presentes desde voluntrios do projeto, associados

    da ONG e participantes dos Grupos de Usurios, at

    usurios finais e usurios corporativos de todos os esta-

    dos brasileiros. A participao do projeto contou aindacom os convidados internacionais Louis Suarez-Potts e

    Juergen Schmidt, que, alm das palestras na programa-

    o oficial, participaram de workshops no estande do pro-

    jeto BrOffice.org na Mostra de Solues Livres.

    Pblico do 6 Encontro Comunitrio BrOffice.org no fisl

    ... participamos... participamosdo fisldo fisl

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
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    7/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 7 Julho | 2010

    Arquivopessoal

    Mas a comunidade BrOffice.org no restringe sua partici-

    pao no fisl ao evento comunitrio e ao estande do pro-

    jeto. Na grade oficial de palestras, importantes colabora-

    dores mostram seus trabalhos. Um dos exemplos o do

    responsvel pelo Corretor Gramatical BrOffice.org - Co-

    GrOO, William Colen, que palestra pela segunda vez no

    frum. Neste ano, uma das suas apresentaes ser a

    palestra Programabilidade do BrOffice.org. Segundo Co-

    len, trata-se de um tema muito importante para o desen-

    volvimento do BrOffice.org, para que a comunidade tenhaautonomia na criao de extenses interessantes s ne-

    cessidades especficas do Brasil.

    Conforme explica, durante a palestra, far uma breve in-

    troduo sobre o modelo de componentes UNO empre-

    gado no BrOffice.org, alm de explicar os conceitos da

    API, padres de desenvolvimento e interface do provedor

    de servios (SPI). Outra proposta mostrar ao pblico os

    tipos de extenses e ferramentas que auxiliam o desen-

    volvimento, como o plug-in para o NetBeans, e editores

    de telas.

    William Colen tambm co-autor da palestra "Veja ma-

    me, sem as mos!" SpeechOO, uma extenso de ditado

    para o BrOffice.org, que tem como autor principal Pedro

    dos Santos Batista, integrante do Grupo FalaBrasil, da

    Universidade Federal do Par. Colaborador do projeto,

    Colen explica que o SpeechOO uma extenso que ofe-

    rece reconhecimento de voz na sute de escritrio. Com

    ela, ser possvel escrever textos sem digitar, usando um

    microfone. Apesar de ainda estar em um estgio inicial de

    desenvolvimento, j utilizvel. Pretendemos recolherideias para essa ferramenta no fisl, acrescenta.

    Arquivopessoal

    como ns ... | participamos do fisl | Por Luiz Oliveira e Rochele Prass

    O CoGrOO, tema da palestra de Colen no ano passado,

    tambm ser apresentado aos participantes do fisl11, mas

    com um novo enfoque. Conforme conta, o projeto Co-

    GrOO Comunidade um portal colaborativo para o de-

    senvolvimento do CoGrOO. Nesse portal, usurios pode-ro enviar erros cometidos pelo corretor, usurios avan-

    ados podero discutir esses erros e sugerir como arru-

    mar a extenso, por exemplo, alterando o dicionrio ou

    alguma regra. O desenvolvimento desse portal est a

    todo o vapor e j temos o que mostrar no fisl, diz. A apre-

    sentao dividida com Wesley Seidel.

    Para o responsvel pelo CoGrOO, o fisl uma grande

    oportunidade de apresentar projetos importantes para o

    software livre. Em sua opinio, estar entre os palestrantes

    do evento uma experincia que enriquece bastante ocurrculo. Mais do que isso, diz: uma honra. tudo fru-

    to de muito trabalho. O fisl uma oportunidade de criar

    parcerias, iniciar novos projetos e rever amigos.

    No ano passado, por exemplo, contatos com outros parti-

    cipantes do evento lhe renderam boas surpresas: Tive

    bastante retorno. Foi muito interessante conversar com

    alguns expositores, como o pessoal da Celepar e do Ban-

    co do Brasil. Eu no fazia ideia de que usavam o CoGrOO

    nessas empresas. Das pessoas pude escutar elogios e

    crticas, que deram motivao para continuar desenvol-

    vendo o projeto, afirma.

    Edgard Costa, Gustavo Pacheco, Felipe van de Wiel e CsarMelchior (ao fundo).

    Arquivopessoal

    As palestras e os eventos co-

    munitrios do fisl11 serotransmitidas ao vivo pela TV

    Software Livre. Para acompa-

    nhar a programao, acesse:

    http://stream.softwarelivre.org/

    William Colen mestran-

    do em Cincia da Com-

    putao no IME/USP.

    Membro do CCSL, Cen-

    tro de Competncia em

    Software Livre, colabo-

    rador ativo do BrOffi-

    ce.org. Desde 2004, de-senvolve o Corretor

    Gramatical CoGrOO.

    http://www.broffice.org/revistahttp://stream.softwarelivre.org/http://stream.softwarelivre.org/http://www.broffice.org/revista
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    8/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 8 Julho | 2010

    Arquiv

    opessoal

    nathancolquhoun

    artigo |

    Segundo a enciclopdia livre Wikipdia, quando falamos em mdias sociais estamos falando da produo de contedos de

    forma descentralizada e sem controle editorial de grandes grupos. Qualquer pessoa com um computador e acesso Inter-

    net pode gerar contedo, isto , produzir e publicar textos, fotos, vdeos, scraps, blogs etc.

    O filme 10 Tticas Para Transformar Informao em Ao (10 Tatics to turning information into action -

    http://www.informationactivism.org/), feito pela organizao Tactical Technology Collective, apresenta alguns exemplos con-cretos de como as mdias sociais podem ser utilizadas para a construo da cidadania. Um desses exemplos foi o caso da

    jovem Neda no Teer.

    Aps as eleies, em Junho de 2009, o povo foi pra rua protestar contra as eleies, pois haviam fortes indcios de fraudes.

    A jovem Neda foi brutalmente assassinada com um tiro na nuca, quando participava das manifestaes. Uma pessoa no

    identificada filmou com um celular o crime e denunciou o ato atravs de e-mails para organizaes de direitos humanos que

    com o Facebook divulgou a notcia, proporcionando visibilidade mundial das atrocidades cometidas por um governo que

    no respeita os direitos humanos. Com certeza esse fcil acesso para disponibilizao de informaes pode contribuir para

    evitar futuras tragdias como essa.

    Outro caso importante descrito no filme a campanha que foi desenvolvida no Reino Unido chamada They work for you. A

    campanha foi lanada pela organizao MySociety e tinha como objetivo organizar a sociedade para pedir transparnciados gastos com dinheiro pblico aos membros do parlamento. Foram milhares de e-mails enviados todos os dias aos leito-

    res do site da organizao.

    Por Andr Lus Bordignon

    Bioxid

    A tualmente as mdias sociais esto na moda. Orkut, Facebook, Twitter, Blogs entre outros fazem sucesso nomundo ciberntico. Mas ser que as mdias sociais podem ajudar na construo da cidadania? Esse textopretende mostrar alguns exemplos de que isso possvel

    Mdias Sociais naMdias Sociais naConstruo da CidadaniaConstruo da Cidadania

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.informationactivism.org/http://www.informationactivism.org/http://www.flickr.com/photos/bioxid/3677857196/sizes/o/http://www.flickr.com/photos/bioxid/3677857196/sizes/o/http://www.flickr.com/photos/bioxid/3677857196/sizes/o/http://www.flickr.com/photos/bioxid/3677857196/sizes/o/http://www.flickr.com/photos/bioxid/3677857196/sizes/o/http://www.flickr.com/photos/bioxid/3677857196/sizes/o/http://www.flickr.com/photos/bioxid/3677857196/sizes/o/http://www.informationactivism.org/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    9/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 9 Julho | 2010

    Arquivopessoal

    Arquivopessoal

    Mdias Sociais na Construo da Cidadania | Por Andr Lus Bordignon

    artigo |

    Esses e-mails informavam um link para um website onde

    as pessoas podiam encontrar o e-mail do parlamentar que

    tinham votado e lhes enviar um e-mail customizado da

    campanha. Aps enviar o e-mail as pessoas eram convi-

    dadas a entrar em um grupo da campanha no Facebook.

    Quando essas pessoas aderiam ao grupo uma mensa-

    gem era enviada para todos os seus contatos divulgando

    a campanha e convidando-os para participarem tambm.

    Depois de alguns meses os gastos foram disponibilizados

    atravs da Internet.

    No Brasil a campanha Ficha Limpa foi uma vitria da so-

    ciedade e da cidadania. Essa campanha teve como obje-

    tivo apresentar um projeto de lei e aprov-la no congresso

    nacional tornando inelegveis polticos condenados por

    crimes graves ou j condenados em primeira instnciapela justia. O projeto foi uma ao de iniciativa popular

    organizada pelo Movimento de Combate Corrupo

    Eleitoral. De abril de 2008, quando a campanha se inicia,

    at Setembro de 2009 foram coletadas 1 milho e 300 mil

    assinaturas em formulrios impressos. Esse nmero j foi

    suficiente para o projeto de lei ser protocolado na cmara

    dos deputados. A campanha tambm aconteceu via Inter-

    net atravs de um site criado pela Avaaz, uma nova rede

    de mobilizao global. Em pouco mais de trs meses a

    campanha on line coletou mais de 2 milhes de assinatu-ras. A comunicao se deu atravs de sites de relaciona-

    mentos, blogs, sms entre outros. O projeto foi aprovado

    na cmara e no senado federal. Mais detalhes do projeto

    Ficha Limpa podem ser obtidos no seguinte endereo

    http://www.mcce.org.br/.

