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Número 17 Abril/Junho 2005 Distribuição Gratuita

Revista leiasff n.º 17

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Clubes e Desporto Escolar

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Page 1: Revista leiasff n.º 17

NNúúmmeerroo 1177AAbbrriill//JJuunnhhoo 22000055

DDiissttrriibbuuiiççããoo GGrraattuuiittaa

Page 2: Revista leiasff n.º 17

DDeessppoorrttoo EEssccoollaarr:: DDeessppoorrttoo EEssccoollaarr::

EEnnttrreevviissttaaEEnnttrreevviissttaa 7777

PPaaddrriinnhhooPPaaddrriinnhhoo 11001100

MMooddaalliiddaaddeessMMooddaalliiddaaddeess 11111111

NNaacciioonnaaiissNNaacciioonnaaiiss 11661166

DDeessttaaqquueeDDeessttaaqquuee 22002200

CCuurrssoo SSuuppeerriioorrCCuurrssoo SSuuppeerriioorr 22222222

EEssppaaççoo ddee MMeemmóórriiaaEEssppaaççoo ddee MMeemmóórriiaa 22882288

CClluubbeess && PPrroojjeeccttoossCClluubbeess && PPrroojjeeccttooss

SSeemmaannaa ddooss CClluubbeessSSeemmaannaa ddooss CClluubbeess 33003300

FFoottooggrraaffiiaaFFoottooggrraaffiiaa

DDeesseennhhoo//AArrtteess PPlláássttiiccaassDDeesseennhhoo//AArrtteess PPlláássttiiccaass

BBaarrbbuussaannooBBaarrbbuussaannoo

PPaattrriimmoonniiaaPPaattrriimmoonniiaa

IInntteerr--GGeerraaççõõeessIInntteerr--GGeerraaççõõeess

FFiilloossooffiiaaFFiilloossooffiiaa

TTeeaattrrooTTeeaattrroo

RRááddiiooRRááddiioo

IInnggllêêssIInnggllêêss

MMúússiiccaaMMúússiiccaa

MMaatteemmááttiiccaaMMaatteemmááttiiccaa

IInnffoorrmmááttiiccaaIInnffoorrmmááttiiccaa

FFííssiiccaaFFííssiiccaa

SSuuggeessttããoo ddee LLeeiittuurraaSSuuggeessttããoo ddee LLeeiittuurraa 55665566

PPaassssaatteemmppooss && HHuummoorrPPaassssaatteemmppooss && HHuummoorr 55885588

SSeerrvviiççoo ddee AAppooiioo aaoo JJoovveemmSSeerrvviiççoo ddee AAppooiioo aaoo JJoovveemm 55995599

22

FICHA TÉCNICA

N.º 17 - ABRIL/JUNHO

DIRECTORA EXECUTIVA

DRA. DINA JARDIM

COORDENAÇÃODRA. ALEXANDRA FONSECA (5º/17)DR. CRISTÓVÃO PEREIRA (8ºA)DR. GUALTER RODRIGUES (5º/17)DR. RUI COELHO (11ºB)

COLABORAÇÃO

CLUBES ESCOLARES

DRA. FÁTIMA ABREU

DR. ANTÓNIO JORGE ANDRADE

DR. JOÃO COSTA E SILVAGILBERTO BASÍLIO

GRUPO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

PROJECTOS ESCOLARES

S.A.J.

PATROCINADORES:

O LIBERAL

CARTONADA

IMPRESSÃO:

O LIBERAL, EMPRESA DE ARTES

GRÁFICAS, LDA

Edição 17Alusão aos desportistas da

escola, bem como aos clubes eprojectos que a integram.

nneessttaa eeddiiççããoo::nneessttaa eeddiiççããoo::

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AAbbrriill//JJuunnhhoo 22000055Editorial

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A sociedade sempre depositou na Escolagrandes expectativas.

Se no passado havia uma identificaçãorelativamente objectiva dessasexpectativas, hoje é mais difícil definir oque deve a Escola oferecer.

Se no passado se esperava que na Escolase repetisse a clássica fórmula do aprendera ler, a escrever e a contar, eventualmenteas bases para o exercício de uma profissão,hoje cada vez se exige mais, se espera maisda Escola. Para além da formaçãoacadémica na sua versão humanística,artística, científica e técnica, hoje é modaa educação para a cidadania, a aquisiçãode competências, de valores, muito paraalém dos conteúdos.

Hoje, exige-se muito, todos os sectoressociais exigem cada vez mais, osempresários, os políticos, os pais, todosesperam cada vez mais da Escola. Mas assucessivas reformas, revisões, planos deformação alternativos, parecem nãosatisfazer ninguém e o número de alunosque abandona a Escola antes de concluir osvários ciclos de estudo é, desde há anos, oresultado mais visível do fracasso do nossosistema de ensino.

Hoje, a Escola parece ter dificuldadesem cativar os alunos, tem dificuldades emresponder às expectativas que nela sedepositam, sabemos que é essencialencontrar forma de garantir aescolarização de toda a população,sabemos que o nosso sucesso enquantosociedade integrada numa competiçãoglobal depende disso, mas não sabemosbem como consegui-lo, ou se sabemos, nãosabemos como implementá-lo.

Mas se nos planos curriculares as

incertezas são muitas, todosreconhecemos a importância dasactividades de Complemento Curricular edo Desporto Escolar na formação integraldos alunos, no domínio afectivo, nasocialização, na abertura para outrasformas de interpretação, compreensão eexpressão do mundo, para a vivência deoutras realidades.

A formação de um cidadão esclarecido,interventivo, bem formado, passa não sópela conclusão com sucesso do seu planocurricular de estudos, mas também pelaaquisição de outras competências que seadquirem na variadíssima oferta deactividades de complemento e noDesporto.

Sem querer subverter o papel da Escola,não podemos deixar de valorizar, deincrementar e de reconhecer o papeldeterminante destas actividades naformação de um cidadão verdadeiramentebem formado, não apenas de um cidadãocom muitos conhecimentos, mas com umaboa preparação para a vida na suadimensão mais ampla, mais rica, maismultifacetada.

E se no domínio desportivo nãochegarmos a ter campeões olímpicos,atletas de alta competição, praticantesfederados nas várias modalidades, pelomenos que tenhamos cidadãos activos quereconhecem na prática desportiva umelemento fundamental na promoção dasaúde na sua dimensão mais ampla.

Hoje a escola não é só espaço de aulas, étambém espaço de convívio, de lazer, decultura, de desporto, de vida na suadimensão mais plena, mais completa emais complexa.

Dr. António Pires

Vice-Presidente do Conselho Executivo

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VViissiittaa àà CCGGDD

Nos dias 11 e 13 de Abril, nós, alunos das turmas: 10º 24 e 10º 25, visitamos as instalações daCaixa Geral de Depósitos (CGD), no âmbito das disciplinas técnicas (Técnicas Administrativas eContabilidade) do nosso curso (Tecnológico de Administração).

Eram 15 horas e15 minutos quando nos reúnimos na Avenida Arriaga para darmos início ànossa actividade. Ao chegarmos, fomos gentilmente recebidos pela Dr.ª Paula Cristina Oliveira,pelo gerente Sr. Melo e pelo sub-gerente Sr. Alberto. Guiados pela Dr.ª Paula Cristinapercorremos todos os espaços da CGD, desde o R/C ao 3º andar, onde nos foram explicando afunção de cada um e os tipos de serviços que podemos usufruir em cada um deles, como porexemplo: activar o serviço da caixa directa; fazer depósitos; utilização dos cartões de crédito edébito; funcionalidades do “espaço azul”, etc. De seguida tivemos o privilégio da presença do Dr.Duarte Drumond, Director Regional de Agências – Madeira, que proferiu um pequeno discursosobre tudo aquilo que tinha sido explicado e nos deu alguns conselhos para o nosso futuro.

A opinião com que todos ficamos é que foi um dia muito proveitoso, de convívio eaprendizagem, no sentido de enriquecer o nosso futuro profissional.

Gostaríamos, para terminar, de agradecer aos responsáveis da CGD por nos teremproporcionado uma visita de estudo excepcional e, claro, às nossas professoras, pois sem a suainiciativa e empenho não teria sido possível a sua realização.

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Aconteceu...Aconteceu...

AArrttee ppoorr CCoommppuuttaaddoorr

“Arte por Computador com Animação em 3 Dimensões” foi o tema de umaacção de divulgação que os professores de História da Arte e Arte e Designrealizaram no dia 14 de Março.

Dinamizada pela Mestre Evangelina Sirgado Sousa, a acção procuroualertar os alunos para as possibilidades que o computador oferece naanimação a três dimensões nas obras de arte.

O interesse manifestado pelos alunos foi grande, a que não terá sidoalheia a facilidade de comunicação patenteada pela convidada.

EExxéérrcciittoo nnoovvaammeennttee nnaa eessccoollaa

O exército português voltou a fazer no passado dia 10 de Maio mais uma campanhapromocional com vista a atrair maior número de jovens para o serviço militar, agora emregime de voluntariado.

Desta feita, o exército movimentou para a escola Francisco Franco um vasto aparatomilitar que permitiu aos alunos conhecerem e experimentarem material bélico, praticaremdesportos radicais, além de ainda poderem ouvir uma pequena actuação da Banda Militar daMadeira.

EEnnssaaiioo àà PPaannaacceeiiaa

“Ensaio à Panaceia” foi o título de uma exposição que AméricoOlival, Luís Miguel Gonçalves, Severino Camacho e Tiago Mendonça,alunos do 11º anos, realizaram na Galeria de Arte Francisco Franco naprimeira quinzena de Março.

Na exposição de carácter intimista e de técnicas diversificadas,aqueles alunos procuraram mostrar que “a amizade, a empatia, aconfiança, o próprio amor não passam de ilusões químicasagradáveis, mas são o melhor que posssuímos, e termos consciênciadaquilo que são, não as torna menos intensas, interessantes oureais”.

E ainda que é “o equilíbrio entre o gosto e o desgosto que adocicaa vida e a busca do remédio é o próprio remédio.”

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LLeettrraa ppaarraa oo hhiinnoo

António Castro, professor da Escola Bartolomeu Perestrelo, foi o grandevencedor do concurso para a criação da letra do hino da nossa escola.

O vencedor foi distinguido no passado dia 10 de Maio, numa cerimónia realizadana sala de Sessões da Francisco Franco, presidida pelo Senhor Secretário Regionalda Educação, com um pémio monetário no valor de 5 mil euros. (A fotografiatestemunha esse momento)

Lídio Araújo e Teresa Pereira apresentaram propostas de letras que mereceram,por parte do júri, menção honrosa.

EExxppoossiiççããoo -- ‘‘MMeettaammoorrffoossee’’

‘Metamorfose’ foi o tema de uma exposição, patente ao público entre 23 de Maio e 3 deJunho, na Galeria de Arte Francisco Franco, realizada no âmbito das disciplinas de Oficinade Artes e Materiais de Expressão Plástica, que envolveu alunos do 11º ano, turmas 9,10e 11 do Agrupamento 2 - Artes.

Integrada no plano anual de actividades da escola, ‘Metamorfose’ teve como principalobjectivo valorizar a vertente artística, cultural e lúdica dentro da comunidade educativa.

Coordenaram pedagogicamente a exposição os docentes Nélio Cabral, Susana Cabral,Paula Sousa, Graça Berimbau, Lília Diogo e Marco António Figueira.

FFoorrmmaaççããoo ppaarraa ddoocceenntteess

A Comissão de Formação da E.S.F.F. promoveu um conjunto de acções deformação com vista a melhorar e complementar a formação dos seus docentes nasrespectivas áreas de leccionação, conforme requerido pelos grupos disciplinares.

“Organização laboratorial e tratamento de resíduos” (foto ao lado), “Análisequímica e bacteriológica da água”, “Adolescência” e “Geologia do Arquipélago daMadeira” foram algumas da acções recentemente dinamizadas.

PPrroojjeeccttoo JJoovveennss RReeppóórrtteerreess ddoo AAmmbbiieennttee ((JJRRAA))

Os JRA da nossa escola apresentaram o trabalho desenvolvido no ano lectivoanterior, assim como as actividades levadas a cabo este ano. Palestra e Exposiçãorealizada pelo Parque Natural e Visita de Estudo ao Parque Ecológico foram algumas dasactividades efectuadas, todas elas relacionadas com o tema escolhido, “Água”.

No passado mês de Novembro, num seminário em Sever do Vouga, foram entreguesos prémios de melhores fotos e artigos de 2004, tendo os nossos alunos recebido peloterceiro lugar na categoria de Fotografia uma Máquina Fotográfica Digital, umaImpressora, uma assinatura da National Geographic e uma asssinatura de um jornaldigital diário.

A Directora Executiva surpreendeu os JRA com a afixação do certificado do Prémio naBiblioteca da nossa escola.

No próximo ano lectivo, a missão internacional decorrerá na RAM, estando a nossaescola empenhada na participação.

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Desporto EscolarDesporto Escolar

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lleeiiaa SS..FF..FF.. -- AAccaabbáámmooss ddee vviivveerr mmaaiiss uummaaeeddiiççããoo ddoo DDeessppoorrttoo EEssccoollaarr mmaaddeeiirreennssee.. QQuuaalléé aa ggrraannddee ffiinnaalliiddaaddee ddeessttaa FFeessttaa??António Jorge Andrade - O Desporto Escolar éuma actividade de complemento curricular,não obrigatória para os alunos, que serve decomplemento à actividade das aulas deEducação Física. Pretende, sobretudo,consciencializar os alunos para que, quandosaírem da escola, possam compreender que aactividade física é um instrumentoimportante para a sua saúde.

lleeiiaa SS..FF..FF..-- TTeemm ppoorr oobbjjeeccttiivvoo,, ppoorrttaannttoo,,ffoommeennttaarr uummaa vviivvêênncciiaa ffííssiiccaa ssaauuddáávveell??António Jorge Andrade - Sim. De há muitosanos a esta parte, procurámos que toda apopulação escolar faça uma prática regular daactividade física, através da escolha damodalidade que mais aprecia e, além disso,compreenda que a exercitação física nos deveacompanhar durante toda a vida para bem da

nossa qualidade de vida.Quanto melhor a escola trabalhar nestedomínio, tanto maior será o seu contributopara a criação de uma sociedade evoluída esaudável.

lleeiiaa SS..FF..FF..-- OO DDeessppoorrttoo EEssccoollaarr ddeessttiinnaa--ssee aattooddooss ooss aalluunnooss.. OOss qquuee pprraattiiccaamm ddeessppoorrttooccoommoo ffeeddeerraaddooss ttaammbbéémm ppooddeemm ppaarrttiicciippaarr??António Jorge Andrade - Também podemparticipar, desde que não seja na modalidadeem que se encontram federados. E porquê?Porque se competissem nessa modalidadehaveria resultados desportivos muitodesnivelados uma vez que esses alunos têmmais horas de treino. Na verdade, nãoconseguiremos ganhar adeptos para a práticadesportiva e para a actividade física se osresultados forem muito díspares, além deque, em termos pedagógicos, se torna muitopenalizante competir em situações dedesigualdade

As escolas da Região Autónoma da Madeira, juntamente com algumas delegações de comunidadesmadeirenses espalhadas pelo mundo, proporcionaram no início do mês de Maio mais um momentodesportivo ímpar: a Festa do Desporto Escolar.

A propósito, a Leia SFF ouviu o coordenador e grande dinamizador do evento, o Professor AntónioJorge Andrade, que, há 22 anos, dedica o seu entusiasmo à causa do desporto escolar.

Fomentar a prática desportiva a fim de que o lema latino da ´mens sana in corpore sano' (mentesã em corpo são) seja também uma realidade nos nossos dias é um dos grandes objectivos doDesporto Escolar, segundo o nosso entrevistado.

Grande Objectivo do Desporto Escolar:

MMMM EENNTTEEEENNTTEE SSÃÃSSÃÃ EEMMEEMM CCOORRPPOOCCOORRPPOO SSÃÃOOSSÃÃOO

Todos os anos, tem sido preocupação nossa – SRE, DRE e GCDE – fazer do programa do DesportoEscolar, uma constante e importante motivação para os nossos alunos.

Este ano, dados os passos significativamente importantes que, quer através da introdução de novasmodalidades desportivas, bem como da construção de novas infra-estruturas, podemos iniciar um novociclo de afirmação e de desenvolvimento.

Temos a consciência que as dificuldades são imensas, no entanto, acreditamos na capacidade detodos, por forma a transformar e motivar toda a nossa juventude para a cidadania.

A Região Autónoma da Madeira, pelo esforço de vários anos e a adequação de projectos ao serviço dosnossos alunos, tem sabido ser exemplar.

