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Revista Cultura Hip-Hop #3

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Tudo que acontece no Hip-Hop e na cultura de rua você lê aqui.

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Os EditoresMarques Rebelo, Alexandre De Maio

Quer passarde ano?

Vem com “nóis!”

NNNNNegregregregregra Li pra Li pra Li pra Li pra Li prepareparepareparepara noa noa noa noa novvvvvo álbum.o álbum.o álbum.o álbum.o álbum.NNNNNooooovvvvvidades na próxima ediçãoidades na próxima ediçãoidades na próxima ediçãoidades na próxima ediçãoidades na próxima edição.....

Chegamos à terceira edição. Maisque uma revista, uma prova desuperação.

A Cultura de Rua continua forte,e para mostrar isso fizemos umaentrevista de capa com Mano Brownno show do Racionais em portugal.Também acompanhamos outrosrappers ao redor do planeta, comoMV Bill nos EUA, Z’Áfrika Brasil noCanadá e Negra Li no Japão, enfim,estamos ganhando o mundo erompendo fronteiras.

Fazendo o caminho inverso, umacolaboradora da Bahia pegou o aviãoe foi entrevistar Alicia keys, consi-derada no mundo da música um dosmaiores talentos da nova geração.

Sempre em torno da polêmica,entrevistamos o pai do Hip-Hop, DJAfrika Bambaataa, que esteve noBrasil. Falamos sobre a Cultura Hip-Hop e a polêmica sobre o Funk serconsiderado um legitimo Hip-Hopbrasileiro. Afrika Bambaataa confirmou.E você, o que acha?

Para nos aprofundarmos umpouco mais no universo do Funk,entrevistamos Mr. Catra e Suppa Flá.Ainda tem muito Streetball, Skate,Street Dance e tudo aquilo que vocêsó lê aqui.

Até aproxima edição e boaleitura.

O Hip-Hop está vivo!

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stou num momento de ‘idéia loka’…”, dizMano Brown, 37 anos, 18 de Rap, porta-voz de um dos principais grupos de Rapbrasileiro, na recepção do hotel onde ficouhospedado no centro de Lisboa, após umshow envolvido por muito calor humano(mais de 500 pessoas).

Enquanto era entrevistado, alguns adeptosdo Hip-Hop local acompanhavam atentos

suas respostas. As idéias a que se refere estão sendotrabalhadas nas músicas do novo disco do Racionais MC’S,em fase de produção. Idéias responsáveis pelodocumentário sobre a comunidade negra em São Paulo,parte do DVD lançado em 2007. E muita idéia ainda vairolar, garante ele.

Pela primeira vez em Portugal, o Racionais MC’Srealizou um show há muito esperado pelos adeptos do Hip-Hop que vivem no país. Um bar/casa noturna voltado parao público brasileiro (Cenoura do Rio), não esperava receberuma boa parte dos jovens dos guetos de Lisboa. A grandemaioria do público era composta por brasileiros, somado aafricanos e portugueses. A casa ficou tão cheia, que lembroueventos de Rap em São Paulo como o “Hip-Hop na Veia”. A“casa caiu” literalmente, quando até um pedaço do tetodesabou. O tumulto era grande para ver, frente a frente, osRacionais. Parecia até um sonho vê-los ao vivo.

Durante o show, as músicas do último álbum“Chora Agora, Ri Depois” foram cantadas em coro. E paramostrar que o Racionais continua na ativa, novas músicastambém foram testadas.

Para os brasileiros que estavam presentes, foi umaoportunidade única de matar a saudade. Para os adeptosdo Hip-Hop em Portugal, uma nova fase e a possibilidadede maior contato com a Cultura Hip-Hop brasileira, quepara muitos é referência. Apesar da falta de organização,mesmo com todo o tumulto, ficou uma lembrança positivapara quem assistiu. No dia seguinte já era possível conferirno You Tube dezenas de vídeos, a maioria gravados portelefone celular.

Depois do show realizado em Lisboa, antes deembarcar para Londres, para um show também organizadopela comunidade brasileira que vive na Inglaterra, ManoBrown concordou em falar para a revista Cultura Hip-Hop.Ele fez questão de trazer seu leitor de CD e colocar umFunk como trilha sonora. E a idéia foi assim.

Uma clínica dentária de brasileiros foi uma dasresponsáveis por trazer o Racionais para Portugal. Oque você acha disso?Mano Brown: (risos). Aí mano, é curioso. Na verdade, oimportante é estar aqui. Agradeço ao doutor que metrouxe para Portugal. A comunidade agradece.

Você imaginava encontrar aqui toda essacomunidade de brasileiros, africanos e portuguesesjuntos?Mano Brown: Eu tinha algum conhecimento, uma idéia,mas não como o que vi. Fiquei surpreso.

Hoje você tem 37 anos, 18 de Rap. Sua meta mudou?Mano Brown: Não mudou. Mesmo porque, ainda nãoatingimos a meta.

Qual é a meta?Mano Brown: A meta é fazer circular uma sociedadenegra em todas as portas que se abrirem, por meio doRap e de outros movimentos interligados. A minha idéiaé abrir portas e ver caras negras dentro, para outrascaras negras poderem chegar.

Foi esse um dos motivos que te levou a fazer aqueleregistro da comunidade negra em São Paulo no DVD doRacionais?Mano Brown: Aquela foi uma pequena parte, uma pequenacontribuição para uma história maior. Eu tomei a iniciativade contar, mas tenho consciência que ainda não conteimuito. A história é muito mais ampla. É uma idéia do queainda pode ser descoberto por nós mesmos.

Você pretende dar continuidade a esse tipo de registro?Mano Brown: Ainda não tenho meta de dar continuidade.Aquilo foi uma etapa, um momento. Agora tenho outrosplanos, que estão ligados àquele.

Um novo disco?Mano Brown: Além do disco, tenho outros planos. Mas comrelação ao disco, tem bastante música pronta.

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“A meta é fazercircular umasociedade negraem todas as portasque se abrirem, pormeio do Rap e deoutros movimentosinterligados. Aminha idéia é abrirportas e ver carasnegras dentro, paraoutras caras negraspoderem chegar”

No show, oRacionaisapresentou algumasmúsicas novas. Faleum pouco sobre onovo disco.Mano Brown: Deleve, tenho idéia defazer 25, 30 músicas,ir fazendo músicas. Jánão tenho aquelaidéia do disco em si,quero fazer música,um monte demúsicas. Estou nummomento bom, nummomento de ‘idéialoka’.

“De leve, tenhoidéia de fazer 25,30 músicas, irfazendo músicas.Já não tenhoaquela idéia dodisco em si, querofazer música, ummonte de músicas.”

“Quero quelembrem de

mim comolembram do

Bob Marley”.

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Cantar em Portugal, com todo esse pesohistórico. O que isso significou para você?Mano Brown: Na verdade não viemos cantar parao povo português, mas para o povo brasileiro eafricano, um povo que praticamente nãorepresenta Portugal. Eu sabia que não estavavindo aqui cantar para os portugueses. Sabiaque aqui encontraria um público de africanos,mas não na proporção que encontrei, estoumuito satisfeito.

Aqui em Portugal, a Rede Record é uma dasresponsáveis por reforçar o preconceito queexiste com o Brasil, produzindo matérias quebanalizam a miséria e a violência comsensacionalismo, sem contextualizar os fatose sem mostrar o outro lado da moeda. Umexemplo foi a matéria que veicularam sobre a“Virada Cultural” em 2007, que fez muitaspessoas que estão aqui pensar que um showde Rap é um incentivo à violência. O que vocêainda tem a dizer sobre os incidentes queocorreram na Virada Cultural?Mano Brown: Ali aconteceu um conflitoanunciado. Quando coloquei o pé e olhei,consegui enxergar o quadro todo; qualquerconflito ali seria fácil de ocorrer. Era gasolina efogo. Mas eu não me intimidei. Aquilo poderiater acontecido com qualquer um, de qualquerestilo musical, ou num jogo de futebol, atémesmo em um encontro político. É massa, 20mil, 30 mil pessoas.

“É lógico que tentar se manter longe da mídiacarnívora, essa mídia venenosa, é uma maneira

de permanecer vivo por mais tempo”

Como você avalia a sua participação noprograma Roda Viva?Mano Brown:Fui convidado. Achei que era ummomento importante, porque eu precisava falaralguma coisa. Alguém tinha que falar e eu pensei:Por que não ir? Por que não balançar um poucoessa água? A água estava muito parada, fuibalançar um pouco para ver qual é. Eu fui lá verse o bicho é feio. Eu sabia que não era. Foi tipozero a zero, um jogo frio. Foi tranqüilo demais,parecia um programa comemorativo.

“O Rap comomúsica, nomundo, estáem transição.O Hip-Hop éuma posturanegraglobalizada,e no mundointeiro está setransformando,semultiplicando,ganhandomais força”

“O que guia a minha vida é curtirmúsica, cuidar dos meus filhos. Fazer

música independente da posturapolítica, porque eu gosto de música.O que tenho como bandeira é a cor,

a raça e a música”

Você tem idéia de quantos shows você já fez na vida?Mano Brown: Não tenho idéia, mas posso tentar fazeras contas (risos).Que países o Racionais já conheceu através do Rap?Mano Brown: Dinamarca, Holanda, Japão, EstadosUnidos, França e agora Portugal e Inglaterra. E rodamostodo o Brasil, que é gigante. Ainda existem muitoslugares que quero conhecer.

Hoje o show foi um pouco conflituoso, por falta deorganização, Mas acredito que isso não seja novidadepara vocês, que já passaram por diversas situaçõesem todos esses anos. Qual a sensação que fica nofinal de um show como esse?Mano Brown: Foi tranqüilo, eu não tenho medo. Nãovi perigo ali em momento nenhum, eu estava à vontade.Eu só pensava em fazer o que eu queria, que era cantar,e estava meio difícil. Fora isso, estava normal. Todomundo está bem, eu estou bem, e se não for daquelejeito, para mim é estranho. O mínimo que quero éaquilo.

Troca de energia.Mano Brown: É lógico. Eu quero o povo perto de mim,e não longe.

O que você pode dizer sobre o atual momento doHip-Hop brasileiro?Mano Brown: Eu estava conversando com uns irmãosque fazem Hip-Hop aqui em Portugal, que são de CaboVerde, e chegamos à conclusão de que tanto aqui,quanto no Brasil, o Hip-Hop está em transição; nosEstados Unidos também está em transição. O Rap comomúsica, no mundo, está em transição. O Hip-Hop é umapostura negra globalizada, e no mundo inteiro está setransformando, se multiplicando, ganhando mais força.Então, os mais velhos têm que se adaptar aos novostempos, e os mais novos devem se preparar para ostempos que virão, porque eles vão ter que caminharjuntos, até a transição terminar.

Mano Brown está em produção do novodisco do Racionais, mas como ele não ficaparado, montou o “Big Ben Bang Jhonson” etem feito vários shows pelo país, ao ladode RZO, Conexão do Morro , Quellyna,Du Bronks, Pixote, DJ Cia e DJ Ajamu.O Show tem lotado os lugarespor onde passa.

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“Na Virada Cultural aconteceu um conflitoanunciado. Poderia ter acontecido com

qualquer um, de qualquer estilo musical;em um jogo de futebol ou até mesmo num

encontro político. É massa, 20, 30 mil pessoas”

Mas os veículos de comunicação, principalmente atelevisão, jogaram a responsabilidade nas costas doRacionais MC’S (Nota do Editor: Além deste ano, em queMano Brown teve sua participação censurada peloSecretário de Segurança de São Paulo no show da BandaBlack Rio, com ameaças de cancelar o evento da ViradaCultural 2008).Mano Brown: Mas não dói nada, nunca esperei elogio deles.Eu me preparo para ser do contra mesmo, e estou bem assim.Enquanto eles forem contra mim, estou do lado certo. Eu nãoquero eles muito perto de mim.

Você acha que essa distância é responsável por manter oRacionais há quase vinte anos na caminhada?Mano Brown: Não é só isso, mas sim um conjunto de fatores.É lógico que tentar se manter longe da mídia carnívora, essamídia venenosa, é uma maneira de permanecer vivo por maistempo.

A sua trajetória vai deixar um legado. O que você esperaque fique para a próxima geração?Mano Brown: Espero que os caras me vejam como um sangue-bom, que passou pela terra e fez parte. Não foi mentiroso,corrupto. Não quero viver de juros, enquanto estiver vivo querotrabalhar, no Rap ou não.

Se não for no Rap, vai ser com o quê?Mano Brown. De qualquer coisa. Eu não posso é ir pra cadeiraagora, depois de velho, e nem passar fome. O que tiver que fazer,eu vou fazer. Agora, o que quero deixar aqui é que o Brown foi umcara firmeza. Quero que lembrem de mim como lembram do BobMarley.

As pessoas lhe vêem como um ídolo. Como vocêlida com a emoção e o assédio dos fãs? Na saídadesse show, por exemplo, quase que o carro nãosai de tanta gente querendo uma foto, umautógrafo, ou simplesmente que você olhe quandoeles dizem o seu nome.Mano Brown: Eu sou meio doido, não entendo muitobem isso. Vivo tudo ao mesmo tempo, curto tudo,ser anônimo e ser famoso, tudo ao mesmo tempo.

Você sente falta de ser anônimo?Mano Brown: Eu consigo ser anônimo quando quero.Tem lugares em que vou e que sou comum.

Na sua quebrada?Mano Brown: Na minha quebrada. Lá eu sou um caracomum. É bom ser comum, e também é bom serfamoso, claro que é bom. Não vou falar que não, todomundo quer, todo mundo luta.

Talvez no passado fosse mais com-plicado, mas hoje você lida melhor com

isso.Mano Brown: Algum coisa tem que se

aprender. Mas não é um barato que guia a minhavida. O que guia a minha vida é curtir música,

cuidar dos meus filhos. Fazer música independenteda postura política, porque eu gosto de música. O

que tenho como bandeira é a cor, a raça e a música.

