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REVISTA MB RURAL - www.mbparceiro.com.br
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CONFINAMENTO: GANHO DE PESO OU EFICIÊNCIA BIOLÓGICA
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RURAL RURAL EDIÇÃO 03 l ANO 02 l JUL/AGO 2012
MB PARCEIRO 9912275819/2011-DR/TO
COOPERAÇÃO POR RESULTADOSEntenda porque a pecuária precisa tanto
aprender a trabalhar com Parcerias
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SERVIÇOS AO PECUARISTA
Prezados Leitores
O primeiro semestre de 2012 não foi dos melhores para a pecuária. O mercado esteve meio ‘‘arreado’’ após várias idas e vindas no preço da arroba. Deste modo, este é um ótimo momento para reflexões e, principalmente, novas atitudes.
Sempre existirão lacunas no processo produtivo, bem como nas relações comerciais. Identificá-las e trabalhá-las é o grande desáfio. Ainda sim, o resultado destas ações pode mudar a forma de ver a temerosa ‘baixa’’ do‘ ciclo pecuário.
Cabe destacar que os benefícios virão apenas aos gestores que realmente provocarem ações agregadoras ao processo produtivo. O cunho destes trabalhos não necessariamente estão baseados em ações técnicas, pois também existem amplos espaços para melhoramos os modelos de negociação.
O que importa é aproveitarmos o momento de instabilidade como ferramenta de motivação para melhor avaliarmos os pontos fortes e fracos de cada empreendimento rural. Somente a visão mais clara de cada negócio é que teremos estratégias e ações mais producentes e eficazes.
Deste modo, caro leitor, aproveite bem as matérias desta edição, pois muitos princípios tratados neste material são fundamentais para construirmos uma pecuária mais forte e competitiva.
Caso a ‘‘crise’’ realmente venha, a solidez do trabalho sério nos tornará mais resistentes às ‘‘intempéries’’ do mercado. Se a ‘‘crise’’for apenas um pessimismo exagerado e temporário, teremos resultados financeiros ainda melhores.
Deste modo, utilize as perspectivas desafiadoras para reformular seu negócio, pois crise é sinônimo de oportunidade.
Maurício Bassani dos Santos Sócio fundador - MB Parceiro
Boa leitura e um grande abraço a todos.
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RURAL RURAL
EDIT
ORIA
L ÍndiceÍndice
Uma publicação do Grupo MB Parceiro
SERVIÇOS AO PECUARISTA
Editor Chefe
Mauricio Bassani dos Santos
(CRMV-TO 126/Z)
Diagramação:
José Francisco R. M. Filho
A Revista MB Rural não possui
matéria paga em seu conteúdo.
Distribuição gratuita
Revista MB Rural (Adm./Redação):
103 Sul rua SO 01 lote 15 sala 02
Palmas - TO - Cep.: 77.020-124
Fones: (63) 3225-7724 / 8466-0066
Colaboração:
Antônio José de Sousa Caminha
Enoch Borges de Oliveira Filho
Evandro Davanço
Farys Pereira Silva
Luiz Henrique D. Carrijo
Rivelino Andrade
Projeto gráfico e impressão:
Gráfica e Editora Primavera
Tiragem:
3.000 exemplares
As idéias contidas nos artigos
a s s i n a d o s n ã o e x p r e s s a m ,
necessariamente, a opinião da revista
e são de inteira responsabilidade de
seus autores.
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| MATÉRIA DA CAPA
| SANIDADE ANIMAL
| SISTEMA DE PRODUÇÃO
| REPRODUÇÃO ANIMAL
| NUTRIÇÃO ANIMAL 1
| NUTRIÇÃO ANIMAL 2
| MANEJO RACIONAL
| CATÁLOGO
SERVIÇOS AO PECUARISTA
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PACooperação por Resultados
Entenda porque a pecuária precisa tanto aprender a trabalhar com Parcerias
Mauricio Bassani dos SantosZootecnista MB Parceiro
A MB Parceiro, como o próprio modo, devem ser renovados. Talvez o A MB Parceiro veio com este nome diz, acredita que as Parcerias maior exemplo desta exaustão seja a propósito e completou neste mês de serão decisivas para o sucesso da inércia que vive a maioria das fazendas maio o seu primeiro ano de trabalho. pecuária moderna frente os atuais pecuárias onde se diz: ‘‘Está ruim! Está Nossos serviços surgiram das premissas desafios. Ainda sim, este artigo tem por ruim!’’, mas não se vê nenhuma de coope ração , s i ne rg i smo e objetivo deixar mais explícito como mudança – exceto a venda das fazendas colaboração – inclusive a Revista MB podemos tornar a pecuária mais pelo proprietário ou por seus herdeiros. Rural. Quase todos serviços estão lucrativa, competitiva e, por que não, É preciso salientar também que vinculados à capacidade da nossa democrática (que possa ser praticada temos urgência em reduzir custos, bem Empresa trazer resultados reais aos por pecuaristas de todos tamanhos). como incrementar resultados técnicos e nossos clientes, ou seja, apenas somos Agora venha conosco e descubra financeiros - especialmente os remunerados se formos capazes de algumas saídas estratégicas para a pequenos e médios pecuaristas, pois no gerar negócios diferenciados. pecuária, bem como o que é cooperação modelo atual já não da para viver Felizmente já foram muitos por resultados. exclusivamente da renda rural. Deste clientes beneficiados pelo lema MB
Primeiramente precisamos modo, a pecuária de corte não pode mais Parceiro: ‘‘negócio bom é aquele que é entender os fatos. São quatro as ‘‘pedras trabalhar com modelos falhos por falta bom para todos’’. Sendo assim tivemos nos sapatos’’ da pecuária atual: 1º de equipe de trabalho ou mesmo ficar a um ano muito trabalhoso, com grandes Faltam informações sobre o negócio (a mercê de uma grande intervenção aprendizados diários, ótimas parcerias e maioria dos pecuaristas não sabe seus pública que certamente não virá. negócios interessantes. Certamente custos, o consumo de sal ou mesmo os Já que só depende de nós, construímos uma base de informações desempenhos de seus animais); 2º A precisamos reconstruir os modelos de que servirá para muitos e muitos anos de pecuária de corte moderna exige gestão, negociação, cooperação e trabalho.pessoas mais qualificadas; 3º A grande trabalho. Não estamos discutindo o maioria das fazendas não suportam cooperativismo nos velhos moldes. contratar mais funcionários e 4º Perde- Falamos, neste artigo, em modelos se muito dinheiro por falta de tempo modernos de colaboração baseados e para tratar as questões estratégicas do remunerados por resultados reais, ou negócio. seja, é preciso novas empresas de
D i a n t e d e t a l s i t u a ç ã o prestação de serviço e que a precisamos repensar os modelos atuais remuneração esteja atrelada ao de trabalho. Estes modelos podem estar resultado. Isto sim é cooperação por exauridos e ultrapassados e, deste resultados.
