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CENTRO-OESTE PAULISTA CONFIRA NA PÁGINA 28 COOPEMAR, 50 ANOS DE TRABALHO E LUTA EM PROL DOS AGRICULTORES E PECUARISTAS ANO 1 · N O 4 ·DEZEMBRO/JANEIRO 2011/12 R$ 6,90 CONFINAMENTO ENTREVISTA COM FERNANDO BOTELHO VILLELA NETO, AGROPECUARISTA E VICE-PRESIDENTE DO SINDICATO RURAL DE MARÍLIA, QUE FALA SOBRE AS VANTAGENS E AS DIFICULDADES EM CONFINAR NA REGIÃO. ACABAMENTO EM COCHO AINDA É UM BOM NEGÓCIO GIR LEITEIRO 1ª exposição regional da raça com julgamento e torneio leiteiro agrada criadores em Lins-SP PÁGINA 12 GIRO EQUESTRE O Manga-larga Marchador foi uma descoberta, diz criadora PÁGINA 20 GENTE DA TERRA Melancia: produtor desiste da cultura pela 2ª vez e aposta na diversificação das lavouras PÁGINA 32

Revista Giro Rural Centro-Oeste Paulista

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Page 1: Revista Giro Rural Centro-Oeste Paulista

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a CONFIRA NA PÁGINA 28

COOPEMAR, 50 ANOs dE tRAbAlhO E lutA EM PROl dOs AGRICultOREs E PECuARIstAs

ANO 1 · NO 4 ·dezembrO/jANeirO 2011/12

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,90

CONFINAMENTO ENTREVISTA COM FERNANDO BOTELHO VILLELA NETO, AGROPECUARISTA E VICE-PRESIDENTE DO SINDICATO RURAL DE MARÍLIA, QUE FALA SOBRE AS VANTAGENS E AS DIFICULDADES EM CONFINAR NA REGIÃO.

ACABAmENTO Em COCHO AINDA É Um BOm NEGÓCIO

GIR LEITEIRO1ª exposição regional da raça com julgamento e torneio leiteiro agrada criadores em Lins-SP

PÁGINA 12

GIRO EQUESTREO manga-larga marchador foi uma descoberta, dizcriadora

PÁGINA 20

GENTE DA TERRAmelancia: produtor desiste da cultura pela 2ª vez e aposta na diversificação das lavouras

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Page 2: Revista Giro Rural Centro-Oeste Paulista

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Band Rural

Page 3: Revista Giro Rural Centro-Oeste Paulista

A sua colaboração terá um imenso valor para que consigamos melhorar sempre,

portanto colabore conosco enviando sugestões, críticas e elogios para o e-mail

[email protected].

Estamos no final de 2011 e a revista Giro Rural comemora sua con-

solidação junto ao mercado editorial de Marília e região. Aos poucos,

conquistamos nosso espaço, pois conhecemos o trabalho e o talento do

produtor rural, que é a válvula propulsora da economia brasileira e que,

nos últimos anos, vem protagonizando uma verdadeira revolução no cam-

po. Conquista que também é apoiada pelas empresas que, como nós, são

parceiras do homem do campo, criando e inovando produtos, serviços,

pesquisas e tecnologias. É por isso que, neste momento de festa e reflexão,

a nossa homenagem é dupla: aos produtores rurais, nossos personagens

principais, e aos empresários do segmento, que nos apoiam a cada edição.

Nesta edição, trouxemos uma entrevista especial sobre confinamento

de gado com o pecuarista Fernando Vilella, vice-presidente do Sindicato

Rural de Marília, na qual ele destaca as principais vantagens e desvanta-

gens encontradas na atividade. Já na seção “Gente da Terra”, contamos

a história do Sr. Vitório Pontello, que, com uma agricultura diversificada,

resolveu desistir do plantio de melancias

No “Giro Equestre”, quem nos conta uma bela história sobre a paixão

pela equinocultura é Claudia Pineda, criadora de Manga-larga Marchador.

E, ainda, duas novidades: a coluna “Essência do Campo”, da agropecuarista

Dalila Galdeano Lopes, diretora jurídica da APCGIL – Associação Paulista

dos Criadores de Gir Leiteiro; e um espaço com receitas deliciosas de

drinks de café — a bebida do verão —, desenvolvidas pelo consultor e

barista Leandro Moeda.

Em 2011, a Giro Rural obteve muitas conquistas e todas concretizadas

com muita persistência e dedicação, dentre elas o seu “lançamento”.

Agradecemos a participação da jornalista paulistana Cristiane Mattar,

que desde o início acreditou no projeto e contribuiu muito para que nosso

sonho se tornasse realidade. E damos as boas-vindas à jornalista Regiane

Ferreira, com trabalho já inserido no agronegócio da região e que agora

escreve para os nossos leitores.

Nossa equipe deseja a todos um feliz 2012, repleto de muita saúde e

realizações e, principalmente, que a agricultura e a pecuária sejam cada

vez mais valorizadas por nós e pelo governo brasileiro, atingindo seus

objetivos e uma maior sustentabilidade. Estes são os nossos votos a você,

leitor, que esteve ao lado da Giro Rural no seu primeiro ano e continuará

no que está prestes a chegar. Para nós, esperamos que todas as realizações

alcançadas sejam apenas sementes plantadas e que serão colhidas com

maior sucesso em 2012.

Boa leitura!

Laura Whiteman

Diretora

uM ANO dE CONquIstAs

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Gr Editorial

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Page 4: Revista Giro Rural Centro-Oeste Paulista

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2sumário

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Editor: Luiz Felippe Nogueira | Diretora Administrativa: Laura Whiteman | Diretora de Jornalismo: Cristiane Mattar – MTB62481/SP|

Jornalista Responsável: Regiane Ferreira – MTB49346/SP | Design grafico: Mauricio W. Santos | Foto capa: Giro Rural

Revisão: Rodrigo Gerdulli | Representação Comercial: Amaury Girardi | Impressão: Gráfica Impress | Tiragem: 3 mil

Circulação Regional: Centro Oeste Paulista | Distribuição dirigida: postada aos produtores rurais do Centro Oeste Paulista

Pontos de distribuição: a disposição nas empresas anunciantes | A venda nas principais bancas de revistas da região centro oeste paulista.

Leia em nosso blog: www.revistagirorural.blogspot.com

Solicite reimpressões editoriais das melhores reportagens da Giro Rural – C.O.P. com a capa da edição. “Os artigos assinados não emitem, necessariamente, a opinião da Giro Rural – C.O.P. Publicação Mensal. Todos anúncios, imagens e artigos publicados e assinados são de responsabilidade de seus respectivos autores.”

CAPA

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AG RON EGÓCIO, I N FOR MAÇÕE S E OPORTU N I DADE S. AN U NCI E E BON S N EGÓCIOS!

Entrevista com Fernando

Botelho Villela Neto,

agropecuarista e vice-

presidente do sindicato

rural de marília que

fala sobre as vantagens

e as dificuldades em

confinar na região.

8 Giro notas

360º de notícias do agronegócio

10 Especial coopercitrus

Tradição que gera benefícios

12 Evento

36ª Expolins

18 Veículos

Nova Hilux 2012 - Força e elegância

20 Giro equestre

Manga-larga marchador

22 Especial pecuária Itália máquinas lança pulverizadores

pecuários

24 Giro culinário

Delícias do café

26 Essência do campo

Dalila Galdeano Lopes

28 Cinquentenário Coopemar

História da Coopemar

32 Gente da terra

Vitório Pontello Júnior

produtor de Avencas

34 Giro literário

14

Page 5: Revista Giro Rural Centro-Oeste Paulista

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360º De notÍcias Do aGroneGócio

Giro notas

amendoim

Agrotóxicos: monitoramento verifica resíduos em vegetais Amendoim: agricultores de Tupã apostamem variedade mais durável

Frango: produção brasileira está maispróxima da norte-americana

Consumo de carne suína no Brasil atinge 15,1 kg per capita

A propósito da carne

de frango, muito tem sido

dito a respeito da apro-

ximação dos volumes

produzidos por Brasil e

China – esta, por ora,

segunda maior produtora

mundial. Assim, enquanto

há 10 anos a avicultura

chinesa produzia cerca

de três milhões de tone-

ladas de carne de frango

a mais que o Brasil, em

2012, pelas previsões do

Departamento de Agri-

cultura dos EUA (USDA)

estará produzindo so-

mente 200 mil toneladas

a mais, o Brasil com 13,6

milhões de toneladas e a

China com 13,8 milhões

de toneladas.

Já a produção de car-

ne de frango dos EUA

deve situar-se nos 16,9

milhões de toneladas.

