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Soluções para o futuro Raízen aposta na inovação para garantir a produtividade revista Ano 2 nº 1 abril a junho 2012

revista - raizen.com.br€¦ · desse objetivo: financiar a renovação e expansão dos canaviais. Quais são as expectativas com relação ao Prorenova? O programa está passando

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Soluções para o futuroRaízen aposta na inovação para garantir a produtividade

r e v i s t a

Ano 2 nº 1 abri l a junho 2012

Revista Raízen

Giro Rápido Agenda sustentável

4

Responsabilidade SocialDez anos de futuro

6Páginas Roxas

Impulso no crédito

8

SegurançaNa raiz da atuação

11

10Sustentabilidade Um combustível

mais limpo

NegóciosEficiência para crescer

14

Tecnologia e Inovação 100% Raízen

16

RegulaçãoConfiança na bomba

22

ApresentaçãoExcelência brasileira

24

Raízes do BrasilA todo vapor

28

Questão de ÉticaSer ético é um bom negócio

30

Índice

Capa Tecnologia

a serviço do desenvolvimento

18

A Raízen completa, em 2012, um ano de vida. Neste curto espaço de tempo, nos consolidamos no mercado como uma das cinco maiores empresas em faturamento do Brasil. A posição que ocupamos, no entanto, é apenas o início do projeto que pretende transformar o biocombustível em protagonista do desenvolvimento econômico mundial.

O desaf io é grande. Com uma matriz energética considerada limpa se comparada com a de outros países, o Brasil precisa trabalhar para reduzir ainda mais sua dependência dos combustíveis fósseis. Esta postura, além de ajudar na redução dos impactos causados pelas mudanças climáticas, nos torna um exemplo a ser seguido.

Para que nossos objet ivos se jam alcançados, acreditamos que a formação de uma equipe forte e unida é a base para o sucesso de qualquer projeto. Neste sentido, conseguimos, a partir de duas culturas corporativas marcantes, criar um novo time, focado e comprometido com o desenvolvimento da Raízen.

Em paralelo à construção de uma nova empresa, olhamos para o futuro. Além de acreditarmos no etanol como uma solução viável e sustentável, apostamos na inovação para vencer os desafios energéticos de uma sociedade que demanda soluções eficientes e limpas.

É o caso, por exemplo, do etanol de segunda geração. Com ele, será possível dobrar a produção de etanol

sem aumentar a área de plantio da cana-de-açúcar. Iniciativas como essa agregam valor ao negócio e garantem um desenvolvimento econômico responsável.

O fortalecimento da nossa empresa é também um dos caminhos para projetar as soluções brasileiras internacionalmente. Além de sermos um dos maiores produtores de etanol do mundo, acreditamos na qualidade dos nossos produtos como uma forma de abrir as portas do mercado global. Neste contexto, conquistamos importantes cer tif icações, como a Bonsucro, reafirmando nosso compromisso com a sustentabilidade e a excelência operacional.

Nossa ousadia rompeu fronteiras comerciais e logísticas, com destaque para a associação com a rede Mime, a abertura de novos escritórios, como o de Londres. Integramos, ainda, a malha de terminais de distribuições e expandimos infraestrutura por meio da aquisição de áreas e construção de novas bases.

Nesses primeiros 12 meses de Raízen, construímos uma nova cultura corporativa, avançamos no mercado e conquistamos vitórias essenciais para a construção de um futuro sustentável. E estamos apenas começando. Em breve, esperamos que, nessas linhas, o leitor possa comemorar conosco a transformação do etanol brasileiro em uma commodity global.

Primeiro ano, muitas conquistas

O Editor

Revista Raízen

Editorial 3

ExpedienteGerências de Comunicação Interna e de Relações Externas: Giselle Innecco Valdevez Castro Natascha Nunes da Cunha

Coordenação e Jornalistas Responsáveis: Andréa Melissa Pereira (MTb/SP 038015) Carina Andion Angulo (MTb/RJ 31804) Regina Maia (MTb/SP 49785)

Produção Gráfica e Editorial: Cajá – Agência de Comunicação

Conselho Editorial: Andrea Villares; Cláudio Oliveira; Flávio Santiago; João Alberto Abreu; José Vitório Tararam; Leonardo Pontes; Luis Carlos Veguin; Márcio Fogaça; Paola Manfredini; Renata Bezerra; Rômulo Maia; Sandra Mainenti.

Fotografia: Arquivo Raízen/Marcos Issa/Tulio Vidal. Capa: Cajá – Agência de Comunicação

Impressão: Burti

E-mail de contato: [email protected]

Tiragem: 10.000 exemplares

Boa leitura!

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4 Giro Rápido

Agenda sustentávelO compromisso da Raízen com o desenvolvimento sus-tentável se estendeu aos debates do Sustentável 2012, evento realizado no dia 10 de maio, no Rio de Janeiro. A empresa, além de patrocinar, participou ativamente do encontro cujo objetivo era discutir o documento “Vi-são Brasil 2050”, apresentado na Conferência Rio+20 e que aborda os principais pontos para a construção de uma agenda de desenvolvimento sustentável no Brasil.

A ideia foi debater a implementação efetiva de princípios e diretrizes sustentáveis propondo metas empresariais, políti-cas públicas e mudanças no comportamento da sociedade.

O vice-presidente de Desenvolvimento Sustentável e Relações Externas da empresa, Luiz Eduardo Oso-rio, abriu um dos painéis sobre energia e mobilidade

abordando a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEEs) em um país em desenvolvimento como o Brasil. Ele ressaltou que “a presença de autoridades governamentais, líderes empresariais e acadêmicos do país e do exterior neste tipo de evento é um indicativo relevante de que o setor está empenhado em contri-buir para a promoção do respeito ao meio ambiente e às pessoas”.

O Sustentável 2012 foi organizado pelo Conselho Em-presarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), representante no país do World Business Coun-cil for Sustainable Development (WSBCD). A instituição está responsável por lançar o documento Visão 2050, que deverá nortear os rumos da sustentabilidade no mundo para os róximos 50 anos.

Negócios em altaCom um estande inspirado nos produtos Shell Evolux Diesel e Shell Evolux Arla 32, a Raízen marcou presença na maior feira de tecnologia agrícola da América Latina, a Agrishow. O evento, realizado entre os dias 30 de abril e 4 de maio, em Ribeirão Preto (SP), é uma oportunidade para conhecer, testar e escolher, em primeira mão, o que há de novo no segmento.

“Nosso ob je t i vo é re fo rça r o relacionamento com os atuais clientes e destacar a tecnologia inovadora dos nossos produtos, que priorizam o desempenho, a economia e a redução de emissões de gases poluentes”, explica Rachel Risi, gerente de Marketing de Produtos Combustíveis da Raízen.

O Shell Evolux Diesel proporciona até 3% de redução no consumo de diesel, quando comparado com o diesel comum. Além disso, permite redução de custos de manutenção devido ao maior intervalo na troca de bicos injetores e f i ltros, menor emissão de fumaça e menor formação de espuma, gerando abastecimentos mais seguros e eficientes.

Já o Shel l Evolux Ar la 32 é uma solução aquosa contendo 32,5% de u re i a tecn i camente pu ra e 67,5% de água desmineralizada. Ele praticamente transforma os gases do escapamento em nitrogênio puro e vapor de água, elementos inofensivos ao meio ambiente.

Estande da Raízen na Agrishow 2012

Revista Raízen

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oS A Raízen e a Nestlé fir-

maram uma parcer ia inéd i ta para as lo jas Shel l Select. Mais de 650 estabelecimentos em todo o Brasil con-tarão com uma l inha completa de sorvetes, chocolates, biscoitos, barras de cereais, além de bebidas das marcas Fast e Sollys.

A parcer ia inclui tam-bém promoções como a dos filhotes da “Galera Animal” e os chocolates Kit Kat. O acordo com

a ma ior empresa do se to r a l iment í c i o do mundo trará vantagens para consumidores e para a revenda com descontos especiais e ações promocionais ex-clus ivas programadas para todo o ano.

Um dos objet ivos da Raízen é o planejamento de ações regionais para desenvolver campanhas sob medida com o intui-to de impulsionar a fide-lização dos clientes às lojas Select.

ShEll v-PowER NA TvNo dia 4 de maio, entrou no ar, em território nacio-nal, o novo comercial de TV de Shell V-Power. A campanha, primeira lança-da no Brasil após a cria-ção da Raízen, apresen-ta a nova abordagem da marca Shell V-Power no país. Tem como ícone vi-sual o “V”, fazendo uma co-nexão entre a marca Shell V-Power e alguns desdo-bramentos da letra “v”, como vitória e vibração. O filme, de 30 segundos, será veiculado ao longo de todo o ano na televisão aberta.

