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A REVISTA DO PROFISSIONAL DE TI Linux Magazine # 58 09/2009 WWW.LINUXMAGAZINE.COM.BR # 58 Setembro 2009 TÉCNICAS E FERRAMENTAS DE SEO PODEM AJUDÁ-LO A CONSEGUIR O TÃO SONHADO LUCRO NA INTERNET. p.33 » Programe no Google com o App Engine p.34 » SEO na fonte p.41 » Seu Apache aguenta? p.46 » CMS colaborativo p.51 SEO GOOGLE APP ENGINE APACHE LIFERAY ZARAFA OPENSOLARIS BASH STRACE CHROME OS PATENTES DE SOFTWARE p.22 Temporariamente suspensas nos EUA DE HACKER A PROGRAMADOR p.30 Maddog explica a qualidade de software CRESCEU NA CRISE p.26 Red Hat relata como enfrentou e venceu a crise OPENSOLARIS p.64 No quinto artigo da série, veja como o sistema da Sun trata os dispositivos físicos e lógicos. REDES: SUBSTITUTO DO EXCHANGE! p.68 O groupware Zarafa implementa todos os recursos do MS Exchange e pode até servir clientes Outlook. VEJA TAMBÉM NESTA EDIÇÃO: » Bash 4: ainda melhor p.58 » Depuração profunda com o Strace p.74 » Chrome OS na visão de Cezar Taurion p.32 GRÁTIS

Revista Linux Magazine Community Edition 58

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Revista Linux Magazine Community Edition

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527827_205x275_095_DL.pdf July 13, 2009 12:39:30 1 de 1

SEJA UM BOM GESTOR E UTILIZE AS MELHORES PRÁTICAS ADOTADAS E RECOMENDADAS PELOS PROFISSIONAIS MAIS EXPERIENTES NESSA ÁREA p.36

#44 07/08

R$ 13,90 € 7,50

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A REVISTA DO PROFISSIONAL DE TI

WWW.LINUXMAGAZINE.COM.BR

CASE ALFRESCO p.26A Construcap agilizou seus projetos com o Alfresco

LINUX PARK 2008 p.28Iniciada em Porto Alegre a temporada de seminários Linux Park de 2008

CEZAR TAURION p.34O Código Aberto como incentivo à inovação

GOVERNANÇA COM

» O que dizem os profissionais certificados p.24

» Cobit, CMMI, ITIL. Quais as melhores práticas? p.36

» ITIL na prática p.39

» Novidades do ITIL v3. p.44

SEGURANÇA: DNSSEC p.69

Com o DNSSEC, a resolução de nomes fica protegida de ataques. Mas seupreço vale a pena?

REDES: IPV6 p.64

Conheça as vantagens da nova versão do Internet Protocol, e veja por queé difícil adotá-la

VEJA TAMBÉM NESTA EDIÇÃO:

» Relatórios do Squid com o SARG p.60

» Java, Ruby e Rails: conheça o JRuby on Rails p.74

» Benchmarks do GCC 4.3? p.58

» Becape de bancos de dados com a Libferris p.46

» LPI nível 2: Servidores NIS e DHCP p.52

A REVISTA DO PROFISSIONAL DE TI

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# 5809/2009

WWW.LINUXMAGAZINE.COM.BR

# 58 Setembro 2009

TÉCNICAS E FERRAMENTAS DE SEO PODEM AJUDÁ-LO A CONSEGUIR O TÃO SONHADO LUCRO NA INTERNET. p.33

» Programe no Google com o App Engine p.34» SEO na fonte p.41

» Seu Apache aguenta? p.46» CMS colaborativo p.51

SEO GOOGLE

APP ENGIN

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APACHE LIFERAY

ZARAFA OPEN

SOLARIS BASH

STRACE

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PATENTES DE SOFTWARE p.22Temporariamente suspensas nos EUA

DE HACKER A PROGRAMADOR p.30Maddog explica a qualidade de software

CRESCEU NA CRISE p.26Red Hat relata como enfrentou e venceu a crise

OPENSOLARIS p.64No quinto artigo da série, veja como o sistema da Sun trata os dispositivos físicos e lógicos.

REDES: SUBSTITUTO DO EXCHANGE! p.68O groupware Zarafa implementa todos os recursos do MS Exchange e pode até servir clientes Outlook.

VEJA TAMBÉM NESTA EDIÇÃO:» Bash 4: ainda melhor p.58» Depuração profunda com o Strace p.74» Chrome OS na visão de Cezar Taurion p.32

GRÁTIS

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CAPASeu site contra a internet 33

Se a concorrência pela atenção dos visitantes na Internet é grande, aprimore seus conhecimentos e seu site para atraí-los.

Powered by Google 34

Desenvolvedores web sonham em pôr as mãos no poder coletivo dos servidores do Google. O Google App Engine oferece um pedaço desse universo de máquinas.

SEO sim, senhor 41

As Google Webmaster Tools oferecem a visão que o bot do Google tem do seu site. Use-as para melhorar a visibilidade de seu site.

Apache tunado 46

Na batalha por visitantes, milésimos de segundo contam. Algumas mudanças simples ajudarão a manter o seu site popular.

Raio de vida na colaboração 51

O Liferay é um poderoso sistema de gerenciamento de conteúdo, facilmente customizável e – uma vez configurado – uma ferramenta ideal para colaboração corporativa.

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ANÁLISEBash novo 58 Apesar da maturidade do Bash, seus desenvolvedores continuam

aprimorando-o. A versão 4 do shell está cheia de novidades.

TUTORIALOpenSolaris, parte 5 64 Na continuação da série, veja como o sistema operacional de código

aberto da Sun identifica e reconhece dispositivos de hardware.

REDESAlternativa ao Exchange 68 O Zarafa oferece o que há de melhor em groupware:

acesso nativo do MS Outlook, mobilidade com “push” e a confiabilidade de um servidor Linux.

PROGRAMAÇÃODepuração profunda 74 Depois do nosso “Hello World”, vamos examinar as

chamadas de sistema mais detalhadamente. Neste artigo final, veremos a depuração no mundo real.

SERVIÇOSEditorial 03Emails 06Linux.local 78Eventos 80Preview 82

Linux Magazine #58 | Setembro de 2009

| ÍNDICELinux Magazine 58

COLUNASKlaus Knopper 08

Charly Kühnast 10

Zack Brown 12

Augusto Campos 14

Alexandre Borges 16

Kurt Seifried 18

NOTÍCIASGeral 22➧ Linux Foundation: quem escreve o Linux?

➧ Lançado o Slackware 13

➧ RHEL 5.4 lançado com suporte ao KVM

➧ Google Chrome de 64 bits para Linux

CORPORATENotícias 24➧ EUA bane patentes de software

➧ Patentes e suporte no Ubuntu

➧ Gartner recomenda Código Aberto para ECM

➧ Acordo sobre patentes com a Microsoft

➧ IDC: Mercado Linux na casa dos bilhões

➧ Novell tem lucro com Linux

Entrevista com Michael Tiemann, Red Hat 26

Coluna: Jon “maddog” Hall 30

Coluna: Cezar Taurion 32

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Expediente editorialDiretor Geral Rafael Peregrino da Silva [email protected]

Editor Pablo Hess [email protected]

Revisora Aileen Otomi Nakamura [email protected]

Editora de Arte Paola Viveiros [email protected]

Coordenador de Comunicação Igor Daurício [email protected]

Centros de Competência Centro de Competência em Software: Oliver Frommel: [email protected] Kristian Kißling: [email protected] Peter Kreussel: [email protected] Marcel Hilzinger: [email protected] Centro de Competência em Redes e Segurança: Jens-Christoph B.: [email protected] Hans-Georg Eßer: [email protected] Thomas Leichtenstern: [email protected] Markus Feilner: [email protected] Nils Magnus: [email protected]

Anúncios: Rafael Peregrino da Silva (Brasil) [email protected] Tel.: +55 (0)11 4082 1300 Fax: +55 (0)11 4082 1302

Petra Jaser (Alemanha, Áustria e Suíça) [email protected]

Penny Wilby (Reino Unido e Irlanda) [email protected]

Amy Phalen (Estados Unidos) [email protected]

Hubert Wiest (Outros países) [email protected]

Gerente de Circulação Claudio Bazzoli [email protected]

Na Internet: www.linuxmagazine.com.br – Brasil www.linux-magazin.de – Alemanha www.linux-magazine.com – Portal Mundial www.linuxmagazine.com.au – Austrália www.linux-magazine.ca – Canadá www.linux-magazine.es – Espanha www.linux-magazine.pl – Polônia www.linux-magazine.co.uk – Reino Unido

Apesar de todos os cuidados possíveis terem sido tomados durante a produção desta revista, a editora não é responsável por eventuais imprecisões nela contidas ou por consequên-cias que advenham de seu uso. A utilização de qualquer ma-terial da revista ocorre por conta e risco do leitor.

Nenhum material pode ser reproduzido em qualquer meio, em parte ou no todo, sem permissão expressa da editora. Assume-se que qualquer correspondência recebida, tal como cartas, emails, faxes, fotografias, artigos e desenhos, sejam fornecidos para pu-blicação ou licenciamento a terceiros de forma mundial não-ex-clusiva pela Linux New Media do Brasil, a menos que explicita-mente indicado.

Linux é uma marca registrada de Linus Torvalds.

Linux Magazine é publicada mensalmente por:

Linux New Media do Brasil Editora Ltda. Av. Fagundes Filho, 134 Conj. 53 – Saúde 04304-000 – São Paulo – SP – Brasil Tel.: +55 (0)11 4082 1300 – Fax: +55 (0)11 4082 1302

Direitos Autorais e Marcas Registradas © 2004 - 2009:Linux New Media do Brasil Editora Ltda. Impressão e Acabamento: ParmaDistribuída em todo o país pela Dinap S.A., Distribuidora Nacional de Publicações, São Paulo.

Atendimento Assinante

www.linuxnewmedia.com.br/atendimentoSão Paulo: +55 (0)11 3512 9460 Rio de Janeiro: +55 (0)21 3512 0888 Belo Horizonte: +55 (0)31 3516 1280

ISSN 1806-9428 Impresso no Brasil

PrezadosÊ leitores,Começa a dar sinais de enfraquecimento o polêmico sistema de conces-são de patentes dos EUA. Isso traz à discussão muito mais que apenas a política de um único país com relação ao que é ou não patenteável. Como principal superpotência da atualidade, os Estados Unidos influen-ciam as regras para concessão de patentes em todo o planeta. No caso da indústria de software, berço da abordagem de produção colaborativa moderna, as patentes impõem grandes dificuldades ao progresso.

Claro que há quem defenda a concessão de patentes de software da forma como vinha sendo praticada na América. Argumenta-se que a única forma de incentivar uma empresa a fazer os investimentos neces-sários ao avanço tecnológico é conceder-lhe o monopólio sobre a explo-ração dos produtos desse investimento. Caso contrário, os concorrentes imediatamente se aproveitariam das inovações e as utilizariam em seus próprios produtos sem ter gasto um único centavo.

No entanto, como afirmou com propriedade Richard Stallman em entrevista recente à Linux Magazine, as patentes de software são, sim, os maiores inimigos do Software Livre na atualidade.

Ao adotar o paradigma colaborativo que define o modelo de desen-volvimento do Software Livre, o próprio conceito de concorrência é fortemente alterado. Fornecedores de Software Livre concorrentes não oferecem produtos radicalmente diferentes. Muitas vezes, na verdade, oferecem o mesmo software, ou ao menos softwares que compartilham grandes porções de código.

Desenvolver software “dentro de casa”, patenteá-lo e vender aos clien-tes a permissão de usá-lo é, por si só, um modelo que atrapalha o avanço tecnológico. A nova meta é avançar em conjunto, acelerar a inovação de forma colaborativa e aprimorar o mercado como um todo de forma muito mais significativa do que se cada um caminhasse sozinho. Se to-dos derem um pequeno impulso na mesma direção, a resultante será um movimento bem mais veloz rumo à inovação. Com isso, o mercado avança, e com ele todos os players.