O Departamento pre-

vê que o Brasil possa

superar os EUA em menos

de uma década ou pouco

mais.Fonte: AviSite

O Ministério da Agricultura, Pe-

cuária e Abastecimento divulgou o

resultado do Plano Nacional de Con-

trole de Resíduos e Contaminantes

em Produtos de Origem Vegetal que

monitorou a quantidade de resíduos

de agrotóxicos e de contaminantes

em 23 produtos na safra 2010/2011.

Cem por cento das amostras de

arroz, batata, café, feijão e tomate

estavam dentro dos padrões. Porém,

foi registrado alto índice de confor-

midade em maçãs (99,13%), mamão

(97,57%) e milho (96,15%).

O monitoramento existe desde

2009 e o seu resultado é usado

como base para corrigir as não-

conformidades por meio de ações

fiscais e de educação para o uso

correto dos agrotóxicos. Na safra

2011/2012 serão recolhidas 2.160

amostras, envolvendo 21 estados

brasileiros.Fonte: Mapa

A carne suína está mais presente na mesa

do brasileiro, que, em 2011, consumiu mais

0,5 kg per capita, crescimento que no ano

passado chegou a 1 kg. Segundo a Associação

Brasileira da Indústria Produtora e Exportado-

ra de Carne Suína (Abipecs) o aumento do

consumo de carne suína atingiu os 15,1 kg

per capita, ultrapassando a meta estabelecida

pelo Projeto Nacional de Desenvolvimento da

Suinocultura (PNDS) junto ao Sebrae Nacional

prevista para 2012.Fonte: Suinocultura Industrial

Produtores de amen-

doim do município de

Tupã-SP (40 mil hectares

de área plantada) desco-

briram uma mina de ouro

no campo. A novidade

é uma espécie conhe-

cida como alto oleico. A

principal vantagem do

amendoim é que o grão,

mesmo depois de colhido,

pode ficar armazenado

por mais de um ano sem

perder a qualidade.

Apesar de mesma

aparência rosada e sabor,

a diferença está dentro

do grão, que tem maior

concentração de ácido,

que garante mais durabi-

lidade. O preço da saca

(25 kg) saltou de R$ 35 no

começo do ano para R$ 43

em média.

Os principais com-

pradores do amendoim

brasileiro são os países

da Europa. Nesta primeira

safra, São Paulo deve che-

gar a 88% da produção

nacional.

Fonte: Globo Rural

agrotóxicos

Suíno

frango

Gir perde recordista absoluto da raçaFaleceu, no final de outubro, CA Sansão, lendário

raçador da central de genética CRV Lagoa, o maior touro

da história da raça Gir Leiteiro.

Foram quinze anos e sete meses de uma trajetória

incomparável de títulos e recordes nacionais e interna-

cionais.

Sansão foi o primeiro e único touro Gir Leiteiro que

conquistou o troféu Palheta de Ouro, oferecido aos re-

produtores que atingem a marca de 250 mil doses de

sêmen produzidas.

Page 6: Revista Giro Rural Centro-Oeste Paulista

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tRAdIçãO quE GERA bENEFíCIOs

Especial coopercitrus

De toda esta trajetória de 35 anos atuando deforma a proporcionar benefícios aos produtoresrurais, a Coopercitrus colheu bons resultados, tanto que hoje é considerada uma das maiores cooperativas no segmento do Brasil. Os tratores produzidos pela Valtra possuem tecnologia diversificada,

que garantem alto desempenho e baixo custo operacional.

Possui um sistema sólido e

que além dos serviços pres-

tados, pensa no crescimento

de seus cooperados. Ao lon-

go desses anos, adquiriu um quadro

de mais de 20.000 produtores rurais

associados, 35 lojas de insumos, 18

concessionárias Valtra, 7 postos de

combustíveis, 15 unidades de rece-

bimento de embalagens vazias de

agrotóxicos, armazéns para grãos,

uma equipe de alto nível de colabora-

dores especializados em assistência

técnica e de outros serviços, que a faz

ser uma das maiores prestadoras de

serviços, estando presente em 500

municípios nos estados de São Paulo

e Minas Gerais, fornecendo insumos,

máquinas e implementos agrícolas.

É hoje a maior revenda dentre

os mais de 60 concessionários da

fábrica de tratores Valtra do Brasil, é

reconhecida no prêmio Top Dealer

devido a sua excelência em gestão na

área de produtos e serviços oferecidos

aos seus cooperados. Além disso, a

Coopercitrus é também a maior con-

cessionária em volume de negócios

do banco AGCOFinance e está no topo

em venda de cotas de consórcio, o

que prova a confiança dos produtores

rurais nos produtos oferecidos por

sua Cooperativa. A loja de Marília - SP,

sediada na Avenida Álvaro Simões,

n° 1498, no Parque das Indústrias,

comercializa tratores da marca Valtra

e implementos das fornecedoras mais

conceituadas do país. Possui também

uma oficina completa, equipada com

ferramental adequado para a manu-

tenção das máquinas, comercializa

peças genuínas de reposição e realiza

o conserto na loja ou diretamente na

propriedade do cooperado.

Com a aquisição desta filial, a

Coopercitrus ampliou seu leque de

produtos como colhedoras de café.

Além de ter uma história rica na cultu-

ra de café, a cidade de Marília possui

grandes produtores de amendoim

e para eles, a Cooperativa oferece

recolhedoras de amendoim com

condições diferenciadas de preços,

além de planos para a reforma de

todos os maquinários. No entanto, a

Coopercitrus se completa através

da melhor equipe de pós-venda do

país, benefício este presente em todas

as suas unidades. Os treinamentos

muitas vezes acontecem dentro das

próprias fábricas, o que torna os

colaboradores da Cooperativa bem

capacitados para reparar qualquer

tipo de maquinário que está na carta

de produtos comercializados pela

Coopercitrus.

Especialcoopercitrus – filial De MarÍlia-sp

Page 7: Revista Giro Rural Centro-Oeste Paulista

Maria Tereza Lemos Calil, criadora de Gir Leiteiro e proprietária da Fazenda Paraíso, de Franca-SP.

Novilha “Germina Benta Spirit” da fazenda Germina, de Apucarana-PR, do proprietário Bernardo Garcia de Araújo Jorge,é a recordista mundial na produção de leite.

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12 G i r o Ru r a l

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Evento

A 36ª Expolins foi realizada

juntamente à 13ª Festa do

Peão do bairro Bom Viver, no

recinto de exposições “José Maurício

Junqueira de Andrade”, em Lins-SP. A

programação elaborada pelo Sindica-

to Rural de Lins, além das montarias

em touros e shows artísticos, também

contou com a 36ª Exposição de Jul-

gamento de Raças e a 1ª Exposição

Regional do Gir Leiteiro de Lins, com

julgamento e torneio leiteiro.

Durante a competição do torneio

leiteiro, que durou três dias (de 4 a

7 de outubro), foram realizadas dez

ordenhas de oito em oito horas, sendo

premiada a vaca que produzisse mais

leite. A grande campeã do torneio Gir

Leiteiro foi a “Eldorada da Epamig”,

da criadora Maria Tereza Lemos Calil,

proprietária da Fazenda Paraíso, de

Franca-SP. Ela competiu com catorze

animais em duas modalidades: pista e

torneio leiteiro, que conquistaram vá-

rios prêmios. Mas, o prêmio especial

foi o da Eldorada.

“Estou muito feliz por ter participa-

do e pela minha vaca, que foi a grande

campeã do torneio leiteiro. Inclusive

ganhamos um carro como premiação.

A visibilidade é muito grande e é uma

oportunidade para divulgarmos nosso

trabalho, apresentando nossos melho-

res animais. Trata-se de uma forma de

colher frutos do trabalho realizado”,

afirmou a criadora de Gir Leiteiro.

1ª ExPOsIçãO REGIONAl dO GIR lEItEIRO dE lINs, COM julGAMENtO E tORNEIO lEItEIRO

Já no torneio leiteiro Girolando,

a estrela da competição foi a novilha

“Germina Benta Spirit”, que produziu

uma média de 79,3 quilos de leite,

quebrando recorde mundial — que,

segundo seu dono, era pouco mais

que 60 quilos. O criador paranaense

Bernardo Garcia de Araújo Jorge,

proprietário da fazenda Germina, de

Apucarana-PR, participou do torneio

com três animais e disse que já tinha

grandes expectativas com Germina

Benta Spirit. “Não só para o Girolando,

mas para toda a pecuária de leite, é

um número exorbitante. O recorde

de produção terá um grande impacto;

nem sei avaliar o que pode trazer de

retorno comercialmente.”

