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Revista Embarque

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Revista criada para disciplina de Tipografia Digital do curso de Design da ESPM - RS

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Sumário

ExpedienteProjeto Gráfico �Daniela Coelho Olmos

Laura Maroneze

Editoração �Daniela Coelho OlmosLaura Maroneze

Diagramação �Daniela Coelho OlmosLaura Maroneze

Produção �Daniela Coelho OlmosLaura Maroneze

Reportagens Site Revista Viagem

Fotografia Flickr

Contato [email protected]

EditorialA Embarque é uma revista criada para a disciplina de Tipografia Digital, ministrada pelo professor Maurício Furlanetto, do curso de Design Visual com Ênfase em Marketing, da Escola Superior de Propaganda e Marketing de Porto Alegre.

Daniela�Coelho�Olmos

Laura�Maroneze

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Whitepod Resort, Valais, Suíça:

Os� Whitepods� são� confortá-veis� iglus� modernos,� constru-ídos� com� material� isolante� a�mais�de�1,5�mil�metros�de�alti-tude,�nos�Alpes�Suíços.�A�vista�panorâmica�sobre�a�neve�pura�é�incrível,�e�o�silêncio�é�total.

O�resort�é�cem�por�cento�eco-lógico:�tudo�é�reciclado�e�não�há�energia�elétrica�nos�pods,�apenas�luz�de�velas�e�lareiras.�São�15�pods�de�até�40�metros�quadrados� que� podem� rece-ber� de� duas� a� oito� pessoas,�além�de�um�chalé�central�com�restaurante.� Se� a� opção� dos�pods�não� for� totalmente�atra-ente,�também�existem�opções�de� alojamento� convencional,�em�cabanas.

Durante�o�dia,�o�resort�ofere-ce� atividades� para� se� curtir�a� neve:� pistas� exclusivas� de�esqui,� excursões� de� raquete,�além�de�um�spa�completo.

Utter Inn (Albergue da Lontra), Suécia:Se� você� não� quiser� ser� inco-modado,� esta� casinha� flutu-ante,� criação� do� artista� sue-

Conheça quatro hotéis isolados no planeta

co� Mikael� Gernberg,� é� uma�excelente� opção.� Construída�sobre�uma�plataforma�de�25�metros� quadrados� sobre� o�lago�sueco�de�Malaren,�conta�com�uma�cozinha�ao�nível�do�mar�e�um�quarto�submergido�três� metros� embaixo� d’agua,�no� qual� você� poderá� obser-var�a�vida�sub-aquática.

Após�ser�deixado�na�casa�de�bote,� você� conta� com� uma�canoa�para�passear�pelas�re-dondezas.� A� cozinha� é� bem�simples,� e� você� pode� optar�por�receber�o�jantar�já�pronto.

Guindaste de Harlingen, Holanda:Ficar� alojado� em� um� guin-daste� pode� parecer� uma�má�ideia.� Mas� este� antigo� guin-daste�do�porto�de�Harlingen,�na�Holanda,�que�descarrega-va� antigamente� madeira� dos�barcos� vindos� da� Europa� do�leste,�é�o� sonho�de�qualquer�amante�de�tecnologia.

A�17�metros�de�altura,�a�sala�de�máquinas�foi�transformada�em� suite�high-tech�com�cama�king-size� e� chuveiro� futurista�para� dois.� Tudo,� desde� as�luzes� até� a� temperatura� do�

Poucos sonham em passar suas férias num quarto de hotel que funciona no alto de um guindaste portuário, ou dormir numa suíte que fica embaixo d’água. Mas saiba que hotéis assim funcionam, e fazem sucesso entre aqueles que realmente querem se isolar do mundo. Confira:

Whitepod Resort

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quarto,�são�comandadas�por�controle� remoto.� Quer� mais?�Se� estiver� cansado� da� vista�da� varanda� frente� ao� mar,�você�pode�comandar�o�guin-daste,�que�gira�360�graus.�Os�elevadores�para�chegar�até�a�suíte�são�minusculos.�Claustró-fobos,�abstenham-se.

The House in the sea (A casa no mar), Cornwall, Inglaterra:Este� Bed� and� Breakfast� (tí-pica� pousada� com� café� da�manhã�incluso)�fica�em�uma�

casa�na�cidade�Cornwall,�a�400� km� de� Londres,� e� está�construída� sobre� sua� pró-pria� ilha,� ligada� ao� conti-nente�por�uma�passarela.�O�lugar� foi�por�muitos�anos�o�destino� predileto� de� Sir� Ar-thur� Conan� Doyle,� criador�do� famoso� detetive� Sherlo-ck�Holmes.

A� vista,� sobre� o� mar,� é� de�tirar�o� fôlego.�A�elegância,�no�melhor� estilo� inglês,� ga-rante�quartos�de�ótima�qua-lidade.� Para� garantir� tran-

quilidade� é� melhor� evitar�o� verão� europeu,� no� qual�a� praia� de� Newquay,� que�pode�ser�vista�desde�a�casa,�se� torna� um� dos� pontos� de�predileção� dos� surfistas� in-gleses,� com� festas� regadas�a�muito�álcool�e�que�duram�a�noite�inteira.

No� continente,� diversas� op-ções� como� praias,� campos�de� golfe� e� restaurantes,� in-cluindo� um� dos� restaurantes�do�badaladíssimo�chef�Inglês�Jamie�Oliver.

The House in the sea

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O� primeiro� bar� surgiu� em�1994,� na� cidade� sueca� de�Jukkasjärvi,� dentro� do� tam-bém�precursor�hotel�todo�feito�de� gelo,� o� IceHotel.� A� partir�de�então�a�ideia�se�espalhou�por� diversas� cidades,� como�Paris,�Londres,�Las�Vegas,�Mi-lão� e� Tóquio.� Cidades� quen-tes,�como�Orlando,�Sydney�e�Mumbai� também� ganharam�seus� bares� de� gelo� e� um� foi�criado�até�mesmo�no�deserto�de�Mojave,�na�Califórnia.�

Ainda� que� Jukkasjärvi,� Esto-colmo�e� Londres� sejam�patro-cinados� pela� mesma� marca�de�vodka,�a�Absolut,�cada�um�possui� seu� próprio� cardápio�com�drinques�exclusivos.�A�úni-ca� certeza� é� a� de� que� todos�são� à� base� de� vodca� e� que�possuem� um� visual� impressio-nante,� proporcionado� pelas�cores�vibrantes�dos�coquetéis.�A�aparência�é�garantida�não�só� pelo� uso� dos� tradicionais�sucos� e� licores,� mas� também�pelo� uso� de� uma� substância�que�em�contato�com�a�luz�UV�torna�o�líquido�florescente.�

Outra� característica� que� os�diferencia� é� a� decoração.� A�

Conheça os bares de gelo que fervem no exteriorCalor? Pense na possibilidade de visitar um ice bar. Nesses locais, as paredes, as mesas, as cadeiras e até os copos são feitos de gelo. E não pense que é um gelo qualquer. Todos os itens são construídos a partir de águas oriundas do rio Torne, próximo ao Icehotel e há 200 km do Círculo Ártico, escolhidas justamente por sua limpeza e clareza.

Absolut�adota�para�seus�bares�uma�política�contra�o�tédio:�de�três� a� seis� meses� eles� sofrem�uma� intensa� reforma,� coman-dada�por�artistas�e�escultores�renomeados,� que� transforma�completamente�o�ambiente.

