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Revista HealthARQ 15ª Edição

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Hereditariedade, sustentabilidade e novidades. É assim que a 15ª edição da revista HealthARQ se apresenta. A publicação traz uma matéria sobre a vocação para a profissão é hereditária e os filhos de renomados profissionais do setor que têm seguido os passos de seus pais. A sustentabilidade também é assunto de estaque da edição. Com o número de projetos hospitalares inscritos para conquistar a certificação LEED crescendo no País, a GBC Brasil fala sobre os critérios de avaliação que levam a conquista do “selo verde”, a importância da aplicação das medidas de sustentabilidade e a inclusão do LEED Healthcare em suas certificações. Além disso, a revista apresenta cases de sucesso em arquitetura, construção e engenharia para saúde e uma nova editoria: Perfil, que apresenta a trajetória de um profissional de renome.

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CARTA AO LEITOR

Chegamos a 15ª edição da revista HealthARQ. Esta publicação - que por sinal, é a única bra-sileira exclusivamente voltada para arquitetura,

construção e design em saúde - apresenta os profis-sionais do setor que mais se destacaram no último ano e estão sendo homenageados pelo prêmio “100 Mais Influentes da Saúde”, da revista HealthCare Manage-ment (HCM), também publicada pelo Grupo Mídia. Projetos primorosos de humanização e sustentabilida-de, excelente atuação em infraestrutura e engenharia, e serviços bem providos, conferiram a eles esta home-nagem.Assim como os “100 Mais Influentes da Saúde” estão

espalhados por todo o Brasil, cada vez mais, o investi-mento em infraestrutura predial no setor tem saído do famoso eixo Rio-São Paulo. Ponto para a população das demais localidades brasileiras que tem ganhado em conforto e qualidade. Um bom exemplo desta ex-pansão está na região de Cacoal, em Rondônia, onde um moderno centro de diagnósticos por imagens foi desenvolvido a partir de um levantamento das neces-sidades locais em relação aos equipamentos de saúde.Outro Estado que também tem investido neste setor

é o de Santa Catarina, por meio das Policlínicas Regio-nais, que trazem modernização gerencial nos serviços de saúde. A Policlínica Regional de Araranguá é a pri-meira delas, uma unidade ambulatorial de alta resolu-bilidade em diagnóstico e orientação terapêutica para diferentes especialidades médicas. Ao falar em crescimento, as Unimeds do Brasil não

podem ficar de fora. A Unimed Governador Valadares (MG), por exemplo, está investindo em seu primeiro hospital próprio. A obra arrojada, que recebeu o in-vestimento aproximado de R$ 100 milhões, resultará em um prédio que contará com oito andares em uma área total construída de 17.700 m². Enquanto que a Unimed Rio inaugurou, recentemente,

a primeira unidade da rede assistencial própria cons-truída pela operadora, o Pronto Atendimento Barra (PA Barra), no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ). A instituição investiu na qualidade de seu mobili-

ário, implantando na decoração do hospital uma linha de produtos especialmente desenvolvida para o local.Também na capital carioca, um case que merece des-

taque é o do Complexo B. Braun. Localizado em São Gonçalo, conta com espaços humanizados, sustentá-veis e de alta tecnologia. Seu projeto venceu um con-curso ligado à arquitetura em agosto de 2010.Sempre em voga, a sustentabilidade é assunto cada

vez mais presente. Se somada à humanização, torna--se uma ferramenta imbatível. Para comprovar tal importância, trazemos uma reportagem que mostra como estes atributos podem caminhar juntos em prol do bem-estar do paciente e do meio ambiente.Com o foco em sustentabilidade, a Boehringer Inge-

lheim, também está nesta edição. A instituição investiu em um novo espaço com certificação LEED, que com-bina espaços verdes e flexíveis com inovação e mais integração para funcionários.Trabalhando também sobre esta premissa, está o

Hospital Unimed Rio Verde, que ganhou a marca de primeiro hospital 100% LED do Brasil. A instituição goiana investiu na aquisição de lâmpadas em LED vi-sando economia e preservação do meio-ambiente.

Reconhecimento e qualidade profissional

Edmilson Jr. CaparelliPublisher

Que todos tenham uma excelente leitura!

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CAPA

AMoR E VoCAçãoA vocação para a profissão é heredi-tária em algumas famílias. Seja pela convivência com o dia a dia dos pais, ou pela admiração àqueles que lhes deram a vida, filhos de renomados profissionais da arquitetura têm se-guido os passos de seus genitores na caminhada profissional.

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HUMANIZAçãoo Valinhos Medical Cen-ter venceu um grande desafio em sua obra: prazo curto. O processo realizado em aproxima-damente 60 dias trans-formou um galpão co-mercial em um espaço funcional para saúde.

50 146SUSTENTABILIDADE O Brasil chega ao tercei-ro lugar no ranking de projetos inscritos para conquistar a certificação LEED. Com a crescente, as edificações hospitalares ganharam atenção espe-cial: LEED Healthcare.

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NESTA EDIÇÃON.15 I março | abrIl | maIo | 2015

CoNSTRUçãoO número de acidentes de trabalho com mortes, no Brasil, na construção civil assusta. Porém, algumas medidas trazidas por uma boa gestão de obras podem evitar lesões aos profissionais e contratempos.

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ExPANSãoHospital Villa-Lobos oferece um Centro Médico de alta complexidade.

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ARQ DESTAqUE

Uma cidade voltada à saúde. Assim é o Americas Medical City, situado no Rio de Janeiro. Com mais de 70 mil m² de área construída, o complexo hospitalar conta como espaço de lazer para os médicos.

HUMANIZAção

A nova unidade do Grupo CoI, inaugurada, recentemente, em Niterói (RJ), aproveita sua posição geográfica e proporciona aos usuários uma vista da Cidade Maravilhosa e outros pontos naturais através de belas fotografias locais.

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boletim ARQ

Inauguração unimed Volta redonda inaugura uTI neonatal e PediátricaEm abril, a Unimed Volta Redonda, no Estado do Rio de Ja-neiro, inaugurou sua Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica. Para a implantação da UTI foram investidos mais de

R$ 2 milhões em estrutura, equipamentos e treinamento. O novo espaço possui dez leitos, com equipamentos de alta tecnologia, isolamento, sala de conversa, quartos de plantão para enfer-meiros e médicos, sala de atividades, Sala de Coleta de Leite, entre outros ambientes. A unidade conta com uma equipe multiprofissional experiente e qualificada, composta por médicos, en-fermeiros especialistas em Neonatologia, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogo, fonoaudiólogo, nutricionista e farmacêuticos. A nova ala possui ainda câmeras nos corredores e áreas internas e controle de acesso biométrico em sua entrada. Toda a unidade respeita as nor-mas da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) formada por médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem.

noVa InsTITuIçãoHospital Moriah abre as portas em Moema (sP)

No dia 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, São Paulo ganhou um moderno e compacto complexo hospitalar. Localizado no bairro Planalto Paulista, próximo de Moema e do aeroporto de Congonhas, o Hospital Moriah chegou para atender uma demanda dos moradores da região e pacientes que precisam realizar tratamentos e procedi-mentos cirúrgicos de alta complexidade.Os investimentos para a construção somam a ordem de R$ 105 milhões em infraestrutura e tec-nologia. O parque tecnológico do hospital possui aparelhos de ponta nas cinco salas do centro cirúrgico, sendo uma delas uma sala híbrida, que permite ao médico optar por um procedimen-to convencional ou mesmo fazer um exame antes, durante e depois da intervenção.

noVIdadEPrimeiro pronto atendimento oncológico no País é inaugurado em sPO Hospital Israelita Albert Einstein inaugurou, recentemente, o primeiro pronto atendimento oncológico do Brasil. o Serviço oferecerá atendimento especializado, por uma equipe de oncologistas clínicos, com protocolos in-ternacionais, para uma atenção de emergência às complicações decorrentes

da doença e do tratamento. Os pacientes também serão atendidos pela equipe multidisciplinar especializada em Oncologia. Inicialmente, o Pronto Atendimento deve atender 7200 pacientes/ano e vai funcionar dentro do Centro de oncologia e Hematologia Familia Dayan-Daycoval.

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EsPaço EsPECIalHospital Pequeno Príncipe terá espaço para distrair as criançasNo início de abril, o Hospital Pequeno Príncipe, em São Pau-lo, inaugurou uma nova área que irá distrair as crianças em tratamento na instituição. Instalada no quinto andar do hos-

pital, a biblioteca oferece mil títulos infantojuvenis, mil obras para adultos, além de note-books, tablets e outros recursos.

laboraTórIolaboratório de simulação é inaugurado em ribeirão PretoLocalizada no interior paulista, a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP inaugurou, no dia 10 de abril, o Laboratório de Simulação (LabSim). o LabSim está estruturado de forma flexível, assim pode ser adaptado para o treinamento de diversos cenários nos cursos da FMRP. A nova estrutura está localizada no Laboratório Multidisciplinar da FMRP e conta com dez salas, sendo duas de alta fidelidade. Está progressivamente congregando os simuladores já existentes na Faculdade, além de incorporar novos equipamentos. A nova estrutura irá otimizar o uso dos simuladores, zelando pela sua manutenção.

PrazoAnuidade do CAU deve ser paga até o fim de maioVai até o dia 31 de maio o prazo para o pagamento da anuidade do CAU. os profis-sionais que preferirem poderão parcelar o valor em duas vezes, porém deverão fazer o primeiro pagamento até o dia 30 de maio. Para gerar os boletos basta acessar o ambiente profissional do SICCAU. o valor da anuidade é de R$ 439,38 . Essa quantia é determinada pelo artigo 42 da Lei 12.378/2010 (que regulamenta o exercício da

Arquitetura e Urbanismo do Brasil), sendo reajustado anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Profissionais que já completaram 40 anos de contribuição (considerando as anuidades pagas ao antigo conselho) estão isentos do pagamento de anuidade.

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RedeS SOcIAIS ceLULAR e TABLeT

Sírio-Libanês inaugura novas torreso Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, inaugurou suas novas torres no dia 23 de abril. As edificações, que fazem parte do Plano de Expansão da instituição, duplicarão a capacidade de atendimento do hospital. o moderno complexo possui 85 mil m² e modernos sistemas de geração de energia elétrica para con-tingencias, de ar-condicionado, de tratamento de esgoto para o reaproveitamento de água e menor utilização de carga elétrica. O Saúde Online esteve presente na inauguração para saber de todas as novidades. Assista ao vídeo:

Confira mais vídeos no Saúde online TV

http://goo.gl/j3zuWh

revista Healthcare Management (HCM) apresenta os 100 Mais Influentes da SaúdeA 35ª edição da Revista HealthCare Management (HCM), publicada pelo Grupo Mídia, traz o especial “100 Mais Influentes da Saúde”. São 20 categorias, com cinco nomes eleitos em cada uma delas. Desta vez, as categorias são mais abrangentes, colocando, lado a lado, CEO, CIO, CFO, entre outros importantes profissionais de instituições de saúde e empresas. o leitor confere também uma entrevista exclusiva com Marcio Serôa de Araujo Coriolano, Presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), e também reportagens sobre diversas questões da gestão, como a sustentabilidade, no Hospital Moinhos de Vento; a tecnológica gestão de saúde populacional feita no Hospital Alemão oswaldo Cruz; e o processo de digitalização e integração de sistemas da Unimed Recife.A revista está disponível através do portal www.saudeonline.net

agfa Healthcare é destaque na Health-ITA 3ª edição da Revista Health-IT traz como matéria de capa a história da Agfa Healthcare, que tem como estratégia geral trazer para o Brasil todas as experiências desenvolvidas na Europa, no quesito de soluções para os processos assistenciais. A ideia, segundo José Laska, é focar cada vez mais em Soluções de Gestão Clínica e Hospitalar (CIS/HIS). Além disso, o leitor confere uma entrevista com Adriano Fonseca de oliveira, da Rede D’oR São Luiz, que se empenhou para que a área de Tecnologia da Informação do grupo ficasse mais focada em uma base sólida e sustentável para suportar a demanda de negócio.A revista pode ser lida no portal www.saudeonline.net

Acesse o vídeo:http://goo.gl/Ut2sqZ

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Formada por um composto particulado isento de amianto, a argamassa tér-mica Thermo-X foi desenvolvida como uma solução sustentável para iso-lamento térmico de edificações que recebem incidência solar direta ou em

regiões com invernos rigoros. Devido sua função climatizadora, reduz o con-sumo de energia causado por equipamentos aquecedores ou ar-condicionado.O reboco térmico Thermo-X pode ser aplicado em paredes de alvenaria e dry-wall (gesso acartonado) e também em placas cimentícias. Possui inúmeras van-tagens, entre elas destacam-se a fácil aplicação, que pode ser obtida através de mão de obra convencional (pedreiro); aceitação de acabamentos diversos so-bre sua superfície (azulejo, tinta, fórmica, massa corrida, pastilhas cerâmicas, vidro, entre outros); alta resistência a temperaturas elevadas; baixa densidade, não comprometendo a estrutura das edificações e atenuação acústica.

Economia de água

Um super adesivo que cola qualquer material em dois segundos, sem resse-car e sem entupir a embalagem, é uma das novidades da Afix. O adesivo Afix true Bond oferece colagem extra forte em apenas dois segundos, em

uma embalagem que permanece de pé após o uso (evita que o adesivo escor-ra pelo bico) e com sistema Smart Tube (elimina o entupimento). A versão Afix Super Safe cola rapidamente, é livre de odor, não esbranquiça e não agride os materiais. A versatilidade da linha se completa com o Afix Total Gel, um adesivo de altíssima adesão, ideal para médias e grandes superfícies de colagem. Por ser em gel, permite o reposicionamento das partes antes da adesão permanente com a vantagem de não escorrer, não esbranquiçar e não agredir as superfícies.

Alinhada com o atual cenário brasileiro, que exige o desenvolvimento de produtos que promovam baixo consumo hídrico e energético, a divisão de Termotecnologia da Bosch apresentou, recentemente,

o AquaReturn, equipamento para instalações hidráulicas que possibilita a economia de até oito mil litros de água por pessoa ao ano com baixo consumo de energia. Esta economia leva em consideração uma ducha de 8l /min em uma resi-dência com três pessoas, considerando três banhos ao dia. O equipamen-to, que já dispõe das conexões e adaptadores no kit de instalação, requer um ponto de alimentação elétrica monofásica de 220V, ou seja, pode ser ligado diretamente na tomada, demandando baixo consumo de energia.

Argamassa revolucionária

Colagem rápida

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Amor que passa de pai para filho. É assim que en-xergo a escolha profissional hereditária. Em nos-so setor, não é difícil encontrar bons exemplos

de arquitetos e engenheiros de sucesso que foram, es-tão sendo, ou serão sucedidos por seus herdeiros. Uns pela convivência com o dia a dia profissional, outros pela admiração aos pais. O fato é que todos buscam dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelos seus genitores. E é para valorizar esta escolha, esta continui-dade de trajetória através de um mesmo sobrenome, que trazemos nesta edição a reportagem especial “Pai-xão hereditária”.Talvez no início da carreira de seus pais, este assunto

não fosse tão relevante, porém, nos dias de hoje, a de-manda de mercado grita cada vez mais pela sustenta-bilidade. Visando o crescimento da importância desta premissa, ouvimos representantes do GBC Brasil para falarem sobre o LEED e a inclusão do LEED Healthcare em suas certificações.Seguindo as premissas desta certificação, marcando

o crescimento da instituição e consolidando sua exce-lência no mercado, o Hospital Sírio-Libanês inaugurou, neste primeiro semestre, suas novas torres, que além de duplicarem sua capacidade, marcam o projeto de ex-pansão da instituição.Quem também não para de crescer é o Hospital Albert

Einstein, que vem passando por constantes reformas e ampliações para garantir conforto e qualidade aos seus usuários. E tem tido como base as diretrizes de susten-tabilidade, sendo uma das primeiras instituições brasi-leiras a adotarem a certificação LEED.Ainda na capital paulista, o Hospital Alemão Oswaldo

Cruz não fica atrás dos demais hospitais referência no que tange à vontade de crescer. Entre os maiores cen-tros hospitalares da América Latina, a instituição buscou um projeto de expansão, que dará origem a uma nova torre, o Bloco E. o investimento de R$ 240 milhões, proporcionará ao complexo hospitalar, um aumento de

Uma prova de amorPalavra da Editora

31.734,24 m² de área construída, ampliando também áreas estratégicas, como Centro Cirúrgico e UTI. A 15ª edição da HealthARQ também traz uma no-

vidade: a editoria Perfil, que chega para apresentar a trajetória de sucesso de arquitetos que conseguiram consolidar-se no segmento da saúde. Quem inaugura a seção é o paraense José Freire, que começa sua história com a arquitetura através de uma aptidão: a facilidade em desenhar a mão livre.Sempre antenada aos acontecimentos do setor, a revis-

ta traz ainda alguns dos principais eventos do segmen-to, como o Fórum de Palestras, que reuniu conceituados profissionais de arquitetura no interior de São Paulo para debater a sustentabilidade; a Feicon Batimat, que apre-sentou, neste primeiro semestre as tendências e novida-des para construção em 2015; e ainda o Congresso Euro-peu de engenharia Hospitalar, que acontecerá no gelado País europeu, a Finlândia, em Junho, simultaneamente ao Congresso da Associação Hospitalar de Engenharia da Finlândia e a reunião do Conselho da IFHE.E é assim, que damos boas-vindas a mais um inverno.

Boa leitura.

Patricia Bonelli,Editora da Revista HealthARQ

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À arquitetura cabem mais responsabi-lidades que os re-

sultados dos atributos vi-truvianos expressos pela solidez, utilidade e beleza (firmitas, venustas et firmi-tas em latim). o arquiteto romano Marco Vitrúvio Polião que viveu no sécu-lo I a.C. deixou a sua rele-vante contribuição através do livro “De Architetetu-ra Libri Decem”, no qual apresenta premissas fun-damentais à compreensão e ao desenvolvimento da função e da prática da ar-quitetura.

O primeiro capítulo des-se livro foi dedicado à im-portância das condições

a contribuição da arquitetura para a segurança do Paciente e o controle de infecções em ambientes de saúde

Fábio bitencourt Arquiteto D Sc e Professor

ARQ Coluna

de saudabilidade prove-niente do uso da água. Assim, como o filósofo médico Hipócrates (Ilha de Cós, 460-375 A.C.) em seu texto sobre Ar, Ares e Lugares, escrito no século III a.C., expressa a impor-tância do conhecimento do ambiente para que o médico possa produzir ações de saúde eficientes.

Parecem referências dis-tantes, mas podem trazer elementos que nos apro-ximam de necessidades e práticas fundamentais ao melhor desempenho e efi-ciência do planejamento da arquitetura para esta-belecimentos assistenciais de saúde. Mais ainda para

as edificações hospitala-res contemporâneas onde as questões de segurança dos pacientes e o controle de infecções exigem práti-cas rigorosas, sempre em processo de construção.

A Organização Mun-dial de Saúde apresenta importante preocupação com a transmissibilidade de infecções provenientes da “flora do ambiente de atenção à saúde (infec-ções ambientais exógenas endêmicas e epidêmicas)” em documentos diversos sobre o tema. Ao mesmo tempo, enfatiza que vários tipos de micro-organis-mos sobrevivem bem no ambiente do hospital: em

reservatórios de água, em regiões com alto nível de umidade e, às vezes, até em produtos estéreis e em desinfetantes.

Condições e situações que devem também ser consideradas como com-ponentes da segurança do paciente. E segurança é a dimensão da qualida-de com o conceito mais abrangente. Segundo o Manual da Agência Nacio-nal de Vigilância Sanitária (Anvisa), Assistência Segu-ra: Uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática (Anvisa, 2013), a “segurança é a di-mensão mais crítica e deci-siva para os pacientes”.

Por outro lado e com

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infecções em serviços de saúde. Embora, devamos ter sempre em mente o alerta do arquiteto Flávio Bicalho de que ”edificação ou equipamento algum impede um indivíduo de adquirir infecções” (A ar-quitetura e a engenharia no controle de infecções, 2010), promover ambien-tes seguros também é um compromisso que cabe à arquitetura e à engenha-ria, na mesma intensidade que aos profissionais de saúde cabe o direito de ter estruturas que permitam condições práticas para a segurança do paciente.

igual preocupação, a Or-ganização Mundial da Saúde (oMS) define as práticas de segurança do paciente como “processos ou estruturas que reduzem a probabilidade de even-tos adversos resultantes da exposição ao sistema de cuidados de saúde atra-vés de uma variedade de doenças e procedimentos” (Guide for Developing Na-tional Patient Safety Policy and Strategic Plan, WHo, 2014). Este mesmo docu-mento apresenta e reforça que “os governos são res-ponsáveis perante os seus cidadãos pela qualidade e

a segurança dos cuidados de saúde”.

Torna-se, portanto, rele-vante acrescentar que os locais gerados a partir do projeto, da construção e da manutenção dos seus ambientes e equipamen-tos têm igual responsabi-lidade sobre a qualidade dos serviços de saúde e sua segurança. Há evi-dências sobre a impor-tância destes aspectos nos quais a infraestrutura, edificações e facilidades, também podem contri-buir para a assistência à saúde e para qualidade da prevenção e controle de

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Em seu artigo “Um novo paradigma do design para a saúde no plane-

jamento hospitalar”, publi-cado em 2006, o Presidente da organização Internatio-nal Academy for Design and Health, Alan Dilani, de-monstra que os processos da saúde podem ser refor-çados e promovidos por meio da implementação de um design salutogênico, ou seja, que incide sobre os fa-tores que mantêm o nosso bem-estar, e não aqueles que nos fazem mal. O obje-tivo de um projeto de apoio psicossocial, segundo Dila-ni, seria estimular a mente, a fim de proporcionar pra-zer, criatividade e satisfa-ção. Para se criar ambientes físicos que exerçam o indi-

utilização de evidências nas decisões dos projetos para a saúde

Marcio nascimento de oliveiraProf. Arq. Msc. Presidente da ABDEH

ARQ Coluna

víduo, seria crucial enten-der as necessidades funda-mentais deste indivíduo. Da mesma forma, seria impres-cindível que diferentes áre-as profissionais interajam e se complementem.

As diretrizes para a cria-ção de um design coerente com o chamado “projeto salutogênico”, defendidas por Dilani e outros autores, destacam, principalmente, os seguintes fatores: Par-ticipação Social (provendo locais para encontros for-mais e informais); Controle pessoal (possibilitando a regulagem da iluminação artificial, luz natural, som, temperatura e privacida-de); Restauração e Relaxa-mento (provendo ambien-tes tranquilos, iluminação

suave, acesso à natureza e vista para a natureza). Nes-te contexto, a saúde física poderia ser promovida por um design ergonômico. A saúde mental poderia ser promovida pelo controle pessoal e pela previsibilida-de, bem como por elemen-tos estéticos e simbólicos. Já a saúde social poderia ser promovida pelo acesso a uma rede de apoio social e pela participação no pro-cesso do design.

No século XIX, a enfer-meira Florence Nightinga-le desenvolveu sua teoria de cuidados com a saúde, na qual enfatizava que os elementos físicos são vitais para a saúde do indivíduo. Ruído, iluminação e luz na-tural foram, por exemplo,

considerados como fatores vitais para afetar o humor e a saúde do paciente. Na década de 1990, o concei-to de Healing Environment (ambientes de cura) surgiu como uma tentativa de se projetar espaços hospita-lares usando pesquisas ad-vindas das neurociências, da biologia evolutiva e do design ambiental. Uma li-nha comum em todas as pesquisas desta época foi a redução dos níveis de estresse de pacientes e trabalhadores da saúde. Desde aqueles tempos, a instituição Center for Heal-th Design – CHD dos EUA produz, patrocina e publi-ca trabalhos que relacio-nam o design do ambien-te físico hospitalar com

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os resultados da saúde. Hoje, já existem centenas de estudos que podem ser utilizados para informar e influenciar as principais re-comendações de projeto, formando a base do que se convencionou chamar de Evidence Based Design (Design Baseado em Evi-dências), que está longe de ser uma nova tendên-cia, apesar de ter evoluido muito nos últimos 15 anos.

A renomada designer nor-te-americana, Jain Malkin, eleita uma das dez profis-sionais mais influentes na área da saúde na Califór-nia e defensora do Design

Basado em Evidências, diz que seria irresponsável, como designer de projetos da saúde, não fazer uso de todas as informações de maior qualidade dis-poníveis, para melhorar a segurança dos pacientes e dos trabalhadores, e para tornar os ambientes mais confortáveis e resolutivos.

A maioria dos hospitais projetados nos últimos anos, nos Estados Unidos, adotou a estratégia de usar a pesquisa para base-ar as decisões sobre seus novos projetos. Hoje, é di-fícil que um hospital norte--americano não cobre de

sua equipe de arquitetura a utilização dos conceitos e práticas do projeto base-ado em evidências.

Esta situação, inevitavel-mente, desperta questões acerca da discussão se a utilização do Design Basea-do em Evidências sufocaria a criatividade e a inovação. Algo como: se esta solução já foi extensivamente tes-tada e comprovada, então para que inovar? Pode-se argumentar que mesmo os maiores Chefs tiveram que passar por uma esco-la de Gastronomia, onde aprenderam os princípios básicos da cozinha que os

permitiu compreender a química dos alimentos, e utilizar estas informações como uma plataforma de lançamento para as suas próprias criações gastro-nômicas. O mesmo deve-ria ser feito, portanto, com relação às recomendações do Design Baseado em Evidências e os conceitos de Projeto Salutogênico. Ao se apropriar de solu-ções comprovadamente eficazes, os designers e arquitetos podem usufruir de maior segurança, sem que isto signifique abrir mão de sua criatividade e capacidade de inovação.

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O crescimento não paraHospital Alemão Oswaldo Cruz investe constantemente na melhoria de sua estrutura física

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Entre os maiores centros hospitalares da América Latina, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, possui áreas especiais e diferenciadas, por exemplo, a área de in-ternação Premium, que conta com apartamentos de mais de 70m². Porém, a instituição vem buscando ampliar ainda mais sua qualidade, tanto no já respeitado corpo clínico,

como em sua infraestrutura física.“Somos uma instituição comprometida com as necessidades de Saúde da população e atua-

mos pautados na melhoria contínua, garantindo o melhor desfecho a todos os pacientes”, salienta Paulo Vasconcellos Bastian, Superintendente Executivo do Hospital oswaldo Cruz.Para isso, a instituição buscou um projeto de expansão, que dará origem, em princípio, a uma

nova torre, o Bloco E. o investimento de R$ 240 milhões, proporcionará ao complexo hospi-talar, um aumento de 31.734,24 m² de área construída, ampliando também áreas estratégicas, como Centro Cirúrgico e UTI. o Bloco E possui 25 pavimentos entre andares e subsolos. Sendo que 16 andares – destes, 11

são destinados às Unidades de Internação (o número total de leitos do hospital cresceu de 255 para 371 leitos). o prédio tem ainda um auditório com capacidade para 200 pessoas e cinco subsolos de garagem, acrescentando novas vagas ao complexo hospitalar. A edificação está sendo executada dentro da certificação LEED Gold, utilizando um modelo

virtual de edifício padrão de referência, baseado na norma americana Ashare 90.1. A obra possui terreno sustentável, energia e atmosfera, uso racional de água, materiais de cons-

trução civil e qualidade do ambiente interno. O sistema predial implementado teve os seguintes destaques: o de aquecimento de água 100% através de painéis solares, estação de tratamento de água de chuvas para reuso, central de ar condicionado com chillers de alto rendimento, sistema de automação predial para ar condicionado e utilidades, e lâmpadas de alto rendimento, inclusive LED.“Todos os resíduos da obra foram transportados e descartados em locais devidamente le-

galizados para este fim. As empresas contratadas só eram devidamente remuneradas após a devolução de documentos que comprovassem o descarte validado anteriormente”, reforça o Superintendente.