É nossa obrigação, das escolas, dos professores e dos alunos, uma participação séria e responsável.António Jorge Andrade, in “Apresentação”

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lleeiiaa SS..FF..FF..-- OOss aalluunnooss,, pprrooffeessssoorreess ee DDiirreeccççõõeessEExxeeccuuttiivvaass mmaanniiffeessttaamm eeffeeccttiivvoo iinntteerreessssee ppeellooDDeessppoorrttoo EEssccoollaarr??António Jorge Andrade - A significativaevolução registada é fruto desse interesse,mas a princípio as dificuldades foramimensas. Não foi fácil chegarmos ao nível aque chegamos, porque o desporto eraconsiderado uma actividade menor. A força dodesporto como elemento social de grandeimportância para a educação e para a saúde,porém, fez com que alcançasse o nível queatingiu.A afirmação do Desporto Escolar está ligada àcrescente procura dos alunos pela práticadesportiva e ao interesse e motivaçãodemonstrado pela maioria das DirecçõesExecutivas. Todas as escolas se têmorganizado da melhor forma a fim deproporcionarem aos seus alunos as melhorescondições possíveis para a prática desportiva.

lleeiiaa SS..FF..FF..-- AAss eessccoollaass nnããoo ddeevveemm//ppooddeemmffoommeennttaarr aappeennaass oo DDeessppoorrttoo EEssccoollaarr......??António Jorge Andrade - Sem dúvida que sim.A escola deve, dentro do possível, no âmbitoda gestão dos interesses existentes dentrodas várias áreas disciplinares, possibilitar aosalunos uma prática acrescentada à actividadecurricular. Por isso mesmo, cada vez mais, háespaços para o desporto, música, biologia,matemática, teatro, através dos clubes que secriaram.A escola existe para servir os alunos e não osprofessores. Dentro dessa lógica, todas asmotivações que os alunos apresentem nasdiversas áreas devem merecer uma positiva

resposta. O desporto e aactividade dos clubes são umaboa maneira para fazer comque os alunos gostem de aprender osconteúdos curriculares com vista a umaconveniente formação académica.

lleeiiaa SS..FF..FF..-- CCoommoo rreeaaggee aa ppooppuullaaççããoo cciivviillppeerraannttee oo ffeennóómmeennoo ddeessppoorrttiivvoo eessccoollaarr??António Jorge Andrade - A Festa do DesportoEscolar - que considero o maioracontecimento desportivo da Madeira - temum reflexo social ímpar. A presença maciça depessoas no Estádio dos Barreiros (ali vão osavós, pais, irmãos, tios dos alunos) é a provadisso. De facto, o tema abordado e a belezaestética que se desenvolvem naquele espaçomaravilhoso, reflectem não só a importânciado desporto como também o trabalho feitonas escolas, uma vez que o que ali se vê éfruto de várias áreas disciplinares.

lleeiiaa SS..FF..FF..-- OOss aalluunnooss ddaass CCoommuunniiddaaddeessmmaaddeeiirreennsseess ttaammbbéémm ppaarrttiicciippaamm nneesstteeeevveennttoo??António Jorge Andrade - Sim. Participamjovens de vários países onde há emigraçãomadeirense: Brasil, Canadá, Venezuela, Áfricado Sul, Namíbia, Alemanha, Bélgica, França,Alemanha. Gostaríamos de ter representantesdoutros lugares, mas há dificuldades emalguns países de os alunos poderemparticipar. Cada delegação faz-se representarem função da importância da comunidade. DoBrasil, África do Sul e Venezuela vêm cincoalunos e dos restantes países três.

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lleeiiaa SS..FF..FF..-- CCoommoo rreeaaggeemm eesssseesslluussoo ddeesscceennddeenntteess??António Jorge Andrade -

Muitos deles apenas conheciam a Madeirapor aquilo que ouviam dos seus avós ou paise, quando cá chegam, ficam surpreendidos,porque, em vez das limitações do tempo dosseus familiares, encontram umdesenvolvimento que não imaginavam. Estavertente do desporto como factor deconhecimento também é muito importante.

lleeiiaa SS..FF..FF..-- AA MMaaddeeiirraa ddiissppõõee ddee bbooaass iinnffrraa--eessttrruuttuurraass ppaarraa aa pprrááttiiccaa ddeessppoorrttiivvaa??António Jorge Andrade - Excelentes. A visãopolítica da Madeira neste aspecto foidecisiva. A construção de infra-estruturasjunto das escolas é um valor acrescentado,sem o qual não seria possível fazermos o quefazemos. Depois da construção depolivalentes e pavilhões, no último anosurgiram várias piscinas e a adesão tem sidosignificativa.

lleeiiaa SS..FF..FF..-- PPrreevvêê nnoovvaass mmooddaalliiddaaddeessddeessppoorrttiivvaass ppaarraa oo DDeessppoorrttoo EEssccoollaarr??António Jorge Andrade - Além dastradicionais, que fazem parte de um quadrocompetitivo regular, este ano introduzimos obadminton, judo e natação. Isto, contudo,não quer dizer que outras não possam fazerparte. Por exemplo, neste momento, játemos protocolos com a Associação de Vela eCanoagem para que os nossos alunos possam

aprender vela e canoagem. Daí a sereminseridas no Desporto Escolar ainda vai umlongo caminho, porque a nossa filosofia éesta: não podemos dar um passo maior queas nossas pernas; quando avançarmos paranovas modalidades, temos de ter umaestrutura bem organizada.

lleeiiaa SS..FF..FF..-- AAcchhaa qquuee aass eessccoollaass ppooddeerriiaamm tteerrcclluubbeess ddeessppoorrttiivvooss??António Jorge Andrade - Tendo em conta ascaracterísticas da nossa região, onde asinstalações desportivas se encontram juntodos estabelecimentos de ensino, penso queas escolas, desde que lhes dessem garantiasfinanceiras, poderiam possuir os seus clubes,não só para a prática federada, como para oexercício amador da sua população. Uma talorganização evitava, por exemplo, a perda detempo nas deslocações de um lado para ooutro.

lleeiiaa SS..FF..FF..-- PPoorrqquuêê ""EEnnttrree CCééuu ee MMaarr -- NNóóss""??António Jorge Andrade - Este foi o tema desteano do Desporto Escolar, por sugestão doPresidente do Governo Regional. Atravésdele, procurámos abordar a Madeira: falámosdas suas lendas, do seu passado, daimportância da Revolução de Abril para a ilhae como ela se transformou graças à mudançaoperada no país. Uma vez mais, tudo isto sófoi possível devido ao trabalhointerdisciplinar registado nas escolas.

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1100

Chamo-me Carlos Almeida, tenho 16 anos e frequento a turma 1 do 10º ano. Pratico natação há 12 anos e“fui encontrado” numa escola de natação pelo meu treinador, altura a partir da qual passei a praticar aactividade no Clube Desportivo Nacional.

Sou campeão nacional dos 1.500 metros livres em piscina de 25 metros e vice-campeão nacional na mesmadistância, mas em piscina de 50 metros. Sou também vice-campeão nacional na prova dos 400 metros livres econsegui ainda o terceiro lugar, a nível nacional, na prova dos 400 metros estilos e 200 mariposa, nos últimoscampeonatos nacionais.

Apesar de nadar a prova dos 400 metros estilos a nível nacional, o que engloba todos os estilos, tenho, porém,dois nos quais me consigo destacar: o de livres e o de mariposa, principalmente em provas de fundo, que são asque requerem grande resistência.

Ser convidado para padrinho do Desporto Escolar e representar a Escola Secundária de Francisco Franco foipara mim muito gratificante e importante, pois a escola tem tantos alunos e fui logo eu o escolhido.

Foi a primeira vez que representei uma escola no Desporto escolar e também a primeira vez que desfilei nocampo dos Barreiros perante milhares de pessoas, mas, como em tudo, há sempre uma primeira vez…

Pelo facto de ter sido o padrinho, fiquei a conhecer mais alunos da escola, principalmente aqueles que andamnos desportos.

Uma honra ser padrinho no Desporto Escolar

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1111

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DDEESSPPOORRTTOODDEESSPPOORRTTOO EESSCCOOLLAARREESSCCOOLLAARRModalidades - ClassifModalidades - Classif icaçõesicações

Pedro Gonçalves; António Fernandes; DiogoPita; Diogo Rodrigues; Edward Moniz; FlávioLourenço; Hugo Jesus; Hugo Pereira; JoséAguiar; Nuno Abreu; Octávio Jesus; AndréSousa; João Lucas

ÁÁrrbbiittrroo - Paulo Silva

Catarina Monteiro; Andreia Correia;Carlota Andrade; Diana Freitas; Joana Nunes; Maria Silva; Marisa França; Sara Gonçalves; Telma Ferreira; Joana Ferreira

JJuuvveenniiss MMaassccuulliinnooss JJuuvveenniiss FFeemmiinniinnooss

Equipa:Lisete Gonçalves; Mariana

Mendonça; Ana Pereira;Nicole Neves; LisandraPereira; Anna Capelo;

Bárbara Freitas; BárbaraPereira; Tânia Gomes;

Vanessa Escórcio; VâniaFernandes; Décia Gonçalves;Lígia Teixeira; Marta Martins;

Ana Fernandes

ÁÁrrbbiittrroo - José Rafael

JJuunniioorreess FFeemmiinniinnooss

Page 12: Revista leiasff n.º 17

1122

IInnddiivviidduuaall JJuuvveenniiss FFeemmiinniinnoossDébora Barros; Magda Santos; Cátia Figueira; Delta Figueira

IInnddiivviidduuaall JJuuvveenniiss MMaassccuulliinnoossJorge Ramos

ÁÁrrbbiittrrooss - Joana Mendonça; Nuno Sousa; Telmo Lima

Renato Soares; Gonçalo Xavier; CarlosSerra; Miguel Carvalho; Renato Campos; JoséSilva; Roberto Nóbrega; Nuno Freitas; CláudioPimenta; Fernando Martins; José Fernandes;Marco Oliveira; Richard Camacho

Dina Abreu; Cláudia Caires; Fabiana Silva; SaraSilva; Rubina Rebelo; Dina Gouveia; FilipaVieira; Petra Gonçalves

JJuunniioorreess MMaassccuulliinnooss AA JJuunniioorreess FFeemmiinniinnooss

Cátia Figueira; Delta Figueira; AlexandraSousa; Joana Ferreira; Catarina Faria; JoanaGaudêncio; Ana Baptista; Tânia Teixeira; SaraGonçalves

JJuuvveenniiss FFeemmiinniinnooss

Page 13: Revista leiasff n.º 17

Luís Silva:

100 Mts Estilos 50 Mts Livres 50 Mts Bruços

1133

AAbbrriill//JJuunnhhoo 22000055

JJuuvveenniiss MMaassccuulliinnoossÉnio Teixeira; José Silva; Pedro Pita; Luís Freitas; André Rodrigues;João Santo; Carlos Pita

JJuunniioorreess MMaassccuulliinnoossPedro Nóbrega; Élvio Henriques; Luís Rego; Bruno Vieira; RúbenMoniz; Luís Sousa; Sílvio Franco; Alexandre Azevedo

ÁÁrrbbiittrroo - Nuno

João Pereira e Luís SilvaMara Silva, João Figueiroa, José Sousa e Valter Gonçalves

Carina Silva, Lucy Silva e Bárbara Santos

IInnddiivviidduuaall JJuuvveenniiss -- NNíívveell AAvvaannççaaddoo

Page 14: Revista leiasff n.º 17

NNíívveell IINádia Ponte; Ana Pleno; Ana Camacho; LisandraMacedo; Sara Jardim; Ana Gordo

JJuuíízzaassCláudiaAndreia Gordo

GINÁSTICA ARTÍSTICAJJuuíízzaa - Andreína Andrade

GINÁSTICA AERÓBICA

GINÁSTICA RÍTMICA

GINÁSTICA ACROBÁTICA

TTrriioo FFeemmiinniinnoo JJúúnniioorrAna Catarina Freitas; Ana Silva;Ana Vanessa Spínola

PPaarr MMiissttoo JJúúnniioorrCarla Gonçalves; Hélder Freitas

NNíívveell IIII Carla Gonçalves; Ana Catarina Freitas; AnaSilva; Ana Vanessa Spínola; CatarinaGarcês; Carina Sousa; Bárbara Sousa

NNíívveell IIII Susana Sousa; Joana Abreu; Rita Brites; MartaCaldeira; Nadine Camacho; Débora Sousa;Cláudia Rebolo; Helena Gomes

Page 15: Revista leiasff n.º 17

IInnddiivviidduuaall JJuunniioorreess FFeemmiinniinnooss

Cat. Classificação

Cátia Câmara -70 kg

Sofia Teixeira -70 kg

Ana Martins -70 kg

IInnddiivviidduuaall JJuunniioorreess MMaassccuulliinnooss

CatClassificação

Juan Vieira -90 kg

Diogo Gomes -90 kg

Tiago Vieira -90 kg

IInnddiivviidduuaall JJuuvveenniiss FFeemmiinniinnooss

Cat. Classificação

Patrícia Neto -52 kg

Sara Tomé -52 kg

Mara Franco -90 kg

Catarina Franco -90 kg

IInnddiivviidduuaall IInniicciiaaddooss FFeemmiinniinnooss

CatClassificação

Marilisa Nunes -52 kg

1155

AAbbrriill//JJuunnhhoo 22000055

EEqquuiippaass JJuuvveenniiss//JJuunniioorreess MMiissttaass TTrrooffééuu TTééccnniiccooJJuuvveenniiss 2º LugarJJuunniioorreess 1º Lugar

IInnddiivviidduuaall JJuuvveenniiss FFeemmiinniinnoossLília GonçalvesLetícia Freitas 33ºº LLuuggaarrMarina GonçalvesHelena Gomes

IInnddiivviidduuaall JJuuvveenniiss MMaassccuulliinnoossDiogo RodriguesHenrique SantosXico SantosCelso Fernandes

Lília Gonçalves; Letícia Freitas;Marina Gonçalves

EEqquuiippaa JJuuvveenniiss FFeemmiinniinnooss

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1166

Realizaram-se no fim-de-semana de 12, 13 e 14 de Maio, na cidade de Viana do Castelo, osCampeonatos Nacionais de Desporto Escolar, que contaram, em representação da RegiãoAutónoma da Madeira, com as equipas e modalidades vencedoras dos Campeonatos Regionais deDesporto Escolar nas diversas modalidades.

A Escola Secundária de Francisco Franco participou com a equipa de juvenis Masculinos deandebol da Professora Ana Rita e as classes de Ginástica Acrobática, Rítmica nas vertentes de parmisto, classe de rítmica e grupo de Aeróbica das professoras Carla Afonso e Carla Pestana,respectivamente.

A comitiva madeirense foi chefiada pelos Professores do Gabinete Coordenador do DesportoEscolar da Região Autónoma de Madeira no que respeita às modalidades de andebol e ginástica.Fizeram ainda parte da comitiva os professores Joaquim Pereira (pelo andebol) e as ProfessorasCarla Afonso (ginástica acrobática e rítmica) e Carla Pestana (ginástica aeróbica). A representaçãomadeirense ficou instalada na Escola Secundária de Santa Maria, em Viana do Castelo, e na EscolaBásica 2/3 de Caminha, Ancorensis Cooperativa Ensino.

MMOODDAALLIIDDAADDEE CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO

GGIINNÁÁSSTTIICCAA AACCRROOBBÁÁTTIICCAA -- PPaarr MMiissttoo:: 11ºº LLuuggaarr

Hélder Freitas; Carla Gonçalves

GGIINNÁÁSSTTIICCAA RRIITTMMÍÍCCAA 22ºº LLuuggaarr

Ana Catarina Freitas; Ana Silva; AnaVanessa Spínola; Catarina Garcês;Carina Sousa; Bárbara Sousa

GGIINNÁÁSSTTIICCAA AAEERRÓÓBBIICCAA 22ºº LLuuggaarr

AANNDDEEBBOOLL -- JJuuvveenniiss MMaassccuulliinnooss:: 66ºº LLuuggaarr

Pedro Gonçalves; António Fernandes;Diogo Pita; Diogo Rodrigues; EdwardMoniz; Flávio Lourenço; Hugo Jesus;Hugo Pereira; José Aguiar; NunoAbreu; Octávio Jesus; André Sousa;João Lucas

AAlluunnooss ddaa FFrraanncciissccoo FFrraannccoo vveenncceemmnnaacciioonnaall ddee GGiinnáássttiiccaa AAccrroobbááttiiccaa

Ginástica Acrobática (foto de cima) e Ginástica Rítmica (foto de baixo)

EE OOSS VVEENNCCEEDDOORREESS SSÃÃOO......

Ginástica Aeróbica na apresentação

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AAbbrriill//JJuunnhhoo 22000055

A representação madeirense na modalidade de Natação, na fase final nacional do DesportoEscolar, no escalão de juvenis, foi composta pelos alunos da nossa escola, Bárbara Santos, JoãoPaulo Pereira, Luís Silva e Valter Gonçalves, orientados pelo professor Nuno Ribeiro.

Todos os nadadores tiveram uma boa prestação, dado que todos eles bateram os seusmelhores tempos. De referir que o nosso aluno Luís Silva, ganhou a medalha de "bronze", aoconseguir o terceiro lugar na prova de 100 metros estilos.

Brilhante também foi a prestação na prova de estafetas, 4x25metros estilos, onde os alunosColin Ferreira (E.S. Jaime Moniz), Luís Silva (E.S. Francisco Franco), João Sousa (E.S. JaimeMoniz) e Juan Costa (E.S. Ponta do Sol) conquistaram o segundo lugar, depois de já no diaanterior terem conseguido o pódio na outra prova de estafeta masculina.

NNaaddaaddoorreess bbaatteemm rreeccoorrddeessNNaaddaaddoorreess bbaatteemm rreeccoorrddeess

A delegação do Judo:De pé: João Faria, Profª Sandra Godinho, Catarina Silva,Mara Franco, Prof. Hugo Ferreira.Em baixo: Sara Sofia Tomé, Patrícia Neto e MarilisaNunes

Luis Silva (à direita)conquistou a medalhade bronze na natação

Podium: Quarteto de alunos madeirenses que conquistou o 2º lugar em 4x25 estilos,juntamente com os outros vencedores.

Equipa de Judo e Natação com os respectivostreinadores

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1188

No dia 15 de Abril, realizou-se na Escola Secundária de Francisco Franco,numa dinamizaçãodo Grupo Disciplinar de Educação Física, mais uma actividade da Fase Escola do Projecto Compal

Air 3X3, com o objectivo de fomentar a prática do basquetebol entre a comunidade educativa.

EEdduuccaaççããoo FFííssiiccaa ddiinnaammiizzaa bbaassqquueetteebboollEEdduuccaaççããoo FFííssiiccaa ddiinnaammiizzaa bbaassqquueetteebbooll

Apesar de esta escola só ter alunos dos escalões dejuvenis e juniores, inscreveram-se mais de 30 equipas eparticiparam cerca de 100 alunos.

A actividade foi organizada pelo Grupo deEducação Física e contou, desde o primeiromomento, com o apoio da Direcção Executiva.

Como prova do gosto da comunidade escolarpela modalidade, a actividade decorreu commuito fair-play e camaradagem.