Na ausência das patentes de software, o modelo proprietário não deixa de existir; contudo, os algoritmos neles contidos, protegidos por patentes, deixam de ser “intocáveis”. Qualquer software, seja livre ou não, que desejar aprimorar ou simplesmente utilizar o algoritmo terá essa permissão. O mercado inteiro lucra. n

Pablo HessEditor..

Patentes, concorrência e Software Livre

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Linux Magazine #58 | Setembro de 2009

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Emails para o editor

Permissão de Escrita

Escreva para nós! ✉

Sempre queremos sua opinião sobre a Linux Magazine e nossos artigos.

Envie seus emails para [email protected] e compartilhe suas dúvidas, opiniões, sugestões e críticas.

Infelizmente, devido ao volume de emails, não podemos garantir que seu email seja publicado, mas é certo que ele será lido e analisado.

Linux ou GNU/Linux ✉Sou leitor assíduo das revistas Linux Magazine e Easy Linux há muitos anos, e percebo que vocês cometem o erro da maioria de não creditar o GNU ao se referir ao sistema como um todo (o GNU/Linux). Isso é mui-to importante, principalmente na Revista Easy Linux (voltada ao público iniciante), pois vocês ensinam mais GNU do que Linux. O Linux não seria nada hoje em dia se não existisse o GNU.

Apelo inclusive para o artigo publicado na Linux Magazine 56, de Ale-xandre Oliva: “GNU e Linux, uma questão de renome” para deixar-lhes pensar melhor no assunto.

Claro que eu não estou falando do título das revistas, que já são “marcas registradas”, mas sim do conteúdo dos artigos.

Rafael Raposo. Nilópolis, RJ

RespostaRafael, de fato estamos tentando reduzir a falta de referências ao GNU. Concordamos, na maior parte, com as suas afirmações.

No entanto, nossos artigos são escritos por autores que podem ter – e fre-quentemente têm – pontos de vista diferentes.

Sempre que possível, buscamos fazer a referência correta ao GNU/Linux. Contudo, nomes de distribuição também costumam ser marcas registradas, assim como o título desta revista, e o próprio Richard Stallman não se opõe ao uso de “Ubuntu” ou “Slackware” sem “GNU/Linux” em seguida, já que se tratam de sistemas operacionais completos baseados no kernel Linux, nos aplicativos GNU e em diversos outros programas. n

Agenda e contatos ✉Sugiro uma matéria sobre alguma solução GPL similar à agenda e conta-tos compartilhados do Microsoft Outlook.

Mauro de Souza Madela

RespostaMauro, muito obrigado por sua sugestão. Aos nossos contribuidores e leito-res, fica a sugestão de um assunto altamente importante. n

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Coluna do Charly

Euforia lá no altoImmenstadt, Alemanha, foi o local do 10º aniversário do LUG Camp dos grupos de usuários Linux a que Charly pertence.

O 10º LUG Camp testemunhou a escalada dos fiéis ao Linux montanha acima. Aproximada-mente 120 fãs, incluindo vosso interlocutor,

encontraram-se num albergue-escola em Gschwend, próximo a Immenstadt. Ninguém precisou ficar sem água: a cachoeira do próprio albergue, alimentada pelo degelo das montanhas ainda mais altas, resfriou os barris de cerveja e até serviu de chuveiro para os mais corajosos.

Embora o LUG Camp tradicionalmente se identifi-que como um encontro familiar geek com foco óbvio em diversão, isso não significa uma total falta de con-teúdo: lá, qualquer um com o conhecimento necessário pode fazer um exame LPIC, além de haver algumas apresentações muito boas. Não por acaso, o ar rarefeito em Gschwend não preocupou os participantes nem um pouco após a competição de chili expandir seus pulmões para pelo menos o dobro de sua capacidade normal.

IotopO processamento de dados também é a área da ferra-menta que vou analisar hoje. O Iotop [1] resolve um problema que me incomoda há muito tempo: o sistema

fica lento porque os discos estão sendo acessados o tem-po inteiro, mas não consigo identificar o processo que causa isso. O Iotop fornece exatamente essa informação.

Esse programa em Python precisa do kernel 2.6.20 ou posterior, com as opções de configuração TASK_DE-LAY_ACCT e TASK_IO_ACCOUNTING ativadas. Ao iniciar, a primeira linha da saída exibe as taxas atuais de I/O, tanto de leitura quanto de escrita. Sob elas fica a lista de atividade de entrada e saída por processo (figura 1).

ContosO comando iotop -o facilita a leitura da saída. Neste modo, observa-se somente os processos causadores da I/O no momento. Para estender o intervalo de atualiza-ção de 1 para 10 segundos, use a opção -d 10. O modo de lote do Iotop é muito útil. O comando:

iotop -o -b -d10 -n30 > io.txt

faz o Iotop gravar o último status de I/O 30 vezes num arquivo chamado io.txt em intervalos de dez segundos. Isso mostra como as taxas de dados se comportam ao longo de um período de cinco minutos.

ConclusõesSe as luzes do seu disco rígido ficam permanentemen-te acesas, o Iotop é indispensável. Para mim, o LUG Camp é igualmente indispensável – já me registrei para o evento do ano que vem. n

Charly Kühnast é administrador de sistemas Unix no datacenter Moers, perto do famoso rio Reno, na Alemanha. Lá ele cuida principalmente dos firewalls.

Mais informações

[1] Iotop: http://guichaz.free.fr/iotop/

Figura 1 O Iotop lista a atividade de disco dos processos ativos.

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Este mês, temos conflitos (Xen), novidades (podcast) e intriga (Perl).

Kernel depende do PerlJose Luis Perez Diez mostrou que o Perl 5 é necessário ao sistema de compilação do kernel Linux para criar a docu-mentação, gráficos e até cabeçalhos e firmware; porém, isso não estava documentado em lugar algum. Então, ele postou um patch para o arquivo CHANGES listando a de-pendência do Perl juntamente com alguns módulos da linguagem. Imagino que vários hackers do kernel ficarão irritadíssimos com o patch, pois debateram durante anos sobre a introdução de uma dependência do Perl – e sem-pre decidiram contra essa dependência. É provável que um fork do engine do Perl venha a ser embutido no kernel.

Podcast do kernel!Jon Masters criou o site kernelpodcast.org com um re-sumo semi-diário dos eventos relacionados ao mundo do desenvolvimento do kernel sob a forma de podcasts e transcrições de áudio. Desejamos a ele muito boa sorte – parece um ótimo projeto!

Status do XenA incorporação dos patches do sistema de virtualização Xen ao kernel oficial atraiu muita atenção. Recentemen-te, Ingo Molnar sugeriu que isso seria uma boa ideia e, sem surpresa alguma, vários desenvolvedores mani-festaram interesse e começaram a discutir sobre quais elementos do Xen deveriam ser incluídos ou excluídos de um conjunto inicial de patches. Ted Ts’o também aprovou a ideia e Steven Rostedt comparou a situação toda aos desenvolvedores do Xen pedirem uma maçã e ganharem uma torta de maçã no lugar.

Alan Cox, entretanto, se mostrou contrário à inclusão. Ele afirmou que é preciso “começar mudando a mentali-dade. Neste momento, grande parte do código parece ser ‘Tomamos uma decisão há vários anos quando criamos o Xen. Agora precisamos forçar esse código que escrevemos

para dentro do Linux, de alguma forma’”. Ele sugeriu que incluir o Xen seria menos importante que criar a estrutu-ra adequada no Linux para suportar o Xen. Além disso, afirmou que a implementação do Xen talvez seja errada, sugerindo “desligar” alguns recursos do sistema de virtua-lização para obter uma implementação mínima, que por sua vez seria arquitetada de forma correta e incluída no kernel sem grandes problemas, para depois acrescentar mais recursos ao longo do tempo.

Parte do problema, segundo Ts’o, é que aceitar um projeto ruim no kernel poderia dificultar muito a tarefa de consertá-lo no futuro. Então, uma decisão mal to-mada no início da inclusão do Xen poderia dificultar a manutenção ou depuração de várias regiões do kernel durante muito tempo.

O pessoal do Xen, muito frustrado, não ficou calado. George Dunlap afirmou que uma reimplementação tão fundamental, juntamente com a desativação de vários recursos, significaria basicamente iniciar um projeto totalmente novo – e bem diferente do Xen.

Foi então que Linus Torvalds entrou no debate di-zendo: “Vocês estão olhando o problema errado. Se o Xen fosse apenas um driver, não teríamos essa discussão. Mas, da forma atual, o Xen emporcalha O CÓDIGO DE OUTRAS PESSOAS. Se essas pessoas não têm interesse no Xen, qual a surpresa no fato de as pessoas não estarem entusiasmadas?”. E depois acrescentou, em outro tópico da discussão: “O Xen polui o código de arquitetura de uma forma que NENHUM OUTRO subsistema polui. E eu NUNCA vi os desenvolvedores do Xen assumirem isso para consertar o problema”. n

Coluna do Zack

Crônicas do kernel

A lista de discussão Linux-kernel é o núcleo das atividades de desenvolvimento do kernel. Zack Brown consegue se perder nesse oceano de mensagens e extrair significado! Sua newsletter Kernel Traffic esteve em atividade de 1999 a 2005.

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Coluna do Augusto

Previsões e imprevistosO Código Aberto não dominou o cenário dos netbooks como se previa, mas se encaminha para uma grande presença na área dos sistemas embarcados.

Houve um momento, ao longo do ano passado, em que muitos analistas se arriscaram a prever um futuro em que o Linux e o Código Aberto

seriam predominantes no cenário dos netbooks, uma novidade à época. Alguns meses se passaram e a reali-dade não foi bem assim: o Linux está presente em uma fatia deste nicho, mas esta fatia é bem menor do que se antecipava de forma otimista.

Curiosamente, entretanto, outra fatia parece crescer mais, tanto de forma absoluta quanto potencial: é a do Linux nos dispositivos móveis e de pequeno porte, em categorias como a dos celulares, smartphones, games, set-top boxes, televisores e outros appliances domésticos. E isto me leva a uma reflexão com mais perguntas do que respostas definitivas, conforme detalharei a seguir.

Ocorre que a presença do Linux em vários destes aparelhinhos tem características bem diferentes daque-las com que muitos de nós estamos acostumados nos servidores, desktops, notebooks e mesmo nos netbooks. Para começar, em muitos casos a própria presença do Linux não é visível, ou ao menos não é evidente para o usuário. Ele está lá para discretamente dar suporte à aplicação do aparelho, como no caso de algumas TVs Sony Bravia, em que o usuário atento só percebe sua

presença se ler com atenção o manual e descobrir que ele vem acompanhado de uma cópia da GPL, e isto levá-lo a investigar a razão. Porém, se ele quiser tentar interagir com o kernel das formas como está acostu-mado – por exemplo, abrindo um terminal, rodando um aplicativo ou conectando-se via SSH –, descobrirá que não há acesso.

Adoções mais assumidas do Linux, como ocorre no Palm Pre ou nos aparelhos baseados no Android, têm graus variados de abertura, permitindo que o usuário tecnicamente inclinado desenvolva programas, acesse diretamente alguns recursos e, dependendo do caso, até mesmo chegando a contar com um shell de root.

Uma categoria à parte é a dos aparelhos que não vêm com Linux, mas permitem com (razoável) facilidade a instalação pelo usuário, como ocorre em aparelhos como o Dingoo ou a versão inicial do Playstation 3, cujo menu inclui oficialmente a opção que permite instalar e executar o Linux. E, fechando a fila, temos os aparelhos da Nokia (como o recém-anunciado N900) que vêm com o Maemo, que de todos é o que mais se aproxima de uma distribuição Linux tradicional, incluindo com possibilidade de maior acesso do usuário ao sistema.