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Reforço na qualidade Além do novo bloco, a instituição está investindo também em reformas

e ampliação de áreas já existentes, buscando oferecer sempre o melhor ambiente aos pacientes. Com este intuito, o Bloco B passou por recentes reformas.A obra foi dividida em duas fases: fase construtiva, que envolve toda

a parte de civil, como demolição, execução de novas paredes, forro, in-fraestrutura e demais etapas de construções; e fase de acabamentos, que envolve revestimentos de parede, pintura, carpete, mobiliário, co-nectorização e testes.“Como estamos falando de um hospital, tudo foi pensado em torno de

não demostrar aos pacientes que havia uma obra sendo executada no edi-fício. O processo ocorreu durante o dia, em alguns momentos, os serviços que demandavam um longo período de ruído, eram feitos em horários estratégicos”, lembra Luiz Altmann Fazio, Diretor da Klar Construtora.Para facilitar o trabalho, o hospital disponibilizou um dos elevadores de

carga para que fossem feitas as subidas e descidas de material. “A tecno-logia também foi nossa aliada para facilitar os processo. Desde o proje-to até as automações, controle de acesso, além de uma sala desenvolvida para reuniões de grande porte contendo uma tecnologia diferenciada para a execução de vídeo conferência. Além de interligações da mesa de reunião com a tela de projeção, tudo comandado por um display touchscreen que foi instalado em uma das posições da mesa de reunião”.Segundo Fazio, o principal desafio foi entregar a obra dentro do pra-

zo estipulado pelo hospital, além do fino acabamento que a obra exigiu por ser um dos andares da presidên-cia do HAoC. Porém, nem as dificul-dades fizeram com que as medidas de sustentabilidade fossem deixadas de lado. “Em todas as nossas obras trabalhamos com ações de susten-tabilidade, como economia de água e energia. Além disso, trabalhamos com um eficiente plano de gerencia-mento de resíduos, além da utilização de extratores de poeira, desenvolvido pela Klar Construtora”.Merece destaque neste quesito o

plano de gerenciamento de resíduos, de modo que todo o descarte de ma-teriais foi feito em horários estratégi-cos, e descartado em caçamba loca-da em vaga específica para este fim. “Todo esse processo é desenvolvido por uma empresa especializada neste tipo de atividade”, finaliza o Diretor da Klar Construtora.

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Edificações integradas Hospital Villa-Lobos é referência no Brasil não só pelo seu elevado padrão técnico e qualidade, como também devido a sua construção interligada com outro centro médico, o Hospital CEMA

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Nomeado em homenagem a um dos ícones da música brasileira, o Hospital Villa-Lobos foi pro-jetado com o intuito de oferecer aos pacientes

uma estrutura moderna e completa. O centro médico atende, em média, 600 pacientes por dia no Pronto-Socorro e realiza 1.000 cirurgias de alta complexidade por mês.Em uma área construída de 16 mil m², na Rua Lituânia,

no bairro da Mooca, em São Paulo (SP), o hospital con-ta com 200 leitos, distribuídos em dez andares, sendo quatro para internação, um andar com 14 salas cirúr-gicas, UTI com 20 leitos, semi-intensiva com 15 leitos e Centro de Diagnóstico com laboratórios de análises clínicas. Além de contar com um amplo Pronto-socor-ro Atendimento. O prédio conta ainda com um moder-no heliponto com capacidade para receber helicópte-ros de porte compatível aos serviços médicos que o hospital oferece.Visando o atendimento humanizado, tanto para pa-

cientes quanto para os médicos, o Hospital Villa-Lobos conta com uma hotelaria diferenciada, alta tecnologia e atendimento exclusivo. Para os médicos, o Villa-Lobos tem um espaço de

convivência aconchegante, com sistema wireless, mi-crocomputadores, TV de plasma, lanchonete e ins-talações modernas e dotadas de todo o conforto. O objetivo deste espaço é permitir ao médico repousar e recarregar suas energias para o melhor atendimento aos clientes. “Ofereceremos aos pacientes e médicos equipamen-

tos de alta tecnologia, complexidade e desempenho, além de atendimento humanizado e de qualidade”, garante o Diretor-clínico do hospital, Paulo Roberto Cretella.Para que todos estes atributos estruturais pudessem

se tornar realidade, durante todo o seu período de construção, o Villa Lobos contou com um Coordena-dor de Projetos em tempo integral para que qualquer interferência fosse prontamente sanada.o engenheiro Adhemar Holler Neto, Diretor-técnico

da Incorbase afirma que a instituição foi construída ao lado de um hospital já existente, o Hospital CEMA. Por isso, um grande desafio encontrado pela equipe de engenharia foi no processo de interligação dos dois locais. “Tivemos que administrar as interferências, fa-zer delicados e complexos ajustes para a interligação e conexão de sistemas, tais como entrada de energia elétrica, bateria de grupos geradores, central de ga-ses, entre outros. Tudo executado com metodologia

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técnica e extrema precaução para não interromper ou mesmo prejudicar o funcionamento do hospi-tal existente”, relembra Holler Neto.

Presença na obraA participação da Incorbase nas obras do Vil-

la-Lobos iniciou-se ao término dos serviços de fundações profundas e contenções que já se en-contravam executadas quando ocorreu sua con-tratação. Holler Neto conta que a empresa foi responsável por toda a parte de Engenharia Civil, bem como o gerenciamento e acompanhamento técnico dos serviços de instalações hidráulicas, elétricas, ar-condicionado e seus subsistemas. “Também oferecemos ao hospital todo o Apoio

Civil e infraestrutura aos serviços de proteção e blindagem radiológica, equipamentos das salas de cirurgia, correio pneumático, sistemas de lógica, imagem, som, circuito fechado de TV, marcenaria e outros necessários ao perfeito e completo fun-cionamento da instituição”, afirmou o engenheiro.

Climatização da instituiçãoPara implantar o sistema de climatização do Vil-

la-Lobos a equipe de engenharia enfrentou cer-tas dificuldades em alguns locais, a exemplo dos corredores. “Neste projeto em específico, a lo-calização dos Chillers na cobertura da edificação também mostrou-se como um desafio maior na logística de instalação, uma vez que foi necessário o içamento do equipamento”, detalha Holler Neto.Quanto às práticas sustentáveis da obra, todas as

normas, critérios e exigências dos órgãos regula-dores foram rigorosamente aplicados e obedeci-dos. “A nossa equipe teve um cuidado estendido e ampliado por estar ao lado de um hospital já em funcionamento”, acrescenta.Em relação às instalações elétricas foram execu-

tados todos os sistemas elétricos, desde a nova entrada de energia e grupos geradores. “Para garantir a segurança dos pacientes, utilizamos o no-break para manutenção dos equipamentos de suporte à vida até o acionamento dos grupos ge-radores e o sistema DSI para proteção das salas cirúrgicas”.

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Higiene, segurança e qualidade

As instituições de saúde, de modo geral, requerem atenção especial aos proces-sos de limpeza do ambiente. Fato esse

que gera uma quantidade considerável de efluentes a cada vez que o local é higienizado. Em vista disso, frequentemente, o tradicional ralo instalado no chão das edificações torna-se inadequado, devido a sua baixa vazão. Uma boa alternativa para solucionar este

problema está em instalar calhas lineares de boa vazão no solo ou no piso. “Isso permite isolar um ambiente do outro, por exemplo, impedindo que a água proveniente da chuva deixe o estacionamento e invada a recepção do hospital”, explica Alexandre Nascimento, Diretor-comercial da Palmetal Metalúrgica.Mas na hora de escolher a calha, é preciso es-

tar atento a um detalhe: o material com o qual ela é produzido, pois muitos produtos dispo-níveis no mercado são feitos de ferro fundido ou de aço galvanizado, que deterioram-se ra-pidamente e impedem qualquer tentativa de realizar uma perfeita assepsia. “Principalmen-

Calhas de piso em inox proporcionam vantagens à edificação de saúde

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Calha CT13 Grelha Cano

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te na área de estacionamento, com a passagem dos carros, as grelhas dessas calhas levantam e, muitas vezes, danificam os carros e, em casos mais graves, podem gerar ocorrências com pacientes ou acompa-nhantes”, reforça Nascimento.Para solucionar esse desafio de maneira eficaz e

eficiente, a Palmetal desenvolveu sua linha de ca-lhas em aço inox, que é focada no universo hospi-talar. “As Calhas Palmetal foram desenvolvidas para serem extremamente fáceis de limpar e suportar por pelo menos dez anos, que é o prazo de garan-tia, de tráfego pesado”.O produto é indicado para áreas externas e inter-

nas da instituição. No interior da edificação, propor-ciona facilidade na limpeza. Para áreas cirúrgicas ou de necessidade de higienização intensa, por exem-plo, foi desenvolvido o modelo LIS, que impede a exposição da sujidade, e permite que a limpeza seja feita de modo simples, uma vez que não possui fu-ração aparente. “Já para as áreas externas, que pos-suem um fluxo de água maior, temos os modelos RED e oBL, com uma grande área de escoamento”, afirma o Diretor-comercial da Palmetal.A empresa possui esses produtos de forma padro-

nizada em diferentes tamanhos. As calhas estão dis-poníveis em duas larguras: 130mm e 200mm. E os comprimentos variam de 500mm até 4000mm. Além disso, a Palmetal disponibiliza para os ar-

quitetos os arquivos em 3DS, Lxo, SAT para se-rem inseridos no Revit ou em outro programa 3D da preferência do profissional. “Há mais ou menos um ano, oferecemos isto aos profissionais. Somos a única empresa de móveis em inox para hospitais no Brasil que disponibiliza essa facilidade”, afirma Nascimento.Isso porque o 3D torna o projeto mais rápido e

eficiente. “Por exemplo, as questões de compatibili-dade entre um andar e outro, que é um erro extre-mamente comum nos projetos 2D, são eliminados. Para contar com essa facilidade, é indispensável que o escritório esteja associado a bons parceiros que disponibilizem seus produtos em 3D”, finaliza.

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Beleza e humanização do espaçoUnimed Rio investe em nova unidade e estética do ambiente

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A Unimed Rio inaugurou, recentemente, a primeira unidade da rede assistencial própria construída pela operadora, o

Pronto Atendimento Barra (PA Barra), no bair-ro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ). O local oferece uma moderna estrutura para atendimentos de urgências e emergências nas especialidades de clínica médica, pediatria e ortopedia, além de poder realizar exames de apoio diagnóstico, laboratoriais, raio-X, ul-trassom, tomografia computadorizada, entre outras opções. A unidade também atende a clientes particulares. A unidade tem 1,8 mil m² de área e esta-

cionamento para 70 carros. Sua estrutura está preparada para manter os pacientes em ob-servação clínica de 12 horas e, quando neces-sário, encaminhá-los a um hospital da rede credenciada. Há serviço de resgate 24h no lo-cal para que estas demandas sejam atendidas agilmente.A equipe da Unimed é formada por mais de

200 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos e assistentes, criteriosamente selecio-nados para poder oferecer ao cliente Unimed Rio uma medicina humana e eficiente.A unidade da Unimed Rio investiu também

na qualidade de seu mobiliário, implantando na decoração do hospital uma linha de produ-tos especialmente desenvolvida para e institui-ção pela TETO Mobília Contemporânea.Foram criados sofás-cama, poltronas recliná-

veis, mesas de centro e mesas laterais com re-visteiros, para receber os jornais e revistas diá-rios. “Também criamos poltronas-cama para a UTI. Como são compactas, otimizam espaço no ambiente e permitem que mais leitos sejam instalados, em benefício dos pacientes”, conta Sérgio Fix, Diretor da TETo.

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Além de humanizar os am-bientes, a mobília segue uma mesma linha, unificando e criando identidade para a mar-ca da instituição. “Nosso intuito é que os pacientes sintam-se confortáveis e em um local as-séptico, bonito e seguro. Cada cliente apresenta seu projeto arquitetônico para que a TETO crie móveis que se adaptem ao que é apresentado”.Segundo Fix, a partir do pro-

jeto foram criados móveis ele-gantes sem deixar de seguir o design que caracteriza o mobi-liário da Unimed. “A palheta de cor mostra bem isso, já que os móveis seguem cores mais só-brias, tanto nas áreas acessíveis a todos como recepção, sala de espera e área do café, quanto nos quartos. Essas cores ajudam a tranquilizar os pacientes e seus acompanhantes”, diz o Diretor.Com foco na limpeza da ins-

tituição, os produtos foram de-senvolvidos pensando na fácil assepsia. Por isso todos os es-tofados são revestido com cou-ro ecológico, que permite uma limpeza com materiais que es-tragariam outros tipos de teci-do. “Para as peças em madeira, foram usados materiais pouco porosos, para acumular o míni-mo de sujeira”, diz Fix.Além disso, a segurança dos

pacientes também foi preocu-pação constante no desenvol-vimento dos móveis. Um bom exemplo é a poltrona reclinável usada nesse projeto. “A maioria

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das poltronas concorren-tes as da teto tombam se um paciente com mais de 80 quilos senta na ponta. Isso não acontece com as nossas. A TETO dispõe de um sistema em 3D, que permite que os projetos sejam feitos, inicialmente, pelo computador, isso ga-rante maior segurança e liberdade na hora de criar o mobiliário. Neste caso, cada área do hospital foi analisada e os móveis fo-ram criados pensando não somente na estética do lo-cal, como também em suas necessidades, locomoção dos pacientes e funcioná-rios e funcionalidade”, res-salta o Diretor.

“Cada área do hospital foi analisada e os móveis foram criados pensando não so-mente na estética do local, como também em suas necessidades, locomoção dos pa-cientes e funcionários e funcionalidade”. Sérgio Fix, Diretor da TETo

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Projeto complementarClimatização do ambiente precisa ser bem planejada para garantir conforto e qualidade aos pacientes, assim como segurança de trabalho para os funcionários que lidam com o cuidar e o curar

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A climatização é um dos pontos mais impor-tantes para o conforto do paciente dentro de uma instituição de saúde, além de garantir a

qualidade do ar, sua renovação e assepsia. Porém para que o sistema de ar condicionado seja instala-do e funcione corretamente, é essencial que o pro-jeto de arquitetura contemple espaço no forro para dutos, equipamentos leves, espaço no piso ou pisos técnicos, onde o pé-direito é reduzido, e podem ser alocados os condicionadores de ar maiores, caixas de filtros e ventiladores.“Este suporte é fundamental, pois quando trata-se

de um ambiente destinado à saúde, além das normas técnicas convencionais, precisamos respeitar tam-bém às legislações e recomendações da Anvisa (RDC 50), assim como, lembrar das recomendações da ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning Engineers), e das normas brasi-leiras em geral, particularmente a NBR 7.256, sobre o tratamento de ar em estabelecimentos assistenciais de saúde (no momento em fase de revisão)”, ressalta Duilio Terzi, Diretor da Fundamente-Ar Engenharia.Entre os cuidados que devem ser observados ao de-

senvolver o projeto de climatização de um ambiente de saúde estão o tipo de filtragem e o número de tro-cas do ar. Além da pressão do ar-condicionado, positi-va ou negativa, em função do local e as características próprias das bandejas dos equipamentos. É interes-sante lembrar que as características de temperatura e humidade devem atender de maneira diferenciada no mínimo a três situações em uma área hospitalar: UTI’s, Neonatais (com foco no paciente) e Centro cirúrgicos (com foco na equipe médica)”, o que não exclui outras áreas, especialmente as área de geração de imagens, cada vez mais presentes nos hospitais, explica Terzi.o Diretor da Fundamente-Ar Engenharia ressalta

ainda que tão importante quanto o desenvolvimento de um bom projeto que atenda a todas as condições e normas, é a instalação do sistema de ar condicionado, observando o estipulado no projeto, assim como na manutenção da instalação, que por ser de alta com-plexidade, necessita que a qualidade de projeto, insta-lação e manutenção tenham o mesmo padrão.

sustentabilidadeDentro dos sistemas de ar condicionado implan-

tados pela Fundament-Ar estão implantadas as orientações da ASHRAE (American Society of Hea-ting, Refrigerating and Air Conditioning Engineers). São elas: - Redução da carga térmica do Edifício - para tal

é de fundamental importância, que quando possí-vel, a edificação tenha isolamento térmico nas pa-redes, adequado sistema de proteção a insolação, pelo uso de Brise soleir.- Redução do consumo de energia elétrica, pela

seleção adequada de equipamentos de ar-condi-cionado, que tenham ótima eficiência.- Redução do consumo de energia elétrica, atra-

vés de um projeto de ar condicionado, que em par-ceria com o arquiteto, possibilite a eficaz manu-tenção dos equipamentos, através de acesso aos mesmos.- Redução do consumo de água, pelo uso de

equipamentos para o ar-condicionado com con-densadores resfriados a ar.- Redução do consumo de energia elétrica, pelo

uso, quando possível, de recuperadores de calor sensível. Este item merece especial atenção, pois existe, sem dúvida, o perigo de contaminação cru-zada do volume de ar de renovação, que entra no sistema.- A ASHRAE faz recomendações também do uso

de VAV (Volume de Ar Variável), sistema que, ape-sar de eficiente, é extremamente perigoso, devido ao desequilíbrio de pressões que ele propicia, o que pode levar a contaminação cruzada.- A ASHRAE, também devido a sua gênese, faz

foco no sistema de calefação, particularmente no uso de caldeiras eficientes e recuperadores de ca-lor, item este que não faz parte de nossa cultura técnica usual, adotada na maioria dos hospitais brasileiros. Em que pese a necessidade de calefa-ção, sempre que possível, em áreas particularmen-te sensíveis, como a dos Neo Natais, e outras se-melhantes, que lidem com pessoas com deficiência de circulação periférica, tais como os idosos.

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Novo prédio do HCor tem projeto de climatização sustentávelEdifício Dr. Adib Jatene investe em conforto e segurança

O Hospital do Coração, HCor, em São Paulo, levou quatro anos para cons-truir o Edifício Dr. Adib Jatene. Além do

térreo, são 14 andares, mais cinco subsolos e dois pavimentos para os auditórios. Com uma infraestrutura sofisticada, o novo prédio possui diversos aparelhos de última geração, como o Gamma Knife, utilizado para radiocirurgias em tratamentos oncológicos e que trabalha asso-ciado a um tomógrafo.Uma das etapas mais importantes para a

construção da edificação foi o projeto de cli-matização realizado pela Arcogen Energy. A empresa desenvolveu uma proposta que pu-desse atender às exigências de cada especiali-dade. O centro cirúrgico, por exemplo, possui duas salas híbridas, uma para cirurgias cardio-vasculares e outra para neurocirurgias. Dadas as particularidades, a empresa seguiu rigoro-sos procedimentos para que um ambiente não interferisse no outro. “Os processos de climatização são extrema-

mente complexos. A demanda exigiu equi-pamentos de muita precisão e um controle e automação bastante rígidos. Esse foi o princi-pal desafio: atender a todos os requisitos do Fo

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HCor”, explica Edson Marques de Freitas, Sócio-diretor financeiro da Arcogen Energy. Segundo o executivo, a “maior preocupação foi evitar

a contaminação cruzada e, nesse caso, o sistema de ar condicionado exerce um papel fundamental. Por isso, é necessário ter um cuidado especial desde o seu projeto à execução, um complexo trabalho de engenharia”, com-plementa, destacando a importância de criar projetos sustentáveis.

Moderno sistema de climatização Para garantir o bem-estar e a segurança dos pacientes,

acompanhantes e corpo clínico, cada detalhe durante a obra foi importante para a execução do projeto de cli-matização. Dessa forma, trabalhou-se para garantir, não somente a temperatura e umidade do ar, mas também a limpeza e qualidade dentro das instalações. “O HCor utiliza uma tecnologia muito avançada na

área da medicina, e esta tecnologia requer ambientes com temperatura, umidade, controle de qualidade do ar e classificação de limpeza no ambiente hospitalar. Por isso, o projeto de climatização da instituição foi bastante complexo, implantando equipamentos modernos e pre-cisos”, comenta Antônio Domingos Uehara, Sócio-dire-tor de Engenharia da Arcogen.Uehara explica que o sistema de ar condicionado está

dividido em duas vertentes: o sistema de conforto - atende toda a área de hotelaria do hospital - e o sistema voltado às áreas críticas - UTI, Centro Cirúrgico, Isola-mento e Diagnóstico por imagem.

Construção moderna e sustentável.Toda a estrutura do prédio foi pensada de modo que

atendesse às necessidades dos pacientes. Para interligar o novo prédio ao edifício antigo do HCor, foram cons-truídas duas passarelas: uma para o transporte de pa-cientes e outra para livre circulação. Esta última dá aces-so ao auditório, à lanchonete e à ala social do hospital. Foram desenvolvidos, também, um pavimento focado

no tratamento oncológico e seis andares de internação com 38 apartamentos, sendo dez deles “VIP’s”, com an-tessala e decoração diferenciada.O novo edifício cumpriu com todas as exigências da

Certificação LEED (Leadership in Energy and Environ-mental Design), e tanto o projeto como a obra foram concebidos nessa visão. É um prédio totalmente voltado para a sustentabilidade em seus sistemas.

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Profissional de SucessoArquiteto José Freire conta sua trajetória na carreira e como surgiu o interesse pelo setor da Saúde

A facilidade em desenhar à mão livre e o bom desempenho nas disciplinas de geometria descritiva e desenho técnico levaram José Freire da Silva Ferreira, hoje, Sócio-diretor da DPJ Arquite-

tura e Engenharia, a escolher a arquitetura como profissão durante a preparação para o vestibular na Universidade Federal do Pará em 1965.A graduação concluiu-se em dezembro de 1970, porém o arquiteto

não parou de buscar conhecimento. Em 1971 concluiu a pós-graduação em Planejamento Urbano na Universidade Nacional de Brasília- UNB e seguiu os estudos em Planejamento Regional no Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) da Universidade Federal do Pará-UFPA, concluídos em 1973.o interesse pela Arquitetura Hospitalar ocorreu em 1989, quando

na qualidade de Prefeito do Campus da Universidade Federal do Pará (UFPA), Freire contratou o arquiteto João Carlos Bross para elaborar o projeto do Hospital Universitário da UFPA. Neste processo, teve a oportunidade de conhecer o engenheiro Salim Lamha da MHA, res-ponsável pelos projetos complementares do referido hospital. “A con-

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vivência com estes dois técnicos, particularmente com o arquiteto João Carlos Bross despertou o in-teresse pelo Projeto Hospitalar, não somente pela complexidade do tema, mas principalmente pela forma e responsabilidade com que ele era encarado por ambos”, con-ta Freire.Assim, na primeira experiência

profissional nesta área, em 1991, o arquiteto e sua equipe puderam contar com a colaboração decisiva do arquiteto Bross, na elaboração do primeiro Plano Diretor do com-pléxo Hospitalar da Santa Casa de Misericórdia do Pará, na gestão do

Maternidade da Zona Norte 2 - Amapá

Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência - PA

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Prof. Dr. Clodoaldo Bekman da UFPA. “Nesta época, a minha experiên-cia profissional era na elaboração de Planos Diretores Urbanos e de Campi Universitários. Face a esta, pude perceber que os processos de planejamento para o Espaço Urbano, para o Espaço Acadêmico das Universidades e para o Complexo Hospitalar, eram semelhantes na me-todologia, todas partindo de um diagnóstico, seguido da análise dos dados coletados, das propostas de alternativas, até a decisão pela me-lhor alternativa e posterior elaboração do Plano, da aprovação deste (na Câmara Municipal, no Conselho Universitário ou na Direção da Ins-tituição Hospitalar) quando se transforma em uma lei, em uma Resolu-ção ou em uma Norma, passando a ser implementado, avaliado e pos-teriormente revisado e atualizado. ou seja, um novo plano”, comenta.Este processo dinâmico do planejamento, tendo como base um ra-

ciocínio dedutivo, levou-o a valorizar, hoje, a elaboração do Plano Di-retor Hospitalar como a primeira etapa do processo de planejamento físico do hospital. Tanto para hospitais novos como para os existentes, a visão do todo, do conjunto, deve ser privilegiada antes da resolução projetual das partes.

De acordo com o arquiteto, o Pla-no Diretor Hospitalar é a definição dos cenários presente e futuro da instituição, considerando as pers-pectivas do desenvolvimento e da ampliação do seu potencial, da demanda dos serviços e das áreas clínicas. “O hospital deve ser uma obra aberta, para poder incorporar os vertiginosos progressos da me-dicina, assim, nas decisões toma-das hoje devem ser consideradas situações futuras, visando a longa vida do prédio”.o Plano Diretor Hospitalar, com

seus cenários físicos e de plane-jamento de curto, médio e longo prazo é um instrumento importan-

Hospital Regional do Baixo Amazonas - Santarém - PA

Hospital de Urgência e Emergência 2 - Amapá

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te para a administração do Estabelecimento Assistencial de Saúde. Por meio dele, pode-se prever a necessidade dos recursos (materiais, humanos e financeiros) necessários para o desenvolvimento da ins-tituição.“Provavelmente, o início de minha experiência na elaboração de um

Plano Diretor Hospitalar deve ter me induzido para esta área de es-pecialização tão complexa, apresentando a cada dia novas aborda-gens, novas tecnologias e novas soluções. No âmbito da Arquitetura Hospitalar, o desafio é acompanhar o desenvolvimento tecnológico na área da saúde que a cada dia induz novos conhecimentos a serem adquiridos e/ou atualizados”, acredita.Hoje, com a crise da saúde no Brasil, o projetista hospitalar pas-

sa a ter uma imensa responsabilidade, não apenas em solucionar as questões tecnológicas complexas de um hospital, mas também em apresentar soluções mais adequadas e econômicas face a pouca dis-ponibilidade dos recursos disponíveis nos orçamentos públicos para este fim. “Particularmente, nas regiões menos desenvolvidas do País, como a

Amazônia, o maior investimento na área de saúde é oriundo do po-der público o que justifica, nesta região, a preocupação dos projetis-tas não apenas com o valor das obras, mas também com a qualidade dos projetos destas, de forma a evitar perdas futuras em reformas ou intervenções decorrentes de erros de planejamento e de projeto. O hospital é uma construção complexa e muito cara, assim seu projeto deve ser feito por equipes capacitadas e conhecedoras do tema, sem espaço para curiosos e amadores”, reforça.A experiência de José Freire no planejamento e nos projetos dos

Hospitais Regionais do Pará incorporou esta preocupação, pois o desafio era projetar e construir, ao mesmo tempo, em um curto in-tervalo de quatro anos, cinco hospitais novos, sendo um de grande porte, três de médio porte e um de pequeno porte, além de reformar e ampliar para este fim dois hospitais existentes, um de grande porte e outro de médio porte. Assim foram projetados os Hospitais Regionais do Baixo Amazonas

em Santarém, da Transamazônica em Altamira, do Araguaia no Sul do Pará, em Redenção, da Ilha do Marajó, em Breves e o de Tailân-dia. Foram também reformulados e ampliados os Hospitais Regionais de Marabá e de Tucuruí. Este último remanescente da vila feita pela Eletronorte para dar apoio à construção da Hidrelétrica de Tucuruí. Estes hospitais foram construídos nas principais regiões do Estado

buscando descentralizar os serviços de saúde, reduzir os custos com tratamentos fora do domicílio, diminuir o déficit de leitos e serviços de saúde no Interior do Estado e, principalmente, atender a demanda crescente por atendimento de alta e média complexidade fora da capital, Belém.