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ada B.Boy, individualmente já tinha seudestaque e suas vitórias pessoais, masquando se juntaram é que veio a projeçãointernacional.

Pelézinho, Kokada, Chaveirinho,Aranha, Neguim e Catatau, juntos formam

a Crew “Tsunami”, que vem ganhando batalhas noBrasil e na Coréia. “Todo mundo já se conhecia debatalhas individuais, mas teve um evento em Caieirasem que fomos campeões e nos reencontramos debatalhas em que tínhamos competido uns contra osoutros. Decidimos participar desse campeonato como nome “Tsunami All Stars”, relembra Kokada, oevento de 2005.

Desde então, a Crew e seus integrantes têmviajado o mundo. No BC One 2005, em Berlim,Alemanha, ficaram em quarto lugar, e em 2006 ficaramem segundo lugar nas eliminatórias da América Latina.No mesmo ano foram campeões do Concurso eEncontro Internacional de Dança Solo no Paraguai,e do Meeting Hip-Hop School Festival Solo deIndaiatuba. O ano passado foram para a Coréiaparticipar do famoso campeonato R16, em que ficaramem quarto lugar na batalha e em sexto lugar no show.Este ano começaram bem; participaram do Eurobattle2008, na cidade do Porto, Portugal, e do evento “Duelde Titan”, em São José do Rio Preto. Voltaram para aCoréia enfrentando varias dificuldades. “A princípio,para o projeto da Coréia tivemos uma grandedificuldade com dinheiro para nos manter, e tambémde ter que deixar de fazer outras coisas para sededicar a esse trabalho. E tinha que ter um fundo,cada um guardou uma grana para investir nisso. Masjá está nos trazendo bastante retorno”, desabafaKokada.

Mas esse união do grupo não nasceu da noitepara o dia. “A união perfeita do grupo veio quando oPelézinho recebeu o convite para participar docampenato na Coréia. Foi nessa competição quecriamos esse vínculo de família, passamos váriashoras juntos. Aí realmente solidificamos uma crew,porque ter uma crew não é simplesmente entrar noevento e participar, tem que ter o convívio”, explicaKokada.

E o grupo vem aumentando cada vez maisseus resultados. Neste ano, a crew ficou em terceirolugar, bem perto do título. “Ter participado da batalhaque definiu a final com a Glumber, foi um momentoem que me senti muito perto do primeiro lugar”,conta ele e completa: “Este ano chegamos com umaoutra visão, mostrando mais a nossa cultura.Trouxemos a cultura do Samba de malandro, de raiz.Nessa idéia do Samba, quem ajudou a gente nacoreografia foi o André Pires. Tambem tivemos aulacom um professor malandro de Samba, que é oLeandro. Levamos também o Maculelê, a Capoeira, eenriquecemos tudo com o potencial de cada um, issono show”, relata o B.Boy

ZDR lança disco “Guerreiros de Atitude”

WWW.MYSPACE.COM/ZONADERISCO

Grupo se destaca na zona leste e fazdisco com participação de DMN

Gordinho dá um tempo com seu grupo Resistência LadoLeste e começa a finalizar o primeiro disco de seu novo projeto,

O grupo traz poesia e protesto, vencendo e ganhando ogrande público. Com o novo trabalho, o CD “Guerreiros de Atitu-de”, eles trazem mãos cansadas na capa do disco, o verdadeiroguerreiro de atitude: o trabalhador.

Destaque para as músicas “Alerta Vermelho”, “Seu Abra-ço” e a própria “Guerreiros de Atitude”. O grupo também partici-pou de apresentações de grandes grupos como SNJ, Negra Li ePaula Lima. Zona de Risco realiza diversos shows comunitáriospela cidade, sendo famoso no bairro de Heliópolis e em ONGs dacidade de Mauá. Confiram o trabalho desse grupo que, além denão perder a essência de denunciar as injustiças vividas nas pe-riferias das grandes cidades, traz belíssimas canções, com ener-gia, atitude, realidade e veracidade.

o grupo Primeiro Ato. “O Resistencia não acabou não, isso temque ficar bem claro. O primeiro Ato é um trabalho à parte, quesempre tive vontade de fazer. Assim como o Magoo tem a idéiade fazer o trabalho dele”, explica o rapper.

Formado por Romário (1º Ato), B$O, Gordinho (ResistênciaLado Leste) e DJ Raffa (Affeque MC’S ) o grupo começa a produzir otrabalho que traz participações de Markão II (DMN), Sinistro (9Milimetros), Gregory (Total Drama), Buiu (Quadrilha Sinfônica) e DaGuedes e Nitro Di (Porto Alegre), tudo com a produção de DJ Pudim.

“A Proposta é chegar para somar e mostrar que atravésdas letras, tudo pode ser mudado. Se partir de cada um de nós,se houver consciência, responsabilidade e vontade”, finalizaGordinho.

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Além da competição, a oportunidade de disputar com asmelhores crews do mundo trouxe bastante experiência para os B. Boysbrasileiros. “Foi uma grande troca de conhecimentos, o nível lá foraé muito grande, realmente. Mas havendo treino e uma dedicaçãoexemplar, a gente pode competir de igual para igual”, diz Kokada.

Mas competir em nivel internacional não é fácil, exige umtreinamento diário de seis horas. “Aí você intercala dois dias deexercícios de resistência e musculação”, revela Kokada, que chegouà redação para dar esta entrevista com pesos nas pernas. “Por sinal,estou com o peso devido à dificuldade que estava tendo, com muitoimpacto do movimento. O excesso de treino também acaba enfraquecendo outraspartes, então você precisa compensar isso”, contou o atleta.

Kokada também é exemplo de como um B.Boy pode dançar. Ele completou31 anos. “Para nível de batalha internacional, eu não sei. Estou com 31 anos esegurando minha onda bem. Mas vejo pessoas dançando, como o Suga Pop, KenSwift e o Maurizio, que são caras que estão aí, e estou mandando bem”. Mandando,sem medo do tempo.

A crew ainda partcipou de vários programas de TV, como a novela Dance,Dance, Dance, A Praça é Nossa, MTV e aparições no filme “Magnata”, comerciais daNestlé, Altas Horas e O Melhor do Brasil, mostrando que a arte da dança está emvárias areas. “Em cada lugar é uma sensação diferente. Batalha é uma coisa,comercial é outra, e dar aula é plantar uma parada que voce ama. É saber queaquilo que você ama fazer vai ser amado por outras pessoas”, revela Kokada, quealém de B. Boy, é arte-educador.

A Crew Tsunami ainda ganhou o evento “O Duelo” patrocinado pela marcaConduta, e levou a melhor na eliminatória do Boty Brasil carimbando o passaporte praAlemanha.

Tsunami (11) 8407-9668

“Continue praticando, tente montar grupos chamando os amigos e colegas de rua eir dançando. Assim vai... Tudo começa com aquele lance de se tirar um lazer e curtircomo hobby. Se realmente houver talento, é acreditar na carreira e correr atrás”.

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EsqEsqEsqEsqEsquentuentuentuentuentando o Shoando o Shoando o Shoando o Shoando o Showwwww businnes businnes businnes businnes businnesLiderLiderLiderLiderLideradaadaadaadaadas pela gs pela gs pela gs pela gs pela gatatatatata Na Na Na Na Nicicicicicole Sole Sole Sole Sole Scccccherherherherherzingzingzingzingzingererererer,,,,,o gro gro gro gro grupo fupo fupo fupo fupo fatatatatatal Pal Pal Pal Pal PususususussssssyCyCyCyCyCat Dat Dat Dat Dat Dolls volls volls volls volls vemememememesqesqesqesqesquentuentuentuentuentando a cando a cando a cando a cando a cena porena porena porena porena por onde pa onde pa onde pa onde pa onde passssssa.sa.sa.sa.sa.

“Eu não era muito popular. A minha músicacolocou isso para fora de mim”

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Elas foram lançadas com o apoio deSnoop, Busta Rhymes e Wi.lli.am (BlackEye Peas). Mas logo esse grupo de divasalcançou seu próprio espaço e continuoubotando fogo na cena.

Depois do sucesso das meninas, é avez de Nicole arrebentar com seu trabalho solo,apesar de não abandonar a carreira com o grupo,prova disso é o recente clipe “WHEN I GROW UP”,onde ela dança, deixando um engarrafamento muitomais agradável. Kimberly falou ao site: “O vídeofoi uma experiência bem louca, nós ensaiamosdurante dois dias. No segundo dia as filmagenscomeçaram às oito e terminamos a última gran-de seqüência de dança às seis horas da manhã.Foi uma loucura assistir ao sol nascer e dançaraté o meu coração sair para fora”.

Nicole, a líder do grupo, alçou um vôo soloe tem tocado em todo o mundo, além, é claro, deser notícia em todas as revistas. Recen-temente ficou entre as 100 mulheresmais sexys do mundo em 2008.

Nicole mostra seucharme brasileiro

É isso mesmo. Nicole foi escolhi-da para lançar o novo óleo exótico parapele da Caress®, o “Rio Caress BrazilianMix”. A líder do The Pussycat Dolls fazum remix inspirada na música do DuranDuran – Rio, em que encoraja as mulhe-res a liberar sua sensualidade, mostran-do o charme brasileiro do dia-a-dia. Con-fira o vídeo completo no site:http://www.caressbrazilian.com.

Mas a nova musa sexy da cenaPop nem sempre foi assim. Disse que era“tímida, desconfortável”. Nunca achouque se tornaria uma “sex symbol”. Aos30 anos de idade, admite que foi impo-pular em toda a sua adolescência, atédescobrir a música. Foi aí que os rapa-zes começaram a prestar atenção nela.“Eu não era muito popular, a minhamúsica colocou isso para fora de mim”.

E colocou mesmo. Nicole tambémfoi considerada uma da mulheres maisbonitas pela conceituada revista Blender,ficando na frente de nomes como LindsayLohan, Britney Spears e Beyoncé. Mas ela não é sobeleza, e já provou isso. Dona de uma bela voz,pensa em vôos mais audaciosos, e disse que ado-raria fazer um single com ninguém menos que AmyWinehouse. “Eu adoraria me juntar com a Amy, masnão tenho certeza do que ela acha sobre nós. Achoque faríamos um som sexy, com R&B que vendes-se!”, disse Nicole, tudo isso de acordo com o siteFametastic.

Ela também foi vista com Ne-Yo, prepa-rando novos trabalhos, além de estrear no novoálbum de Busta Rhymes. Segundo o site Def Sounds,depois de grande hits das “Don’t Cha”, Nicolepartcipa da faixa “IF”, com produção de Rick Rock.Ela também está no remix do novo álbum daMaddona, “Hard Candy”, com o som “Heart Beat”.Ela, que no dia 28 de junho fez 30 anos e comemo-rou na boate LAX, em Los Angeles.

O prestigio de Britney Spears já não é maiso mesmo. A cantora foi convidada para fazer umaparticipação no clipe das PussyCat Dolls, mas a

história não terminou tão bem. Britney fariauma ponta no vídeo e apareceria dirigindo umcarro; vê as garotas do PussyCat e acena paraelas enquanto passa pelo tráfego. Apesar dapequena aparição, a cantora topou aempreitada. O que Britney não esperava é quea sua aparição no single “When I Grow Up”fosse cortada na edição final do clipe. Já nãose fazem mais pop stars como antigamente.

Nicole em alta velocidade

Lewis Hamilton, piloto da McLaren,estaria namorando Nicole Scherzinger de acor-do com o jornal inglês “The Mirror”. O vence-dor do GP de Mônaco também foi ligado àaustraliana Dannii Minogue e à supermodeloNaomi Campbell. “Estamos nos vendo muito

nos últimos três meses. Elefoi sensacional neste do-mingo, disse Nicole, apósa vitória de Hamilton emMônaco, de acordo com o“The Mirror”.

A cantora foi apresen-tada à família de Hamiltone assistiu à corrida no pitlane. Lewis Hamilton eNicole Scherzinger come-moraram com a famíliadele, antes de ir à boateAmber, em Mônaco. Lewissó tinha olhos para Nicole.Ele não conseguia tirar asmãos dela. Eles se beijavamcomo se ninguém estives-se vendo. Depois ele virouDJ e, junto com Nicole, co-locou músicas de Hip-Hop- disse uma fonte ao “TheMirror”.

E aproveitando o inter-valo entre os GPs deMônaco e do Canadá,Hamilton fez uma viagemluxuosa com Nicole paraGranada, após a vitória doinglês em Monte Carlo.Para a viagem, que custouR$ 165 mil, Lewis e Nicoleusaram um jato privativo

com um enorme suprimento de champanhe,além da hospedagem em sua mansão parti-cular em Granada. “Eu não suspeitava queLewis fosse uma pessoa tão família, assimcomo eu. Nós somos almas gêmeas”.

“Eu adoraria me juntarcom a Amy, mas nãotenho certeza do queela acha de nós. Achoque faríamos um somsexy, com R&B quevendesse!”

“Eu nãosuspeitava que

Lewis fosseuma pessoatão família,

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almas gêmeas”

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Nicole fala sobre o namorado,piloto de Fórmula 1

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E le já teve um destaque nacena com o grupo DuploImpacto e em partici-pações na Banca 7 Taças.Tudo isso o levou à suaconversão. “O pessoal viu

em minhas letras algo pra somar,uma proposta de vida que tinhatudo a ver com o Evangelho,porém, nem mesmo eu havia meligado muito nisso”, relembraKing, que hoje lança seu trabalhosolo.

Com o disco “Quem Sou”, orapper, como diz o título do CD,tem muito para mostrar. Comproduções eletrônicas e sons combanda, King passeia por váriosrítmos, mantendo a idéia certa.“Minha maior missão é fazer aspessoas acreditarem na mudan-ça, eu e o Rap somos apenas ins-trumentos para levar às ruas aidéia de não querer para alguém,o mal que você não quer para simesmo. Quero vida !”, afirma.

