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REVISTA DO HOSPITAL SANTA CATARINA DE BLUMENAU Abr - Jun | 2011 Ano 16 Número 97 Todos têm a ganhar Tire suas dúvidas agora Planos de Saúde Médico-Hospitalista É hora de mudar: obesidade merece atenção!

Revista Essência 97

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Essência saúde hospital santa catarina de blumenau

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REVISTA DO HOSPITAL SANTA CATARINA DE BLUMENAU Abr - Jun | 2011 Ano 16 Número 97

Todos têm a ganharTire suas dúvidas agoraPlanos de Saúde Médico-Hospitalista

É hora de mudar:obesidade merece atenção!

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EDITORI AL

A relação entre operadoras de planos de saúde (OPS), hospitais e demais prestadores de serviços da área vêm enfrentando dificuldades há muito tempo. Um dos principais motivos está relacionado ao modelo atual de remuneração, que não satisfaz nem aos hospitais e nem as OPS. Fee-for-service, conta aberta, pacotes, pay-for-performance, diária global, capitation, são alguns exemplos de modelos. Além disso, há ainda a questão da valorização dos preços das diárias e taxas dos serviços. Diante deste cenário, a Agência Nacional de Saúde (ANS) vem tentando, desde o início do ano passado, encontrar a solução mais adequada para o modelo de saúde brasileiro, mais precisamente para o da Saúde Suplementar. Para tanto, criou o Grupo Técnico (GT), que conta com a participação de representantes dos diversos setores da saúde, e tem como missão discutir o assunto e encontrar uma solução. É preciso um novo olhar. As instituições necessitam, urgentemente, atentar-se antes que as determinações da ANS e do GT tomem todos de surpresa. É necessário utilizar: criatividade, inovação, buscar uma forma “justa” de remuneração, que garanta aos hospitais, OPS e demais prestadores a sua continuidade e sustentabilidade financeira. Os novos modelos devem ser pautados na remuneração adequada dos serviços e norteados por contratos, que possuam regras claras. É preciso valorizar o serviço, que é a atividade fim do hospital, e estabelecer o uso de protocolos

para medicamentos e materiais de alto custo, por exemplo. As OPS buscam constantemente o aprimoramento de suas contas, uma necessidade em função das adequações legais as quais são submetidas, bem como, a questão da competitividade que passa a ser cada vez maior e mais relevante no segmento de saúde, tanto para as OPS quanto para os hospitais. Assim, os novos modelos de contratualização e remuneração devem sempre estar baseados na transparência das informações, visando otimizar os recursos financeiros de ambas as partes, do mesmo modo que é feito em qualquer outro segmento de mercado.Para o HSC Blumenau, esta é uma preocupação constante, pois atende vinte e uma operadoras e todas com contratos estabelecidos de acordo com as normas da ANS. Cabe ressaltar, que essa ação isolada não oferece garantia de sucesso, pois mesmo com todas as regras acordadas e com uma relação de transparência, existem problemas, tais como atrasos de pagamentos, glosas, demora nas autorizações, entre outros. Para tanto é necessário manter o diálogo aberto e fazer desta relação formal e contratual, algo de comprometimento e contribuição. Afinal, OPS e Hospitais, estão cada vez mais envolvidos no processo de assistência ao paciente, o único que nesta relação, não pode ser prejudicado.

Maciel Costa, Diretor de Negócios do HSC Blumenau e membro do Departamento

de Saúde Suplementar da Confederação Nacional de Saúde (CNS).

O paradigma dos novos modelos de remuneração

por Maciel CostaDiretor de Negócios

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ÍnDIcE

ExpEDIEnTE

S O L I c I T E

A Revista Essência é uma publicação do Hospital Santa Catarina de Blumenau.

Diretor-superintendente: Bruno Herbert Gottwald Diretor-médico: Dr. Mário Celso Schmitt - CRM 1538 Projeto Gráfico: Escala, Metra Jornalista

Responsável: Caroline de Souza SC 02943 JP Repórter: Fabiane Moraes Foto de Capa: Banco de Imagem Redação: Rua Amazonas, 301,

Bairro Garcia, Blumenau – SC, CEP 89020-900, Tel.: (47) 3036-6034, e-mail: [email protected] Conselho Editorial: Bruno H.

Gottwald, Ernandi D. S. Palmeira, Rinaldo Danesi Pinto, Maciel Costa, Maurício de Andrade, Mário Celso Schmitt , Genemir Raduenz Anúncios:

Elisângela Tomaz, Tel.: (47) 3036-6141, e-mail: [email protected] Impressão: Coan Gráfica Editora Tiragem: 7 mil exemplares A Redação não

se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados.

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Aconteceu no HSC Blumenau.

Assessorar médicos e cirurgiões, desempenhar funções assistenciais e administrativas, prestar suporte aos médicos que estão fora da Instituição

fazem parte das rotina dos hospitalistas.

Ficar em casa por vergonha de encarar as pessoas na rua, ser dependente até mesmo para tomar banho, ter dificuldade para encontrar roupas em

tamanhos grandes: problemas comuns da obesidade.

Saúde ao ritmo da expressão natural.

Dr. Mário Celso Schmitt – O diretor-médico do Hospital Santa Catarina de Blumenau destaca as ações dos Hospitalistas na Instituição.