Todos� ficam� abertos� em� todas�as� estações� do� ano.� A� tempe-ratura�ambiente�fica�sempre�em�torno�dos�5º�C�negativos�e�para�garantir�o�conforto�dos�clientes,�na�entrada�são�entregues�luvas�e� roupas� especiais.� As� visitas�têm�tempo�limite�de�apenas�30�a�45�minutos�e�podem�ser�reser-vadas�pela�internet.�Os�valores�ficam�na�faixa�de�20�dólares.�

Confira�uma�lista�de�ice�bars:�

Londres31-33�Heddon�Street,�Mayfair

EstocolmoNordic�Sea�Hotel,�Vasa-plan�4,�101�37

JukkasjärvIce�Hotel,�981�91�Jukkasjärv

BarcelonaPlaya�de�Barceloneta

Las VegasShop101,� Mandalay� Pla-ce,�Las�Vegas�Blvd�South

Estocolmo Nordic Sea Hotel

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Punta�del�Este,�no�Uruguai,�é�o�que�há�de�mais�luxuoso�na�costa�sul-americana.�O�balne-ário� localizado� no� encontro�do� rio� da� Prata� com� o� Mar�Atlântico� possui� mansões� de�luxo,� restaurantes� de� ponta,�fantásticas� praias,� vida� no-turna� intensa� e� hotéis-cassino�cinco�estrelas.�E�ainda:�preços�relativamente�baratos�para�os�padrões�internacionais.�

Mansa� e� Brava� são� as� mais�conhecidas� praias� de� Punta�e� não� por� acaso� seus� nomes�são� opostos.� A� primeira,� com�as� águas� calmas,� atrai� princi-palmente� famílias,� enquanto� a�outra,� virada� para� o� Oceano�Atlântico,� é� o� point� predileto�dos�jovens.�

A� praia� Brava� é� parada� obri-gatória�para�apreciar�o� fantás-tico� pôr-do-sol� e� tirar� uma� foto�no�monumento�Mão�Afogada,�uma� obra� que� retrata� a� pre-sença�do�homem�na�natureza.�Pôr-do-sol,�monumento�e�gente:�moças�de�corpo�dourado�e�ra-pazes�malhadões� curtem� estas�praias,�do�tipo�“ver�e�ser�visto”.�

Mas�se�desejar�um�programa�mais�original,�que�tal�conferir�a�Ilha�de�Lobos?�Localizada�a�9,5�km�da�costa,�o�local�abri-ga� cerca� de� 200� mil� lobos-marinhos� e� 10�mil� leões�ma-rinhos.� Grande� parte� desses�animais�adestrados�que�estão�em�zoológicos�vieram�daqui.�

Descubra o luxuoso balneário Punta del Este

A� rua� comercial� da� penínsu-la� é� a� Avenida�Gorlero,� com�seus�bares,�restaurantes,�lojas�e�galerias.�Só�que�o�colírio�dos�olhos�de�Punta�ainda�está�por�vir:�o�Conrad�Hotel�e�Cassinos.�Além�do�conforto�que�qualquer�hotel� cinco� estrelas� proporcio-na,� com� spa,� restaurantes� e�vista�para�Praia�Mansa,�o�seu�cassino�comporta�mais�de�60�mesas�e�450�slots�que� funcio-nam�24�horas,�todos�os�dias.�

O�porto�está�repleto�de�iates�de� multimilionários� e� embar-cações�de�todas�as�partes�do�mundo.�Para�completar,�ainda�encontram-se� no� local� bons�restaurantes,�pubs�e�mercado�vendendo�peixes�frescos.�

Com� um� bairro� nomeado� de�Beverly�Hills,�já�dá�para�ter�uma�ideia� do� que� se� pode� esperar�

da�parte�correspondente�a�Mal-donado.�Trata-se�das�ruas�onde�estão� localizadas� as� grandes�mansões�de�Punta.�Vale�a�pena�dar�uma�conferida�na�beleza�e�o�luxo�dos�casarões.�

Outro� passeio� fundamental� é�Casa� Pueblo,� uma� bela� man-são� construída� pelo� escultor�Carlos�Paez�Vilaró,�que�funcio-na� como� ateliê� do� próprio� e�ainda�possui�uma�privilegiada�vista�do�mar,�em�Punta�Ballena.�

Visite�as�pacatas�áreas�de�Bar-ra� e� José� Ignácio,� ambas� são��mais�vazias�e�calmas.�Praia�da�Barra�era�uma�vila�de�pescado-res,�hoje�muitos�jovens�preferem�a�noite�dessa�parte�da�cidade,�preterindo�Punta.�José�Ignácio�é�o�lugar�dos�que�têm�dinheiro�e�preferem�um�ambiente�mais�rús-tico�e�simples.�

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Visite� alguns� dos� melhores�mercados� para� aqueles� que�não�tem�medo�em�experimen-tar�comidas�esquisitas.

La Merced, Mexico City, MéxicoAqui�você�encontra�uma�gran-de� variedade� de� comidas�selvagens.�Uma�seção� inteira�é�dedicada�aos�cactos,�e�há�centenas� de� tipos� de� pimen-ta,� algumas� delas� realmente�muito� fortes.� A� parte� mais�interessante� é� a� de� comidas�esquisitas.� Você� a� reconhe-cerá� quando� ver� tortas� de�entranhas�de�pato,�pequenos�camarões�brilhantes� e�muitos�sacos�de�coisas�estranhas,�de�visual�não�muito�atraente�mas�que�os�Astecas�e�Maias�ado-ravam:�moscas,� formigas,� ou-tros�insetos�e�até�ovos�de�mos-cas�que,�dizem,�não�têm�muito�sabor,� mas� têm� uma� textura�parecida�com�a�do�caviar.�

Mercado de Peixes Nory-angjin Seul, Coréia do SulEste� é� o� melhor� mercado� no�mundo� para� gourmets� intrépi-dos.� Encontra-se� todo� tipo� de�moluscos�rastejantes�e�esquisi-tos�que�você�nunca� imaginou�que� fossem� comestíveis.� Após�

Turismo gastronômico para ousados Conheça os mercados onde come-semorcego, barata e cobra

Conhecer o mundo é também se confrontar com outras culturas, com outros gostos e hábitos diferentes. Por exemplo, comer uma linguiça que, pelo cheiro, parece feita com fezes humanas. Ou se deliciar com ovos de mosca, baratas fritas e até morcegos. Visite alguns dos melhores mercados para aqueles que não tem medo em experimentar comidas esquisitas.

pagar,� pode� levá-los� para� o�primeiro� andar� da� galeria,�aonde�o�cozinheiro�do�restau-rante�os�preparará�na�hora:�en-tregue�sua�sacola�ao�garçom,�acerte�um�preço�para�que�os�produtos� sejam� cozinhados� e�compre� arroz� e� cerveja� para�acompanhar.�E�boa�sorte!�

Mercado Noturno de Donghuamen, Beijing, ChinaOs� chineses� parecem� comer�de� tudo,� e� não� desperdiçar�nada.� Isto� fica� evidente� neste�lugar�com�pequenas�barracas�especializadas� nos�mais� incrí-veis� tipos�de�animais�que�tive-ram�o�azar�de�botar�suas�ca-beças�para�fora�de�suas�tocas.�

Experimente� pele� de� cobra,�kebabs�de�pombo�(no�qual�o�pássaro�é�servido�inteiro,�com�ossos�e�patas),�baratas,�larvas�e�escorpiões�-jogados�ainda�vi-vos�em�óleo�fervente.�O�lugar,�barulhentíssimo,� é� um� lugar�clássico� para� os� jovens� rapa-zes�de�Beijing,�que�levam�suas�namoradas� para� provar� sua�coragem�gastronômica.�

Mercado Adis-Abeba, EtiópiaO�mercado�de�Adis-Abeba�é�o�maior�mercado�a�céu�aber-to� da�África.� À� primeira� vista�parece� apenas� uma� feira� de�camelôs,� com� tênis� e� camise-tas� falsificados.� Procurando�melhor,� você� encontrará� loji-

Mercado Noturno de Donghuamen

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9nhas� esquisitas� que� vendem�acessórios�da�Igreja�Ortodoxa�da�Etiópia,�incensos,�e�roupas�chamativas.� As� barracas� de�temperos� vendem� a� famosa�pimenta�etíope�chamada�“ber-bere”,� muito� forte� e� essencial�para�preparar�o�delicioso�cur-ry�Doro�Wat,�prato�nacional.