Nessa missão, King aindaconta com grandes participaçõesno disco, como LF e Edi Rock

(Racionais), amizades que nasceram nocorreria do RAP. “O LF sempre tinhaumas palestras na Câmara dosVereadores e tal, e lá trocávamos idéiase fizemos amizade, isso em 1998, 1999.Fiz uma música em inglês, porque euestava estudando e queria ver comoficava a minha pegada de rima eminglês. A idéia da letra é incentivar aspessoas a acreditar em seus sonhos, ese chama “You Can”. Incentivar aspessoas sempre foi a temática do LF,aí, fiz o convite para quando elevoltasse ao Brasil, gravarmos juntos osom. O mano arrebentou tudo comosempre, em grande estilo!” Sobre o som“Neurose”, com Edi Rock, ele relembra:“Essa música fala sobre os momentosde aflição que uma pessoa pode passar,desespero e tal, e a saída para isso écrer em Deus. Edi Rock topou e aí nemse fala. Eu ouço essa faixa como se nãofosse um disco meu, o barato ficoucabuloso demais!”.

O disco, que foi gravado no PowerÁudio, mistura sons com banda, Beat Boxe produções eletrônicas do DJ Max, tudoconseguido com muito esforço, masmostrando que é possível. “Dureza gra-var um disco, pagando faculdade,

escola dos filhos, construindo casa...Isso é a realidade, faço questão

de dizer que represento aí umaparcela dos manos queacordam às cinco da manhãe corre atrás dos sonhos,correndo pelo certo efazendo acontecer, graçasa Deus!”

Com toda essa bagagem King não se importacom o rótulo Gospel. “Sou evangélico; se aspessoas quiserem classifcar o meu som comoGospel, Cristão, Underground, Pop, comoqualquer gênero, não vou me importar. O Hip-Hop tem a missão de unir, divertir, informar ealertar, e eu estou nessa. O importante é queas pessoas saibam que Cristo morreu por nósna cruz. Seria como se alguém entrasse na minhafrente para tomar um tiro em meu lugar, semeu merecer nada, voltando a viver no terceirodia, por que ele é Deus. Esse conhecimento eupasso através do meu som; não viemos denenhum Big Bang, evolução de sardinha parapato, de pato para macaco e depois ser humano.Leonardo Da Vinci pintou a Monalisa. Deus fezo Homem”.

Mas sabemos que igreja hoje sofre muitascriticas também. “Dificil dizer algo, posso dizerque as igrejas fazem uma manutenção socialenorme em nossa sociedade sem realmentevisar o lucro. Você pode ir a qualquer igreja, ese achar por bem fazer sua oferta, você faz,mas não é obrigado a isso. Esse é um assuntomuito amplo, acho importante falar sobre issotanto quanto podemos falar de pedofilia naigreja católica, do pai de santo que joga búziosna rua por dinheiro. Se a idoneidade dosevangélicos é questionada não há problema,mas há problema quando o mesmo não ocorrecom as demais religiões. As pessoas podem serenganados em outros segmentos religiosos,tanto quanto em uma igreja evangélica nãoidonea”.

Polemicas à parte, King afirma: “O Rap é uminstrumento que Deus usou para chegar até mime fazer com que eu ouvisse a sua palavra. Pareceloucura para quem lê uma parada dessas, porém,Deus usa as coisas que são, para confundir asque não são e vice-versa. Deus usa os loucospra confundir os sábios”, finaliza

RRRRRapperapperapperapperapper King lança disc King lança disc King lança disc King lança disc King lança disco o o o o “Q“Q“Q“Q“Quem Suem Suem Suem Suem Sou”ou”ou”ou”ou”

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epois de uma separação conturbada, os manosdo RZO estão de volta com sua formaçãooriginal: Sandrão e Helião nos vocais e Cia nostoca-discos. A primeira apresentação da voltado RZO foi realizada em Goiânia, no dia 07 de

junho. Como não podia deixar de ser, a casa estava lotada.

Durante o evento da Libbra, entrevistamos DJ Cia sobrea volta do grupo. “Eu fico feliz, porque era algo que euestava batalhando desde a época da separação do grupo.Todo mundo que está na rua ‘tá ligado’ que sempre corrinas duas pontas, sempre corri com os dois, sempre leveia idéia de que o RZO tinha que se reunir, porque a molecadagosta do som, tem uma responsablidade a seguir, que é afamília. Como em qualquer família, acontece algumdesentendimento, mas logo tudo volta ao normal e a genteestá de volta. Graças a Deus, graças ao Ice Blue e aosRacionais, que foram grandes incentivadores para queessa volta acontecesse. Foram feitas várias reuniões, comvárias idéias”, explicou Cia.

Sobre o primeiro show: “A gente ficou feliz. Em algunsmomentos o Helião ficou emocionado, porque ele viu queo público tem as músicas na ponta da língua, que o RZOtem uma legião de fãs por vários trabalhos que a genteexecutou na caminhada. E nós voltamos com força total,contando com o apoio dos fãs da rapaziada do RAP parafortalecer cada vez mais essa união. Que isso continnuepara que o RAP volte com força”.

Nos últimos anos, muitos grupos se separaram, e Ciafalou sobre a importancia da união. “Quero ver vários gruposde volta, como o SNJ e o 509-E, porque uma andorinha sónão faz verão. A gente tem que fortalecer a corrente, oRAP é uma corrente que necessita de vários elos, e nósprecisamos fortificar isso. Vamos lembrar também quetudo isso é graças aos fãs, que deixaram vários salves no

Orkut e no Myspace. A Internet nos ajudou a ver a dimensãodo que o RZO representa no Brasil”.

O grupo já começou a gravar músicas novas, inclusive arevista Cultura Hip-Hop acompanhou com exclusividade agravação da primeira nova música do RZO, na casa do DJ Cia,numa segunda-feira de sol.

D“Os projetos continuam, porque preci-samos voltar na ativa total. Estamosfazendo alguns shows com o “Big BenBang Jhonson”, projeto que envolveMano Brown, Ice blue, Pixote e Conexãodo Morro. Tem o disco do Sandrão e odisco do Helião para sair e o meu discotambém. Os projetos solos continuam,o novo disco do RZO é para o ano quevem. Mas os shows já estão rolando, e arapaziada pode procurar no meuMyspace para saber o calendário deshows. Estamos aí na atividade, parafazer um show para a rapaziada quegosta, e já temos algumas datasagendadas, e só se ligar. Músicas antigase músicas inéditas”.

www.myspace.com/familiarzo

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baiana Émile conseguiu um encontro comAlicia Keys em seu show em Miami. Sorteada

para o “Meet & Greet – Encontro dos Fãs comAK”, ela saiu de Salvador e foi ao encontro da

super estrela da música americana. “Mr. Carter(segurança gigante de AK) chegou, brincou

conosco e começou a fazer a chamada. A partirdaí, já comecei a gelar. O coração disparou e comecei atremer”, relembra a fã de AK.

Depois de uma entrevista para uma rádio local,Alicia recebeu Émile antes do show. “Ela estava vestidacom uma blusinha preta, calça de brim grafite esandália baixa com umas pedrinhas. Unhas dos péspintadas de vermelho e das mãos de incolor (comode costume). Super bronzeada, magrinha, com umacintura bem fininha (sem pneu algum! oh, inveja!) eum quadril largo (corpo típico da mulher brasileira,sabe?), sorrindo e fazendo palhaçada. Lógico! Casocontrário, não seria Alicia Keys”, relembra a fã.

Alicia ainda se espantou ao saber que Émile tinhaido até lá só para vê-la “Puxa, aprecio o que você fez,muito obrigada. Eu tenho que ir ao Brasil, estou loucapara ir. Sei que tem um monte de fãs me esperandoe eu realmente desejo muito ir ao seu país”, falou AKe completou: “Puxa, do Brasil. Acho que depois desta,ninguém veio de tão longe quanto ela, não é?”,brincou a Diva.

Sobre seu rapper preferido: “Biggie, Tupac,Outkast...”, AK respondeu. Sabendo de suas letrasprofundas, Émilie perguntou quais lições dadas por suamãe ela poderia dizer que foram essenciais em suavida. “Bem, minha mãe é meu espelho. Ela foi, aliás é,minha melhor amiga. Ela me ensinou muitas coisasimportantes, sempre fomos muito próximas uma daoutra. Éramos somente eu e ela, sendo que elatrabalhava praticamente o dia todo e chegava emcasa muito tarde. Morávamos numa vizinhança nãomuito segura, e às vezes, à tarde, depois de estudar,marcava com algumas amigas para elas irem até aminha casa, para conversarmos, rirmos. Elas sempreiam, e eu nunca contei isso para a minha mãe. Umdia minha mãe teve uma folga de um dos seustrabalhos e voltou mais cedo para casa. Eu não sabiadisso e minhas amigas muito menos. Daí, quando‘mommy’ chegou em casa, a campanhia tocou; eramas minhas amigas. Ela abriu a porta e disse: “Sim?!”E as meninas: “Viemos ficar com Alicia, conversarum pouquinho”. E Mommy respondeu: “Mas quemchamou vocês aqui? Vocês ligaram para saber sepoderiam vir? Porque é assim que a gente faz quandodeseja visitar alguém, liga para o dono da casa parasaber se pode vir”.

Alicia con-tinuou: “Não!!Eu não acredi-tava que elatinha dito aqui-lo. Eu queriamorrer de tantavergonha! Elamandou as me-ninas voltarem para assuas casas, da porta daminha casa, foi muitoconstrangedor! Quando elabateu a porta, virou paramim e falou: ‘Isso estámuito errado, não quero saber disso aquiem casa, aprenda a se respeitar. Tenharespeito por si mesma, sempre. Respeite-see respeite ao outro’. E ela estava certa”, afirmou Alicia para nós. “Oque eu fiz foi errado e nunca mais esqueci disso”. E ela continuou:“Outra coisa que me marcou muito foi algo que aconteceu comrelação a uma grande amiga que tive na adolescência. Eu haviaprometido a ela que iria ao seu aniversario, mas quando chegou emcima da hora, disse à minha mãe que não estava mais com vontadede ir. Daí ela falou: “Você vai, você deu sua palavra à sua amiga.Toda vez que você dá a sua palavra, deve cumpri-la. É uma questãode honra e respeito”. Alicia completou: “Essa lição, para mim tambémfoi essencial. Aprendi., e como aprendi! A partir daquele momentorealmente aprendi que quando dou minha palavra, com certeza eladeverá ser mantida”, relevou a estrela do R&B.

Uma pegunta capiciosa não poderia faltar, aproveitando aoportunidade. O que você tem para nos contar? O que você gostariaque ‘não soubéssemos’? Aí ela fez cara feia. “Hum... Então, aí.... Masvocês já sabem tudo de mim! Ai meu Deus, deixa eu pensar. Sóestá vindo um monte de coisa boba na minha cabeça, coisas queeu realmente não quero que vocês saibam, e que tenho certezaque vocês não querem saber”. A cantora ficou andando de um ladopara o outro, com a cabeça para cima, tentado lembrar de algo. “Okay.Atualmente estou com umas doideiras de realizar atividadesradicais, como subir e descer montanhas, uma coisa insana.Inclusive, minha mãe perguntou se eu estava bem (risos). Nada aver, né? Fui criada em Nova York, super urbana, nunca tive essasloucuras, e atualmente estou nessa. Subir e ótimo, mas descer éque é o problema! Quando estou descendo, penso: ‘meu Deus, seeu descer montanha abaixo vou me acabar toda’. Mas aí relaxo econsigo chegar ao final. Pronto, é isso aí!”.

Voltando ao seu trabalho, Alicia é também quem produz suasmúsicas, e os fãs sempre esperavam um álbum só instrumental. “Sim,sim!! Inclusive já conversei com Krucial sobre esse projeto. Tenhomuita vontade de fazer um só instrumental. Sem voz, bem clássico.Também já pensei em fazer um instrumental no estilo Jazz, mastambém pensei em fazer algo com muita percussão, bongôs,

Agrdecimeesta matéÉmile e twww.alicia

ÉmileÉmileÉmileÉmileÉmile,,,,, de blusa lar de blusa lar de blusa lar de blusa lar de blusa laranjaanjaanjaanjaanja

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“Eu tenho que ir ao Brasil,estou louca para ir. Sei que temum monte de fãs me esperando

por lá e realmente desejomuito ir ao seu país”

entos especiais poréria a Luis Carlos,toda a equipe doakeys.com.br

Agradecimentos especiais por esta matéria a Luis Carlos, Émile e toda a equipe do www.aliciakeys.com.br

timbais....”. Ela fez a batida da percussão coma voz e gesticulou os mo-vimentos. Nessemomento, Émile falou “Você está vendo, Alicia?Você precisa ir ao Brasil!!” E ela respondeu:“Sim, tenho de ir lá, tenho mesmo!”.

Sobre sua privaicade e o preço da fama,Alícia falou: “Pois é, desde que entrei no ramorezei muito e pedi a Deus por isso. Na rea-lidade, tenho muito da minha privacidadepreservada, porque não corro atrás dosholofotes. Se você corre atrás deles e estásempre nos lugares em que os loucos estão,não consegue ter vida própria. E eu não gostodisso, eu fujo dos holofotes, vou para um lugaronde eles não estão. Por isso tenho uma vidapessoal normal. Saio por Nova York tranqüilapara fazer compras, ir ao supermercado. E oengraçado é que as pessoas me olham e dizem:‘Olha aquela, tentando parecer a Alicia Keys!’É muito hilário!”.

Depois de responder às perguntas, Aliciaganhou um presente do Brasil e foi informadasobre a comunidade com 32 mil fãs, que estãoem campanha pelo seu show no Brasil. Elarespondeu: “Sim, eu sei!! “Keep doing”, ou seja,continuem com o movimento!”

Émile realizou seu sonho de fã e dividiu issocom milhares de leitores: “Um sonho, gente!!!Ela é a simpatia em pessoa e muito lindapessoalmente, eu nunca vi coisa igual. É‘zilhões de vezes ao quadrado’ mais bonitado que nas fotos. Imaginem só! Além disso, ésuper atenciosa, educada e fofa demais! É umapalhaça, importante frisar”, ressaltou a fã.

