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esq. dto. O Cofre da, e para a Vida. A Mente ISSN 2182-1437 9 772182 143004 PVP € 1,00

Revista Cofre Nº 1 - IIIª serie

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Janeiro/Março de 2015

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Page 1: Revista Cofre Nº 1 - IIIª serie

esq.dto.O Cofre da, e para a Vida.A Mente

r e v i s t a d o c o f r e d e p r e v i d ê n c i aJAN.FEV.

2O15

MAR.

ISSN 2182-1437

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Em terras de erva doce

para escadas passadas. O

u serão voos futuros?

PVP € 1,00

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MENTE

n 1

e complexodos cofres

o mais fascinante

I I I serieANO XIX

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CÉREBRO

*A redacção da revista Cofre não obedece ao novo Acordo Ortográfico

FICHA TÉCNICA

PRESIDENTE: Tomé Jardim [email protected] | DIRECTORA: Luísa Paiva Boléo [email protected] | EDIÇÃO: Cofre de Previdência | CONSELHO REDACTORIAL: Tomé Jardim / Francisco Pinteus / Elder Fernandes / Manuela Charrua / Catarina Santos / Vitor Luz | RESPONSÁVEL EDITORIAL: Ricardo Henriques [email protected] IMAGEM DE CAPA: Andreia Gil | FOTOGRAFIA: Cláudia Peres | DIRECÇÃO CRIATIVA E DESIGN: Andreia Gil | PUBLICIDADE: Sara Ferreira | SECRETÁRIA: Sara Ferreira COLABORADORES DESTE NÚMERO: António Pinto Almeida | Ricardo A. Santos | Cristina Coelho | João Viveiros | Sara Ferreira | Sónia Ferreira | José E. F. Boal | Francisco Santos CONTACTOS DO COFRE: Rua do Arsenal, Letra E, 1112-8O3 Lisboa e Rua dos Sapateiros, 58, 11OO-579 Lisboa / Telefone: 213 241 O6O / Fax: 213 47O 476 [email protected] NIF 5OO969442 / IMPRESSÃO: MULTIPONTO, S. A. / ISSN 2182-1437 / DEPÓSITO LEGAl: 324664/11 / REGISTO ERC: 119146 / PERIODICIDADE: Bimensal / TIRAGEM: 48 OOO / PVP: 1,OO€

ROMARIAQUARESMAL

Pág. 14

EM SÃO MIGUEL

Tradições

A origem de um génio DE ENCANTARIr ao Alentejo e voltarcom o cante alentejano

Pág. 32

DOS JOVENSUNIVERSO Pág. 10

Residências Universitárias

O CÉREBRODescubra alguns factos ciêntificossobre este extraordinário orgão

ODEITHPág. 24

Rapaz dos Pássaros

CONVERSAS COM A BOLA

Pág. 29

EINSTEINE=MC

2

Pág. 3OPág. 34RECEITASopa de espargos

Pág. 9De quem diz o que pensa

CARTAS

ECLIPSENo Campus de Ciência Viva

Pág. 4

Pág. 6Maria Catarina SantosEntrevista

MédicoConsultório

Pág. 22

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Venerandos Sócios,

Apesar de já o ter feito na última revista do ano findo, não quero deixar de reforçar os meus votos de um ano com saúde, paz e amor para podermos ultrapassar com optimismo as dificuldades surgidas no dia-a-dia.Agradecer a todos os Associados as palavras de incentivo recebidas para o ano em curso, obrigado pela confiança. Para não a desmerecer vamos continuar a trabalhar com afinco, como temos feito até aqui, para a valorização do Cofre, no alargamento do seu conhecimento, levando aos mais variados serviços públicos onde ainda é grande o seu desconhecimento, as mais-valias oferecidas pela nossa Instituição aos seus Associados. Não será um trabalho fácil, tal como dissemos na apresentação do Orçamento para 2O15, a nossa perspectiva para o ano em curso, apesar da abertura forçada às nossas remunerações, aposentações e pensões, pela intervenção do Tribunal Constitucional, será igualmente de grande dificuldade para todos, os novos impostos ambientais e taxas entretanto criados vêm man-tê-las. Todavia com a nossa força e vontade saberemos mais uma vez ultrapassá-las. Como podem constatar à vossa frente está a nossa Revista,

Sociais, Mesa da Assembleia Geral e Conselho Fiscal, com excepção dos seus Presidentes os quais já as concederam à Revista Cofre. Vamos ainda ler sobre um dos grandes cérebros mundiais o cientista Albert Einstein; um artigo muito interessante sobre a romaria quaresmal Micaelense nos Açores. A nova rubrica “Quem é quem” esteve na Residência Sénior de Vila Fernando para mostrar aos nossos Associados quem são os trabalhadores do Cofre ali colocados, a quem agradecemos o carinho e a dedicação como tratam os nossos residentes; e a também nova “Curiosidades” e várias notícias de eventos realizados nos nossos espaços, residências seniores, universitárias, Vau e Quinta de Santa Iria. A propósito da Quinta, vamos ali realizar a semana temática da Páscoa e retomar uma tradição antiga, hoje muito esquecida, por isso vamos para alguns Associados reviver para outros dar a conhecer o baile da pinha ou pinhata. Chamo a vossa atenção para a rubrica “Curiosidades” onde se fala acerca deste baile. A propósito os nossos Leitores com conhecimento e vivência podem e devem escrever-nos a contar uma estória acerca deste baile. Finalmente uma oferta para todos, trata-se de um calendário pintado, com um tema que me é particular-

mente querido o Alentejo e o cante, pelo nosso associado António Galvão, a quem em meu nome e do Conselho de Administração agradeço. O cante alentejano, hoje patrimó-nio imaterial da humanidade a par do fado, trazem ao mundo uma mais-valia para conhecimento de outras áreas culturais existentes no nosso País para todo o mundo. O investimento para a angariação de novos sócios continua. Todavia todos nós devemos ajudar procurando trazer para a família Cofre mais associados, mostrando ao nosso colega do lado a vantagem em ser sócio, a vantagem em combater juntos as dificuldades, devendo ter sempre presente a máxima, “A união faz a força”. Continuamos a aguardar pelas vossas notícias, (as quais já todos sabem quais são). É verdade! Digam-nos alguma coisa em relação às alterações da revista. E como já vai chegar a vós depois da Páscoa, que ela tenha sido feliz.Lembro a todos a realização, na nossa sede, da Assembleia Geral no dia 27 de Abril às 19h3O.Termino lembrando o associado Fernando Rocha perecido no mês de Fevereiro e uma das suas frases “Unidos vence-remos”, o signatário acrescenta-lhe: a solidão.Com consideração pessoal.

TOMÉ JARDIM

EDITORIAL

a primeira do ano e totalmente criada, elaborada e conce-bida no interior do Cofre unicamente pelos seus trabalha-dores, razão pela qual chegou um pouco mais tarde à vossa mão, por isso pedimos a vossa compreensão. Mas dizía-mos, exceptuando a impressão efectuada pela tipografia Multiponto S.A., sedeada na área do grande Porto, foi total-mente elaborada pelos trabalhadores do Cofre, é assim a terceira série, um novo visual e grafismo, (já agora e para aqueles que não conheçam este simbolo “ ” inserido no grafismo da capa, significa partilhar). Como não pode deixar de ser estamos orgulhosos por esse facto, não só por esse, mas também pela redução de custos na ordem dos 7O mil euros ano, esperamos que gostem.Se me permitem em meu nome e do Conselho agradeço ao Dr. Jorge Silva, sócio gerente da empresa Silva Desig-ners, o carinho, a simpatia e o profissionalismo como elaboraram a nossa Revista nestes últimos quatros anos. Para além das rubricas habituais, temos a grande entrevis-ta à conselheira Catarina Santos, com a qual se finaliza esta fase de entrevistas aos membros do Conselho de Adminis-tração, seguir-se-á aos restantes membros dos Órgãos

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Venerandos Sócios,

Apesar de já o ter feito na última revista do ano findo, não quero deixar de reforçar os meus votos de um ano com saúde, paz e amor para podermos ultrapassar com optimismo as dificuldades surgidas no dia-a-dia.Agradecer a todos os Associados as palavras de incentivo recebidas para o ano em curso, obrigado pela confiança. Para não a desmerecer vamos continuar a trabalhar com afinco, como temos feito até aqui, para a valorização do Cofre, no alargamento do seu conhecimento, levando aos mais variados serviços públicos onde ainda é grande o seu desconhecimento, as mais-valias oferecidas pela nossa Instituição aos seus Associados. Não será um trabalho fácil, tal como dissemos na apresentação do Orçamento para 2O15, a nossa perspectiva para o ano em curso, apesar da abertura forçada às nossas remunerações, aposentações e pensões, pela intervenção do Tribunal Constitucional, será igualmente de grande dificuldade para todos, os novos impostos ambientais e taxas entretanto criados vêm man-tê-las. Todavia com a nossa força e vontade saberemos mais uma vez ultrapassá-las. Como podem constatar à vossa frente está a nossa Revista,

Sociais, Mesa da Assembleia Geral e Conselho Fiscal, com excepção dos seus Presidentes os quais já as concederam à Revista Cofre. Vamos ainda ler sobre um dos grandes cérebros mundiais o cientista Albert Einstein; um artigo muito interessante sobre a romaria quaresmal Micaelense nos Açores. A nova rubrica “Quem é quem” esteve na Residência Sénior de Vila Fernando para mostrar aos nossos Associados quem são os trabalhadores do Cofre ali colocados, a quem agradecemos o carinho e a dedicação como tratam os nossos residentes; e a também nova “Curiosidades” e várias notícias de eventos realizados nos nossos espaços, residências seniores, universitárias, Vau e Quinta de Santa Iria. A propósito da Quinta, vamos ali realizar a semana temática da Páscoa e retomar uma tradição antiga, hoje muito esquecida, por isso vamos para alguns Associados reviver para outros dar a conhecer o baile da pinha ou pinhata. Chamo a vossa atenção para a rubrica “Curiosidades” onde se fala acerca deste baile. A propósito os nossos Leitores com conhecimento e vivência podem e devem escrever-nos a contar uma estória acerca deste baile. Finalmente uma oferta para todos, trata-se de um calendário pintado, com um tema que me é particular-

mente querido o Alentejo e o cante, pelo nosso associado António Galvão, a quem em meu nome e do Conselho de Administração agradeço. O cante alentejano, hoje patrimó-nio imaterial da humanidade a par do fado, trazem ao mundo uma mais-valia para conhecimento de outras áreas culturais existentes no nosso País para todo o mundo. O investimento para a angariação de novos sócios continua. Todavia todos nós devemos ajudar procurando trazer para a família Cofre mais associados, mostrando ao nosso colega do lado a vantagem em ser sócio, a vantagem em combater juntos as dificuldades, devendo ter sempre presente a máxima, “A união faz a força”. Continuamos a aguardar pelas vossas notícias, (as quais já todos sabem quais são). É verdade! Digam-nos alguma coisa em relação às alterações da revista. E como já vai chegar a vós depois da Páscoa, que ela tenha sido feliz.Lembro a todos a realização, na nossa sede, da Assembleia Geral no dia 27 de Abril às 19h3O.Termino lembrando o associado Fernando Rocha perecido no mês de Fevereiro e uma das suas frases “Unidos vence-remos”, o signatário acrescenta-lhe: a solidão.Com consideração pessoal.

a primeira do ano e totalmente criada, elaborada e conce-bida no interior do Cofre unicamente pelos seus trabalha-dores, razão pela qual chegou um pouco mais tarde à vossa mão, por isso pedimos a vossa compreensão. Mas dizía-mos, exceptuando a impressão efectuada pela tipografia Multiponto S.A., sedeada na área do grande Porto, foi total-mente elaborada pelos trabalhadores do Cofre, é assim a terceira série, um novo visual e grafismo, (já agora e para aqueles que não conheçam este simbolo “ ” inserido no grafismo da capa, significa partilhar). Como não pode deixar de ser estamos orgulhosos por esse facto, não só por esse, mas também pela redução de custos na ordem dos 7O mil euros ano, esperamos que gostem.Se me permitem em meu nome e do Conselho agradeço ao Dr. Jorge Silva, sócio gerente da empresa Silva Desig-ners, o carinho, a simpatia e o profissionalismo como elaboraram a nossa Revista nestes últimos quatros anos. Para além das rubricas habituais, temos a grande entrevis-ta à conselheira Catarina Santos, com a qual se finaliza esta fase de entrevistas aos membros do Conselho de Adminis-tração, seguir-se-á aos restantes membros dos Órgãos

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ECLIPSE DO SOL Visto pela RTP no Campus de Ciência Viva

A equipa de reportagem do Telejornal Regiões da RTP deslocou-se à Quinta de Santa Iria - Campus de Ciência Viva - e levou a todo o país o eclipse do Sol ocorrido no passado dia 2O de Março.Foi uma excelente reportagem, tivemos assim todos oportunidade de ver nos nossos ecrãs não só aquele acontecimento, como também todo o espaço do Campus, nomeadamente o Observatório, o Planetário e o Auditório. Aqui vos deixamos, para aqueles que não tiveram a oportunidade de ver a reportagem televisiva, as fotos alusivas àquele acontecimento.

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Em 2O15, completam-se 1OO anos da teoria da relatividade geral, de Albert Einstein. E os 11O anos da explicação do efeito fotoeléctrico, também de Einstein e que lhe valeu o Nobel da Física de 1921, anunciado no ano seguinte (neste efeito, um fotão – uma partícula de luz –, ao incidir sobre certos metais, arranca electrões que aí se encontram). Outra data, entre outras: em 2O15 comemoram-se os 5O anos da descoberta da radiação cósmica de fundo, a radia-ção emitida no Big Bang (ocorrido há 13.8OO milhões de anos) e que banha todo o Universo. Por esta descoberta, os norte-americanos Arno Penzias e Robert Wilson ganha-ram o Nobel da Física em 1978.