Em 10 anos do produto no Brasil, pela primeira vez o

material foi totalmente idea-lizado e produzido no país. Com roteiro, produção e elenco brasileiros, a cam-panha tem como objetivo tornar o consumidor mais próximo da marca Shell.

P r o d u z i d a p e l a O 2 Filmes, a peça conta com a participação do piloto Valdeno Brito, da equipe Shell Racing da Stock Car. A categoria tem o Shell V-Power Etanol como o único combustível de to-dos os carros do cam-peonato. Por meio desse patrocínio, a Raízen leva a tecnologia das pistas para o cliente final.

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6 Páginas Roxas: Luis Rapparini

Impulso no créditoRaízen aposta na parceria com players estratégicos, como o BNDES, para dar suporte a um ousado plano de investimentos de longo prazo. É o que conta em entrevista o vice-presidente Executivo de Finanças, Luis Rapparini

“Tradicionalmente, o BNDES sempre foi um parceiro

estratégico em nosso programa de expansão de capacidade de moagem

e compra de equipamentos. Recentemente, o banco passou a

incentivar especificamente o setor sucroalcooleiro com a criação do BNDESProrenova, um programa que estimulará

a produção brasileira de cana-de-açúcar.”

Revista Raízen

A expansão da oferta de etanol no mercado e o desenvolvimento de novos projetos ainda são dois grandes desafios do setor. Como a Raízen acompanha esse cenário?

Hoje, a Raízen conta com uma capacidade de processamento de 65 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Nosso plano de investimentos prevê atingir a capacidade de 80 milhões de toneladas em cinco anos com investimentos de cerca de R$ 5 bi lhões para dar supor te a este crescimento.

Q u a l o pa p e l d o B a nc o N ac io n a l d e Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no incentivo à produção e ao crescimento da oferta de etanol?

Importante stakeholder, o BNDES é hoje um dos principais credores da dívida da Raízen e de outros players da indústria. Espera-se que o banco possa continuar contribuindo para o crescimento do setor por meio de financiamento de projetos de expansão da capacidade instalada. Neste cenário, apesar do desenvolvimento observado – e esperado – do mercado de capitais de dívida no Brasil, o banco de fomento continua sendo um dos principais provedores de financiamento de longo prazo em moeda local com custos competitivos no país.

Tradicionalmente, o BNDES sempre foi um parceiro estratégico em nosso programa de expansão de capacidade de moagem e compra de equipamentos. Recentemente, o banco passou a incentivar especificamente o setor sucroalcooleiro com a criação do BNDESProrenova, um programa que estimulará a produção brasileira de cana-de-açúcar. Estão previstos R$ 4 bilhões em linhas de créditos.

Qual a importância da criação desse tipo de programa mais específico?

A produção de cana é um grande desafio a ser vencido pela indústria como um todo porque há uma demanda crescente de etanol que precisa ser atendida. A expectativa do Ministério de Minas e Energia é que o consumo brasileiro deverá atingir cerca de 65 bilhões de litros de etanol em 2020, o que representa um acréscimo de 10,5% ao ano. A estratégia do governo é auxiliar esse processo

e o BNDES funciona como um agente para operacionalizar o apoio ao setor para aumentar a produção. A linha do Prorenova vem ao encontro desse objetivo: financiar a renovação e expansão dos canaviais.

Quais são as expectativas com relação ao Prorenova?

O programa está passando por ajustes à medida que o banco interage com a indústria, discute as cláusulas e condições. A Raízen quer atuar junto com o BNDES para que o programa funcione. Nesse sentido, o trabalho que vem sendo realizado pela equipe de gerenciamento do programa é muito importante. Nossa expectativa é que o programa cresça e se aperfeiçoe ainda mais para atender aos objetivos do governo e da indústria.

O que mais pode ser feito para aumentar a atratividade dos projetos?

A indústria de etanol, nos últimos cinco anos, observou o aumento expressivo de custos de produção. Por isso, estamos buscando sempre as melhores opções de investimento para encontrar uma forma de manter a competitiv idade com relação ao preço da gasolina.

Atua lmente, nosso compromisso é com o crescimento da empresa e do país e, para isso, estamos buscando boas opor tunidades de f inanciamento tanto no BNDES quanto em outras frentes. A Raízen nasceu com um perfil de crédito muito robusto e tem comprometimento com pol ít icas f inanceiras compatíveis com o grau de investimento.

Que outras iniciat ivas do governo para financiamento podem ser ressaltadas?

De uma forma geral, o governo tem desempenhado o papel de facilitador de financiamentos de longo prazo para o setor sucroalcooleiro. Além dos programas do BNDES, podemos destacar a linha de financiamento à inovação tecnológica da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos, ligada ao Ministério da Ciência e da Tecnologia). Na área de pesquisa, por exemplo, a empresa pode eventualmente captar para investir em inovação, como o etanol de segunda geração.

8 Responsabilidade Social

Dez anos de futuroHá uma década, nascia a Fundação, hoje braço da Raízen, com uma proposta: oferecer uma ocupação saudável e construtiva aos filhos dos funcionários fora do horário esco-lar. A Fundação evoluiu, tornando-se uma instituição sólida e com foco em qualificação profissional.

Além de formar profissionais, a iniciativa investe em várias comunidades com ações como: campanhas de doação de sangue e de medula, visitas dos alunos a asilos e cursos de economia doméstica, entre outras.

Inaugurada com 30 alunos em 2002, hoje a instituição atende 700 crianças, jovens e adultos – de quatro meses a 30 anos – e conta com seis unidades: Igaraçu do Tietê, Dois Córre-gos, Jaú, Piracicaba e Valparaíso, em São Paulo; e Jataí, em Goiás. Prestes a abrir mais uma unidade neste ano-safra (Ipaussu, em São Paulo, além de uma unidade móvel), a Fundação soma em seu histórico quase 510 mil pessoas beneficiadas: 3.522 alunos dos núcleos e 506 mil pessoas das comunidades.

Revista Raízen

Fundação da Raízen comemora a consolidação de seu papel social

AçõesA Fundação atua em três nichos: para alu-nos de 12 a 14 anos, oferece atividades complementares à escola, como aulas de informática e cidadania; dos 14 aos 16 anos, o adolescente já pode participar do Programa Pré-aprendiz e, futuramente, se tornar um aprendiz na Raízen ou em outras empresas; e para jovens de 18 a 30 anos, há cursos profissionalizantes.

Em Jaú (SP), há ainda educação infantil, abrangendo crianças de quatro meses a 10 anos de idade.

Para ingressar na Fundação, não é preci-so ter qualquer ligação com a Raízen. São considerados fatores como renda, perfil fa-miliar e desempenho escolar. Para o curso profissionalizante, é preciso ter, ainda, o ensino fundamental completo e fazer uma prova de conhecimentos gerais.

Acima, Fundação em Jataí (GO) e

ao lado, o Núcleo de Valparaíso (SP).

Ambas inauguradas neste ano

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Desde 2009, a Fundação expandiu seu escopo oferecendo formação profissional em manutenção automotiva e elétrica, em administração, em logística e em confecção de calçados, dependendo da localidade. Grande parte dos profissio-nais é absorvida pelo mercado de tra-balho e pela própria Raízen.

Uma das responsáveis pela Fundação, Monica Mellão Silveira Mello, conta so-

bre as mudanças pelas quais a institui-ção passou nos últimos anos: “Preci-sávamos estar alinhados às estratégias da empresa para fazer com que nos-so trabalho crescesse, e os projetos de profissionalização foram o primeiro pas-so. O mais importante são os resulta-dos alcançados: as muitas pessoas que realizaram sonhos com a gente”.

A Fundação atua com diversas ações nas comunidades onde a Raízen mantém operações. “A empresa optou por investir em um trabalho com gestão própria para garantir o sucesso e acompanhar o desenvolvimento dos projetos”, explica a gerente de Responsabilidade Social da Raízen, Lucia Teles.

Em Pi rac icaba, uma das in ic iat i vas envo lve a Escola Municipal Taufic Dumit, que, desde 2008, recebe apresentações de teatro educativas realizadas pelos alunos da Fundação, onde cursos também são disponibilizados.

A diretora da escola, Érika Gonçalves, conta sobre a par-ceria: “A escola já realiza um projeto ambiental e as ence-nações reforçam ainda mais o conteúdo e a preocupação ecológica dos alunos”, relata.

“Há ainda o projeto Sacola Literária: uma vez por ano, a Raízen doa dezenas de livros para a nossa biblioteca e, quanto maior o acervo de livros, melhores são as ativi-dades”, reconhece.