Outra� receita� tradicional� é�a� carne� crua� com� uísque.� A�vaca� inteira� fica�pendurada,�você� indica� ao� açougueiro�que�parte�você�deseja�e�ele�corta� o� pedaço� desejado�para� você,� e� o� serve� acom-panhado�de�um�pote�de�tem-pero�e�uma�faca�enferrujada�(é� altamente� recomendado�levar�a�sua�própria� faca).�O�prato� é� servido� com� um� ge-neroso� copo� de� uísque.�Ok,�comer�carne�crua�na�Etiópia�

pode� não� parecer� uma� boa�ideia,� mas� é� delicioso,� e� já�que� você� foi� até� aí,� porque�não�experimentar?�

Chatuchak, Bangkok, ThailândiaO� Mercado� de� Chatuchak�é�o�maior� da� Tailândia,� com�mais� de� 15� mil� barracas.� A�grande� maioria� pertence� a�pequenos�vendedores,�que�se�especializam�num�só�produto.�Há�muitas� variedades�de� co-mida�tailandesa,�como�pad�e�tom� yam,� com� aparência� um�pouco�suspeita,�mas�ótimo�sa-bor.� Para� os� mais� corajosos,�insetos,�ratos,�e�morcegos.�Já�que� você� vai� experimentar�baratas,� tome� cuidado� com�manchas� marrons,� que� pro-vam�que�elas�estão�expostas�há�varias�semanas.�

Rungis, Paris, França

O�Mercado� de� Rungis,� a� 11�quilômetros� do� centro� de� Pa-ris,�é�onde�os�cozinheiros�mais�refinados� compram� os� ingre-dientes� mais� requintados� do�planeta.�O�mercado,�que�abre�à�meia-noite�e� fecha�às�7�da�manhã�(certo,�o�horário�não�é�o�mais�prático�para�um�simples�turista),�é�o�maior�mercado�ali-mentício�do�mundo.�Ele�tem�até�sua�própria�estação�de�trem.�O�pavilhão�da� caça�é� uma�das�grandes� atrações,� com� seus�faisões,�lebres,�pombos�e�java-lis.�A�“triperie”�é�um�festival�de�intestinos,� necessários� para� a�preparação�de�“andouilletes”,�famosas� lingüiças� francesas�que�os�franceses�adoram,�mas�que� têm� um� cheiro� extrema-mente�desagradável.�

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As�ilhas�Cayman�são�frequen-temente�lembradas�no�noticiá-rio�económico�e�político�como�paraíso� fiscal,� local� onde� al-gumas�fortunas�de�origem�du-vidosa� buscam� o� anonimato.�Há�hotéis� cinco�estrelas,� lojas�de�grife�e�locais�de�luxo�na�ca-pital�Georgetown�e�na�Seven�Mile� Beach,� em� Grand� Cay-man.�Mas�a�colônia�britânica�é� também� excelente� destino�para�mergulhadores�e� turistas�que� desejam� passar� as� férias�isolados� e� tranquilos,� numa�paisagem�de� praias� de� areia�branca,�mar�azul�e�coqueiros.

Este� arquipélago� descoberto�por� Cristovão� Colombo� em�1503� e� visitado� pelo� pirata�inglés�Francis�Drake,�fica�rela-tivamente�próximo�de�Cuba�e�de� Jamaica,� e� reúne�as� ilhas�Grand� Cayman,� Cayman�Brac�e�Pequena�Cayman.�Ser-viços�financeiros�e�turismo�re-presentam�suas�maiores�fontes�de�renda.�A�Seven�Mile�Bea-ch�corresponde�à�imagem�do�Caribe� paradisíaco.� Resorts�e� cruzeiros� lotados,� areias�brancas,�águas�cristalinas,�ex-celentes�restaurantes�e�bares,�badaladas� animadíssimas� e�boates�completam�a�oferta�de�uma�natureza�privilegiada.

O� mergulho� é� um� ponto� alto,�pela� clareza� das� águas� e� a�rica� e� variada� fauna.� Por� isso,�Cayman�é�um�dos�pontos�mais�visitados� por� mergulhadores�

As ilhas Cayman são excelentes para mergulho

do�mundo� todo.� Perde�apenas�para�as�Bahamas.�As�águas�têm�temperatura�média�de�30°C�e�visibilidade�de�30�metros,�e�uma�grande� riqueza� de� cavernas,�canyons,� corais� e� paredões.� É�possível� mergulhar� muito� pró-ximo� de� moreias,� tartarugas� e�tubarões,�mas�o�maior�destaque�fica� por� conta� da� colônia� de�arraias.�Pode�se�nadar,�alimen-tá-las� e� até� pegar� uma� carona�no� seu� nada� lento� e� elegante.�Oranje�Canyon�toma�seu�nome�das�abundantes�esponjas�de�cor�laranja.� A� saber:� em� Cayman�estão� as� as� maiores� esponjas�

do�mundo,�da�espécie�esponja-barril,�que�podem�chegar�a�três�metros� de� altura.� Há� também�naufrágios�e�uma�supreendente�granja� especializada� na� cria-ção�de�tartarugas�marinhas.

Pequena�Cayman� está� se� tor-nando�mais�conhecida,�e�por�isso� um� destino� turístico� mais�

frequentado,� mas� mesmo� as-sim� é� bastante� tranquila� e� re-laxada.�A�menor�das�três�ilhas�possui�um�dos�melhores�pontos�do� mundo� para� o� esporte:� o�Bloody�Bay�Wall.�Esse�enorme�paredão�submerso�é�revestido�por�um�recife�de�coral�de�for-midável� visibilidade,� além� de�possuir� uma� rica� diversidade�espécies� aquáticas.� A� fauna�terrestre�do�local�não�fica�para�trás.�Para�se�ter�uma�ideia,�há�mais�iguanas�que�homens�e�a�maior�população�de�aves�Sula�Sula� do� Caribe� fica� na� ilha.�Com� uma� natureza� exube-

rante,�Cayman�Brac�é�a�mais�bela�e�rústica�do�arquipélago.�Suas�paisagens�oferecem�mui-to�mais�que�bons�points�para�mergulho.�Ultimamente,�as�for-mações�rochosas�do�local�vêm�atraindo�escaladores�de� todo�mundo,� trilhas�podem�ser�per-corridas�na�reserva�ambiental�de�Brac�Parrot.�

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Localizada�bem�ao�norte�do�Egito,�Alexandria�carrega�história�desde�seu�nome:�foi�fundada�por�Alexandre,�o�Grande,�no�século�IV�a.C.�Aqui�esteve�uma�das�Sete�Maravilhas�do�mundo�antigo,�o�famoso�Farol�de�Alexandria,�e�foi�sede�de�uma�das�maiores�bibliotecas�da�Antiguidade.�Segunda�maior�cidade�do�Egito,�com�cerca�de�4,1�milhões�de�habitantes�ao�longo�de�mais�de�20�quilômetros�de�orla,�é�um�destino�absolutamente�fora�do�comum.�Nas�suas�ruas,�muitos�vestígios�da�Antiguidade,�como�castelos,�

Alexandria, no Egito uma cidade do mundo árabe que mistura oriente e ocidente

museus�e�monumentos�falam�dos�encontros�e�desencontros�de�civilizações�que�a�cidade�testemunhou.