Toques de Saúde

Entrevista

Capa

Notícias

Médicos-Hospitalistas

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T O q u E S D E S Aú D E

Texto: Fabiane Moraes / Fotos: Banco de Imagens

Sorrir, eis a dica número um para espantar o mau humor e sair por aí transmitindo alegria. Há, inclusive, quem diga que o sorriso é capaz de transformar o dia a dia das pessoas. No entanto, para manter aquele sorrisão, que além de bonito precisa ser saudável, é necessário tomar alguns cuidados com a sua escova de dentes: um deles é substituí-la frequentemente. Saiba que a pouca circulação de ar, os restos de comida e a umidade formam um ambiente propício para o desenvolvimento de fungos e bactérias. Sendo assim, não é difícil concluir que as escovas de dentes são alvos comuns de micro-organismos, não é mesmo? E, para piorar ainda mais, elas nem sempre estão dentro do armário do banheiro, o que as deixa expostas às gotículas de água do vaso sanitário, lançadas para o ar, quando alguém dá a descarga, sem fechar a tampa.Achou nojento? Não é por menos, segundo pesquisas da Veris Faculdades, em Campinas, cada escova com mais de um mês de uso contém em média 1.100 coliformes fecais, 11 mil bactérias do tipo estafilococos coagulase negativa e cerca de 6.500 bolores e leveduras. Já aquelas utilizadas somente por 30 dias apresentaram apenas 13 estafilococos, uma colônia de fungos e poucos coliformes fecais. Então, a dica é higienizar as cerdas sempre que possível e trocar a escova com frequência maior do que a recomendada pelo fabricante. Para higienizar, mergulhe a escova de dentes em um recipiente com antisséptico bucal, solução à base de clorexidina ou ainda água fervente, deixe de molho por dez minutos e pronto: a sua escova de dentes vai estar livre de micro-organismos, pelo menos, até o dia seguinte.

que vai além do sorrisoO cuidado

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Ao ritmo da expressão natural

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Que tal entregar-se à letra e se deixar levar pela melodia? Esse é um convite e tanto, além de melhorar a saúde do corpo e da mente, a dança proporciona um efeito colateral maravilhoso: diversão garantida. Por isso, matricular-se em uma escola de dança pode ser uma ótima opção para quem não gosta muito da rotina das academias de ginástica. Dançar estimula a queima de gordura, tonifica a musculatura, melhora a circulação sanguínea, a capacidade respiratória, a qualidade do sono e ainda alivia o estresse. Uma hora de aula em ritmo intenso é capaz de queimar, adivinha? Até 700 calorias. E o melhor de tudo é que você vai emagrecer e se divertir ao mesmo tempo, já que a atividade gera a sensação de bem-estar. Com tantas indicações, nem convém você ficar pensando que não leva o menor jeito, pois a dança é uma expressão natural, todo mundo sabe dançar, só é preciso exercitar. No início até pode ser um pouco difícil, mas depois de duas a três aulas o aluno já entra no ritmo e manda ver nos passinhos. Assim, para quem ainda não se arriscou e está louco de vontade de experimentar, os professores indicam começar pela dança de salão, com o famoso “dois pra lá, dois pra cá”, aprendendo os passos básicos de todos os estilos e desenvolvendo a coordenação motora e musical. Então, que tal uma dança?

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Tudo porum cuidadoainda maisseguro

SERVIÇOS Texto: Fabiane Moraes / Fotos: Banco de Imagens

Assessorar médicos e cirurgiões, prestar suporte aos médicos que estão fora da Instituição, desempenhar funções assistenciais e administrativas: são essas as rotinas do médico-hospitalista.

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Médicos que cuidam somente de pacientes internados e, ainda, que se envolvem com questões administrativas. Isso mesmo! Estamos falando de um novo serviço: os médicos-hospitalistas, que depois de 10 anos de consolidação em hospitais americanos, começaram a ganhar força no Brasil. Conforme o intensivista e clínico do Hospital Santa Catarina de Blumenau, Dr. Sérgio Adam Mendonça, o hospitalista é um médico especializado em medicina hospitalar e, por isso, é ele quem mais compreende as diversas facetas e complexidades do paciente internado. “O foco do médico-hospitalista é o cuidado com o paciente internado. É como se o hospitalista assumisse o paciente como um todo, decidindo desde o antibiótico ao tipo de alimento mais apropriado. Ele passa a ser uma ponte com a família e com o plano de saúde do paciente”, destaca. Embora seja uma atividade recente, o médico-hospitalista está voltado para as Unidades de Internação, assim como os intensivistas estão para as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e os socorristas para os Prontos-Socorros, procurando atuar como um elo nesta cadeia de cenários distintos que compõem o Hospital. Atualmente, existem praticamente dois modelos de equipe de médicos-hospitalistas: o modelo original é aquele, no qual a equipe de hospitalistas assume integralmente a responsabilidade da assistência médica ao paciente internado, coordenando todos os processos clínicos e administrativos envolvidos no atendimento, tais como prescrição, visitas médicas, programação terapêutica, definição da alta hospitalar, entre outros.Entretanto, o modelo mais disseminado no Brasil é o modelo misto, no qual a equipe de hospitalistas não assume o cuidado direto do paciente e a responsabilidade continua sendo do médico “assistente” tradicional. Neste caso, os hospitalistas atuam como equipe de apoio, oferecendo suporte clínico-administrativo ao corpo clínico do hospital, durante as 24 horas do dia, realizando gerenciamento de leitos e protocolos institucionais de redução do risco, além de promover a educação continuada e a pesquisa sobre questões intra-hospitalares.Para a Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), como os hospitais vêm se tornando ambientes cada vez mais complexos, com sistemas eletrônicos e tecnologias de última geração, o movimento dos hospitalistas só tende a crescer, pois resulta em melhoria da qualidade assistencial e em maior segurança para o paciente.