Hospital Regional Público do Araguaia - Redenção - PA

Hospital Municipal de Parauapebas - Pará

Hospital Maternidade da Fundação santa Casa de Misericórdia - Pa

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quais em Estabelecimentos Assis-tenciais de Saúde, a grande maioria para o setor público, constatamos o extremo déficit de hospitais de qualidade para atendimento públi-co na Região Amazônica, ocorren-do na maioria das vezes que, após a inauguração, eles são ocupados quase que totalmente demons-trando que a demanda real é sem-pre maior que o dimensionamento para os espaços e serviços disponi-bilizados à população”.Deste fato, decorre hoje a am-

pliação de muitos destes hospi-tais, como os Regionais do Pará em Santarém, Altamira, Marabá, Tucuruí e Redenção, além dos de Especialidades Dr. Alberto Lima e de Santana no Amapá e o Metro-politano de Urgência e Emergên-cia em Belém. “Com relação aos profissionais que admiramos na Arquitetura Hospitalar Brasileira, citamos os arquitetos João Carlos Bross, Jarbas Karman, Luiz Carlos

Arquitetos José Freire, Paulo Lima e Jorge Derenji

Outra experiência importante foram os projetos dos Hospitais Re-gionais do Amapá, em Santana, oiapoque e Serra do Navio, além dos principais hospitais do Estado em Macapá, como o Hospital de Espe-cialidades Dr. Alberto Lima, o Hospital da Criança e do Adolescente, o Hospital Metropolitano de Macapá e o Complexo Hospitalar da Zona Norte, com uma Maternidade e um Hospital de Emergência.“Em todos estes projetos procurou-se sempre adequar as soluções

técnicas de alta complexidade dos hospitais a realidade econômi-ca dos orçamentos públicos, buscando-se soluções modulariza-das, a padronização de acabamentos e instalações, a adequação dos materiais ao rigor do meio ambiente representado pela elevada temperatura, altas taxas de umidade, insolação, alto índice pluvio-métrico alem das dificuldades de acessibilidade e transporte dos materiais para os canteiros das obras. Ao lado destas dificuldades ambientais, buscavam-se soluções sustentáveis no uso de energia solar e do aproveitamento da água da chuva, da ventilação natural e da alta luminosidade”, lembra o arquiteto.Outras experiências também foram importantes nas soluções pro-

jetuais de hospitais especializados, como o de Urgência e Emergên-cia da Área Metropolitana de Belém, (o maior desta especialidade na Região), os Materno Infantis de Santarém, de Altamira e da Santa Casa de Misericórdia do Pará e um pré-moldado de rápida execução e montagem na Vila Residencial de apoio a construção da hidrelé-trica de Belo Monte.“Com nossa experiência profissional, desde 1971, em mais de dois

milhões e meio de metros quadrados projetados, setecentos mil dos

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Toledo, João Filgueiras Lima (Lelé) e Irineu Breitman”.Freire conta que admira também,

pela produção literária e acadêmica, os arquitetos e professores Fábio Bi-tencourt, Antônio Pedro Alves de Car-valho e Mário Ferrer, além do médico Paulo Lindolfo Lamb. “Quanto a notó-ria experiência no estudo e definição de normas referentes ao projeto dos espaços hospitalares, destacamos o arquiteto Flávio Bicalho e a arquiteta Regina Barcelos, os quais na ANVISA foram fundamentais na elaboração, análise e implantação da RDC-50-AN-VISA. Na Engenharia Hospitalar des-tacamos pela experiência e profissio-nalismo os engenheiros Salim Lamha e Eduardo de Brito Neves”, salienta.Por fim, quanto a parceria na DPJ,

que segue desde 1974, Freire destaca seus sócios, os arquitetos Paulo Cunha Lima e Jorge Derenji, com os quais de-senvolveu, nos últimos quarenta anos, mais de dois milhões e meio de me-tros quadrados de projetos de várias naturezas, atuando sempre em sinto-nia e confiança mútua. “Hoje, na empresa, contamos tam-

bém com a importante colaboração dos arquitetos(as) Bianca de olivei-ra, Carolina Dias Cunha Lima, Rachel Sfair Ferreira Benzecry, Graciely Ferrei-ra, Mariana Souza, Imara de oliveira, Juliana Fortes e Allan Mota, além dos engenheiros Augusto Paulo Guerra, André do Nascimento, Adelina Costa Fazio, Humberto Beltrão Martins, Ana Laura Montenegro, Gandhy Yeddo Ju-nior, Franco Sério, Carlos Leão, Fran-cisco Ribeiro, Paulo Sales, Antonio Sil-va e Flávio Almeida”, finaliza.

Ping Pong

nome: José Freire da Silva Ferreira

Idade: 68 anos

Pai: Lauro José Ferreira

Mãe: Lucymar Freire da Silva Ferreira

Filhas: Rachel Sfair da Costa Ferreira e Clarice Sfair da Costa Ferreira.

Minha viagem inesquecível foi para... o Japão, em 1990, para conhecer, em Tóquio e Kioto, novas experiências em “Prédios Inteligentes”.

o bem mais precioso de minha vida é... a minha família.

sabedoria é... pensar com otimismo mesmo nas adversidades.

um traço certo na vida depende de... nosso re-ferencial de vida, constituído pelos erros e acertos ao longo desta.

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HUMANIZAção

Valinhos Medical Center tem projeto de arquitetura customizado

Personalizar o projeto, escutar o cliente e pla-nejar os prazos, equili-

brando estética e praticida-de. Foram estes os pontos de partida adotados pela ACR Arquitetura e Plane-jamento para transformar um galpão comercial de dois pavimentos e circula-ção vertical, em um espaço funcional para a Valinhos Medical Center, na cidade de Valinhos, interior de São

Sob medida

Paulo. A obra foi realizada em aproximadamente 60 dias, incluindo aprovação de estudos, executivo, mar-cenaria e decoração.“Sempre buscamos am-

bientes confortáveis e humanizados, que ofere-çam aos usuários, tanto médicos como pacientes, experiências diferenciadas nas rotinas de saúde. E foi nesta direção que condu-zimos este projeto”, explica

o arquiteto Antonio Carlos Rodrigues, Sócio-diretor da ACR Arquitetura e Pla-nejamento.A proposta era uma refor-

ma, sem ampliação, com o objetivo de implantar serviços de diagnósticos médicos como endosco-pia, colonoscopia, sala de exames multiuso para car-diologia, ultrassonografia e quatro consultórios gerais de atendimento clínico.

Proj

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Fachada ganhou identidade com a instalação de brises ripados

“os fluxos de operação foram pensados para ga-rantir agilidade nos atendi-mentos, que geram maior rentabilidade. E, como qualquer obra, os peque-nos ajustes na execução são esperados, uma vez que é comum encontrar-mos situações não previs-tas e não prospectadas em fase de projeto. Felizmente, tudo ocorreu sem grandes imprevistos”, completa.

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Conceito sustentável prioriza iluminação natural

Pisos e mobiliário pensados por sua funcionalidade e composição equilibrada do orçamento

Caminhos definidosPara o Medical Center existiam dois se-

tores bastante claros: um de diagnósticos e outro clínico, que incluía os consultórios médicos. o desafio do projeto era contem-plar as necessidades essenciais, com uma otimização de custo e um resultado estético que transmitisse aconchego e comodidade.A área de diagnósticos foi implantada no

pavimento térreo, evitando assim a neces-sidade de transporte vertical de macas, em caso de intercorrência médica, além de ofe-recer maior segurança e conforto para o pa-ciente. O pavimento superior foi ocupado com os consultórios, a sala de ultrassono-grafia e área de descanso dos funcionários.“O layout foi pensado para garantir a ilumi-

nação e ventilação naturais, nos ambientes de maior permanência, tornando os atendi-mentos mais agradáveis, seguindo-se uma regra básica da arquitetura: oferecer supor-te para experiências não tangíveis, ameni-zando a fragilidade dos pacientes”, explica Rafael Tozo, Sócio-diretor da ACR.Na área diagnóstica, foram implantadas

duas salas para os serviços de endoscopia e colonoscopia, otimizando os espaços de apoio, como repousos e esterilização. O objetivo era aliar o bem-estar dos pacien-tes e colaboradores, com rotinas eficien-tes que gerassem menores custos e maior rentabilidade. Como o serviço de endoscopia exige uma

grande área de apoio, para higienização e esterilização dos equipamentos, além de espaços de repouso pós-exame, foi neces-sário adotar pontos de consumo de gases medicinais, com rede específica, além de troca de ar e exaustão adequadas. Já dentro do conceito de conforto, agili-

dade e “quebra” da frieza dos ambientes de saúde, foi criada uma sala de espera reser-vada, com vista para um jardim nos fundos do edifício, com vestiário e armários para os pacientes guardarem seus pertences.

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Reutilização inteligente Uma das diretrizes da ACR

é trabalhar com conceitos de sustentabilidade, inde-pendentemente de acredita-ções e certificações. Por isso, sempre que possível, há um reaproveitamento de mate-riais, reduzindo o impacto ambiental e de custos. Neste projeto, as luminárias foram reutilizadas. Os pisos também foram

pensados por sua funciona-lidade e composição equili-brada do orçamento. Os vi-nílicos foram escolhidos de acordo com a necessidade de cada ambiente. Nas áreas de circulação, espera e con-sultórios, optou-se por ré-guas amadeiradas, realçando o conceito de humanização e conforto, porém com mate-rial adequado para assepsia exigida em cada local. Para as áreas críticas, foram es-pecificadas mantas vinílicas homogêneas, com rodapés boleados.Os móveis também deve-

riam ser harmonizados com as linhas principais do pro-jeto e o mobiliário foi criado com exclusividade para as salas de espera e consultó-rios, cujos biombos comuns ganharam força e se trans-formaram em painéis, que ambientam e dão movimento ao espaço.

Iluminação e ventilação adequados para melhor atendimento

Nos consultórios, conforto de pacientes e colaboradores, com custo otimizado

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Na área externa, a fachada ganhou iden-tidade com a instalação de brises ripados, sobressaindo-se do entorno.Segundo Antonio Carlos Rodrigues, esse

foi o primeiro trabalho com a Valinhos Me-dical Center, que abriu as portas para outro projeto na cidade, também um Centro de Diagnóstico, em outra especialidade. “o in-terior paulista tem características muito in-teressantes. São cidades em franco desen-volvimento e população de alta renda. Por isso, o mercado de arquitetura tem grandes possibilidades de expansão, pois a valoriza-ção desse serviço é crescente e apostamos neste nicho para ampliar as fronteiras da ACR”, completa.

Rafael Tozo e Antonio Carlos Rodrigues, Sócios-diretores da ACR Arquitetura e Planejamento

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Diagnóstico certoClínica de Medicina Diagnóstica é projetada no Norte do País para ser um centro de excelência de atendimento na região

O desejo de um grupo de médicos de ponta, da região de Cacoal - Rondônia, de criar um cen-tro de diagnósticos por imagens de excelência

para atendimento de toda a região abrangente, deu origem à clínica Anga.Para colocar em prática essa ideia, contrataram os

profissionais do escritório C+A Arquitetura e Interio-res. “Já havíamos trabalhado em um projeto similar de um dos sócios na capital de Rondônia, Porto Velho. Foi feito um levantamento das necessidades locais em relação aos equipamentos de saúde e feita uma ava-liação em um raio de abrangência das cidades vizi-nhas. A partir do resultado deste estudo, elaboramos o programa físico de necessidades da unidade e inicia-mos o processo de projeto propriamente dito”, conta a arquiteta Ana Paula Naffah Perez, Sócia-diretora da C+A Arquitetura.Desenvolveu-se então uma unidade de ponta que

contempla toda a tec-nologia para abrigar os equipamentos de ima-gens mais modernos do mercado. A infraestrutu-ra de instalações foi toda concebida para isso, bem como o projeto de arqui-tetura. O quesito huma-nização também foi de extrema importância na elaboração do projeto. “Desenvolvemos um pro-jeto de interiores bus-cando a diferenciação da unidade perante os con-correntes da região”, re-vela.

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O projeto contempla a utilização de diversas cores, que compõem também toda a identidade visual e de marketing da unidade. “Todo o mobiliário foi especificado no intuito de estabelecermos um di-ferencial de conforto para os clientes”. Visando a sustentabilidade, a equipe contemplou a utilização de

iluminação econômica e eficiente, como as lâmpadas T5 e LED, ele-vadores inteligentes que consomem menos energia, além do reuso de água em alguns sistemas da unidade.A arquiteta conta que o processo de projeto foi bastante tran-

quilo. “Sempre tivemos uma ótima interação com os sócios e isso facilitou muito todo o desenvolvimento do projeto. Acho que nem a distância foi um empecilho. A compatibilização do projeto de arquitetura com os projetos de instalações (feitos por empresas locais), foi talvez a fase mais complexa. Mas nada que tenha atra-palhado o decorrer do projeto”, diz.Ana Paula revela também que no projeto em si, talvez o maior

desafio tenha sido colocar todo o programa de necessidades que a unidade precisava dentro da área possível para construção do

terreno. Outro desafio impor-

tante é que o Centro de Diagnóstico será con-tiguo à um edifício de Centro Médico, o Santa Clara. “Tivemos o desafio de criar uma unidade in-dependente, mas que ti-vesse uma conexão física a fim de que os médicos que utilizarão o Santa Clara possam se deslocar com facilidade e utilizar os serviços do Centro de Diagnóstico, o Anga”.Rondônia é um estado

que possui uma insolação

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altíssima. Desta forma, a equipe procurou trazer o máximo de luz natural para dentro do edifício, aproveitando esse po-tencial energético dispo-nível. Para a iluminação noturna, foram utiliza-das lâmpadas com bai-xo consumo de energia, como as lâmpadas T5 e LED. “Como este projeto tem um trabalho de in-teriores bem elaborado, procuramos um desenho de forro que contemplas-se sancas iluminadas, o

que agregou muito em luminância e plástica ao projeto”, reforça.Pensando na humaniza-

ção do ambiente, o pro-jeto procurou especificar um mobiliário com design e estética agregado, além da durabilidade e da re-sistência que uma unida-de com alto fluxo de pes-soas requer. “Os tecidos que especificamos são resistentes e de fácil as-sepsia. Todo o mobiliário foi pensado em propor-cionar ergonomia ao co-

laborador também, além de conforto ao usuário”, diz a arquiteta.Os fluxos do projeto fo-

ram todos elaborados no intuito de criar um sen-tido de saída e entrada de pacientes, sem inter-rupção e sem que este fluxo atrapalhe os flu-xos de colaboradores e materiais da unidade. “A localização que estabele-cemos para a circulação vertical da unidade per-mitiu que isso ocorresse desta forma”, finaliza.

Ana Carolina M. Tabach e Ana Paula Naffah Perez da C+A Arquitetura

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Paisagismo, luz e fotografia

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Grupo do Rio de Janeiro investe em novas unidades com traços fortes de humanização

Em novembro de 1990, o Rio de Janeiro ganhava um novo grupo que iria investir em saú-

de e tratamento dos pacientes on-cológicos: o Grupo CoI. Ao longo de sua existência, a instituição tem acompanhado de perto a evolução da medicina, utilizando um novo conceito no tratamento oncológico, que une investimento em tecnolo-gia e pesquisa, aperfeiçoamento técnico dos profissionais, e sensi-bilidade na forma de cuidar do pa-ciente.Seguindo esses princípios, o Gru-

po COI possui uma moderna estru-tura dentro de um avançado Centro Médico do Rio de Janeiro, o MDx. Barra Medical Center. Neste am-biente confortável e seguro, está instalado seu Centro de Tratamento Radioterápico, onde são praticadas técnicas como IGRT (Image Gui-ded Radiotherapy) e IMRT (Inten-sity Modulated Radiotherapy) pelo revolucionário equipamento Oncor Linear Accelerator, que otimiza a te-rapia oncológica com o máximo de eficácia. Além da unidade no MDx, o Grupo possui ainda unidades no Rio Sul, complexo Barra Shopping, Niterói e está preste a inaugurar a de Botafogo. “Nós estamos ava-liando um crescimento ainda maior para rede”, conta Bruno Santos Ha-ddad, Vice-presidente executivo do Grupo.

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Investir em infraestrutura física, no am-biente harmônico e alinhado com os fun-damentos da instituição estão entre as prioridades do gestor. “O ambiente tem uma influência muito grande, tanto na percepção da qualidade do tratamento, quanto na condução. O espaço feliz, claro, bem decorado e com paisagismo, ajuda a harmonizar um pouco mais o fluxo do pa-ciente dentro da clínica”, afirma.As unidades COI devem seguir alguns pa-

drões visuais internos, uma vez que estas estão situadas em diversas regiões da ci-dade. Uma das marcas desta identidade é o padrão de cores que varia entre o verme-lho, caqui, grená e tons de bege. “Isso está aplicado aos revestimentos e ao mobiliário especificados, buscando remeter as pes-soas as suas casas e não a um estabele-cimento de saúde”, conta Flávio Kelner, Sócio-diretor da RAF Arquitetura, respon-sável pelos projetos.O primeiro COI desenvolvido pela RAF

foi o do Centro Médico do complexo Barra Shopping. “A história começa comigo e o Dr. Nelson indo para Tampa, na Flórida, vi-sitar um centro de Oncologia, pois ele que-ria fazer algo parecido no Rio de Janeiro, porém, com internação. E esta experiência serviu para nós iniciarmos o processo com os ambientes ambulatoriais”.Kelner lembra que, na sequência, foram

desenvolvidos o Centro Médico do Rio Sul, depois o do MDx, na Barra da Tijuca, em seguida, o projeto de Botafogo e agora o de Niterói. “Cada um tem seu diferencial. No Centro Médico MDx, por exemplo, a clínica conta com um terraço, no qual foi feito um trabalho diferenciado de paisa-gismo para que paciente e acompanhante possam interagir com a natureza, contri-buindo para a humanização do local. “Além disso, nesta unidade, o COI está ligado a um centro médico, podendo usufruir deste espaço também”, afirma o arquiteto. Fo

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Unidade de NiteróiA Unidade de Niterói do Grupo CoI co-

meçou a ser projetada em 2013, as obras aconteceram em 2014 e foram finalizadas no início deste ano. Segundo Kelner, este projeto trouxe um grande desafio aos ar-quitetos: transformar um prédio comercial em um ambiente para a saúde. “Como o sistema estrutural original não nasceu para ser um Centro de Oncologia, precisamos desenvolver algumas alterações e adapta-ções para atender qualitativamente a im-plantação do Centro”. A humanização foi uma das principais preocupações da insti-tuição na hora de encomendar estes pro-jetos, considerando também a qualidade do fluxo de pacientes dentro das clínicas. “O paciente não pode ter uma percepção de ambiente triste. O local para o trata-mento de câncer já é mais pesado, então nós temos uma preocupação grande em mantê-lo de forma mais tranquila dentro da instituição”, diz Haddad.E a diretriz foi seguida pela equipe de ar-

quitetos, que propôs bastante luz natural no projeto, acuidade visual, mobiliário co-lorido e espaços com tratamento acústico, que impede que reverbere o som das pes-soas conversando. Existe uma percepção na qual humanizar é criar espaços confor-táveis, porém, esta vai muito além disso. “O projeto pode ser muito simples e hu-manizado, desde que se tenha, na verdade, cuidados no planejamento dos espaços, se entenda as demandas técnicas, e as neces-sidades do usuário final”, diz Flávio Kelner.No setor de radioterapia, por exemplo,

o ambiente foi desenhado de forma que quando o paciente está em tratamento, ele tenha uma paisagem para observar no teto, sentindo-se mais acolhido e bem cuidado. “Essa preocupação com a arquitetura e o visual são muito importantes para o dia a dia do paciente dentro do processo de tra-tamento”, comenda o Vice-presidente do Fo

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Grupo. Além disso, foram dispostas fotos de Niterói, da praia, e da vista para o Rio de Janeiro, criando um “tema” para a decoração do local.Para facilitar a entrada

de luz natural no prédio, a fachada da instituição foi trabalhada em vidro, e no desenvolvimento do layout priorizou-se os ambientes que requerem mais entrada de luz natural voltados para esta fachada, como as áreas de espera, tratamento de fisioterapia e consultórios.O projeto procurou aten-

der ainda os critérios de sustentabilidade. Para isso foram utilizados materiais recicláveis, mobiliário com certificação verde, lâmpa-das que não aqueçam tanto o ambiente, etc.O fato do Centro de Tra-

tamento Ambulatorial ser voltado aos pacientes com câncer, orientou a equipe de arquitetura a atender alguns critérios técnicos específi-cos, como o caso da área de quimioterapia, que pos-sui uma farmácia integra-da, além de rígidas normas e legislações. “No caso da radioterapia, por exemplo, você precisa ter um bunker com quase um metro de es-pessura de paredes em con-creto, o que demanda uma previsão de carga estrutural acima do convencional”, fi-naliza Kelner.

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Complexo B. Braun, no Rio de Janeiro, conta com espaços humanizados, sustentáveis e de alta tecnologia

Projeto de destaque

Perspectiva Medical

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Projeto de destaque Localizado em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, o complexo B. Braun destaca-se entre as grandes construções realizadas para empresas que atuam no setor da saúde. Isso porque o projeto do complexo industrial apresenta características que unem cuidado e qualidade. Por exemplo

o fato de todos os edifícios das áreas logística, medical e corporativa esta-rem em estrutura metálica, valorizando a montagem e rapidez de execução e atendendo a urgência de cada fase de obras.

Outro fato que merece destaque neste processo é a total estanqueidade de pó e resíduos com controle de temperatura, em toda a área de produção classificada como área limpa, e o processo praticamente robotizado. Esses e outros fatores levaram o escritório que desenvolveu o projeto, a Zanettini Arquitetura a vencer um concurso ligado à arquitetura em agosto de 2010.

No Brasil, o grupo B. Braun, que atua em mais de 50 países no mundo, conta com um portfólio extenso, atuando nas áreas de terapias de infusão, hidra-tação, reposição volêmica, anestesia, nutrição enteral e parenteral, e controle de infecção e incontinência, além de material cirúrgico e equipamentos de substituição renal e para home care.

“A planta industrial no Ciesg representa um divisor de águas para o Grupo no Brasil. O novo parque permitirá a ampliação da nossa fabricação de equi-pos (conjunto de acessórios para terapias de infusão) e todas as instalações serão conduzidas conforme as premissas de construção sustentável do Green Building Council. Nosso objetivo é ter o primeiro parque industrial do merca-do de saúde com certificação padrão ouro do LEED (Leadership in Energy and Environmental Design)”, garante otto Philipp Braun, Diretor-presidente.

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O Complexo B. Braun é formado por diferentes edificações divididas em área industrial e área ad-ministrativa. A área indus-trial possui 124 mil m² e a administrativa 74 mil m². o local é um importante polo industrial no Brasil, com-patível com a reconhecida excelência que a empresa possui em todo mundo em sua atuação na área médi-ca–hospitalar.

Para as atividades de lo-gística, foi montado, em estrutura metálica, um projeto de 18.593m² em um bloco único, parte com área de estocagem, com 13.212m², e parte em duas faces em toda a sua exten-são, com dois mezaninos de 2.690m² cada. Toda essa área é climatizada por se tratar de produtos far-macêuticos com pisos, pai-néis e forros compatíveis.

Ambos os prédios aten-dem à política da empresa e seguem as recomenda-ções para o zoneamento e fases de “Central Ware House” para a área de pro-dução. Além da política “Clean-Desk” no planeja-mento e urbanização do espaço corporativo com o “Concept office 2012”. “A ocupação de cada área sintetizou com clareza e harmonia o zoneamento de cada site e suas fases, desde a etapa inicial, até implantação total”, conta o arquiteto responsável pelo

Vista Aérea do Complexo B. Braun

Vista do Edifício Administrativo

Vista do Edifício Medical

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projeto, Siegbert Zanettini.Há ainda a área medical,

com 28,291m², constituí-da por um bloco inicial de produção com previsão para expansão futura, ocu-pando a área frontal do terreno. Nesta área me-dical situam-se ainda la-boratórios de controle de qualidade, engenharia in-dustrial, refeitórios, vestiá-rios, área de descanso, de visitantes e de serviço mé-dico. O prédio possui uma parte frontal de circulação coberta envidraçada, que percorre todo o bloco de produção, com uma visão completa desta área.

Para os espaços de pro-dução (a área medical) fo-ram adotados materiais to-talmente estanques para a sala limpa: paredes e forros com painéis sanduíche me-tálicos com isolamento em policarbonato e piso de re-vestimento uretânico com alta resistência mecânica.

O projeto foi iniciado pela Área Logística, entregue em dezembro de 2013. “Si-tuamos o local com reserva de espaço no terreno para o crescimento lateral e ex-pansão para um grande espaço posterior contíguo com a instalação de um alto armazém de estoca-gem automatizada nas 3ª e 4ª fases”, revela Zanettini.

Segundo o arquiteto, esta 1ª Fase se completa com a edificação de bloco de in-flamáveis externos, ao lado Implatação Geral - Térreo Medical

Plata 1 Pavimento Medical

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da central de utilidades, separados dos armazéns pelo grande pátio central de fluxo e estacionamento de carretas e caminhões para entrega de matéria prima, máquinas, com-ponentes e embalagens, também utilizado para a expedição de produtos acabados.

Localizado em área pró-xima, do outro lado da via do loteamento, foi implan-tado o edifício corporativo com áreas para estaciona-mento, portaria, cabines de medição e de resíduos a serem construídos futu-ramente.

Esse edifício integra-se a uma paisagem envol-vente na cota mais plana e destituída de vegetação

de porte, com o propósito de mantê-la praticamen-te intocável nas condi-ções naturais de relevo e de cobertura vegetal, ga-rantindo, assim, uma im-plantação ecologicamente correta com vista para o curso do rio Guaxindiba e a densa mata ciliar que o acompanha em ambas as margens.

“Entre os aspectos a se-rem destacados nesta im-plantação, está o fato de ter mantido todo o terreno no seu relevo e as cotas de apoio das edificações, assim como toda a vege-tação de porte, garantindo um entorno agradável e ambientalmente sustentá-vel”, ressalta.

Para Zanettini, esse zo-

neamento criou condições para a solução arquitetô-nica do edifício, que aten-de ao programa e as suas fases, além de proporcio-nar ambientes articulados dentro do conceito de “Concept office 2010”.

O projeto do complexo trabalhou também com critérios de humanização. Isso através de vários as-pectos: setorização aten-dendo o layout de produ-ção com fluxos sequenciais das várias tipologias de produtos com soluções inovadoras, tecnologia de ponta e preocupação sis-têmica e integrada do tra-balho multidisciplinar de toda a equipe de arquite-tos, engenheiros, consul-tores, segurança no traba-

lho e acessibilidade. “Essa humanização foi consi-derada também na espe-cificação dos materiais, equipamentos e mobiliário com boa ergonomia, utili-zação de cores adequadas nos ambientes propician-do segurança, conforto e bem-estar aos usuários que trabalham e visitam o complexo”, lembra Zanet-tini.

Além da humanização, a sustentabilidade tam-bém norteou o case, que adotou-a como filosofia na estruturação do proje-to global, seguindo alguns conceitos. O primeiro de-les foi criar uma obra de arquitetura contemporâ-nea com estruturação pro-jetual holística e sistêmica,

Siegbert Zanettini, arquiteto responsável pelo projeto

“A ocupação de cada área sintetizou com clareza e harmonia o zoneamento de cada site e suas fases, desde a etapa inicial, até implantação total”

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fornecendo total integra-ção de soluções científicas inovadoras através da uti-lização de tecnologias lim-pas e redução de resíduos e desperdícios.

