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REVISTA Nº 1 de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil Em Madri, III Congresso Internacional debate “Participação, Democracia e Cidadania na perspectiva do Direito Iberoamericano” UFMG, FUMEC e Dom Helder Câmara recebem o XXIV Congresso Nacional do CONPEDI Professor Doutor, seja um avaliador: cadastre-se no CNIAC Em Madri, III Congresso Internacional debate “Participação, Democracia e Cidadania na perspectiva do Direito Iberoamericano” UFMG, FUMEC e Dom Helder Câmara recebem o XXIV Congresso Nacional do CONPEDI Professor Doutor, seja um avaliador: cadastre-se no CNIAC

REVISTA Nº 1 - Conselho Nacional de Pesquisa e Pós ... · acadêmico a fim de acomodar as novas demandas, assegurando a elevação da qualidade do ensino. ... » Cai o Muro de Berlim

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REVISTA Nº 1

de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil

de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil

Em Madri, III Congresso Internacional debate “Participação, Democracia e Cidadania na perspectiva do Direito Iberoamericano”

UFMG, FUMEC e Dom Helder Câmara recebem o

XXIV Congresso Nacional do CONPEDI

Professor Doutor, seja um avaliador:

cadastre-se no CNIAC

Em Madri, III Congresso Internacional debate “Participação, Democracia e Cidadania na perspectiva do Direito Iberoamericano”

UFMG, FUMEC e Dom Helder Câmara recebem o

XXIV Congresso Nacional do CONPEDI

Professor Doutor, seja um avaliador:

cadastre-se no CNIAC

O CNIAC é o maior sistema de avaliação de trabalhos científicos na área da educação em Direito no Brasil.

Venha fazer parte deste seleto grupo de pesquisadores.

Para o XXIV Congresso do CONPEDI, participaram 800 professores doutores que realizaram mais de 5000 mil avaliações neste processo.

Envie um e-mail para [email protected] e solicite sua inscrição!

* O cadastro é restrito para Professores com titulação de Doutor

Qualificação curricular e desempenho profissional

Declaração de Avaliação para cada artigo ou pôster avaliado

Inserção no lattes e na Plataforma Sucupira como atividade técnica (elaboração de parecer)

Contribuição com pontos para o seu Programa de Pós-Graduação

Pré requisito e possibilidade de coordenar grupos de trabalho nos eventos do CONPEDI

Faça parte você também.

Há 25 anos, o CONPEDI é o espaço de

reflexão e encontro dos coordena-

dores dos programas de mestrado e

doutorado em Direito do país. Mas estes

contornos desenhados em 1989 mudaram

significativamente nestas duas décadas e

meia de existência.

Para além de atender à latente demanda

de promover o intercâmbio e a construção

de propostas para a Educação, o CONPEDI

transformou-se em um centro fundamental

da rede de pesquisa jurídica. A amplitu-

de dos temas e o número de artigos que

ganham visibilidade a partir dos eventos

nacionais – e, mais recentemente, interna-

cionais – fazem do CONPEDI um polo de

divulgação da pesquisa jurídica brasileira.

Mais de dez mil artigos com os mais varia-

dos temas e enfoques ganharam projeção,

num esforço que envolve docentes de todo

o país em contribuição coletiva para a de-

mocratização do conhecimento de uma

forma inédita no Brasil.

Nossos encontros e congressos transfor-

maram-se nos mais expressivos eventos de

caráter científico da área jurídica no Brasil,

projetando a produção brasileira em Direito

“Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos.

Sem memória não existimos, sem responsabilidade talvez

não mereçamos existir.”

José Saramago

também para a Europa, América do Norte,

Central e Sul.

A consolidação destes objetivos não en-

cerra a jornada, apenas projeta caminhos

novos e ainda mais desafiadores.

Com esta publicação, desejamos visibi-

lizar e dividir as vitórias acumuladas ao

longo da nossa história com os idealiza-

dores do CONPEDI, pesquisadores, asso-

ciados, apoiadores e toda a comunidade

jurídica que se uniu nos últimos anos em

torno do grande projeto de valorização

da pesquisa em Direito.

Esta edição comemorativa inaugura a Re-

vista do CONPEDI. Pretendemos publicá-la

semestralmente com a intenção de que se

torne mais um canal de disseminação das

ações da Pós-Graduação em Direito e de

projeção dos Programas e das Pesquisas.

A fim de que ela seja um instrumento efe-

tivo para a troca de ideias, a participação

dos associados será sempre valorizada.

Um exemplo é o concurso para escolha do

nome da publicação (veja na página 48).

Boa leitura!

25 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil 3

EDITORIAL

[ HISTÓRIA ]

06CONPEDI: há 25 anos projetando a pesquisa jurídica para o avanço

socioambiental do Brasil

[ LINHA DO TEMPO ]

18Linha do tempo do CONPEDI

Linha do tempo do Ensino em Direito no Brasil

[ DESAfIOS ]

30Democratizando a publicação da

produção em Direito

Respondendo ao desafio de internacionalizar a produção

jurídica do Brasil

[ CONGRESSO ]

38XXIV Congresso Belo Horizonte

[ INTERNACIONALIZAÇÃO ]

36Opiniões sobre a

internacionalização da pesquisa jurídica brasileira

[ CONCURSO CULTURAL ]

48Escolha o nome da

Revista do CONPEDI

[ INTERNACIONALIZAÇÃO ]

34III Encontro de

Internacionalização

Madrid

ÍNDICE

Era o final da “década perdida”, expressão as-

sim cunhada pela história da economia latino

-americana. Mas os 80 também foram anos

marcados pelos paradoxos. Assim, se por um lado

o Brasil vivia a ressaca do “milagre econômico”, por

outro experimentava a efervescência política. Na

esteira da mobilização popular em torno da bandei-

ra pelas eleições diretas, pelo fim do regime militar

e pelo processo constituinte, a volta da democracia

trouxe a reorganização do movimento social.

A todas as áreas do conhecimento cabiam enfrentar

o desafio de responder ao novo conjunto legal e es-

truturar-se de maneira a consolidar a Constituição de

1988. Como desdobramento desta conjuntura, ha-

via a urgente necessidade de adequação do sistema

acadêmico a fim de acomodar as novas demandas,

assegurando a elevação da qualidade do ensino.

CONPEDI: há 25 anos projetando a pesquisa jurídica para o avanço socioambiental do Brasil

Sob o fértil terreno dos anos pós-ditadura, quando movimentos

políticos e sociais puderam fazer florescer a reconstrução da

democracia no Brasil, surge o Conselho Nacional de Pesquisa e

Pós Graduação em Direito – o CONPEDI

Edição comemorativa da Revista Sequência (1993) pelos 20 anos do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFSC trazia na capa foto com alguns dos idealizadores do CONPEDI.

Revista do CONPEDI6

História

No Direito, urgia que os cur-

sos tivessem ampliadas as suas

linhas de pesquisa, até então

restritas às da graduação, e que

fossem estabelecidas políticas

para nortear os poucos progra-

mas mantidos pelas universida-

des. Carecia ainda corresponder

aos pressupostos do marco legal

da pós-graduação editado pelo

Ministério da Educação ainda

em 1965: o Parecer Sucupira,

que formatou e institucionalizou

a pós-graduação brasileira nos

moldes atuais e passou a exigir

a formação de doutores e pós-

doutores para o exercício da do-

cência nos cursos existentes. À

época, havia cinco Doutorados e

dezessete Mestrados estabeleci-

dos no país.

Fonte: CAPES

Pós-Graduação no Brasil no final da década de 80

INSTITUIÇÃO CURSO

ANOS 1987 / 1988 / 1989

Mestrado Doutorado

PUC/RJ CIÊNCIAS JURÍDICAS B -

PUC/SP DIREITO B B

UEL DIREITO D -

UERJ DIREITO - -

UFBA DIREITO D -

UFC DIREITO (DIREITO DO DESENVOLVIMENTO) B -

UFG DIREITO AGRÁRIO SC -

UFMG DIREITO B B

UFPA DIREITO (DIREITO PÚBLICO) C -

UFPE DIREITO B -

UFPR DIREITO C -

UFRGS DIREITO B -

UFRJ CIÊNCIAS JURÍDICAS D D

UFSC DIREITO A A

UGF DIREITO B -

UNAERP DIREITO E -

UNB DIREITO D -

USP DIREITO B+ B+

“Na escala crescente, “A” indica os cursos mais consolidados e “E” os que não preenchiam os requisitos mínimos. SC = Sem conceito”.