Vitória do Código Aberto ou não? Já vi pessoas duvi-darem, baseadas em questionamentos sobre a consciên-cia do usuário de que está rodando o Linux, ou mesmo sobre o nível de acesso e de abertura que ele tem ao lidar com o aparelho. Minha opinião, entretanto, é que a presença do Linux nestes aparelhos está plenamente de acordo com os objetivos de seus desenvolvedores. Mas claro que a situação é bem melhor em casos como o do Maemo e outros em que o usuário tem acesso mais amplo por opção de seus desenvolvedores. ;-) n

Augusto César Campos é administrador de TI e desde 1996 mantém o site BR-linux.org, que cobre a cena do Software Livre no Brasil e no mundo.

Em muitos casos a própria presença do Linux não é visível, ou ao menos não é evidente para o usuário.

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➧ Linux Foundation: quem escreve o Linux?

Greg Kroah-Hartman, Jonathan Corbet e Amanda McPherson publicaram em agosto o relatório estatístico periódico de desenvolvedores do kernel Linux.

O PDF, intitulado “Linux Kernel Deve-lopment”, mostra com números e gráficos como tem ocorrido o desenvolvimento do Linux. Publicado pela primeira vez em 2008, o documento fornece uma visão sobre o processo nos últimos quatro anos, entre as versões 2.6.11 e 2.6.30.

Com relação ao número de desenvolvedo-res, não há dúvidas sobre o crescimento nessa área: 389 pessoas se envolveram no kernel 2.6.11, comparadas a 1.150 na versão 2.6.30.

Canonical criticadaUma surpresa para muitos foi a ausência de menções à Canonical, patrocinadora do Ubuntu. Sam Varghese, da iTWire.com, publicou o artigo “Canonical, cadê você?”, afirmando: “Red Hat, IBM, Novell e Intel são mencionadas no estudo da Linux Foundation, mas não há menção à tão popular distribuição GNU/Linux”.

Críticas semelhantes já foram feitas pelo desenvolvedor do kernel e autor das estatísticas Greg Kroah-Hartman, da Novell. Em setembro do ano passado, Kroah-Hartman usou seu keynote na Linux Plumbers Conference para atacar a Canonical com relação à sua contribuição para o desenvolvimento do kernel.

Novamente, as réplicas às críticas vieram rápido – um comentário na notícia de Varghese mostra que o GNU/Linux não consiste apenas no kernel, e a Canonical faz um importante trabalho de marketing muito positivo para o GNU/Linux. n

➧ Lançado o Slackware 13

Patrick Volkerding, ditador be-nevolente da distribuição GNU/Linux Slackware, lançou no dia 27 de agosto a versão 13.0 de seu sistema operacional. No anúncio, Patrick afirma que este foi “um dos períodos de desenvolvimento mais inten-sos na história do Slackware”.

As alterações em relação à versão anterior, 12.2, são muitas, abrangendo desde o servidor gráfico Xorg até o formato dos pacotes (.txz, compactados com o algoritmo LZMA, superior em poder ao gzip), passando pelos ambientes gráficos KDE 4 (na versão 4.2.4) e Xfce 4.6 e pelos inúmeros componentes mais básicos do sistema.

Patrick relembrou também que esta é a primeira versão do Slackware com suporte nativo à arquitetura de 64 bits x86-64. n

➧ RHEL 5.4 lançado com suporte ao KVMFoi anunciada durante o Red Hat Summit em Chicago, no início deste mês, a atualização da versão 5 do Red Hat Enterprise Linux. O RHEL 5.4 tem seu maior foco nas áreas de virtualização e computação em nuvem. Ele deve tornar-se a base do produto Red Hat Enterprise Virtualization, cujo lança-mento está planejado para este ano.

Segundo o anúncio da empresa, com esta versão, a Red Hat se torna a pri-meira a oferecer suporte à tecnologia de virtualização VT-d da Intel e também à SR-IOV da PCI-SIG. Apesar da preferência pelo sistema de virtualização KVM – conforme amplamente divulgado pela Red Hat nos últimos meses – , a companhia garante aos clientes usuários do Xen que estes podem continuar usando-o ao longo do ciclo de vida do RHEL 5. n

➧ Google Chrome de 64 bits para LinuxApesar de o navegador Chrome, do Google, ainda não ter uma versão ofi-cial e estável para sistemas GNU/Linux, já começaram os trabalhos numa versão de 64 bits.

O desenvolvedor Dean McNamee escreveu para a lista de desenvolvedo-res que já tem uma versão de 64 bits funcionando há algumas semanas “após algumas alterações no Chromium”. As instruções de compilação já foram incluídas no site do projeto.

O mais surpreendente é o fato de que os usuários de sistemas Windows não contarão tão cedo com a versão de 64 bits. O desenvolvedor Mads Sig Ager afirmou, na mesma lista de desenvlvimento, que “estamos nos concentrando em fazer a versão do V8 em 64 bits funcionar primeiro em Linux e Mac”. n

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➧ EUA bane patentes de softwareA Secretaria de Patentes dos Estados Unidos (USPTO, na sigla em inglês) publicou no início deste mês uma nova determinação regulando a concessão de patentes. Segun-do as novas regras – temporárias, de acordo com o órgão –, programas de computador não poderão mais ser protegidos por esse tipo de expediente, a menos que haja uma tran-formação efetiva de estado ou a produção de algo palpável a partir de um objeto inicial.

Além das patentes de software, as de organismos naturais, textos de contrato, regras de jogos, modelos de negócios, em-

presas e pessoas também deixam de existir provisoriamente. A USPTO afirmou ainda que adotará, a partir de agora, as normas empregadas pela União Européia para a concessão de patentes.

O motivo para a nova determinação foi a decisão do Tribu-nal Federal de Apelações (Court of Appeals for the Federal Cir-cuit), que negou ao inventor Bernard Bilski a concessão de uma patente sobre determinado modelo de negócios. Bilski e Rand Warsaw foram então até a Suprema Corte, que está reunindo argumentos de proponentes e opositores da decisão para definir as novas regras a esse respeito.

As patentes de software permanecerão banidas até que a de-cisão da Suprema Corte seja promulgada. n

➧ Patentes e suporte no Ubuntu

A loja da Canonical agora oferece três pacotes de suporte para a versão desktop do Ubuntu. O pa-cote básico, Starter Support, que oferece amplo suporte para a instalação por telefone e email, custa aproximadamente US$ 55,00 para um ano. O Advanced Support contém os mesmos serviços, mas cobre mais que dificuldades de instalação por US$ 115,00 por ano. O pacote Professional custa quase US$ 220,00 e traz suporte para instalação e aplicativos, além de cobrir a virtualização e a integração com redes Windows. Para pacotes de três anos, há também pequenos descontos

Além disso, a Canonical apresentou uma nova política de patentes para ajudar os desenvolve-

dores e detentores de direitos a lidar com questões de patente de software.

O lucro da loja do Ubuntu poderia ajudar

a Canonical com ques-tões de patentes. Sua nova política de pa-tentes foi projetada para evitar ao máxi-

mo tais problemas. n

➧ Gartner recomenda Código Aberto para ECM

O Gartner forneceu no final de agosto uma pequena lista de medidas para evitar problemas com aplicações de geren-ciamento de conteúdo corporativo (ECM, ou Enterprise Content Management).

Quando organizações tomam decisões sobre ECM, mui-tas se decepcionam com a quantidade de concessões que precisam fazer, segundo o estudo do Gartnet. Por exemplo, sistemas ECM são caros, mas poucos funcionários têm aces-so a eles. Em outros casos, projetos de adoção de sistemas ECM fracassaram por não considerarem as mudanças que exigiam sobre o estilo de trabalho da empresa. O Gartner sugere que é preciso usar a “abordagem correta” e oferece uma lista com seis sugestões táticas. O terceiro item da lista sugere incluir um provedor de conteúdo e ofertas de código aberto na estratégia.

O motivo para o Código Aberto é que ele já amadureceu e seu mercado se estabilizou. As organizações de código aberto competem com os tradicionais líderes do mercado de ECM pelos contratos de governos e educação superior. Também são muito úteis os provedores de serviços de conteúdo que aprimoram as ofertas de software com consultoria, imple-mentação e suporte. Juntamente com esses pontos, o Gartner sugere perguntar desde o início como as regras e metadados de políticas podem ajudar a eliminar a duplicação e a prolife-ração de documentos, assim como facilitar sua obtenção. n

dores e detentores de direitos a lidar com questões de patente de software.

O lucro da loja do Ubuntu poderia ajudar

a Canonical com ques

Canonical

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Notícias | CORPORATE

Linux Magazine #58 | Setembro de 2009

Aparentemente, apertar o cinto fez bem à Novell. Após demitir diversos funcionários de sua di-visão de Linux há poucos me-ses, a fabricante do Suse Linux Enterprise divulgou esta semana seu relatório financeiro trimes-tral, demonstrando que a divisão faturou 38 milhões de dólares no último trimestre.

O lucro da empresa no ano fiscal de 2009, cujo terceiro tri-

➧ IDC: Mercado Linux na casa dos bilhões

A empresa de pesquisas de mercado IDC anunciou em agosto a previsão de que o Linux continuará crescendo firmemente nos próximos cinco anos, alcançando os bilhões de dólares em 2012.

Num estudo intitulado “Worldwide Linux Operating Envi-ronment 2009-2013 Forecast: Can Linux Prove Resilience in an Economic Slimp”, a IDC pesquisou o desenvolvimento de mercado do sistema operacional livre sob as atuais pressões. Al Gillen, vice-presidente do programa de estudo, descreveu a situ-ação da seguinte forma: “O Linux Comercial mostrou seu ama-durecimento durante a crise econômica de 2001-2002, e agora o sapato está no outro pé, conforme o ecossistema do Linux se esforça para se adaptar às novas condições do mercado”. Ele vê um futuro brilhante para o Linux no futuro: “...a boa notícia é que é quase garantido que o Linux fará uma transição de sucesso ao longo desses tempos difíceis”.

O pesquisador sustenta seu otimismo com algumas estatísticas: enquanto boa parte da indústria estagnou ou até diminuiu em 2008, as receitas com Linux cresceram 23,4%, chegando a US$ 267 milhões. Red Hat e Novell venderam o maior número de sis-temas para servidores, e o analista vê a continuação desse crescimento.

Com relação aos sistemas Li-nux gratuitos, Gillen diz que “o papel do Linux gratuito continua significativo em termos tanto de volume de unidades quanto de cultivo de uma maior base de usuários. Esta porção do mercado de sistemas operacionais Linux para servidores continua se expandindo”. n

➧ Acordo sobre patentes com a Microsoft

A empresa finlandesa Tuxera, res-ponsável pelo driver de código aberto NTFS-3G que permite ao kernel Linux realizar operações em sistemas de ar-quivos NTFS, formalizou um acordo de patentes com a Microsoft sobre os drivers exFAT.

Além do Linux, o NTFS também é utilizado por sistemas como Free-BSD, OpenSolaris e outros. O líder e desenvolvedor chefe do projeto NTFS, Szabolcs Szakacsits, fundou a Tuxera em 2008 com o objetivo de oferecer drivers para exFAT e NTFS em inte-roperabilidade com sistemas Windows.

Outras empresas de código aberto fi-caram duvidosas quanto a seus acordos com a Microsoft com relação a patentes do FAT. A fabricante de softwares de navegação TomTom enfrentou recente-mente problemas de legalidade de pa-tentes com a Microsoft, a OIN (Open Invention Network) está reunindo provas contra Redmond, e os desenvolvedores de produtos baseados em Linux estão rapidamente retirando os códigos do FAT de seus produtos. n

mestre acaba de terminar, foi de 17 milhões de dólares. A receita geral da em-presa neste trimestre (US$ 216 milhões) foi menor que a do mesmo trimestre de 2008 (US$ 245 milhões). O lucro festejado foi possível graças aos US$ 160 milhões provenientes de “subscrições” e manutenção. Por um lado, licenças de software e serviços (como suporte técnico e treinamentos) contribuíram com apenas US$ 27 milhões (em 2008) e US$ 25 milhões (em 2009). Por outro lado, a Novell lucrou US$ 30 milhões com produtos Linux, 22% a mais que no terceiro trimestre de 2008.