Com uma bacia leiteira tradicional,

a cidade de Lins, para ele, “é como

se fosse uma ‘caixa de ressonância’

de tudo que acontece para o negócio

do leite”, por isso se torna uma praça

importante de divulgação dos animais.

“Quando tenho animais em condições

de apresentarem um bom desempe-

nho, eu trago, com certeza, pois é uma

praça de divulgação muito interessan-

te para os criadores”, finaliza.

O julgamento morfológico dos

animais foi realizado nos dias 6, 7 e

8 de outubro sob a responsabilidade

do jurado Euclides Prata dos Santos

Neto. A exposição foi homologada

pela ABCGIL – Associação Brasileira

de Criadores de Gir Leiteiro.

Novilha Girolando bate recorde mundial na produção de leite

Campeã do torneio Gir Leiteiro garante o sucesso da sua proprietária

36ª expolins

Page 8: Revista Giro Rural Centro-Oeste Paulista

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acabamento em cochoainda é um bom negócio

Há quanto tempo o senhor iniciou o confinamento na sua propriedade?

A fazenda era do meu avô desde 1916, antes de existir

Marília, e, depois do seu falecimento, meu pai cuidou da fa-

zenda por uns sete anos. Em 1988, deixei o Rio de Janeiro e

assumi a fazenda. No começo, tínhamos por volta de duas mil

cabeças de gado (entre matrizes, bezerros, novilhas e garrotes

para engordar). Atualmente, só confino machos. Já o restante

da boiada fica no pasto; ao todo são cerca de três mil animais.

Como foi a implantação da estrutura para confinar e quais os investimentos?

Para você confinar um gado, primeiramente é preciso

preparar a alimentação. A fazenda já fazia renovação de pasta-

gem constantemente. Então, vislumbramos uma oportunidade

de nessa renovação plantar milho e começar fazer silagem.

Já tínhamos currais que poderiam ser adaptados, por isso o

investimento acabou sendo menor. Mas, tivemos um grande

gasto para concretá-los e, também, com coberturas e calhas. Só

em concretos gastei mais de R$ 15 mil e com a cobertura um

valor parecido. Se tivéssemos sol o tempo todo, os custos di-

minuiriam, mas aqui na nossa região não é assim que funciona.

Por que optou pelo confinamento semiaberto?Na hora em que começam as chuvas, qualquer confinamen-

to passa a ter um problema sério: a lama. O boi fica tão irritado

que perde o apetite, não engorda e chega até a emagrecer.

Um confinamento todo coberto prejudica, pois o boi precisa

do sol, que ajuda na absorção da comida. Normalmente, temos

dois meses de seca e os outros com possibilidades de chuvas

intensas. Então, é preciso um curral semiaberto, pois mesmo

com chuva eu tenho condições de mantê-los em locais secos.

Grande parte dos custos da engorda é referente à alimentação. Quanto o senhor economiza produzindo a comida, em vez de comprá-la?

A economia é enorme, sobretudo quando a própria fazenda

é utilizada para o plantio. Como realizo a renovação de pasta-

gem com o milho, o custo é diluído. Já o feno, também produzido

aqui, sustenta o restante do gado na época da seca, pois não

é preciso que eles engordem muito, apenas que mantenham

o peso. No cocho, além do milho, complemento com farelo de

soja comprado. O rebanho é alimentado duas vezes ao dia

e cada animal consome 15 quilos de volumoso e mais uns 3

quilos de concentrado. O confinamento dura de 60 a 110 dias,

quando cada boi engorda 1,5 quilo diariamente.

CONFINAMENtOA

lguns pecuaristas consideram o confinamento de gado muito caro, já que no final do acaba-mento os animais de cocho cus-

tam, pelo menos, 40% mais caro do que os acabados a pasto. Porém, quem investe na atividade acredita na estabilidade do preço do boi gordo, que está em alta — podendo chegar a R$ 105 por arroba —, situação que, para confinadores, ainda proporcio-na um bom retorno financeiro. No Brasil, apesar de estar em crescimento, a oferta ainda continua inferior à demanda. “Houve um ganho de consumo interno bastante ra-zoável a partir de 2008 e, por isso, o preço da arroba reagiu. Passamos cinco anos com preços muito baixos causando um grande

abate de matrizes. Com isso, o plantel bovi-no brasileiro diminuiu, o que proporcionou esse aumento de preço agora. Na época, os pecuaristas venderam tudo para sustentar a propriedade e depois faltou produto”, recorda o pecuarista Fernando Villela. O carioca, hoje agropecuarista e vice-pre-sidente do Sindicato Rural de Marília, fala sobre as vantagens do confinamento na sua propriedade — Fazenda Santa Emília —, localizada no distrito de Amadeu Amaral, Marília-SP, e ainda aponta alguns fatores que prejudicam a atividade, principalmente no momento da comercialização da carne, tanto na região quanto no exterior. Villela cria, recria e engorda raças como Nelore, Guzerá, Red Angus e Aberdeen Angus.

Qual é o momento certo de colocar os boisnos cochos?

No pasto, o boi engorda cerca de 800 gramas por dia. Já

no confinamento, esse peso é dobrado, apesar de o custo de

produção praticamente dobrar também. Então, você tem que

ver quando é realmente importante fazê-lo. Com uma pastagem

na época das águas que faça a engorda de 800 gramas, vale

a pena manter só na pastagem. A partir do momento em que

você não tem pasto, no começo da seca, por exemplo, até o

final e até uns dois meses depois, o confinamento é interessante.

Confino do final de junho até o final de dezembro.

O confinamento é mais utilizado para a terminação de bovinos, ou seja, envolve o acabamento da carcaça que será comercializada. Quais são as características ideais de um boi pronto para o abatimento?

É importante, em um boi pronto para o abate, peso acima

de 17 arrobas e com cobertura de carne bem razoável, porque

uma das exigências do mercado é justamente o acabamento.

Por isso, existem alguns problemas em bois europeus pois,

apesar de terem peso necessário, eles não têm camada de

gordura. Isso prejudica na conservação e no congelamento da

carne. O próprio povo brasileiro não aceita tanto essa carne

sem gordura. O confinamento dá essa chance de engorda, e

no pasto é melhor trabalhar com gado zebuíno, que é o que

dá maior acabamento de carcaça.

“No pasto, o boi engorda, cerca de 800 gramas por dia. Já no confinamento, esse peso é dobrado, apesar de o custo deprodução praticamente dobrar também. Então, você tem

que ver quando é realmente importante fazê-lo”

Fernando VilelaAgropecuarista e vice-presidente do Sindicato Rural de Marília-SP

Gr CapaconfinaMento De GaDo

Page 9: Revista Giro Rural Centro-Oeste Paulista

Quais são as diferenças de custos do boi de pasto e de confinamento? E na hora da venda?

No final, o boi de confinamento sai

uns 40% mais caro. O preço por arroba

de um boi acabado a pasto é de apro-

ximadamente R$ 60 e, no confinamento,

em torno de R$ 95. O custo diário no

pasto é difícil dimensionar, porque

é consumido um alimento fornecido

pela natureza, com custos de vacinas,

vermífugos e manejo, mas fica em

torno de R$ 3. Já no confinamento se

consomem R$ 5 de alimentação por

dia, sem contar custos de vacinação.

Não existem diferenças de preços na

hora da comercialização. Quem tem boi gordo vende bem.

Quem não tem, perde.

O que é feito para evitar prejuízos?É complicado, pois atualmente os preços podem cair por

causa do crescimento da oferta de boi confinado. Tem muita

gente que comprou boi magro caro, trabalha com produtos

caros e levou prejuízo. Para evitar essa situação, é preciso

cuidado e planejamento. O mais importante é você ter o boi

acabado para vender. Neste ano, no mês de junho, vendemos

a R$ 105 (arroba), agora novamente, porém nos meses de

setembro e outubro o preço baixou para R$ 94. Quem apostou

no acabamento do boi durante essa queda de preço, não se

deu tão bem.

Na região de Marília, o que falta para estimular ou até mesmo melhorar a atividade? A relação custo/benefício está viável no mercado atual?

Uma das coisas é não deixar essa concentração de abate-

douros continuar. Se a gente tem vários frigoríficos, obtemos

poder de negociação. Quando se concentra qualquer mer-

cado, ele acaba sendo prejudicial para todos os produtores

comerciais. Ainda está viável, mas começa a ficar arriscado,

pois o governo investiu muito em apenas dois frigoríficos. Isso

acabou concentrando demais de um lado e tirando o poder

de barganha que o pecuarista teria se tivesse mais opções.