Diversas áreas das ciências so-

ciais aplicadas, a exemplo da

Filosofia, Economia e Pedago-

gia, já dispunham de organiza-

ções em torno da quais tinham

a oportunidade de promover os

debates estruturais requeridos

pelo ambiente político. Muitas

delas já enfrentavam os temas

mais pungentes do cenário na-

cional, a exemplo da Associação

Nacional de Pós-Graduação e

Pesquisa em Ciências Sociais

(ANPOCS), que no início dos

anos 80 mantivera por um perí-

odo um Grupo de Trabalho inti-

tulado “Direito e Sociedade”.

O processo pós-constituinte havia

despertado intensos movimentos

em torno de ordenamentos ju-

rídicos capazes de dar conta das

necessidades do país sob uma

perspectiva democrática após

duas décadas de regime militar.

Descortinava-se uma diversidade

de temáticas no campo do Direi-

to, a exemplo das relacionadas

aos Direitos Humanos. Era preciso

transpor os paradigmas dogmáti-

cos e construir programas de pós-

graduação que dialogassem com

os novos contornos da vida políti-

ca nacional, projetando o estudo

jurídico para além dos seus limites

corporativos.

25 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil 7

Sob estas perspectivas, um grupo

visionário formado por docentes e

discentes da pós-graduação cons-

tituiu um núcleo informal para de-

bater a formação e a valorização

da produção acadêmica na área

do Direito. Reunidos em uma sala

do Palácio Gustavo Capanema,

no Rio de Janeiro, professores uni-

Brasileiro, evento promovido pela

Universidade Federal do Rio Gran-

de do Sul (UFRGS). O encontro

reuniu próceres do ensino jurídico

que tiveram o privilégio de assinar

a ata de fundação do CONPEDI

em 17 de outubro de 1989.

versitários de diferentes regiões

do país traçaram os contornos de

uma instituição capaz de refletir

e intervir sobre estes desafios.

Naquele espaço, decidiu-se por

formalizar o Conselho Nacional

de Pesquisa e Pós-Graduação –

CONPEDI – durante as VII Jorna-

das de Direito Comparado Franco

Revista do CONPEDI8

História

Alguns fatos que marcaram o ano no Brasil e no Mundo, seus desdobramentos jurídicos e políticos:

» Criada a capital do último Estado constituído no

território nacional. Palmas, no Tocantins, foi institu-

ída no ano seguinte à criação do mais jovem Estado

brasileiro pela Constituição de 1988, em maio. É a

última cidade do século XX completamente plane-

jada. De lá para cá a população palmense triplicou,

chegando a 265 409 habitantes, estima o Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística.

» Na China, a juventude foi às ruas para protestar

por reformas políticas e contra a recém-decretada

Lei Marcial e o governo chinês reagiu enviando

o exército para reprimir as manifestações. Com a

imprensa internacional impedida de cobrir ade-

quadamente o conflito, o mundo nunca soube ao

certo o real impacto do confronto e o número de

mortos diverge. Uns falam em três mil, outros em

800. As mães da Praça da Paz Celestial listaram

nome e sobrenome de 205 mortos. A imagem de

um anônimo enfrentando uma fileira de tanques de

guerra na Praça da Paz Celestial (Tian'anmen, para

os chineses) no dia 04 de junho correu o mundo e

virou uma das mais marcantes do século XX.

» O naufrágio da embarcação Bateau Mouche no

Reveillon de 88 para 89, sob suspeita de super-

lotação. A tragédia matou 55 dos cerca de 150

tripulantes, entre atores, jornalistas e turistas es-

trangeiros que se dispuseram a pagar U$ 200,00

pelo passeio em alto mar. Múltiplas ações judiciais

foram impetradas contra as empresa proprietária

do barco, a agência de Turismo e a União, já que

Marinha também foi acusada pelo episódio. Em-

bora condenados em 1993, os donos da embar-

cação fugiram do país em 1994 e nunca foram

presos. Coube à União arcar com a maioria das

indenizações por danos materiais concedidas às

famílias das vítimas. O valor global alcançou em

torno de R$ 100 milhões. 25 anos depois, ainda

há famílias aguardando a indenização.

» Em janeiro, começava a vigorar o Cruzado Novo,

unidade de sistema monetário instituído pelo

Conselho Monetário Nacional. Cada Cruzado

Novo (NCz$) correspondia a um mil cruzados.

A moeda foi a sétima – no Brasil Colônia, cir-

culavam pelo território brasileiro moedas portu-

guesas e espanholas. Depois do Cruzado Novo,

vieram ainda o Cruzeiro e o Cruzeiro Real antes

da moeda atual, o Real.

Acontecia em 1989

25 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil 9

» Um dos mais expressivos roqueiros do Brasil, o

baiano Raul Seixas, morreu em 21 de agosto de

1989 aos 44 anos em decorrência de uma pancre-

atite aguda. Em 26 anos de carreira, o cantor lan-

çou 21 discos e até hoje influencia fãs e a música

brasileira. Foi precursor na mistura do rock’n roll

com ritmos nacionais, escreveu letras eternizadas

pela cultura popular e interpretou notavelmente

ídolos como Elvis Presley. Um Projeto de Lei no Se-

nado discute instituir o dia nacional do rock em 28

de junho, data de nascimento do Maluco Beleza.

A proposição aguarda inclusão na pauta para vo-

tação desde 2008.

» Cai o Muro de Berlim após 28 de divisão territo-

rial da capital alemã entre ocidental, capitalista;

e oriental, comunista. Símbolo da guerra fria,

o muro de mais de 150 quilômetros foi cons-

truído durante a ocupação pelas forças aliadas

após a segunda grande guerra e materializou o

confronto ideológico entre os países capitalistas

encabeçados pelos Estados Unidos e a República

Democrática Alemã (RDA), respaldada pela União

Soviética. Nos anos oitenta, as relações dos paí-

ses se abrandaram e, aos poucos, os habitantes

do lado oriental tiveram o trânsito facilitado para

o restante do continente, até que o muro foi fi-

nalmente derrubado em 9 de novembro de 1989.

» Acontecia no Brasil a primeira eleição direta pós-

ditadura militar. A campanha eleitoral polarizou

entre Fernando Collor e Lula, marcada por pesados

ataques. A disputa foi para o segundo turno e os

brasileiros elegeram Collor em um resultado aperta-

do. O primeiro presidente civil a ser eleito pelo voto

direto após mais de duas décadas do golpe militar

sofreria impeachment três anos depois.

Acontecia em 1989

» O Vasco da Gama alcançou seu segundo título no

Campeonato Brasileiro, mas um fato controver-

so marcou a participação do Coritiba na disputa

naquele ano. O campeonato havia criado um

"torneio da morte" entre os 6 últimos colocados

da primeira fase, de onde 4 sairiam rebaixados. A

intenção era reduzir o número de clubes na série

A para vinte no ano seguinte. Na última rodada da

primeira fase, o Coritiba conseguiu liminar na Jus-

tiça para que seu jogo contra o Santos ocorresse

no domingo, como os demais, e não no sábado.

A CBF cassou a liminar, mas a informação teria

chegado à Federação Paranaense de Futebol após

o horário de expediente na sexta-feira anterior ao

jogo. O Coritiba não compareceu ao estádio no

horário e por isso foi punido pelo Tribunal de Jus-

tiça Desportiva da CBF com a derrota e eliminação

sumária do campeonato, ficando automaticamen-

te rebaixado para a Série B.

Revista do CONPEDI10

História

Nos primeiros anos, o CONPEDI

atuou como espaço de reflexão

entre os docentes e coordenado-

res de cursos acerca dos progra-

mas de mestrado e doutorado

em vigência. À época, as comuni-

cações entre os Programas eram

muito precárias e era fundamental

oportunizar um canal de ligação

entre os cursos de pós-graduação

para permitir a possibilidade de

futuras redes de pesquisa.