O show de uma estrelae sua técnica vocal insuperável

Para abrir o mega show da cantora,apresentações de Erika Rose, JermainePaul, Jordin Sparks e Ne-Yo. O show,gravado por várias câmeras, sugere que irásair no DVD “As I Am”. Na abertura, umtrecho do documentário “Alicia in Africa”.Depois, um coral de igreja, e quando acaba,vem um pastor e começa a dar um sermão.Ele chama a atenção de Alicia, que estavano meio do povo, assistindo ao culto. Dizque ela deveria procurar o Senhor com amúsica, e não ir atrás de dim-dim, mas odim-dim ir atrás dela. O pastor continuafalando coisas engraçadas, até que começa“As I am”. A banda tocando, o piano girandosozinho. De repente, pára tudo e quandovolta, lá está ela, sentada em seu pianopreto, acompanhada pela banda.

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Campeonato deBasquete de Rua daCufa vem para SãoPaulo e lota o Valedo Anhangabau,com muito esportee Hip-Hop.

Além do Basquete, oevento contou com pistade Skate, palco para Hip-Hop, alimentação e bar-raca para trançar o cabelo.

O mega evento tomoude assalto o Vale doAnhan-gabaú, Centro deSão Paulo. A delegaçãocarioca chego com maisde 17 onibus do Rio deJaneiro, o que transformou

O time Madureira foi ocampeão de 2008, mas oevento vai muita além doBasquete. O projeto daLibbra ganhou corpo econta também com o apoiodo Ministro da Justiça.

“A Central Únicadas Favelas-CUFA,demonstra mais umavez, através da Libra,todo o seu compro-misso com o fortale-

cimento da cidadania e ainclusão social de jovensque, à sua maneira, con-tribuem para a construçãode um país mais justo”,disse Tarso Genro.

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o evento em um grande encontroentre paulista e cariocas

Num dia ensoralado, o quecomeçou em uma quadra impro-visada no Armazém 5 do Cais doPorto, Rio de Janeiro, em 2001,ganhava sua versão mais encorpada,com grandes times participantesagora em 2008.

O desenvolvimento do Basquetede Rua dentro da Cufa cresceu deforma natural. Foi em 2002, noHutuz, premiação que a Cufapromove, que aconteceu o primeiroCampeonato Nacional de Basquete deRua. Mas a Libbra mesmo teve suaprimeira edição em 2005.

Além dos basqueteiros, a Libraconta com os rappers Max (DMN),Cezinha (D’Favela) e Tony Bossa, alémde uma bateria de DJs, como Pretinha,

que tocou na final em SãoPaulo, Dj Roger Flex, Damente,Marcelo Dantas, Raissa, JL,Balrog e Soneca. O Graffiti, aDança de Rua e o Skate tam-bém foram incorporados aoevento.

A presidente de honra daLibra é a rapper Gizza; MV Billé o vice- presidente. Tudo issoorquestrado por Celso Athayde,que aproveitou o evento paralançar um livro sobre as “Re-gras Oficiais da Liga Brasileirade Basquete de Rua”, que con-ta a trajetória das entidades eoficializa as regras do esporte.

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X-Games 2008 foi o melhor de todos. Um grande evento, com esportes paratodos os gostos. No Street, o skatista paulista Lucas Xaparral venceu a grande final.Com um público estimado em cerca de 30 mil pessoas, também teve Gugu, queficou com a segunda colocação e o gaúcho Paulo Galera, em terceiro. No Vert, semnovidade: o mestre Bob Burnquist levou o ouro novamente. Ueda, como de costume,deu aéreos altíssimos e fez o público gritar seu nome, ficando em terceiro lugar. Asegunda colocação ficou com Digo.

No BMX, o inglês de 34 anos Simon Tabron levou o “X de Ouro”. Ele executou o900º (duas voltas e meia no ar) por duas vezes em sua apresentação. Nenhumbrasileiro disputou a decisão. Essa é a primeira medalha de ouro de Simon Tabron."O 900º faz a diferença", admite Tabron. Zack Warden ficou com a prata e JimmyWalker com o bronze.

Laine NascimentoFotógrafa dos siteswww.penseskate.net [email protected]

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A Street Art de protestar

Existem várias formas demanifestação e conseqüentementede protesto, dentro do quechamamos hoje de “Street Art”.Obviamente, a pixação está nesse time. OGraffiti, quando é usado com essa intenção,também tem grande força de potesto, comonesse mural, que representa os conflitos queas Olimpíadas da China estão causando, como problema da independência do Tibet.Outro exemplo de protesto é o do artistaBlasky, que pinta muros de prisõesrepresentando a liberdade, criticando apolícia com sua Stencyl Art. Temos outrosexemplos, como os artistas Ruski e AngestMalmo, que fazem instalações em várioslocais do mundo, como esses corpos e esseGraffiti, que acabam com o artista morto.As formas de expressão são as mais diversas,mas quando a arte é usada para protestar,com certeza ela ganha um valor a mais.

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Os dez artistas brasileiros: Boleta, CésarProfeta, Bugre, Highraff, Prozak, Ndrua, Smael,Tim Tchais, Yá! e Zezão. Escolhidos por FabioMagalhães e Boleta

O jogo mais esperadodo ano, além de muita no-

vidade, agora é jogado emNova York. Também tem uma gran-

de riqueza de detalhes. Desenvolvido paraPlataformas PS3 e XBOX 360, o jogo já é um gran-

de sucesso, e andando pela Nova York de GTA$ vocêencontra “throw-ups” de artistas como COPE2. Além, é cla-ro, de matar muitos inimigos e dir igir como um louco pelacidade, como propôe o jogo. Você também pode fazer suapichações pela cidade.

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Para resumir a história, foi o DJ Afrika Bambaataa quem batizou a uniãodas Artes de Rua com o nome de Hip-Hop, e foi ele também quem deu um rumo sócio-político para as manifestações artísticas das periferias e dos guetos, colocando todaessa cultura a serviço de um compromisso social em mudar as realidades locais.

Muita coisa rolou desde o começo da cultura, que cresceu em todas as partes doplaneta e o visonário DJ, junto com sua fundação Zulu Nation, vem sendo o principal pilarda cultura que está revolucionando os anos 2000. E por ser esta uma revista sobre Hip-Hop, fomos direto à fonte, àquele que um dia vislumbrou o futuro de uma cultura que iriase espalhar pelos guetos do mundo e influenciar a vida de toda uma geração, mudando ahistória atual do planeta.

Entrevistei Afrika Bambaatta de forma bem descontraída, na casa do nossoparceiro Soldado, da UBI (União dos B.Boys Independentes) . Estava no MSN com

ele quando o filho do Afrika entrou em seu lugar e teclou: “Meu pai está aqui, podecolar para fazer a entrevista”. Na mesma hora larguei tudo e fui para o Centro deSão Paulo, e em dez minutos estava trocando idéia com o maior ícone da nossa

cultura. Acompanhe a entrevista polêmica em que Afrika fala sobre a qualidadedo Hip-Hop no Brasil e tambem sua afirmação bombástica para muitos, normalpara alguns, de que o Funk Carioca é um legitimo Hip-Hop.

Para situar, Afrika Bambaataa é pai do Hip-Hop, doElectro Rock, do Miami Bass, avô do Drum’n Bass e DanceHall. Começou como DJ nas perigosas ruas do anos 70 em Nova York. “Omeu bairro era tão perigoso que nem a polícia entrava. Haviamuita violência entre gangues, o que gerou uma conscientizaçãosocial. Foi por isso que fundamos a Zulu Nation. Tentamostransformar a filiação às gangues em algo positivo. Começamos aorganizar as pessoas na rua, os grupos de dança, os b-boys e b-girls, os rappers e os grafiteiros, para criar essa cultura”, relata oDJ Afrika Bambaataa, em entrevista ao documentário “Scratch”.

Mas além de todo esse engajamento social, Bambaatta revolucionouartisticamente. Seu disco Planet Rock, lançado em 17 de julho de 1982,mudou a história da música urbana. Com seu grupo “The Soul Sonic Force”,lançou o single que pegou o sucesso do grupo alemão Kraftwerk “Trans-Europe Express” e usou para fazer os beats de Planet Rock. A músicamarcou o inico do Hip-Hop com um Funk eletrônico e vocais de Rap. Oestilo, batizado de Electro Funk, ganhou o mundo e influenciou o surgimentodos ritmos Techno de Detroit, Miami Bass de Miami, o Jazz mais modernoe até o Dance Hall da Jamaica. O Funk Carioca, feito aqui no Brasil, porexemplo, usou as bases do Electro e depois do Miami Bass. Seu disco éconsiderado um dos dez mais influentes da história da música. Por issoque em cada país que ele vai, é reconhecido pela Zulu Nation, pelo Hip-Hop, pelas músicas, pela filosofia. Confira a entrevista e boa leitura.

Afrika e Soldierman

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Voce já disse que é um visionário,uma pessoa que enxerga lá nafrente. Quando viu as artes do Hip-Hop se unindo, já imaginava queessa cultura iria mudar o mundo,mudar uma geração?AB: Desde quando freqüentava asJazz Session, eu pensava em transfor-mar aquilo em alguma coisa maisagitada. Sempre quis conectar o queacontecia na minha área ao queacontecia em New Jersey. Levar tudoque acontecia nos Estados Unidos,através do Planet Rock, para o mundointeiro. Levar, de centro para centro,de cada cidade, o que estavaacontecendo.

Você vem direto ao Brasil. Comotem visto o Hip-Hop brasileiro?AB: O Hip-Hop no Brasil tem dife-rentes formas, e é reconhecido porisso. Funk carioca é Hip-Hop, SãoPaulo tem seu Hip-Hop, isso tudoenvolve a cultura, mas o Hip-Hop émais do que isso. o Samba tambémtem influência do Hip-Hop, tem oRagga Hip-Hop, Hip-Hop ElectroFunk... O Drum’Bass é um estilo deHip-Hop. Há vários tipos de Hip-Hop,e você deve prestar atenção a isso. OHip-Hop possui vários temperos.

“Eu represento o quinto ele-mento, que é a sabedoria, e é issoque eu tento levar para aspessoas, porque o Hip-Hop é ummovimento cultural”.

Qual sua opinião sobre o Gangsta RAP?AB: Não tenho nada contra o Gansgta RAP.O Gangsta é uma energia, a música não mataninguém. Voce vê jovens de 21 anos envol-vidos com violência, tiroteio, e vê isso emqualquer lugar.O problema são as armas, enão a música. O verdadeiro Gangsta são asmáfias, o crime organizado, que mata váriaspessoas. O gangsta RAP vem de muito tem-po e traz essa violência com ele. Existe umaunião entre o RAP Gansta, o RAP politizadoe o RAP que fala de amor, mas são diferentestipos de RAP. As pessoas devem ouvir todotipo de RAP.

Que mensagem você deixaria paraencurtar essa distância que existe entreo Funk Carioca e o RAP de São Paulo, queé mais politizado?AB: Eu não vejo problema nenhum nospaulistas gostarem do Funk do Rio deJaneiro.Tem várias festas em São paulo quetocam Funk e vice-versa. E as pessoasgostam. As cidades fora de São Paulotambém tocam o Funk do Rio. As pessoasgritam, se envolvem.Tanto no Funk, quantono R&B, são os DJs os responsáveis pelasmúsicas que chegam até as pessoas. Amúsica tem esse poder de unir as pessoase fazer as coisas acontecerem. Tanto o Hip-Hop de São Paulo, quanto o Hip-Hop do Riosão bons, não tem “o melhor”. Tudo isso éHip-Hop brasileiro. Todo os beats são daÁfrica, são beats rápidos, beats lentos...Tem que fazer como fez o Run DMC, quemisturou RAP com Rock. É isso que temosque fazer, misturar as coisas. Alchoolic,Digable Planet, ja fizeram fusões com dife-rentes estilos de Hip-Hop. Tudo isso é beatafricano.

O que você tem ouvido em casa?AB: Tenho ouvido Forró, gosto de ouvirmuita percussão.

Demos uma revista de Candomblé aoAfrika...AB: O Candomblé, os Orixás... A músicaafricana tem beats, e eu gosto de ouvir. Sãodiferentes estilos. No Brasil é diferente,porque traz todos os beats africanos.

Sobre o Graffiti, como voce vê a evolução

da Arte de Rua, hojeinvadindo os museus eas galerias de arte?AB: A arte do Graffiti nomuseu é coisa boa de sever, porque representa ahistória. A pintura temque ir para todos os luga-res, e a arte do Graffitideve estar nas casas, emdiferentes tipos de pintura. Tem muita gentefazendo vários tipos de trabalho. Devemospintar todos os lugares com Graffiti.

Você, além de ser um lenda do Hip-Hop,dentro da música eletrônica também éconsiderado um pioneiro, por causa dodisco Planet Rock...AB: O Hip-Hop engloba tudo, como o R&B ea House Music. O Hip-Hop tem váriossegmentos, como o Rock e o Jazz, a Salsa, oSamba, o Reggae e o Soul. Como MarvinGaye. Tudo que me cerca é Hip-Hop, porquemúsica é Hip-Hop e Hip-Hop é música. Tudoisso faz parte da família Hip-Hop. A HouseMusic, o House e o Jungle... Tudo começacom a batida e vai acelerando.

Como você vê a corrida presidencial? OBarack Obama vai mudar alguma coisa?AB: É legal que ele se torne presidente, masvai muito além disso. A Alemanha e outrospaíses têm sua influência sobre os EUA, éuma coisa bem política. Ele pode ajudar atrazer uma nova forma de pensamento, tudoisso independente da cor. Todo presidentetem seu ciclo. Quando um preto vai serpresidente do Brasil? Porque aqui, a maioriada população é negra. Eu não entendoporque aqui o Brasil ainda não tem umpresidente negro.

“Respeite os mais velhos. Eufui para várias cidades, vi muitascoisas interessantes. Antes de virao Brasil, fui para a Colômbia evi milhões de pessoas negras.Antes de vir para cá, tenteiaprender o português, para mesintonizar com as pessoas. OBrasil é um país muito religioso,está em outro plano por suaforça na religião. Pela mística, oBrasil é o pai de toda a Américado Sul. Minha intenção é voltarao Brasil”.