“Um Ano Internacional da Luz é uma oportunidade tremenda para garantir que os decisores políticos tomam consciência dos problemas que a tecnologia da luz pode resolver”, sublinhou o presidente da comissão para a celebração do Ano Internacional da Luz, John Dudley. “A fotónica fornece soluções de baixo custo para desafios que se colocam em várias áreas: energia, desenvolvimento sustentável, alterações climáticas, saúde, comunicações e agricultura. Por exemplo, soluções inovadoras na área da iluminação reduzem o consumo de energia e o impacto ambiental, ao mesmo tempo que minimizam a poluição luminosa, para que todos possamos apreciar a beleza do Universo num céu escuro”, acrescentou John Dudley, citado num comunicado da Sociedade Internacional para a Óptica e a Fotónica (esta é a ciência ligada ao processa-mento e à detecção de sinais de luz).

in Jornal Público | Teresa Firmino 27/12/2O13

ANO INTERNACIONAL DA LUZ2O15

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MARIA CATARINADOS SANTOS

Fale-nos um pouco da sua infância e juventude.

Nasci em Vila Real de Santo António, uma cidade encanta-dora que fica no extremo sudeste do Algarve. O Marquês de Pombal foi o responsável pela criação da cidade em 1774. A minha juventude foi passada na Manta Rota, uma bela localidade, com uma praia maravilhosa, onde passei belos momentos, pois viver junto ao mar sempre foi para mim muito importante. O meu pai era da Guarda Fiscal e sempre procurou trabalhar perto de uma vila de fácil acesso para que eu e o meu irmão prosseguissemos os estudos.Tive uma infância e juventude muito felizes, passadas entre a praia e campo, uma vez que os meus avós mater-nos viviam numa zona muito aprazível. O contacto com a natureza e as actividades campestres foram muito impor-tantes na minha formação. Recordo o meu avô com muito carinho (sem pretender descuidar-me da avó) com quem partilhei momentos que me marcaram para sempre. Recordo cheiros, sabores e as brincadeiras com o meu irmão que me fazem sentir saudade. Temos pouca diferença de idade por conseguinte partilhamos sorrisos, lágrimas e felicidade.

Sei que já é avó embora pareça uma jovem do secundário. Pratica desporto?

É verdade, fui avó muito nova, tenho três netinhos lindos que são uma delícia. Sou do tipo de avó que faz algumas vontades e gosto de oferecer livros, pois a leitura é muito importante na sua formação. Até posso comprar um doce e brincar com eles, mas na hora de castigar, sou mais mãe que avó. Sou tolerante, porém, é sempre bom manter um limite. Não pratico desporto, gosto de caminhar e dançar. A dança garante saúde física e mental e sempre que tenho oportunidade, nada como sacudir o esqueleto com uma boa música.

Como foi o seu percurso profissional? Foi uma escolha ou aconteceu trabalhar nas Finanças, agora ATA? Está em Algés desde quando?

Após completar o liceu trabalhei num supermercado em Monte Gordo, foi muito útil lidar com clientes, na maioria estrangeiros, e desenvolvi o inglês e francês. Quando vim morar para Lisboa, tinha as filhas pequenas, resolvi ficar em casa e assim dei explicações durante alguns anos até entrar por concurso público para as finanças em 199O. Trabalhei durante quinze anos no edifício do IVA, na aveni-da João XXI, depois estive dois anos e meio em Mafra, foi uma bela experiência, tanto profissional como pessoal. Estou em Algés desde 2OO8. Vou a pé para o serviço, é o que se chama qualidade de vida.

Moro em Algés desde 1982, uma freguesia encantadora com muito comércio tradicional e um belo jardim.

Quais sãos os seus gostos, viagens, tempos de lazer, asso-ciativismos? Adoro viajar, conhecer e ver em detalhe lugares que me são desconhecidos. Gosto de observar as pessoas, como se comportam e passear pela nossa linda cidade de Lisboa.Gosto de ler, pintar e ir ao cinema. O associativismo é uma forma de participação na comuni-dade, um sentimento de partilha, que considero uma forma de intervenção cívica, de aprendizagem em busca da realização pessoal e enriquecimento emocional.

Como conselheira do Cofre desde 2O11 quais as principais mudanças que se têm operado? Como avalia a sua expe-riência e participação?

Sou sócia do Cofre de Previdência desde 1996. Quando entrei para a função pública não era de inscrição obrigató-ria, mas quando tomei conhecimento da instituição, fiz-me sócia. Como conselheira tento participar em todas as actividades e estar presente nas alterações inevitáveis às necessidades económicas e sociais dos associados. O património do Cofre tem que ter uma gestão eficaz e o trabalho e espírito de solidariedade e cooperação do Sr. presidente Dr. Américo Tomé Jardim, do qual muito me

P E R F I L

E N T R E V I S T A

Conselheira

por Luisa Paiva Boléo

orgulho, tem dignificado o Cofre. Hoje estamos numa fase de consolidação, procurando o rejuvenescimento da massa associativa.

É uma pintora autodidacta? Como aconteceu e quando podemos visitar a sua primeira exposição?

Comecei a pintar a óleo quase por “acidente”, no bom sentido da palavra, devido a um casal alemão que morava perto da minha casa na Manta Rota. O senhor pintava a óleo e no regresso à sua cidade ofereceu-me algumas bisnagas de óleo. Eu que já fazia muitos trabalhos em carvão nos meus tempos livres, peguei numa madeira, pois eu nem sabia o que era uma tela, e comecei a pintar um pôr-do-sol. Para espanto meu, gostei da forma, das cores… e assim começou a minha aventura no mundo das tintas.Já fiz algumas exposições, uma das quais na Rua Nova do Almada, nas antigas instalações do CCD. Atualmente estou a pintar para que possam ver brevemente o meu trabalho.

Neste início de ano ainda difícil para os portugueses, que palavras deixa aos nossos leitores?

As crises são momentos ideais para combater as dificulda-des e conseguir transformações inesperadas, encontrando rumos novos. O Cofre serve como um meio para necessi-dade dos sócios, espero que consigamos chegar a todos. Tenhamos esperança em dias melhores.

Fotografia | Cláudia Peres Nasceu em Vila Real de Santo António no dia 2O de Outubro de 1959. Trabalha na ATA, Sócia do Cofre desde 1996. Delegada Sindical no Serviço de Finanças de Algés. Exerce o cargo de TATA no referido Serviço de Finanças. Começou a pintar na adolescência, tendo algumas exposições individuais e colectivas no seu percurso.

ffacetas

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Fale-nos um pouco da sua infância e juventude.

Nasci em Vila Real de Santo António, uma cidade encanta-dora que fica no extremo sudeste do Algarve. O Marquês de Pombal foi o responsável pela criação da cidade em 1774. A minha juventude foi passada na Manta Rota, uma bela localidade, com uma praia maravilhosa, onde passei belos momentos, pois viver junto ao mar sempre foi para mim muito importante. O meu pai era da Guarda Fiscal e sempre procurou trabalhar perto de uma vila de fácil acesso para que eu e o meu irmão prosseguissemos os estudos.Tive uma infância e juventude muito felizes, passadas entre a praia e campo, uma vez que os meus avós mater-nos viviam numa zona muito aprazível. O contacto com a natureza e as actividades campestres foram muito impor-tantes na minha formação. Recordo o meu avô com muito carinho (sem pretender descuidar-me da avó) com quem partilhei momentos que me marcaram para sempre. Recordo cheiros, sabores e as brincadeiras com o meu irmão que me fazem sentir saudade. Temos pouca diferença de idade por conseguinte partilhamos sorrisos, lágrimas e felicidade.

Sei que já é avó embora pareça uma jovem do secundário. Pratica desporto?

É verdade, fui avó muito nova, tenho três netinhos lindos que são uma delícia. Sou do tipo de avó que faz algumas vontades e gosto de oferecer livros, pois a leitura é muito importante na sua formação. Até posso comprar um doce e brincar com eles, mas na hora de castigar, sou mais mãe que avó. Sou tolerante, porém, é sempre bom manter um limite. Não pratico desporto, gosto de caminhar e dançar. A dança garante saúde física e mental e sempre que tenho oportunidade, nada como sacudir o esqueleto com uma boa música.

Como foi o seu percurso profissional? Foi uma escolha ou aconteceu trabalhar nas Finanças, agora ATA? Está em Algés desde quando?

Após completar o liceu trabalhei num supermercado em Monte Gordo, foi muito útil lidar com clientes, na maioria estrangeiros, e desenvolvi o inglês e francês. Quando vim morar para Lisboa, tinha as filhas pequenas, resolvi ficar em casa e assim dei explicações durante alguns anos até entrar por concurso público para as finanças em 199O. Trabalhei durante quinze anos no edifício do IVA, na aveni-da João XXI, depois estive dois anos e meio em Mafra, foi uma bela experiência, tanto profissional como pessoal. Estou em Algés desde 2OO8. Vou a pé para o serviço, é o que se chama qualidade de vida.

Moro em Algés desde 1982, uma freguesia encantadora com muito comércio tradicional e um belo jardim.

Quais sãos os seus gostos, viagens, tempos de lazer, asso-ciativismos? Adoro viajar, conhecer e ver em detalhe lugares que me são desconhecidos. Gosto de observar as pessoas, como se comportam e passear pela nossa linda cidade de Lisboa.Gosto de ler, pintar e ir ao cinema. O associativismo é uma forma de participação na comuni-dade, um sentimento de partilha, que considero uma forma de intervenção cívica, de aprendizagem em busca da realização pessoal e enriquecimento emocional.

Como conselheira do Cofre desde 2O11 quais as principais mudanças que se têm operado? Como avalia a sua expe-riência e participação?

Sou sócia do Cofre de Previdência desde 1996. Quando entrei para a função pública não era de inscrição obrigató-ria, mas quando tomei conhecimento da instituição, fiz-me sócia. Como conselheira tento participar em todas as actividades e estar presente nas alterações inevitáveis às necessidades económicas e sociais dos associados. O património do Cofre tem que ter uma gestão eficaz e o trabalho e espírito de solidariedade e cooperação do Sr. presidente Dr. Américo Tomé Jardim, do qual muito me

Tive uma infância e juventude muito felizes, passadas entre a praia e campo, uma vez que os meus avós maternos viviam numa zona muito aprazível. O contacto com a natureza e as actividades campestres foram muito importantes na minha formação.

orgulho, tem dignificado o Cofre. Hoje estamos numa fase de consolidação, procurando o rejuvenescimento da massa associativa.

É uma pintora autodidacta? Como aconteceu e quando podemos visitar a sua primeira exposição?

Comecei a pintar a óleo quase por “acidente”, no bom sentido da palavra, devido a um casal alemão que morava perto da minha casa na Manta Rota. O senhor pintava a óleo e no regresso à sua cidade ofereceu-me algumas bisnagas de óleo. Eu que já fazia muitos trabalhos em carvão nos meus tempos livres, peguei numa madeira, pois eu nem sabia o que era uma tela, e comecei a pintar um pôr-do-sol. Para espanto meu, gostei da forma, das cores… e assim começou a minha aventura no mundo das tintas.Já fiz algumas exposições, uma das quais na Rua Nova do Almada, nas antigas instalações do CCD. Atualmente estou a pintar para que possam ver brevemente o meu trabalho.

Neste início de ano ainda difícil para os portugueses, que palavras deixa aos nossos leitores?

As crises são momentos ideais para combater as dificulda-des e conseguir transformações inesperadas, encontrando rumos novos. O Cofre serve como um meio para necessi-dade dos sócios, espero que consigamos chegar a todos. Tenhamos esperança em dias melhores.

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Fale-nos um pouco da sua infância e juventude.

Nasci em Vila Real de Santo António, uma cidade encanta-dora que fica no extremo sudeste do Algarve. O Marquês de Pombal foi o responsável pela criação da cidade em 1774. A minha juventude foi passada na Manta Rota, uma bela localidade, com uma praia maravilhosa, onde passei belos momentos, pois viver junto ao mar sempre foi para mim muito importante. O meu pai era da Guarda Fiscal e sempre procurou trabalhar perto de uma vila de fácil acesso para que eu e o meu irmão prosseguissemos os estudos.Tive uma infância e juventude muito felizes, passadas entre a praia e campo, uma vez que os meus avós mater-nos viviam numa zona muito aprazível. O contacto com a natureza e as actividades campestres foram muito impor-tantes na minha formação. Recordo o meu avô com muito carinho (sem pretender descuidar-me da avó) com quem partilhei momentos que me marcaram para sempre. Recordo cheiros, sabores e as brincadeiras com o meu irmão que me fazem sentir saudade. Temos pouca diferença de idade por conseguinte partilhamos sorrisos, lágrimas e felicidade.

Sei que já é avó embora pareça uma jovem do secundário. Pratica desporto?

É verdade, fui avó muito nova, tenho três netinhos lindos que são uma delícia. Sou do tipo de avó que faz algumas vontades e gosto de oferecer livros, pois a leitura é muito importante na sua formação. Até posso comprar um doce e brincar com eles, mas na hora de castigar, sou mais mãe que avó. Sou tolerante, porém, é sempre bom manter um limite. Não pratico desporto, gosto de caminhar e dançar. A dança garante saúde física e mental e sempre que tenho oportunidade, nada como sacudir o esqueleto com uma boa música.

Como foi o seu percurso profissional? Foi uma escolha ou aconteceu trabalhar nas Finanças, agora ATA? Está em Algés desde quando?

Após completar o liceu trabalhei num supermercado em Monte Gordo, foi muito útil lidar com clientes, na maioria estrangeiros, e desenvolvi o inglês e francês. Quando vim morar para Lisboa, tinha as filhas pequenas, resolvi ficar em casa e assim dei explicações durante alguns anos até entrar por concurso público para as finanças em 199O. Trabalhei durante quinze anos no edifício do IVA, na aveni-da João XXI, depois estive dois anos e meio em Mafra, foi uma bela experiência, tanto profissional como pessoal. Estou em Algés desde 2OO8. Vou a pé para o serviço, é o que se chama qualidade de vida.

Moro em Algés desde 1982, uma freguesia encantadora com muito comércio tradicional e um belo jardim.

Quais sãos os seus gostos, viagens, tempos de lazer, asso-ciativismos? Adoro viajar, conhecer e ver em detalhe lugares que me são desconhecidos. Gosto de observar as pessoas, como se comportam e passear pela nossa linda cidade de Lisboa.Gosto de ler, pintar e ir ao cinema. O associativismo é uma forma de participação na comuni-dade, um sentimento de partilha, que considero uma forma de intervenção cívica, de aprendizagem em busca da realização pessoal e enriquecimento emocional.

