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seap REVISTA DA Ipat lança projeto de Remição da Pena pela Leitura na unidade Educação Seap participa da campanha de vacinação contra H1N1 para servidores e internos do sistema prisional Saúde Conheça um pouco mais deste importante setor da Seap Cosipe Edição 01 Maio 2016 AMOR PARA RECOMEÇAR Casamento coletivo oficializa a união de 23 casais no Compaj.

Revista da Seap - Edição 01 - Maio 2016

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seapREVISTA DA

Ipat lança projeto de Remição da Pena pela Leitura na unidade

EducaçãoSeap participa da campanha de vacinação contra H1N1 para servidores e internos do sistema prisional

SaúdeConheça um pouco mais deste importante setor da Seap

Cosipe

Edição 01Maio 2016

AMOR PARARECOMEÇAR

Casamento coletivo oficializa a união de 23 casais no Compaj.

Pedro Florencio Filho Secretário de Estado de Administração Penitenciária

Lidianne Lavor Cruz Tamer Secretária Executiva

Marcos Klinger dos Santos Paiva Secretário Executivo Adjunto

Revista Seap é uma publicação da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária.

Assessoria de ComunicaçãoSeap

Kamilla LiraAssessora Chefe/ JornalistaEmanella RosárioAssessora/JornalistaErica MeloPublicitária/FotógrafaRaina Ilana FeitozaDesigner

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seapREVISTA DA

Pedro Florencio FilhoSecretário de Estado de

Administração Penitenciária

Editorial

Palavra do Secretário

Conforme vamos vencendo desafios na missão árdua de administrar o sistema penitenciário do Estado do Amazonas, encontramos novas formas de agradecer as vitórias e de reconhecer todos os protagonis-tas e agentes dessa caminhada. Esse é o intuito desta nova ferramenta de divulgação dos trabalhos da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Lança-mos hoje um novo espaço para mostrarmos a sociedade o lado positivo e humano das unidades prisionais e todo o esforço dos servidores que contribuem diariamente com suas ações, dinamismo, parceria e compe-tência.A Revista da Seap chega com a proposta de unir mensalmente as principais notícias, ações e novidades do sistema penitenciário do amazonas. Nesta primeira edição traze-mos como notícia de capa o casamento coletivo realizado no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) do regime fechado. Esta é a terceira edição do casamento desde que assumi a gestão da Seap em outubro do ano passado, sendo a segunda cerimônia realizada em 2016. É com muita alegria que incentivamos essa ação de cidadania e ressocialização da pessoa privada de liberda-de, pois o casamento é uma festa que une e alegra as pessoas, e foi isso que presencia-mos na manhã da cerimônia na unidade prisional.Na área da educação temos avanços todos os meses com diversas atividades nas unidades prisionais. Em maio destacamos a primeira edição do projeto de Remição da Pena pela Leitura no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), que agora é a sexta em todo o Amazonas a proporcionar aos internos a oportunidade de ler um livro, adquirir conhe-cimento e remir a pena. O Centro de Deten-ção Provisória Feminino (CDPF) realizou também o 1º Seminário da Escola Estadual Giovanni Figlioulo. Na cultura apresentamos projetos que mostram uma parceria desen-volvida com a Secretaria de Estado de Cultura (SEC) que tem tido boa receptividade nas unidades do regime provisório e semia-

Em maio a Seap participou da Campanha Nacional de Vacinação do H1N1, que levou a vacina para todas as unidades prisionais de Manaus e para a sede da secretaria. Cerca de 5 mil servidores e internos receberam a vacina, um saldo extremamente positivo para o sistema. A revista reúne muito mais conteúdo para que você conheça e descubra uma realidade cheia de ações que são feitas diariamente para humanizar o sistema penitenciário.Dessa forma apresentamos pra vocês os feitos deste mês, valorizando o empenho de todos os servidores, tanto os que dedicam seu trabalho na área administrativa e na sede da Seap, quanto os que estão presentes nas unidades prisionais. É o trabalho em equipe, guiado sempre por Deus, que possibilita que juntos possamos vencer todos os desafios. Temos fé que estamos mudando a vida destas pessoas encarceradas, com a honra e glória de Jesus em nossos corações.

“Lembrem-se dos detentos, como se vocês estivessem na prisão com eles. Lembrem-se dos que sofrem, como se vocês estivessem sofrendo com eles”. (Hebreus 13:3)

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SECRETARIA DE ESTADO DE ADMISNISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA

Sumário

SEÇÕES

05 Bastidores do sistema08 Cidadania11 Cultura15 Educação17 Saúde20 Esporte e Lazer21 Empreender22 Você Conhece25 Notícias

Na CapaAtravés do segundo casamento coletivo deste ano, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) realizou na manhã de terça-fei-ra (31), a cerimônia civil e religiosa que oficializou a união de 23 casais no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) localizado no km 8 da BR-174.

Bastidores do sistema“Minha missão é diária“, diz Suely Borges que há 45 anos atua no sistema prisional

amor para recomeçar

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) acompanhando o calen-dário do Ministério da Saúde, realizou no período de 30 de abril a 20 de maio, a Campanha de Vacinação do H1N1.

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Casamento coletivo oficializa a união de 23 casais no Compaj.

COSIpeConheça um pouco mais deste importante setor da Seap em uma entrevista com o coordenador do sistema prisional, major Lima Júnior.