Apenas um ano atrás, os proprietários do Suse Linux Enterprise amargaram um prejuízo de US$ 15 milhões. Foi este o motivo para o corte geral de gastos na Novell. Várias vagas foram cortadas, assim como o evento anual Brainshare de 2009. n

➧ Novell tem lucro com Linux

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Michael Tiemann, Vice-Presidente da Red Hat para Assuntos de Código Aberto da Red Hat

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Entrevista com Michael Tiemann, Vice-Presidente da Red Hat para Assuntos de Código Aberto

A Red Hat e o mercadoEm conversa exclusiva com a Linux Magazine, o executivo da Red Hat explica a relação da empresa com a comunidade Fedora, o CentOS, o Ubuntu e todo o mercado.por Luciano Siqueira, Rafael Peregrino da Silva e Pablo Hess

Michael Tiemann é um dos primeiros empreendedo-res de sucesso do mercado

de Software Livre. A Cygnus Solu-tions, fundada por ele em 1989, foi possivelmente a primeira empresa em todo o planeta a se especializar no suporte comercial ao Software Livre. “Em 1987, eu percebi que os softwares GNU eram alguns dos me-lhores disponíveis”, afirma Tiemann em sua página pessoal, “e também que o Manifesto GNU era, na reali-

dade, um plano de negócios disfar-çado”. Nota-se rapidamente a visão privilegiada que o agora executivo, ex-desenvolvedor, tem dos negócios com base em Software Livre.

Na aquisição da Cygnus pela Red Hat em 1999 (a terceira da empre-sa), Michael tornou-se CTO (Chief Technology Officer) da companhia, e cinco anos depois foi alçado à po-sição de vice-presidente de assuntos de Código Aberto.

Em sua passagem pelo Brasil durante o 10º FISL, Michael conversou com a Linux Magazi-ne sobre a Red Hat, o Fedora, o Ubuntu, o CentOS – em suma, sobre sua atual visão sobre o mercado do Software Livre.

LinuxÊ MagazineÈ É co-mum a percepção de que a Red Hat tem uma forte presença em grandes e médias empresas. Existe al-guma estratégia da empresa, envolvendo o Fedora ou o Red Hat Enterprise Linux, para fornecer servi-

ços a pequenas empresas que não possam ou não precisem pagar por soluções mais sofisticadas?MichaelÊ TiemannÈ Uma das melhores formas de entender o processo de adoção pelo mercado é ler o livro de Geoffrey Moore, “Crossing the Chasm”. Ele explica que existem vários tipos de subgrupos distintos em qualquer mercado: os inovado-res (que trabalham com as últimas novidades), os pioneiros da adoção (primeiros a adotar as tecnologias que devem tornar-se populares), os populares, os atrasados na adoção (aqueles que se encontram entre os últimos a adotar tecnologias po-pulares por escolha própria) e os proteladores (que jamais adotarão a tecnologia, a menos que seja a única opção).

O livro de Moore foi escrito como um alerta às novas empresas que já tiveram sucesso nos grupos dos ino-vadores e dos pioneiros da adoção, mas cujos negócios são prejudicados quando sua tecnologia não cai no gosto popular. Porém, ele também ajuda a responder essa pergunta: os inovadores e pioneiros da adoção têm mais curiosidade que dinheiro, e nor-malmente têm muito mais interesse em descobrir se algo realmente fun-ciona, em vez de como funcionaria

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Red HatCORPORATE |

num contexto mais difundido, ou seja, com um modelo definido de operação, serviços, atualizações etc.

A Red Hat acredita firmemente no modelo de desenvolvimento de código aberto, principalmente na ideia de que a inovação promovida pelos usuários é a fonte mais podero-sa, escalável e confiável de inovação.

Porém, conforme a adoção de tecnologia alterna as necessidades dos inovadores e pioneiros da ado-ção para as necessidades populares, diversas empresas perdem interesse em se especializar na forma de ge-renciar o conteúdo de software que direciona a empresa. Elas desejam uma fonte confiável capaz de acom-panhar as plataformas de hardware mais recentes, aplicativos de ISVs, ameaças de segurança e, em alguns casos, certificações de segurança.

As duas abordagens (Red Hat Enterprise Linux e Fedora) podem conviver, como mostra o fato de que o Fedora cresceu mais de 100% (me-dido pelo número de visitantes únicos por mês) e também pelo fato de que a receita da Red Hat cresceu duran-te a crise, em vez de diminuir como muitas outras empresas de software.

LMÈ As certificações profissionais da Red Hat são bastante respeitadas pela comunidade e pelo mercado. Existem planos de algo semelhante para o Fedora?

MTÈ O melhor treinamento que podemos oferecer à comunidade Fedora é o de como ser um contri-buidor. Nesse sentido, a Red Hat tem trabalhado no desenvolvimento de algumas “receitas” para comunida-des, além de realizar eventos como FUDcons, FADs e outros. Porém, a ideia de oferecer treinamento para que as pessoas usem o Fedora em contexto corporativo não faz sen-tido: assim que terminássemos de atualizar o treinamento para uma dada versão, a seguinte já a torna-ria obsoleta.

O ciclo de lançamentos mais longo do RHEL (18 a 24 meses) oferece uma base de prazo mais longo para amortizar o custo do treinamento Red Hat. A realidade é que o Fedora é voltado para os inovadores e pioneiros da adoção que desejam resolver problemas que ninguém jamais resolveu. É difícil criar um programa de trei-namento para isso.

O treinamento em RHEL per-mite ao público popular aplicar as melhores práticas ao longo de vários casos de uso, e essas práticas levam tempo para desenvolver.

Então, no caso do Fedora, o me-lhor treinamento é “Faça! Se não funcionar, que seja rápido para que o sucesso venha mais rápido!”.

LMÈ Fato: o Ubuntu está se tornando a distribuição GNU/Linux padrão para desktops, e o Fedora também tem o objetivo de alcançar os usuá-rios não técnicos. Com relação ao projeto, o que diferencia o Ubuntu do Fedora?MTÈ Nem o Ubuntu nem o Fedora estão sozinhos: ambos dependem de outros projetos. O Fedora é a res-posta à pergunta: “como a Red Hat integra e testa todos os milhares de projetos, e como ela contribui para a inovação neles?”.

O Ubuntu fez um ótimo traba-lho de trazer novos usuários para o Linux, mas acho que o Fedora pode enriquecer a base de desenvolvedo-res no Linux e no Código Aberto.

LMÈ A instalação de pacotes ainda é a tarefa mais complicada para no-vos usuários que adotam o GNU/Linux. O Fedora tem alguma es-tratégia para facilitar essa etapa?MTÈ Acho que existe um limite de complexidade que é aceitável no mundo real. Quantos usuários no Windows podem baixar um vírus ou outro software malicioso com um ou dois cliques sem jamais perceber?

O modelo de segurança do Linux protege os usuários mais ingênuos de si mesmos, evitando que com-prometam seus sistemas imediata e constantemente.

Abrir uma janela de terminal e digitar yum install blender não é difícil a ponto de levar o usuário a dizer: “jamais vou tentar aprender a usar o Blender porque o processo de instalação é muito complicado”.

Quando descobri o projeto Miro no FISL, entrei no meu sistema Fedora e digitei yum install Miro e instalei o software. O que poderia ser mais fácil?

LMÈ Poderia existir alguma colabo-ração entre o Fedora e o CentOS? E quanto a unificar os sistemas de gerenciamento de bugs com ou-tras distribuições GNU/Linux para evitar resolver o mesmo problema várias vezes?MTÈ Eu costumava falar muito sobre isso, mas fui informado por várias pessoas que mesmo que conseguís-semos unificar os sistemas de rastre-amento de bugs num único banco de dados, o verdadeiro problema seria fazer o mantenedor certo to-mar a ação certa com relação a sua distribuição. Se ele tiver o relacio-namento correto com os projetos originais (o que creio que o Fedora faz), os bugs não se multiplicarão desnecessariamente. Se um man-tenedor de distribuição não puder gastar seu tempo relatando um bug para o projeto original, talvez ele não seja a pessoa mais adequada para essa função. n

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Coluna do Taurion

O Chrome OSO recém-anunciado Chrome OS, do Google, vem reforçar o contraste entre a nova economia do grátis e o modelo tradicional de venda de licenças para PCs.

Há algumas semanas, o Google anunciou um novo sistema operacional para PCs e netbooks, de código aberto, baseado no kernel Linux,

chamado de Chrome OS. Distribuído gratuitamente, o Chrome OS se insere

no contexto da economia do grátis, proposto por Chris Anderson em seu último livro, intitulado “Free”. A tese de Anderson é muito interessante: dado que os cus-tos de armazenamento e transmissão de informações tornam-se desprezíveis, veremos nos próximos anos o crescimento da economia das coisas sem custo direto, como o Google (onde o Chrome OS se insere), a Wi-kipédia e os softwares de código aberto. Um exemplo deste barateamento é o preço dos transistores, que em 1960 custavam cerca de 100 dólares e hoje custam zero ou 0,000015 centavos de dólar. O valor de mercado do Google, ícone desta economia, é de vinte bilhões de dólares, superior à soma de todas as montadoras e as empresas aéreas dos EUA!

O Chrome OS ajudará a gerar mais tráfego na Inter-net, o que aumentará as chances de o Google vender mais anúncios, que é a sua fonte de receitas. O Chrome OS colide diretamente com o modelo estabelecido da indústria de sistemas operacionais para PCs, dominado hoje pela Microsoft com o Windows.

A arquitetura do Chrome OS é orientada ao modelo de computação em nuvem. Porém, na verdade, com base nas poucas informações disponíveis, parece-me que se trata do navegador Chrome rodando sobre um sistema de janelas em cima de um kernel Linux; ou seja, o Chrome OS é uma plataforma para o navegador Chrome e suas aplicações. O Google afirmou que seu código será aberto, e eu acredito que será baseado na licença GPLv2. Usando o kernel Linux, o Chrome OS aproveita todo o desenvolvimento já feito em drivers e a sua imensa comunidade de desenvolvedores.

O Chrome OS será inicialmente centrado nos net-books, um mercado que cresce a cada dia. Os netbooks, que são máquinas voltadas a operar em nuvens com-putacionais, na minha opinião estão um pouco fora do alvo da Microsoft. A maior base instalada de netbooks roda Linux, e a versão Windows disponível é um subset do XP, uma vez que o Vista é muito grande para caber nestas máquinas. E o Windows XP é vendido para es-ses computadores a preços menores que os comercia-lizados nos PCs. O mesmo fenômeno ocorrerá com o Windows 7 e sua versão simplificada para netbooks. O resultado é que o crescimento do mercado de netbooks canibaliza a receita do Windows.

Nos próximos anos assistiremos a uma batalha inte-ressante pelo mercado de PCs e netbooks, quando dois modelos de negócio diferentes estarão em choque: o modelo tradicional, como o da Microsoft, e o modelo do grátis, baseado em nuvem, como proposto pelo Google. A rede de valor do Google é baseada na economia do grátis, na qual o software é um meio para vender mais anúncios. Os exemplos estão se encaixando: o Chrome OS, o navegador Chrome, o Google Gears, Google Apps e o Google App Engine. Esta rede de valor é diferente do modelo da Microsoft, que obtém sua receita exata-mente da venda de licenças de seus softwares.

Um ponto chave para o sucesso do Google será a acei-tação do modelo de computação em nuvem. Na minha opinião, esse modelo computacional vai se consolidar nos próximos anos e muitas das atuais limitações e res-trições serão minimizadas ou até mesmo eliminadas. Vale uma aposta? n

Cezar Taurion ([email protected]) é gerente de novas tecnologias aplicadas da IBM Brasil e editor do primeiro blog da América Latina do Portal de Tecnologia da IBM developerWorks. Seu blog está disponível em http://www-03.ibm.com/developerworks/blogs/page/ctaurion.