Como conselheira do Cofre desde 2O11 quais as principais mudanças que se têm operado? Como avalia a sua expe-riência e participação?

Sou sócia do Cofre de Previdência desde 1996. Quando entrei para a função pública não era de inscrição obrigató-ria, mas quando tomei conhecimento da instituição, fiz-me sócia. Como conselheira tento participar em todas as actividades e estar presente nas alterações inevitáveis às necessidades económicas e sociais dos associados. O património do Cofre tem que ter uma gestão eficaz e o trabalho e espírito de solidariedade e cooperação do Sr. presidente Dr. Américo Tomé Jardim, do qual muito me

orgulho, tem dignificado o Cofre. Hoje estamos numa fase de consolidação, procurando o rejuvenescimento da massa associativa.

É uma pintora autodidacta? Como aconteceu e quando podemos visitar a sua primeira exposição?

Comecei a pintar a óleo quase por “acidente”, no bom sentido da palavra, devido a um casal alemão que morava perto da minha casa na Manta Rota. O senhor pintava a óleo e no regresso à sua cidade ofereceu-me algumas bisnagas de óleo. Eu que já fazia muitos trabalhos em carvão nos meus tempos livres, peguei numa madeira, pois eu nem sabia o que era uma tela, e comecei a pintar um pôr-do-sol. Para espanto meu, gostei da forma, das cores… e assim começou a minha aventura no mundo das tintas.Já fiz algumas exposições, uma das quais na Rua Nova do Almada, nas antigas instalações do CCD. Atualmente estou a pintar para que possam ver brevemente o meu trabalho.

Neste início de ano ainda difícil para os portugueses, que palavras deixa aos nossos leitores?

As crises são momentos ideais para combater as dificulda-des e conseguir transformações inesperadas, encontrando rumos novos. O Cofre serve como um meio para necessi-dade dos sócios, espero que consigamos chegar a todos. Tenhamos esperança em dias melhores.

Para espanto meu, gostei da forma, das cores… E assim começou a minha aventura no mundo das tintas.

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A escolha do meu curso foi uma decisão óbvia dado o meu à vontade com computadores. Sempre foi a minha área de confor-to e desde cedo comecei a escrever programas. Com 13 anos comecei a minha carreira como programador e quando cheguei à universidade já possuía algum conhecimento. O curso de Enge-nharia Informática é dividido essencialmente em duas áreas, a de Engenharia e a de Informática, obviamente. Na primeira são ensinadas alguma bases fundamentais para qualquer engenhei-ro, como a física ou a matemática. Na área de Informática é ensinada a componente de Hardware, ou seja, a estrutura de um computador e a componente de Software onde o aluno escreve programas, aprendendo diversas linguagens de programação. Apesar do meu conhecimento prévio o curso está ao alcance de qualquer pessoa, quer saiba programar quer não. No entanto vale a pena realçar que o trabalho é a chave. Um dos maiores motivos de desistências do curso é a ideia errada que alguns alunos têm do curso e acabam por ingressar pelo simples facto de gostarem de jogar ou de serem utilizadores activos das redes sociais. Porém, é mais do que isso e é importante o interesse pelo funcionamento dos computadores dado que grande parte do conhecimento adquirido parte da aprendizagem autodidata. A FCT é das faculdades com maior reputação e foi a primeira a ter o curso de Engenharia Informática em Portugal. Possui um leque de professores excelentes e as matérias dadas conferem as bases necessárias para entrar no mercado de trabalho, entrada praticamente garantida dada a taxa de empregabilidade a rondar os 99%.

João AlmeidaMestrado Integrado em Engenharia Informática na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

As minhas palavras vão no sentido de agradecer, pelo excelente ambiente que se vive na residência universitária. Deparo-me, sempre que deixo o meu filho aos Domingos, com a harmonia que existe em torno de quem lá vive e da alegria que "pequenas" mensagens em papel, deixadas pelos residentes em determinados locais da casa, espelham a saudade na hora de partida de fim de semana, ou de regresso quando este finda. Família não é só sangue, existem laços que sejam por vezes mais fortes, a amizade, amor e o respeito, e estes sentimentos (co)ha-bitam na residência. Para mim deixar o meu filho é um acto de missão sofrida, mas sei, que a partir do momento que ele está convosco, passa a missão cumprida! O desalento não desaparece, mas aparece a confiança e o alento de que sei que ele está bem. Obrigada por tudo D. Fátima e sobretudo por cuidar tão bem deles. Obrigada Cofre por esta residência. Bem-hajam.

Claudia Marinho

CARTASde quem diz o que pensa

Suave entardecer

Do alto do Impasse observo o marAgitado pelo sopro do vento sulResplandecente pelo esplendor da luz solarSalpicado de branco sobre o azul.

Velejando com o vento a favorSurge do lado Este a nova nauRéplica executada ao pormenorQue passa agora em frente ao Garajau.

Com seus recortes naturais mas deslumbrantesAs desertas são mais nítidas ao sol-pôrEternas sentinelas vigilantes Que a ilha mãe contempla com amor.

Na magia deste suave entardecerDeixo enlear-me neste silêncio salutarE procuro em verso enaltecerEsta conjugação de terra, céu e mar.

José Luis Ferreira da Silva, sócio nº66181

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Page 12: Revista Cofre Nº 1 - IIIª serie

Desde há cerca de dois anos que o Cofre tem em funcionamento duas residências universitárias que acolhem associados ou familiares de associados que frequentem qualquer nível de ensino universitário e pós-graduado ou ligados à vida académica. Situadas em Lisboa e Porto, comportam um total de 42 estudantes.A Residência Universitária de Lisboa situa-se entre a zona da Praça de Espanha e Sete Rios, oferecendo uma locali-zação privilegiada servida por inúmeros transportes públicos que viajam para todas as zonas da cidade. Com pisos para residentes femininos e outros para residentes masculinos, a residência conta actualmente com 16 raparigas e 1O rapazes, tendo capacidade para 27 estudantes. No seu interior dispõe de uma acolhedora sala de estar e uma grande cozinha totalmente equipada, comum a todos os residentes. Todos os pisos dos quartos (individuais, duplos ou triplos), dispõem de casa de banho partilhada. Para os momentos de convívio ao ar livre ou para estudar ao ar livre, a residência dispõe, ainda, de um terraço muito soalheiro que proporciona incontáveis finais de tarde primaveris.No Porto, a dois minutos do coração da cidade, a Residên-cia Universitária é servida principalmente pelas ligações que o Metro do Porto oferece, com trajecto directo ao centro histórico da cidade, ao aeroporto, às cidades vizinhas de Gaia e Matosinhos e todo o Polo Universitário.Com capacidade para alojar quinze estudantes, sete no piso feminino e oito no masculino, aqui os quartos são na sua totalidade individuais.O piso das áreas comuns tem ao dispor de todos, uma sala de refeições com duas cozinhas e uma ampla sala de convívio, de onde se pode observar, através das suas

paredes de vidro, o jardim da residência.Apesar da distância que separa as residências os serviços oferecidos são comuns. Quartos mobilados com internet e ar condicionado, salas de estar confortáveis com TV e inter-net, cozinhas totalmente equipada e espaços ao ar livre. A limpeza diária dos espaços comuns e a semanal dos quar-tos está já incluída no valor da mensalidade. Pautadas por um ambiente familiar e por serem geridas por uma equipa de pessoas dinâmicas e dedicadas, os estudantes rapida-mente a percepcionam como uma segunda casa com uma grande família. Da mesma forma que se criam grandes laços afectivos, também existem conflitos, como em qualquer grande grupo. Mas a mediação proporcionada pelos colaboradores ajuda ao saneamento das situações que, sendo ultrapassadas asseguram uma maior capacida-de de tolerância, compreensão e resiliência por parte de todos.Pretendendo que as residências sejam mais do que simples dormitórios estudantis, desenhou-se um plano de activida-des cujo objectivo contempla a promoção do desenvolvi-mento pessoal e social dos estudantes, dotando-os de competências sociais e transversais que são hoje em dia tão valorizadas no mundo laboral para o qual preparam a sua entrada. Projectos de solidariedade, voluntariado, iniciativas intergeracionais, tertúlias, workshops, passeios temáticos e, claro, eventos de convívio entre estudantes dentro da residência são alguns dos exemplos de iniciativas pensadas para os nossos residentes.Através desta vivência comunitária pretende-se deixar algumas sementes nas suas vidas que possam crescer e florescer quando estiverem a exercer as suas profissões e em quaisquer outros espectros das suas vidas.

UNIVERSO DOS JOVENS

RESIDÊNCIAS UNIVERSITÁRIAS

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Page 13: Revista Cofre Nº 1 - IIIª serie

Este ano lectivo observa-se uma grande diversidade de frequência académica dos residentes, conforme se pode observar no quadro infra.

111111111111111111111111

2222

35

Ciências da ComunicaçãoContabilidade e administração

EconomiaEngenharia Ambiental

Engenharia BiológicaEngenharia de MateriaisFinanças e contabilidade

Gestão de InformaçãoGestão Hoteleira - Restauração e bebidas

História de ArteLicenciatura Chengdu em Medicina Chinesa

Linguas, literatura e culturasServiço Social

BioengenhariaOptometria

Economia (ES)Ciências Socioeconómicas (ES)

Ciências da Tecnologia (ES)Técnico de apoio à gestão desportiva (ES)

Engenharia e ArtesPós-graduação Farmácia

Ciências PoliticasArquitectura

Pós-Doutoramento (PD)Gestão

MarketingMedicina

Medicina VeterináriaEngenharia Informática

Direito

0 1 2 3 4 5 6

Se desejar efectuar a sua pré-inscrição para o ano lectivo 2O15/2O16, basta preencher a ficha (existente no sitio do Cofre) e enviar para os serviços do Cofre com os documentos requeridos. No final de Maio, após época de renovações dos actuais residentes e sabendo o número de vagas, inicia-se o contacto com os associados inscritos, ainda que saibamos, que na maioria das vezes, só em Setembro aquando da saída das colocações seja possível tomar uma decisão final. Mas antecipe-se, as listas de espera são geralmente longas.Desejamos muito sucesso a todos os estudantes que se encontram na usual azáfama estudantil até ao final deste ano lectivo. Seja em Lisboa ou no Porto, visitem-nos. Até breve com mais notícias.

CURSOS FREQUENTADOS PELOS ESTUDANTES DE LISBOA E PORTO

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Page 14: Revista Cofre Nº 1 - IIIª serie

O conceito de Acção Social faz parte integrante da Sociolo-gia, que é a ciência que estuda os grupos sociais. Em sentido lato, acção social é qualquer acção que afecta a conduta de outros. Para além disso, é normal chamar-se Acção Social aos programas e às ajudas proporcionadas pelo Estado e outras instituições, que tem como objectivo principal satisfazer necessidades básicas que de outra forma não seriam concretizadas.O Cofre de Previdência nasceu a 24 de Dezembro de 19O1 com o objetivo de dar apoio social aos seus associados, nomeadamente proporcionar-lhes um enterro digno com a atribuição do subsídio de funeral. Ao longo dos seus 113 anos o Cofre tem pautado a sua actividade no âmbito da Acção Social, tendo para isso desenvolvido vários tipos de apoio: arrendamento de casa própria, empréstimos para aquisição de casa a juros mais baixos, criação de centros de férias, criação de residências sénior, reembolso de venci-mento perdido por doença.Nos últimos anos foram ainda criadas bolsas de estudos,

A ACÇÃO SOCIAL NO COFREpor Cristina Coelho | Serviço Social do Cofre

bolsas sénior e outros apoios pontuais, de acordo com as necessidades básicas dos sócios.Um elemento essencial neste apoio tem sido a atribuição do abono reembolsável, alguns dos quais com carácter social e de apoio financeiro, a sócios que apresentam dificuldades de vária ordem. O Núcleo de Acção Social é um sector recente, que faz parte do Departamento de Gestão dos Associados e Patri-mónio e que tem mais visibilidade durante o período de férias, em que são desenvolvidas actividades de Verão nos Centros de Lazer. Contudo estão previstos outros projectos que se encontram em fase de estudo. Os sócios, ao usufru-írem das diferentes regalias que o Cofre lhes proporciona, têm uma visão parcelar da Instituição, pois nem sempre têm a noção de que toda a actividade do Cofre se integra na área da Acção Social, independentemente duma regalia ou outra assumir maior importância num contexto global. Dessas acções, no terreno, daremos notícias pormenoriza-das em próximas revistas Cofre.

No passado dia 26 de Janeiro de 2O15 pelas 19hOO na Rua do Arsenal, decorreu a Assembleia Geral Ordinária presidida pelo Dr. João Adelino Marques Pereira, para a apreciação e votação do Plano de Actividades e do orçamento ordinário para o ano económico de 2O15. O Sr. Presidente da Instituição Dr. Tomé Jardim apresentou o Plano de Actividades e a Dr.ª Gisela Martins, Coordenadora do Departamento de Gestão Financeira e Cobrança, o Orçamento. Concluídas as apresenta-ções o Sr. Presidente da Mesa abriu à apreciação dos presentes, intervindo de entre eles, os Senhores associados Jorge Ferraz, Carlos Galrão, João Malheiro, Rodrigues Lopes, Carlos Vieira e Rui Lopes. Concluídas as intervenções foi colocado à votação o plano e orçamento com o resultado de 45 votos a favor, 8 contra e 4 abstenções, sendo assim aprovado por maioria.

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DE 26 DE JANEIRO DE 2O15

A Acta desta Assembleia ficará disponível para consulta no dia 15 de Abril de 2O15

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Page 15: Revista Cofre Nº 1 - IIIª serie

Programa completo em www.cienciaviva.pt

SEMANA INTERNACIONAL DO CÉREBRO

14 A 21 DE MARÇO DE 2O15

Mais poderoso do que um supercomputador, mas frágil e com pouco mais de um quilograma, o cérebro é ainda largamente desconhecido. Cada um de nós transporta consigo este órgão de enorme complexidade que assegura a nossa capacidade de conhecer, decidir e interagir com o mundo que nos rodeia. Nove instituições científicas abriram as suas portas para visitas do público e os seus investigadores foram ao encontro dos estudantes em escolas de todo o país. Os temas em debate foram variados: dos efeitos das drogas e do álcool à privação de sono, passando pelo envelhecimento activo e pelos efeitos da aprendizagem no cérebro.