Uma dessas pessoas é Samuel Neves, de 21 anos. Em 2004, aos 13, Samuel ingressou no núcleo de Piracicaba, onde fez cur-sos de marcenaria, horta, inglês, matemática finan-ceira, português e informá-tica. “Aos 16 anos, fui sele-cionado para ser aprendiz no departamento jurídico da Cosan, onde trabalho até hoje”, conta.

A presença marcante de uma entidade educacional foi determinante para de-finir os rumos de Samuel: “Antes, eu não fazia ideia do que faria após a escola.

Na Fundação, conheci a área jurídica e optei por cursar Direito”. Atualmen-te, ele está no sétimo se-mestre de uma universi-dade de Piracicaba (SP). Além de definir sua vida profissional, Samuel pôde aplicar seus conhecimen-tos em casa ajudando os pais: “Hoje, planejo toda a economia doméstica”, orgulha-se. “Eles f icam muito contentes porque, com nossa condição fi-nanceira, não poderiam custear uma formação superior para mim. Ago-ra pago minha faculdade e ajudo em casa”.

Ecos da transformação

Ampliando horizontes

Samuel Neves em dois momentos. Acima, com 13 anos, quando ingressou na Fundação de Piracicaba (SP); e atualmente, com 21 anos, Assistente Jurídico da Cosan

Comunidades em foco

Alunas recebem aulas de música na Fundação

Revista Raízen

10 Sustentabilidade

O etanol ganha cada vez mais espaço e reconhecimen-to no Brasil e no mundo. Enquanto aqui estimativas do Ministério de Minas e Energia projetam que o consumo brasileiro saltará dos atuais 24 bilhões de litros para 65 bilhões de litros em 2020, lá fora o etanol já passa a ser reconhecido como alternativa para reduzir as emissões de CO2 na atmosfera — o que deve elevar ainda mais a demanda por esse biocombustível.

Atualmente, diversos países impõem metas para melhorar a matriz energética em busca de soluções mais susten-táveis, com o propósito de reduzir de forma gradativa a emissão de gases de efeito estufa. A União Europeia, por exemplo, já estabeleceu metas agressivas com a finali-dade de substituir o combustível fóssil por fontes reno-váveis. Os Estados Unidos caminham na mesma direção. Até 2020, a Califórnia pretende reduzir em 10% a emis-são de carbono do sistema de transportes, o que a leva a aumentar a mistura de biocombustível na gasolina. A tendência é de que outros estados norte-americanos ado-tem o mesmo processo, visando à redução das emissões.

Diante deste cenário, o etanol se apresenta como alter-nativa viável devido à sua capacidade de contribuir para uma maior redução dos gases de efeito estufa e, também, em função do seu processo produtivo em escala mundial.

Esta busca por um combustível mais limpo ainda retrata a crescente importância do etanol de cana-de-açúcar na matriz energética brasileira e de todo o mundo. Além de mostrar que é fundamental que o setor sucroenergético siga investindo na renovação de canaviais, no aumento do plantio e na ampliação da produção, seja por meio de no-vas usinas ou elevando a capacidade instalada das unida-des já existentes, e, em especial, em inovação tecnológica.

Com investimento em pesquisa e tecnologia é possível elevar a produtividade da cana, sem a necessidade de aumentar a área cultivada. E, mais uma vez, o Brasil se destaca por apostar nesta possibilidade para atender tanto o consumo interno como os mercados externos.

O Brasil saiu na frente na produção e no consumo do etanol, seja pela produção em larga escala, seja pela

Um combustível mais limpo

tecnologia dos populares carros flex. Mas também pela adição de etanol anidro ao combustível fóssil, adotada pelo país desde a década de 30.

A tendência é de que cada vez mais países passem a adotar esta mistura como compromisso para a redução dos gases de efeito estufa.

Ou seja, a disseminação da mistura do etanol à gasolina tende a transformá-lo em commodity internacional, mas, para que isso ocorra, cabe ao Brasil continuar o inves-timento — em especial, em inovação —, gerando mais energia por hectare.

Luiz Eduardo Osorio Vice-presidente de Desenvolvimento Sustentável e Relações Externas

Revista Raízen

Em cada área de negócio, a Raízen promove seus valores e padrões de saúde, segurança e meio ambiente

Nada melhor do que o bom exemplo para mudar comportamentos. Com o lema “Se não for seguro, não faça”, a Raízen direciona suas atividades e procedimentos diários para garantir que a responsabilidade, o comprometimento e o re spe i to pe l a v i da se j am palavras de ordem em todas as suas áreas de negócio.

Os investimentos em treinamento, capacitação e aplicação das melhores práticas de saúde, segurança e meio ambiente já têm gerado frutos em diferentes setores.

Em Logística, Distribuição e Trading (LD&T), a campanha “Zero Acidente”, iniciada em 2011 pela companhia, recebeu investimentos da ordem de R$ 1,2 milhão. O objetivo é minimizar

impactos e instaurar a política da prevenção de ocorrências.

Parte dos terminais de LD&T também já está implantando, neste ano, o Sistema Integrado de Gestão das Operações (SIGO). A ferramenta funciona como o sistema de gestão de SSMA da empresa e é resultado da soma das experiências de Shell e Cosan.

Na área de Etanol, Açúcar e Bioenergia (EAB), por exemplo, o foco do trabalho da Raízen é a consolidação do SIGO, que já tem apresentado resultados posit ivos. Desde o in íc io de sua implantação, em 2010, já foi possível reduzir, com o sistema, em 40% as taxas de afastamento ocasionadas por acidentes no primeiro ano, e em 45% no segundo.

Cartazes da campanha “Se não for seguro, não faça”

Na raiz da atuação

Segurança 11

O SIGO, que está em atividade nas 24 usinas da Raízen, possui nove elementos, sendo um gerenciador – voltado para a responsabilidade, comprometimento e l iderança da gerência –, sete operacionais e o nono, de avaliação, em que se verifica a integridade das operações.

A implantação do sistema percorreu tanto a área agrícola quanto a industrial. Grupos foram capaci tados para realizar o treinamento de funcionários, que se tornaram multiplicadores na aplicação do conteúdo.

“Na prática, já foram promovidos inúmeros cursos e palestras para se efetuar os procedimentos legais como o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), além de ações como Plano de Emergência e o Manual de Permissão de Serviços, com procedimentos considerados específicos como aqueles destinados ao meio ambiente”, explica a coordenadora do SIGO Raízen na área de EAB, Aniela Alves.

O SIGO está no terceiro ano de im-plantação em EAB para um contin-gente de 40 mil funcionários.

EAB

Equipe responsável pela implantação do SIGO na área de EAB

12 Segurança

Revista Raízen

No VarejoOs processos internos de saúde, segurança e meio ambiente da Raízen, que incluem as melhores práticas para evitar acidentes, se estendem também para os postos de serviço sobre os quais a empresa exerce uma influência indireta, conta Conceição Elaine, assessora de SSMA para a área Comercial.

A assessora afirma que, no Varejo, o trabalho para evitar acidentes é focado na orientação e instrução de todas as equipes relacionadas à revenda Shell.

“Tentamos mostrar que a segurança é uma vantagem competitiva; que uma operação de excelência exige a busca contínua da excelência também em SSMA. O posto conseguirá atrair e reter melhores talentos, assim como captar mais clientes, na medida em que haja o comprometimento da sua equipe com a operação segura e com o respeito ao meio ambiente”, comenta.

Neste sentido, a área Comercial da Raízen reforçou neste ano o treinamento para as “Visitas de SSMA”, iniciativa que aborda os temas de segurança no abastecimento, uso de gás natural veicular (GNV), prevenção de contaminação ambiental e plano de emergência. “Nosso trabalho é uma aula prática, na qual buscamos orientar e influenciar o revendedor e sua equipe com nossos valores e padrões”.

Para isso, a empresa tem investido em treinamentos de toda a equipe: altos executivos, diretoria, gerentes de território e profissionais do Programa DNA da Shell. “A ideia é que as visitas aos postos passem a fazer parte da rotina da empresa, reafirmando o compromisso da Raízen com o desenvolvimento sustentável e com o respeito ao meio ambiente e às pessoas”, salienta Elaine.

Conceição Elaine, assessora de SSMA da Raízen para a área Comercial

Veículo envolvido em uma das provas do 1o Rodeio de Caminhões da Raízen

Revista Raízen

Imprudência: maior causa de acidentesUm levantamento realizado pela Fundação Dom Cabral e divulgado em novembro do ano passado concluiu que a imprudência é a principal causa dos acidentes nas rodovias federais do Brasil. Realizada a partir de dados da Polícia Rodoviária Federal entre 2005 a 2009, a pesquisa levou em conta os tipos de acidentes registrados no período em 533 trechos de estradas do país.