Agradecimentoespecial nestaentrevista aSoldierman (UBI)e Favela Music.

LLLLLakakakakakererererers e Ns e Ns e Ns e Ns e Namaha abramaha abramaha abramaha abramaha abriririririram o shoam o shoam o shoam o shoam o showwwww do do do do do AfAfAfAfAfrrrrrikikikikika Ba Ba Ba Ba Bambaatambaatambaatambaatambaataa na vaa na vaa na vaa na vaa na viririririrada Cultada Cultada Cultada Cultada Culturururururalalalalal

Nelson Triunfoe Afrika naVirda Cultural

Ementrevistaa Revista

CulturaHip-Hop

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ara saber mais sobreo Funk, entrevistamosMr. Catra. Direto doRio de Janiero o MCfalou sobre suatrajetória, as influên-

cias do Funk Carioca, suaproximidade com o RAP e suasviagens pelo mundo. Comopiniões polêmicas, Catra vai

deixar os radicais de cabelo em pé, masmuitos irão concordar.

Numa segunda-feira, em São Paulo,onde Catra é residente numa casa daperiferia da Zona Sul, fomos encontraro MC junto com Suppa Flá e Thig(Relatos da Invasão). Em um Flat nobairro de Pinheiros, num clima dedescontração, jogamos vídeogame efalamos com a lenda do Funk, antes departir para o show. Conhecido por suasletras maliciosas e sua ligação antigacom o RAP paulista, Catra sempre foiuma ponte entre o RAP e o Funk,participando com grupos de São Paulocomo U Time e SP Funk, entre outros.Ele também é famoso por suas seismulheres e seus doze filhos, e porpregar a poligamia.

Catra começou a cantar RAP em1989. “Montei uma banda chamada ‘O

contexto’”. Nessa época, sua influên-cia era a Black Music americana. “Pô,mano, eu comecei mesmo a gostarde RAP quando ouvi Guetto Boyzmalandro, Public Enemy... MasGuetto Boyz e Bone Thugs foramas minhas influências naquelaépoca. No começo era uma bandade RAP que misturava Soul, Rock,Baladas e Funk. Depois eu comeceia fazer o Funk”, explicou.

Na verdade, Catra faz parte daterceira geração do Funk Carioca.“Apesar de ter idade e de ter acom-panhado, artisticamente eu sou daterceira geração do Funk. Vim de-pois de Cidinho e Doca, Joelmir eDuda”. Apesar das influências ame-ricanas, a cena do Funk Carioca vemse formando há muito tempo. “A pri-meira geração foi a de Cidinho eCambalhota. MC Limar... Big Boy foi

o primeiro de todos, isso em 1979. O pes-soal já tinha lançado, mas nessa épocaos bailes eram todos de Rock’n Roll. o BigBoy falava que era tudo Rock. O baile funkrolava, mas tocava Miami e Rock’n Roll.Tocava Kraftwerk, Run DMC, AfrikaBambaataa, Kiss e AC-DC. Eram muitoloucos os bailes antigamente. Aí descobri-ram uma base do Bat Bryan chamada“Voltmix”, e o pessoal começou a cantarem cima dessa base. E tinha o Ice T, comuma base assim (faz um som de batida ecomeça a cantar “Partyyy”), e o pessoalcomeçou a cantar em cima dessa basetambém. Depois veio Jack e Mister Hyde(faz a batida com a boca). Foram essasas bases, com o looping Trinori, unsloopings de Give Boy, uns loopings noMD... Foi aí que começou a mudar. A gentecomeçou a estudar e a inserir os nossoselementos, fazendo um Funk com a nossacara, um bagulho que só nós fazemos.Largamos o Miami para começar a fazer“tamborzão” e “macumbinha” no mesmoBeat, só que mais acelerado. Hoje o Funkbate na casa dos 126 , 127. Tem neguinhofazendo em 130, 131, ‘tá ligado? Porqueo beat agora é totalmente nacional, o FunkCarioca é brasileiro de verdade”, Catrarelembrando as influências.

Falei com ele sobre a entrevista com

“Em vez de inovar as idéias,continuou com idéiasantigas, e de cadeia aperiferia já está ligada

legal, de morte e de caos,a periferia já está ligada”

Afrika Bambaataa, em que o mestre afirmaque o Funk Carioca é um legítimo Hip-Hop.“É essa a parada, a cultura é a mesma, écultura de gueto, de favela, que a gentedeixou com a cara do Rio de Janeiro. Nãofazemos cover dos gringos, fazemos onosso Hip-Hop, que chama-se ‘FunkCarioca’, entendeu?”, reforça Catra e aindaemenda: “A gente tomou a cena Black, odinheiro. A real é essa parceiro, vou men-tir? É verdade. O movimento é forte, oswing é legal. Mas essa ascensão meteó-rica do Funk só aconteceu porque o RAPfoi muito mal administrado”, alfineta o MC.

Catra tambem falou sobre o que o RAPnacional precisa aprender com o Funkcarioca. “O RAP nacional foi mal adminis-trado no sentido empresarial, no investi-mento, nos bailes, nos DJs, que não tocamsom nacional. Estrutura tem, mas é pre-ciso que os programas de Rádio e de TVtoquem a própria música. No baile Funksó toca música nacional. Nas festas deRAP o som nacional deveria dominar. Massabe qual é problema? É que os caras sócantam desgraça, e niguém sai de casapara ir à balada e escutar desgraça, negosai para a balada pra dançar, se divertir earrumar uma mina. Nego só fala de cadeia,tráfico, de treta... Ninguem fala de ‘buceta’,ninguém fala de champanhe, ninguém falade carro bom. Tem que falar que um diafoi essa, mas hoje a minha realidade éoutra, é blim-blim, é corrente de ouro, émorar de frente para a praia, essa é minharealidade. Hoje em dia eu tenho que cantara minha realidade. Sabe o que aconteceu?o pessoal começou a ganhar dinheiro como RAP, mas ficou nas idéias antigas. Emvez de inovar as idéias, continuou compapo de cadeia, e a periferia já está ligadalegal disso. De morte, de treta, a periferiajá está cansada de ouvir isso. Agora o

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uem levou a revista Cultura Hip-Hope o Thig do Relatos da Invasão até ofunkeiro Mr. Catra foi a rapper SuppaFlá, parceira de mais de 10 anos. Mas

essa aproximação é natural, porque ambossabem que o RAP Paulista ou o Funk Cariocafazem parte de uma mesma escola. “Eles sãoirmãos, são ritmos que tem o mesmopúblico, mas ao mesmo tempo são muitodiferentes. Tem o mesmo ritmo, mas um émuito alegre e o outro é muito sério. Porisso o Funk superou o RAP nas festas,porque nas festas dos caras tem a alegriado som”, explicou Suppa Flá.

Ela conheceu Catra ha cinco anos, e elesvêm fazendo música juntos desde então. Osom “Quero Hoje” acaba de ser lançado nocartão digital Coolnex, além de ter saído nacoletânea lançada pelo Luciano Huck e naMixtape do Rapper Cabal, um exemploprático da união entre o RAP e o Funk. “Euacho ‘da hora’, só soma, porque o públicoque curte RAP também curte o Funk, e aocontrário também”, fala a rapper, que nashoras vagas ouve Cartola e Chico Buarque.

“Eu estou numa fase meio Flash Back”. Masno dia, ela, que sempre é extrovertida, estava tensa. “Eu

me concentro muito em dia de show, mas é legal fazer umshow com uma pessoa querida”

Catra já acumula grande experiência na cena. Ao lado dogrupo “O Complô” estourou um sucessso nas ruas de São Paulo,e o auge foi recentemente cantarem para 1 milhão de pessoas,dia 1 º de Maio no show da CUT.

Gil do Andaraí, Duda do Borel, Sapão e MC Sabrina são suasreferências no Funk. “Eu adoro Funk, sempre ouvi. Porque eu fuilá e vi como é. Qualquer um que for vai gostar, independente decurtir o Funk ou não”.

No cartão digital ainda tem um som com o Thig, do Relatosda Invasão, com produção de Joeblack e som com Mr. Catra,produzido pelo americano Disco D, o mesmo de nomes como 50Cent e Nin Sky. “Ele adorava Funk Carioca, era piradão. Nossaconvivencia foi rápida mas intensa. Foi uma pessoa queaprendi a gostar, e foi uma química de duas pessoas queficaram amigas”, relembra Suppa. Disco D, numa crise dedepressão depois do fim de um relacionamento, se suicidou emseu apartamento em Nova York, cidade onde ele já tocava algumasdas seis músicas que fez com Supppa Flá.

Outras músicas você também encontra nowww.myspace.com/suppafla.

papo é outro, tem que ser para frente.A idéia da luz tem que chegar, chegade escuridão. E é o seguinte: dinheirono bolso não é vergonha para ninguémnão. Porque o RAP não pode ganhardinheiro? Isso não existe (ele aumentaa voz), isso não existe! Como a gentevai fortalecer o nosso povo, se não estivercom uma pratinha no bolso?”. Segura essa, RAP nacional.

Muita gente não sabe, mas além de viajar o Brasilinteiro Mr. Catra já conheceu vários lugares do mundotocando em festas de música eletrônica. “Vou te falarde coração. Graças a Deus o meu trabalho, o do DJSandrinho, o trabalho de vários que estão lá fora, comoDJ Wesley, é difundir a música eletrônica brasileira. OFunk virou música eletrônica brasileira. Nós conse-guimos essa classificação no cenário da música eletrô-nica mundial. E a gente toca nos picos de músicaeletrônica pelo mundo: Ibiza, Cannes, Estocolmo,Copenhagem, a gente toca nesse picos, não vai lá tocarpara brasileiros. A gente vai tocar na cena da músicaeletrônica”. Nesses lugares, não é a letra escrachada doFunk que faz sucesso, mas as batidas cruas do Pankadão.“Pô mano, tem lugar que o cara não fala inglês, portu-guês ou francês. Aí é foda, sem comunicação. NaPolônia é só na base da mímica, mas o pessoal sabeque tem que dar uma ‘roçada’ (risos)”.

Com tantas viagens, Catra conta sobre um de seusmelhores momentos: “Fiz um show numa cidadezinhahippie da Dinamarca, em Copenhagem, para mais decinco mil pessoas. Cantei em cima de uma pista deSkate e foi bem louco. Para o especialista, perguntei: Eas mulheres de lá? “Ah! mano, eu vou falar para você,as suecas são as coisas mais lindas. Lá, a GiseleBundchen te atende no Mac Donalds, A Xuxa dirige ocaminhão de lixo, para voce ver o ‘naipe’ do bagulho. Éuma delícia! Na Escandinávia as mulheres são as maislindas do mundo. As mais bonitas, as mais gostosas,são as brasileiras, sem dúvida. Já viajei o mundo todo,mas as bundas mais bonitas e mais gostosas são asdas brasileiras, não tem ‘caô’. As húngaras tambémsão gostosas demais. Nossa! Maluco, aquilo é coisa delouco!”.

Além do próprio trabalho, Catra dá uma força paravarios manos, como “A Sagrada Família”. “Tem arapaziada que canta Funk, tem a rapaziada que cantaRAP, tem o pessoal que dança... É uma firma, é a nossaempresa. Temos nossos DJs de Funk, o Buiu e oSandrinho; temos os MCs Kapella, Jota Do Gueto, Rocha,Suppa Flá, WF e WD. Os manos estão aí com músicasnovas, com letras que todo mundo pode cantar, quetem um som legal. Em festa de RAP não pode ter sómacho, tem que botar as minas pra rebolar. Não temque cantar para macho ficar olhando, tem que cantarpara as minas rebolarem”, finaliza, provocando.

Para consagrar essa união entre o RAP paulistae o Pankadão, Thig, do Relatos da Invasão e Suppa Flátambém cantaram no palco do Maria Mariah. Essa uniãoainda promete muito barulho.

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dupla formada por MC Alexa e MC Paloma começaram no ano passado.Com a cara da nova geração, ele, 12 naos e ela 14, misturam batidas de Hip-Hop e Funk Carioca e já começam a ter grande aceitação nos bailes de SãoPaulo.

Com letras fortes e outras descontraídas, a dupla faz sucesso entre os adolescentes.O CD, que em breve estará nas lojas, traz Black Music, Rap e Funk, mostrando as novastendências do mercado. Com o sucesso da música “Manda a Mulherada” e o RAP“Criança”, o grupo vem conquistando os dois públicos.

grupo QI Racional foi fundado em 2005 com a união de dois gruposda Zona Sul de São Paulo, “DSAS”, formado por Dri e Samuka e “QI157”, do rapper Betão. Mas o estopim para o disco foi a música “BancaNervosa”, que retratava os sofrimentos carcerários e a opressãopolicial na periferia. “No estúdio Criasons, com o produtor Tony (ex-509-E), começamos a colocar em prática nosso tão sonhado desejo,que era a realização do nosso CD”, relembra Betão

Com uma estrutura totalmente independente, o grupo ficou umano e meio trabalhando no disco “Melhor Só”, pois era uma tarefadifícil relatar as trajetórias de cada um dos integrantes com os fatosreais que aconteceram com cada um. A capa do CD traz a imagem doanjo do Apocalipse, que simboliza o bem e o mal entre uma balançada Justiça Divina de Deus. O grupo contou ainda com os parceirosOdair, Dudu Nascimento, Pretto, Dimenor, do grupo Alvos da Lei, Jéle Jottacê.

E reforçando o time pesado da Zona Sul,os manos recentemente fizeram a festa delançamento do disco, que teve festa lotadalevandocultura einformação dequalidade paraa quebrada.

melhor forma hoje de divulgar uma música é a Internet, e nada melhor que um vídeoclipe para fazer isso acontecer. Gravado no dia das mães, o clipe do som “Essência do amor” teve várias locações, como o topo de um prédio no Centro de São Paulo e em Itapevi, onde Dinho do Guetto mora. Continuando a divulgação de seu disco “Para us pretos e para us brancos”, o rapper da Zona Oeste de SãoPaulo já promete o clipe da música “Rimando em São Paulo” até o fim do ano.