    O projeto Adote um Vereador um outro exemplo de utili-

    zao das mdias sociais para a construo da cidadania.

    O objetivo desse projeto mobilizar a sociedade para o

    acompanhamento mais de perto das aes efetuadas pe-

    los membros das cmaras municipais, os nossos verea-

    dores. A proposta muito simples. Atravs de um site pa-

    recido com a Wikipdia, qualquer cidado ou cidad pode

    "adotar" um vereador. Isso significa que essa pessoa ou

    grupo de pessoas devem se comprometer a acompanhar

    o trabalho daquele vereador a partir de um ponto de vista

    imparcial e publicar esse acompanhamento no site.

    A pgina pode ser consultada em:

    http://vereadores.wikia.com/.

    Outro exemplo que incentiva a construo de cidadania o jogo desenvolvido pela Secretaria da Sade do estado

    de Minas Gerais chamado Dengue Ville.

    O jogo pode ser instalado no Orkut e o grande objetivo

    eliminar os focos de reproduo do mosquito Aedes

    Aegipty que o transmissor da Dengue. Uma iniciativa

    simples que produz muito resultado atravs de

    brincadeira.

    Portanto, podemos notar, atravs de vrios exemplos,

    como as mdias sociais podem ser utilizadas para a

    construo da cidadania. A Internet por ser um veculodemocrtico, flexvel e descentralizado permite que uma

    atuao mais ampla da sociedade possa ser feita em

    busca de uma sociedade mais democrtica e justa para

    que no futuro todos possamos ter um mundo melhor.

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.mcce.org.br/http://vereadores.wikia.com/wiki/P%C3%A1gina_principalhttp://vereadores.wikia.com/wiki/P%C3%A1gina_principalhttp://www.mcce.org.br/http://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    10/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 10 Julho | 2010

    Por Rochele Prass

    Arquiv

    opessoal

    reportagem |

    DuilioDias

    No comeo, era apenas uma

    discusso a ser feita. Mas o fisl

    nasceu livre, ousado e, em 11 edies,

    j consagrado como ponto de

    encontro obrigatrio para as

    comunidades, profissionais de

    Tecnologia da Informao em busca

    de novidades e oportunidade de

    negcios. Cenrio de inmeras

    discusses sobre software livre, o

    evento est crescendo. Na primeira

    edio, foram 2100 participantes. No

    seu aniversrio de 10 anos, em 2009,reuniu 8.200 pessoas, vindas de todos

    os estados do Brasil e mais 26 pases.

    Conforme a Coordenadora Geral em Exerccio da Associ-

    ao Software Livre.org - ASL, entidade promotora do

    evento, Virgnia Silva Ferreira, a expectativa de bastan-

    te sucesso e muitas novidades para a edio 11, que

    acontece dos dias 21 a 24 de julho na PUCRS, em Porto

    Alegre. Estamos trabalhando para que este ano seja

    mais um marco, afirma Virgnia. Ela refere que o frum

    vem se transformando ao longo dos anos, acompanhando

    o amadurecimento do software livre: Ele comeou um

    pouco diferente, buscando o desenvolvedor. Hoje, est

    pronto para buscar usurios, diz. Evidentemente, enfati-

    za, um dos objetivos continua sendo a busca de pessoas

    que colaborem para o crescimento dos projetos.

    O grande mrito que o frum foi construindo a cada edi-

    o o de proporcionar o encontro de comunidades.

    durante os dias de evento que pessoas que trabalham du-

    rante o ano inteiro em prol do software livre se encontram

    para discutir rumos dos seus projetos, trocar informaes

    e apresentar suas atividades a outras comunidades, entre

    dilogos tcnicos ou no.

    fisl:tecnologia paraum mundo livre

    Cenrio de encontros e reencontros de grupos que fazem

    o software livre acontecer, o Frum Internacional do

    Software Livre faz parte da histria da comunidade BrOffice.org

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    11/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 11 Julho | 2010

    Arquivopessoal

    Um dos exemplos a prpria comunidade BrOffice.org.

    Conforme o Conselheiro da Associao BrOffice.org, Gus-

    tavo Pacheco, que foi Coordenador Adjunto da Associa-

    o SoftwareLivre.org na gesto 2006-2008, BrOffice.org

    e o fisl sempre trilharam caminhos semelhantes em busca

    de um objetivo em comum: o crescimento do Software Li-

    vre no Brasil. Estamos presentes no evento desde 2002,

    quando na poca utilizava a denominao

    OpenOffice.org. O BrOffice.org sempre participou do fisl

    como protagonista dos seus principais desdobramentos,

    afirma Pacheco.

    Mas a edio de 2005, o fisl6.0, foi especialmente mar-

    cante para a comunidade. Durante o evento, foi assinada

    a ata de fundao da Associao BrOffice.org Projeto

    Brasil. A criao representou um marco de amadureci-mento da comunidade brasileira, atravs da sua formali-

    zao administrativa e jurdica, lembra.

    Desde 2004, o BrOffice.org participa com estande prprio

    na Mostra de Solues e Negcios Livres, sendo um dos

    primeiros projetos brasileiros a ter o espao, localizado

    em frente rea de Grupos de Usurios. O evento tem

    grande importncia para o BrOffice.org, conforme explica

    Pacheco, por ser um ponto de encontro de toda a comu-

    nidade de Software Livre, em especial os associados daBrOffice.org. Desde 2009, as assembleias gerais da as-

    sociao so realizadas dias antes do evento. Vale ob-

    servar que o fisl trouxe tambm convidados da comunida-

    de internacional OpenOffice.org. Juergen Schmidt, Louis

    Suarez-Potts e Erwin Tenhumberg passaram pelo evento

    e presenciaram o momento de crescimento do Software

    Livre e do BrOffice.org no Brasil, contextualizados pela

    efervescncia de novas ideias que caracteriza o fisl, diz

    Pacheco.

    Para 2010, o foco das discusses da comunidade ser a

    sustentabilidade dos projetos de implantao do BrOffi-

    ce.org. Trata-se de projetos que j esto consolidados

    tecnicamente e, agora, tm seu foco voltado para as

    aes estratgicas de manuteno e melhoria do uso das

    Fisl a histria

    Foi na poca em que o software livre comeava a se tornar conhe-

    cido no Brasil que um grupo gacho sentiu a necessidade de am-plificar o esforo feito no mundo. Os pesquisadores desenvolviam

    seus projetos e o compartilhavam internacionalmente, em iniciati-

    vas muito pessoais. Eram usurios de uma rede muito maior que

    j estava na internet, fora do Brasil, mas que ainda no havia cons-

    trudo uma rede de interlocuo nacional. As comunidades de

    software livre, nos moldes que se conhece hoje, no existiam. Mui-

    tas iniciativas nasceram a partir de esforos pessoais. Entre eles,

    Sady cita a distribuio Kurumim desenvolvida por Carlos Morimo-

    to, simplificando o uso de linux para usurios finais.

    Esse grupo do RS, composto de profissionais da Procergs, um

    conjunto de pessoas responsveis pela gesto da empresa, ali-

    nhados a profissionais e universidades como PUCRS, Unisinos eUFRGS e hackers convidados a participar do projeto deu incio ao

    Frum Internacional do Software Livre. Entretanto, diz Sady, o as-

    sunto j era pensado antes de 99 no movimento sindical. Obser-

    vvamos esse movimento, percebamos essa discusso e faza-

    mos algumas reflexes, lembra. A viso era sobre as oportunida-

    des que o software livre poderia gerar categoria dos trabalhado-

    res em processamento de dados. Ns olhvamos sob um prisma

    um pouco diferente, mas j tnhamos a noo da sua importncia.

    Era uma viso transformadora, diz.

    Sady explica que os debates eram fortes no movimento sindical no

    sentido de proteo aos trabalhadores. Havia um enfrentamento s

    empresas de hardware e software, que eram os grandes patres.Tnhamos uma questo que precisava ser debatida, que era: para

    onde vo os lucros e recursos, grandes como eles normalmente

    so, das empresas de TI. O software livre vinha muito saborosa-

    mente ao encontro da possibilidade de se construir alternativas,

    fala.

    J no seu nascimento, o frum foi ousado, tendo carter internaci-

    onal. Na terceira edio, o projeto j se consolidava no como es-

    tadual, e sim brasileiro. O grupo entendeu que havia um grande

    trabalho a ser feito.

    Arquivopessoal

    fisl: tecnologia para um mundo livre | Por Rochele Prass

    reportagem |

    aplicaes. Entendemos que isso possvel atravs de

    duas aes bsicas: o trabalho colaborativo com o projeto

    brasileiro e o constante aprimoramento tcnico, esclare-

    ce Pacheco.

    A contextualizao dessas aes ser feita durante o

    Evento Comunitrio do BrOffice.org pelo coordenador do

    projeto BrOffice.org, Claudio Ferreira Filho, alm de Noel-

    son Duarte e Leonardo Cezar. A palestra "O sucesso da

    implantao do BrOffice.org no TCE/MT" apresentar, porfim, a execuo vitoriosa dessa estratgia, atravs do pro-

    jeto do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, re-

    conhecido nacionalmente.