Ocorrências como colisão, abalroamento (mudança de faixa com choque lateral) e saída de pista, que respondem por 37,45%, 22,34% e 16,35%, respectivamente, são consideradas como imprudência do motorista pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Rodeio de Caminhões

TransportadorasAlém do Rodeio, outras iniciativas são promovidas pela Raízen com o objetivo de motivar os funcionários e contratados a executar suas atividades sempre atentos à segurança. Entre elas, está uma competição realizada entre os grupos das 40 transportadoras parceiras da Raízen.

Nesta disputa, o motorista precisa cumprir os seguintes itens estratégicos: zero acidente com fatalidade; zero acidente com afastamento; zero acidente com lesão de pessoas; zero acidente de alto risco potencial e de alta gravidade; zero derrame acima de 100 litros em área contida e índice de contaminações abaixo de 0,74.

Cerca de 1.800 pessoas de todas as filiais participam do torneio e, a cada três meses, os melhores são premiados. As filiais vencedoras recebem também uma incentivo financeiro da Raízen para a realização de uma confraternização. O evento é chamado de “Reconhecimento Trimestral”.

Há também o “Reconhecimento Anual”, premiação que acontece no fim do ano na qual o dono e os gestores da transportadora que atingiu metas e resultados positivos em segurança são congratulados. Um sorteio adicional premia ainda os cinco melhores gestores da transportadora.

Vencedores do 1º Rodeio de Caminhões, realizado pela área de LD&T da Raízen, no Rio de Janeiro

O gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA) para Logística da Raízen, Leon Esteche, ressalta uma iniciativa que promoveu a cultura da prevenção na área de LD&T: o 1º Rodeio de Caminhões. Organizado ao longo do ano, com quatro etapas classificatórias, o evento teve a final realizada no Rio de Janeiro, em abril.

A ideia foi disseminar entre motoristas e funcionários das transportadoras que prestam serviços à Raízen as melhores práticas de segurança no transporte rodoviário, com provas que testam as habilidades dos motoristas como controlar a velocidade de forma adequada, dirigir em linha reta e em

curvas, manobrar e estacionar de marcha a ré e manobrar o caminhão em espaços reduzidos.

Inserido na campanha “Zero Acidente”, o Rodeio de Caminhões contou com investimentos de cerca de R$ 700 mil. “É um evento de incentivo e reconhecimento. Só participam do Rodeio os motoristas que não se envolveram em acidentes ou não tiveram violações de velocidade, freada brusca e de jornada de trabalho. Isto é o que os tornam elegíveis para as premiações. Todos querem participar; dessa forma, incentivamos a direção segura nas nossas operações”, descreve Esteche.

14 Negócios

EficiêNcia para crEscErCom a alta demanda por etanol e os preços atrativos do açúcar no mercado internacional, o setor sucroalcooleiro investe em estratégias que tragam maior produtividade à área plantada. Para isso, avançam iniciativas que agregam eficiência aos processos e valor ao negócio, como a renovação dos canaviais e o constante investimento em pesquisas.

A Raízen, uma das maiores produtoras de etanol do mundo, segue esta tendência como foco de crescimento. Com uma taxa de renovação de canaviais de 22% da área plantada (110 mil hectares), superior aos 17% recomendados ao setor, a empresa pretende reduzir ainda mais a idade média da cultura: dos atuais 3,5 anos para 2,8 anos. O investimento para cumprir a meta está na casa do R$ 450 milhões por ano.

O trabalho para renovar os canaviais não se restringe aos campos próprios da Raízen; os fornecedores da companhia também apostam na ampliação da produção do campo e na renovação dos seus canaviais, cuja idade é, em média, de 3,8 anos. A expectativa é atingir até 2014/15 a marca de 3 anos.

“A renovação do canavial é um processo natural e obrigatório que contribui para mantermos a produção de cana-de-açúcar estabilizada. Quando uma empresa deixa de renovar, a produtividade tende a decrescer ano a ano até que o volume de matéria-prima não será suficiente para abastecer a unidade”, explica o diretor de Produção Agrícola da Raízen, Cassio Paggiaro.

O executivo menciona que o atual patamar de renovação foi conquistado após um período instável para o setor. “Poucos segmentos da agricultura brasileira vivenciaram um 2011 tão difícil quanto o sucroalcooleiro. Como consequência dos canaviais envelhecidos e dos investimentos limitados, reflexo da crise financeira de 2008/2009, a produção de cana-de-açúcar sofreu uma redução média de 10% no Brasil, e a Raízen seguiu essa tendência de retração, porém com menor redução, sendo a primeira a se recuperar”, assinala.

Revista Raízen

“O desenvolvimento da Raízen na

área agrícola é permanente. Estamos buscando novas

tecnologias, novos insumos e

equipamentos que superem nossos

padrões, já considerados de alto

nível”,

Cassio Paggiaro

Diretor de Produção Agrícola

CréditoObservando a necessidade do setor, o governo criou no início do ano um programa de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) específico para o sucroalcooleiro, o Prorenova (Programa de Apoio à Renovação e Implantação de Novos Canaviais). Com orçamento de R$ 4 bilhões, a linha de crédito vigorará até 31 de dezembro de 2012 com o objetivo de ampliar a área plantada de cana-de-açúcar, voltada à produção de etanol.

“O governo tem se mostrado um importante parceiro. Estamos buscando o atendimento das exigências burocráticas para obter esse financiamento”, revela Paggiaro.

Ampliação Outra parte relevante do plano de investimentos da Raízen para os próximos anos é a expansão da capacidade de moagem. Paggiaro conta que o objetivo é passar dos atuais 65 milhões de toneladas de cana-de-açúcar moídos por ano para 80 milhões de toneladas nos próximos cinco anos.

O aumento, segundo o executivo, deve vir de novos projetos, da expansão das unidades próprias e de aquisições. Para isso, no entanto, o desafio do setor está na atratividade dos projetos para novos investimentos.

Pesquisa e desenvolvimentoPara a materialização dos planos, além dos pesados investimentos em renovação e novos projetos, a Raízen se apoia na pesquisa de novas tecnologias que ajudem a incrementar a produção de etanol. A maioria delas prevê novas formas de aumentar a produtividade da cana sem a necessidade de expandir o plantio.

“O desenvolvimento da Raízen na área agrícola é permanente. Estamos buscando novas tecnologias, novos insumos e equipamentos que superem nossos padrões, já considerados de alto nível”, conta o diretor de Produção Agrícola. Além da pesquisa, a excelência das operações é uma meta permanente no cotidiano da empresa, acrescenta o executivo.

EficiêNcia para crEscEr

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Sinergia na produçãoCom uma gestão focada em resultados, a área de Etanol, Açúcar e Bioenergia (EAB) passou por uma reestruturação interna em abril deste ano. Anteriormente dividida em comandos agrícola e industrial, agora ela conta com uma única diretoria: a de Produção. O objetivo da mudança, conta o diretor Executivo de Produção, Antonio Alberto Stuchi, é maximizar as sinergias, determinando um “responsável por todo o processo – desde o plantio até a produção de etanol”.

A nova área hoje dá conta das 24 usinas produtoras, além dos 460 mil hectares de canaviais próprios. Os demais 400 hectares de área plantada, dos quais a Raízen extrai sua matéria-prima, são provenientes de fornecedores ou parceiros agrícolas, e são geridos por uma nova área, que cuida especificamente deste tipo de relacionamento.

“Estamos agora na fase de adaptação, formando as pessoas, já que estas competências não são usuais no mercado. Os profissionais envolvidos precisam ser completos em sua qualificação, com uma atuação mais abrangente”, ressalta o executivo.

No período em que completa um ano de operação, a Raízen vai inaugurar o seu primeiro projeto greenfield: o Terminal de Ourinhos, no interior de São Paulo.

Um dos celeiros de inovações tecnológicas da área de logís-tica e distribuição de combustíveis, a unidade contou com investimentos de R$ 20 milhões e tem capacidade de arma-zenamento de 10 mil m³ de etanol. O projeto foi concebido com elevados padrões de excelência operacional e de geren-ciamento para reduzir custos e dar eficiência à operação da empresa com a ampliação da malha de distribuição.

A decisão de investimento foi estratégica: “Deverá facilitar o esco-amento da produção de etanol na região, que soma um volume de cerca de 420 mil m³, com foco no reforço do atendimento ao Sul do país. A unidade tem fácil acesso ferroviário e rodoviário, fundamental para garantir a eficiência na operação. A expectati-va é que movimente cerca de 400 milhões de litros de etanol e 6 mil vagões carregados por ano”, destaca Leonardo Gadotti Fi-lho, vice-presidente Executivo de Logística, Distribuição e Trading.