Vejam que a MB Parceiro não esta criando nada extremamente novo e já existem outras empresas de serviços rurais que também trabalham a cooperação por resultados. Em todos estes casos, apenas estamos trazendo para o meio rural algumas das várias técnicas e métodos já consagradas no meio urbano. Logicamente que adaptações foram feitas para que estes
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novos mecanismos fossem agregados ao cotidiano rural.
A indústria automotiva é um grande exemplo de cadeia produtiva beneficiada pela cooperação – vejam a FIAT que não se atreve a produzir todas as peças de seus carros. Pelo contrário, trabalha formando Parceiros que atendam à expectativa de seus clientes. Outro caso de extremo sucesso são as compras coletivas que são realidade (com descontos inacreditáveis) em todas as principais cidades do País – inclusive Palmas. Um aspecto interessante destes novos modelos é o fato dos trabalhos com parcerias e terceirizações, trazerem também maior especialização e profissionalização dos processos. Neste sentido, custos são reduzidos e as negociações fluem mais rapidamente - além de se reduzir o risco de maus negócios pelo melhor monitoramento do mercado.
Deste modo, o trabalho em
equipe, seja ela interna ou terceirizada é e x t r e m a m e n t e b e n é f i c o à competitividade da economia. Quatro fatores influenciam muito para que as terceirizações sejam uma ótima opção: 1) Foco em trabalhos específicos;2)Organização - fator essencial em função do volume de negociação; e3)Maior dedicação e aprofundamento em detalhes;
Agora cabe a cada gestor, gerente e fazendeiro decidir quando vai busca r e s t e mundo de novas
4) Facilidade de avaliação, inclusive porque do resultado depende a remuneração.
Vejam que quase tudo pode ser feito com parceiros - desde compras até o uso de máquinas e equipamentos. Sem falar em outros detalhes, só a economia em custos fixos e trabalhistas já justificaria buscarmos Parceiros para serviços estratégicos - em especial aqueles não ligados diretamente o processo produtivo do dia a dia.
oportunidades, mas que exige o trabalho em equipe e o relacionamento com parceiros prestadores de serviço. Sabemos que todas as mudanças não são fáceis e muitas vezes não tão rápidas quanto esperamos, mas também sabemos que o sucesso só vem a aqueles que realmente trabalham e se renovam a cada dia.
Nós da MB Parceiro estamos a disposição para colaborar com toda mudança que trouxer benefícios aos homens do campo. Contem conosco e se utilizem de nossos serviços, pois eles existem para nossos Parceiros Pecuaristas
3º Leilão MB Parceiro: união da classe, ótimos animais e bons negócios.
Francisco Tozzatti: ganhador do lote padrão
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Antonio José de Sousa CaminhaMédico Veterinário/Gerente da Unidade Local
ADAPEC [email protected]
Você não está equivocado, o propriedades que tiveram seus animais animais positivos, o que para nós é titulo é este mesmo, pois sintetiza bem o analisados estavam infectadas (Dados impensável (mais de 400 mil cabeças). teor da nossa conversa. Primeiro vamos da ADAPEC). Deste modo, ao Tocantins e ao restante falar de brucelose: trata-se de uma Agora vamos falar de governo. do País a saída é vacinar. Até ai nenhum doença que acomete o rebanho bovino e Em 2004, o governo federal com base problema, pois a vacina é até barata no bubalino (apesar de também afetar nos dados do inquérito sorológico mercado. Creio que até aqui o produtor outras espécies mamíferas) causando nacional, resolveu publicar a Instrução rural que estiver lendo este artigo principalmente aborto no terço final da Normativa 06, que cria nacionalmente o concorda comigo em quase tudo. Difícil gestação, nascimento de crias fracas, Programa Nacional de Controle e foi explicar e convencer o produtor a infertilidade, subfertilidade e a E rradicação da Brucelose e Tuberculose “engolir” o restante do “prato” retenção de placenta. De forma Bovina e Bubalina (PNCEBT). A partir indigesto que o obriga a pagar um resumida estes são os principais efeitos daí entram no cenário agropecuário dois vacinador e um veterinário para realizar desta doença causada por uma bactéria ingredientes bem conhecidos dos este serviço! Mas na base da força (digo (Brucella abortus) que pode ser produtores rurais, o Atestado de através da legislação), o prato foi transmitida ao homem e não tem cura. Vacinação contra Brucelose e engolido! A justificativa para a parte
No Tocantins, o úl t imo Vacinador. indigesta do programa é técnica, mas diagnóstico realizado no estado foi Chegou então a vez de falar extremamente importante: nenhum realizado em 2002, com o resultado de sobre ética. Neste sentido, a primeira governo pode expor a população ao 5,27% do rebanho bovino infectado pergunta é: o governo errou em criar risco de contaminação com a própria com a doença. Se aplicarmos esta es te programa? Só um louco vacina (trata-se de uma vacina viva referência sobre o rebanho de 8 milhões responderia que errou! O Tocantins faz atenuada). de cabeça (aproximadamente o rebanho parte da federação e também está de Neste sentido, cabe destacar bovino no Tocantins), estaremos em b a i x o d a m e s m a l e g i s l a ç ã o . que no âmbito profissional os índices de média com 421 mil cabeças infectadas Nacionalmente só Santa Catarina não contaminação entre veterinários e no estado. Isto pode ficar pior se vac ina , po is seu índice fo i técnicos de campo é grande. Só para se observarmos que no estado existem extremamente baixo ter uma idéia, só no Tocantins, entre regiões com índices muito superiores - 2008 em 2010, 53 pessoas foram no extremo norte do estado 58,73% das mais viável sacrificar os diagnosticadas com brucelose, todos