Assessorar médicos e cirurgiões em situações que fogem da área de atuação deles, prestar suporte aos médicos que estão fora da Instituição, atuar como médico-assistente de pacientes que ainda não têm um profissional responsável pela sua condição de saúde... Essas são algumas das atribuições dos médicos-hospitalistas no Hospital Santa Catarina de Blumenau (HSC Blumenau).Conforme Dr. Sérgio, a complexidade da medicina moderna, o aumento da expectativa de vida, os revolucionários métodos de tratamentos médicos e cirúrgicos, assim como a ampliação da estrutura ambulatorial e a sofisticação dos cuidados em unidades de hospital-dia e domiciliares fizeram com que os hospitais recebessem, principalmente, pacientes mais graves, justamente aqueles que requerem atenção redobrada e contínua. “Do mesmo modo que ocorre nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), onde o número e a complexidade dos doentes são crescentes, acontece nas Unidades de Internação. Um exemplo é o paciente que interna no Hospital com o estado geral de saúde comprometido. Ele requer atenção e cuidados contínuos até obter o diagnóstico e o tratamento efetivo, mas não está doente ao ponto de ser internado em uma UTI. Neste caso, o médico-hospitalista é uma vantagem para o paciente, que receberá acompanhamento diário”, afirma o intensivista.No HSC Blumenau, o médico-hospitalista foi incorporado ao Corpo Clínico, em outubro de 2008. Inicialmente com um médico, que dava cobertura parcial durante o período diurno. Hoje, segundo Dr. Sérgio, a Instituição conta com seis médicos-hospitalistas, com cobertura integral no período diurno – das 7h às 19h, de segunda a segunda. Para o intensivista, o Hospital que oferece atendimento e acompanhamento de médicos-hospitalistas demonstra que tem uma visão focada em atender os interesses de seus clientes, sejam eles pacientes, médicos ou colaboradores.Entre as inúmeras vantagens trazidas pela atuação do hospitalista está a de ter um médico com experiência, circulando pelas unidades de internação ou enfermarias para atender às intercorrências de forma ainda mais ágil. “O hospitalista, por estar atuando de modo mais intensivo sobre o paciente, tende a prevenir e corrigir distorções ou complicações de forma mais precoce e, por ter uma visão clínica global, compreende o paciente de forma menos compartimentada, ou seja, avalia a saúde do paciente como um todo”, finaliza Dr. Sérgio.

O serviço no HSC Blumenau

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E n T R E V I S T A Dr. Mário Celso Schmitt

Mais do que segurança, compreensão

1. O que é um médico-hospitalista? Quais as suas funções?Dr. Mário Celso - O Hospitalista é o profissional médico contratado pelo HSC Blumenau para desempenhar funções assistenciais e administrativas, visando essencialmente à SEGURANÇA para pacientes e médicos-assistentes. Além de propiciar continuidade na assistência médica, quando da recepção aos pacientes advindos do Pronto-Socorro, Unidades de Terapia Intensiva e Centro Cirúrgico, o hospitalista assessora e apoia as equipes de resposta rápida, desenvolve protocolos de assistência, interage com serviços de diagnóstico, melhorando, assim, a QUALIDADE na prestação dos serviços hospitalares. Sob o ponto de vista administrativo, ele executa tarefas de gerenciamento de altas hospitalares, apoia o setor de faturamento de contas médicas e auditorias, organiza prontuários mantendo a documentação em ordem e válida, complementando o importante trabalho realizado pela Equipe Médica, chamada de HOSPITALISTA.

Saber a quem recorrer enquanto estiver internado, independentemente da patologia. Isso é mais do que sentir-se bem e seguro, é sentir-se à vontade e compreendido. Foi pensando nisso que o HSC Blumenau conta, desde início deste ano, com uma equipe de médicos-hospitalistas que têm como um dos principais objetivos diminuir o tempo de internação dos pacientes. Por isso, a equipe de jornalismo da Revista Essência conversou com diretor-médico do HSC Blumenau, Dr. Mário Celso Schmitt, responsável pela implantação da atividade no Hospital.

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2. Quais os benefícios de ter um médico-hospitalista na Instituição?Dr. Mário Celso - São inúmeros os benefícios. Para se ter uma ideia das vantagens, basta analisar os resultados da última revisão feita pela Mayo Clinic (EUA), em 2009, relatada num artigo de Genésio Korbes: “...de 33 estudos focados na Medicina Hospitalar, a maioria mostra que a presença do hospitalista contribui efetivamente para reduzir o período e os custos das internações, enquanto em três deles não houve diferença e em somente dois houve uma melhora sem a presença desse serviço médico”. Até o momento ainda não temos estudos nacionais publicados com referência a esta atividade médica no Brasil.

3. O médico-hospitalista pode ser considerado o médico do paciente?Dr. Mário Celso - Não. O hospitalista é um colaborador do médico do paciente, que de fato, é o médico-assistente, detentor da confiança e da escolha de cada paciente. Sendo que esta relação de confiança é essencial para a prática da medicina e jamais poderá ser quebrada, sob pena de falhas terapêuticas! O hospitalista facilita todo o trabalho do médico-assistente. Tomamos como exemplo, o médico que tem um paciente hospitalizado no HSC Blumenau, e que durante a visita da manhã solicita exames laboratoriais e tem possibilidade de analisar os resultados somente no final do dia! Neste caso, se houver alguma alteração laboratorial de maior gravidade é o hospitalista que poderá abordar e resolver o problema, ajudando o médico do paciente, propiciando segurança e qualidade na assistência.