A escolha pelo local levou em conta a opção do modal ferroviário, transporte de carga mais seguro que o rodoviário, além de ter um custo inferior e emitir menos gases de efeito estufa. “Estamos firmes no propósito de crescer em infraestru-tura logística de forma sustentável. Esta é uma tônica que es-tamos prevendo em todos os nossos investimentos”, ressalta o gerente de Projetos de Infraestrutura de LD&T, Leonardo Piuzana.

O gerente lembra ainda que, além do posicionamento, o Terminal Ourinhos contou com um subsídio importante da pre-feitura, que doou o terreno de 80 mil m² para sua instalação. “A parceria com a prefeitura é uma relação ganha-ganha, pois a construção do terminal vai atrair investimentos e trazer be-nefícios para a cidade, como a arrecadação de impostos e a geração de empregos”, destaca.

O projeto surgiu da necessidade de receber etanol de forma mais eficiente, por ferrovias. “Ourinhos já nasceu com a voca-ção de atendimento ao consumidor, alinhada a um dos valores da empresa, que é o foco no cliente”, comenta Piuzana.

16 Tecnologia e Inovação

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Concebido e desenvolvido pela Raízen, o Terminal de Ourinhos, em São Paulo, deverá movimentar cerca de 400 milhões de litros de etanol por ano

O Terminal de Ourinhos, em São Paulo, impulsionará a capacidade logística da Raízen

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Um dos benefícios da junção de Shell e Cosan para a formação da Raízen foi o encontro de sinergias e de inteligência dessas empresas, na opinião do engenhei-ro de Projetos Especiais, Paulo Maia. Ele conta que as áreas de engenharia se uniram para implementar tecnologias inéditas na indústria brasileira, como a medição de nível do tanque sem fio (wireless).

As vantagens são muitas neste caso, a começar pelo custo: 7% menor que no sistema convencional, que utili-za cabos para enviar as informações sobre o volume de combustível nos tanques do terminal até a central de ope-ração. “Reduzimos também o tempo de implementação e aumentamos a confiabilidade dos dados”, explica Maia.

Outra novidade do Terminal de Ourinhos é o revesti-mento da bacia de contenção. Usualmente feita em

concreto, a bacia do terminal conta com uma manta de PEAD (polietileno de alta densidade), cuja aplicação é mais simples e tem menor custo de implantação e manutenção após ser entregue à operação. “Essa apli-cação é pioneira na indústria e foi desenvolvida pela nossa engenharia”, ressalta o gerente de Engenharia de LD&T, Márcio Carneiro.

O gerente aponta mais uma tecnologia pioneira: o sis-tema de descarga medida de produto, única na indús-tria a proporcionar confiabilidade e alta performance (alta vazão com processos automatizados de controle de qualidade). “Este é mais um resultado do trabalho de nossos engenheiros para o desenvolvimento de aplicações que conferem vantagem competitiva para a Raízen”, assinala Márcio Carneiro.

Pioneirismo

SegurançaAo todo, foram criados cerca de 200 empregos diretos e indiretos na etapa de construção, com picos de 100 trabalhadores simultaneamente na obra. Isto representou mais de 220 mil horas de trabalho em 18 meses de cons-trução. “Tudo isso com zero acidente”, orgulha-se Paulo Maia, engenheiro de Projetos Especiais, responsável pela construção do empreendimento.

O grande desafio para a equipe foi o gerenciamento das interfa-ces de diferentes empresas envolvidas em atividades multidisci-plinares e paralelas, o que aumentou a probabilidade de aciden-tes. A estratégia adotada pela Raízen para mitigar os riscos, con-ta Dirceu Campoli, superintendente do Terminal de Ourinhos, foi o uso intensivo das ferramentas do “Alerta!” (Sistema de Prevenção de Acidentes Raízen) nas frentes de obra e a montagem modular (“skids”) externa de boa parte dos equipamentos.

“Foram desenvolvidas e selecionadas empresas especializadas em cada componente para realizar toda a montagem externa e minimizar o trabalho e a exposição na planta com instalações ‘plug and play’ (fáceis de usar). Além do processo ser mais confiável, ele é menos custoso e dá velocidade ao projeto porque equipes distintas atuam em paralelo”, comenta Paulo Maia.

O Terminal de Ourinhos contou com investimentos de R$ 20 milhões e tem capacidade de armazenamento de 10 mil m³ de etanol

Próximos passosAlém de ser um Centro Coletor de Etanol, o que impulsionará a capacidade logística da empresa, Ourinhos ainda se prepara para novas missões. O responsável pelo projeto, Paulo Maia, conta que as obras deverão continuar, em uma segunda fase, com in-vestimentos adicionais significati-vos. A ideia é que o projeto seja concluído no segundo semes-tre deste ano, tornando-se tam-bém um Centro de Distribuição de Combustíveis.

Para isso, a capacidade será am-pliada para 36 mil m3, com a mo-vimentação de novos produtos (gasolina, diesel e biodiesel), en-volvendo operações de recebi-mento ferroviário e carregamento rodoviário para o abastecimento da região a partir de uma insta-lação 100% Raízen.

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Tecnologia a serviço do DEsENvolvimENTo

Com uma expectativa de crescimento do consumo de etanol na casa dos 10% ao ano, o setor sucroalcooleiro no Brasil se prepara para um grande desafio: atender à demanda gerando rentabilidade ao negócio de forma sustentável.

Para i r r igar a expansão de seu plano estratégico, a Raízen arregaça as mangas e busca o salto tecnológico necessário para aumentar sua produtividade e acompa-nhar este cenário. Entre as grandes apostas da empresa, está o etanol celulósico, biocombustível avançado que

Expoente no setor sucroalcooleiro, o etanol de segunda geração pode dobrar a capacidade produtiva da Raízen sem aumentar a área plantada

pode ser obtido a partir do bagaço e das folhas da canade--açúcar, bem como de cascas e outros resíduos agrícolas.

A tecnologia permitiria que a empresa dobrasse sua produção de etanol sem plantar nenhum hectare a mais de cana-de--açúcar. O gerente de Tecnologia, Evandro Cruz, conta que a disponibilidade de biomassa (palha) que fica no campo é, hoje, de cerca de 6 milhões toneladas, o que representa uma oportunidade viável para a utilização dessa matéria-prima na fabricação de mais 2 bilhões de litros de etanol.

O desenvolvimento da Raízen na área agrícola é per-manente e com um alto padrão de trabalho, destaca o diretor de Produção Agrícola, Cassio Paggiaro. “Buscamos novos insumos, manejos, variedades de cana e equipamen-tos que superem nossos padrões”, avalia o executivo.

Com o apoio dos institutos de desenvolvimento (Centro de Tecnologia Canavieira – CTC, Instituto Agronômico – IAC, Cana Vialis – CV, Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar – PMGCA), a empresa tem cultivado variedades de cana-de-açúcar com rendimento mais ele-vado e com maior tolerância a pragas e doenças. Desta

forma, é possível reduzir o uso de pesticidas em até 35% por meio da associação com o controle biológico.

Além disso, a meta da máxima excelência das operações permanece. O sistema avançado de georreferenciamento e informações geográficas é responsável por mapear a produção nos cerca de 460 mil hectares de terras de pro-dução própria. A ferramenta baseia-se também nas condi-ções meteorológicas, levantamentos de solo e ambientes de produção. Por meio do tratamento de imagens de sa-télite, a empresa mede também a variabilidade do canavial, auxiliando na estimativa de produção de cana.

No campo

“A empresa entende que inovação é uma área-chave para implementar mudanças importantes no negócio. Nossa atuação é baseada no modelo de alianças com empresas que nos mostrem oportuni-dades interessantes de investimento na área de pesquisa e que gerem rentabili-dade”, explica Abreu.

Outros dois itens da linha de atuação prioritária da Raízen – além do eta-nol de segunda geração –, a eficiência

e o conceito de biorrefinarias (que gera produtos voltados à indústria química a partir de fonte renovável) também estão em pleno desenvolvimento na empresa.

A eficiência em todos os processos é um requisito fundamental na Raízen. Desde o plantio e desenvolvimento de insumos até a entrega do combustível ao cliente final, a empresa procura fa-zer mais e melhor a cada dia, ganhan-do qualidade e reduzindo seus custos.

Estratégia

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O diretor de Bioenergia e Tecnologia da Raízen,

João Alberto Abreu

A ousada projeção não é à toa. A Raízen estabeleceu parcerias com duas empresas de pesquisas internacionais avançadas no desenvolvimento da tecnologia: a americana Codexis e a Iogen, do Canadá, nas quais possui participação acionária de 16% e 50%, respectivamente.