no inquérito sorológico de 2002. Desta forma neste estado é
Brucelose, Ética, Governo e Produtor Rural
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profissionais de campo (fonte pela UFT, derramou um balde de água veterinários que não fiscalizam o SESAU/TO). fria nos que andavam sonhando e, trabalho de seus auxiliares e cadastram
Ética parte II: apesar das como quem puxa uma sirene de alerta, qualquer pessoa que possa lhe render discussões acaloradas que o programa nos fez pensar, pois os resultados lucro, o vacinador que se corrompe, causa no meio agropecuár io , encontrados mostravram o aumento na não executa uma ação básica apenas deveríamos estar comemorando, pois prevalência da doença! para obter lucro fácil e finalmente o estamos próximos a oito anos de Mesmo que exista diferenças lojista que já vive com um bloco de programa com todos os seus nos métodos pesquisados ou algum atestado, onde o produtor já sai da loja componentes bem ajustados e fator que possa interferir na pesquisa com o atestado grampeado na nota funcionando. Digo: o governo (muito difícil, devido a competência fiscal sem jamais ter realizado o cobrando, o produtor pagando, o dos pesquisadores da UFT), ainda procedimento sanitário e ainda veterinário e vacinador vacinando e as assim é de causar tristeza! Depois de expondo a riscos o produtor que fica na lojas comercializando a vacina! uma “briga” titânica, mudança de responsabilidade de fazer a vacinação.
Seria perfeito, deveríamos ter habito na população e todos os elos do Como se pôde observar, a culpa é reduzido s ignif icat ivamente a programa implantados “nadamos e nossa, decidimos nos corromper e prevalência da doença e quem sabe morremos na praia?”. destruir um programa que deveria daqui a alguns anos poderíamos sonhar E o que a ética tem a ver com abençoar a todos ! em ser como Santa Catarina, que isto? Muito! Refletindo sobre o assunto Em todos os elos deste “primeiro mundo” em saúde animal no temos alguns culpados:nós! O produtor processo existem falhas e correções Brasil e não vacina de nada (de aftosa a que paga por um atestado que não devem ser realizadas o quanto antes. brucelose, pois não precisa). corresponde com a realidade, apenas Mais uma vez o governo pode (e vai!)
Infelizmente, entretanto, para enganar o governo, o governo que receber a maior parcela da culpa, mas contudo, todavia... Um estudo não tem condições de exercer uma antes de atirar a primeira pedra, você realizado na região de Araguaína feito fiscalização ostensiva, os médicos tem certeza que não tem pecado?
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ÇÃO Artificialismos na Produção de
Carne Bovina: Qual o Limite?Enoch Borges de Oliveira Filho
Méd. Vet., Dr., Pós-Dr.Genex Reprodução Animal
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A produção de carne bovina onde a comodity carne bovina faz com melhorado, cuidando da divisão de vem exigindo o uso de tecnologias que que exista sempre uma disputa entre pastagens, formando lotes de mesma são cada vez mais utilizadas pelos mercados e respeitando a lei de oferta e categoria por pasto, mineralizando o criadores no sentido de aumentar a demanda- hora subindo o preço, hora gado e programando a reprodução. produção por área e por real investido. reduzindo-os. Estes já percebem que não podem Muitos se perguntam qual a razão que Neste momento cada pecuarista vacilar senão não fecham as contas. leva a lançar mão desses recursos, se o tem uma realidade. Vejamos o sistema Só para reforçar a imagem, bovino é um herbívoro ruminante, extrativo, sem cercas, sem manejo, só quando eu era estudante de Veterinária naturalmente destinado a transformar soltando o gado na larga - já não da mais (formei em 1968), tinha colegas de pasto em carne. Justamente neste para adotar este modelo, pois não existe turma que os pais tinham duzentas vacas momento temos de fazer algumas nem onde praticar. Já o sistema de cria; esses colegas tinham carro, reflexões para não corrermos o risco de extensivo, já com gado solto em grande mesada boa, vida mansa. Hoje, para um mantermos modelos ultrapassados, bem extensões, também sem manejo de lotes estudante ter o mesmo padrão, o pai tem como evitarmos os riscos de modelos e apenas com categorias iguais (só vacas que ter duas mil vacas, e olha lá...com resultados artificiais. de cria, só novilhas, só garrotes em N a b u s c a d e m a i o r
Começando pelo que os antigos recria, etc) já é inviável. Os criadores lucratividade, surgem também os diziam, “Deus fez a Terra uma vez só, teimosos, ou comodistas, que insistem excessos na produção de carne. Deste mas faz gente todo dia”, temos de nes se t i po de c r i ação , e s t ão modo, a pergunta é: O que é válido? O imediato a pressão por produtividade empobrecendo, vendendo suas terras que pode ser feito com vantagem? vinda da limitação cada vez maior de para outros mais competentes, falindo e Primeiramente temos que nos área - afinal não existem mais terras saindo do ramo. l e m b r a r q u e o p r o c e s s o d e para abrir. Além disso, temos também a Existem ainda aqueles que domesticação de animais que começou pressão por preços cada vez menores, aplicam algum tipo de manejo a milhares de anos atrás ainda está em
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trabalhos para a idade ao primeiro parto. Emprenhaz o mais cedo possível é uma vantagem, mas super-alimentar animais via cocho para antecipar a idade ao primeiro parto é um artificialismo sem sentido ético, mas realizado atualmente por muitos criadores de gado P.O. para poder utilizar-se de um novo apelo comercial.