4. Desde quando o HSC Blumenau possui médicos-hospitalistas? Como funciona esse atendimento na Instituição?Dr. Mário Celso - Já tínhamos um médico, Dr. Sérgio Adam Mendonça que fazia o papel do Hospitalista. Porém, a partir de fevereiro de 2011, uma equipe de seis médicos: Drs. Tiago Antônio Brehm Padilha,

Sérgio Adam Mendonça, Eduardo Menezes Lopes, Rogério Nadim Vicente, Luiz Alberto Gay Baptista da Silva e Marcelo Monteiro Soares, organizaram-se como EQUIPE DE HOSPITALISTAS DO HSC BLUMENAU. Atualmente eles trabalham durante 12 horas por dia, revezando-se nos diversos horários e à noite dão suporte a distância. São eles também que verificam o funcionamento da assistência ao paciente em todas as unidades de internação, recepcionam os pacientes que internam do Pronto-Socorro – auxiliam nos pós-operatórios imediatos – dão continuidade ao atendimento para os pacientes que recebem alta da Unidade de Terapia Intensiva e permanecem no hospital.

5.Qual o diferencial dos hospitais que têm médicos-hospitalistas? De maneira resumida, o que esse serviço oferece aos pacientes do HSC Blumenau?Dr. Mário Celso - Poderíamos dizer, de modo muito simplista, que o hospitalista qualifica o hospital como moderno e o torna capaz de oferecer uma assistência médica segura e eficaz. O hospitalista garante aos pacientes a agilidade nos processos assistenciais, proporcionando presença contínua do médico no HSC Blumenau e evitando a fragmentação no cuidado com os doentes hospitalizados.

6. Para finalizar, como o senhor avalia a adaptação do HSC Blumenau ao novo serviço? Dr. Mário Celso - Estamos em fase de aprimoramento desse novo modelo na assistência, que já existe há uns dez anos em países como os EUA, mas que só de 2008 para cá, vem sendo divulgado em nosso meio, principalmente pela atuação da Sociedade Brasileira de Medicina Hospitalar (SOBRAMH). Assim, como Diretor-médico do HSC Blumenau, responsável também pelas melhorias na assistência médica prestada em nossa Instituição, bem como toda a Diretoria Executiva, estamos, como se diz, “apostando todas as fichas no trabalho que está sendo desenvolvido pelos Colegas Hospitalistas.”

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Ficar em casa por vergonha de encarar as pessoas na rua, ser dependente até mesmo para tomar banho, ter dificuldade para encontrar roupas em tamanhos grandes: problemas bem comuns para quem sofre de obesidade.

Da obesidade ao isolamentosocial

c A pA Texto: Fabiane Moraes / Fotos: Banco de Imagens

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Num país onde se preza tanto a estética e a aparência física, ser gordinho não é fácil. Além de ter que lidar com inúmeros problemas de saúde, é preciso aprender a driblar o preconceito, encarar o problema e fazer o possível para reverter a situação. Sem contar que o termo “gordinho” pode estar relacionado com a obesidade ou obesidade mórbida, uma doença grave que requer muita atenção.De acordo com o médico e cirurgião do Hospital Santa Catarina de Blumenau, Dr. Felipe José Koleski, a obesidade é causada por um desbalanço entre as calorias que são consumidas em forma de alimentos e as calorias que são gastas pelo indivíduo. “A pessoa pode ser obesa porque come exageradamente, gasta poucas calorias, tem mais facilidade de produzir gordura e menor facilidade de queimá-las”, exemplifica.Para a psicóloga do Hospital Santa Catarina de Blumenau, Luciana Araceli Lorenzetti, diversos fatores levam ao aumento do peso, entre eles, os psicológicos. “Depressão, ansiedade, transtornos alimentares são alguns dos fatores que, quando não tratados adequadamente podem causar obesidade”, salienta.Já a nutricionista do Hospital Santa Catarina de Blumenau, Andressa Weise, atribui a obesidade principalmente às mudanças no estilo de vida. “O aumento do consumo de alimentos industrializados e fast food - ricos em gordura e açúcar -, a redução da atividade física, associados ou não a predisposição genética para ser obeso, são fatores determinantes na obesidade”, opina. A obesidade é fator de risco para várias doenças como Diabetes Mellitus, hipertensão arterial, alteração nos níveis de triglicerídeos e colesterol, infarto do miocárdio, derrame cerebral, tromboses, problemas ortopédicos e dermatológicos e, por isso, precisa ser tratada o mais breve possível. “Se o obeso não se tratar, a tendência é engordar cada vez mais, ser mais suscetível a doenças graves e ter uma morte mais precoce”, aponta Dr. Felipe.

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Através desses resultados é definido se o paciente sofre de obesidade ou obesidade mórbida. Sendo pacientes obesos mórbidos, apenas os que possuírem IMC acima de 40 kg/m².De acordo com Dr. Felipe, existem basicamente dois tipos de distribuição de gordura: a obesidade androide, mais comum nos homens que têm maior depósito de gordura na região abdominal (formato de maçã) e a obesidade ginoide, mais comum nas mulheres que têm maior depósito de gordura na região dos quadris (formato de pera).