    O BrOffice.org sempre

    participou do fisl como

    protagonista dos seus

    principais desdobramentos

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    12/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 12 Julho | 2010

    De acordo com a coordenadora do Grupo de Trabalho

    Comunidades do fisl, Paloma Costa, o espao comunit-

    rio integra e recebe visitantes de diversos lugares do

    mundo. Na edio passada, 52 comunidades marcaram

    presena no local. Esta rede de relacionamentos abre

    um leque de oportunidades profissionais para diversas

    reas do software livre, diz. Paloma, que atua na organi-

    zao dos Grupos de Usurios desde 2003, cita o cres-

    cimento do software livre e enfatiza a evoluo das pr-

    prias comunidades.

    Nesta edio, uma novidade promete estreitar o relacio-

    namento das comunidades, no apenas durante o evento.Isso porque o site do fisl11 disponibiliza uma rede social

    personalizada, atravs do Noosfero, a primeira plataforma

    web livre desenvolvida no Brasil para redes sociais, e in-

    tegrado ao Portal Software Livre.

    Alm de proporcionar interao entre os participantes, a

    ferramenta promove a produo de contedos de forma

    colaborativa. Alm disso, ao criar um perfil, o usurio tem

    um espao que funciona como site ou blog, que pode ser

    personalizado e abastecido com materiais produzidos

    pelo dono do perfil.

    Espero que o Noosfero seja explorado, usado, mapeado,

    elogiado, criticado, amado ou odiado, mas esta ferramen-

    ta precisa ser lanada e divulgada, pois nada melhor que

    uma ferramenta de cdigo aberto produzida nacionalmen-

    te para as comunidades utilizarem, declara Paloma.

    Novos ou antigos, os participantes se organizam de diver-sas formas. Uma das mais tradicionais so as caravanas

    foram 134 no ano passado, reunindo grupos de 14 es-

    tados brasileiros. O integrante do Grupo de Usurios

    BrOffice.org de So Paulo Ricardo Pontes, que participa

    pela primeira vez do evento, est coordenando uma cara-

    vana. Para ele, a troca de conhecimentos comea na via-

    gem: Quando fui de caravana para o CONSEGI, no ano

    passado, conheci muita gente que tinha um mesmo ideal:

    conhecer mais e compartilhar o que conheceu. Gostei da

    ideia e pretendo repetir isso indo para o fisl, diz.

    Para Ricardo Pontes, a participao da comunidade BrOf-

    fice.org fundamental para difundir o ODF e a sute de

    escritrio. Claro que muitos j conhecem, mas tem muita

    gente que est comeando no mundo do software livre e

    busca informaes das mais variadas em eventos como

    esse, complementa.

    Evidentemente, um evento desse porte depende de mui-

    tas iniciativas e trabalho colaborativo, a exemplo do que

    a prpria construo do software livre. A diretora do PSL-

    PR, a gacha Patrcia Fisch, que atualmente mora emCuritiba, candidatou-se voluntria para traduo. Ela se

    diz uma participante "velha" do fisl: J fui coordenadora

    de mesa, em mais de um FISL, e sempre que posso fao

    algo. Divulgar o Software Livre e atuar em projetos faz

    parte da minha vida, e da famlia toda, diz. Seu marido,

    conta, foi o primeiro palestrante do primeiro fisl, e os filhos

    seguem no mesmo caminho.

    E tanta paixo pelo software livre difcil de condensar.

    Como diz Patrcia, vai alm do cdigo, pois fomenta o es-

    prito colaborativo das pessoas e a transformao social.

    um sentimento de pertencimento a algo maior, uma cri-

    atividade "dadivosa", onde todos compartilham, ensinam e

    aprendem. Faz com que a gente tenha vontade de dar o

    melhor de si, descreve.

    fisl, o encontro

    das comunidades

    fisl: tecnologia para um mundo livre | Por Rochele Prass

    reportagem |

    RochelePrass

    1 - Sady Jacques - Embaixador Associao Software Livre.org.2 - Ricardo Fritsch - Coordenador Financeiro da ASL3 - Paloma Costa- Coordenadora do GT Grupo de Usurios do fisl4 - Virgnia Silva Ferreira- Coordenadora Geral em Exerccio da

    Associao Software Livre.org.

    1 2 3 4

    Reunio Grupo de Usurios BrOffice.org RS - preparando-se para fisl 11.

    1 - Sady Jacques - Embaixador Associao Software Livre.org.2 - Ricardo Fritsch - Coordenador Financeiro da ASL3 - Paloma Costa- Coordenadora do GT Grupo de Usurios do fisl4 - Virgnia Silva Ferreira- Coordenadora Geral em Exerccio da

    Associao Software Livre.org.

    RochelePrass

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  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    13/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 13 Julho | 2010

    Diferentes pblicos podem encontrar assuntos de interes-

    se no fisl, j que o evento traz palestras direcionadas para

    vrios nveis de conhecimento, divididas em 17 trilhas. Na

    edio 10, por exemplo, foram realizadas 354 palestras.

    Os temas do fisl sempre so novidade, pela prpria natu-

    reza do frum e muito do que apresentado ainda nem

    est em curso. um evento de vanguarda na sua totali-

    dade, diz Sady.

    O tema central desta edio Cloud Computer. Conforme

    explica o embaixador da Associao Software Livre.org,

    existe uma preocupao sobre a computao nas nu-

    vens, que deixa transparente o fato de se um software

    ou no livre. uma forma diferente de se lidar com a

    tecnologia e que precisa ser melhor examinada. Falta um

    tempo de anlise para percebermos a influncia sobre o

    mundo do desenvolvimento livre e sobre os softwares

    proprietrios, diz.

    Sady aposta que na prxima dcada ainda devem ser de-

    senvolvidas muitas ferramentas livres, j que grande parte

    das tarefas so feitas localmente, o que exige softwaresde qualidade. Alm disso, o acesso internet ainda preci-

    sam amadurecer bastante.

    Por gerar interesse para diversos segmentos, vrias em-

    presas apresentam durante o evento a forma como esto

    usando o software livre. Na edio 2009 do evento, 24 en-

    tidades marcaram presena na Mostra de Solues e Ne-gcios Livres do fisl. Para o Coordenador Financeiro da

    ASL, Ricardo Fritsch, esta uma maneira de ver ao vivo

    alguns desses pais e coordenadores de diversas lingua-

    gens e comunidades de software livre.

    O que software livre, afinal?

    O Embaixador da Associao SoftwareLivre.org, Sady Jacques, faz

    um resgate histrico para explicar: Todo software foi software li-

    vre um dia. A ideia de vender licenas s surgiu depois, quando

    fabricantes entenderam que o software poderia ser vendido como

    produto e proprietrio.

    Quando a evoluo da informtica criava os primeiros equipamen-

    tos - computadores de grande porte, com capacidade de proces-

    samento semelhante a que encontramos hoje num telefone celular,

    o software era desenvolvido com carter acessrio. Ao software,

    cabia o papel de fazer funcionar as grandes mquinas, cuja utili-

    dade o mundo ainda tentava entender. A quantidade e a velocidade

    de processamento de dados mostrava que computadores eram fer-

    ramentas eficientes, sobretudo para o desenvolvimento de pesqui-

    sa nas universidades.

    A razo para que o software, naquela poca, fosse livre a mais

    bvia possvel. Os pesquisadores no detinham todo o conheci-

    mento e ento trocavam informaes, fala Sady. Pedaos de c-

    digo se complementavam de forma colaborativa entre o que se

    pode dizer que a origem das comunidades.

    Mas o que foi a revoluo da informtica, a democratizao do

    acesso a tecnologias atravs do computador pessoal, tambm foi

    o incio do software proprietrio. Computadores deixavam de ser

    equipamentos restritos a instituies e comeavam a despertar o

    interesse de pessoas comuns.

    No incio da dcada de 90, o mundo livre percebe que deixou uma

    lacuna no que se refere ao desenvolvimento de softwares voltados

    a usurios finais. O projeto GNU e a tese de mestrado de Linus

    Torvalds juntam-se e se transformam na base de um sistema ope-

    racional voltado para pessoas comuns e capaz de competir com

    os modelos proprietrios.

    Mas, no Brasil, tanto a computao pessoal quanto a internet s

    comea a ganhar escala comercial no meio da dcada de 90. Ainda

    um sonho distante para o poder aquisitivo da maior parte da popu-

    lao, os computadores domsticos se tornavam uma alternativa

    importante para empresas. O custo-benefcio compensava, j que,

    com essas mquinas, podia-se fazer muita coisa com investimen-

    tos muito menores.

    Graas fora da colaborao e trabalho compartilhado por vrias

    pessoas na rede mundial de computadores, softwares livres foram

    rapidamente se desenvolvendo e ganhando espao. Verses atua-lizadas eram lanadas em pouco tempo, resolvendo dificuldades.

    O BrOffice.org comeou

    indo l como grupo de

    usurios e hoje est

    presente na mostra

    Temtica

    O mercado do software livre

    fisl: tecnologia para um mundo livre | Por Rochele Prass

    reportagem |

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    14/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 14 Julho | 2010

    Na sua opinio, a BrOffice.org exemplo de como uma

    comunidade pode se organizar, evoluir e atingir o status

    de uma instituio que se mostra de forma consistente. O

    BrOffice.org comeou indo l como grupo de usurios e

    hoje est presente na mostra, diz.

    Segundo Ricardo, muitas empresas aproveitam o evento

    para buscar profissionais. Entretanto, salienta que o obje-

    tivo da criao do espao a apresentao de tecnologi-

    as, e no ao fechamento de negcios, dentro de moldes

    tradicionais de outras feiras em diversos setores.