A celebrar 2O anos de existência, a Semana Internacional do Cérebro teve inicio a 14 de Março, na Universidade do Minho, com uma palestra sobre as maiores descobertas das Neurociências nos últimos 2O anos por Nuno Sousa, presidente da Sociedade Portuguesa de Neurociências.Destacamos ainda a palestra sobre cérebro e dor, por Daniel Pozza, investigador da Faculdade de Medicina do Porto, que teve lugar na Alfândega do Porto no Domingo, 15 de Março.Na Quinta-feira, 19 de Março, o Pavilhão do Conhecimento convidou o público a esmiuçar a memória. Foram dados a conhecer casos reais de pessoas que sofrem de Alzheimer e lutam no seu dia-a-dia para recordar o passado, de pessoas com uma memória tão prodigiosa que dificilmente esquecem um pormenor, e ainda explorar a ténue fronteira entre a verdade e a falsidade nas nossas

memórias. MemoravelMente foi a segunda de quatro noites dedicadas à temática da saúde mental e do melhoramento cognitivo.Durante toda a semana, a secção "Saberás Tu..." do jornal i, realizada em colaboração com a Ciência Viva dedicada ao tema das neurociências.A Semana Internacional do Cérebro teve a participação de instituições científicas, museus e Centros Ciência Viva, escolas e universidades de todo o país. Foi uma iniciativa da Dana Alliance for Brain Initiatives, uma associação que apoia programas de investigação e de educação na área das neurociências. Em Portugal, a Semana Internacional do Cérebro é organizada há dez anos pela Sociedade Portuguesa de Neurociências em colaboração com a Ciência Viva.Todas as actividades foram gratuitas.

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Page 16: Revista Cofre Nº 1 - IIIª serie

O terramoto de 22 de Outubro de 1522, aqui relatado pelo historiador, sacerdote e humanista açoriano Gaspar Frutuoso, representa a maior de todas as catástrofes natu-rais da história dos Açores e segunda de Portugal, ultrapas-sada apenas pelo terramoto de Lisboa de 1 de novembro de 1755. Em consequência do terramoto de 1522, Vila Franca do Campo, até então capital da Ilha de São Miguel, foi comple-tamente arrasada, tendo perdido cerca de 5.OOO dos seus habitantes e o estatuto, que nunca mais viria a recuperar, de maior e mais importante cidade açoriana, perdido para Ponta Delgada. É neste palco de cataclismos naturais, vistos pelo povo como uma punição divina pelos pecados do Homem, que surgem as romarias quaresmais. A tradição de romaria dos homens de São Miguel, de rogar a protecção da Virgem e a intervenção Divina, resistiu à passagem do tempo, encontrando-se ainda hoje bem viva no coração e na alma dos habitantes daquela ilha. De facto, todos os anos por altura das sete semanas da Quaresma e, às primeiras horas de cada dia, filhos, pais, avós, jovens e menos jovens, reúnem-se em ranchos, de xaile às costas, com a tradicional cevadeira, ou mochila de pano, lenço, o bordão na mão, o rosário ao pescoço e o terço entre os dedos, com o objectivo de venerar a imagem de Maria em cada igreja, capela e ermida de São Miguel. Durante todo o percurso que liga os locais de oração, os romeiros entoam, muitas vezes até à rouquidão e à exaus-tão, cânticos e rezas em penitência pelos pecados cometi-

dos. Suplicam pela benção de Deus e por mais um ano sem que a Natureza reclame mais vidas. Muitos são também os que vão nas romarias para cumprirem promessas feitas em momentos de maior aflição.Cada Rancho de Romeiros é composto por algumas deze-nas de membros, pelo Mestre, Contra Mestre, por um ou dois ajudantes, pelo Procurador das Almas, por dois Guias e por um Cruzado. O Mestre é a primeira de todas as figuras do Rancho, é ele quem preside ao auto processional, quem dirige as orações, quem oferece, quem suplica a Deus e à Virgem. Ao Mestre deve-se obediência, é ele quem dá o sinal de descanso e a ordem para retomar as preces. Ocupa o fim do Rancho, é o último que à noite se recolhe e o primeiro que na madrugada seguinte se apresenta para a nova caminhada. É quem pede ao anoitecer, na freguesia ou Vila onde chega, pousada para os irmãos Romeiros, é o que agradece os favores recebidos, o responsável por qualquer ocorrência e, por ser o primeiro entre todos, é também o último a receber favores.O Contra Mestre substitui o Mestre sempre que necessário, seja por doença ou por qualquer outra impossibilidade.O Procurador das Almas hierarquicamente está abaixo do Mestre. Tem o seu lugar a meio do Rancho. É o responsável por dirigir as preces e por rogar a aplicação delas. É a quem compete receber os pedidos das orações feitos pelos habitantes de cada freguesia por onde o rancho passa. É o Procurador das Almas porque, de quando em quando, manda por elas rezar todo o Rancho.

Os Guias vão à frente do Rancho. São os conhecedores dos caminhos e aqueles que marcam o ritmo da caminhada. Em geral, os Guias são os membros mais velhos do grupo.O Cruzado é o romeiro mais novo do grupo, que segue à frente do Rancho, entre os guias e é o responsável pelo transporte da cruz de Cristo.Nenhuma destas figuras de destaque do Rancho usa qualquer marca que os diferencie dos restantes membros do grupo. O traje do Romeiro é propositadamente seme-lhante para todos e é composto pelo xaile, lenço e cevadei-ra às costas com comida suficiente para meia jornada, pelo bordão, o rosário e o terço. O bordão representa o ceptro colocado nas mãos do manso cordeiro, enquanto que o lenço, sobreposto por cima do xaile, simboliza a coroa de espinhos. A cevadeira pretende representar a cruz trans-portada por Jesus Cristo até ao Monte Calvário. No final de cada dia de caminhada, ao cair da noite, os Romeiros, que se tratam entre si por irmãos, são recolhidos pelas famílias residentes que lhes dão comida e guarida. Normalmente as famílias que recolhem romeiros, são também as famílias de romeiros que partem com outros grupos.

Na madrugada seguinte, geralmente por volta das 4 da manhã, os Romeiros partem para mais um dia de cami-nhada e penitência e de oração. Sejam eles das suaves colinas da Bretanha, ou dos terrenos de lavoura de Santo António; sejam eles das freguesias piscatórias de Rabo de Peixe ou da Ribeira Quente, acostu-mados à dura vida no mar; funcionários públicos de Ponta Delgada ou lavradores de Algarvia, os homens de São Miguel deixam o conforto dos seus lares e a companhia de mulheres, mães e namoradas, para se fazerem à estrada, aos milhares, e cumprirem, por mais um ano, a tradição que os une a todos como irmãos e que é passada de gera-ção em geração.Não sendo porém, nem pretendendo ser um dos mais conhecidos ou bonitos postais de visita da “Ilha Verde”, como sejam as Lagoas das Sete Cidades, as Caldeiras das Furnas, as hortenses ou até mesmo as simpáticas vacas que pintam de branco e negro toda a paisagem, os Romei-ros da Quaresma fazem e farão, porquanto o Homem tiver fé em Deus e temor à Natureza, parte da cultura e da histó-ria das gentes de São Miguel, minha terra.

“Menos de duas horas ante manhã, estando o céu estrelado e claro, sem aparecer nuvem alguma, se sentiu em toda a ilha um grandíssimo e espantoso tremor de terra, durou por espaço d’um credo, em que parecia que os elementos, fogo, ar e água, pelejavam no centro d’ela, fazendo-a dar grandes abalos, com roncos e movimentos horrendos, como ondas de mar furioso, parecendo a todos os moradores da ilha, que se virava o centro d’ela para cima e que o céu caia, e acabando no espaço do Credo ou de um Pater Noster e Ave Maria (…)”.

Frutuoso, G., Saudades da Terra. 2ª ed. Ponta Delgada. Instituto Cultural de Ponta Delgada, 1981, vol. II

por João Daniel Viveiros | DGAP | Fotografia Marco Oliveira

A ROMARIA QUARESMAL MICAELENSE

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Page 17: Revista Cofre Nº 1 - IIIª serie

O terramoto de 22 de Outubro de 1522, aqui relatado pelo historiador, sacerdote e humanista açoriano Gaspar Frutuoso, representa a maior de todas as catástrofes natu-rais da história dos Açores e segunda de Portugal, ultrapas-sada apenas pelo terramoto de Lisboa de 1 de novembro de 1755. Em consequência do terramoto de 1522, Vila Franca do Campo, até então capital da Ilha de São Miguel, foi comple-tamente arrasada, tendo perdido cerca de 5.OOO dos seus habitantes e o estatuto, que nunca mais viria a recuperar, de maior e mais importante cidade açoriana, perdido para Ponta Delgada. É neste palco de cataclismos naturais, vistos pelo povo como uma punição divina pelos pecados do Homem, que surgem as romarias quaresmais. A tradição de romaria dos homens de São Miguel, de rogar a protecção da Virgem e a intervenção Divina, resistiu à passagem do tempo, encontrando-se ainda hoje bem viva no coração e na alma dos habitantes daquela ilha. De facto, todos os anos por altura das sete semanas da Quaresma e, às primeiras horas de cada dia, filhos, pais, avós, jovens e menos jovens, reúnem-se em ranchos, de xaile às costas, com a tradicional cevadeira, ou mochila de pano, lenço, o bordão na mão, o rosário ao pescoço e o terço entre os dedos, com o objectivo de venerar a imagem de Maria em cada igreja, capela e ermida de São Miguel. Durante todo o percurso que liga os locais de oração, os romeiros entoam, muitas vezes até à rouquidão e à exaus-tão, cânticos e rezas em penitência pelos pecados cometi-

dos. Suplicam pela benção de Deus e por mais um ano sem que a Natureza reclame mais vidas. Muitos são também os que vão nas romarias para cumprirem promessas feitas em momentos de maior aflição.Cada Rancho de Romeiros é composto por algumas deze-nas de membros, pelo Mestre, Contra Mestre, por um ou dois ajudantes, pelo Procurador das Almas, por dois Guias e por um Cruzado. O Mestre é a primeira de todas as figuras do Rancho, é ele quem preside ao auto processional, quem dirige as orações, quem oferece, quem suplica a Deus e à Virgem. Ao Mestre deve-se obediência, é ele quem dá o sinal de descanso e a ordem para retomar as preces. Ocupa o fim do Rancho, é o último que à noite se recolhe e o primeiro que na madrugada seguinte se apresenta para a nova caminhada. É quem pede ao anoitecer, na freguesia ou Vila onde chega, pousada para os irmãos Romeiros, é o que agradece os favores recebidos, o responsável por qualquer ocorrência e, por ser o primeiro entre todos, é também o último a receber favores.O Contra Mestre substitui o Mestre sempre que necessário, seja por doença ou por qualquer outra impossibilidade.O Procurador das Almas hierarquicamente está abaixo do Mestre. Tem o seu lugar a meio do Rancho. É o responsável por dirigir as preces e por rogar a aplicação delas. É a quem compete receber os pedidos das orações feitos pelos habitantes de cada freguesia por onde o rancho passa. É o Procurador das Almas porque, de quando em quando, manda por elas rezar todo o Rancho.

Os Guias vão à frente do Rancho. São os conhecedores dos caminhos e aqueles que marcam o ritmo da caminhada. Em geral, os Guias são os membros mais velhos do grupo.O Cruzado é o romeiro mais novo do grupo, que segue à frente do Rancho, entre os guias e é o responsável pelo transporte da cruz de Cristo.Nenhuma destas figuras de destaque do Rancho usa qualquer marca que os diferencie dos restantes membros do grupo. O traje do Romeiro é propositadamente seme-lhante para todos e é composto pelo xaile, lenço e cevadei-ra às costas com comida suficiente para meia jornada, pelo bordão, o rosário e o terço. O bordão representa o ceptro colocado nas mãos do manso cordeiro, enquanto que o lenço, sobreposto por cima do xaile, simboliza a coroa de espinhos. A cevadeira pretende representar a cruz trans-portada por Jesus Cristo até ao Monte Calvário. No final de cada dia de caminhada, ao cair da noite, os Romeiros, que se tratam entre si por irmãos, são recolhidos pelas famílias residentes que lhes dão comida e guarida. Normalmente as famílias que recolhem romeiros, são também as famílias de romeiros que partem com outros grupos.

Na madrugada seguinte, geralmente por volta das 4 da manhã, os Romeiros partem para mais um dia de cami-nhada e penitência e de oração. Sejam eles das suaves colinas da Bretanha, ou dos terrenos de lavoura de Santo António; sejam eles das freguesias piscatórias de Rabo de Peixe ou da Ribeira Quente, acostu-mados à dura vida no mar; funcionários públicos de Ponta Delgada ou lavradores de Algarvia, os homens de São Miguel deixam o conforto dos seus lares e a companhia de mulheres, mães e namoradas, para se fazerem à estrada, aos milhares, e cumprirem, por mais um ano, a tradição que os une a todos como irmãos e que é passada de gera-ção em geração.Não sendo porém, nem pretendendo ser um dos mais conhecidos ou bonitos postais de visita da “Ilha Verde”, como sejam as Lagoas das Sete Cidades, as Caldeiras das Furnas, as hortenses ou até mesmo as simpáticas vacas que pintam de branco e negro toda a paisagem, os Romei-ros da Quaresma fazem e farão, porquanto o Homem tiver fé em Deus e temor à Natureza, parte da cultura e da histó-ria das gentes de São Miguel, minha terra.

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Page 18: Revista Cofre Nº 1 - IIIª serie

TORRE SÉNIORR e s i d ê n c i a s A s s i s t i d a s ~ C a l d a s d a S a ú d e

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Destinatários Sócios do CPFAE, cônjuges e ascendentes.

*válidas para contratos celebrados até 15 Abril/2015 com nº limitado de vagas

Page 19: Revista Cofre Nº 1 - IIIª serie

QUEM É QUEM

Comecei a trabalhar no Cofre de Previdência em Novembro de 2OO7, como Directora Técnica do Lar de Vila Fernando.O departamento que coordeno, depara-se todos os dias com situações novas, delicadas e complexas em que é necessário agir, tendo em conta o bem-estar dos trinta utentes da Residência e a tranquilidade dos seus familiares. Para concretizar estes objectivos primordiais é necessário apoiar toda a equipa de trabalho, contribuindo para a motivação, o bom desempenho, a gestão, o diálogo e o afecto, conceitos tão importantes nas unidades residenciais.É muito gratificante fazer parte desta família, e deste modo contribuir para a dignificação desta prestigiada Instituição.