Que orientação o senhor dá para quem quer começar um confinamento?

Primeiramente, pensar bem na comida que dará para o

seu rebanho e dimensioná-lo corretamente. Em São Paulo

está ocorrendo um problema sério, que é o valor alto da

terra, apesar de o confinamento não precisar de muita terra.

Mas, se você quiser produzir a alimentação, precisa de mais

espaço. Tem que pensar duas vezes no que é melhor inves-

tir, se é num confinamento, no plantio

de laranja, cana ou eucalipto. Faça as

contas antes, porque hoje não é mais

tão fácil começar. Para quem já tem a

estrutura (propriedade e pastagem), é

uma boa opção. A partir do momento

em que é preciso comprar uma área,

é melhor colocar na ponta do lápis se

vale a pena ou não.

O senhor investe em tecnologias que auxiliam na criação do gado? Alcançou o resultado esperado?

Compro de produtores seleciona-

dos alguns touros para melhoramento

genético ou por inseminação, que

também faço aqui, pois se a genética for ruim o gado não en-

gorda. Com genética boa, evita-se o problema de cruzamento

entre pais e filhos, o que definha o animal. Também utilizo um

sistema de rastreamento que contribui com cruzamento de

dados, haja vista que fornece o histórico do animal.

Como funciona esse sistema de rastreamentoe quais são os custos?

Quando o bezerro nasce já é informado para uma certi-

ficadora (de quem é filho, raça, etc.) e recebe identificação,

passando a ter um código fixo até o abate. Semestralmente,

a certificadora realiza vistoria e, anualmente, pelo Ministério

da Agricultura. São visitas cobradas por cabeça e se gasta

também com brincos de numeração. O investimento é grande,

pois todo o rebanho deve ser rastreado, e não só os animais

em confinamento; e eu só venderei o boi gordo. Então, o

confinamento fica responsável pelo retorno não só do que

gastei com ele, e sim com toda a propriedade.

Como esse rastreamento interfere na comercialização da carne?

A comunidade europeia, por exemplo, está exigindo

que o gado do Brasil seja todo rastreado, pois estão tendo

problemas com falta de crescimento e falta de espaço para

produzir. Então, impõe uma série de dificuldades, princi-

palmente para o Brasil, que é o maior vendedor mundial de

carne. Vários países já utilizam e o Brasil está aderindo não

só para animais, como no setor de hortifrútis, suínos, soja e

farelos, entre outros. Possibilita acompanhar o seu produto

desde a origem até a hora em que foi vendido para o con-

sumidor. Se tivéssemos um sistema de rastreabilidade em

todo o país, no caso de algum problema tanto aqui como nos

países exportadores, seria possível detectar da onde veio

aquela carne. A falta de informações de alguns produtos

pode prejudicar todo o setor.

“Não existem diferenças de preços na hora da

comercialização. Quem tem boi gordo vende

bem. Quem não tem, perde”

Gr Capa

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Page 10: Revista Giro Rural Centro-Oeste Paulista

Foto: Joelson Leite

Divulgação

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2Gr

19G i r o Ru r a l

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de telefone, áudio e computador de

bordo, conexões Bluetooth®, USB e

Aux-in, compatíveis com iPod® e iPho-

ne®, rádio com CD player/MP3 e tela

de 6,1” sensível ao toque, câmera de

ré, acendimento automático dos faróis

e banco do motorista com ajustes elé-

tricos (distância, inclinação e altura).

Uma das características que fa-

zem da Hilux a líder de mercado em

sua categoria há seis anos (segundo

ANFAVEA – Associação Nacional dos

Fabricantes de Veículos Automotores,

líder na categoria Comerciais Leves,

que compreende caminhonetes de

carga a diesel nacionais e importadas)

é a modernidade. Essa marca regis-

trada está mais que presente na nova

versão, disponível nas cores: branco,

prata metálico, bege austral, cinza

chumbo, preto safira e preto mica, com

cabines simples e duplas.

A Hilux 2012 contará com quatro

novas versões de acabamento, sen-

do elas: STD, STD Pack, SR e SRV. E,

ainda, pode conter alguns acessórios

opcionais, como protetor de caçamba;

capota marítima de lona; santantônio

cromado, sport e preto; engate; solei-

ras; estribos cromados e pretos; calhas

da porta; kit de alarme; e cabide.

Desempenho e segurança

Quando se fala da picape líder,

fala-se de desempenho. E nesse que-

sito a nova Hilux também se destaca.

Seu motor turbo diesel D-4D com

injeção direta/eletrônica common rail

proporciona alto desempenho, baixo

consumo de combustível e baixa

emissão de poluentes. Além disso, o

turbo de geometria variável (TGV) e

o intercooler garantem potência extra

e baixo nível de ruído e vibração. Para

completar, o modelo 2012 ainda apre-

senta um controle eletrônico de tração

que não deixa a traseira derrapar.

“Durante uma perda de ade-

rência em uma roda traseira, por

exemplo, o TRC aciona o sistema,

que transmite força à outra roda

para vencer os obstáculos com mais

desenvoltura. É um diferencial muito

importante que possibilita maior

segurança em terrenos irregulares”,

conta o consultor. Também presente,

o controle de estabilidade ajuda o

motorista em uma iminente derra-

pagem ao desviar de um obstáculo

ou nas curvas, especialmente em

superfícies escorregadias.

Além dos controles eletrônico de

tração e de estabilidade, o veículo pos-

sui: freios com sistema antitravamento

ABS — com EBD (calibra a força de

frenagem de cada eixo) e BAS (auxilia

a parada em menores distâncias), air

bag duplo frontal, carroceria GOA

(protege os ocupantes do carro em

caso de colisão), colunas e coberturas

que absorvem impactos e coluna de

direção deformável e pedal de freio

desarmável (em caso de forte colisão

frontal, absorve o impacto e se retrai,

enquanto o freio desprende e diminui

a invasão da região dos pés).

Durabilidade

A durabilidade da caminhonete é

um requisito indispensável, por isso

é importante que ela seja resistente

e não quebre. Por outro lado, se há

variação nos componentes acima da

tolerância especificada, há diminui-

ção da durabilidade. A nova Hilux

traz uma caçamba com capacidade

de mil quilos e 1,80 m3, a maior da

categoria.

Durante a fase da concepção do

projeto Hilux, foram realizados testes

de resistência — mais de 300 mil

quilômetros de condução em vias

regulares. Testes de durabilidade

também acontecem a cada mudança

na Hilux, com o objetivo de alcançar

maior resistência, mesmo quando

conduzida sobre vias irregulares e em

ambientes severos.

FORçA E ElEGâNCIAnoVa Hilux 2012 coM conDição

especial De Desconto

paraproDutor

rural

Para ser um verdadeiro líder é fundamental superar desafios. Esse foi o pensamento que guiou o

desenvolvimento da nova Hilux, que está ainda melhor: mais moderna e com novo design.

P ara ser um verdadeiro líder

é fundamental superar desa-

fios. Esse foi o pensamento

que guiou o desenvolvi-

mento da nova Hilux, que está ainda

melhor: mais moderna e com novo

design. Os faróis e a grade frontal fo-

ram redesenhados para conferir mais

robustez ao veículo. O para-choque

dianteiro também apresenta novida-

des, juntamente com o capô e as lan-

ternas traseiras. Isso tudo sem falar das

rodas de liga leve aro 17”. Um grande

diferencial está no quesito segurança:

o Sistema Eletrônico de Tração (TRC),

que, no asfalto, permite a transmissão

do máximo de aderência para o ter-

reno sem que ocorra o deslizamento

dos pneus traseiros. E em situações

off-road ajuda a superar terrenos es-

corregadios e lamacentos com mais

eficácia. Produtores rurais podem ter

descontos especiais na venda direta e

por meio de financiamentos oferecidos

por linhas de crédito.

“Na venda direta, na qual o valor

do veículo é faturado diretamente na

fábrica, oferecemos uma condição

especial de desconto para produtor

rural e frotistas, além de veículos com

isenção. Já o financiamento pode ser

feito em até oito anos mediante as

linhas de crédito Pronamp (Programa

Nacional de Apoio ao Médio Produtor

Rural) e Pronaf (Programa Nacional

de Fortalecimento da Agricultura

Familiar), com juros de 2% a 6,75%

(dependendo da modalidade que o

produtor se enquadra), com carência

de dois anos. É importante lembrar

que a condição especial para o pro-

dutor rural vale apenas para a Hilux

com cabine simples”, explica Fábio

Batista da Silva, consultor de vendas

diretas da Mirai Motors.