A arbitragem ficou a cargo dos próprios alunosparticipantes.

A equipa vencedora do escalão de junioresmasculinos desafiou os professores para um

"3x3". Estes aceitaram o desafio!

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AAbbrriill//JJuunnhhoo 22000055

No dia 29 de Abril, realizou-se na EscolaSecundária Francisco Franco (E.S.F.F.), a FaseRegional da Ilha da Madeira do ProjectoCompal Air 3X3 nas Escolas. A referidaactividade contou com a presença de 15escolas que prontamenteaderiram ao projecto.Envolvendo cerca de 500alunos que participaramquer como jogadores,formando um total de 70equipas nos diversosescalões, quer comoárbitros ou ainda comoanimadores daactividade,particularmente osalunos da Rádio-Escolada ESFF, que permitiramuma forte dinamizaçãoda actividade.

A classe docente esteve tambémfortemente empenhada, pois foram cerca de50 os professores envolvidos. Alguns tiveram

funções de acompanhamento das respectivasequipas e outros colaboraram na organizaçãodo evento, nomeadamente o Grupo deEducação Física da E.S.F.F. .

A actividade contou, desde logo, com oapoio absoluto, daDirecção Executiva daEscola Secundária deFrancisco Franco, edo Prof. Rui Cunha,da SecretariaRegional deEducação,responsável pelalogística dostransportes, apoiosque foramimprescindíveis paraa realização daactividade.

Seguidamente apresentamos asclassificações finais e alguns momentos doevento.

FFaasseeFFaassee RReeggiioonnaall EEssccoollaarr ddee 33XX33RReeggiioonnaall EEssccoollaarr ddee 33XX33

IInnffaannttiiss FFeemmiinniinnooss

1º EB 2,3 Bartolomeu Perestelo2º EB 2,3 Dr. Horácio B. Gouveia3º EB/Sec. da Calheta

IInnffaannttiiss MMaassccuulliinnooss

1º EB 2,3 / Sec. do Carmo2º EB/Sec. da Calheta3º EB/Sec. do Porto Moniz

IInniicciiaaddooss FFeemmiinniinnooss

1º EB 2,3 dos Louros2º EBI de Santo António3º EB 2,3 / Sec. do Carmo

IInniicciiaaddooss MMaassccuulliinnooss

1º EB 2,3 dos Louros2º EB 2,3 Dr. Horácio B. Gouveia3º E. Salesiana de Artes e Ofícios

JJuuvveenniiss FFeemmiinniinnooss

1º Sec. Dr. A.A da Silva2º EB/Sec. da Calheta3º E.Sec. Francisco Franco

JJuuvveenniiss MMaassccuulliinnooss

1º E.Sec. Jaime Moniz2º E.Sec. Francisco Franco3º EB/Sec. da Calheta

JJuunniioorreess FFeemmiinniinnooss

1º E.Sec. Francisco Franco2º E.Sec. Jaime Moniz3º EB 2,3 / Sec. do Carmo

JJuunniioorreess MMaassccuulliinnooss

1º E.Sec. Francisco Franco2º EB/Sec. da Calheta3º E.Sec. Jaime Moniz

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2200

OO ‘‘nnoossssoo’’ BBoommbbeeiirrooOO ‘‘nnoossssoo’’ BBoommbbeeiirroo

“Entrei há dois anos para a corporação dosBombeiros Voluntários Madeirenses” começou pornos dizer Roquelino Matos, para quem serbombeiro sempre foi um desejo, depois deconhecer o funcionamento da instituição pordentro, graças ao serviço lá prestado por um seuirmão. Antes, até aos 18 anos, dedicou-se aoEscutismo.

Passado um ano na corporação, foipromovido a Bombeiro de terceira, tirou aespecialidade de Transporte Ambulância deSocorro (TAS), uma espécie de ‘Enfermeiro’de bordo e, quando houver novo curso,espera especializar-se em Montanha eAlto Risco.

“De cinco em cinco dias vou àcorporação prestar serviço e, nosoutros dias, em casos excepcionais,também lá vou”, referiu, salientando,de seguida, que a sua saída maismarcante foi para socorrer um jovemvítima de ‘overdose’. “Marcou-me imensoporque vi o jovem, muito jovem ainda,quase a morrer, mas conseguimos salvá-lo. É que sempre era um jovem, com umlongo caminho à frente, que ali estavaprestes a morrer…”.

“As saídas mais frequentes, porém, sãopara socorrer pessoas que sofreramquedas, que foram vítimas de paragenscardíacas e, neste domínio tem havido umgrande aumento, talvez devido à vida quelevam. Também temos saídas paraacidentes. Este ano, e ainda estamos emMaio, tem havido mais mortos naestrada que em anos anteriores.”

Questionado se a nova Lei da Estrada nãoestava a dar os frutos desejados, Roquelino Matosfrisou que os jovens, quantas mais restriçõessentem mais transgressões fazem. E explicou, emface do conhecimento que possui, que cada vez é

maior o número dos que vêem a sua cartaapreendida, assim como os que apresentam umamaior taxa de alcoolemia no sangue.

Saídas para fogos florestais também fazemparte da vida deste Bombeiro. “Neste domínio,sublinha, estamos muito melhor que noContinente. Aqui está tudo mais controlado,talvez devido à prevenção que é feita. A aposta na

limpeza das matas dá os seus frutos.”Os fogos urbanos aparecem igualmente de

vez em quando no dia a dia da corporação.“Acontecem, sobretudo, por distracção. São

as panelas que ficam ao lume,frigideiras…”.

Quanto ao seu trabalho na nossaescola, Roquelino Matos disse que

não é fácil ser porteiro porque osalunos nem sempre aceitamidentificar-se, quando solicitados.Ainda assim, refere, “já houve

alunos mais problemáticos que os deagora. Os novos alunos já estãohabituados a esta prática e não causamproblemas.”

Interpelado se conhecia os milharesde alunos da escola que por dia passam

por si, respondeu: “Passados uns doismeses já conheço a face de todos. Nãosei o nome deles mas sei que são alunosda Francisco Franco. Além disso, tambémconheço quem não é aluno e com queintenção pretende entrar na escola.”

“Se gosto de ser porteiro? Do que eumais gostava era de um serviço maisactivo, mais dinâmico, mas nãodesgosto do que faço”, respondeu.

A concluir, Roquelino Matos quis deixarum apelo aos jovens da nossa escola: inscrevam-senuma associação de voluntariado e ajudem opróximo!

Chama-se Roquelino Matos. De há três anos a esta parte, é um dos porteiros de serviço da nossa escola. Alémde vigiar diariamente os milhares de rostos, que passam pela porta que controla, para segurança da nossaescola, presta ainda um relevante serviço à comunidade: é Bombeiro. É o número 274 dos VoluntáriosMadeirenses.

DestaqueDestaque

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2211

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A notícia tão inesperada quanto cruel chegou: morreu José António Gonçalves. A partida deste homem bom da cultura madeirense deixou sentido pesar e profunda tristeza

entre nós, porquanto sempre encontramos nele um profundo entusiasta da causa da educação e,sobretudo, um dedicado artífice da palavra.

Faz agora aproximadamente dois anos que esteve na nossa escola. A convite da Leia SFF e nasequência do seu texto “Sede de Aprender”com o qual colaborou no número 8 da revista, deixouem todos os que o ouviram um vivo sentido de admiração, tal era a franca abertura, o genuínodesinteresse e a singela sinceridade com que a todos motivava para a plena vivência da vida.

Não obstante a partida física, a figura de José António Gonçalves vencerá as fronteiras do tempoe no espaço da filantropia, que tanto prezava, terá sempre um lugar entre nós.

Se recordar a obra é dar vida ao homem, ouçamo-lo no seu poema “O Pássaro morreu”.

Cristóvão Pereira

CCoonnttiinnuuaass eennttrree nnóóss,, JJoosséé AAnnttóónniioo

O pássaro morreu. Finou-se

em pleno voo. Foi um mal

que lhe deu. E foi-se.

As asas não caíram primeiro.

Pois primeiro caiu o silêncio

nos olhos da tarde. Derradeiro

foi o seu esgar. O Sol, afinal,

desconhecedor, apenas arde.

Uma profunda tristeza tomou

conta do vasto azul celestial.

Não deu para distinguir a sua

cor. Estonteado pelo dia, viu a lua

nos seus ímpetos espertos de pardal.

E depois o seu corpo de penas assomou

o verde da terra e amalgamou-se.

Ninguém escreveu a notícia.

Ninguém se importou.

Mas a verdade

é que neste fim de tarde

um pássaro morreu. Finou-se.

E o Sol, desconhecedor,

apenas arde.

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11.. OO ccuurrssoo

O curso de Arquitectura tem o grau académicode licenciatura. Conforme o estabelecimento deensino superior onde é ministrado poderá ter aduração de 5 ou de 6 anos. Nos casos em que aduração do curso é de seis anos, o último anodestina-se à realização do estágio.

No ensino público a prova de ingresso fixadapara este curso é na maior parte dos casos a deGeometria Descritiva, havendo, no entanto, algunsestabelecimentos que fixam, também, a deMatemática. No ensino privado, o leque de provas

de ingresso fixadas é mais variado, existindo porvezes diversas alternativas, para além das provasde Geometria Descritiva e de Matemática.Obviamente que uma eventual candidatura a estecurso, ou qualquer outro, obriga a uma consultacuidada das condições de acesso fixadas por cadaestabelecimento de ensino.

O curso de licenciatura em Arquitectura éministrado em vários estabelecimentos de ensinosuperior público e privado. Nos quadros 1 e 2 estãoindicados os estabelecimentos que ministram estecurso no presente ano lectivo.

2222

EEssttaabbeelleecciimmeennttoo CCiiddaaddeeUniversidade Autónoma de Lisboa Luís deCamões

Lisboa

Universidade Lusíada Lisboa

Universidade Lusíada PortoUniversidade Lusíada de Vila Nova deFamalicão

V. N. Famalicão

Universidade Independente LisboaUniversidade Lusófona de Humanidades eTecnologias

Lisboa

Escola Superior Artística do Porto Porto

Universidade Moderna Lisboa

Universidade Moderna PortoDinensino – Ensino, Desenvolvimento eCooperação, CRL

Setúbal

Escola Universitária das Artes de Coimbra Coimbra

Escola Universitária Vasco da GamaCastelo Viegas -Coimbra

Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes Portimão

Universidade Católica Portuguesa Viseu

EEssttaabbeelleecciimmeennttoo CCiiddaaddee

Instituto Superior de Ciências do Trabalho eda Empresa

Lisboa

Universidade da Beira Interior CovilhãFaculdade de Ciências e Tecnologia daUniversidade de Coimbra

Coimbra

Universidade de Évora Évora

Universidade do Minho BragaFaculdade de Arquitectura da Universidadedo Porto

Porto

Faculdade de Arquitectura da UniversidadeTécnica de Lisboa

Lisboa

Instituto Superior Técnico da UniversidadeTécnica de Lisboa

Lisboa

Universidade dos Açores (preparatórios) Ponta Delgada

AArrqquuiitteeccttuurraa,, oo ccuurrssoo ee aa pprrooffiissssããooAArrqquuiitteeccttuurraa,, oo ccuurrssoo ee aa pprrooffiissssããoo

Dr. João Costa e Silva

Director do Gabinete do Ensino Superior

ENSINO PÚBLICO

Quadro 1

Quadro 2

ENSINO PARTICULAR E COOPERATIVO

A arte baseia-se na vida, porém não como matéria mas como forma. Sendo a arte um produtodirecto do pensamento, é do pensamento que se serve como matéria; a forma vai buscá-la àvida. A obra de arte é um pensamento tornado vida: um desejo realizado de si-mesmo. Comorealizado tem que usar a forma da vida, que é essencialmente a realização; como realizado emsi-mesmo tem que tirar de si a matéria em que realiza.

Fernando Pessoa, in 'Ricardo Reis - Prosa'

Curso SuperiorCurso Superior

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2233

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22.. AA pprrooffiissssããoo

Os arquitectos encontram no ambienteconstruído pelo homem e no ordenamento doespaço as suas áreas de actuação.

As principais actividades que os arquitectospodem desenvolver são:

ArquitecturaUrbanismoPlaneamento e Gestão UrbanaConsultadoria e PeritagemGestão e Direcção de ObrasArquitectura de InterioresDesign Industrial e Design GráficoDesenho Assistido por ComputadorCenografia

No entanto, apesar desta diversidade deactividades, existem dados que nos indicam que aprincipal actividade dos arquitectos está maisidentificada com a área da construção civil, quer aonível de obras públicas, quer de obras de iniciativaparticular. Os arquitectos idealizam e acompanhama construção das obras por si projectadas, obrasque vão desde as casas e prédios de habitação e deescritórios, hotéis, centros comerciais, hospitais,centros de saúde, escolas, universidades, igrejas eaté complexos desportivos, como é o caso recentedos novos recintos construídos em Portugal para oCampeonato da Europa de Futebol.

Apesar de uma actividade mais concentrada naárea da construção civil, cabe aos arquitectos,também, desenvolver projectos de urbanismo,onde se destacam os conjuntos habitacionais,complexos turísticos, parques industriais, espaçospara feiras, entre outros.

A gestão e o planeamento urbano, algumasáreas do design, o restauro e a conservação deedifícios antigos, bem como a decoração deinteriores, são, também, algumas das áreas deactuação dos arquitectos.

Na elaboração de um projecto de qualqueredifício, os arquitectos preocupam-se não só comos aspectos de ordem estética mas também comaspectos que têm a ver com a harmonia do edifícioe o meio que o envolve. Um enquadramentoadequado no espaço e ambiente envolvente éfundamental para garantir o sucesso de qualquerprojecto.

Os arquitectos concentram a sua actividade emduas fases. Uma primeira fase que tem a ver com oaspecto criativo, momento em que estesprofissionais idealizam e projectam a obrapretendida. Uma segunda fase em que osarquitectos acompanham a execução da obra,exercendo uma actividade de assistência efiscalização, como forma de garantir que a obra

seja executada segundo o projecto. Os arquitectos desenvolvem a sua actividade em

gabinetes, individualmente ou em parceria comoutros colegas, por conta própria ou por conta deoutrem. Neste caso, podem trabalhar paraempresas do sector privado, como são o caso deempresas do sector imobiliário, de construção e deengenharia, ou em entidades ligadas àadministração central ou local, como são os casosdos ministérios ligados às obras públicas e dascâmaras municipais.

Muitas vezes os arquitectos trabalham emregime por conta de outrem, para garantir algumaestabilidade de emprego, acumulando, no entanto,essa actividade com trabalho independente.

Os seus principais clientes são privados, pessoasparticulares e empresas, por isso cerca de 80% dosprojectos de arquitectura dizem respeito a obrasparticulares.

Os arquitectos raramente trabalham sós. Namaior parte dos casos, os arquitectos desenvolvema sua actividade em conjunto com outrosprofissionais ligados à construção civil,nomeadamente, engenheiros, urbanistas,designers de interiores, arquitectos paisagistas,construtores civis, mestres e encarregados de obrae operários.

Restaurar edifícios antigos é também uma das funções de que o Arquitecto está incumbido.

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2244

CCUURRSSOOSS RREECCOONNHHEECCIIDDOOSS CCUURRSSOOSS AACCRREEDDIITTAADDOOSS

Instituto Superior de Matemática e Gestão Faculdade de Arquitectura de Lisboa

Universidade Independente Faculdade Ciências e Tecnologia de Coimbra

Universidade Autónoma Luís de Camões Faculdade de Arquitectura do Porto

Instituto Superior de Matemática e Gestão Universidade do Minho

Instituto Superior Técnico Universidade Lusíada

ISCTE Escola Superior Artística do Porto

Universidade Moderna

Escola de Tecnologias Artísticas de Coimbra

Universidade Lusófona de H. e Tecnologias

33.. OO rreeccoonnhheecciimmeennttoo ee aa aaccrreeddiittaaççããoo

A Ordem dos Arquitectos considera queexiste o título académico, aquele que éatribuído pelas Universidades, e o títuloprofissional que se obtém apenas através dainscrição na Ordem.

Por isso, a Ordem determina que só osprofissionais inscritos na Ordem dosArquitectos podem usar o título profissionalde arquitecto e praticar os actos próprios daprofissão. A admissão e certificação dainscrição são da competência da Ordemmediante a realização de provas de admissão ede estágio profissional.

São reconhecidos pela Ordem dosArquitectos os cursos em que se verifica o

cumprimento das condições mínimas daformação. No entanto, os licenciados emarquitectura cujo curso esteja apenasreconhecido têm de realizar as provas deadmissão para efeitos de inscrição na Ordem.

Após uma análise aprofundada dosconteúdos dos cursos, meios humanos, físicose documentais, das condições defuncionamento e visitas às instituições, aOrdem dos Arquitectos pode acreditar oscursos quando, simultaneamente, estes jáestejam reconhecidos e tenham completadoum ciclo de licenciatura. Os licenciados emcursos acreditados estão dispensados dasprovas de admissão.

Em 2004, encontravam-se reconhecidos eacreditados os cursos de arquitectura dosseguintes estabelecimentos :

O restauro e a conservação de edifícios antigos, bem como a decoração de interiores, são, também, algumas das áreas de actuação dos arquitectos.

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Tal como a duração dos cursos, também as disciplinas do curso de arquitectura variam deestabelecimento para estabelecimento.