Maria do Mar CruzCoordenadora Técnica | Residência de Vila Fernando

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Page 20: Revista Cofre Nº 1 - IIIª serie

Primeiro plano, da esquerda para a direita:

1 – Natália Carralo, Técnica de Reabilitação, desde 2O1O.2 – Maria de Fátima Madeira, Auxiliar de Acção Directa, desde 2OO8.3 – Helena Conceição, Auxiliar de Acção Directa, desde 2O14.4 – Ana Maria Rolhas, Auxiliar de Acção Directa, desde 2OO6.5 – Ana Paula Peixoto, Auxiliar de Acção Directa, desde 2OO7.6 – Adélia Caixas, Auxiliar de Acção Directa, desde 2O14.7 – Matilde Garcia, Auxiliar de Acção Directa, desde 2OO6.8 – Dra. Maria do Mar Cruz, Coordenadora Técnica, desde 2OO7.9 – Alzira Martins, Auxiliar de Acção Directa, desde 2O1O.

Segundo plano, da esquerda para a direita:

1O – Ângelo Lopes, Auxiliar de Serviços Gerais, desde 2O14.11 – Maria de Fátima Brotas, Auxiliar de Acção Directa, desde 2OO6.12 – Maria Eglantina Malhado, Auxiliar de Acção Directa, desde 2OO7.13 – Paula Rolhas, Auxiliar de Acção Directa, desde 2OO7.14 – Helena Sousa, Assistente Técnica, desde 2OO7.15 – Miguel Neves, Auxiliar de Acção Directa, desde 2O14.16 – Jorge Badalo, Operário Altamente Qualificado, desde 2OO6.

EQUIPA DE VILA FERNANDO

HOMENAGEANDO, SEM HOMENAGEM

Um amigo e colega que dificilmente esqueceremos!Fiel ao ideal social que defendia, demonstrado na sua forma de comunicar.Gostei de te conhecer e de ter trabalhado contigo.

ADEUS A FERNANDO ROCHA

“ Aqueles de quem gostamos nunca morrem, apenas partem antes de nós….”

Levanta-te povo de PortugalLevanta-te minha pátria de AbrilPátria minha de Abril violadaLevanta-te contra a tirania vilQue te quer ver escravizada.Pobre povo, meu povo traídoLevanta-te contra a bestialidadeE vem com teu cravo feridoGritar de novo por liberdade

“Mistura Grossa”Fernando Rocha Vitor Calado Luz

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Page 21: Revista Cofre Nº 1 - IIIª serie

No passado dia 13 de Dezembro, tivemos festa na Residência. A Festa de Natal! Como tem vindo a ser tradi-ção, começamos a preparar esta época natalícia com a decoração da nossa casa. As decorações foram sendo preparadas ao longo do mês de Novembro, não faltou a construção da árvore de Natal com material reciclável, desta vez feita com tampas de plástico. Voltando à festa, a mesma começou com as boas vindas, da parte da Dra. Céu, a todos os presentes, residentes, família e convidados. Tivemos também o prazer de ter a presença do Dr. Tomé Jardim, que se juntou à nossa festa, e a quem agradecemos. O Coro “Cantus Certus”, do Tribu-nal de Contas, abriu o espectáculo. Abrilhantaram a nossa festa com diversas canções Natalícias de vários pontos do mundo e ainda nos convidaram a cantar e dançar ao som dos sinos “ding, dong”. De seguida o Coro da nossa Residên-cia entrou em cena, e para surpresa de todos, dançou uma coreografia ensaiada pela Fisioterapeuta Mariana Moita. De seguida, cantaram canções de Natal e outras tradicionais do nosso país. E ainda com ajuda dos funcionários canta-ram o Hino de Natal da Residência, escrito pela funcionária Paula de Lacerda.Fomos, por fim, todos convidados a partilhar um grande lanche de Natal. Durante o Lanche convivemos com os nossos familiares e amigos, tirámos muitas fotografias de família e saboreámos iguarias Natalícias. Foi uma tarde inesquecível, que queremos repetir.Boas Festas e um óptimo ano 2O15.

Elvira Mendes, M.ª Luciett e Rui Araújo.

O NATAL NAS RESIDÊNCIAS

A chegada da Festa de Natal é sempre especial, este dia reserva-nos grandes emoções e momentos que ficam eternizados na nossa memória.A alegria do Natal está em cada rosto, marcando talvez a tristeza de outros tempos e originando o brilho da mais sincera felicidade.Somamos as nossas expectativas na vontade de ser felizes e de continuar a ser uma família “A família da Residência Sénior de Vila Fernando”.

Helena Sousa

Residência Sénior de Loures

Residência Sénior de Vila Fernando

rresidencias

RESIDÊNCIAS SENIOR

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Page 22: Revista Cofre Nº 1 - IIIª serie

RESIDÊNCIA UNIVERSITÁRIA DO PORTO

UM JANTAR EM FAMÍLIA

Natal é sinónimo de estudo intenso e exames para os estudantes universitários, mas apesar de a época ser de dedicação aos livros os residentes da Residência Universi-tária de Lisboa conseguiram desfrutar e partilhar de um jantar de Natal muito acolhedor e afável.O espaço, a nossa sala de estar, estava decorado a rigor como se da nossa casa se tratasse e a mesa grande e corri-da estava sublime e cintilante. A nossa ementa revelava as nossas tradições e por isso não faltaram umas entradas deliciosas, assim como o nosso tão típico bacalhau. Ainda assim houve espaço para um prato de carne para os menos tradicionais.Também os doces caseiros brilharam na nossa mesa, sendo a estrela da noite as nossas tão portuguesas filhoses de Natal que ao mesmo tempo nos proporcionaram um convívio entre todos e uma iguaria deliciosa. Por fim, depois de saborearmos uma ementa maravilhosa e de muita conversa, o jantar terminou com a partilha de um momento de humor que reabilitou forças e vontade para regressar ao estudo.

Residência Universitária de Lisboa

NATAL NO PARAÍSO

O primeiro Jantar de Natal na ”Casa Paraíso”, como fazem questão de dizer os estudantes da RUP, celebrou-se no dia 13 de Dezembro e começou com uma oração em conjunto, onde todos os presentes deram as mãos e cada um foi deixando a sua mensagem. Devido à diversidade de tradições praticadas pelos residentes e por serem naturais de diferentes regiões do país, todos deram a sua sugestão. O tradicional bacalhau foi assado na brasa, acompanhado de batatas a ”murro”.Quanto às sobremesas, houve um pouco de tudo, arroz doce, aletria, sonhos, rabanadas, pudim, mousse de choco-late e biscoitos de gengibre.No fim do jantar, iniciou-se a troca de prendas, baseada no tradicional jogo do “Amigo Secreto”.

Residência Universitária do Porto

RESIDÊNCIA UNIVERSITÁRIA DE LISBOA

RESIDÊNCIAS UNIVERSITÁRIAS

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Page 23: Revista Cofre Nº 1 - IIIª serie

O Baile da Pinha ou Baile da Pinhata envolve uma prepara-ção, envolvimento de personagens e a feitura de trajes com séculos de existência. Por se realizar no período da Páscoa são igualmente conhecidas as ligações aos cristãos e tinha como ideia principal a celebração, com alegria, da chegada (ressurreição) do seu mestre Jesus.O baile, como dissemos, realizava-se normalmente na véspera da Páscoa, um período propício às reuniões fami-liares, sendo estes na maior parte das vezes a decorar com rigor a sala onde se ia realizar o baile e a festa. A abertura do baile era um momento solene, a chegada do rei e da rainha, eleitos para o efeito, com toda a sua corte vestida a rigor com os seus trajes à época. A primeira dança era exclusiva do rei e da rainha seguindo-se toda a corte seria, digamos, uma representação dos bailes da corte realizados pelo povo.

No centro da sala encontrava-se a pinha de madeira, com uma volumetria muito razoável, pendurada no tecto de onde saíam fitas de várias cores, de entre elas a fita responsável pela abertura da pinha. Todas as fitas eram numeradas e vendidas a quem participava no baile.No decurso da dança, o responsável vai indicando, arbitra-riamente, o número da fita. A dança dura até a fita respon-sável acionar o mecanismo de abertura da pinha, e nessa altura saem da fita duas pombas brancas e o prémio, o reinado até ao baile seguinte. É um momento emotivo, todos saúdam o novo rei e rainha os quais serão coroados pelos seus antecessores e esco-lherão a sua corte, depois desta cerimónia prossegue o baile ate ao nascer do sol.Esta festa, digamos, tinha uma expressão importante no Alentejo, hoje se não está extinta, pouco faltará; a nossa intenção é reavivar esta e outras formas de convívio.

1 – Quanto maior o cérebro maior a inteligência?

Mito! O tamanho do cérebro não tem relação directa com a inteligência. A inteligência é fruto da qualidade das cone-xões entre determinados neurónios e da eficiência de complexas redes neurais. A massa encefálica de pessoas inteligentes é anatomicamente igual a de qualquer pessoa. Assim, o peso e o volume cerebral não apresentam varia-ção significativa. Por exemplo, o cérebro de Einstein pesava 1,23 kg (a média para um adulto é de 1,4 kg).

2 – O cérebro é todo igual?

Mito! O Hemisfério Direito é mais criativo, intuitivo, relacio-nado com as capacidades visuais, enquanto o Hemisfério Esquerdo é o dominante para linguagem (lida, escrita e falada) e pelo raciocínio sequencial e lógico. Porém, de acordo com certos especialistas, estudos recentes mostram que ambos os hemisférios trabalham a lógica.

3 – O cérebro dói?

Mito! O cérebro não dói. Este órgão percebe e localiza os incómodos causados por lesões em praticamente qualquer região do corpo, mas não é capaz de sinalizar insultos ocorridos nele diretamente. Quando temos cefaleias mais conhecidas por enxaquecas o que dói são os músculos, os vasos sanguíneos e as meninges.

4 – O cérebro do homem é diferente do da mulher?

Verdade! O cérebro feminino é mais leve e ligeiramente mais pequeno, porém possui mais células nervosas, sendo superior em actividades criativas, intuição, sensibilidade, linguagem e senso de preservação. Já o cérebro masculino é mais lógico, melhor em percepção visuo-espacial e mais focado, desenvolvendo melhor habilidades motoras e soluções pragmáticas.

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Page 24: Revista Cofre Nº 1 - IIIª serie

O cérebro é o principal órgão do sistema nervoso e, nos seres humanos, está localizado dentro da calote craniana.O cérebro humano é particularmente complexo, sendo o principal centro de regulação e controle de praticamente todas as actividades corporais, permitindo ao indivíduo identificar, perceber e interpretar o mundo que o rodeia.Representa apenas 2% da massa corporal, tem um peso aproximado de 1,3Kg e recebe cerca de 25% de todo o sangue bombeado pelo coração.Divide-se em dois hemisférios, esquerdo e direito, sendo a conexão entre ambos feita pelo corpo caloso, que é composto por fibras nervosas de cor branca (axónios envolvidos em mielina) e responsável pela troca de infor-mações entre as diversas áreas do córtex cerebral.O hemisfério dominante, em 98% dos humanos, é o hemisfério esquerdo, responsável pelo pensamento lógico, analítico e pela capacidade comunicativa, onde se inserem duas áreas específicas: a área de Broca, responsável pela motricidade da linguagem, e a área de Wernick, que nos permite compreender o que os outros dizem e nos faculta a possibilidade de escolhermos as palavras correctas a cada situação. O hemisfério direito é responsável pelo pensamento simbólico e a criatividade.Cada hemisfério cerebral é composto por um tecido de localização interna-substancia branca, constituído pelos axónios que interligam os neurónios e por um tecido mais periférico-substancia cinzenta, que forma o córtex

O Lobo frontal está associado à actividade motora, planea-mento de acções e movimento, pensamento abstracto e criativo, fluência do pensamento e linguagem, respostas afectivas e capacidades emocionais, julgamento social e atenção selectiva. O Lobo parietal está associado à interpretação das sensa-ções, como o tacto, a dor, a temperatura do corpo e a orientação do nosso corpo no espaço.O Lobo occipital processa os estímulos visuais e permite reconhecer ou identificar objectos por associação e com-paração, com dados anteriormente processados.O Lobo temporal está associado ao processamento de estímulos auditivos e, tal como no lobo occipital, por asso-ciação e comparação, permite reconhecer o que ouve.Esta descrição muito sucinta do cérebro humano, permi-te-nos em parte perceber toda a complexidade que comporta o seu funcionamento, que continua a ser alvo de estudo pelas Neurociências.Estamos habituados a encontrar unidades de medida para fazer correlações, por exemplo, na medição de actividades metabólicas. E em relação à mente, que unidades teremos?Citando o distinto Professor de Neurologia Alexandre Castro Caldas, vamos conhecendo a importância que algumas substâncias químicas (neurotransmissores), como a dopamina, têm no processamento da informação

entre neurónios, responsáveis por muitas funções do cérebro humano e envolvidos na linguagem, na posição erecta, que nos distingue de outros primatas e no sistema de arrefecimento do corpo humano, que nos permite correr a maratona, coisa que os outros animais não conse-guem fazer sem parar para arrefecer.Existem muito outros neurotransmissores, como a seroto-nina, acetilcolina, glicina, etc, com extrema importância no processamento de outra funções.O que conhecemos, sobre o sono e os sonhos, da análise de comportamentos diversos perante situações seme-lhantes, da análise científica sobre o que é a verdade e a crença, do estudo das emoções e da razão, permite-nos perceber o quanto estamos longe de obter respostas que nos possam satisfazer.Foi recentemente criado o Human Brain Project, em que estão envolvidos mais de 2OO investigadores do mundo inteiro, para tentar criar um simulador detalhado do cérebro humano, que pretende ser uma réplica computo-rizada que explicará o funcionamento da mente. Será mil vezes mais poderoso que os supercomputadores actuais. Presume-se que sejam precisos 1O anos até se conseguir mapear os milhões de neurónios e de sinapses que consti-tuem o cérebro humano.O uso que dele fazemos, será objecto de futuro artigo nesta Revista.

