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CORTESIA RIO GRANDE DO SUL . ANO 01 . 2ª EDIÇÃO DEZEMBRO/2013 PROMOÇÃO DE LANÇAMENTO para assinatura de 6 edições: [email protected] SUSTENTABILIDADE Mudanças culturais vão garantir a vida sustentável na Terra? PILARES DA A importância da sustentabilidade já está firmada e seus conceitos estão amplamente difundidos na sociedade. Porém, quanto dessa teoria é aplicada em nosso cotidiano? Vivemos em um mundo de antagonismos, onde a publicidade nos ensina que devemos preservar o planeta, e em seguida, nos estimula a consumir desenfreadamente. Pg 6 INICIATIVAS SUSTENTÁVEIS STIHL INVESTE EM AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS Pg 14 REPORTAGEM ESPECIAL RENEX 2013 Pg 18

REVISTA MEIO SUSTENTÁVEL - 2ª EDIÇÃO

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PROMOÇÃODE LANÇAMENTO

para assinatura de 6 edições:

[email protected]

SUSTENTABILIDADEMudanças culturais vão garantir

a vida sustentável na Terra?

PILARES DA

A importância da sustentabilidade já está firmada e seus conceitos estão amplamente difundidos na sociedade. Porém, quanto dessa teoria é aplicada em nosso cotidiano? Vivemos

em um mundo de antagonismos, onde a publicidade nos ensina que devemos preservar o planeta, e em seguida, nos estimula a

consumir desenfreadamente. Pg 6

INICIATIVASSUSTENTÁVEISSTIHL INVESTE EM AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS Pg 14

REPORTAGEMESPECIALRENEX 2013 Pg 18

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meio sustentável . Rio Grande do Sul

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EDITORIALAo mergulharmos no conhecimento

e divulgação da Revista Meio Sustentável, observamos com alegria as consequências de atitudes que já podem ser consideradas iniciativas de sustentabilidade. É fato que o caminho para a sustentabilidade, ora em estágio inicial no país, não terá mais volta; vamos mesmo evoluir e contaminar as novas gerações com produtos, serviços e educação sustentável. A constatação de que haverá um crescimento multiplicador na evolução das práticas de sustentabilidade em todos os setores da sociedade - empresas, famílias, escolas, universidades e governos - leva-nos a crer que, em sua grande maioria, elas vão se desenvolver de maneira ética e verdadeira e envolverão novos hábitos, mudanças de mentalidade, mudanças culturais, com visão do futuro e preservação da vida humana sustentável.

Essas novas práticas sustentáveis podem nos levar a futuras gerações potencialmente capazes de corrigir os equívocos dos seus antepassados, que deixaram de preservar o planeta e os valores humanos na busca sem limites pelo crescimento econômico não sustentável. Isso levou nossa sociedade ao individualismo, ao crescimento do consumo de bens e à inversão dos valores de convivência social, o que culminou em uma conduta desprovida de uma visão de vida coletiva, onde o bem-estar de todos deve favorecer a todos.

Portanto, a nova era da sustentabilidade pode nos levar ao interesse na preservação dos relacionamentos interpessoais, sem que sejam rompidos os limites da ética, da amizade e do respeito mútuo. Podemos chegar a uma nova era que priorize os valores da harmonia, do convívio social, sem a máscara do desenvolvimento e da riqueza , sem regras e com o respeito ao homem. Esta talvez seja a grande herança do desenvolvimento e aplicação do conceito de sustentabilidade, que aponta para a necessidade de se caminhar em busca de uma vida mais digna vislumbrando o alvorecer de uma nova era sustentável, que será alicerçada pelo importante papel desempenhado por crianças, jovens e adultos.

Á direção.

Direção GeralSilvana Bergamo

EdiçãoJoana Gabech

TextosCátia Chagas, Jane Catarina de Oliveira

e Joana GabechRevisão

Tânia Maria Merker CandottiProjeto Gráfico e Design

Bárbara GurgelGráfica

Gráfica Odisséia - Papel reciclado Suzano: Papel com certificação FSC - proveniente

de florestas remanejadasCartas, redação e assinaturas

[email protected]

[email protected] on line

www.meiosustentavel.com

A Revista Meio Sustentável é uma publicação da Editora Meio

Sustentável LtdaAv. Carlos Gomes, 53 – Sala 504, Bairro Auxiliadora, Porto Alegre,

CEP 90.480.003Site: www.meiosustentavel.com

CONHEÇA NOSSOS PLANOS DE MÍDIAS

FOCO: Empresas do setor de Sustentabilidade

[email protected]

ano 01 . 2ª edição

Página facebookwww.facebook.com/meiosustentavel

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meio sustentável . Rio Grande do Sul

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CAPAPILARES DASUSTENTABILIDADE06

08. ENERGIA RENOVÁVEL

13. COPA E A SUSTENTABILIDADE

16. INAUGURAÇÃO UNIVATES TECNOVATES

17. 8º PRÊMIO DE RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

30. SINDIEÓLICA ENCERRA ANO COM ÓTIMAS PERSPECTIVAS

32. EVENTOS

ÍNDICE

INICIATIVAS SUSTENTÁVEISStihl investe em ações socioambientais

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RENEX 201318 REPORTAGEM ESPECIAL

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A importância da sustentabilidade já está firmada e seus conceitos estão amplamente difundidos na sociedade. Porém, quanto dessa teoria é aplicada em nosso cotidiano? Vivemos em um mundo de antagonismos, onde a publicidade nos ensina que devemos preservar o planeta, e em seguida, nos estimula a consumir desenfreadamente.

Por muito tempo, exploramos os recursos naturais do nosso planeta pensando apenas no desenvolvimento e bem-estar da sociedade e não nos preocupamos com as implicações dessa ocupação. Extraímos de forma inconsequente as riquezas da Terra e hoje lutamos para amenizar os impactos dessa utilização irresponsável. Com o objetivo de proteger o meio ambiente e transformar o modelo de desenvolvimento mundial, a ONU estabeleceu três pilares para o desenvolvimento sustentável dos países: econômico, social e ambiental.

Na prática, esses pilares podem ser traduzidos como a busca pelo desenvolvimento econômico e social, sem agressão ao meio ambiente, por meio do uso dos recursos naturais de forma inteligente para que estes se mantenham no futuro. Mas como se atinge esse objetivo sem modificar os hábitos já enraizados na população? É aí que entra o quarto e mais recente pilar que passou a integrar a base da sustentabilidade: o cultural.

A importância da sustentabilidade já está firmada, e seus conceitos estão amplamente difundidos na sociedade. Todos nós sabemos que é preciso separar o lixo, reaproveitar água da chuva sempre que possível, substituir lâmpadas incandescentes por fluorescentes, utilizar ao máximo a iluminação natural, escovar os dentes com a torneira fechada, etc. Porém, quanto dessa teoria é aplicada em nosso cotidiano? Vivemos em um mundo de antagonismos, onde a publicidade nos ensina que devemos preservar o planeta e, em seguida, nos estimula a consumir desenfreadamente.

Infelizmente, o individualismo ainda rege as relações sociais, faltando às pessoas o senso de coletividade. Recentemente, tivemos no Rio Grande do Sul, pela terceira vez,a reprise de um episódio conhecido como “leite compensado”. Após ser recolhido nas propriedades, o leite era adulterado por transportadores, que lhe adicionavam as mais variadas substâncias químicas, mas não sem antes retirar parte para consumo próprio e de sua família, o que bem ilustra o seu descompromisso com a sociedade.

Essas situações nos mostram que, para praticar a sustentabilidade de forma efetiva, precisamos antes realizar uma mudança drástica nos padrões de nossa sociedade. E já que a sustentabilidade tem estado presente na vida do homem diariamente, é preciso aproveitar esse potencial de inserção que o tema tem para implantarmos essas mudanças. É necessário, claro, considerar as questões econômicas, sociais e ambientais, mas carecemos, antes de tudo, de uma transformação cultural, para só então alcançarmos nosso objetivo: um mundo, de fato, sustentável.

Mudanças culturais vão garantira vida sustentável na Terra?

PILARES DA SUSTENTABILIDADE

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É o capital humano de um empreendimento, comunidade ou da sociedade de maneira geral. Propiciar o bem-estar dos funcionários com um ambiente de trabalho agradável, adequação à legislação trabalhista e salários justos é fundamental. Incentivo ao esporte e lazer, promoção da educação escolar tanto do funcionário como de sua família, oferta de cursos de capacitação profissional e assistência à saúde são algumas das ações que devem estar presentes. Sob esse aspecto, é relevante proporcionar melhores condições de labor, além de estimular e promover a integração social, inclusive entre colegas de trabalho e suas famílias.

É importante também analisar o impacto da atividade econômica nas comunidades, com o intuito de gerar o desenvolvimento econômico local, mas sempre atentando à responsabilidade social.

Da mesma forma como os itens anteriores estão interligados, é preciso abordar a cultura como parte integrante de bases da sustentabilidade. Nesse contexto, afasta-se a noção de cultura relacionada à promoção de ações culturais, eventos e produções teatrais, destacando-se a noção de cultura como identidade de uma sociedade, que diz respeito a crenças, comportamentos, valores e regras morais, que vão servir de base determinante para as demais ações: sociais, ambientais e econômicas. Os temas do desenvolvimento sustentável e da cultura têm sido relacionados em diversas convenções e documentos internacionais dedicados à gestão política. Neles, a cultura já é reconhecida como um fator que desempenha um papel crucial na promoção do desenvolvimento econômico sustentável, principalmente em países emergentes, com a promoção da diversidade cultural e a preservação das heranças culturais de cada localidade. A noção de sustentabilidade cultural também surge frequentemente associada ao papel das artes, da criatividade e das indústrias culturais no desenvolvimento e planejamento econômico, político e social.