A Iogen detém a tecnologia que permite converter a celulose presente nas plantas em açúcares. Em seguida, eles são fer-mentados e destilados em etanol. A Codexis transforma enzi-mas naturais em “superenzimas” para conversão mais rápida de biomassa em etanol, e também diretamente em componentes semelhantes a petróleo e diesel.

O etanol de segunda geração representa mais um passo na di-reção do futuro dos biocombustíveis. A expectativa da empresa é que em cinco anos o produto já seja uma realidade, deixan-do para trás os laboratórios e plantas-piloto e estabelecendo-se como um método de produção comum no país.

Apesar dos desafios econômicos em viabilizar as plantas em escala comercial, o processo vem evoluindo rapida-mente com investimentos pesados por parte de diversas empresas globalmente.

“O ano de 2012 será decisivo para o etanol celulósico. No mundo inteiro, observaremos a entrada em operação de

novas plantas em escala quase comercial. A Itália, por exemplo, deverá inaugurar sua primeira unidade ainda neste ano. Estados Unidos e China também seguem este movimento com a construção de novas usinas”, comen-ta o diretor de Bioenergia e Tecnologia da Raízen, João Alberto Abreu.

No Brasil, o etanol extraído da celulose também avança a passos largos com o início da implantação pioneira de uma planta em escala comercial no país. Atenta a esta nova e promissora fase para o setor sucroalcooleiro, a Raízen se posiciona como uma das protagonistas desse novo cenário. Isto porque, além de dominar a técnica, a companhia detém expertise, equipe qualificada e ampla oferta de matéria-prima.

Outra vantagem observada no biocombustível de segun-da geração é a possibilidade de obter continuidade da produção mesmo em períodos de entressafra. Além de aumentar a rentabilidade, é possível resolver questões relativas ao preço do produto, que tem se mostrado vo-látil no mercado por conta da oferta. “Já temos tudo: matéria-prima e tecnologia. Agora é uma questão de tempo”, prevê o gerente de Produção e Eficiência Ener-gética, Antonio Valezi.

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Na indústria

Um dos destaques do campo e promessa de futuro no setor sucroenergético é a palha. Além de repre-sentar uma importante alternativa para a geração de etanol celulósico, ela poderá desempenhar também um papel relevante na cogeração.

Desde o início da atual safra (2012/2013), a Raízen vem recolhendo pela primeira vez em quatro de suas unidades (Bonfim, Costa Pinto, Serra e Univalem), a palha remanescente do corte de seus canaviais. Fon-te de alternativa limpa e renovável, a biomassa a ser retirada neste ano soma cerca de 140 mil toneladas.

O gerente de Produção e Eficiência Energética, Antonio Valezi, explica que, com esta quantidade de matéria-pri-ma, a empresa obterá 56 mil MWh adicionais de energia.

Outra prática inovadora e eficiente aplicada nos canaviais da Raízen é o plantio e colheita em espaçamento alternado. O método permi-te aumento de rendimento do canavial em 5%, explica o diretor Agrícola de Corte, Carrega-mento e Transporte, Fernando Lima.

Na colheita mecanizada, a técnica permite um aumento de até 40% na produtividade da co-lhedora por meio da colheita simultânea de duas linhas de cana.

“A empresa tem trabalhado também no sentido de mecanizar o corte em seus canaviais, rea-

firmando seu compromisso com o respeito ao meio ambiente e às pessoas”, aponta o diretor. Estima-se que a transição para a mecanização trará para o setor uma economia de 8,5 milhões de toneladas de emissões de CO2 até 2017.

Para operar essas máquinas, no entanto, a empresa precisa de profissionais capacitados. “Estamos estudando, em conjunto com a nos-sa diretoria de Recursos Humanos, a compra de simuladores para reduzir o tempo para capacitação plena dos operadores, que atualmente dura três safras”, revela Lima.

A Raízen evolui ano a ano com a mecanização da colheita e com o desenvolvimento de novos métodos de plantio

Simulador que deverá ser usado para o treinamento dos operadores de colhedeira

“Considerando os canaviais próprios da Raízen, o nosso po-tencial de palha a ser recolhida é de 2,5 milhões de toneladas por safra”, diz o gerente.

“A palha é um bem necessário, principalmente se estamos considerando a biomassa como uma matéria-prima importan-te, seja para a cogeração ou para outros usos. Essa dispo-nibilidade abre caminhos para inovações, novas economias e eficiência dos processos”, resume Valezi.

Esta e vár ias outras ações para aumentar a ef ic iência vêm se transformando em uma marca da Raízen, cujo posicio-namento no mercado dá a dimensão do serviço que pretende prestar ao país nos próximos anos em termos tecnológicos e econômicos.

Corte eficiente

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Mais eficiênciaA Shell Global Solutions, consultoria que fornece so-luções para melhorar a performance de consumo de energia de clientes industriais, trabalha em parceria com a Raízen desde o início de junho. A iniciativa vol-tada ao aumento da eficiência energética será focada em duas áreas – destilação e fermentação – com o aprimoramento dos processos.

A ideia é equilibrar a geração de vapor nas caldeiras, o que resultará em uma economia de até US$ 4 milhões por ano em energia. Inicialmente aplicadas na usina de Bonfim (SP), as melhorias deverão ser replicadas tam-bém nas demais 23 unidades da Raízen em um perío-do de 18 meses.

O diretor de Bioenergia e Tecnologia, João Alberto Abreu, explica que o programa viabiliza o aumento da produção de energia nas usinas e a consequente venda do excedente no mercado.

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22 Regulação

Com um faturamento de cerca de R$ 240 bilhões em 2011, o setor de com-bustíveis brasileiro é responsável por uma arrecadação de tributos federais e estaduais de R$ 73 bilhões, de acordo com dados do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustí-veis e de Lubrificantes (Sindicom). O número, no entanto, poderia ser ainda mais significativo à economia nacional se não fossem os elevados índices de so-negação e adulteração, que geram pre-juízos aos cofres públicos de cerca de R$ 3,3 bilhões/ano.

No rol das irregularidades mais da-nosas para a empresa fornecedora e para o mercado brasileiro, a fraude fis-cal é a mais usual no país. Neste caso, destaca-se o não pagamento de PIS e Cofins, e o pagamento apenas parcial de ICMS. O gerente de Relações Setoriais da Raízen, James Assis, afirma que os prejuízos causados pela sonegação de impostos vão além da perda de receita. “O consumidor é lesado no momento em que o governo deixa de recolher impos-tos porque não gera benefícios que os tri-butos podem proporcionar à sociedade”.

Já a fraude considerada mais frequen-te é a que copia a marca em todos seus detalhes. “O clone usa a mar-ca de uma companhia para enganar o consumidor, mas a origem do pro-duto é outra. Os enfeites, as bombas, as cores são iguais, às vezes até o uniforme do frentista é igual”, enfatiza Assis. Ainda segundo ele, a imagem é exatamente igual, incluindo o totem e a logo, que são os principais itens de diferenciação dos postos na per-cepção do consumidor.

Um dos grandes desafios do mercado de venda e revenda, o comércio irregular de combustíveis prejudica o desenvolvimento do setor e a sociedade

Confiança na bomba

Por meio do Programa DNA da Shell, a Raízen atesta a qualidade dos combustíveis nos postos

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Outro tipo de irregularidade que dói no bolso do consu-midor é a do “roubo de quan-tidade”. Vende-se, por exem-plo, 1 litro, mas o abasteci-mento real é de 800 ml, em média. O problema é tão co-mum que os criminosos vêm desenvolvendo novas formas de enganar o cliente, como o sistema digital com controle remoto que pode ser desliga-do em caso de fiscalização.

Muito utilizada em postos de bandeiras piratas, a adultera-ção também está na lista de fraudes. A mais usual, neste caso, continua sendo colocar mais etanol do que gasolina, por ser a gasolina mais cara.

O combustível adulterado é aquele que não está de acor-do com as especificações le-gais. A lei fixa em 20% a mis-tura de etanol anidro à gaso-lina, mas muitos postos não respeitam esta norma. Se-gundo instituições ligadas ao setor, isso ocorre porque ao adulterar a gasolina, aumen-tando a mistura de etanol ou produtos químicos mais ba-ratos, eleva-se em até 10% a rentabilidade do negócio para o dono do estabelecimento.

Os crimes não param por aí. Há casos em que o posto tem um contrato, usa a marca, o totem, além das cores da identidade visual da empresa. No entan-

to, faz o uso indevido da marca porque despeja e comercializa combustíveis de outra origem.

Ainda dentro do ranking das práticas mais frequentes do comércio irregular, tem-se a fraude do GNV, na qual se co-loca menos gás do que o indi-cado na bomba medidora.