cerebral, sendo este responsável por funções complexas como a memória, atenção, consciência, linguagem, percepção e pensamento, como veremos adiante.Ambos os hemisférios possuem um córtex motor que controla e coordena a motricidade voluntária: o córtex motor do hemisfério direito controla a motricidade volun-tária do lado esquerdo do corpo do indivíduo, enquanto o do lado esquerdo controla a motricidade voluntária do lado direito. Sempre que, após um AVC, o doente fique com uma paralisia ou com maior dificuldade em fazer movi-mentos, por exemplo, na metade esquerda do corpo, signi-fica que o acidente vascular se localiza no hemisfério direito. O córtex cerebral é constituído, fundamentalmente, por dois tipos de células: células de glia e neurónios, tendo as células de glia a função principal de suporte e protecção do neurónio, sendo os neurónios responsáveis pela condução do impulso nervoso e considerados a unidade básica da estrutura do cérebro e do sistema nervoso.Os neurónios não estão em contacto directo entre si, comunicando por sinapses químicas ou eléctricas (zonas activas de contacto entre uma terminação nervosa e outros neurónios e células), pela libertação de substâncias químicas–neurotransmissores, ou impulsos eléctricos, que possibilitam a transmissão dos estímulos nervosos.O córtex cerebral divide-se em lobos cerebrais, cada um com funções diferenciadas e específicas:

CLARAMENTEpor António Pinto Almeida | Médico

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Page 25: Revista Cofre Nº 1 - IIIª serie

O cérebro é o principal órgão do sistema nervoso e, nos seres humanos, está localizado dentro da calote craniana.O cérebro humano é particularmente complexo, sendo o principal centro de regulação e controle de praticamente todas as actividades corporais, permitindo ao indivíduo identificar, perceber e interpretar o mundo que o rodeia.Representa apenas 2% da massa corporal, tem um peso aproximado de 1,3Kg e recebe cerca de 25% de todo o sangue bombeado pelo coração.Divide-se em dois hemisférios, esquerdo e direito, sendo a conexão entre ambos feita pelo corpo caloso, que é composto por fibras nervosas de cor branca (axónios envolvidos em mielina) e responsável pela troca de infor-mações entre as diversas áreas do córtex cerebral.O hemisfério dominante, em 98% dos humanos, é o hemisfério esquerdo, responsável pelo pensamento lógico, analítico e pela capacidade comunicativa, onde se inserem duas áreas específicas: a área de Broca, responsável pela motricidade da linguagem, e a área de Wernick, que nos permite compreender o que os outros dizem e nos faculta a possibilidade de escolhermos as palavras correctas a cada situação. O hemisfério direito é responsável pelo pensamento simbólico e a criatividade.Cada hemisfério cerebral é composto por um tecido de localização interna-substancia branca, constituído pelos axónios que interligam os neurónios e por um tecido mais periférico-substancia cinzenta, que forma o córtex

O Lobo frontal está associado à actividade motora, planea-mento de acções e movimento, pensamento abstracto e criativo, fluência do pensamento e linguagem, respostas afectivas e capacidades emocionais, julgamento social e atenção selectiva. O Lobo parietal está associado à interpretação das sensa-ções, como o tacto, a dor, a temperatura do corpo e a orientação do nosso corpo no espaço.O Lobo occipital processa os estímulos visuais e permite reconhecer ou identificar objectos por associação e com-paração, com dados anteriormente processados.O Lobo temporal está associado ao processamento de estímulos auditivos e, tal como no lobo occipital, por asso-ciação e comparação, permite reconhecer o que ouve.Esta descrição muito sucinta do cérebro humano, permi-te-nos em parte perceber toda a complexidade que comporta o seu funcionamento, que continua a ser alvo de estudo pelas Neurociências.Estamos habituados a encontrar unidades de medida para fazer correlações, por exemplo, na medição de actividades metabólicas. E em relação à mente, que unidades teremos?Citando o distinto Professor de Neurologia Alexandre Castro Caldas, vamos conhecendo a importância que algumas substâncias químicas (neurotransmissores), como a dopamina, têm no processamento da informação

entre neurónios, responsáveis por muitas funções do cérebro humano e envolvidos na linguagem, na posição erecta, que nos distingue de outros primatas e no sistema de arrefecimento do corpo humano, que nos permite correr a maratona, coisa que os outros animais não conse-guem fazer sem parar para arrefecer.Existem muito outros neurotransmissores, como a seroto-nina, acetilcolina, glicina, etc, com extrema importância no processamento de outra funções.O que conhecemos, sobre o sono e os sonhos, da análise de comportamentos diversos perante situações seme-lhantes, da análise científica sobre o que é a verdade e a crença, do estudo das emoções e da razão, permite-nos perceber o quanto estamos longe de obter respostas que nos possam satisfazer.Foi recentemente criado o Human Brain Project, em que estão envolvidos mais de 2OO investigadores do mundo inteiro, para tentar criar um simulador detalhado do cérebro humano, que pretende ser uma réplica computo-rizada que explicará o funcionamento da mente. Será mil vezes mais poderoso que os supercomputadores actuais. Presume-se que sejam precisos 1O anos até se conseguir mapear os milhões de neurónios e de sinapses que consti-tuem o cérebro humano.O uso que dele fazemos, será objecto de futuro artigo nesta Revista.

cerebral, sendo este responsável por funções complexas como a memória, atenção, consciência, linguagem, percepção e pensamento, como veremos adiante.Ambos os hemisférios possuem um córtex motor que controla e coordena a motricidade voluntária: o córtex motor do hemisfério direito controla a motricidade volun-tária do lado esquerdo do corpo do indivíduo, enquanto o do lado esquerdo controla a motricidade voluntária do lado direito. Sempre que, após um AVC, o doente fique com uma paralisia ou com maior dificuldade em fazer movi-mentos, por exemplo, na metade esquerda do corpo, signi-fica que o acidente vascular se localiza no hemisfério direito. O córtex cerebral é constituído, fundamentalmente, por dois tipos de células: células de glia e neurónios, tendo as células de glia a função principal de suporte e protecção do neurónio, sendo os neurónios responsáveis pela condução do impulso nervoso e considerados a unidade básica da estrutura do cérebro e do sistema nervoso.Os neurónios não estão em contacto directo entre si, comunicando por sinapses químicas ou eléctricas (zonas activas de contacto entre uma terminação nervosa e outros neurónios e células), pela libertação de substâncias químicas–neurotransmissores, ou impulsos eléctricos, que possibilitam a transmissão dos estímulos nervosos.O córtex cerebral divide-se em lobos cerebrais, cada um com funções diferenciadas e específicas:

O hemisfério dominante, em 98% dos huma-nos, é o hemisfério esquerdo, responsável pelo pensamento lógico, analítico e pela capacidade comunicativa (...) O hemisfério direito é responsável pelo pensamento simbólico e a criatividade.

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Page 26: Revista Cofre Nº 1 - IIIª serie

Odeith o grafitter autor do mural sobre o tema do universo, para o Campus de Ciência Viva Prof. Máximo Ferreira na Quinta de Sta. Iria na Covilhã, foi distinguido pela platafor-ma “I Support Street Art”, como um dos melhores artistas de 2O14 no panorama internacional. O graffiti "Rapaz dos Pássaros", que decora o exterior do Auditório José Afonso, em Setúbal, foi eleito como um dos 24 melhores murais do mundo.

http://www.odeith.com/http://www.isupportstreetart.com/artist/odeith/

Mural "Rapaz dos Pássaros"

ODEITH MURAL “RAPAZ DOS PÁSSAROS” RECEBE DISTINÇÃO

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Page 27: Revista Cofre Nº 1 - IIIª serie

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Page 29: Revista Cofre Nº 1 - IIIª serie

No dia 10 de Janeiro decorreu o tradicional almoço do encontro anual dos trabalhadores do Cofre. Foi um excelente convívio entre trabalhadores e alguns prestadores de serviços da nossa Instituição, havendo uma interação entre todos e vários momentos de diversão.O encontro começou logo pela manhã com uma agradável partida de futsal no campo polivalente. Seguidamente realizou-se o almoço na nossa sala de banquetes sendo importante referir a colaboração de todos os colegas na ajuda ao serviço de mesa, foi um trabalho repartido. O espelho disso é que os nossos colegas da Quinta de Santa Iria, apesar da preocupação para que a estadia de todos fosse a melhor possível, conseguiram sentar-se à mesa tendo assim a possibilidade de desfrutar parte do almoço em plena confraternização. Durante a tarde assistimos à magnífica actuação da Academia de Música e Dança do Fundão e para terminar o dia entrou em cena a peça “Os Animais no Espaço” criada, realizada e protagonizada por vários trabalhadores do Cofre de Previdência, sendo eles Anabela Marques, Ana do Carmo, Beatriz Nabais, Bruna Carriço, Francisco Santos, Joana Nabais, Helena Baeta, Marta Oliveira, Sara Ferreira, Sónia Ferreira, Susana Inácio, Tânia Pinheiro, Prof. Máximo Ferreira e Dr. Tomé Jardim.Esta iniciativa é sem dúvida uma iniciativa de sucesso visto que contribui para um maior enriquecimento entre funcionários e para um ambiente de trabalho mais saudá-vel e motivacional. Aguardamos pelo próximo convívio.

ENCONTRO NA QUINTA

Peça “Os Animais no Espaço”

Uma iniciativa de sucesso visto que contribui para um maior enriquecimento entre funcionários e para um ambiente de trabalho mais saudável e motivacional.

por Francisco Santos

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HOMENAGEM A ORLANDO PIRES

Começou a trabalhar no Cofre no dia 18 Dezembro de 1979, dia em que festejava o seu aniversário. Trabalhou todo o dia, embora na altura fosse dada dispensa da parte da tarde aos funcionário aniversariantes. Passou pelos diferentes departamentos do Cofre, tendo assistido às diversas fases de modernização que a Instituição sofreu ao longo daqueles anos. Integrou diversas vezes os órgãos sociais do Cofre que foram responsáveis pela implemen-tação de alguns benefícios, nomeadamente o Lar de Loures e os centro de lazer do Vau e Quinta de Santa Iria. Durante a fase de construção dos dois equipamentos de lazer efectuou diversas deslocações feitas em serviço, “quase aventuras” no caso das deslocações à Covilhã, pois ainda não havia auto-estradas. As deslocações abarcavam muitas vezes os fins de semana, com claro prejuízo para a família, mas eram importantes para o desenvolvimento do Cofre.

Passou a sua juventude em África e encontrou no Cofre mais colegas com um percurso semelhante, pelo que desde sempre existiu alguma cumplicidade devido a um passado comum, recheado de recordações e partilhas. É inclusivamente padrinho de baptismo de uma filha de um colega, que tem neste momento 31 anos. Durante o almoço de Natal dos funcionários que decorreu na Quinta de Santa Iria, no passado dia 1O de janeiro, foi-lhe feita uma pequena homenagem. Embora não tenha estado presente, por se encontrar adoentado, o seu filho Miguel Pires recebeu em seu nome, o pin de ouro, entregue em representação do Conselho de Administração, pelo Dr. Tomé Jardim, Presidente do C.A. do Cofre. Todos os colegas se associaram a esta homenagem, dese-jando-lhe rápidas melhoras e muitas felicidades nesta nova fase da sua vida.

Os senhores Conselheiros e Miguel Pires, filho do homengeado

O Presidente do C.A. abraça Miguel Pires

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Page 31: Revista Cofre Nº 1 - IIIª serie

Desde pequeno que gosto de futebol e vibro com jogadas espectaculares, os grandes remates e os vôos dos guarda-redes. O futebol é um jogo de paixões e um jogo de multidões. Não vos vou falar aqui de clubes, nem sequer da selecção nacional que a todos os portugueses une como nenhuma outra coisa. Fala-se quase sempre da mesma forma de bola, girando os discursos à volta das partidas: antevisões, comentários, reacções, conferências de imprensa e entrevistas, em todos estes momentos jogadores e treinadores dizem o mesmo. Também a generalidade dos “politólogos” da bola, refiro-me basica-mente à rádio e à televisão, não conseguem uma linha de raciocínio não facciosa sobre a actuação das suas cores, que são, como não, as melhores, pois ganham sempre bem e só perdem devido a erros do árbitro, eterno bode expiatório, ou a demérito próprio. Nunca os outros são melhores, nós é que fomos piores. Creio que se pode olhar para o futebol de outros ângulos. Vou colocar-vos algumas perguntas que demonstram que a bola pode ser fonte de saber não exclusivamente futebolístico, bem como algumas constatações que creio interessantes. Se há curiosidade, pode aprender-se muito com o futebol. Em que ano terá sido o Rapid de Viena campeão da Alemanha? Que dois países se envolveram na chamada Guerra do Futebol? Por que motivo os vice-campeões do mundo em 1978 se recusaram a receber as medalhas após a final do torneio? Em que clube jogavam os futebolistas que pagaram com a vida a vitória num jogo, sabendo que se perdessem viveriam?Deixemos os factos enciclopédicos de lado e especule-mos sobre os equipamentos. As camisolas de uma só cor são o padrão dominante nos clubes, logo seguidas pelo padrão listado. Os demais têm uma presença irrisória. Porquê? Mais curioso, porque haverá tantos clubes que equipam com listas verticais e tão poucos com horizontais? Façamos um exercício de memória sem sair de Portugal. Verticais: Porto, Setúbal, Leixões, Atlético, Marítimo… Horizontais: Sporting e eventualmente algum mais. Se pensarmos no futebol internacional, a desproporção é

semelhante, às listas horizontais do Celtic contrapõem-se as verticais dos Atléticos de Madrid e de Bilbau, do Barce-lona, da Juventus, do Inter, do Milan… Porquê, não faço a mínima ideia, mas que é um facto não enciclopédico é. Se pensarmos nas selecções nacionais, assistimos a um esmagador predomínio da cor única como padrão. Ocor-rem-me três selecções em que tal não acontece: Argenti-na, Paraguai e Perú. A desproporção torna-se mais curio-sa se pensarmos que não há bandeiras unicolores e que são muito poucas as selecções cujo equipamento não tenha nada a ver com a bandeira… ocorrem-me duas: Itália e Holanda. Serão as cores únicas mais patrióticas?Termino com a constatação que creio mais interessante, pois julgo estar associada a um dos encantos do futebol, a imprevisibilidade. Pensemos em nós, pensemos no quão longe chegámos na arte e na ciência, pensemos também nos erros que cometemos ao longo da história. Somos o que somos graças às palavras que dizemos e às coisas que fazemos com as mãos, a primeira ferramenta do intelecto. Ora, se pensarmos nas modalidades desporti-vas, e se excluirmos aquelas em que todo o corpo está dentro das regras, que temos? Basquetebol, voleibol, os hóqueis, o ténis, o golfe, o andebol, todas as modalidades que envolvam máquinas ou animais… em todas elas são fundamentais as mãos. Todas, menos o desporto mais popular do mundo, o tal em que apenas um entre onze as pode usar. Não é curioso?