Vejam que não somos contra a precocidade sexual, mas acreditamos que a mesma deve ser realizada via melhorias alinhadas à principal caracteristica dos bovinos: transformar capim em carne nobre. Deste modo, buscar animais mais precoces utilizando de melhorias no manejo e condução das pastagens - inclusive via adubação é uma ótima evolução. Já utilizar-se do artificialismo de superalimentar novilhas para antecipar andamento, se considerarmos que matéria exclusiva nesta mesma edição. a primeira prenhez de matrizes de tiramos os bovinos das suas condições O creep-feding nada mais é do que criar seleção é um fator que mascara a naturais e atualmente os criamos em uma estrutura para se fornecer um habilidade genética e não traz condições artificiais - tudo para nosso suplemento específico ao bezerro ainda melhorias ao sistema no longo prazo. benefício. na fase lactente. Neste caso, utilizá-lo
Resta comentar ainda que Também temos que ter em para os bezerros comerciais é determinados artificialismos vem mente que ser artificial não é o extremamente vantajoso, porém seu apenas para somar. Este são os casos problema. O grande problema é ser uso em gado de elite deve ser melhor dos ionóforos e da virginiamicina que uma prá t ica que pre judica a discutido, pois muitos estudos agem sobre a microbiota do rúmen, rentabilidade, a longevidade ou mostram que, em vários níveis de melhoram o aproveitamento energético sustentabilidade do sistema. Vejamos suplementação do bezerro, o mesmo da dieta e evitam distúrbios digestivos. por exemplo a Inseminação Artificial mascara a habilidade materna da mãe.
D e s t e m o d o , n o b r e s que nos permite utilizar-se de um touro Ao ignorarmos este fato, podemos produtores, nossa recomendação é que muito superior geneticamente e que seu estar selecionando matrizes que não toda tecnologia deve ser avaliada antes custo para uso exclusivo seria colaboram para o incremento da de ser implementada em sua proibitivo para apenas 30 vacas. Neste produtividade.propriedade. Em especial nas questões caso, o artificial é extremamente Além disso, existem ainda genéticas devemos buscar animais vantajoso. casos mais graves, pois apenas trazem selecionados e com DEP´s altas, mas Também existem casos onde o prejuizos ao sistema. O fato mais sem artificialismos que possam estar a r t i f i c a l é b e n é f i c o a p e n a s agravante destes artificialismos é que mascarando as falhas do animal ser um partialmente. Um grande exemplo é o os mesmos ‘‘parecem’’ interessantes no herbívoro pleno uso creep-feding que possui um curto prazo. Um grande exemplo são os
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O SISTEMA DE PRODUÇÃO DEVE SE UTILIZAR DE TECNOLOGIAS DURADOURAS E BENÉFICAS AO PECUARISTA
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Evandro Davanço Supervisor Técnico
Ouro Fino Agronegócio [email protected]
Inseminação Artificial em Tempo Fixo
atrapalhada devido, principalmente, a dois fatores.
Em primeiro lugar falhas na detecção de cio. Inúmeros estudos demonstram que as falhas na detecção de cio promovem reduzidas taxas de serviço, ou seja, um reduzido número de animais inseminados pelo total de animais disponíveis para inseminação. Cabe salientar que o cio normalmente é de curta duração e com elevado percentual de manifestações no período noturno.
O segundo fator é a duração do anestro pós parto que possui causa multifatorial (nutricional, interação vaca/bezerro, estação de parição) e impede a reconcepção.
Cabe ressaltar que sob o ponto de vista econômico o desempenho reprodutivo é mais importante que crescimento ponderal e a qualidade de carcaça (Trenkle &Wilham, 1977). O A fase de cria pode ser ponto de atender o presente crescimento motivo é simples, todos os outros cons ide rada como a base da q ue vivemos demandará cerca de 3 a 4 índices pecuários dependem das taxas bovinocultura de corte, sendo esta a anos. Este é, sem dúvida, um ótimo reprodutivas. sustentação do setor - sem bezerros não cenário para que continuemos a ver
C o m o u s o d a I AT F há bois e não há carne. Nos últimos anos novos investimentos no setor.(Inseminação Artificial em Tempo notáveis incrementos T Fixo) é possível tirar proveito momento de produtividade nesta fase - frutos das uso do melhoramento genético baseado reprodutivo, produzindo bezerros mais inovações tecnológicas advindas de na seleção de indivíduos melhoradores pesados (em média uma arroba) de pesquisas desenvolvidas pelas em diversas características de interesse maneira mais rápida e eficiente. Esta principais instituições de ensino do país zootécnico possibilita o aumento de técnica consiste na combinação de (Barcellos et al., 2004). Além disso, tem produtividade. Sendo assim, a alguns hormônios ligados à reprodução, havido de forma clara e irreversível a multiplicação de animais superiores que tornam possível sincronizar a profissionalização do setor onde as através de biotécnicas reprodutivas é emergência de uma nova onda folicular antigas propriedades vêm cedendo ferramenta indispensável para até o estágio de pré ovulatório, lugar às empresas rurais. incrementar o retorno econômico da definindo o dia e horário para o melhor Quanto ao mercado, com a atividade. momento de inseminação. Sendo assim atual tendência de aumento no consumo Neste sentido, a inseminação podemos conseguir um número maior de proteína animal, a pecuária nacional artificial convencional (IA) certamente de animais gestantes no inicio da vive um bom momento. A valorização potencializa a multiplicação de estação de monta, o que contribui para das carnes esta globalizada e estudos indivíduos geneticamente superiores. redução do período de serviço e apontam que a reposição de rebanho ao Porém sua utilização sempre foi
foram alcançados anto na carne como no leite o
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Bons funcionários fazem toda diferença, inclusive na IATF
consequentemente a melhoria da um lucro de 45% aproximadamente, conseguir até 8% a mais de eficiência reprodutiva. E quanto custa portanto os custos totais da IATF nascimentos ao final de cada estação esta ação estratégica? representam apenas 12% do custo total de monta.