É�indispensável�a�visita�a�edifí-cios�históricos,�como�o�museu�Greco-Romano,� na� Rua� Ma-thaf�al�Romani,�com�os�cerca�de� 40� mil� itens� do� acervo�que�datam�o�século�III�a.C.�O�palácio�Al-Montazah,� que� já�serviu� como� residência� real,�destaca-se�pelos�seus�mais�de�370�jardins�e�vista�para�uma�praia� com� seus� iates.� Mas�nada�é� tão�marcante�quanto�o� anfiteatro� romano,� em� ple-no�centro�da�cidade,�no�anti-go�bairro�de�Kom�al�Dekka.�E�

não� podem� faltar� as�mesqui-tas,�entre�elas�a�de�Abu�al-Ab-bas�al-Mursi,�a�maior�de�Ale-xandria,� construída� por� volta�de�1775�pelos�mouros�argeli-nos,�de�cor�clara�e�conserva-ção� impecável.�Mas� talvez�a�visita�mais�interessante�seja�a�do�Forte�Qaitbey.�Datado�de�1480� d.C.,� foi� feito� com� pe-dras� reaproveitadas�do�Farol�de�Alexandria,�uma�das�Sete�Maravilhas�da�Antiguidade.�

Pompey’s�Pillar,�na�rua�Amod�el�Sawary,�recebeu�este�nome�de�uma�grande�coluna�de�gra-nito�vermelho�com�mais�de�30�metros�de�altura�por�9�metros�de�largura.�Ficava�no�grande�

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templo�dedicado�a�Serapis�e�hoje�está�ladeado�por�um�par�de�esfinges�de�Heliopolis.�Em�seu�subsolo,�encontram-se�ca-tacumbas.� E� por� falar� nelas,�Kom�el�Shaqafa,�na�rua�Tawfi-keya,�guarda�algumas�que�es-tão�35�metros�abaixo�do�nível�do�solo�e�são�alcançadas�por�uma�escada�em�formato�espi-ral.�O�complexo�funerário�foi�descoberto�em�1900,�aciden-talmente,� quando� um� funcio-nário�que�trabalhava�no�local�caiu�no�buraco.�Além�das�es-coriações,�ele�levou�os�louros�da�descoberta�dos�tesouros.�

Outro� sítio� importante� é�o�de�Kom� el� Dikka,� na� rua� Ismail�Mehanna,� que� mais� se� pare-cia� a� uma� “colina� de� casca-lho”�até�a�sua�escavação�nos�anos� 60.� Após� a� construção�de�um�novo�edifício�para�pro-teger�os�mosaicos�(e�da�retira-da� de� 10� mil� metros� cúbicos�de�terra),�Kom�el�Dikka�guarda�ruínas� romanas,� com� colunas�e�um�anfiteatro�para�600�pes-soas.�Neste�bairro,�que�pode�ser�acessado�desde�a�estação�Misr,�pode-se�observar�outras�obras� da� arquitetura� romana�do�local.�O�Royal�Jewelry�Mu-seum,�na�Ahmed�Yehia�Pasha,�é�onde�estão�relíquias�do�pas-sado�que�pertenceram�à�famí-lia�real�do�país,�entre�coleções�de� jóias� em� instrumentos� de�diamantes,�relógios,�miniaturas�e�medalhas.�

A�atual�Biblioteca�de�Alexan-dria� foi� construída� em� home-nagem� à� Grande� Biblioteca,�uma�das�maiores� da�Antigui-dade,� fundada� no� século� III�a.C.� e� destruída� por� um� in-cêndio�que�a�tradição�atribui�a�um�erro�do�imperador�Júlio�César�.�Inaugurada�frente�ao�mar�em�2002,�a�biblioteca�é�hoje�a�maior�do�mundo.�

Alexandria� é� bem� abasteci-da�também�em�culinária.�Os�restaurantes� mais� conheci-dos� servem� especialidades�árabes.� Comida� mediter-rânea� e� frutos� do� mar� são�servidos� por� casas� em� toda�a� cidade.� Pode-se� degustar�de� um� saboroso� shawar-ma� (sanduíche� árabe)� a� um�kushari,�o�prato�egípcio�mais�consumido,�que�é�uma�mistu-ra� de� macarrão,� arroz,� len-tilha,� cebola� torrada,�molho�de� tomate�e�caldo�de� limão�com�alho.�No�Cap�D’Or,�bar�em� que� as� paredes� são� to-das� decoradas� com� antigas�campanhas� de� publicidade,�peça� uma� cerveja� e� prove�

nishouga,�um�pequeno�peixe�servido�como�aperitivo.�O�El-Yunani,� na�Sharia�Memphis,�em�Sidi�Gaber,�é�uma�taver-na� grega� que� tem� paredes�azuis� cobertas� de� cartões-postais.� É� um� point� popular�entre� moradores� e� turistas,�servindo� boa� comida� e� óti-mos�drinques.�Existe�ainda�o�Karma,�que�está�na�rua�Bab�Sidra,�restaurante�que,�a�par-tir�das�23h,�transforma-se�em�um�sofisticado�clube�noturno.

Não� se� volta� de� Alexandria�sem�fazer�as�tradicionais�com-pras�nos�mercados�de�rua.�Os�principais�ficam�nas�ruas�Atta-rine� e� Fransa,� onde� o� turista�encontra� ruelas� lotadas� de�lojinhas� que� vendem� absolu-tamente�de� tudo�¿�de�botões�e� tecidos� até� peixes� e� verdu-ras.�O�mercado�de�peixes�fun-ciona�todos�os�dias�e�oferece�um�ar�de�pitoresquismo�único,�mas�exige�chegar�bem�cedo.�Por�roupas�e�lençóis�egípcios,�vá�até�Mahattat�el-Raml.�Mas�por� coisas� para� casa,� então�Mancheya� e�Mostafa� Kamel�são�mais�atrativas.

Para�hospedar-se,�uma�dica:�o�hotel�Cecil,�que�fica�na�Midan�Saad�Zaghloul,�na�Midan�Ra-mla� Area.� É� uma� instituição�de�Alexandria�e�um�memorial�para�a�belle�époque�da�cida-de.�O�serviço� secreto�britâni-co� funcionava� em� uma� suíte�no�primeiro�andar.

A culinária é reflexo do misto de influências ocidentais e do oriente que marcam a história desta cidade excepcional.

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É� preciso� paciência.� Os� ani-mais�estão�por� toda�a�parte,�mas� não� necessariamente�debaixo� de� nossos� olhos.�No� vasto� campo,� em� meio�ao� capim�alto,� algo�balança�de� repente:� é� um� grupo� de�porcos-do-mato� ou� veados�campeiros.� Talvez� seja� uma�ema,� a� maior� ave� brasileira,�que�de� tanto�correr�por�aqui�deu� nome� ao� parque� nacio-nal.� Com� um�pouco�mais� de�sorte,� pode� ser� também� um�tamanduá-bandeira,� que� en-contra� seu� refúgio� enquanto�o�cerrado�brasileiro�é�tomado�pelas�plantações�de�soja.

O�parque�nacional�das�Emas�fica� no� sudoeste� de� Goiás,�nas� fronteiras� com� o� Mato�Grosso�e�o�Mato�Grosso�do�Sul.�Junto�com�a�chapada�dos�Veadeiros,� ele� foi� declarado�patrimônio�natural�da�humani-dade�pela�Unesco,�em�2001.�Uma� das� grandes� diferenças�entre�a�chapada�e�o�parque�é� o� relevo:� enquanto� a� pri-meira� se� caracteriza� pelas�variações�de�altitude�e�pode�alcançar�até�1.600�metros,�o�segundo�é�mais�nivelado.