SOCIAL

CULTURAL

Segundo o conceito mais amplo de sustentabilidade, não adianta lucrar devastando. Uma empresa não pode simplesmente visar ao lucro econômico, mas precisa incluir nesse lucro as conquistas ambientais e sociais. Isso leva as empresas a considerar como parte integrante de um plano de gestão a inclusão de metas empresariais compatíveis não só com o seu próprio desenvolvimento sustentável, mas também com o da sociedade. Em 2005, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) criou um índice através do qual os investidores podem encontrar empresas socialmente responsáveis, sustentáveis e rentáveis para aplicar seus recursos, seguindo uma tendência mundial. Tais aplicações, denominadas Investimentos Socialmente Responsáveis (SRI), têm sido feitas com base na premissa de que empresas sustentáveis geram lucro para o acionista ao longo prazo, uma vez que se encontram mais preparadas para enfrentar riscos econômicos, sociais e ambientais.

É o capital natural de um empreendimento ou da sociedade. Num primeiro momento, quase toda a atividade econômica acarreta efeitos negativos ao meio ambiente. Cabe às empresas reduzir esse impacto e compensá-lo com o reflorestamento de áreas desmatadas, uso consciente dos recursos naturais, assim como é dever da sociedade conscientizar as futuras gerações sobre a preservação ambiental. A crescente preocupação com o meio ambiente tem levado empresas, no mundo todo, a buscar alternativas de produção mais limpas e matérias primas menos tóxicas, com o intuito de minimizar as consequências de seus procedimentos, reduzindo os danos ambientais. A questão ambiental, porém, não se limita à conscientização individual ou empresarial. O poder público, ciente de que atos irresponsáveis geram impactos ambientais e levam à degradação do meio ambiente, também tem o dever de protegê-lo mediante a elaboração de leis e projetos que visem a conscientizar a população para essas questões.

ECONÔMICO

AMBIENTAL

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Foi apenas na segunda metade do século XX que começou a se discutir amplamente a sustentabilidade.

A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano (United Nations Conferenceon the Human Environment - UNCHE), em Estocolmo, na Suécia, em 1972, foi o primeiro encontro das Nações Unidas sobre o meio ambiente e a primeira grande reunião internacional para discutir as ações humanas e suas consequências para o planeta. A partir desse evento, foram lançadas as bases para ações ambientais em todo o mundo, chamando a atenção internacional para questões nunca antes pensadas, como degradação ambiental e poluição. Ainda que o termo “desenvolvimento sustentável” não fosse usado, já havia, naquela época, a preocupação com o cuidado do meio ambiente e com a sua preservação para que este pudesse suprir as necessidades das futuras gerações.

Mais de uma década depois, em 1983, a Comissão Mundial sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente, da ONU, propôs a conciliação do desenvolvimento econômico com a preservação da natureza, criando, assim, o conceito de “desenvolvimento sustentável”. Entretanto, foi no Brasil, durante a ECO-92 (Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992), que os temas “meio ambiente” e “desenvolvimento” foram vastamente discutidos, o que determina a consolidação do conceito de desenvolvimento sustentável. Outra importante conquista da ECO-92 foi a elaboração da Agenda 21, um amplo programa de ações com foco na sustentabilidade global no século XXI. Recentemente, em 2012, o Brasil sediou novamente a Conferência das Nações Unidas, a Rio +20, que teve por objetivo renovar e reafirmar a participação dos países líderes em relação ao desenvolvimento sustentável.

Discussão sobre desenvolvimento sustentável é recente na comunidade internacional

ENERGIA RENOVÁVELCrescimento das energias renováveis no RS

BRASIL

Eberson José Thimmig Silveira

O Brasil tem uma matriz privilegiada de geração de energia renovável: hoje nosso país conta com 42,4% de produção de energia limpa, contra 13% em termos globais. De acordo com o coordenador de Energias e Comunicações da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI) e professor da Faculdade de Engenharia Elétrica-Eletrônica da PUCRS, o engenheiro mestre Eberson José Thimmig Silveira, quase 70% da potência instalada para geração de energia provém de hidrelétricas, enquanto as termelétricas à biomassa representam 9%. Apenas 1,7% da geração de energia tem origem eólica, mas é justamente ela que tem o maior potencial de crescimento em nosso país. Prova disso é a atenção especial que o setor tem recebido por meio do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA) e os inúmeros leilões para contratação de projetos de geração de energia pelos ventos.

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VANTAGENSDA ENERGIA EÓLICA

Ventos sopram a favor do RS

LEILÃO 18/11/2013

EÓLICA RIO GRANDE DO SUL

João Ramis

O Leilão A-3, realizado pelo Governo Federal em 18 de novembro, consolidou a Energia Eólica como a segunda fonte energética mais competitiva do Brasil, ficando atrás, apenas, das grandes usinas hidrelétricas. Podemos afirmar que este foi o ano da energia eólica, com quase 2,4 GW negociados nos leilões ao longo de 2013, significando um investimento da ordem de R$ 10 bilhões, e a geração de milhares de empregos diretos e indiretos.

Para o Estado do Rio Grande do Sul, o ano terminará com saldo muito positivo, embora, nos leilões anteriores ao de 18 de novembro, os resultados tenham sido pequenos e preocupantes. Levantamento do Governo do Estado junto aos empreendedores constatou dificuldades e incertezas na formação de preços, por conta, principalmente, do longo prazo para a emissão das licenças ambientais por parte da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).

Para minimizar o problema, além de outras providências o órgão ambiental criou um grupo técnico exclusivo para análise dos projetos de parques eólicos. Essa e outras ações do Governo do Estado visam a dar maior competitividade aos projetos gaúchos diante das inúmeras das inúmeras vantagens oferecidas, para os empreendedores do Nordeste brasileiro.

O Rio Grande do Sul aparece como um dos Estados mais promissores na utilização da energia eólica. O último leilão desse tipo, realizado em 18 de novembro, por exemplo, mostra que o Estado é altamente competitivo nesse setor. O RS aparece em 3° lugar no Brasil com o ingresso de 17% de toda a energia comercializada nos leilões, a qual será entregue a partir de 2016. Os parques viabilizados pelo leilão somam investimentos de R$ 1,51 bilhão para os cofres estaduais, quase metade dos R$ 3,37 bilhões garantidos pelo leilão em nível nacional.

Silveira explica que o Rio Grande do Sul já conta com a produção de 463MW, instalados em 16 parques eólicos, e reúne condições atrativas para a instalação de empresas fabricantes de máquinas e equipamentos dessa cadeia produtiva. Ele também vê condições favoráveis para prestadores de serviços especializados (engenharia, logística, montagem e manutenção). “Consequentemente, há oportunidade para geração de empregos qualificados, adensamento de conteúdo tecnológico no tecido econômico gaúcho e impacto positivo na agregação tecnológica, na geração de renda e poder de consumo da economia gaúcha”, relata.

é complementar a outras fontes de geração de energia;

gera energia limpa, sem emissão de gases do efeito estufa;

ajuda na preservação dos recursos hídricos;

estimula o turismo regional;

aumenta a arrecadação dos municípios através do ICMS.

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R$ 1,51 BILHÃO

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Dada essa nova realidade, construída pelo Governo do Estado com as empresas, por meio do Sindicato das Empresas de Energia Eólica do Rio Grande do Sul (Sindieólica), municípios e demais setores da sociedade envolvidos no tema, criou-se uma situação melhor e mais segura para a formação de preços competitivos. E o reflexo foi imediato: o Rio Grande do Sul obteve um resultado expressivo no certame: foram vendidos 336,60 MW de potência, que solicitará um investimento da ordem de R$ 1,5 bilhões e gerará milhares de empregos diretos e indiretos, sinalizando a possibilidade de desenvolvimento da cadeia produtiva do setor, a instalação de fábricas de torres, aerogeradores, pás e equipamentos.

Importante salientar que o resultado desse leilão indica a grande possibilidade que o Estado tem de se tornar um grande gerador de energia eólica, possuindo, já, mais de 20 GW de projetos em desenvolvimento. Com mais de 400 MW vendidos nos leilões de energia neste ano, o Rio Grande do Sul, a partir das medidas adotadas e em andamento pelo Governo, firma-se como um Estado potencialmente gerador de energia limpa e renovável.

João Ramis é Engenheiro Eletricista.

Ricardo Rosito

O presidente do Sindicato das Empresas de Energia Eólica (Sindieólica), Ricardo Rosito, destaca o papel transformador da energia eólica. “Com a geração de emprego e renda e aumento da arrecadação de ICMS nos municípios ela muda uma região”, afirma. Os impactos ambientais com a eólica, explica Rosito, também são menores. Ele ressalta que uma área de 400 metros no entorno do parque não pode ser usada para construções, no entanto pode servir para plantações ou como campo de pastagem para criação de gado. Hoje, os maiores investimentos do setor no Rio Grande do Sul estão em Santa Vitória do Palmar e Chuí, que, juntos somam R$ 2,6 milhões.