Reformular a pós-graduação em

Direito no Brasil, conforme as prer-

rogativas que levaram à criação do

CONPEDI, também dependia de se

estabelecer diálogo com o Minis-

tério da Educação, mais especifi-

camente com o setor responsável

pelo reconhecimento e avaliação

dos programas stricto-sensu em

âmbito nacional: a Comissão de

Aperfeiçoamento de Pessoal do Ní-

vel Superior (CAPES). A intenção era

fomentar a discussão sobre a ne-

cessária padronização dos critérios

de avaliação dos cursos de maneira

a uniformizar e elevar o nível geral

do ensino e da pesquisa. Assim, a

organização dedicou-se desde o

princípio a debater os entraves da

avaliação dos programas junto à re-

presentação do Direito no Conselho

Técnico-Científico da CAPES.

O primeiro evento de caráter cien-

tífico realizado pelo CONPEDI, em

1992, fez parte das comemorações

do centenário da Universidade Fe-

deral de Minas Gerais. Na progra-

mação, debates e palestras que

ampliaram e aprofundaram os

temas concernentes à pós-gra-

duação, formato que se manteve

nos Encontros Nacionais que se

seguiram até o final dos anos 90.

Em 1995, durante o IV Encontro

Nacional, ocorreu a primeira mu-

dança estatutária da instituição,

a fim de acomodar alterações pro-

postas pelos Grupos de Trabalho.

Foi também durante o IV Encontro,

novamente realizado em Belo Ho-

rizonte, que os associados em as-

sembleia escolheram por unanimi-

dade o nome de Clóvis Veríssimo

do Couto e Silva como Patrono,

em homenagem a um dos prota-

gonistas da criação da instituição,

falecido três anos antes.

O PAtrOnO

O evento que oportunizou a cria-

ção do CONPEDI, em 17 de outubro

de 1989, tinha à sua frente um nome

que viria a se tornar um dos princi-

pais articuladores da organização em

torno da pós-graduação em Direito

no país: o professor gaúcho Clóvis

Veríssimo do Couto e Silva.

Um dos idealizadores do Mes-

trado de Direito da UFRGS, profes-

sor convidado em universidades da

Europa, América Latina e Estados

Unidos, Couto e Silva também foi

membro da Comissão de Elabora-

ção e Revisão do Código Civil pelo

Ministério da Justiça, integrou o

Conselho Federal de Educação e a

Academia Brasileira de Letras Jurídi-

cas. Entusiasta da construção de um

espaço institucional para avaliação

da produção jurídica e da projeção

do pensamento da academia para a

sociedade, Clóvis Veríssimo do Cou-

to e Silva fez parte do grupo fun-

dador do CONPEDI, ao lado do pri-

meiro presidente, professor mineiro

José Alfredo de Oliveira Baracho.

Couto e Silva faleceu em 21 de

maio de 1992, vítima de um mal

súbito enquanto encerrava a Aula

Magna do Curso de Mestrado em

Direito na Universidade Gama Fi-

lho. Em 1994, durante o III Encon-

tro Nacional realizado na mesma

universidade, no Rio de Janeiro, a

Assembleia Geral do CONPEDI de-

cidiu por unanimidade aprovar o

nome de Clóvis Veríssimo do Couto

e Silva como patrono da instituição.

Em sua homenagem, também foi

criada a Medalha do Mérito Ensino

e Pesquisa Jurídica Clóvis Veríssimo

do Couto e Silva, concedida anual-

mente a professores, pesquisadores,

juristas e personalidades com desta-

que no Brasil e em outros países.

25 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil 11

A partir dos anos 2000, iniciou-

se uma nova e importante fase.

O fortalecimento dos Grupos de

Trabalho atribuiu nova dinâmica

aos Encontros Nacionais, oportu-

nizando a apresentação do resul-

tado das pesquisas por professo-

res e estudantes. Passaram a ser

admitidas associações individuais.

Assim, além das instituições, os

próprios pesquisadores puderam

integrar o CONPEDI. O X Encontro

Nacional realizado em Florianópo-

lis (2001) inaugurou novo forma-

to dos eventos científicos que se

consolidaria a partir de então. O

primeiro título de sócio honorário

foi concedido ao professor José

Alfredo de Oliveira Baracho, ex

-presidente que liderou as gestões

iniciais da instituição.

Em 2002, o CONPEDI marcou

posição diante da comunidade

acadêmica ao manifestar-se con-

trário ao Parecer CES/CNE 146,

que versava sobre as Diretrizes

Curriculares dos cursos de gradu-

ação em Direito. Os associados

assinaram manifesto de repúdio,

denunciando contraste da me-

dida com a Portaria 1886/1994,

que havia significado importante

avanço para a qualidade dos cur-

sos de graduação e pós-gradu-

ação no Brasil. “Por sua gênese

e conteúdo (o parecer) constitui

um evidente retrocesso aos es-

forços da área de Direito para a

melhoria do Ensino”, declarou

manifesto do CONPEDI. Com

efeito, no ano seguinte, a medi-

da foi revogada.

Dois importantes fatos do pon-

to de vista político marcaram a

história da instituição em 2003.

Um deles foi a designação do

Professor Luiz Edson Fachin para

representar a área do Direito no

Conselho Técnico-Científico da

CAPES por indicação do CONPE-

DI, uma meta institucional que le-

vou dez anos para ser alcançada.

O outro foi o acordo de Coopera-

ção estabelecido com o Conselho

da Justiça Federal para pesquisa,

ensino e publicações com ênfase

na administração e política dos

serviços judiciários federais.

Jurista Luiz Edson Fachin, atual ministro do Supremo Tribunal

Federal (STF), foi indicado para representar a área do Direito no

Conselho Técnico-Científico da CAPES em 2003.

Revista do CONPEDI12

História

A partir de 2004, o caráter asso-

ciativo, com foco único no diálogo

entre os programas de Mestrado e

Doutorado, foi definitivamente su-

perado. A instituição dedicou-se a

cumprir o propósito de estender a

ação política para além dos limites

institucionais. Em mais um posi-

cionamento político, os coordena-

dores dos programas integrantes

do CONPEDI assinaram nota de

repúdio à aprovação do projeto de

emenda constitucional para recria-

ção de entre cinco mil e oito mil

cargos de Vereadores nas Câmaras

Municipais. A manifestação sinto-

nizava com decisão tomada pelo

Tribunal Superior Eleitoral à época

e explicitava o esforço da institui-

ção em posicionar-se acerca os

temas de interesse social e político

em debate no país.

Desde os primórdios, a secreta-

ria do CONPEDI esteve ligada à

UFSC, mas a partir de 2004, a

sede institucional se estabeleceu

oficialmente em Florianópolis. Foi

também o ano da criação do sítio

www.conpedi.org.br. Os avan-

ços foram viabilizados através de

convênio com a Fundação José

Arthur Boiteux (FUNJAB), institui-

ção de apoio ao Ensino, Pesquisa

e Extensão na área do Direito, li-

gada à UFSC.

Os encontros nacionais conhe-

ceram um novo patamar quan-

titativo a partir de 2007. Com a

divisão dos grupos de trabalho

em conformidade com as linhas

de pesquisa do CNPQ, houve a

mais impressionante elevação da

participação de pesquisadores. Os

eventos, que até então expunham

entre 200 e 300 trabalhos, pas-

saram a receber mais de dois mil,

cifra que só cresceu desde então.

Criado em 2004, site do CONPEDI

ganhou recentemente layout aprimorado.

25 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil 13

HIsTóRIA

O número de associados institu-

cionais e individuais ultrapassou a

casa dos mil. Naquele mesmo ano,

o ensino do Direito completava

180 anos no Brasil e o CONPEDI

uniu-se à Associação Brasileira de

Ensino do Direito – ABEDI para

realizar um grande evento come-

morativo em Porto Alegre.