O custo médio de um para produzir um bezerro. Outra vantagem do uso da programa reprodutivo de IATF é de R$ E porque fazer um bezerro técnica é a programação das parições e 40,00 / animal - já inclusos hormônios, fruto de IATF? Este animal em média desmame nas melhores épocas do ano, sêmen e mão de evitando assim, a o b r a . S e perda de peso dos considerarmos animais devido a uma taxa média doenças desta fase. de prenhez de Outra grande 50%, o custo por contribuição do uso prenhez será de d a t é c n i c a e s t a R$ 80,00. Vale r e l a c i o n a d a a o ressaltar que período de anestro quanto maior pós parto. Animais for a taxa de tratados que não se prenhez obtida, tornaram gestantes à menor será os IATF, normalmente
pesará uma arroba a mais em custos com esta prenhez. retomam a ciclicidade entre a 17 e 23 comparação com animais oriundos de Em média os custos da fase de dias do inicio do protocolo de monta natural (+ 15 kg x R$ 3,20 = R$ cria, um bezerro com 8 meses de idade, sincronização. Neste sentido, este cio 48,00/bezerro). Além disso, haverá ficam em torno de R$ 250,00 (mão de pode e deve ser aproveitado com a antecipação das parições em cerca de obra, sanidade, pasto e mineral). Se for utilização de touros de repasse ou por 30 dias para a estação seguinte (30 dias um bezerro fruto de IATF deve-se meio de IA convencional. Com estes x 0,5kg/dia = 15 kg x R$ 3,20 = R$ acrescer mais R$ 80,00, perfazendo R$ sinergismos de ações, é possível 48,00/bezerro) - sem contar que em 330,00/bezerro. Com os atuais valores incrementar as taxas de prenhez e média o uso de um programa de de mercado para o bezerro na casa de conquistar resultados financeiros reprodutivo de IATF, pode-se R$ 600,00 em média, o pecuarista terá interessantes na fase de cria
PERÍODO DE MONTA: TODAS FERRAMENTAS DEVEM SER UTILIZADAS COM SINERGISMO
INFORME PUBLICITÁRIO
O REBANHO DO TOCANTINS QUE MAIS VENDE SÊMEN NO BRASIL
O rebanho da Fazenda Laçada teve origem em Goiás e iniciou o programa de Seleção Genética em 1958, ou seja, já são 44 anos selecionando a raça Nelore. Sempre em evolução e em busca da excelência, já em 1972 passou a utilizar a técnica de Inseminação Artificial. Em 1974 iniciou sua participação nas provas de ganho de peso. Além disso, sempre participou de programas de melhoramento genético - Ponderal da ABCZ, USP, PAINT e EMBRAPA.
Em 2003, com a aquisição da Fazenda Laçada Lagoa Azul (município de Pium/TO) a Fazenda Laçada trouxe para o estado parte de seu rebanho P.O. - onde mantêm a seleção séria e rigorosa na busca por um animal produtivo à pasto e lucrativo. O resultado não podia ser outro, hoje o Rebanho Laçada é o rebanho do Tocantins que mais vende sêmen no Brasil.
Os reprodutores da Fazenda Laçada são comercializados a partir dos 14 meses de idade todos com ANDROLÓGICO e alcançaram a incrível marca de 80% de seus reprodutores com Andrológico positivo até os 18 meses de idade. Estes índices são destaques nacionais e tornam rebanho Laçada diferente e necessário, em especial para quem faz IATF e busca melhorar seus índices reprodutivos, uma vez que esta característica possui alta correlação com a reprodução.
Além do desejo é necessário também muita seriedade, responsabilidade e rigor de seleção. Apenas para ilustrar este rigor a Fazenda descarta também, além das matrizes que não emprenham, todas as matrizes que perdem bezerros por curso ou que produzem animais leves. A Fazenda entende que, se todas as fêmeas estão sob as mesmas condições, as matrizes que não produzem animais dentro do nível de qualidade Laçada não devem ser mantidas no rebanho.
Toda esta qualidade, fruto do trabalho consciente e longevo, será ofertada da FEIRA DE REPRODUTORES NELORE LAÇADA que acontecerá nos dias 03 e 04 de AGOSTO no Sindicato Rural de Paraíso do Tocantins. Deste modo, será um prazer recebê-los neste especial evento.
Um forte abraço.
Beto Guimarães
Somente em 2011 a Fazenda Laçada comercializou 42.000 doses de 4 touros em central. Este resultado foi alcançado através de um trabalho focado em animais mais eficientes, férteis, precoces e com bom rendimento de carcaça. A seleção de tais características originou um animal mais grosso, carcaçudo e com menos perna.