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Embora seja muito difícil medir a gordura e obter números exatos, alguns índices permitem avaliar o peso de maneira relativamente correta, como é o caso do Índice de Massa Corporal (IMC), o mais utilizado para tratamentos de obesidade. O IMC é obtido através do seguinte cálculo: o peso da pessoa dividido pela altura ao quadrado. O resultado obtido deve ser avaliado através dos dados divulgados na tabela ilustrada a seguir:

Menos de 18 kg/m²

De 18 a 25 kg/m²

De 25 a 30 kg/m²

De 30 a 35 kg/m²

De 35 a 40 kg/m²

De 40 a 50 kg/m²

Maior que 50 kg/m²

Fonte: Organização Mundial de Saúde

Subnutrido

Normal

Sobrepeso ou pré-obesidade

Obeso grau I

Obeso grau II

Obeso grau III ou obesidade mórbida

Superobesos

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Encarar o problema: eis a questão

é hora de mudarVida nova:

Perceber que é gordinho não é difícil. Difícil é entender que essa gordura é uma doença e que, para se libertar dela, é preciso novos hábitos. Às vezes, para quem está de fora da situação, emagrecer parece fácil. Basta comer menos, fazer exercício físico e pronto. Mas não é bem assim e quem sofre de obesidade, sabe. Segundo a psicóloga, na maioria das vezes, a pessoa obesa sofre com baixa autoestima, desmotivação, discriminação na sociedade e dificuldade de inserir-se nela, levando-a ao isolamento social e à depressão. “Pessoas ansiosas, insatisfeitas com o seu corpo, descontam a ansiedade na comida, e fazem desta, sua única fonte de prazer”, comenta. Assim, quem está acima do peso tem menos força para encarar o problema e dizer eu vou mudar, eu vou emagrecer e, por insegurança, parece preferir a condição atual.O primeiro passo para quem quer emagrecer é procurar ajuda profissional. Endocrinologistas, psicólogos e nutricionistas são de início boas opções. O nutricionista ou o endocrinologista é quem vai preparar um plano alimentar individualizado, de acordo com a sua faixa etária, sexo, condição de saúde, grau de atividade física e estilo de vida. Enquanto o psicólogo é quem vai ajudá-lo a desvendar o que faz você comer de maneira exagerada. Juntos, esses

profissionais vão trabalhar pela sua qualidade de vida.As cirurgias para o tratamento da obesidade, conforme Dr. Felipe estão indicadas somente para pacientes portadores de obesidade grave, ou seja, aos pacientes com IMC maior que 35, e com doenças associadas, ou para pacientes com IMC superior a 40, mesmo sem comorbidades. “É necessário ainda ser obeso grave há mais de dois anos e com duas tentativas clínicas comprovadas de tratamento, sem sucesso”, complementa.Diante da alta complexidade do procedimento, a cirurgia bariátrica exige o esforço de diversos profissionais. O psicólogo ajuda o paciente a refletir sobre as vantagens da cirurgia, além de orientá-lo de forma preventiva. “A cirurgia não vai resolver todos os problemas. Deve-se levar em conta uma reestruturação do estilo de vida do paciente, como reeducação alimentar e a prática de atividades físicas, melhorando também sua qualidade de vida”, aponta Luciana.Já o acompanhamento nutricional inicia-se no pós-operatório imediato. O paciente recebe orientação de uma dieta líquida, restrita em volume e tipos de líquidos ofertados, como esclarece Andressa. “O objetivo é ajudar na seleção de alimentos, no volume e na consistência permitida em cada fase do pós-operatório, para que a rápida perda de peso não leve a riscos nutricionais”.

Faça um pacto com você mesmo e diga: eu quero e eu vou emagrecer. Querer é o mais importante de tudo. Tome consciência de que a obesidade é uma doença grave e que necessita de tratamento.

Esteja disposto a mudar seu estilo de vida. Procure uma equipe de profissionais habilitados: psicólogo, nutricionista e cirurgião. Avalie em conjunto a necessidade de se sujeitar à cirurgia.

Optando pela cirurgia, faça os exames pré-operatórios. Converse com um psicólogo para conhecer as vantagens e desvantagens da cirurgia bariátrica, pois como qualquer cirurgia, ela tem riscos e você precisa

conhecê-los antes de aceitar o procedimento. Depois da cirurgia, siga atentamente a dieta alimentar proposta pela nutricionista, pois uma nova condição física requer hábitos alimentares novos. E lembre-se:

“O paciente que segue adequadamente o tratamento indicado pelos profissionais terá, sim, o resultado esperado”, diz a psicóloga.

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Na hora de fazer um plano de saúde, tudo o que você mais quer é a garantia de cuidar, de maneira rápida e sem burocracia, da sua saúde. Mas o que fazer quando isso não é possível?Ficar doente, ser atendido de maneira rápida, poder solicitar exames complementares para ter um diagnóstico correto, e tudo isso, de maneira eficaz, são diferenciais que só as Operadoras de Planos de Saúde podem oferecer. É justamente por isso que a procura por planos de saúde tem crescido consideravelmente nos últimos anos. No entanto, até mesmo os planos de saúde possuem suas restrições e por vezes recusam determinados exames ou cirurgias, sob argumento de não estarem entre os procedimentos cobertos pelas operadoras. Uma pesquisa realizada pelo Ibope em 2010 revela que, de 91% dos médicos que atendem por planos de saúde, 55% já tiveram cirurgias negadas e 37% tiveram pedidos de exames e procedimentos ambulatoriais recusados. Assim, a Revista Essência preparou para esta edição, uma matéria especialmente para você, leitor, que tem algumas dúvidas sobre o seu plano de saúde e quer saber como proceder nessas situações.

c O n V Ê n I O S Texto: Fabiane Moraes / Fotos: Banco de Imagens

Os planos de saúde e as dúvidas frequentes

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A dúvida número um do ranking que vamos tentar esclarecer é: os planos de saúde são obrigados a cobrir todo tipo de tratamento? De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), todos os procedimentos que fazem parte da cobertura mínima obrigatória pelos planos de saúde regulamentados pela Lei 9656/98 estão listados no chamado Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, da ANS, que está disponível no site da agência www.ans.gov.br. Segundo a ANS, além da cobertura mínima, os planos podem oferecer coberturas adicionais, sendo obrigatórias todas aquelas que constarem nos contratos.