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Bastidores do sistema

as mãos, o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), apresentado à antiga Universidade do Amazo-nas (UA), é um dos orgulhos da assistente social Suely Borges Oliveira, de 67 anos. Desses 67, 45 são dedicados ao sistema prisional. Quando começou a desenvolver o trabalho que faz com que ela seja reco-nhecida como umas das profissionais mais preocu-padas com o futuro da população carcerária, a Secre-taria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) ainda era parte da Secretaria do Interior e Justiça que, posteriormente, passou a ser Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejus).

“Minha missão é diária“, diz Suely Borges que há 45 anos atua no sistema prisionalpor Lívia Anselmo.

Suely Borges é uma das primeiras assistentes sociais a integrarem o time da secretaria. Ainda como estagiária, no início de sua trajetória no sistema prisional, Suely também atuou como professora na Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa que, na época, era chamada Penitenciária Central do Amazonas.

Após 22 anos como assistente social, Suely passou a ser diretora da Penitenciária Feminina de Manaus (PFM). No ano passado, chegou à direção da Unidade Prisional Semiaberto Feminino (UPSF) que continua sendo um desafio. “O regime semiaberto e a quantidade de pessoas na unidade parece que torna o trabalho mais fácil. No entanto, continuo tendo muito trabalho”, brinca.

Passaram-se 45 anos desde que Suely Borges passou a trabalhar no sistema prisional. Tantos anos de dedica-ção não renderam apenas a experiência profissional que carrega, mas um aprendizado de vida que ela se orgulha em contar.

A trajetória, o trabalho, os desafios e as ideias para o futuro podem ser conhecidos na entrevista abaixo que é a primeira do quadro #BastidoresDoSistema.

Enquanto diretora, qual o seu maior desafio no sistema prisional?Dentro de uma unidade precisamos trabalhar os valores morais, educacionais e até religiosos. O ser humano só sai daqui consciente de que precisa mudar de vida se ele despertar a atenção para isso. Minha missão aqui é diária. Tenho que cuidar disso todos os dias. Eu sou muito tranquila quanto ao meu trabalho porque sei que sempre fiz tudo o que pude. Quando me tornei diretora passei a ser uma assistente social com mais poder para colocar os projetos que desejava para funcionar. Hoje me sinto muito realizada por ter conseguido oferecer dignidade a cada mulher que conheço. Sei que permiti que muitas mulheres cum-pram sua pena com dignidade. Tenho uma missão que está longe de acabar, que é reconstruir valores que dignificam a mulher.

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O que a senhora considera um marco no sistema prisional nesses 45 anos de profissão?Não sei se todos vão concordar, mas acredito que uma das melho-res coisas que aconteceram para o sistema prisional foi a Lei de Execu-ção Penal (LEP) (Lei 7.210, de 11 de julho de 1984). A LEP passou a existir 14 anos após a minha chega-da ao sistema. Antes disso, não tinha nada que garantisse os direi-tos das pessoas presas. Para mim, a lei passou a obrigar o estado a ser mais humano. Mesmo naquela época, onde tudo era mais difícil, eu e todos que trabalhavam comigo, já pensávamos na necessidade de se tratar as pessoas com mais respei-to, dignidade. A LEP responsabiliza o Estado e obriga a manter os investimentos.

Tantos anos trabalhando com o mesmo público e os mesmos ideais não a colocaram no “auto-mático”?Felizmente, eu ainda não consegui olhar uma pessoa presa e não me chocar. Felizmente, eu não consigo entrar em um presídio e não me chocar com a realidade dessas pessoas que por algum motivo foram parar ali. Eu continuo sensí-vel a dor alheia. A pessoa quando é presa, pode ter a estrutura emocio-nal que tiver, mas quando se vê naquela situação, ela se desmonta e isso é triste para mim. Não tem como fechar os olhos e não me chocar. Acho que essa minha sensi-bilidade que me dá estímulo para continuar trabalhando, me estimula a buscar soluções. Durante todos esses anos tive o cuidado de não me tornar uma mulher fria. Conti-nuo querendo sair do trabalho todos os dias pensando que fiz o bem a alguém.

Como é possível recuperar essas pessoas que estão no mundo do crime e vieram parar nos presídios

Bastidores do sistema

como consequência dos atos lá fora?Eu acredito que o ser humano preci-sa se sentir útil, por isso sempre pensei que é preciso investir no aprendizado. O aprendizado é a principal arma para a recuperação de alguém que, quando chega na cadeia, se sente inútil. Desde o início, em 1970, busco desenvolver projetos dentro das unidades prisionais que busquem isso. Sempre busco dar ocupação, estudo, trabalho para que eles passem a refletir. Não é com todos que vai funcionar, mas com um que funcione já nos ajuda. A preocupa-ção de dotar uma pessoa vem comigo desde o início do meu trabalho aqui. Acredito que só assim conseguimos trabalhar valores nas pessoas.

Qual a importância do Serviço Social para o sistema prisional? De que forma os profissionais são úteis para o sistema?Foram 22 anos como assistente social nas cadeias. Os assistentes

sociais são fundamentais na equipetécnica de cada unidade prisional. Com esses profissionais, nós temos os dados reais dos internos e das famílias, que são fundamentais para traçarmos nossas estratégias. Para trabalharmos com o ser humano, nós precisamos conhecer essa pessoa e é através da família que podemos conhecer. Esse contato com a família é o assistente social que tem, por isso a importân-cia do profissional. Meu apoio é o serviço social, é o meu termômetro. Qualquer decisão com uma detenta passa por esse setor.