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1 Creep Feeding (cocho privativo dos bezerros)
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A eficiência do sistema de rastejar, engatinhar, e se refere à um desenvolvimento de flora ruminal e, produção pecuário passa por um maneira como os bezerros chegam ao a partir daí, a inclusão na dieta de mais momento de avaliação onde a busca da cocho e feeding significa alimentação. uma fonte alimentar – o pasto. lucratividade nas distintas fases de Esta ferramenta tem como principal T r a b a l h o s r e a l i z a d o s criação, cria, recria e engorda objetivo ofertar ao bezerro (este ao pé da comprovam a eficiência do sistema e determinam a fixação ou não do vaca) uma suplementação protéica não deixam duvidas de que quando bem investidor em cada uma destas fases. energética e mineral, bem como pré e manejado os ganhos são expressivos.Deste modo, evitam-se aplicações pró bióticos. Deste modo, melhora Vantagens:frustrantes, de baixo retorno e até consideravelmente desempenho ate a - Maior peso à desmama;migrações para outros segmentos da desmama além de trazer na “carona” - Expressão do potencial genético de economia. animais melhorados;
Particularmente a fase de cria, -Retorno ao cio mais rápido das questionada por muitos sobre sua matrizes (aumento da taxa de prenhez);rentabilidade, evoluiu bastante nos - Redução do estresse à desmama;últimos tempos através de técnicas - Melhora na condição corporal das reprodutivas, melhoramentos genéticos matrizes;dos rebanhos, controle sanitário e - Maior homogeneidade dos lotes de eficiência no manejo alimentar a fim de bezerros. transformar as vacas em “máquinas” de produzir bezerros com qualidade Efei to do "creep feeding" no superior, ou seja, a matéria prima que as desempenho de bezerrosfases subsequentes desejam.
uma melhoria na eficiência também da Dentro das técnicas aplicadas Alguns fatores relacionados a matriz, principalmente de ordem na melhoria da qualidade destes estrutura física dos cochos seja da reprodutiva.bezerros destacasse a interferência matriz seja o do bezerro alem do correto
A c o n s t i t u i ç ã o d e s t e s através da suplementação. Aliada ao manejo do suplemento determinam o suplementos são var iados , os alimento nobre que é o leite e a alta sucesso da pratica :ingredientes devem ser de alta conversão alimentar desta fase a 1- Estrutura física nos cochos das qualidade e formulados para ofertar suplementação faz com que o uso do matrizes: estes não devem permitir que nutrientes que associados ao do leite creep freeding seja uma ferramenta os bezerros tenham acesso ao sal materno potencializem os ganhos de incontestável na busca da eficiência e mineral das mães, portanto a altura de peso. Todo este processo passa pela lucratividade desta fase. 90 a 100 cm da boca do cocho em necessidade de tornar este bezerro Creep feeding é uma palavra da relação ao solo nos dar uma margem boa ruminante o quanto antes, favorecendo língua inglesa onde creep significa de segurança;
Rivelino Andrade Zootecnista Supervisor Técnico
Mitsuisal Nutrição Animal [email protected]
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2- Réguas que cercam a área reservada aos bezerros: estas devem estar a uma altura que permita o acesso (sem dificuldades) dos bezerros ao creep. D e v e m o s c o n s i d e r a r q u e a suplementação via ‘‘creep’’ deve perdurar por todo período de
Autores Raça Consumo
(kg/dia)
Fórmula Creep
Feeding
Peso à desmama
(kg)
Diferença (kg)
1
Guzerá
1,157
80% rolão de milho
+ 20% farelo algodão
Com
Sem
171,6
144,8
26,8
2
Santa Gertrudes
1,300
80% de milho + 20% farelo de soja
Com
Sem
180,0
139,5
40,5
3 Nelore 0,328 80% de milho + 20% farelo de algodão
Com
Sem
193,8
180,8
13,0
4 Angus ----- 2/3 milho e 1/3 aveia Com
Sem
200,0
180,0
20,0
5 Angus e Hereford
3,400 12,4% PB Com
Sem
235,4
199,8
35,6
1 = Pacola et al. (1977); 2 = Cunha et al. (1983); 3 = Pacola et al. (1989); 4 = Martin et al. (1981);5 = Tarr et al. (1994).
Efeito do "creep feeding" no desempenho de bezerros.
aleitamento, portanto estes bezerros não devem encontrar dificuldades de acesso a área reservada, o que reforça a idéia da régua superior ser regulável; 3- Por se tratar de suplementos com grande inclusão de grãos (sujeitos a roedores, formigas etc., e absorverem
unidade) o manejo do produto no campo deve ser rigoroso na sua reposição. In tervalos menores mantêm a integridade e garantem à atratividade
.
resultado econômico do creep feeding está diretamente relacionado á custo do suplemento, preço do bezerro e da taxa de conversão alimentar.
‘‘Creep-grazing" - ou pasto privativo
Prática também interessante, mas pouco utilizada no Brasil, consiste numa suplementação com pasto diferenciado. Os bezerros também permanecem juntos com suas mães e têm acesso exclusivo a um piquete formado com forrageiras de alto valor nutritivo, pequeno porte e alta densidade, como os da espécies cinodon, milheto etc. Com relação às instalações, as exigências são semelhantes às do "creep-feeding", sendo o t amanho do p ique te proporcional ao número de bezerros e à produção de matéria seca da forrageira escolhida. Corresponde, praticamente, a 5% da área da invernada de cria
do suplementoO fornecimento do suplemento
deve ser iniciado o mais cedo possível no sentido de favorecer a adaptação dos bezerros, pois o consumo nas primeiras semanas é muito baixo. Consumo mais significativo é observado após os quatro meses de idade. Finalmente, o
(63) 9958-5090/ 9233-1840/ 8437-9610 - [email protected] O segredo do sucesso: boas parcerias, profissionalismo e dedicação
Organização de leilões. Organização de leilões.
Agenda de Leilões:Dia 29/07: 2º Leilão do Criador em Divinópolis-TO, inicio as 12hsDia 05/08: 1º Leilão em São Valério-TO (Inaugurando o nosso primeiro trabalho).
Agenda de Leilões:
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Assim foi o 1º Leilão de Touros em Almas / TO organizado pela Nova Era Leilões em parceria com Nelore MCM e Fazendas Ecológicas que contou com o apoio e participação de vários outros convidados.