A energia fotovoltaica desponta com uma energia limpa alternativa. “Ela deverá ganhar espaço na matriz energética brasileira num futuro bem próximo, tanto que, no último leilão promovido pelo Governo federal, 31 projetos foram habilitados a participar”, explica o coordenador da AGDI, o engenheiro mestre Eberson José Thimmig Silveira. O primeiro grande passo para viabilizar a sua geração e distribuição no Brasil foi dado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), por meio da Resolução Normativa Nº 482, de 17 de abril de 2012. Ela estabelece as condições gerais para funcionamento das centrais geradoras de energia elétrica de fonte hidráulica, eólica, solar e de biomassa. As duas últimas - solar e de biomassa - também poderão ganhar espaço na matriz brasileira. Ambas ocupam um lugar importante na matriz energética nacional e possuem um grande potencial de produção e uso, tanto na queima direta como na produção de biocombustíveis.

ENERGIAFOTOVOLTAICA

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ENTR

EVIS

TA

DIVERSIFICAÇÃO DAS FONTESDE PRODUÇÃO PARA GARANTIRENERGIA LIMPA

André Pepitone da NóbregaDiretor da Agência Nacional de Energia Elétrica

O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), André Pepitone da Nóbrega, reforça que o Brasil é um dos países com o maior índice de energia renovável do mundo e que as hidrelétricas poderão continuar abastecendo o Brasil de forma eficaz e sustentável. Para ele, o impacto ambiental causado é muito menor que os benefícios provenientes de sua implantação. Mas não descarta a adoção de outras fontes de produção de energia, como a eólica e a solar.

REVISTA MEIO SUSTENTÁVEL: COMO É VISTA A MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA EM TERMOS DE PADRÕES INTERNACIONAIS?

André Pepitone da Nóbrega - A matriz energética brasileira é uma das mais renováveis do mundo. Em abril de 2011, quando registramos ano de hidraulicidade favorável, 94,38% da energia produzida para atender a carga foi oriunda de fontes renováveis. Com a introdução, na última década, na matriz elétrica brasileira das termelétricas movidas a bagaço de cana-de-açúcar, das usinas eólicas e diante dos recentes esforços para agregar, também, as fontes solares, este viés não irá mudar, o que assegura ao Brasil manter posição de liderança mundial em termos de energia limpa. Somos beneficiados pela hidrografia privilegiada, pela alta incidência de ventos e pela forte irradiação solar.

RMS - QUAL SERIA A ENERGIA MAIS SUSTENTÁVEL HOJE E POR QUÊ?

HÁ INVESTIMENTOS PREVISTOS NESSE SENTIDO?

Nóbrega - A energia hidráulica tem condições de continuar a atender ao País de maneira sustentável e eficaz. Para tanto, é necessário conscientizar a sociedade a respeito da importância dos empreendimentos estruturantes, dos benefícios envolvidos com a sua implantação e desmistificar o discurso do impacto ambiental causado pelos reservatórios, que é infinitamente menor que os benefícios que esses empreendimentos trazem. Queremos tecnologia, queremos inovação, queremos desenvolvimento sustentável, não a qualquer custo. E isso só é possível com energia abundante e limpa. A fonte hidráulica oferece isto. De forma complementar, eólica, solar e biomassa ainda têm potencial enorme de crescimento no País.

RMS - O BRASIL CAMINHA EM QUE DIREÇÃO ENERGÉTICA? O RIO GRANDE DO SUL ACOMPANHA ESSE PROCESSO?

Nóbrega - De acordo com as políticas públicas emanadas do Governo Federal, a cargo do Ministério de Minas e Energia, o Brasil vem caminhando no sentido de manter a força da energia hidráulica como grande base supridora da energia do País, mas incentivando, de forma clara, o que podemos chamar de novas fontes renováveis: eólica, solar e biomassa. Foi dado, inclusive, passo importante para a consolidação dessas fontes, com a realização pelo Governo Federal, na última segunda-feira (18), do leilão de energia exclusivo de energia eólica e solar, no qual o Estado do Rio Grande do Sul liderou a contratação de energia, com 326,60 MW de um total de 867,6 MW.RMS - O QUE É FEITO HOJE EM TERMOS DE REDUÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL. PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO.

Nóbrega – Hoje, o processo de licenciamento ambiental já é bastante rigoroso para a instalação de usina geradora de energia e, também, das linhas, que permitem escoar a energia do local de produção até o de consumo. Esse procedimento está disciplinado na Lei no 6.938/1991 e está sob a alçada do Ministério do Meio Ambiente e dos órgãos ambientais estaduais. O rito do licenciamento prevê ampla participação da sociedade, por meio de consultas e audiências públicas, conforme previsto pela Resolução CONAMA nº 1, de 23 de janeiro de 1986. Na ANEEL, a participação social é aplicada cotidianamente na edição de regulamentos que impactam o setor elétrico e o consumidor, e a preocupação ambiental serve de importante balizador para nossas atividades.

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As distribuidoras e a sustentabilidade

AES Sul - A AES Sul, distribuidora de energia elétrica ligada a AES Brasil, trabalha a eficiência energética com a proposta de garantir a racionalização do consumo, evitando desperdício e garantindo a segurança de seus clientes, distribuídos em 118 municípios gaúchos. Entre os programas e ações dentro de sua plataforma de sustentabilidade cabe destacar o AES Sul na Comunidade - Educar para Transformar e o projeto Recicle Mais, Pague Menos. As duas ações têm como foco a responsabilidade da companhia por levar energia elétrica com segurança, qualidade e confiabilidade para cerca de quatro milhões de pessoas. O Educar para Transformar percorre municípios da sua área de concessão, envolvendo alunos e professores da rede pública de ensino em 320 ações educativas sobre sustentabilidade, através dos eixos temáticos energia, água, resíduos e mobilidade urbana. Já o Recicle Mais, Pague Menos promove a troca de resíduos recicláveis por crédito na conta de energia elétrica, em operação desde 2013. E os resultados são animadores -15 clientes tiveram as contas zeradas, graças aos créditos obtidos com a entrega de resíduos.

Todas as empresas do Grupo CEEE, inclusive a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica, a CEEE-D, têm uma política ambiental com a proposta de proteger os recursos naturais e reduzir os impactos causados pela geração e distribuição de energia elétrica. A concessionária, que atende 72 municípios, localizados na região Metropolitana, Sul, Litoral e Campanha gaúcha, desenvolve um trabalho calcado nos princípios da sustentabilidade. Por isso, elaborou programas desenvolvidos com o público interno e sociedade tendo como meta a educação ambiental, prevendo a execução de ações integradas aos demais sistemas de gestão empresarial. Entre os projetos desenvolvidos, estão os programas de conservação de energia, de eficiência energética como estratégia para a racionalização do uso dos recursos naturais e sensibilização e capacitação de colaboradores, parceiros e fornecedores quanto às suas responsabilidades com o meio ambiente.

Todas as empresas do Grupo CEEE, inclusive a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica, a CEEE-D, têm uma política ambiental com a proposta de proteger os recursos naturais e reduzir os impactos causados pela geração e distribuição de energia elétrica. A concessionária, que atende 72 municípios, localizados na região Metropolitana, Sul, Litoral e Campanha gaúcha, desenvolve um trabalho calcado nos princípios da sustentabilidade. Por isso, elaborou programas desenvolvidos com o público interno e sociedade tendo como meta a educação ambiental, prevendo a execução de ações integradas aos demais sistemas de gestão empresarial. Entre os projetos desenvolvidos, estão os programas de conservação de energia, de eficiência energética como estratégia para a racionalização do uso dos recursos naturais e sensibilização e capacitação de colaboradores, parceiros e fornecedores quanto às suas responsabilidades com o meio ambiente.

meio sustentável . Rio Grande do Sul

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COPA E SUSTENTABILIDADE

Reunião da Câmara de Meio Ambiente

e Sustentabilidade, no dia 20/11/2013

Ações do poder público indicam preocupação com o desenvolvimento sustentável das cidades-sede em virtude da Copa do Mundo

Emissões de gases poluentes na atmosfera

A sustentabilidade será um dos legados da Copa do Mundo de 2014 para as futuras gerações. Pelo menos, é o que indicam as ações públicas voltadas para o assunto e que vêm sendo discutidas por prefeituras e pelos governos Estadual e Federal. Com base na ideia de que um evento com a dimensão de uma Copa do Mundo traz consigo um potencial de induzir o desenvolvimento econômico e social de uma sociedade, reduzindo suas desigualdades, foram criadas Câmaras Temáticas para trabalhar essas oportunidades de forma harmônica com as 12 cidades-sede do Mundial.Cada Câmara é responsável por áreas estratégicas para a realização do evento e visam à proposição de políticas públicas e soluções eficientes para essas áreas.

A Câmara Temática de Meio Ambiente e Sustentabilidade é considerada um braço da Secretaria Extraordinária da Copa 2014 (Secopa) no Rio Grande do Sul. Por meio desse órgãos os agentes públicos vêm trabalhando ações estratégicas para diminuir os impactos do evento esportivo no meio ambiente e a qualificação dos espaços públicos de forma sustentável. Muitas dessas ações, definidas em virtude da Copa, servirão de base para projetos futuros. É o caso das cinco questões apontadas pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira: a gestão de resíduos sólidos nas cidades-sede, a ampliação da divulgação e da estrutura para recepção de turistas nos Parques da Copa (como Foz do Iguaçu e Fernando de Noronha), a redução da emissão de gases de efeito estufa, o incentivo à produção de alimentos orgânicos e sustentáveis, e a concessão de um Selo de Sustentabilidade às empresas e entidades.