Os�amplos�espaços�cobertos�de�capim�podem�até�parecer�monótonos�se�comparados�às�vistas� estonteantes� de� outros�parques� do� cerrado� brasilei-ro.�Mas�essa� reserva�não� foi�feita�para� se�olhar�de� longe,�e�sim�de�perto.�Suas�maiores�

Parque de Goiás é destino perfeito para safári fotográfico

belezas� estão� nos� pequenos�detalhes:� as� flores� silvestres�que�crescem�após�o�início�das�chuvas,�as�cerca�de�400�espé-cies�de�aves�-�araras,�corujas,�gaviões,�periquitos,�pica-paus�-,�as�árvores�retorcidas�de�cas-ca� grossa,� os� cupinzeiros� de�até�dois�metros�de�altura�que�emitem� luzes� fosforescentes�em� determinadas� épocas� do�ano.�Cada�visitante� terá�seus�próprios� flagrantes,� que� me-recem�ser�registrados�em�uma�expedição�fotográfica.

Além�da�vastidão�dos�campos,�eventualmente� pontilhados�por�áreas�arbóreas,�o�parque�possui� vales� úmidos� e� cursos�d’água.�O�principal�rio�é�o�For-moso,� cujas� águas� azuladas�são� tão� limpas� que� não� con-seguem� camuflar� as� pedras.�Para�chegar�até�ele,�atravessa-se�uma�agradável�trilha�de�2,5�quilômetros,� que� termina� em�um�merecido�banho.

Serviço

O�Parque�Nacional�das�Emas�possui� duas� entradas:� uma� a�80�km�da�cidade�de�Mineiros�e�outra�a�25�km�da�cidade�de�Chapadão�do�Céu,�ambas�em�Goiás.�O�ingresso�na�área�de�conservação� custa� R$� 3� por�pessoa�e,�para�visitá-la,�é�pre-ciso� o� acompanhamento� de�um�guia�cadastrado.�O�preço�da�diária�de�um�guia�custa�cer-ca�de�R$�100,� independente-

mente�do�número�de�pessoas�no� grupo.� Mais� informações�sobre� o� parque� no� site�www.agroecologica.tur.br.

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15Entre� Rio� de� Janeiro� e� São�Paulo,� um� braço� de�mar� sur-preende� avançando� conti-nente�adentro�por�8�quilôme-tros.�Cercado�por�montanhas�cobertas� de� Mata� Atlântica,�o� Saco� do� Mamanguá,� em�Paraty,� é� o� único� lugar� do�Brasil� com� formação� similar�à�dos�fiordes�-�depressões�ge-ológicas� comuns� nos� países�escandinavos.�Mesmo� sem� o�branco� sobre� as� montanhas,�o�nosso�“fiorde� tropical”�não�fica� devendo� em� exotismo� e�beleza.

Apesar� da� proximidade� com�grandes� centros,� chegar� até�Mamanguá� não� é� fácil.� É�preciso� botar� o� pé� na� estra-da,�dirigir�por�um�caminho�de�terra�sem�iluminação�e�ainda�

Saco do Mamanguá é “fiorde tropical” entre Rio e SP

pegar�um�barco�que�navega�manso� pela� imensa� Baía� de�Ilha� Grande.� O� sacrifício� é�pouco,�se�comparado�à�incrí-vel�paisagem�de�mar�e�monta-nhas,�que�engloba�duas�ilhas,�33�prainhas,�dezenas�de�ria-chos�e�um�manguezal.�

No�Mamanguá,�vivem�tartaru-gas,�peixes,�cavalos�marinhos�e�golfinhos.�O�grande�desta-que,�porém,�só�pode�ser�visto�à�noite,�na�completa�ausência�de�luz:�os�plânctons�-�minúscu-los�seres�que�compõem�a�base�de�nossa�cadeia�alimentar�-�se�movimentam� aleatoriamente�e,� quando� agitados,� brilham�como� vaga-lumes� submersos,�num� espetáculo� visto� apenas�em� águas� quentes� de� locais�extremamente�preservados.�

Tamanha�integridade�só�existe�graças�ao�esforço�de�ambien-talistas�e�caiçaras�em� impedir�a�devastação.�Jet-skis�e�barcos�de� alta� velocidade� não� são�bem-vindos,�todo�o�lixo�é�reci-clado�e�o�Saco�de�Mamanguá�não�conta� com�energia�elétri-ca.� Ao� cair� da� noite,� são� as�velas�e�lampiões�que�se�acen-dem�para�o�jantar�à�beira-mar.

ServiçoQuem�viaja�de�carro,�pela�BR-101�(Rio-Santos),�deve�entrar�em�Paraty�Mirim,�no�km�581,�e�pegar�uma�estrada�de�terra�por�mais�7�km,�até�a�praia.�O�carro�fica�ali�para�o�início�do�percurso�de�barco,�que�dura�45� minutos.� Peça� o� contato�dos� barqueiros� assim�que� re-servar�a�hospedagem.

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Não,�você�não�está�na�Tosca-na.� Aqui,� acredite,� é� o� Brasil.�Um� Brasil� de� uma� região� de�cidades� médias� ou� pequenas,�entre�as�quais�Bento�Gonçalves�desponta�e�onde�a�população,�acostumada�às�videiras�há�cin-co�gerações,� se�deu�conta�de�que�estava�em�um�lugar�de�na-tureza�generosa�para�os�olhos�há�não�mais�de�uma�década.�Rapidamente,� essa� população�agregou�o� turismo�à� sua�ativi-dade�por� excelência:� fazer� vi-nhos.�E�deu�muito�certo.

São� dezenas� de� vinícolas,�chamadas�por�aqui�de�caves�ou� cantinas,� a� maior� parte�aberta�à�visitação�(ora�gratui-ta,�ora�com�preços�bem�aces-

Bento Gonçalves é a rota do vinho no Brasil

síveis),� muitas� com� cursos� de�degustação� respeitados,� de�acesso� fácil,� em� vias� quase�sempre�asfaltadas.�São�desde�pequenos� estabelecimentos�até� alguns� dos�mais� famosos�do�País.�É�uma�paisagem�que�deslumbra�os�olhos,�aguça�o�paladar,� desperta� o� olfato.�Mas� visitar� mais� de� duas� ou�três� caves� por� dia,� além� de�cansativo,� não� permite� que�você� “saboreie”¿� o� momen-to.�Por�isso,�alugue�um�carro,�pesquise� rotas� -� as� mais� co-nhecidas� são� a� do� Vale� dos�Vinhedos� e� a� dos� Vinhos� de�Montanha� -� descubra� o� que�os� guias� não� indicam.� Bento�é�propícia�para�isso.�Nas�vias�

que�circundam�a�área�urbana�existe�uma�infinidade�de�cami-nhos,�linhas,�distritos.�Além�de�vinhos� e� paisagens,� há� gas-tronomia� farta� e� muito� boas�histórias.� Há� até� um� spa� do�vinho,� inaugurado� em� 2007.�O� Villa� Europa�Hotel� &� Spa�do� Vinho� Caudalie� Vinothé-rapie� é� uma� franquia� do� Lês�Sources�de�Caudalie,�de�Bor-deaux,�onde�é�possível� fazer�tratamentos�de�beleza�a�base�de�banhos�e�produtos�deriva-dos�de�uva�e�vinho.

E�ainda�há�a�área�urbana.�É�claro� que� nela� o� vinho� tam-bém� é� a� “estrela”,�mas� você�pode� comprar� outros� pro-dutos,� sejam� gastronômicos,�da� indústria� moveleira� e� da�indústria� têxtil;� além� disso,�terá� a� oportunidade� de� pas-sear�pela�cidade�alta�e�pela�cidade� baixa.� A� cidade� tem�bastante� charme� e� uma� efer-vescência� cultural� que� é� des-taque�na�região.