Nos quadros seguintes apresenta-se os planos de estudo do curso de arquitectura de duasfaculdades de arquitectura públicas:

DD II SS CC II PP LL II NN AA SSDD II SS CC II PP LL II NN AA SS CC UU RR RR II CC UU LL AA RR EE SSCC UU RR RR II CC UU LL AA RR EE SS

Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa

1º anoArquitectura IDesenho IGeometria Descritiva IC.A.D. IMateriais IEstática I (Estát. e Matemática)História de Arte IHistória da Arquitectura I

2º anoArquitectura II Desenho II Geometria Descritiva II C.A.D. II Materiais II História da Arquitectura II História de Arte II Estática II

3º anoProjecto I Desenho Urbano Construções I Análise do Solo Teoria da Arquitectura IHistória da Arquitectura III

4º anoProjecto II Construções II Estruturas I Geografia Ambiente Urbanismo I Teoria da Arquitectura II

5º anoProjecto IIIConstruções IIIEstruturas IIRecuperação ArquitectónicaUrbanismo IISociologiaEconomia do ProjectoDeontologia

6º anoEstágio e Relatório

1º AnoAntropologia do EspaçoTeoria Geral da Organização do

EspaçoProjecto IDesenhoGeometria

2º Ano GeografiaHistória da Arquitectura Antiga e

MedievalProjecto IIDesenho da ArquitecturaInterpretação dos Sistemas

ConstrutivosMétodos e Linguagens da

Arquitectura Contemporânea

3º AnoUrbanística ContemporâneaDesenho Assistido por ComputadorProjecto IIIHistória da Arquitectura ModernaEspaço Habitável e Formas de

ResidênciaSistemas e Materiais de Construção

4º Ano Planeamento UrbanoHistória da Arquitectura

PortuguesaProjecto IVSistemas EstruturaisEspaço Público e Formas dos

EquipamentosControlo AmbientalRedes e Instalações

5º Ano Economia UrbanaHistória da Arquitectura

ContemporâneaProjecto VTerritório e Formas UrbanasInfra-Estruturas e Redes UrbanasPatologia da ConstruçãoPaisagismo (a)História da Cidade Portuguesa (a)História da Arquitectura e Cidade

BrasileiraProjecto Assistido por Computador

6º AnoEstágio anual - mínimo de 6 mesesProva Final

PLPL ANANO DE ESO DE ES TUDOS DO CURSO DE ARQUITECTURATUDOS DO CURSO DE ARQUITECTURA

Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto

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2266

Possibilidade de reapreciação das provas- É admitida a reapreciação das provas de exame de

cuja resolução haja registo escrito ou produção detrabalho tridimensional.- Têm legitimidade para requerer a reapreciação da

prova o encarregado de educação ou o próprioexaminando, quando maior.

Consulta da prova- O requerimento de consulta da prova é dirigido ao

presidente/director e entregue, nos dois dias úteisimediatamente a seguir ao da publicação darespectiva classificação, nos serviços deadministração escolar do estabelecimento de ensinoonde foram afixados os resultados.- Cada requerimento não pode respeitar a mais de

uma prova.- O estabelecimento de ensino deve, nos dois dias

úteis seguintes, facultar a consulta da prova, dosenunciados com as cotações e dos critérios decorrecção e classificação da mesma, podendo serfornecidas fotocópias desta documentação medianteo pagamento dos encargos.- A consulta do original da prova só pode ser

efectuada na presença de um elemento do órgão degestão da escola ou de um membro do secretariadode exames.

Requerimento de reapreciação- Se, após a consulta, o interessado pretender a

reapreciação da prova, deve entregar nos serviços deadministração escolar, nos dois dias úteis seguintes àdata em que a prova lhe foi facultada, requerimentonesse sentido, acompanhado obrigatoriamente daalegação justificativa e fazendo, no acto da entregae mediante recibo, depósito da quantia de 15 .- O requerimento referido no número anterior é

feito em impresso normalizado e dirigido aopresidente do JNE.- A alegação deve indicar as razões que

fundamentam o pedido de reapreciação, as quaisapenas podem ser de natureza científica ou de juízosobre a aplicação dos critérios de classificação, ouexistência de vício processual, não podendo conterelementos identificativos do aluno ou referências àsua situação escolar ou profissional, nestes seincluindo a referência a qualquer estabelecimento deensino frequentado, ao número de disciplinas emfalta para completar a sua escolaridade, àsclassificações obtidas nas várias disciplinas, bemcomo à classificação necessária para conclusão doensino secundário e para acesso ao ensino superior,sob pena de indeferimento liminar do processo dereapreciação.

- A prova é reapreciada sempre na sua totalidade,independentemente do número de questõesinvocadas pelo requerente.- Se o requerimento de reapreciação incidir

exclusivamente sobre erro na soma das cotações,não há lugar à apresentação da alegação nem édevido o depósito de qualquer quantia.- A quantia depositada é arrecadada no cofre da

escola até decisão do processo de reapreciação,sendo restituída ao requerente se a classificaçãoresultante da reapreciação for superior à inicial,passando a constituir receita própria da escola nosrestantes casos.exigida para acesso à segunda prova, considera-separa todos os efeitos igual a essa classificaçãomínima.

Decisão dos requerimentos de reapreciação- Compete ao estabelecimento de ensino onde foi

apresentado o requerimento de reapreciaçãopromover a correcta organização do respectivoprocesso e enviá-lo no dia útil imediatamente aseguir para os serviços competentes do JNE.- A reapreciação da prova é assegurada por um

professor relator, a designar pelo JNE, e incide sobretoda a prova.- O professor relator não pode ter corrigido e

classificado a prova que é objecto de reapreciação.- Em sede de reapreciação, é legítima e procedente a

rectificação de eventuais erros que o professorrelator verifique na transcrição das cotações e/ou nasoma das cotações da totalidade dos itens da prova.- Ao professor relator compete propor e

fundamentar devidamente a nova classificação(inferior, igual ou superior à inicial) a atribuir àprova, justificando, nomeadamente, as questõesalegadas pelo aluno e aquelas que foram sujeitas aalteração por discordância com a classificaçãoatribuída pelo corrector.- A classificação resultante da incorporação da

proposta do professor relator passa a constituir aclassificação final da prova, após homologação pelopresidente do JNE.- A classificação final da reapreciação pode ser

inferior à classificação atribuída aquando dacorrecção da prova, não podendo, no entanto,implicar em caso algum a reprovação do alunoquando este já tiver sido aprovado com base naclassificação inicial, caso em que a classificação finalda reapreciação será a mínima necessária paragarantir a aprovação na disciplina.

Mais informação em:www.deb.min-edu.pt/avalexam/avregul.asp

RReeaapprreecciiaaççããoo ddaass pprroovvaass ddee eexxaammeeRReeaapprreecciiaaççããoo ddaass pprroovvaass ddee eexxaammee

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Nas disciplinas anuais (10º ou 11º anos), aClassificação Final da Disciplina (CFD) é aClassificação Interna anual (CI):

CFD = CI

Nas disciplinas bienais (10º + 11º anos), aclassificação final da disciplina é a médiaaritmética simples das duas classificações internasanuais:

CFD = 0,5 CI10º + 0,5CI11º

Nas disciplinas anuais do 12º ano não sujeitas aexame final nacional, a Classificação Final daDisciplina é a Classificação Interna anual:

CFD = CI

Nas disciplinas trienais (10º + 11º + 12º anos) nãosujeitas a exame final nacional, a classificaçãofinal da disciplina é a média aritmética simples dasclassificações internas obtidas em cada um dos trêsanos:

CFD = CI10º + CI11º + CI12º3

Nas disciplinas anuais do 12.º ano sujeitas a examefinal nacional, a Classificação Final da Disciplina éuma média aritmética ponderada da ClassificaçãoInterna e da Classificação de Exame (CE):

CFD = 0,7CI + 0,3CE

Nas disciplinas trienais (10º + 11º + 12.º anos)sujeitas a exame final nacional, a classificaçãofinal da disciplina é uma média ponderada damédia das classificações internas obtidas em cadaum dos três anos e da classificação de exame:

CFD = 0,7 ((CI10º + CI11º+ CI12º) / 3) + 0,3 CE

Para os alunos externos e autopropostos, aClassificação Final da Disciplina é a obtida emexame:

CFD = CE

2277

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CCOOMMOO SSEE OOBBTTÉÉMM AAPPRROOVVAAÇÇÃÃOO NNUUMM CCUURRSSOO DDOO EENNSSIINNOO SSEECCUUNNDDÁÁRRIIOO??(Estudantes dos cursos do ensino secundário - 12.º ano dos cursos gerais e dos cursos tecnológicos)

Para concluir um curso do ensino secundário os alunos têm de obter aprovação em todas as disciplinas dorespectivo plano de estudos.

A aprovação nas disciplinas destes cursos não sujeitas à realização de exame final nacional pode obter-sepor frequência (alunos internos) ou por exame de equivalência à frequência (alunos externos e alunosautopropostos). A aprovação nas disciplinas sujeitas a exame final nacional pode obter-se por frequênciamais exame final obrigatório (alunos internos) ou unicamente pela realização do exame final nacional(alunos externos e alunos autopropostos).

Considera-se aprovado numa disciplina o aluno que na respectiva Classificação Final da Disciplina (CFD)obtenha, pelo menos, 10 valores (numa escala de 0 a 20).

CCoommoo ssee ccaallccuullaa,, eennttããoo,, aa CCllaassssiiffiiccaaççããoo FFiinnaall ddee uummaa ddiisscciipplliinnaa??

?

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No Funchal, o 1º de Maio, tem comemoração cívico-religiosa, em memória de um facto que remonta aosprimeiros tempos da colonização. Dois flagelos, a peste e a fome, alastraram na cidade com dois surtos muitofortes: 1521 e 1538. Durante esse tempo, todos os anos houve casos de peste na cidade e os doentes eramafastados para fora como nos explica o Auto da eleição do Padroeiro e dos Sanctos Protectores da Cidade doFunchal que noticia estes factos.

Numa população sem meios, a grande aflição, desencadeou uma onda de piedade e devoção com apelo àprotecção e ajuda divina. Em 1523, o Capitão donatário Simão Gonçalves da Câmara, vereadores e oficiaisda Câmara, responsáveis pelos destinos do povo, e mais Cidadãos, e Mesteres, e outro muito povo; o senhorDeão, e cabido e todo o clero, decidem organizar um escrutínio em que seria tirado à sorte, de entre osnomes de todos os Apóstolos, de S. João Baptista, de Nossa Senhora e Cristo, escritos em papelinhos, edeitados num saco, aquele que haveria de tornar-se o protector da cidade. Prepararam-se para essa eleição,que se fez na Sé, com um dia de jejum, e prometeram honrar com devoção e levantar um templo àquele quefosse o eleito. Uma criança tirou o papelinho que continha o nome de São Tiago. A doença acabou eprometeram fazer todos os anos, no 1.º de Maio, uma procissão solene, com saída da Sé para o templocomeçado a levantar a 21 de Julho, junto à Cidade onde também prometeram vésperas solenes.

No ano de 1538, no segundo dia de Janeiro a terra tremeu muito e até ao mês de Maio adoeceram emorreram muitos de peste. No dia do Santo protector, foram chamados todos os doentes e os sãos para iremjuntamente misturados ao templo. Por motivo desta nova aflição o Guarda-mor da Saúde declarou-seincapaz de o resolver e nesse dia entregou a S. Tiago a sua vara. Os outros vereadores depositaram tambémas suas no altar. Os vereadores usavam, então, varas de madeira vermelha, símbolo do poder que lhes haviasido conferido por eleição. Na cidade desapareceu a doença e a fome foi superada pela chegada deembarcação com mantimentos.

SS.. TTiiaaggoo ee oo 11ºº ddee MMaaiioo nnoo FFuunncchhaallSS.. TTiiaaggoo ee oo 11ºº ddee MMaaiioo nnoo FFuunncchhaall

Dra. Fátima Abreu

Professora de História

EEssppaaççoo ddee MMeemmóórriiaaEEssppaaççoo ddee MMeemmóórriiaa

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As comemorações mantiveram-se ao longo dos tempos, conforme o prometido mas a documentação vai-nos dando notícia de faltas de comparência popular e das entidades. O Diário de Notícias do Funchal, de 1de Maio de 1878, dá-nos conta da realização da Procissão do Voto, como ficou conhecida. Com asecularização das instituições e dos costumes, a República vai definir o distanciamento entre o civil e oreligioso. Foram suprimidas as práticas que entenderam demonstrar essa ligação. A revolução de 5 deOutubro de 1910 acabou, por isso, com essa comemoração que já não se realizou em 1911, mas foirestabelecida em 1918, na presidência de Sidónio Pais. Em 1921, como testemunha o autor do Elucidário,a procissão apenas percorria o adro da Sé e a Câmara não tinha nela qualquer interferência. Esta festavotiva ao padroeiro da cidade reduziu-se a um acto apenas religioso.

Com o Estado Novo e a presidência da Câmara Municipal do Funchal do Dr. Fernão de Ornelas (Dezembrode 1935 a Outubro de 1946), por deliberação camarária, renova-se aquela solenidade em Maio de 1942,com imponência religiosa e civil e da qual tomavam parte todas as autoridades munidas das varas demadeira vermelha que, no ano seguinte foram substituídas por outras de prata. Os vereadores passaram ausar capas pretas forradas de seda branca. Voltou a ser feito o antigo percurso. À época ir da Sé a São Tiagoera "sair da cidade".

Desde então esta festividade tem vindo a alternar períodos de total esquecimento, como por exemplo ode 1971 e 1972, com outros de mobilização - 1982 e 1988. Hoje, muito poucos se apercebem dela. Daqueleúltimo ano até ao presente tem vindo a realizar-se ininterruptamente. O percurso foi tornado mais curto:parte da Capela do Corpo Santo indo pelo Campo D. Carlos e toma o caminho do templo do Santo, Igrejade São Tiago ou do Socorro, pela Rua de Santa Maria e é acompanhado por autoridades civis, religiosas emilitares, pelo povo que se lhe reúne e por música de fanfarra.

Assim, muito antes de conhecerem as transformações sociais que iam pelo mundo e vieram a resultarnuma comemoração de luta internacional dos trabalhadores pelos seus direitos, o povo madeirenseguardava o dia 1.º de Maio em nome de uma memória de tempos difíceis que se foi perdendo no tempo…e na memória dos homens, talvez porque nesse mesmo dia, provavelmente por influência das festas cívicasdos revolucionários franceses, na Madeira começaram a comemorar também o início da primavera,solenizado em toda a Europa moderna, com a plantação de árvores. Isso tornou-o num dia de festacampestre e os edis não estiveram alheios a essa mudança, pois adicionaram os colares de Maio àquelaindumentária solene.

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Clubes e ProjectosClubes e ProjectosOO IIMMPPOORRTTAANNTTEE ÉÉ QQUUEE NNOOSS OOUUÇÇAAMMOO IIMMPPOORRTTAANNTTEE ÉÉ QQUUEE NNOOSS OOUUÇÇAAMM

Dra. Cristina Simões

Psicóloga

Sou entusiasta dos Clubes Escolares e detodas as actividades de complementocurricular. Mas, podemos aqui conversar sobreoutro assunto qualquer. Contudo, penso queos Clubes Escolares, pelos seus objectivos edinâmicas que imprimem, integram "todos osassuntos".

Assim sendo, pretendo deixar algunsapontamentos a favor da participação nosClubes Escolares e nas outras actividades decomplemento curricular.

1) OO PPOODDEERR - Para os jovens, julgo que umdos atractivos dos Clubes Escolares relaciona -se com o facto da decisão de aderir ou não, aesta oferta da escola e às suas actividades, serde livre escolha, e reflecte a expressão dosinteresses de cada um. A decisão, depermanecer ao não, resulta das afinidadescom as actividades e com o grupo que integrao Clube.

O mesmo não se passa com a escolha doscolegas da turma, a qual não depende dadecisão do aluno. Estas condições atribuem aojovem poder, assunto este muito importantenesta fase da vida. Poder escolher, poderdecidir, ter afinidades com os outros, fortaleceo sentido de pertença ao grupo, à escola, aosocial, e a ligação com o social favorece ocrescimento.

2) AA LLIIBBEERRDDAADDEE - Os Clubes, para os jovense professores que os dinamizam, são espaçosde experimentação activa, de construção derelações interpessoais, sem receitaspedagógicas, psicológicas…o que só pode serestimulante.

3) OO AABBOORRRREECCIIMMEENNTTOO - Os Clubes, pelanatureza das suas actividades, ajudam acombater o sentir frequente na adolescência,chamado aborrecimento ou tédio, definido emcomentários do tipo: "Quando era maispequeno(a) tinha sempre coisas para fazer,para pensar… agora não me apetece fazernada". É o sentimento que se observa emalguns jovens, de desvalorização do que omeio oferece, o qual é classificado por estes,

como pobre, pouco estimulante e seminteresse.

4) OOSS LLIIMMIITTEESS - O experimentar o corpo, assuas novas capacidades, os seus limites (não éeste um dos atractivos dos desportos radicais,saber até onde o corpo aguenta?), a voz, ossentidos, o espaço, o brincar, "o fazer deconta”, estimulados pelo teatro... música…rádio…, favorecem o auto-conhecimento, aidentidade: "quem sou, de que sou capaz; atéonde pode ir a minha criatividade…"

5) AA CCOOMMUUNNIICCAAÇÇÃÃOO - As ideias naadolescência são radicais, põem em causa oequilíbrio que o mundo dos adultos tanto seesforçou por construir (será verdade ?). Porisso, às vezes, ao ouvi-los, sentimosdesconforto, e temos de recuperar asmemórias de quando tínhamos aquelasidades. Mas precisam de ser radicais, paraouvir do outro uma comunicação verdadeira,autêntica: nem sempre sabemos as respostas eo mundo que nós, adultos, construímos étambém contraditório, injusto e violento.Assim, integram a realidade, as questõessociais, constroem interpretações pessoaissobre o mundo, sobre o património cultural…e organizam-se, a pensar e a experimentar.Por isso nos dizem, de várias maneiras: "Éimportante que nos ouçam". E os Clubes sãoespaços privilegiados de comunicação.

6) OOSS OOUUTTRROOSS - Os Clubes que promovem asrelações gratificantes entre gerações, ocolocar-se no lugar do outro, ajudam aestimular o altruísmo, a compaixão e oreconhecimento das diferenças.

Julgo que também, na base de um actocriativo, qualquer que ele seja, está acompreensão dos outros. O prazer de criar, deser apreciado pelos outros, de ser aceite nogrupo, e identificar-se com ele, reforçam osfactores de protecção à vida.