O novo modelo conta com o in-

terior renovado e mais sofisticado:

volante com comandos integrados “A Hilux é uma caminhonete robusta

e não quebra fácil, fazendo a manutenção

corretamente, não existe problema. No campo, colocamos de tudo na

caçamba, como sal, ração, pneus e etc. E nas

viagens oferece um ótimo conforto.”

Você pode encontrar a nova Hi-

lux 2012 na Mirai Motors Toyota, na

Avenida Sampaio Vidal, 1225, em

Marília. Informações (14) 2105-3800 e

[email protected] ou

[email protected]

Depoimento do proprietário:Martin Gustavo Herzog - cafeicultor

noVa Hilux 2012

Veículos

Page 11: Revista Giro Rural Centro-Oeste Paulista

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Duna, Dinastia e Duquesa. As filhas

de Xerife foram acasaladas com

Netuno de Santa Lúcia e, mais tarde,

Pensamento de Santa Lúcia, que em

1993 entrou para o Guinness Book. O

recorde foi alcançado por ele e mais

dois cavalos que cavalgaram pelo

Brasil inteiro durante um ano e meio,

percorrendo 17 mil km, na Jornada

dos Marchadores.

Hoje, o plantel conta com aproxi-

madamente quarenta éguas, mais po-

tros e potras (tordilhos e castanhos).

Os garanhões são Bronze JB da Ogar

e o crioulo Cobalto Paredão, filho do

campeão nacional de progênie Origi-

nal do Passo Fino. “Na cobertura de

trinta éguas, dos machos que nascem,

doze ou treze por estação, 95% são

castrados, colocado como animal

de serviço e vendido na região. Eu

tenho grande rigor na seleção de

machos, justamente para só deixar

como garanhão quem realmente vale

a pena. Ainda tenho, em parceria com

o criador Roberto Duarte, o Netuno

de Santa Lúcia, hoje com 28 anos, ins-

crito no livro de mérito da ABCCMM

(Associação Brasileira dos Criadores

do Cavalo Manga-larga Marchador),

enfim, um ícone do marchador”, ex-

plica Pineda, que também trabalha

com o Dr. Luis Carlos Bueno Ferreira,

do haras Passo Fino, em Jaguariúna-

SP. “Como não participo de pista ele

tem levado éguas minhas e, com mui-

to sucesso, levou o nome da fazenda

Paredão às pistas”.

A criadora destaca que para

se alcançar a perfeição da raça

primeiramente é preciso investir

na boa genética, boas pastagens e

mineralização. E, de acordo com o

desempenho desejado, utilizar mais

ou menos ração. Suas éguas são cria-

das a pasto, sal e água. “Pode-se criar

nessas condições, pois a rusticidade

é intrínseca da raça. Foram seleciona-

dos em Minas Gerais, em locais com

muito morro e pedras, e clima severo.”

e, uma vez por ano, durante as férias,

meu pai organizava uma cavalgada

de uns 50 km. Já éramos acostumados

com a lida, e a cavalgada era uma dis-

tração. E na hora de ir para a escola,

em vez dos livros, colocávamos nas

mochilas as roupas para cavalgar. En-

tão, dávamos a volta por trás da fazen-

da e íamos para a cocheira, enforcando

a aula. Esse era um programa de uma

vez por mês e os pais não podiam

saber (risos).”

Após o falecimento de seu pai, o

plantel da raça quarto de milha da

família foi repartido para os cinco

irmãos, quando cada um optou por

criar uma raça. E foi justamente pela

necessidade de um bom cavalo para

a fazenda e que trouxesse como-

didade ao vaqueiro que, em 1980,

de volta ao Brasil, o casal Claudia e

Nelson Pineda (in memoriam), que

vivia na Venezuela até então, optou

pela criação da raça. O objetivo era

criar cavalos dóceis, com excelência

na marcha batida e fortes na estrutura.

“Cada raça tem sua aptidão e

cada povo a desenvolveu de acordo

com suas necessidades. O Marchador

é o cavalo ideal tanto para trabalho

como para cavalgadas e vencer

grandes distâncias. Para o trabalho

do dia a dia da pecuária brasileira,

não existe cavalo melhor. É uma ati-

vidade que vem de toda a vida e pela

necessidade de que o nosso vaqueiro

esteja bem montado. O Marchador foi

uma descoberta!”, relata a criadora.

Na época, o casal decidiu ir a um

congresso da raça em Caxambu, no

Sul de Minas Gerais (pioneira e maior

produtora da raça), onde encontraram

todos os grandes criadores. Adqui-

riram um reprodutor de excelente

andamento — o Xerife AJ —, do Sr.

Antonio Junqueira, de Araçatuba-SP,

para cruzar com um lote de éguas

comprado em MG. Desse cruzamen-

to, nasceram os primeiros produtos

Paredão, com destaque para as éguas

Com temperamento ativo

e dócil, de porte médio,

ágil e bem estruturado,

pele e pelos finos e lisos,

utilizado para trabalho no campo e em

longas cavalgadas, devido ao con-

forto proporcionado, o Manga-larga

Marchador forma o maior rebanho

de equinos do Brasil. O país possui o

maior número de cavalos na América

Latina e ocupa o terceiro lugar no

ranking mundial, somando mais de

oito milhões de cabeças.

A raça tem dois andamentos e to-

das as variações são intermediárias a

estes. O mais macio é a marcha picada,

e o que rende mais é a marcha batida.

Entre esses dois extremos encaixam-

se todas as modalidades de comodida-

de. O típico é sempre que um membro

esteja no chão. Nunca há um momento

de suspensão e, se ocorre, não é mais

marchador, o que o desclassifica. O

ideal buscado por seus criadores é um

tríplice apoio, que tenha um momento

com três patas no chão.

“O foco de tudo é o andamento.

Em todo julgamento de pista o quesito

mais valorizado é a forma de caminhar

que oferece conforto, regularidade e

estilo, encantando o público”, explica

Claudia Pineda, criadora de Manga-

larga Marchador na fazenda Paredão,

em Oriente-SP.

A equinocultura já está presente

na história da família desde a infância

da empresária, que até recordou das

peraltices já envolvendo os cavalos.

“Sempre tivemos contato com o cavalo

Sela Team Roping 2000

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ManGa-larGa MarcHaDor

O Marchador foi uma descoberta,

diz Claudia Pineda, criadora da raça

na fazenda Paredão

Page 12: Revista Giro Rural Centro-Oeste Paulista

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Gir

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GrNome da seçãononononono nonono nonononononononononononono nonono nononono

A Itália Máquinas começou

suas atividades no Brasil

em janeiro de 1968. Ini-

cialmente, denominava-se

Leone Francisco Dalle Vedove (Marca

Dalle Vedove) e, no início de 2006,

passou a se chamar Itália Máquinas e

Implementos Agrícolas LTDA. A partir

daí, tornou-se uma grande fabricante

de roçadeiras e diversos implementos

agrícolas. Consciente da necessidade

do mercado brasileiro para a aquisição

de novas tecnologias e do aprimora-

mento de processos de fabricação e

capacitação do parque industrial, vem

solidificando sua participação no mer-

cado interno e no exterior, por meio da

conquista de novas parcerias e clientes.

“A empresa era bem pequena e

familiar, pois começou com quatro

irmãos (incluindo meu pai). Com o fim

da sociedade e a mudança do nome,

ultrapassamos os limites regionais e

conquistamos maior visibilidade no

mercado nacional. E, neste ano, come-

çamos a exportar para Angola”, relata

Gustavo Dalle Vedove, proprietário da

Itália Máquinas.

Com a perspectiva de lançar de

dois a três produtos por ano, com su-

cesso na aplicação de suas soluções,

alcançando melhores resultados, a

Itália Máquinas lançou, no início do

mês de novembro, um pulverizador

específico para pecuária. O lote piloto,

com vinte máquinas, já foi vendido

para o estado do Pará.

O proprietário da empresa garante

os bons resultados do pulverizador e

aposta na satisfação dos clientes.

“Inovamos com esse

sistema de pulverização,

diferenciado e novo

no mercado, que

gera economia para

o produtor e garante

resultados excelentes.

Com o foco na pecuária, passa-

mos a pesquisar o mercado a partir

dos nossos próprios clientes com o

intuito de descobrir qual era a maior

necessidade da área para agilizar a

produção, diminuindo custos (que é o

nosso forte) e mantendo a qualidade

dos produtos, explica”.

A fabricação das máquinas é feita

na própria empresa, com equipamen-

tos específicos para o desenvolvimento

do produto final, e nada é terceirizado.