É possível fazer uma avaliação da população carcerária feminina no Amazonas? Como esse crescimen-to aconteceu?Hoje, na UPSF, eu trabalho com 40 internas. Mas quando assumi a Penitenciária Feminina de Manaus, em todos os regimes, tínhamos 40 mulheres. Hoje, somente no semia-berto, eu tenho 40. Em 2001 houve a inauguração da unidade na estra-da e o número de internas começou a crescer gradativamente. Hoje temos mais de 300 mulheres cum-prindo pena no sistema penitenciá-rio. Naquela época, a maioria das mulheres recolhidas era por envol-vimento com algum homem que estava no mundo do crime. Hoje, infelizmente nesse sentido, elas deixaram de ser submissas, elas possuem poder em áreas de tráfico e cometem crimes por conta própria. Ainda vamos encontrar mulheres que estão presas por conta dos filhos, por conta dos maridos, companheiros. Mas elas já estão se impondo no mundo do crime. É uma realidade que só cresce. É uma realidade que eu não gostaria de ver, mas que, enquanto diretora de uma casa de recupera-ção, vou trabalhar para evitar.

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Suely Borges tem 45 anos como servidora do sistema prisional

Cidadania

AMOr para recomeçarAtravés do segundo casamento coletivo deste ano, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) realizou na manhã de terça-feira (31), a cerimônia civil e religiosa que oficializou a união de 23 casais no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) localizado no km 8 da BR-174. A capela da unidade se tornou um ambiente repleto de romance e felicidade.Os noivos que participaram desta edição são de três unidades prisionais da capital: Compaj do regime fechado e semia-berto e do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat).

por Kamilla Lira

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Para Ana Paula Soares, uma das noivas, o momento foi de emoção e a expectativa pela realização do sonho a deixou nervosa minutos antes do grande sim. “Estou confiante que nossa união vai dar certo. Tenho fé em Deus que quando ele sair daqui ele se tornará outra pessoa. Estamos com o plano de formar uma família, está programado um filho para quando ele sair. E eu tenho certeza que ele vai mudar, conversamos muito sobre isso e eu acredito que ele tenha força para isso”. O casal se conhece há 5 anos, e o interno está preso no Compaj há pouco mais de 2 anos.

Os casais iniciam aqui uma nova vida

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Casamento Coletivo

Pedro Florencio, secretário da Seap, ressalta que o casamento é um resgate de cidadania para as pesso-as privadas de liberdade. “O sistema penitenciário geralmente é um ambiente triste, e uma cerimônia como essa trás alegria e esperança a essas pessoas. Os casais iniciam aqui uma nova vida, firmando um compromisso com a família, diante da palavra de Deus. Esperamos que os internos tenham a maturidade de seguir um novo caminho a partir de hoje, para que não voltem a reinci-dir.”

- Pedro Florencio,

Secretário de Estado de Administração Penitenciária

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As noivas tiveram sua prepara-ção para o grande dia com profissionais do Centro de Educação Tecnológica do Ama-zonas (Cetam), responsáveis em todas as edições do casa-mento coletivo pela maquia-gem e penteados. A Umanizza-re Gestão Prisional Privada, co-gestora das unidades do Compaj e Ipat, participou do evento com o coquetel disponi-bilizado aos casais, familiares e convidados.

O juiz da 4ª Vara de Família do Tjam, Luiz Cláudio Chaves, grande parceiro do projeto do Casamento Coletivo foi o responsável pela cerimônia civil. “A presença do poder judiciário no dia de hoje, é antes de tudo um gesto de apoio. Mais do que cumprir um manda-mento constitucional e garantir a dignidade humana, esse ato contri-bui para que eles não voltem a cometer crimes. É papel do judiciá-rio, auxiliar essas pessoas a supe-rarem essa dificuldade”, declarou o juiz.

A Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), providenciou toda a docu-mentação necessária no cartório para que os 23 casais pudessem realizar mais uma etapa em seus relacionamentos. Além disso, a Sejusc contribuiu com as alianças de tucumã e o material fotográfico que será disponibilizado em porta--retratos aos recém-casados. A Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) presenteou os noivos com bíblias que foram utilizadas durante a cerimônia.

A noiva Aparecida Zani, demonstra que o amor pode vencer barreiras e transformar as pessoas. “Eu amo o meu agora marido, e eu sei que Deus vai nos dar forças para supe-rarmos tudo. Tenho fé que em breve ele vai ter a liberdade e juntos pode-mos iniciar um novo momento. Eu sou uma pessoa trabalhadora e honesta, e eu creio que ele vai mudar, vai seguir agora bons exem-plos”.

Parcerias

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Cultura

31 internos do regime semiaberto, do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), participaram de uma visita guiada a um dos maiores pontos turísticos de Manaus, o Teatro Amazonas. A visita faz parte de uma parceria entre a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) e a Secretaria Estadual de Cultura (SEC).

Na ocasião os internos puderam fazer um “tour” por todo o interior do teatro e conheceram um pouco da história e origem do monumen-to. A visita foi acompanhada pelo

INTERNoS NOTEATRO AMAZONAS

No dia 29 de abril internas 21 deten-tas da Unidade Prisional Semiaber-to Feminino (UPSF) também tiveram a oportunidade de conhecer o monumento da capital do Amazo-nas. A visita faz parte das atividades de ressocialização promovidas pela Secretaria Estadual de Administra-ção Penitenciária (Seap) que desta vez contou com a parceria da Secretaria Estadual de Cultura (SEC).Bastante ansiosas e cheias de expectativas, a internas puderam acompanhar um ensaio de um dos 20 espetáculos do XIX Festival Amazonas de Ópera (FAO), que inicia em maio. Acompanhadas de uma guia turística, elas conheceram o salão nobre e demais espaços do local e viram o protótipo do Teatro feito com 30 mil peças de Lego

secretario executivo adjunto da Seap, Major Klinger Paiva, que ressaltou a importância dessa ação no processo de ressocialização dos internos, “Mostrar o valor da cultura e da educação para essas pessoas, contribui no processo de reintegra-ção à sociedade”, afirmou Klinger.