É também pela existência dos Clubes que aescola se assume como um factor deprotecção.

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"(...) Fazer fotografia é contar histórias. Em oposição à ideia difundida de quea fotografia é o reflexo espontâneo do real, sempre pensei a imagem produzidapela máquina fotográfica como uma construção. O meu trabalho é uma espéciede escrita (...)"

Joan Fontcuberta

O Núcleo de Fotografia procura fomentar o desenvolvimento da sensibilidade inerente àlinguagem visual criativa, possibilitando um crescimento pessoal e de grupo. É nodesenvolvimento das actividades do clube, que se criam condições positivas para promover a uniãoe a comunicação, facultando ainda espaço à emergente capacidade de relacionamento e aodesenvolvimento pessoal. Encontra-se então um espaço maravilhoso para desabrochar as aptidõestécnicas relativas à fotografia.

Os trabalhos decorrem da tomada de vistas, ou seja, de registo de imagens com a câmarafotográfica e o seu processamento pela impressão ou sensibilização dessas imagens sobre o papelfotossensível, mediante o manuseamento de materiais e equipamentos específicos. Os fotogramasintroduzem o trabalho de laboratório. As histórias são muitas e as imagens criadas também. Otrabalho foi trabalho, partilha, convívio, inter-ajuda e aprendizagem integrada, promovendo oconhecimento e a valorização da Escola. Fica aqui registado um exemplo.

Fotografia - escritFotografia - escrita da luza da luz

Dra. Domingas Pita

Coordenadora do Clube

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As actividades desenvolvidas no Núcleo deDesenho/Artes Plásticas definem este projecto deenriquecimento curricular como um espaço deconvívio, de educação formal e informal, deexpressão e comunicação visual, com base emobjectivos tão precisos, quanto integradores dasdescobertas ocasionais, e das sugestões esensibilidade de cada utente. Deste modoconfigura-se como um âmbito de liberdadeexpressiva, comunicativa e vivencial, aberta aodesenvolvimento da sensibilidade estética,poética e lúdica, como também à experimentaçãoartística, ao domínio dos materiais e técnicas e aoconhecimento informal da História da Arte e deoutras linguagens artísticas.

No presente ano lectivo o clube funcionou àsterças feiras com duas horas nos turnos da manhãe da tarde, sendo frequentado por alunos eprofessores, ao nível da iniciação eaprofundamento.

Os trabalhos aqui dados a ver foram coligidostendo como base a exemplificação técnica eexpressiva no domínio da expressãobidimensional - pintura, sendo que alguns jáforam apresentados na exposição da X Edição daSemana dos Clubes, na Galeria de Arte FranciscoFranco.

De futuro esperamos encontrar maiscandidaturas à frequência do clube, motivadaspara o domínio da construção tridimensional e daescultura.

Dra.s Teresa Jardim e Graça Berimbau

Coordenadoras do Núcleo de Desenho/Artes Plásticas

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Este conjunto de textos (das professoras Maria do Carmo Marques e Teresa Jardim), pinturas a aguarela (daprofessora Ana Lomelino e dos alunos Ana Gomes, Carina Mendonça e Maria Carla Gonçalves) e fotografias (dos alunosCarla Patrícia, Gonçalo Rodrigues, João Pedro Nóbrega, Miguel Gomes e Sofia Laura Neves) resultam de um trabalhode articulação das actividades do Clube de Desenho/Artes Plásticas e da actividade curricular de um conjunto dealunos do 11º ano, da Turma 9, da Disciplina de Materiais e Técnicas de Expressão Plástica, sob a coordenação daprofessora Graça Berimbau.

Este projecto teve como motivação primeira uma aguarela realizada no Clube de Desenho/Artes Plásticas pelaprofessora Ana Lomelino, e que remete para uma casa, entretanto demolida, existente à rua João de Deus, nº32. Combase nesta aguarela, Maria do Carmo Marques e Teresa Jardim procederam à realização de poemas, dando sequênciaa experiências anteriores, de colaboração mútua no domínio da ilustração.

Com base nesta imagem, acrescida de um poema de Ruy Belo (“oh as casas as casas as casas”), como também deuma pesquisa em torno do património popular edificado, um grupo de alunos do 11º 9, realizou fotografias e pinturasa aguarela, das quais apresentamos aqui alguns exemplos do bom trabalho efectuado.

AA CCaassiinnhhaa ddee PPrraazzeerreess

Sonho feito pedraEm esquina de ruaConcha de segredosBordados no linhoDe lânguidas tardes de estio

Búzio de sussurros e risosDe súbito abertosPelo eco dos passos ansiadosPela rua a aproximar

Ah! os corações disparadosPor pudicas malíciasApenas adivinhadasAs faces que se acendiamEm rubores indiscretosDisfarçados nos folhos De punhos rendados

No abraço cúmplice da buganvília encarnadaAssim se espreguiçavam as tardesLongas na espera do encontroDo momento a acontecer

Da casinha de prazeresEspaço que o tempo fez partirForam-se os risos e os segredosForam-se as rendas e os ecos eAté a buganvília encarnadaJá confusa de memóriasDeixou de resistir

Foi-se o sonho, foi-se a vidaA alma, essa ficou ...

Guardou-a o pintorNo silêncio da sua tela

Poema para a casinha de prazeres, pintada pela Ana

Mª Carmo Marques(Professora do 9º Grupo)

HHáá ccoorraaççõõeess ccoomm ccaassaass

a Teresa (avó materna)

Imóveis, presas aos quintais pelas raízes das árvores, as casas que dizíamos nossas tinham muitas coisas: número de porta, alpendre, varandas casota de cão, muros caiados, chaminé; no interiora cozinha, o cheiro a pão com manteiga e café quente.

Lembro-me das tuas mãos de linho da terraassomando à janela, o tapassol entreaberto;lembro-me da leveza com que pisavas o chãocalcetado com calhaus rolados e folhas secaspara não acordar as flores da sua belezapara não alterar a sequência das estaçõesou a fidelidade da Primavera às redacções escolares: “Na Primavera os passarinhos fazem os seus ninhos”...

...ou agora também compram a crédito em imobiliárias publicitadas nos jornais?

Quando as árvores das casas são cortadasà força, as casas não resistem muito tempo.Mas, antes de morrerem, as casas refugiam-secomo podem, onde pressentem o amor.

Há corações com casas: há corações que são casas, onde ainda é possível deixar a guardar bens preciosos: os medos e os segredos mais resistentes; colecções de selos, caixas de fósforos, mãos bonitas, asas de insectos;tudo o que vai restando da troca de afectos;a memória das coisas nos seus devidos lugares.

Teresa Jardim(Professora do 5º Grupo)

As casas as casas as casas

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OH AS CASAS AS CASAS AS CASAS

Oh as casas as casas as casasas casas nascem vivem e morremEnquanto vivas distinguem-se umas das outrasdistinguem-se designadamente pelo cheirovariam até de sala pra salaAs casas que eu fazia em pequenoOnde estarei eu hoje em pequeno?Onde estarei aliás eu dos versos daqui a pouco?Terei eu casa onde reter tudo istoou serei sempre somente esta instabilidade?As casas essas parecem estáveismas são tão frágeis as pobres casasOh as casas as casas as casasmudas testemunhas da vidaelas morrem não só ao ser demolidaselas morrem com a morte das pessoasAs casas de fora olham-nos pelas janelasNão sabem nada de casas os construtoresos senhorios os procuradoresOs ricos vivem nos seus paláciosmas a casa dos pobres é todo o mundoos pobres sim têm o conhecimento das casasos pobres esses conhecem tudoEu amei as casas os recantos das casasVisitei casas apalpei casasSó as casas explicam que existauma palavra como intimidadeSem casas não haveria ruasas ruas onde passamos pelos outrosmas passamos principalmente por nósNa casa nasci e hei-de morrerna casa sofri convivi ameina casa atravessei as estaçõesrespirei – ó vida simples problema de respiraçãoOh as casas as casas as casas

Ruy Belo (1933-1978)(in “Obra Poética”, volume 1, Editorial Presença, Lisboa,1984”)

Pintura a aguarela de Ana Lomelino (Professora do 9º Grupo)

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CClluubbee ddee EEccoollooggiiaa BBaarrbbuussaannooCClluubbee ddee EEccoollooggiiaa BBaarrbbuussaannooO Clube de Ecologia Barbusano, no seu

décimo sexto ano de actividade, continua adesempenhar um importante papel naeducação ambiental e cultural dacomunidade educativa. Das actividadesdesenvolvidas destacam-se: as saídas decampo/visitas de estudo, acções deformação, o concurso de fotografia e arealização de conferências.

Saídas de campo/visitas de estudorealizadas:

23/Out. Poço da Neve - Levada daNegra - Barreira (foto 1)

27/Nov. Bica da Cana - Levada daBica da Cana - Cascalho - Levada dasRabaças - Encumeada (foto 2)

22/Jan. Poiso - Chão das Feiteiras -Levada da Serra do Faial - Lamaceiros -Folhadal - Serrado - Porto da Cruz (foto 3)

26/Fev. Raposeira - Levada Novada Calheta - Ponta do Pargo

9/Abr. Boca da Corrida - CasaFlorestal da Trompica - Fontes - Espigão -Levada do Norte - Boa Morte (foto 4)

DDaa BBooccaa ddaa CCoorrrriiddaa àà BBooaa MMoorrtteeA norte do Estreito de Câmara de Lobos,

entre os 700 e os 850 m de altitude,localiza-se a freguesia do Jardim da Serra,assim chamada por se tratar de um lugarpitoresco. Pequenas casas salpicam apaisagem com os seus jardins e camposagrícolas bem cuidados, onde se destacamas cerejeiras, que, nesta época do ano, secobrem de flores brancas. Nesta freguesia,é de realçar a Quinta do Jardim, cujaconstrução foi iniciada na primeira metadedo Séc XX por Henry Veitch, cônsul daInglaterra. Actualmente está transformadanum hotel de luxo.

A 4 Km acima do Jardim da Serra, juntoao pico da Malhada, aos 1203 m dealtitude, fica a Boca da Corrida e a casaflorestal, rodeada por espécies exóticas eindígenas (castanheiros, nogueiras,pinheiros, cedros, giestas). Daqui,observa-se a freguesia do Curral dasFreiras, depressão escavada pelas águas deescorrência na cabeceira da Ribeira dosSocorridos. À nossa frente avista-se a Eira

do Serrado, aos 1020 m, e o Pico Grande,aos 1657 m de altitude. Pelos interflúvios,espalham-se os vários sítios. Numapequena plataforma da margem esquerdada ribeira, aos 650 m, no sítio das CasasPróximas, a igreja concentra o principalpovoado.

O percurso a pé inicia-se junto à casaflorestal por um caminho que nos leva aomontado dos Aviceiros, contornando acabeceira da Ribeira das Eirinhas, a norteda Quinta Grande, até chegarmos à casa doDr. Alberto, situada num local paradisíaco.Uma vereda estreita, mas não perigosa,corta a cabeceira da Ribeira doCampanário, atravessando um cobertovegetal bastante pobre, vítima do contínuopastoreio de cabras e de ovelhas e dossucessivos fogos, e conduz-nos ao postoflorestal da Trompica, aos 1180 m dealtitude.

Uma nova vereda penetra numa mata decastanheiros e leva-nos ao sítio das Fontes,um dos aglomerados populacionais dasterras altas da freguesia do Campanário.Por entre poios ainda cultivados,descemos, aos poucos, até atingirmos ocaminho recentemente asfaltado que nosliga ao sítio do Espigão, já na freguesia daRibeira Brava. Aqui, as casas alcandoradasno meio de uma grande escadaria de poiosforam mantidas isoladas, durante muitasdécadas, da vila da Ribeira Brava.Descemos, inicialmente na vereda que ligaà Meia Légua, para, logo de seguida,apanharmos a levada do Norte, aos 600 mde altitude. Mais adiante, atravessamos aEira do Mourão, onde as casas se estendemna crista soalheira do interflúvio. Daqui,podemos avistar, do outro lado do vale daRibeira Brava, as Furnas e o Pomar daRocha. Continuando a levada, esta corta ovale da Ribeira Funda, cujas margensestreitas se cobrem de densa floresta:restos da flora indígena constituída porvinháticos, faias e marmulanos cobrem asvertentes abruptas. Aos poucos, o espaçovai sendo repartido pelas acácias,eucaliptos e pinheiros, que acabam porformar um pinhal e nos conduzir ao sítio daBoa Morte.

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O Clube promoveu o décimo quintoconcurso de fotografia sobre o Tema"Ruralidades", envolvendo trinta e trêsparticipantes com um total de 132 trabalhos,que estiveram expostos na Galeria de Arte daEscola e que testemunham um olhar atentosobre o rico património natural e construídoda região. (foto 5)

CCoonnffeerrêênncciiaa"Arquitectura popular como suporte da

paisagem cultural e do desenvolvimentosustentável"

O conferencista, o Arquitecto Victor Mestre,procurou mostrar a arquitectura popularportuguesa na interligação com a suafuncionalidade e como factor dinamizador deactividades económicas e sociais, na defesa dodesenvolvimento do país que se pretende

sustentável.Segundo o orador, a arquitectura popular

denuncia as actividades que nela ocorrem.Logo, este património anónimo é tambémpatrimónio histórico e é fundamental paraajudar a explicar a fixação das populações e osseus modos de vida. É preciso saber lê-lo esaber compreendê-lo para evitar a suadestruição. O que resta do património ruralpoderá ser reaproveitado, mesmo queadaptado a novas funcionalidades.

Victor Mestre cativou a assistência e,certamente, o testemunho do trabalho quetem realizado em Portugal Continental eRegiões Autónomas será um incentivo àinvestigação nesta área, particularmente parao elevado número de jovens que participaramna conferência.

CCoonnccuurrssoo ddee FFoottooggrraaffiiaa ""RRuurraalliiddaaddeess""CCoonnccuurrssoo ddee FFoottooggrraaffiiaa ""RRuurraalliiddaaddeess""

Alunos do Colégio do Bom Jesus

oo 11oo 11oo 66

AAccççõõeess ddee FFoorrmmaaççããoo"Água, Fonte de Vida"

Centro Psico-pedagógico da Sagrada Família

VViissiittaa àà QQuuiinnttaa ddoo TTiill ((eemm ppaarrcceerriiaa ccoomm oo CClluubbee PPaattrriimmoonniiaa))

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Dra.s Fátima Abreu e Márcia Diniz

Coordenadoras do Clube

PPAATTRRIIMMOONNIIAAPPAATTRRIIMMOONNIIAA

PATRIMONIA nasceu no grupo de professores deHistória, disciplina com responsabilidade nodesenvolvimento da cidadania, onde se insere o respeitopelo património. Este núcleo organizou-se com basenos princípios das actividades de complementocurricular nas quais se aprende recreando-se. Desde oinício temos procurado o conhecimento do patrimónioconstruído da cidade do Funchal, calcorreando-a…Chamámos-lhe ‘Percursos pela cidade do Funchal’.Procurámos edifícios que foram a imagem da cidade emcada século. Começámos olhando o que restou do séculoXVI, depois do XVII, iniciámos os séculos XVIII e XIX…Também temos lembrado datas importantes para anossa memória colectiva, como fizemos no princípio doano com os bombardeamentos da cidade do Funchal, na1.ª Guerra Mundial.

Entretanto, a Escola Secundária Francisco Francotornou-se exclusivamente secundária, como no seunome e… a vida dos clubes tornou-se um pouco maisdifícil. Hoje PATRIMONIA, não tendo abandonado o seuprojecto inicial, pratica-o de forma menos sistemática,em actividades sujeitas a inscrição: Photographia-Museu "Vicentes", Teatro Municipal, Instituto do Vinhoda Madeira - Museu do Vinho. Abraçou um outroprojecto, que pode ser considerado uma parte doprimeiro, conhecer as Quintas da Madeira, aquelas quese encontram na área do Funchal, numa parceria com oClube Barbusano, que cuida do património natural.

Deixamos nestas páginas, aos alunos que continuamnesta escola no próximo ano lectivo, um convite a queolhem com carinho a possibilidade de se inscreveremneste clube. Estamos na altura própria para o fazer.Sabemos que as dificuldades apontadas para a inscriçãonos clubes são verdadeiras: muito que estudar, horárioscompletos, explicações... Mas sabemos também que osalunos que arriscam experimentar acompanhar-nos têmgostado muito. Para além de imagens de lugaresvisitados ou a visitar, fica aqui o testemunho de umaaluna que nos acompanhou no final do ano transacto, àQuinta da Palmeira.

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Os Clubes Patrimonia e Barbusano realizaram, nopassado dia 7 de Maio, na "Semana dos Clubes" eintegrada num plano de conhecimento das "QuintasMadeirenses", uma visita à Quinta da Palmeira,propriedade particular. Eu não estava inscrita nessesclubes mas achei o projecto interessante e, comonessa semana não tínhamos aulas e as inscriçõeseram abertas, inscrevi-me. Foram também outrascolegas da minha turma.

Esta quinta fica a norte da rua da Levada de SantaLuzia, ocupando uma área de 30 mil metrosquadrados. Neste espaço existem várias casas dehabitação das quais se destaca um palacete urbano,de influência britânica, com a fachada virada para osjardins e debruçada sobre a baía do Funchal. Emfrente à casa e a envolvê-la um grupo muito antigo deárvores forma uma ampla zona verde. Percebe-se queé o grupo mais antigo pelo tamanho delas. Para sul, edepois deste, há espaços ajardinados, em socalcos,com passeios calcetados, fontes, lagos e bancos dejardim que dão as boas vindas aos visitantes. Hátambém um bonito relvado. Dele ficámos a saber queera onde antigamente proprietários e visitantesjogavam croquet, jogo muito conhecido e divulgadoentre famílias, amigos e visitantes, no século XIX. Aolongo do passeio na quinta, pudemos conhecer váriasárvores, apreciar algumas pelas suas flores, outrascaracterísticas pelos seus frutos, por exemplo apitangueira e uma outra, desconhecida para mim, ummedronheiro, cujo fruto serve para fabricaraguardente.