“Essas cinco áreas pautam a agenda de meio ambiente associada à Copa, mas vão muito além do evento. Podemos falar em um legado a partir de mudanças que vão desde a agricultura orgânica até a questão da reciclagem com a inclusão dos catadores, como está sendo feito no Rio de Janeiro e em outras cidades”, explicou a ministra.

Trinta técnicos da prefeitura de Porto Alegre e do governo do Estado já participaram de treinamento para a elaboração de um inventário sobre a emissão de gases do efeito estufa provocada pelas atividades relacionadas à Copa do Mundo. O workshop inclui um panorama sobre mudanças climáticas, uma introdução aos diversos tipos de inventários de emissão de gases de efeito estufa e a metodologia selecionada para ser aplicada para a Copa de 2014, além de dinâmicas, discussões e debates. De acordo com Paulo Zanardi, consultor técnico do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e responsável por ministrar o treinamento,serão realizados dois inventários - um antes e outro depois do evento. A elaboração dos relatórios tem como proposta apontar diretrizes de ação para o combate dos emissores de gases poluentes. Zanardi acredita que o maior emissor de gases será o transporte aéreo, mas não descarta a questão da geração de resíduos como fator contribuinte. “Para sabermos o impacto de cada área, é importante fazermos o levantamento anterior ao evento a fim de criar ações mitigatórias”, destaca.

Fontes: www.portoalegre.rs.gov.br

www.rs.gov.brwww.copa2014.gov.br

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Nós estamos desenhando uma política pública e demonstrando que o setor industrial pode ter retorno investindo em fornecedores ambientais cooperativos, como com qualquer outro fornecedor.

INICIATIVASSUSTENTÁVEISSTIHL INVESTE EM AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS Política de sustentabilidade da empresa inclui qualificação profissional, inclusão social e aumento de renda para famílias

Conheça os projetos desustentabilidade da STIHL

Além de aliar a correta destinação de seus resíduos e o incentivo à geração de trabalho e renda, a STIHL Brasil vê nas ações sustentáveis uma possibilidade de negócio, em que seu papel é estimular os agentes de sua cadeia produtiva para garantir que esses projetos se tornem autossuficientes. “Nosso desafio é fazer com que os projetos que apoiamos se perpetuem e se tornem independentes. Para isso, eu preciso trabalhar de forma articulada com outros setores da sociedade”, explica Ana Curia, Gerente de Segurança, Saúde e Meio Ambiente da STIHL.

Ana Curia

Reciclagem de 360 toneladas de papel/papelão e 180 toneladas de plástico por ano Geração de renda: R$ 180.000 por anoBeneficiados: 66 trabalhadores e 5 cooperativas Nomes: Santo Antônio, Nova Conquista,Univale, Trabalhadores Urbanos de Recicláveis Orgânicos e Inorgânicos e Recicladores e Catadores do Município de São Leopoldo

Reciclagem de 40 m³/ano de EPI’s higienizados Geração de renda: R$ 22.500 por ano Beneficiados: 4 trabalhadores; 1 cooperativa Nome: Centro de Espiritualidade Padre Arturo (CEPA) Grupo Mãos e Sonhos Potenciais parceiros: Ministério do Meio Ambiente e Sindimetal.

*Cré

dito

foto

s: St

ihl

Doação de Resíduos Sólidos

Customização de EPI`s

ANA CURIA EXPLICA:

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Nós queríamos inclusão social, então conversamos com uma cooperativa pra ver se eles conseguiam fazer a recuperação dos nossos pallets. Como eles se interessaram, buscamos o SEBRAE e o BRDE para qualificá-los e fazer um trabalho de capacitação para que eles possam produzir em grande escala. O próximo passo é apresentar o projeto para outras empresas parceiras e expandir o negócio da cooperativa.

Muita gente deve se perguntar: o que a STHIL, uma empresa de ferramentas motorizadas, tem a ver com isso? Nós temos responsabilidade com nossa cadeia de valor e com a cidadania. Vivemos em um país que está se desenvolvendo, mas que precisa preservar sua Mata Atlântica. Aproveitando este potencial do Brasil, hoje somos referência no grupo e, em termos de sustentabilidade, estamos mais desenvolvidos do que a nossa matriz na Alemanha.

Recuperação de 160,5 ton/ano de madeira Geração de renda: R$ 130.000/ano Beneficiados: 5 trabalhadores; 1 cooperativa Nome: UnivaleCliente: STIHL Economia da STIHL: R$100.000 /ano

Reciclagem de 2.400 litros de óleo de cozinha por ano, utilizados na produção de barras de sabãoGeração de renda: R$ 30.000 por anoBeneficiados: 6 trabalhadores; 1 cooperativa Nome: Mundo mais Limpo

Recuperação de Pallets de Madeira

Reciclagem do óleo de cozinha

CONTA ANA CURIA

CONCLUI ANA CURIA

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A inauguração dos novos prédios do Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari, o Tecnovates, está prevista para ocorrer no dia 31 de março de 2014. Os dois novos prédios abrigarão os laboratórios já instalados no Parque, as unidades administrativas da instituição e salas especiais para o desenvolvimento de novos produtos.

Nas novas acomodações, haverá espaços para as empresas do Parque alocarem seus departamentos de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, com foco principal nas áreas de alimentos, meio-ambiente e energias renováveis. Além destas, também serão instaladas ali as empresas incubadas junto à Incubadora Tecnológica da Univates (Inovates).

Qualquer organização que necessite de um ambiente de inovação avançado compatível com práticas internacionais pode se candidatar a integrar

INAUGURAÇÃOUNIVATESTECNOVATESNovos prédios do Tecnovates serão inaugurados em 2014

Acomodações contam com espaço para desenvolvimento de produtos com foco no meio ambientee energias renováveis

o Parque. Uma vez avaliada e aprovada a viabilidade da parceria, esta passa a integrar o Tecnovates. Outra forma de vinculação ao Parque é a participação através de editais, por meio dos quais o Tecnovates cria parceria com a empresa para desenvolvimento de novos produtos ou tecnologias. Nesse caso, o Parque poderá auxiliar os parceiros com recursos humanos e/ou financeiros.

Os recursos financeiros para a consolidação do projeto do Tecnovates são provenientes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do governo federal, por meio do BNDES, da Prefeitura Municipal de Lajeado, da Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (SCIT-RS) e da Fuvates - mantenedora da Univates.

Mais informações sobre o Parque podem ser obtidas pelo e-mail [email protected].

Crédito da foto: Tuane Eggers

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PRÊMIO DERESPONSABILIDADESOCIALSINEPE/RS premia projetosEco-Responsáveis

O Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (SINEPE/RS) celebrou 65 anos de atuação com cerimônia de premiação do 8° Prêmio de Responsabilidade Social. O evento foi realizado no dia 3 de dezembro, na PUCRS.Os colégios Salesiano Dom Bosco, de Porto Alegre e Scalabriniano Nossa Senhora Medianeira, de Bento Gonçalves, finalistas do Prêmio na categoria Práticas Eco-Responsáveis, foram contemplados com ouro e prata, respectivamente. A medalha de bronze ficou com a Escola de Educação Básica da Feevale, de Novo Hamburgo.

OS PREMIADOS DE 2013 (Práticas Eco-Responsáveis)

Colégio Salesiano Dom Bosco Colégio Scalabriniano Nossa Senhora MedianeiraOuro

Escola de Educação Básica da FeevaleBronze

Prata

O projeto “Pensando verde - sustentabilidade na sala de aula e ambiente familiar, porque reciclar é preciso!” acontece desde 2008 no colégio. O programa - que conta com o apoio de alunos, pais e funcionários - envolve campanhas educativas sobre o lixo na escola, saídas de campo, oficinas, criação de uma revista sobre sustentabilidade, vernissages e adoção de obras literárias sobre o assunto. Desde que a iniciativa foi colocada em prática, houve uma considerável diminuição do lixo em sala de aula e em casa por parte das crianças. Ao total, 327 crianças participaram do projeto, e cerca de 1600 pessoas foram agraciadas por elas com presentes feitos de materiais recicláveis. Aproximadamente 4mil materiais em desuso, que estavam fora das lixeiras da instituição, foram reaproveitados.

O projeto “Sustentabilidade: você faz a diferença!” foi desenvolvido como objetivo de despertar o interesse dos estudantes sobreo tema“sustentabilidade”. O programa, porém, não se limita à sala de aula. Após aprendera teoria, os alunos realizam visitas às empresas PAEMA Embalagens e Corsan para conhecer na prática o ciclo de geração e reciclagem de materiais. Criam-se, então, dentro da escola “fiscais do meio-ambiente”, alunos com consciência ambiental, responsáveis pela arrecadação de resíduos recicláveis nas lixeiras seletivas instaladas dentro do colégio. Desde a implantação do projeto, já foram recolhidos 4,141Kg de material, o qual foi reciclado por meio de parceria firmada com a empresa Injeta.

A iniciativa do projeto “Consumo consciente e escola: De mãos dadas para salvar o planeta ”é voltada para a conscientização ambiental para além dos muros da escola. Crianças e famílias discutem sobre o consumo excessivo, tendo como preocupação básica o descarte de lixo inadequado na natureza. *C

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Buscando aliar segurança e sustentabilidade, a empresa WDS Pneumática desenvolveu o sistema Lona Fácil®, dispositivo para cobertura de chassi de caminhões de pequeno porte com acionamento automático pneumático. Sem utilizar energia elétrica para o seu funcionamento, o produto se traduz em uma alternativa sustentável para a cobertura no transporte de cargas. O sistema garante o enlonamento hermético sobre chassi em dez segundos utilizando dispositivos com atuadores pneumáticos rotativos. Isso reduz o tempo de parada do motorista e garante o enlonamento, mesmo em circunstâncias adversas, como chuva ou vento forte.