Aumento %
11,8
22,5
9,7
Resposta à utilização do creep-feeding, no peso ao desmame e na fertilidade de matrizes.
Idade a desmama
5 meses
7 meses
Nº animais
100
100
Sem creep
170
200Fertilidade das Matrizes Nelore
77,0400
Com creep
190
245
84,5
Fonte: Adaptador de Barbosa, 2003.
Peso dos bezerros (kg)
A atividade de confinamento oferta de ingredientes utilizados nas sistema de engorda, pois indica o tempo tem estado em evidência nos últimos dietas. de permanência dos animais no dez anos, chamando a atenção tanto S e g u n d o a A S S O C O N conf inamento. Entre tanto es te pelo crescimento numérico como pelos ( A s s o c i a ç ã o B r a s i l e i r a d o s parâmetro sozinho não define o lucro do avanços técnicos obtidos. Sem dúvida Confinadores) o número de bovinos sistema, pois o mesmo deve estar e n c o n t r a m o s c a d a v e z m a i s confinados em 2012 deve sofrer um alinhado com o custo da engorda.profissionalismo no setor, com incremento de 10 a 15 % quando Deve-se pensar em fazer do expressiva melhoria em processos, comparado ao número de 2011. confinamento, uma atividade lucrativa, coleta de dados e gestão das Historicamente, a lucratividade na qual a um determinado custo tenha-informações (Cervieri 2012). do confinamento está alicerçada na se a maior eficiência do sistema.
No Brasil, os confinamentos, venda do boi gordo no pico da Alcançar a máxima eficiência biológica antes concentrados no Sudeste do país, entressafra, ficando o pecuarista à dos animais (kg de MS ingerida por @ hoje se espalham por todo território mercê das oscilações do mercado, produzida) é uma das maneiras de se nacional. Estados com grande potencial podendo, inclusive, ter prejuízo com a tornar um confinamento lucrativo.de produção de grãos como Goiás e adoção dessa atividade, caso a relação A u t i l i z a ç ã o d e d i e t a s Mato Grosso aumentaram o número de entre custos de produção e preço de balanceadas e compostas por alimentos bovinos engordados em sistema de venda não seja favorável. que visam melhorar a Conversão confinamento, visando principalmente Vários são os parâmetros que aproveitar os bons preços dos grãos e podem ser utilizados para se medir os também os subprodutos da agricultura. resultados de um confinamento, dentre
A t u a l m e n t e o b s e r v a s s e eles se destacam ganho de peso médio crescimento desta tecnologia de diário, conversão alimentar, eficiência engorda em estados como Tocantins e biológica e custo da @ produzida. Bahia aonde os valores pagos pelo boi Sem dúvida que, o ganho de g o r d o t ê m - s e d e m o n s t r a d o peso é um dos principais parâmetros interessantes quando se utiliza o utilizados para medir os resultados de confinamento como ferramenta de um confinamento. É uma condição acabamento dos animais, além da boa necessária para a condução de um
Confinamento: Ganho de Peso ou Eficiência Biológica?
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Alimentar e a Eficiência Biológica deve ser o objetivo de todo confinador. Portanto, a correta manipulação da dieta, com utilização de ingredientes que possibilitem dietas de alta densidade, bem como a escolha de animais com bom comprimento e p r o f u n d i d a d e d e c a r c a ç a , proporcionam uma redução no tempo necessário para o animal atingir o ponto de abate, diminuindo-se, com isto, os custos do confinamento. Sendo assim, a avaliação da eficiência de um confinamento não está
mais no ganho de peso diário e sim na quantidade de alimento necessária para a produção de uma @ de ganho, pois esta avalia a qualidade da dieta utilizada e dos animais confinados. Não é surpresa observarmos lotes ou mesmo animais com altos ganhos de peso diário, porém ao custo de muita comida, o que torna a @ produzida muito cara.
Deste modo, o confinador deve procurar empresas que tenham em seus quadros nutricionistas treinados e preparados para avaliar as melhores opções de alimentos e formular as
melhores dietas com objetivo de p r o p o r c i o n a r a o s a n i m a i s o aproveitamento máximo dos alimentos utilizados no confinamento. Sempre com o objetivo de melhorar o índice de Eficiência Biológica dos animais, produzindo assim uma @ no menor custo possível
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Existem bovinos agressivos ou que por si só já justifica o uso das trata-se de um reflexo ao ambiente? tecnologias de manejo racional.Quem perde com o estresse animal? Hoje já se sabe que boas Estes questionamentos são muito comportamento condições de manejo racional também importantes para realizarmos as denominado agressividade ou alta reduzem o tempo nas atividades necessárias mudanças no manejo reatividade de um bovino é apenas o rotineiras e torna os centros de manejo animal. Primeiramente, precisamos reflexo um animal acostumado a ser a dos animais em locais mais agradáveis e lembrar que, desde sua domesticação, presa que apenas reage instintivamente seguros, bem como tornam as equipes os bovinos foram selecionados, dentre a o i d e n t i f i c a r u m a s i t u a ç ã o de trabalho mais participativas, outras características, para facilidade de desconfortável que pode ter sido gerada compromissadas e com melhor manejo e docilidade. Logicamente que por uma estrutura inadequada, barulhos produtividade. quem já trabalhou dentro de um curral estranhos, presença de cachorros, ou Q u a n t o à i m p l a n t a ç ã o , sabe que muitas vezes os bovinos mesmo a própria impaciência das devemos adequar as instalações mantêm comportamentos defensivos, pessoas na condução dos animais. utilizando-se de conhecimentos para estes podendo até serem interpretados Defesa dos animais a parte, o trazer tranqüilidade aos bovinos, bem como agressividade. Justamente por manejo racional dos bovinos, em c o m o f a c i l i d a d e d e m a n e j o . este motivo é comum o homem também especial as ações sobre estruturas e trabalhar de forma agressiva, o que gera técnicas de manejo, é um das riscos (tanto aos animais quanto ao ferramentas que precisamos aprender a homem). Além disso, certamente trabalhar para se explorar o potencial prejudica a produtividade do rebanho, produtivo dos sistemas pecuários. A pois o estresse causado impede premissa para tal obrigação é que qualquer expectativa de bons resultados animais mais calmos produzem mais. e concomitantemente lucros. Além disso, com estas técnicas e
procedimentos reduz-se o risco de acidentes, traumas e prejuízos - fato este
animal trata-se apenas de um comportamento defensivo de medo de uma espécie que de formou sendo caçada. Sendo assim, o
Nesse contexto, é importante ressaltar que a ante vista ‘‘maldade’’ do
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profundidade .