Uma fase de intensa expressão

institucional foi inaugurada a

partir de 2008. Em 2009, o co-

letivo de associados formalizou

documento indicando diretrizes

para orientar estratégias e ações

em prol da construção de uma

política democrática e legítima de

constante evolução da qualidade

da pós-graduação em Direito. As

ponderações foram listadas na

“Carta de Maringá”, dirigida à co-

munidade jurídica e aprovada du-

rante o XVIII Encontro Nacional.

Em doze destaques, a Carta trata-

va de temas estratégicos, como o

financiamento dos programas, a

revalidação de títulos no Brasil e

a defesa da criação de um inde-

xador próprio para a grande área

de ciências sociais aplicadas e/ou

área de Direito.

Documento propositivo, “Carta de Maringá” indica diretrizes para orientar estratégias e ações

pela evolução da pós-graduação em Direito numa perspectiva democrática (2009).

Revista do CONPEDI14

História

Ainda no mesmo ano, a Carta de

São Paulo aprofundou as críticas

e sugestões dirigidas à políti-

ca de pós-graduação, em novo

documento aprovado durante

o XVIII Congresso Nacional. A

Carta versava sobre o preocu-

pante crescimento do acesso a

programas de pós-graduação

estrangeiros, reivindicava assen-

to permanente junto ao CTC da

CAPES e requeria ao CNPq me-

lhores condições de pesquisa,

dentre outros apontamentos.

A partir de 2010, o CONPEDI

aprimorou o foco na publicação

da produção científica e ampliou a

difusão de informações dirigidas à

comunidade jurídica. Nasce a Re-

vista de Direito Brasileira - RDB, ou

Brazilian Journal of Law, periódico

em versões impressa e digital que

traz doutrinários inéditos nacio-

nais e estrangeiros. De 2011 até

2014, foram sete edições e 111

textos publicados através da revis-

ta. Paralelamente ao XX Congres-

so Nacional, em Vitória, acontece

em 2011 o I Encontro Euro-Ame-

ricano de Pesquisa e Pós-Gradua-

ção em Direito, oportunizando vi-

sibilidade a linhas de investigação

dedicadas a temáticas demanda-

das a partir do crescente processo

de globalização.

O IndexaDireito, sistema online

que permite aos autores a publi-

cação de seus próprios trabalhos

e a busca de artigos de interesse,

foi lançado em 2012. No mesmo

ano, o XXI Encontro Nacional,

realizado em Uberlândia (MG),

aprova manifesto e abaixo-as-

sinado pela inclusão da área de

Direito no programa Ciência Sem

Fronteiras do CNPq/MCT.

Em 2013, o Instituto de Pesquisa

Econômica Aplicada – IPEA – lan-

çou, em parceria com o CONPEDI,

a publicação “Direito e Desenvol-

vimento no Brasil do século XXI”.

A parceria é parte do projeto

“Desenvolvimento nas ciências

sociais: o estado das artes”, que

oportunizou a entidades nacionais

de pós-graduação selecionadas

através de edital abordar temas

e desafios a serem enfrentados

pelo país em meio às profundas

mudanças em seu ritmo e modo

de desenvolvimento. Coube ao

CONPEDI registrar as contribuições

da área do direito. No mesmo ano,

o CONPEDI também se uniu à As-

sociação Juízes para a Democracia

- AJD - para promover Concurso

de Ensaios sobre o tema “Juízes/

judiciário e ditadura(s) no Brasil”. A

secretaria, que dá suporte estrutu-

ral à instituição, passou a funcionar

em uma sala no Centro de Ciências

Jurídicas da UFSC e intensificou a

divulgação de informes de interes-

se para docentes, pesquisadores e

instituições a partir do seu site.

Através da Revista de Direito Brasileira (RDB), lançada em 2010, CONPEDI abre espaço para a publicação impressa

de produções científicas e doutrinários inéditos em Direito.

25 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil 15

Em um novo salto institucional,

o CONPEDI realizou seu primei-

ro congresso internacional em

2014 na Espanha, em parceria

com a Faculdade de Direito da

Universidade de Barcelona. Sob o

tema “Atores do desenvolvimento

econômico, político e social dian-

te do Direito do século XXI”, o I

Encontro de Internacionalização

do CONPEDI apresentou 265 ar-

tigos divididos em 18 temáticas,

tornando visível, assim, a pesquisa

HIsTóRIA

jurídica nacional para além dos li-

mites geográficos do próprio país.

Com a iniciativa, o CONPEDI inau-

gurou um novo capítulo da sua

história, permitindo a criação de

redes entre programas nacionais

e internacionais em busca da con-

sagração da Pós-graduação em

Direito do Brasil.

Ao completar 25 anos de exis-

tência, o CONPEDI abriga sua

estrutura funcional em espaço

físico cedido pela UFSC próximo

à universidade (Rua Desembar-

gador Vitor Lima, 260, sala 508

- Bairro Trindade - Florianópolis).

Contabiliza 4.224 associados, to-

dos pesquisadores, docentes e

discentes da pós-graduação em

algum dos 88 programas e cursos

credenciados pela CAPES no país.

Seu XXIII Congresso Nacional, em

novembro de 2014, reuniu 2.200

inscritos na Universidade Federal

da Paraíba (UFPB).

Em 1981, o governo João Figueire-

do realizava a abertura política “lenta e

gradual”, o que contrariava os militares

extremistas que não queriam o fim

do regime. Na tentativa de incriminar

movimentos de esquerda contrários ao

governo repressor e justificar o endure-

cimento do regime, os defensores da

linha dura promoviam ataques terroris-

tas em todo o país. Há registros de pelo

menos 27 ataques a bomba em bancas

de jornal, escolas, livrarias, sedes de

veículos de imprensa e outros estabe-

lecimentos no país entre 1980 e 1981.

O atentado ao Riocentro figurou

na história como o golpe fatal no ne-

buloso período antidemocrático que

o Brasil viveu durante 21 anos, entre

1964 e 1985. Os extremistas planeja-

vam explodir quatro bombas durante

um show em homenagem ao Dia do

Trabalhador no centro do Rio de Janei-

ro. Se o plano tivesse êxito, a ação teria

sido o maior atentado terrorista urbano

da história do Brasil. No entanto, uma

das bombas explodiu no colo de um

dos militares, dentro do próprio carro.

As imagens do militar morto dentro

do seu Puma ganharam repercussão

mundo afora, apesar das tentativas de

distorção e abafamento do caso na im-

prensa local. Diante das incontestáveis

evidências sobre o fato, a sociedade co-

meçou a exigir o fim da ditadura militar.

À época, a OAB debatia a reforma

do Ensino Jurídico no Brasil e sob este

pretexto obteve audiência com o Minis-

tro da Educação, em Brasília. A institui-

ção teria encontrado, neste espaço, a

oportunidade para levar ao governo a

reivindicação da comunidade jurídica

pela restauração do Estado de Direito.

“Era preciso dialogar com o governo so-

bre os absurdos que estavam ocorrendo

e a rediscussão do currículo jurídico foi

o pretexto para o encontro com o Mi-

nistro da Educação. Ele concordou com

a pauta e, no meio da reunião, abriu-se

o diálogo. Esta reunião foi a chave de

abertura da porta da ditadura”, conta o

professor Aurélio Wander Bastos, autor

dos livros “A ordem dos advogados e o

Estado Democrático de Direito” (Lumen

Juris, 2009) e o Ensino Jurídico no Brasil

(2000), integrante do CONPEDI.