Grãos, sobras de material de construção, areia e outros produtos que normalmente se perderiam durante o transporte em um caminhão sem cobertura, ficam protegidos com a utilização do sistema Lona Fácil®, o que contribui para a preservação da natureza, já que isso evita que parte do material transportado seja lançado no meio ambiente. O sistema também resguarda o motorista, que não mantém contato direto com o produto a ser transportando, e elimina o risco de quedas, atendendo às normas e exigências atuais do sistema regulatório do setor.

O Lona Fácil® é desenvolvido pela WDS Pneumática, empresa com mais de 30 anos de experiência em projetos, soluções e comercialização de componentes pneumáticos. “A WDS é uma empresa preocupada com a preservação do meio-ambiente e incorpora esse conceito em todos os processos de manufatura de seus produtos”, explica Diego Schott, coordenador comercial da empresa. Ele completa: “É importante atingir um equilíbrio entre o crescimento econômico e a preservação do meio ambiente, ou seja, crescer, desenvolver novos produtos, novas tecnologias de uma forma sustentável visando sempre reduzir a poluição ambiental”.

WDS PNEUMÁTICA LANÇA ALTERNATIVA PRÁTICA E SUSTENTÁVEL PARA COBERTURA NO TRANSPORTE DE CARGAS

REPORTAGEMESPECIALFeira Internacionalde Energias Renováveis

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ABERTURA

PATROCÍNIO: QUILOWATTPATROCÍNIO: GIGAWATT

APOIO

PARCEIRO DE MÍDIA AGÊNCIA DE TURISMO

APOIO INSTITUCIONAL

PATROCÍNIO: WATT

PROMOÇÃO E REALIZAÇÃO

Agência Gaúcha de Desenvolimentoe Promoção do Investimento

FEIRA INTERNACIONAL DE ENERGIAS RENOVÁVEIS

Renex South AmericaBrasil recebe primeira Renex na América Latina

O RS se destaca no setor de energias renováveis

Pela primeira vez na América do Sul, a RENEX South America ocorreu em Porto Alegre, entre os dias 27 e 29 de novembro, na FIERGS. Com o objetivo de apresentar as novidades, tendências, ideias e atrair investimentos para o mercado brasileiros no setor de energia sustentável, o evento destacou a importância do Rio Grande do Sul nesse cenário, já na abertura oficial.

Com origem no setor de energias renováveis da Feira Industrial de Hannover, na Alemanha, a Renex já possui duas edições de sucesso naquele país e também na Turquia. Devido ao grande potencial de uso de energia renovável na América do Sul, especialmente no Brasil, a Deutsche Messe AG, maior promotora de feiras do mundo, apostou nessa primeira edição, ampliando seu portfólio de negócios e expandindo o engajamento em feiras na América do Sul. Contribuíram para a vinda da feira ao Brasil o grande potencial do país em energias renováveis e os planos do governo brasileiro de investimento de

cerca de U$S 63 bilhões para a expansão de energias renováveis até 2020, aumentando a demanda por produtos internacionais e know-how.

A Renex South America reuniu os segmentos de energia eólica, fotovoltaica, solar térmica, biocombustíveis, biogás, biomassa e PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas). Foram 46 empresas expositoras e patrocinadoras, além de 67 empresas nas rodadas de negócios, totalizando a participação de oito países.

A feira foi promovida pela Hannover Fairs Sulamérica com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento do Rio Grande do Sul (SPDI), Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Federação Alemã de Engenharia (VDMA) e Associação Alemã de Energia Eólica (BWE).

“Se estamos crescendo ano a ano é porque, entre outros fatores, a nossa matriz energética acompanha e atende a este crescimento. Até 2017, o Estado terá investimentos acumulados de R$ 73 bilhões neste setor”, disse o vice-governador Beto Grill em seu discurso na abertura da Renex South America.

Já o presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), Ivan De Pellegrin, ressaltou o excelente resultado do último leilão de energia, no qual o Estado obteve 38% das contratações. Para ele, isso é resultado de um trabalho de investimento em novas

economias em que o Estado tem se empenhado. O diretor de planejamento do Banco

Regional de Desenvolvimento (BRDE), Alexandre Leitzki, destacou a parceira da instituição no desenvolvimento de projetos de energia renovável no Estado. “Estamos juntos nos programas de biomassa da casca do arroz de uma cooperativa de arroz de Alegrete, assim como no projeto do citricultores em Montenegro e na eólica de Santa Vitória do Palmar”, comentou. De acordo com ele, já são R$ 9 milhões investidos em 14% de infraestrutura.

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Elbia Melo - ABEEólica

José Claudio dos Santos - SEBRAE

Para a presidente da ABEEólica, Elbia Melo, o Estado é um dos grandes destaques do setor eólico nacional. “Combina vantagem natural, pela qualidade dos ventos, com a vantagem competitiva, de já estar conectado ao sistema nacional de energia. Esta é uma oportunidade que o estado está sabendo aproveitar”, disse, ao ressaltar que o Rio Grande do Sul tem um futuro virtuoso no setor eólico. Isso porque, segundo ela, além dos “bons ventos” que sopram pelo Estado, há muito interesse de investidores. “Os leilões são muito procurados, hoje há mais de 600 projetos”, completou.

José Claudio dos Santos, diretor do SEBRAE Nacional, destacou que hoje se vive “uma era diferente dos anos 1980/90, quando a questão era fazer produto a qualquer custo”; para ele, atualmente, o foco é a otimização dos recursos.

Durante o evento de abertura, Contantino Bäumle, diretor da Hannover Fairs Sulamérica, um dos organizadores, agradeceu o apoio do Governo gaúcho à realização da primeira edição RENEX, evento que já ocorre na Alemanha e Turquia. “Dentro dos planos do governo do Estado de ampliar em três vezes nos próximos anos a capacidade em energia eólica, a feira é um instrumento de cooperação e promoção comercial para sustentar esses projetos”, afirmou.

A segunda edição da RENEX já tem data confirmada para 2014. O evento será em Porto Alegre, de 26 a 28 de novembro, também na FIERGS.

A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) assinou recentemente um contrato com a distribuidora de energia CEEE, Ceasa e SENAI para a construção de uma usina de biogás, que irá produzir energia a partir dos rejeitos de vegetais. O projeto foi anunciado durante a abertura da RENEX pelo presidente da FIERGS, Heitor Müller. “Através do projeto do Centro Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL), do nosso SENAI, os resíduos da Ceasa impróprios ao consumo vão se transformar em energia. O projeto tem a chancela da

FIERGS também aposta em projetosONU”, contou o presidente. Além disso, a FIERGS consolidou um Programa de Eficiência Energética e estimula as instalações das pequenas centrais hidrelétricas.

Para Müller, a RENEX ocorreu em um momento muito especial para o Estado. Segundo ele, todas as iniciativas, no que se refere ao setor de energia renovável, colocam o Rio Grande do Sul na liderança de uma “nova matriz energética para o país e como referência internacional”, ressaltou.

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FIERGS também aposta em projetos A energia solar procura espaço

CONFIRA NA ÍNTEGRA O DISCURSO DE HEITOR MÜLLER, PRESIDENTE DA FIERGS.Crédito da foto: Dudu Leal

Senhoras e senhores:A abertura desta feira Internacional de Energias

renováveis ocorre em um momento muito especial para o Rio Grande do Sul e, particularmente, para o Sistema FIERGS.

No leilão de Energia A-3, realizado no último dia 18 deste mês (novembro), o Estado teve participação recorde, com 34, 64% de contratações, o que corresponde a 19 parques de geração eólica. Hoje existem 15 parques eólicos no Rio Grande do Sul, e a perspectiva é de chegarmos a 78 parques no ano de 2017.

Já no Sistema FIERGS, recentemente assinamos o contrato entre CEEE, a CEASA e o SENAI para a construção de uma usina de biogás que utilizará rejeitos de vegetais para a geração de energia. Através do projeto no Centro de Tecnologias Limpas - o CNTL do nosso SENAI -, os resíduos da CEASA impróprios para o consumo vão se transformar em energia. O projeto tem a chancela da ONU. Esses dois fatos não só atestam o nosso apoio às fontes renováveis

como também conferem ao Estado uma posição de protagonista das novas tendências mundiais.

Quando a FIERGS iniciou as conversações para abrigar aqui a primeira edição da RENEX no Brasil, já tínhamos acumulado uma longa trajetória de intervenções, estudos e propostas nessa área desde o primeiro projeto de viabilidade de um gasoduto para abastecer o setor industrial, até a produção dos dois biocombustíveis, que hoje são realidade no território gaúcho.

Consolidamos, também, um amplo Programa de Eficiência Energética e estimulamos a difusão das pequenas centrais hidrelétricas. Este ano, somamos os três estados da Região Sul em torno de uma outra riqueza disponível que os avanços tecnológicos viabilizam como fonte de energia: estamos falando do carvão mineral.

Todas essas iniciativas colocam o Rio Grande do Sul na liderança de uma nova matriz energética para o país e como referência internacional. Temos a apresentar um elenco de alternativas de geração em sintonia com as questões ambientais, como requer a sociedade globalizada deste século XXI.