O ponto alto da visita deu-se quando, numa zonado jardim bastante mais baixa do que a casa,avistámos a "Janela de Colombo" que é umaimportante peça manuelina (da qual já ouvira falar),lavrada em cantaria cinzenta da região, quepertenceu à casa, que já não existe, de umimportante mercador do açúcar do final do século XV,João Esmeraldo.

Foram duas horas bem passadas na companhia deprofessores e amigos, num ambiente de boacamaradagem onde a diversão e a boa disposiçãoestiveram sempre presentes.

Ana Sofia

11.º 16

UUmmaa vviissiittaa àà QQuuiinnttaa ddaa PPaallmmeeiirraaUUmmaa vviissiittaa àà QQuuiinnttaa ddaa PPaallmmeeiirraa

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Inter-GeraçõesInter-Gerações

AAss nnoossssaass iiddaass aaoo LLaarr

As nossas idas ao Lar do Vale Formoso foram muito enriquecedoras a nível cultural e humano.Ao longo das visitas, recolhemos diversas histórias, anedotas, adivinhas e receitas de culinária,que os idosos nos transmitiram com orgulho e alegria.

Durante as duas horas semanais que passávamos na sua companhia, ouvimo-los falar das suasvidas, e, com os olhos a brilhar, recordar os seus melhores e piores momentos, os amores edissabores. Por vezes, não se lembravam onde estavam, nem quem éramos, mas conseguiamdescrever os seus momentos mais marcantes com imagens de uma exactidão impressionante, semnunca esquecer qualquer pormenor.

No entanto, não era só para a conversa que visitávamos este lar. Muitas vezes, íamos tambémdar apoio na sala onde os idosos aprendiam a ler e a escrever. Fizemos ditados, corrigimosoperações matemáticas, ajudámos a desenhar e a pintar, a recortar e a colar. Estas pequenasactividades faziam-nos sentir úteis e davam-lhes alguma ocupação.

Dava-se também muita importância às épocas festivas, que eram sempre festejadas de acordocom a tradição. Estas lembravam aos idosos a sua infância e juventude e eram, por isso, preparadascom muito cuidado e afinco. Ajudámos várias vezes a fazer broas de mel e participámos nos Autosde Natal e missas do parto. Nas vésperas dos Santos Populares, fazíamos os enfeites edisfarçávamo-nos para a festa do Carnaval.

De todas as vezes que saímos do Lar, invadia-nos uma maravilhosa sensação de realizaçãopessoal e de bem-estar psicológico. Por estas razões, recomendamos vivamente uma participaçãomais activa na sociedade, por parte dos jovens.

Joana Ribeiro e Nancy Castro

10º 1

As fotos a seguir reproduzidas mostram alguns dos momentos do convívio entrealunos e idosos do Lar do Vale Formoso.

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Flávia Melim10º 1

Foi no Lar Vale FormosoQue alguns amigos descobri,Um mundo maravilhosoFoi amizade o que senti.

Já lá vão quatro anos,Desde que tudo começou.Antes eram estranhosMas agora tudo mudou.

O tempo formou uma aliançaQue a vida não há-de levarÀqueles idosos sem esperançaO coração sempre quis alegrar.

Com os mais pequenos gestosA intenção foi sempre ajudar,Pois com os mais simples manifestosOs sorrisos eram prémio a ganhar.

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Dra.s Agostinha Nóbrega e Filomena Trindade

Coordenadoras do Clube de Filosofia

Oque é a moda? São apenas tendências, deacordo com a época em que são criadas, a

que as pessoas dão imenso valor. As pessoas,muitas vezes, são julgadas pela roupa quevestem, ou se têm um pircing aqui ou ali. Porvezes, pessoas com pircings ou tatuagens nãosão aceites para determinados trabalhos, oque não quer dizer que sejam menos eficientesque as pessoas que os não têm. São deixadaspara trás simplesmente pela aparência.

A roupa que alguém veste pode ser motivopara um sujeito se aproximar ou se afastar damesma. Uma pessoa que se veste de forma

atrevida demonstra que não é tímida; pelocontrário, se se ‘tapa’ de cima a baixo, éreservada e, provavelmente, está relacionadacom o Satanismo. Através destes exemplos,podemos concluir que a Moda poderá reflectiruma parte da pessoa.

Um estilista que cria moda reflecte semprequalquer coisa: o que sente, a mentalidade dedeterminada época; o mesmo se passa com aroupa, com a “moda” de cada um, pois poderámanifestar alguma coisa por parte de quem aveste. Daí que a nossa sociedade lhe dê tantovalor.

FFIILLOOSSOOFFIIAAFFIILLOOSSOOFFIIAA

No decurso do ano lectivo 2004/2005, o Clube de Filosofia tem promovido e realizado um conjunto

de actividades de natureza diferente, de acordo com os objectivos do Clube, desde a lúdica, a

artística, passando pela investigação científica até à intervenção cívica.

Com o objectivo de promover uma aplicação lúdica de conteúdos, propusemos aos alunos a

elaboração de uma Banda Desenhada apresentada mensalmente.

Considerando que o Clube está vocacionado para despertar e desenvolver a aptidão reflexivo-crítica

própria da Filosofia, concluímos que esta actividade proporcionaria um maior empenho e interesse

sobre a matéria e que estas actividades despertariam os nossos alunos para as potencialidades

artísticas, criativas, críticas.

Neste sentido, no início de cada mês, exprimiram uma Banda Desenhada, um dos temas do

programa, apresentada no placar e na vitrina contígua à sala do 10º grupo B.

A comunidade escolar não fica indiferente: frequentemente, os alunos abordam-nos tecendo

considerações sobre os tais trabalhos.

Será que és o que pareces?Maria João

10º 12

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Mas será que tanto valor não cairá emdesvalor? Ao julgarmos as pessoas pelo queaparentam, não está certo que nosaproximemos ou afastemos apenas pelo quevestem ou pela maneira como usam o cabelo,ou se têm algum pircing ou tatuagem.

Há pessoas que se vestem muito bem, queandam dentro da moda mas podem ser muito

piores que as que andam mal vestidas ou quesimplesmente não aderem à moda, porqualquer razão. Uma pessoa que ande todaesfarrapada pode ter uma personalidadefantástica embora possa não aparentar.

Nunca tires conclusões à primeira vista,passa além das aparências!

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A LA L uz do Tuz do Teatreatroo

Foi-me pedida a agradável mas difícil tarefa de escrever sobre o Teatro (Oficina de Teatro“Corpus”); entendi que haveriam muito mais pessoas que teriam uma palavra a dizer sobre o

assunto. E como o Teatro é feito de pessoas, por pessoas e para pessoas, achei por bem trazer à luzda ribalta a pessoa que personifica o teatro nesta escola. Esta pessoa estará, assim, à boca de cenadeste texto e, nos bastidores, todos aqueles que são testemunhas do seu trabalho.

Antes de mais, permitam-me proceder à enumeração das peças de Teatro já encenadas nocurrículo teatral desta escola (não pretendo maçá-los pela exaustão, mas entendo que deve serfeito pelo seu merecimento e valor): The Nightingale and the Rose, Oscar Wilde; Nunca Nada é deNinguém, Luísa da Costa Gomes (*Prémio de Melhor Actriz); As Bruxas, Roald Dahl; Middlemarch,George Elliot; O Conto da Mulher de Dahl, Chaucer; As Troianas, Eurípides (tradução de Jean-PaulSatre) (*Prémio de Melhor Encenação); D. Inês de Castro (*Menção Honrosa); The MartianChronicles, Ray Bradbury; A Última Flor, Tradução The Last Flower, James Thurber (*Prémio deMelhor Encenação); Alice in Wonderland, Lewis Carroll; Os Três Reis Magos, Vitorino Nemésio; Romeoand Juliet, The Taming of the Shrew (excertos), Shakespeare; The Selfish Giant, Óscar Wilde; Mowgli,Rudyard Kipling; Heaven’s Edge, Romesh Gunesekera, O Colar, Sophia de Melo Breyner Andresen(*Prémios atribuídos pelos Festival Regional de Teatro).

O Teatro é, realmente, um jogo de luz e sombra. Regra geral são iluminados apenas aqueles quedão vida às personagens. Ao fim desta “peça” de 12 anos, chamo agora à luz (spotlight) e aoaplauso quem sempre permaneceu na penumbra: Teresa Jardim de Freitas.

Deixemo-nos de crepúsculos nas palavras e iluminemos nossas ideias e emoções; sejamos ocontra-regra dos nossos pensamentos. Ao contrário do teatro, no sentido académico, que é umaepopeia de fingimentos, de máscaras, de enganos e desenganos, neste simples escrito pretende-se uma verdade tão alva como tão-somente é a Verdade:

OOss aalluunnooss ddoo ggrruuppoo ddee tteeaattrroo são unânimes em afirmar que a Professora Teresa é uma grandeforça (Ana Isabel Visinho; Diana), uma lutadora com um sorriso contagiante (Manel), uma pessoade espírito aberto para as novas gerações, de mente aberta; uma “mãe” para todos (Ricardo). Parao Manel (actor da peça Heaven´s Edge – “Marc”), em particular, existem duas Teresas:” durante osensaios e até começar a peça - uma Teresa embirrenta, nervosa, teimosa e até um pouco chata; nofim da peça a por aí adiante -uma Teresa super-simpática, alegre, divertida, desfeita em elogios,orgulhosa, de uma personalidade segura e forte. Mas a existência desta dupla personalidadeapenas vem fazer com que o seu trabalho tenha mais valor e perfeição.” A Pica (Margarida)agradece em nome de todos e pede que continue, por favor.

Para estes alunos, o Teatro “é um mundo onde podemos ser de outro século, pertencer a outrarealidade, ser alguém completamente diferente, podendo sempre pôr algo de nós”(Diana –“Vanina” d’O Colar); “é a arte de muitas faces, é poesia, cantoria, vida e morte; improviso; Tudoacontece!” (Ana Isabel – Bailarina d’O Colar)

PPrrooffeessssoorraa AAnnaa MMaarriiaa LLoommeelliinnoo (actriz na peça O Colar; “Condessa Zetti”)“De muito perto vivo ainda as emoções da estreia de “O Colar” de Sophia de Mello Breyner (11

de Maio de 2005). Pude assim apreciar “por dentro” o trabalho que neste núcleo se desenvolve,desde a escolha da peça até à sua apresentação em cena, e tenho de salientar a sensibilidade,dinamismo e coragem com que a sua coordenadora se dedica à orientação do projecto.

Antes disso, já muitas vezes me sentara na sala de sessões da nossa escola ou no auditório daRDP, cheia de expectativa e algum nervosismo, para assistir a muitas das inesquecíveis realizaçõesdramáticas do Grupo de teatro da Escola, algumas delas incluídas na Quinzena do Escritor do Ano(todas as peças em Inglês).

Dra. Cristina Pestana

Coordenadora da Oficina de Teatro “Corpus”

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Renovo o meu aplauso para todas elas, não só pelo prazer que me proporcionaram mas tambémpela consciência que tenho da importância vital do teatro na escola – pela educação do gostoartístico, pelo trabalho de equipa, pela educação da voz, expressão corporal e emoções, e pelosmomentos de excelente convívio, entre muitas outras coisas. Felicito todos os que mantêm vivaesta chama, em particular a coordenadora do Grupo, Prof. Teresa Jardim.”

PPrrooffeessssoorr MMiigguueell CCoossttaa (actor na próxima peça The King who was and will be)Tem sido uma experiência muito gratificante participar no trabalho desenvolvido pelo grupo de

teatro da escola. Obrigado Teresa por me guiares até a um mundo tão bonito e diferente.

PPrrooffeessssoorraa CCaarrmmoo MMaarrqquueess (actriz na próxima peça The King who was and will be)Falar do grupo de teatro desta escola é falar de dedicação, de busca permanente de perfeição,

de atenção ao detalhe, de persistência mesmo em horas em que apetece desistir; de trabalhorealizado com seriedade, carinho e entusiasmo.

Falar do grupo de teatro é também falar de partilha de ensinamentos múltiplos, decamaradagem e de amizade.

Falar do grupo de teatro é falar de quem em si congrega e de quem emanam todos este princípiose atitudes – professora Teresa Jardim, que sonhou este projecto e que ao longo dos anos temconseguido fazer desabrochar o talento e brio de tantos alunos que no palco ou nos bastidores têmoferecido momentos inesquecíveis a todos os que, como eu, tiveram a sorte de os poder vivenciar.

PPrrooffeessssoorr GGuuaalltteerr RRooddrriigguueess (actor da peça O Colar ; “Comendador Zorzi”)Teatro,teatro,teatro... lutadora, lutadora, lutadora... sonhadora,sonhadora, sonhadora...

exigente, exigente, exigente... compreensiva, compreensiva, compreensiva..., amiga, amiga,amiga...

Onde está a chave?

PPrrooffeessssoorr AAnnttóónniioo PPiirreessPode considerar-se verdadeiramente feliz o profissional que tem o privilégio de ter como

profissão a sua paixão. A dedicação da prof. Teresa Jardim ao Grupo de Teatro da Escola configurauma entrega absoluta àquilo que se assume como uma verdadeira vocação, uma paixão que setransmite e se sente no resultado final dos seus trabalhos e no desempenho dos actores amadoresque têm o privilégio de poder contar com a sua orientação, a sua dedicação, a sua entrega.

Correu-se a cortina, mas a peça continua amanhã. Teresa, desculpa-me esta “traição” de amiga, mas há muito que já era merecido.Próxima peça a ser apresentada: King Arthur; The king who was and will be (Freely adapted from

Kevin Crossley-Holland’s The Seeing Stone, At the Crossing Places, and King of the Middle March, andvarious other sources by Teresa Jardim).

P.S. Lamento que nem todos os que te admiram tenham podido escrever umas palavras; comcerteza di-las-ão em pessoa.

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Não!A rádio não é só sonho. É a realidade de

viver a informação dia a dia, ou seja, 24 horasde segunda a domingo e assimsucessivamente.

Não engrandeça ninguém a ideia de quepassados quatro ou cinco anos nauniversidade, será bom jornalista. Aquele quetudo sabe e conhece e só tem facilidades nãoexiste.

Não é charmoso o que fala. Ponto. Cadapalavra. Ponto. Logo a seguir. Ponto. Para dar.Ponto. nfase. Ponto. Porque nada disto écorrecto.

A beleza e a riqueza da rádio estão nasimplicidade da comunicação. Quanto maisacessíveis forem as palavras, fluente alinguagem, diversificado o vocabulário,melhor passa a mensagem.

Depois, a rádio é uma escola para a vida.Aos alunos a quem se destina, aos homens emulheres que têm que se relacionar com osoutros. Porque a globalização é este tempoque estamos a viver, o nosso dia a dia, aqui eali. Sobre tudo é preciso opinar, reflectir,emitir ideias.

E se os professores não chegam aos alunospela oralidade, não são os outros meiossofisticados, da informática e demaistecnologias, que os aproximarão das pessoas.

A rádio tem este condão. De ser um meio decomunicação social quente. Mais próximo doouvinte, humana e logisticamente falando. Eaquele que está do outro lado está atento,espera e ouve.

Cuidado: o microfone amplia a sinceridade,engrandece a emoção, torna visível omentiroso, o indeciso e as gafes. Porque a voznão engana.

E o homem/mulher da rádio cultiva afirmeza de carácter, define umapersonalidade. Goza da confiança do auditórioe faz por merecer esse voto sempre que abre aboca.

O comunicador é um agente activo e vivo,actual e presente sempre à procura daverdade. Pode não ser o companheiro, mas é acompanhia. Imparcial, dá voz e sente ocoração bater mais forte quando a contagemdo tempo é decrescente para o bip do sinalhorário.

MMiiccrrooffoonnee ssooaa vviiddaaMMiiccrrooffoonnee ssooaa vviiddaa

RÉ - FF

Dra. Fátima Diogo

Coordenadora da Rádio Escola

Os Homens da Rádio Escola

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A Rádio Escola, mais conhecida por RÉ-F.F., e a Professora Coordenadora organizaram uma visitade estudo aos estúdios da TSF Madeira e à redacção do Diário de Notícias. O Manel e o Vítor Rodolfofalam-nos da experiência.

VViissiittaa àà TTSSFFVViissiittaa àà TTSSFF

A Rádio é um mundo, um Meio de Comunicação amplo, que “chega” a todos, sem que precisem saber lerou escrever para entenderem o que se passa lá fora. Mencionei que este grande universo é tão completo quehá estações radiofónicas para todos os gostos: a Rádio onde trabalho, por exemplo, a Rádio Jornal daMadeira, é de inspiração cristã, e divulga todo o tipo de música, mas tem também, por outro lado, váriosespaços de informação regional, desportiva, religiosa, cultural.

Mas há outras rádios para públicos específicos. Sem querer ser redutora, a TSF é uma Rádioessencialmente de Informação, assim como a Antena 1 é generalista. Já a Antena 3 e a Rádio Clube estãomais viradas para um público jovem onde a música é o condimento forte. Na região há ainda as Rádios locais(Rádio Santana, Rádio Calheta ou Rádio Praia), que transmitem uma informação mais centralizada na zonaonde se inserem.

Daí o meu fascínio pela Rádio, pela sua riqueza, por poder ser um meio de informação, ou simplesmentepara ouvir boa música, e relaxar, depois de um dia de trabalho ou estudo.

Na conversa que tive com os alunos da Professora Fátima tentei explicar o meu “bichinho da Rádio”,enquanto Jornalista, e enquanto ouvinte. Notei que estes rapazes e raparigas partilharam comigo oentusiasmo pela Rádio, pois fizeram várias perguntas e acabámos por ter uma conversa descontraída einteressante. Um encontro que passou rápido porque o que eu esperava que durasse 30 minutos acabou 1hora e meia mais tarde. Isso porque falar de Rádio é falar sobre tudo e mais alguma coisa.É um mundo quecabe em caixinhas pequeninas ... e está lá para quem o quiser escutar... sempre ...