Outro conceito foi o tra-balho multidisciplinar e integrado entre todas as disciplinas envolvidas no projeto, com arquitetura articulando e compati-bilizando com as demais disciplinas desde a fase inicial; e também a utiliza-ção de soluções constru-tivas industrializadas com componentes certificados e de excelência, evoluindo o conceito do canteiro de obras como local de mon-tagem na lógica sequen-cial de cada sistema.

Considerou-se também

Otto Philipp Braun, Diretor-presidente da B. Braun

“O novo parque permitirá a ampliação da nossa fabricação de equipos (conjunto de acessórios para terapias de infusão) e todas as instalações serão conduzidas conforme as premissas de construção sustentável do Green Building Council”

o bom desempenho das edificações e instalações ao longo do tempo, garan-tindo durabilidade, facili-dade de operação, manu-tenção e flexibilidade nas expansões ou mudanças de layout, visando a me-lhor relação custo-benefí-cio. “Cuidamos ainda para que houvesse fluxos orga-nizados dos sistemas atra-vés de pipe-racks, shafts verticais, pisos técnicos, pisos elevados e armários acessíveis para instala-ções”, salienta o arquiteto.

Os espaços de produção (a área medical) foram de-senvolvidos com soluções e materiais totalmente estan-ques: paredes e forros com painéis sanduíches metá-licos, com isolamento em

policarbonato e pias de alta resistência mecânica. Tudo feito com a incorporação dos princípios de eco-efi-ciência e sustentabilidade no tocante à economia de energia, maximização de recursos naturais, entendi-mento sistêmico de todas as instalações, utilização de tecnologia construtiva limpa, e relação simbióti-ca com o entorno e com o meio ambiente natural e construído, utilização pos-sível de produtos, equipa-mentos e materiais certi-ficados visando a máxima pontuação no LEED.

Para atender as exigên-cias e a complexidade do processo de produção e armazenamento, foi ne-cessário unir as expertises

da Zanettini Arquitetura na elaboração do projeto de arquitetura, compatibiliza-dos com o Grupo Tessler no gerenciamento; com a empresa Excenge no de-senvolvimento integrado dos sistemas de estrutu-ra, instalações elétricas, hidráulicas e eletrônicas, ar condicionado e exaus-tão, vozes e imagens, etc. Além da Mingrone limi-notécnica; qMD esqua-drias, Pimenta Associados acessibilidade; Harmonia, acústica; Vidy laboratórios; Espaço Sustentável simu-lação energética; Proiso, impermeabilização; Arqui-tetura Nacional na cozinha; H2E comunicação visual; Dias Lagoa paisagismo e Sustentax em certificação.

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Projetos complementares e gerenciamento

Além do projeto principal que deu origem ao complexo B. Braun, os projetos complementares também foram de fundamental im-portância para o sucesso na construção das edificações. Porém, para o bom resultado a gestão da obra teve fundamental impor-tância. “Entre os maiores desafios no processo de gerenciamento esteve o de desenvolver os projetos e planejar a obra de forma a conseguir a da Certificação LEED (Leadership in Energy and En-vironmental Design - Liderança em Energia e Design Ambiental), categoria GoLD, além do atendimento à seguradora FM GLoBAL, que possui requisitos técnicos específicos para este tipo de obra”, conta Théo Silveira, engenheiro da Tessler Engenharia .

A qualidade dos serviços executados foi verificada conforme o “Plano de qualidade de obra”, estabelecido para o empreen-dimento com o objetivo de monitorar a qualidade dos materiais recebidos na obra e também dos serviços executados. Foram elaboradas Fichas de Verificação de Serviços e de Materiais para inspeção e acompanhamento in loco da realização e utilização

destes. “Todos os servi-ços foram acompanhados pela equipe de Engenha-ria de Obras e pela equi-pe de Gerenciamento, todos os serviços não conformes, foram regis-trados através de fichas de “Não Conformidades”, e acompanhados até a sua completa correção”, lembra Silveira.

Em todo o processo, uma importante ferramenta foi a tecnologia, através do software de controle de custos e planejamento

Théo Silveira, engenheiro da Tessler Engenharia

“Entre os maiores desafios no processo de ge-renciamento esteve o de desenvolver os projetos e planejar a obra de forma a conseguir a Certifica-ção LEED (Leadership in Energy and Environmen-tal Design - Liderança em Energia e Design Am-biental), categoria GoLD, além do atendimento à seguradora FM GLoBAL, que possui requisitos técnicos específicos para este tipo de obra”

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que facilitaram o processo de medições e gestão de pagamentos, com emissão de relatórios de obras, suprimentos e acom-panhamento de custo do processo.

SustentabilidadeComo já mencionado, a sustentabilida-

de do empreendimento foi trabalhada se-guindo os conceitos da Certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design - Liderança em Energia e Design Ambiental), categoria GoLD. “A avaliação da Certificação LEED é realizada por meio de pré-requisitos e créditos a serem aten-didos nas categorias: sustentabilidade do espaço, racionalização do uso da água, eficiência energética, qualidade ambiental interna, materiais e recursos, inovação e processos de projeto e créditos regionais”, explica o engenheiro da Tessler Engenharia.

Com foco na sustentabilidade, os resí-duos foram removidos conforme orienta-ções contidas no Plano de Gerenciamento de Resíduos elaborado especificamente para este empreendimento.

O gerenciamento dos resíduos teve como objetivo encaminhar para a reciclagem 75% ou mais do “lixo” gerado durante a etapa de obras. Foram contratadas empresas de-vidamente licenciadas nos órgãos ambien-tais para realização do transporte e tam-bém para o recebimento dos resíduos.

“Toda movimentação deste material foi realizado via Manifesto de Resíduos, em conformidade com a legislação estadual DZ-1310 R-7 – Sistema de Manifesto de Re-síduos, aprovada pela Deliberação CECA nº 4497, de 03/09/04 e publicado no DoRJ de 21/09/04. Além disso, foram beneficiados resíduos de madeira, plásticos, papéis/pa-pelões, resíduos perigosos, resíduos metá-licos, entulho e outros”, finaliza Silveira.

Logística da obra

A Logística da obra baseou-se no PLAN Do CHECK ACT (PDCA):

• Contratação de empresas especializadas para cada serviço: Construção Civil, Instalações Elétricas e Hidráulicas e Instalações de Ar Condi-cionado

• Construção do Canteiro de obras a fim de organização na entrada de saída de materiais e saída de entulhos

• Acompanhamento dos serviços através de cronograma físico-financeiro, cronograma de suprimentos e plano de ataque

• Procedimentos, treinamentos e controles de materiais e equipamentos

• organização de Layout, fluxo de pessoas e métodos executivos

• Controles e indicadores de desempenho

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Qualidade a cada passo

O desenvolvimento do projeto do Complexo B. Braun contou com a mais moderna tecnologia e com bases sólidas de engenharia nas soluções empregadas. Nas estruturas metálicas, por exemplo, fo-ram utilizadas ferramentas de modelagem e simulação computa-cional de última geração, conferindo aos serviços um elevado grau de confiabilidade e precisão. “Contribuímos com a formulação e oti-mização dos conceitos estruturais empregados, com o desenvolvi-mento do projeto e na implementação de soluções industrializadas, promovendo, como consequência, redução nos custos e maior agi-lidade nos processos construtivos”, conta Luis Carlos xavier, Diretor da Excenge - Excelência em Engenharia.

Segundo xavier, tudo foi feito de forma integrada para estimu-lar e viabilizar a prática da colaboração nas etapas sequenciais de um projeto. “O projeto multidisciplinar integrado reduz os esforços de gestão das interfaces interdisciplinares entre empresas distintas, aumenta o nível de confiabilidade das informações, resultando em redução do tempo de elaboração da documentação, melhor con-trole de custos e gestão do orçamento”, explica.

o Diretor acredita que concentrar projetos de diversas disciplinas

sob a responsabilidade de uma única em-presa, desde que devidamente qualificada para tal, aumenta a perspectiva de que as metas do projeto, incluindo cronograma, custos de ciclo de vida, qualidade e susten-tabilidade, sejam alcançados.

A avançada base tecnológica que supor-ta os processos de projeto é uma grande aliada. A empresa emprega em seus traba-lhos a tecnologia BIM (Building Informa-tion Modeling) – projeto em 3D, com obje-tos e entidades gráficas associadas a bases de dados de especificações, características de performance, dados operacionais, entre outras. Esta tecnologia ajuda a empresa a exceder às exigências cada vez maiores dos clientes ao facilitar e integrar os esfor-ços colaborativos de proprietários, arquite-tos e engenheiros envolvidos nos projetos

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de qualquer empreendimento. O modelo BIM, desenvolvido na fase de projeto, pode ser enten-

dido como “a construção virtual do empreendimento”, o que viabi-liza a antecipação e eliminação de interferências e outros proble-mas que, no processo convencional de projeto, poderiam vir a ser identificados apenas durante as obras. o impacto financeiro do uso dessa tecnologia é bastante significativo, considerando a econo-mia obtida pela eliminação de retrabalhos, adaptações de campo e eventuais paralisações de serviços.

Como o modelo BIM não é apenas uma representação tridimen-sional do edifício, mas sim um repositório de informações de todo o empreendimento, o valor do BIM para os proprietários transcen-de a fase de projeto. Sua integração aos processos relacionados à gestão dos demais ciclos da vida (construção, ocupação, operação e manutenção) proporciona ganhos ainda mais expressivos, sen-do possível, por exemplo, integrar a gestão das instalações (FM) às funcionalidades proporcionadas pelo modelo BIM, sejam estas pro-venientes do modelo geométrico ou da base de dados que contêm todas as características e dados da totalidade de seus elementos.

Expertise

A Excenge - Excelência em Engenharia tem como vocação e expertise o desenvolvimento de projetos multidisciplinares de engenharia nos segmentos industrial, predial e de infraes-trutura, com atuação em mer-cados com características tão distintas e desafiadoras como o Brasil, Angola e, mais recen-temente, o Paraguai, onde rea-liza os primeiros negócios.

A empresa desenvolve proje-tos integrados multidisciplina-res nas seguintes especialida-des: terraplenagem, drenagem e pavimentação, fundações e superestruturas metálicas e de concreto, instalações prediais e industriais eletromecânicas, de utilidades, de combate a incên-dios, de automação e de HVAC.

“Nossa estrutura leva em conta o emprego de recursos materiais e talentos huma-nos de elevado nível de qua-lificação, disponibilizando aos clientes o melhor dos esforços e experiências, no conteúdo e tempo em que se fizerem ne-cessários, com o máximo de eficácia e flexibilidade”, afirma Luis Carlos xavier, Diretor da empresa.

Desenvolver parcerias, an-tecipar e suprir necessidades, preferencialmente superan-do expectativas dos clientes, são elementos indissociáveis da cultura empresarial da Ex-cenge, como sustentáculos de uma estratégia de fidelização e de reconhecimento da mar-ca no segmento da Engenharia Consultiva.

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“As ferramentas utilizadas em todas as disciplinas do projeto são as soluções BIM da Autodesk, contidas nas Suítes de Infraestrutu-ra (Infrastructure Design Suite), Edificações (Building Design Suite) e Plantas Industriais (Plant Design Suite)”, revela.

Os softwares Autodesk BIM promovem um método avançado de trabalho colaborativo, usando um modelo criado a partir de informações coordenadas e consistentes. O processo viabiliza a tomada de decisões nas etapas de desenvolvimento do projeto, a produção de documentação de melhor qualidade e a avaliação de alternativas para o projeto sustentável, a compatibilização inter-disciplinar e a adoção de melhorias, permitindo análises e simula-ções altamente qualificadas, antes do início da construção.

“O projeto desenvolvido para a B. Braun está colhendo os bene-fícios do uso dessas ferramentas integradas, que agregam grande valor e eficácia às atividades de projeto, modelagem e análise, po-tencializando o verdadeiro e insubstituível papel do homem, que é o processo criativo”, acredita xavier.

A primeira etapa do complexo, composta pelo Armazém de Lo-

gística, Armazém de Inflamáveis, Central de Utilidades, Portaria e Sistema Viário do em-preendimento encontra-se com a constru-ção concluída e em fase de pré-operação.

A próxima etapa de implantação, que con-templa a Unidade Fabril, a ampliação do Ar-mazém de Inflamáveis, da Portaria e da Cen-tral de Utilidades, está, atualmente, na fase de desenvolvimento do Projeto Executivo.

Cuidado ambientalAs principais expectativas da B. BRAUN, em

razão da natureza e especificidades dos usos das edificações, estavam focadas na solidez da engenharia básica e na proposição de solu-ções inovadoras, que desafiassem os paradig-mas para os sistemas e instalações previstos, privilegiando o desempenho energético e o

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Luis Carlos Xavier, Diretor da Excenge - Excelência em Engenharia

“O projeto multidisciplinar integrado reduz os es-forços de gestão das interfaces interdisciplinares entre empresas distintas, aumenta o nível de con-fiabilidade das informações, resultando em redução do tempo de elaboração da documentação, melhor controle de custos e gestão do orçamento”

comprometimento com os requisitos de sustenta-bilidade inerentes à Certificação LEED pretendida, que é a categoria Ouro.

Nesse contexto, destaca-se o sistema de HVAC, cuja concepção maximiza o potencial de racio-nalização do uso de energia, por meio de estra-tégias como o controle entálpico na utilização do ar de retorno e/ou do ar exterior no armazém, o aumento dos diferenciais de temperatura da água gelada, uso de chillers em série, a elimina-ção de resistências para reaquecimento de ar, o uso de roda entálpica no tratamento de ar exte-rior da área de produção, entre outras.

“Foram também projetados sistemas de cap-tação e reuso de águas pluviais das coberturas das edificações, medidas para racionalização do consumo de água potável, sistemas de aqueci-mento solar, onde aplicáveis, estando também previstas soluções para recuperação da energia consumida nos compressores de ar dos proces-sos de produção”, revela o Diretor da Excenge.

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Investimento, capacidade, humanização e tecnologiaHospital Sírio-Libanês inaugura novas torres e marca o projeto de expansão da instituição

No dia 23 de abril, o Hospital Sírio-Li-banês inaugurou suas novas torres, localizadas no bairro da Bela Vista em São Paulo. Além de duplicar a

capacidade da instituição, os novos prédios marcam o projeto de expansão da instituição.A construção das novas torres teve início

em 2009, com investimento de, aproximada-mente, 1,9 bilhão de reais, que também inclui a modernização e ampliação de estruturas já existentes, como o Ponto Atendimento, e o Centro de Diagnósticos. Além da abertura de unidades externas, duas delas em São Paulo: Itaim e Jardins e mais duas em Brasília, dedi-cadas à oncologia clínica e radioterapia.Segundo Gonzalo Vecina Neto, Superinten-

dente do Hospital Sírio-Libanês, as reformas e ampliações estão transformando a instituição em um hospital contemporâneo. “Este com-plexo, com 85 mil m² e modernos sistemas de geração de energia elétrica para contingencias, de ar-condicionado, de tratamento de esgoto para o reaproveitamento de água e menor uti-lização de carga elétrica é um edifício ambien-talmente correto, que atualizou o restante dos edifícios também”, afirma.

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De acordo com o Superinten-dente, toda a parte de infraes-trutura foi transferida também para os outros prédios do Sí-rio-Libanês. “Nós fizemos uma grande mudança no parque hospitalar do ponto de vista destes aportes logísticos que o hospital precisa para funcionar. Além disso, na nova torre, há uma atualização do espaço de conforto do paciente”.Com essa expansão, o hospital

passará de 352 para 650 leitos, em uma área construída com aproximadamente 166 mil m². “Esta é uma edificação extrema-mente complexa sobre todos os aspectos. Com isso, a obra rea-lizada tornou-se ímpar, tanto pelo seu tamanho, quanto por ter sido realizada com o hospital em funcionamento”, diz Antonio Carlos Cascão, Superintendente de Engenharia e Obras do Hos-pital Sírio-Libanês.

Antonio Carlos Cascão, Superintendente de Engenharia e obras do Hospital Sírio-Libanês

“Esta é uma edificação extremamente complexa sobre todos os aspectos. Com isso, a obra reali-zada tornou-se ímpar, tanto pelo seu tamanho, quanto por ter sido realizada com o hospital em funcionamento”

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Segundo Cascão, outro ponto que denotou dificuldade ao processo foi a logística de implantação da obra, pois com as restrições que existem no município de São Paulo, em re-lação a circulação de veículos de grande porte, foi preciso trabalhar de modo planejado para abastecer a obra. “Conciliar isso com os interes-ses dos vizinhos, para causar o me-nor impacto possível na vizinhança, trazendo materiais e abastecendo durante a noite, sem dúvida neces-sitou de um bom gerenciamento”.

Novo acessoAlém das novas torres como um

todo, o novo acesso ao hospital tam-bém merece destaque, pois criou a interligação do novo prédio (bloco G) com a edificação já existente.Para o sucesso da construção, o tra-

balho conjunto foi fundamental, a começar pela compatibilização dos projetos de engenharia e arquitetu-ra. “Tudo precisava estar amarrado e

Gonzalo Vecina Neto, Superintendente do Hospital Sírio-Libanês

“Este complexo, com 85 mil m² e modernos sis-temas de geração de energia elétrica para con-tingências, de ar-condicionado, de tratamento de esgoto para o reaproveitamento de água e menor utilização de carga elétrica é um edifício ambien-talmente correto, que atualizou o restante dos edifícios também”

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dentro da mesma logística, pois, como todos já sabem, executar uma obra com um hospital em funcionamento não é fácil, ainda mais naquela região e com as restrições que tínhamos. Pre-cisamos adequar as tarefas e os ho-rários, além de realizar isolamento e contar com as limpezas constantes”, comenta Celso Moura, Diretor da Cer-tek Construtora, também responsável pela obra. outra dificuldade que pre-cisou ser vencida foi o transporte ver-tical dos materiais e pessoas.Para que a pavimentação não atrapa-

lhasse o dia a dia da instituição, a empresa agendou junto ao hospital o melhor dia e horário para que a execução não gerasse transtornos à rotina. “Para garantir a segu-rança dos usuários, fizemos o isolamento com tapumes metálicos”, completa.

Atendimento à Dengue

Com a epidemia de Dengue se alastrando em São Paulo, a sala de atendimento à Dengue do hospital também passou por obras. Foram reformados e adequados os dois ambien-tes existentes no local.O processo, dividido em duas

etapas, precisou ser executado sem interferir nas atividades normais da instituição, para isso foi criado um isolamento no ambiente de obra.

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o investimento do Hospital Sírio-Libanês em sua infraestrutura engloba também a tecnologia e a se-gurança dos pacientes. Para garantir esta segurança, a instituição investiu na mais moderna tecnologia em sistemas IT-médico com sistema de localização de falhas/defeitos de forma automática e interliga-da ao supervisório do hospital. “O trabalho integrou a interligação dos sistemas existentes anteriormen-te no hospital com os sistemas IT-médicos atuais das torres novas. Ou seja, todos os sistemas estão monitorados/visualizados no supervisório criado em linguagem ModBus/TCP. o desafio foi vencido com muito trabalho desde a análise prévia da venda até o pós-venda/comissionamento”, conta o enge-nheiro Sérgio Castellari, Diretor da RDI Bender .A tecnologia em IT-médico instalada nas novas

torres possui localização de falhas fixa automática com novos componentes DSIGS427 e localizadores compactos LFFR51, o que gerou a redução de tama-nho dos painéis elétricos e otimização de compo-nentes. “Isso agrega maior confiabilidade e agilida-de para a engenharia. Outro ponto foi a interligação de todos os dados e alarmes com o sistema super-visório do hospital em linguagem Modbus/TCP”, afirma o engenheiro.A ligação com a central de alarmes através de um

sistema de dados gera mais segurança aos pacien-tes, pois a informação é transmitida de forma ágil e segura, reduzindo o tempo entre a transmissão de informação, localização e eliminação do defeito. “Este assunto é um ponto extremamente impor-tante, pois a complexidade e tamanho do projeto geram automaticamente um volume de dados/alar-mes muito grande, no qual fica muito complexo o trabalho de receber as informações e consequente procura de defeitos”.

Tecnologia e Segurança

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EspaçoUm projeto de instalações elétricas em estabe-

lecimentos assistências de saúde deve ter o cui-dado de prever espaços físicos em pisos técnicos para os transformadores de separação. Além dis-so, precisa prever espaços para os quadros elétri-cos e anunciadores de alarme. “O projeto elétrico deve prever os detalhes do sistema IT-médico em acordo com a NBR5410 e NBR13534, bem como um memorial detalhado dos componentes do sis-tema IT-médico com as devidas exigências nor-mativas dos componentes”, explica Castellari.Após as primeiras instalações feitas, a equipe

da RDI Bender começou a ministrar treinamentos para todos os turnos da manutenção da institui-ção. “Este treinamento é de suma importância, pois a manutenção deve saber interpretar os alar-mes e efetuar os trabalhos conforme os mesmos. A agilidade em efetuar a localização do problema é importante a segurança do paciente”, conclui.

EquipamentoForam fornecidos 235 sistemas IT-médico que

atendem 100% das normas nacionais e interna-cionais:• DSI- Dispositivo Supervisor de Isolamento

em acordo com as normas NBR13534:2008 e IEC61557-8: 2007 + Anexo A, IEC61557-9: 2009.• Localizador de falhas fixo em acordo com as

normas: NBR5410: 2005, IEC61557-9: 2009.• Anunciadores de alarme em acordo com as

normas NBR13534: 2008.• Transformadores de separação em acordo

com as normas NBR13534: 2008 e IEC61557-8-15: 2013.• Painéis elétricos em acordo com a NBR

IEC61439. Estes painéis elétricos fornecidos apre-sentaram uma solução inovadora para atender os requisitos do projeto em acordo com a LEED.

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Retrofit

Se engana quem pensa que o Hospital Sírio-Linabês in-vestiu apenas na ampliação. Para manter todas as edifica-ções do complexo e alas da instituição em um mesmo pa-drão de qualidade e estético, o hospital investiu também no retrofit de algumas alas, entre elas, o Centro Cirúrgico, contemplando os Vestiários, Patologia Clínica, Suprimen-tos, Indução Anestésica, Conforto Médico, Conforto de En-fermagem, Posto de Enfermagem, Câmara Escura, Sala de Equipamentos e Recepção UTI. “A primeira obra que executamos para Hospital Sírio-Liba-

nês foi de retrofit do Centro Cirúrgico. Esta obra foi faseada em várias etapas. Para a execução do projeto, sugerimos reengenharia de execução para agilizar e minimizar os im-pactos e prazos, além da compatibilização dos projetos de arquitetura, com instalações que minimizassem os prazos”, lembra Kegham Dadian, Diretor da Ararat Engenharia, res-ponsável pelo processo.Segundo Dadian, o processo apresentou algumas dificulda-

des, a maior delas, operar com o Centro Cirúrgico em funcio-namento. “Não podíamos interferir na rotina do hospital. Foi uma obra complexa, porém com planejamento detalhado, a medida que os serviços evoluíam, íamos ganhando mais confiança da equipe dos gestores do Centro Cirúrgico”.Para não interferir na rotina do Centro Cirúrgico, a em-

presa de engenharia apostou no planejamento e fez uso também de algumas técnicas para diminuição dos ruídos, como isolamento e compartimentação das áreas, o que au-xiliava também na preocupação com a contaminação das áreas hospitalares.“Fizemos tudo sem deixar a sustentabilidade de lado. Para

isso, separamos todo o material da demolição por tipo, fer-ro, madeira, vidro e gesso, fazendo o descarte através de empresas devidamente certificadas para reciclagem. Alguns materiais, como as luminárias, eram entregues à manuten-ção do hospital, que as reutilizava nos reparos e concertos”.outra preocupação durante este retrofit esteve ligada à se-

gurança na transitação dos pacientes. Para garantí-la, além dos isolamentos dos setores estanques, foram sinalizados os fluxos de entrada e saída, além da comunicação cons-tante mantida entre a equipe de obras e as áreas envolvidas no processo. “A parceria com os gestores foi extremamente importante para isso. Eles contribuíram com informações que fizeram com que interferíssemos o mínimo possível nas áreas adjacentes”, finaliza Dadian.

“Fizemos tudo sem deixar a sus-tentabilidade de lado. Para isso, se-paramos todo o material da demo-lição por tipo, ferro, madeira, vidro e gesso; fazendo o descarte através de empresas devidamente certifi-cadas para reciclagem. Alguns ma-teriais, como as luminárias, eram entregues a manutenção do hospi-tal, que as reutilizava nos reparos e concertos” - Kegham Dadian, Dire-tor da Ararat Engenharia

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Informe Publicitário

Voltada para o mer-cado de acabamen-tos, a Don Artesano

trabalha com a manipula-ção de materiais sólidos. A história da empresa que, desde 2000, investe em Corian, hoje seu pro-duto principal, começa no segmento de marcenaria, em uma empresa familiar com tradição de criar mó-veis exclusivos e feitos sob medida. “Foi assim que construímos nosso nome no mercado e nos prepa-ramos para um dia poder explorar todo o potencial do Corian como produto de acabamento refinado”, diz Pedro Solares, Diretor da Don Artesano.Hoje, a empresa se desta-

ca no mercado como pro-

Inovação em matéria-primacessador premium de Co-rian. “Este material, por ser constituído de acrílico e minerais naturais, apresen-ta a elegância da pedra e a versatilidade da madeira. E é nessa hora que conta a experiência de Don Arte-sano adquirida no período em que investia na criação de peças únicas”, salienta.O produto atende aos

mais ousados projetos. Isso porque permite inovação em decoração e design, uma vez que pode ser sub-metido à termomoldagem, ganhando formas criativas ilimitadas. “Além disso, o material tem ganhado es-paço também nas institui-ções de saúde, uma vez que facilita a limpeza, a desin-fecção e descontaminação,

reduzindo os riscos de con-taminação cruzada, que po-dem levar à disseminação de infecções hospitalares”.Trata-se de uma super-

fície sólida e não porosa, que não permite a prolife-ração de micróbios quan-do devidamente limpa. Suas emendas são imper-ceptíveis, possibilitando uma superfície contínua e homogênea.“A Don Artesano vem

consolidando sua atuação como processador pre-mium junto a clínicas médi-cas, hospitais, consultórios, maternidades e laborató-rios. Nossa equipe bem treinada e motivada ven-ce sempre novos desafios ao dar forma aos projetos mais arrojados e comple-

Don Artesano investe no desenvolvimento de peças em Corianxos”, garante Solares.Entre as instituições de

saúde para as quais a empresa já desenvolveu peças em Corian estão o Americas Medical City, o Hospital Samaritano, Hos-pital do Cérebro, Hospital Pró-Cardíaco, Hospital São Lucas, entre outros.“Em todos os trabalhos

que se envolveu, a Don Ar-tesano mostrou sua capaci-dade para executar projetos diferenciados, que exigiam precisão, habilidade e boa dose de ousadia. Hoje, so-mos referência em obras dos mais variados tama-nhos, que precisam de um toque de arte e da garantia de perfeição em cada deta-lhe que envolve uma peça em Corian”, finaliza Solares.