Por isto, para a FIERGS, é muito gratificante receber a primeira edição da RENEX. E, com certeza, continuaremos juntos nas próximas edições desta Feira, sempre antecipando tendências. Muito obrigado.

Presidente da FIERGS, Heitor Müller

CONFERÊNCIA: “ENERGIA SOLAR BRASIL 2013”

Aquela máxima de que o sol nasce para todos nunca esteve tão em voga. Sim, nasce para todos e é, sem dúvida, uma alternativa sustentável na produção de energia renovável. Tão importante nesse momento em que o planeta clama por iniciativas e tecnologias limpas, o tema foi debatido na Energia Solar Brasil 2013, conferência realizada pelo instituto alemão de pesquisa EuPD Research durante a Renex South America. O evento, paralelo ao congresso, teve o objetivo de reunir empresas e comunidades interessadas em explorar oportunidades de negócios

nas áreas de energia fotovoltaica e solar térmica para discutir as últimas tendências e os desafios para garantir um futuro verde e sustentável no abastecimento de energia do país.

Segundo Martin Ammon, gerente sênior de pesquisas da EuPD Research, a energia solar tem “grande potencial para abastecer estruturas locais. Apesar de não poder substituir fontes convencionais de energia, pode contribuir bastante para o mix energético”, disse. Entre as vantagens do uso de energia solar e fotovoltaica, estão justamente a

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possibilidade de gerar a energia no local onde ela vai ser consumida, sem haver perda na transferência, a não necessidade de combustíveis e o fato de não haver requisitos geográficos, como acontece com a energia hidrelétrica, por exemplo.

Uma das dificuldades encontradas hoje por esse segmento no Brasil é a questão do preço. Conforme o especialista Juan Pablo Fonseca, da Smart Energy, no país ainda há custos altos em vista dos impostos. Entretanto, o mercado brasileiro tem potencial para a energia solar, inclusive pelo privilégio de ter grande incidência de luz natural. Uma das soluções para baixar os custos, segundo ele, seria a produção local das instalações.

Outro destaque foi feito pelo painelista da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), Rodrigo Sauaia. Ele afirma que o Brasil tem uma grande reserva de quartzo, mineral utilizado na produção de painéis solares, mas que são necessárias políticas governamentais de apoio aos investidores nesse mercado.

Além disso, outra solução esperada é que ocorram leilões exclusivos para a energia solar. Os que ocorrem hoje mesclam as fontes de energia, e a eólica leva vantagem por já estar estruturada no país. Em dezembro, o estado de Pernambuco vai promover um leilão unicamente voltado para a energia solar.

Fotovoltaica tem cases de sucesso

Fotovoltaica tem cases de sucesso

PAINEL: “CASES DE SUCESSO DE GERAÇÃO FOTOVOLTAICA EM EDIFICAÇÕES NO BRASIL”

PROJETO:50 TELHADOS FOTOVOLTAICOS

Como uma injeção de estímulo, o Instituto Ideal, de Florianópolis, organizou o painel Cases de Sucesso de Geração Fotovoltaica em edificações no Brasil e apresentou cases bem sucedidos de energia solar. O conteúdo do painel foi direcionado aos fabricantes e fornecedores desse sistema de energia, entretanto, atiçou a curiosidade de todos os presentes. Empresários, diretores e gestores industriais, comerciais ou de pequenas empresas, investidores nacionais e internacionais e proprietários de edificações residenciais ou comerciais mostram-se interessados pelo assunto.

Segundo o coordenador do Fundo Solar do Instituto, Peter Krenz, o objetivo do painel foi “abrir um espaço para que empresários aprendessem como é possível gerar sua própria eletricidade a partir da energia solar com aqueles que já passaram pela experiência”.

Outros cases apresentados abordaram o setor o setor da indústria, como o projeto desenvolvido pela portuguesa Martifer Solar, de Portugal, na fábrica da General Motors de Joinville, em Santa Catarina.

O Instituto Ideal assumiu o projeto “50 Telhados Fotovoltaicos”, que estava sendo desenvolvido pela empresa Econova Sistemas de Energia, para instalações em residências e pequenas empresas. O projeto foi lançado em fevereiro de 2013 e alcançou em seis meses 47% da meta pretendida em potência, com 46kWp instalados em nove construções comerciais e industriais em Uberlândia.

O projeto contou com o investimento dos empresários locais interessados na tecnologia. A meta inicial era a de instalar kits fotovoltaicos entre 2kWp e 3kWp, até a potência total de 100kWp - a média em 50 telhados - , mas esse número deverá ser maior.

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Poder público e empresas discutem adoção de biocombustíveis na aviação civil

Governo do Estado quer estimular a produção de combustíveis sustentáveis

PAINEL:BIOCOMBUSTÍVEIS SUSTENTÁVEIS PARA AVIAÇÃO NO BRASIL

Marco Franceschi

Durante o painel “Biocombustíveis Sustentáveis para Aviação no Brasil”, realizado na Renex South America, executivos do ramo da aviação discutiram a possibilidade de adesão aos biocombustíveis com representantes do governo do Estado. Na ocasião, a Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI) firmou uma Manifestação de Interesse com a Plataforma Brasileira de Bioquerosene, para a implementação do Programa Carbon Neutral Growth, envolvendo a substituição dos combustíveis à base do petróleo pelos biocombustíveis no setor de aviação.

O diretor de Infraestrutura e Energia da AGDI, Marco Franceschi, disse que esta transição será feita ao longo das próximas décadas e resultará em “uma troca mais eficiente e vantajosa dos pontos de vista ambiental, social e econômico”. Franceschi ressalta que o Rio Grande do Sul tem interesse e disponibilidade de recursos para se tornar um importante parceiro na Plataforma, através do estímulo à produção de combustíveis ambientalmente sustentáveis e à redução de custos de produção. A adoção do bioquerosene deve ter também impactos positivos no desenvolvimento regional.

O painel teve a participação do executivo da Curcas Diesel do Brasil, Mike Lu, que ressaltou o fato de o Brasil dispor de biocombustíveis para uso imediato e a baixo custo. Ele citou como exemplo o

óleo de cozinha. Além disso, lembrou que qualquer leguminosa - como da canola - poderá ser utilizada na composição de biocombustíveis. O executivo pediu atenção para o tamanho do mercado que se apresenta, uma vez que hoje há muita procura e pouca oferta de combustíveis renováveis.

O diretor técnico e operacional da Gol Linhas Áreas Inteligentes, Pedro Rodrigo Scorza, um dos palestrantes, revelou que 40% do custo operacional da companhia área é representado pelo combustível. “Por enquanto, a Gol só opera com combustível fóssil. Quando os preços aumentam, o total passa a ser agressivo. Portanto trabalhamos para que políticas públicas sejam federais e viabilizem o biocombustível”, declarou. A importância da adoção da nova fonte é o maior objetivo da companhia, afirmou. De acordo com ele, a vantagem não se dá apenas pelos valores, mas pela opção ambiental. “Poderemos optar por uma forma sustentável de o combustível chegar às asas de nossos aviões”, finalizou.

Também participaram do Painel “Biocombustíveis Sustentáveis para Aviação no Brasil” o vice-presidente da Boeing, Al Bryant e o diretor de colaboração em pesquisa e tecnologia da Boing no Brasil, AntoniniPuppin Macedo.

Fonte: www.agdi.rs.gov.br

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VISITAS TÉCNICAS:RENEX OFERECE VISITAS TÉCNICAS A PARQUE EÓLICO E PLANTA DE BIOMETANO

Um dia antes do lançamento do GNVerde, participantes da Renex realizaram visitação técnica à Planta Piloto de Biometano, em Montenegro, para conhecer o projeto. A iniciativa foi oferecida pelas empresas parceiras Ecocitrus, Naturovos e Sulgás. “Nos últimos anos, a Sulgás tem investido em ações para promoção de novas fontes de suprimento de gás natural no Estado, entre as quais algumas pesquisas para o aproveitamento de biogás”, lembra o diretor-presidente da Sulgás, Roberto Tejadas.

Os experimentos buscam a produção de um gás com alto teor de metano (acima de 96%), que atenda a especificação técnica exigida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O GNVerde, gerado a partir de dejetos de aves poedeiras e de resíduos agroindustriais, alcançou o índice de 98% de metano em sua composição química.

O crescimento mundial de energia eólica e o potencial eólico brasileiro (143 GW para ventos acima de 7m/s e altura de 50m) têm trazido grandes perspectivas para o setor. A energia eólica tem crescido de forma acelerada em todo o mundo, e a América Latina é considerada região promissora, onde o Brasil se coloca de forma privilegiada, tanto para a geração como para o desenvolvimento da cadeia produtiva industrial. A energia eólica também é um dos setores prioritários da Política Industrial lançada pelo governo gaúcho sob a coordenação da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI) via Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI).

Estudos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apontam um crescimento de 50% no consumo de eletricidade para os próximos 10 anos na Região Sul do país, que deve passar de 70.803 GWh em 2010 para 105.500 GWh até 2020. Segundo dados de relatório da AGDI, a energia eólica destaca-se como uma das opções mais importantes do ponto de vista ambiental, por sua competitividade em relação a outras fontes de energia, e o Estado oferece condições naturais para a sua viabilização e desenvolvimento da cadeia produtiva industrial.

Planta Piloto de Produção de Biometano

Energia eólica é destaque no Brasil e RS

O potencial eólico do Rio Grande do Sul, em terra firme, é de 15,8 GW. Hoje o Estado conta com 364 MW (2012) instalados em 11 parques eólicos e reúne condições para a instalação de novos parques. Como consequência, passa a ser também atrativo para o estabelecimento de empresas fabricantes de máquinas.