Capacitação – Resgatar a cidada-nia e proporcionar mais humaniza-ção aos detentos do sistema prisional do Amazonas é uma das missões da Seap, na atualidade. E para cumprir esse propósito, diversas parcerias com secretarias estaduais estão sendo realizadas com o intuito de criar novas oportunidades para a vida dos internos.

A vez dasInternas

Entre as atividades estão a realiza-ção de cursos profissionalizantes.

Para este ano, serão ofertadas em torno de 420 vagas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) para os detentos do sistema fechado e semiaberto do Complexo Penitenci-ário Anísio Jobim (Compaj), que fica localizado no quilômetro 8 da Rodovia BR-174 (Manaus – Boa Vista).

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Na manhã de quarta-feira (25),

sessão de cinema Nas unidades

Secretaria de Estado de Adminis-tração Penitenciária (Seap) promoveu uma sessão de cinema em duas unidades prisionais da capital. Com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), o filme “Quarto de Guerra – A Oração é uma Arma Poderosa”, foi disponi-bilizado aos internos da Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa (CPDRVP) na noite de segunda-feira (23), e aos detentos da Unidade Prisional do Puraque-quara (UPP) na terça-feira (24).

Para o secretário, Pedro Florencio, está é uma ação pioneira que tem

como objetivo oferecer uma progra-mação de lazer e o acesso à cultura. “Anteriormente uma ativida-de como essa não teria espaço nas unidades prisionais, por isso estamos trazendo essas iniciativas que agregam na vida e nas experi-ências que as pessoas privadas de liberdade acabam tendo dentro das unidades prisionais”

Na sessão de segunda, 400 internos da Cadeia Pública participaram da atividade na quadra da unidade.Na terça, cerca de 600 internos das galerias 1 a 4 da UPP assistiram o filme na primeira quadra da unida-de.Nas duas sessões após o filme,

os internos participaram de um momento de louvor e oração.

Pedro Florencio destaca que está é apenas uma etapa das ações culturais que serão desenvolvidas nas unidades prisionais de Manaus, em parceria com a SEC. “Nossas equipes estão empenhadas e contam com o apoio da pasta de cultura para implementar diversas atividades que estimulem os internos a terem acesso às diver-sas formas de cultura, desde música, filmes, pintura e dança”.

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por Kamilla Lira

No início desta semana a

Projeto de músicajá incentivou mais

de mil internos do sistema prisional

Desde 2006, um projeto voltado para incentivar os internos do sistema prisional a desenvolverem a prática musical, já alcançou mais de mil pessoas privadas de liberdade, no Amazonas. Dois instrutores de música iniciaram o projeto ‘Esperança Carcerária’ na Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa (CPDRVP), no Centro de Manaus, e estenderam as aulas instrumentais e de canto para outras duas unidades do sistema. Futuramente, o projeto chegará à quarta unidade prisional. A Secretaria de Estado de Adminis-tração Penitenciária (Seap) trabalha com este objetivo.

por Kamilla Lira

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Projeto de músicajá incentivou mais

de mil internos do sistema prisional

De acordo com especialistas, a música não é só um entreteni-mento, mas também uma medida para acalmar e relaxar, além de induzir ao movimento, melhorar a comunicação, criar vínculos, amenizar dores, auxilia no fortalecimento da memória, estimula práticas de atividades físicas e promove o autoconhecimento. Com todos os benefícios apresentados, o projeto ganhou vida também no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), nos regimes fechado e semiaberto.

Para o secretário da Seap, Pedro Florêncio, o projeto é um grande passo para que os internos aprimorem aptidões já existentes ou descubram um novo talento. “Com espaço e os instrumentos, o projeto foi ganhando força durante esses dez anos. Os frutos vêm sendo colhidos desde então, com os internos que participaram e continuam frequentando as aulas montado grupos que se apresentam nas unidades, durante os cultos, confraterni-zações e comemorações diversas”, afirmou.

É com o intuito de continuar formando cantores e músicos que um novo projeto será lançado, conforme explicou Pedro Florêncio. O ‘Música na Tranca’ será implantado no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), vizinho do Compaj, no quilômetro 8 da Rodovia BR-174 (Manaus – Boa Vista), que já possui alguns internos com conhecimentos musicais. “No mês de abril realizamos um culto na unidade e os primeiros louvores foram realizados pelo corpo de deten-tos do CDPM”, disse o secretá-rio. diversas”, afirmou.

Frutos são colhidosTodos os internos participantes são acompanhados diariamente pelos músicos e instrutores musicais: Raimundo Rodrigues, o ‘Kokó’ e Alfredo Márcio Libe-rato de Carvalho, o ‘Dondon’. Segundo Kokó, o projeto de ressocialização já gerou grava-ções de CDs e DVDs. “É um trabalho árduo, porém muito prazeroso. Muitos já estiverem conosco e é gratificante partici-par do desenvolvimento e contribuir para que eles tenham

uma nova habilidade. A música abre muitas portas, estimula a criatividade, proporciona disci-plina e liberdade artística”, afirma o músico.