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33Linux Magazine #58 | Setembro de 2009

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Apareça na Web

Seu site contra a InternetSe a concorrência pela atenção dos visitantes na Internet é grande, aprimore seus conhecimentos e seu site para atraí-los.por Pablo Hess

A Internet é uma selva. Mi-lhões ou até bilhões de pes-soas competindo por fama,

dinheiro fácil, sucesso e reconheci-mento. Não à toa, o Google, peça que se tornou fundamental para encontrarmos algo na Web, é um fenômeno de rentabilidade.

Com uma infraestrutura compos-ta por diversos data centers, cada um com vários milhares de servidores, o gigante da Internet emprega seus am-plos tentáculos para servir aos clientes diversos outros serviços além das bus-cas, sempre com o intuito de exibir mais e mais anúncios direcionados.

Independentemente do ques-tionamento sobre a ética da ”bisbi-lhotice” do Google, não há quem não deseje aproveitar as facilidades oferecidas pela empresa para obter alguma receita.

No entanto, o que à primeira vista parece fácil se mostra muitas vezes uma tarefa hercúlea: ser visto. É aí

que nos lembramos de que, embo-ra o Google seja o ás da busca, são muitos os sites que concorrem pelas melhores posições em seu índice.

Felizmente para os alfabetizados, o próprio Google oferece uma grande ajuda na hora de nos candidatarmos ao posto de primeiro colocado das buscas. Esta edição da Linux Ma-gazine aborda justamente as formas de aproveitar essa “mãozinha”, jun-tamente com os poderes do Código Aberto, para lançar seu site – ou o da sua loja online, do seu grupo de usuários, da sua família – em uma nova onda de visitação e, com sor-te, lucro!

Começaremos mostrando como tirar proveito da infraestrutura des-comunal do Google para criar suas próprias aplicações web. Basta um sistema GNU/Linux para montar sua aplicação, subi-la para as dezenas de milhares de servidores da empresa e começar a servir clientes.

Em seguida, explicaremos como utilizar as eficazes ferramentas online disponibilizadas gratuitamente pelo fenômeno da Internet para tornar seu site mais visível e desejável para os visitantes que você deseja. Não há forma mais rápida de atrair cliques.

E quando os visitantes chegarem, é bom seu servidor estar preparado. Veja como ajustar o poderoso Apa-che para fazer frente à enxurrada de cliques e ao novo volume de tráfego.

Por último, se você procura um sistema único para montar seu por-tal e também a intranet da empresa, conheça o CMS colaborativo Life-ray e construa tudo com muito mais simplicidade e velocidade.

Seja para realizar um novo pro-jeto desenvolvido nas horas vagas ou para manter e aprimorar o site da empresa, as dicas desta edição são essenciais para você aproveitar cada oportunidade oferecida na Web.

Faça bom proveito! n

Índice das matérias de capaPowered by Google

SEO, sim senhor

Apache tunado

Raio de vida na colaboração

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58 http://www.linuxmagazine.com.br

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ÁLIS

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Explore a última versão do grande Bourne-again shell

Bash novoApesar da maturidade do Bash, seus desenvolvedores continuam aprimorando-o. A versão 4 do shell está cheia de novidades.por Bernhard Bablok e Nils Magnus

A pesar da competição recente por parte de poderosas alter­nativas como o Zsh [1], o

Bourne-again shell (Bash) [2] ain­da é o rei do pedaço no console do GNU/Linux. O Bash, que pode ser usado de forma interativa, tam­bém serve como uma linguagem de script simples e prática. O Bash faz parte do esqueleto de todo sistema GNU/Linux – mais um motivo para investigar os benefícios de adotar a nova versão 4, lançada em fevereiro de 2009.

Por que não?Em sistemas em produção, talvez seja mais recomendável avaliar se é realmente necessário atualizar o Bash para sua nova versão. Por um lado, as principais distribuições cer­tamente difundirão a nova versão por meio de suas atualizações, então o novo Bash fatalmente vai chegar ao seu sistema mais cedo ou mais tarde. Programadores e usuários avançados, por outro lado, gostam de usufruir os benefícios oferecidos por novas versões o mais rápido possível.

Quem desejar já se familiarizar com o shell principal da maioria das distribuições do futuro certamente

gostará de passar algum tempo com o Bash 4 já.

A tabelaÊ 1 mostra um resumo de alguns novos recursos importantes; para uma listagem completa, verifi­que o arquivo NEWS na documentação do Bash. Este artigo levanta algumas das mudanças mais importantes.

Linha de comandoUsuários da linha de comando apre­ciarão algumas extensões inconspí­cuas, mas muito úteis, incorporadas ao novo Bash. Por exemplo, a string ** é expandida para uma lista de arquivos e caminhos sob o diretório atual, de forma semelhante ao co­mando externo find. Porém, os usuá­rios precisam ativar esse recurso por meio do comando shopt -s globstar.

Os desenvolvedores agora ado­taram uma técnica mais amigável para um dos maiores mistérios do Bash: o redirecionamento da saída de erro padrão. Em vez do mantra 2>&1 1>arquivo, agora os usuários po­dem usar simplesmente &> >arquivo para redirecionar as saídas padrão e de erro para um único arquivo. O atalho |&, que redireciona o erro padrão de um comando para um pipe, é outra novidade útil.

Vetores associativosA crença popular reza que scripts Bash criam muitos processos, que acabam prejudicando o desempe­nho. Mas muitos dos aplicativos simples que costumavam ser usados com o Bash, incluindo sed, grep, basename e dirname, já não são mais necessários; o Bash realiza essas tarefas tão rápido quanto qualquer outra linguagem de script com fer­ramentas embutidas. Apesar desses avanços, os programadores Bash continuam com olhares invejosos a Perl e Python, ambos com estruturas de dados mais versáteis.

Em sua versão 4, o Bash final­mente acrescenta a seus vetores uni­dimensionais os vetores associativos (semelhantes aos hashes em Perl e dicionários em Python). Para muitos programadores, essa mudança, por si só, já é motivo suficiente para ado­tar a nova versão, pois ela oferece uma solução bem mais elegante a vários problemas. Por exemplo, os desenvolvedores podem usar textos arbitrários como índices de vetores associativos em vez de apenas intei­ros. A listagemÊ 1 mostra um exemplo.

A listagemÊ 2 contém um script que ordena arquivos em diretórios

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| ANÁLISEBash 4

Linux Magazine #58 | Setembro de 2009

Tabela 1: Principais mudançasMudança Descrição

Substrings A extensão para parâmetros de posição suporta o desvio zeroPID O PID do shell atual está disponível na variável BASHPIDautocd Suporta navegação rápida por meio do nome do diretório

checkjobs Verifica e relata trabalhos (jobs) ativos ou parados na saída

read Atribui entradas parciais a variáveis e mantém seus valores mesmo que o comando te-nha seu tempo expirado

mapfile Facilita o processamento de arquivos

command_not_found_handle O Bash 4 chama essa função caso não consiga encontrar um comando

globstar Usa ** para realizar buscas recursivas ao longo de múltiplos diretóriosChaves A extensão cria uma lista de valores com zeros na frenteSaída de erro padrão Em vez de 2>&1 1>arquivo, o Bash agora suporta &> >arquivoSaída de erro padrão Da mesma forma, |& substitui 2>&1 |case Agora o Bash 4 suporta ;;, ;& e ;;& para terminar um case. O primeiro processa incon-

dicionalmente as instruções do próximo grupo; o segundo verifica mais uma vez e, se adequado, continua processando o próximo grupo.

Expansão variável Os operadores ^ e , alteram para caixa alta ou baixaConversão automática declare -u e declare -l convertem automaticamente para caixa alta ou baixa ao atri-

buir valoresVetores associativos Os índices podem ser strings: $idade[“fulano”]coproc Cria processos assíncronos

Seleção O comando read -t 0 -u fd verifica se o descritor de arquivo fd fornece dados

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ANÁLISE | Bash 4

segundo suas propriedades – por exemplo, a data de criação. O script possui dois problemas fundamen­tais: primeiro, ele não funciona com diretórios que contenham espaços em branco, e segundo, ele pode processar cada diretório mais de uma vez.

As versões anteriores do Bash usavam técnicas diferentes para re­solver esse problema. No Bash 3.2, os programadores podem armaze­nar os nomes de diretórios entre aspas num vetor. Um script poderia evitar o duplo processamento por meio de buscas no nome – ou por meio de uma lenta busca linear no vetor. Nenhuma dessas técnicas é particularmente elegante.

O Bash 4 lida com essa tarefa de forma bem mais simples (veja a listagemÊ 3): o nome do diretó­rio serve como chave; o valor não tem importância. Na linhaÊ 12, o loop itera por todas as chaves. A construção especial com alguns & entre aspas duplas faz o mesmo que em outros pontos do Bash: faz com que o shell processe os valo­res como elementos individuais. Portanto, a solução funciona com diretórios que contenham espaços em branco.

ArquivosA listagemÊ 4 contém um padrão de programação típico. O loop while nas linhasÊ 5Ê aÊ 8 processa as linhas de um arquivo uma após a outra e guarda o resultado num vetor. Essa construção ocorre com frequência, mas infelizmente é imperfeita. Caso a úlima linha não termine com um caractere de nova linha, o loop não armazenará a linha. O comando read embutido não fará a atribuição sem a nova linha.

A nova versão do Bash não ape­nas economiza teclas como tam­bém oferece uma implementação mais limpa. Em vez do loop while, uma única linha já faz todo o tra­

balho sujo (linhaÊ 4 da listagemÊ 5). O comando mapfile usa o “apelido” readarray, que descreve seu propósito de forma mais precisa.

O comando mapfile pode até fazer mais que isso. Para mais detalhes, help mapfile e man mapfile devem ajudar bastante. O comando pode processar múltiplas linhas de uma única vez e processá­las uma a uma com uso de uma função callback. Infelizmente, os desenvolvedores não forneceram uma implementação es­pecialmente elegante dessa função. O Bash 4 chama a função callback antes de processá­la, e não depois. Essa técnica oferece ao script um callback antes de o shell de fato ler algo, mas perde um callback após a última linha. Apesar dessa com­plicação, a função ainda é útil para processar arquivos inteiros.

Caixa alta e baixaSe você já precisou implementar uma técnica robusta para processa­mento de arquivos de configuração ou entrada de usuários, já conhece o seguinte problema: o valor no ar­quivo de configuração ou o resultado da operação read pode ser SIM, sim, Sim, YES, true ou eViDentemEnte. Até o Bash 3.2, os autores de scripts usavam o utilitário externo tr para converter o valor para caixa alta ou baixa.

O Bash 4 facilita isso. A instrução declare -u Variável converte auto­maticamente todas as atribuições da variável Variável para caixa alta. De forma análoga, declare -l converte para caixa baixa. Essas ferramentas de conversão economizam chamadas a programas externos e melhoram o desempenho do script. Para con­verter apenas uma vez, em vez de globalmente, é possível usar a nova extensão de parâmetro:

foo=SIMecho ${foo^}echo ${foo^^}

Listagem 3: Vetores associativos

01 #!/bin/bash0203 declare -A dirs0405 for f in “$@”; do06 d=`getDir “$f”`07 mkdir -p “$d”08 mv -f “$f” “$d”09 dirs[$d]=110 done1112 for d in “${!dirs[@]}”; do13 createIndex “$d”14 done

Listagem 2: Texto errado em listas

01 #!/bin/bash0203 dirs=””0405 for f in “$@”; do06 d=`getDir “$f”`07 mkdir -p “$d”08 mv -f “$f” “$d”09 dirs=”$dirs $d”10 done1112 for d in $dirs; do13 createIndex “$d”14 done

Listagem 1: Programação com vetores associativos01 #!/bin/bash0203 declare -A name0405 nome[“Linus”]=”Torvalds”06 nome[“Bill”]=”Gates”07 nome[“Steve”]=”Jobs”08 nome[“Richard”]=”Stallman”0910 # Mostrar todos os valores:11 echo “Valores: ${nome[@]}”12 13 # Mostrar todas as chaves:14 echo “Chave: ${!nome[@]}”1516 # Acessar valores individuais17 for v in “{!nome[@]}”; do18 echo “$v ${name[$v]}”19 done

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| ANÁLISEBash 4

Linux Magazine #58 | Setembro de 2009

Quadro 1: Entrevista com o desenvolvedor do Bash 4 Chet Ramey

Chat Ramey é gerente do Grupo de Segurança e Engenharia de Redes da divisão de serviços de TI da Case Western Reserve University. Ele é o mantenedor do Bash desde 1990. A Linux Magazine fez algumas perguntas a ele com relação à última versão do Bash.