E quando o plano de saúde recusa determinado tratamento ou cirurgia? O que deve ser feito? Conforme a ANS, a primeira medida deve ser solicitar à operadora do plano as razões pelas quais o procedimento não está sendo autorizado e, caso o consumidor não concorde com as razões alegadas ou permaneça na dúvida, deve entrar em contato com a ANS, através do telefone 0800 7019656 ou do Fale Conosco, no site da agência.

O plano de saúde pode negar um tratamento alegando doença pré-existente? De acordo com a ANS, quando a operadora suspeita de omissão de informação sobre Doença ou Lesão Pré-existente, tem como dever comunicar imediatamente ao beneficiário. E, em seguida, oferecer uma Cobertura Parcial Temporária ou solicitar a abertura de um processo administrativo junto à ANS, denunciando a omissão de informação pelo beneficiário. Caso a omissão fique comprovada, a operadora poderá rescindir o contrato por fraude e responsabilizar o beneficiário pelos gastos com procedimentos referentes à doença ou lesão não declarados. Entretanto, até o julgamento final do processo pela ANS, o plano de saúde não poderá suspender o atendimento nem rescindir o contrato. Se isso acontecer, o cliente deve denunciar o plano à ANS.

É possível permanecer com o plano de saúde, após demissão da empresa ou aposentadoria? Segundo a ANS, sim. Mas, para isso, a pessoa deve ter sido demitida sem justa causa; ser beneficiária do plano coletivo com vínculo empregatício; ter contribuído com pelo menos parte do pagamento do plano, por meio do desconto mensal em folha; não ser admitido em novo emprego; assumir o pagamento integral do plano; informar, para a empresa, de preferência por escrito, a decisão de permanecer no plano, no máximo 30 dias após o seu desligamento. A permanência

no plano ou seguro-saúde se estende a todo o grupo familiar inscrito, enquanto o contrato de trabalho estiver ativo.

A operadora pode solicitar a realização de uma consulta para verificar a situação de saúde de um contratante de plano de saúde? Sim. Conforme a ANS, a operadora pode, antes da assinatura do contrato, realizar uma consulta para a avaliação da saúde do beneficiário, por meio de exames e avaliação física. Essa consulta é chamada de Perícia. Nos casos em que a perícia for realizada, após assinatura do contrato, a operadora não poderá alegar, no entanto, que o beneficiário omitiu informações sobre Doenças ou Lesões Pré-existentes.

O que é a Portabilidade e como participar? Para a ANS, a portabilidade é a possibilidade de o beneficiário de plano de saúde individual ou familiar, mudar de plano sem precisar cumprir novos períodos de carência ou Cobertura Parcial Temporária (CPT). Dessa forma, para trocar de plano de saúde sem cumprir nova carência é necessário ser beneficiário de plano individual ou familiar, contratado após 01 de janeiro de 1999 ou adaptado à Lei nº 9.656/98; Assim como estar em dia com as mensalidades do plano de origem e apresentar cópia do comprovante de pagamento dos três últimos boletos vencidos; estar há pelo menos 2 anos no plano antigo; ter o plano anterior compatível ao plano de destino; ter a faixa de preço do plano anterior igual ou inferior àquela em que se enquadra o plano de destino; solicitar a portabilidade no período entre o mês de aniversário do contrato e o mês seguinte; e não considerar como plano de destino, planos que estejam cancelados ou com comercialização suspensa. Segundo a ANS, outra possibilidade de trocar de plano de saúde, sem cumprir a carência e sem depender da portabilidade ou dos requisitos acima, é quando a empresa deixa de oferecer o benefício do plano e a operadora dispõe de plano individual. Neste caso, o beneficiário poderá ingressar nele sem cumprir carência, desde que essa opção seja feita em até 30 dias, contados a partir da data de extinção do contrato anterior.

É... parece que, quando a questão é esclarecer dúvidas, sempre falta algum ponto para abordar. Afinal, essas foram somente algumas, das muitas dúvidas que envolvem a contratação de planos de saúde. Por isso, a ANS coloca a sua disposição o site www.ans.gov.br; acesse e conheça os seus direitos. Se as dúvidas persistirem, você pode ainda entrar em contato pelo telefone 0800 7019656 ou através do Fale Conosco, no site da ANS.