Canto, violão, cavaquinho e percussão, não importa qual seja o instrumento. Todos tem vez e espaço no projeto, que agrega tanto músicas de cunho religioso, como pagode, samba e música popular brasileira. Com muita dedicação e juntan-do o melhor de todos os mundos e talentos, esses internos buscam na música uma nova chance de vida.

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Educação

Ipat lança projeto de Remição da Pena pela Leiturapor Kamilla Lira

Antônio Trindade (Ipat), registrou a apresentação da primeira banca de avaliação do projeto de Remição da Pena pela Leitura na unidade prisional. As apresentações aconteceram na terça (17) e quarta (18), respectivamente com a prova escrita e prova oral. Esta é a sexta unidade prisional da Secretaria de Estado de Administração Peniten-ciária (Seap) que desenvolve a atividade. Nesta primeira edição, 13 internos participaram do projeto no Ipat. O secretário, Pedro Florencio, desta-ca que a ação deve ser implemen-tada em todas as unidades prisio-nais até o final do ano. “Esse é um projeto que tem dado certo, e é uma aposta da Seap para incenti-var a leitura, o conhecimento e novas experiências. Um livro abre muitas portas e esse é o principal objetivo desta iniciativa”.

O projeto que já é desenvolvido no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) do regime fecha-do, na Penitenciária Feminina de Manaus (PFM), Centro de Deten-ção Provisória Masculino (CDPM) e nas Unidades Prisionais de Itacoa-tiara (UPI) e Maués (UPM), é coordenado pelo Governo do Estado do Amazonas, através da Seap, em parceria com a Umaniz-zare Gestão Prisional, que é a empresa terceirizada responsável pela administração da unidade

Em maio, o Instituto Penal

A Remição de Pena pela Leitura está previsto na Lei nº 12.433, de 29 de junho de 2011, na Recomen-dação nº 44 de novembro de 2013 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e no Ofício nº 1956/2013 do Grupo Permanente de Monitora-mento Carcerário de julho de 2013. Os internos participantes do projeto tem um prazo de 30 dias para a

leitura do livro, depois elaboram um relatório e respondem um questionário sobre as principais questões da obra.

Com a nota adquirida na avaliação e a aprovação do conteúdo apre-sentado, os internos têm quatro dias da pena remidos. De acordo com o secretário Pedro Florêncio, a participação no programa é volun-tária e é destinada a todos os apenados que tenham independen-te do grau de instrução, habilidades de leitura e escrita necessárias para todas as fases da atividade.

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Educação

CDPF realiza 1º Seminário da Escola Estadual Giovanni Figliuolopor Kamilla Lira

visória Feminina (CDPF) recebeu no último dia 12 de maio, o 1º Seminário da Escola Estadual Giovanni Figliuolo (E.E.G.V), a instituição que funciona nas unidades prisionais da capital.

O seminário teve como tema principal a biografia do Dr. Giovanni Figliuolo, que na ocasião foi homenageado pelos seus relevan-tes serviços prestados a socieda-de, em especial a comunidade carcerária do Estado do Amazo-nas.

o Centro de Detenção Pro- A programação teve a participação da diretora do CDPF, tenente Socorro Freitas, diretora do CDPF, da professora Kelly Amorim, gestora da E.E.G.F e demais docentes e discentes da instituição. Foram discutidos diversos assun-tos, entre eles o plano de melhorias para ensino nas unidades prisio-nais. Também foi celebrado 80 anos de atuação da escola dentro dos presídios.

A Secretaria de Estado de Adminis-tração Penitenciária (Seap) iniciou no final do mês março a capacita-ção dos profissionais da educação que atuam nas unidades prisionais. O projeto é uma iniciativa da Seap por meio da Escola de Administra-ção Penitenciária (Esap) que busca capacitar os professores que atuam no sistema prisional.

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Saúde

H1N1De acordo com o Ministério da Saúde até o dia 9 de abril de 2016, no Brasil já tinha sido registrado 153 mortes por H1N1. Ao todo, foram registrados 1.012 casos de síndrome respirató-ria aguda grave (SRAG) por influenza A/H1N1 até a referida data. Em uma semana, 326 novos casos de H1N1 foram registrados no país.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) acompanhando o calendário do Ministério da Saúde, realizou no período de 30 de abril a 20 de maio, a Campanha de Vacina-ção do H1N1 para os servidores e internos de todas as unida-des prisionais da capital.

por Emanoella Rosário

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Para o secretário, Pedro Florencio, é crucial trabalhar na prevenção doenças no sistema prisional, pois pessoas privadas de liberdade estão mais vulneráveis a desenvol-ver doenças, “Nesse sentido, a Seap tem buscado ações de saúde para dentro das unidades prisio-nais. Temos que entender que pessoas em condição de confina-mento tem um risco muito maior de contaminação e propagação de doenças virais, portanto prevenir dentro dos presídios é uma medida de zelar pelo restante da socieda-de”, afirmou o Pedro Florencio.

Aproximadamente 5 mil pessoas entre internos e servidores da unidades prisionais , receberam a vacina. A vacinação foi feita pela equipe da Divisão de Imunização (PNI) da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) juntamente com o apoio das esquipes de saúde das unidades.

A transmissão ocorre da mesma forma que a gripe comum, ou seja, por meio de secreções respirató-rias, como gotículas de saliva, tosse ou espirro, principalmente. Após ser infectada pelo vírus, uma .

uma pessoa pode demorar de um a quatro dias para começar a apresentar os sintomas da doença. Da mesma forma, pode demorar de um a sete dias para ser capaz de transmiti-lo a outras pessoas.