A comunidade do Software Livre não via uma nova ver-são do Bash há algum tempo. Alguns dizem que a ver-são 3.2 era adequada para praticamente todas as tare-fas necessárias. Então, por que algo novo?

Fico feliz que as pessoas tenham uma opinião tão boa sobre o Bash 3.2. Eu não gosto de lançar novas ver-sões com muita frequência, pois o shell é muito bási-co para vários distribuidores, mas já estava na hora. O Bash 4.0 oferece diversos recursos novos (normalmen-te eu não incluo grandes recursos novos em versões de atualização), várias correções de falhas que não en-traram como patches no 3.2, e mais funcionalidades para os recursos já presentes.

Quais os três avanços ou novos recursos que você acha mais interessantes?

Vejamos. Essa é difícil, porque há várias que são boas. 1. Vetores associativos; 2. A correção para o último trecho incompatível com

Posix. O shell não exige mais os parênteses balan-ceados ao processar substituições de comandos no estilo $(...) (por exemplo, ao processar uma instru-ção case dentro de uma substituição de comando). Estou empolgado com isso porque foi, certamente, a parte mais complicada para implementar. Não foi fácil com um parser gerado pelo yacc.

3. As melhorias possíveis com o bind -x. Ao execu-tar um comando associado a uma sequência chave com bind -x, esse comando terá acesso ao buffer do readline e à posição atual do cursor e poderá al-terá-la. Uma função de shell poderia chamar um pro-grama externo para rearranjar as palavras na linha de comando, por exemplo, e fazer com que se refletis-sem no buffer de edição. Acho que esse recurso ain-da não foi muito usado, mas há várias possibilidades.

O Bash 4 acrescentou vários novos recursos para fa-cilitar a programação. Você acha que ele já consegue competir com linguagens como Perl e Python?

Acho que Perl e Python são linguagens mais sofistica-das, pois têm muito mais funções embutidas. Shells em geral são feitas para “grudar” programas externos ou funções de shell, além de oferecerem um ambien-te para facilitar essas tarefas. Porém, é possível escre-ver programas bastante complexos usando shell: veja o bash debugger, por exemplo.

O Bash 4 também acrescentou diversos novos recur-sos para usuários da linha de comando. Agora ele está pronto para competir com shells especializadas nisso, como o Zsh?

Acho que sim. O Bash talvez não tenha tantas funcio-nalidades embutidas, mas acho que oferece ferramen-tas suficientes para torná-lo um ambiente interativo tão bom quanto o Zsh.

Há algumas discussões sobre estilos de programação e uso de recursos em shell scripts. Enquanto alguns tradicionalistas exigem compatibilidade com o Bourne shell, outros usam inúmeros recursos do Bash. Qual o seu ponto de vista? E a compatibilidade com o Bash 3.2? Você recomenda adotar o 4.0 imediatamente ou deixá-lo em paralelo com o 3.2 por certo tempo?

Acho que depende dos seus objetivos. É fato que quando pedem “compatibilidade total com o Bourne shell”, referem-se à versão do sh presente em suas máquinas. Há diferentes versões do Bourne shell: v7, SVR2, SVR3, SVR4, SVR4.2... E fornecedores distintos acrescentam diferentes conjuntos de recur-sos à mesma versão do Bourne shell. É difícil des-cobrir exatamente o que se quer dizer com “Bourne shell original”. Para quem se interessar em escrever scripts portáveis, eu sugeriria seguir o padrão Posix. Ele pode ser consi-derado uma linha de base que todos os shells padrão implementam. Muitos – senão todos – fornecedores in-cluem um shell que obedece ao Posix. E se o seu for-necedor não incluir um, o Bash é compatível com pra-ticamente todas as plataformas existentes. Com relação à retrocompatibilidade com o Bash 3.2, tentei mantê-la ao máximo. Em certos locais, achei que o comportamento do Bash 3.2 era errado e o corrigi, sacrificando a retrocompatibilidade. Também existe a noção do “nível de compatibilidade” do shell, que pre-serva explicitamente certos comportamentos antigos quando ativado (veja as opções compat31 e compat32 do Bash). Creio que o nível de compatibilidade com o Bash 3.2 é bem alto e não deveria afetar a portabilida-de dos scripts.

Acho que a compatibilidade é suficiente para os usuá-rios atualizarem para o Bash 4.0 imediatamente e gra-dativamente acostumarem-se com os novos recursos.

Page 22: Revista Linux Magazine Community Edition 58

62 http://www.linuxmagazine.com.br

ANÁLISE | Bash 4

O primeiro comando converte a primeira letra para caixa alta e imprime Sim. O segundo converte todas as letras, portanto retorna SIM.

Se for necessário converter para caixa baixa, pode­se usar:

foo=SIMecho ${foo,}echo ${foo,,}

A sintaxe ${Var^Padrão} suporta substituições ainda mais complexas.

Co-processos e listasA maioria dos fabricantes de hardware atuais oferecem processadores com múltiplos núcleos, e já começam a aparecer técnicas para explorar essas funcionalidades. O Bash 4 permite ao programador executar o que se chama de “co­processos”:

coproc pipes comando

Este comando retorna os descri­tores de entrada e saída padrão do comando nas variáveis pipes[0] e pipes[1]. O processo principal do Bash os utiliza para se comunicar com o co­processo, o que é parti­

cularmente útil para shell scripts que tratam com processamento paralelo [5].

Listas de valores automáticos, ou expansões de chaves, já existem há tempos, mas eram desconhecidas pela maioria dos usuários: o comando echo {5..15} conta do primeiro até o último número. Muitos programa­dores Bash ainda usam o programa externo seq para isso:

echo $(seq -s “ “ 5 15)

O comando seq não apenas é mais lento, como seu resultado é mais

difícil de ler. Porém, se for preciso ordenar esse tipo de saída, as versões anteriores do Bash não ajudavam, pois eram incapazes de inserir um zero à frente dos números menores que dez. O Bash 4 já faz isso:

echo {05..15}

A nova versão da shell padrão do GNU/Linux oferece alguns recursos úteis para os programadores e fãs da linha de comando. Apesar de algu­mas pequenas incompatibilidades, o mantenedor do Bash incentiva os usuários a fazer a atualização (con­fira a entrevista no quadroÊ 1).

A nova versão do Bash não é exa­tamente magra – o binário agora ocupa 730 KB, em lugar dos 590 KB da versão anterior. Ele é mensuravel­mente, mas não perceptivelmente, mais lento; os tempos de execução mais longos dificilmente devem ser problemáticos em hardwares atuais.

Para usar as novas funções hoje, é preciso ter controle total sobre o ambiente para substituir todo o Bash. Em algums scripts, talvez seja preciso consultar as variáveis de ambiente BASH_VERSION e BASH_VERSINFO para se assegurar da ver­são em execução. Caso a versão não seja a 4, simplesmente termi­ne o script graciosamente e emita uma mensagem de erro explicando o motivo. n

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Listagem 4: Técnica antiga para processar arquivos

01 #!/bin/bash0203 inputFile=”$1”04 i=005 while read line; do06 lines[$i]=”$line”07 let i++08 done < “$inputFile”0910 # Processamento das linhas...

Listagem 5: Nova técnica para processar arquivos

01 #!/bin/bash0203 inputFile=”$1”04 mapfile -n 0 lines < “$inputFile”0506 # Processamento das linhas...

Mais informações

[1] Zsh: http://www.zsh.org

[2] Bash: http://tiswww.case.edu/php/chet/bash/bashtop.html

[3] Bernhard Bablok, “Shell paralelo”: http://lnm.com.br/article/2586

Page 23: Revista Linux Magazine Community Edition 58

Agata Urbaniak – www.sxc.hu

64 http://www.linuxmagazine.com.br

TU

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RIA

L

Dispositivos físicos e lógicos

OpenSolaris, parte 5Na continuação da série, veja como o sistema operacional de código aberto da Sun identifica e reconhece dispositivos de hardware.por Alexandre Borges

Seguindo nossa série, este arti-go finalmente começa a en-trar um pouco mais fundo no

mundo do OpenSolaris. Deste ponto em diante, tenho certeza de que o leitor notará uma pequena ruptura no que diz respeito à quantidade de informações novas apresentadas. Começaremos a desvendar assuntos bem mais específicos deste fantásti-co sistema operacional e, com isto, a quantidade de informação será um pouco mais densa.

O leitor sabe, é claro, que existem muitos dispositivos de armazenamen-to de dados que podem ser utilizados após o processo de inicialização do OpenSolaris, como discos rígidos (SCSI, SATA, IDE), disquetes, pen drives, CDs e DVDs, para citar os mais comuns. A maneira como o OpenSolaris trata esses dispositivos é muito peculiar e fundamental, por isso, focaremos nesse assunto de for-ma bastante incisiva. Como o disco rígido é o dispositivo mais importante dentre estes citados, dedicaremos uma

maior atenção a ele. Entretanto, de qualquer forma, abordaremos todos eles – diretamente ou não – para que seja possível construir um conheci-mento mais sólido.

Dois diretóriosNo OpenSolaris existem dois dire-tórios muito importantes que exer-cem um papel fundamental no ge-renciamento de dispositivos e, mais especificamente, na administração de discos. Qualquer componente importante da máquina (teclado, mouse, porta USB, processador, memória, discos rígidos, placa de rede, porta serial etc.) que esteja executando o OpenSolaris é repre-sentado por um ou mais arquivos no sistema operacional, o qual concentra estas entradas em dois diretórios de grande importância para o gerenciamento dos disposi-tivos. São eles: /dev/: contém uma ou mais

entradas representando cada dispositivo de forma lógica;

/devices/: contém uma ou mais entradas representando cada dispositivo de forma física.

Em outras palavras, é correto dizer que o diretório /devices/ é para uso do OpenSolaris, já que seu conteúdo é bastante complicado (e dependente da arquitetura e do modelo da máqui-na), enquanto que o diretório /dev/ é destinado ao uso por seres huma-nos, pois representa os dispositivos de forma mais simples de entender. Existem, sim, formas de decodificar os caminhos físicos (/devices/), mas essas técnicas não são importantes no contexto deste artigo.

A listagemÊ 1 mostra o conteúdo do diretório /devices/, incluindo detalhes importantes. É impor-tante saber que, via de regra, exis-tem diferentes tipos de arquivos no OpenSolaris e estes podem ser identificados pelo primeiro carac-tere de cada linha da saída do co-mando ls -al (tabelaÊ 1).

De forma básica, os dispositivos raw (dados brutos) são aqueles aces-

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65

| TUTORIALOpenSolaris

Linux Magazine #58 | Setembro de 2009

sados como correntes (streams) de dados; ou seja, no caso de discos, o sistema de arquivos (e a organização lógica que este impõe aos dados) não é levado em conta.

Dispositivos de bloco são aqueles em que o filesystem é levado em conta; ou seja, existem chamadas de sistema específicas baseadas no tamanho do bloco de dados, e es-ses dados, quando acessados, são transferidos primeiramente para uma área de cache em memória (motivos de desempenho em caso de reutilização da informação) e depois ao seu destino.