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n O T Í c I A S Texto: Fabiane Moraes

Café com Saúde atinge os objetivos propostos

União Saúde e HSC Blumenau renovam parceria

Parceria garante atendimento a 230 mil pessoas

Aconteceu no mês de fevereiro, o Café com Saúde, promovido pelo Hospital Santa Catarina de Blumenau (HSC Blumenau) e a Agemed, por meio do plano de saúde Aliança Blumenau. O evento contou com a participação do palestrante e médico do trabalho ergonomista, Dr. Mário Alessandro Rotta, que abordou o tema “Visão ampliada da avaliação de aptidão do trabalho”. O evento reuniu representantes dos Recursos Humanos de empresas de Blumenau e região, em diversos segmentos. Além de discutir o assunto em pauta e saborear o café da manhã oferecido, os convidados puderam conhecer os benefícios do Plano de Saúde Aliança Blumenau, e entender por que ele está se firmando como uma nova opção para empresas e colaboradores que buscam um plano mais completo e economicamente viável.

O Hospital Santa Catarina de Blumenau (HSC Blumenau) e o União Saúde renovaram, em fevereiro de 2011, o contrato de prestação de serviços. Com a parceria, os clientes do União Saúde têm à disposição 150 leitos de internação, 20 leitos de Centro de Terapia Intensiva Adulto (CTI Adulto), nove leitos de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica (UTIN-PED), 16 leitos de Pronto-Atendimento, 22 leitos da Clínica de Saúde Mental, 19 leitos de Recuperação Pós-Anestésica e seis salas cirúrgicas.

O Hospital Santa Catarina de Blumenau (HSC Blumenau) e a Caixa Econômica Federal, que completou em janeiro de 2011 150 anos, firmaram, no final do mês de março, um contrato de prestação de serviços que contempla: atendimentos no Pronto-Atendimento (PA), Clínica de Diagnóstico por Imagem (Bluimagem) e Internações.A parceria garante atendimento médico-hospitalar a 230 mil colaboradores da Caixa em amplitude nacional. Já no estado de Santa Catarina são 10.322 beneficiários que poderão utilizar os serviços do HSC Blumenau. É a Caixa e o HSC Blumenau unindo-se na missão de “Cuidar da saúde e proporcionar bem-estar com excelência e de forma integrada, contribuindo com a melhoria da qualidade de vida do ser humano”.

Da esquerda para direita: Genemir Raduenz, supervisor de negócios; Ari Leandro Gonçalves, do União Saúde; Maciel Costa, diretor de negócios; Bruno Gottwald, diretor-superintendente; na frente: Carolina Olívia Testoni, do União Saúde e Mário Celso Schmitt, diretor-médico.

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Órgãos de pelúcia ajudam crianças com câncerO HSC Blumenau repassou, no mês de fevereiro, à Casa de Apoio – Associação de Pais e Amigos das Crianças com Neoplasia, o valor arrecadado com a campanha “Os Amigos do HSC Blumenau”, elaborada em comemoração aos 90 anos de história da Instituição. Na oportunidade, representantes do Hospital visitaram a casa e deixaram como recordação os nove amigos do HSC Blumenau: o útero, o intestino, o rim, o estômago, o cérebro, o coração, o pulmão, a bexiga e o fígado, simpáticos órgãos de pelúcia que, desde junho de 2010, trabalhavam em favor das crianças com câncer.

Para a gerente administrativa-financeira, Nair Jacinto Wotmeyer, a campanha, além de ajudar a Casa de Apoio, ressaltou a importância de cuidar bem dos nossos órgãos. “Usar os 90 anos de história do HSC Blumenau para fazer uma campanha beneficente e ainda conscientizar as pessoas do quanto cada órgão é importante para o funcionamento do corpo humano foi fantástico”, observa. O dinheiro das doações será aplicado na manutenção da Sede, assim como em gastos diários da Casa de Apoio. A doação dos Amigos do HSC Blumenau continua. Para adquirir um órgão, basta procurar a recepção de Internação do Hospital e fazer uma doação num valor igual ou maior que R$ 50.

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ALE quando tudo está rodando,

será a Labirintite?

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Popularmente conhecida como Labirintite, a labirintopatia está relacionada com os distúrbios que envolvem o nosso equilíbrio e audição. Na verdade, labirintopatia nada mais é do que a doença do labirinto - estrutura localizada na nossa orelha interna. Sendo assim, uma labirintite pode significar tontura, vertigens, zumbido, desequilíbrio e várias outras formas de mal-estar. Esses sintomas aparecem porque nosso cérebro recebe informações erradas a respeito da nossa posição no espaço, geradas pelo labirinto doente, e como resultado, temos uma “alucinação de movimento”. Essa alucinação pode sugerir que estamos rodando (vertigem), caindo (desequilíbrio), sendo empurrados (desvio de marcha), flutuando (falta de firmeza nos passos) ou ouvindo assobios, motores, etc.(zumbido). São várias as causas das doenças labirínticas. Às vezes tonturas e vertigens podem significar o primeiro sinal de alguma doença importante. Nosso ouvido é um consumidor voraz de energia e depende de suprimento constante de açúcar e oxigênio. Qualquer fator que impeça a chegada ou o consumo adequado desses elementos pode ser gerador de tontura. O exemplo mais clássico disso é a tontura que acontece após ficarmos muito tempo em jejum. Entre as inúmeras causas de problemas labirínticos podemos citar: doenças pré-existentes como diabetes, hipertensão, reumatismos, etc.; utilização de drogas que chamamos ototóxicas, como alguns antibióticos e anti-inflamatórios que alteram as funções do ouvido; alterações bruscas da pressão barométrica, como no mergulho e nos aviões; infecções por vírus ou bactérias; alterações do metabolismo orgânico; doenças próprias do ouvido; hábitos, como o excesso de cafeína, tabagismo, álcool ou drogas; aterosclerose; traumas sonoros; problemas de coluna cervical e articulação da mandíbula; estresse e problemas psicológicos e traumatismos na cabeça. Porém, embora as causas elencadas anteriormente