DDDDDORMINDORMINDORMINDORMINDORMINDO PELO PELO PELO PELO PELAS RAS RAS RAS RAS RUUUUUASASASASAS,,,,, TTTTTOPOPOPOPOPANDANDANDANDANDO COM O COM O COM O COM O COM AS DRAS DRAS DRAS DRAS DROGOGOGOGOGAS /AS /AS /AS /AS /MENOR MENOR MENOR MENOR MENOR ABABABABABANDANDANDANDANDONONONONONADADADADADOOOOO,,,,, CHEIR CHEIR CHEIR CHEIR CHEIRANDANDANDANDANDO UMAO UMAO UMAO UMAO UMA COL COL COL COL COLA/A/A/A/A/SEM PSEM PSEM PSEM PSEM PAI,AI,AI,AI,AI, SEM MÃE, SEM MÃE, SEM MÃE, SEM MÃE, SEM MÃE, SEM N SEM N SEM N SEM N SEM NADADADADADA/ A/ A/ A/ A/ AAAAA R R R R RUUUUUAAAAA É SU É SU É SU É SU É SUAAAAA ESCOL ESCOL ESCOL ESCOL ESCOLA,A,A,A,A,O CÉU É O SEU O CÉU É O SEU O CÉU É O SEU O CÉU É O SEU O CÉU É O SEU TETTETTETTETTETO/ O SOL,O/ O SOL,O/ O SOL,O/ O SOL,O/ O SOL, AAAAA SU SU SU SU SUAAAAA LUZ/ O OR LUZ/ O OR LUZ/ O OR LUZ/ O OR LUZ/ O ORVVVVVALHALHALHALHALHOOOOOSUSUSUSUSUAAAAA COBER COBER COBER COBER COBERTTTTTA/ O CHÃO É SEU COLCHÃO/ SE A/ O CHÃO É SEU COLCHÃO/ SE A/ O CHÃO É SEU COLCHÃO/ SE A/ O CHÃO É SEU COLCHÃO/ SE A/ O CHÃO É SEU COLCHÃO/ SE TIVESSE UMATIVESSE UMATIVESSE UMATIVESSE UMATIVESSE UMACHCHCHCHCHANCE,ANCE,ANCE,ANCE,ANCE, NÃO SERIA NÃO SERIA NÃO SERIA NÃO SERIA NÃO SERIA ASSIM NÃOASSIM NÃOASSIM NÃOASSIM NÃOASSIM NÃO

Trecho da música “Criança”

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A melhor fase dorapper Ja Rule

Podemos dizer queAshanti foi a melhor fase dorapper Ja Rule. claro que eletambém gravou com outrascantoras maravilhosas, masfoi ao lado de Ashanti, com“Always on Time”, que orapper conseguiu seu maiorsucesso.

Recentemente, Ja Rule es-teve no Brasil para uma sériede shows, e ficou a esperan-ça de ver a diva por aqui. Masela não veio e o público ficousó na saudade.

Agora, ela lança um novodisco e quem sabe venha fa-zer um show por aqui.

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A amiga deBeyoncé

Muitos a conhecem assim,mas Kelly tem seu brilho pró-prio. Além de cantar ao lado deBeyoncé no trio Destiny’s Child,a gata já fez muito sucesso nopassado ao lado do rapperNelly, com o hit “Dilema”.

Hoje em dia, Nelly está nasparadas com Fergie, e KellyRowland trabalha seu disco quefoi recém-lançado.

Aqui no Brasil, sua músicaestá nas TVs e nas Rádios, e elaainda promete muito mais paraeste ano.

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O rapper WX acaba de gravar o vídeoclipe da música Estado deChoque, que conta com produção de Joeblack. O clipe ainda trazaparições de Quellinah, Suppa Flá e Nikita. A filmagem foi feita emtrês locações. Começou no Centro de São Paulo, Baixada do Glicério,depois foi para um Hotel, onde cada quarto foi pintado por umgrafiteiro, e acabou na casa noturna Mood, na festa Black Mood, donosso parceiro Zezão. O clipe ja está na Internet, confira. Votetambém no vídeoclipe para concorrer ao VMB no MTV Overdrive.Onde fica o Hotel? Na Rua Conselheiro Nébias com General Osório, noCentro de São Paulo. Entree escolha seu quarto entre vários grafiteiros como Binho e Does,entre outros.

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uem diria! O Hip-Hop, no mo-mento em que alguns o davamcomo morto, deu como respos-ta a volta do grupo RZO, o pro-grama Manos e Minas na TV Cul-tura, com Rappin Hood no co-mando, a expectativa iminente

do novo disco do Racionais MC’s e maisde 30 candidaturas do movimento emtodo o Brasil.

É nesse clima que o candidatoNuno Mendes, há 16 anos na rádio 105FM apresentando o Espaço Rap, seencontrou com o lendário Nelson Triunfopara trocar experiências de campanha.Nunão em São Paulo, Nelsão na cidadevizinha, Diadema.Nelson Triunfo, precursor do movimento,recebeu Nuno Mendes com seu entusiasmocaracterístico e disse que é o momentodo Hip-Hop tomar a frente. “Chega devotar nesses ‘pagão’ aí”. Ambosconversaram, posaram para fotos etrocaram declaraçõesde apoio.

Essa atitude dos manos do Hip-Hop se candidatarem não é algo inédito.Sombra e Shetara já se candidataram nopassado e Anderson 4P foi eleito vereadorem 2004 na cidade de Francisco Morato.O novo, é que pela primeira vez temos umcandidato com condições reais de se tornarvereador em São Paulo, terceira maiorcidade do planeta. Segundo Nuno Mendes,essa tendência ganhou uma dimensãoinimaginável com a candidatura de AliadoG a Deputado no Estado de São Paulo eBob PTG no Ceará.

“Quando Aliado veio, abriu umaclareira na mata fechada. E se a gentenão ocupasse esse espaço eavançasse, o mato voltaria a crescer”,alerta o locutor do Espaço Rap.

Aliado G, líder do grupo Face daMorte, continua na vanguarda. É candidatoa prefeito em sua cidade, Hortolândia.Construtor da Nação Hip-Hop Brasil, foi umdos incentivadores para que Nuno Mendesdisputasse o pleito a vereador na maiormetrópole da América Latina.

Nuno Mendes na capital paulista,Beto Teoria em Ribeirão Pires, Nerinho em

Santo André, Will em Curitiba e Preto Rap em Fortaleza, são can-didatos do Hip-Hop que possuem não só algumas propostasem comum, mas até mesmo a numeração de campanha idêntica:“65105”.

Essas campanhas de candidatos do Hip-Hop têm maiscoisas em comum. São campanhas sempre com pouco ounenhum dinheiro, muita criatividade, atitude e muitos apoiadores.O jornal Estadão publicou matéria analisando o poder doMovimento Hip-Hop nessas candidaturas, que tende a se renovar.

Além de Edi Rock, Rappin Hood, Mano Axé e DBS, grandeparte do movimento tem ajudado a divulgar a campanha deNuno Mendes. Outros movimentos de periferia como o Reggae,o Samba e os skatistas também têm apoiado o apresentador doEspaço Rap, formando um verdadeiro “Encontro das Tribos”.

“O vereador é o fiscal do povo”, fala Edi Rock, dogrupo Racionais MC’s, em vídeo de apoio no site de Nuno Mendes.

Manos e minas, candidatos do Hip-Hop em todo o Brasil:

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Confira o site dos candidatos do Hip-Hop:www.nunomendes65105.can.brwww.nelsontriunfo13688.can.brwww.betoteoria65105.can.brwww.osnidias65123.can.br

Nome Quebrada Número CargoAliado G (Erlei) Hortolândia 65 PrefeitoAnderson 4P Francisco Morato 13000 Reeleição –VereadorNuno Mendes São Paulo 65105 VereadorNelson Triunfo Diadema 13688 VereadorNelsinho Guarulhos 65234 VereadorBeto Teoria Ribeirão Pires 65105 VereadorOsni Carapicuíba 65123 VereadorCuringa Rio Claro 65013 VereadorPablício Vinhedo 11019 VereadorNerinho Santo André 65105 VereadorTeresa Campinas 65065 VereadorSerjão Jacareí - VereadorJuliano Itapetininga - VereadorDJ Buiú Araras 25208 VereadorAlceu Cordeirópolis 23000 VereadorSimone Guerrero São J. dos Campos 22300 VereadorRafael Jundiaí 65141 VereadorViola BN Itú 65013 VereadorRaissuli Salto 13333 VereadorLuizinho Osasco 65456 VereadorMano Oxi Porto Alegre – RS 65456 VereadorPreto Rap Fortaleza - CE 65105 VereadorKim Isac Florianópolis - SC 12123 VereadorWill Curitiba - PR 65105 VereadorDJ Sadam Rio de Janeiro - RJ 65676 VereadorMagão Campo Grande 65000 VereadorValter Campo Bom – RS 65656 VereadorDJ Gutti Sapucaia do Sul 65171 Vereador

Mano Higor Sinop - M T 65163 Vereador

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No meio do mundo. Esse foi o endereço daBatalha Amapá. E foi no meio da Amazônia que aCrew Amazon B.Boys conquistou o bicampeonato.

O festival tem apoio do governo e da RádioDifusora de Macapá, que abriu suas portas parao Hip-Hop mantendo há dois anos o programa “Hip-hop na Veia”, apresentado atualmente pelo B.BoySpaick, um dos coordenadores da Batalha Amapá.

Zulu diz que a batalha agora adota omesmo regulamento da BOTY (Battle Of The Year),em que as equipes devem apresentar um show esó quatro são selecionadas pelos jurados paradisputar a final da Batalha Amapá.

Os jurados foram B.Boy Catatau (Tsunami),Daniel (QDM) e James (Stil Contact). Os rappersRapadura e Lindomar atuaram como os MCs doevento. As semifinais foram disputadas pelascrews Estilo de Belém (Melhor Show), AmazonB.Boys do Pará, Afro B.Boys e Mec Loucos doAmapá. Mas venceu a técnica da Amazon B.Boys,abocanhando o prêmio de R$ 5.000,00. Paralelo atudo isso, aconteceram diversas atividades, comoOficinas de DJs, MCs, Graffiti ao ar livre, Baile Rape o Show de encerramento no Centro de CulturaNegra do Amapá, belíssimo espaço dedicado aonegro e sua cultura.

Dança de Rua e altos prêmios na Amazônia.E o Hip-Hop não pára.

Ele já está em seu segundo CD, mas as correrias dessemano do Rio de Janeiro não ficam só nas músicas.

Além de alimentar um blog com entrevistas e matérias,Fiel atualmente mora no Morro Santa Marta, onde está rodandoum curta-metragem, além de ter lançado seu novo clipe recen-temente. Fora as filmagens, Fiel tambem é o principalorganizador do evento Hip-Hop no Santa Marta, que já tevevárias edições, sempre levando cultura e entretenimento paraa quebrada.

visaodafavelabr.blogspot.com

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ormado por Belo, Bi, Lêe DJ Pê, o grupo Impac-to chega às ruas comseu primeiro trabalho

apoia-do por nomes de pesocomo Trilha Sonora do Gueto.“Eu já conhecia o Cascão an-tes dele ser do Trilha Sonorado Gueto, tinha uma amiza-de. Aí, o T$G começou a fa-zer shows e a levar a gentepara os shows também.D e p o i s ,o Cascão me apresentou aoDJ Pudim, que é o produtordo nosso disco”, esclarece Lê,sobre a parceria.

Os rappers do interiorpaulista já começam a fazer ba-rulho com as músicas “Só porDeus” e “Aqui não é Filmenão!”, tocando na 105 FM econquistando o grande público.“’Só por Deu’ fala sobre ascoisas que acontecem, eque hoje, pelas coisas queacontecem , Só mesmo porDeus, porque sem Ele vocênão chega a lugar nenhum.‘Aqui não é Filme não’ nósfizemos para mostrar o queacontece, como nós somosdiscriminados. Fizemos para‘lascar paulada’ neles!”,revela Lê.

O grupo mantém o compro-

F misso de mudar a realidade e tema preocupação que deveria ser dogoverno. “Cantamos porquequeremos mostrar para a rapa-ziada que a vida do crime nãocompensa”, explica Belo, queaproveitando o sucesso do som,fez uma festa de pré-lançamen-to do disco em sua cidade,Sorocaba, com a presença deT$G, Realidade Cruel e os gruposda região. “Em Sorocaba temum público bem cativo doRap, e quando a gente faz asfestas por lá é casa cheia”, seorgulha Lê.

Apesar dos integrantes já te-rem tido outros grupos, a novaformação tem apenas dois anos,e já estão com o primeiro traba-lho na ruas.

“Impacto é isso: Ir-mãos MovimentandoPalavra Acessiva ComToda Originalidade, por-que aqui todos se consi-deram uma família. E onome do álbum é “Jogoé jogado/Rap é canta-do”, porque tudo é sobreo jogo da vida. Você temque saber jogar parapoder chegar aondequer”, finaliza Lê.

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m grupo com proposta diferente surgiu em 2006 daamizade de Manu Dékis e Mec Doideira. “Eu e oDoideira já tínhamos um grupo, mas cada umseguiu seu caminho. Nos reencontramos, ecomo ele era o autor da músicas, combinoucom minha idéia de montar um grupo ondecada um tivesse a sua função: intérpretes,

produtores, músicos, dança-rinos”, revela ManuDékis.

A idéia foi dando certo e quando o disco estava quasepronto Mec Doideira faleceu. “A gente tinha gravado ovídeoclipe da música “Vamu Funka” com Nelson Triunfo eestavámos terminando o disco, com participação da Cris doSNJ. Mas no dia 03 de fevereiro de 2008 perdemos MecDoideira. Nessa festa, fizemos uma homenagem a ele com“100 dias sem Mec doideira”. A gente espera concluir o discoaté o final do ano”, desabafa.