    Para Sady, a presena de grandes instituies dinamiza o

    projeto nacional de software livre. Muitas novidades tecno-

    lgicas surgem e so esclarecidas no fisl. Outras so cri-

    adas a partir do evento. O principal benefcio que a gente

    tem a grandeza do projeto, a dimenso que vai adqui-

    rindo ao longo do tempo e a quantidade de pessoas que

    acreditam nele, apesar das dificuldades que surgem e das

    resistncias que se tem que vencer, diz.

    Conforme Sady Jacques, na prtica, os negcios em

    torno do software livre propem uma nova lgica de

    mercado, em que se vendem servios qualificados, e no

    produtos. O retorno de investimentos para a sociedade,na medida em que esse modelo de negcios se

    consolida, ganha propores poderosas. Um exemplo

    clssico a possibilidade de se redirecionar recursos que

    deixam de ser gastos com aquisio de software para

    investimento em pessoas.

    No fim das contas, escolher entre software proprietrio e

    software livre significa escolher entre concentrar fortunas

    em poucas mos ou investir na formao de milhares de

    sujeitos capazes de propagar conhecimento, gerar renda

    e fomentar toda uma cadeia econmica. O uso desoftware livre permite estratgias extremamente

    inclusivas, democrticas e socialmente evoludas, afirma.

    Outro aspecto importante do projeto que ele rene

    pessoas capazes de construir realidades de forma

    colaborativa, graas ao maior Software Livre de todos, a

    Internet, que acabou com as fronteiras e as limitaes

    geogrficas. Isso no significa que software livre s se

    constri a partir de desenvolvedores de cdigo, e sim por

    pessoas das mais variadas reas, que encontram infinitas

    e inimaginveis formas de colaborar. Evidentemente, todauma cadeia se desenvolve em torno da tecnologia, o que

    significa dizer que se trata de oportunidades de negcios

    para profissionais de todos os setores.

    Uma nova ordemeconmico-social

    fisl: tecnologia para um mundo livre | Por Rochele Prass

    reportagem |

    LeandroNunes

    LeandroNunes

    Espao das comunidades e Mostra de Solues e Negcios Livres

    No fim das contas, escolher

    entre software proprietrio esoftware livre significa escolherentre concentrar fortunas empoucas mos ou investir na

    formao de milhares de sujeitoscapazes de propagar

    conhecimento, gerar renda efomentar toda uma cadeia

    econmica

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  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    15/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 15 Julho | 2010

    Embora tenha uma difuso crescente pelo Brasil, como

    no caso do BrOffice.org e Firefox, as tecnologias livres

    devem iniciar um processo na prxima dcada de massi-

    ficao do uso, diz Sady. Na sua opinio, algumas dis-

    cusses devem ser recorrentes, como dificuldades pontu-

    ais de usurios. As pessoas que j usam h muito tempo

    software proprietrio acreditam ter problemas, como com-

    partilhamento de arquivos. Sady explica que no se trata

    de uma deficincia do software livre, mas sim uma conse-

    quncia da no adoo de padres de formatos.

    Uma alegao comum para quem resiste ao software livre a adaptao a formas diferentes de se realizar as tare-

    fas cotidianas no computador. Entretanto, o grau de difi-

    culdade o mesmo para quem usa software proprietrio,

    a busca de ajuda idntica e a forma de obter respostas

    tambm. Esse processo de troca de informaes s faz

    com que o indivduo cresa e aprenda mais. querer

    aprender mais e querer contribuir para um mundo capaz

    de resolver as suas questes, diz Sady.

    Para ele, no existe uma diferena importante do ponto

    de vista de funcionalidades. Existe uma diferena abissaldo ponto de vista filosfico. isso que as pessoas tm

    que perceber: se elas fizerem um pequeno esforo para

    usar software livre, talvez elas estejam ajudando a mudar

    este mundo. Trata-se de colaborar para a construo de

    uma nova realidade.

    Conforme lembra a coordenadora Geral em Exerccio da

    ASL, Virgnia Silva Ferreira, no incio dos movimentos de

    software livre, a busca maior era por colaboradores para

    os projetos. Mas, atualmente, grande parte dos esforos

    so dedicados conquista de usurios. Para ela, falta o

    conhecimento de que o software livre j faz parte do dia a

    dia das pessoas. No s na rea produtiva, mas tambm

    na rea domstica e no lazer, as pessoas j usam softwa-

    re livre e no sabem. O desafio a partir de agora, diz,

    desmistificar.

    Alm das palestras, que ocorrem das 9h s 21h, dos dias

    21 a 24 no Centro de Eventos da PUCRS Porto Alegre,

    vrias outras atividades fazem parte das atraes do fisl.

    Entre elas, na rea de Cultura e Multimdia, oficinas de

    udio, vdeo, web, concursos, lanamentos, debates, se-

    minrios, shows, mostras e exposies. No evento, tam-

    bm ocorrem o Festival de Cultura Livre e a Arena de

    Programao, em que o pblico consegue observar de-

    senvolvedores colocando a mo na massa.

    Outra novidade desta edio o GT Feminino Livre, que

    est organizando um debate sobre Mulheres e SoftwareLivre. Uma das integrantes da mesa a lder do Grupo de

    Usurios BrOffice.org de So Paulo, Vera Cavalcante.

    Confira toda a programao e acompanhe as informaes

    no site: http://softwarelivre.org/fisl11

    Servio

    fisl: tecnologia para um mundo livre | Por Rochele Prass

    reportagem |

    Desafios

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fsoftwarelivre.org%2Ffisl11%2Fmenu%2Fprogramacao&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGAKWauOFhJ7xIFImFkVOJaNcz_jghttp://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fsoftwarelivre.org%2Ffisl11%2Fmenu%2Fprogramacao&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGAKWauOFhJ7xIFImFkVOJaNcz_jghttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    16/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 16 Julho | 2010

    Ao utilizar uma sute de automao de escritrio, poucas

    pessoas se do conta que no h qualquer preocupao

    com comandos bsicos em modo texto. Para os usurios

    que entraram em contato com o computador aps a

    inveno das interfaces grficas, parece ser o modonatural de trabalhar. Porm, geraes anteriores eram

    habituadas a ver a tela de um jeito e o documento de

    outro. As alternativas eram produzir o resultado final por

    meio de uma linguagem de comandos ou por uma

    linguagem de programao.

    Mas se a questo visual est resolvida, sobretudo com a

    certeza de que o trabalho feito na tela do computador vai

    ser impresso fidedignamente, o mesmo no pode ser dito

    sobre o layout do teclado. O modelo que se tornou padro

    nos computadores herana dos teclados das mquinasde escrever.

    Por Luiz Oliviera

    Teclas de atalho para o WordStar, um processador de texto

    criado por Seymour I. Rubinstein e publicado pela MicroPro,

    originalmente escrito para o sistema operacional CP/M,

    posteriormente portado para DOS. A primeira verso foi

    lanada em 1978, em linguagem assembly em apenas quatro

    meses, um feito que foi estimado depois pela equipe da IBM

    como equivalente a 42 anos de trabalho de um programador

    normal.

    O padro QWERTY doO padro QWERTY dotecladoteclado

    reportagem |

    Hire

    n

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.hiren.info/desktop-wallpapers/3d-digital-art-pictures/keyboardhttp://www.hiren.info/desktop-wallpapers/3d-digital-art-pictures/keyboardhttp://www.hiren.info/desktop-wallpapers/3d-digital-art-pictures/keyboardhttp://www.hiren.info/desktop-wallpapers/3d-digital-art-pictures/keyboardhttp://www.hiren.info/desktop-wallpapers/3d-digital-art-pictures/keyboardhttp://www.hiren.info/desktop-wallpapers/3d-digital-art-pictures/keyboardhttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    17/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 17 Julho | 2010

    A criao dos tipos mveis por Gutemberg revolucionou a

    difuso da informao, gerando, como praticamente todas

    as novidades histricas, resistncias. Na poca, o acesso

    aos livros era restrito, a alfabetizao um luxo. Ou seja, a

    distribuio em massa de exemplares da Bblia, por

    exemplo, era uma subverso, pois colocava em xeque o

    papel da Igreja enquanto porta-voz da palavra sagrada.

    Mas, com o tempo, a tipografia se tornou uma arte, uma

    disciplina obrigatria na formao dos modernos

    designers grficos.

    Foi uma questo de tempo para se criar um dispositivo de

    escrever mecnico, que depois se tornou conhecido como

    mquina de escrever. Essa primeira verso atribuda a

    Henri Mill, que o fez em 1714. As primeiras mquinasimprimiam apenas em caracteres maisculos. O novo

    invento foi evoluindo e recebendo contribuies variadas

    at chegar a um modelo com produo em larga escala.

    Com ele, as pessoas podiam escrever documentos

    diretamente numa folha de papel atravs de teclas que,

    quando premidas, causavam a impresso dos caracteres

    correspondentes. Entre o papel e as teclas, elementos

    metlicos em alto relevo, havia uma fita com tinta.

    Em 1935, A IBM construiu a primeira mquina de escrever

    eltrica, que ainda trazia consigo a possibilidade demudar o tipo de letra a ser usada, trocando uma esfera

    metlica, conhecida tambm por margarida. As novas

    mquinas traziam tambm uma importante inovao: as

    margaridas que corriam ao longo do papel

    automaticamente e no o carro.