Hoje, conta com 25 funcionários de

Marília, Vera Cruz e Garça na produção

e mais dez representantes comerciais

espalhados pelo Brasil inteiro.

Além das facilidades do paga-

mento direto, todas as máquinas são

credenciadas ao Finame (linha de cré-

dito que facilita a compra de máquinas

agrícolas e equipamentos nacionais),

mediante o BNDES (Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social).

A Itália Máquinas está sediada na

cidade de Marília, no Centro-Oeste do

Estado de São Paulo, onde conta com

uma grande linha de produtos para

entrega imediata. Possui revendas em

toda a região e seus produtos estão

disponíveis no site www.italiama-

quinas.com.br, que disponibiliza as

características de cada máquina.

Angola, primeira conquista no mercado externo

Este ano a Itália Máquinas obteve

uma grande conquista, dando um

passo à frente no setor das exporta-

ções. Angola (país da costa ocidental

da África) foi o primeiro a se tornar

cliente da empresa mariliense. Para

os angolanos, já foram vendidos quin-

ze contêineres de produtos e outros

quinze já estão encomendados para

2012. E, para aumentar o leque de

vendas internacionais, foram enviados

representantes para alguns países do

Mercosul (Argentina, Paraguai e Uru-

guai, além dos já existentes no Brasil).

“O investimento vale a pena, pois é

um mercado novo e, aos poucos, con-

quistaremos mais clientes e aumento no

número de vendas, gerando mais em-

pregos e pagamento de impostos. Isso

contribui tanto para o crescimento da em-

presa quanto para o desenvolvimento da

cidade. Inclusive, já fizemos requerimen-

to de uma nova área para ampliarmos

nosso trabalho”, conclui o empresário.

inoVação e conquistaDe noVos MercaDos

EspecialMÁquinas aGrÍcolas

Page 13: Revista Giro Rural Centro-Oeste Paulista

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GrNome da seçãononononono nonono nonononononononononononono nonono nononono

Gr Giro culinário

RECEItAs COM CAFéEm vez de jogar fora o café que sobra

na garrafa térmica, faça cubos de gelo

de café, para posteriormente preparar

bebidas geladas a base de café. Seguem

algumas dicas de receitas geladas com café:

Refresco de Laranja e Abacaxi Ingredientes:

4 cubos de gelo de café (ou meia xícara (chá) de café prepa-

rado e gelado)

1 xícara (chá) de suco de laranja

1 xícara (chá) de suco de abacaxi concentrado

1 colher e meia (sopa) de açúcar

Modo de Preparo:

Bata no liquidificador o café, o suco de laranja, o abacaxi e o

açúcar, sirva em copos altos com pedras de gelo.

Rendimento: 2 porções

Tempo de preparo: 10 minutos.

Pudim de Café Ingredientes:

1 xícara (chá) de café preparado bem forte

2 latas de leite condensado

1 xícara (chá) de leite

5 ovos

2 colheres (sopa) de canela em pó (opcional)

1 xícara (chá) de glicose de milho (ou calda de açúcar)

Modo de Preparo

No liquidificador, bata o leite condensado, o café, o leite, os

ovos e a canela em pó. Passe essa mistura por uma peneira fina

e reserve. Em uma forma redonda com furo central, espalhe a

glicose de milho e despeje a mistura. Cubra com papel alumínio

e leve ao forno em banho-maria, em temperatura média por 1

hora e 30 minutos. Retire o papel alumínio e espete a massa, o

palito deve sair limpo. Desligue, retire do forno e deixe esfriar,

leve a geladeira, depois desenforme e sirva gelado.

Rendimento: 8 porções – Tempo preparo: 1 hora e 45 minutos.

DelÍcias Do café

Page 14: Revista Giro Rural Centro-Oeste Paulista

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GrNome da seçãononononono nonono nonononononononononononono nonono nononono

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ORGULHO DE SER BRASILEIRA

Parceria de sucesso!

GIGANtEspor Dalila GalDeano lopes

Essência do Campo

Ninguém perde a sua essência! Que o digam os alquimistas e os po-etas! Cá estou às voltas

de escrever o texto para a nossa coluna, honrada e feliz pelo convite de voltar aos periódicos, e me vem à mente os tempos acadêmicos, quando disputava, com o saudoso e querido mestre Dr. Paulo Lucio Nogueira, os espaços do matutino com os nossos poemas e crônicas.

Passados tantos anos dos ban-cos acadêmicos, hoje, voltada, dentre outras atividades, ao agro-negócio, respirando dia a dia o amanhecer de um vale, ao primei-ro clarão do alvorecer, o som da vida refulge…

Tudo é movimento! Ali, vê-se o passar das matrizes, o barulho dos bezerrinhos atendendo ao convite do retireiro chamando-os à orde-nha; já acolá, o tratador metódico a consagrar o trato matutino, enquanto os outros ao campo vão, cuidar dos solteiros; e outros, ainda, a cuidar dos demais afazeres, numa roda de atividades sem fim. Tudo é vida, tudo gira, caminha numa moenda incessante. Fazenda… Fazendo…

Olho ao redor e sinto a paz que gira em torno de tanta sinfonia. Bendita natureza! Bendito o ho-mem que a lavra, produz, mantém e lhe conserva!

O homem do campo, com contratempos ou não, possui a se-renidade no olhar! Não importa se

mora no campo, na cidade, capital ou Nova York. Veja que há uma peculiaridade ímpar em todos eles: a simplicidade. Esta é própria daquele que se forjou na natureza, porque a natureza é pura! Jamais perderá a sua essência.

E é a esse gigante, que vive do campo, que dele faz a sua razão, que produz, buscando incessante-mente amainar a fome do mundo de todos os seres, a quem hoje rendemos as homenagens neste intróito de escrita. Gigante, sim, pela sua própria essência! Quer na simplicidade de um extrativista, do de punho numa enxada ao grande produtor, ou a uma tecnologia de produção nas estrelas, a quem rendemos nossa homenagem.

Produtor rural é um herói, exemplo de persistência, de cora-gem, de luta, de inteligência, que não se curva diante de entraves. É o tempo, é a chuva, é o sol, o fornecedor, o empréstimo subsi-diado junto ao banco, que promete e demora e, às vezes, nem sai… Mas, ele continua ali. Decidido, firme nos seus propósitos. A crer!

Talvez seja esse o seu grande triunfo. Ele crê!

“Se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, removereis montanhas.” Gigantes, Homens (mulheres e homens) do Campo, Removedores de Montanhas, esta coluna é sua!

Até a próxima edição!

Dalila Galdeano Lopes é pós-graduada em Direito / Criadora de Gir Leiteiro e Girolando / Diretora Jurídica da APCGIL (Associação Paulista dos Criadores de Gir Leiteiro) / Associada da ABCGIL (Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro) / Associada da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu).

Page 15: Revista Giro Rural Centro-Oeste Paulista

Gr Gr

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cooperatiVa Dos cafeicultores Da reGião De MarÍlia

Coopemar – Especial Cinquentenário

A comercialização do café estava em alta no final dos

anos 1950, mas, na época, os donos das “máquinas

de café” acumulavam as maiores vantagens da venda

do produto beneficiado, enquanto o produtor rural,

apesar de ser o principal responsável por essa riqueza, não era o

seu maior beneficiário. Descontentes com a situação, os cafeicul-

tores de Marília decidiram criar uma organização que protegesse

seus interesses, possibilitando remuneração justa aos pequenos

agricultores. Assim nasceu a Cooperativa Mista dos Agricultores

da Zona de Marília, por iniciativa de 116 pioneiros, no dia 5 de

novembro de 1961.

A primeira diretoria eleita era composta pelo presidente,

Francisco Wilson de Almeida Pirajá, pelo diretor-secretário, José

Baptista de Almeida Sobrinho, e pelo diretor-gerente, Natal San-

ches Cibantos. Como naquela época a cooperativa não possuía

uma sede própria, ocupou, temporariamente, uma sala na Asso-

ciação Rural de Marília.

Em 1962, a Coopemar recebeu o registro do Departamento

de Assistência ao Cooperativismo de São Paulo e mudou-se para

um edifício (já demolido) na Rua Três, nº 55, no bairro Fragata,

com apenas uma máquina de beneficiamento de café, cuja ca-

pacidade era de cem sacos por dia, e um pequeno armazém

para o produto, além de outras máquinas para beneficiamento

de arroz e de amendoim. Em muito pouco tempo, o número de

cooperados duplicou. Foi adquirida uma segunda máquina de

beneficiamento, e um novo serviço foi oferecido aos associados:

a classificação do café.