Outro aspecto importante é com-parar os detalhes da listagem de um arquivo regular contra a listagem de um arquivo de dispositivo (seja ele de bloco ou bruto). Observe:

a@lab2:/devices/pseudo# ls -al /etc/hosts

lrwxrwxrwx (...) /etc/hosts -> ./inet/hosts

Um arquivo regular apresenta os seguintes campos, na seguinte or-dem: permissões, número de hard links, usuário proprietário, grupo proprietário, tamanho do arquivo, hora de modificação e nome do ar-quivo. Para quem desconhece, um hard link é a associação que existe entre o nome do arquivo e seu res-pectivo inode, que por sua vez é a estrutura que detém as informações do arquivo, assim como os ponteiros para os blocos de dados do arquivo. O inode pode ser associado a mais de um nome (semelhante às pessoas que têm um nome e alguns apelidos).

Major e minorNo caso de um arquivo de dispo-sitivo, essa listagem é quase igual, mas existe uma pequena diferença: no lugar do tamanho do arquivo aparece uma composição de dois números que são o major number e o minor number. Veja:

crw––- 1 root sys 2, 0 2009-08-19 02:09 pseudo:devctl

Os números 2 e 0 são, respecti-vamente, os números major e mi-nor desse dispositivo de caracteres. Números major e minor aparecem tanto em arquivos brutos quanto em arquivos de dispositivos de bloco. O

número major é responsável por in-dicar qual é o driver necessário para acessar o dispositivo em questão, e o número minor representa a instância desse dispositivo – pois podem exis-tir múltiplos dispositivos do mesmo tipo que exigem o mesmo driver para acesso. Esta representação numérica não facilita muito a compreensão de

Listagem 1: Conteúdo de /devices/

# ls/devices total 15drwxr-xr-x 10 root sys 10 2009-08-19 02:14 .drwxr-xr-x 25 root root 26 2009-08-08 14:59 ..drwxr-xr-x 2 root sys 2 2009-08-19 02:14 agpgartcrw-r--r-- 1 root sys 219, 0 2009-08-19 02:09 agpgart:agpgartdrwxr-xr-x 2 root sys 2 2009-08-19 02:14 cpusdrwxr-xr-x 4 root sys 4 2009-08-08 14:45 isadrwxr-xr-x 2 root sys 2 2009-08-19 02:14 optionsdrwxr-xr-x 4 root sys 5 2009-08-08 14:51 pci@0,0crw––- 1 root sys 86, 255 2009-08-19 02:09 pci@0,0:devctlcrw––- 1 root sys 86, 252 2009-08-19 02:09 pci@0,0:intrcrw––- 1 root sys 86, 253 2009-08-19 02:09 pci@0,0:regdrwxr-xr-x 6 root sys 9 2009-08-19 02:11 pseudocrw––- 1 root sys 2, 0 2009-08-19 02:09 pseudo:devctldrwxr-xr-x 2 root sys 2 2009-08-08 14:51 scsi_vhcicrw-rw-rw- 1 root sys 18, 0 2009-08-19 02:09 scsi_vhci:devctldrwxr-xr-x 2 root sys 2 2009-08-19 02:14 xsvc@0,0crw––- 1 root sys 28, 0 2009-08-19 02:09 xsvc@0,0:xsvc

FiguraÊ 1Ê ÊTípica listagem de um subdiretório de /devices/ num sistema OpenSolaris.

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TUTORIAL | OpenSolaris

qual tipo de driver deve ser utilizado, entretanto, o leitor pode realizar dois passos para descobrir as informações dos drivers:

O primeiro consiste em consultar o arquivo /etc/name_to_major:

# more /etc/name_to_major

Este arquivo é o responsável pelo mapeamento de todos os números major a seus respectivos drivers. Depois de descobrir qual é o driver que corresponde ao número major, basta consultar a página de manual do driver:

# man driver_em_questão

As figuras 1 e 2 ilustram a listagem dos diretórios /devices/ e /dev/, res-pectivamente.

Perceba que o caminho que re-presenta fisicamente um dispositivo (para uso do OpenSolaris, figura 1) é bastante complicado e enigmático. Neste caso, está em destaque um sli-ce (fatia) do disco rígido interno da máquina – veremos slices de disco no próximo artigo desta série.

Já no caso da representação lógica (figura 2), as informações tendem a ser mais fáceis de interpretar. Com um pouquinho de conhecimento, é possível identificar alguns hardwares importantes da máquina: e1000g (placa de rede), diskette (disquete), kbd (teclado), cpu, mouse, nvidia0 (placa de vídeo), mem (memória) etc. Como dito antes, esta representação é adequada para os administradores do OpenSolaris.

ReconhecimentoAgora que já conhecemos a represen-tação dos dispositivos, é necessário aprender como é possível, ao adi-cionar um hardware novo no Open-Solaris, fazer o sistema reconhecer esse componente. As maneiras mais fáceis são: Executar o comando devfsadm

-v: este comando, apenas com o parâmetro -v (verbose mode), procura todos os novos dispositi-vos que tenham sido adicionados à máquina, sem necessidade de reiniciá-la.

Caso a opção anterior não te-nha funcionado, é possível, por meio do Grub, editar a linha

Tabela 1: Tipos de arquivosPrimeiro caractere da linha Significado

d diretório

- arquivo regular

l link simbólico

c dispositivo de caractere

b dispositivo de bloco

Figura 2 Conteúdo do diretório /dev/ no OpenSolaris.

FiguraÊ 3Ê ÊLinha do Grub responsável por iniciar o kernel.

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67

| TUTORIALOpenSolaris

Linux Magazine #58 | Setembro de 2009

do kernel associada à iniciali-zação (na figuraÊ 3, basta esco-lher o comando e para editar essa linha) e passar a opção -r ao final da linha, como um argumento. O inconveniente desta escolha é a necessidade de reiniciar a máquina, o que causa transtornos por tirar do ar as aplicações. Contudo, para alguns hardwares, esta é a única maneira de forçar seu reconhecimento dentro do OpenSolaris.

Tudo reconhecidoIndependentemente da técnica utilizada, quando novos disposi-tivos são encontrados, o sistema operacional cria novas entradas nos diretórios /dev/ e /devices/ e, inclusive, faz inserções no arqui-vo /etc/path_to_inst. No conteúdo deste arquivo, o OpenSolaris cria uma linha com os caminhos físi-cos de cada dispositivo, seguido da instância e, por fim, do nome lógico que ele designa para esses hardwares. Alguns exemplos de nomes lógicos:

sd: discos SCSI dad: discos IDE cmdk: discos SATA e1000g, pcn: placas de rede

Na saída seguinte (listagem 2), é mostrado o arquivo /etc/path_to_inst da máquina de teste (que consiste, para fins de esclarecimen-to, em uma máquina virtual sobre VMware).

Este mesmo arquivo pode ser vi-sualizado de forma indireta por meio do seguinte comando:

prtconf | grep –v not

que apresenta apenas os dispositivos que estão presentes no sistema. Su-giro ao leitor que faça alguns testes com o comando prtconf usando as opções -p e -v, uma vez que elas

trazem outras informações muito interessantes, com as quais é pos-sível, inclusive, descobrir caracte-rísticas detalhadas do disco, como velocidade.

No próximo mêsNo próximo artigo, vamos abordar em maiores detalhes os discos rígidos: slices, particionamento, sistemas de arquivos e muito mais. n

Listagem 2: Conteúdo de /etc/path_to_inst

root@opensolaris:/# more /etc/path_to_inst##Caution! This file contains critical kernel state#“/pseudo” 0 “pseudo”“/scsi_vhci” 0 “scsi_vhci”“/xsvc@0,0” 0 “xsvc”“/options” 0 “options”“/agpgart” 0 “agpgart”“/isa” 0 “isa”“/isa/pit_beep” 0 “pit_beep”“/isa/i8042@1,60” 0 “i8042”“/isa/i8042@1,60/keyboard@0” 0 “kb8042”“/isa/i8042@1,60/mouse@1” 0 “mouse8042”“/isa/lp@1,378” 0 “ecpp”“/isa/asy@1,3f8” 0 “asy”“/isa/asy@1,2f8” 1 “asy”“/isa/fdc@1,3f0” 0 “fdc”“/isa/fdc@1,3f0/fd@0,0” 0 “fd”“/ramdisk” 0 “ramdisk”“/cpus” 0 “cpunex”“/cpus/cpu@0” 0 “cpudrv”“/pci@0,0” 0 “pci”“/pci@0,0/display@f” 0 “vgatext”“/pci@0,0/pci8086,7191@1” 0 “pci_pci”“/pci@0,0/pci-ide@7,1” 0 “pci-ide”“/pci@0,0/pci-ide@7,1/ide@0” 0 “ata”“/pci@0,0/pci-ide@7,1/ide@0/cmdk@0,0” 0 “cmdk”“/pci@0,0/pci-ide@7,1/ide@1” 1 “ata”“/pci@0,0/pci-ide@7,1/ide@1/sd@0,0” 0 “sd”“/pci@0,0/pci1000,30@10” 0 “mpt”“/pci@0,0/pci1022,2000@11” 0 “pcn”“/pci@0,0/pci15ad,1976@7,2” 0 “uhci”root@opensolaris:/#

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Accenture do Brasil Ltda. São Paulo Rua Alexandre Dumas, 2051 – Chácara Santo Antônio – CEP: 04717-004

11 5188-3000 www.accenture.com.br 4 4 4

ACR Informática São Paulo Rua Lincoln de Albuquerque, 65 – Perdizes – CEP: 05004-010 11 3873-1515 www.acrinformatica.com.br 4 4

Agit Informática São Paulo Rua Major Quedinho, 111, 5º andar, Cj. 508 – Centro – CEP: 01050-030

11 3255-4945 www.agit.com.br 4 4 4

Altbit - Informática Comércio e Serviços LTDA.

São Paulo Av. Francisco Matarazzo, 229, Cj. 57 – Água Branca – CEP 05001-000

11 3879-9390 www.altbit.com.br 4 4 4 4

AS2M -WPC Consultoria São Paulo Rua Três Rios, 131, Cj. 61A – Bom Retiro – CEP: 01123-001 11 3228-3709 www.wpc.com.br 4 4 4

Big Host São Paulo Rua Dr. Miguel Couto, 58 – Centro – CEP: 01008-010 11 3033-4000 www.bighost.com.br 4 4 4

Blanes São Paulo Rua André Ampére, 153 – 9º andar – Conj. 91 CEP: 04562-907 (próx. Av. L. C. Berrini)

11 5506-9677 www.blanes.com.br 4 4 4 4 4

Commlogik do Brasil Ltda. São Paulo Av. das Nações Unidas, 13.797, Bloco II, 6º andar – Morumbi – CEP: 04794-000

11 5503-1011 www.commlogik.com.br 4 4 4 4 4

Computer Consulting Projeto e Consultoria Ltda.

São Paulo Rua Caramuru, 417, Cj. 23 – Saúde – CEP: 04138-001 11 5071-7988 www.computerconsulting.com.br 4 4 4 4

Consist Consultoria, Siste-mas e Representações Ltda.