    Os primeiros registros de invento de uma mquina de

    calcular que se tornaria o computador que conhecemos

    hoje so do sculo 16. No mesmo perodo, Gutemberg

    inventava os tipos mveis e surgiam as tipografias. Esses

    inventos seguiriam o seu prprio caminho at seencontrarem e se fundirem.

    Em 1977, foi lanado o primeiro microcomputador como

    conhecemos hoje, o Apple II. O equipamento j vinha

    montado, com teclado integrado e era capaz de gerar

    grficos coloridos. As vendas chegaram a US$ 2,5

    milhes no primeiro ano de comercializao. Com o

    sucesso do Apple II, vieram o Visicalc (a primeira planilha

    eletrnica inventada), processadores de texto e

    programas de banco de dados. Os micros j podiam

    substituir os fluxos de caixa feitos com cadernos ecalculadoras, mquinas de escrever e os arquivos de

    metal usados para guardar milhares de documentos.

    O padro QWERTY do teclado | Por Luiz Oliveira

    reportagem |

    At o comeo dos anos 80, muitos executivos ainda

    encaravam os computadores pessoais como brinquedos.

    Apesar disso, o computador tornou-se um equipamento

    essencial no s nas empresas e rgos pblicos, mas

    tambm em ambiente domstico. Contudo, o computadorherdou o modelo de teclado utilizado nas antigas

    mquinas de escrever.

    O QWERTY, cujo nome vem das primeiras seis letras na

    fileira superior, na mo esquerda, foi uma sada para os

    constantes travamentos dos tipos das primeiras mquinas

    de escrever, quando a datilografia era muito rpida. Com

    a nova disposio, os usurios faziam as mesmas tarefas

    de antes, porm, com velocidade drasticamente reduzida.

    Christopher Sholes, o criador dessa disposio, se

    baseou nos pares de letras mais utilizadas na lnguainglesa. No Brasil, cerca de 99% dos teclados esto no

    padro QWERTY nos computadores e agora tambm nos

    smartphones.

    Alm do teclado de Sholes, outros padres foram criados,

    como o Dvorak, desenvolvido por August Dvorak e

    William Dealey em 1936. Especialistas afirmam que o

    DSK (Dvorak Simplified Keyboard) permite digitar com

    movimentao das mos e dedos 53% menor, alm de

    permitir um aumento na velocidade de digitao em cerca

    de 3 mil%.

    Primeira mquina de

    escrever com o padro

    QWERTY, manufaturada

    pela empresa Remington

    entre 1874 e 1878

    A tipografia clssica

    baseia-se em peque-

    nas peas de madei-ra ou metal com rele-

    vos de letras e sm-

    bolos os tipos

    mveis.

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    18/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 18 Julho | 2010

    Por Luiz Oliveira

    Engenheiro eletricista, analista de sistemas especialista em Linux, Unix e derivados, professor de in-

    gls certificado pela Cambridge University, escritor, palestrante e conferencista, gerente do Centro de

    Computao da UNICAMP e criador do mtodo de Lngua Instrumental que foi oferecido para 1.800

    funcionrios da UNICAMP nos anos de 1996, 1997 e 2001. Criador do site Dicas-l, com cerca de oito

    mil assinantes, que h treze anos traz uma dica por dia sobre Software Livre e textos sobre tecnolo-

    gia da informao, alm de uma agenda de eventos. Foi contemplado em 1998 com o prmio IBest

    na rea de educao, tanto no jri popular como oficial, em 1999 ficou entre os trs primeiros e em

    2000 ficou entre os finalistas. Criou o ciclo de palestras Informao e Tecnologia, que congrega espe-

    cialistas da Unicamp e do mercado.

    http://www.flickr.com/photos/m68000/

    A SagadeA SagadeRubens Queiroz de AlmeidaRubens Queiroz de Almeida

    entrevista|

    Este ano, a Revista BrOffice.org completa quatro anos

    de existncia. Desde a Saga do BrOffice.org, ttulo da

    matria principal da primeira edio da ento

    BrOffice.org Zine, Rubens Queiroz um colaborador

    assduo do projeto. O mineiro de Juiz de Fora no

    nega as origens. Simples, humilde, passa facilmente

    despercebido em grandes aglomeraes ou mesmo na

    rua. Entretanto, se o local um encontro de hackers e

    amantes do Software Livre e computao, como o

    Frum Internacional de Software Livre o contrrio

    acontece. tratado, merecidamente, como uma

    celebridade. E no para menos. Desde muito cedo

    se apaixonou pelo mundo da computao,

    comeando pelo Multiple Virtual Storage da IBM, pas-

    sando pelo Unix e depois Linux. Mais do que apaixo-

    nado pelo Software, Livre preocupa-se mesmo com

    Incluso Social atravs da Educao; sonha com um

    mundo melhor para todos, atravs do conhecimento

    compartilhado e livre.

    Talvez seja este o motivo de se dedicar diuturnamente

    em estudos e desenvolvimento de vrias ferramentas

    para facilitar o ensino a distncia, seja para uso na

    Unicamp, onde trabalha desde 1988, seja para

    compartilhar o conhecimento adquirido com as vrias

    comunidades com as quais interage.

    A seguir, um pouco do que pensa e do que faz Rubens

    Queiros de Almeida, um militante da comunidade

    BrOffice.org.

    Arquivopessoal

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    19/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 19 Julho | 2010

    A Saga de Rubens Queiroz de Almeida | Por Luiz Oliveira

    entrevista|

    Como administra o seu tempo entre tantos proje-

    tos?

    Eu procuro no pensar em termos de nmero, mastento sempre fazer um pouquinho todos os dias. Com

    o tempo - e o tempo passa de qualquer forma - o traba-

    lho adquire volume. Mesmo que eu consiga encaixar

    apenas 10 minutos por dia, sempre sero dez minutos

    a mais, e no a menos. Com o tempo, isso faz toda a

    diferena. O essencial nunca desistir e continuar se-

    guindo em frente.

    O que voc pensa sobre a ideia de no existir mais

    aplicativos de escritrios nos computadores pes-

    soais e nas empresas? Cloud Computer veio para

    ficar?

    Tenho minhas dvidas sobre esse assunto. Com a in-

    fraestrutura de Internet que temos no Brasil, acho que

    ainda no d para pensar em computao em nuvem,

    pelo menos nos prximos cinco anos. exasperante

    dar um comando e esperar dois ou trs segundos. E

    as funcionalidades existentes ainda no se comparam

    com aquelas que temos em uma sute de escritrios

    rodando localmente. Mas tudo isso olhando sob um

    foco pessoal. Se pensarmos em termos de empresas,

    acho que faz mais sentido. No fisl de 2009 eu assisti auma apresentao sobre o sistema eyeos (

    http://www.eyeos.org/), que uma soluo livre e aber-

    ta, distribuda sob a licena AGPLv. Dessa forma,

    possvel eliminar o problema da lentido da Internet

    brasileira e voc possui controle total sobre a sua so-

    luo de computao em nuvem. inegvel que o uso

    da computao em nuvem uma tendncia forte, mas

    precisa ser cercada de todos os cuidados.

    Fale sobre os seus projetos atuais e futuros em

    Software Livre:

    O primeiro projeto a Dicas-L, que completou 13 anos

    no dia 3 de maro de 2010. Estou sempre pesquisando

    para escrever as dicas e, felizmente, sempre posso

    contar com dezenas de colaboradores, que enviam

    seus artigos para o site. Eu mantenho alguns outros

    projetos, que embora no paream, so vinculados

    informtica. O site "Aprendendo Ingls foi criado para

    ajudar profissionais de informtica a aprenderem a ler

    em ingls. O site "Contando Histrias foi criado para

    elevar o astral de quem quer aprender encarando avida de forma positiva. Tambm traduzo aplicativos,

    fao parte da equipe que cuida do portal codigolivre.org.br.

    Como o processo de escrever uma dica sobre o

    BrOffice.org? H sempre repertrio para isso?

    A maior parte das dicas que escrevo se relacionam

    com a minha experincia diria no uso da sute BrOffi-

    ce.org. Eu tambm procuro descobrir maneiras melho-

    res de fazer o meu trabalho dirio. Na maior parte, as

    dicas enviadas so usadas diariamente por mim, e re-

    presentam uma melhoria substancial na minha formade trabalhar. Resumindo, um processo contnuo de

    investigar, incorporar as melhorias em meus hbitos de

    trabalho, e por fim, escrever a dica.

    A sute BrOffice.org continua com a fama de "alter-

    nativa grtis" a outras sutes proprietrias ou, na

    sua opinio, est suficientemente madura?

    Eu j uso a sute BrOffice.org desde o tempo que ela

    se chamava StarOffice. Ela atende a todas as minhas

    necessidades. As novas verses sempre trazem novi-

    dades interessantes e os bugs so corrigidos muito ra-pidamente. Sinto-me bastante seguro, pois temos uma

    comunidade de desenvolvimento e traduo forte e

    atuante, tanto no Brasil como no resto do mundo.

    Sempre fui usurio de sistemas Unix, em suas diversas

    variantes, e o BrOffice.org foi a salvao. Existiam,

    sim, diversas alternativas de boa qualidade para se cri-

    ar documentos, apresentaes, mas no eram to in-

    tegradas e interativas como o BrOffice.org. O tempo

    necessrio para se aprender a lidar com as diversas

    solues era grande e era um esforo constante me-

    morizar a forma de se trabalhar com cada uma delas.

    As empresas esto levando mais a srio os aplica-

    tivos para escritrios e outros programas de cdi-

    go aberto?