O ensino em direito fazendo história

Revista do CONPEDI16

História

1995 IV Encontro Nacional - Belo Horizonte

Clóvis Veríssimo de Couto e Silva -

escolhido patrono da entidade por seu

apoio à instituição do Conpedi em 1989

2002 XI Encontro Nacional - São Paulo

José Alfredo de Oliveira Baracho - 1º Título

de Cidadão Honorário

2008 XVII Congresso Nacional - Brasília

Título de Membro Emérito

Luis Alberto Warat/UNB

Paulo Bonavides/UFC

Luiz Edson Fachin/UFPR

2009 XVIII Encontro Nacional - CESUMAR/

Maringá

José Ribas

Jussara Suzi Assis Borges Nasser Ferreira (UEL)

Giselda Hironaka/USP

2010 XIX Encontro Nacional - UFC/Fortaleza

Raymundo Juliano Feitosa (UFPE)

Jacinto Nelson de Miranda Coutinho (UFPR)

Martônio Mont’Alverne (UNIFOR)

2010 XIX Congresso Nacional - UFSC/

Florianópolis

Orides Mezzaroba (UFSC)

José Manuel Arruda Alvim- PUC/SP

Aurélio Wander Bastos - UNIRIO

2011 XX Encontro Nacional - FUMEC/Belo

Horizonte - MG

Marcelo Campos Galuppo (PUC MG/UFMG)

Antonio Celso Alves Pereira (UGF/UERJ)

Avelan Nunes (FDUC/COIMBRA)

2011 XX Congresso Nacional - UFES/Vitória - ES

Antonio Augusto Cançado Trindade (UnB)

Tercio Sampaio Ferraz Junior (USP)

Ingo Wolfgang Sarlet (PUC RS)

2012 XXI Encontro Nacional - UFU/Uberlândia - MG

Leosino Bizinoto (UFU)

Antonio Carlos Wolkmer (UFSC)

Edvaldo Brito (UFBA)

2012 XXI Congresso Nacional - UFF/Niterói - RJ

Misabel de Abreu Machado Derzi (UFMG)

Luiz Jorge Werneck Vianna (PUC RIO)

Antonio Gomes Moreira Maués (UFPA)

2013 XXII Encontro Nacional - UNICURITIBA/

Curitiba - PR

Lenio Luiz Streck (UNISINOS)

René Ariel Dotti (UFPR)

Roque Antonio Carraza (PUC SP)

2013 XXII Congresso Nacional - UNINOVE/São

Paulo - SP

Monica Herman Salem Caggiano (USP)

Maria Garcia (PUC SP)

Luiz Alberto David Araujo (PUC SP)

2013 XXII Congresso (2013)

Felipe Chiarello de Souza Pinto

2014 XXIII Encontro Nacional do CONPEDI/UFSC

- Florianópolis/SC

Paulo Henrique Blasi - UFSC (post mortem)

Celso Campilongo - USP e PUC/SP

Vicente Barreto - UNISINOS/RS

Homenageados

25 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil 17

Criação do CONPEDI, em 17 de outubro. José Alfredo de Oliveira Baracho é eleito primeiro presidente.

I Encontro Nacional.

III Encontro Nacional – Rio de Janeiro.

V Encontro Nacional.

II Encontro Nacional – Florianópolis.

IV Encontro Nacional – Belo Horizonte. Acontece a primeira mudança estatutária. Clóvis Veríssimo do Couto e Silva é declarado Patrono do CONPEDI. José Alfredo de Oliveira Baracho é reeleito presidente (1995/1997).

Linha do tempo do CONPEDI

1989

1992

1994

1996

1993

1995

Revista do CONPEDI18

LINHA DO TEMPO

VI Encontro Nacional – Rio de Janeiro.

VII Encontro Nacional – Belém.

IX Encontro Nacional – Rio de Janeiro.

XI Encontro Nacional – São Paulo;CONPEDI passa a ter sede em Florianópolis.

VIII Encontro Nacional – Porto Alegre.

X Encontro Nacional – Florianópolis - Leonardo Greco é eleito presidente (2001/2003). Concedido primeiro título de sócio honorário ao professor José Alfredo de Oliveira Baracho.

1997

1998

2000

2002

1999

2001

25 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil 19

XII Encontro Regional Preparatório para o Encontro Nacional - Universidade Federal de Pernambuco/Recife; XII Encontro Nacional - Universidade do Vale do Rio dos Sinos/São Leopoldo; Acordo de Cooperação com CNJ para Pesquisa, Ensino e Publicações com ênfase na Administração e Política dos Serviços Judiciários Federais. Eleito Presidente Raymundo Juliano Feitosa - UFPE (2003-2005).

XIII Seminário Preparatório para o Encontro Nacional “A Pós-Graduação em Direito no Brasil”- Rio de Janeiro; XIII Encontro Nacional “A Pós-Graduação em Direito no Brasil”- Florianópolis. Sede institucional se estabelece oficialmente em Florianópolis. Criado sítio www.conpedi.org.br.

Seminário sobre a Pós-Graduação em Direito no Brasil – Brasília; XV Encontro Preparatório para o Congresso Nacional – Recife; XV Congresso Nacional “Direito, Sociobiodiversidade e Soberania na Amazônia” - CONPEDI/UEA/Manaus; Raimundo Feitosa reeleito presidente (2006/2007).

XVII Encontro Preparatório para o Congresso Nacional “Cidadania e Efetividade dos Direitos”- UFBA/Salvador; XVII Congresso Nacional “XX anos da Constituição da República do Brasil: reconstrução, perspectiva e desafios” – UnB/Brasília.

IV Congresso Brasileiro de Ensino do Direito – Salvador; XIV Encontro Preparatório para o Congresso Nacional “A Construção do Saber Jurídico no Século XXI” – Marília/SP; XIV Congresso Nacional – Fortaleza.

XVI Encontro Preparatório para o Congresso Nacional “Direitos Fundamentais e Sociedade Contemporânea” - Campos dos Goytacazes/RJ; XVI Congresso Nacional “Pensar globalmente: Agir localmente”– Belo Horizonte/MG. CONPEDI e ABEDI realizam evento alusivo aos 180 anos no Brasil em Porto Alegre. Marcelo Campos Galuppo eleito presidente (2007/2009).

2003

20042006

2008

2005

2007

Revista do CONPEDI20

LINHA DO TEMPO

XVIII Encontro Nacional “As Dimensões da Personalidade na Contemporeidade”- CESUMAR/Maringá; XVIII Congresso Nacional “Estado Globalização e Soberania: o direito do século XXI” - FMU/São Paulo; Vladmir Oliveira da Silveira eleito presidente (2009/2011).

XIX Encontro Nacional “Direitos Fundamentais e Transdisciplinaridade” - UFC/Fortaleza; XIX Congresso Nacional “Desafios da Contemporaneidade do Direito: diversidade, complexidade e novas tecnologias”- UFSC/Florianópolis. Lançada a Revista de Direito Brasileira - RDB, ou Brazilian Journal of Law.

XXI Encontro Nacional “Sistema Jurídico e Direitos Fundamentais Individuais e Coletivos” - UFU/Uberlândia – MG; XXI Congresso Nacional “O Novo Constitucionalismo Latino Americano: desafios da sustentabilidade” - UFF/Niterói – RJ; Lançado o sistema IndexaDireito.

XXIII Encontro Nacional do CONPEDI/UFSC “(Re)pensando o Direito: Desafios para a construção de novos paradigmas”- Florianópolis/SC; I Encontro de Interna-cionalização do CONPEDI “Atores do desenvolvimento econômico, político e social diante do Direito do século XXI” - Faculdade de Direito da Universidade de Barcelona; XXIII Congresso Nacional do CONPEDI/UFPB “A Humanização do Direito e a Horizontalização da Justiça no século XXI” - João Pessoa/PB.

XX Encontro Nacional “Democracia e reordenação do pensamento jurídico: compatibilidade entre a autonomia e a intervenção estatal “- FUMEC/Belo Horizonte – MG; XX Congresso Nacional “A Ordem Jurídica Justa: um diálogo Euroamericano” - UFES/Vitória – ES; I Encontro Euro-Americano de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito, evento paralelo ao XX Encontro; Vladmir Oliveira da Silveira reeleito presidente (2011/2013).

XXII Encontro Nacional “25 anos da constituição cidadã: Os atores sociais e a concretização sustentável dos objetivos da república” - UNICURITIBA/Curitiba – PR; XXII Congresso Nacional “Sociedade Global e seus impactos sobre o estudo e a afetividade do Direito na contemporaneidade” - UNINOVE/São Paulo – SP; Presidente Raymundo Juliano Feitosa – UFRN (2013/2015).