São Paulo Av. das Nações Unidas, 20.727 – CEP: 04795-100 11 5693-7210 www.consist.com.br 4 4 4 4

Domínio Tecnologia São Paulo Rua das Carnaubeiras, 98 – Metrô Conceição – CEP: 04343-080 11 5017-0040 www.dominiotecnologia.com.br 4 4

EDS do Brasil São Paulo Av. Pres. Juscelino Kubistcheck, 1830 Torre 4 - 5º andar 11 3707-4100 www.eds.com 4 4 4

Ética Tecnologia São Paulo Rua Nova York, 945 – Brooklin – CEP:04560-002 11 5093-3025 www.etica.net 4 4 4 4

Getronics ICT Solutions and Services

São Paulo Rua Verbo Divino, 1207 – CEP: 04719-002 11 5187-2700 www.getronics.com/br 4 4 4

Hewlett-Packard Brasil Ltda. São Paulo Av. das Nações Unidas, 12.901, 25º andar – CEP: 04578-000 11 5502-5000 www.hp.com.br 4 4 4 4 4

IBM Brasil Ltda. São Paulo Rua Tutóia, 1157 – CEP: 04007-900 0800-7074 837 www.br.ibm.com 4 4 4 4

iFractal São Paulo Rua Fiação da Saúde, 145, Conj. 66 – Saúde – CEP: 04144-020 11 5078-6618 www.ifractal.com.br 4 4 4

Integral São Paulo Rua Dr. Gentil Leite Martins, 295, 2º andar Jd. Prudência – CEP: 04648-001

11 5545-2600 www.integral.com.br 4 4

Itautec S.A. São Paulo Av. Paulista, 2028 – CEP: 01310-200 11 3543-5543 www.itautec.com.br 4 4 4 4 4

Kenos Consultoria São Paulo Av: Fagundes Filho, 134, Conj 53 – CEP: 04304-000 11 40821305 www.kenos.com.br 4 4

Konsultex Informatica São Paulo Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 1410 6 andar, CEP: 05640-003 11 3773-9009 www.konsultex.com.br 4 4 4

Linux Komputer Informática São Paulo Av. Dr. Lino de Moraes Leme, 185 – CEP: 04360-001 11 5034-4191 www.komputer.com.br 4 4 4 4

Linux Mall São Paulo Rua Machado Bittencourt, 190, Cj. 2087 – CEP: 04044-001 11 5087-9441 www.linuxmall.com.br 4 4 4

Livraria Tempo Real São Paulo Al. Santos, 1202 – Cerqueira César – CEP: 01418-100 11 3266-2988 www.temporeal.com.br 4 4 4

Locasite Internet Service São Paulo Av. Brigadeiro Luiz Antonio, 2482, 3º andar – Centro – CEP: 01402-000

11 2121-4555 www.locasite.com.br 4 4 4

Microsiga São Paulo Av. Braz Leme, 1631 – CEP: 02511-000 11 3981-7200 www.microsiga.com.br 4 4 4

Locaweb São Paulo Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1.830 – Torre 4 Vila Nova Conceição – CEP: 04543-900

11 3544-0500 www.locaweb.com.br 4 4 4

Novatec Editora Ltda. São Paulo Rua Luis Antonio dos Santos, 110 – Santana – CEP: 02460-000 11 6979-0071 www.novateceditora.com.br 4

Novell América Latina São Paulo Rua Funchal, 418 – Vila Olímpia 11 3345-3900 www.novell.com/brasil 4 4 4

Oracle do Brasil Sistemas Ltda. São Paulo Av. Alfredo Egídio de Souza Aranha, 100 – Bloco B – 5º andar – CEP: 04726-170

11 5189-3000 www.oracle.com.br 4 4

Proelbra Tecnologia Eletrônica Ltda.

São Paulo Av. Rouxinol, 1.041, Cj. 204, 2º andar Moema – CEP: 04516-001 11 5052- 8044 www.proelbra.com.br 4 4 4

Provider São Paulo Av. Cardoso de Melo, 1450, 6º andar – Vila Olímpia – CEP: 04548-005

11 2165-6500 www.e-provider.com.br 4 4 4

Red Hat Brasil São Paulo Av. Brigadeiro Faria Lima, 3900, Cj 81 8º andar Itaim Bibi – CEP: 04538-132

11 3529-6000 www.redhat.com.br 4 4 4

Samurai Projetos Especiais São Paulo Rua Barão do Triunfo, 550, 6º andar – CEP: 04602-002 11 5097-3014 www.samurai.com.br 4 4 4

SAP Brasil São Paulo Av. das Nações Unidas, 11.541, 16º andar – CEP: 04578-000 11 5503-2400 www.sap.com.br 4 4 4

Simples Consultoria São Paulo Rua Mourato Coelho, 299, Cj. 02 Pinheiros – CEP: 05417-010 11 3898-2121 www.simplesconsultoria.com.br 4 4 4

Smart Solutions São Paulo Av. Jabaquara, 2940 cj 56 e 57 11 5052-5958 www.smart-tec.com.br 4 4 4 4

Snap IT São Paulo Rua João Gomes Junior, 131 – Jd. Bonfiglioli – CEP: 05299-000 11 3731-8008 www.snapit.com.br 4 4 4

Stefanini IT Solutions São Paulo Av. Brig. Faria Lima, 1355, 19º – Pinheiros – CEP: 01452-919 11 3039-2000 www.stefanini.com.br 4 4 4

Sun Microsystems São Paulo Rua Alexandre Dumas, 2016 – CEP: 04717-004 11 5187-2100 www.sun.com.br 4 4 4 4

Sybase Brasil São Paulo Av. Juscelino Kubitschek, 510, 9º andar Itaim Bibi – CEP: 04543-000 11 3046-7388 www.sybase.com.br 4 4

The Source São Paulo Rua Marquês de Abrantes, 203 – Chácara Tatuapé – CEP: 03060-020

11 6698-5090 www.thesource.com.br 4 4 4

Unisys Brasil Ltda. São Paulo R. Alexandre Dumas 1658 – 6º, 7º e 8º andares – Chácara Santo Antônio – CEP: 04717-004

11 3305-7000 www.unisys.com.br 4 4 4 4

Utah São Paulo Av. Paulista, 925, 13º andar – Cerqueira César – CEP: 01311-916 11 3145-5888 www.utah.com.br 4 4 4

Visuelles São Paulo Rua Eng. Domicio Diele Pacheco e Silva, 585 – Interlagos – CEP: 04455-310

11 5614-1010 www.visuelles.com.br 4 4 4

Webnow São Paulo Av. Nações Unidas, 12.995, 10º andar, Ed. Plaza Centenário – Chácara Itaim – CEP: 04578-000

11 5503-6510 www.webnow.com.br 4 4 4

WRL Informática Ltda. São Paulo Rua Santa Ifigênia, 211/213, Box 02– Centro – CEP: 01207-001 11 3362-1334 www.wrl.com.br 4 4 4

Systech Taquaritinga Rua São José, 1126 – Centro – Caixa Postal 71 – CEP: 15.900-000 16 3252-7308 www.systech-ltd.com.br 4 4 4

Linux.local

Linux Magazine #58 | Setembro de 2009

Page 29: Revista Linux Magazine Community Edition 58

80

SE

RV

IÇO

S

http://www.linuxmagazine.com.br

NerdsonÊ ÐÊ OsÊ quadrinhosÊ mensaisÊ daÊ LinuxÊ Magazine

Índice de anunciantesEmpresa P‡ g.IBM 2

Latinoware 7

Senac 9

Locaweb 11

Rittal 13

Watchguard 15

Digivoice 17

Plus server 19

UOL 21

Innovus 23

Futurecom 27

Fuctura 29

Unodata 57

Zimbra 75

Bull 83

Locaweb 84

Calendário de eventosEvento Data Local Informa• › es

PythonÊBr asil 10Ê aÊ 12Ê deÊ setembro CaixasÊd oÊS ul,Ê RS www.pythonbrasil.org

CNASI 22Ê eÊ 24Ê deÊ setembro S‹oÊP aulo,ÊS P www.cnasi.com.br/

RailsÊS ummitÊ2009 13ÊaÊ14Êd eÊou tubro S‹oÊP aulo,ÊS P www.railssummit.com.br/

FuturecomÊ2009 13ÊaÊ16Êd eÊou tubro S‹oÊP aulo,ÊS P www.futurecom2009.com.br

Latinoware 22ÊaÊ24Êd eÊou tubro FozÊd eÊI gua•u ,Ê PR www.latinoware.org

PGCONÊBr asilÊ2009 24ÊeÊ25Êd eÊou tubro Campinas,ÊS Pwww.postgresql.org.br/Êeventos/pgconbr

PloneÊS ymposiumÊAmŽ ricaÊdoÊS ul

24Ê eÊ 25Ê deÊ novembro S‹oÊP aulo,ÊS P www.plonesymposium.com.br

4oÊ SoLISC 26Ê eÊ 27Ê deÊ novembro Florian—p olis,ÊS C www.solisc.org.br

Page 30: Revista Linux Magazine Community Edition 58

Institute

LinuxProfessional

R

As datas de realização das provas são:

29/08 – Vitória , ES12/09 – São Paulo, SP

18/09 – Curitiba, PR03/10 – São Paulo/SP

Inscrições e mais informações:

[email protected] (11) 4082-1305

Inclua em seu currículo a principal certificação Linux no mundo – LPI.Inclua em seu currículo a principal certificação Linux no mundo – LPI.

Em tempos de crise, soluções de código aberto – como o Linux – se

destacam na adoção por empresas de todos os tamanhos, como solução ideal para aumentar

eficiência nos negócios e reduzir custos. Atualmente há no mercado

uma carência por profissionais certificados para atender a essa

demanda crescente. Aproveite essa oportunidade e inclua em seu

currículo a principal certificação Linux no mundo.

Page 31: Revista Linux Magazine Community Edition 58

82 http://www.linuxmagazine.com.brhttp://www.linuxmagazine.com.br

Na Linux Magazine #59

PR

EVIE

W

Na EasyLinux #16Twittando no Linux

A adoção do Twitter cresce a passos gigan-tescos. Com ele, você não apenas fica por

dentro das opiniões mais recentes dos seus ami-gos reais e virtuais, como também acompanha as últimas promoções das suas lojas preferidas, recebe informações sobre seu time de futebol e se atualiza em velocidade estonteante. E o Linux, naturalmente, não fica de fora disso!

Na Easy Linux 16, vamos mostrar as melhores formas de utilizar o Twitter no Linux. Seja com um programa específico para essa tarefa ou por meio de complementos do Firefox e do Thun-derbird, twittar no Linux é muito fácil e rápido. Vamos apresentar também os melhores feeds para você seguir e se atualizar com relação ao Linux, Ubuntu e tecnologia em geral. n

Programas de emailVerificar seus emails pelo navegador não é ruim, mas tam-bém há muitas vantagens em adotar um cliente como o Evolution ou o Thunderbird. Ou o Sylpheed, o KMail, o Claws... Por exemplo, eles avisam, na sua área de trabalho, sempre que chega uma nova mensagem.

Na próxima edição, vamos mostrar os melhores pro-gramas para você conferir seus emails sem precisar abrir o navegador. E se você for realmente fã dos webmails, vamos mostrar os aplicati-vos indispensáveis para você não perder ne-nhum email e até receber avisos de mensagens na sua área de trabalho. n

TUTORIAL

Adobe AIR no LinuxCom o advento do Adobe Integrated Runtime (AIR), os aplicativos em Flash agora rodam no desktop – sim, até no Linux. Assim como Mac OS X e Windows, o Linux também ofe-rece ferramentas para o desenvolvimento dos sofisticados RIA (Rich Internet Applications). Porém, são poucas as formas de desenvolver um único código que possa ser executado sem alterações em todas as três.

O Flash já se tornou uma plataforma capaz de rodar aplicativos comparáveis aos softwares de desktop, e o AIR permi-te utilizar todo esse poder em qualquer sistema operacional.

Vamos mostrar como instalar todos os componentes necessários para usar a plata-forma da Adobe de forma fácil e rápida no GNU/Linux. n

DESTAQUE

Um dos invasoresUma instrução fundamental para qualquer profissional que deseje se proteger contra invasores é: conheça seu inimigo. Como bem sabemos, toda máquina ligada à Internet está sujeita a ataques.

Com o intuito de se preparar para defender os servidores contra intrusos, você precisa aprender a usar as ferramentas de invasão e tornar-se, você mesmo, um mestre da invasão.

A Linux Magazine 59 vai explicar como usar as principais ferra-mentas à disposição dos criminosos virtuais para saber os caminhos da invasão e fechá-los antes que os meliantes tirem proveito. n