PS: Apreciei a sessão giradisquista apresentada pelo Carlos Branco, da RÉ-F.F.Sofia Lacerda, Jornalista

““RRááddiioo,, ppaarraa qquueemm??””““RRááddiioo,, ppaarraa qquueemm??””

Foi uma ocasião para analisar o verdadeirotrabalho da rádio que é feito sem se ver: acoordenação, o programa, os instrumentos detrabalho, a voz que ouvimos dia após dia…

Manel

A visita à TSF foi muito instrutiva. Pudemos vercomo realmente funciona uma rádio por detrás dosauscultadores, ou seja, nos seus bastidores.

Vítor Rodolfo

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OO Clube de Inglês conta já com quase uma décadade existência, cinco anos com as actuais

coordenadoras, e tem como objectivo principal incutirnos alunos o interesse pela Língua e Cultura Anglo--Americana.

Talvez pelo facto de o Clube tentar incentivar nosalunos o gosto por actividades de carácter lúdico--educativo embora num contacto permanente com alíngua, cultura e história destes países, tem-se notadode ano para ano um aumento no número de alunosinscritos.

No corrente ano lectivo, o Clube de Inglês deu maisuma vez continuidade a actividades iniciadasanteriormente mas não podia deixar de assinalar,através de exposições, algumas épocas festivas commaior dimensão e repercussão a nível da escola, taiscomo o “Halloween”, o Natal e o Dia de São Valentim.

A exemplo de anos anteriores, também este ano oClube decidiu introduzir uma actividade diferente eprestar uma homenagem a um país que, apesar da suapequena extensão, tem uma história e cultura invejáveis– o País de Gales. Todo o moroso trabalho de pesquisaculminou numa bem conseguida exposição.

Em cooperação com o 9º Grupo, e como motivaçãopara a Quinzena do Escritor, o Clube de Inglês dinamizouum Concurso Literário que este ano incidiu sobre KevinCrossley-Holland, e que foi extensível a toda aComunidade Escolar.

No âmbito da Semana dos Clubes, para além daparticipação na exposição que teve lugar na Galeria deArte Francisco Franco, o Clube de Inglês organizou o Chádos Clubes como actividade de encerramento da Semanados Clubes, que serviu para um alegre convívio entreCoordenadores dos Clubes, alunos e diversas entidadesda Escola.

O Clube tem-se pautado por um bom relacionamentointerpessoal e o sentido de responsabilidade é sempremuito positivo. O esforço e a dedicação sãofundamentais mas a criatividade e a imaginação dosnossos membros têm ocupado um lugar de destaque.

Dra.s Anabela Pereira e Nadina Castro Fernandes

Coordenadoras do Clube de Inglês

Retrospectiva de algumas das actividades:

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MMÚÚSSIICCAAMMÚÚSSIICCAAO Núcleo de Música é um espaço onde eu passo a maior parte do meu tempo livre, se não mesmo

todo. Participo em alguns grupos do núcleo; pode parecer egoísmo da minha parte, mas acho queparticipo em quase todos.

Foi no núcleo que evolui muito como músico, como pessoa, culturalmente, etc.Acho que é o melhor núcleo existente na escola, que me perdoem os que pensam diferente de

mim, mas é a minha opinião. Sou também da opinião que este núcleo merecia mais atenção da partedos superiores, não exigindo nada de mais, mas um pouco mais de atenção, porque temos muitotrabalho, não desfazendo os outros núcleos. Poderiam melhorar alguns aspectos de som, mas porexperiência própria sei que é material caro e que a escola carece de fundos.

Tenho que agradecer às pessoas que dirigem este núcleo, nomeadamente o prof. Borges e o prof.Mário André, sem desprezo de nenhum dos outros professores. E colegas!!!

Graciano Caldeira12º 23

O Núcleo de Música é uma actividade extracurricular que reúne professores, alunos e funcionários daescola. Reúnem-se para se divertir enquanto aprendem a cantar ou a tocar um instrumento musical.

Através deste grupo, os seus alunos obtêm uma experiência única que os pode encaminhar para umafutura vida musical.

Nós que aprendemos com muito gosto o que os professores coordenadores têm a ensinar, só temos quelhes agradecer pela sua paciência, compreensão e amizade, o que torna as horas passadas no núcleomomentos muito especiais que ficarão recordados no nosso pensamento.

Vítor Barros12º 11

O Núcleo de Música é a minha segunda casa… É onde passo quase todo o meu tempofora de aulas. Graças ao núcleo, ganhei muitas amizades, muitas alegrias e aprendimuito a nível musical. Aprendi a gostar de todo o tipo de estilos, desde o jazz, pop,funk, blues, etc.

Creio que a relação entre núcleo e alunos é muito boa, pois temos sempre grandeaceitação por parte do público escolar.

Pessoalmente acho que, apesar de não haver muitas verbas, o material de somdeveria ser renovado de forma a podermos mostrar em melhores condições o trabalhorealizado com tanto esforço e dedicação.

Bem-haja, Núcleo de Música!Alina Nóbrega

11º 17

Para mim o Núcleo de Música da Escola Secundária deFrancisco Franco é um meio interessante e divertido de passaro tempo, de aprender e de obter mais conhecimentos musicais. Gostode lá passar o meu tempo livre e de participar nos programasrealizados durante o ano lectivo.

Apesar da experiência e conhecimento que os professorescoordenadores nos transmitem, também gosto imenso do convívioentre todos os membros.

Ruben Gonçalves12º 11

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MMAATTEEMMÁÁTTIICCAAMMAATTEEMMÁÁTTIICCAA

O Clube de Matemática é um projecto de natureza lúdica, cultural e formativa e tem por objectivoprincipal facilitar a formação e realização pessoal dos alunos através de várias actividades.

No decurso deste ano lectivo, o Clube promoveu um conjunto de actividades, tais como: a“Adivinha do Mês”, o “Desafio Mensal”, jogos didácticos (xadrez, abalone, cartas, jogos lógicos,...) e pequenos trabalhos de investigação subordinados ao tema “Matemática Aplicada àAstronomia”.

O Clube também colaborou nas XXIII Olimpíadas Portuguesas de Matemática. Muitos dos jovensparticipantes nestas Olimpíadas visitaram, no dia 18 de Março, o Clube de Matemática e ficaram aconhecer as actividades desenvolvidas e os materiais existentes na sede (salão polivalente).

Tal como todos os outros clubes/núcleos, o Clube de Matemática participou na X Edição daSemana dos Clubes (02 a 13 de Maio). A conferência “Investigando/Estudando Matemática com acalculadora gráfica”, proferida pelo Prof. Dr. Orlando Freitas foi realizada no âmbito dascomemorações dessa semana (dela falaremos em próxima edição da revista).

OOLLIIMMPPÍÍAADDAASS DDEE MMAATTEEMMÁÁTTIICCAAOOLLIIMMPPÍÍAADDAASS DDEE MMAATTEEMMÁÁTTIICCAA

Este ano a Matemática esteve em destaque na nossa escola. Tal como no ano anterior, alguns alunos (este ano em maior número!) aceitaram o desafio de

participar em duas competições matemáticas: as Olimpíadas e o Mat12 e conseguiram,conjuntamente com um grupo de professores, levar o nome da nossa escola além fronteiras. Oempenho demonstrado por estes alunos mostra que afinal a matemática não é o tal “bicho-de-sete-cabeças” que muitos dos alunos e, infelizmente, a sociedade, difundem constantemente…

É importante que se diga o que se faz de bom e se mostre a essa sociedade que afinal tudo seresume a um pouco de atenção, de empenho e de trabalho, e que são essas capacidades quedevemos incrementar nos nossos alunos para que no futuro possamos ter cidadãos responsáveis eempenhados na sua profissão.

Dra. Ana Paula Jardim

Responsável Regional pelas Olimpíadas de Matemática

Dra. Paula Cró

Coordenadora do Clube de Matemática

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Os alunos que participaram nascompetições trabalharam e esforçaram-se, não porque disso dependia a sua“nota” na disciplina, mas porque gostamde desafios e são capazes de os aceitar elevar a bom porto.

Só com este tipo de objectivoconseguiremos alcançar os nossossonhos… Gostaria de deixar aqui umapelo a todos os alunos: não desistamdas vossas “paixões”, as “pequenaspedrinhas” que atrapalham o vossopercurso são apenas isso: “pequenaspedrinhas” que todos vós sois capazes deultrapassar!!!

Espero que no próximo ano o númerode alunos cresça exponencialmente (umpouco de matemática não fica mal!...) ese consiga dar o salto para umamatemática que, embora impliqueesforço, não deixa de ser um desafioconstante!

Cá vos deixo com algumas fotos dasOlimpíadas que decorreram na nossaescola. De facto a Escola Secundária deFrancisco Franco, como escola anfitriã,recebeu os participantes das Olimpíadas(60 alunos e 13 professoresuniversitários) com várias actividades eesmerou-se para que os alunos, que porcá passaram, levassem uma boa imagemda nossa escola.

As fotos mostram algumas dasinúmeras actividades desenvolvidasdurante esses dias.

Momentos de lazer:jogar xadrez, os passeios pela ilha: ao Jardim

Monte Palace e às grutas de S. Vicente, a descidados cestos (em cima) e a boa disposição e

animação nos jantares (à esquerda).

Momentos de prova e momentos de glória com aentrega de prémios que decorreu na Escola

Profissional de Hotelaria e Turismo da Madeira

Cartaz vencedor para as Olimpíadas 2005/2006Maurílio Oliveira 12º17

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Um grupo de alunos de Matemática da nossa escola,coadjuvado pelos seus professores, ganhou a competiçãoregional do Mat 12 e conseguiu três lugares no pódio a nívelnacional, na competição final realizada na cidade de Aveiro.

Na competição regional MadeiraMat12, que se realizou naEscola Secundária de Jaime Moniz, participámos com dezasseteequipas (pares), e conseguimos arrebatar os quatro primeiroslugares e ainda o prémio de melhor escola!

As duas melhores equipas do Madeira Mat12 deslocaram-se aAveiro para disputar a final nacional e conseguiram, numuniverso de 90 escolas e de 490 equipas, amealhar três prémios:3º prémio na classificação geral, 2º prémio para a melhor equipado 12º ano e 3º lugar para a melhor escola.

OO MMaatt1122 nnããoo éé ppaarraa ‘‘ccrroommooss’’OO MMaatt1122 nnããoo éé ppaarraa ‘‘ccrroommooss’’

Desde o 10º ano que, por esta altura, aminha professora de matemática me perguntaa mesma coisa “Isabel, não queres participarno Mat12?”, e a minha resposta vinha sendosempre a mesma: não. Até que este ano, nemme perguntou... Inscreveu-me logo!

A razão por que nunca queria participar eraesta: imaginava o Mat12 como (desculpem-mea expressão) uma camada de cromos que só vêmatemática à frente...e agora eu era um deles!Mas isto é o que acontece quando falamos semexperimentar primeiro. Agora que já passeipela experiência, posso dar a minha opinião.

O Mat12, tal como a Matemática, é um jogo,e, como tal, é preciso praticar para aperfeiçoare apreender mais. Com esta minhaparticipação apreendi novos conceitos erelembrei matéria que já tinha dado no ciclo eno secundário.

O jogo é o seguinte: temos 35 minutos paraconcluir 20 questões de escolha múltipla (cadauma com 4 frases, verdadeiras ou falsas), e emcada pergunta temos duas vidas (nãoacumulativas). Para jogar e participar basta

ter um companheiro de equipa e aceder aosite, pela internet, pois o Mat12 é um jogo on-line.

Existem duas competições: a Regional e aNacional. Os dois primeiros lugares vão à finalnacional que se realiza na Universidade deAveiro (U.A.), instituição organizadora,representar a Região. E foi o que nosaconteceu: a mim, à Diana (a minhacompanheira), ao João e ao Edgar.

Na competição final estavam 90 escolas detodo o país, ou seja, muitas equipas...masmesmo assim conseguimos três prémios, umdeles de “terceira melhor escola”!

Nesta visita à U.A., tivemos aindaoportunidade de visitar o departamento deEng. Civil, que é simplesmente deslumbrante!Podia continuar a falar desta minhaexperiência, mas vou ficar por aqui.

Antes, queria deixar um apelo: participem!Não se vão arrepender. E já agora… o Mat12não é para cromos que só vêem Matemática àfrente, é para quem gosta de desafios.

Ana Isabel - 12º8

MM AATEMÁTEMÁTICTIC AA DD AA FF RANRAN CISCCISC OO FF RANRAN CC OO

VENVEN CECE NANA MM ADEIRAADEIRA EE NN OO CC ONTINENTEONTINENTE

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Fantástico! Quem diria, que, afinal, aquelahistória de “aprendermos mais quando

estamos a brincar” é verdade?! Isto, apropósito do concurso Mat12, um concursocom o objectivo de promover o gosto pelamatemática. “O quê?! A matemática? Quem é oCromo que há-de querer entrar nessa coisa?”Pois é, mas fiquem sabendo que acabou por serdas coisas mais giras que já alguma vez meaconteceu; (e olhem que a minha vida não éexactamente monótona!)

Apenas duas equipas (uma de duas alunas, ea outra de dois alunos) foram apuradas para irà final em Aveio, e tive a honra de fazer partede uma delas. A melhor coisa nem foi o ganharpropriamente dito, mas o ambiente que se fezsentir. Falávamos todos uns com os outros,quer no Liceu Jaime Moniz, quer em Aveiro,mesmo com pessoas que, normalmente, nãoteríamos falado! Havia ali qualquer coisa quenos unia, e, por mais esquisito que possaparecer, era a matemática!

Era capaz de vos contar todas as coisas quenos aconteceram na viagem, mas seriademasiadamente extenso! Contudo, pararesumir basta dizer que foi tão divertido, quenos rimos desde que chegámos à escola no diada partida, até regressarmos ao Funchal, nanoite do dia seguinte.

As viagens de avião foram divertidas einteressantes. A visita a Aveiro foi muitoelucidativa. Já tinha feito uma brevepassagem por Aveiro, e feito até uma visita

rápida à Universidade, mas desta vez foi muitomais emocionante. Participámos no concurso,mostraram-nos o departamento deengenharia civil e a cerimónia da entrega dosprémios foi giríssima, com muito barulho,muita brincadeira e muita animação!

Posso acrescentar que para o ano nãoparticiparei, porque já cá não estarei, masespero que mais pessoas participem nesteconcurso, nem que seja só para se divertiremtanto quanto eu me diverti.

Por último, mas não menos importante,gostaria de agradecer ESPECIALMENTE àProfessora Aldina Abreu (que foi connosco aAveiro) e à Professora Ana Paula Jardim – queforam quase obrigadas a “puxar-nos asorelhas” para que participássemos – primeiro,por toda a ajuda e apoio que me deram e,segundo por serem não só excelentesprofessoras, mas especialmente por seremboas pessoas e minhas amigas. Já agora,aproveito para dizer que acho que o mérito foitanto delas como nosso. (E, ao contrário doque possam estar a pensar, acreditem ou não,não estou a “dar manteiga” – aliás já tenhoboas notas a Matemática!).

A participação no Mat12 e a ida a Aveiroserviram também para ficar a conhecer melhoros outros colegas e a professora, que tambémforam a Aveiro, e proporcionou óptimosmomentos de convívio.

Diana Gavazzo - 12º 6

Bem, que poderia eu falar destaexperiência? Antes de mais foi um evento

em que não estava planeada a minhaparticipação, só devido à teimosia daprofessora Aldina é que os “Losers” (eu e oEdgar) lá se inscreveram, no último dia doregulamento.

Ao fim de alguns contratempos chegámos aAveiro, onde tive então oportunidade deconhecer tanta coisa nova, de contactarverdadeiramente com aquilo que nos espera

no ensino superior.Foi uma experiência magnífica, e fico com

pena de não ter participado mais cedo nesteprojecto que pela sua importância e dinâmicamerecia um maior destaque, e um maior apoiopor toda a comunidade educativa.

Com certeza que esta participação no Mat12será aquela memória especial do meu 12º anoque jamais poderei esquecer.

João Luís Silva - 12º 6

FFaannttáássttiiccoo,, oo MMaatt 1122FFaannttáássttiiccoo,, oo MMaatt 1122

UUmmaa mmeemmóórriiaa eessppeecciiaallUUmmaa mmeemmóórriiaa eessppeecciiaall

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5544

Decorreu nos dias 4, 5e 6 de Maio na sala B44 econsistia na resolução deuma série de questõesque colocava à prova osconhecimentos, em 5grupos diferentes dequestões, que variavamdesde a Informática até àCultura Geral.

Foi registada uma afluência de cerca de 40participantes por dia.

Aqui fica a lista de vencedores em cada uma dascategorias:

36 alunos do 10.º ano, em equipas de quatro elementos, realizaram umconjunto de provas por toda a escola. Todos os elementos tinham umainsígnia que os identificava, que traziam ao pescoço. No final, as trêsequipas melhor classificadas tiveram direito a prémios, disponibilizadospelas empresas MCI, Informania e Rem Data.

Provas:Pesca de material informático;Pesquisa na Internet;PowerPoint: apresentações dinâmicas;Caça ao tesouro;Questionário de TIC;Fotografia da equipa;Linguagem dos chats.

PPeeddddyy PPaappeerr

Nos dias 4, 5 e 6 de Maio decorreu na Escola Secundáriade Francisco Franco a formação em Office 2003,nomeadamente Excel 2003, PowerPoint 2003 e Publisher2003.

Nesta formação participaram aproximadamente noveprofessores em cada aplicação. Os participantes gostarame agradeceram a realização da mesma.