Para coibir todos esses de cri-mes, a Raízen utiliza ferramen-tas como o Programa DNA e o Programa de Monitoramento de Qualidade de Combustível da ANP, além de informações de consumidores – que represen-tam indícios de irregularidades –, por meio do site e do 0800. Em situações em que a notifica-ção da empresa não resolve, o estabelecimento é acionado na Justiça. De agosto de 2011 até abril deste ano, a Raízen entrou com 26 ações na Justiça.

Segundo especialistas do se-tor, a dificuldade no combate às fraudes está na fiscalização. O mercado petrolífero cresceu no mundo e no Brasil, mas a fiscalização não acompanhou o mesmo ritmo. Um grupo re-duzido de profissionais da ANP está destinado ao trabalho de fiscalizar mais de 30 mil postos revendedores em todo o país. Além desses estabelecimentos, eles têm de verificar o uso de combustíveis em usinas, aero-portos e outros segmentos de comercialização e consumo.

“O consumidor é lesado no momento em que o governo deixa de

recolher impostos porque não gera benefícios que os tributos podem

proporcionar à sociedade.” James Assis

Gerente de Relações Setoriais da Raízen

Resultado de uma relação de confiança com o con-sumidor, o Programa de Qualidade DNA da Shell garante a excelência dos produtos e do atendimen-to da rede. Com sua fór-mula exclusiva, ele possui um código genético espe-cífico, seja da gasolina, etanol ou do diesel.

A visita aos postos para verificação é feita por profissionais do Controle de Qualidade e Treina-mento (CQTs). Um veículo com equipamentos de leitura ótica é utilizado para a análise das amostras dos combustíveis.

Garantia de qualidade

Com foco na valorização do cliente e na qualidade, a Raízen trabalha para eliminar as irregularidades

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24 Apresentação

Excelência brasileira Raízen celebra primeiro ano de atuação com conquistas, e reforça suas ambições e seu potencial de crescimento

A Raízen nasceu grande — entre as cinco maiores em-presas brasileiras em faturamento, líder na moagem de cana-de-açúcar e com valor de mercado da ordem de R$ 20 bilhões. Seus desafios no Brasil dão a dimensão des-sa grandeza: consolidar o etanol de cana-de-açúcar como commodity internacional; ampliar a capacidade de moagem de cana nos próximos cinco anos; elevar a produção de açúcar e a de etanol; tornar-se a melhor empresa de dis-tribuição do país, além de fazer com que a cogeração de energia acompanhe essa expansão. Tudo isso aliado ao crescimento sustentável e à responsabilidade social.

Para alcançar esses objetivos, em seu primeiro ano, houve iniciativas em diversas frentes: a integração nas operações; a inauguração do Centro Administrativo em Piracicaba (SP); e o investimento no ativo mais importante da companhia: seus funcionários. A Raízen criou programas de treinamen-to com o intuito de capacitar gestores e estimular a reflexão dos seus funcionários a respeito de sua Missão institucional e de suas Atitudes. Somente um deles, voltado à liderança

operacional na área de Etanol, Açúcar e Bioenergia (EAB), atualmente capacita cerca de 900 líderes e encarregados.

A transição de marca em 80% dos postos foi ousada, superando largamente a previsão inicial de 66%. Hoje, a Raízen conta com mais de 1.150 contratos assinados com revendedores, 900 postos convertidos e outros 100 em transição. A expectativa da empresa é que, até o fim do ano, o projeto alcance a marca dos 100%. Ape-nas em postos provenientes de novos negócios, foram comercializados 500 milhões de litros de combustíveis. Houve o lançamento da linha de produtos Shell Evolux, vol-tada para o mercado de diesel. A área de Aviação obteve um recorde histórico, mais de 230 milhões de litros ven-didos em apenas um mês. E os negócios B2B foram tri-plicados. Números que se refletem no resultado financeiro da companhia, superior em 25% ao resultado final obtido pelas duas companhias no ano anterior.

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O engajamento da equipe é uma das forças da Raízen

Mercados com amplos horizontesA atenção da Raízen ao mercado interno propiciou bons negócios também. Em janeiro deste ano, por exemplo, foi criada uma joint venture na área de distribuição e venda de combustíveis com a rede Mime, de Santa Catarina. Traduzido em nú-meros, o acordo representa 70 no-vas lojas de conveniência e cerca de 270 postos de combustíveis com bandeira Shell no estado.

Na área de Etanol, Açúcar e Bioe-nergia, a companhia direciona pro-jetos também para o cenário ex-terno. No setor de transportes, por exemplo, nove em cada 10 carros produzidos no Brasil são f lex e a tendência é que o mercado cresça globalmente.

Esta mudança gera expansão da demanda pelo combustível reno-vável e traz benef ícios ao meio ambiente. Inserida neste contexto como uma das grandes produtoras de energia limpa, a Raízen se pre-para para se destacar nos merca-dos interno e externo ao longo dos próximos anos.

A transição de marca em 80% dos postos

foi ousada, superando largamente

a previsão inicial de 66%. Hoje, a Raízen conta com mais de 1.150

contratos assinados com revendedores, 900 postos convertidos e outros

100 em transição.

26 Apresentação

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Um marco importante foi alcançado em 2012: obter a certificação internacional

Bonsucro, que avalia toda a cadeia produtiva

da cana-de-açúcar.

ConstruçãoComo empresa constituída a partir de uma joint venture entre duas gigantes do mercado e para cumprir as suas ambiciosas metas, a Raízen viu-se na missão de criar a própria cultura corporativa

Este trabalho de construção da nova identidade a par-tir de culturas distintas passa pela formulação de valo-res organizacionais adequados aos desafios da Raízen. Trata-se de um processo que tende a se consolidar no decorrer do tempo. Neste contexto, foram definidas as cinco atitudes balizadoras: fazer mais e melhor a cada dia; pensar grande; valorizar o cliente; ter paixão por tudo o que faz; e agir com ética e respeito.

Esta é a base para que as pessoas se relacionem e traba-lhem juntas em prol dos resultados da companhia: a sinto-nia entre a atitude das pessoas e os valores da empresa.

A superação do desafio de reunir duas grandes empre-sas — com formas de trabalho distintas — tem passado pelo diálogo e também pelo claro estabelecimento dos vetores da companhia, respeitando as características de cada negócio. Neste contexto, o compromisso da Raízen com o crescimento sustentável é um dos motes que têm sido reiterados aos seus funcionários.

Fazer de duas culturas diferentes um novo modelo cor-porativo tem sido a marca distintiva deste começo de ca-minhada institucional da empresa. A empresa conseguiu reunir profissionais com as mais diferentes características e experiências. A diversidade possibilita a construção de uma empresa jovem e dinâmica, capaz de responder aos anseios de uma sociedade ecologicamente consciente e de um mercado competitivo.

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A missão da Raízen é prover soluções de energia sustentável, por meio da tecnologia, do talento e da agilidade, contribuindo para a construção de um futuro melhor

Para a Raízen, a sustentabilidade é um compromisso, um dos pilares onde apoia o

seu negócio.

Para a Raízen, a sustentabilidade é um compromis-so, um dos pilares onde apoia o seu negócio. Este comprometimento com o desenvolvimento susten-tável pode ser medido por um conjunto de projetos e processos que buscam a melhoria contínua nas áreas de Qualidade, Meio Ambiente, Saúde, Segu-rança e Responsabilidade Social.

Um marco importante foi alcançado em 2012: obter a certificação internacional Bonsucro, que avalia toda a cadeia produtiva da cana-de-açúcar considerando aspectos sociais, ambientais e econômicos.

A participação no mercado de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), por meio do qual têm sido concedidos à empresa créditos de carbono (Certified Emission Reductions – CER), atesta que ela vem reduzindo a emissão dos gases do efeito estufa em sua cadeia.

Ao constituir o Sistema Integrado de Gestão das Operações – SIGO, a companhia passou a utilizar uma série de normas internacionais. Alcançou cer-tificações e selos tanto voltados para as operações quanto para a qualidade de seus produtos.

Estes fatores são característicos do modo de atuação da Raízen desde a sua constituição: buscar soluções — em todas as suas atividades — que garantam o desenvolvimento sustentável do Brasil.

Apesar dos avanços, a empresa mantém em seu planejamento estratégico a máxima da melhoria contínua, na qual a saúde de uma organização se consolida no longo prazo. A receita é aliar o bom desempenho econômico às questões ambientais e sociais, que estão hoje entre as prioridades das empresas em todo o mundo.