Durante a Renex South America, foi realizada uma visita técnica ao Parque Eólico de Osório, no Litoral Norte, o maior do Estado.

Crédito da foto: George Cereça

Crédito da foto: Marcel Streicher

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BUSINESSMATCHMAKINGUS$ 44 milhões de negócios

Paralelamente à Feira, ocorreu o Congresso Internacional Renex South America, no Centro de Eventos FIERGS. O evento debateu algumas das principais questões relativas ao momento do mercado de energias renováveis no Brasil, tanto na questão estrutural atual, quanto seus desafios e oportunidades. Temas como o potencial de energias renováveis, energia eólica, pequenas centrais elétricas e bioenergia foram discutidos. Licenciamento e gestão ambiental e autoprodução, consumo de energia e eficiência energética também estiveram na pauta do congresso.

Congresso InternacionalRenex

A rodada de negócios realizada durante a Renex contou com 25 empresas brasileiras e 18 internacionais, vindas de cinco países. Foram realizadas 136 reuniões de negócios nos dias 27 e 28 de novembro. “Tivemos um resultado muito bom, acima das expectativas o que nos dá a certeza de que esse é um tema que vai crescer muito em termos de negócio”, disse Kurt Ziegler, Coordenador do Centro Internacional de Negócios – CINRS, da FIERGS

As 43 empresas participantes das negociações projetaram uma expectativa de negócios de US$ 44 milhões para os próximos 12 meses em virtude dos contatos e oportunidades proporcionadas pelo evento.

EXPOSITORES DA FEIRA E APOIADORESEles apostaram na Renex 2013

Diversas empresas gaúchas do setor de energias renováveis estiveram presentes na Renex – Feira Internacional de Energias Renováveis. Entidades focadas em impulsionar a economia do Estado apoiaram e patrocinaram a primeira edição do evento em Porto Alegre e também na América do Sul. A capital gaúcha foi escolhida porque o crescimento mundial do setor de energias renováveis no mundo tem se rfletido no Rio Grande do Sul.

Algumas das empresas gaúchas participantes que apostaram no evento são a Ecossis (Porto Alegre), a Enerbio (Porto Alegre), Enerpro (Lajeado). Além dessas, a Fockink (Panambi), especializada no projeto, fabricação e montagem de equipamentos de controle, proteção e distribuição de processos industriais e agroindustriais, a Fratelli (Santa Rosa), voltada para a fabricação de peças seriadas, personalizadas e soluções para energia limpa, e a Intercâmbio Eletro Mecânico (IEM, de Porto Alegre), que oferece soluções para medições eólicas e solarimétricas.Por fim, a Napeia (Caxias do Sul), que presta serviços especializados de consultoria, auditoria, monitoramento e gerenciamento ambiental de obras;

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ELETROSULA CONSOLIDAÇÃO DOS POLOS EÓLICOS E OS ENTRAVES

EMBRAPA AGROENERGIAA LENHA ECOLOGICAMENTE CORRETA

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EVIS

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Ronaldo dos Santos Custódio

José Dilcio Rocha – Pesquisador da EMBRAPA

e Milton Gonçalves Filho – RGM Ambiental

Entusiasmado e otimista com a realização da Renex no Rio Grande do Sul, o diretor da Eletrosul, Ronaldo Custódio, salientou a importância do evento em Porto Alegre. Segundo ele, isso prova a consolidação do Estado como um polo importante na geração de energia sustentável. “Os polos de energia eólica, por exemplo, estão se espalhando, e isso torna o Estado uma ponte importante”, disse.

Entretanto, apesar do sucesso gaúcho na energia eólica, Custódio destacou também que ainda há entraves para que os projetos se desenvolvam com mais praticidade. De acordo com ele, a maior dificuldade para as instalações de parques eólicos é o licenciamento ambiental. “Cada vez que se começa um projeto, é necessário começar do zero. Acredito que isso poderia ser mais bem sistematizado, por exemplo, para que pudéssemos reaproveitar um projeto já existente, com os termos de referências que já temos prontos”, lamenta. Conforme o diretor, para obter o licenciamento, atualmente, o prazo fica em torno de dois anos, porque é preciso refazer toda a padronização a cada projeto.

Outra dificuldade, conforme Custódio, é a competição com o Nordeste. “Ainda é muito difícil, porque lá os estados conseguem mais condições de financiamento”, comenta. Para ele, seriam importantes políticas do governo federal que considerassem as diferenças regionais.

A pizza assada à lenha não é mais a mesma. Agora muitas delas são feitas em fornos que usam o briquete, um material produzido a partir da casca do arroz (biomassa) que substitui a tradicional lenha oriunda das árvores e o carvão vegetal. Esse projeto, já implementado no Rio Grande do Sul, é da Embrapa Agroenergia, que esteve presente na Renex e apresentou a prensa briquetadeira, o equipamento responsável pela produção do briquete.

De acordo com o pesquisador da instituição, José Dilcio Rocha, esse material pode ser usado em residências, em indústrias, em olarias, cerâmicas, fábricas de alimentos ou de produtos químicos, entre outros setores do mercado. “A importância é que, além de ser mais eficaz em relação ao tempo de queima, retira os resíduos do meio ambiente”, comenta Rocha.

O Rio Grande do Sul gera grande quantidade de resíduos e nem sempre eles são bem aproveitados, de acordo com informações da Embrapa. Dados indicam que o Estado é o principal produtor de resíduos de arroz, com mais de 60% do volume de produção brasileira. Em 2010, havia cerca de 600 mil toneladas de casca de arroz sem utilidade definida no Rio Grande do Sul, e esse número se amplia para um milhão de toneladas, se for considerado todo o Brasil. Estudo de 2012 mostrou que, no país, 14% das indústrias usaram essa matéria-prima na fabricação de briquetes e que, na mesma proporção (14%), outras indústrias do país utilizavam serragem e resíduos de madeira.

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BADESULINVESTIMENTOS PARA ENERGIA EÓLICA E BIOCOMBUSTÍVEIS

Marcelo de Carvalho LopesDiretor Presidente do BADESUL Desenvolvimento

Com R$ 155,7 milhões em financiamentos em energias renováveis, o Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul (Badesul) tem, em sua carteira, em torno de 10 projetos, de médio e grande porte, que incrementam a economia gaúcha. De acordo com o diretor-presidente da instituição, Marcelo de Carvalho Lopes, o desenvolvimento da produção e do uso das energias renováveis, em especial da energia eólica e dos biocombustíveis, é uma prioridade estratégica estabelecida pelo governo do Estado no âmbito da política industrial.

“A economia gaúcha precisa usar sua base industrial tradicional como alavanca para o desenvolvimento do que chamamos de nova economia rio-grandense, o que abrange o apoio a investimentos empresariais em setores como o de energias renováveis, de semicondutores, de saúde avançada, da indústria oceânica e polo naval”, comentou. Para ele, a realização da Renex em Porto Alegre serviu de estímulo a novos investimentos e usos das energias renováveis no Estado.

O apoio do banco aos projetos ocorre mediante o financiamento de investimentos, tanto na implantação de parques de geração ou produção de energia renovável, quanto na fabricação dos equipamentos, entre outros. Também atua como Agência de Fomento, no financiamento de longo prazo a investimentos em todos os demais setores da economia do Rio Grande do Sul, como apoio à modernização e ao aumento da produtividade da agropecuária e da indústria de transformação.

ENGENHOO RISCO DA PERDA DE CARGA

Leontina Pinto

Apesar do sucesso do Brasil no setor de energia renovável, o país não está livre de problemas que podem acarretar riscos, como a perda de carga. Sobre esse assunto, a diretora-executiva da Engenho, Leontina Pinto, apresentou o estudo realizado pela empresa, que conclui que a perda de carga por problemas em linhas de transmissão pode atingir 14,67 dias por ano em 2018. Hoje, esse problema afeta 1,84 dias ao ano. Entretanto, a expectativa de energia não suprida aumentará 5,3 vezes, passando de 682 MW médios para 3562 MW médios.

Dessa forma, em cinco anos, segundo a diretora, o índice que mede a probabilidade de perda de carga (LOLP) crescerá de 0,50% para 4,02%. “Não quero ser pessimista, mas isso é assustador”, comentou Leontina. De acordo com ela, esse aumento está diretamente relacionado à entrada em operação de novas linhas localizadas muitas vezes longe dos grandes centros de carga, em regiões remotas, como a Amazônia. Ela ressalta ainda que esses dados são referentes exclusivamente a problemas das linhas de transmissões, sem considerar possíveis falhas em subestações, que também ocorrem.

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LANÇAMENTO DA GNVERDE É SUCESSO NA RENEX SOUTH AMERICA

No último dia de evento o pavilhão da FIERGS foi cenário de comemoração. A Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul(Sulgás) lançou oficialmente o GNVerde, combustível alternativo e 100% renovável, que já está sendo testado em veículos e que em breve passará a ser testado também na indústria. Produzido a partir da transformação de resíduos orgânicos em um gás equivalente ao gás natural, o GNVerde será futuramente comercializado com exclusividade pela empresa. O GNVerde utiliza o mesmo kit gás que existe no mercado, portanto os veículos já equipados com o aparelho não precisarão fazer adaptações.