A festa foi no Chaparral, dia 18 de julho de 2008, em Embu dasArtes, SP. Da festa partiparam Bastardo, Jamess, Segunda Via e Doideira Som.

“Na homenagem, o melhor momento foi quandocantamos a música “Vamu Funká”. Fizemos uma mini-festaentre a gente, lembrando e cantando. E um dos melhoresmomentos que eu vivi com Mec Doideira foi quando sentamose escrevemos a música “Vou Me Dar Bem” no estúdio doManu Dékis”, relembra Tico

O disco do Rateio vem com variados temas, como na música“Tufo de Onça”, que fala sobre o poder do dinheiro, ou a “Vou MeDar Bem”, que fala sobre respeitar o próximo e sobre como se darbem sem passar por cima de ninguém. Nesse disco, Mec deixouvárias mensagens, explica o rapper Deéfê. “A música que maismarcou para mim é “Vencedor”, que fala das lutas do dia-a-dia. Toda vez que canto é a que mais me marca”.

Manu Dékis produziu o disco e escolheu quem iria interpretaras letras. “Quero fazer entretenimento com informação”, ressalta.

Hoje, a formação atual do grupo é: nos toca-discos ManuDékis; os intérpretes são Tico, Pablo, Dede e Deéfê, e na dançaFelipe. “Quem compra nosso disco pode esperar umcompromisso com o público. O R.A.T.E.I.O. faz música deboa qualidade para todos os gostos”, relata Pablo.

O disco também tem participação da Cris do SNJ. “Elaparticipa na música “Faça a sua Parte”, que é um som quefala sobre o cotidiano da periferia. Eu acho que se cada umfizer a sua parte, a gente pode mudar o Brasil”, diz ManuDékis.

O disco também traz muita referência ao Funk.

“A música “Vamu Funká” é umahomenagem ao Funk, trazendo opessoal da velha escola, comoNelson Triunfo, King Nino Brown eThaíde, entre outros. Hoje, ascrianças não sabem o que é o Funk,só conhecem Funk Carioca, então,fizemos esse resgate”. Aproveitando oassunto, entramos na polêmica e perguntamos sobreo Funk Carioca. “Eu acho que o Funk Carioca éfeito por MCs. Eles fazem num beat maisdançante, mas não deixa de ser rima. Eu achoque o Rap tem que parar com essadesigualdade, o Funk Carioca é como o Rapgringo, feito para dançar e curtir”.

Quem quiser saber mais sobre o grupo ou jáouvir alguns sons, acesse: www.myspace.com/rateioShows: Douglas (11)7366-3460

Estudio Manu Dékis - (11) 9580-1524 [email protected]

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O início da Cultura Low RiderO estilo Low Rider começou na década de 1940, com imigrantes

do México em Los Angeles, junto com o estilo Zoot Suit (Pachucos),trazido pelos espanhóis e mexicanos que foram morar nos EUA.

Tudo começou porque eles pegavam os carros que estavamsucateados e transformavam em verdaderias máquinas, com muito estilo

e colocando elementos da cultura latina. Essa cultura cresceu e seexpandiu para o mundo todo, chegando inclusive ao Brasil.

O nome Low Rider vem de “andar baixo”, termo usado pelosimigrantes que tiravam os bancos de trás do carro fazendo comque a polícia não visse os passageiros. Na época, os mexicanoseram muito perseguidos pela polícia, e quatro pessoas em umcarro já era motivo para ser abordado. Desse estilo de “andarbaixo” veio o nome Low Rider.

Com o tempo a cultura evoluiu, melhorando as pinturas e a partehidráulica, e os carros que pulam se tornaram o grande símbolo da

cultura, mas que vai muito além disso. Hoje a cultura Low Riderengloba as Low Bikes, o estilo de se vestir e a atitude. Tudo isso

passou a ser um estilo de vida em várias partes do mundo.A música que os adeptos da cultura ouvem são o Funk dos anos

70 e a Soul Music, além, é claro, do RAP. Vários grupos se identificam coma cultura, como Cypress Hill, Lil Rob e MR Capone-E. Aqui no Brasil, osgrupos que se identificam são A Banca DRR, Código Fatal, Relatos daInvasão, FEX, RZO, DBS, entre outros.

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Um dos principais meios de entrar para a cultura écomeçando pelas bikes, até pelo aspecto financeiro. Hoje, noBrasil, existem vários Bike Clubs. Para fazer parte da culturavocê tem que se informar, pois só através da informação e doconhecimento terá o respeito e será aceito, formando mais umelo nessa corrente que cresce a cada dia.

Agradecimentos especiais nesta matéria ao Julião, atoda a Família Car Club pelo evento, e ao Oswaldo pelaidéias.

Para sonhar mais com a Cultura - Um dos pontos ondese pode achar muito material sobre a Cultura Low Rider é naGaleria 24 de Maio, no Centro de São Paulo. Na Loja Ant Dopyn(Loja 56) você encontra vídeos, filmes, documentários e CDssobre a Cultura Low Rider. É só chegar lá e falar com o Oswaldo.(11) 3331-4255.

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DDDDDJ do RJ do RJ do RJ do RJ do Racionais MC’acionais MC’acionais MC’acionais MC’acionais MC’ssssslançalançalançalançalançaCD e DVD do projetoCD e DVD do projetoCD e DVD do projetoCD e DVD do projetoCD e DVD do projeto“Fita Mixada Rotação 33”“Fita Mixada Rotação 33”“Fita Mixada Rotação 33”“Fita Mixada Rotação 33”“Fita Mixada Rotação 33”

Em cEm cEm cEm cEm coletoletoletoletoletiviviviviva fa fa fa fa fala sobrala sobrala sobrala sobrala sobre o Re o Re o Re o Re o Rapapapapap,,,,, O F O F O F O F O Funk Cunk Cunk Cunk Cunk Cararararariociociociocioca e sua misa e sua misa e sua misa e sua misa e sua missão no Rsão no Rsão no Rsão no Rsão no RAPAPAPAPAPL Jay lançou um trabalho inédito no Brasil. O projeto

consiste em uma performance gravada ao vivo, emque Kleber faz colagens, scratches e viradas desons nacionais como Xis, Racio-nais, Sabotage, DeLeve e deixa um instru-mental entre uma música eoutra. Ele convi-dou vários MCs para colocar suas

rimas, como Max BO, Gaspar Z’Áfrika, Andrômeda, Kamau,Parteum e Liga dos MCs.

O resultado você confere num DVD com extrasde entrevistas, um show no Rio de Janeiro e um CD com oresultado da fita mixada.“Eu procurei inovar, vir comum barato novo”, falou o Dj, pois muitos esperavam queele lançasse uma coletânea no estilo “KL Jay na Batida”.

Numa coletiva no Centro de São Paulo, KL Jay falousobre o momento atual da música. “Tem músicacomercial que é foda; tem mano que fala do 50 Cent,mas a música dele é foda. É igual ao Funk Carioca,que leva uma, afronta... Ele folga. Eu o admiro, mastambém tem muita coisa dele que eu não gosto.Música boa tem em qualquer lugar, no comercial,no underground. A música vai além da ideologia, éoutro patamar, alto nível”.

O DJ da 4P também falou sobre estar sempregravando novos grupos e dando espaço para novosrappers. “Eu me sinto parte de uma missão, ‘táligado’? Mas nada do que eu faço é obrigado. Oque eu faço é incondicional, não quero nada em troca.É um prazer para mim fazer parte dessa cultura eestar envolvido com pessoas que eu escolho. E euvou fazer até a hora que der. É muito bom tocar, émuito bom fazer as coisas acontecerem, é muitobom fazer parte disso. E eu não quero poder nemcontrole, quero fazer a coisa acontecer. Quem quiservir comigo, venha pela ordem. É minha missão e euagradeço ao Universo sempre por ter descoberto acultura, ser o que eu sou e fazer parte do que eufaço” .

A exibição do DVD no Sesc teve aplauso em péda platéia. “Quando eu vi aquilo senti o outro Kleberque está aqui dentro de mim, que fala: ‘Voce estácerto’. É bom ser reconhecido, mas não é isso queeu quero, não é essa a intenção. Quero tocar, fazer

música. Mas ser reconhecido é bom. Você acredita queoutras pessoas se identificam com aquilo que você estáfazendo”. Sobre o nível dos rappers hoje em dia, ele falou:“Muitos MCs têm medo de falar o que realmente queremdizer, têm medo de ser taxados, ser ridicularizados”,explica.

“A gente tem que causar, como o Funk Cariocacausa. Eles falam vários bagulhos que não são bons deouvir, mas a batida é foda, um bagulho escrachadopara todo mundo ouvir. Quando toca o Funk Carioca,não tem como ficar parado”, afirma.

KL Jay ainda prepara vários lançamentos para esteano. “Eu sou apaixonado pelo que faço, e aprendo comvários DJs, a rua fala comigo toda hora. Eu ouço umsom na barraquinha do camelô e falo: ‘Noooossa! voutocar hoje no baile’. O termômetro é a rua”, finaliza.

K“Muita coisa que o Funk Cariocafala eu não gosto, mas é umamúsica muito foda, de afronta, étambor, é África, e por issodominou o mundo. O RAPnacional está escondindo ainda,está cantando assim ainda(coloca o capuz do moleton nacabeça e cobre o rosto). Tem quefazer música louca, tem que tocarsem medo”

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Dálmatas Mistura CulturaVindos do sul do país, um rapper e uma cantoratrazem um mistura interessante entre sons quepasseiam pela MPB e um estilo de RapUnderground. Dálmatas também traz letrasquentes, como em “Alô, Alô” e uma mensagempositiva no som “Paz”. Fala também sobre brigas erelacionamento, como na ousada “A Fila Anda”. Ogrupo nasceu em 2006 com a cantora D’Lara e orapper e produtor musical Jameson Boaventura.www.myspace.com/dalmatas2008

Mixtapes - Cenário Independente

Chegaram às ruas excelentes mixtapes comnovos sons, como a do DJ QAP e sua MPCEnvenenada. O produtor e DJ do SP Funk traznomes como Markão II (DMN), Criolo Doido,Pródigos, Max BO, Relatos da Invasão, Otimistas eÚltima Chance, O Viruz, Mathematicos e Tio Fresh,Sandrão e Sombra. Destaque para Mathematicos,com o som “Do Acre a Sampa” e o sucesso“Vasilhame”, de Criolo Doido. www.myspace.com/djkpye

Idmon Orpheus com seu “Acenda o Isqueiro”Representando a Família 7 velas como melhor davertente nacional do Reggae, Ragga e Rap.www.myspace.com/idmonorpheus

Rhéu e seu album “A arma que escolhi” vemrimando a positividade, mandando mensagens deesperança.

E para fechar a Mixtape Volume 1, ConexãoMinas Gerais/Baixada Santista/São Paulo/Riode Janeiro/Interior traz os grupos Fusão da Cor,Produtos da Rua, H2 Loko, Supremacia, DimensãoNegra, Reviravolta Máfia, Afro Síntese, Tarja Preta,Voz D’Assalto, TAS 2, MR Problema, Raízes 72,Fusão Bélkica, Mandrake, B.Dog e SOS Periferia. AMixtape sai em homengam a Undher Jay (Mr.Problema), falecido recentemente. Grandeinciativa do portal www.oh2c.com.br.

Facínoras MCs, com o disco “Em tempos de Morte,as Lágrimas são de Sangue”, segue a linha mais radicaldo RAP nacional, com bases sinistras que relatam ocotidano violento. Destaque para a forte “Sinto Faltado Amor” e para as participações de Realidade Cruel,Mandrake, Davi Black e outros nomes.

Do sul do país, o grupo “Manifesto” chega com oálbum “O Mal nunca dorme”. Criado em 1997, ogrupo está em seu quarto disco .www.myspace.com/Manifestorap

De São Paulo, o grupo “Zona de Risco” lança otrabalho “Guerreiros com Atitude”, mostrando um Rapmoderno e diferenciado.www.myspace/zonaderisco

Inspirado pelo Racionais MC’s, o rapper lança o disco“O Marreteiro”. Conhecido pela sua correria, o manovem batalhando e conseguindo bastante espaço paradivulgar seu trabalho.

Dudu de Morro Agudo lança, em tecnologia SMD(que faz o preço do CD baixar a R$5,00), o seuesperado disco “Rolo Compressor”, com produçõespesadas, ideologia forte e rimas competentes,mostrando que a militância também pode ser aliadade um Rap de qualidade. Destaque para o clássico “ODom”, a história de “Dico Seqüela”. O disco fica maisleve na irônica “Sacolinha”, falando sobre as igrejas.

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O novo disco do rapper PregadorLuo do grupo APC 16, “BatePesadão”, traz sons para quem vaipraticar Jiu-Jitsu.Luo, que já treina há algum tempo,traz o single “Música de Guerra-1ªMissão” e lança na Nossa Rádio (91.3FM) (www.nossaradiofm.com.br)”.O álbum, que se chamará “Música deGuerra”, será temático, trazendo ostemas de entrada nos ringues dosmaiores lutadores de MMA e artesmarciais do mundo.

A principal locomotiva do RAP no DistritoFederal e região é a gravadora MarolaRecords. Com uma história de superação,Marola, o proprietário, começou devagar ehoje é a principal gravadora do DF, lançandoa cada mês muitos grupos.Os próximos lançamentos são “RaciocinarRAP”, “Comunicação Racial”, “Perbony”, “DomBlack”, “VDP”e “DJ JR Killa”, além dos grandesdestaques, como o disco novo do rapper DJJamaika, “Álibi pra Morte” e Atitude X, com odisco “Isaias Jr”.Ouro grupo que se destaca na cena éVadioslocus, com o trabalho “Até quando oCaneco secar”. O grupo nasceu da idéia dese fazer algo alternativo, deu certo e em2004 lançou seu primeiro CD, chamado“Vadioslocus na Conkech” e gravaram o clipedas músicas “Bom é Viver” e “Só PraBagunçar”. O grupo foi bem aceito pelopúblico e tem viajado por vários Estados.Nas letras, sempre visam mostrar o “ladobom” de vivernas periferias.