Desenvolvimento sim, com sustentabilidade

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a todo vaporSede de uma das usinas da Raízen, Caarapó (MS) vive momento de expansão

28 Raízes do Brasil

Fundada em 1958, a pequena cidade de Caarapó, no Mato Grosso do Sul, vive um momento de expansão econômica. A chegada de indústrias e novas empresas tem atraído para o município, localizado a 267 km de Campo Grande, cada vez mais moradores em busca de melhores salários. Nos últimos cinco anos, a população saltou de 19,5 mil para 26 mil.

A Raízen é uma das grandes responsáveis pelo crescimento local: gera 400 empregos diretos e 2,1 mil indiretos com a produção de etanol, açúcar e cogeração de energia elétrica na usina de Caarapó.

A unidade, com capacidade instalada de 2,5 milhões de toneladas de cana, produz 500 mil litros de etanol e 22 mil sacos de açúcar diariamente. Com o bagaço da cana, é possível gerar 50 MWh de energia em uma termelétrica anexa. Do total, 30 MWh são vendidos no mercado, volume equiva-lente ao abastecimento de uma cidade de 100 mil habitantes.

EconomiaMicrorregião de Dourados, o “Portal do Mercosul”, Caarapó – que significa “raiz da mata” em tupi – fica no sudoeste do estado. Sua economia destaca-se, principalmente, pela pecuária, produção de soja, milho e, agora, vem se diversificando pela chegada de novas indústrias.

A presença da Raízen é comemorada tanto pela população quanto pelo governo, que aumentou de forma considerável a arrecadação de impostos como ISS e ICMS. “As pessoas se sentem orgulhosas por contar com a empresa no município. É gratificante constatar que funcionários, comunidade e autoridades têm uma imagem positiva da empresa. Frequentemente, ouvimos comentários sobre a seriedade da Raízen com as questões sociais e ambientais”, assinala Cláudio Borges, gerente Regional Administrativo da Raízen.

A jovem Joyce Matos Manfre, 19 anos, é um exemplo de como a empresa pode beneficiar os moradores da região. Depois de um ano procurando, e la conquistou na Raízen seu primeiro emprego. “Fiz um curso técnico em Açúcar e Álcool, depois um estágio na unidade e, ao final, fui contratada”, comemora a hoje funcionária do Centro de Operações Integradas.

I Passeio Ciclístico Educativo de Caarapó, promovido pela Raízen para conscientizar a população sobre a importância da

prevenção para evitar acidentes

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Responsabilidade socialNo aspecto sociocultural, a Raízen busca dar sua contribuição à região por meio de iniciativas como a parceria com a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). O projeto pre-vê a inclusão social de portadores de necessidades especiais.

Cortada por uma rodovia federal, a BR 163 (que liga o Norte ao Sul do país), Caarapó tem índices elevados de vítimas das estra-das. Nesse contexto, a Raízen investe na educação para ajudar a reduzir o número de acidentes de trânsito. Em parceria com a Pre-feitura, por meio da Secretaria de Educação, com a Polícia Militar e com o apoio de sua Fundação, a empresa vem desenvolvendo

o Projeto Trânsito Seguro, voltado aos alunos do ensino funda-mental. Até hoje, a iniciativa já beneficiou mais de 2 mil alunos.

O projeto I Passeio Ciclístico Educativo de Caarapó, por sua vez, tem o objetivo de conscientizar ciclistas, motoristas e pedestres sobre a importância da prevenção para evitar acidentes. O traba-lho é realizado em parceria com a Prefeitura, Câmara dos Verea-dores, Sindicato Rural, Polícias Civil, Militar e Federal, Conselho de Segurança e Detran. Realizada em agosto do ano passado, a iniciativa aconteceu durante a feira Expoagro no município, e é parte agora do calendário cultural da cidade.

De aluna a professora O desenvolvimento econômico de Caarapó e a presença da Raízen no mu-nicípio têm reflexo direto na vida local, o que significa maior poder de compra e novas oportunidades.

São vários os exemplos de suces-so. Contratada em 2010, Michela Minae Kushida, de 33 anos, atua como operadora de produção na unidade. Em 2008, ela fez o curso técnico em Açúcar e Álcool, oferecido pela empresa Nova América. Através de um convênio da Raízen com a Secretaria Estadual de Educação, a funcionária hoje é profes-sora do curso em que foi aluna.

“Estou muito bem. Tenho dois salá-rios: de operadora e de professora. O desenvolvimento é notável aqui depois da chegada da empresa”, enfatiza.

Para a analista Administrativa Júnior, Beatriz Martines, de 25 anos, a presença da Raízen está transformando o município. “Todos querem entrar e aqueles que es-tão na empresa não pretendem sair”, conta a profissional.

A Unidade de Caarapó possui capacidade de processamento anual de 2,5 milhões de toneladas de cana

Sede da Prefeitura de Caarapó, município sul-matogrossense com 26 mil habitantes

Fonte Luminosa na Praça Central de Caarapó

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30 Questão de Ética

Revista Raízen

ser ético é um bom negócioÉtica e transparência são cada vez mais relevantes no mundo corporativo. Não apenas para guiar as decisões dos dirigentes, colaboradores e orien-tar ações dos stakeholders no cotidiano de uma empresa, esses valores são estratégicos e contribuem diretamente para o crescimento do negó-cio, na opinião do gerente de Auditoria Interna da Raízen, Márcio Fogaça.

Para o executivo, a boa atitude é um diferencial competitivo e colabora para a consolidação de uma cultura organizacional baseada em valores e princí-pios bem definidos. “A governança e a condução adequada dos negócios têm impacto relevante na imagem da empresa e fortalecem sua credibili-dade, sua marca e sua presença na sociedade e no mercado”, ressalta.

Comitê de ÉticaNeste contexto, o Comitê de Ética da Raízen tem como missão zelar pela imagem da empresa, e pela integrida-de das atitudes e dos relacionamentos, investigando, avaliando e fazendo re-comendações à gestão da companhia para combater possíveis desvios de comportamento e violações ao Código de Conduta. Este documento estabe-lece na empresa o padrão de conduta esperado dos funcionários e parceiros.

“O comitê desenvolve também políti-cas e estratégias voltadas à promoção da ética. Ao mesmo tempo, é uma fer-ramenta para prevenir desvios em re-lação ao Código de Conduta e orien-tar a alta gerência e os funcionários, recomendando as melhores práticas a serem adotadas no dia a dia da em-presa”, explica Márcio Fogaça, um dos integrantes do comitê.

Com reuniões mensais, o gru-po conta com três membros f i-xos – o vice-presidente Jurídico, que desempenha o papel de Chief Compliance Officer (CCO); a vice-pre-sidente de Desenvolvimento Humano e Organizacional; e o gerente de Audi-toria Interna. Além destes, o Controller Corporativo também pode ser convi-dado a participar dos encontros de maneira esporádica e também na au-sência de um dos integrantes fixos.

“O Comitê de Ética está diretamente ligado à gestão de risco da organi-zação, pois promove a transparência e a integridade, contribuindo para a formação de uma cultura sustentável com atitudes corretas dentro e fora da Raízen. É assim que se avança, é assim que conduzimos a organi-zação rumo à sua missão e visão”, reforça Fogaça.

Márcio Fogaça, gerente de Auditoria Interna

Importante ferramenta de gestão de riscos, o Comitê de Ética da Raízen zela pela aplicação das melhores práticas corporativas

Revista Raízen

Como funciona?O caminho é a comu-nicação aberta, sincera e proativa para resol-ver assuntos críticos. O Comitê de Ética da Raízen conta com um canal de denúncias aberto a todos os fun-cionários, clientes, for-necedores e parceiros comerciais: o “Canal de Ética”. O objetivo da fer-ramenta é receber de-núncias, relatos, recla-mações e sugestões.

As informações – cole-tadas por uma empre-sa independente con-tratada para operar o Canal de Ética – são repassadas ao Comi-tê de Ética, que apu-ra, analisa, direciona ações e dá respostas a quem denunc iou

ou fez uma reclama-ção. O Canal pode ser acessado pelo telefo-ne (0800-772-4936), pelo site da Raízen (www.raizen.com) ou pe la in t ranet (pa ra funcionários). A iden-tidade do denunciante pode ser protegida, se ele assim escolher.

“Esta não é uma cul-tura de apontar culpa-dos. Estamos falando de proatividade e de crescimento buscando a melhoria de nossas ações. Temos obser-vado uma evolução de postura e de atitudes cada vez mais l iga-das aos nossos valo-res”, ressalta o gerente de Auditor ia Interna da Raízen.

“O Comitê de Ética está diretamente ligado à gestão

de risco da organização, pois promove a transparência e a integridade, contribuindo

para a formação de uma cultura sustentável com atitudes

corretas dentro e fora da Raízen”

Márcio Fogaça Gerente de Auditoria Interna

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A marca Shell é licenciada para Raízen, uma joint venture entre Shell e Cosan.