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Fórum de PalestrasEvento reúne profissionais renomados para discutir as novas ferramentas para a sustentabilidade

No dia 19 de março, importantes nomes da arquitetura reuni-ram-se, em Ribeirão Preto, no 4º Fórum de Palestras, maior encontro de profissionais e estudantes de arquitetura e de-sign da região. O tema que norteou as apresentações e dis-

cussões foi as novas ferramentas para a sustentabilidade em design, arquitetura e paisagismo. “o intuito é despertar a consciência sustentável nos profissionais e mos-

trar que é possível desenvolver boas práticas na hora de construir sem alto custo. Essa é a nova realidade de todo o mundo e precisamos utilizar essas ferramentas para garantir um futuro melhor a todos”, explica Elaine Criscuo-lo, Presidente do Clube Mais e uma das organizadoras do encontro.O evento, promovido pelo Clube Mais, grupo formado por empresas

de Arquitetura, Engenharia e Design da cidade, contou com a presença de Hugo França, Ricardo Julião, Ricardo Cardim e Lair Reis.Julião, que atua também na área da saúde com projetos em grandes

instituição de São Paulo, como os Hospitais Samaritano, Santa Helena, Sírio-Libanês, A.C. Camargo, entre outros, declarou em entrevista à Heal-thARQ que implantar medidas sustentáveis em uma obra acresce seu valor entre 5% e 15%, por isso ainda existe alguma dificuldade em con-

vencer os clientes de que vale a pena investir em uma construção verde.No caso das instituições hospitalares,

o arquiteto considera que, em muitos casos, a verba restrita para a cons-trução pesa na escolha sustentável, mas que tem conseguido disseminar a sustentabilidade em seus projetos. “A reutilização de água, por exemplo, é sempre um bom argumento, pois além de preservar a água, haverá uma redução no consumo e, consequente-mente, na conta”, reforça.Já Hugo França, conhecido por suas

esculturas mobiliárias de nature-za monumental, acredita que tudo pode ser pensado de uma maneira sustentável. “Nós precisamos pensar em causar menos impacto ao nosso

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ecossistema. A partir do instante que você enxerga que as coisas po-dem estar mais em harmonia, você encontra a saída. A criatividade talvez seja a mais importante ferramenta neste processo”.Para Julião, a sustentabilidade e a humanização são fundamentos que

estão ligados na construção, por exemplo, em uma fachada exposta ao sol, na qual é possível implantar paisagismo, em que as árvores som-brearão a fachada e darão ainda sensação de bem-estar aos usuários.Para garantir a aplicação das medidas sustentáveis nas edificações,

“A reutilização de água, por exemplo, é sempre um bom argumento, pois além de preservar a água, haverá uma redução no consumo e, consequentemente, na conta” - Ricardo Julião

“Nós precisamos pensar em causar menos impacto ao nosso ecossistema. A partir do instante que você enxerga que as coisas podem estar mais em harmonia, você encontra a saída. A criatividade talvez seja a mais importante ferramenta neste processo”- Hugo França

duas certificações têm ganhado es-paço no Brasil, a LEED (americana) e a AqUA (francesa). “A LEED é a mais pragmática que existe, mas apesar de ser bastante exigente, é possível enquadrar-se, nem que seja no seu nível mais baixo, que ainda assim, será bastante honroso”, finaliza.

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Encontro de renomesCongresso na Europa reúne importantes nomes da arquitetura e engenharia mundial

Nos dias 3 e 4 de junho, será realizado na Finlândia, o Congres-so Europeu de Engenharia Hospitalar. Organizado a cada dois anos, o Congresso é realizado pela IFHE Europa, Federação In-

ternacional de Engenharia Hospitalar, que compreende mais de trin-ta associações do setor de todos os continentes. “A IFHE Europa foi fundada em 2005, em Estrasburgo, e une as associações de doze paí-ses: Bélgica, Alemanha, Finlândia, França, Reino Unido, Países Baixos, Áustria, Noruega, Itália, Portugal, Suíça e Espanha”, conta Juha Ran-tasalo, Presidente da Associação de Engenharia Hospitalar da Finlân-dia (AFHE) e da Federação Internacional de Engenharia Hospitalar na

Europa (IFHE-Europe), além de Diretor Técnico do Hospital Tu Verst.Essa será a primeira vez que o con-

gresso ocorrerá na Finlândia, em Turku. “Nossa expectativa é receber o dobro de pessoas que participaram do último congresso, esperamos, entre ouvintes, expositores e palestrantes, cerca de 500 participantes”, diz Rantasalo.Na área voltada para exposição, have-

Turku, na Finlândia

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rá empresas de diferentes setores, como equipamen-tos médicos, ar-condicio-nado, desinfecção, teleco-municações, elevadores, sistemas de tubos, siste-mas de segurança, siste-mas de filtragem de ar, sistemas elétricos, entre outros. Estarão expostas entre 70 e 100 empresas nacionais e internacionais que prestam serviços para hospitais.De acordo com Ranta-

salo, o principal objetivo do evento é fornecer in-formações de inovações e experiências, incluin-do todos os setores de engenharia hospitalar, segurança, meio-am-biente, arquitetura, enge-nharia médica e liderança de organizações técnicas. “Nosso tema este ano é: melhor produtividade na área da saúde com o auxí-lio da tecnologia”.Simultaneamente ao

Congresso Europeu, estará ocorrendo também o Con-gresso da Associação Hos-

pitalar de Engenharia da Finlândia, que conta com cerca de 420 membros, e também as reuniões do Conselho da IFHE, que con-tarão com participações de representantes brasi-leiros, como os membros da ABDEH Márcio olivei-ra e Fábio Bitencourt, que fará uma palestra durante o Congresso destacando o tema da segurança do paciente e o conforto am-biental em edifícios hos-pitalares (Human comfort and patient safety in heal-thcare: demands, percep-tions and solutions), as-sunto que a Organização Mundial de Saúde (oMS) e a IFHE têm apresentado e discutido como prioridade internacional. “O encontro das maio-

res autoridades mundiais nas questões de planeja-mento, projeto e pesqui-sa sobre ambientes de saúde acontece durante o Council Committée da Federação Internacional de Engenharia Hospita-

lar (IFHE), portanto, essa é uma oportunidade de organizar conceitos, re-conhecer práticas e ten-dências sobre o futuro, ao mesmo tempo em que pode-se contribuir com a divulgação do cenário atual em nosso País”, re-força Fábio Bitencourt.Na reunião do conselho,

que foi estabelecido em 1970, há dois representan-tes de cada uma das asso-ciações que integram o grupo, e tem objetivo ad-ministrativo, de como lidar com o orçamento, relató-rios de cada associação e algumas tarefas especiais. “Atualmente, a América Latina está com seis paí-ses participantes (Argenti-na, Brasil, Costa Rica, Co-lômbia, Chile e Uruguai), além do México que está em processo de avaliação e acesso. Temos ainda a Presidente da Federação, a arquiteta argentina Lilia-na Font e eu, representan-do o Brasil, como mem-bro do Comitê Executivo”,

conta Bitencourt.Márcio Oliveira, atual

Presidente da ABDEH, re-presentará a entidade na ocasião. “Participar deste encontro é bastante im-portante para a ABDEH, pois estamos ganhando poder de influência, por-tanto, marcar presença é fundamental. Aproveitare-mos a ocasião para fazer um convite, que a próxima reunião do Conselho acon-teça no Rio de Janeiro em 2017”, revela.Convidado para integrar

um grupo acadêmico den-tro da Federação, durante o período na Finlândia Olivei-ra participará também do primeiro encontro do gru-po, que visa a cooperação entre as universidades de diferentes partes do mun-do na difusão dos conhe-cimentos em arquitetura hospitalar. “Já estou em contato com alguns profes-sores do Japão, da Suécia e da Itália, lá teremos a opor-tunidade de conversar pes-soalmente”, finaliza.

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100 Mais Influentes da SaúdeGrupo Mídia homenageia os nomes de destaque no setor da saúde através da revista HealthCare Management (HCM)

Infraestrutura de Engenharia

Pelo terceiro ano consecutivo, o Grupo Mídia, através da revista Health-Care Management (HCM), elegeu as pessoas que mais se destacaram no setor da Saúde. Porém, sempre em busca de inovações, este ano o

prêmio apresentou algumas novidades: desta vez, o público pode participar, votando nos principais nomes em cada categoria. Mas as mudanças não param por aí. Além da votação aberta, o prêmio

ganhou novas categorias com o objetivo de abranger toda a comunidade de saúde, sendo hospitalar, empresas, indústrias, fornecedores, operadoras e outras vertentes.No total, são 20 categorias, com cinco nomes em cada uma delas. A disputa

será mais acirrada neste ano. Isso porque, diferentemente das edições ante-riores, agora serão colocados, lado a lado, gestores de hospitais, CEO, CIO, CFO de instituições de saúde e empresas.Renomados profissionais de arquitetura e engenharia foram eleitos em

quatro diferentes categorias, In-fraestrutura de Engenharia: Salim Lamha Neto, Flávio Kelner, Rob-son Szigethy e Lauro Miquelin, Antonio Carlos Cascão; Projeto de Humanização: Moema Wer-theimer, Sérgio Reis e Teresa Gouveia; Sustentabilidade: Sie-gbert Zanettini, Gizele Ivanoff e Arthur Brito, e Provedor de Servi-ços: Ricardo Bender.Conheça um pouco mais sobre

o trabalho desenvolvido pelos eleitos no último ano:

salim lamha netoAinda que em 2014 a queda da atividade econômica no Brasil já desse

seus primeiros sinais, Salim Lamha Neto, Presidente da MHA Engenharia, conseguiu obter naquele ano mais de 70% do faturamento de clientes que já haviam trabalhado com a MHA. “São clientes que estão conosco há 20, 30 anos. Isso confirma a satisfação de nosso público.” Entre os projetos de destaque realizados no ano passado, estão a ampliação dos hospitais Sírio-Libanês, Alemão Oswaldo Cruz, e os novos como o Hospital das Américas, Hospital de Parelheiros e o Hospital de Brasilândia. Para 2015, Lamha afir-ma que haverá um investimento contínuo em treinamento da equipe, que hoje conta com mais de 300 profissionais.

Flávio KelnerA RAF Arquitetura completou 25 anos de atuação e, sob a liderança de Flá-

vio Kelner, a empresa vem consolidando sua marca no cenário nacional. No último ano, sua gestão empenhou-se na implementação de um sistema de gestão em busca do aprimoramento na qualidade dos serviços em todo o processo do projeto arquitetônico, tanto na área técnica, como também no relacionamento com os clientes. outro grande marco de Kelner foi expandir a empresa para todo o Brasil, tendo como pontapé inicial um novo escritó-rio em São Paulo. Destaca-se também sua atuação em importantes projetos como no Instituto Nacional do Câncer (Inca), e em unidades da Rede D´or.

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robson szigethyDiretor-executivo do Grupo Amil/United Health Group, Robson Szigethy

possui 20 anos de experiência no segmento de engenharia e arquitetura da Saúde. No último ano, seu maior desafio foi a conclusão da construção do Americas Medical City, no Rio de Janeiro, um dos maiores e mais avançados complexos médico-hospitalares da América Latina. Também se destaca em sua gestão o início da utilização da ferramenta BIM e a evolução nos contro-les de gestão dos projetos e construções em andamento. Para 2015, Szigethy tem como grande desafio a finalização da construção do Hospital TotalCor, em São Paulo, que está em fase de certificação pelo Green Building Council.

lauro MiquelinCom um olhar focado no paciente e outro na equipe multidisciplinar, a ges-

tão de Lauro Miquelin, Fundador e Diretor da L+M, no último ano, criou bases sólidas em todo o Brasil e América Latina. “Sempre pensamos de forma ma-cro, ou seja, em tudo o que é possível para oferecer um espaço acolhedor em ambientes de saúde. Ou seja, pensar nas diversas maneiras de aproximar as pessoas, imprimindo cada vez mais o trato humanizado, que é o DNA da pro-moção à saúde”, ressalta. Para seguir tal estratégia, sua gestão vem investin-do, cada vez mais, em pessoas, formando uma equipe formada por médicos, técnicos, arquitetos, engenheiros, enfermeiros, administradores.

antônio Carlos CascãoA conclusão das obras de expansão do Hospital Sírio-Libanês e a ocupação

simultânea das novas instalações foram as grandes conquistas de Antônio Carlos Cascão, Superintendente de Engenharia e obras da instituição. Vale destacar também a implantação de uma série de projetos que integram a gestão ambiental às atividades do hospital, como a conclusão da implantação das Estações de Tratamento de Esgoto e de Tratamento de Água. “Para 2015 e 2016, os maiores desafios serão garantir que a operação dos novos edifí-cios ocorra de forma integrada, e em conformidade com as especificações. Também vamos implantar novas tecnologias nas áreas existentes de forma a adequá-las ao estado da arte das novas torres.”

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Projetos de humanização

Moema WertheimerEm 2014, Moema Wertheimer, Diretora da MW Arquitetura, conseguiu

abranger, significativamente, o trabalho do escritório em projetos na área da saúde. Entre os cases assinados por Moema estão projetos no Hospital Samaritano (SP), Hospital e Maternidade São Luiz e no Instituto do Cora-ção (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Univer-sidade de São Paulo. A perspectiva para 2015 é colocar em prática todo o trabalho de 2014, que foi o de buscar projetos desafiadores no segmento da saúde. “Este será o ano dos resultados, o ano da concretização de todo o trabalho feito ao longo de 2014.”

sérgio reisArquiteto formado pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo,

Sérgio Reis traz em seu portfólio pessoal mais de 200 projetos específicos na saúde. São cases que envolvem desde a reestruturação de hospitais até a concepção de complexos hospitalares. Na direção da Emed Arquitetura Hospitalar, Reis ampliou a participação do escritório em novos projetos junto ao sistema Unimed, além de consolidar a atividade como gerencia-dora de obras em empreendimentos de grande importância para o mer-cado da saúde no Brasil. “Manter nossa empresa alinhada aos interesses do mercado, encantar nossos clientes e aprimorar, sempre, os processos e parcerias estratégicas são meus grandes desafios”, ressalta.

Teresa gouveia Em 2014, a arquiteta Teresa Gouveia conseguiu entregar 33 mil metros

quadrados de projetos pontualmente, e registrar um crescimento de 18% em comparação com 2013. Também no ano passado, seu escritório come-morou 10 anos de atuação no mercado, assumindo importantes projetos na saúde. São cases para setores específicos, como hemodiálise, hemodi-nâmica, centro de diagnóstico por imagem, centros cirúrgicos, UTI, orto-pedia, pronto atendimento, além de áreas de apoio e laboratórios. “Este ano, sem dúvida, o desafio será crescer. Apesar do cenário político atual, continuaremos firmes neste propósito e vamos nos empenhar para con-quistar novos mercados”, ressalta.

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Sustentabilidade

Provedor de Serviços

siegbert zanettiniEsse foi mais um ano repleto de vitórias e conquistas para o arquiteto Sie-

gbert Zanettini. Entre elas estão a inauguração o Hospital Moriah, retrofit de um antigo edifício que resultou em um design marcante; novas alas no Hospital Mater Dei; projeto com estrutura metálica, fachadas unitizadas, divisórias em drywall e lajes steel deck. Além disso, Zanettini se dedicou também no projeto do Complexo B.Braun; do Grupo Fleury; e do novo bloco do Hospital São Camilo Pompeia. Seus próximos desafios são o Pla-no Diretor e projeto do Hospital Santa Julia, em Manaus; o projeto para o Hospital Bandeirantes utilizando o conceito Fast Track; e o projeto de uma nova unidade do Hospital Mater Dei em Betim.

arthur britoEm 2014, a gestão de Arthur Brito, Diretor-executivo da Kahn do Brasil,

ampliou a capacidade de calcular o consumo de água e energia dos proje-tos hospitalares através do Performance-Based Design (projetos baseados em desempenho). Assim, os gestores passam a conhecer os efeitos das decisões de projeto no Custeio do Ciclo de Vida do Edifício, resultando em economias para os hospitais. Com um planejamento estratégico integrado, instrumentos de avaliação de cenários não lineares, como Design Thinking e Innovation Hub, sua gestão vem produzindo planos diretores e projetos preparados para os novos modelos de financiamento em saúde, as tecno-logias disruptivas e os desafios regulamentares.

gizele IvanoffEm 2014, Gizele Ivanoff, Gerente de Engenharia do Hospital Samaritano

(SP), conseguiu engajar toda a equipe e conscientizá-la quanto à impor-tância da sustentabilidade e do consumo consciente dos recursos hídricos. “O estímulo do grupo na busca de resultados através de projetos simples, inovadores e de aplicação imediata nos motivaram na busca pela redução do consumo.” Gizele também participou de todas as fases do retrofit de 150 leitos do hospital - desde o início, na definição dos padrões, contrata-ções de fornecedores, execução dentro dos custos e cronograma estabele-cidos. Seu grande desafio para 2015 será a busca pela autossuficiência no abastecimento de água no hospital.

ricardo benderRicardo Bender se destaca à frente da RDI Bender, empresa precursora

no mercado da saúde em sistemas de IT-médico. O executivo consolidou a empresa no mercado hospitalar, e seu desafio é continuar nessa crescente. Destaca-se também em sua gestão o lançamento da nova tecnologia do sistema IT-médico com localização de falhas fixa automática com novos componentes DSIGS427 e localizadores compactos LFFR51, o que gera a redução de tamanho dos painéis elétricos e otimização de componentes, proporcionando maior confiabilidade e agilidade para a engenharia. Este sistema foi instalado nas novas torres do Hospital Sírio-Libanês.

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Feira gera R$600 milhões para o setor construtivoFeicon Batimat reúne 118 mil visitantes qualificados em São Paulo

Realizada entre 10 e 14 de maio, a 21ª edição da Feicon Batimat - Salão Internacional da Constru-ção e maior vitrine do setor na América Latina,

reuniu, aproximadamente, 118 mil visitantes, gerando negócios em torno de R$600 milhões, segundo a As-sociação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção (Anamaco), superando as expectativas. Es-tiveram presentes duas mil marcas nacionais e inter-nacionais distribuídas em uma área de 85 mil m². Organizado pela Reed Exhibitions Alcantara Macha-

do, o evento apresentou, ao longo dos cinco dias, novidades e soluções para o setor construtivo. Parti-ciparam do Salão mais de 25 países. “Ficamos muito satisfeitos com a edição deste ano. Além de mostrar soluções práticas e baratas para a economia de água e energia, também foram lançadas novidades que farão a diferença para os profissionais do setor. o diferen-cial do Salão está em trazer para o Anhembi profis-sionais qualificados interessados em fechar negócios. “Tivemos cerca de 118 mil visitantes e podemos dizer que grande parte a fim de firmar parcerias e iniciar ne-gócios”, avaliou Liliane Bortoluci, Diretora do evento. Estima-se que 57% dos visitantes do salão estão inte-

ressados em fechar negócios. O público é formado por 27% de sócios-proprietários, 19% de diretores e 11% por gerentes. os outros 43% são técnicos, autôno-mos, assistentes, coordenadores, supervisores, entre outros. A maioria, 79% são da região Sudeste e 8,65% da Região Sul. “A participação no evento foi positi-

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va, com muita demanda do público por soluções de eficiência energéti-ca e de geração de eco-nomia de água. Tivemos grande procura em nosso estande, pois contamos com tecnologias e pro-dutos para atender estas necessidades, que atual-mente têm sido destaque e despertam o interesse dos visitantes da feira”, diz Rafael Campos, Vice-presidente de vendas da Bosch Termotecnologia. Representantes de 31

países compareceram ao Salão em busca de novi-dades e novos mercados. A maioria presente era da América do Sul, de paí-ses, como Paraguai, Uru-guai, Bolívia e Argentina. Também vieram visitantes dos Estados Unidos, Itá-lia, Venezuela, Portugal, Chile, Peru, China, entre outros. “Isso mostra que a Feicon Batimat desper-ta a atenção de outros países, graças ao grande volume de negócios que são fechados. Isso é uma grande conquista”, opi-nou Liliane.

DestaquesPensando em apresentar

grandes soluções aos vi-sitantes, a 21ª edição da Feicon Batimat teve vá-rios destaques, entre eles, a Ilha Sustentabilidade Água, a Casa Cerâmica, a TV SindusCon, o proje-to Madeira Legal e várias empresas apresentando

inovações em sistemas construtivos.

ConhecimentosUm dos diferenciais da

Feicon está também na produção de conheci-mento voltado para a for-mação e atualização pro-fissional. Ao todo, foram mais de 400 profissionais presentes em seminários e cursos sobre o segmen-to de construção. “Nós não focamos somente no lançamento de produtos, mas também em difun-dir, debater e fazer refle-tir sobre temas impor-tantes e atuais ligados à construção civil. Tivemos a Ilha do Conhecimen-to, um espaço inovador e exclusivo para que os expositores pudessem apresentar conteúdos técnicos e informações sobre seus produtos e serviços. Ele foi ainda um espaço para promover atualização profissional e conhecimento sobre produtos, equipamentos, tecnologias, tendências e melhores práticas de mercado”, explica Liliane Bortoluci. Entre os temas debatidos no espaço esti-veram Smart Grid; Gestão de Resíduos em obras; Água: Reuso e Economia; Tecnologia Aplicada a Projetos e obras; e EPI e Segurança em obras. A Eternit também pro-

moveu o curso Mãos à Obra que ofereceu capa-citação profissional com

a certificação de telha-distas, aplicador de placa cimentícia e carpinteiro metálico. Outra empresa que focou em conheci-mentos foi a SIL, fabrican-te de fios e cabos elétri-cos de baixa tensão, que realizou o treinamento gratuito sobre Consul-tores Elétricos de Baixa Tensão, no qual foi dis-cutido a importância da qualidade, conhecimento das normas e dos riscos de acidentes. “O objetivo do treinamento foi passar aos participantes infor-mações técnicas relativas a instalações elétricas de baixa tensão que não são facilmente encontradas no dia a dia, e apresentá-las de forma clara para atender à expectativa do público, sejam profissio-nais do setor ou não”, explica Nelson Volyk, Gerente de Engenharia de Produto da empresa. “Com a capacitação, bus-camos fornecer conheci-mentos básicos sobre o setor de fios e cabos elé-tricos e, com isso, reduzir o risco de informar algo errado ao consumidor”, completou. o Serviço Na-cional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP) também foi bastante visitado graças às palestras gratuitas que realizou. Foram vários te-mas trabalhados, como Sistemas de Impermeabi-lização, Alvenaria Racio-nalizada, entre outros.

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Cidade MédicaRio de Janeiro ganha moderno complexo integrado de saúde

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Com mais de 70 mil m² de área construída e investimento superior a 250 milhões de dólares, o Américas Medical City, localizado na Barra da Ti-juca, no Rio de Janeiro, reúne centro médico, dois hospitais e centro de

treinamento em um só local. Além disso, conta com amplo estacionamento e facilidades que promovem acesso a um modelo diferenciado de solução total para a saúde, desde o diagnóstico até o tratamento. São 252 salas, de 33m² a 76m² que, contam com um sistema integrado que

proporcionará a consulta ao prontuário do paciente e o acesso imediato a resultados de exames laboratoriais e de imagem realizados no complexo, pro-movendo integração das informações, eficiência e resolutividade.O Centro Médico oferece lojas de conveniência e um amplo espaço para o

lazer e bem-estar dos médicos. A preocupação com o bem-estar dos pro-fissionais levou a instituição a criar alguns espaços humanizados e outros

exclusivos para eles. Os médicos que possuem consultório no Centro Médico contam com um andar exclusivo para o seu descanso

e lazer. “O espaço, localizado no terraço, oferece duas quadras de tênis, uma academia de ginástica,

uma confortável área de relaxamento e um restaurante exclusivo, para que os médicos não precisem se deslocar para outras uni-dades e possam cuidar da própria saúde”, conta Robson Szigethy, Diretor de Projetos

da Amil.A arquitetura do

Complexo

Hospitalar possui um con-ceito arrojado e com traços marcantes de modernidade nas fachadas, além de privile-giar o conforto, o bem-estar e a conveniência dos pacien-tes através da idealização de ambientes acolhedores e hu-manizados. “Isso proporciona condições de expansibilidade e funcionalidade ideais para o perfeito funcionamento das atividades da equipe mé-dica, de acordo com as nor-mas técnicas para estabele-cimentos de saúde”, comenta Szigethy. Já os dois hospitais gerais,

o Samaritano e o Vitória, que integram o Américas Medical City, somam 383 leitos e 16 salas cirúrgicas. Estas institui-ções possuem também estru-tura completa de oncologia com radioterapia, radioci-rurgia e quimioterapia, além de toda gama de exames de

diagnóstico laboratoriais

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e de imagem, com equipamentos de última geração, que permitem maior precisão nos resultados. o Hospital Samaritano traz para dentro do comple-

xo os mais de 60 anos dedicados ao exercício da me-dicina de excelência. A instituição do Rio de Janeiro é um dos mais respeitados centros de diagnóstico e tratamento do País. A unidade instalada dentro do Américas Medical City conta com um moderno Cen-tro Cirúrgico com 16 salas de cirurgia, sendo uma sala robótica e uma sala híbrida que possui um equipa-mento de Angiografia e uma Ressonância Magnética para a realização de procedimentos combinados de alta complexidade.Todo o centro cirúrgico tem suas paredes revestidas

de painéis Variop, o que permite a expansibilidade das instalações e sistemas de engenharia e a flexibilidade para o trabalho da equipe de manutenção. Cada sala possui uma imagem de uma paisagem diferente em

suas paredes, o que proporciona um ambiente mais humanizado para os pacientes e para a equipe mé-dica, além de possuir um sistema integrado de ima-gens para todas as salas inteligentes, no qual todas as cirurgias podem ser compartilhadas por médicos em qualquer parte do mundo, possibilitando um diagnós-tico ainda mais preciso para qualquer especialidade. “O hospital oferece ainda um luxuoso restaurante para médicos e visitantes, além de um Centro de Apoio Fa-miliar, prestando todo o acolhimento necessário às fa-mílias de pacientes mais graves”, reforça o Diretor de Projetos.Já o Hospital Vitória, que também compõe o com-

plexo, chega ao Rio de Janeiro com uma estrutura de saúde completa. O grupo possui uma equipe multi-disciplinar composta por médicos, enfermeiros, psi-cólogos, nutricionistas e fisioterapeutas dedicados ao hospital.

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A Unidade Pediátrica possui uma brinquedoteca, UTI pediátrica, Emergência 24 horas e leitos dedi-cados às crianças, tendo todos os ambientes huma-nizados com temas infantis. Já a emergência adulta possui uma equipe de atendimento altamente ca-pacitada para atender os casos mais graves.A infraestrutura do hospital conta ainda com Uni-

dades de Tratamento Intensivo e Unidades Inter-mediárias e 166 leitos com hotelaria de alto padrão. A instituição possui um moderno Centro de Exa-mes Diagnósticos, com equipamentos de última geração, tais como Ressonância Magnética de três Teslas, Tomografia Computadorizada de 256 canais, Pet CT e Angiografia Biplano, entre outros. “o insti-tuto de Oncologia possui parcerias com instituições americanas e equipamentos de Radioterapia. Além disso, a unidade conta ainda com radiocirurgia e um setor dedicado aos tratamentos de quimiotera-pia e iodoterapia”, afirma Szigethy.Além dos hospitais e do Centro Médico, o comple-

xo possui também uma estrutura de treinamento única no Rio de Janeiro. o espaço contará ainda com um prédio totalmente dedicado à capacitação de médicos e profissionais de saúde ao uso de no-vas tecnologias de ponta, com foco nos procedi-mentos conhecidos como minimamente invasivos.A estrutura terá salas para aulas teóricas e salas

de videoconferência, onde os profissionais podem trocar experiências com centros internacionais de

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excelência. Quatro grandes salas simulando um centro cirúrgico proporcionam o treinamento prático em ci-rurgia robótica, cirurgia laparoscópica, hemodinâmica e em robôs que simulam de forma precisa as reações do ser humano.