2009

2010 2012

2014

2011

2013

25 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil 21

Revista do CONPEDI22

Linha do tempo do Ensino em Direito no Brasil

Alguns acontecimentos que

ajudam a contar a história do

Ensino Jurídico:

Logo após a emancipação política do Brasil, Assembleia Constituinte começa a discutir a criação de um curso jurídico no país.

Decisão impõe medidas penais para conter os abusos estudantis contra os docentes, procurando controlar a insubordinação dos alunos nas universidades.

Decreto cria um curso jurídico provisório na Corte para oportunizar o estudo do Direito Natural, Público e Das Gentes, bem como as leis do império. O objetivo era formar bacharéis para suprir a falta de magistrados após o processo de Independência. Tal curso, no entanto, jamais chegou a se concretizar.

Surgem as primeiras Faculdades de Direito em Olinda e na cidade de São Paulo. Ambas seguiam provisoriamente os estatutos da Universidade de Coimbra. As cadeiras eram divididas por anos, sendo o primeiro deles dedicado ao estudo do Direito Natural, Público, Direito das Gentes, análise da Constituição do Império e Diplomacia. Nos anos seguintes, o curso se dividia entre o estudo do Direito Público Eclesiástico, Direito Pátrio Civil, Direito Pátrio Criminal com a teoria do Processo Criminal, Direito Mercantil e Marítimo, Economia Política e Processo adotado pelas Leis do Império. Os conteúdos eram criados pelos docentes partir das doutrinas de acordo com o sistema jurado pela nação e aprovados pela Assembleia Geral do Governo.

18231831

1825

1827

LINHA DO TEMPO

25 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil 23

Constituição Republicana incumbe o Congresso de criar instituições de ensino superior.

Reforma Benjamin Constant passa a incluir os cursos: Ciências Jurídicas, Ciências Sociais e o de Notariado. As disciplinas de Direito Eclesiástico e Direito Natural tornam-se optativas. Permite o estabelecimento de cursos estaduais. Surge a faculdade de Direito da Bahia.

Promulgado o Decreto nº 1134, determinando que os Cursos Jurídicos fossem constituídos em faculdades de Direito “designando-se cada uma pelo nome da cidade em que tem ou possa ter assento”.

Lei do Ensino livre (Decreto nº 7247), ou Reforma Leôncio de Carvalho, estabelece a liberdade do ensino superior, independizando-o do crivo do império. A grade curricular muda e acontece a separação do curso de Direito em Ciências Jurídicas e Ciências Sociais. Também permite a associação para fundação de faculdades particulares.

Decreto nº 9360 manteve a subdivisão das Faculdades de Direito nos Cursos de Ciências Jurídicas e de Ciências Sociais, determinando as respectivas disciplinas de cada curso e versando sobre a opção da frequência , mas foi revogado mesmo ano.

Introduzido no currículo jurídico do Império as cadeiras de Direito Romano, Hermenêutica Jurídica, Direito Administrativo, Processo Civil e Criminal e Pratica Forense.

Decreto viabiliza aprovação de alunos que estivessem com o número de faltas maior do que o máximo permitido. A flexibilização aconteceu em decorrência da necessidade de formar profissionais para superar carência de qualificação no país.

Decreto nº 1386 estabelece regras sobre o comportamento dos Lentes e alunos, procurando imprimir uma nova orientação para o ensino jurídico no Brasil, com maior liberdade. Parlamento arguiu inconstitucionalidade, alegando ser sua a competência legislar sobre o ensino.

1879

1885

1851

1891

1837

1854

1853

24

LINHA DO TEMPO

Revista do CONPEDI

Surge a Faculdade Livre de Sciencias Jurídicas e Sociaes do Rio de Janeiro.

Surge a Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro (hoje UFRJ) a partir da fusão da Faculdade Livre de Direito e da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais.

Lei 746 (Código Epitácio Pessoa), faculta ao poder executivo dispor sobre a organização das Faculdades de Direito, Medicina e Engenharia. Sofreu várias críticas e foi alvo de manifestações públicas de estudantes e professores contrários às reformas.

Decreto nº 8.659 (Reforma Rivadávia Corrêa) regulamentou o currículo das faculdades de Direito, introduziu exames para o ingresso acadêmico e facilitou a criação de novas escolas de ensino jurídico no Brasil.

1892

1920

1900

1911

Banida disciplina de Direito Eclesiástico dos cursos de Direito.

1895

Nasce no Estado do Paraná a primeira universidade da história do País e que desapareceria três anos mais tarde.

1912

Decreto 11530 reorganiza o ensino superior na República, promove nova reforma curricular no curso de Direito e evidencia que “não haverá alunos gratuitos nos institutos de ensino superior”

Reforma Carlos Maximiliano modificou a grade curricular como resposta à busca por incentivar um ensino mais prático.

1915

25 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil

Reforma Francisco Campos cria Pós-Graduação no Brasil a fim de estabelecer um modelo de formação de quadros avançados e de produção do conhecimento inspirado nas tradições europeias.

Reforma Francisco Campos cria Pós-Graduação no Brasil a fim de estabelecer um modelo de formação de quadros avançados e de produção do conhecimento inspirado nas tradições europeias.

Editada a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Superior

Criada a Campanha Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com o objetivo de “assegurar a existência de pessoal especializado em quantidade e qualidade suficientes para atender às necessidades dos empreendimentos públicos e privados que visam ao desenvolvimento do país”.

1931

1950

1961

Universidade de Minas Gerais abre o primeiro curso brasileiro de doutorado em Direito.

Primeiro centenário da criação dos cursos de Direito no Brasil. A República Velha está por acabar e tem um saldo de 14 cursos de Direito e 3200 alunos matriculados.

1951

1927

Criada a Universidade de São Paulo – USP, reunindo cursos superiores existentes no estado – dentre eles, o de Direito (que passou de federal a estadual).

1934

1932

Criado o Exame da OAB através da Lei 4215, mas o instrumento apenas seria regulamentado quase três décadas depois.

1963

Parecer Sucupira rearticula a pós-graduação brasileira com o objetivo de formar professorado, técnicos e trabalhadores intelectuais e também estimular o desenvolvimento da pesquisa científica.

1965

25

26

LINHA DO TEMPO

Revista do CONPEDI

criação do Centro de Estudos e Pesquisas no Ensino do Direito (CEPED), no Rio de Janeiro, com o objetivo de reformar o padrão de estudo do Direito no país.

Pós-Graduação tem 28.642 alunos matriculados, tendo sido titulados 2.387 (destes, apenas 188 doutores).

Nova Lei da Reforma Universitária (Lei nº 5.540/68) reestrutura e reorganiza a Universidade brasileira.

Formação de grupos de trabalho junto ao MEC para estudar a criação de centros regionais de pós-graduação.

Resolução nº3 CFE possibilitou abertura dos cursos de direito para modernas concepções científicas e do conhecimento especializado. PUC/RJ cria o primeiro mestrado em direito no Brasil.

1972

1966

1976

1968

1969

Conselho Nacional de Educação defende que “pós-graduação deve ser um curso elitista e não de massa. Seu objetivo é a formação de profissionais capazes de criar coisas novas e traz implícita a ideia de alta seletividade no processo”.

1974Segunda reforma da Lei de Diretrizes e Bases da Educação superior. Nova regulamentação estabelece a obrigatoriedade de produção de tese ao longo do curso e o conhecimento de línguas estrangeiras.

1971

25 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil

Portaria 1886/94/MEC dá nova regulamentação aos cursos jurídicos: amplia carga horária, define estágio e monografias, dentre outras medidas para incentivar a pesquisa e investigação científica.

Regulamentado o Exame da OAB através da Lei 8906.

Criação do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito (CONPEDI) com o objetivo de articular os Programas de pós-graduação em Direito no país.

CONPEDI lança movimento pela inclusão do Direito entre as áreas prioritárias do Programa Ciência Sem Fronteiras.

1989

2012

1994

Nova reforma da Lei de Diretrizes e Bases do Ensino Superior. Instituído o Exame Nacional dos Cursos (provão do MEC) com o objetivo de avaliar e rankear as instituições de ensino superior.