Causas e Transmissão

As primeiras formas do vírus H1N1 foram descobertas em porcos, mas as mutações conseguintes o tornaram uma ameaça também aos seres humanos. Como todo vírus considerado novo, para o qual não costumam existir métodos preventivos, o vírus mutante da gripe H1N1 espalhou-se rapida-mente pelo mundo.

A transmissão ocorre da mesma forma que a gripe comum, ou seja, por meio de secreções respirató-rias, como gotículas de saliva, tosse ou espirro, principalmente. Após ser infectada pelo vírus, uma pessoa pode demorar de um a quatro dias para começar a apresentar os sintomas da doença. Da mesma forma, pode demorar de um a sete dias para ser capaz de transmiti-lo a outras pessoas.

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Aproximadamente 5 mil pessoas entre internos e servidores da unidades prisionais , receberam a vacina.

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ação de saúde na cadeia pública

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do dia 14 de maio, cerca de 120 internos e visitantes da Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa (CDPRVP), recebe-ram atendimentos de saúde. A atividade é a primeira de uma parceria da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) com o Senac Amazonas, para a unidade localizada no Centro de Manaus.

O secretário da Seap, Pedro Florencio, destaca mais uma parceria para os trabalhos de ressocialização das pessoas privadas de liberdade. “O Governo do Amazonas vem apostando no apoio que instituições públicas e privadas oferecem para as secre-tarias. Estão previstas diversas atividades para a Cadeia Pública até a sua desativação, buscando

tratamento digno, novas oportuni-dades e aprendizados desde o momento que dão entrada no sistema prisional”.

A ação que aconteceu na capela da unidade contou com 30 alunos do curso de enfermagem do Senac, que incentivaram a promoção de saúde dos internos e seus familia-res, com aferição de pressão, higiene bucal com flúor e massa-gens. Os serviços foram destinados a todos os raios, com participação voluntária dos profissionais e atendidos, com momentos de orientações dos melhores cuidados com o corpo.

A próxima ação na Cadeia Pública está agendada para o dia 28 de maio, com profissionais e alunos dos cursos de corte de cabelo e maquiagem do Senac. A atividade

será voltada também para as mães e companheiras dos internos que terão uma aula sobre como se maquiar em casa.

Pedro Florencio ressalta que atividades que envolvam os internos e seus familiares são essenciais para que as ações sociais tenham efeito. “Aproximan-do os familiares dos eventos que acontecem dentro das unidades conseguimos alcançar uma parcela maior de interessados em partici-par das tarefas. A família é parte do processo para resgata-los à sociedade”, disse o secretário.

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Em ação realizada na manhã

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por Kamilla Lira

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taça de futsal na upppor Kamilla Lira

Unidade Prisional do Puraque-quara (UPP) realizou a semifinal e final do I Campeonato Carcerário da unidade, que iniciou no final de março. O torneio esportivo foi organizado pela uma agente de socialização da Umanizzare Gestão Prisional, Priscila Karine, acadêmica de Educação Física. A final foi acompanhada pelo secretário de Estado de Adminis-tração Penitenciária, Pedro Florencio e pelo coordenador do sistema penitenciário, major Lima Júnior.

Segundo Priscila Karine o torneio esportivo teve 25 rodadas, sendo a final disputada entre os times da Galeria 1 e Galeria 4 da UPP. O campeonato carcerário foi o projeto de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da agente. “A intenção de realizar o campeona-to como estudo científico foi conciliar o meu trabalho enquanto agente e poder aproveitar pra produzir sobre algo que eu conheço. Outro fator foi propor-cionar uma atividade que incenti-vasse os internos a praticarem esportes”.

Nos dias 6 e 7 de maio a

As inscrições foram feitas a partir do dia 15 de março, e a abertura do campeonato foi no dia 23 do mesmo mês. Priscila afirma que os internos ficaram animados com a iniciativa e que a intenção é realizar outras modalidades esportivas. “Na UPP os internos querem outras ações. Já foi conversado com o professor de educação física da unidade, a intenção deles de participarem de torneios de jiu-jitsu, tênis de mesa e xadrez”.

As inscrições foram feitas a partir do dia 15 de março, e a abertura do campeonato foi no dia 23 do mesmo mês. Priscila afirma que os internos ficaram animados com a iniciativa e que a intenção é realizar outras modalidades esportivas. “Na UPP os internos querem outras ações. Já foi conversado com o professor de educação física da unidade, a intenção deles de participarem de torneios de jiu-jitsu, tênis de mesa e xadrez”.

esporte e lazer

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Internas da UPFS participam de oficina de artesanato

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por Emanoella Rosário

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Internas da Unidade Prisional Semiaberto Feminino (UPFS) tem a oportunidade de participarem de oficinas de artesanato, que acon-tecem diariamente dentro da unidade. Esta é mais uma iniciativa da Secretaria de Estado de Admi-nistração Penitenciária (Seap) para estimular o desenvolvimento de novos aprendizados e atividades dentro do ambiente prisional.

Na oficina são confeccionadas diversas peças decorativas, a maioria é feita com materiais descartáveis, usados por elas. As internas que participam da oficina são capacitadas por um instrutor,

que ensina como aproveitar melhor o material de trabalho e técnicas manuais. Um dos destaques do trabalho é a confecção de caixas personalizadas com tecido, que variam de tamanhos, formatos e cores. As caixas podem ser utiliza-das de várias formas, seja como organizador, porta joias, porta remédios e etc. Além disso as internas confeccionam acessórios como bolsas e carteiras. .