Detalhes do Projetoo projeto arquitetônico foi desenvolvido pela Dire-

toria de Projetos da Amil e possui todas as diretrizes de um hospital “verde”, seguindo os padrões interna-cionais de sustentabilidade estabelecidos pelo Green Building Council, para a certificação LEED. “Adotamos os processos para a redução dos impactos ao meio ambiente e com um foco especifico na utilização ra-cional de água e energia, evitando o desperdício e re-duzindo o consumo. Além da utilização dos mais mo-dernos e elevados padrões e sistemas construtivos”, conta Szigethy. Como diferencial na área de sustentabilidade, foi es-

tabelecido como um dos fatores principais, a economia de energia elétrica, prevendo um sistema de refrige-ração autorregulável. Nele, a temperatura se ajusta de acordo com o clima e a ocupação, e será controlado em conjunto com o sistema de iluminação LED, através de um moderno projeto de automação e controle.O complexo possui um sistema de coleta e armaze-

namento da água da chuva. Através desta solução é possível aproveitar a água para irrigação, lavagem de piso e fachadas, além da utilização futura em bacias sanitárias. “Utilizamos fontes de energia renováveis como a implantação do sistema solar fotovitálico ins-talado com placas solares no topo dos edifícios”, con-ta o Diretor de Projetos da Amil.Na medida do possível, os materiais adquiridos foram

extraídos e manufaturados regionalmente, diminuin-do o custo e a emissões de gases com a utilização de transportes. Já os equipamentos especificados são de alta performance para que tenham uma maior vida útil e a possibilidade de redução na manutenção periódica.Na área de estacionamento foi utilizado pavimenta-

ção estrutural alveolar de PP/PEAD, preenchidos com granilha, contribuindo para redução do efeito de ilha de calor no local e redução do escoamento. A pre-ferência pela aquisição de madeiras certificadas FSC contribui com as áreas de melhor manejo florestal e incentivando o uso de madeira certificada.

HumanizaçãoA idealização do projeto previu a humanização dos

espaços físicos com a interação através dos fatores na-turais e tirando o maior proveito das suas caracterís-

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ticas especiais. As edificações possuem fachadas com vidros especiais de alto desempenho acústico e térmico, que promovem alto nível de conforto e luminosidade para os pacientes, além de reduzir o consumo gerado a partir da utilização dos equipa-mentos de ar-condicionado.“Pesquisas realizadas em hospitais verdes apre-

sentam uma redução em torno de 15% no tempo de permanência de pacientes com a diminuição da dor e da ansiedade, além de reduzir as faltas de trabalho das equipes médicas, tendo a huma-nização dos espaços e a interação com os fatores naturais como principais aliados”, conta Szigethy.Além disso, o complexo criou áreas de caminhadas

e descanso. “Essa integração com a natureza promo-ve efeitos no equilíbrio do ecossistema, na melhoria da qualidade do ar, no controle natural da tempera-tura ambiental e na diminuição do nível de estresse de todas as pessoas que utilizarem o hospital.”A decoração de interiores foi projetada pela ar-

quiteta Solange Medina, e reflete a preocupação em oferecer um ambiente com instalações confor-táveis e com visual agradável, através da utilização de diferentes elementos decorativos. “O conjunto de ideias e soluções proporciona uma sensação de acolhimento em momentos delicados para a vida dos pacientes”.Com todos estes diferenciais, o Hospital das

Américas foi vencedor do Prêmio Master Imobiliá-rio, na eleição Destaques da ADEMI, na categoria Sustentabilidade na Construção. E o Projeto Ar-quitetônico foi vencedor do Ix Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa na categoria Saúde.

Construção Dada a complexidade da construção, todo o proces-

so se deu com base nas diretrizes do gerenciamen-to da obra, que envolvia a Construtora, Instaladoras e outras empresas contratadas para a execução de pacotes de serviços específicos, que tinham como objetivo a aquisição e suprimento de acordo com as especificações de projeto, tanto nos seus aspectos técnicos normativos como de sustentabilidade.Para tanto, a direção da PLANSERVICE, responsá-

vel pela prestação de serviços de gerenciamento do empreendimento, designou um grupo profis-sionais altamente capacitados na gestão de ativi-dades de projetos, suprimentos e obras.

“A arquitetura do Complexo Hospitalar possui um conceito arrojado e com traços marcantes de moder-nidade nas fachadas, além de privilegiar o conforto, o bem-estar e a conveniência dos pacientes através da idealização de ambientes acolhedores e humani-zados. Tudo proporcionando condições de expansibi-lidade e funcionalidade ideais para o perfeito funcio-namento das atividades da equipe médica de acordo com as normas técnicas para estabelecimentos de saúde” Robson Szigethy, Diretor Nacional de Projetos da Amil

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“Este foi, sem dúvida, um projeto complexo, porém, a equipe conseguiu solucionar em tempo hábil os problemas de compatibi-lidade entre projetos, equipamentos e sistemas construídos, con-trolando os custos e mantendo o cliente informado e confortável para a tomada de decisões de uma obra deste porte”, comenta Paulo Ferreira, Gerente de Contrato da PLANSERVICE.

Tecnologia e conhecimento presentesA tecnologia também se fez presente no processo de obras, atra-

vés da criação de projetos que utilizaram softwares e ferramentas tecnológicas que auxiliam no desenvolvimento e na compatibili-zação e análise crítica dos projetos arquitetônicos.Nos aspectos de gestão a PLANSERVICE mobilizou uma equipe

com a habilidade de utilizar as mais diversas ferramentas de apoio disponíveis, tais como o software de gerenciamento de projetos MS-PRoJECT para a gestão de escopo e prazos, além de aplicativos para a montagem de WBS – Work Breakdown Structure – e compar-tilhamento de arquivos e documentos da construção, entre outros.Porém não bastaria a implantação de tecnologia para obter a

qualidade e o resultado final. Para obter êxito neste quesito, a PLAN-SERVICE implantou a fiscalização téc-nica das obras e instalações visando sua conformidade com os projetos, memoriais, especificações e normas, tendo como apoio e ativando nos momentos necessários empresa es-pecializada em Controle Tecnológico e Consultores. “Acompanhamos todas as ativida-

des relativas ao desenvolvimento das etapas de obra e o comissionamen-to dos sistemas instalados. Fizemos também o recebimento técnico e o acompanhamento dos check-lists, até a solução dos problemas verifica-dos nas inspeções prévias de entrega das obras”, finaliza Ferreira.

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Paixão hereditáriaRenomados arquitetos da saúde transmitem

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Aos 21 anos, ele começa um estágio como desenhista, apai-xona-se pela arquitetura e começa a trabalhar na área hospi-talar, nicho do escritório em que estagiava. Mais tarde, Do-

mingos Fiorentini decide prestar vestibular para medicina. “Isso foi um choque para quem estava em volta, pois todos esperavam que ele fosse cursar arquitetura”, conta Paula Fiorentini, uma das filhas do arquiteto.Porém, sua escolha por medicina foi fundamentada, pois permitiu

entender melhor o funcionamento e as necessidades de uma insti-tuição de saúde. “Na época, as especializações na área só existiam fora do País, e só podiam ser cursadas por quem tinha boas condi-ções financeiras, algo que ele não possuía na época”, ressalta Paula.Enquanto Fiorentini estudava medicina, ele continuou trabalhando

no escritório de arquitetura e projetando hospitais. Ao concluir o curso, clinicou por um tempo, e decidiu então, cursar arquitetura para poder assinar seus projetos. Ao se formar, iniciou sua própria empresa, a Arquitetura Fiorentini.Seu nome começa a ganhar destaque como arquiteto da saúde

a partir daí, participando de grandes projetos no Brasil e também no exterior, em Países como Portugal, Chile e Paraguai. “Ele era um profissional completo. Conseguia discorrer sobre as diversas disci-plinas além de arquitetura hospitalar.A paixão do arquiteto pela profissão era tanta que contagiou uma

de suas filhas. “Meu interesse pela arquitetura surgiu através da ad-miração que eu sempre tive pelo meu pai. Sempre olhei para ele e o achei o máximo. Por isso, meu interesse em seguir a profissão dele nasceu desde pequenininha”, conta.Paula começou a atuar no escritório do pai aos 14 anos, nas férias

escolares. “Tenho recordações muito boas, ele e a equipe pregavam várias peças em mim, como desenhar uma gilete na prancheta. Eu ia tentar pegar, mas na verdade era um desenho per-feito”, lembra.A arquiteta só começa a atuar sozinha

quando Fiorentini fica doente, no início de 2014. “Meu pai entendia que nin-guém construía uma pessoa de capaci-dade com muita “moleza”. Ele acredita-va que se me forçasse a dar o máximo, eu sempre daria meu melhor”.Segundo Paula, Fiorentini modificava

seus próprios projetos por várias vezes, era muito exigente, inclusive consigo mesmo. “A busca constante do me-lhor, sempre com muito conhecimento técnico, olhando todas as variáveis do projeto, como engenharia, arquitetura, gestão, manutenção, custos, RH, hu-manização, sustentabilidade, racionali-zação, é algo que eu aprendi com ele. Ele me ensinou ainda que só quem é muito técnico é forte. E hoje eu trago tudo isso em meus projetos, junto com inovação, prazos e humildade junto à equipe”.

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Paula acredita que a sucessão em uma empresa onde o principal serviço é intelectual, é rara, pouco vista, pois não há como herdar inteligência ou conhecimento. “Mas eu acredito que meu pai con-seguiu passar para mim muita coisa no dia a dia. Ele me orientou a fazer todos os tipos de graduação e pós-graduação que me des-sem um conhecimento sólido. Além disso, trabalhar com ele, me fez aprender muito. Meu pai me fez forte e me ensinou a valorizar o conhecimento”.Mas no setor da arquitetura hospitalar não é só a história de Do-

mingos Fiorentini que está sendo sequenciada na família. Adria-na Figueiras, filha de Lelé Figueiras, referência em arquitetura da saúde, também seguiu os passos do pai. Seu interesse pela profis-são começou cedo, e por influência do trabalho realizado pelo pai. “Desde criança eu o via trabalhando com construções, o que se tor-nou minha paixão. Me lembro de, ainda pequena, ir com ele visitar as obras, principalmente aos finais de semana”, lembra.Assim como o pai, Adriana também atua no setor da saúde. “Me

formei na Universidade de Brasília e, assim que saí da faculdade, fui trabalhar com ele. Mas não atuei só junto ao meu pai, trabalhei também em outros escritórios, especialmente no Rio de Janeiro, como no escritório de Luiz Carlos Toledo”. Ao lado de Lelé, trabalhou na Rede Sarah de Hospitais (projetada

pelo mesmo) de 1992 até 2010. A arqui-teta trabalhava nas obras da Rede (das quais Lelé era coordenador e desenvol-via todos os projetos), mas atuava tam-bém em detalhamento de projetos, de-senvolvimento e reformas de hospitais, como o Hospital Central de Brasília, etc.“Toda a equipe trabalhava diretamen-

te com meu pai, éramos uma equipe grande, mas eu, por ser filha dele, era ainda mais cobrada que os demais no início. Meu pai era um grande coorde-nador, ele conseguia extrair de todos o seu melhor, além de manter a equipe unida”, conta Adriana.A arquiteta lembra que, durante toda

sua trajetória, a maior dificuldade que encontrou foi em relação aos prazos, isso porque, muitas vezes, atuava em obras políticas. “A unidade da Rede Sa-rah aqui na Ilha Pombeba, no Rio de Janeiro, foi uma obra terrível, pois teve

“Meu interesse pela arquitetura surgiu através da ad-miração que eu sempre tive pelo meu pai. Sempre olhei para ele e o achei o máximo. Por isso, meu in-teresse em seguir a profissão dele nasceu desde pe-quenininha” Paula Fiorentini

Paula e Domingos Fiorentini

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“Aprendi muito bem com papai a planejar a obra. Eu consegui compreender com ele o que é importante, e como planejar em cima disto. Na primeira obra que eu fiz, ele me disse que era preciso entender o proje-to e desenhá-lo inteiro. Faço isso até hoje, pois assim você enxerga os problemas construtivos” Adriana Figueiras

que ser feita em 147 dias. Tínhamos um pra-zo curto porque a obra precisava ser inau-gurada antes que o Secretário da Saúde da época deixasse o cargo”, revela.Com mais experiência, Adriana, que possui

hoje 27 anos de profissão, passou a trabalhar no Instituto de Lelé e chegou a ser o braço direito do pai. “Aprendi muito bem com pa-pai a planejar a obra. Eu consegui compreen-der com ele o que é importante, e como pla-nejar em cima disto. Na primeira obra que eu fiz, ele me disse que era preciso entender o projeto e desenhá-lo inteiro. Faço isso até hoje, pois assim você enxerga os problemas construtivos”.A paixão de Paula e Adriana pela profissão

de seus pais é evidente, e talvez a isso deva-se o sucesso das arquitetas. Porém, não são só as mulheres que são influenciadas pelos genitores. Prova disso é o jovem Gustavo Malatesta Reis, de 17 anos, filho do arquite-to Sérgio Reis. Em período pré-vestibular, o garoto já decidiu que irá dar continuidade à carreira de Sérgio cursando arquitetura. “A influência do meu pai é inevitável. Como ele trabalha muito, é ligado o tempo todo, além de muito companheiro, acabou me con-tagiando. Mas não foi só isso que contou, claro. Acho que levo jeito para a coisa”, diz animado.O adolescente, que pretende estagiar já no

1º ano de faculdade, conta que a arquitetura sempre esteve presente em sua vida. “Nos passeios, almoços em família, visitas a mu-seus, e até nos livros, viagens e discussões de politica pública, meu pai tornava sua arte presente em minha vida”.O pai orgulhoso diz ser daqueles que pensa

que o importante é ser feliz. Porém, confes-sa que ver o filho inclinado a seguir a sua carreira é bastante gratificante e o motiva a trabalhar ainda mais. “o Guto me acompa-nha desde muito pequeno. Além disso, ele sempre está comigo na Emed. Para incentivá-lo, hoje, permito que ajude na atualização e manutenção do site da empresa”.

Adriana e Lelé Figueiras

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Sérgio Reis não se espanta pelo inte-resse de seu filho pela arquitetura ter começado cedo, pois ele mesmo, aos 10 anos de idade, já opinava sobre re-formas na casa de familiares e tinha como brinquedo predileto os blocos de montar. “Quando me formei em arquitetura já trabalhava na área, pois antes da faculdade já havia cursado o Colégio Técnico. Essa base facilitou as coisas, e a ascendência foi natural e, de certa forma, muito rápida. Mesmo antes de terminar o curso, eu já ocu-pava o cargo de Gerente de Projetos em uma empresa na área da saúde de grande expressão na época”, lembra.

Terceira geraçãoA trajetória da Fiorentini não deve pa-

rar em Paula. Seus filhos, Domenica, de 9 anos e Enrico, de 5 anos, pensam em seguir a profissão da mãe. “Eles têm muito orgulho do escritório, pois desde que eram bebês vinham para cá, viam o avô e a mãe trabalhando. Os dois dizem que querem começar a traba-lhar aqui comigo aos 14 anos também. Eles ficam encantados com a profissão, com o escritório. E se isso acontecer, eu vou ficar muito feliz, pois um nome como meu pai fez, e eu estou dando sequência, não se dá facilmente”. Na família Figueiras a paixão pela ar-

quitetura também não vai terminar na filha de Lelé. o caçula de Adriana, Gus-tavo, de 16 anos, já demonstra interes-se pela arquitetura. “Ele está inclusive fazendo um curso para conhecer o trabalho do arquiteto, aprendendo a desenhar em escala. Ele fez tudo por iniciativa própria. Na verdade, ele sem-pre se interessou. Quando meu pai tra-zia os projetos novos para analisarmos juntos, ele vinha, olhava, ele conhece todos os projetos”, conta a mãe.

Gabriel, Gustavo, Sérgio e Guilherme Reis

“Nos passeios, almoços em família, visitas a museus, e até nos livros, viagens e discussões de política pública meu pai tornava sua arte presente em minha vida” Gustavo Malatesta Reis

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Com 15 anos de experiência no mer-cado, empresas renomadas e de grande porte em seu portifólio, a

Affini Arquitetura entrou no setor de saú-de destacando-se com grandiosos pro-jetos, que refletem a expertise da equipe e a mais alta tecnologia, que fazem com que o escritório se destaque no mercado.

Experiência, qualidade e inovaçãoAffini Arquitetura ganha espaço no setor da Saúde e mostra todo seu potencial

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HealtharQ: Como começa a história da Affini Arquitetura?Juliana Affini: A nossa história, na verdade,

começa na UEL (Universidade Estadual de Lon-drina), no Paraná, onde eu e meu sócio nos co-nhecemos e estudamos. Trabalhamos em vários projetos desde 1994. Portanto, já são 20 anos de parceria, sempre estudando e nos especializan-do em áreas de Arquitetura, Urbanismo, Design de Interiores, Humanização de Espaços, Compu-tação Gráfica, entre outros.

HealthARQ: No setor da Saúde, a Affini Ar-quitetura desenvolveu um grande projeto para São José do Rio Preto, como foi este trabalho?Juliana Affini: São José do Rio Preto ganhou, em

2015, um Complexo de Saúde dos mais modernos e completos da cidade, que contou com a consul-toria e gestão Einstein. Um dos objetivos era aju-dar a amenizar o fluxo de pacientes nos serviços de emergência e urgência, contribuindo, assim, para uma melhoria do sistema de saúde do mu-nicípio, pois somente a “Unimed Rio Preto” possui mais de 200 mil clientes na cidade e região.O projeto de arquitetura e design de interiores

desenvolvido pela Affini Arquitetura para a Uni-med São José do Rio Preto contempla um Pronto

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Atendimento Adulto 24h, Pronto Atendi-mento Infantil 24h, Unidade de Vacinação Adulto e Infantil, Central de Quimiotera-pia, também Adulto e Infantil, Unimed Lar – Home Care, Farmácia, Medicina Preven-tiva e o Programa Beabá Bebê.o Complexo possui mais de 9.000,00

m² tendo consultórios e recepções em todos os setores, diferenciadas pelo de-sign de interiores. Também conta com um SADT (Serviço de Apoio à Diagnós-tico e Terapia), leitos de observações de emergência até 12h, serviços comple-mentares para diagnóstico, como tomo-grafia TC, Rx, ultrassom, eletrocardio-grama, exames laboratoriais.Além da área de conforto médico e quatro

dormitórios para plantonistas. Projetamos também uma grande área administrativa, refeitório e descanso para os funcionários; como também um estacionamento cober-to que conta com quatro pavimentos.O projeto de arquitetura e humaniza-

ção hospitalar superou as expectativas da Unimed Rio Preto. Temos hoje na cidade um prédio onde sua fachada e seus acabamentos na parte interna pri-mam pela inovação, qualidade, confor-to, beleza e elegância.Desde a escolha dos materiais, comu-

nicação visual e conforto ergonômico, participamos de todos os processos construtivos e de acabamentos.

HealthARQ: No que o setor da Saúde se difere dos demais em que a Affini Arquitetura atua há 15 anos?Juliana Affini: A Affini Arquitetura atua

no mercado em várias áreas, desde resi-dencial, comercial, corporativa, industrial e recentemente, está atuando na área de clínicas e hospitais. O setor da saúde se difere dos demais setores, mas o escritó-rio trata todos eles com muita disciplina, compromisso e seriedade. Seguindo sem-pre as normas e legislações vigentes além das necessidades dos clientes e respei-tando acima de tudo esse mesmo cliente quem nos contrata.

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HealtharQ: o escritório pretende ampliar sua atuação no setor da saúde? O que tem sido feito para isso?Juliana Affini: Sim, pretendemos. Percebe-

mos que há uma necessidade cada vez maior no Brasil de profissionais qualificados e experientes para a área da Saúde.Além da falta de conhecimento do setor, há um

déficit em atender a demanda de projetos hos-pitalares. Por isso, estamos investindo no setor. Uma das

formas é o aprimoramento constante da nossa equipe, com as especializações nas áreas hos-pitalares, pois a amplitude de atendimento nas áreas de arquitetura, necessitam de especializa-ções, aonde trabalhamos constantemente.

HealthARQ: Além dos aprimoramentos, a tecnologia também contribui para seu traba-lho? De que maneira?Juliana Affini: Contribui sim. O escritório, des-

de seu princípio, está utilizando a tecnologia em seu favor. No início, a implantação do sistema CAD foi novidade entre os profissionais e nosso escritório já tinha o conhecimento e capacidade para implantação desta tecnologia. Estivemos sempre atualizados com a evolução

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dos programas e das possibilidades que a tecnologia nos traz. Como exemplo, a uti-lização de mobile para apresentação dos projetos e até mesmo de nosso portifólio.Após a implantação do sistema CAD

estamos com a implantação do sistema BIM, tecnologia já utilizada de forma abrangente na Europa e Estados Unidos.O sistema BIM vem sendo implantado

paulatinamente em nosso escritório des-de 2012, pois é uma situação que deman-da custo e principalmente necessidade de mão de obra especializada. Este sistema é um diferencial para desenvolvimento de projetos grandes e complexos, pois per-mite a visualização de interferências de projetos complementares à arquitetura, evitando a necessidade de correções du-rante a execução e, consequentemente, evitando custos desnecessários de mate-rial, mão de obra e tempo. O que hoje é uma tendência para melhorar o custo be-nefício e, consequentemente, uma econo-mia de valores para as grandes obras.Além disto, é possível, dentro do siste-

ma BIM, elaborar custos muito aproxi-mados do real da obra e, diferentemente do que se pensa sobre o sistema, o mais importante dele é a perfeita simulação do protótipo da obra e não somente a representação tridimensional (3D).

HealtharQ: no portifólio da empre-sa existem grandes clientes, como a TAM Cargo, Intelbrás e a Honda. Qual o diferencial do escritório que chamou a atenção desses clientes?Juliana Affini: O grande diferencial do

escritório é o respeito em atender as ne-cessidades dos clientes, sempre orien-tando-os e acompanhando as obras de perto, juntamente com as equipes mul-tidisciplinares e seus departamentos de engenharia. Pois todos fazem parte des-se contexto. Como exemplo, as engenha-rias civil, elétrica, hidráulica e estrutural. O escritório compatibiliza todos os pro-jetos envolvidos para que tenhamos uma

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obra com mais rapidez e qualidade de execução. Isso ajuda, e muito, todo o processo de projetos, minimiza erros e, consequentemente, gastos desnecessários do cliente com a obra.

HealtharQ: Estamos em um momento no qual a sustentabilidade está bastante em voga. de que maneira você tem implantado isso em seus projetos?Juliana Affini: Na verdade, a sustentabilidade

não deveria estar em voga somente agora, pois estamos sofrendo as consequências de não nos preocuparmos com isso antes. Portanto, o as-sunto tornou-se emergencial.Acredito que a implantação destas medidas de-

pende muito do cliente aceitar alguns investimen-tos nesta área, embora muitos já o estão fazendo. Infelizmente, no Brasil, ainda há um custo muito alto para um projeto 100% sustentável. Dentro de nossos projetos, nós sempre propomos aos clientes alternativas sustentáveis e dependerá dele aceitar ou não. Não impomos nada aos nos-sos clientes, orientamos sempre o que de melhor temos hoje no mercado e propomos, já na fase projetual, pois temos a experiência e estudos de casos que dão certo, o que trará um grande be-nefício muito em breve para os mesmos.

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PerfilA arquiteta Juliana Affini trabalha no mercado há 15 anos.Com projetos de arquitetura, interiores e decorações nas

áreas residencial, comercial, corporativa, clínicas e hospitais.“Sempre me preocupo com as necessidades do clien-

te; levando em consideração o bem estar nos espaços projetados. Através da humanização considero muito importantes itens como a iluminação e ventilação natu-rais; materiais e mobiliários que propõem conforto, ele-gância e beleza, também fazem parte desses itens que compõem cada espaço em particular. Procuro atender e superar as expectativas dos clientes a cada novo projeto”.

Loja Conceito da UNIMED Shopping Iguatemi São José do Rio Preto

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Investimento em SaúdeSanta Catarina investe em policlínica para melhor atender à população

As Policlínicas Regionais estão inseridas no contexto de modernização gerencial dos serviços de saúde do Governo do Estado de Santa Ca-tarina, objetivando ampliar o acesso da população aos serviços am-

bulatoriais de média complexidade. A Policlínica regional de Araranguá será a primeira unidade a ser construída e será modelo para as demais unidades a serem implantadas no Estado. “Ela irá contribuir com o atendimento ambulatorial e de imaginologia da

população local. As obras, que já foram iniciadas, devem ser entregues até o final deste ano”, diz Andrea de Aguiar Kasper, docente da Univale e Coorde-nadora da gerência e projetos da gerência de obras da instituição.

A Policlínica Regional de Araran-guá é uma unidade ambulatorial de alta resolubilidade em diagnós-tico e orientação terapêutica para diferentes especialidades médicas. O objetivo principal é apoiar as ne-cessidades dos serviços de aten-ção básica de saúde, com oferta de consulta de especialidades médi-cas e serviços de diagnóstico.

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A instituição trabalhará somente com pacientes do sistema SUS, referen-ciados a partir da rede básica de saúde, que irá providenciar o agenda-mento das consultas e exames especializados oferecidos pela Policlíni-ca. Possuirá atendimento adulto e pediátrico. “Foi um grande desafio de-finir o programa de ne-cessidades e o modelo de atendimento, já que foi pioneira, pois para as demais Policlínicas, deve-rá ser revisto o programa

de necessidades conforme a demanda local, assim cada região será melhor atendida”, diz a arquiteta Inara Rodri-gues, Diretora da Salutare Arquitetura e responsável pelo projeto.A Policlínica está inserida no terreno

do Hospital Regional de Araranguá. Apesar de estarem no mesmo terre-no, a Policlínica será totalmente inde-pendente, tendo toda a infraestrutura necessária para o seu funcionamento. “Ela possui tipologia horizontal divi-dida em quatro blocos. A edificação principal possui três blocos separados por jardins e interligados por passare-las envidraçadas”, conta Inara.No Bloco Central, encontra-se o aces-

so principal, com uma grande recep-

ção, onde o paciente é orientado e encaminhado ao seu atendimento. Possui ainda as áreas de apoio ad-ministrativo e logístico, além de sala para palestras de promoção à saúde, cursos e atendimentos em grupos, ampliando o atendimento à popula-ção focando na prevenção, além da capacitação dos funcionários. O re-feitório amplo, com vista para área ajardinada propiciará maior conforto ao funcionário. “O bloco da esquerda conta com 11

consultórios de diversas especialida-des, sala de exames oftalmológicos, duas salas de curativos com área de prescrição, uma sala de inalação, e áreas de apoio”, explica.