CONVERSAS COM A BOLA por José Emanuel Fernandes Boal, sócio nº 797OO

Por razões de impressão, foi cortada parte deste artigo na edição anterior, pelo que voltamos a publicá-lo na integra.O Conselho Redactorial

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Page 32: Revista Cofre Nº 1 - IIIª serie

A evolução do Homem levará a um aumento do volume do cérebro? Ou talvez de apenas algumas partes? Será que quanto maior o número de circuitos eléctricos, mais eficiente é o cérebro? Ou o encurtamento das redes neuronais tornará o pensamento mais rápido? Estas e outras questões tentam ser resolvidas por neurocientistas em todo o Mundo.Assim começou esta busca entre a relação da inteligência com a anatomia do cérebro. Surgiu um grande interesse no estudo neuroanatómico dos grandes génios como o matemático alemão Carl Friedrich Gauss (1777-1855) e o psicólogo russo Ivan Pavlov (1849-1936), comparando a anatomia entre pessoas dotadas e pessoas comuns, e mesmo entre si, na busca do “padrão da inteligência”.Para muitos, Albert Einstein é o físico mais célebre e dos que mais contribuiu para o desenvolvimento da física como hoje a conhecemos. De facto, as suas teorias foram tão revolucionárias, que ainda hoje são utilizadas e postas à prova nas mais variadas áreas, desde a física e cosmolo-gia, à biologia e medicina. Einstein nasceu às 11h:3Om no dia 14 de Março de 1879 e faleceu às 13h:OOm no dia 18 de Abril de 1955, com 76 anos, vítima de um aneurisma da aorta abdominal. O relatório da autópsia esteve desapare-cido por mais de 18 anos.Algumas horas após o seu falecimento, o seu filho Hans

Albert permitiu a remoção do cérebro, cerebelo, tronco cerebral e artérias cerebrais, para serem preservados e estudados.Antes do seccionamento em peças histológicas, o cérebro de Einstein foi pesado (123Og), fotografado e dividido anatomicamente em 24O blocos, 18O dos quais se encon-tram no Centro Médico Universitário de Princeton, mas o maior agregado de lâminas microscópicas estão no Museu Nacional de Saúde e Medicina, nos Estados Unidos. Existem ainda alguns blocos de tecido em Ontário, Califór-nia, Alabama, Argentina, Japão, Havai e Filadélfia, estando as restantes porções do cérebro de Einstein em paradeiro desconhecido. O corpo foi cremado, com exceção do cérebro e dos olhos. O tecido cerebral e fotografias foram analisadas por mais de 18 investigadores, resultando na publicação de 6 artigos científicos.O cérebro humano é dos órgãos mais complexos e a sua total compreensão ainda está longe de ser alcançada. É constituído por 2 hemisférios, o direito e o esquerdo, ambos com 4 lobos: frontal, parietal, occipital e temporal. Vários estudos descrevem as superfícies externas dos lobos e as possíveis relações que possam existir com o comportamento e a inteligência do ser Humano.O cérebro de Einstein possuía características raras, e talvez únicas, que podem estar relacionadas com a inteligência.

Começando pelo lobo frontal: o hemisfério direito, respon-sável pela actividade motora esquerda, está bastante pronunciado. Esta característica incomum foi vista em violinistas destros, tal como Einstein. O córtex pré-frontal, incrivelmente bem desenvolvido, pode estar na origem das suas extraordinárias capacidades cognitivas, inclusive a sua produtividade em teorias, o que explica a grande imaginação de Einstein, como colocar-se a si próprio a viajar lado a lado com um fotão, ou estar fechado num elevador a acelerar em direção ao espaço. Esta imaginação pode também estar associada ao córtex parietal e occipital. Einstein escreveu uma vez que o pensamento implica uma associação de imagens e “sensações”, e por isso, na sua visão, os elementos do pensamento eram não só visuais, mas também “musculares”. Esta associação pode estar relacionada com a considerável expansão do córtex motor primário esquerdo e somatosensorial primário esquerdo. Por outro lado, a visão espacial e o pensamento matemáti-co de Einstein podem estar relacionados com os seus lobos parietais. É interessante notar que, apesar da aparência macroscópi-ca, o cérebro não apresenta simetria nos dois hemisférios, podendo mesmo ter funções diferentes em diferentes áreas, responsáveis pelo controlo de diferentes partes do corpo. Por exemplo, o lobo parietal inferior do hemisfério

O CÉREBRO DE EINSTEIN

A ORIGEM DE UM GÉNIOpor Ricardo A. SantosCo-founder & Signal Processing Engineer at Gesto

esquerdo está relacionado com a linguagem, imagem corporal e matemática, enquanto que o lobo parietal do hemisfério direito ocupa-se com o processamento espa-ço-visual não-verbal; o lobo parietal superior esquerdo está envolvido na atenção e orientação espacial, estando o lobo parietal superior direito associado a imagens espaço--visuais. Uma característica do cérebro do Einstein é que o lobo parietal superior direito é mais largo que o esquerdo. De facto, os lobos parietais superiores, especialmente os posteriores, estão funcionais durante a aritmética mental.Nestes estudos deve ter-se em consideração que Einstein já tinha 76 anos quando faleceu, e o seu cérebro já mani-festava sinais de envelhecimento, levando a diminuição do tamanho. De facto, o peso do cérebro de um idoso em comparação com um adolescente tem uma diferença cerca de 9%, pelo que o peso estimado para a sua juventu-de seria 135Og.Numa última nota, propõe-se uma reflexão sobre a doação do corpo à ciência, por este e muitos outros seres huma-nos, fundamental para o estudo da evolução e do desen-volvimento do cérebro humano. Mais estudos far-se-ão deste e de outros génios que marcaram a história, na tentativa de conhecer e compreender este tema tão complexo: a origem de um génio.

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A evolução do Homem levará a um aumento do volume do cérebro? Ou talvez de apenas algumas partes? Será que quanto maior o número de circuitos eléctricos, mais eficiente é o cérebro? Ou o encurtamento das redes neuronais tornará o pensamento mais rápido? Estas e outras questões tentam ser resolvidas por neurocientistas em todo o Mundo.Assim começou esta busca entre a relação da inteligência com a anatomia do cérebro. Surgiu um grande interesse no estudo neuroanatómico dos grandes génios como o matemático alemão Carl Friedrich Gauss (1777-1855) e o psicólogo russo Ivan Pavlov (1849-1936), comparando a anatomia entre pessoas dotadas e pessoas comuns, e mesmo entre si, na busca do “padrão da inteligência”.Para muitos, Albert Einstein é o físico mais célebre e dos que mais contribuiu para o desenvolvimento da física como hoje a conhecemos. De facto, as suas teorias foram tão revolucionárias, que ainda hoje são utilizadas e postas à prova nas mais variadas áreas, desde a física e cosmolo-gia, à biologia e medicina. Einstein nasceu às 11h:3Om no dia 14 de Março de 1879 e faleceu às 13h:OOm no dia 18 de Abril de 1955, com 76 anos, vítima de um aneurisma da aorta abdominal. O relatório da autópsia esteve desapare-cido por mais de 18 anos.Algumas horas após o seu falecimento, o seu filho Hans

Albert permitiu a remoção do cérebro, cerebelo, tronco cerebral e artérias cerebrais, para serem preservados e estudados.Antes do seccionamento em peças histológicas, o cérebro de Einstein foi pesado (123Og), fotografado e dividido anatomicamente em 24O blocos, 18O dos quais se encon-tram no Centro Médico Universitário de Princeton, mas o maior agregado de lâminas microscópicas estão no Museu Nacional de Saúde e Medicina, nos Estados Unidos. Existem ainda alguns blocos de tecido em Ontário, Califór-nia, Alabama, Argentina, Japão, Havai e Filadélfia, estando as restantes porções do cérebro de Einstein em paradeiro desconhecido. O corpo foi cremado, com exceção do cérebro e dos olhos. O tecido cerebral e fotografias foram analisadas por mais de 18 investigadores, resultando na publicação de 6 artigos científicos.O cérebro humano é dos órgãos mais complexos e a sua total compreensão ainda está longe de ser alcançada. É constituído por 2 hemisférios, o direito e o esquerdo, ambos com 4 lobos: frontal, parietal, occipital e temporal. Vários estudos descrevem as superfícies externas dos lobos e as possíveis relações que possam existir com o comportamento e a inteligência do ser Humano.O cérebro de Einstein possuía características raras, e talvez únicas, que podem estar relacionadas com a inteligência.

Começando pelo lobo frontal: o hemisfério direito, respon-sável pela actividade motora esquerda, está bastante pronunciado. Esta característica incomum foi vista em violinistas destros, tal como Einstein. O córtex pré-frontal, incrivelmente bem desenvolvido, pode estar na origem das suas extraordinárias capacidades cognitivas, inclusive a sua produtividade em teorias, o que explica a grande imaginação de Einstein, como colocar-se a si próprio a viajar lado a lado com um fotão, ou estar fechado num elevador a acelerar em direção ao espaço. Esta imaginação pode também estar associada ao córtex parietal e occipital. Einstein escreveu uma vez que o pensamento implica uma associação de imagens e “sensações”, e por isso, na sua visão, os elementos do pensamento eram não só visuais, mas também “musculares”. Esta associação pode estar relacionada com a considerável expansão do córtex motor primário esquerdo e somatosensorial primário esquerdo. Por outro lado, a visão espacial e o pensamento matemáti-co de Einstein podem estar relacionados com os seus lobos parietais. É interessante notar que, apesar da aparência macroscópi-ca, o cérebro não apresenta simetria nos dois hemisférios, podendo mesmo ter funções diferentes em diferentes áreas, responsáveis pelo controlo de diferentes partes do corpo. Por exemplo, o lobo parietal inferior do hemisfério

esquerdo está relacionado com a linguagem, imagem corporal e matemática, enquanto que o lobo parietal do hemisfério direito ocupa-se com o processamento espa-ço-visual não-verbal; o lobo parietal superior esquerdo está envolvido na atenção e orientação espacial, estando o lobo parietal superior direito associado a imagens espaço--visuais. Uma característica do cérebro do Einstein é que o lobo parietal superior direito é mais largo que o esquerdo. De facto, os lobos parietais superiores, especialmente os posteriores, estão funcionais durante a aritmética mental.Nestes estudos deve ter-se em consideração que Einstein já tinha 76 anos quando faleceu, e o seu cérebro já mani-festava sinais de envelhecimento, levando a diminuição do tamanho. De facto, o peso do cérebro de um idoso em comparação com um adolescente tem uma diferença cerca de 9%, pelo que o peso estimado para a sua juventu-de seria 135Og.Numa última nota, propõe-se uma reflexão sobre a doação do corpo à ciência, por este e muitos outros seres huma-nos, fundamental para o estudo da evolução e do desen-volvimento do cérebro humano. Mais estudos far-se-ão deste e de outros génios que marcaram a história, na tentativa de conhecer e compreender este tema tão complexo: a origem de um génio.

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Uma das boas notícias do final de 2O14 veio de Paris com o reconhecimento, por parte da UNESCO, do cante alente-jano enquanto Património Imaterial da Humanidade. Salvaguardar a memória desta forma tradicional de canto e transmiti-la a novas gerações foram as principais razões da candidatura, mas as implicações turísticas também não são de descartar. Ainda antes de saberem o resultado os vinte e um homens que constituem o Grupo Coral e Etno-gráfico da Casa do Povo de Serpa viajaram até Paris para cantar em frente à Torre Eiffel e celebrar a iniciativa da candidatura promovida pela Câmara Municipal de Serpa e a Entidade Regional de Turismo. O tema cantado foi Alen-tejo Alentejo e o esforço, como sabemos valeu a viagem. Alentejo Alentejo é também o nome do documentário de Sérgio Tréfaut, o realizador filho de um alentejano e de uma francesa que realizou igualmente o filme informativo de dez minutos que acompanhou a candidatura.A longa-metragem de Tréfaut acompanha nove grupos diferentes, de homens, de mulheres, de crianças e de jovens, em localidades alentejanas como Castro Verde, Cuba, Vidigueira, Baleizão ou Aljustrel. Além dos momen-tos musicais há depoimentos dos cantores, cenas do dia-a-dia e a preparação de uma bela açorda pela cantora que dá voz a Ó Baleizão, Baleizão e Vai Colher a Silva. Com estreia comercial em 2O14 o filme tem percorrido o país em sessões especiais comunicadas no sítio alentejoalen-tejo.com. Já em Janeiro deste ano foram lançados o DVD e o disco da banda sonora, aconselhados para quem quer entrar no cante ou simplesmente saber um pouco mais da nossa história. Um exemplo: o Estado Novo instrumentali-zou o cante para glorificar o folclore e as tradições, mas

este não só não se deixou “arrumar” (com modas contra-poder que denunciavam as más condições de vida) como se tornou num símbolo do 25 de Abril com Grândola Vila Morena.Graças às poucas tabernas alentejanas onde ainda se canta o cante de forma espontânea e às recolhas etnomu-sicais de Fernando Lopes-Graça e Michel Giacometti nos anos 6O do século passado, existe hoje um cancioneiro para (re)descobrir nas vozes dos cerca de 15O grupos de cante que existem atualmente, sendo um dos mais antigos aquele que foi a Paris, fundado em 1928. Um dos mais recentes é o Bubedanas, constituído por catorze adoles-centes, grupo que também entra no filme. O cante está vivo e recomenda-se ouvir em todas as novas frentes, sejam novas modas ou novas roupagens instrumentais para modas de outrora. Além da banda sonora já referida, vale a pena descobrir os discos Por Meu Cante (2OO4) de António Zambujo, Moda Impura (2O12) dos irmãos Vitorino e Janita Salomé e o bem fresquinho Campaniça do Despi-que (2O15) de Pedro Mestre.Há mais de vinte anos que Mestre, cantor, compositor, intérprete e construtor de viola campaniça, mantém vivas as tradições musicais do Alentejo, tradições que evoca neste seu primeiro disco em nome próprio, na companhia de Janita Salomé, António Zambujo, elementos dos Gaiteiros de Lisboa, o Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de S. Bento, os Cantadores do Sul e o Campaniça Trio, entre outros “suspeitos do costume”. A viola campaniça, instrumento tradicional com cordas de arame que acom-panha os cantes a despique alentejanos (uma modalidade do cante de improviso) está presente tanto nos temas inéditos, da autoria de Pedro Mestre, como nas modas do cancioneiro tradicional alentejano, num disco, todo ele, verdadeiramente de encantar.