NOVOS CAMINHOSSegundo o professor Odorico Konrad da

UNIVATES, parceira no projeto, os holofotes estão agora no mercado do biogás. “O que é importante neste momento é pressionar o governo para que se tenha uma política mais clara para os recursos renováveis e incentivos”, comentou. Assim, segundo ele, o projeto sai da empresa e entra na questão legal. “Precisamos de energia. O mundo precisa de energia. É preciso conscientizar a indústria. Ela precisa ter esta visão da energia verde. A sustentabilidade depende do que é renovável, se não for, não é sustentabilidade”, defendeu Konrad.

Para o pró-reitor administrativo da UNIVATES, Oto Roberto, o projeto GNVerde dá uma visibilidade à universidade que investe muito nas questões ambientais. Tanto que já está em fase de implementação o parque tecnológico com ênfase nas energias renováveis naturais. “Será um setor de pesquisa, incubadora de empresas e fomento para novas tecnologias”, disse.

A importância no estadoO uso do gás natural no Rio Grande do Sul

iniciou em 2000, com a conclusão do gasoduto Bolívia-Brasil, quando a Sulgás começou a atender os primeiros clientes industriais na Região Metropolitana. Nos anos seguintes, o fornecimento foi ampliado para os segmentos veicular e comercial, até chegar às residências em 2005.

Segundo a Sulgás, o gás natural hoje é parte integrante fundamental na matriz energética do estado, abastecendo mais de 100 indústrias de diversos segmentos produtivos, 360 estabelecimentos comerciais, 81 postos de combustíveis e mais de 13 mil residências. A previsão é de alcançar 100 mil clientes em 2020, grande parte destes no segmento residencial. Atualmente, o segmento em mais franca expansão neste tipo de combustível é o residencial, que utiliza o gás natural em substituição ao GLP, à lenha, ao óleo combustível e à energia elétrica.

Professor Odorico Konrad e Pró-reitor administrativo

da Univates, Oto Roberto Moerschbächer.

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Nós, da Deutsche Messe estamos muito satisfeitos com essa primeira edição da Renex South no Brasil. Além da área de exposição, as atividades paralelas se mostraram muito qualificadas, com excelentes resultados nas rodadas de negócios e o intercâmbio de conhecimentos proporcionado pelas visitas técnicas à planta de biometano e ao parque eólico

*Crédito: Cátia Chagas – George Cereça – Marcel Streicher

RESULTADOS

A primeira edição da feira sul-americana de energias renováveis, que ocorreu de 27 a 29 de novembro, em Porto Alegre, encerrou com saldo positivo. Foram 3.250 visitantes, 46 empresas participantes de oito países, 580 congressistas e US$ 44 milhões em negócios para os próximos 12 meses.

“Avaliamos de forma muito positiva a primeira edição da Renex, que demonstrou ser um amplo fórum de debates e fonte de informações para discutir o que se projeta em termos de energias renováveis. O sul do Brasil foi escolhido por estar estrategicamente localizado para reunir empresas e empreendedores do setor de toda a América do Sul. Esse é um tema que não tem mais volta, é uma necessidade mundial”, afirmou Constantino Bäumle, diretor da Hannover Fairs Sulamérica.

Constantino Bãule

KRISTER SANDVOSS, diretor da Deutsche Messe, maior

promotora de feira do mundo, que promove as edições da

Renex na Alemanha e Turquia.

*Cré

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meio sustentável . Rio Grande do Sul

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O DIREITO A SERVIÇO DA SUSTENTABILIDADE

Rio de Janeiro - Brasil - +55 21 [email protected]

www.mmalegal.com.br

ÁREAS DO DIREITO ÁREAS DA INDÚSTRIA

ContenciosoArbitragemMediação

Empresarial

TributárioFinanceiro

FusõesAquisições

ContratosJoint

Ventures

AmbientalSaúde

Segurança

Óleo & gásRecursos Naturais

Energias Renováveis

Infraestrutura

TecnologiaComércioInternacional

MMA e seus parceiros estão presentes em 26 países e 43 capitais/cidades do mundo.

Mello, Miranda, Travassos & Buschmann Advogados

Internacionalização: MMA oferece advocacia empresarial especializada nainternacionalização de empresas brasileiras, com parcerias e atuação nos EUA,

Europa, América Latina, África, Dubai, China, Índia, Coreia, Hong Kong, Cingapura e mais 30 países e cidades.

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ano 01 . 2ª edição

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EVENTOS

SINDIEÓLICA ENCERRA ANO COM ÓTIMAS PERSPECTIVAS

Os ventos sopram a favor do desenvolvimento e da economia gaúcha. Foi esta a impressão geral do evento de final de ano promovido pelo Sindicato das Empresas de Energia Eólica do Rio Grande do Sul (Sindieólica), na manhã do dia 05/12/2013. Prefeitos do interior do Estado, representantes do Governo do Estado e sindicalistas reuniram-se na sede do Clube Veleiros do Sul, na Capital, para debater questões relativas ao promissor mercado de energias renováveis no RS.

15 parques eólicosSegundo o presidente do Sindieólica, Ricardo

Rosito, o Rio Grande do Sul já conta com 15 parques em operação, somando mais de 460 MW, e tem investimentos projetados de R$ 7 bilhões até 2017. “Hoje somos o quarto Estado do Brasil em potencial eólico instalado, além de corresponder ao segundo Produto Interno Bruto (PIB) estadual, só perdendo para o Polo Naval de Rio Grande”, destacou o sindicalista.

Aproveitando o bom momento, o Sindicato busca alternativas para incrementar ainda mais o setor, “Mesmo possuindo a energia mais barata do mundo, graças à abundância de recursos naturais, o Brasil ainda é o quarto colocado em preço final ao consumidor. É preciso mudar isso”, comparou Rosito. Atuando como interlocutor entre empresas, proprietários de terrenos, prefeituras e órgãos licenciadores, o Sindieólica cumpre o importante papel de incentivar e defender os interesses do setor em sintonia com a sociedade e o meio ambiente.

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meio sustentável . Rio Grande do Sul

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O Sindieólica

Durante o encontro, a recente participação recorde do Rio Grande do Sul no leilão de energia A-3 também foi motivo de comemoração. No maior volume contratado do leilão, o Estado respondeu por 37,64% das contratações, equivalentes a 19 parques de geração eólica, com um total de 326,6 MW comercializados.

Os investimentos na exploração da chamada energia limpa são altos e devem permanecer em expansão. De acordo com o diretor de Infraestrutura e Energias da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), Marco Franceschi, a disposição da infraestrutura do Estado viabiliza a utilização de todo esse potencial, o que facilita a instalação de novos parques eólicos. “No Sul do Brasil, as empresas CEEE e Eletrosul estão com importantes investimentos e devem dar ótimo retorno dentro de pouco tempo”, relatou o executivo.

“Além de ser facilitador, o Sindicato é um estruturador de mercado. Estamos lidando com fazendeiros que herdaram terras de quatro, cinco gerações atrás, e a nossa meta é ficar com eles ainda por um bom tempo”, projetou o diretor do Sindieólica, Guilherme Sari. Ele ressaltou que o Sindicato está sempre à disposição para conversas, reuniões e palestras, “de forma a apoiar projetos vencedores e confiáveis, que sejam renováveis por 20, 30 anos. O mercado é competitivo e já sabemos quais empresas são idôneas e responsáveis”.

Leilão 18 de Novembro

Confraternização do Sindieólica, Dezembro/2013

Crédito foto: Fernando Halal

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ano 01 . 2ª edição

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Visita do governador, Tarso Genro e

autoridades, às obras do Tecnovates,

realizada em 24/10/2013Crédito foto: Tuane Eggers

Discurso do Governador Tarso Genro no

local da obras da Tecnovates, outubro/2013

Crédito foto: Tuane Eggers

Reunião da Câmara Temática do Meio Ambiente

e Sustentabilidade, no dia 22/10/2013

Crédito foto: Aline Rimolo – Divulgação PMPA

EVENTOS

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meio sustentável . Rio Grande do Sul

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Empresários e autoridades Coreanas,

Kotra/RJ – Outubro/2013

Univates/IP&M na Kotra/RJ

Apresentação do Projeto CER para

empresas Coreanas, Kotra/2013

Participantes do Forum de Aliança

Tecnológica, Brasil – Coréia do Sul,

em outubro/2013, RJ.

Revista Meio Sustentável e BRDE

na RENEX 2013.

Feira Internacional de Energias Renováveis, Porto Alegre, RS, durante os dias 27 a 29 de novembro de 2013.

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ano 01 . 2ª edição

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RENEX: Feira Internacional de Energia

Renovável, na FIERGS, novembro/2013.Visitantes na Feira Internacional de Energias

Renováveis, na FIERGS, novembro/2013

Crédito foto: Marcel Streicher

Estante da Sulgás, novembro/2013, RENEX.

Crédito foto: Marcel Streicher

Eletrosul e IP&M na Feira Internacional de

Energias Renováveis, FIERGS, Nov/2013.

CIENTEC e Revista Meio Sustentável, na Feira

Internacional de Energias Renováveis na

FIERGS, novembro/2013 - Crédito foto: Ana Mello

Page 36: REVISTA MEIO SUSTENTÁVEL - 2ª EDIÇÃO

meio sustentável . Rio Grande do Sul

36

26a 28 Novembro 2014Porto Alegre ▪ Brasil

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RENEX 2014A RENEX vai reunir todos os segmentos de energiasrenováveis em um só local. Empresas que apostamna sustentabilidade como pilar para um mercadomais competitivo.

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