AUDIÇÃO
Os bovinos ouvem muito melhor que o ser humano. Gostam de som graves similar ao som do berrante e se irritam com sons agudos. Deste modo, o manejo deve ser conduzido com voz grave e baixa por que isso acalma os animais. Também deve-se evitar gritos e sons agudos sempre que estivermos manejando um lote de bovino.
MEMORIA
Outro aspecto interessante é que os bovinos têm ótima memória e podem lembrar por muito tempo de eventos dolorosos ou estressantes. Portanto deve ser evitar ao máximo ações agressiva e experiências de Paralelamente deve-se também treinar animal e até mesmo usufruir destes medo, pois estes animais tenderam a e qualificar toda a equipe de vaqueiros. comportamentos repet i t ivos e evitar os locais e pessoas de suas más Na realidade o que buscamos é ter um previsíveis. Abaixo colocamos lembranças. ambiente (humano e estrutural) onde a l g u m a s d e s t a s i n f o r m a ç õ e s
A intensificação da pecuária, possamos ter práticas que reduzam a essenciais:processo irreversível e necessário, freqüência de respostas aversivas dos perfaz a condição de cada vez mais animais, ou seja, atos de reatividade à VISÃOanimais por área e nos submete a ação humana.demandas maiores quanto aos manejos Sendo assim, pouco será a A posição dos olhos na lateral diários e rotineiros. Neste sentido, o valia se apenas qualificarmos as da cabeça dos bovinos proporciona-manejo racional e seus princípios equipes. É necessário também lhes uma visão diferenciada. Por um também podem contribuir muito para melhorarmos o ambiente. Em especial lado enxerga quase tudo a sua volta agilidade das ações e o melhor o curral, que deve, pelo menos, ser (panorâmica de 345°) identificando aproveitamento da mão de obra. adaptado para que as interações predadores rapidamente. Por outro
Todos animais das espécies homens e animais sejam mais lado, sua visão perde qualidades que vivem em manadas possuem uma harmoniosas, calmas e produtivas. tridimensionais, pois as maioria das área circular imaginária ao seu redor Neste caso, podemos entender a imagens são ‘‘colhidas’’ enviadas ao chamada zona de fuga. Esta área nada estrutura de manejo como a sinalização cérebro por apenas um olho (visão mas e do que um espaço no qual o de uma estrada, pois estas sub- monocular), este fato torna o bovino animal se sente seguro diante de um liminarmente indicam como devemos um péss imo ident i f icador de estranho. Desta forma, ao invadimos a interagir e trabalhar os bovinos. profundidade - tendo dificuldade até zona de fuga de um animal, ele se Para entendermos melhor os para diferenciar a sombra dos currais moverá para longe até restabelecer uma bovinos e, conseguentemente termos com um buraco que pode ser distância segura.uma maior eficiência no manejo é confundido com uma fenda de enorme
necessário o conhecimento do comportamento animal. Em especial algumas de suas particularidades, tais como o modo de ouvir, enxergar ou lembrar de determinada situação, nos ajudarão a compreender melhor por que os bovinos se comportam de formas diferentes de acordo com a situação que impomos a eles. Estas informações são essenciais para que as pessoas envolvidas no manejo possam entender o comportamento natural do
Limite dazona de fuga
Ponto de equilíbrio
Área Cega
Figura 01. Linhas imaginarias da área cega, ponto de balanço e zona de fuga dos bovinos
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O u t r o c o n h e c i m e n t o importante é o ponto de balanço ou ponto de equilíbrio, que é uma linha também imaginária na altura da paleta. Este ponto irá induzir a direção da marcha, ou seja, o animal andará para frente se o manejador se posicionar atrás do ponto de balanço ou andará para trás
caso o manejador se posicione a frente do ponto de balanço.
Finalmente é muito importante frisarmos que, em função da memória pré-existente, ao iniciarmos a utilização do manejo racional não tenhamos o êxito desejado, pois muitos animais terão comportamentos atípicos.
Felizmente mantendo-se os manejos subsequententes com o uso dos conhecimentos do manejo racional estes mesmos animais terão mudanças consideráveis no comportamento.
Aos lotes de compras, recém chegados na fazenda, o ideal é colocar alguns animaismais velhos e já adaptados ao manejo. Deve-se trabalhar os animais a cavalo até que se acalmem e até se aproximem do animal. A partir deste momento pode-se descer do cavalo para salgas ou outras demandas. Além disso, todo início dos trabalho com estes lotes deve evitar movimentos bruscos que assustem os animais .
Deste modo, ponha em prática todas as informações já consagradas pelo manejo racional afinal trata-se de uma excepcional ferramenta produtiva e não apresenta grandes custos. Caso julgue necessário, já são vários os profissionais que podem lhe ajudar nestas mudanças estruturais, bem como na qualificação da equipe. Além de melhorar a qualidade do trabalho, os frutos financeiros também serão colhidos, pois o bovino nos devolve em carne e leite tudo que lhe oferecemos para um ambiente saudável
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