Se� preferir,� pode� voltar� no�tempo,�a�bordo�de�uma�Maria�Fumaça.�Ou�então,�para�não�se� entediar� com� tanta� beleza�e� bebidas� de� tamanha� quali-dade,�desça�as�corredeiras�do�Rio�das�Antas,�faça�tirolesa�em�uma�das�pontes�que�o�cruzam,�ou� cascating� na�Cascata� dos�Prazeres,�escale�o�Paredão�da�Eulália,� percorra� a� mata� em�meio�a�Trilha�dos�Bugios.�Pro-grama�é�o�que�não�falta.

Uvas, vinhos, espumantes, caves, restaurantes, vales multicoloridos. Bento Gonçalves vive de vinhos e de tudo o que isto possa significar: aí incluídos agricultura, indústria, turismo, pesquisa, comércio, história, qualidade e cultura.

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Brasil� está� descobrindo� Aru-ba.� Dados� do� governo� do�país� caribenho� mostram� que�nos�últimos�cinco�anos�o�núme-ro�de�turistas�brasileiros�nessa�ilha�ao�norte�da�Venezuela�su-biu�74%.�Praias�paradisíacas,�excelente� infraestrutura,� voos�diretos� e� estar� fora� da� rota�principal�dos�furacões�são�al-guns�dos�motivos�que�atraem�cada�vez�mais�pessoas.

Hoje�Aruba�é�uma�monarquia�constitucional,�onde�existe�um�governador�indicado�pela�rai-nha�holandesa,�e�um�primeiro-ministro� e� parlamento� eleito�democraticamente�pelo�povo.

É� no� idioma� papiamento� que�Aruba� se� aproxima� do� Brasil.�Trata-se� de� uma� língua� oriun-da� do� português-africano� vin-do� com�os� escravos�de�Cabo�Verde.� A� partir� da� chegada,�

Descubra Aruba, a ilha com águas azuis e sem furacões

elementos� do� espanhol,� inglês�e�holandês�foram�incorporados�com�o�passar�dos�anos.�Apesar�de�ser�uma� língua�de�mais�de�300� anos,� somente� em�2003�ela�foi�considerada�idioma�ofi-cial�junto�ao�holandês.

Por� ser� Caribe,� o� calor,� céu�brilhando� e� muito� sol� predo-minam�durante�todo�ano�com�temperatura�média�de�28ºC.�E�o�melhor:�os� furacões� (que�

assustam�em�muitos�dos�princi-pais�destinos�caribenhos�entre�os� meses� de� julho� e� novem-bro)�aqui�passam�praticamen-te�despercebidos.

A�primeira�parada�é�a�capi-tal,�Oranjestaad.�A�ilha�é�pe-quena�e�é�possível�conhecê-la�toda�alugando�um�scooter�ou�um� jipe�4x4,�pois� nos� lu-gares� mais� remotos� da� ilha�o�caminho�é�precário�e� sem�

asfalto.�A�melhor�opção�para�curtas�distâncias�são�os�táxis,�de�preços�bem�acessíveis.

A� costa� é� onde� você� certa-mente� passará� a� maior� par-te� do� seu� tempo� de� viagem.�Se�quiser� luxo,� vá�para�Palm�Beach,�onde�estão�os�melho-res� resorts�all� inclusive,�hotéis�cinco� estrelas,� lojas,� bares,�restaurantes�e�boates.�Sua�ex-tensão�de�mais�de� três�quilô-metros,�com�águas�calmas�de�cor�azulada�e�areias�brancas,�também�é�ideal�para�relaxar,�praticar�esportes�aquáticos�e�dar�um�bom�mergulho.

Não�deixe�de�aproveitar�a�na-tureza�exuberante�do�país.�Um�dos�lugares�mais� interessantes�de� Aruba� é� o� Parque�Nacio-nal�Arikok,�que�ocupa�18%�do�território� nacional.� Por� conta�de� seu� microclima� único� e� a�formação�vulcânica,�parte�da�flora� e� fauna� é� exclusividade�da�região,�como�os�casos�dos�pássaros�shoco�e�pirikich.

Outros�pontos�impressionan-tes� são� o� Santuário� de� Pás-saros�de�Bubali�e�a�Fazenda�de� Borboletas.� Além� disso,�boas� opções� são� passeios�de� um� dia� para� Conchi,�piscina� natural� acessível� so-mente�de�jipe�4x4�ou�a�Ilha�Renaissance.� Trata-se� de�uma� pequena� ilha� fora� da�costa,�mas�para�conhecer�é�preciso�estar�hospedado�no�Renaissance�Hotel.

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O� Parque� Nacional� da� Cha-pada� Diamantina,� criado� em�1985,� abrange� uma� área� de�1.520km²,� sendo� este� a� prin-cipal�unidade�de�conservação�da�Chapada,�que� se�estende�por� 38� mil� km²� de� cerrado,�Mata�Atlântica�e�caatinga.

A�cidade�é�ponto�de�partida�para�diversos�programas�pela�região� e� conta� com� grande�oferta�de�restaurantes�e�agên-cias�de�turismo.

A�viagem�de�ônibus�entre�Sal-vador� e� Lençóis� leva� cerca�de� seis� horas.�De�avião,� são�45� minutos.� Desde� abril� de�2009,� a� Trip� linhas� aéreas�faz� voos� entre� as� duas� cida-des�aos�sábados.

Aos� viajantes� em� busca� de�isolamento� e� tranquilidade,� o�povoado�de�Vale�do�Capão�é�uma� opção� bem� interessante,�com�boas�pousadas�e�comuni-dades�alternativas.�O�vilarejo,�localizado� no� município� de�Palmeiras,�é�ponto�de�partida�para� as� principais� trilhas� da�Chapada,�como�a�da�Fumaça,�Vale�do�Paty,�Lençóis,�Andaraí,�Gerais�do�Rio�Preto,�Gerais�do�Vieira�e�Gerais�da�Fumaça.

Chapada Diamantina surpreende por quantidade de atrações

Tanto� em� Lençóis� quanto� no�Vale�do�Capão�existem�hospe-dagens�para�todos�os�gostos�e�bolsos,� desde� hotéis� sofistica-dos�até�campings�e�albergues.

TrilhasPróxima� ao� Vale� do� Capão�está�a�Cachoeira�da�Fumaça,�uma� das� principais� belezas�da�Chapada�e�uma�das�que-das�livres�mais�altas�do�Brasil,�com�cerca�de�380m�de�altu-ra.�A�forma�mais�rápida�e�fácil�de�conhecê-la�é�pela�trilha�de�duas�horas�que� leva�ao� topo�da�cachoeira.

Para�quem�gosta�de�caminhar,�vale�fazer�a�trilha�de�três�dias,�conhecida� como� Fumaça� Por�Baixo.�O�percurso�permite�ver�a�queda�por�cima,�de�frente�e�banhar-se�em�seu�poço.�A�cami-nhada�inclui�dormir�duas�noites�em� barracas� ou� grutas,� tomar�banho� só� de� cachoeira� (sem�sabão)�e�andar�muito� -�essa�é�considerada�a� trilha�mais�radi-cal�da�Chapada.�

Mas� todo�o�esforço�é�mais�do�que� recompensado.� Além� da�atração� principal,� que� já� faz�valer�a�caminhada,�o�percurso�inclui�também�outras�paisagens�

inacreditáveis� e� várias� outras�cachoeiras,�como�a�do�Palmital.�

Para�fazer�a�Fumaça�por�bai-xo� é� indispensável� a� presen-ça�de�um�guia.�As�trilhas,�em�geral� criadas� na� época� do�garimpo,�são�fechadas�e�sem�sinalização.� Celulares� não�funcionam� e� não� há� nada�nem�ninguém�na�região�além�de�grupos�visitando�o�local.�

Tamanho�isolamento�pode�ser�na� medida� para� quem� quer�descansar� a� cabeça� (mas�trabalhar� o� corpo!)� e� esque-cer� por� alguns� dias� o� trânsi-to,� computador� e� celular.� A�proposta� é� caminhar� muito,�refrescar-se�em�cachoeiras�in-críveis�e�se�surpreender�com�a�beleza� das� paisagens,� orquí-deas�e�bromélias.