Disco de estréiado rapperSabotageé relançadoAgora nas mãos do Daniel daBroklin Sul Produções o discodo rapper voltará às lojas.O disco, que tem sucessoscomo “Um Bom Lugar” oumesmo a eterna “RAP éCompromisso” estão nesseprimeiro registro do rapper,que se tornou uma lenda comseu jeito simples, suas rimasrápidas e letras inteligentes.Ainda este ano a produtorapromete um disco de inéditas.

Pregador Luo lança discodedicado ao Jiu-Jitsu

Negga Gizza lançamúsica no MyspaceA rapper Nega Gizza (RJ) lançou amúsica “Testa de Ferro” em seuMyspace. A música fala dehonestidade, falsidade e lutasocial. A musica foi produzida como rapper Mv Bill. Por enquanto, nemsinal de CD novo da Gizza.Nega Gizza atualmente estácoordenando a base da CUFA noViaduto Negrão Lima, no Rio deJaneiro, local onde acontece aLIBBRA - Liga Brasileira deBasquete de Rua.

Vai ouvindo o som emwww.myspace.com/negagizzarap

Gravadora Marola Records faz barulho comnovos lançamentos no DF e no Brasil

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No Rio de Janeiro, diante de um CircoVoador lotado, dezesseis B-Boys do Brasilinteiro competiram no Red BullBreaking. As 2.400 pessoas presentesconferiram um verdadeiro show de ritmo,técnica, habilidade e muita gingabrasileira. O dançarino Muxibinha, doDistrito Federal, sobreviveu a quatrobatalhas e foi o grande campeão da noite.O evento ainda trouxe performance docoreógrafo Carlinhos de Jesus e show doMC Marechal.

O Brasil foi sede da etapa classificatória do mais famosoe respeitado torneio internacional de DJs, o DMC World DJChampionship. O concurso já revelou grandes artistas,como DJ Cash Money, Craze, Q-Bert, Scratch Perverts,C2C e ie.Merg. E o grande campeão foi o DJ paulistanoRM. A conquista valeu a passagem para a final mundial emLondres, em setembro. RM Disputou com mais dozeconcorrentes de diferentes regiões do país e foipremiado também com um mixer da Pioneer e um chequeno valor de mil libras. O DJ Erick Jay garantiu o segundolugar na competição, e DJ Tano o terceiro.

DJ RM se classifica para a final naInglaterra com os melhores do mundo

Batalha de B.Boy da Red Bullconsagra Muximbinha

MuximbinhaMuximbinhaMuximbinhaMuximbinhaMuximbinha MMMMMuximbinha_x_Puximbinha_x_Puximbinha_x_Puximbinha_x_Puximbinha_x_Pelezinhoelezinhoelezinhoelezinhoelezinho

Carlinhos de JesusCarlinhos de JesusCarlinhos de JesusCarlinhos de JesusCarlinhos de Jesus

No Destaque Gospel temos a volta do grupo“Alerta Vermelho”. O ótimo CD “Kairos”vem com músicas que falam dos problemasdo cotidiano, apontando Jesus como a saída.Destaque para “Tempo Certo”, com ótimaletra e bons backing vocals de Kauana e Dica.Robert MC também vem com seu disco, “Pai,ouve minha prece”, fortificando a cenaGospel do RAP Nacional.

Trilha Sonora do Gueto

“Purke tudu num mundu é vaidade”

A linha de frente dos ‘Vida Loka’ está devolta. No mundo material, o que domina éa vaidade. É nessa linha que vem o novotrabalho do Trilha $onora do Gueto, umdos grupos mais contundente dessa novageração.

Atacando Edir Macedo e as vaidades do mundo,entre uma faixa e outra sua metralhadora depalavras não pára. “Será que é assim queDeus quer ver a gente, exército vencidopor maconha e aguardente?”, indaga numarima.Com um single tocando nas rádios o discocomeça a fazer barulho no cenário.Recentemente o grupo também foi destaquena Semana do Hip-Hop no Myspace. Muitasnovida-des ainda vem este ano por parte dosVida Loka. É aguardar e acompanhar.www.myspace.com/grupotrilhasonoradogueto

Carlinhos de JesusCarlinhos de JesusCarlinhos de JesusCarlinhos de JesusCarlinhos de Jesus

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grupo nasceu em 1995, então com o nomeVisão da Favela. “Este nome foi escolhidodevido a realidade em que os meninos

(Neive e o Gino, os primeirosintegrantes) viviam, pois queriam demonstrar areal visão da favela. Às vezes, as pessoas quenão conhecem a favela tem uma leituratotalmente distorcida do que realmente é”,relembra Cezinha, que foi trazido para o grupo porNeive. “...e não demorou muito eu já trouxe oCris (DJ). O Gino e o Neive faziam o som deles ea Josi cantava em rodas de samba e palcos noestilo MPB. Aí, foi só juntar as idéias e deu nissoaí”, explica Cezinha a origem do grupo.

Depois de vários anos de caminhada o nomedo grupo mudou para D’Favela. “Tínhamos vontadede um nome mais impactante, e foi aí quecomeçou nossa história com o Dexter. A idéiado D’Favela foi uma sugestão dele que agradoua todos. Pronto, mudamos!”, explica o rimador. “Aidéia do nome é que o som, o grupo, as idéias,o respeito e a disciplina é D’Favela. Sócomplementando, o Dexter é nosso padrinho eé uma pessoa pela qual temos total considera-ção e respeito. Hoje corremos juntão, ombro aombro, dividindo alegrias, tristezas, conquistase derrotas. Todos por todos, ‘tio’, lado a ladoaté o osso”, finaliza Cezinha.

Com estilo malandreado, o grupo vchegacom o disco “Lado a Lado”. “Nossa cultura,malandragem e habilidades são apreciadas edesejadas por muita gente do asfalto”. Falandosobre o disco, ele comenta: “Mano, Lado a Lado

não é banca nem grupo, muito menos facção ou grife.Lado a Lado é uma família, e por termos uma uniãocabulosíssima, não teve jeito. Além disso, tem uma faixano disco que se chama Lado a Lado e retrata exatamen-te qual é a verdadeira ideologia da família”.

O disco, musicalmente rico, mostra um grupo bem ver-sátil nas rimas e melodias. “Me preocupo muito na escritatio, pois não gosto de barreiras para o som do D’Favela.É incrível como conseguimos resumir anos e anos emalguns minutos através de rimas sobre melodias. Isso ésentimento puro, pois acredito que pode-se viver umavida inteira em alguns momentos e é isso que acontecequando as pessoas ouvem a música e falam com a vozembargada: ‘É Cézinha, pior que é isso mesmo truta!”.

E com esse sentimento o D’Favela traz protesto nasletras. “A vida do cidadão brasileiro só irá mudar apósuma boa dose de cultura, interesse pelo que é nosso.Pergunta aí quantos sabem qual é o papel do vereador?Vou mais além, pergunta aí quantos lembram para qualdeputado ou vereador votou na eleição passada?”,indaga.

Depois de três anos em estúdio, o álbum traz aberturade KL Jay. produções de Johnny, do RHH, DJ Robertinho e MardemJam. No disco cantam Markão II (DMN), Shirley do CaGEBE, Cris,Rappin Hood, Edilson Mateus e Josi.

Estilo que o asfalto quer copiar!

O

Eu te pergunto: O que você faria por um sonho?Desculpa, se invadi seu receio mais medonhoTe falo uma fita pra gravar, viu tiozão?A dor é inevitável, sofrer é opção.(Mão pra cima)

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A jovem rapper Nikita estréia com um trabalho queaposta nas novas direções para a Música Pop Brasileira.

henomenometrika, seu CD de estréia,mostra a rapper Nikita, de apenas 17 anos,

vinda da Baixada do Glicério, Centro de SãoPaulo. Sua pouca idade não foi empecilho paraum grande disco. Com a estrutura da FirmaProduções e produzido por Joeblack e PLG, oálbum ainda traz as participações de Quellynah,musa do Hip-Hop brasileiro e atriz do filme/seriado “Antônia”, WX, Suppa Flá, P. Rima, Dadoe Angel.

Nikita parece pronta para ganhar fãs em todoo Brasil. Ela é espontânea, tem talento na rima e pre-enche os requisitos para uma carreira de sucesso nomundo Pop: é bonita, canta bem e tem atitude. O discotraz canções com beats modernos e rimas que giramem torno do universo juvenil baladeiro, com músicasprontas para as pistas de dança e rádios do país.

Seguindo a tendência Pop internacional,Nikita surge como um dos grandes talentos da novageração do Hip-Hop brasileiro. www.myspace.com/nikita

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Dee Naldinho fez e faz parte dahistória do RAP nacional. No início,somente como rapper, lançou váriosdiscos e sua carreira já tem mais de20 anos, os últimos passados nagravadora TNT, por onde lançou

vários trabalhos e atingiu 100 mil cópiasvendidas. Com a TNT Records aprendeu muito. “Euaprendi muita coisa lá; o Donizete é muito genteboa, e a insistência dele para eu gravar um discopor ano me fez apreender muito, e isso resultouem algo muito bom para mim. O trabalho queestou realizando hoje é o resultado do aprendiza-do que tive com ele”, relembra Naldinho.

E todo essa experiência ele levou para suagravadora, a Preto do Gueto, que já lançou seudisco e agora prepara a coletânea “A voz doGueto Vol.1”. “Nesses tempos de dificuldade, asgrandes gravadoras sumiram. Depois do grande‘boom’ do Rap, a gente se viu abandonado. E eu,que estou na luta e gravando desde 1988, me vi naobrigação de ajudar a fortalecer o Rap e criei agravadora ‘Preto do Gueto’. Estou criando tambéma marca de roupas, tudo com o intuito de dar umaforça para os novos talentos musicais”, afirmaNaldinho.

Muitos artistas de renome começaram suascarreiras saindo em coletâneas. “É difícil, masbasta ter fé. Minha vida é o RAP; já fui tentado adesviar meu caminho, mas minha fé e meu amorestão no Rap nacional. Mas os grupos também mefortalecem nessa luta. Graças a Deus, a primeiracoletânea já está fechada”. Hoje, Naldinho se vênos grupos, como quando ele mesmo, em 1987,1988, buscava um espaço para gravar, mostrar seutrabalho. “Eu ficava sentado na porta do Clube daCidade. Saía de casa às 7 da manhã e voltava noultimo ônibus, esperando o Luizão. Eu me vejo sim,me vejo no sonho que eles têm. Por isso estoutratando essa coletânea com o maior carinho erespeito. Eu tenho aquele orgulho bom de poderdar um oportunidade a esse grupos que estãolutando e colaborando com O Rap nacional, e issoé muito bom. ‘Tamo junto’ e misturado”.

Naldinho, fazendo seu papel de produtor,já levou a coletânea para varios rappers ouvirem:DBS e a Quadrilha, Mano Brown, Nuno Mendes,Expressão Ativa, Black Blue, Império e Pixote. Orapper ainda promete uma coletânea a cada ano,

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Olá,Gostaria de parabenizar e ao mesmo tempo agradecer avocês pela brilhante reportagem que saiu nessa última ediçãoda Revista Hip-Hop sobre a cantora norte-americana AliciaKeys. Eu sou fã dela e faço parte da maior comunidade sobre ela noOrkut.com e, junto à equipe do site aliciakeys.com.br, estamos fazendocampanhas e mais campanhas para uma possível vinda dela ao Brasil.Gostaria que numa próxima oportunidade vocês dessem algum apoiopara nós e nossa campanha. Muito obrigado pela atenção ecompreensão.CHH: Valeu pelo elogio, estamos apoiando e divulgando essacampanha. Nós também queremos um show dela por aqui, de

preferência a preços acessíveis, assim como foi oshow do Ja Rule recentemente.

André Silva. Agradeço a vocês da revista CulturaHip-Hop por trazer essas informações que vocêspublicam. Tô ligado que é a maior correria. Sempreque posso compro a revista para me manter beminformado. Você ‘tá ligado’ que a informação é acura, e a revista esta aí para mostrar que isso nãoé mentira. Mas venho aqui para parabenizá-lospela edição passada, que tem o lendário Thaíde ea diva Alicia Keys. Aquela informação quevocês trouxeram do Cascão é ‘da hora’, eleé o cara. O apoio que vocês estão dandopara o Dexter também é sem palavras, porisso a revista tem essa credibilidade. Mas euqueria que vocês fizessem uma matéria com asminas do Atitude Feminina. Elas são embaçadas,tipo, de onde elas são, quem são, qual a correriadelas etc. Também poderiam entrevistar o grupoInquérito, que fez a música Dia dos Pais.Aproveitando, mostrem as baladas que estãopegando fogo, ‘tá ligado?’. Vou me despedindo ejá vou avisando: logo eu voltarei rsrsrsrs.Humildade é o lema. É isso aí, agradeço pelarevista Cultura Hip-Hop reservar este espaço pragente. Paz e até logo mais. Fox Jabamaika Sampa.

CHH: Estamos trabalhando para sempre trazer asprincipais notícias, e eles estão nas nossas pautase nas próximas edições traremos novidades.

Jú And 1 - Salve salve gurizada da revista!!!A revista está muito irada, a cadaedição matérias mais interessantes,principalmente as de Streetball. Adoromuito as equipes da Lub e da And 1. Queriadar uma sugestão: Que tal uma entrevista

com o Rappin Hood napróxima edição? Seriashow de bola!!! Espero quevocês gostem. Beijogrande a todos da revista,‘tamo junto’ sempre.

CHH: Rappin Hood, que agoraé apresentador de TV noPrograma Manos e Minas, naTV Cultura toda quarta-feira às19h30, já está na nossa lista.

Editora MINUANORua: Cel. Mário de Azevedo, 239 - Bairro: LimãoCEP: 02710-020 - São Paulo - SPCaixa Postal: 16.352 - CEP: 02515-970Site: www.edminuano.com.brE-mail: [email protected].: (0XX11) 3437-7676

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