40
Log web þ Logística þ Supply Chain þ Transporte Multimodal þ Comércio Exterior þ Movimentação þ Armazenagem þ Automação þ Embalagem referência em logística revista

Revista Logweb 73

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Revista mensal produzida pela Logweb Editora. Tem circulação nacional e é um dos principais veículos do segmento de logística do País

Citation preview

Page 1: Revista Logweb 73

Logwebþ Logística

þ Supply Chain

þ Transporte Multimodal

þ Comércio Exterior

þ Movimentação

þ Armazenagem

þ Automação

þ Embalagem

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

referência em logística

r e v i s t a

Page 2: Revista Logweb 73

○ ○ ○ ○

Page 3: Revista Logweb 73

Logwebþ Logística

þ Supply Chain

þ Transporte Multimodal

þ Comércio Exterior

þ Movimentação

þ Armazenagem

þ Automação

þ Embalagem

| www.logweb.com.br | edição nº73 | março| 2008 |referência em logística

r e v i s t a

MultimodalLogística &Meio Ambiente& Bebidas

PARCERIA LOGWEB/FISPAL

20página 22página 24página

Alimentos

Piagentini comgarrafa da Saint-Gobain e logísticadireta para o varejoda Kibon

Preocupaçãoambiental da CromoSteel e o Planet Meº,programa ambientalda TNT Express

A nova resolução daANTT, nº 2.550, aintralogística e osOLs no setor decosméticos

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Paletes:fundamentais nacadeia logística

página 12

O mercado de TIbrasileiro pelaTOTVS

página 10

Carrinhos industriais:alternativa àautomação

página 14

A importância dalogística em váriossegmentos

página 5

anos de estrada em fevereiro de 20086

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Page 4: Revista Logweb 73

4 | edição nº73 | março| 2008 |Logweb

Page 5: Revista Logweb 73

5 | edição nº73 | março| 2008 | Logweb

A

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Redação, Publicidade, Circulação e Administração:Rua dos Pinheiros, 240 - conj. 12 - 05422-000 - São Paulo - SPFone/Fax: 11 3081.2772Nextel: 11 7714.5379 ID: 15*7582

Redação: Nextel: 11 7714.5381 - ID: 15*7949

Comercial: Nextel: 11 7714.5380 - ID: 15*7583

Publicação mensal, especializada em logística, da LogWebEditora Ltda. Parte integrante do portal www.logweb.com.br

Editor (MTB/SP 12068)Wanderley Gonelli Gonç[email protected]

Assistentes de Redação

Carol Gonç[email protected]

André [email protected]

Projeto Gráfico eDiagramação

Fátima Rosa Pereira

Diretoria ExecutivaValeria Lima

[email protected]

Diretoria ComercialDeivid Roberto Santos

[email protected]

MarketingJosé Luíz Nammur

[email protected]

Administração/FinançasLuís Cláudio R. Ferreira

[email protected]

Os artigos assinados e os anúncios não expressam, necessariamente, a opinião da revista.

Marketing/Pós-vendasPatricia Badaró

[email protected]

RepresentantesComerciais:

Nivaldo ManzanoCel.: (11) 9701.2077

[email protected]

Paulo César CaraçaCel.: (11) 8193.4298

[email protected]

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

editorialVárias matériasespeciais

Wanderley G. Gonçalves

Logwebreferência em logística

6 anos

r e v i s t a

Fique bem informado.

No portal LogWeb você tem

acesso às notícias mais

recentes do setor. E também a

artigos, agenda de eventos e a

todas as versões da revista

LogWeb, entre outras

informações fundamentais

para o seu desempenho

profissional.

Tudo isto sem restrições,

sem senhas ou necessidade

de ser assinante.

Logwebwww.logweb.com.br

P O R TA L

A multimídia a serviço da logística

Após completar o seu sexto aniversário, arevista LogWeb dá um “banho” de matériasespeciais nesta edição.

Senão vejamos: além de incluirmos váriasnotícias condensadas enfocando o papel dalogística em diversos segmentos, tambémabordamos os paletes, destacando a suaimportância na cadeia logística e os seus“concorrentes”.

Outra reportagem especial diz respeito aoscarrinhos industriais, abrangendo a suaimportância dentro das operações demovimentação de cargas, bem como as suasnovas e mais comuns aplicações.

Já no caderno “Multimodal”, três são osdestaques. O primeiro diz respeito à novaresolução nº 2.519, da ANTT, que regulamentaartigos da lei 11.442/07, sobre a atividade detransporte comercial de cargas. Aqui, dirigentesde transportadoras, operadores logísticos e dasassociações que os representam analisam aimportância desta regulamentação para o setorde logística. A segunda reportagem especial docaderno enfoca a intralogística, agoraapontando as tendências do mercado, bem comoalguns cases de sucessos das empresasparticipantes. Por fim, também damos destaqueao segmento de cosméticos. Nesta caso,operadores logísticos e embarcadores enfocam oque considerar na escolha de um operadorlogístico nesta área, os problemas mais comunsno relacionamento entre ambos, quais osdiferenciais das operações logísticas nosegmento e que processos são utilizados quediferem de outros segmentos.

Diante deste grandenúmero de informações – seconsiderarmos, também, asoutras matérias queintegram esta edição darevista LogWeb, só nos

resta desejar boa leitura.

Page 6: Revista Logweb 73

6 | edição nº73 | março| 2008 |Logweb

AgendaAbril 2008

Feiras:

Embala Minas 2008Feira Internacional de

Embalagens eEquipamentos

Período: 8 a 10 de abrilLocal: Belo Horizonte – MGRealização: GreenField

Informações:www.greenfield-brm.com/

[email protected]

Fone: (11) 3567.1890

IntermodalSouth America 2008

Período: 15 a 17 de abrilLocal: São Paulo – SP

Realização:Grupo Intermodal

Informações:www.intermodal.com.br

[email protected]: (11) 3815.9900

Veja a agenda completado ano de 2008

no portal

www.logweb.com.br

Simpósios &Visitas Técnicas:

Supply Chain & LogísticaPeríodo: 16 e 17 de abril

Local: São Paulo – SPRealização:

Ciclo DesenvolvimentoInformações:

[email protected]

Fone: (11) 3567.1400

LogDay – Simpósio deLogística ModernaPeríodo: 25 de abril

Local: Salvador – BARealização:

Norte ConsultoriaInformações:

http://[email protected]

Fone: (72) 2102.6600

Workshop:

Simulando e OtimizandoPortos com o PortoSim

Período: 30 de abrilLocal: São Paulo – SPRealização: Belge

Informações:www.belge.com.br

[email protected]: (11) 5561.5353

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Page 7: Revista Logweb 73

7 | edição nº73 | março| 2008 | Logweb

Cursos:

Gerência de CustosLogísticos

Período: 7 e 8 de abrilLocal: Rio de Janeiro – RJ

Realização:CEL - Coppead/UFRJ

Informações:http://[email protected]

Fone: (21) 2598.9812

Projetos LogísticosPeríodo: 8 e 9 de abrilLocal: São Paulo – SP

Realização: TigerlogInformações:

[email protected]

Fone: (11) 6694.1391

Gestão em Transporte deCarga e Logística

Período: 11, 12, 25 e 26 de abrilLocal: São Paulo – SP

Realização: SETCESPInformações:

[email protected]

Fone: (11) 6632.1088

Planejamento de MateriaisPeríodo: 16 e 17 de abril

Local: São Paulo – SPRealização: Elimar

Informações:www.elimarconsult.com.br

[email protected]: (11) 4797.2172

Tópicos Avançadosde Logística

Período: 29 de abrilLocal: Sapucaia do Sul – RS

Realização: Dalva SantanaInformações:

[email protected]

Fone: (51) 3474.4515

Segurança e Confiabilidade naMovimentação de Materiais

Período: 29 e 30 de abrilLocal: Belo Horizonte – MGRealização: Coopertec

Informações:[email protected]

Fone: (31) 3278.2828

Conferência:

Conferência JoC SouthAmerica Logiport

Período: 15 e 16 de abrilLocal: São Paulo – SP

Realização: Journal ofCommerce Conferences e

Guia Marítimo-GrupoIntermodalInformações:

[email protected]

Fone: +1(760) 294.5563

Segmentação logística

Ticket Transporte usaempresas especializadasem logística

por praça, que leva em consideraçãoa geografia do local para a entregados pedidos dos clientes”. Eleafirma que para que não haja atraso,as entregas para as transportadorassão feitas com antecedência.

De acordo com Oliveira, háhorários pré-determinados durante odia para que a área de produçãoentregue os pacotes montados paraa área de logística. Ele diz que oplanejamento é feito com base naprevisão de entrada dos pedidos dosclientes e com a confirmação damontagem dos pacotes pelaprodução. “Entregamos em todos osdias úteis da semana, com umaconcentração maior nos finais demês por conta da entrega dobenefício Ticket Transporte aosfuncionários das empresas.”

Oliveira aponta alguns proble-mas nesta área. “A maior barreira éo prazo reduzido que temos para

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

R ecentemente, SérgioOliveira assumiu a diretoriade Produto e Operação do

Ticket Transporte (Fone: 114404.2233), que fornece serviçosde compra, manuseio,envelopamento, personalização eentrega dos vales-transporte dediversas operadoras do Brasil.

O Ticket Transporte é umserviço que, através da frota deparceiros de entrega, atende todo oterritório nacional. Oliveira falasobre o processo logístico deentrega dos benefícios e informaque as transportadoras contratadascoletam os produtos no Centro deDistribuição, localizado na Lapa,em São Paulo, SP, e roteirizam asentregas. “Possuímos algumasempresas especializadas naprestação de serviços de logísticaque assumem toda a operação.Definimos um acordo de serviço

Oliveira: “definimos um acordo deserviço por praça”

comprar os vales-transporte, enviá-los para a área de produção,montar os pacotes e entregar nadata solicitada pelos clientes”,explica. Ele conta que praticamente80% do movimento é concentradonos últimos 10 dias de cada mês,em razão do fechamento da folhade pagamento dos clientes. “Existeesta limitação por parte dosclientes, em função da rotatividadenatural, ou seja, contratações edemissões mensais de funcioná-rios”, complementa.

Para solucionar este tipo deproblema, o novo diretor de Produtoe Operação afirma que vai atuarfortemente na revisão dosprocessos produtivos, a fim deobter maior controle e agilidade.“Desta forma pretendemos garantirsempre a data de entrega solici-tada. Investiremos em indicadoresprodutivos que apresentem osvolumes e fases da cadeiaprodutiva”, conta.

“Em 2007, evoluímos com asimplificação das atividades econquistamos uma expressivaredução de custos por conta damigração pelas empresas detransporte público do vale-transporteem papel para o cartão eletrônico”,analisa. Ele destaca que o fato deter de entregar o cartão apenasuma vez, já que ele é alimentadopor créditos mensais, simplificou asoperações do Ticket Transporte. ●

Page 8: Revista Logweb 73

8 | edição nº73 | março| 2008 |Logweb

Segmentação logística

Profarma:a logística na áreade medicamentos

H á 46 anos no mercadofarmacêutico, a Profarma(Fone: 21 4009.0276) cobre

88% do território nacional, é asegunda maior distribuidora demedicamentos do país e, segundoo seu diretor financeiro e derelações com investidores, MaxFischer, passa por um forteprocesso de consolidação. “Omercado cresceu em torno de 14%,totalizando R$ 20,9 bilhões, em2006”, informa. Além disso,anuncia que em razão do envelhe-cimento da população, o consumode medicamentos tende aaumentar nos próximos 10 anos -ele ainda relaciona esse aumento àmaior aceitação dos genéricos.

Evolução logística da Profarma

1996:construção do

CD em BeloHorizonte -primeiro CDfora do RJ

1998:CD no

EspíritoSanto

1999:aquisição

da K+FSão Paulo

2000:implantação

datecnologia

SAP

2001:implantaçãodos CDs emCuritiba eBrasília

2003:início da

atuação nadistribuiçãoem hospitaisparticulares

no Rio deJaneiro

2004:início da atuação na

distribuição emhospitais particulares

em SP e início deatuação na região

Nordeste(CD Salvador)

2007:aquisição doCD da Dimper(concorrente

no RS)

2008:serão sete

CDsautomatizados

A importânciada logística

Para atender a um mercado tãoamplo e crescente, a Profarmadispõe de uma estrutura logísticacomposta de 11 Centros deDistribuição: Rio de Janeiro, RJ,São Paulo e São Carlos, no Estadode São Paulo, Canoas, RS, Curitiba,PR, Belo Horizonte, MG, Vitória, ES,Brasília, DF, Salvador, BA, Recife,

PE, Alagoas e Fortaleza, CE, sendocinco deles totalmenteautomatizados com modernossistemas de separação automática– importados da Áustria.“Os sistemas implantadostrouxeram mais segurança, maiorrastreabilidade e ganhos deprodutividade”, diz Fischer.

Na Profarma, os sistemasfuncionam assim: cada produtorecebe uma identificação assimque chega ao estoque e, através deleitores de códigos de barras emtoda a linha separadora, é possívelum controle total do processo deestoque, separação e expedição,com agilidade e índice de erropróximo a zero.

A direção da empresa informaque, com o uso desses sistemas,mais de 35 mil produtos sãoprocessados por hora.

Diariamente, a Profarma – queatua não só no setor farmacêutico,mas também no hospitalar(oncologia e vacinas) e no setor decosméticos – atende a cerca de10.000 novos pedidos. Para darconta de atender a esta demanda, aempresa possui uma frota de maisde 200 veículos monitorados viasatélite e por GPRS. Eles têm rotasprogramadas, com localização ehorários de entrega determinados,além de um sistema de bloqueioeletrônico em caso de roubo oudesvio de itinerário.

Fischer acredita que osinvestimentos na área de logísticasão fundamentais para o cresci-mento da empresa, e revela que,em razão destes investimentos,houve um aumento no percentualde despesas da Profarma. Mastranqüiliza: “isso deve ser recupera-do em um prazo de um ano e meio”.Ele complementa afirmando que osinvestimentos nos CDs tornam ovarejo mais fiel, já que dificilmenteum produto solicitado estará emfalta. Fischer garante, também, queo estoque deve ser o principal focode investimento para que se tenhaum bom nível de serviço.“A distribuição da Profarma prezapor preço, nível de serviço,regularidade no tempo de entrega elogística”, encerra. ●

Fischer: a distribuição da Profarmapreza logística

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Page 9: Revista Logweb 73

9 | edição nº73 | março| 2008 | Logweb

“Parabéns por teremcumprido mais umdesafio e saírem embusca de outros”.

Fernando TrigueiroDiretor da Focus-TrigueiroConsultoria &Treinamento

“Quero parabenizar aequipe da revistaLogweb, seusdiretores, colaboradorese leitores, por seu 6º anode vida, informação,liderança e comprometi-mento.”

Carlos BaptistaVendedor da Bauko

Máquinas

Palavrado leitor

“Gostaria deparabenizá-los pelamatéria ‘Tendências enovas aplicações paraempilhadeiras’ (revistanº 72, página12).A matéria está objetivae esclarecedora. Emnome da Retrakgostaria de agradecer oespaço e a oportunidadeem colaborar com amatéria. Se precisar dagente é só chamar!!!”

Fábio D. PedrãoDiretor da Retrak

Page 10: Revista Logweb 73

10 | edição nº73 | março| 2008 |Logweb

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Segmentação logística

Telelok: a logística nalocação de mobiliário paraescritórios e eventos

Para efetuar a distribuição dosmóveis, a empresa conta com novecaminhões, sendo sete próprios edois terceirizados (fixos). De acordocom a Telelok, seis veículos ficam

em São Paulo, dois no Rio deJaneiro e um em Curitiba, mas estadistribuição pode ser alterada,principalmente quando há grandeseventos. Em Brasília, a empresa

ainda conta com o apoio de umoperador logístico, que atua deacordo com as orientações daTelelok.

Edmir Pereira de Souza,gerente administrativo, responsá-vel pela logística, manutenção emontagem dos produtos da TLKMontagens – empresa do GrupoTelelok – afirma que em razão dagrande demanda, às vezes épreciso contratar outros veículos.“Recentemente, locamos mais deseis mil cadeiras para o maiorencontro de executivos da AméricaLatina, a HSM Expo Management.Foram necessários 20 caminhõesterceirizados e cada veículotransportou cerca de 300 itens”,conta.

Souza enfatiza que o foco daTelelok são os eventos de negóciose empresas de todos os portes esegmentos, mas destaca algunssetores. “Olhando para a nossacarteira, identificamos algunssetores mais representativos, comoinstituições financeiras e callcenters”, diz. Ele explica que asempresas geralmente solicitam osserviços da Telelok quandonecessitam de um ambiente detrabalho otimizado. ”Situaçõescomo expansão ou redução deescritórios, início de operações denovos departamentos oudesativação de seções, emprega-

dos temporários e salas detreinamentos e urgência emestabelecer novos espaços apósacidentes são demandas atendi-das com freqüência por nós”.

O responsável pela logísticada TLK fala sobre a importância daorganização adequada para aqualidade do atendimentoprestado pela empresa. “Um dosprincipais desafios é manter aqualidade no atendimento, aomesmo tempo em que há ademanda do dia a dia. Para a HSMExpo Management, por exemplo,tivemos que movimentar 10.000mil cadeiras, com um prazoapertado, o que nos fez colocarvários funcionários dedicados. Amesma operação foi montada trêsdias depois, para retirar osprodutos. Toda essa logística tevede ser muito bem planejada(equipes, líderes, horários,transporte), visando atender àsexpectativas do organizador doevento, mas sem interferir noatendimento aos outros clientes”,completa.

Ainda explicando o processologístico, Souza conta que todosos itens que retornam da locaçãopara o Centro de Logística sãoselecionados antes de seremenviados para a armazenagem.“Os itens que estão em perfeitoestado são higienizados, embala-dos e direcionados para oestoque. Já os danificados sãoencaminhados à equipe interna demanutenção, que avalia o estadoda peça e decide pelo conserto oudescarte”, informa. Ele diz que ositens que entram para armazena-gem estão em perfeito estado, oque possibilita saber o númeroexato de móveis em estoque,facilita a negociação com osclientes, mas não impede que hajauma nova inspeção quando amobília for encaminhada paraoutro cliente.

“Nossa preocupação com aintegridade do mobiliárioindepende do produto transpor-tado, já que todos devem serentregues em estado impecável.Trabalhamos com embalagensadequadas para cada tipo deproduto e contamos com ocompromisso das nossas equipesde expedição e entrega paragarantir a qualidade e conserva-ção dos produtos”, diz Souza.

Ele acredita que, para 2008, atendência do seu setor é aterceirização do transporte. “Issodeve acontecer por causa doaumento exponencial da deman-da, maior foco na administraçãodo estoque (reposições, compras equalidade dos produtos) e pelaexigência na excelência daentrega do serviço, montagens edesmontagens”, conclui. ●

M ais de 75 mil itens –entre cadeiras, mesas,gaveteiros, armários,

divisórias e estações de trabalho –compõem o gigantesco estoque daTelelok (Fone: 11 5077.7018),empresa especializada na locaçãode mobiliário para escritórios eeventos, que atende todo oterritório nacional.

O Centro de Logística, que estálocalizado no bairro do Jabaquara,em São Paulo, SP, gerencia eabastece todos os armazéns dasfiliais da empresa – hoje comestoques nas cidades de Curitiba,PR, Rio de Janeiro, RJ, e Brasília,DF. Segundo a Telelok, somente ospedidos vindos de São Paulo e daunidade de Campinas, ambas emSão Paulo, são entregues direta-mente do Centro Logístico aocliente.

Logística reversa é uma constante na empresa

Page 11: Revista Logweb 73

11 | edição nº73 | março| 2008 | Logweb

Institutobusca soluçõespara facilitaro comexO Icex – Instituto deEstudos das Operaçõesde Comércio Exterior(Fone: 11 3865.0686) éuma entidade sem finslucrativos que atuajunto aos órgãosgovernamentais nabusca de soluções quepossam facilitar asoperações de comércioexterior. Tambémoferece informaçõessobre estudos dalegislação vigente doscontatos regulares comsuas filiadas e com osórgãos intervenientes.Além disso, publica edivulga estudos,trabalhos, regulamenta-ções e monografias deinteresse do setor; eorganiza cursos,conferências, palestras,seminários, convençõese atividades afins,sobre assuntos deinteresse dos associa-dos, visando acapacitação dosrecursos humanosligados ao comércioexterior. No mês defevereiro último, porexemplo, foi organizadauma visita técnica aoPorto de Santos, comparadas na DivisãoCitrosuco, do GrupoFisher, exportadora desuco de laranja, naCodesp – CompanhiaDocas do Estado deSão Paulo, no Terminalde Contêineres Santos-Brasil, na Alfândega deSantos, onde o gruposolicitou melhorias nosprocessos aduaneiros,e no Ciesp – Centro dasIndústrias do Estado deSão Paulo de Santos.Podem associar-se aoIcex as pessoas físicase jurídicas queintegrem a categoriaeconômica do comércioexterior, ou que atuemem atividadescorrelatas ou conexasao comércio exterior.

NotíciasRápidas

Page 12: Revista Logweb 73

12 | edição nº73 | março| 2008 |Logweb

Segmentação logística

Wal-Mart amplia rede delojas e ressalta importânciada logística

por vários sistemas que nospossibilitam ter reabastecimentoautomático, tanto para as lojasexistentes quanto para as novas,pois são sistemas previamentedimensionados de acordo comnosso planejamento de crescimen-to em médio e longo prazo.”

Ele explica, ainda, como

funciona o processo logístico nasoperações. “A nossa logística éintegrada e utilizamos Centros deDistribuição no Maranhão, emRecife, PE, Salvador, BA, São Paulo,SP, Curitiba, PR, e Porto Alegre, RS.Esses CDs atendem as suasrespectivas regiões de abrangência esão de tamanhos proporcionais a

R ecentemente, o Wal-Mart(Fone: 0800 7710979)inaugurou novas lojas em

diferentes regiões do Brasil:Campinas e Cotia, SP, Gravataí, RS,Carpina, PE, e Fortaleza, CE.O investimento girou em torno deR$ 153 milhões.

De acordo com a varejista, emconjunto, as lojas têm cerca de20.000 m² de área de vendas eempregam 1.010 funcionáriosdiretos. Além disso, atualmente arede conta com 308 lojas espalhadaspelo país.

O vice-presidente de logística doWal-Mart Brasil, José Paulo Pereira,destaca que a empresa não efetuoualterações em seu processo logísticocom a inauguração das novas lojas.“Possuímos WMS próprio, suportado

Empresa mantém CDs em várias regiões do país

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

cada negócio instalado nas mes-mas”, revela. Ele conta, também,que a entrega de mercadorias é feitadiariamente, obedecendo às janelasde recebimento de cada loja, e que afrota é terceirizada para atender àdemanda semanal/sazonal.

Segundo Pereira, o Wal-Martmantém investimentos pesados epermanentes no desenvolvimento ena modernização de seus processoslogísticos: “entendemos quelogística é uma vantagem competiti-va por suportar não apenas oabastecimento dos diversos pontosde venda, garantindo a quantidadecerta, no lugar certo, no tempo certoe ao menor custo possível, mastambém por suportar o crescimentoda empresa nos diversos mercadosem que atua”, finaliza. ●

Tecnologia

O mercadode TIbrasileiropela TOTVS

Para analisar o mercado detecnologia da informaçãobrasileiro, a revista LogWeb

convidou uma empresa especia-lizada no assunto, a TOTVS, queatua com foco no desenvolvimen-to e comercialização de softwaresde gestão empresarial (ERP).Segundo Wilson de Godoy, vice-presidente de sistemas de recursosda companhia, o mercado de TIno Brasil voltado a processoslogísticos pode ser dividido emdois tipos de usuários – osoperadores logísticos e astransportadoras –, e a diferençaentre eles está em comonasceram. “O primeiro já nasceusob conceitos modernos, profissio-nalizado, com tecnologia deinformação embarcada. Já astransportadoras representam ummercado diferente, no qual atecnologia de informação atédeterminado momento foiencarada como um mal necessá-rio, somente de três a quatroanos para cá foi vista comoimportante”, explica.

Em resumo, de acordo comele, o mercado de TI dentro dosoperadores logísticos está maisconsolidado, mas nas transporta-doras ainda tem muito queevoluir. “Por exemplo, o principalinsumo de uma empresa já foi ocaminhão, hoje é a informação.Agora o caminhão pode serconsiderado uma commodity”,conta.

Em novidades no segmento,Godoy aposta que elas estão naintegração entre a automação,com incrementos importantes naparte de leitores automáticos eesteiras, e as ferramentas de TI.“Na computação difundida está ogrande diferencial e ganho deprodutividade.” Para ele, um OL,teoricamente, vai aumentando onúmero de operações fiscais querealiza, e se não contar comferramentas de TI vai acabartendo problemas de ineficiência.

Sobre o que pode atrapalhar omaior uso de tecnologia dainformação pelas prestadoras deserviços, o vice-presidente desistemas de recursos da TOTVSacredita que quanto maior o graude automação de um operador

Page 13: Revista Logweb 73

13 | edição nº73 | março| 2008 | Logweb

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

A

Segmentação logística

Munte comprova: logísticatambém é imprescindível naconstrução civil

tuando no mercado de pré-fabricados de concreto, aMunte (Fone: 11 4143.8000)

– que tem mais de 700 obras járealizadas e entregues – vemparticipando de diversas concor-rências e tem marcado presença nosetor habitacional. Prova disso é aconstrução de um condomínio dealto padrão em Americana, interiorde São Paulo.

O Condomínio ResidencialJardins – que deverá ser entregueno início de 2.009 – conta com 12andares, dois subsolos e térreo emuma área construída de 6.812 m2.No total serão utilizados 1.490 m3

de concreto: 880 m3 de pré-fabricado, 180 m3 em pilaresmoldados e 430 m3 nas capas deligação. “O processo de construçãosegue a seqüência convencional:fundações, pilar in loco, sistema depré-vigas, lajes alveolares e

fechamento”, conta RailtonCarvalho, gerente geral de vendase marketing da Munte.

A importânciada logística

Tudo isto só é viável com umalogística bem “azeitada”. Afinal,Carvalho destaca que o conceito delogística é aplicado tanto para otransporte (entrega de peças naobra) quanto para o fluxo deprodução e montagem. “Toda obraé fracionada em etapas e secunda-riamente em peças. A logística vaidesde a programação de produçãoaté a montagem final, que atende auma seqüência anteriormentecombinada com o cliente”, salientaCarvalho.

Grande parte do material usadona obra é fabricada na matriz da

empresa em Itapevi, SP. No casoespecífico desta obra, paratransportar os produtos atéAmericana, a Munte conta comuma frota mista: 30% própria e

70% contratada. “Estamosutilizando principalmente carretasde 27 ou 30 toneladas, normais,estendidas ou Doly”, diz Carvalho.Em termos gerais, ele afirma quegeralmente há cuidados relaciona-dos à segurança da carga, dotransportador e do tráfego, masnesta obra não há nenhumprocedimento especial.“Ao contrário de um caso dedescida para o Rio de Janeiro, naSerra das Araras, quando foinecessário restringir o tráfego deoutros veículos”.

No que diz respeito àsfundações, a empresa participa dasseguintes etapas: sondagens,blocos de fundação, vigasbaldrames, fundações e solidariza-ção dos pilares. Segundo a Munte,os pilares são as peças menospadronizadas na produção de pré-moldados, e como há diferençasgeométricas, a fabricação seassemelha a um processoartesanal, sempre mantendo ospadrões tradicionais oferecidospela empresa. “Para esta obra emAmericana, a fundação e os pilaresforam feitos no local”, revelaCarvalho.

De acordo com a Munte, aspré-vigas têm fabricação inicialdentro das operações da empresa esão concluídas na obra, após amontagem das armadurasnegativas. ●

logístico, maior é sua dependênciade tecnologia da informação. Nocaso de falha de algum sistema,uma empresa pode até parar. Porisso, considera que é precisosempre contar com umaprestadora idônea, com capacida-de de atendimento 24 horas.

Segundo Godoy, outro fatorque pode levar a uma certaresistência quanto ao uso deferramentas de TI é a dificuldadeem provar o retorno dos investi-mentos, ou seja, o ROI – Return onInvestiment. “Não é simples mediro ROI em situações tangíveis eintangíveis”, salienta.

Por parâmetro tangível, cita asvantagens da automação, quando,em vez de a empresa utilizar cincopessoas para fazer o serviço,utiliza três. Em intangíveis está odesempenho do funcionário, quedeixa de trabalhar sobre pressão,não necessita ficar até mais natarde na empresa e, conseqüente-mente, atende melhor ao cliente,com mais qualidade.

HistóricoA marca nasceu em 2005, com

a compra da catarinense Logocen-ter pela Microsiga, empresa criadapor Laércio Consentino no inícioda década de 80. TOTVS, em latim,significa totalidade, e a pronúnciacorreta é “totus”. Consentino éhoje o presidente da empresa.

A companhia desenvolve efornece software de gestãoempresarial para pequenas emédias empresas no Brasil e naAmérica Latina, com 50,1% e 22%do mercado, respectivamente.

A TOTVS não quer ser maisidentificada como holding, massim como uma grande empresa detecnologia. A partir de 19 dedezembro de 2007, as empresasintegrantes do grupo foramtransformadas em produtos:Microsiga, Logocenter, RMSistemas, Midbyte e BCS. Deacordo com Godoy, a unificação donome se deu para não haver aassociação apenas a uma marcade software. “A mudança acon-teceu para preservar as marcas enão destruí-las. TOTVS é marca eos outros são produtos”, diz. ●

Godoy: As novidades estão naintegração entre a automaçãoe as ferramentas de TI

Logística vai até montagemfinal da obra

Page 14: Revista Logweb 73

14 | edição nº73 | março| 2008 |Logweb

Paletes

Fundamentais nacadeia logísticaOS PALETES TÊM PAPEL FUNDAMENTAL NA LOGÍSTICA, MESMO ENFRENTANDO, SEGUNDO ALGUNS DOSENTREVISTADOS DESTA MATÉRIA ESPECIAL, A “CONCORRÊNCIA” DE CAIXAS OU ENGRADADOS DE MADEIRA, DEBANDEJAS TERMOFORMADAS OU DE RACKS METÁLICOS.

gerente comercial, ambos daEmbafort (Fone: 11 3025.3111), queproduz paletes de madeira,referindo-se à importância dopalete na cadeia logística.

Sobre o mesmo assunto,Roberto Vieira, gestor de negóciosda Embala Sul Industrial (Fone: 114781.0251) – que fabrica paletes eembalagens de madeira – diz que aimportância dos paletes na cadeialogística é a quantidade de meioshumanos e materiais necessáriospara carregar num caminhão umdeterminado número de produtos,durante um período de tempo, ouseja, a produtividade obtidadurante a operação. “Isto significaque, quanto menor forem os meiose o tempo necessários para encherum caminhão, maior é o grau deutilidade da embalagem.”

Sergio Wosch, da gerência devendas e desenvolvimento deprodutos da Embrart (Fone: 413347.3060) – fabricante de paletesde papelão e de OSB com tubetesde papelão –, aponta que o paleteé fundamental para o bomfuncionamento de toda a cadeialogística. Sua finalidade é darcondições de movimentação,proteção e segurança aos produtosque circulam entre as empresas.

Tânia Maria de Souza,coordenadora comercial daEngesystems (Fone: 21 3457.9000),

que produz paletes metálicos,reforça que, realmente, o palete é oelemento básico e essencial paraarmazenagem e transporte decargas. Sem ele não haveria apossibilidade de movimentação decargas em grande volume e comagilidade, diz a coordenadora.

“O palete tem uma das funçõesmais importantes na cadeialogística, uma vez que é ounitizador principal de toda acadeia. Devido a sua granderesistência física e mecânica,suporta e absorve todas as forçasde apoio, pressão, torção ecompressão lateral que a cargaestaria exposta – imagine doisgarfos de aço da empilhadeirasuspendendo e movimentando umcomputador novo ... será que sobraalguma coisa? Com a utilização deum palete adequado e equipamen-tos de movimentação e armazena-gem idem, consegue-se economizarna embalagem de papelão esacaria. O palete tem a principalmissão de unitizar e, também, deproteger as cargas do contato diretocom os garfos da empilhadeira edas longarinas do porta-paletes ourack, com um preço muito acessível:é um dos ítens mais baratos de umCD.” A avaliação é de José RicardoBráulio, coordenador da JoséBráulio Paletes (Fone 11 3229.4246) – que fornece paletes demadeira, de plástico e de açogalvanizado.

De fato, para Luis EduardoNeves, do departamento deengenharia da Longa (Fone: 153262.8100), que comercializapaletes de aço galvanizado, aimportância deste unitizador éfundamental, pois permiteacomodar o produto, movimentar everticalizar sem avarias.

“O palete é considerado ‘a baseda logística’ e, atualmente, éutilizado desde em uma linha deprodução até na armazenagem nodestino final e, em alguns casos,chega a ser unidade de medida, ouseja, é vendida somente a quanti-dade de um palete do produto. Coma padronização e o lançamento dopalete PBR em 1990 atingiu-seconsideráveis reduções de custoscom armazenagem, transporte edescargas, além da sua principalfinalidade, que é o intercâmbioentre as empresas, que trocam ospaletes em suas operações. Hoje, opalete é fundamental em todo oprocesso, imagine uma linha deprodução parar por falta de paletes,uma expedição deixar de processarpor falta de paletes, uma descargade produtos sem o palete, armaze-nar sem o palete...” Agora quemanalisa a importância do paletedentro da cadeia logística é ValdirCirielli, diretor da Matra (Fone: 114648.6120), especializada empaletes de madeira.

Raquel Grossmann, da Pallet doBrasil (Fone: 11 458.1928), queopera com paletes de madeira,plástico e metal, utiliza-se de umexemplo para expor a importânciado palete. “Já tivemos um cliente,de porte grande, no qual a comprade paletes era monitoradapessoalmente pelo presidente daempresa, o que me leva aafirmar que a importância desseitem na cadeia logística é de fatosignificativa. Atrasos, faltas epaletes não-conformes geramperdas de faturamento e prejuízosdiversos, podendo levar até a perdado cliente.”

Michel Siekierski, do departa-mento comercial da PLM Plásticos(Fone: 11 6886.3350), que fabrica

paletes de plástico termoformados,também destaca que o palete é umimportante acessório paramovimentação de cargas comempilhadeira. Sem ele, não hácomo os “garfos” da empilhadeiraou do carro hidráulicoposicionarem-se embaixo damercadoria para levantá-la emovimentá-la. “No uso de estantese empilhadeiras, a importância étotal, a armazenagem vertical éuma realidade”, acrescentaGuilherme Martins Aron, gerentecomercial da Schoeller (Fone: 113044.2151), que fornece paletesplásticos injetados em polietileno.

João A. B. Villadangos, diretorda Transpal Pallet (Fone: 114591.0310), que trabalha compaletes de polietileno de altadensidade, também reforça que, nacadeia logística, o palete é oagente fundamental para aracionalização, manuseio eexpedição de mercadorias.Segundo ele, nos dias de hoje nãose concebe a idéia de não seutilizar paletes.

Marcos Antonio Ribeiro, vice-presidente da Unipac (Fone: 114166.4260), que está focada naprodução e no fornecimento depaletes plásticos, ressalta que,dentre as muitas utilidades dopalete, podem ser citadas proteçãoao produto transportado, redução

De madeira, plástico, metalou fabricadas a partir desucatas de vários tipos de

materiais, os paletes são “velhosconhecidos” dentro da cadeialogística.

“Os paletes têm a finalidade desuporte para algum componente,sendo utilizados na movimentaçãointerna ou em partes de umprocesso de transporte. Sãoaplicados em todos os processosque buscam a otimização de áreasverticais, favorecendo a uniformi-zação do local de estocagem eagilizando a movimentação decargas, auxiliando, inclusive, naproteção dos produtos unitizados”,expõem Manuella de Castro,analista de PD&I, e André Bagatin,

Palete é elemento essencial paraarmazenagem e transporte

Paletes permitem a redução dos custos totais do processo

Page 15: Revista Logweb 73

15 | edição nº73 | março| 2008 | Logweb

do tempo de carregamento e descarre-gamento, agilidade e segurança equalidade na movimentação e armazena-gem de cargas. Além disso, existe aredução dos custos totais do processo.

Já para Marcelo Queiroga, sócio-administrador da Ecowood Rio (Fone: 213656.3934), que produz paletes a partirde plásticos agregados a fibrasorgânicas, “o importante é a carga, opalete é coadjuvante. A função do paleteé muito simples: uma ferramentaque permite levar uma carga de umponto a outro em segurança com rapideze praticidade. Acreditamos que suaimportância é a mesma da paleteira, daempilhadeira e dos racks. Se levarmosem conta que essa necessidade égrande, e que provavelmente qualquerempresa que tenha a necessidade de

transportar cargas com regularidadeprecisa, de uma forma ou deoutra, utilizar algo que permita racionali-zar esse movimento, nós temos umaferramenta racional”, avalia.

ConcorrênciaComo visto, a importância do palete

é grande dentro da cadeia logística.Mas, ele tem concorrentes?

Alguns dos participantes destareportagem especial dizem que não,outros apontam simplesmente que sãodiversos os concorrentes.

“Muitas vezes podemos substituir ospaletes por caixas ou engradados demadeira. É feita essa sugestão ao clienteconsiderando, sempre, a segurança doproduto e a otimização do frete. Temoscasos de sucesso em que o cliente,através da intervenção do departamentode PD&I da Embafort, obteve um ganhono custo de transporte de até 54%”,afirma Manuella.

Para Vieira, da Embala Sul Industrial,o concorrente direto dos paletes é abandeja termoformada, que procura seadequar à forma dos produtos a seremtransportados e se encaixam adequada-mente umas sobre as outras.

“Acredito que o maior concorrenteseria o rack metálico, o qual apresentaalgumas vantagens, caso seja utilizadopara armazenar mercadorias que ficam amaior parte do tempo paradas. Paramercadorias que necessitam sermovimentadas com certa freqüência,ainda que apenas internamente, o palete

continua sendo a melhor opção”, avaliaSiekierski, da PLM Plásticos.

Para Wosch, da Embrart, e Neves,da Longa, a concorrência que existe éentre os tipos de materiais usados. “Ospaletes de madeira são os mais baratose reforçados que existem. Aplicam-semais em casos de paletes descartáveis.Porém, quando se trata de exportação,há a necessidade de tratamentofitossanitário. Os paletes de papelãosão mais leves que os de madeira.Aplicam-se mais em casos de paletesdescartáveis e com frete aéreo. Sãosensíveis à umidade, mais frágeis emais caros que os de madeira. Ospaletes de OSB com tubetes de papelãosão mais leves que os de madeira.Aplicam-se mais em casos de paletesdescartáveis. São isentos deCertificação Fitossanitária, mais carosque os paletes de madeira e maisbaratos que os de papelão. Os paletesplásticos são mais leves e duráveis.Aplicam-se mais em casos de paletesretornáveis. São isentos de CertificaçãoFitossanitária e os mais caros de todos.Têm limitações dimensionais”, afirma orepresentante da gerência de vendas edesenvolvimento de produtos daEmbrart.

Para Ribeiro, da Unipac, os produtosque a sua empresa fabrica são concor-rentes entre si. “Por exemplo, um dosconcorrentes diretos dos nossos paletessão as embalagens plásticas colapsíveisproduzidas pela Unipac, pois sua base éformada por um palete”, afirma.

Além disso – ainda segundo o vice-presidente da Unipac –, também sãoconsideradas concorrentes as empresasque fornecem paletes de baixa qualida-de, tanto de plástico como de madeira.“No caso dos paletes de madeira,apontamos como um fator preocupantea falta de controle eficiente, por partedos órgãos governamentais, sobre aorigem da madeira utilizada. Falta,também, uma maior fiscalização sobreos sistemas de controle fitossanitários.”

Para Aron, da Schoeller, a concorrên-cia depende do modo de estocagem.“Se forem estantes porta-paletes, nemprecisamos entrar no assunto. Se forcomo apoio de chão, deve-se levar emconta como será movimentado. Ospaletes, por enquanto, são largamenteutilizados à medida que não há

padronização de cargas fracionadas portamanho”, diz ele.

Cirielli, da Matra, avisa que aindanão existe um concorrente direto para ospaletes de madeira. “Paletes de papelão,plástico, aço, alumínio, etc. existem, masem pequenos volumes e dirigidos adeterminados mercados. O maiorconcorrente do palete PBR é o mercadode paletes usados, que são desviados doseu curso natural e revendidos noEstado, sem as mínimas condições dehigienização”, ressalta.

Queiroga, da Ecowood Rio, tambémnão consegue ver um concorrente diretoou substituto do palete e suas variações– mesmo grãos em big-bags. Segundoele, qualquer substituto ou complementoque seja um transportador ou umagrupador de carga seria uma variaçãodo palete. “Pode ser que em algunspassos da logística o palete possa sersubstituído por outras ferramentas, masem áreas externas, para cargas peque-nas e médias, não vejo atualmente umconcorrente.”

Raquel, da Pallet do Brasil, tambémsegue por esta linha de pensamento.“Não conheço outro produto quesubstitua em 100% o palete, o queexiste é o slip sheet, que corresponde auma folha de plástico ou papelão paramovimentação. É adotado em poucasempresas por apresentar limites deutilização, de uniformidade e peso dacarga, bem como requerer a adaptaçãoou reposição dos equipamentos deprodução e movimentação”, explica.

Villadangos, da Transpal Pallet,também não vê concorrentes. Segundoele, para carga que não a granel,praticamente não há concorrência paraos paletes e seus derivados, face àrapidez e qualidade da operação comempilhadeiras. ●

O palete éconsiderado“a base dalogística”

“O palete é coadjuvante”

Page 16: Revista Logweb 73

16 | edição nº73 | março| 2008 |Logweb

necessidade é mais do que óbvia,pois neste caso não se pode ficarsem no mínimo este equipamento.”

É o que também apontaMarcos Rodrigues, gerente devendas da Weber (Fone: 113337.3755). Segundo ele, no atualcenário internacional e nacional, alogística vem ganhando cada vezmas importância no processoprodutivo das indústrias, sendoelemento permanente de estudo,ora como via de maior produtivida-de, ora como via de redução decustos. “No caso dos carrinhos, aimportância deles está em darmuito mais velocidade ao processoprodutivo, propiciando deslocamen-tos rápidos em áreas com restriçãode espaço para manobras,interligando processos quandooutra forma de logística não épossível, como as esteiras, porexemplo”, diz.

Rodrigues também salienta queos carrinhos podem ser considera-

dos elementos que aportam namaior segurança do trabalhador,“haja vista que certos volumes epesos podem ser transportadosfazendo-se muito menos esforço eoferecendo muito menos ounenhum risco no deslocamento deuma área a outra da fábrica”. Eleacrescenta que, atualmente,existem inúmeros modelos decarrinhos, o que também propiciauma ideal adequação à necessida-de de cada tipo de indústria e cadaprocesso.

Por sua vez, Leonardo Soaresda Silva, do departamentocomercial da Dutra (Fone: 112795.8845), salienta as qualidadesdos carrinhos: “eles são práticos,ergonômicos e resistentes paraatuar dentro da área industrial,priorizando organização e produtivi-dade internamente no setorlogístico, alcançando eficácia naprodução e na economia de seusserviços”.

Para Éd Pinharbel Silvério,gerente nacional de vendas daRod-Car (Fone: 11 2145.8500), oscarrinhos são realmente funda-mentais na organização dostrabalhos de movimentação demateriais e proporcionam maioragilidade na locomoção dasmercadorias. “Para cada necessi-dade de uso há um carrinhoespecífico de acordo com o tipo decarga a ser transportada, o tipo depiso onde os carrinhos estarão emoperação e a carga dos produtos aserem transportados, que podevariar de 150 kg até 1.500 kg,visando melhor aproveitamento doespaço e otimização de proces-sos”.

É o que também destacaMirela Sabrina S.Mateus, gerentecomercial da Carrinhos Brasil(Fone: 19 3232.2013), acrescen-tando que são equipamentos debaixo investimento em relação aosganhos de produtividade.

Carrinhos Brasil

Carrinhos transporta tambor,armazém, plataforma, hidráulico,caixa, plat, pantográfico e platafor-ma estão entre os equipamentosdistribuídos pela Carrinhos Brasil.

DrimecA Drimec (Fone:41 3393.3344)apresenta basi-camente duaslinhas de produ-ção de equipa-mentos paramovimentaçãode materiais: li-

nha de produtos em alumínio e linha de produ-tos em aço carbono com pintura eletrostática.“Os carrinhos manuais Drimec foram desenvol-vidos a partir do conceito da modularidade e porisso adaptam-se a qualquer segmento do mer-cado, ou seja, o cliente pode escolher o tipo deempunhadura, quadro, nariz ou pneus que irãocompor o seu carrinho”, destacam RodrigoGimenez, diretor geral, e Virgínia Chemin, daárea de vendas da empresa.

DematicA Dematic oferece uma completa linha de

transpaletes: manual para 2 e 3 toneladas; manualem aço inox; com elevação manual ou elevaçãomotorizada; e elétrico ou semi-elétrico. “Tambémdisponibilizamos transpaletes com balança eimpressora integradas que permitem a pesagemda carga em qualquer momento ou lugar, facilitan-do, por exemplo, a contagem de peças durante oinventário, em função do peso unitário da amostra”,

declara Castelão. Outra aplicação envolveos transpaletes com elevação de até 800mm, que facilitam o descarregamento de

carga, eliminandoa necessidade do

esforço humano nomomento de colocar a carga

sobre a bancada.

D entro da operação demovimentação de cargas,os carrinhos manuais

industriais têm uma importânciafundamental, conforme destacamos entrevistados nesta matériaespecial da revista LogWeb. Alémdisso, também são destacadas asnovas e as mais comuns aplicações.

NecessáriosJosé Luiz Castelão, da área de

vendas de produtos da Dematic(Fone: 11 6877.3618), considera quepor mais automatizado que seja osistema logístico, é praticamenteimpossível ficar sem equipamentosauxiliares para movimentação dosmateriais, como os carrinhosmanuais, mesmo que seja para umapequena movimentação até ainserção do palete no sistemaautomático. “Quando não hánenhum sistema automático, sua

Novas e maiscomuns aplicações

De forma geral, Silvério, da Rod-Car, assinala que as aplicações maiscomuns dos carrinhos manuaisindustriais são carga e descarga,realocação de espaços e organiza-ção em linhas de produção.

Rodrigues, da Weber,complementa, citando a aplicaçãono transporte de caixas contendopeças pequenas que precisam serdeslocadas de um setor a outro naárea produtiva ou do setor produtivoao estoque. Outra aplicação típicados carrinhos na indústria e na áreade manutenção – continua ele –está no transporte de peçasmaiores, como partes das máquinasou equipamentos, até a oficina evice-versa.

Falando em aplicações maisrecentes, Rodrigues considera queelas estão na área de especificação,ou seja, relacionadas a carrinhosfabricados especialmente paracertos tipos de processo (e nãoservem para outros), como, porexemplo, para transportar porta-cones na indústria de usinagem,cilindros de gás, tambores e atémesmo resíduos pesados doprocesso produtivo (carrinho lixeirafeito de aço).

Castelão, da Dematic, acreditaque a movimentação de cargas comsegurança e ergonomia é o principalobjetivo de uma operação detransporte e armazenagem demateriais. “Neste processo destaca-se a utilização de transpaletesmanuais nas operações compequenos percursos a serempercorridos e/ou com baixafreqüência de utilização.Os transpaletes são indicados paraqualquer necessidade de movimen-tação horizontal de cargaspaletizadas, porém como umaempresa com soluções completaspara logística, defendemos quetodos os aspectos da aplicaçãodevem ser devidamente avaliadosantes da definição do equipamentomais adequado a ser adquirido”, diz.Segundo ele, o baixo custo doequipamento não pode ser o únicofator a ser avaliado, deve-se avaliartambém todos os aspectos deprodutividade e de segurança aooperador.

“As aplicações maiscomuns desses carrinhos são detrabalhos que usam diversos tiposde ferramentas, como montadoras econcessionárias onde se exige maiororganização e produção dosrespectivos trabalhos, dandocomodidade para cada profissionalefetuar sua função”, expõe Silva, daDutra, acrescentando que as novasaplicações estão ligadas a oficinase transportes de pequeno porte comalgumas linhas não exigentes,

Carrinhos manuais industriais

Uma alternativaprática à automaçãoQUANDO NÃO HÁ SISTEMAS AUTOMÁTICOS PARA A MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS, ESTESTIPOS DE CARRINHOS TORNAM-SE MUITO NECESSÁRIOS, PROPICIANDO VELOCIDADE NOPROCESSO PRODUTIVO E DESLOCAMENTOS RÁPIDOS EM ÁREAS COM RESTRIÇÃO DEESPAÇO PARA MANOBRAS.

Page 17: Revista Logweb 73

17 | edição nº73 | março| 2008 | Logweb

DutraDistribuidora em todo o

Brasil de produtos daPaletrans, a Dutra oferececarrinhos de movi-mentação, armário,bancada, plataforma,hidráulico e de uso es-pecífico.

Rod-Car

Entre os produtos ofe-recidos pela Rod-Car estãocarros armazém, platafor-ma, tela, pneumático ebase com rodas (tartaru-gas). “Atualmente estamosdesenvolvendo produtosque funcionam como umaextensão para linhas deprodução nas indústrias eórgãos governamentais”,destaca Silvério.

WeberA Weber oferece carri-

nhos para transporte decaixas, de bebidas, tipo pla-taforma, para transporte detambor, arquivos,f e r r a m e n t a s ,paletes e outros.

como as das indústrias elogísticas.

Falando em segmentos quemais utilizam estes equipamen-tos, Mirela, da Carrinhos Brasil,cita as indústrias alimentícias,petroquímicas, transportadoras,Centros de Distribuição,shoppings e supermercados. ●

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Page 18: Revista Logweb 73

18 | edição nº73 | março| 2008 |Logweb

Evento

TranspoQuipaconteceráem setembro

Empilhadeiras

Empicamp temnova sede emCampinas

não se ensina isso. Hoje, omercado oferece treinamentovoltado para a parte trabalhista,mas não ensina a parte deoperação. O profissional deveconhecer os tipos de equipamentoe saber operá-los”, argumenta.

Com este pensamento, aEmpicamp já alterou o seucontrato social e está tomando asdevidas providências para quepossa oferecer treinamentostambém aos clientes, habilitandoseus operadores. “Temos quetransmitir segurança para ocliente. Passar a confiança de umaempresa que tem estrutura paraoferecer serviços pós-venda”,complementa Baptista. Para ele,prova disso são as 65 máquinaslocadas no mercado atualmente.

Para o futuro, Baptista contaque a Empicamp, além decontinuar as parcerias com a Lindee a Artama, pretende representarempresas de verticalizadostambém. “Queremos fecharpacotes logísticos para os clientese oferecer um atendimentocompleto”, informa. Além disso, ospróximos passos da empresa serãono sul do Estado de Minas Gerais.“Vamos prospectar clientes parapassarmos a atender aquela área”,conclui. ●

Portos, Ministério das Cidades eMinistério dos Transportes, entreoutros.

Ele afirma que a situaçãoeconômica favorável que o Brasilatravessa, os investimentos federaisatravés do PAC (R$ 58 bilhões) e agrande quantia de dinheiro presenteno mercado são fatores que atraemempresas estrangeiras e tornampossível a realização do evento.

Presente no coquetel delançamento da feira, MarceloPerrupato, secretário nacional depolítica de transportes, destacou aimportância da TranspoQuip eexplicou que, para o crescimento dopaís, é preciso superar limitesestruturais e ampliar a coberturageográfica da infra-estrutura detransportes. “Esta infra-estrutura detransportes deve ser indutora ecatalisadora do investimento”,disse. Ele acredita que é o momentopara estes investimentos: “temosque nos preparar para um Brasilmuito maior. Não dá para esperarmais”.

A FeiraNo período da manhã, das

10h às 12h, irão acontecerconferências – apresentadaspor profissionais de destaqueno Brasil e no exterior, envolvi-dos nos vários modais emtransporte – para troca deconhecimentos e debates. Naparte da tarde serão apresenta-dos os seminários sobre osmodais: rodoviário/urbano,ferroviário, aquaviário/portos eaeroviário. Os temas da feiraserão gestão logística,segurança, conforto do usuárioe marcos regulatórios relaciona-dos à infra-estrutura detransporte.

“Nossa expectativa épromover uma ligação entre astrês partes envolvidas: governo,empresas e técnicos. Asempresas terão espaço paramostrar suas novas tecnologias,o governo poderá expor osprogramas e projetos que serãodesenvolvidos na área detransportes – como o PAC e oPNLT –, e os técnicos terão aoportunidade de se familiarizarcom as novidades tecnológicase programas governamentais”,explicou Thais Penteado,coordenadora de conteúdo daconferência.

No que diz respeito àgestão logística, o evento traráprodutos, soluções e serviçoscomo controle ambiental,design, estacionamento econtrole de acesso, manejo debagagem, de cargas e depassageiros, preços depassagem e controle deinformações, rastreamento,simulação, sistemas detransporte público, tecnologiada informação e telemática.

Já no aspecto de proteção esegurança, cercas e barreiras,coação, detecção de veículos epassageiros, emergência eadvertência, iluminação,manutenção de infra-estrutura,roupas de segurança, segurançae inspeção, sinalização emarcação, sistemas depesagem e sistemas desegurança serão os temas.

Por fim, sobre conforto dousuário e ambiente serãoabordados assuntos desdecarrinhos de bagagem,decoração de quiosque e loja,elevadores e escadas, equipa-mentos de limpeza, flora,iluminação, áudio e vídeo,informações aos passageiros,instalações de restaurantes,instalações sanitárias, mobíliapública e painéis, até proteçãodos ônibus.●

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

D e 9 a 11 de setembropróximo, no pavilhãoamarelo do Expo Center

Norte, em São Paulo, a RealAlliance (Fone: 21 3717.4719) –fundada por um grupo de investido-res privados holandeses, queassessora e identifica oportunida-des de negócios para empresasestrangeiras entrarem no mercadobrasileiro – promoverá aTranspoQuip Latin América.

Segundo a empresa holandesa,o evento será uma mega-exposiçãointernacional que vai contar commais de 200 grandes fornecedoresmundiais e brasileiros de insumosindustriais, equipamentos,softwares e serviços para estradas,portos, aeroportos, ferrovias esistemas de transporte urbano.

Entre outras empresas, jáconfirmaram presença na exposi-ção: as brasileiras Brascontrol,Perkons, Digicon e Transdata; asespanholas Mabyc, Indra e GrupoEtra; 3M, Smiths Detection, Quixotee Federal APD, dos Estados Unidos;além de representantes do ReinoUnido, Holanda, Austrália,Alemanha, Croácia, China, Suécia,Canadá e França.

De acordo com Sebas Van denEnde, presidente da Real Alliance, aTranspoQuip terá suporte dogoverno e outros órgãos importan-tes, como: DNIT, DENATRAN, ANTT,INFRAERO, CNT, Porto de Santos,ABCR, ABEPH, ABETRANS, ABNT,ABPv, ABRAMET, ANEOR, ANTAQ,ANTF, ANTP, NTU, SINAENCO,SINICESP, SNTF, ABDER, ABPT, IRSA,SENAT, SEST, Secretaria Especial de

A Empicamp (Fone: 193246.3113) agora temuma nova sede, em

Campinas, SP, em um pontoestratégico, próximo às rodoviasDom Pedro I, Anhanguera eBandeirantes: um galpão de 2.000m² que abrigará um show room, aárea operacional, o setorcomercial e a parte administrativada empresa.

O show room apresentará osprodutos comercializados pelaEmpicamp: docas niveladoras eelevadores industriais da Artama,empilhadeiras da Linde,prolongadores de garfo (vendidosapós consultoria) e gaiolas deoperação (usadas para fazerpicking), entre outrosequipamentos.

Jean Robson Baptista, diretorda Empicamp, explica que amudança de sede aconteceu pelofato de o antigo galpão ter ficadopequeno para suportar ocrescimento da empresa.“Mudamos porque a Empicamp jánão cabia mais dentro daEmpicamp”, resume. Ele afirmaque a nova estrutura estápreparada para acompanhar ocrescimento nos próximos 10anos, mas não ficará surpreso setiver de fazer mudanças antes doesperado. “A Empicamp surpreen-de quando se fala em números.A nossa média de crescimentoultrapassa 30% ao ano, poissempre buscamos novidades paraoferecer aos clientes”, destaca.

O diretor explica: “representa-mos grandes empresas, buscamoso que há de melhor no mercadopara nossos clientes e por issotemos que ter estrutura comerci-al, de pós-venda e uma sede aaltura de nossos representados”.

A expectativa da empresa –que atua em vendas, locação emanutenção de empilhadeirasLinde, em Campinas – é aumentaro maquinário e também o efetivode funcionários, aos quais ofereceplanos de carreira. Baptistaacredita que treinar os trabalha-dores para a operação é funda-mental para o sucesso daempresa: “o operador precisasaber mexer com bateriastracionárias e nos cursos por aí

Van den Ende: evento terásuporte do governo

Baptista: “queremosfechar pacoteslogísticos para osclientes e oferecer umatendimento completo”

Page 19: Revista Logweb 73

19 | edição nº73 | março| 2008 | Logweb

NotíciasRápidas

Store Automaçãobate recordehistórico em 2007com sete novosclientes em 8 mesesA Store Automação vemobtendo resultadossignificativos com a revisãode negócios e estratégia deatuação no mercado desoftware logístico. “Há trêsanos implantamos emnossa fábrica de software,no interior de SP, oprograma de treinamentocom estudantes universitá-rios, e agora, com oaprendizado, estamoscolhendo os resultados quepermitam a expansão daempresa com basesustentada,” diz MiltonNagamine, diretor da StoreAutomação. Em 2007, aempresa conquistou váriosclientes em WMS, TMS eREDEX: MestraLog Logísticae Armazenagem, ArmavaleArmazéns Gerais, ArmazenaArmazéns Gerais, VilaPorto, Stralog Soluções emLogística, Sonoleve e LibraTerminais.

CMA CGM aumentacobertura nomercado com oserviço CaribrazA CMA CGM (Fone: 212272.9500) acaba decolocar em operação umserviço regular, o Caribraz,que parte de Fortalezaligando a região Nordestedo Brasil com as Ilhas doCaribe. No início, o Caribrazserá um serviço mensal,mas há a intenção de setornar quinzenal em poucotempo. O serviço tem aseguinte rota: Kingston(Jamaica), La Guaira(Venezuela), Porto deEspanha, Manaus, Belém,Fortaleza, Pointe à Pitre(região do Caribe), RioHaina (RepúblicaDominicana) e Kingston.Conexões para o ExtremoOriente, Flórida e costaoeste da América do Sultambém são oferecidas apartir de Kingston.

Page 20: Revista Logweb 73

20 | edição nº73 | março| 2008 |Logweb

Negócio Fechado

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Mercedes-Benz ven1.050 caminhões p

As Casas Bahia (Fone: 0800 8888008) acaba Mercedes-Benz (Fone: 0800 9709090), sendo 750mais 200 dos pesados Axor 1933 e 2035. Este lotKlein, diretor executivo das Casas Bahia, a emprepara ampliação de sua frota em função da parcepela marca também levou em conta as caracterís

Unipacforma parceriacom a OrbisCorporation

A Unipac (Fone: 11 4166.4260)celebra o acordo feito com a empresaamericana Orbis Corporation – umasubsidiária da Menasha Corporation eque fabrica paletes e contentores deplásticos retornáveis. Com estaparceria, a Unipac torna-se o únicofornecedor de produtos Orbis no Brasil ena Argentina.

Segundo Marcos Antonio Ribeiro,vice-presidente da Unipac, muitasindústrias nacionais e da Argentina sebeneficiarão dos produtos resultantesdesta parceria, como a automotiva e deautopeças, de produtos agropecuários eagroquímicos, de bebidas, alimentos,bens de consumo, farmacêutica, higienee limpeza, vestuário, eletrônica e atéaeroespacial.

“A Orbis oferece embalagensplásticas e contentores, além de paletese equipamentos que protegem osprodutos transportados. Essa parceriacom a Unipac representa a introduçãode uma grande quantidade de opçõesem embalagens para todas as empresasno Brasil e Argentina, incluindocolapsíveis, empilháveis, encaixáveis egrandes contentores, que podem serusados em racks, paletes encaixáveis ecom colméias, e que são fabricados,principalmente, de Polipropileno (PP) ePolietileno de Alta Densidade (PEAD)”,diz Ribeiro.

De acordo com o vice-presidente,um dos fatores que contribuiu para aparceria com a Orbis foi a sólidaestrutura empresarial que a Unipacpossui. “Podemos trazer os produtos daOrbis que melhor atender às necessida-des do cliente ou produzir em nossaplanta exatamente o que o parceirodeseja, na qualidade e na forma, alémde desenvolver, transformar e testar oproduto, de acordo com as normasvigentes no Brasil e no exterior,sugerindo opções de processo, matéria-prima, peso, geometria e a melhorrelação custo-benefício”.

A integração dos departamentos deEngenharia de Aplicação, de Engenhariade Processos e de Engenharia deProdutos da Unipac também favoreceu ofechamento da parceria comercial com aOrbis. “As equipes desses departamen-tos vão analisar, mapear e propor omelhor resultado, tanto em termos deproduto como também de serviços”,

Abrange inicianovo serviço nosegmento de logísticade eventos

A Abrange Logística (Fone: 19 2106.8100), em parceria com a TTI Colfairs, empresavoltada para o segmento de eventos nacionais e internacionais, iniciam um novo serviçono segmento de logística de feiras, exposições, eventos e congressos.

Após vários estudos e pesquisas foi constatada uma grande oportunidade nestesegmento, que até então era carente na contratação de serviços de uma empresa queatendesse toda a cadeia, como transporte, armazenagem, logística de movimentaçãointerna nos locais de exposição e equipamentos.

Em novembro de 2007, criou-se o consórcio Abrange Logística TTI Colfairs –empresa especializada em toda a cadeia logística de feiras, exposições, eventos econgressos.

O consórcio fechou contrato para ser a empresa oficial de logística da Couromoda2008. A 35ª Couromoda, a maior feira do segmento da América Latina, foi realizada noCentro de Exposições Anhembi, em São Paulo, SP, entre os dias 14 a 17 de janeiroúltimo, com 1.200 expositores e 77 mil visitantes, onde foram realizados 6 bilhões dereais em negócios.

O projeto logístico Couromoda foi desenhado para dar rapidez e velocidade na saídade todos os materiais envolvidos neste evento. Para isso foi disponibilizada uma equipede 50 profissionais, entre gerente logístico, gerente operacional, supervisores de ruas,operadores de empilhadeira e auxiliares.

O grande desafio como operador logístico oficial do evento era organizar e gerenciartoda a logística do fluxo de saída dos materiais no prazo de 29 horas, evitando possíveisobstruções. Foram envolvidos 3.500 profissionais, 470 caminhões de carga e descargaem uma área de 70 mil m2, desmontagem nunca antes realizada neste tempo.

Page 21: Revista Logweb 73

21 | edição nº73 | março| 2008 | Logweb

Fechando com aEmbelleze, a Célereentra no mercadode cosméticos

Focada em intralogística, a operadora Célere(Fone: 11 5670.5670) anuncia sua entrada nosegmento de cosméticos fechando um contrato de R$2,5 milhões com a indústria de produtos de belezaEmbelleze. A empresa foi contratada para desenharum modelo exclusivo de logística interna paraaumentar a agilidade e a confiabilidade das opera-ções. “Vamos construir uma operação que será vitrinepara o setor, com a combinação de tecnologia,processos e pessoal altamente qualificado”, contaMiriam Korn, diretora geral da Célere.

É graças ao crescimento do setor nos últimosanos que a empresa está apostando nesse mercado.De acordo com a ABIHPEC – Associação Brasileira daIndústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméti-cos, esse segmento vem demonstrando um sensívelaumento desde 2001, saltando de R$ 8,3 bilhões devendas líquidas para R$19,8 bilhões em 2006, umcrescimento de 139%. Segundo Miriam Korn, aempresa busca a diversificação de sua atuação desdeo ano passado, quando se destacou no segmento depapel e celulose. “O setor de cosméticos é umsegmento target para a Célere, pois o Brasil é oterceiro mercado mundial, com números que chamama atenção pela grande expansão”, avalia.

A Célere já contratou uma equipe de 62 técnicospara iniciar a operação, que exigiu ainda o investi-mento de R$ 1,2 milhão em tecnologia, com aimplantação e gerenciamento do sistema de WMS –Warehouse Management System e coletor de dados,além de equipamentos para movimentação de carga,como empilhadeiras, paleteiras e estruturas porta-paletes.

Para Cláudio Serpa, diretor de logística esuprimentos da Embelleze, a expectativa é que aCélere garanta maior produtividade e agilidade àoperação. “Escolhemos uma empresa que possasuportar e alavancar o crescimento que estamosprevendo para os próximos anos. E, ainda, com aexperiência focada em logística interna, acreditamosque teremos ganhos consideráveis no modelo degestão que está sendo implantado em nosso parqueindustrial”, avalia. Pelo contrato, a Célere passa a serresponsável por toda a operação do CD: controle eseparação de material, recebimento fiscal,almoxarifado de insumos, controle de estoque eexpedição de produtos acabados. O contrato fechadocom a Embelleze também marca o início da atuaçãoda empresa no mercado carioca. Para 2008, a Célerevisa, ainda, a entrada em outros segmentos, comoeletroeletrônico, farmacêutico, químico e automotivo.

ndepara as Casas Bahia

de negociar a aquisição de 1.050 veículos com a0 modelos leves Accelo 915 C, 100 médios Atego 1418 ete começará a ser entregue em março. Segundo Michaelesa escolheu novamente os caminhões Mercedes-Benzria que mantém há 25 anos com a montadora. A opçãosticas técnicas dos produtos.

Negócio Fechado

Page 22: Revista Logweb 73

& B

eb

ida

sA

lim

en

tos

PA

RC

ER

IA L

OG

WE

B/F

ISP

AL

22 | edição nº73 | março | 2008 |Logweb

P

Sorvetes

Na Kibon,logística diretapara o varejo

elas suas caracterís-ticas, o sorveterequer uma logística

especial. A Kibon (Fone:0800 7079933), que atua há65 anos nesse mercado, queo diga. É o gerente deCustomer Marketing deDistribuição da empresa,Marcelo Furtado, quemexplica como funciona oprocesso logístico paradistribuição de seusprodutos.

A pulverização dospontos de vendas, associadaà falta de espaço paraarmazenagem nos mesmos,considerando que a empresaconta somente com asconservadoras para isto,além da sensibilidade doproduto congelado, querequer maior atenção ecuidado com a qualidade, sãofatores que fazem com que aKibon utilize a estratégia defornecer diretamente aovarejo. Furtado diz que aolongo dos 65 anos deexperiência, a empresa vemadequando sua operação àdinâmica do mercado, eafirma que a configuraçãoatual é reflexo destedesenvolvimento.

“Como a capacidade deestocagem no ponto devenda está restrita ao espaçoda conservadora, temos amaior parcela do cadastrosendo atendida semanalmen-te, por vendas e distribui-ção”, comenta o gerente, arespeito dos prazos parasuprir a demanda. Ele explicaque para viabilizar esteatendimento em um prazo tãocurto, os CDs são estrategi-camente localizados. “Oatendimento direto eliminaproblemas como composiçãode estoque nos intermediá-rios, divergências comerciais,assuntos de crédito, etc.”

De acordo com Furtado,nos clientes organizados,grandes redes e KeyAccounts os pedidos sãobaseados na reposição, que égerenciada por sistemas etêm os códigos de barras

Embalagens

Piagentinicom garrafa daSaint-Gobain

ASaint-GobainEmbalagens (Fone: 512118.0209), empresa

do grupo francês Saint-Gobain, responsável pelaprodução de garrafas e potespara os segmentos de bebidase alimentos, foi escolhida paraproduzir a embalagem da novalinha de vinhos Gran Reserva,da Piagentini (Fone: 113814.7905).

Fabricada na unidade deCampo Bom, RS, a garrafa nãofoi desenvolvida especialmen-te para a Piagentini, como dizOrlando Cardoso, gerente demarketing do grupo francês:“é um produto standard, quejá faz parte do nosso portfóliopara o mercado de vinhos”.Serão produzidas 13 milgarrafas, que serão distribuí-das para sociedades deapreciadores, associações desommeliers e uma rede depequenas enotecas daDinamarca.

Cardoso diz que a garrafaé inovadora por ser totalmentediferente das tradicionais dacategoria de espumante, alémde ser destaque nas pratelei-ras de todas as casas e lojasespecializadas em vinhosfinos. “Essa inusitada garrafade vidro verde de 750mililitros é totalmenteergonômica e dona de umdesign nobre, charmoso, comlinhas suaves que lembramum delicado sino”, descreve.

Para ele, além deatraente, a embalagemtambém é higiênica e nãointerfere no sabor dealimentos e bebidas, garantin-do, assim, a qualidade originaldo conteúdo. “O vidro é neutroem relação ao produto queenvasa, não mantém nenhumainteração química com o seuconteúdo e pode armazenarqualquer produto por toda suavida útil”, diz.

Em seguida, destaca que aembalagem não permite apassagem de oxigênio ou gáscarbônico e, por isso, nãoaltera a cor ou o sabor doconteúdo. “Nada atravessa ovidro ou escapa da embala-

gem”, afirma. Desta forma, elegarante que os produtosembalados com esse materialtêm prazos de validade até duasvezes maiores do que osembalados em outros materiais.

Para garantir um lequevariado de opções para osclientes, a multinacionalfrancesa trabalha em inovaçõesna forma, no volume, no peso enas cores das embalagens devidro. Para isso, possui umCentro de Desenvolvimento denovos produtos na unidade daÁgua Branca, em São Paulo, SP.“Mantemos um intercâmbioconstante com outros Centrosde Desenvolvimento, partilhan-do com os clientes os últimoslançamentos mundiais”, concluiCardoso.●

como item chave de controle,tanto de entrada como desaída. Já no varejo, querepresenta a maior parcela, arealidade é diferente, pois nãohá sistemas de gerenciamentode estoque nos pontos devendas. “Neste caso, quem dásuporte ao cliente nogerenciamento de estoque sãonossos vendedores, pois elespossuem o histórico de vendasde cada cliente em seusequipamentos eletrônicos detrabalho, o que, associado àexperiência de atendimento,permite fazer os pedidos deacordo com as característicasde giro de cada ponto”,revela.

O transporte de cargasfechadas (para CDs edistribuidores exclusivos) éfeito em carretas frigoríficasde 28 paletes, que operam a- 22 ºC e recebem várioscuidados, como vistoria doestado do pneu, passando pelaverificação de odores em seuinterior, até a temperatura.“Ela é monitorada através determo-registrador queacompanha a carga. Nodestino é rompido o lacre daporta e a temperaturaconferida”, esclarece,enaltecendo a importância depreservar a temperaturacorreta.

Para levar osprodutos direta-mente aos clientes,Furtado diz que aKibon utiliza veículosmenores, considerandoa restrição de tráfegonas grandes cidades e aquantidade viável deentregas diárias, já que ocomércio possui restriçõespara recepção, segundo ele,principalmente de horário.“Neste caso, a temperaturaexigida é um pouco diferen-te, pois o carregamento érealizado a uma temperaturade -33 ºC e, no retorno, aofinal do dia, deve apresentar-18 ºC. Isto garante aqualidade do produto durantetodo o processo de entrega.”

De acordo com o gerentede Customer Marketing deDistribuição, os maioresdesafios encontrados emtodo o processo são “atenderà demanda em 24 horas,mantendo a qualidade ecaracterísticas físicas doproduto, através da condiçãoideal de temperatura ehigiene, além de garantir adistribuição em todoterritório nacional dasinovações, que ocorrem emritmo acelerado, impactandoanualmente em 50% oportfólio”.

Page 23: Revista Logweb 73

23 | edição nº73 | março | 2008 | Logweb

Para encerrar, Furtadodiz que o forte do processologístico da empresa é asincronia entre Unilever –da qual a Kibon faz parte –,operadores logísticos – querealizam a armazenagem, ogerenciamento e a mani-pulação dos estoques –,transportadoras pesadas(cargas fechadas) etransportadoras leves(cargas fracionadas).Atualmente, a Kibonpossui unidades fabris emValinhos, no interior deSão Paulo, e em Recife,PE. No segmento depicolés, a pioneira nadistribuição de sorvetes noBrasil possui market sharede 60% e, na parte desorvetes em potes, 51%.●

Page 24: Revista Logweb 73

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Mei

o A

mbi

ente

Logí

stic

a &

24 | edição nº73 | março | 2008 |Logweb

TNT EXPRESS

ProgramasustentávelPlanet Me°

CROMO STEEL

Preocupação emrelação à conservaçãodo meio ambiente

Manzano: no Brasil não temos boalogística via trem ou marítima

processo de produção e logística éfundamental. Imagine um supermer-cado inaugurando sem carrinhos eequipamentos”, questiona.

De acordo com ele, devido aoextenso território e à riqueza embiodiversidade e reservas naturais, asituação do meio ambiente no Brasilnão é preocupante. Mesmo assim,faz um alerta: “não podemos esperarsomente atitudes do governo, temosde tomar a iniciativa. As empresaspossuem um papel muito importantede conscientizar os empregados,consumidores, comunidade,imprensa e os órgãos governamen-tais sobre o que nós, cidadãos,podemos fazer para preservar o meioambiente“, afirma.

O que é realmente preocupantepara a empresa – que produzsoluções para armazenagem,distribuição e movimentação, comocarros de transporte e abastecimentode gôndolas, estantes aramadas,vascas e roltêineres – é a situaçãoatual dos modais de transporte. “NoBrasil não temos boa logística viatrem ou marítima e encontramosproblemas na movimentação decargas”, encerra.●

A fabricante de carrinhos decompras e equipamentos deapoio para supermercados

Cromo Steel (Fone: 11 4646.1600),através de ações sociais, vemdemonstrando que a preocupação emrelação à conservação do meioambiente vem ao encontro de umatendência mundial.

Segundo Edson Manzano, diretorda empresa, no setor varejista,grandes redes supermercadistas jáadotaram propostas para diminuir osimpactos negativos para a natureza,como redução da geração de lixo ecomercialização de produtos que nãoameacem os recursos naturais. “Naprática, nossa primeira medida nessesentido foi a implementação da coletaseletiva de lixo na empresa.O resultado e a repercussão foram tãopositivos entre os funcionários quepropusemos um projeto de coletaseletiva para todo o município deItaquaquecetuba, através da FEMPI(Frente Empresarial do Município), poisesta ainda não existe na cidade”,comenta.

Para Manzano, é importantedestacar que o trabalho que estásendo feito abrange o processo comoum todo, não só no que diz respeito àprodução, mas também no que elagera: resíduos industriais, consumo deenergia elétrica, água, matéria-prima,etc. “Estamos substituindo determina-dos produtos no processo de produção.O querosene, por exemplo, antesutilizado em uma das etapas defabricação dos carrinhos, deu lugar aum detergente neutro que não agride anatureza”, explica o diretor.

Além disso, a Cromo Steel estápromovendo uma reeducação doconsumo de recursos naturais, comoágua e energia elétrica, adquirindomatérias-primas que geram menorimpacto ambiental, utilizando veículosque produzam menos poluição emonitorando seus prestadores deserviços. “Produzimos mediantepedidos colocados pelos clientes, amaioria dos pedidos são distribuídosvia caminhão e alguns clientes retiramas mercadorias conosco”, explica.

Os cuidados com a preservação domeio ambiente não podem desacelerara produção. É o que diz Manzano:“para a Cromo Steel, ter um bom

Para reduzir drastica-mente as emissões decarbono (CO2) em suas

atividades, a TNT Expresslança no Brasil o programaPlanet Me°, assumindoresponsabilidade social noâmbito do aquecimentoglobal e suas conseqüênciasambientais. O objetivo étornar-se a primeira empresade transportes expressos azerar as emissões de CO2 desuas operações e da frota de44 aviões, além de cerca dos18 mil veículos terrestres.

A TNT Express irácontabilizar as emissões dedióxido de carbono daempresa, dos funcionários edas respectivas famílias etomar medidas de reduçãodos poluentes.

No Brasil, a empresa jásegue as diretrizes interna-cionais do Planet Me°. AMercúrio, que foi adquiridapela TNT em janeiro desseano, acaba de investir maisde R$ 12 milhões narenovação da frota,comprando 210 veículos,sendo 48 equipados commotores flex e kit de GNV.Além disso, outros 60 comigual capacidade serãosubstituídos em longo prazo.

Page 25: Revista Logweb 73

25 | edição nº73 | março | 2008 | Logweb

Em 5 anos, idade médiada frota, estima-se aredução de 576 toneladasde CO2.

A implementação doPlanet Me° implica nodesenvolvimento de açõespara a redução doconsumo de combustívelnos aviões e frotaterrestre, por exemplo. Oprograma também prevê asubstituição das atuaisfrotas terrestres porveículos híbridos,alterações nas instala-ções visando diminuir oconsumo de energia,adoção de medidas parareduzir o número decarros que os trabalha-dores utilizam para sedeslocarem para aempresa e prêmios paraquem demonstrareconomia no consumo deenergia em suasresidências. Em 2008, acompanhia cortará 20%das viagens de aviãofeitas pela diretoria(significando uma reduçãode aproximadamente3.000 toneladas de CO2/ano) e substituirá porreuniões viavideoconferências.

Atualmente, a TNTopera, em fase de testes,vinte caminhões biocom-bustíveis na Índia e 53 naHolanda. Outros 161veículos a GNV já operamna Alemanha. A empresatambém está testandocom sucesso um veículoelétrico de emissão zerode 7,5 toneladas emLondres. Outra medida éem relação à redução de40% do seu consumoglobal de eletricidade(aproximadamente 125milhões de quilowatts porano), através deeletricidade produzidapela água. ●

Page 26: Revista Logweb 73

Mult

imodal

26 | edição nº73 | março | 2008 |Logweb

A ANTT – AgênciaNacional do TransporteTerrestre publicou no

Diário Oficial da União de 18 dejaneiro a Resolução 2.519, queregulamentava artigos da Lei11.442/07, sobre a atividade detransporte comercial de cargas.

Neuto Gonçalves dos Reis,assessor técnico daNTC&Logística, explica que aResolução proibia o transporta-dor de carga própria de fazerinscrição no RNTRC – RegistroNacional do TransportadorRodoviário de Cargas. O registrodeve ser feito por TAC –Transportador Autônomo deCarga, ETC – Empresa deTransporte Rodoviário de Carga eCTC – Cooperativas de Transpor-te Rodoviário de Carga. PelaResolução, ficava tambémvetada a inscrição no RNTRC deveículo utilizado no apoiooperacional do transporte, alémde serem tratados os requisitospara o responsável técnico, oprograma do curso específicopara o transportador autônomode carga e a capacidadefinanceira e comprovação deidoneidade da empresa, entreoutros itens.

O verbo no passado éproposital. Porque, em 14 defevereiro último, a mesma ANTTpublicou a Resolução nº 2.550,também regulamentando a lei nº11.442/07.

“Embora revogue a Resolu-ção nº 2.519, que regulamentavao mesmo assunto, a novaResolução incorpora integral-mente o texto do diplomaanterior”, explica o assessortécnico da NTC& Logística. Deacordo com ele, a grandenovidade foi o acréscimo docapítulo intitulado“Do transporte rodoviário

remunerado de carga”,regulamentando, em 14 novosartigos, as relações entre aempresa de transportes, otransportador autônomo e oembarcador e disciplinando osseguros envolvidos notransporte.

Muitos destes artigoslimitam-se a transcreverdispositivos da própria Lei nº11.442 que dispensavamregulamentação. Outros, noentanto, detalham melhor váriosaspectos da lei. Entre os temasque foram mais aprofundadosestão as informações mínimasque deverão constar do contratoou do conhecimento detransportes. São dezesseisinformações obrigatórias.Algumas delas não figuramatualmente nos conhecimentos,como responsabilidades docontratante e do contratado,prazos máximos previstos paracarga e descarga, penalidadesresultantes do atraso naentrega, prescrições paraacondicionamento e manuseio

da carga e procedimentos emcaso de acidente.

Outra novidade é um artigodefinindo o momento dorecebimento da carga pelotransportador e o momento daentrega da carga ao destinatá-rio. Caso existam empecilhos àentrega, como filas e restriçõesde horários, as partes devemacertar a forma de registrar acomunicação ao expedidor oudestinatário da chegada dacarga. As observações são deReis.

A Resolução entra em vigorem 18 de agosto. “O Departa-mento Jurídico da NTC&Logística analisará a resoluçãoe divulgará informações maiscompletas sobre o assunto”,completa o assessor técnico daAssociação.

Várias opiniõesMas, quais são as opiniões

dos maiores envolvidos nestaquestão, os transportadores eos operadores logísticos, e

também das associações que osrepresentam, além da NTC&Logística? Enviamos a váriosdeles um questionamento sobrea Resolução 2.519, mas, comoela foi pouco alterada pelaResolução nº 2.550, asrespostas acabaram ficandopraticamente inalteradas.

“A princípio, é umaResolução que vai regular anossa atividade no país. O quemais repercutiu foi a linha deregularizar que apenasempresas de transporteefetivamente poderão concreti-zar o transporte. Ou seja, só vaipoder operar quem é transpor-tador”, avalia José CarlosBecker, vice-presidente da ABTI- Associação Brasileira deTransportadores Internacionais(Fone: 55 3413.2828).

Quanto ao recadastramento– ainda segundo Becker –, decerta forma irá promover umaseleção natural do mercado e asindicalização irá se efetivar.“Temos a consciência que noinício criará uma certa burocra-

cia, mas depois temos a certezaque irá organizar melhor o setor,favorecendo não somente astransportadoras, mas, também,os clientes e o mercado emgeral”, completa o vice-presidente da ABTI.

Pelo seu lado, VascoCarvalho Oliveira Neto,presidente da AGV Logística(Fone: 19 3876.9000), apontaque a lei 11.442/07 torna maisexigente o exercício daatividade de transportadores decargas, sejam autônomos oupessoas jurídicas, imputando-lhes responsabilidades eobrigações antes não impostas(exigências de registro,responsáveis técnicos, cursos,responsabilidade pela carga,recebimento de carga semressalva e hora parada, entreoutros pontos importantes),permeando de maiorconfiabilidade os contratosfirmados.

A mesma lei também afastaa possibilidade de vínculoempregatício, pelo fato que ocontrato celebrado pelo

Becker, da ABTI: apenasempresas do setor poderãoconcretizar o transporte

Helou, da Braspress: novaresolução é muito importantepara normatizar o TRC

Melchiori, da Ceva: responsáveltécnico de uma ETC vai levar aoprofissionalismo

Oliveira Neto, da AGV: leiafasta a possibilidade devínculo empregatício

Transporte

Em debate, a novaresolução que disciplinaa atividade de cargaA RESOLUÇÃO Nº 2.519, DA ANTT, REGULAMENTA A LEI Nº 11.442/2007, TRAZENDO MUDANÇAS PROFUNDASNA ATIVIDADE DE TRANSPORTE COMERCIAL DE CARGAS.

Page 27: Revista Logweb 73

27 | edição nº73 | março| 2008 | Logweb

transportador autônomo,seja agregado ou indepen-dente, será sempre denatureza comercial, e emnenhuma hipótese caracteri-za vínculo empregatício,eliminando possíveispassivos trabalhistas.“Por outro lado, no caso dehora parada, por exemplo,teremos grandes dificulda-des de controlarmos ecomprovarmos as exigên-cias estabelecidas, dadoque os grandes comprado-res não declaram o realmotivo da espera e muitasvezes responsabilizam opróprio transportador peloatraso, podendo gerardesgastes na relaçãocomercial”, preocupa-seOliveira Neto.

Urubatan Helou, diretor-presidente da Braspress(Fone: 11 3429.3262) e ex-presidente do SETCESP –Sindicato das Empresas deTransportes de Cargas deSão Paulo e Região, a novaResolução, regulamentandoa Lei 11.442/07, é muitoimportante para normatizaro Transporte Rodoviário deCargas (TRC), já que tratadas exigências para oregistro das empresas etransportadores autônomosque queiram atuar no setor.

“Embora o registro naANTT para o exercício daatividade seja obrigatóriodesde janeiro de 2007 –data da lei agora regula-mentada – novas exigênciasentrarão em vigor após 180dias da Resolução, ou seja,a partir de 18 de agosto de2008. Entre esses novosprocedimentos consta o queobriga as empresas detransporte e os transporta-dores autônomos a compro-varem idoneidade para oexercício da atividade,mediante a verificação dasituação de regularidadeque será feita pela própriaANTT, e cursos específicospara os novos autônomos.Por isso, entendo que aregulamentação traz váriosaspectos positivos, visando,assim, evitar que aventurei-ros atuem no TRC parapraticar atos ilícitos”,aponta Helou.

Já para MarkensonMarques, diretor-presidenteda Cargolift Logística eTransportes (Fone: 412106.0714), a novaresolução e a Lei 11.442/07foram um avanço para osetor de transporterodoviário de cargas, mas

Page 28: Revista Logweb 73

28 | edição nº73 | março | 2008 |Logweb

ainda são iniciativas muitotímidas quanto aos requisi-tos para a constituição deuma empresa de transportede cargas.

“Ter um caminhãotrafegando nas rodoviasbrasileiras é assumir grandesriscos, desde civis ecriminais, que envolvemacidentes ou transporte decarga irregular, atéambientais, como acontaminação do solo porvazamento de produtosquímicos durante o transpor-te. Por essa razão, o governodeveria definir uma capaci-dade financeira mais elevadapara uma transportadorapoder operar, como umpatrimônio líquido de, nomínimo, mais de R$ 2 mi-lhões, ou um seguroobrigatório para empresas detransporte com patrimôniolíquido inferior. De qualquerforma, a resolução começa afiltrar melhor quem podetransportar cargas no Brasil”,diz Marques.

Outro ponto importante eque ficou de fora daresolução – ainda segundo odiretor-presidente daCargolift – é a transferênciados custos por inoperânciaaos causadores de estadiasem processos de carga edescarga. De acordo com ele,da forma como está na lei, oscontratantes de fretes têmliberdade de negociar com ostransportadores. “Isso nãofunciona na prática, porque opoder de barganha dosembarcadores aindapredomina nessasnegociações.”

Marques diz que, parareduzir o risco de acidentesnas estradas por sonolência,a lei 11.442/07 deveriadeterminar um prazo máximode uma hora para processosde carga e descarga. Apósesse tempo, os responsáveispela estadia deveriam serobrigados a pagar àtransportadora um valor porhora. Parte dessa quantiadeveria ser obrigatoriamenterepassada pelas transporta-doras aos motoristas comoforma de remunerá-los pelotempo de espera.

Ricardo Melchiori, diretorde operações da CevaLogistics, Divisão deContratos Logísticos,também aponta que a novaregulamentação é de sumaimportância, pois a lei querege as atividades detransporte rodoviário já

possui um ano e dependia daregulamentação paracomeçar a ser praticada.

De acordo com ele, oponto a ser destacado é aexigência de formação detransportadores autônomos edos responsáveis técnicos,conforme prevê a novaregulamentação. “Otransporte rodoviário decargas, há muitos anos,necessitava de regras quedisciplinassem sua prática. Acriação da figura doresponsável técnico de umaEmpresa de TransporteRodoviário de Cargas (ETC)abre portas para um futurocom mais profissionalismono setor de logística, tãoimportante para a economiabrasileira”, acreditaMelchiori.

Ainda de acordo com ele,o próximo anseio dosempresários é que asuniversidades comecem a seinteressar pelo tema elancem cursos de formaçãoprofissional para este setor.Dessa forma as empresaspoderão montar suas equipesde trabalho com pessoascapacitadas para desenvol-ver atividades com excelên-cia e qualidade.

“A resolução é, semdúvida, um passo importantepara formalizar negociaçõesna área de transportes,estabelecer responsabilida-des e determinar o papel dedesembarcadores etransportadoras no processode deslocamento ecomercialização de cargas. Éuma ferramenta quecontribui para melhorar aqualidade e a segurança notransporte rodoviário. Maisainda, vai simplificar oprocesso e permitir menosburocracia. Há bastantetempo atuamos na era digital

e, em alguns casos, ainda épreciso autenticar até 12documentos ao realizar umatransação.” A avaliação é dePablo Garcia, presidente daConseil (Fone: 71 2203.9000).

Para a assessora jurídicada Coopercarga (Fone: 493444.7000), Leslei Simon, deum modo geral, pode-se dizerque a Resolução, queregulamentou diversosaspectos sobre o transporterodoviário de cargas porconta de terceiros emediante remuneração,trouxe a baila não só aregulamentação dos diversosartigos já conhecidos eprevistos na Lei 11.442/2007,mas também a ratificação deque o aprimoramento e aprofissionalização sãocaminhos indispensáveis esalutares para a manutençãoe o crescimento sustentáveldo setor. Com a entrada emvigor da resolução, nãorestam dúvidas de quemuitos entraves serãogerados, principalmentequanto à necessidade deresponsável técnico comconhecimentos específicosna área de transporte, além

de limitar significativamenteo acesso à atividadedaqueles que nada ou poucoconhecessem dela, acreditaLeslei.

“Mas, profissionalizar aatividade ou pelo menosexigir que o setor seprofissionalize, como é ocaso da experiência exigidaou aprovação de cursoespecífico para inscriçãocomo TAC e a necessidade deresponsável técnico para oETC, significa uma mudançadrástica de atitudes e hábitosque pode repercutir positiva-mente para o futuro do TRC.A mudança de hábitosimplica em acreditar queculturalmente o setor poderáestar melhor, mais bempreparado e estruturado paraos desafios sempre crescen-tes. A conseqüência lógica éque teremos uma atividademais digna, ética e feliz”, diza assessora jurídica.

André Garcia Calegari,secretário executivo daCooperplan (Fone: 0800707.1702), também apontaque a resolução estabelececritérios bastante avançadospara os atuais padrõesbrasileiros. “Acredito que anecessidade de profissio-nalização do setor é latente,já que o mercado está repletode empresas dos maisvariados portes, além dosautônomos, porém sem quehaja equanimidade nasexigências fiscais,operacionais e técnicas.Como resultado das novasexigências vejo que haveráuma seleção natural, ou seja,ficarão no mercado somenteaqueles que comprovaremreal capacidade de operação,beneficiando as empresas eos profissionais idôneos. Vejocomo negativo, porém, orelativo curto espaço detempo para adaptação e maisainda a pequena rede deparceiros da ANTT que farãoo recadastramento. Hojetemos certa dificuldade paramanter os registrosatualizados desde que asunidades do Sest/Senatforam descredenciadas. Ocurso de capacitação tambémsuscita dúvidas, pois nãoestabelece custos ou mesmolocais e datas de início. Dequalquer forma, apesar deinicialmente aumentar aburocracia, a resolução évista de forma positiva e viráa trazer benefícios para asboas empresas do setor”,conclui Calegari. ●

Marques, da Cargolift:resolução começa a filtrartransportadoras no Brasil

Garcia, da Conseil: nova resolução vai simplificar o processoe permitir menos burocracia

Page 29: Revista Logweb 73

29 | edição nº73 | março| 2008 | Logweb

Page 30: Revista Logweb 73

Mult

imodal

30 | edição nº73 | março | 2008 |Logweb

Operador logístico

Demanda porintralogística está emexpansãoESTE TIPO DE SERVIÇO ATRAI, CADA VEZ MAIS, EMPRESAS DE VÁRIOS SEGMENTOS, QUE OBJETIVAM SERCOMPETITIVAS E FOCAR EM SEU CORE BUSINESS, DEIXANDO SOB A RESPONSABILIDADE DO OPERADORLOGÍSTICO A MELHORIA DOS PROCESSOS, O TREINAMENTO E A RECICLAGEM DA EQUIPE.

do serviço em qualidade, mas,também, exige maior investi-mento na estrutura de apoiooperacional”, diz.

Para o gerente de desenvol-vimento de novos negócios daIn-Haus, outra tendênciabastante forte é a exigênciapela implantação de sistemasde gestão que tenham umaconcentração em questõesrelativas à saúde, segurança,meio ambiente e higiene notrabalho. “A preocupação comessas questões, pelas partes,denota uma evolução nasrelações de trabalho e umavanço no estilo de contratação,pois não só exclui de licitaçõesproponentes que não estãocapacitados, como tambémobriga quem já presta serviço ainvestir nessas questões degrande importância para a vida,o meio ambiente e o bem-estardas pessoas”, declara,acrescentando que estatendência nasceu no setorpetroquímico, mas atualmente éuma preocupação generalizada.

Uma corrente, que atual-mente está começando a tomarcorpo no Brasil, em diversossetores – ainda de acordo comFernandes – é a demanda porempresas que possam oferecerserviços de gestão integrada.São soluções que visualizam acadeia inteira do cliente e,conseqüentemente, gerenciamtodas as operações de logísticainterna e externa, utilizando-sede ferramentas, inclusive doPMI, para planejamento,controle e execução de cadaprojeto específico. “É esperadoque esse novo cenário concedamais liberdade para oembarcador focar em seu corebusiness e atribua mais

O nome já diz: intralogís-tica, ou terceirizaçãoin-house, envolve os

serviços logísticos realizados na“casa” do cliente, visandoorganizar e melhorar asoperações, diminuindo custos.Dentro deste assunto, a revistaLogWeb destaca as tendênciasdo segmento e alguns dosprincipais cases das empresasentrevistadas.

As tendênciassão decrescimento

Segundo Davi Fernandes,gerente de desenvolvimento denovos negócios da In-HausInteligência em Serviços (Fone:11 2197.8888), atualmente, coma gradativa, mas crescente,tendência de terceirização deserviços de intralogística, omercado tem demandado, cadavez mais, empresas queofereçam soluções de qualida-de, focadas em SSMA – Saúde,Segurança e Meio Ambiente eintegradas, que possam sermedidas e remuneradas atravésde um acordo de nível deserviço.

Fernandes explica que ofoco não se concentra apenasem redução de custos, mas,também, no aumento daexpectativa do cliente porqualidade do serviço, exigindodo operador logísticoimplementação constante demelhorias em processosoperacionais, equipamentosmodernos e mais treinamento ecapacitação profissional.“Dessa forma, essa tendênciademanda esforços paraaumento de nível tecnológico

Page 31: Revista Logweb 73

31 | edição nº73 | março| 2008 | Logweb

responsabilidade para ooperador logístico,obrigando-o a trazer maisqualidade para a cadeia deabastecimento e reduçãode custos”, frisa.

Uma questão muitoimportante, não só naforma como se contrata,controla e se gere o serviçode intralogística no Brasil –continua Fernandes –, é aproposta para uma novaforma de remuneração peloserviço prestado. Para ele,a tendência de implanta-ção de um sistema depagamentos que remunerao OL através de índices quemedem o nível de serviçoprestado está tomandoforma e força em ummercado cada vez maiscompetitivo. “Dessa forma,o sistema garante aocliente a remuneração pelaqualidade do serviço queestá sendo efetivamenteprestado e, ao operadorlogístico, o pagamentojusto pelos avanços emelhorias implementadasno contrato”.

O gerente de desenvol-vimento de novos negóciosda In-Haus expõe que, deuma forma ou de outra, oque se pode notar é que astendências de mercado jáestão transformando asrelações de contratação deempresas de serviçoslogísticos, as relações detrabalho e de prestação deserviço em diversossetores, pois a demandapor qualidade, conheci-mento e tecnologia é cadavez maior. “Assim, amodernização de equipa-mentos de movimentação eo investimento emtreinamento e capacitação,atualmente, são condiçõessine qua non para asobrevivência em ummercado cada vez maisexigente e competitivo”.

Em tendências, AngeloDias, diretor comercial e demarketing da MesquitaSoluções Logísticas (Fone:11 4393.4900), tambémfala em integração. “Atendência é de expansão,uma vez que as operaçõeslogísticas realizadas notransporte e na armazena-gem exigem maior nível deintegração e sincronia. Naterceirização in-house, ooperador passa a controlarde forma mais eficaz eprodutiva as interfaces eatividades logísticas entreo mercado e a indústria”.

Page 32: Revista Logweb 73

Mult

imodal

32 | edição nº73 | março | 2008 |Logweb

Focada em intralogística,Célere tem cases interessantes

Em outras palavras, é o quediz José Henrique Bravo, gerentede negócios da Ultracargo (Fone:11 4543.4500), que analisa que opotencial de negócios emserviços in-house terceirizados émuito grande. “Atualmente, asempresas, notadamente asindustriais, estão percebendo quepara serem competitivas e, aomesmo tempo, apresentaremprodutos diferenciados aomercado, têm necessidade deinvestir fortemente em seu corebusiness, que sempre foi o moteda terceirização. Com isto, osoperadores logísticos comespecialização nesta atividadetêm uma contribuição importanteà indústria em geral, pois seuknow-how proporciona garantiade serviços, menores custos e,em muitos casos, investimentosem novos sistemas ou equipa-mentos para melhoria deprodutividade”, diz.

Segundo Bravo, está havendoum crescimento de demanda decontratações em vários segmen-tos de mercado, até entãofechados ao OL. “Muitasempresas estão mudando o perfilde contratações, antes focadasem mão-de-obra, praticamentealuguel, para contratação deserviços especializados ebeneficiando-se desta troca comsoluções competitivas eexcelência em serviços”.

Também apostando nocrescimento, Luis GustavoRibeiro, gerente operacional daAbrange (Fone: 19 2106.8100),declara que as tendênciasenvolvem possibilitar umaparceria de longo prazo comempresa especializada na áreade logística, buscando ganhos deprodutividade e melhoria nosníveis de serviço, visandoredução de custo operacional,sem abrir mão do controleestratégico dos processos.

“Vale lembrar que asatividades de movimentação earmazenagem representam emalguns segmentos aproximada-

mente 30% dos custoslogísticos totais. Buscar umamelhor solução para essa áreatraz como benefício estabeleceruma vantagem competitiva parao cliente”, salienta.