De encantarIr ao Alentejo e voltar com o cante alentejano

O cante à lupa

Género musical de canto polifónico próprio do Alentejo, usualmente cantado a cappella. “Modas” é o nome que se dá às canções do cante que originalmente eram cantadas pelos trabalhadores agrícolas, ajudando a passar o tempo e a marcar o ritmo de trabalho. O “ponto” é o elemento do coro que dá o mote de arranque. Segue-se o “alto”, com uma voz mais aguda, que remata as estrofes.Os restantes membros do coro são as “segundas vozes” e respondem ao diálogo melódico na mesma tonalidade que o “ponto”.

por Ricardo Henriques

capa do disco

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Oferta de António Galvão, sócio nº 66181

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sopa de espargos

RECEITA

Lave muito bem os espargos. Aproveite para retirar algumas pontas que deverá reservar para a guarnição final.Corte os restantes espargos em pedaços, assim como as batatas, as cebolas e o alho previamente descascados.Leve ao lume uma panela com água e quando ferver, introduza os legumes. Deixe cozer até estarem macios. Retire do lume e triture tudo muito bem, passando posteriormente o creme por um passador fino. Adicione o sal e o azeite e leve novamente ao lume. Introduza então as pontas dos espargos reservadas e deixe ferver lentamente até estarem cozidos.Quase no final da cozedura, salpique com a pimenta preta. Junte as lascas de queijo parmesão e os croutons.

Fotografia | Cláudia Peres

PREPARAÇÃO

Tempo de preparação: 45m (apróx.)

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INGREDIENTES

2 molhos de espargos verdes (64Og) 2 batatas pequenas (3OOg)2 cebolas médias (3OOg) 1 dente de alhoO,5 dl água1 c. de sopa azeite (1Og)1 c. de sobremesa sal (6g)Pimenta preta q.b. Lascas de parmesãoCroutons

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O que o motivou a ser cozinheiro?

Foi o insucesso escolar, que me fez optar pelo ensino profissional, entre os vários cursos que havia, acabei por optar pela cozinha, achando que seria mais fácil acabar o 12º ano. Afinal estava enganado!

O que mais gosta e menos gosta na sua profissão?

O que mais gosto é do processo criativo dos pratos, em contrapartida não gosto de não ter horários ditos normais.

Na sua opinião qual o perfil e características de um bom cozinheiro?

Este deve de ser acima de tudo uma pessoa muito respon-sável e com grande sentido de higiene. Tem que ser forte quer a nível físico como psicológico para lidar com o stress inerente à profissão.

Após a conclusão do ensino secundário onde seguiu os seus estudos?

Na Escola Superior de Hotelaria de Turismo do Estoril.

Enquanto estudante universitário, viveu na residência da Escola Superior de Turismo, que experiência guarda?

Foi boa na medida em que temos que aprender a viver

numa pequena sociedade com grande sentido de partilha e entreajuda.

No dia da realização do workshop conheceu a Residência Universitária de Lisboa do Cofre, o que achou?

Fiquei super surpreendido com as condições que são exce-lentes, parece um pequeno hotel.

Que conselho deixa aos nossos estudantes?

Façam as refeições de casa em grupo, é mais rápido e sai mais barato. Se todos partilharem alimentos, fazem sempre refeições diferentes, e não se vão deparar com a dúvida do que vão fazer para o jantar.Além disso, é um bom momento para se reunirem todos e socializar.

Para que os nosso estudantes possam comer bem e de forma económica, o que recomenda?

Fazer pratos com pelo menos uma proteína, um hidrato de carbono e leguminosas, dá para fazer dezenas de pratos rápidos e baratos.

Se fosse uma receita, qual seria?

Petit gâteau.

O ingresso numa residência universitária e o distanciamento de casa traz consigo vários desafios. Urge uma necessidade de adaptação a um novo espaço, novas rotinas e novas pessoas. A capacidade de assimila-ção da mudança torna as pessoas mais resilientes, mas há coisas que são únicas, como é o caso da comida caseira das mães, pais e avós, uma autêntica nascente de saudade. Aliando o lado afectivo da culinária ao orçamento que os estudantes dispõem para poder organizar a sua alimentação mensal, convidámos o chefe Flávio Marques, responsável pela cozinha de uma unidade hoteleira, para nos ajudar a organizar um workshop na RUL. Tendo conseguido encontrar espaço na sua preen-chidíssima agenda profissional o chefe, com imensa disponibilidade e motivação, desvendou segredos e receitas. Entre risotos e massas, facas e panelas os residentes puseram mãos à obra e ajudaram a criar pratos saborosos, saudáveis e de baixo custo. Durante os momentos de preparação e degustação das iguarias os residentes tiveram oportuni-dade de pedir conselhos, esclarecer dúvidas e ouvir dicas do chefe. Acima de tudo foi uma oportunidade para partilhar boa comida e boa conversa sobre a vivência em comunidade.

SABORES À CONVERSA

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INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS DE BAIXA, MÉDIA E ALTA TENSÃOAR CONDICIONADO E REFRIGERAÇÃOFABRICO E MONTAGEM DE ESCADAS, PORTÕES, VEDAÇÕES METÁLICAS E GRADES DE SEGURANÇAVENDA, MONTAGEM, ASSISTÊNCIA E REPARAÇÃO DE ELECTROBOMBASENERGIA SOLAR - PAINÉIS TÉRMICOS E FOTOVOLTAICOSSISTEMAS DE BOMBAGEM E PRODUÇÃO DE ENERGIAVENDA, MONTAGEM, REPARAÇÃO E MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOTODO O TIPO DE TRABALHOS DE METALOMECÂNICA E METALÚRGICASOLDADURA E TRATAMENTO DE SUPERFÍCIESCONSTRUÇÃO E MONTAGEM DE ESTRUTURAS METÁLICAS INDUSTRIAIS

TÉCNICAVIÇOSA | Parque Industrial, Lt. 204/205 7160-999 Vila Viçosa [email protected]

METALVIÇOSA | Herdade do Magarreiro 7150-999 [email protected]

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PREÇÁRIO 2015

CENTRO DE LAZER DA PRAIA DO VAU - PORTIMÃO

Tipologia

Época Baixa 1 fevereiro a 14 de maio

(exceto Carnaval e Páscoa); 4 de outubro a 25

dezembro

Época Média Carnaval/Páscoa/Fim de Ano

15 de maio a 26 de junho; 5 de setembro a 3 de outubro

Época Alta 27 de junho a 4 setembro

T0 (4 pax) 15,00€ 27,00€ 50,00€

T1 (4 pax) – Menor* 18,00€ 32,00€ 60,00€

T1 (4 pax) – Maior* 20,00€ 35,00€ 63,00€

T2 (5 pax) – Vista Terra 24,00€ 46,00€ 80,00€

T2 (5 pax) – Vista Mar 28,00€ 50,00€ 90,00€

Cama Extra 10,00€ 10,00€ 10,00€

Taxa de Balcão 5,00€ 5,00€ 5,00€

* 2 camas em beliche.

Valores por noite Não será cobrado o valor da cama extra a crianças com idade inferior a 3 anos.

Carnaval – 13 a 16 de fevereiro, Páscoa – 20 de março a 4 de abril e Fim de Ano – 26 a 31 de dezembro. Nos meses de fevereiro, março, abril, a época baixa de maio e em novembro, com exceção do Carnaval e Páscoa, os associados têm um desconto de 30%. OCUPAÇÃO MÍNIMA - 2 noites. Encerramento do Centro de Lazer no mês de janeiro. Está disponível o alojamento temporário para cães e gatos do empreendimento, pelo que os sócios poderão levar os seus cães/gatos quando pernoitarem no Centro de Lazer. Preço: 3,00€/noite. Condições especiais de ocupação 2º APARTAMENTO - Nas épocas média e baixa, os sócios podem reservar mais do que um apartamento. EXTENSÃO A FAMILIARES DE SÓCIOS - Fora da época alta, é permitida a ocupação do apartamento sem o acompanhamento do sócio, ao cônjuge, descendentes maiores que façam parte do agregado familiar do sócio e a ascendentes do sócio e do cônjuge, desde que se faça acompanhar de uma declaração do associado a atestar o seu grau de familiaridade.

Horário de entrada (check in) - 16h e Saída (check out) - 11h Av. João Paulo II, lote 16, Encosta do Vau, 8500-780 Portimão. Telef. 282 460 010 | Fax 282 460 019 Coordenadas GPS: 37°7'28.88"N;8°33'28.06"O

As reservas poderão ser efetuadas por escrito (email, fax ou carta), por telefone (213241060) ou presencialmente nas nossas instalações (09h-16h30, na Rua dos Sapateiros,n.º58; 09h-12h45 e 13h45-16h30 na Rua do Arsenal, Letra E, Lisboa).

*Texto segundo o novo A.O.

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Qual o prazo limite de candidatura?

Até dia 24 de abril. As candidaturas rececionadas em data posterior, não serão consideradas.

Qual o período de ocupação?

Módulos semanais, sendo o mínimo 1 semana e o máximo duas, de sábado/sábado ou quarta-feira/quarta--feira.

Como posso efetuar o pagamento, em caso de atribuição?

O pagamento pode ser efetuado por transferência bancária, pagamento de serviços ou diretamente na Rua do Arsenal e Rua dos Sapateiros.

Tenho que pagar na totalidade?

Não. O pagamento pode ser realizado da seguinte forma: 10% com a inscrição e os restantes 90% até cinco dias antes do início da ocupação;10% com a inscrição, 20% até cinco dias antes do início da ocupação e os restantes até 8 prestações, devendo neste caso indicar o NIB.

É possível fazer alterações em período de época alta após a atribuição?

Não é possível fazer alterações no período de época alta.

O que devo fazer em caso de desistência?

Deverá comunicar ao Cofre por escrito a vontade de desistir.

Em caso de desistência, há lugar a penalização?

Sim. A desistência da atribuição na época alta, mesmo que ainda não tenham sido objeto de pagamento, será sempre considerada utilização efetiva nos concursos dos anos seguintes.

O ASSOCIADO DEVE TER EM CONTA OS SEGUINTES PRAZOS:

30 dias ou mais antes do início da utilização prevista, taxa de desistência; 15 dias ou mais antes do início da utilização prevista, 50%; menos de 15 dias antes do início da utilização prevista, 100%.

Ficarão isentos da penalização referida, sendo cobrada apenas a taxa de desistência, somente aquelas que forem justi�cadas por falecimento ou doença que implique internamento ou assistência hospitalar, dos sócios ou seus familiares diretos.

Para os restantes períodos de época baixa e médias as reservas poderão ser efetuadas por escrito (email, fax ou carta), por telefone (213 241 060) ou presencialmente nas nossas instalações (09h-16h30, na Rua dos Sapateiros,n.º58; 09h-12h45 e 13h45-16h30 na Rua do Arsenal, Letra E, Lisboa).

CENTRO DE LAZER DA PRAIA DO VAU

Perguntas frequentes - Candidaturas época alta 2015

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CondiçõesInclui: avião (em classe económica, voos TAP) Lisboa / Nova Iorque / Lisboa + assistência e transferes privados aeroporto / hotéis / aeroporto + 4 noites de alojamento no Hotel Hilton Manhattan East | 4 estrelas, em regime APA + 2 noites de alojamento no Hotel Sheraton at Falls | 4 estrelas, em regime APA + 5 refeições em restauran-tes locais + visitas conforme itinerário acompanhadas por um guia local + Seguro Multiviagens + acompanhamento por um representante da Agência Abreu durante toda a viagem + Serviço de bagageiros + ESTA + taxas de aero-porto, segurança e combustível (€ 408.42 - sujeito a con-

Exclui: despesas de carácter particular + tudo o que não estiver devidamente mencionado como incluído no pro-grama Nota: os preços foram calculados com base nas tarifas ho-teleiras vigentes. Poderão eventualmente ser alterados

-mos qualquer tipo de reserva.O passaporte tem que ter uma validade mínima de 6 meses à data da viagem.

Comum a todos os programas: Exclui despesa de reserva de € 29 por processo (e não por pessoa). Taxas sujeitas a alterações. Sujeito a disponibilidade. Estamos em processo de adoção do novo acordo ortográfico.

Nova Iorque & Cataratas do Niágara5 a 12 de set.’15Itinerário:1º dia: Lisboa / Nova Iorque2º dia: Nova Iorque / Cataratas do Niágara3º dia: Cataratas do Niágara / Toronto /

Cataratas do Niágara4º dia: Cataratas do Niágara / Nova Iorque5º ao 7º dia: Nova Iorque8º dia: Lisboa

Preço por pessoa:

Duplo (mínimo 20 participantes) € 2.399

Duplo (mínimo 30 participantes) € 2.160

Duplo (mínimo 40 participantes) € 2.049

Suplemento para quarto individual € 445

Viagens Abreu, S.A • Capital Social € 7.500.000 • Sede: Av. dos Aliados, 207 • 4000-067 Porto • RNAVT 1702 • Operador • Cons. Reg. Com. do Porto nº 15809 • Contribuinte nº 500 297 177 • 2015

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r e v i s t a d o c o f r e d e p r e v i d ê n c i a