Quatro anos depois, em abril de 1966, instalou-se na Avenida

Nelson Spielmann, 1367, onde permaneceu até 1983, prédio que

ainda é de propriedade da cooperativa. Mesmo com o cresci-

mento, a Coopemar foi marcada por dificuldades administrativas

em sua primeira década, pois ainda era pequena e sua capaci-

dade de atender às expectativas dos associados era reduzida.

Em 1970, Wilson Pirajá precisou afastar-se da diretoria, então o

HISTÓRIA DA COOPEMAR50 anos de trabalho e luta em prol dos

agricultores e pecuaristas

Homenagem aos 116 pioneiros.

Os quatro primeiros presidentes: na foto menor, Darcy Martins Azevedo (falecido); ao lado, Francisco Wilson de Almeida Pirajá e abaixo, Brasílio de Freitas Cayres e Orlando Fogaça.

cooperado Darcy Martins Azevedo assumiu

a presidência. E, dois anos depois, foi eleito

presidente o cooperado Brasílio de Freitas

Cayres, que ocupou o cargo até 1977. Foi

justamente a partir dessa gestão que a coo-

perativa começou a superar definitivamente

suas dificuldades iniciais, fortalecendo sua

presença na economia agrícola local.

Construção da nova sedePara atender às crescentes expectativas

dos cooperados, a diretoria inaugurou as

filiais de Ocauçu (1977), Pompeia (1979) e

Echaporã (1981). Em 1983, foi inaugurada a

sede atual, com quase três alqueires (Rodovia

do Contorno), e adotado o nome definitivo de

Cooperativa dos Cafeicultores da Região de

Marília. Com a saída do até então presidente

Orlando Fogaça, o engenheiro agrônomo

François Guillaumon foi eleito. Foram ins-

taladas mais quatro filiais: Oscar Bressane

(1983), Paraguaçu Paulista (1984), Lutécia

(1986) e Assis (1987). E, ainda, Cooperativa

de Crédito Credimar (1983), Associação

Paulista de Preservação da Ecologia (1989)

e Exportadora Coopemar (1990). Também

transformou o Departamento de Transportes

da cooperativa em uma transportadora inde-

pendente, a Transcooper (1991).

Atualmente, com 1307 cooperados, a

Coopemar possui cinco filiais: Echaporã,

Paraguaçu Paulista, Pompeia, Ocauçu e Vera

Cruz, atendendo a mais de seis mil hectares

de área rural em Marília e região. Os princi-

pais serviços oferecidos aos cooperados são:

assistência técnica agronômica (plantação,

adubação, colheita, etc.), assistência técnica

veterinária, recebimento e beneficiamento

do café, padronização do café, armazena-

gem, classificação e degustação, comercia-

lização, viveiro de mudas de café, loja de

insumos agrícolas e produtos veterinários,

parceria com a Flora Paulista (viveiro de

mudas de eucalipto e mudas nativas), cam-

po experimental, balança eletrônica de alta

precisão e posto de combustíveis.

Construção da sede.

Page 16: Revista Giro Rural Centro-Oeste Paulista

30 31

“Comemoramos o

cinquentenário com muita

garra e equilíbrio, buscando

cada vez mais oferecer apoio

aos nossos cooperados e

sempre atentos às novas

tecnologias. Não esmorecemos

diante das dificuldades, pois

abrimos novas frentes e fomos

em busca do aprender para

repassarmos aos nossos

cooperados. Esperamos que o

próximo ano seja o da virada.

E que possamos colher os

frutos desta árvore, que foi

cultivada nestes cinquenta

anos e hoje se encontra

frondosa, que dela possamos

sentir orgulho por tudo que fez

e fará pela agricultura do país”,

relata Guillaumon, presidente da coopera-

tiva há 28 anos. Também é presidente do

Sincoagro – Sindicato das Cooperativas

Agropecuárias do Estado de São Paulo, pre-

sidente Associação Paulista de Recupera-

ção e Preservação da Ecologia e vice-presi-

dente da Femecap – Federação Meridional

de Cooperativas Agropecuárias LTDA.

Muda de café resistente a nematoide:

a salvação das lavouras paulistas

nos anos 1970

Preocupada em solucionar problemas

como ferrugem nos cafezais e a infestação

por nematoides, em 1973 a Coopemar

contratou o engenheiro agrônomo François

Regis Guillaumon, formado pela Escola

Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”

(ESALQ), em Piracicaba, para dar asses-

soria técnica aos cooperados. Na época,

ele pesquisou quatro propriedades — as

fazendas Suissa, em Guaimbê; Primave-

ra, em Marília; União e Santa Terezinha,

ambas no Distrito de Padre Nóbrega — e

decidiu fazer um teste definitivo, enviando

um cafeeiro doente com raiz e toda sua

terra de um talhão da fazenda Primavera,

para ser examinado na ESALQ. Segundo

os técnicos, a causa do definhamento do

cafeeiro era umas das maiores infestações

de nematoides de que já haviam tido notí-

cia. Pior do que isso: além de constatarem

nematoides conhecidos, como Prathilen-

chus brachiurus, Meloydogyne incognita,

Meloydogyne coffeicola e Meloydogyne

exigua, verificaram a presença de uma

nova espécie, até então desconhecida no

Brasil, o Prathilenchus coffea.

“Comecei a levar tantas plantas infes-

tadas para os meus professores, Lordello

e Ailton Monteiro, no Departamento de

Nematologia, que me indicaram ao Dr. Al-

cides de Carvalho, do Instituto Agronômico

de Campinas. Ele nos enviou os técnicos

Wallace Gonçalves e Luiz Carlos Fazuoli e

começamos a montar experimentos para o

controle do nematoide e mudas resistentes.

A partir daí, descobrimos uma variedade

do robusta resistente a nematoide. Não

deixamos o café acabar. Portanto, aqui nas-

ceram a muda de café resistente a nema-

toide e, logo após, as mudas em tubetes”,

recorda o atual presidente da cooperativa.

(Esq./Dir.) Arquimedes de Grande, J. G. Castellon, Arnaldo Mendes, François Guillaumon E Orlando Fogaça.

Diretoria Executiva e Conselho Administrativo: (Esq./Dir.) – Edson Navarro - Diretor Superintendente: Sussumu Hojo - Carlos Roberto Albertoni - José Gonzalez Castellon - Antonio Segundo Quito - Adilson Aparecido Costa e Silva - Jorge Shimabukuno - Presidente: François Regis Guillaumon - Diretor Administrativo: José Jurandir Gimenez Marini.

Conselho Fiscal: (Esq./Dir.) – François Regis Guillaumon - Antonio Carlos Franchini - Lúcio de Oliveira Lima Júnior - Antonio Carlos Dalla’Antonia - Atemiro Caliani - Carlos Tadaioshi Miyahira - João Luiz Moron Lopes Saes.

Cooperativa dos Cafeicultores da Região de MaríliaRodovia do Contorno, s/nº CEP 17505-200

Fone: (PABX) (14) 3402-9200 - Fax: (14) 3402 - 9201www.coopemar.com.br - E-mail: [email protected]

Filial de Ocauçu - SPRua Pedro Casagrande, nº 35.

(14) 3475-1257

Filial de Vera Cruz - SPRua Paulo Guerreiro Franco, nº 442.

(14) 3492-3002/1766

Filial de Pompeia - SPRua José de Aguiar Moraes, nº 314.

(14) 3452-1499

Filial de Echaporã - SPRua Geraldo Abreu Pinto, nº 51.

(18) 3356-1105

Filial de Paraguaçu Paulista - SPAvenida Siqueira Campos, nº 2582.

(18) 3361-2235

Viveiro de mudas de café comuns e enxertadas das variedades (Obatã,

Mundo Novo, Catucaí, Catuai).

Flora Paulista: cultivo de mudas de eucalipto e mais de 100

espécies de árvores nativas.

Fotos: Paulo Cansini

Page 17: Revista Giro Rural Centro-Oeste Paulista

Gente da terraVitório pontello JÚnior

Gr

32 G i r o Ru r a l

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201

2Gr

33G i r o Ru r a l

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201

2

REGIãO dE MARílIA jÁ NãO é A MAIOR PROdutORA dE MElANCIA dO EstAdO Vitório Pontello Júnior, produtor de Avencas desiste da cultura pela 2ª vez

A região de Marília já culti-

vou dois mil hectares de

melancia, com produção

de mais de 60 mil tonela-

das, liderando o cultivo no Estado de

São Paulo. Só no distrito de Avencas,

localizado no município de Marília, já

foram plantados mais de mil hectares

da fruta, o que elevou o distrito a um

dos maiores produtores de melancia

do país. Mas, nos últimos dois anos,

devido aos preços baixos no mercado,

a produção caiu cerca de 90%, ocu-

pando pouco mais de 40 hectares. As

expectativas eram de que em 2011 a

situação melhorasse, porém alguns

agricultores da região não alcançaram

resultados satisfatórios. No dia 26 de

novembro — Dia da Melancia — o

produtor Vitório Pontello Júnior não

teve muito que comemorar.