Relatório trienal divulgado pela CAPES avalia 74 cursos de mestrado e doutorado no país - 8 deles com nível 6. CONPEDI realiza o I Encontro de Internacionalização em Barcelona/ES, levando a pesquisa jurídica brasileira para o exterior.

Instalação da Comissão de Especialistas de Ensino de Direito (CEED/SESu/MEC), em parceria com a Comissão de Ensino Jurídico do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

1996

2014

Criada a Primeira Comissão de Ensino Jurídico na OAB.

Pós-Graduação tem chega a 120.336 matriculados, 23.718 dos quais seriam titulados (destes, 5.344 doutores).

Governo Federal lança programa ciência sem fronteiras com o objetivo de acelerar a internacionalização do ensino superior.

1980

2000

2011

1992

27

Encontros e CongressosIII Encontro de Internacionalização - Madri/EspanhaXXIV Encontro Nacional - UFS - Aracaju/SEII Encontro de Internacionalização - Baltimore/EUA

XXIII Congresso Nacional - UFPB - João Pessoa/PBI Encontro de Internacionalização - Barcelona/EspanhaXXIII Encontro Nacional - UFSC - Florianópolis/SC

XXII Congresso Nacional - UNINOVE - São Paulo/SP XXII Encontro Nacional - UNICURITIBA - Curitiba/PR

XXI Congresso Nacional - UFF - Niterói/RJXXI Encontro Nacional - UFU - Uberlândia/MG

XX Congresso Nacional - Vitória/ES XX Encontro Nacional - Belo Horizonte/MG

XIX Congresso Nacional - Florianópolis/SCXIX Encontro Nacional - Fortaleza/CE

XVIII Congresso Nacional - São Paulo/SPXVIII Encontro Nacional - Maringá/PR

XVII Congresso Nacional - Brasília/DFXVII Encontro Nacional - Salvador/BA

XVI Congresso Nacional - Belo Horizonte/MGXVI Encontro Preparatório - Campos dos Goytacazes/RJ

XV Congresso Nacional - Manaus/AMXV Encontro Preparatório - Recife/PE

XIV Congresso Nacional - Fortaleza/CEXIV Encontro Nacional - Marília/SP

XIII Congresso Nacional - Florianópolis/SCXIII Encontro Nacional - Rio de Janeiro/RJ

XII Encontro Nacional - São Leopoldo/RS

XI Encontro Nacional - São Paulo/RS

X Encontro Nacional - Florianópolis/SC

IX Encontro Nacional - Rio de Janeiro/RJ

VIII Encontro Nacional - Porto Alegre/RS

VII Encontro Nacional - Bélem/PA

VI Encontro Nacional - Rio de Janeiro/RJ

V Encontro Nacional

IV Encontro Nacional - Belo Horizonte/MG

III Encontro Nacional - Rio de Janeiro/RJ

II Encontro Nacional - Florianópolis/SC

I Encontro Nacional

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

2000

1999

1998

1997

1996

1995

1994

1993

1992

Revista do CONPEDI28

História

COnPEdi em números

Ao completar 25 anos de história, o CONPEDI acumula alguns números significativos a comemorar:

+ 10.000 artigos científicos apresentados

+ 100 artigos inéditos publicados em sete edições da Revista de Direito Brasileira (RDB)

+ 30 Encontros e Congressos Nacionais e Internacionais

+ 8.000 associados, entre pesquisadores e Programas de Pesquisa

+ 50 Grupos temáticos

25 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil 29

Democratizando a publicação da produção em Direito

Uma das áreas acadêmi-

cas mais antigas do país,

o Direito padece de um

problema endêmico no que diz

respeito à distribuição geográfica

dos cursos e programas de pós-

graduação. São reflexos deste de-

sequilíbrio a concentração da pro-

dução e as barreiras encontradas

por mestrandos e doutorandos da

maioria das regiões do país para

a publicação, pressuposto para

o enquadramento no sistema de

avaliação da CAPES. Evento após

evento, o CONPEDI fura este blo-

queio e oportuniza a visibilização

da produção do Direito de ma-

neira democrática, assegurando o

devido nível de qualidade das suas

publicações.

As disparidades regionais evi-

denciadas pela CAPES no mapa

(Documento de Área da CAPES,

2013) levarão anos para serem ul-

trapassadas, observa o presidente

do CONPEDI, professor Raymundo

Juliano Feitosa. Como consequên-

cia, os empecilhos para a publica-

ção de pós-graduandos oriundos

de locais como a Amazônia, por

exemplo – que apesar de abranger

sete Estados e metade do território

brasileiro dispõe de apenas cinco

programas (um de Doutorado) –

também persistirão num futuro

próximo. Na região nordeste, onde

a maioria dos cursos tem avaliação

3 e 4, a dificuldade de publicar o

produto da pesquisa científica de

mestrandos e doutorandos tam-

bém é uma realidade.

Retrato da Pós-Graduação segundo dados da CAPES (2013).

AM

RR AP

ROMT

TO

MS

PR

SP RJ

MG

BA

GO

DF

ES

SC

RS

AC

MA

PI

CE RNPBPE

ALSE

PA

Norte3 Programas

Centro-Oeste7 Programas

Sul21 Programas

Sudeste40 Programas

Nordeste11 Programas

Revista do CONPEDI30

DEsAfIOs

Para o presidente do CONPEDI,

este quadro é perigoso tanto

para a Pós-Graduação quanto

para a cultura brasileira. "Apenas

números não são suficientes para

mostrar o avanço de uma área.

Precisamos trabalhar mais com

resultados, com o que está sendo

produzido de qualidade", reflete.

Também nesta lacuna o CONPE-

DI tem atuado. "Os encontros e

congressos do CONPEDI oportu-

nizam a expressão do olhar inter-

disciplinar do Direto sobre a vida

brasileira e são ainda os espaços

onde os nossos alunos de todo

o país podem publicar", observa

Raymundo Juliano Feitosa.

Nos eventos onde os trabalhos são

apresentados e posteriormente

publicados, a qualidade da produ-

ção é assegurada pela avaliação

prévia dos trabalhos mediante

o método double blind review,

que submete os artigos a análise

inominada, garantindo a imparcia-

lidade da avaliação. Os trabalhos

passam obrigatoriamente por dois

ou mais avaliadores, o que garante

a diminuição da subjetividade e de

preferências ideológicas. Dentre os

critérios observados pelos avalia-

dores estão o referencial teórico, a

metodologia, o nível de complexi-

dade e profundidade da pesquisa e

seu nível de compatibilidade com o

caráter científico.

O sistema de avaliação dos traba-

lhos passa por permanente aper-

feiçoamento visando a produção

de alta qualidade. "O processo de

avaliação é contínuo e respaldado

pelo alto nível dos avaliadores.

Nosso objetivo é aperfeiçoar o cri-

tério de avaliação e buscar cada

vez mais avaliadores com afini-

dade em relação às temáticas",

afirma o secretário geral Orides

Mezzaroba.

“Apenas números não são suficientes para mostrar o avanço de uma área” afirma Raymundo Juliano Feitosa.

25 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil 31

Respondendo ao desafio de internacionalizar a produção jurídica do Brasil

Se a elevação da qualidade do ensino

para um nível de excelência dentro

do Brasil moveu os primeiros passos

do CONPEDI, a internacionalização marca a

nova fase da instituição rumo à consolida-

ção da pesquisa nacional. Projetar a pesqui-

sa jurídica brasileira para outros continen-

tes, promover o seu diálogo com o Direito

Internacional, valorizar a produção científi-

ca nacional: novos, grandiosos e inadiáveis

desafios que o CONPEDI assume.

De 8 a 10 de outubro de 2014Faculdade de Direito - Universidade de Barcelona

Barcelona - Espanha

w w w.c o n p e d i .o rg . b r

Tema: Atores do desenvolvimento econômico,

político e social diante do Direito do século XXI

I ENCONTRO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DO CONPEDI: BARCELONA

I EN

CO

NT

RO

IN

TER

NAC

ION

ALIZ

AÇÃO

Recebimento de artigos:

21/05/2014 a 16/06/2014

Organização Apoio

Concebido em um encontro internacional –

as VII Jornadas de Direito Comparado Fran-

co Brasileiro em 1989, o CONPEDI manteve

firmes os seus passos em direção à interna-

cionalização. Em meados dos anos 2000, a

organização já discutia os critérios da área de

Direito para alcance do padrão internacional.