Para a diretora da unidade, Suely Borges, essas atividades tem o objetivo de passar conhecimento para as internas. “Através dessas oficinas podemos oferecer a elas

Nos dias 6 e 7 de maio a uma opção de se profissionalizar, de ter um ofício e uma fonte de renda quando saírem daqui e para ajudarem suas famílias”, destacou a diretora.

A oficina busca resgatar a dignida-de das internas através dos seus próprios trabalhos, que de alguma forma permitem que elas expres-sem o que há de melhor nelas através dos seus talentos. A expectativa é que nos próximos meses outras oficinas de diversas áreas aconteçam dentro da unida-de.

vocÊ conhece o cosipe ?Cuidar da segurança e das atividades de todas as unidades prisionais do Estado não é uma tarefa fácil. A Coordenação do Sistema Penitenciário (Cosipe) é o setor responsável pela parte operacional do sistema e é um dos setores que compõem a Secretaria Executi-va Adjunta (Sexad), dirigida pelo major Klinger Paiva, que vem atuando com muita competência, seguindo as diretrizes de ordem e disciplina.

A missão de coordenar uma equipe composta por policiais militares, agentes penitenciários e servidores com anos de experiência no sistema prisional, fica sob a responsabilidade do major Lima Júnior.

O Cosipe tem como prioridade a segurança nas unidades prisionais, com destaque na realização de revistas humanizadas, acompanhamento das escoltas para audiências em fóruns, hospitais e fúnebres, além do apoio e controle em todas as unidades prisionais administradas pela Secretaria de Estado de Adminis-tração Penitenciária (Seap).

Conheça um pouco mais deste importante setor da Seap em uma entrevista com o coordenador do sistema prisional, major Lima Júnior.

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Revista da Seap: São oito meses nessa missão à frente do Cosipe, com atuação nas unidades prisio-nais do Amazonas. Qual a impor-tância do Cosipe para a Seap?Major Lima Júnior: Como a própria palavra já diz, o Cosipe é a coorde-nação do sistema penitenciário, e hoje além de darmos toda a assistência e apoio aos diretores das unidades prisionais, as equipes realizam escoltas fúnebres, médi-cas, para fóruns e audiências, não só em Manaus, mas também nas comarcas no interior. Também fazemos revistas preventivas em unidades prisionais, que são procedimentos que não necessitam em primeiro momento da utilização da força policial, porém havendo necessidade de uma maior repre-ensão não poderíamos deixar de mão o acionamento dos nossos parceiros da Polícia Militar do Amazonas (PMAM).

RS: Como você avalia o resultado e desempenho da equipe do Cosipe nesses oito meses?MLJR: Nossa equipe cada dia se especializa mais nas atividades. Vale salientar que esse apoio do Cosipe não é só aos diretores de

unidades prisionais, mas também nas ações do Departamento de Reintegração Social e Capacitação (Deresc) e nas visitas do secretário Pedro Florêncio em alguma unida-de. Falou em atividade em unidades prisionais, o Cosipe está sempre presente, e isso é fundamental. Nós temos uma escala diária de três equipes atuando, conforme a necessidade. Nos finais de semana escalamos uma equipe para ficar na rua e no plantão em unidades prisionais, e as outras ficam de prontidão. Estamos sempre alertas e prontos para o serviço. Temos no Cosipe policiais militares que já possuem o dom e treinamento de atuarem repressivamente, com cursos de negociação e experiência nessa área. A equipe é composta também por agentes penitenciários com 20 anos de serviço no sistema e por servidores que já foram diretores de unidades, e que possuem uma longa experiência dentro do sistema prisional.

RS: Como é a experiência na atuação dentro das unidades prisionais, na convivência e diálogo com pessoas privadas de liberda-de?

MLJR: Nosso trabalho é muito árduo, porque sabemos que temos que aliar a força, o poder do Estado em mantê-los custodiados, e também trabalhar a convivência dos internos, procurando a reinte-gração e ressocialização deles à sociedade. Então existe sempre um diálogo, e como disse anteriormen-te temos profissionais especializa-dos com cursos de negociação e gerenciamento de crises, que nos auxiliam para que possamos ter a devida paciência e cautela, para sabermos falar a palavra certa, no momento certo. Porque um “não” pode causar uma rebelião, um transtorno muito grande, de situações onde de repente um “não” possa virar uma cadeia, e esse “não” pode ser para um pedido de uma escova, um kit, uma visita ou materiais que não entra-ram. As negativas para coisas que são simples podem causar um transtorno muito grande, e nosso trabalho é evitar que isso aconteça, sempre prezando pela ordem, disciplina e tranquilidade dentro das unidades prisionais.