Vale do PatyCaminhar�por�vários�dias�tam-bém� é� essencial� para� conhe-cer� o�Vale�do� Paty,�mas� suas�trilhas�são�mais�amenas�que�as�da�Fumaça.�A�beleza�do�lugar�é� única�e� impressionante.�No�vale,� há� a� possibilidade� de�acampar�ou�dormir�nas�casas�dos� poucos� nativos,� que� ofe-recem� instalações�modestas�e�saborosa�comida�caseira.�

As� agências� de� turismo� fazem�trilhas�de�um�a�cinco�dias�pelo�Paty.� Assim� como� na� trilha� da�Fumaça,� os� que� visitam�o� Paty�têm�a�chance�de�se�refrescar�em�várias�cachoeiras�maravilhosas.�

Encravada no interior da Bahia, a Chapada Diamantina compreende algumas das paisagens mais bonitas do país. Cachoeiras, poços, vales e grutas em meio a uma rica biodiversidade criam os cenários perfeitos para passeios de jipe, caminhadas, esportes radicais e trilhas - a pé, a cavalo ou de bicicleta.

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Os� trilheiros� levam� suas� rou-pas,� lanches� e� devem� voltar�com� todo� o� lixo� que� produ-zirem.� Na� bagagem� para� a�Bahia,�é�bom�constar.

De�dezembro�a�março�chove�mais�na�região,�o�que�contribui�para� aumentar� a� beleza� das�cachoeiras�e�do�verde�da�pai-sagem.�Por�outro�lado,�a�chuva�pode�prejudicar�os�passeios,�e�ainda�há�o�risco�de�uma�trom-ba�d’água�-�enxurrada�em�de-corrência�do�acúmulo�de�água�na�cabeceira�de�um�rio.�Porém,�mesmo�nessa�época�as�chuvas�não� são� tão� frequentes.� De�abril�a�outubro�chove�pouco�e�aí�algumas�cachoeiras�podem�secar.� Antes� de� viajar,� vale�conferir�a�situação�das�cacho-eiras�e�a�previsão�do�tempo.

Além� da� Fumaça,� outra� ca-choeira� imperdível� na� Cha-pada�é�a�do�Buracão.�Em�Ibi-coara,�a�90km�de�Mucugê,�a�Cachoeira�do�Buracão�é�uma�queda� d’água� de� 80�metros�no�fim�de�um�cânion�magnifí-co.� Por� estar� longe� das� prin-cipais�atrações�da�Chapada,�ela�é�menos�visitada,�mas�não�deixe�de�conhecê-la.�

Grutas, poços e pinturas rupestresAs� maravilhas� e� a� grandiosi-dade�da�Chapada�não� se� li-mitam�à�sua�superfície:�lá�está�o�maior�acervo�espeleológico�da�América�do�Sul,�importan-

te�por�sua�beleza�e�relevância�científica.� Entre� as� centenas�de�cavernas�da�região,�a�mais�conhecida�é�a�do�Poço�Encan-tado.�A�água�ali�é�de�cor�azul�turquesa�devido�aos�raios�do�sol� que� penetram� na� gruta�através�de�uma�fenda.�Dada�a�transparência�da�água,�é�pos-sível�até�ver�o�fundo�do�poço,�que�tem�de�30�a�60�metros�de�profundidade.�

O�Poço�Azul� tem�característi-cas� semelhantes� às� do� Poço�Encantado,�e�é�permitido�mer-gulhar�em�suas�águas.�Ainda�com� tom�azul�e�águas�crista-linas�há�a�Gruta�da�Pratinha.�Entre� as� cavernas� secas,� as�mais�visitadas�são�a�da�Torri-nha,� Lapa� Doce,� Paixão,� La-pão,�Bolo�de�Noiva,�Fumaça,�Gruta�Azul�e�Brejões.

A�região�conta�ainda�com�um�rico� patrimônio� cultural,� que�inclui�65�sítios�de�pinturas�ru-

pestres,�casarões�centenários,�feiras�e�artesanatos.

Esportes radicaisA�Chapada�também�é�um�des-tino�imperdível�para�os�adeptos�dos�esportes�radicais.�A�lista�das�modalidades� que� podem� ser�praticadas� na� região� é� longa,�mas�vale�destacar�a�escalada,�a�tirolesa,�o�canyoning�-�rapel�em�cachoeira�-�e�o�mountain�biking.�

De� bicicleta,� é� possível� dar�a� volta� no� parque� em� cerca�de� sete� dias.� São� 273� km�de� trilhas�de�diferentes�graus�de�dificuldade.�A�viagem�en-tre�Vale�do�Capão�e� Lençóis�dura�cerca�de�cinco�horas�pe-dalando,�e�é�um�dos� trechos�mais�difíceis�da�volta.

De�Igatu�a�Mucugê,�o�esforço�já�é�bem�menor:�duas�horas�de�trilha� com� descidas� na� maior�parte�do� tempo.�Agências�de�turismo� oferecem� roteiros� que�incluem�pedalar�e�caminhar.

Na� boca� da� caverna� do� La-pão,� em� Lençóis,� há� o� cave�jumping,� semelhante� ao� bun-gee� jumping.� Entre� os� locais�de�escalada,�os�de�maior�des-taque�são�o�Parque�Municipal�de�Muritiba,�em�Lençóis,�com�mais�de�50�rotas,�e�Igatu,�no�município�de�Andaraí.

A� região� tem� atrativos� de-mais� para� uma� viagem� só.�Quem�visita�a�Chapada�uma�vez,�volta�ao�local�na�primei-ra�oportunidade.

Destino obrigatório para os amantes do ecoturismo, quem viaja pela região se impressiona não só com as belezas naturais, mas também com a consciência e o senso de preservação ambiental dos habitantes, como guias e donos de pousadas.

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Talvez�a�principal�marca�da�cidade�seja�sua�quantidade�de� pubs.� Especula-se� que�existem�mais� de� 600� espa-lhados� por� Dublin.� O� Tem-ple�é�o�principal�quarteirão�da�boemia�e�o�mais�conhe-cido�pub�do�local�leva�o�seu�nome.�O� The� Brazen�Head�e� The� Cobblestone� são� ou-tros� tradicionais� pubs� da�cidade,� em� que� o� primeiro�se� destaca� pela� música� ao�vivo� e� o� segundo� pela� cer-veja�artesanal.

Se�for�amante�da�literatura,�o�Dublin�Literary�Pub�Crawl�é� um� tour� guiado� por� artis-tas� entre�os�principais� esta-belecimentos� boêmios� fren-quentados� pelos� antigos�escritores� irlandeses.� Não�se� esqueça� também� que�diferente� de� outros� nativos�europeus,�os�irlandeses�são�extremamente� simpáticos�com�turistas.�Portanto,�apro-veite� o�ambiente�dos�bares�para� conhecer� um� pouco�do�povo�local.