Consultório Infantil

Recepção

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Já o bloco da direita conta com salas para diagnósticos por ima-gem e métodos gráficos. Entres os blocos existem áreas ajardi-nadas permitindo iluminação e ventilação natural em todos os ambientes. “A unidade possui ainda a Central de Utilidades em bloco separado, este é interliga-do ao Bloco Principal, através de uma cobertura e pátio de servi-ços”, salienta a arquiteta.A Salutare Arquitetura desen-

volveu todos os projetos, incluin-do ambientação e comunicação visual, o que possibilitou traba-lhar os ambientes em toda a sua complexidade. A diferenciação dos ambientes se dará com cores e sinalização com pictogramas facilitam a orientação. Todas as áreas de esperas possuem co-municação direta com o exterior, este com áreas ajardinadas, pos-sibilitando uma distração posi-tiva. O mobiliário foi trabalhado para atender aos operadores e usuários, conforme necessidades ergonômicas e acessibilidade, estes contribuem na comunica-ção visual e conforto do usuário, trazendo acolhimento. A huma-nização deve ser sempre uma premissa em projetos, principal-mente para ambientes de saúde.Algumas estratégias foram uti-

lizadas a fim de minimizar o im-pacto de construção. Optou-se por estrutura pré-moldada, di-minuindo o volume de entulho no canteiro de obra. O revesti-mento externo foi trabalhado com sistema de fachada ventila-da com placa cerâmica, buscan-do melhor conforto térmico para o interior da edificação e menor custo de manutenção. A confi-guração em módulos possibilita iluminação natural direta em to-

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dos os ambientes, além de ventilação natural. Trabalhamos com lâm-padas de baixo consumo de energia. O sistema de ar condicionado possui controle individualizado por ambiente, possibili-tando o uso somente nas áreas que estão em uso, foi utilizado o sistema VRF. o reaproveitamento de água de chuva aten-de toda a área externa, pátios e jardins, além da Central de Utilidades.O sistema em módulos

possibilita a ampliação, pois podem expandir tanto para lateral com a implantação de outros módulos, como na conti-nuidade do módulo, para frente ou fundos do ter-reno. Foi previsto tam-bém a possibilidade do crescimento vertical de mais um pavimento. As paredes internas são em gesso acartonado, pos-sibilitando maior flexibi-lidade.Atender e compatibili-

zar as diversas especia-lidades, além de atender todas as necessidades de instalações e funcio-namento dos estabele-cimentos assistenciais de saúde é sempre um grande desafio que deve ser vencido com trabalho em equipe, projetistas, clientes, gestores e exe-cutores.

Ficha Técnica

Projeto Arquitetônico, Projeto de Interiores, Projeto de Comunicação Visual: Arq. Inara Rodrigues

Projeto Estrutural: Engº: Jean Pierre Bork Miers

Projeto Elétrico e telecomunicações, Projeto SPDA: Eng. Roberto Krieger

Projeto Hidrossanitario, PPCI, Projeto de Drenagem e Planilha Orça-mentária: Eng. Jane Correa Darela

Projeto de Climatização e gases Medicinais: Eng. Artur Beck Neto

Projeto de blindagem: Físico Walmoli Gerber Júnior

Planta Geral

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sta Ponto para saúde mineira

Unimed Governador Valadares (MG) investe na construção de hospital próprio

A cidade de Governador Valadares (MG) terá, em breve, uma instituição de saúde com tecnologia de ponta, humanizada e sustentável, o Hospital Uni-

med. Através de uma obra arrojada, que recebe o inves-timento de cerca de R$100 milhões, a edificação vem ga-nhando forma e apresentando os primeiros resultados do prédio que contará com oito andares em uma área total construída de 17.700m². o Hospital Unimed Governador Valadares ainda irá dis-

por de um heliponto, no teto do prédio, 168 leitos, dis-poníveis para internação clínica, cirurgia geral, intensiva adulta e pediátrica, maternidade e internação de recém- nascidos sadios e UTI. De acordo com as declarações de Manoel Arcísio Araújo,

Presidente da Unimed, feitas à imprensa durante visita à obra no início deste ano, a construção do hospital é a rea-lização de um sonho. “Esta estará entre as mais avançadas instituições de saúde do Leste de Minas. Centralizaremos todas as unidades de atendimento da Unimed, como o Pronto Atendimento e Hospital Infantil. Elas serão centra-lizadas também no prédio do hospital”, afirmou.Todo o “esqueleto” do hospital foi construído em estru-

tura metálica, que, segundo Araújo, mostrou ser o mo-delo construtivo mais adequado para a obra, além de ser mais rápido, possibilitando que, em pouco tempo, todos os pavimentos estejam praticamente erguidos.Para que as fundações da obra ficasse prontas, foram

necessários 180 dias. o processo foi executado com fun-dações rasas e execução de Incertes Metálicos e chum-

badores para a estrutura metálica, com desvio máximo permitido de 4mm.A localização do terreno difi-

cultou o trabalho, pois foi de-tectado um volume de rocha muito maior que o esperado. “A grande dificuldade foi na implantação dos incertes me-tálicos, foi devido ao altíssimo nível de precisão dos mesmos. Eles foram topograficamente locados e não poderiam ter qualquer desvio na execução da concretagem”, conta Dênis Rodrigo Silva, Diretor-comer-cial da Tecplan, responsável pelo processo.A empresa executou tam-

bém o trabalho de concreta-gem das lages, caixas d’água, heliponto e fossos dos eleva-dores, trabalho que foi dividi-do em nove etapas de acordo com a montagem da estrutu-ra metálica.“Já neste processo, a maior

dificuldade apresentada foi a quantidade de concreto para

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ser lançado em apenas um dia. Sem juntas de concre-tagem, chegamos a con-cretar 1.600 m² de laje em um dia”, lembra Silva.Além disso, a empresa

também precisou trans-portar concreto a partir do sétimo pavimento. “Precisamos contar com o auxílio do controle tec-nológico de concreto na central. Isso para que o fator água + cimento ti-vesse como ser projetado para não termos proble-mas na execução das lajes mantendo a especificação do projeto”. A tecnologia também se

fez presente na escava-ção, com a utilização de

mini equipamentos, con-trole no planejamento e logística da obra, permi-tindo o monitoramento de perto com software de última geração que permitia relatórios diá-rios. “Tudo isso facilitou a tomada de decisão, reali-nhando os nossos traba-lhos quando necessário para que pudéssemos cumprir o nosso prazo e o custo pretendido pela Te-cplan”, salienta o Diretor.Todo o processo foi rea-

lizado com cuidado para atender às medidas de sustentabilidade, como a escolha de madeiras cer-tificadas e liberadas pelo IBAMA, triagem e sele-

ção dos resíduos produzi-dos, que foram coletados e enviados para o local especializado. Para garantir a quali-

dade da obra, a empresa utilizou o SGq (Sistema de Gestão da qualidade) da Tecplan, que atua de for-ma integrada com a equi-pe de obra, planejamen-to e custo, monitorando os índices e fornecendo os dados necessários aos gestores para que a toma-da de decisão seja eficien-te e eficaz na obra.O Hospital da Unimed

segue o cronograma de construção e deverá estar concluído até dezembro de 2015.

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Conhecimento e controleRiscos do processo de obras podem ser reduzidos com boa gestão

Cada vez em maior número, os acidentes de trabalho com mortes na construção civil no Brasil lideram o ranking de acidentes de trabalho. Segundo o Anuário Estatístico do Ministério da Previ-

dência Social, em 2010, foram 54.664 ocorrências, das quais 36.379 se enquadram como “acidentes típicos”, ou seja, quedas em altura e os aci-dentes em trabalhos de escavação e movimentação de cargas.Ainda de acordo com o Anuário, em todo o mundo, são os trabalhado-

res desta categoria que têm três vezes mais possibilidades de submeter-se a acidentes fatais e duas vezes mais chances de sofrer lesões.Em 2001, ocorreram no País cerca de 340 mil acidentes de trabalho. Em

2007, o número subiu para 653 mil e, em 2009, chegou a 723 mil ocor-rências, que levaram a 2.496 óbitos. As mortes e acidentes de trabalho na construção civil, custam a Previ-

dência Social cerca de R$ 10,7 bilhões ao ano. Valor que representa 9% da folha salarial anual dos trabalhadores do setor formal do Brasil, e reú-ne os custos para as empresas (seguros e gastos decorrentes do próprio acidente) e para a sociedade (Previdência Social, Sistema Único de Saúde e custos judiciários).As obras de empreendimentos voltados à saúde, em suma, são simila-

res a qualquer outra construção, portanto oferecem tantos riscos, quan-to qualquer outro processo de obras. Por isso, a gestão de riscos dentro da construção torna-se importante para inibir possíveis problemas e di-ficuldades que possam surgir ao longo do processo. “o principal ponto de atenção é a instalação de equipamentos sofisticados e caros, que

apesar de, em sua maioria, serem ins-talados pelos fornecedores dos mes-mos, requerem cuidados redobrados no seu manuseio e nas atividades do entorno”, destaca o Vice-presidente da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mi-neração), Paulo oscar Auler Neto.Paralelo a isso, os cronogramas en-

xutos requerem planejamentos mais precisos e uma gestão mais eficaz so-bre os mesmos. Obra com cronogra-ma apertado não é necessariamente mais arriscada, desde que tenha as atividades devidamente planeja-das e acompanhadas. “Além disso, o controle de desperdícios, descartes adequados e redução de retrabalhos somente são obtidos com uma boa gestão. Um bom projeto, assim como o estudo minucioso dos acessos e da circulação de pessoas também podem ser diferenciais”, diz o Vice-presidente.Para evitar problemas, o conheci-

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mento e a experiência adquiridos durante a carreira profissio-nal também são peças fundamentais e conseguem contribuir para uma boa gestão, pois permitem uma melhor percepção, avaliação e ação sobre a realidade da obra. Auler Neto acre-dita que, todos os acidentes podem ser evitados, pois geral-mente o acidente “avisa” quando vai ocorrer. “A presença dos gestores nas frentes de serviço, aplicação de boas práticas de engenharia, organização e limpeza, treinamento das equipes e um processo seletivo da mão de obra são os fatores que fazem diferença em uma obra e que determinarão a taxa de frequência e gravidade dos acidentes, levando ao ‘Acidente Zero’”, ressalta.Segundo o especialista, todo profissional que gere uma obra

precisa ter completo domínio sobre ela e trabalhar sobre um planejamento. Quando são observados desvios, a elaboração de um replanejamento é fundamental, pois desta forma, o gestor saberá identificar e atuar sobre o caminho crítico do empreendimento. “Este é um processo dinâmico e que deve ser reavaliado semanalmente, porém que permite ao gestor se antecipar aos fatos e ter uma atuação eficaz onde faz dife-rença, seja na cadeia de suprimentos, projeto, questões legais, pessoas ou equipamentos”, completa.

“A presença dos gestores nas frentes de serviço, aplicação de boas práticas de engenharia, organização e limpeza, treinamento das equipes e um processo seletivo dos profissionais são os fatores que fazem diferença em uma obra e que determinarão a taxa de frequência e gravidade dos acidentes, levando ao ‘Acidente Zero’” Paulo Oscar Auler Neto, Vice-presidente da Sobratema

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Ampliando horizontesUnimed Costa do Sol investe em novo complexo hospitalar

A Unimed está presente em 83% do território nacional e seus comple-xos hospitalares e centros médicos são reconhecidos por investir em tec-nologia, humanização e infraestrutura. Na Unimed Costa do Sol, localiza-da em Macaé, no Estado do Rio de Janeiro, não é diferente. A instituição já possui um complexo que conta com hospital, laboratório, farmácia, serviço de remoção, saúde ocupacional e medicina preventiva. Com mais de 400 médicos cooperados e mais de 70 estabelecimentos

credenciados, a cooperativa possui a maior rede assistencial da região. Visando manter esta excelência, a instituição deu um importante passo de sua caminhada para o crescimento em fevereiro deste ano: iniciou a construção do Complexo Hospitalar Unimed Costa do Sol, que contará com arquitetura moderna, humanizada e totalmente projetada para res-peitar o meio ambiente.As obras serão divididas em duas etapas e a primeira fase contemplará

a ocupação de 40% da área total do complexo de construção, com 16 mil m², quatro salas de cirurgia, dez leitos de UTI, 30 leitos de observação e mais 80 para internação. “A previsão desta etapa é de 30 meses de obras. Estamos investindo cerca de 45 milhões de reais em infraestrutura”, re-vela Dr. Tales Azevedo dos Santos, Presidente da Unimed Costa do Sol.“Apesar dos projetos de arquitetura já estarem completos, os de en-

genharia estão em andamento, o que permite à construtora, Fakiani Construtora participar também do processo, agregando sua experiência e conhecimento em obras hospitalares para sugerir o melhor partido

nas soluções, que apresentem a me-lhor relação de custo, considerando o custo de manutenção futuro das solu-ções adotadas, assim como a flexibili-dade para a implementação de novas tecnologias, uma vez que um Hospital está sempre em permanente atuali-zação”, conta André Fakiani, Sócio da Fakiani Construtora.Por se tratar de uma construção

nova, as obras foram divididas em duas etapas, com o cuidado de criar um canteiro que pudesse permanecer no mesmo local, na ocasião da execu-ção da segunda fase. Considerando também a região em

que a construção está situada, a obra foi concebida com peças pré-mol-dadas, e para não comprometer o fornecimento, que poderia impactar nos prazos, reduzindo prazo e cus-to “criamos dentro do canteiro uma área para produção de pré-moldados.

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Desta forma, o canteiro ficou dividido entre escritório e almoxarifado, armações e estocagem de aço, produção de pré-moldados e estocagem de materiais básicos”.Fakiani revela que a principal dificuldade da obra está

na execução das fundações superficiais devido ao nível do lençol freático do terreno, que está 1,70m abaixo da cota de piso da obra. “A maioria dos blocos da fundação foram projetados com 2,50m de altura, portanto, com a cota de fundo 0,80m abaixo do nível do lençol freático”, explica.Apesar da obra não contar com a certificação LEED, a

construtora sempre conscientiza seus colaboradores a trabalharem em prol da sustentabilidade, isso através dos DDS realizados pelo técnico em segurança do traba-lho, evitando desperdícios de materiais, energia e água. “Para reduzir o consumo de água foi executado um re-servatório enterrado para o reaproveitamento, no qual a água armazenada é reaproveitada para umedecer peças recém concretadas em processo de cura e para molhar o piso do canteiro evitando a propagação de pó”, conta o Sócio da Fakiani.Além disso, todo o lixo produzido na obra foi separado

e encaminhado através de caçambas para empresas de reciclagem como papel e aço. “O projeto de canteiro foi desenvolvido visando obter o máximo de claridade da luz solar reduzindo o consumo de energia. Os materiais são adquiridos de empresas idôneas com apresentação dos certificados de procedência.”

Papel ImportanteA Construtora Fakiani executa

os processos de obra desde o planejamento, gerenciamento, acompanhamento até a retroa-limentação do planejamento. “Primeiro verificamos que o or-çamento disponibilizado era su-ficiente para conclusão do pro-jeto através da elaboração do custo da obra”, diz André Fakiani.Com a conclusão desta fase

da obra, a empresa executou o planejamento com a discrição detalhada de todas as etapas da obra e o cronograma físico/financeiro. “o Planejamento de aquisição de materiais e serviços foi executado em parceria com o próprio cliente visando atender as necessidades de gestão pelo departamento de compras. Alia-do a isso temos a engenharia da Unimed Costa do Sol permanen-temente presente, tomando as decisões conjuntamente conos-co, o que torna o trabalho bas-tante produtivo”, finaliza.

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Espaço com certificação LEED combina sustentabilidade, espaços verdes e flexíveis com inovação e mais integração para funcionários

Foco no bem-estar

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A Boehringer Ingelheim pos-sui 128 anos de atuação no mundo todo, com o trabalho

constante de melhorar o acesso à saúde por meio de seus valores, entre eles, contribuir para o bem-estar da população e de seus fun-cionários.Partindo deste objetivo, a institui-

ção inaugurou, recentemente, em São Paulo, um espaço amplo, con-fortável e que proporciona integra-ção entre as áreas multifuncionais. As ações de melhoria, realizadas no escritório da empresa, são referên-cia no uso de conceitos voltados à sustentabilidade e melhor aprovei-tamento dos recursos.O ambiente possui quatro novos

espaços para reuniões. Foram in-cluídas ainda outras quatro esta-ções para conference call, além de espaços multiuso, que podem ser adequados para reuniões maiores ou treinamentos. A nova área repli-ca a fórmula inovadora de êxito que consiste em espaços verdes distri-buídos pelo ambiente de trabalho, um escritório aberto, sem divisões de baias ou lugares marcados, me-nos paredes e flexibilidade, propor-cionando assim maior integração entre os funcionários. A obra foi executada em tempo recorde – 35 dias – pelo Grupo Lock Engenharia. Com o surgimento de novas ne-

cessidades, a companhia entendeu que era o momento de reestruturar e ampliar o escritório, oferecendo espaços flexíveis para propiciar aos colaboradores a integração duran-te o trabalho. O ambiente influen-cia diretamente no conforto e na produtividade dos funcionários, que desde 2009 incluem em suas

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rotinas o home office uma vez por semana, a mobilidade e as facili-dades de um escritório open office. O projeto de ampliação

do escritório verde possui dois diferenciais impor-tantes para o bem-es-tar dos usuários do local e foi desenvolvido pela Moema Wertheimer Ar-quitetura. “A Boehringer é uma empresa que está sempre cuidando do bem estar dos seus funcioná-rios, pensando nisso, o projeto foi desenvolvido de forma flexível e que

SUSTENTABILIDADEEs

paço

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estimule a performance e integração dos funcioná-rios da empresa”, diz a ar-quiteta Moema Werthei-mer, Diretora da Moema Wertheimer Arquitetura.De acordo com a arqui-

teta, o ponto de desta-que deste projeto está no elemento de vegetação, o green wall, uma vez que a sustentabilidade foi bas-tante trabalhada. O uso destes elementos contri-buem para qualidade do ar e para temperatura e umidade do ambiente. Na disposição de La-

yout, por exemplo, bar-

reiras físicas próximas às fachadas foram evi-tadas para não diminuir a entrada de iluminação natural no espaço. Além disso, foram definidas luminárias e execução da obra também foram adequadas nos parâme-tros da sustentabilidade. “Parte da iluminação do projeto foi mantida do jeito que era existente, sofrendo alteração ape-nas nas salas fechadas”, revela Moema.O escritório possui cer-

tificação LEED, categoria ouro, desde seu primeiro

projeto, em 2009. Para a expansão da certificação no novo espaço, o pro-jeto seguiu os mesmos parâmetros do projeto certificado.O projeto também

apresentou desafios, en-tre eles a implantação e a flexibilidade e o multiuso do espaço podem difi-cultar um pouco na hora da definição de pon-tos como mobiliário por exemplo, o mobiliário não sendo bem especi-ficado pode ser multiuso porem perder no quesito funcionalidade.

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Humanização e sustentabilidade podem caminhar juntas em uma edificação, basta harmonia entre os projetos

Lado a lado

Cada vez mais em voga na arquitetura e na cons-trução de novas edificações, a sustentabilidade tem conquistado parceiros para sua implantação.

A humanização, por exemplo, pode ser o seu par ideal, uma vez que técnicas como o paisagismo, possibilitam a utilização de ambas ao mesmo tempo.“Sustentabilidade e a humanização são fundamentos

que estão ligados na construção, por exemplo, em uma fachada exposta ao sol, é possível implantar paisagismo, no qual as árvores sombrearão a fachada e darão ainda a sensação de bem-estar aos usuários”, salienta o arqui-teto Ricardo Julião.Esse desdobramento da arquitetura, o paisagismo,

proporciona beleza e bem-estar aos ambientes, além de colocar o ser humano em contato com a natureza de

maneira harmônica. Entre seus mais usuais elemen-tos estão arranjos de flo-res, quedas d’água, peixes ornamentais, pássaros e até jardins tropicais. “Nós precisamos pensar em causar menos impacto ao nosso ecossistema. A par-tir do instante que você enxerga que as coisas po-dem estar mais em harmo-nia, você encontra a saída. A criatividade talvez seja a mais importante ferramen-

ta neste processo”, diz o arquiteto Hugo França, co-nhecido por suas escultu-ras mobiliárias de natureza monumental.Na área da saúde, o pai-

sagismo começou a ser desenvolvido de uma for-ma mais intensa, recente-mente, mas muitas institui-ções estão buscando nele seu diferencial. “Fora do País, muitas instituições já adotaram a técnica como uma forma de melhorar o

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bem-estar de seus pacientes. Há inclusive pesquisas no exterior que mostram a ligação entre o paisagismo e a melhora de pessoas que precisam ficar internadas”, diz o arquiteto e paisagista Benedito Abbud.Abbud acredita que esses projetos buscam trazer a es-

pécie de oasis para dentro da instituição de saúde. “Mui-ta gente acredita que Deus está presente na natureza, por isso, o espaço paisagístico é tão importante dentro de uma instituição de saúde. Hoje, fala-se muito em ‘Te-rapeutic Gardens’, que são lugares para a pessoa encon-trar a natureza e se encontrar”, garante o arquiteto.Para ganhar mais espaço dentro das instituições, a

criatividade tem sido forte aliada do paisagismo. Um exemplo está na implantação de jardins no terraço dos centros de saúde, uma vez que é cada vez mais comum o crescimento dos hospitais de maneira vertical. “Uma outra inovação são os jardins criados especialmente para crianças, nesses casos, o projeto trabalha com animais, como pássaros, peixes e cachorros”, diz o arquiteto.

Outras técnicas que se-lam este casamento entre humanização e sustenta-bilidade estão ligadas a materiais desenvolvidos especialmente para este fim, como o “Tech Garden”, através do qual a água da chuva cai e é reservada, criando um “jardim sobre lages”. o material feito de placas de plástico recicla-do permeáveis, cria um lençol freático, gerando um vazio entre a lage e o jardim. Ficando retida nes-te jardim e o irrigado por capilaridade, diminuindo os gastos com bombas e

energia elétrica. A técnica possibilita inclusive a uti-lização de água de reuso. “A sustentabilidade será incorporada nos projetos arquitetônicos de manei-ra natural. Antigamente, os projetos buscavam al-ternativas de fora de sua região nos projetos paisa-gísticos, hoje não, aceita-se a utilização de plantas nativas, por exemplo. As certificações também têm crescido de maneira visível, a americana LEED, do GBC, e a francesa ARQUA, que vem ganhando espaço no Brasil”, finaliza Abbud.

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Hospital Moinhos de Vento traz soluções inteligentes para o meio ambiente e para o bolso

Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma

Impossível pensar em crescimento sem que tais es-tratégias trilhem pelo caminho da sustentabilidade. Aliás, é justamente essa trajetória o norte para a ex-

pansão da instituição. A boa gestão começa por ai: con-siderar a sustentabilidade como um papel fundamental às políticas da instituição. Acompanhar as atividades passíveis de impacto am-

biental é o primeiro passo, seja na gestão de resíduos ou na escolha dos materiais utilizados. Assim acontece no Hospital Moinhos de Vento que, recentemente, investiu em diversas soluções inteligentes. Exemplo disso foi a substituição da caldeira responsá-

vel por aquecer a água dos quartos abastecida a óleo diesel por caldeira abastecida a gás natural. Houve tam-bém a troca de equipamento de raio-x do Serviço de Radiologia abastecido por revelador e fixador.

“O avanço da tecnologia é imprescindível para o de-senvolvimento sustentável, pois tais inovações agregam qualidade e agilidade na atividade humana, minimizan-do assim o impacto ambiental”, Rogério Almeida da Sil-va, Responsável pelo Projeto Estratégico de Gestão Am-biental.o HMV também vem investindo em importantes ações

visando transformar resíduos em insumos. Ações como o Projeto Bumerangue já conseguiu transformar frascos de soro em sacos de lixo, o digital ao invés do papel.Aqueles materiais com alto poder de reciclagem ga-

nham uma nova vida, retornando para o próprio hos-pital. “Muitos buscam atingir primeiro o pilar da susten-tabilidade econômica com a venda de resíduos gerados dentro dos hospitais, comercializando esse material para gerar recursos e investir em outras necessidades. Já o

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HMV firmou parcerias com empresas privadas e no pri-meiro mês reciclamos seis toneladas de papel que vol-tou a ser utilizado. Deixamos de comprar papel higiênico para algumas áreas administrativas, reduzindo assim o consumo de recursos naturais, reduzindo gastos com compra de insumos”.Mas, antes do descarte de papéis, foi preciso cuidar das

informações sigilosas e para isso o HMV dedicou-se em um trabalho especial a fim de garantir a segurança das informações contidas nos documentos. Em um primei-ro momento, foi preciso armazená-los com segurança e logo após destruí-los para garantir a seguridade do processo. Os números demonstram o sucesso do projeto. Mais

de 3.800 quilos de papel e papelão em duas semanas foram reciclados, gerando 35 fardos de papel higiênico com oito rolos de 300 metros cada um. A sustentabilidade alcançou a esfera financeira da ins-

tituição. Cada fardo de papel higiênico comprado pela Instituição custa R$ 69,84. o retorno com os 35 fardos reciclados gerou uma economia de R$ 2.444,40 em ape-nas um mês.“Neste cenário, a tecnologia da informação tem papel

fundamental para a redução de custo e compra de in-

sumos, com recursos cada vez mais confiáveis, como a guarda das informações de pacientes”, salienta Silva.

Competição sustentávelDesde 2014, a Pontifícia Universidade Católica do Rio

Grande do Sul (PUCRS) disponibilizou aos associados do Programa Gaúcho da qualidade e Produtividade (PGqP) os serviços do Laboratório de Competitividade Susten-tável (LACoS) para consultorias integradas de gestão. o HMV integra o quadro das instituições mantenedo-

ras do LACoS, atuando na definição das diretrizes, das linhas de pesquisas desenvolvidas e suas consequentes aplicações práticas. O objetivo é estimular a competição sustentável entre representantes da iniciativa privada, de órgãos públicos e do terceiro setor por meio da orien-tação acadêmica em temas como diagnóstico, pesquisa, metodologia, consultoria e inovação.“Nosso investimento no LACoS existe porque acredita-

mos que pelo aprofundamento do conhecimento desta disciplina, podemos ter a comunidade junto conosco”, ressalta Silva. A expectativa é aprofundar cada vez mais o conhecimen-

to científico sobre os temas competitividade e sustentabi-lidade para aplicá-lo na gestão das organizações.

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Hospital Unimed Rio Verde destaca-se como primeira instituição 100% LED do Brasil

Iluminação sustentável

A cidade de Rio Verde (Go) ganhou uma nova instituição de saú-de, o Hospital Unimed. A obra teve projeto planejado em três fases e poderá ter 96 leitos. Inicialmente, a instituição contará

com Day-Hospital, Centro Cirúrgico e Internação. Desde o início do projeto (Plano Diretor), os vetores de crescimento

e as etapas de implantação do empreendimento foram definidas, bem como as estimativas de investimentos em obras, incorporação de mobi-liário e tecnologias para cada fase. Por se tratar de um edifício vinculado à saúde, a humanização foi tra-

balhada no detalhamento do edifício, tomando partido da mesma, a fim de criar espaços agradáveis. A iluminação contribuiu para isso, sendo pensada de forma a ter o melhor desempenho para cada ambiente a que se destina, seja técnico, assistencial ou de conforto. E é justamente neste quesito, iluminação, que a instituição se destaca.

o Hospital Unimed Rio Verde é o primeiro do Brasil a ser projetado e adotar 100% de lâmpadas LED. “Esse trabalho é fruto de uma parceria que a Via Luz tem com a L+M com o intuito de desenvolver uma ação pró-ativa em sustentabilidade visando a diminuição do custo fixo opera-cional nas instituições de saúde”, diz Jack Burgess, da Via Luz.

Segundo Burgess , a energia elétri-ca pesa no custo fixo dos hospitais e, incentivar seu uso consciente, instalar sensores de presença e aproveitar a luz natural, ajudam a reduzir as despesas, mas ainda é insuficiente. “Para uma economia maior, projetamos e esta-mos construindo o primeiro comple-xo hospitalar do Brasil a usar somente lâmpadas LED, o Hospital da Unimed Rio Verde (Go)”, afirma.Em média, uma lâmpada dessas tem

vida útil de cinco anos – até dez vezes mais do que a comum, que gasta cer-ca de 90% da energia consumida para produzir calor. É por deixar o ambiente mais agradável que o uso do LED exi-ge menos esforço do ar-condicionado, o que também contribui para reduzir

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os gastos na conta de luz. “Esti-mamos uma economia anual de quase R$ 400 mil em Rio Verde, sem contar a redução proporcio-nada pelo ar-condicionado, capaz de dobrar esse valor economiza-do”, comenta Burgess.Se muitas instituições dão a

desculpa de que a instalação de lâmpadas LED é mais cara, o novo hospital fechou uma equa-ção em que o investimento no LED é recuperado em apenas um ano e meio. “Não basta falar de sustentabilidade. É preciso que-rer ser sustentável, o que envolve pensar, planejar, calcular e pôr as ideias em prática”, destaca Lauro Miquelin, Sócio-diretor da L+M, responsável pelo projeto da ins-tituição.