Vitório começou a plantar me-

lancia em 1986 e parou em 2005 por

causa da queda dos preços e dos

consequentes prejuízos. “Com a dimi-

nuição da produção e preços baixos, o

trabalho ficou inviável, pois os lucros

não cobriam os custos. Até 2003 a

melancia foi um bom negócio, mas

depois o preço caiu demais”, recorda.

Na última safra resolveu tentar

novamente, mas 2011 foi considerado

um ano difícil e, em virtude da falta

de chuvas, a produção de Vitório foi

muito baixa, chegando, no máximo,

em 50 toneladas por alqueire. No Sítio

Nossa Senhora Aparecida, que totaliza

55 alqueires, apenas três foram desti-

nados à produção da fruta. No restante

da propriedade, bem como em outras,

Vitório cultiva café, amendoim e cria

gado de corte e leite. E aposta na di-

versificação, já que a safra da melancia

não foi boa.

“Eu recomecei com a esperança

de acertar. Infelizmente, ficou difícil,

pois estou com apenas três funcio-

nários e precisa-se de muita mão

de obra, que hoje está escassa. E a

melancia também é uma cultura de

muito risco. Neste ano, por exemplo,

ainda faltou chuva e eu já nem tenho

mais irrigação, e a fruta precisa de

muita água. No ano que vem deixarei

a melancia e continuarei com gado,

café e amendoim”, diz o produtor.

Uma melancia de 10 a 11 quilos vale

de R$ 0,40 a R$ 0,50, o quilo. “Esse

preço compensa e dá um bom retorno,

para quem teve uma boa produção”,

ressalva.

Vitório, que hoje vende sua produ-

ção para atravessadores de Ocauçu, já

exportou para Argentina e Paraguai e

também representou os produtores de

melancia em tempos que foram consi-

derados por ele a “época de ouro” da

fruta, de 1998 a 2008. Foi presidente da

APRAM (Associação dos Produtores

Rurais de Avencas e Marília) de 2000

até 2008. “Foi muito bom, pois éramos

unidos e comercializávamos direta-

mente com grandes mercados do

Estado. Só não seguramos os clientes,

pois eles queriam a fruta durante o ano

todo e nós tínhamos produção apenas

nos meses de outubro e novembro

e, depois, na safrinha, nos meses de

março e abril. Para nós ficou difícil e

passamos a vender para atravessado-

res”, lembra.

Melancia: uma das frutas mais exportadas do mundo

Originária da África, a melancia

foi trazida ao Brasil por escravos e é

cultivada principalmente nos estados

de Goiás, Bahia, Rio Grande do Sul

e São Paulo. Na década de 1990, a

produção brasileira foi estimada em

144 mil toneladas pelo IBGE (Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística).

A melancia está entre os dez

primeiros lugares na lista das hor-

taliças comercializadas no mercado

brasileiro. É uma das frutas mais ricas

em vitaminas no Brasil, tendo na sua

composição alto teor de água (90%),

açúcar, vitaminas do complexo B e

sais minerais, como cálcio, fósforo

e ferro. A pigmentação vermelha

da polpa é conferida pelo licopeno,

um caroteno com elevada atividade

antioxidante. Nas de polpa amarela,

a cor é conferida por betacaroteno

(pró-vitamina A) e xantofilas.

Atualmente, é uma das principais

frutas em volume de produção mun-

dial e também está no rol dos dez

produtos hortifrutícolas mais expor-

tados, com um mercado estimado em

mais de 1,7 milhão de toneladas por

ano. De acordo com dados da FAO

(Food and Agriculture Organization),

em 2006, a produção mundial de

melancia foi de aproximadamente

95,2 milhões de toneladas (China,

Turquia, Irã, Estados Unidos e Egito

representam mais de 82% da produ-

ção mundial).

Os principais países importadores

são Estados Unidos, Canadá, Alema-

nha, Polônia e França, que acumularam

em 2004 mais de 49% das importa-

ções. Já os maiores exportadores são

México, Espanha, Hungria e Estados

Unidos. As exportações brasileiras de

melancia ainda são reduzidas, embora

na última década tenha se registrado

uma significativa tendência de cresci-

mento, com as exportações passando

de 6,1 mil toneladas, em 1995, para

16,1 mil toneladas em 2004.

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Page 18: Revista Giro Rural Centro-Oeste Paulista

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dirigida a estudantes de zootecnia, técnicos e criadores, esta obra traz todas as informações necessárias para o incremento da produtividade do gado bovino por meio de instalações simples e práticas. O autor fornece todas as informações necessárias ao incremento da produtividade do gado bovino. Mostra como utilizar instalações e alimentos, selecionar os animais e ainda como administrar os custos de produção.

MANuAl dE AudItORIA AMbIENtAl

editora: qualitymarkano: 2011edição: 3isbn: 978-85-7303-993-1páginas: 136acabamento: brochuraformato: Grande

Com o objetivo de familiarizar os leitores com o conceito de Auditoria Ambiental e sua evolução, foi lançada a terceira edição revista e ampliada do Manual de Auditoria Ambiental. Com a coordenação de Emilio lèbre la Rovere - vencedor do prêmio Nobel da Paz, em 2007, junto de Al Gore - a obra fornece, também, o instrumental básico para a realização de uma auditoria deste tipo para qualquer atividade econômica que resulte em impactos ao meio-ambiente. Estas técnicas apresentam tentativas de avaliar valores e limites das perturbações que, uma vez excedidos, resultam em recuperação demorada do ecossistema, de modo a maximizar a retomada de seus recursos, assegurando uma produtividade prolongada e de longo prazo. A auditoria ambiental é um instrumento usado por empresas para auxiliá-las a controlar o atendimento a políticas, práticas, procedimentos e/ou requisitos estipulados com o objetivo de evitar a degradação ambiental. Ela teve início nos Estados unidos, na década de 1970, quando as empresas começaram a se preocupar com o crescente rigor da legislação ambiental e com a ocorrência de acidentes ecológicos de grande porte. Além da preocupação com a conformidade legal de suas atividades, essas organizações estavam atentas em identificar os potenciais riscos à saúde pública, gerados pelo processo produtivo ou pela prestação de serviços.

MANuAl dE PAstAGEM – FORMAçãOMANEjO E RECuPERAçãO

editora: aprenda fácilano: 2006edição: 1isbn: 85-7630-028-1páginas: 302acabamento: brochuraformato: Médio

Este livro é direcionado ao empresário rural, estudante ou, mesmo, ao apaixonado por forrageiras. Ele ensina “como produzir mais, com melhor qualidade e, ainda, com um custo compatível aos padrões internacionais”. Em outras palavras, ensina, “como fazer” para se obter uma pastagem de qualidade e que não se degrade. O autor procurou, juntamente com os co-autores, transmitir as informações da forma mais simples possível, para que todos tenham condições de entendê-las, assimilando-as e aplicando as tecnologias descritas.Aqui você encontrará diversos assuntos relativos à Pastagem, como: a pecuária de corte e de leite no brasil; a necessidade do conhecimento da propriedade (solo, água etc.); o que é mais interessante: formar ou reformar a pastagem?; diversas gramíneas existentes e o que plantar; tipos de leguminosas; plantio (implementos, condições, tipos de sementes etc.); manejo adequado; manejo de plantas daninhas em pastagens; comportamento e necessidades dos animais no pasto; intensificação da pecuária; nutrição e adubação de pastagens forrageiras; suplementação (silagem, cana-de-açúcar e capineiras); usuais pragas das pastagens; e integração do meio ambiente com a propriedade rural.

MICRObIOlOGIA dE AlIMENtOs

editora: artmedano: 2005edição: 6isbn: 85-363-0507-xpáginas: 712acabamento: brochuraformato: Grande

Microbiologia de alimentos focaliza a biologia geral dos microrganismos que são encontrados nos alimentos, explorando os elementos fundamentais que afetam sua presença, sua atividade e seu controle. Esta nova edição inclui capítulos sobre preservação de alimentos em atmosferas modificadas alta pressão e campo elétrico pulsado biologia e metodologia de controle dos patógenos alimentares

Page 19: Revista Giro Rural Centro-Oeste Paulista

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