    Sem dvida alguma. Nos ltimos dez anos, o software

    livre ocupou um espao considervel no mundo corpo-

    rativo, tanto governamental como privado. A qualidade

    e constante evoluo do software livre, aliado eco-

    nomia de recursos financeiros, so fatores determinan-

    tes para sua adoo mais ampla. Qualquer gerente deTI que desconhea as vantagens do uso do software

    livre est passando recibo de incompetncia.

    Qualquer gerente de TI que

    desconhea as vantagens do uso do

    software livre est passando recibode incompetncia

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.eyeos.org/http://www.aprendendoingles.com.br/http://www.contandohistorias.com.br/http://codigolivre.org.br/http://codigolivre.org.br/http://www.contandohistorias.com.br/http://www.aprendendoingles.com.br/http://www.eyeos.org/http://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    20/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 20 Julho | 2010

    Ilustrao 1: Inicializao do BrOffice.org no Fedora 13Arquiv

    opessoal

    TEXTO

    novas tecnologias |

    A tecnologia que levou o

    BrOffice.org ao Fedora Deviantart

    Arquivopessoal

    Por meio do contnuo processo de desenvolvimento do

    Fedora, surgiu a necessidade de que todo o processo de

    composio do sistema operacional fosse feito com a uti-

    lizao de ferramentas de cdigo aberto facilmente aces-

    sveis a toda a comunidade. A etapa de composio ou

    construo da distribuio se d num momento em quetodos os pacotes de software esto disponveis para a uti-

    lizao e possvel coloc-los juntos em uma imagem

    que ser distribuda para o pblico geral, a fim de que ela

    possa ser gravada em CDs, DVDs ou pendrives.

    Quando essas novas ferramentas passaram a ser usadas

    para a composio da distribuio, percebeu-se que elas

    poderiam ser estendidas para outros fins similares. Um

    deles foi a criao automatizada de imagens inicializveis.

    Essas imagens abrigam um sistema completamente fun-

    cional, que pode ser inicializado a partir de uma mdia ti-

    ca ou um pendrive e instaladas no disco rgido. Com isso,

    toda a complexidade envolvida no processo de criao

    das imagens foi abstrada e a comunidade pde tirar pro-

    veito dessa facilidade.

    Arquivopessoal

    Por Igor Pires Soares

    http://www.broffice.org/revistahttp://fc02.deviantart.net/fs14/f/2007/087/c/9/Echo_background_by_Mola_mp.jpghttp://fc02.deviantart.net/fs14/f/2007/087/c/9/Echo_background_by_Mola_mp.jpghttp://fc02.deviantart.net/fs14/f/2007/087/c/9/Echo_background_by_Mola_mp.jpghttp://fc02.deviantart.net/fs14/f/2007/087/c/9/Echo_background_by_Mola_mp.jpghttp://fc02.deviantart.net/fs14/f/2007/087/c/9/Echo_background_by_Mola_mp.jpghttp://fc02.deviantart.net/fs14/f/2007/087/c/9/Echo_background_by_Mola_mp.jpghttp://fc02.deviantart.net/fs14/f/2007/087/c/9/Echo_background_by_Mola_mp.jpghttp://fc02.deviantart.net/fs14/f/2007/087/c/9/Echo_background_by_Mola_mp.jpghttp://fc02.deviantart.net/fs14/f/2007/087/c/9/Echo_background_by_Mola_mp.jpghttp://fc02.deviantart.net/fs14/f/2007/087/c/9/Echo_background_by_Mola_mp.jpghttp://fc02.deviantart.net/fs14/f/2007/087/c/9/Echo_background_by_Mola_mp.jpghttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    21/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 21 Julho | 2010

    Arquivopessoal

    Consequentemente, foram criados os spins do Fedora,

    que so basicamente imagens inicializveis dadistribuio voltadas para fins especficos. Foi nesse

    contexto que surgiu o Spin Fedora BrOffice.org. Havia

    uma necessidade jurdica e de usabilidade para que o

    BrOffice.org fosse includo numa verso oficial do Fedora.

    Para tanto, o Projeto Fedora Brasil decidiu propor um spin

    que inclusse o BrOffice.org por padro, j com a

    distribuio configurada para Portugus do Brasil. Isso

    possibilitou que o BrOffice.org chegasse facilmente aos

    usurios do Fedora sem a necessidade de downloads

    adicionais ou instalao manual de pacotes. O Spin

    Fedora BrOffice.org tem sido parte integrante dolanamento oficial das ltimas quatro verses do sistema

    operacional e conta com uma mdia de 2 mil downloads

    por verso. Para baixar o spin, visite o site do Projeto

    Fedora Brasil: http://www.projetofedora.org/

    Arquivopessoal

    A tecnologia que levou o BrOffice.org ao Fedora | Por Igor Pires Soares

    novas tecnologias |

    Ilustrao 2: Menu do Spin Fedora BrOffice.org

    Igor Pires Soares mantenedor do Spin Fedora BrOffice.org e membro da

    equipe de garantia de qualidade para localizao e internacionalizaodo Projeto Fedora.

    Conhea outros Spins Fedora

    O Design Suite do Fedora Spin

    composto por um pacote de pro-

    gramas voltados para edio e

    publicao de imagens.

    O Fedora Core Security Lab

    proporciona um ambiente para

    trabalhar com testes, seguran-

    a, auditoria e restaurao de sistemas. Alm disso, ofe-

    rece ferramentas apropriadas para o aprendizado sobre

    Segurana da Informao.

    O Spin Fedora SAOS direci-

    onado para a educao de cri-

    anas. Possui uma plataforma

    de aprendizagem colaborativa, simples e concebida

    de acordo com as necessidades do desenvolvimento

    infantil.

    Os usurios tambm tm opes de Fedora com os

    ambientes grficos KDE, LXDE e XFACE.

    Veja todos os Spins Fedora em: http://spins.fedoraproject.org

    Projetado para mltiplas platafor-

    mas, o Spin Moblin muito usado

    em netbooks e outros dispositivosmveis. Oferece recursos que facilitam a integrao do

    usurio com as redes sociais e mensageiros.

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.projetofedora.org/http://spins.fedoraproject.org/http://spins.fedoraproject.org/http://www.projetofedora.org/http://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    22/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 22 Julho | 2010

    Por Rochele Prass

    dica rpida|

    Com apenas uma ao, voc pode salvar o mesmo

    arquivo em pdf, formatos nativos do BrOffice.org ou em

    formatos proprietrios. A extenso MultiSave open

    source e pode ser baixada em:

    http://extensions.services.openoffice.org/pt-br/project/MultiSave

    INSTALANDO: Aps fazer o download do MultiSave, vat o gerenciador de extenses na pgina inicial do

    BrOffice.org ou em Ferramentas / Gerenciador de

    Extenso / Adicionar. Localize o MultiSave em seu

    computador e adicione. Pronto! O procedimento o

    mesmo para os sistemas Linux e Windows.

    USANDO: Ao abrir um dos programas do BrOffice.orgpela primeira vez, o MultiSave aparecer como um menu

    flutuante, mas voc pode incorpor-lo barra deferramentas, deixando-o fixo. Ao clicar no cone do

    MultiSave, aparecer um menu, em que voc pode

    escolher o nome e diretrio em que deseja salvar o

    arquivo. A extenso funciona para o Writer, Impress e

    Calc.

    Multisave: um

    clique, at trsformatos

    Awicons

    Imagine a seguinte situao: voc est em algum lugar e

    precisa abrir um documento em ODF, mas a nica sute

    de escritrio disponvel no reconhece o formato. A sada

    ter sempre mo um pendrive com o BrOffice.org

    instalado. Nesta dica, a verso utilizada o BrOffice.org3.2.0 do repositrio Portable Apps.

    Instalando o

    BrOffice.org nopendrive

    Por Luiz Oliveira

    Primeiro, faa o download do executvel. Em seguida

    copie o arquivo baixado para o pendrive, que deve estar

    formatado em fat32. Este arquivo tem 85 mb. Execute o

    programa e clique em prximo. Em seguida voc dever

    informar o caminho exato do pendrive. Note que a opo

    padro est errada: \OpenOfficePortable, no meu caso

    ficou assim: F:\OpenOfficePortable. Agora s clicar em

    instalar e aguardar.

    Terminada a instalao vai aparecer uma pasta com o

    nome OpenOfficePortable e dentro dela os cones dosprogramas. O arquivo de instalao pode ser removido. O

    espao total ocupado de 228,1 MB.

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.awicons.com/stock-icons/aero-icons/preview/multi-save.pnghttp://www.awicons.com/stock-icons/aero-icons/preview/multi-save.pnghttp://www.awicons.com/stock-icons/aero-icons/preview/multi-save.pnghttp://www.awicons.com/stock-icons/aero-icons/preview/multi-save.pnghttp://www.awicons.com/stock-icons/aero-icons/preview/multi-save.pnghttp://www.awicons.com/stock-icons/aero-icons/preview/multi-save.pnghttp://www.awicons.com/stock-icons/aero-icons/preview/multi-save.pnghttp://portableapps.com/http://sourceforge.net/projects/portableapps/files/OpenOffice.org%20Portable/OpenOffice.org%20Portable%203.2.0/OpenOfficePortable_3.2.0_PortugueseBR.paf.exe/downloadhttp://home/home/elianedomingos/Documentos/F:/OpenOfficePortablehttp://home/home/elianedomingos/Documentos/F:/OpenOfficePortablehttp://sourceforge.net/projects/portableapps/files/OpenOffice.org%20Portable/OpenOffice.org%20Portable%203.2.0/OpenOfficePortable_3.2.0_PortugueseBR.paf.exe/downloadhttp://portableapps.com/http://www.awicons.com/stock-icons/aero-icons/preview/multi-save.pnghttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    23/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 23 Julho | 2010

    Por Luiz Fernando Carvalho

    dica rpida|

    Voc prepara a mala direta, confere dados, endereos e

    tudo mais. Est perfeito! ento Control+P e a impressora

    comea a mas o que isso? De onde veio estas folhas

    em branco?