Conheça outras vantagens:

26 mil lâmpadas a menosNo período de vida útil das lâmpadas LED, em média cinco anos, o centro

hospitalar não precisará trocar 26 mil lâmpadas, que seriam substituídas caso fossem do tipo comum e economizará mão de obra de manutenção.

Espaço livre no almoxarifadoCom menos necessidade de trocar lâmpadas, não é preciso manter

tantos itens no estoque, liberando espaço no almoxarifado.

descarte facilitadoLâmpadas fluorescentes devem ser descartadas em separado, devido

à presença de elementos tóxicos. As de LED podem ser descartadas no lixo comum, nos cestos destinados a vidro ou metal.

sem Ir e uVLuz com ausência de infravermelho e ultravioleta, sem produzir calor e/

ou deformação.

luz constanteNão produz “flicker” comum em lâmpadas fluorescentes, com cor cons-

tante, mais conforto para a equipe clínica.

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Preocupação com a sustentabilidade cresce e certificação garante o uso de medidas econômicas e ecologicamente corretas

Garantia Sustentável

De acordo com o dicionário Houaiss, sustentabilidade explica-se por característica ou condição do que é sustentável. Porém, na prática, este elemento é bem mais abrangente. Ele garante

aplicação de bom senso na utilização de um sistema para que este tenha permanência e não comprometa necessidades futuras.Além disso, o conceito aplica-se ainda à capacidade do ser hu-

mano interagir com o mundo, preservando o meio ambiente para não comprometer os recursos naturais das gerações futuras. Na construção civil, a sustentabilidade tem se mostrado cada vez mais presente através de projetos que evidenciam o reuso de água, ma-teriais certificados e não contaminantes, além do aproveitamento

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da luz natural e utilização de lâmpa-das econômicas.Com essa consciência sustentável

despertando, a procura por certifi-cações que atestam o nível de sus-tentabilidade da edificação aumenta. A mais difundida no Brasil e aplicada às edificações comerciais é a certi-ficação LEED. Hoje, o Brasil é o ter-ceiro colocado no ranking mundial de certificações com 966 projetos

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registrados e 235 certificados, atrás apenas da China com 2.065 (registrados) e 612 (certificados) e dos Estados Unidos com 82.664 (registrados) e 39.216 (certificados).“A certificação LEED é uma garantia de que a edificação cumpriu

as práticas de construção sustentável dentro dos critérios relacio-nados à sustentabilidade no local da construção, verificando pon-tos como a eficiência energética, uso de energia renovável, uso eficiente da água e material de baixo impacto ambiental”, ressalta Felipe Faria, Diretor- manager do GBC Brasil.Já existe um número relevante de hospitais certificados. As ins-

tituições têm discutido a construção sustentável no que tange às novas edificações e formas das já existentes. Instituições de reno-me como os paulistanos Hospital Sírio-Libanês, Hospital Alemão Oswaldo Cruz e HCor encontram-se em processo final de certifi-cação. “Essas instituições têm procurado a certificação, pois pos-suem edifícios muito complexos e com grande consumo energéti-co. Adotar as medidas de sustentabilidade é uma medida palpável. Além disso, com a criação do LEED Healthcare os benefícios para as instituições de saúde serão ainda maiores quando adotadas as medidas sugeridas”, Eleonora Zioni, Diretora-executiva da Asclépio Consultoria e professora de LEED Healthcare do GBC Brasil.

A grande importância deste movi-mento está relacionada ao estímulo e influência de transformação sobre a indústria da construção em direção à sustentabilidade. “A certificação LEED conseguiu acelerar a elevação do padrão técnico do mercado como um todo. O grande boom foi em 2007, quando passamos a trabalhar fortemente no mercado brasileiro”, salienta o Diretor-manager.Os projetos devem ser registrados

ainda em fase de conceituação, po-rém, somente após a finalização da construção, quando se inicia a ope-ração, é que são feitos os testes fi-nais de comissionamento e simulação para verificar se o desempenho do prédio atende ao que foi projetado. “Isso explica o grande número de cer-tificações que estão sendo entregues

“A certificação LEED é uma garantia de que a edifi-cação cumpriu as práticas de construção sustentável dentro dos critérios relacionados à sustentabilidade no local da construção, verificando pontos como a eficiência energética, uso de energia renovável, uso eficiente da água e material de baixo impacto am-biental”Felipe Faria, Diretor-manager do GBC Brasil

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agora, pois com os prazos de obra, muitos projetos registrados na época do boom foram entregues há pouco”.O surgimento desta consciência tem se mostrado bastante impor-

tante na construção civil, uma vez que este mercado gera grandes impactos ambientais e sociais. O segmento consome 21% da água potável e 50% de toda a eletricidade produzida no Brasil através das edificações públicas, comerciais e residenciais, segundo dados do último Balanço Energético Nacional da Eletrobrás. “Em contraparti-da, quando o trabalho é executado de maneira consciente, na qual se prioriza o planejamento com práticas mais eficientes em relação aos impactos ambientais mitigados, é possível reduzir drasticamente esses números. A redução no consumo de água, por exemplo, pode chegar a até 40%. Já a redução de consumo de energia, gira em tor-no de 30% em relação às edificações convencionais. Isso transforma o edifício de principal vilão para principal solução em tempos de crises hídrica e energética”, afirma o Diretor-manager do GBC Brasil.Faria acredita que o GBC Brasil esteja conseguindo influenciar positiva-

mente as principais barreiras que ainda existem no setor quando se fala no assunto. “Estamos vencendo a principal delas, a falta de informação sobre quais são as oportunidades e os principais fatores que identifi-cam o custo da edificação, seguidas da visão imediatista do setor. A construção refere-se a 15% do valor, enquanto os outros 85% estão li-gados à operação. Por isso, qualquer investimento nas fases de projeto e construção tem um feedback em curto e médio prazo”, garante.

AvaliaçãoPara que uma edificação seja consi-

derada sustentável pelo GBC, ela pre-cisa enquadrar-se em alguns critérios exigidos pela certificadora. Estes são compostos por sete grupos: o site sus-tentável (no qual é preciso comprovar que houve preocupação de que não haverá sedimentação futura do terre-no), a eficiência energética (no mínimo 10% mais eficiente que as edificações que já seguem normas de eficiência energética), água (20% mais eficien-te que um prédio modelo), qualidade ambiental interna (preocupação em evitar poluição), materiais de baixo impacto, práticas relacionadas à ino-vação e créditos de prioridades regio-nais. “Dentro desses grupos existem ainda alguns pré-requisitos, condições obrigatórias que o empreendedor tem que cumprir se ele deseja conquistar a certificação”, explica. Além dos critérios, existem ainda as

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práticas sugeridas, através das quais a edificação con-quista pontos. São 69 prá-ticas sugeridas que podem somar até 110 pontos. A classificação permite que, a partir dos 40 pontos, a edi-ficação receba a certificação, aumentando essa pontuação, o nível do reconhecimento é elevado. Entre 50 e 59 pon-tos, esta será considerada LEED prata, de 60 a 79 está o nível Gold (ouro) e acima de 80 ponto o Platinum. “A certificação LEED é bastante baseada em metas de perfor-mance e desempenho, inde-pendente de qual tecnologia seja utilizada na obra. O foco está no estabelecimento de metas de desempenho, que pode acontecer de diversas formas”, diz Faria.Apesar de estar presente em

150 países e aplicar a mes-ma metodologia em todos, os padrões destinados aos pontos e as metas de per-formances variam em cada um deles, adaptando-se a parâmetros locais. “O traba-lho de internacionalização do LEED é verificar e comparar as normas técnicas interna-cionais referendadas e fazer a comparação dessas com as normas locais. É a partir disso que chegamos às normas e padrões técnicos a serem uti-lizados no País”, explica.No Brasil, por exemplo, no

que tange à energia reno-vável, por exemplo, ao invés de ser utilizado o Green Me,

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que é uma certificação Norte-americana para fontes de produção de energia reno-vável, foram considerados os selo da Abra-gel e da ABEEólica, associações deste setor.

Expectativa A certificadora tem notado que, de al-

guns anos para cá, a diversidade na tipo-logia de projetos, que passa pelos indus-triais, centros de distribuição e logística, data centers, além de museus, escolas e hospitais aumentou. “Nossa grande apos-ta é poder entrar com mais força nas edi-ficações existentes, fazendo as readequa-ções térmica e hídrica para a certificação”, conta Felipe Faria.Outra novidade é o trabalho voltado

para casas e prédios residenciais. “À medi-da que fomos ganhando mercado, surgiu a oportunidade de desenvolver critérios específicos para estes tipos de edificação. Estamos trabalhando há quatro anos do ponto de vista técnico, com cerca de 200 profissionais envolvidos, e hoje já temos 14 projetos inscritos, dois certificados e outros dez para entrarem”, revela.

Registro LEED por Tipologia

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LEED HealthcareTamanha é a complexidade de uma edificação hospitalar

que a mesma precisou de uma certificação de sustentabi-lidade exclusiva. A saúde está bastante relacionada com a sustentabilidade, uma vez que ela não se restringe à eco-nomia de água e preservação do meio ambiente. Dentro de um hospital, o ambiente sustentável pode refletir no bem-estar, na saúde e na produtividade das pessoas dos colaboradores e usuários.Com isso, a partir de 2009, começou-se a aplicar a mo-

dalidade específica do LEED Healthcare. “A partir de en-tão, as instituições de saúde começaram a registrar-se nesta modalidade. Apesar de já estar disponível desde a versão 2009, acredito que os primeiros registros desta certificação específica tenham começado a acontecer em 2012, devido aos prazos de obra”, conta Eleonora Zioni, professora de LEED Healthcare.Esta modalidade de certificação conta com créditos espe-

cíficos, que estão de maneira equalizada para que os dife-rentes tipos de edificação possam ser comparadas. “Neste tipo de certificação, dois dos créditos estão ligados aos pré-requisitos. Como na categoria de matérias para construção, que exige que esses não façam uso de mercúrio. Destaco também a necessidade dos projetos integrados, que geram maior sinergia”.Entre os créditos, está um que avalia a utilização de luz na-

tural, uma vez que está diretamente ligada à saúde, além de proporcionar relação com meio ambiente. “Há também cré-ditos específicos como aqueles ligados à contaminação que pode vir a ocorrer em equipamentos médicos”, reforça.

“As instituições de saúde têm procurado a certificação, pois possuem edifícios muito complexos e com grande consumo energé-tico. Adotar as medidas de sustentabilidade é uma medida palpável. Além disso, com a criação do LEED Healthcare os benefícios para as instituições de saúde serão ainda maiores quando adotadas as medidas sugeridas” Eleonora Zioni, Diretora-executiva da Asclépio Consultoria e professora de LEED Healthcare do GBC Brasil

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Hospital Albert Einstein - Quarto 7A

Investimento em infraestruturaHospital Albert Einstein passa por constantes reformas e ampliações para garantir conforto e qualidade aos seus usuários

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O Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, pos-sui uma área de 228.729,86 m², e mais de 10 diferen-tes edificações de saúde. os prédios começaram a ser

inaugurados em 1971 e a evolução não parou. os projetos ar-quitetônicos dos novos edifícios, componentes do Plano Dire-tor de Ampliação do HIAE, assim como as reformas e amplia-ções foram pautados pela tradução da solidez e segurança da instituição, aliados à inovação técnica. “Neste contexto, fomos pioneiros no Brasil a trazer a certificação de sustentabilidade LEED para o setor hospitalar e da plataforma formal para a designação Planetree, um programa abrangente de humani-zação no atendimento para o qual a arquitetura das instala-ções tem importância fundamental”, revela Dr. Sidney Klajner, Vice-presidente da instituição.O hospital depende de um sistema de ligações entre setores

extremamente complexo, por isto, o aproveitamento das es-truturas existentes para abastecimento das novas áreas teve que ser planejado no Plano Diretor. Fisicamente, o nivelamen-to dos edifícios, o projeto de passarelas de ligação foram ele-mentos chave para o sucesso do projeto. “A interligação das diferentes edificações do Complexo Albert Einstein permite a eficiência do fluxo interno, tanto de colaboradores, quanto de pacientes”, diz Klajner.Isso permite menor tempo de deslocamento, menor risco de

acidentes e de exposição ao clima em dias de chuva ou calor excessivo. Fora isso, todos os processos operacionais (assisten-ciais ou não assistenciais) tornam-se mais fluídos e eficientes.Entre os mais recentes investimentos da instituição está a

Clínica Médica-Cirúrgica 4°A e 4°D são as mais novas unida-des de internação do Hospital Israelita Albert Einstein. Locali-zadas no 4° pavimento da instituição, totalizam 2.540 m² em 39 novas e modernas unidades de internação destinadas a pacientes que necessitem de curta permanência. “Os aparta-mentos foram cuidadosamente projetados pensando no con-forto, segurança e acolhimento dos usuários. A preocupação com os fluxos e o cuidado em desenvolver áreas de apoio com materiais de acabamentos adequados para a segurança e facilidades da equipe técnica merece destaque”, diz arquiteta, Sócia-diretora da Vitah Arquitetura, Juliana Khouri.De acordo com Juliana, o ponto de partida para os projetos

foi o Plano Diretor, que possibilitou implantar as unidades es-trategicamente em posições que atendam às necessidades da Instituição: estar próximo aos Centro Cirúrgicos, Unidades de Terapia Intensiva e Centro de Diagnósticos, com o propósito de diminuir os deslocamentos das equipes técnicas e também dos pacientes e por fim, otimizar os processos.

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Hospital Albert Einstein - Clínica Médico Cirúrgica

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Com um arrojado projeto arquitetônico, foi possível criar melhores condições físicas às unidades, contribuindo para a humanização. O projeto das unidades de internação foi concebido para agregar a estrutura física e tecnológica do local, o respeito à dignidade do paciente, familiar ou do profissional de saúde, garantindo a todos os usuários as condições necessárias para o atendimento de qualidade. “Durante o processo de criação, tivemos a preocupação de ofe-recer aos pacientes e colaboradores espaços confortáveis. Dentre os projetos, destacamos os de luminotécnica e de acústica, que por se tratar de unidades de internação, estão bastante relacionados à qualidade e usabilidade dos espa-ços”, afirma Marcio Wellington, Sócio-diretor da Vitah Arquitetura. Além disso, segundo Juliana, em projetos de estabelecimentos de saúde, é

grande a preocupação em empregar materiais de acabamento como pisos, re-vestimentos de paredes, forros e mobiliários adequados que transmitam a sen-sação de bem-estar e, ao mesmo tempo, higiene e segurança. A Instituição possui uma grande preocupação com sustentabilidade e, por

possuírem edifícios certificados, o emprego de materiais de acabamentos obe-decem aos cadernos de padronização da instituição, onde grande parte dos materiais possuem certificação e contam pontos para o Green Building. “Pri-vilegiamos a iluminação natural e a temperatura de conforto para o paciente, graças ao layout bem resolvido e ao emprego de materiais e soluções com

esta finalidade. Com isso, é pos-sível termos economia em insu-mos como água, energia elétri-ca e ar-condicionado”, garante Wellington. HemoterapiaO Projeto Arquitetônico para

implantação da nova unidade de Hemoterapia do Hospital Albert Einstein visou organizar e mo-dernizar espaços complexos do laboratório como sala de biolo-gia molecular, sala de processa-mento, sorologia, aférese tera-pêutica, armazenamento e áreas administrativas e de apoio logís-tico em um total de 1.640 m², localizada no 3º andar do bloco “E” da instituição. O projeto conta também com

ampla sala de coleta de sangue para pacientes e doadores, con-tendo 14 poltronas para doação e duas poltronas para sangria terapêutica, bem como ampla sala de aférese terapêutica com cinco leitos.“o grande desafio deste pro-

jeto foi entender a dinâmica de trabalho dos subsetores envolvi-dos na Unidade de Hemoterapia, desde a coleta do sangue du-rante a doação até o processa-mento, análise, armazenamento e transfusão do material coleta-do. Trata-se de ambientes que são altamente assépticos e estão precisamente bem posicionados de forma que a ocupação dos espaços permita que o fluxo da operação da unidade seja o mais funcional possível, aumentando a produção e garantindo a con-fiabilidade do material coleta-do”, ressalta a arquiteta Juliana.

Hospital Albert Einstein - Sala Conforto Médico HD

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Health

“O cuidado com a higiene do local se dá desde a criteriosa escolha dos materiais e acabamentos, até a implantação do sistema de ar condicionado. As torneiras possuem fotocé-lulas que podem ser acionadas e fechadas sem que haja a necessidade de tocá-las. O revestimento em manta vinílica escolhido para o piso garante uma superfície lisa, e sem porosidade, o que evita acúmulo de sujeira e permite fácil limpeza”, salienta Wellington, Sócio-diretor da Vitah Arqui-tetura.Além disso, as paredes são revestidas com tinta acrílica

hospitalar, pintura especial que permite ser lavada com fa-cilidade sem perder as características originais e que não possui cheiro. As bancadas de trabalho são revestidas em aço inox, o garante a impermeabilidade, a durabilidade e facilita a assepsia das mesmas. “Toda a Unidade de Hemo-terapia é climatizada com sistema dedicado, com destaque da climatização das salas limpas, onde o sistema de ar con-dicionado foi projetado para trabalhar com pressão positiva e negativa, assim como nas salas de biologia molecular, evi-tando a contaminação do ar nas áreas mais críticas”, dizem os arquitetos.

Retrofit Entre as obras de melhorias do Hospital

Albert Einstein está o retrofit da Unidade de Terapia Semi-Intensiva, que possibilita a adequação de todas áreas de apoio exis-tentes, a implantação de dois novos leitos de UTI Semi-Intensiva e a modernização e padronização dos acabamentos de todo o setor. Ao todo, são 1.850 m² de projeto, distribuídos em 43 leitos de UTI (sendo 41 existentes + dois novos), que proporciona-rão maior segurança, conforto e bem-estar aos pacientes.“o desafio deste projeto foi a otimiza-

ção dos ambientes de apoio, para possi-bilitar a criação de dois novos leitos, tendo como premissa o atendimento integral às normas e ao programa de necessidades. Contudo, foi possível, e o resultado foi re-almente surpreendente”, garante Juliana Khouri, Sócia-diretora da Vitah Arquitetura

“o grande desafio do projeto da Hemoterapia foi entender a dinâ-mica de trabalho dos subsetores envolvidos na Unidade. Trata-se de ambientes que precisam ser limpos e estar precisamente bem posicio-nados de forma que a ocupação dos espaços permita que o fluxo da operação da unidade seja o mais funcional possível, aumentando a produção e garantindo a confiabi-lidade do material coletado” Juliana Khouri e Marcio Wellington, arquitetos e Sócios-diretores da Vitah Arquitetura

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Toda a identidade visu-al do andar foi readequa-da para seguir os padrões inerentes à instituição. No projeto, foi proposta a substituição de todos os pisos, tanto vinílico quan-to o cerâmico das áreas de apoio, revestimentos de paredes (cerâmicos e vinili-cos) e forros de gesso acar-tonado e modulares remo-víveis. Além de mobiliários e marcenarias, protetores de paredes (bate macas) e da iluminação, tornando a UTI Semi intensiva uma moderna e segura área de atenção ao paciente.“Por se tratar de uma área

crítica, a escolha dos aca-bamentos é um grande ponto de atenção no proje-to. A correta especificação dos acabamentos garante a facilidade da higienização

de toda a unidade, além de contribuir para a diminui-ção dos riscos de infecção hospitalar”, diz Wellington. o piso especificado foi a

manta vinílica com rodapé curvo em todas os apar-tamentos, circulações e áreas de apoio secas, por ser liso e ter a possibilida-de de solda entre as pe-ças. Nas áreas molhadas (apoios como DML, Sala de Utilidades, Resíduos e Banheiro dos Pacientes), a proposta foi de piso em porcelanato antiderrapan-te com rejunte epóxi. Já nas paredes de toda a

unidade (exceto áreas de apoio molhadas que serão revestidas com cerâmica), o projeto propôs pintura acrílica hospitalar sem chei-ro com aplicação de reves-timento vinílico de parede

a meia altura no padrão da instituição e a instalação de modernos acessórios pro-tetores de paredes como bate macas, corrimãos e cantoneiras de PVC. O forro predominante da

unidade é de gesso acar-tonado liso com pintura. O forro dos banheiros, por se-rem áreas que demandam vapor dos banhos tiveram uma atenção especial com a especificação de um ma-terial resistente à umidade, forros Hidrófugos. “Em áre-as onde há ruído excessivo de pessoas como circula-ções, postos de enferma-gem, confortos e entrada dos apartamentos, empre-gamos no projeto o forro removível acústico em pla-cas 0.625 x 0.625m, pois proporcionam além da me-lhoria do conforto acústi-

co, facilidade de acesso às instalações que estão sobre eles”, contam.Todos os mobiliários em

marcenaria serão reves-tidos em laminado mela-mínico e os tampos das bancadas, tanto dos apar-tamentos quanto dos pos-tos de enfermagem serão em Superfície Solida Mi-neral (SSM), que garante leveza e requinte ao local, além de serem fáceis de higienizar. “Outro ponto de desta-

que ficou com a criação de uma nova identidade para o painel de gases medici-nais, contemplando todos os itens necessários para uma UTI Semi Intensiva, como por exemplo, peque-nos equipamentos médicos e monitores embutidos”, fi-nalizam os arquitetos.

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Hospital Albert Einstein - Sala Coleta de Sangue HD

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Health

O investimento na construção do prédio do Hospital Albert Einstein em Alphaville, em São Paulo, concluída em novembro de 2012, é uma mostra do crescimento do setor de Saúde no Brasil. “A própria economia, tem um impacto muito grande pelas questões da saúde. A empregabilidade neste setor chega a 30% no mundo. Por isso, eu entendo que a saúde não é um assunto restrito aqueles que trabalham na área. Ela é uma fer-ramenta importante no contexto global da sociedade maior”, comenta Claudio Lottenberg, Presidente do Hospital Israelita Albert Einstein.A edificação foi construída em 14 meses, em uma

única etapa, que contou com a integração entre a construtora, hospital e projetistas. “Executamos a construção completa, por empreitada global e im-plantando tecnologia em todo o processo através de nosso conhecimento avançado das necessidades de infraestrutura hospitalar”, revela oscar Favero, Diretor da Afonso França Engenharia.

Centro de Oncologia A reforma do Centro de Oncologia do Hospital Albert

Einstein apresentou um grande desafio à equipe que executou a obra: conciliar o processo ao hospital em funcionamento. “Havia muita interferência com as áre-as ocupadas, principalmente nas instalações, pois par-te delas eram comuns ao hospital em funcionamento. Além disso, o prazo foi arrojado e desafiante”, conta Antonio Carlos Marchini, Diretor da Afonso França En-genharia.Para que o funcionamento do hospital não fosse

abalado durante as quatro etapas da obra foi desen-volvido um planejamento prévio e detalhado junto a engenharia e manutenção do hospital, tanto para os isolamentos corretos e seguros das áreas, quanto so-bre toda a parte técnica, para não oferecer nenhum risco de paralisação das áreas em funcionamento. “Dado esse planejamento detalhado, a execução foi feita fielmente conforme planejado, obtendo pleno sucesso na execução da obra”, garante o Diretor.A tecnologia foi uma importante aliada na obra, ofe-

recendo demolições silenciosas, equipamentos para transporte e içamento compactos. “A tecnologia tam-bém contribuiu com o planejamento para que as áre-as fossem isoladas, afim de manter a obra totalmente sinalizada e segura para o paciente”, ressalta Marchini.Para garantir a qualidade do processo, foi aplicado

Unidade Alphaville Expertise A Afonso França, com

mais de 20 anos no mer-cado de construção civil, conquistou respeitável experiência, através de sua forte atuação nos segmentos Hospitalar, Industrial, Comercial e Edifícios Corporativos. A área da saúde está em constante renovação, adequando-se às novas tecnologias, com equi-pamentos sofisticados, e, devido ao seu know-how em construção hospitalar e farmacêutica, a empre-sa estará sempre em bus-ca das oportunidades de mercado nessa área. A Afonso França pos-

sui expertise em realizar obras em sites em funcio-namento, sem compro-meter o bom andamento das atividades do cliente o que demanda constan-te atualização técnica na busca de novos produtos, equipamentos e métodos construtivos diferencia-dos, bem como, investe na melhoria contínua da qualidade dos serviços prestados, parcerias com fornecedores, desenvol-vimento das equipes e alinhamento na gestão.

* Na 13ª Edição da Re-vista HealthARQ publica-mos uma matéria sobre a Clínica de Oncologia do Hospital Albert Einstein. Gostaríamos de informar que o projeto da fachada da instituição foi desenvol-vido pela Kahn do Brasil.

o Sistema de Gestão Integra-da da construtora, que tam-bém visou a preservação do meio-ambiente, destinando todo o entulho da obra para bota-foras homologados e legalizados. “Nosso cuidado se estendeu também para a segurança dos usuários do prédio, uma vez que tivemos o cuidado para que toda a de-manda hospitalar pudesse ser atendida com contingência”. Unidade Ibirapuera Esta unidade da instituição

passou por reforma e amplia-ção do Pronto Atendimento. Dividido em duas etapas, o processo apresentou dificul-dades semelhantes as da obra do Centro de oncologia: exe-cutar as obras com o hospital em funcionamento. “Precisa-mos subdividir cada uma das etapas em várias fases, para possibilitar o funcionamento da unidade durante a exe-cução das obras”, revela os-car Favero, Diretor da Afonso França Engenharia.Para garantir que o atendi-

mento não fosse interrom-pido, foram isoladas as áreas de pacientes. “Além disso, fi-zemos uso da tecnologia para nos auxiliar. Alguns equipa-mentos diferenciados nos per-mitem evitar transtornos aos pacientes, com baixo índice de barulho, poeira e aumento na produtividade, minimizando o tempo de áreas isoladas”, con-ta Favero.

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Eventos 2015

Evento: European Congress for Hospital EngineeringSexto Congresso Europeu de Engenharia Hospitalar. Em paralelo, será realizada a reunião do conselho mundial da IFHE, International Federation of Hospital Engineering. local: Turku - Finlândia data: 3 e 4 de JunhoMais informações: www.eche2015.fi

Evento: 11th Design & Health World Congress & ExhibitionCongresso Mundial da Design and Health. Contará com a participação do Presidente da ABDEH, Prof. Marcio oliveira, na Comissão Científica, o congresso terá a participação de diversos expoentes da arquitetura e engenharia hospitalar do continente Asiático.local: Hong Kong – Chinadata: 15 a 19 de julhoMais informações: www.designandhealth.com

Evento: Congresso de Arquitetura e Engenharia da FBAHSerá realizado simultaneamente a Feira + Fórum HoSPITALAR, organizado pela Federação Brasileira de Administradores Hospitalares - FBAH.local: Expo Center Norte (Auditório) – São Paulodata: 19 e 20 de maio

Evento: European Healthcare Design 2015organizado pela “Architects for Health” e SALUS Global Knowledge Exchange, Congresso Europeu para o Design da Saúde 2015local: Royal College of Physicians - Londresdata: 22 a 23 de JunhoMais informações: www.europeanhealthcaredesign.eu

MAIO

JUNHo

JULHo

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