Alguns�museus� também�me-recem� a� visita.� O�National�Museum� of� Irland� é� o� prin-cipal� e� abriga� algumas� re-líquias� da� igreja� católica� e�peças�pré-históricas.�O�Na-tional�Gallery�possui�a�mais�vasta� coleção� de� arte� na-cional�e�obras�europeias�de�diferentes�movimentos� artís-ticos,� enquanto�Kilmainham�

Dublin cerveja, simpatia e cultura

Gaol�Historical�Museum�re-trata� um� pouco� da� história�dos� prisioneiros� políticos�que� foram�presos� e� tortura-dos� durante� o� processo� de�independência�do�país.�

Dois�museus� retratam�a�his-tória� da� literatura� local:� o�Dublin�Writers�Museum�e�o�James� Joyce� Museum.� Por�fim,� a� cerveja� Guinness,� a�mais�tradicional�da�Irlanda,�possui�Guinness�Storehouse,�museu�que�conta�um�pouco�da�história�da�bebida.�

Se� desejar� caminhar� são�excelentes�as�opções�de� lu-gares� abertos� e� fechados.�O� Phoenix� é� o� maior� par-que� de� Dublin.� Exposições�a�céu�aberto�são� feitas�e�o�Ashtown�Castle,� um�castelo�medieval�pode�ser�visitado.�

A� flora�do� lugar�é�encanta-dora� e� vale� um� passeio� de�bicicleta.� Fora� do� parque,�outros�castelos�são�paradas�obrigatórias.�

O�Dublin�Castle,� centro� do�poder� britânico� por� sete�séculos,� é� hoje� principal�centro� administrativo� do�governo� irlandês.� Visite� os�aposentos�de�aparato,�onde�residia� a� corte� britânica,� a�capela� de� estilo� gótico� e�a� torre� do� castelo.� Outra�opção,� o�Malahide� Castle,�além� de� muito� bem� preser-vado,�possui� em� seu� jardim�cerca�de�5�mil� espécies�de�flores�e�plantas.�

A� Christ� Church� e� a� St.� Pa-trick� Church� são� as� duas�principais�igrejas�da�cidade.�Ambas� tiveram� que� passar�por� um� processo� de� restau-ração,� mas� seguem� lindas.�Da� arquitetura� inicial,� só� a�Christ�Church�possui�estrutu-ras�originais.�Já�a�St.�Patrick�Church�foi�toda�remodelada�no� século�14,�por� conta�de�um� incêndio,�e�hoje,�assistir�o�coral�é�uma�das�principais�atrações�do�local.�

Antes�de�partir,�não�deixe�de�conhecer�o�Rio�Liffery:�visite�a�pé�o�cais�ou�faça�um�tour�de� barco� .� E� se� desejar� fa-zer� compras,� a� rua�Grafton�Street� oferece� as� melhores�opções� de� lojas� e� butiques�de�Dublin.�

Nos últimos 15 anos, Dublin, a outrora pacata capital da Irlanda, passou por um boom econômico, se modernizou e agora e é considerado um dos principais pólos turísticos da Europa. E dos mais caros, também. Motivos para escolher este destino menos tradicional é que não faltam.

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Por� exemplo,� quem� quiser� ir�à� Europa,� deve� reservar� um�tempo�entre�outubro�e�março.�Durante�essa�época,�os�hotéis�estão�mais�baratos�(tirando�se-mana�de�Natal�e�Ano�Novo).

Claro,� é� preciso� ficar� atento�para� o� clima:� principalmente�os� meses� de� dezembro� e� ja-neiro�podem�ser�muito�frios�e�com�dias�curtos.�Em�Londres,�por�exemplo,� chove�bastante�e�o�sol�se�põe�antes�das�qua-tro�horas�e,�por�isso,�o�melhor�é�conhecer�a�cidade�entre�ou-tubro�e�novembro.

Paris�é�outro�caso�de�uma�ci-dade�onde�a� inteligência�e�o�bom� planejamento� fazem� di-ferença� no� bolso.� Durante� os�meses�de�dezembro�e�janeiro,�sempre� esquecendo� a� última�semana� do� ano,� é� possível�subir�a�Torre�Eiffel�ou�visitar�o�Louvre�sem�se�preocupar�com�as�numerosas�filas.�Além�disso,�a�“Cidade�Luz”�ainda�recebe�uma� belíssima� iluminação� de�Natal�que�faz�jus�ao�codinome�dado�à�capital�francesa.

Alguns�alimentos�de�luxo,�que�normalmente� atingem� preços�proibitivos,� ficam� bem� em�conta�nesse�período�do�ano.�Procurando� com� atenção,� é�

Turista esperto viaja mais gastando menos

possível�jantar�num�dos�muitos�pacotes� oferecidos� por� res-taurantes�e�bistrôs,�o�vinho�da�casa�costuma�ser�bem�melhor�do�que�a�maioria�dos�tintos�de�preço� médio� nas� prateleiras�dos� restaurantes� brasileiros.�Compre�um�guia�de�atrações�e� atente� para� as� propostas�gratuitas:� concertos,� mostras�de�arte�e�peças�de�teatro�cos-tumam�ser�oferecidas.

Muitos�países�da�ex-União�So-viética�ainda�estão�passando�por� um�processo�de� incorpo-ração�à�União�Europeia�e�por�isso� oferecem� bons� preços�comparados� com� o� resto� da�Europa.� Praga,� na� República�Tcheca,�e�Budapeste,�na�Hun-gria,�são�dois�bons�exemplos:�vale� a� pena� aproveitar� an-tes� que� fiquem� caras.� E� vale�lembrar� que� o� preço� da� sua�viagem�não�está�apenas�con-dicionada�pela�época:�é�pos-sível� economizar� com� passa-gens,�comida�e�hospedagem.

Para� circular� pela� Europa,�fique�atento� a� sites� das� com-panhias�aéreas�EasyJet�e�Sky�Europe,�que�sempre�oferecem�excelentes� promoções.� Para�achar� um� lugar� onde� dormir�com� sossego� talvez� seja� ne-

gócio�reservar�um�quarto�indi-vidual�em�albergues,�que�têm�preços�mais�amenos.�Mas�se�desejar�a�tranquilidade�de�um�hotel,� procure� a� melhor� op-ção�para�o�seu�bolso.

Como�na�Europa,�a�baixa�tem-porada�dos�Estados�Unidos�é�no� inverno.� Assim,� em� Nova�York�e�os�melhores�meses,�no�que�diz�respeito�a�preços,�são�entre�dezembro�e�março.�Mas�é�importante�estar�bem�agasa-lhado:�a�“Grande�Maçã”�fica�congelada.� Para� quem� curte�neve� é� grande� a� chance� de�ver�o�Central� Park� todo�bran-co.�Além�disso,�assim�como�Pa-ris,�a�Quinta�Avenida� fica�um�espetáculo� à� parte� por� estar�toda�decorada�para�o�Natal.

Já� para� ir� à� Disney,� janeiro,�setembro� e� dezembro� são� os�meses�mais� vazios�e�portanto�mais� baratos.� Vantagem� adi-cional:�os�parques� ficam� tran-quilos�e�pode-se� repetir�quan-tas�vezes�quiser�os�brinquedos,�sem�se�preocupar�com�filas.

Mas�se�o�negócio�for�fugir�dos�preços�altos�sem�ter�de�passar�frio�na�empreitada,� vá�para�o�Caribe�em�maio.�Além�de�esta-rem�50%�mais�baratos�que�nas�altas� temporadas,� os� resorts�ainda� oferecem� praias� vazias�com�uma�temperatura�extrema-mente�agradável.�Mais�barato�ainda�é�entre�julho�e�novembro,�mas�é�a�temporada�de�furação�na�América�Central.

Esticar o dinheiro das férias, ou alcançar destinos normalmente mais distantes do orçamento, é possível para quem se planejar. Existem épocas que museus ficam vazios, as praias desertas e, principalmente, os preços compatíveis com o seu bolso.

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