sejam mais frequentes nos adultos, a tontura também pode ocorrer nas crianças. Assim, você deve consultar um médico otorrinolaringologista, especialista em doenças do labirinto se o seu filho apresentar dificuldade em participar de brincadeiras em que as outras crianças da mesma idade realizam facilmente. A criança com problemas de equilíbrio tem dificuldade para andar de bicicleta, pular amarelinha, pular elástico e qualquer brincadeira que precise de um

controle postural mais elaborado. Ela dificilmente se queixa de tontura. Geralmente é a

mãe que observa as alterações de comportamento, bem como a

forma de a criança se isolar dos amiguinhos, a dificuldade escolar, embora sua inteligência seja normal, dentre outros sinais. Então, agora você deve estar se perguntando: é possível prevenir? Certamente! O melhor

conselho que você pode receber, neste caso, é: tenha uma vida saudável! Observe alguns aspectos

em sua vida e veja de que forma você pode se ajudar: evite os maus

hábitos, como já vimos, o cigarro, o álcool e o excesso de cafeína podem influenciar negativamente na tontura e no zumbido; faça exercícios físicos: além de inúmeros outros benefícios, você evita problemas metabólicos e, deste modo, a tontura; fracione a sua dieta: procure alimentar-se a cada três horas, evitando grandes quantidades de comida. O excesso de sal e açúcar não é recomendado. Prefira frutas, legumes, leite e verduras; tome muito líquido. A maior filtração renal elimina as toxinas acumuladas pelo organismo. Relaxe, o estresse piora qualquer condição orgânica, inclusive a tontura. Procure ter alguns momentos reservados para o seu lazer. E agora, será que a tontura tem cura? Se a pergunta for reformulada para: é possível viver sem tontura? A resposta é sim. Como já comentamos, mesmo que a doença seja de difícil controle, ainda assim é possível viver sem tontura. Com o tratamento adequado, o médico especialista - otorrinolaringologista - tem condições de melhorar muito seus sintomas, obtendo a cura clínica da doença.

por Dr. Rafael PereiraOtorrinolaringologista

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por Dr. Cezar ZilligNeurocirurgiãoARTIgO

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“Doutor, ultimamente, ando muito esquecida. Entre a cozinha e a sala esqueço o que vim buscar. Às vezes me surpreendo com a memória de meu marido que lembra de detalhes de filmes que assistimos juntos e que eu tinha esquecido totalmente. Tenho que me esforçar para lembrar o que comi, ontem, no jantar.”. Esse tipo de queixa é comum em consultórios médicos. Uma preocupação que cresce devido à divulgação que se tem dado para o mal de Alzheimer; cada vez mais pessoas, muitas delas jovens universitários, se torturam com a dúvida de serem possíveis portadores. De antemão, pode-se dizer que pacientes que buscam o médico receando estar com Alzheimer, não estão. Ainda não. Quem tem este tipo de demência é trazido por familiares, e são os acompanhantes que estão preocupados, deixando transparecer a sinistra suspeita. O paciente está longe, muitas vezes admirado por ter sido levado ao consultório. A história que os familiares relatam é marcada por fatos que vão muito além dos esquecimentos corriqueiros. São coisas como: esquecer que almoçou há uma hora; é a cozinheira que serve um frango praticamente cru. Vestir-se inapropriadamente, usando peças que não combinam ou inadequadas para o clima vigente. Eventualmente vestem uma roupa invertida, de trás para frente. Não encontrar o caminho de volta para casa, no bairro onde vive há dezenas de anos. Coisas assim... Esquecer onde deixou a chave ou os óculos, assim como esquecer o que foi buscar, são detalhes sem importância. É certos que com a idade, quando as pessoas passam a se preocupar mais com fatos relativos à memória, tais incidentes se tornam mais intrigantes. O fato é que, com a idade, a memória decai. Estima-se que depois dos trinta anos, perde-se 5% da memória a cada década transcorrida. A incidência do mal de Alzheimer também aumenta com a idade; metade da população que atingiu os 85 anos mostra sinais da enfermidade. Mas há boas notícias quanto a essa preocupação. A maioria dos médicos que hoje estão em atividade aprendeu na faculdade que as pessoas nasciam com um número fixo de células cerebrais que iam morrendo no decorrer da vida. Aprendiam que as células do cérebro não se reproduziam como ocorre com todas as demais células do organismo. Felizmente, sabe-se agora que isso não é verdade. As células cerebrais, denominadas de “neurônios” não apenas se reproduzem como desenvolvem dendritos adicionais. Dendritos são ramos que partem do corpo do neurônio para se contatarem com dendritos de outros neurônios.

As informações, conhecimento, lembranças que se têm, entre outras coisas são “gravadas” na memória por conexões estabelecidas entre dendritos de diferentes neurônios. Um estudo que acompanhou por mais de 35 anos um grupo de 1.500 pessoas, descobriu um significante decréscimo de demência, incluindo o mal de Alzheimer, entre as pessoas que se exercitam. Uma outra pesquisa descobriu que pessoas que caminham quatro ou mais quilômetros por dia têm a metade da chance de virem a ter demência que aqueles que caminham menos que um quilômetro. Seja inteligente. Inteligente por muito tempo. Nenhum médico e nenhum hospital podem fazer mais por sua memória que você mesmo: caminhe.

Dúvidas coma memória? M

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