FFoorrmmaaççããoo ddee ddoocceenntteess

SSEEMMAANNAA DDAA IINNFFOORRMMÁÁTTIICCAASSEEMMAANNAA DDAA IINNFFOORRMMÁÁTTIICCAANa semana de 2 a 6 de Maio realizou-se na escola a Semana da Informática.

Tema VencedorInformática Luís Pedro (10.º 33)Desporto Graciela Rubina (12.º11)Português Rute Pereira (12.º 13)Geografia Andreia Gordo (12.º 13)Cultura Geral Priscila (12.º 13)

JJooggooss ddiiddááccttiiccooss

2 de Maio Peddy Paper;

3 de Maio

Exposição de trabalhoselaborados pelos alunos;

Entrega de prémios do PeddyPaper;

4 de Maio

Linux Party;

Sessão de jogos informáticos;

Formação: Excel, PowerPoint;

5 de Maio

Linux Party;

Sessão de jogos informáticos;

Formação: Publisher, Excel,PowerPoint;

6 de Maio

Linux Party;

Sessão de jogos informáticos;

Formação: Publisher, Excel;

Programa:

Primeiros classificados Segundos classificados Terceiros classificadosCláudia Rodrigues 10.º 1 Francisco Silva 10.º 1 Diogo Pita 10.º 31Alexandra Rodrigues 10.º 1 João Paulo Costa 10.º 1 João Valente 10.º 31Ana Velosa 10.º 1 Diogo Pereira 10.º 1 Ricardo Fernandes 10.º 31Joana Ribeiro 10.º 1 Carlos Almeida 10.º 1 Cláudio Emanuel 10.º 31

Participantes do peddy papper

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5555

AAbbrriill//JJuunnhhoo 22000055

AANNOO MMUUNNDDIIAALL DDAA FFÍÍSSIICCAA NNAA FFRRAANNCCIISSCCOO FFRRAANNCCOO

O ano de 2005 corresponde ao centésimoaniversário do “ano milagroso” (annus mirabilis)da produção científica de Albert Einstein, emque publicou os artigos que forneceram a basepara o desenvolvimento de três campos degrande importância para a Física: a Teoria daRelatividade, a Teoria Quântica e a Física Atómicae Molecular.

Os professores que leccionam a disciplina deFísica e Química da Escola Secundária deFrancisco Franco decidiramorganizar um conjunto deactividades experimentais queenvolvessem um grande númerode alunos e professores. Estetipo de actividades, que tambémse enquadraram no Plano Anualde Actividades do 4º grupo A e B,decorreram nos dias 2, 3 e 4 deMaio, nos laboratórios de Físicae Química da nossa escola. Asactividades levadas a efeitotinham como principaisobjectivos: comemorar o AnoInternacional da Física; incutir nos alunos ogosto e a curiosidade pelos fenómenoscientíficos; mostrar que a Física até é muitodivertida; aumentar o interesse público pelaFísica; estimular uma maior apetência dos jovenspara prosseguirem a sua formação na área daFísica.

A abertura do programa de actividades teveinício com uma conferência cujo tema era“Alterações à Lei do Ruído” da responsabilidadede dois técnicos da Câmara Municipal doFunchal.

Deste programa também constava umaexposição de trabalhos, sob a forma de cartazes,patente no corredor do último piso do blococentral, onde se destacava a personagemcarismática de cientista Albert Einstein e, outros

físicos, não menos importantes na história daFísica e da ciência em geral.

Nos laboratórios de Física e Químicadecorriam actividades experimentais realizadaspor alunos e professores sobre os mais variadostemas que se enquadram na Física e nas CiênciasFísicas.

Ainda, no âmbito das actividades relacionadascom o Ano Mundial da Física, as turmas 10º1,12º6 e 12º8 efectuaram uma visita de estudo a

um planetário montado numadas salas da Biblioteca PúblicaRegional da Madeira.

Passaram nos laboratórios deFísica e Química, durante os dias2, 3 e 4 de Maio, cerca deduzentos alunos. As portasestiveram abertas a toda acomunidade escolar.

É de salientar a visita, aosnossos laboratórios, de alunosdo 1º Ciclo do Ensino Básico,onde a curiosidade e o desejo de

experimentar, visível nos seus rostos era muitogrande.

Conseguimos mostrar, principalmente aosmais jovens, que a Física até tem muito interessee é divertida e, esperamos que a escola tenhacontribuído para incutir nos jovens o gosto pelaFísica.

Dr. Rui Afonseca

Delegado de Física

Alunos do Externato Bom Jesus

“...a curiosidade pelos fenómenos científicos”

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5566

SugSugeses tão de Leiturtão de Leitur aa

O livro que li, intitulado REPORTAGEM – umaantologia, foi escrito por José Vegar e publicadopela editora Assírio & Alvim. A participação deJosé Vegar neste livro limitou-se ao prefácio, àsnotas e à selecção das várias reportagens aquipublicadas.

Vegar, natural de Luanda, Angola (1969),iniciou a sua carreira profissional em 1988.Trabalhou comojornalista nas revistas“Sábado” e “GrandeReportagem” e nosjornais “Semanário”,“Expresso” e “24 Horas”.Actualmente, é redactordo “Independente”.

Ao todo, são 20reportagens da décadade 90, escolhidas peloautor e que, segundoeste, estão imunes atodas as deficiênciaspresentes no jornalismoportuguês. Os repórtereseditados neste livrocriaram o seu própriopercurso, sempre embusca da excelência, e,por isso, os seus textosmereceram serantologiados.

Uma questão que oautor faz questão deesclarecer logo no princípio do seu livro e queincluiu no seu prefácio é a diferença entre areportagem e os outros textos jornalísticos. Areportagem é o único texto jornalístico queconsegue tratar um assunto “com profundidade eespessura”, que é capaz de educar e fazer o leitorpensar de um modo mais completo. E como este

género jornalístico é, infelizmente, “a excepçãoe não a regra em Portugal”, o autor decidiureunir as melhores reportagens da década de 90neste livro, para demonstrar o que de maiorqualidade se produziu no jornalismo português.

Por isso, a escolha das notícias presentesneste livro não foi baseada no quantointeressantes ou relevantes eram, mas apenas na

sua qualidadejornalística.

Nas notíciaspublicadas, abordam-sevários temas, como asguerras, problemassociais ouacontecimentosimportantes,personagens ou factos daHistória contemporâneae até política.

Uma das reportagensque mais me despertou acuriosidade e o interesse,situada dentro dosproblemas sociais, foi ados gangs juvenis. Estetexto, intitulado “Corvo,um herói da Periferia”,foi escrito por JoséAntónio Cerejo, repórterdo “Público” desde 1990.

Escolhi estareportagem porque

difere das outras, sobretudo, na forma como foielaborada. Aposta num discurso mais narrativo efactual do que as outras reportagens, contémacção mais diversificada e uma sequência deacontecimentos que consegue manter elevadointeresse no texto.

Vítor Magno Pereira11º 1

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5577

AAbbrriill//JJuunnhhoo 22000055

Esta reportagem centra a sua acção à voltado líder de um gang juvenil e das dificuldadesque ele tem que ultrapassar juntamente comos seus amigos. O Gheto não era mais do queum grupo de amigos, que se reuniam paraenfrentarem os seus problemas juntos e parase divertirem. Só que o grupo começa a sofrercom as pressões exteriores. À medida que otempo vai passando, e depois de “visitar” aprisão algumas vezes, o Beto, jovem líder doGheto, começa a perceber que “ser membro deum gang juvenil só dá maus resultados” edecide enveredar por um caminho melhor parasi e para os seus amigos. Por isso, para além desair do seu gang, faz com que os outrosmembros também percebam a sua decisão:sobretudo, tentar acabar com as rivalidadesque já existiam entre os diferentes gangs. Oobjectivo era esgotar as confusões entre osbandos e juntá-los contra um inimigo comum:a droga e as injustiças.

Nesse sentido decide começar a espalharboatos que atacavam indistintamente váriosmembros dos diferentes grupos; aos poucosforam ganhando grandes proporções, o queacabou por reunir vários bandos à procuradesse indivíduo, que se apelidava de “Corvo”.Deste modo, Beto consegue provar que asdiferenças entre os gangs não são assim tantase que todos podem juntar-se para resolverproblemas realmente sérios, como era o casoda droga, que já fazia vítimas dentro de alguns

desses grupos.Assim, Beto, cuja família era imigrante de

Cabo-Verde, conseguiu refazer a sua vida eajudar outros também a saírem do maucaminho “a tempo”. No final, o Ministério daEducação pediu a sua colaboração paraorganizar actividades extra curriculares naEscola Secundária de Massamá e foi tambémconvidado para o grupo de Jovens da Igreja damesma localidade.

Há ainda outros dois textos jornalísticos,que se apresentam no mesmo livro, e quetambém me cativaram mais do que osrestantes. Um com o título “Bola Baixa” fala-nos sobre os bastidores do mundofutebolístico e sobre todas as acções“mafiosas” que convivem com o mesmo.Outro, um texto de puro jornalismo de viagem,descreve uma digressão pelo ao continenteisolado da Austrália. O título é “Alice no paísdos Camelos”.

Em geral, a leitura deste livro despertou-meinteresse e penso ser uma obra indispensável atodos os que pretendam seguir o jornalismo eos que se importam ou interessamveementemente com a qualidade deste emPortugal. Esta publicação preenche umalacuna de um género sem grande tradição nonosso país e, ao mesmo tempo, apresentabons exemplos de como escrever reportagenscom valor e profissionalismo.

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5588

PPaassssaatteemmppooss ee HHuummoorrPPaassssaatteemmppooss ee HHuummoorr

HHoorriizzoonnttaaiiss

1 – Interpretarei. Soar, repercutir-se.2 – Ausência (Pref.). Queixa-se em voz alta.

Nome de letra.3 – Relação, lista. Interjeição designativa de

dor, o m. q. ui!. Rio europeu.4 – Cacete. Esconda.5 – Uma das peças do talher (pl.). Cumpre

ordens superiores.6 – Congreguem. Sulcam.7 – Nome de homem. Dialecto que outrora se

falou no norte da França. Nome de mulher.8 – Abalava. Quebradiças. Duas vogais.9 – Acalmai.10 – Conhece. Porcaria (infant.).11 – Exala, nasce. Tomar alimento.

PP alaalavrvr as Cras Cr uzadasuzadas

(SOLUÇÕES 16)HORIZONTAIS: 1-Lerei. ecoar. 2-Na. Clama. Be. 3-Rol. Hui. Aar. 4-Moca. Tape. 5-Facas. Acata. 6-Unam. C. Aram. 7-Gil. Oil. Ada. 8-Ia. Acras.Oi. 9-S. Amaciai. N. 10-Sabe. O. Caca. 11-Emana. Comer. VERTICAIS: 1-Lar. Fugisse. 2-Economia. Am. 3-R. Local. Aba. 4-Ec. Cam. Ámen. 5-Ilhas. Oca. A. 6-Au. Circo. 7-Emita. Lai. C. 8-Ca. Aca. Saco. 9-O. Apara. Iam. 10-Abaetado. Ce. 11-Rer. Amainar.

Uma família típica portuguesa vai ao jardim zoológico.Em frente a uma jaula diz o filho mais novo:

- Olha um 'trigue'!O irmão mais velho responde indignado:- Não é nada um 'trigue, é um 'leopoldo'!A mãe surpreendida pela inteligência comenta:- Pior a ementa que o cimento!O pai para concluir tanta inteligência:- Quem sai aos seus não é de Genebra.!

VVeerrttiiccaaiiss

1 – A casa de habitação. Escapasse.2 – Paixão ou mania do vinho. Antes do meio-dia

(abrev.).3 – Localidade. Margem de rio.4 – Era Cristã (abrev.). Caminho (abrev.). Assim

seja!5 – Arquipélago. Vazia.6 – Ouro (s.q.). Área destinada a jogos públicos, na

antiga Roma.7 – Ponha em circulação monetária. Pequeno poema

cantado pelos jograis na Idade Média.8 – Nesta terra. Mau cheiro (Bras.). Bolsa, cavidade.9 – Limalha. Abalavam.10 – Diz-se dos tecidos que imitam baeta. Nome de

letra.11 – O m.q. raer. Acalmar, afroixar.

O professor pergunta aos alunos qual a coisa maisvelha do mundo.

Como ninguém sabe, ele explica que é o tempo. Nisto,levanta-se um aluno, e diz:

- Senhor professor, eu sou mais velho que o tempo!- O quê? Isso não pode ser!- Pode sim, senhor professor. Os meus pais dizem que

eu nasci antes do tempo!

Um bêbado ao contemplar o cadáver de um afogado diz: - Vejam ao que conduz o abuso da água!!!

Teste de Filosofia Num teste a pergunta era:

"Como define coragem?"

O aluno só preencheu o cabeçalho, deixou o teste embranco e teve 20.

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5599

Envia anedotas, humor, palavras cruzadas, passatempos, ‘pics’engraçadas da tua preferência para:

leiasff@[email protected]

AA pprriimmeeiirraa vveezzAA pprriimmeeiirraa vveezz

Não há uma idade preconizada para umcasal de namorados iniciar as relaçõessexuais. Se entre o teu grupo de amigos jáalguém teve a sua primeira relação sexual,isso não significa que te sintaspressionada(o) a fazer o mesmo.

A maioria das pessoas nunca esquece aprimeira vez em que tiveram relaçõessexuais. Por vezes, estemomento nãocorresponde àsexpectativas de ambasas partes. Poderá ser ummomento agradável ememorável, comotambém poderáprovocar másrecordações.

Nos relacionamentosamorosos, as emoções dos adolescentesencontram-se ao rubro devido, em parte, aelevados níveis de hormonas e, por estarazão, adoptam por vezes comportamentosum pouco precipitados ou de risco.

Antes de decidir o dia em que pretendeminiciar as relações sexuais, o casal deveponderar muito bem acerca dos seus

afectos/sentimentos (amor, amizade) erespeitar os valores morais e culturais decada um. Ou seja, planear e dialogar sobreeste momento que é especial na sua vida.

Quando os jovens não planeiam comantecedência as relações sexuais, correm orisco de uma gravidez não desejada, decontrair infecções sexualmente

transmissíveis, bemcomo sentimentos deculpabilidade, de baixaauto-estima, entreoutros.

Para que seja ummomento memorável,convém que ambosestejam preparados,sentindo que esta é aocasião e a pessoa certa

e utilizem um método contraceptivoseguro. Só desta forma irá permitir avivência da sua sexualidade saudável eresponsável.

Para isso, todos os jovens podemrecorrer ao Serviço de Atendimento aoJovem, que garante apoio na área dasexualidade.

Luísa Pereira; João MacedoEnfermeiros do S.A.J.

SS ee rr vv ii çç oo dd eeAA pp oo ii oo aa oo JJ oo vv ee mm

Linha SOS Adolescente (gratuita) n.º 800204125, disponível nos dias úteis, das 8 às 20 horas

Page 60: Revista leiasff n.º 17

1º faseHoras Sexta-feira,

17 de JunhoSegunda-feira, 20 de Junho

Terça-feira,21 de Junho

Quarta-feira,22 de Junho

Quinta-feira,23 de Junho

Segunda-feira, 27 de Junho

Quinta-feira, 30 de Junho

Terça-feira,5 de Julho

Quarta-feira,6de Julho

09h00 Português B(139-239) _

Matemática (435) Latim(132)

_

Química(142)

Introdução aoDireito(129)

Desenho eGeometria

Descritiva A(408) Alemão

(201-301)

Biologia(102)

História(123)

Psicologia(140)

Ciências doAmbiente

(103)Desenho Técnico

de Mecânica(210)

Mat. e Téc. deExpressão

Plástica(136)

Int. Des.Económico Social

(128)

11h30 Português A(138)

Geologia(120)

Sociologia(144)

Comunicação eDifusão(105)

Filosofia(114)

Psicossociologia(141-241)

_

Francês(217-417-517)

Desenho eGeometria

Descritiva B(409)

Est. Org.Tratamento de

Dados (113)

Teoria do Design(146-246)

Espanhol(247-347)

Grego(122)

Teoria da Arte edo Design

(145)

15h00 _

Sistemas Digitais (143)

Desenho Téc.deConst. Civil

(110)

_ História da Arte(124)

Inglês(250-350-650) _ _ _ Física

(115)

2ª faseHoras Terça-feira,

19 de JulhoQuarta-feira,20 de Julho

Quinta-feira,21 de Julho

Sexta-feira,22 de Julho

Segunda-feira,25 de Julho

09h00 Português B(139-239)

Biologia(102)

História(123)

Desenho Téc. deConst. Civil

(110)

Matemática(435)Latim(132)

Francês(217-417-517)

Desenho eGeometria

Descritiva A(408)

Mat. e Téc. deExpressão Plástica

(136)Ciências doAmbiente

(103)Espanhol(247-347)

11h30 Português A(138)

Teoria do Design(146-246)

Comunicação eDifusão(105)

Psicossociologia(141-241)

Geologia(120)

Est. Org. ETratamento de

Dados(113)

Alemão(201-301)

15h00

Química(142)

Sistemas Digitais(143)

Teoria da Arte e doDesign(145)

Inglês(250-350-650)

História da Arte(124)Grego(122)

Filosofia(114)

Desenho eGeom.Descritiva B

(409)Desenho Técnico de

Mecânica(210)

Física(115)

Int. Desenv.Económico Social

(128)

17h30 Sociologia(144)

Psicologia(140)

Introdução aoDireito(129)

_ _

CALENDÁRIOCALENDÁRIODEDE

EXAMESEXAMES NACIONAISNACIONAIS 20052005

“O “O ESTUDOESTUDO ÉÉ UMUM TRABALHOTRABALHO EMEM QUEQUE SOMOSSOMOS OBRIGADOSOBRIGADOS AA

PÔRPÔR TODATODA AA NOSSANOSSA VONTADEVONTADE PARAPARA OO REALIZARREALIZAR COMCOM OO

MAIORMAIOR RENDIMENTORENDIMENTO POSSÍVELPOSSÍVEL.”.”TTHOMASHOMAS AATKINSONTKINSON