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Currículo – Major Agnelo Batista Lima Júnior

Coordenador do Sistema Peniten-ciário

Agnelo Batista de Lima Júnior é major da Polícia Militar do Amazo-nas (PMAM), tendo ingressado na corporação no ano de 2001. É tecnólogo em Eletrônica pela Universidade de Tecnologia do Amazonas (Utam), bacharel em Segurança Pública e do Cidadão pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA) em 2004. Pós-graduado em Gestão em Segurança Pública na Sociedade Democrática, pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) em 2008 e pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade La Salle em 2014. Em 2005, Lima Júnior se formou no curso de oficiais da PMAM, no posto de aspirante em abril, e posteriormente se tornou 2º tenente em agosto do mesmo ano. Foi promovido ao posto de major

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em dezembro de 2013, e em maio de 2014 assumiu como comandan-te da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), onde permane-ceu até outubro de 2015, quando assumiu a Coordenação do Siste-ma Penitenciário (Cosipe) da Secretaria de Estado de Adminis-tração Penitenciária (Seap). Em 2006 participou do Curso de Operações Ribeirinhas do Batalhão do Exército Brasileiro, na Bahia. Em 2008 participou dos cursos de negociador e técnico policial explosivista. Em 2009 foi piloto de helicóptero do Grupamento de Radiopatrulhamento Aéreo (Graer), e posteriormente participou do curso de piloto privado e comercial de helicóptero em São Paulo nos anos de 2011 e 2012. Retornando a Manaus, Lima Júnior foi promovido ao posto de major em dezembro de 2013, e no ano seguinte se pós-graduou em Docência do Ensino Superior pela Faculdade La Salle.

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Na dia 30 de maio, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) participou do lançamento do pacote inicial de projetos e parce-rias da Secretaria de Segurança Pública do Ama-zonas (SSP-AM), que amplia os serviços integra-dos de órgãos do Estado e empresas privadas, através do monitoramento de câmeras. O Centro de Operações e Controle (COC) do Sistema Peni-tenciário integra o Termo de Cooperação com 250 câmeras de segurança de oito unidades prisionais da capital.

O secretário de Estado de Administração Peniten-ciária, Pedro Florencio, participou do evento no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) e ressaltou a importância da parceria nas ocorrên-cias no sistema prisional. “Com a integração vamos trazer mais celeridade nos eventos que acontecem nas unidades prisionais, pois teremos um acionamento mais ágil da Polícia Militar (PM), que é totalmente necessária em situações como

Seap integra ampliação de monitoramento de câmeras de segurança da SSP-AM

notícias

escoltas, prevenção e atuação em situações como rebeliões, motins e ações que podem desestruturar o sistema”.

COC foi implantado pelo Governo do Amazonas em 2014, e é uma ferramenta fundamental para o Siste-ma Penitenciário. A central é responsável também pelo monitoramento eletrônico, realizado por meio de Tornozeleiras, com acompanhamento e fiscali-zação do uso dos dispositivos eletrônicos, utiliza-dos pelas pessoas privadas de liberdade como pena alternativa.

O COC atua diariamente, no monitoramento das unidades prisionais de Manaus, na observação e registro de atividades, tendo como objetivo, dentre outros, aumentar a sensação de segurança nas unidades, uma vez que o monitoramento por imagens e rádio permite o acionamento imediato de forças de segurança, em caso de ocorrências no Sistema Prisional.

por Kamilla Lira

Revista da Seap25

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Durante todo o mês de maio, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), realizou aproximadamente 26 mil atendimentos de internos nas áreas psicológica, jurídica, social, saúde, odontológica e educação física. O número corresponde ao relatório mensal de dez unidades prisionais da capital do regime provisório, fecha-do e semiaberto.

As unidades atendidas foram o Centro de Deten-ção Provisória Feminina (CDPF) e Masculino (CDPM), Penitenciária Feminina (PFM), Unidade Prisional Semiaberto Feminino (UPSF), Cadeia Pública Raimundo Vida Pessoa (CPDRV), Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP), Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) e Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) dos regimes fechado e semiaberto.

Para o secretário, Pedro Florencio, a iniciativa segue a orientação de oferecer um tratamento

Em torno de 26 mil atendimentos a internos foram realizados nas unidades prisionais da capital no mês de maio

notícias

humanizado aos detentos. “Dentro das restrições que eles enfrentam diariamente, na condição de encarcerados, nós como Estado, procuramos viabi-lizar essas ações, que permitem a eles ter uma melhor qualidade de vida durante o período em que estão cumprindo pena”, afirma.

Na área psicológica foram realizados 3.318 atendi-mentos, no jurídico 6.329, no serviço social 1.338, atendimento médico 1.081, enfermaria 649, odon-tológico 8.800 e educação física 4.150, totalizando 25.745 atendimentos.A maioria dos procedimentos são realizados dentro das unidades prisionais, na área social onde ficam as salas de enfermaria, odontologia, social, psicoló-gica e o jurídico. As atividades guiadas pelos profis-sionais de educação física são feitas nas quadras e áreas de vivência das unidades. Todos os atendi-mentos são realizados pelas equipes técnicas da Seap e da Umanizzare Gestão Prisional Privada, juntamente com apoio de entidades parceiras.

por Emanoella Rosário

Revista da Seap 26

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De acordo com especialistas, a música não é só um entreteni-mento, mas também uma medida para acalmar e relaxar, além de induzir ao movimento, melhorar a comunicação, criar vínculos, amenizar dores, auxilia no fortalecimento da memória, estimula práticas de atividades físicas e promove o autoconhecimento. Com todos os benefícios apresentados, o projeto ganhou vida também no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), nos regimes fechado e semiaberto.

Para o secretário da Seap, Pedro Florêncio, o projeto é um grande passo para que os internos aprimorem aptidões já existentes ou descubram um novo talento. “Com espaço e os instrumentos, o projeto foi ganhando força durante esses dez anos. Os frutos vêm sendo colhidos desde então, com os internos que participaram e continuam frequentando as aulas montado grupos que se apresentam nas unidades, durante os cultos, confraterni-zações e comemorações diversas”, afirmou.

SECRETARIA DE ESTADO DE ADMISNISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA