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Revista Looc Recife Junho 2011

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Projeto de Conclusão do Curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Católica de Pernambuco 2011.1

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JUNHO 2011 6

ÍNDICE

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TÍTULO

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EXPEDIENTE

Editores-Chefe | Herbert Barlow Igor BezerraFotos | Herbert Barlow Dante de Moraes Bancos de ImagemCapa | Priscila LinsOrientadora | Janaína CalazansColaboradores | Mariana Gusmão Camila Coutinho Téta Barbosa Guilherme de Paula Gabriela Almeida Cecília da Fonte Carmem Suassuna Rayana Belém de Alencar Adriana Arruda Raphaella Batista Mirella Remigio Mariana Remigio Caroline Falcão Eduardo Santos Américo Nunes Sakarias Frohm Mauro Espíndola + RAWR Maíra Erlich Luciana Lins João Carlos Cláudia Tejo Clara Simas Miriam Barros Cristiane Santos David Barlow Anunciantes & AgênciasSite | www.revistalooc.comTwitter | @LoocRecifeContato | [email protected]ão | Gráfica e Copiadora Nacional

Esta é uma edição meramente ilustrativa para Trabalho de Conclu-são do Curso de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda da Universidade Católica de Pernambuco. Proibida a reprodução de conteúdo total ou parcial sem prévia autorização.

JUNHO 2011CARTA AO LEITOR

Recife é uma cidade que, apesar de todos os seus problemas diários, tem muita riqueza

cultural, muito talento e muita coisa interessan-te. Tudo bem que isso talvez seja algo que todos saibam, mas será?

Todo o propósito de criar a Looc surgiu da von-tade de mostrar um pouco da cidade, com suas peculiaridades locais ou suas influências impor-tadas de onde quer que seja, e da forma que seja, saindo de modelos convecionais, fazer isso de uma maneira mais ‘inspiradora’, um ‘cool look’ sobre o Recife.

Sentimos falta de uma publicação onde, não só isso seja transmitido de forma interessante, artística e desejável, mas que também sirva como um propagador de ideias, opiniões e con-tatos, e claro, um meio publicitário menos intru-sivo. [Afinal, nós, e outros, temos que ganhar o nosso pão de cada dia!]

Excluindo toda as razões mencionadas acima para esta revista, ainda me pergunto: por que simplesmente certas coisas não podem existir apenas por existirem, sejam elas interessantes ou não? Será que tudo precisa ter uma razão clara e teoricamente fundamentada? Afinal, tudo pode ser considerado arte e ‘art is a gua-ranty of sanity’. [Louise Bourgeois]

Acredito que tudo, bom ou ruim, seja uma experiência válida. Espero que esta revista sirva seu propósito e lhe inspire [a fazer qualquer coisa ou a não fazer nada, mas que lhe inspire.]

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CAPA

_Estudante de Publicidade_Diretora de Arte_Ilustradora

[email protected]

por PRISCILA LINS

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CORRESPONDÊNCIA

‘Muito sucesso para vocês, ideia boa, design e conteúdo melhor ainda! Recife merece esse novo

Looc.’

Mirella Remigio

Parabéns pelo empe-nho e dedicação. Moda é cool, moda está na Looc.

Sucesso!

Mariana Remigio

‘Por mais que tenha sido discreta a minha ajuda,

foi um prazer fazer parte da concre-tização deste

projeto. Sucesso!’

Américo Nunes

‘Além de escutar as histórias de cada pedacinho da Looc, ajudar na geração

do conteúdo foi, além de divertido, muito INSPIRADOR. Sucesso!’

Carmem Suassuna

‘Excelente projeto. Foi um prazer fazer parte

dessa empreitada.’

Adriana Arruda

‘Porque vocês nao con-tinuam, de verdade, com

esse projeto? Adorei a revista, amei participar, gostei mais ainda de ter minha foto estampada.

Sucesso!’

Rayana Bélem de Alencar

‘Se depender do empenho e da deter-minação da equipe, tenho certeza que

esse trabalho vai gerar bons resultados. Parabéns e foi um prazer ajudar.’

Mariana Gusmão

‘Poder ter ajudado vocês foi um grande prazer. Acreditei no sucesso desse pro-jeto desde o começo ao ouvir as ideias

possíveis e também as semi-impossíveis. A dupla não acredita no impossível e buscou a viabilidade de suas ideias de forma criativa e com muito trabalho. A Looc é hoje uma realidade, e quem

sabe um dia eu nao possa por as mãos numa edição?’

Eduardo Santos

‘Espero que nesta 1ª edição tanto sucesso quanto o brilhantismo da

inédita ideia de preencher esta lacuna na nossa sociedade.’

David Barlow

‘Sempre acreditei no po-tencial de vocês. Desejo

só sucesso.’

Miriam Barros

‘Contribuir com a Revista Looc foi, além de prazeroso, espe-

cialmente, inspirador. Sucesso, sorte e uma boa

impressão.’

Priscila Lins

Entre em contato por email [email protected] ou por Twitter @LoocRecife.

Sugira, opine, colabore, procure trabalho, etc.

‘Sejam fiéis as suas convicções porque é nelas que moram a sua força interior

para ir em busca do sucesso. Belo trabalho, parabéns!’

Cristiane Santos

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BOATARIA

Conseguimos mais um feito histórico: somos agora, oficialmente, a cidade mais boateira

do MUNDO! Não basta ter o melhor carnaval, a maior avenida, o maior shopping, o maior bloco. Temos agora o maior boato! [do dia 5 de maio]

- Alô, filha? Você está onde?

- No carro indo pro shopping.

- Volte AGORA! Vá pra casa! A barragem de Carpina transbordou, o nível do Capibaribe subiu e às 17:15, exatamente [meu pai sempre foi pontual], teremos maré alta. Isso significa muita água.

Dei meia volta [acreditar no pai é prerrogativa fundamental para sobrevivência familiar] en-quanto meu telefone tocou de novo.

- Alô, irmã? Tais onde?

- Já sei. É pra ir pra casa.

- Não! É pra ir pro TWITTER agora. O boato se espalhou e as frases estão impagáveis. Quando eu cheguei em casa, o mundo já tinha se acabado [segundo o Twitter]. Carpina já tinha virado Tapacurá, a cidade estava alagada e a arca de Noé já estava vendendo passagens antecipa-das [com saída prevista para as 17:15 precisa-mente]. Uma onda de 30 metros se aproximava

FICA, VAI TER BOATO!...e depois bolo e cerveja.

do Shopping Plaza [que, por este mesmo motivo fechou suas portas às 16h]. Pânico, correria e confusão [imagine no dia que o Shopping Reci-fe fechar, dizia @jeufigueiroa].

As empresas começaram a liberar seus fucioná-rios [essa parte não é boato]. Escolas fecharam, faculdades cancelaram as aulas, reuniões foram remarcadas, as linhas telefônicas ficaram con-gestionadas. Isso tudo antes da maré alta.

Resultado: o maior engarrafamento que o Reci-fe já viu na vida [olha aí, temos outro record!].

Agamenon transbordou [de carros]. Os canais encheram [de lixo] Recife alagou [de boatos]. Tapacurá explodiu [no Trending topics].

Sim, no Trending Topics internacional só dava Tapacurá. Imagina o gringo, que toma conta dos TTs se perguntando: ‘Que porra é Tapacurá? Será um novo jogador da seleção brasileira?’

Enquanto isso, @lusenalto avisava: ‘Acharam o corpo de Bin Laden boiando no canal da Agamenon após inundação’. A ‘notícia’ foi confirmada pelo jornalista @santoskk que dizia com convicção ‘Casa Branca confirma: corpo de Bin Laden não foi jogado ao mar, mas nas cor-rentezas do Capibaribe’ e pra completar, nossa Presidenta Dilma anunciava a criação do BALSA-família para Recife.

por Téta Barbosa

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BOATARIA

Calma, calma, isso tudo faz parte da ação de marketing da COMPESA, que assim como a Prefeitura tem o lema: A gente faz, depois a gente mostra! Então? A gente não prometeu água e esgoto em TODO o RECIFE?

O jornalista @joaovaladares [que assim como @santoskk] já tinham aderido ao movimento #assumaseuboato , clamava por um posicio-namento do Prefeito. ‘João da Costa, vai que é tua. Olha a chance de aparecer e salvar seu mandato’.

João da Costa? E ele existe? Nessa confusão, eu podia jurar que ele era mais um boato! Ou sei lá, depois de Madri soube que ele foi visto no casamento de Kate e William e de lá seguia para a missa de sétimo dia de Bin Laden. Sabe como é, esse pessoal político é muito ocupado com essas coisas importantes. Eles não tem tempo pra ficar twittando boato de enchente,né?

@santoskk, pra acalmar os ânimos avisou em off [e entre aspas, porque já era um RT]: ‘Não diz pra ninguém pra não gerar pânico, mas tá dando um metro de água na Igreja da Sé.’

E o #assumaseuboato bombava nos trends de Raincife.

O pobre do @carlospercol [PercolMeuFilho, para os íntimos – que é assessor de imprensa do Governador Eduardo Campos, amigo de infân-cia do meu irmão e o nome do peixe do meu filho] suava [eu imagino] e twittava sem parar: ‘A situação está sob controle. O Governador avisa que não há motivo para pânico. Tapacurá [mas não era Carpina?] está funcionando nor-malmente’.

Percol, meu filho, a gente só quer saber se Eduardo é ou não é filho de Chico Buarque! Ele vai falar sobre isso na coletiva?

Fora do Twitter, na vida real, o engarrafamento tomava proporções épicas. Tudo parado! No rádio tocava sem parar ‘Tomar banho de canal quando a maré encher’ [versão de Nação Zumbi porque, por mais que Fabinho seja gatinho, é desafinado que dói].

E o boato crescendo, e o boato crescendo. As compotas da barragens de Carpina vão estourar a qualquer momento!

- Pessoal, quem tem COMPOTA é doce de goiaba, ok? ensinava @williampaiva.

Nunca, em toda minha vida, tive tanta pena de jornalista. A pobre da @clagoes twittava aflita: ‘é boato, é boato’ e dava, como boa jornalista, informações [daquelas, de verdade]. Alguém queria ouvir? Claro que não! @realejo inclusi-ve sugeriu: ‘se a gente continuar o boato até amanhã de manhã, vai ter feriado prolongado em Recife’.

Meu medo começou quando os amigos [vários] avisaram: ‘estamos indo pra tua casa. O boato é que Aldeia é o único lugar que não vai alagar!’ O que eu posso dizer, além de: ‘alguém traz a cerveja, por favor’.

Agora sério: pra quem não é de Recife e não entendeu porra nenhuma desse texto, eu ex-plico! Em 1975 [na era pré-Twitter] surgiu um boato [dos grandes] que a recém inaugurada Barragem de Tapacurá havia estourado e que,

‘..a cidade estava alagada e a arca de Noé já estava

vendendo passagens antecipadas...’

‘A gente não prometeu água e esgoto em TODO o RECIFE?’

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JUNHO 2011

BOATARIA

uma onda de mais de 30 metros iria destruir o Recife. Pânico é pouco pra descrever a con-fusão. Histórias hilárias [hoje, porque no dia foram trágicas] surgiram desse desespero coletivo. Toda reunião familiar que se preze, depois de algumas cervejas, sempre acaba com as narrativas do dia que a represa não explodiu! Isso virou até filme [dirigido por Nelson Caldas], piada, conto, música.

No fundo, dá até um alívio ter participado do boato desse ano. Pelo menos vou ter o que con-tar para meus netos!

- Oxe Téta, mas o teu blog não é sobre moda?

- Mas, se Tapacurá tá no TRENDING TOPICS internacional, é porque tá na moda!

Ah, quase que eu ia esquecendo: não alagou, não choveu, não transbordou.

Agora, se Dudu é ou não filho de Chico Buarque, isto ainda não está devida-

mente esclarecido!

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PORTFÓLIO

TALENTOS LOCAISUma seleção de alguns trabalhos de profissionais, ou não, da cidade que têm muito talento.

ARTE

João Carlos[81] 8832 4729

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PORTFÓLIO

FOTOGRAFIA

Maíra Erlichmairaerlich.com

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PORTFÓLIO

PAPEL MACHÉ

Cláudia Tejo[81] 9196 8089

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PORTFÓLIO

FOTOGRAFIA

Clara Simasflickr.com/people/clra

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PORTFÓLIO

ILUSTRAÇÃO

Luciana Linslucianalins.carbonmade.com

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PORTFÓLIO

ARTE DIGITAL

Miriam Barros[81] 8541 5190

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DRESS CODE

TENDÊNCIAS COLETIVAS

Modelos: Deborah Bonfá, Renato Ribeiro, Luana Lira, Kayke FialhoStyling: Caio Alves, Mauro Espín-dola, Mayra SantosMaquiagem: Mayra SantosFotografia: Dante de MoraesEdição/Direção de Arte: Caio Alves

O RAWR possui métodos bastante fora do convencional para divulgar suas ideias.

Para quem não os conhece, esse coletivo é formado por pessoas que se juntaram com um único objetivo: criar e disseminar conteúdo, multimídia e informação dos mais variados estilos.

É inegável discutir que eles chamam a atenção por suas festas que, junto com outros coletivos, vem se tornando sinônimo da noite recifense. Com uma proposta diferente e temática essas baladas estão fazendo a cabeça do público. Diferentemente de outros grupos, o RAWR, em sua última empreitada, ‘A Barca’ decidiu inovar.

por Igor Bezerra

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DRESS CODE

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DRESS CODE

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Para algumas pessoas, um grande problema é decidir o que vestir. Para isso, eles elaboraram e produziram um Editorial Barca e colocaram no site do grupo. Ou seja, no caso de dévida sobre o dress code da festa, as fotos servem de inspira-ção para o público fashionista de plantão.

Flores e cores foi o enfoque principal. Com um estilo quase que mexicano e com muita estam-pa, o editorial mostra um pouco da criativida-de e do empenho do grupo quando querem transmitir uma ideia. Assim, o péblico tem uma noção do que esperar da festa e sem errar no dress code. Respeite o estilo, viu!

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DRESS CODE

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LOOK DO DIA.Pra que?

Faça o teste: passeie rapidamente entre alguns blogs de moda

e repare em algo em comum entre eles. Não demorou muito para encontrar a resposta, né? O tal ‘Look do dia’ é mesmo muito popular na blogosfera!

Difícil saber quem começou com isso, mas é fato que a famigerada tag está presente em 9 entre 10 blogs, sejam eles nacionais ou gringos. Mas, por que esse tipo de post faz tanto sucesso? Por que bomba de comentários, mesmo se a blogueira em questão estiver usando um sim-ples jeans e camiseta branca?

Será que realmente acrescenta alguma coisa postar os looks de maneira mais ‘humilde’? Sem grandes produções, locações européias maravi-lhosas ou um namorado fotógrafo in-crível?

Intrigada, soltei a dúvida no meu Twitter.

Como imaginava, a maioria curte esse tipo de post porque gera mais inspiração ‘vida real’ e torna-se mais fácil assimilar o que editoriais mais conceituais de moda mostram. Outro pon-to forte também, é que a maioria das blogueiras tem o corpo ‘normal’, não palitinho impossível, como os das modelos.

Também tem quem ache que é puro ‘voyeuris-mo’, pois pessoas gostam de observar e comen-tar sobre a vida dos outros.

No meu caso, não me acho uma pessoa mega estilosa, inovadora, gata Sienna Miller (aham, senta lá Cláudia!) e tal, mas acho que a graça esta aí mesmo. Sou uma menina normal, com quase 60kg, gosto de roupas, me preocupo em sempre tentar se vestir de maneira legal, não sou milionária (ainda! Brinks!) e também estou sujeita a erros e acertos. Só isso, simples assim!

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COLUNA

Não estou aqui para ditar mega tendências sozinha ou fazer inovações de deixar qualquer Scott Schuman encantado. Apenas gosto de compartilhar minhas vontades atuais e acho válido mostrar que realmente tento aplicar na minha vida real o que falo no blog! Acho que o segredo da popularidade do ‘Look do dia’ está justamente nisso.

Se a tag é ‘look do dia’, ‘meu look’ ou ‘hoje vou assim’, não importa. O interessante é que agora podemos criar e publicar ‘editoriais’ de nós mesmas que, diferentemente das mega produções das revistas, geram um sentimento de inspiração mais possível e fácil de se alcan-çar, seja pelas marcas usadas ou pelas ideias apresentadas.

Não nos vestimos por stylists para páginas de revista, e sim para situações do cotidiano, como trabalhar, ir no dentista, comprar pão, sair pra jantar com o boy ou até fazer pegación na balada.

Mas, você ainda se preocupa se o look é ‘patro-cinado’ ou não? Don’t worry fia! Pois, em prati-camente todas as revistas de moda, muitas das peças exibidas estão ali porque as marcas anunciam na revista. E isso é ruim? Te preju-dica? Não, ué! Se tá ali é porque foi selecionado e passou pelo crivo de alguém. E esse alguém não ia publicar um treco uó que não entrasse na linha editorial do veículo, né? Claro!

Portanto, se você se identifica com o estilo de certa blogueira e está em busca de inspiração pra movimentar seu armário, por que não checar os ‘Looks do dia’? Você pode encontrar nas fotos dela (que se expõe sem medo de ser feliz!), uma ideia pra usar roupas que estavam jogadas no fundo da gaveta, ou até descobrir onde tem pra vender aquela tal camisa de chamois ou aquela ‘peça desejo’ que esteja \procurando loucamente!

Mas lógico, tem o outro lado da moeda, né? No mundo dos veículos impressos, poucas revistas são compostas unicamente de editoriais. O mix de matérias (guias de compras, entrevistas, serviços, etc) é que deixa o pacote final mais completo e interessante, o que também vale para os blogs.

Você se propõe a manter um blog/revista focado apenas em editoriais/‘looks do dia’? Aí é outra história! Nesse caso tem que ser ‘O’ look do dia, tipo incrível mesmo. Bem bolado, bem fotogra-fado, criativo, inovador e não necessariamente de grife famosa e cara. Na minha opinião né…

Ufa, escrevi demais, não? E vocês? O que acham disso tudo?

Camila Coutinho mora no Recife e escreve para o garotasestúpidas.com.Twitter | @gestupidas

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JUNHO 2011

CHIQUEZA

É BREGA, NÉ NÃO?Se ele não pegouvocê, ainda vai te pegar!

por Gabriela Almeida

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CHIQUEZA

O brega está em alta e este é um fato inegá-vel. As cocotinhas, de Boa Viagem a Casa

Forte, se transfiguram e não se envergonham mais em dançar o som da periferia. Tanto faz se em Itamaracá, a ex-praia da elite do Estado, ou em Tamandaré e Carneiros, neste verão todo mundo se acabou de dançar no ‘Vou não, quero não, posso não, minha mulher não deixa, não!’. Durante o Carnaval de Olinda, o hit ganhou nova roupagem e subiu as ladeiras com cara de frevo. Já nas prévias, os culturais do Recife incorporam as roupas curtas para bailar todas as vertentes do brega no I Love Cafuçú. As bar-reiras do preconceito vão gradativamente sendo derrubadas e surge um brega multifacetado.

Na Zona Sul, espaços como o Dona Carolina já foram palcos do estilo para a galera bonita da alta sociedade. No bairro do Recife Antigo, Zona Norte da cidade, o brega é uma coisa mais consistente, os de barba grande e as de sandália rasteira vão além do gingado e swing da música, o negócio é estudar as raízes e ouvir os clássicos: Odair José, Reginaldo Rossi, Sidney Magal. Na periferia ‘o brega é original, é daqui, é da nossa gente e tem a nossa cara. Sabe, é a música que fala do mesmo jeito que a gente’, diz a cozinheira Valdenice Costa, que não perde um final de semana no Bar 100% Brasil, no bairro da Boa Vista. Ah! Mas também não podemos deixar de lados os mais descolados e hypes que vão pro Brega Naite bater cabelo a noite toda no Vapor 48.

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CHIQUEZA

A coisa não parou na pista de dança, a classe média alta do recife agora compõe e grava o tal do brega. Bandas como Tanga de Sereia, que mostra seu brega cult influenciado por Nelson Rodrigues e Almodóvar, fazem sucesso na cena alternativa da cidade. A banda já tem 3 CDs gravados e hits estouradíssimos e cantados em couro em seus shows, como ‘O homem do gás’, ‘Me chama de sereia’ e ‘Primo com prima’. Já os rapazes da Faringes da Paixão, que estão para lançar seu primeiro CD, fazem novas versões dos clássicos do brega, além de também cultuar seus amigos contemporâneos como o príncipe do brega, Kelvis Duran. E quem comenta sobre essa adequação da linguagem da periferia por outras classes é o garoto pernam-bucano e músico, Silvéro Pessoa no documen-tário ‘Do Kitsch ao cult’, ‘Antes uma música que representava uma classe socialmente desfavorecida, hoje é apropriada por uma classe de elite.’

E essa festa toda começou paralelamente na trindade do mundo virtual, programas de auditório (como o do lendário Denis Oliveira) e nos ‘insuportáveis’ carrinhos de som e seus CDs ‘alternativos’ (o velho piratão). A internet, os canais regionais e a informalidade, foram os grandes divulgadores do brega, um mercado independente que agora incomoda as grandes gravadoras e revela a cada segundo um novo grande sucesso para as próximas horas. A efemeridade dessas músicas tem a velocidade da postagem de um novo vídeo no Youtube, a galinha dos ovos de ouro do momento.

Mas o brega quer mais! Não bastam só as ruas e os estúdios de gravações, agora ele invade, com a mesma força, os auditórios acadêmicos, para se tornar coisa séria. Brotam estudos sobre suas influências musicais, sua história, seu efeito na

sociedade e também para descobrir se essa garotada, das classes mais altas, que vêm puxando o brega morro abaixo, não quer apenas ‘relegá-lo às formas do cômico vulgar de baixa categoria’ como observou, sobre o grotesco, certo rapaz chamado Mikhail Bakhtind. Levado a sério ou não, foi uma música brega a escolhida pelo Ministério da Saúde para a campanha do uso de camisinha durante o carnaval.

Brega cult, brega clássico ou o bregão do povo, dançado pela playboyzada, intelectuais ou pelos bregueiros de berço no fim das contas, não tem erro, é exatamente como profetizou a Rainha do Brega Joelma, ‘Essa dança vai mexer com você e com o seu coração’. Sendo você quem quer que seja, prepare-se e ‘venha mover el esqueleto, mostrar que sabe bailar’ ao som de muito brega!

‘A classe média alta do Recife agora compõe e grava o tal do brega.’

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SETLIST DO MÊS

TRACK LIST

‘Nail In My Coffin’ by The Kills

‘Headlock’ by Esser

‘In The Hospital’ by Friendly Fires

‘Don And Sherri’ by Matthew Dear

‘Blockhead’ by Punks Jump Up

‘Oh No!’ [Grum Remix] by Marina & The Diamonds

‘Extraball’ by Yuksek

‘What Happens Next’ by Filthy Dukes

‘Run’ [Edit 4] by Simian Mobile Disco

‘The Girl And The Robot’ by Röyksopp feat. Robyn

MUSIC ON

Junho é mês junino. Tem festas, danças, explosões coloridas, fogo,

fumaça e muita música. Quase uma balada! Tudo bem que esse setlist não grita São João, mas não é por isso que não tem a ver com esse mês.

Essas são nossas dicas de party music pra animar sua quadrilha. Visite revistalooc.com e download o setlist criado por Guigs especialmente para nós.

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TEXTURIZEFotos: Herbert Barlow

Raphaella veste:Vestido Moda Internacional

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Carmem veste:Vestido DWZ

Óculos Carrera

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Cecília veste:Vestido FARM

Óculos Ray-Ban

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Gabriela veste:Vestido Soho

Óculos Ray-Ban

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Rayana veste:Vestido NOZ

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Adriana veste:Vestido M

Cinto Zara

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Quem disse que para criar algo bonito e estiloso é necessário desenhos, fotos ou ilustrações? Descubra como hoje os designers espalhados pelo mundo brincam e criam artes arrojadas e estilosas apenas utilizando a tipografia como gatilho para a criatividade.

por Igor Bezerra

You are lovedThe mapple origins

PicoyablackWENDY

Nouvelle Vague

Amsterdan

Road way

O PODER DAS FONTS

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Quem disse que para criar algo bonito e estiloso é necessário desenhos, fotos ou ilustrações? Descubra como hoje os designers espalhados pelo mundo brincam e criam artes arrojadas e estilosas apenas utilizando a tipografia como gatilho para a criatividade.

por Igor Bezerra

You are lovedThe mapple origins

PicoyablackWENDY

Nouvelle Vague

Amsterdan

Road way

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TIPO

Imagine você, caro designer (ou não), ponde-rando sobre uma nova arte para seu querido

e amado portfólio. Os passarinhos cantam lá fora e você busca inspiração em imagens da natureza, do dia a dia e do Google search. Num lapso rápido de criatividade você puxa seu Mac-Book Pro – ou, como no meu caso, um Netbook de 12’ com um adesivo da maçã branca tapando a marca da HP – e parte para o ataque. Abre seu programa favorito para criações artísticas e pensa ‘Não quero imagens... quero palavras!’. Puxa a fonte Comic Sans num ato de rebeldia e cria uma arte voltada para o novo CD do palha-ço chocolate.

É mais ou menos assim, que diversos designers de hoje criam e abusam de peças compostas apenas por letras. A tipografia cada vez mais está sendo utilizada não como término de uma obra gráfica, e sim como o ínicio e único elemento dela. Graphic designers como Ivan Vidovic, de origem Bósnia, se aproveitam do significado intrínseco que as fonts possuem, e de sua vasta mobilidade, utilizando-as como principal maneira de demonstrar sua qualidade artística.

Usar a tipografia certa para passar determinada idéia beira a ciência. Tanto é que há cursos e profissionais voltados especificamente para a arte da criação tipográfica. A ESAD.CR [Escola Superior de Artes e Design, em Portugal, possui um mestrado exclusivo para o estudo da tipo-grafia. Assim como, inúmeras outras escolas de

Fabiano Hikaru Higashi | Brasileiro. Uti-lizar em grande quantidade tipografias com artes voltadas para o vetor.

Kasper Pyndt | Dinamarquês. Bem humorado, sempre enfatiza em seus trabalhos sua ‘falta’ de criatividade.

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TIPO

Patswerk Grafisch Ontwerp | Studio de Design holandês. Costumam utilizar bas ilustrações acompanhadas de uma arte tipográfica.

Ivan Vidovic | Bósnio, residente nos Estados Unidos.

design, como a Central St. Martin, de Londres, possuem cursos [short courses] específicos nesta área e que são ministrados durante todo o ano.

Dando formas consistentes ou abstratas, utili-zando imagens como seu segundo plano, o uso de uma tipografia perfeita é tão importante quanto saber que RGB significa Red, Green, Blue. Não é preciso muito para conseguir uma peça gráfica com estilo apenas utilizando pala-vras. Em caixa alta ou caixa baixa, não importa. O diferencial é: abra o Illustrator, pegue uma font qualquer e comece puxando a perna de um A e o tronco de um T, não garanto uma geniali-dade, mas é sempre bom começar por baixo.

Dicas._ esad.ipleiria.pt_ csm.arts.ac.uk/courses/shortcourses

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PETIT PARIS

Já pensou em comer um crepe francês e um croque monsieur ao som de Jacques Brel sem

ter que pegar o avião para Paris? Voilá! Não, eu não estou falando do La Plage ou do já premia-díssimo La Cuisine, e sim da Montmartre Crê-perie. Estabelecido há mais de 10 anos em Casa Forte, o restaurante possui 4 ambientes e pratos tipicamente franceses no cardápio que vão da salada Chèvre Chaud ao tradicional Baguette Fromage.

Os recifenses estão acostumados com o requin-te de creperias à la francesa que contam com uma mistura de nomes em francês no cardápio mas ingredientes e ambientes bem brasileiros. Perfeito para quem nunca teve a chance de an-dar pela Avenue des Champs-Élysées ou acha que

O FABULOSO DESTINO DO FIM DE SEMANA

o nosso francesinho de cada dia tem alguma coisa de parecido com o legítimo pão francês. Mas para você que já sentiu os ares de Paris, mesmo que de mochilão nas costas, ou se deliciou com um pain au chocolat em Nice ou Cannes, então o Montmartre é o lugar para relembrar um pouco da França de verdade sem ter que desembolsar em euro. Por falar em euro, os preços são bem convidativos também!

O ambiente lembra os cafés de Montmartre, bairro parisiense famoso hoje pelos artistas nas ruas, cafés, a Sacré Coeur e Amélie Poulain. Se você não tem ideia do que estou falando, uma dica é alugar o DVD O Fabuloso Destino de Amélie Poulain para sentir um pouco do que é Montmartre. O toque de arte está por todos os ambientes do restaurante, e conta com postais e publicidades antigas de produtos franceses, como também uma escultura à la Moulin Rouge. As mesas quase coladas umas nas outras e cadeiras rústicas não tão confortáveis, retratam a realidade dos cafés parisienses com pratos rápidos sem todo o requinte dos restaurantes recifenses. A casa tem um estilo único, intimista e que, como pedaços da própria Paris, tenta levar o cliente a um espaço além do que está.

por Eduardo Santos

‘A casa tem um estilo único, intimista e que, como pedaços da própria Paris, tenta levar o cliente a um espaço além do que está.’

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PETIT PARIS

Se por um lado o Montmartre peca na apresen-tação dos pratos e no requinte dos talheres e guardanapos, ganha por retratar fielmente um bistrô parisiense com direito a música francesa e ingredientes como molho béchamel, queijo de cabra, nozes e gruyère. Claro, sem falar no crepe de Nutella, que não deixa de ser bem francês também. É fácil notar no cardápio certa influên-cia alemã com diferentes tipos de salsicha. Uma boa pedida é a entrada Clumy que vem com dois tipos de salsichas, azeitona e um molho

delicioso. Mas atenção, nem sempre o que está no cardápio, está na cozinha. Após fazer o pedi-do, você pode ouvir um ‘infelizmente não temos esse prato senhor’. Mas nada de fechar a cara, o cardápio conta com 29 versões de crepes.

Sair da rota tradicional de restaurantes recifen-ses e dar um pulinho na França é possível e não custa muito. Para quem já foi à Paris vale a pena relembrar, para quem nunca foi esta é sua chance.

Au revoir et bonne journée!

O Montmartre fica na R. Alfredo Fernandes, 61 em

Casa Forte. [81] 3268 72 78

Aberto das 17h à 0h de terça a domingo.

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BADALANDO

BONS DRINKQuem não aguenta toma Toddynho.

por Gabriela Almeida

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BADALANDO

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BADALANDO

Quem se importa com os melhores DJs, as bebidas mais caras e ambientes climatiza-

dos? Não, definitivamente esses não são pré-requisitos para uma noitada boa no Recife. Pelo menos não mais, porque agora quem faz a vez é o tal do open bar. Talvez pela carência do públi-co por novas festas ou talvez pela sede alcoólica juvenil da cidade. O que sei é que a falta de um lado e a abundância do outro casaram bem.

As festas alternativas antes ficavam apenas nas mãos da galera do Golarrolê. Festas lendárias, diga-se de passagem, como a ‘Que Putz Sem Loção é essa?’, que rola durante os quatro dias de carnaval. Mas a cidade precisava de opções. Assim foram surgindo outras festas, como a Bup, segurando a mesma proposta do Golarrolê: música alternativa, bebida e entrada baratas, e os descolados do Recife dançando a noite toda.

Até que chega a ‘era open bar’. Vinícius Gouveia, Renato Souto, Ingrid Chavier e Elouise Carva-lho se juntam para organizar a Boogie Night [calourada do Curso de Cinema da Universida-de Federal de Pernambuco]. Como as caloura-das estavam proibidas dentro do Campus da UFPE, os meninos foram em busca de um lugar para a festa. Seguindo o fluxo, escolheram um casarão do bairro do Recife Antigo; chamaram alunos do curso para fazer a setlist da noite e lançaram a proposta: ‘pagou entrada, bebe o quanto aguentar.’

Boogie Night | Na edição de Abril, o grupo homenageou os filmes dos anos 80 - neste cartaz, por exemplo, Flash Dance(1983). Em outras formas de divulgação, outros filmes

tiveram seu destaque como foi o caso de Curtindo a Vida Adoidado(1986).

Casa | Uma das festas open bar do Recife que teve bastante sucesso. Como

principal idéia o cenário de uma casa para a festa, que incluia diferentes ambientes

além da pista de dança.Cartaz produzido por Caio Alves.

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BADALANDO

Não demorou muito e outros grupos se dispu-seram a preparar festas para todo mundo. Só que o pessoal da RAWR fez diferente. Enquan-to a Boogie Night tem uma proposta com temas cinematográficos, os meninos da RAWR [Luana Lira, Lucas Cavalcanti, Dante Borba, Jimmy Astley, Mauro Espíndola e Caio Alves - que hoje não faz mais parte do grupo] queriam temas pops, todavia a palavra mágica estava lá no cartaz da festa: OPEN BAR.

Hoje a coisa virou febre, ou melhor, virou virose pós-carnaval, todo mundo pega. Já existem ‘fários’, como diria nossa amiga Vanessão, gru-pos organizadores de festas no estilo. E não falta público para tanta festa, prova disso é que agora nas sextas-feiras, que antes ninguém tinha escolha, era aquela festa ou ficar em casa jogando vídeo game e tomando cerveja com os amigos nerds, você pode escolher: música pop e open bar; música alternativa e open bar; música brega e open bar; música balcânica [??] e open bar. Enfim, a variedade open barzeira está aí. Preparem o fígado, sua melhor roupa e uma make up divina pra disfarçar a ressaca no almoço de domingo com a família.

.B.E.M. Ungida | Cartaz da festa que demostra sua proposta inicial de ‘se divertir numa festa open bar em plena Semana Santa’. Teve sua segunda edição devido ao grande sucesso.

Glow | Festa organizada por estudantes de Design da UFPE. A primeira edição teve como tema RGB onde o dress code seguiria a linha Red, Green e Blue

‘Preparem o fígado, sua melhor roupa e uma make up divina pra

disfarçar a ressaca no almoço de domingo com a família.’

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FICA A DICA | LONGA

As cortinas se abrem e nos deparamos com duas mulheres em estado de sonambu-

lismo em meio à inúmeras cadeiras. Temos a impressão de que elas, com seus movimentos intranquilos pelo cenário, poderão trombar e mesmo cair ao se defrontar com esses empe-cilhos. Entretanto, aparece um homem com feições tristes e retira as cadeiras do lugar por onde essas mulheres passarão. Dois homens apreciam comovidos e consequentemente nos induzem a acreditar que são amigos. Porém são desconhecidos, embora se encontrem em Madri meses depois, por um fato em comum: os dois são apaixonados por mulheres em coma irrever-sível. ‘Fale com Ela’ de Pedro Almodóvar, nos instiga a esperança de recuperação. O filme inicia-se onde ‘Tudo sobre minha Mãe’ (1999) termina, em um palco, com o desempenho de ‘Café Muller’, da coreógrafa alemã Pina Baush.

O primeiro desses homens é o enfermeiro Benigno (Javier Camara), responsável por cuidar de Alicia (Leonor Watling), uma baila-rina em coma há 4 anos. Assim, podemos nos deparar com uma cena de banho com um corpo nu e inerte. O segundo homem é um escritor de guias de turismo, Marco (Dario Grandinetti) que se interessa pelo desfecho do caso amoroso da toureira espanhola Lydia (Rosario Flores) com seu colega de trabalho. A partir disso Marco e Lydia começam um romance. Mas, durante o percurso para a arena, onde a tourei-ra realizaria uma apresentação com um compor-tamento suicida, o touro a atinje, provocando o coma.

E é dessa maneira com que os dois homens se conhecem. Marco não consegue lidar com a amada inerte. Contudo vê a posição de Benigno com Alicia e começa a fazer o mesmo. Benigno diz a Marco: ‘O cérebro da mulher é um misté-rio. Ainda mais nesse estado.’ Os personagens masculinos de ‘Fale com Ela’ deixam transpa-

recer seus anseios, inseguranças e frustrações ao estarem frente ao sexo oposto. O filme trata o tema de que as mulheres são um mistério para os homens, e vice-versa. As mulheres mesmo sem participação ativa no filme são tão intensas como se estivessem em sã consciência.

Amoldóvar usa uma narrativa não-linear através de flashbacks para explicar a situação dos per-sonagens. E é dessa forma que conhecemos a maneira como Benigno conhece Alicia e, por isso, podemos entender porque o enfermeiro conhece tanto sua paciente. O diretor insere em ‘Fale com Ela’ um curta metragem de sua auto-ria, ‘O Amante Minguante.’ E isso constitui-se em uma chave para o que irá acontecer posteri-ormente. O curta conta a história de um homem obeso, que se propõe a tomar um experimento com o propósito de fazer as pessoas perderem peso. No entanto, ao beber, o protagonista en-colhe até atingir o tamanho de um polegar. Na cama da namorada, resolve se alojar em suas partes íntimas para o resto da vida.

Título Original: ‘Hable con Ella’Diretor: Pedro AlmodóvarGênero: Drama Duração: 112’ Ano: Espanha, 2002

FALE COM ELApor Caroline Falcão

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CURTA | FICA A DICA

EU NÃO QUERO VOLTAR SOZINHO

por Herbert Barlow

Numa época em que a vida parecia tão simples, ‘Eu Não Quero Voltar Sozinho’

começa numa sala de aula. Desde a primeira cena, com o barulho que ressoa uma máquina de escrever, percebemos que um dos protagoni-stas Leo (Guilherme Lobo) é cego. A professora pede para que o novo aluno da sala, Gabriel (Fabio Audi) se apresente a turma. Ao final da aula, Leo e Giovana (Tess Amorim) convidam Gabriel para acompanhá-los.

Com o passar dos dias, uma nova amizade brota entre os três. A vida segue com os inúmeros problemas dos adolescentes: estudos, provas, trabalhos e paqueras. Dúvidas então começam a surgir para Leo. Cego desde o nascimento, pergunta ‘se é bonito’ para a amiga. Com a resposta ‘ah, eu te considero bonito’ fica claro a

paixão de Giovana pelo melhor amigo. No en-tanto, não é nela que o Leo está interessado.

Numa cena em que, sem querer, declarações são feitas ocorre o desfecho da história.

Com uma linguagem simples e inocente, o diretor Daniel Ribeiro consegue retratar uma singela história de amor. A trilha sonora ajuda a compor a inocência que o curta transmite. Vencedor de alguns prêmios, incluindo o de Melhor Filme (Júri Oficial e Popular) do 3˚ Fes-tival Paulínia de Cinema 2010, ‘Eu Não Quero Voltar Sozinho’ deixa um ‘gostinho de quero mais’.

Título Original: ‘Eu Não Quero Voltar Sozinho’Diretor: Daniel RibeiroDuração: 17’ Ano: Brasil, 2010

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FICA A DICA | LIVRO

NÃO VAI EMBORApor Mirella Remigio

Renato é organizado, metódico, frustrado em sua carreira de dentista, influência de

seu pai também dentista, acomodado. Camila é tudo que ele não é: espontânea, apaixonada por cinema, arte e tudo que se relacione a isso, carreira que escolheu, intensa e impetuosa. Claro que nesse romance o destino faz com que eles se encontrem e se apaixonem. Paixão que para um parecia que duraria para sempre, que se via envolvido cada vez mais, que se via cada vez mais admirador da amada; para outro, paixão não maior que sua arte, que via no seu oposto um companheiro até onde seu trabalho, verdadeira paixão, permitia. Do inusitado en-contro no consultório de Renato ao já previsível fim em Havana, o autor desenvolve este roman-ce intenso, de leitura gostosa.

Em Havana, para onde vão já que Camila resolve filmar um documentário na cidade e Renato resolve acompanhá-la achando que iria unir o útil - dar um basta a sua insatisfação em ser dentista - ao agradável - ter dias e noites de muita paixão com sua amada, as coisas não vão como o esperado. A capital de Cuba torna-se o cenário perfeito para as diferenças do casal se acentuarem, para a intensidade de Camila com relação ao seu trabalho e a vida serem demais para o contido Renato. O dia em que ele resolve visitar a amada em suas locações de filmagem na tentativa de reacender a paixão depois de mais de 20 dias de uma relação distante e com o agravante da falta de sexo entre o casal, acaba sendo o dia fatídico que deixa Renato onde ele e nós, leitores, prevemos que ele acabaria: sozinho. Camila o deixa e Renato começa uma busca por notícias dela ajudado pelo caricatura-do e neurótico Pepe. Chega-se então ao melhor deste livro, que não é a relação dos dois prota-gonistas, que diria ser até um pouco previsível, cheio de eu-admiro-naquela-pessoa-tudo-que-eu-não-sou-e-gostaria-de-ser, e sim a descrição de Havana que o autor faz através das andanças

Título Original: ‘Nunca Vai Embora’Autor: Chico MattosoGênero: RomanceEditora: Companhia das Letras, 2011

do protagonista e de Pepe em busca de Camila. Com referências contínuas a locais turistícos, são as descrições de locais onde turista não vai, como o boteco onde Renato conhece Fili e Pepe e o restaurante familiar que Pepe leva Renato para almoçar que fazem com que a história não se torne um grande clichê. Trama à parte, a von-tade que dá ao terminar o livro é de ir a Havana e conhecê-la do jeito que o protagonista o fez.

No fim, ‘Nunca Vai embora’ faz você não querer deixar Havana, não querer deixá-la ir embora. Quanto ao romance em si, apesar de todos os clichês, acaba por falar muito do que vemos em nós mesmos: ansiedade misturada com um sentimento de nunca estar onde se queria estar, de sempre achar que ao encontrar um amor, não necessariamente por uma pessoa, resolvem-se todos os nossos problemas e insatisfações. É uma nova e envolvente abordagem da velha história da busca por algo que nos salve de nós mesmos e de nossas idiossincrasias. Apesar também do final um pouco decepcionante, não se pode negar que Chico Mattoso sabe prendera atenção do leitor com sua narração que mais parece uma conversa do que uma leitura, fazendo com que, quando menos se espera, a leitura termine, nos deixando com o que nunca vai embora: a dúvida do depois.

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MÚSICA | FICA A DICA

THOSE DANCING DAYS

Nascida em Gotemburgo, a doce cantora/compositora Maia Hirasawa vem recebendo ótimas críticas de jornalistas europeus desde seu

primeiro álbum há 4 anos. Desde então, conseguiu manter seu estilo musical, um perfeito equilíbrio de simples poesias infantis com um punchy pop. Apesar de usar o próprio nome, Maia está sempre acompanha de uma banda composta por violoncelos, trombones, flautas e piano, que produzem composições sutis. Seu último lançamento, o álbum Maia Hirasawa de 2011, mostra toda essa delicadeza que se tornou a essência da sua música. Dicas: ‘South Again’ do GBG vs. STHLM e ‘It Doesn’t Stop’ do Maia Hirasawa.

Mais uma banda Sueca que vem encantando a todos. Formado apenas por mulheres, Those Dancing Days não conseguiram exatamente o

sucesso que queriam com seu primeiro álbum. Foi quando decidiram ir on tour que tudo mudou. Inclusive, vieram a Recife em 2010 para o No Ar Coquetel Molotov, onde puderam mostrar todo seu charme para o públi-co local. Com a experiência de live shows, compuseram seu segundo trabalho, Daydreams & Nightmares, no qual se percebe uma maior maturi-dade. Suas apresentações são non-stop e cheias de danças, tudo isso banhado por seu energético estilo indie rock pop. Dicas: ‘Duets Under Waters’ do In Our Space Hero Suit e ‘Fuckarias’ do Daydreams & Nightmares.

JÓNSI

A banda islandesa de post-tock Sigur Rós já tem alguns anos de vida. Seu frontman, Jónsi, no entanto, durante hiato do grupo, decidiu

fazer uma carreira solo. Em 2010 lançou seu primeiro álbum solo Go. Em sua maior parte em inglês, o cantor criou uma obra poética, misturando sua voz falsetto com sua guitarra tocada com arco de violoncelo, com um resultado quase orgânico. Definir seu estilo é complicado, já que pos-sui influências islandesas, um toque orquestral e experimental, bastante ‘artístico’, quase mágico. Dicas: ‘Kolnidur’ e ‘Around Us’ do Go.

MUMFORD & SONS

O folk nem sempre é um estilo atraente. No entanto, quando se acres-centa rock a história muda. A banda inglesa Mumford & Sons con-

segue exatamente isso. Um som animado, energético e divertido. Nunca perdem a essência folk, com o quase onipresente banjo, equilibrado com um ótimo toque acústico e britânico. Suas apresentações vem sendo aclamadas pelas críticas e seu último álbum Sigh No More chegou ao segundo lugar da parada britânica. Dica: ‘Little Lion Man’ e ‘ Dust Bowl Dance’ do Sigh No More.

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RISOS

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Texto por Sakarias Frohm Arte por Herbert Barlow

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INSPIRE

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