    Calma! Em certos trabalhos, como malas diretas comdiversas pginas por documento, a pgina em branco

    automtica um recurso interessante que facilita o

    trabalho de separar os documentos. Bem... no caso de

    uma pgina por documento inconveniente! Mas isso

    fcil de resolver.

    O recurso pode ser desabilitado no momento da

    impresso, clicando no Boto Opes, na janela de

    Imprimir. Na janela Opes da impressora voc desmarca

    a opo Imprimir pginas em branco inseridas

    automaticamente. Pronto. Sua mala direta ser impressasem pginas em branco.

    Pginas em

    branco naimpresso?

    Awicons

    Para economizar tinta e papel, o Writer permite imprimir

    as pginas do seu documento em formato reduzido, isto

    , usando mais de uma pgina em cada folha de papel.

    Veja como conseguir este efeito na impresso:

    1 Abra seu documento e deixe-o preparadonormalmente para impresso;

    2 Clique no menu Arquivo, opo Visualizar Pgina, que

    ir exibir uma prvia da impresso do seu documento;

    3 Na barra de ferramentas Visualizao de Pgina,

    clique no boto Opes de Impresso da Exibio de

    Pginas. Digite 1 para linhas e 2 para colunas; escolha

    formato Paisagem e clique OK;

    4 Clique no boto Imprimir Exibio de Pginas. A partir

    da, voc procede como uma impresso normal.Pronto! Voc ter uma impresso de duas pginas

    reduzidas em cada folha de papel. O Writer oferece,

    portanto, uma forma de se imprimir a exibio das

    pginas do seu documento, independentemente da

    configurao feita para uma impresso normal. Veja a

    figura:

    Imprimindo em

    formatoreduzido noWriter

    Por Gilvan Vilarim

    Se desejar que este seja o comportamento padro, v no

    menu Ferramentas>Opes, e em BrOffice.org

    Writer>Imprimir, desmarque a opo. Feito! Nada de

    pginas em branco. Observe que o boto Opes de Impresso de Exibio

    de Pginas tambm permite configurar outras opes

    para margem entre as pginas, imprimir vrias pginas

    numa s folha etc. Voc tambm pode alterar o valor do

    zoom para visualizar melhor o layout das pginas do seu

    documento (na figura, utilizamos zoom de 50%)E para economizar ainda mais, tenha o hbito de imprimir

    suas cpias de rascunho no verso de folhas j usadas. A

    natureza agradece!

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.awicons.com/stock-icons/aero-icons/preview/multi-save.pnghttp://www.awicons.com/stock-icons/aero-icons/preview/multi-save.pnghttp://www.awicons.com/stock-icons/aero-icons/preview/multi-save.pnghttp://www.awicons.com/stock-icons/aero-icons/preview/multi-save.pnghttp://www.awicons.com/stock-icons/aero-icons/preview/multi-save.pnghttp://www.awicons.com/stock-icons/aero-icons/preview/multi-save.pnghttp://www.awicons.com/stock-icons/aero-icons/preview/multi-save.pnghttp://www.awicons.com/stock-icons/aero-icons/preview/multi-save.pnghttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    24/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 24 Julho | 2010

    Por Ccero Pinho Rocha

    Arquiv

    opessoal

    dica|

    CriandoCriandouma equaouma equao

    commons.w

    ikimedia.org

    Quem trabalha muito com criao de frmulas matemticas em um processador de textos encontra no BrOffice.org um

    editor de frmulas bastante potente, o Math. O objetivo desta dica mostrar como trabalhar na construo de frmulas.

    com o Mathcom o MathUm exemplo simples para construo de frmulas uma equao do 2 grau.

    Para faz-la, abra o BrOffice.org 3.2 Math;

    A tela que surge igual da imagem ao lado. Na caixa de ferramentasElementos de Frmula, clique na opo funes ( f(x)), em seguida localize na

    mesma caixa, logo abaixo, a opo potncia.

    Ir surgir um script parecido com este:

    Substitua o primeiro conjunto de sinais maior que e menor que, com a

    interrogao no meio, pelos valores desejados; neste exemplo

    preencheremos com x. No segundo conjunto, preserve as chaves

    substituindo o contedo da mesma, pelo valor 2, ou seja, voc acabou de

    construir a potncia da equao do 2 grau(x).

    Localize a caixa de ferramentas Elementos de Frmula, a opo

    Operadores Unrios/Binrios ( ), clique sobre a mesma e localize

    a opo multiplicao (ponto) e clique.

    Ir surgir um script parecido com este:

    Substitua os campos pelos valores desejados; neste exemplo preencheremos

    com -5, no segundo conjunto substitua pelo valor x. Agora s terminar a

    equao digitando os valores restantes, preencheremos com + 6 = 0.

    Ao final, voc ter o seguinte script:

    Ter tambm uma equao do segundo grau com o seguinte formato:

    Pronto! Criamos um exemplo simples de uso do Math. Agora, s salvar a

    frmula e us-la sempre que necessitar.

    possvel tambm integrar a frmula di-

    retamente no BrOffice.org Writer. Clican-

    do em Inserir > Objeto > Frmula, abre-

    se o editor de frmulas, j integrado ao

    Writer. Depois disso s seguir os itensacima. Voc ter o mesmo resultado.

    Bom trabalho e divirta-se com o Math.

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    25/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 25 Julho | 2010

    dica|

    DesignBeep

    Traduo e adaptao Rui Ogawa

    Instalando a extensoPresentation Minimizer noBrOffice.org para 64 bits em

    Linux

    Uma das grandes vantagens

    do BrOffice.org a

    possibilidade do usurio

    ampliar suas funcionalidades

    atravs de extenses. Uma

    grande variedade delas pode

    ser encontrada no repositrio

    oficial do OpenOffice.org.

    Uma que muito til

    Presentation Minimizer,

    disponvel para Mac OS,Windows, Solaris e Linux.

    O Sun Presentation Minimizer usado para reduzir o ta-

    manho do arquivo de uma apresentao. As imagens se-

    ro comprimidas, e os dados que no so mais necess-

    rios sero removidos. O Presentation Minimizer pode oti-mizar a qualidade da imagem em relao ao seu tama-

    nho, j que apresentaes feitas para a tela ou projetor

    no requerem a mesma qualidade como para impresso.

    Os Object Linking and Embedding (OLE) so teis duran-

    te a fase de concepo da apresentao, mas eles so

    at duas vezes o tamanho de uma imagem normal. O

    Presentation Minimizer pode substituir esses objetos OLE

    com imagens sem perda de qualidade. Alm disso, esta

    extenso pode remover anotaes do orador e slides

    ocultos, evitando publicao de informaes confidenciais

    por engano. O assistente faz um resumo de todas as mu-

    danas que sero realizadas para a sua apresentao e

    mostra uma estimativa da reduo do tamanho do arqui-

    vo.

    Funcionalidades da extenso

    http://www.broffice.org/revistahttp://designbeep.com/wp-content/uploads/2010/01/28.Printer-icon.pnghttp://designbeep.com/wp-content/uploads/2010/01/28.Printer-icon.pnghttp://designbeep.com/wp-content/uploads/2010/01/28.Printer-icon.pnghttp://designbeep.com/wp-content/uploads/2010/01/28.Printer-icon.pnghttp://designbeep.com/wp-content/uploads/2010/01/28.Printer-icon.pnghttp://designbeep.com/wp-content/uploads/2010/01/28.Printer-icon.pnghttp://designbeep.com/wp-content/uploads/2010/01/28.Printer-icon.pnghttp://designbeep.com/wp-content/uploads/2010/01/28.Printer-icon.pnghttp://designbeep.com/wp-content/uploads/2010/01/28.Printer-icon.pnghttp://designbeep.com/wp-content/uploads/2010/01/28.Printer-icon.pnghttp://designbeep.com/wp-content/uploads/2010/01/28.Printer-icon.pnghttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    26/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 26 Julho | 2010

    dica|

    Apesar de o site disponibilizar a extenso para arquitetu-

    ras 32 bits, os usurios que tm mquinas de 64 bits no

    ficam de fora. Se voc usa o OpenOffice.org que vemcom o Ubuntu 10.04, precisa apenas digitar o seguinte

    comando em um terminal e a extenso j estaria instala-

    da:

    Ateno: quem est com o BrOffice.org na mquina, nodeve usar este comando, pois ele instala o

    OpenOffice.org novamente.A soluo para usar o Presentation Minimizer no BrOffi-

    ce.org em arquitetura 64 bits simples: Primeiro, preci-

    so baixar o pacote openoffice.org-presentation-minimizer,

    mas sem instal-lo. O procedimento pode ser feito abrin-

    do um terminal digitando o comando a seguir:

    Abra o seu Nautilus e navegue at onde o arquivo foi sal-vo. Voc encontrar um arquivo chamado

    Clique com o boto direito e v em [Extrair aqui]. Um dire-

    trio de mesmo nome ser criado. Entre no diretrio e

    voc encontrar trs arquivos, entre eles o data.tar.lzma

    Mais uma vez, clique com o boto direito e [Extrair aqui].