De acordo com ele, outrobenefício é poder atuar comequipe treinada e capacitadapara essas atividades, deixandosob a responsabilidadedo operador logístico a melhoriados processos, o treinamento ea reciclagem da equipe. “Essespontos fazem com que atendência desse segmento sejade forte crescimento”.

Por sua vez, RodrigoBacelar, gerente de desenvolvi-mento comercial da ID Logistics(Fone: 11 3601.1080), analisaque com o aumento do PIBbrasileiro nos últimos dois anose com as previsões de manuten-ção deste crescimento para ospróximos anos, o mercadoestima um crescimento emtorno de 4,5 a 5% no PIB porano. “Com base neste cresci-mento, a indústria necessitafocar seus esforços naampliação das linhas deprodução, no desenvolvimentode novos produtos e nacomercialização dos mesmos.Com este cenário otimista, asempresas geram oportunidadespara desenvolvimento deparceiros logísticos que geramsoluções no aumento dedemanda no mercado, serendendo cada vez mais àterceirização logística in-house”, expõe.

Bacelar ainda salienta queos operadores deste nicho demercado devem oferecerdiferenciais que pesam numadecisão de terceirização, como:aproveitar as experiências dooperador em relações aosoutros clientes, benchmarketingoperacional, flexibilização,variabilidade dos custos,transparência, aproximação,comprometimento e desenvolvi-mento de projetos sob medida.

Cases de sucessoNeste tópico, as empresas

detalham cases de sucessopara apresentar os tipos deserviços que oferecem aosclientes de diferentes setores.

O case destacado pelaAbrange é no segmento depapel e celulose, com o GrupoVotorantim – nas unidadesVotorantim Celulose e Papel(VCP). Marcelo Murta, diretorda Abrange, explica que aempresa é responsável pelosserviços de intralogística emtodos os sites da VCP no Brasil.

A Célere (Fone: 115670.5670) é considerada aprimeira empresa com focoespecífico em intralogísticae, segundo Miriam Korn,diretora geral da empresa,há um potencial muitogrande de crescimentodeste segmento no país.“As pesquisas preliminaresà implantação da Célereidentificaram que, emalguns casos, o custo commovimentação internarepresenta 68% do custodo produto, e que grandeparte dos entrevistadosbuscava reduzir essepercentual. Nosso negóciotem o objetivo de gerir oscustos do cliente e, é claro, reduzir essescustos. E sabemos que toda empresatambém tem esse objetivo”, salienta.

Um bom exemplo de case de sucesso daempresa é o da Sogefi, fabricante e distribui-dora de componentes automotivos, na qualhouve uma evolução considerável naagilidade e também na qualidade dosprocessos internos, conforme destacaMiriam. Ela explica que a Célere foi contrata-da para resolver problemas que estavamcomprometendo o rendimento, tais como

falhas no abastecimento deembarque, alto custooperacional e dificuldade nalocalização de materiais.“Nosso planejamento incluiuo impacto das ações no custoe ainda na produtividade daSogefi, além do tempo gastoem cada operação. Entre osresultados positivos está aredução de 16,5% no tempode escoamento de produtos,aumento de 35,7% naprodutividade de expediçãopara o mercado de reposiçãoe ainda a redução de 10,3%no quadro de mão-de-obra”,detalha.

Miriam também expõeque a operação na Indústria

Suzano Papel e Celulose tem númerosinteressantes, já que a empresa conseguiudiminuir o número de funcionários de 386para 350 e ainda o número de empilhadeirasutilizadas, de 90 para 82. “Antes, eraregistrada uma ociosidade de até 40% emalguns equipamentos, índice que foi equilibra-do com a gestão da Célere. A empresaadotou, ainda, um modelo de gestão queprioriza a visão integrada da operação, queantes era focada apenas na central decustos”, finaliza a diretora geral.

Estas operações compreen-dem os processos de movimen-tação interna de materiais,envolvendo locação e manu-tenção dos equipamentos(empilhadeiras, paleteiras,rebocadores, carretinhas ecaminhões de movimentaçãointerna), gestão da equipeoperacional, administração dosestoques de matéria-prima,produto intermediário, produtoacabado e materiais demanutenção, reparo e operação

(MRO), gestão dos processos e,complementando a operação,armazenagem externa etransporte para clientes.

Citando um contratoconquistado recentemente nopólo industrial de Camaçari, BA,em uma grande indústria dosegmento químico, consideradaa maior produtora de insumos eprodutos de acrílico da AméricaLatina, Fernandes, da In-Haus,conta que as operações deintralogística neste clienteabrangem desde o apoio àadministração de compras,passando por gestão deestoques, seqüenciamento/kitting, abastecimento delinhas/máquinas de produção,controle físico dos estoques,gestão de movimentação demateriais e terceirização demão-de-obra até aluguel ecompra de equipamentos demovimentação.

De acordo com Fernandes,atualmente, a parceria atingiuum patamar de relacionamentobastante objetivo e claro, poismede e remunera os serviçosatravés de indicadores deprodutividade. “O próximo

passo é a implantação de umacordo de nível de serviços que,através de seu funcionamentono contrato, garantirá maiorconfiabilidade nos sistemas degestão, controle sobre aqualidade pactuada nomomento de desenvolvimentodo negócio e valor desejadopara a cadeia logística docliente”.

Já a Mesquita SoluçõesLogística cita uma operação in-house realizada para a Dow no

Bacelar, da ID: operadoresdeste nicho de mercado devemoferecer diferenciais

Dias, da Mesquita: operadorpassa a controlar de formamais eficaz as interfaces

Fernandes, da In-Haus:mercado requer soluções dequalidade

Miriam: potencial muitogrande de crescimento deste

segmento no país

Page 33: Revista Logweb 73

33 | edição nº73 | março| 2008 | Logweb

Guarujá, SP. “A Mesquita,através de um entrepostode transporte, coordenatoda a demanda deveículos, emissão de CTRCe processo de tráfego e decarregamento dentro dasplantas da Dow. Osserviços executadosconsistem de carga,descarga, movimentaçãode paletes, chamada deveículos e emissão dedocumentos”, explica Dias.

Por sua vez, Bravo, daUltracargo, cita o case daPolietilenos União,empresa do Grupo Uniparprodutora de resinas depolietileno, para a qualexecuta há mais de quatroanos os serviços delogística in-house naUnidade de Mauá, SP, comas responsabilidades daembalagem, armazena-gem, controle dosestoques e expedição dosprodutos. “A atividade porsi só já é um desafioimportante pois, emborasejam commodities,tratam-se de produtos comalta tecnologia em suaprodução e com grandevalor agregado. Istosignifica dizer que amanipulação e a movimen-tação destes produtosrequerem muitos cuidadosespeciais”, diz, salientan-do que as principaiscontribuições adicionais daempresa foram: reduçãoda jornada de trabalhocom supressão de umturno (noturno), redução deutilização de embalagem(stretch) utilizada naunitização das sacarias,suporte para definições doprojeto e layout na novaárea de logística, dada aampliação da fábrica, alémde reduções de não-conformidades e avarias.

“Nossa parceriatornou-se uma relação decooperação, a mais nova eprodutiva forma derelações comerciais, comsatisfação recíproca queculminou com nossacontratação pararealização das mesmasatividades, em janeiro de2008, em seu novo site deCubatão (antiga UnionCarbide)”, diz.

De uma forma geral,Bacelar, da ID Logistics,cita as parcerias daempresa no Brasil comCarrefour, Leroy Merlin,Chevron Texaco eArvinMeritor. ●

Page 34: Revista Logweb 73

Mult

imodal

34 | edição nº73 | março | 2008 |Logweb

a fragilidade. Esses são algunsdiferenciais”, explica AlejandroBagnati, diretor de desenvolvi-mento de negócios da ExataLogística (Fone: 11 2133.8700).

Pelo seu lado, FernandoPesenti Muller, gerente comercialda Talog (Fone: 19 2101.7511),considera que o segmentocosmético é bastante amplo ecomplexo. Diversas categoriasde produtos são enquadradascomo cosméticos, desdeprodutos de baixo ou médio valoragregado e alto volume atéprodutos de alto valor agregadocom volumes menores.

“O atendimento da logísticade cosméticos tem uma série departicularidades técnicas,operacionais e de legislação. Emprimeiro lugar, há a necessidadede licenças específicas, como daANVISA, por exemplo. Asparticularidades técnico/

operacionais são as maisvariadas. Os requisitos básicossão semelhantes àqueles dalogística de medicamentos,

ainda que a exigência sejarelativamente menor. Entretan-to, como o mercado é muitoamplo, existem muitasexigências específicas dealguns tipos de cosméticos. Porexemplo, a Talog atende a umcliente que tem uma linha deprodutos de luxo, com alto valoragregado, que é vendidaexclusivamente para salões debeleza de alto padrão. Alémdisso, o produto é importado.Entre os requisitos destaoperação, pode-se citar, porexemplo: como o produto éimportado, ele exige adaptaçãoà legislação brasileira. Assim, oescopo do trabalho inclui aetiquetagem do produto cominformações em português,gravação do número do lote edo registro na embalagem, etc.Além disso, existe necessidadeconstante de montagem de kits.

No transporte, também háexigências – como o motoristavai lidar com um tipo de clientemuito exigente, e muitas vezesterá que entrar num salão debeleza de alto padrão, astransportadoras que realizam otrabalho precisam zelar peloestado de conservação dosveículos, pela aparência pessoalda equipe (uniforme, limpeza,etc.), pelo atendimento cortês,entre outros fatores.”

Em relação a outrossegmentos – continua explican-do Muller –, a operaçãologística de cosméticos exigeproporcionalmente maisinvestimento no desenvolvimen-to de processos robustos, notreinamento constante dosfuncionários e na implemen-tação de tecnologia. Trata-se deum tipo de operação que nãotolera erros em controle delotes ou de FIFO, por exemplo.

José Carlos D’Agostini,diretor da Target Logistics (Fone:11 2142.9009), também cita aANVISA. Segundo ele, aprestadora de serviços, sejapara armazenagem ou transpor-te, deve possuir autorização defuncionamento expedida pelaANVISA. Para obter estaautorização, a empresadeve cumprir todas as exigênci-

Operações logísticas

Cosméticosrequerem umalogísticadiferenciadaO PRINCIPAL DIFERENCIAL ESTÁ NA NECESSIDADE DE SE OBTER LICENÇASDE VIGILÂNCIA SANITÁRIA E DA ANVISA, BEM COMO NAS CARACTERÍSTICASINTRÍNSECAS DOS PRODUTOS MOVIMENTADOS.

M ais do que o perfumeque exala, em funçãodas cargas movimen-

tadas, o setor de cosméticosrequer certos diferenciais nasoperações logísticas.

“Para operar com cosméti-cos, antes de mais nada épreciso atender aos pré-requisitos da legislação, que sãoas licenças de vigilânciasanitária e da Agência Nacionalde Vigilância Sanitária –ANVISA. No mais, as operaçõesvariam de acordo com anecessidade e o negócio de cadacliente, o que acaba resultandoem projetos customizados.Há, também, outras especifici-dades, como manusear etransportar produtos sensíveis àtemperatura com o controleda mesma, observar a datade validade, ter cuidado com

Uma das peculiaridades é manusear e transportar produtos sensíveis à temperatura

Muller, da Talog: váriosprodutos são enquadradoscomo cosméticos

D’Agostini, da Target:OLs podem não atender aosrequisitos da ANVISA

Reis, da Avon: escolha doOL envolve GMP eflexibilidade, entre outros

Foto

: Sto

ck.x

chng

Page 35: Revista Logweb 73

35 | edição nº73 | março| 2008 | Logweb

as quanto à armazenagem, aomanuseio, à expedição e aotransporte, garantido a integridadedo produto quanto às condiçõessanitárias.

“De fato, os diferenciais dasoperações no segmento decosméticos são os controles dosprodutos e registros junto aosórgãos responsáveis (ANVISA,Ministério da Saúde), consideradosdiferenciais importantes para quemfaz a cadeia logística completadoor-to-door, bem como o sistemade embalagem/paletização para otransporte internacional”, completaHermeto Bermúdez, CEO da TitoGlobal Trade Services (Fone: 112102.9300).

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Ainda de acordo com ele, háprocessos utilizados nestesegmento que se diferem dosempregados em outros. Porexemplo, os processos paraestufagem das carretas,contêineres e embalagens sãocriteriosos, alinhados com o check-list do veículo que movimentará amercadoria, documentos, licençasde produtos e controle do embar-que após prévia autorização doMinistério da Saúde.

Outro que cita a ANVISA, etambém o Ministério da Agricultu-ra, entre outros, é Esteban KinjôEscobar, diretor de logística daTegma - Divisão de ServiçosLogísticos (Fone: 27 2122.3200).“Com relação à movimentação earmazenagem, temos de tomaruma série de cuidados no manu-seio deste tipo de mercadoria que,em geral, apresenta embalagensfrágeis”, diz ele.

Para Escobar, um segundoponto refere-se aos aspectos decontrole da mercadoria, pois, emgeral, há a necessidade de seefetuar monitoramentos específi-cos, como controle do estoqueFEFO (first to expire first-out)ou FIFO (first-in first-out), de lotes,entre outros. Dependendo damercadoria, também se faznecessário o controle da tempera-tura e da umidade durante todo oprocesso.

Os processos específicos –

ainda segundo o diretor delogística da Tegma – estãorelacionados às exigênciasestruturais impostas pelos órgãosanuentes, bem como os controlessistêmicos e operacionais quegarantam o atendimento doscontroles da mercadoria citados.

“No processo de transporte,dependendo do tipo de produto,faz-se necessário o uso deequipamentos especiais, comosuspensão a ar, baú refrigerado,etc., além das licenças específi-cas”, conclui Escobar.

Já Miriam Korn, diretora geral

da Célere Intralogística (Fone: 115670.5670), analisa que, devido aoalto valor agregado de seusprodutos, a indústria cosméticaexige da operação de intralogísticaum cuidado especial, tanto nomanuseio quanto no acondiciona-mento e transporte. Segundo ela,esse é um mercado bastanteimportante para a Célere, poisrequer do operador um trabalhoágil, porém bem organizado.“Nossos profissionais da área deprojetos utilizam a metodologia dePMO (Project Manager Officer)para tornar a operação maisinteligente. Outro ponto interes-sante nesse setor é que utilizamosem maior escala profissionais dosexo feminino, uma vez que essetipo de carga requer cuidadosespeciais.”

Miriam também conta que, naEmbelleze, uma das maioresindústrias de cosméticos do país,a Célere implantou ogerenciamento do sistema deWMS (Warehouse ManagementSystem), coletor de dados, alémde equipamentos para movimenta-ção de carga como empilhadeiras,paleteiras e estruturas porta-paletes. A Célere é responsávelpor toda operação do CD, o quesignifica: controle e separação dematerial, recebimento fiscal,almoxarifado de insumos, controlede estoque e expedição deprodutos acabados.

Onde pode haverproblemas

Quanto aos problemas comunsno relacionamento embarcador/Operador Logístico – OL nestesegmento, Bagnati, da ExataLogística, diz que podem serconsiderados os seguintes pontos:gestão da parceria, distanciamentoentre a decisão estratégica daterceirização e sua execução,problemas de performance,atendimento das expectativasgeradas, velocidade na resoluçãode problemas e falta de pró-atividade, entre outros.

Muller, da Talog, avalia queuma das fases mais importantesnum processo de terceirizaçãologística é justamente a faseinicial, de entendimento dasnecessidades e particularidades docliente, para posterior desenho desolução personalizada e sobmedida. Grande parte dosproblemas futuros tem sua origemjustamente nesta fase. Como elaexige um certo investimento e nãohá garantia de retorno, pois onegócio pode vir a não ser fechado,alguns provedores de serviçoslogísticos tendem a economizar omáximo no projeto. Assim, quandoa operação começa efetivamente, oOL precisa ajustar o projeto semparar a operação, o que é bastantedifícil e pode gerar problemasoperacionais.

Grandini, da Nivea:experiência do OL no setor decosméticos é importante

Foto

: Sto

ck.x

chng

Page 36: Revista Logweb 73

36 | edição nº73 | março | 2008 |Logweb

“Os embarcadores, porsua vez, muitas vezes não dãoo tempo necessário nem asinformações pertinentes paraque o OL desenhe a solução.Isso também gera falhas noprojeto. A maioria dosconflitos surge daí, pois asolução desenhada nãoatende à necessidade docliente”, diz o gerentecomercial da Talog.

Ainda segundo ele, outraqueixa comum dosembarcadores é a falta depersonalização do serviço e/ou do atendimento nos OLs.O cliente acaba se sentindo“apenas mais um” dentro damassa de clientes do OL.“Entretanto, caso a operaçãoseja bem desenhada e bemnegociada, e tenha umcontrato que preveja todas asetapas e variações do serviço,a chance de um eventualproblema no relacionamentose torna bem menor”,completa Muller.

Já para D’Agostini, daTarget Logistics, o problemamais evidenciado entreembarcador e OL deve-se aosoperadores não conseguirematender aos requisitos daANVISA, o que resulta empenalizações aos envolvidos.

“Os prazos são fatoresdeterminantes para a boaordem das operaçõeslogísticas. Entre todos osenvolvidos deve-se seguir oentendimento da logísticacompleta, uma vez que háprocedimentos especiaisenvolvidos”, afirma o CEO daTito Global Trade Services.

Escobar, da Tegma, diz queos problemas deste setor são,em geral, os mesmosenfrentados pelos demaissetores. Relacionam-se mais ànecessidade de uma melhorsincronia do planejamento dademanda em cada etapa da

cadeia de suprimentos, a fimde se evitar gargalos sucessi-vos, e aos efeitos da sazona-lidade, que ocorre em períodoscomo final do mês e datasfestivas (Dia dos Namorados,Natal, Dia das Mães, etc.).

Miriam, da Célere,ressalta que a intralogísticafunciona como um coração naplanta da indústria: ela éresponsável por pulsar toda acadeia produtiva. “Osproblemas mais comuns estãorelacionados com prazos eavarias. Para isso temos umaárea de engenharia exclusiva-mente dedicada à ações demelhoria contínua, que inclui,entre outras tarefas, umareavaliação constante daoperação, considerando asreduções que geram ganho deprodutividade e de custo para ocliente”, completa a diretorageral.

A visão dosembarcadoressobre os OLs

Pelo lado dos embarcado-res do segmento de cosméti-cos, o que se considera naescolha de um OL?

Antônio Grandini, diretorde Supply Chain da Nivea(Fone: 0800 7764832), diz queé importante considerar trêspontos: disponibilidade,presença nacional do operadore condições das instalaçõesda empresa, que devem estaralinhadas com as boaspráticas sanitárias do setor.“Recentemente, revisamos anossa estrutura de distribuiçãoe realizamos uma concorrênciapara contratação de um novoOL. Nesse processo, os pontoslistados acima foram decisivosna escolha do novo parceiro”,expõe.

Cabotagemtambématua nosetor decosméticos

A Aliança Navegação eLogística (Fone: 11 5185.5600) atua no segmento decosmético através de seusserviços de cabotagem.

Para Bruno Crelier,gerente de cabotagem daempresa, entre os diferen-ciais do segmento decosméticos está o tempo deatendimento – exigência porcurtíssimo lead-time.

Escobar, da Tegma:necessidade de se efetuarmonitoramentos específicos

Bermúdez, da Tito: processosusados neste segmento sediferem dos outros

Crelier, da Aliança:segmento de cosméticosexige curtíssimo lead-time

Além disso, Grandiniacredita ser importante aexperiência do operador nomercado de cosméticos e noscanais de distribuição daempresa, atendendorequisitos daquelas queoperam com bens de consumode giro rápido (Fast MovingConsumer Goods). “Esseprocesso consiste, basica-mente, no conhecimento paraa execução, separação(picking), expedição eatendimento às demandasconcentradas em função dasazonalidade das vendas nosúltimos dias dos períodos”,salienta.

Para o diretor de SupplyChain da Nivea, a excelênciano sistema de gestão doarmazenamento (WMS) e suainterface com o sistema degestão (SAP) da companhiasão fatores essenciais paradefinir outro importantecritério: a segurança nagestão dos estoques e ocontrole de inventário.“Soma-se a isso a competên-cia no gerenciamento depessoas e meio ambiente,além de oferecer um custojusto para aquilo queprocuramos e que sejaproporcional aos custosaceitáveis dentro dos critériosde nossa operação.”

Paulo Quirino José dosReis, diretor de planejamentooperacional e logístico daAvon Brasil (Fone: 08007082866), concorda. Asgrandes preocupações daempresa no momento deescolher o OL envolvem oGMP – Good ManufacturingPractices, ou Boas Práticas deFabricação: limpeza, inspe-ção, etc.; capacidade,particularmente no mercadode vendas diretas, deadequação à sazonalidade, ouseja, capacidade de absorvera variação da demanda emrazão de datas comemorati-vas, como Dia das Mães eNatal; flexibilidade; custocompatível; e acuracidade deinventário, “para se terinformações precisas sobrematéria-prima ou componen-tes estocados”, destaca.

Michel Magalhães,gerente da Essencial (Fone:16 3336.6770), já fala emequilíbrio entre preço, prazo equalidade – “levando emconta que hoje qualqueroperador tem seguro damercadoria, buscamos, dentrode um prazo razoável, omelhor preço”.

Para Marilda Neves,administradora de vendas da

Kanitz, os primeiros fatores aconsiderar na escolha de umOL são: custo, eficiência erapidez na coleta e naentrega, além de boa vontadeem atender aos clientes cominformações do acompanha-mento da carga da origem atéo destino.

Já a lista de EdsonRoberto Fiorelli, gerente delogística da Perfumes Dana(Fone: 19 3878.4434), inclui osseguintes pontos: analisar seo prestador do serviço possuialgum conhecimento na áreade cosméticos; se possuiautorização da VigilânciaSanitária para armazenar emanusear produtos cosméti-cos; atentar-se ao tipo decontrato que vai ser feito comeste OL em relação àcontratação de empresas detransportes, se vai ser feitopor ele próprio ou pelaempresa contratante, devidoao mesmo procedimentoquanto à documentação

Page 37: Revista Logweb 73

37 | edição nº73 | março| 2008 | Logweb

Bagnati, da Exata:problemas de performancee de gestão podem ocorrer

Fiorelli, da Dana: parte daspromessas feitas pelo OLnão são cumpridas

Esta também possui –ainda segundo Crelier – ummodelo de vendas muitosemelhante (representantescomerciais e vendas porta-a-porta). “Neste setor, acaracterística é de umproduto muito fracionado,que possui a necessidade degrande capilaridade pararealizar as entregas e cujoprazo de atendimento é fatorcrítico de sucesso nessasoperações”, diz ele.

Para o gerente daAliança, outros fatores queprecisam ser considerados notransporte via cabotagem decosméticos são:gerenciamento de risco das

diversas fases dalogística (armazenagemintermediária, manuseio,transporte e entrega, jáque são cargas de altovalor agregado); enecessidade de serviçoslogísticos complementa-res (logística fina), comopequenos processosindustriais, a formaçãode blisters e kits, aseparação de produtos(sorting), reembalagem,etc. Tudo isso interligadoe contemplado atravésde sistemas que secomuniquem comfacilidade (clientes/prestador).”

expedida pela VigilânciaSanitária para as transporta-doras, ou seja, se eles têmautorização para transportarprodutos de higiene e limpezae correlatos; verificar qual oprocedimento de trabalhoquanto à separação,conferência e identificaçãodos volumes para embarquenas transportadoras e,também, o número defuncionários treinados paraeste tipo de operação; e“fazer o comparativo de custolevando em conta todas estasalternativas para que setenha um bom trabalhoprestado pelo OL e asatisfação de seus clientesem receber os produtoscertos, na hora certa e nolocal certo”.

Por sua vez, Nilton Assis,coordenador de logística doGrupo Vizcaya (Fone: 212111.8000), cita pontos emrelação à qualidade deserviço: cuidado no manuseio

e transporte; prazos deentrega precisos; cumpri-mento de agendas pré-determinadas; pessoaldevidamente uniformizado eeducado; nível de sinistrosnulos ou baixos; e rapidez nasinformações de pendências.

RelacionamentoNo início desta matéria,

os OLs apontaram osproblemas comuns norelacionamento embarcador/OL neste segmento. Agora éa vez dos embarcadoresapontá-los.

“Os problemas maiscomuns estão relacionadosao entendimento que temossobre os custos da operação,menores pela escala ecapacidade de divisão dosmesmos entre os diferentesclientes. Ao assumir umdeterminado valor no iníciodo contrato e, com o passar

do tempo, ajustá-lo peloaumento ou diminuição destaescala, a discussão passa aser em torno da divisão nãosó do aumento dos custos,mas também das reduções”,conta Grandini, da Nivea.

Outro problema comum –ainda segundo ele – é agarantia do serviço acordadoquando o OL trabalha paraclientes que atuam emsetores diferentes domercado. “Esse processo levaa uma falta de foco, colocan-do em risco o processo deoperação.”

O diretor de Supply Chainda Nívea também considerafundamentais os sistemasutilizados pelo OL. “Éimportante que eles sejamconstituídos por interfacesque possam gerar segurançana gestão dos estoques. Esseprocesso é fundamental paraum convívio tranqüilo entreembarcador e operador, comfoco nos resultados. Umsistema reconhecido pormeio de bônus e multasé muito importante,assim como a definiçãode índices que possamnos ajudar a fazer ocontrole quantitativo daoperação, tirando osaspectos qualitativos esubjetivos da relação”,acrescenta.

Marilda, da Kanitz, ésucinta e cita osproblemas de roubos,atrasos e avarias dasmercadorias.

Na lista dos problemasmais comuns de Fiorelli, daPerfumes Dana, estão: não háconstatação, na hora defechar um contrato, detodas as providências eresponsabilidades de ambasas partes, tanto doembarcador como do OL;parte das promessas feitaspelo OL antes da contrataçãodos serviços não é cumprida

depois do contrato,alegando não ter conheci-mento das condições doembarcador; e não cumpri-mento de prazos paraatender às necessidades doembarcador junto aos seus

clientes, pelo motivo semprealegado pelo OLs que ospicos e as sazonalidadesnão estavam previstas emcontrato para odimensionamento da mão-de-obra disponibilizada parao embarcador.

Assis, do Grupo Vizcaya,declara que a empresa nãotem problemas significati-vos, porém os mais comunssão com pedidosagendados. Reis, da AvonBrasil, também não temgrandes problemas. “Mas acapacidade pontual pode serum tema se não for tratadopreviamente, no planeja-mento, como é realizado naAvon”, diz.

Na relação entre o OL ea empresa terceirizada porele, Magalhães, daEssencial, cita comoproblemas o manuseioincorreto ou sem nenhumcuidado das mercadorias,que fazem com que opróprio OL assuma asresponsabilidades.

Foto

: Sto

ck.x

chng

Page 38: Revista Logweb 73

38 | edição nº73 | março | 2008 |Logweb

O mercado de HPPC –Higiene Pessoal,Perfumaria e Cosméti-cos cresceu cerca de10,9% nos últimosanos.

É o que afirma João CarlosBasílio, presidente da ABIHPEC– Associação Brasileira daIndústria de Higiene Pessoal,Perfumaria e Cosméticos(Fone: 11 3372.9899). Segundoconta, são produzidasanualmente 1.419 milhões detoneladas de produtos deHPPC, e o faturamento chega aR$ 17.547 milhões. “O Brasil éo terceiro colocado nomercado mundial e a vendadireta dos produtos deste setorconta com 1,6 milhão detrabalhadores”, diz.

Para o presidente daABIHPEC, a logística exerceum fator importante nestecrescimento, já que as grandesempresas concentram seusmaiores investimentos, hoje,em logística e marketing. Elediz que dependendo dacategoria de produto que aempresa comercializa, épossível distribuir para até 500mil pontos de venda, isso emtodo o território nacional.“Programas que possam darsuporte a um tão elevado nívelde distribuição e faturamentosão fundamentais para que asempresas possam controlarmelhor a distribuição de seusprodutos. Muitas vezes acompanhia tem um ótimoproduto, preço competitivo,

mas a logística de distribui-ção é falha. Assim, dificil-mente terá sucesso”, afirma.

Mesmo com a notóriaascensão e com boasexpectativas para 2008,Basílio vê empecilhos para ocrescimento da indústria deHPPC. “Hoje, o mercado vemse concentrando nas mãos deum número cada vez menorde empresas distribuidoras, oque torna mais difícil o canalde desenvolvimento deprodutos para as empresas depequeno e médio porte. Asexigências, as condições e osprazos muitas vezes tornaminviável a comercializaçãodos produtos”, explica.

Para reverter estasituação, acredita que sejamnecessários modelos degestão destinados a estasempresas, com preços maisacessíveis. “Caso estaperspectiva se realize, eacredito que seja viável, seráaberta uma grande possibili-dade de desenvolvimentopara pequenas e médiasempresas, e a procura poresta ferramenta crescerásignificativamente”, almeja.

Finalizando, o presidenteda ABIHPEC fala sobre aconstante evoluçãotecnológica do setor decosméticos, no que dizrespeito ao acondicionamen-to, transporte e embalagensdos produtos: “nos depara-mos com custos que possamdar segurança aos nossosprodutos para que cheguemao consumidor em perfeitascondições, seja no aspecto daembalagem ou na qualidade,que não podem sofreralterações”.

No Brasil, são produzidas 1.419 milhões de toneladas/ano de produtos de HPPC

Foto

s: S

tock

.xch

ng

A AssociaçãoA ABIHPEC representa,

nacional e internacionalmen-te, empresas relacionadas àprodução, promoção ecomercialização de produtosacabados e insumosdestinados aos cuidadospessoais, além de apoiar,desenvolver, estimular e criarações e instrumentos quecontribuam para o progressoda indústria brasileira deHPPC. “São 330 empresasassociadas: 20 de grandeporte, 50 de médio e 260 demicro e pequeno. Elasrepresentam 94% dofaturamento do setor”,ressalta Basílio. ●

O mercado de cosméticose cuidados pessoais noBrasil está em ascensão

Page 39: Revista Logweb 73

39 | edição nº73 | março| 2008 | Logweb

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○

6anos de estradaem fevereiro

de 2008

Redação, Publicidade, Circulação e Administração:Rua dos Pinheiros, 240 - conj. 12 - 05422-000 - São Paulo - SP

Fone/Fax: 11 3081.2772 | Nextel: 11 7714.5379 ID: 15*7582visite nosso site: www.logweb.com.br | e-mail: [email protected]

Redação: Nextel: 11 7714.5381 - ID: 15*7949 | Comercial: Nextel: 11 7714.5380 - ID: 15*7583

A participação dos fornecedores e usuáriosde logística na revista Logweb foi decisiva paraque ela chegasse ao seu aniversário com saúdee confiança no futuro.

Ninguém vai longe sem parceiros fortes. Eles confiaramem nossos propósitos e viram, ao longo desses anos, o quantonos esforçamos para oferecer ao mercado um espaço editorialde qualidade.

Ampliamos a nossa cobertura dos temas da logísticamoderna, não só nas edições mensais, mas também aoproduzir Suplementos Especiais. Os setores Multimodal,Alimentos & Bebidas, Logística e Meio Ambiente eo Caderno de Usados e Seminovos, este o únicoclassificado especializado do Brasil, são produtos queconquistaram os elogios de leitores e anunciantes.

Pela sua seriedade editorial, a revista Log web conquis-tou o Certificado de Qualidade na Prestação de Serviços naDivulgação do Segmento de Transporte, o Prêmio ABML deLogística e o Prêmio ANTF de Imprensa Especializada. Sem falsamodéstia, não é pouco.

O aniversário vai ser comemorado com uma promoçãopara todo o ano. Queremos que os anunciantes estejamconosco por mais tempo e com tantas vantagens que não dápara detalhar aqui. Entre em contato com nosso DepartamentoComercial. Você não vai acreditar. Veja os Planos de Aniversárioao lado. A fidelidade, afinal, merece ser premiada.

Mas o presenteda revista Logwebé para a sua empresa

Plano 12 mesesVantagens: Bonificação de uma página de Informe

Publicitário em edição a definir • Encartes de folhetos/foldersna revista impressa que será entregue nas principais feiras eeventos do Brasil (no máximo 1.000 unidades) • Um bannerrotativo de 468X60 pixels no portal LogWeb na seção deanunciantes. • Forma de Pagamento: 12 parcelas iguais.

Plano 9 mesesVantagens: Encartes de folhetos/folders na revista

impressa que será entregue nas principais feiras e eventosdo Brasil (no máximo 1000 unidades) • Um banner de 120X60pixels no portal LogWeb na seção de anunciantes. • Formade Pagamento: 12 parcelas iguais.

Plano 6 mesesVantagens: Um banner de 120X60 pixels no portal

LogWeb na seção de anunciantes. • Forma de Pagamento:12 parcelas iguais.

Logwebreferência em logística

6 anos

r e v i s t a

revista

Lo gweb

mídia oficial

- setor logística -

da Fispal

Page 40: Revista Logweb 73