    Ser descompactado um diretrio chamado [usr]. Entre

    nele e navegue at o diretrio install, seguindo essa

    sequncia:

    A est a extenso

    pronta para ser instalada. Agora s abrir o BrOffice.org, irem

    Para reduzir o tamanho de uma apresentao, basta

    carreg-la e depois ir at a entrada chamada Reduzir

    apresentao... que foi criada no menu Ferramentas.

    sun-presentation-minimizer.oxt

    sudo aptitude install openoffice.org-presentation-minimizer

    sudo aptitude download openoffice.org-presentation-minimizer

    openoffice.org-presentation-minimizer_1.0+OOo3.2.0-

    7ubuntu4_amd64.deb

    /usr/lib/openoffice/share/extension/install

    Ferramentas > Gerenciador de extenses > Adicionar e

    instalar.

    Fontes:

    1. http://extensions.services.openoffice.org

    2. http://extensions.services.openoffice.org/pt-br/project/PresentationMinimizer

    3. http://extensions.services.openoffice.org/pt-br/project/PresentationMinimizer

    Como instalar o Presentemente Minimizer no Linux

    Instalando a extenso Presentation Minimizer no BrOffice.org para 64 bits em Linux | Por Rui Ogawa

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    27/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 27 Julho | 2010

    Traduo e adaptao rico Jos Ferreira

    A maioria dos usurios interagem com o BrOffice.org no

    seu desktop. Mas e se voc precisar fazer uma

    restaurao seletiva sobre os arquivos que armazenam

    gradientes personalizados ou cores? Descobrir por que

    uma extenso no instala? Partilhar recursos com outros

    usurios? Para esse tipo de tarefa, voc precisa conhecer

    um pouco sobre onde o OpenOffice.org armazena seus

    arquivos e o que voc pode fazer com eles.

    A estrutura de arquivos do BrOffice.org simples, mas enganadora. O que voc v na rea de trabalho (por

    exemplo, quando voc escolhe um modelo para utilizar

    com um novo arquivo) pode no ser um diretrio real,

    mas sim virtual. Assim como quando voc faz upload de

    fotos, os contedos de todos os cartes de memria da

    sua cmera aparecem juntos em vez de separadamente,

    o OpenOffice.org exibe vrios dos recursos dele em uma

    nica exibio no desktop.

    Tipicamente, os diretrios que compem esta viso nica

    vm de seus arquivos pessoais em /home/~/.openoffice.org/3/user e de arquivos pblicos instalados

    com o BrOffice.org, a maioria dos quais est em

    /usr/lib/openoffice/basis3.2/share. Os nmeros no

    caminho de diretrios diferem com as verses do

    BrOffice.org e os arquivos pblicos podem ser instalados

    em outros locais em algumas distribuies, mas voc

    pode achar onde esto localizados em seu sistema

    olhando:

    Ferramentas Opes BrOffice.org Caminhos.

    Se preferir, voc tambm pode editar o caminho para os

    arquivos para a sesso corrente, acrescentando outros

    diretrios sua escolha. No entanto, a ordem importa -

    voc ver que os caminhos padro so definidos antesque seus arquivos locais.

    O contedo dos diretrios locaisO contedo dos diretrios locais

    Os arquivos de controle em seu diretrio pessoal so

    divididos em sub-diretrios. Muitos desses diretrios

    armazenam arquivos binrios, de modo que voc no

    deve tentar edit-los. No entanto, saber onde residem

    pode ser til se voc precisar recuperar um arquivo

    corrompido ou desejar compartilhar com os outros.

    Alguns dos sub-diretrios contm arquivos de controlepara o funcionamento bsico do BrOffice.org, como o

    /database (banco de dados de bibliografia padro),

    /lastsession (recuperao automtica aps falhas),

    /psprint (impresso) e /wordbook (dicionrio padro).

    dica|

    Alm do desktop:

    BrOffice.org Recursos eArquivos de Controle

    Customisinglife

    http://www.broffice.org/revistahttp://customisinglife.files.wordpress.com/2007/01/beryl-3d-desktop.jpghttp://customisinglife.files.wordpress.com/2007/01/beryl-3d-desktop.jpghttp://customisinglife.files.wordpress.com/2007/01/beryl-3d-desktop.jpghttp://customisinglife.files.wordpress.com/2007/01/beryl-3d-desktop.jpghttp://customisinglife.files.wordpress.com/2007/01/beryl-3d-desktop.jpghttp://customisinglife.files.wordpress.com/2007/01/beryl-3d-desktop.jpghttp://customisinglife.files.wordpress.com/2007/01/beryl-3d-desktop.jpghttp://customisinglife.files.wordpress.com/2007/01/beryl-3d-desktop.jpghttp://customisinglife.files.wordpress.com/2007/01/beryl-3d-desktop.jpghttp://customisinglife.files.wordpress.com/2007/01/beryl-3d-desktop.jpghttp://customisinglife.files.wordpress.com/2007/01/beryl-3d-desktop.jpghttp://customisinglife.files.wordpress.com/2007/01/beryl-3d-desktop.jpghttp://customisinglife.files.wordpress.com/2007/01/beryl-3d-desktop.jpghttp://customisinglife.files.wordpress.com/2007/01/beryl-3d-desktop.jpghttp://customisinglife.files.wordpress.com/2007/01/beryl-3d-desktop.jpghttp://customisinglife.files.wordpress.com/2007/01/beryl-3d-desktop.jpghttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 013

    28/46| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 28 Julho | 2010

    que voc tenha instalado ou removido. A informao til

    colocada em vrios nveis de diretrio para baixo. As

    extenses no so identificadas pelo nome, mas por um

    cdigo aparentemente arbitrrio. Entretanto, se voc

    navegar para um outro nvel mais abaixo, voc encontrar

    um diretrio com o nome da extenso.

    Alguns dos arquivos aqui mencionados so binrios,

    assim voc no ser capaz de l-los na maioria dos

    editores de texto ou processadores de texto, incluindo o

    BrOffice.org Writer.

    Local vs pblicoLocal vs pblico

    Do ponto de vista da sesso atual, irrelevante se voc

    colocar os arquivos de controle em seu diretrio padro

    ou no diretrio pblico. No entanto, se voc quisercompartilhar um recurso, voc precisa coloc-lo em

    diretrios pblicos - lembrando, claro, de definir as

    permisses para que usurios comuns (no root) possam

    ler os arquivos.

    Muitas verses atrs, os diretrios para as verses locais

    e pblicas eram quase idnticos. No entanto, isso no

    mais verdade. Muitos dos recursos nos diretrios

    pblicos, que so usados para criar cada conta de

    usurio, diretrio /.openoffice, j no so copiados

    automaticamente. Nem h qualquer necessidade real defaz-lo. Afinal, para que se tem os arquivos XML e CSS

    necessrios para exibir cada aplicao BrOffice.org ou os

    conjuntos de caracteres de diferentes idiomas, instalados

    para cada conta?

    No entanto, em pelo menos um caso, uma sobreposio

    pode ser til. Se voc tem uma fonte que voc precisa

    para usar no BrOffice.org, voc pode criar seu prprio

    diretrio fonte em /home /~/.openoffice/3/user e instal-la

    rapidamente, sem ter que logar como root. Na verdade,

    graas estrutura de diretrios virtuais do BrOffice.org,voc pode ser capaz de duplicar localmente cada sub-

    diretrio no diretrio pblico.

    Sob as aparnciasSob as aparncias

    Uma sute de escritrio uma ferramenta padro que

    voc pode facilmente esquecer que existe mais do que

    voc v no desktop. No entanto, numa verificao rpida

    sob as aparncias, voc percebe que pode fazer as

    tarefas de administrao de forma simples. Dedique

    algum tempo a olhar para os recursos que ajudam voc a

    executar o BrOffice.org e voc ser capaz de fazer essastarefas um pouco mais fcil.

    Fonte:Bruce Byfield - http://www.linuxjournal.com

    Na maioria da vezes, voc no deve ter motivos para

    interagir com esses diretrios. No entanto, se voc tentar

    editar ou visualiz-los e tiver problemas, voc pode

    restaurar o contedo automaticamente, encerrando sua

    sesso e, em seguida, iniciando-a novamente e

    reinicializando o BrOffice.org.

    Outras pastas, como /store e /temp, no so mais usadas

    e provavelmente so mantidas para a possibilidade

    improvvel de voc precisar delas para manter

    compatibilidade com verses anteriores, caso voc esteja

    trabalhando com os formatos antigos. Outras podem ter

    sido adicionadas quando voc instalou uma extenso,

    que o que fazem as ferramentas do Writer.

    Se voc ignorar esses diretrios que armazenam osrecursos de controle, voc talvez queira estar ciente do

    que so:

    * /autocorr: Contm um arquivo com as suas prefern-

    cias de AutoCorreo para um idioma especfico, como

    acor_en-US.dat

    * /autotext: Contm AutoTexto personalizado no arquivo

    mytexts.bau

    * /backup: Contm arquivos com cpias de segurana

    (backup), se voc tiver configurado o BrOffice.org para

    fazer estas cpias em:

    Ferramentas Opes Carregar/Salvar Geral.

    Estes arq