Em 2001, sob o tema “A Ordem Jurídica Jus-

ta: um diálogo Euroamericano”, o XX Con-

gresso Nacional realizado em Vitória visibili-

zou temáticas em desenvolvimento no país

cujas abordagens demonstravam a crescente

complexidade do processo de globalização.

Sob o tema “Atores do desenvolvimento

econômico, político e social diante do Di-

reito do século XXI”, o I Encontro de Inter-

nacionalização (Barcelona, 2014) realizado

pelo CONPEDI em parceria com a Faculda-

de de Direito da Universidade de Barcelona

atraiu os olhares do Direito europeu para a

produção brasileira. A ideia inicial era mo-

desta, mas acabou representando um mar-

co para o desenvolvimento e intercâmbio

das pesquisas desenvolvidas nos programas

de Mestrado e Doutorado no Brasil. “Nossa

intenção era promover um primeiro even-

to internacional de pequena monta que Cartaz do I Encontro de Internacionalização.

Revista do CONPEDI32

DEsAfIOs

Artigos apresentados durante o i Encontro de

internacionalização

viabilizasse o contato entre os do-

centes brasileiros e estrangeiros a

fim de que estabelecessem pontes

e que, a partir de então, pudessem

realizar autonomamente produ-

ções conjuntas capazes de serem

publicadas tanto no Brasil quanto

nos outros países”, conta o presi-

dente Raymundo Juliano Feitosa.

O resultado surpreendeu: foram

265 trabalhados brasileiros apre-

sentados sob dezoito temáticas,

oportunidade singular em que

pós-graduandos, mestres e douto-

res puderam tornar visíveis os seus

trabalhos perante a comunidade

jurídica internacional. O sucesso

do evento projetaria outros dois

encontros internacionais em 2015:

em Baltimore (EUA) e Madri(ES).

GrUPOS dE trABALHO nº de artigos

11

12

14

19

9

10

17

21

18

11

8

17

14

17

20

19

15

13

DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS E DIREITO INTERNACIONAL

DIREITO MERCANTIL, DIREITO CIVIL, DIREITO DO CONSUMIDOR E NOVAS TECNOLOGIAS APLICADAS AO DIREITO

DIREITO DO TRABALHO E SEGURIDADE SOCIAL

DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS E DIREITO INTERNACIONAL

DIREITO ADMINISTRATIVO, DIREITO TRIBUTÁRIO, DIREITO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE

TEORIA, FILOSOFIA E HISTóRIA DO DIREITO

DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS E DIREITO INTERNACIONAL

DIREITO MERCANTIL, DIREITO CIVIL, DIREITO DO CONSUMIDOR E NOVAS TECNOLOGIAS APLICADAS AO DIREITO

DIREITO PENAL, CRIMINOLOGIA E SEGURIDADE PúBLICA

DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS E DIREITO INTERNACIONAL

DIREITO ADMINISTRATIVO, DIREITO TRIBUTÁRIO, DIREITO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE

TEORIA, FILOSOFIA E HISTóRIA DO DIREITO

DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS E DIREITO INTERNACIONAL

DIREITO MERCANTIL, DIREITO CIVIL, DIREITO DO CONSUMIDOR E NOVAS TECNOLOGIAS APLICADAS AO DIREITO

DIREITO DO TRABALHO E SEGURIDADE SOCIAL

DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS E DIREITO INTERNACIONAL

DIREITO ADMINISTRATIVO, DIREITO TRIBUTÁRIO, DIREITO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE

DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS E DIREITO INTERNACIONAL

Marca do Center for International and Comparative Law, da Universidade de Baltimore, co-organizadora do II Encontro de Internacionalização.

25 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil 33

ENCONTRO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DO CONPEDI: MADRID

Pela segunda vez, a pesquisa

jurídica brasileira esteve em

evidência na Espanha. Após o

sucesso do I Encontro, em Barcelo-

na, foi a vez de Madri receber o III

Encontro de Internacionalização do

CONPEDI. O evento aconteceu para-

lelamente ao Primeiro Encontro In-

ternacional da Universidade de Bar-

celona, entre 07 e 09 de setembro,

na Faculdade de Direito da Universi-

dad Complutense de Madrid (UCM).

Sob o tema “Participação, Democracia

e Cidadania na Perspectiva do Direito

Ibero-Americano”, o encontro foi

organizado pelos professores Clerilei

Aparecida Bier, Professora de Direito

do Trabalho na Escola Superior de Ad-

ministração e Gerência da Universida-

de Estadual de Santa Catarina (ESAG/

UDESC), e José Luis Tortuero Plaza,

Catedrático de Direito do Trabalho

e Seguridade Social da Universidad

Complutense de Madrid, com apoio

de docentes brasileiros e espanhóis.

A cerimônia de abertura, no Salão

de Pós-Graduação da Faculdade

de Direito, contou com a palestra

inaugural “Os limites do controle

jurisdicional”, ministrada pelo pre-

sidente do Tribunal Constitucional

da Espanha, Francisco Pérez de los

Cobos Orihuel. Após a solenidade,

que encerrou com o hino da univer-

sidade interpretado por estudantes

da Faculdade de Direito da UCM,

houve confraternização nos jardins.

Revista do CONPEDI34

INTERNACIONALIZAÇÃO

No total, mais de 400 trabalhos

foram submetidos para avalia-

ção. Cerca de 300 professores

brasileiros e espanhóis das mais

diversas áreas do Direito debate-

ram questões contemporâneas,

de relevância jurídica e social.

Em cada um dos sete Grupos

de Trabalho, houve palestra de

docentes espanhóis especializa-

dos nas respectivas temáticas.

O encontro terminou no dia 9

de setembro, com visita ao Con-

gresso dos Deputados Espanhóis

e reunião no Salão das Colunas.

A conferência de encerramento

foi proferida pelo Professor Julio

V. González García, Docente

de Direito Administrativo da

Universidad Complutense de

Madrid, sob o tema “Globaliza-

ção, Democracia e Parlamento”.

O III Encontro de Internacionali-

zação do CONPEDI recebeu apoio

e reconhecimento de diversas

instituições envolvidas no mundo

jurídico, da academia, do Mi-

nistério da Justiça, do Tribunal

Constitucional e do Parlamento

espanhol. O intercâmbio e o

nível dos trabalhos de pesquisa

apresentados em Madri contribu-

íram ainda mais para a relevante

trajetória do CONPEDI na realiza-

ção de eventos internacionais.

Cerca de 300 professores brasileiros e portugueses das diversas áreas do Direito debateram questões contemporâneas, de relevância jurídica e social.

25 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil 35

Opiniões sobre a internacionalização da pesquisa jurídica brasileira

Fazer com que a pesquisa do Direito no Brasil seja

reconhecida internacionalmente é um dos principais

desafios do CONPEDI. Temos aqui uma mania de absorver

autores estrangeiros, citá-los nas nossas pesquisas e desconhecer

completamente a nossa pesquisa. Dispomos de autores que são

referência mundial mas que não conseguem responder às nossas

demandas internas. Precisamos construir pesquisa não apenas

qualitativa mas também quantitativa e empírica para que a gente

consiga, dentro no próprio Direito, responder a estas demandas.

Temos que construir nossos marcos teóricos para solucionar nossos

próprios problemas.

Estamos procurando superar a dificuldade de inserção da

nossa produção nos outros continentes. Este desafio precisa

ser enfrentado ampliando a produção e publicação em

inglês, idioma dos periódicos jurídicos mais importantes do mundo;

e superando a nossa cultura centrada no livro. Precisamos fomentar

a publicação da produção através de revistas, nos moldes da

comunidade jurídica internacional.

Professor Vladimir Oliveira da Silveira, ex-presidente do CONPEDI

Professor Orides Mezzaroba, secretário-geral do CONPEDI

36 Revista do CONPEDI

INTERNACIONALIZAÇÃO

Nunca antes na história os outros países estiveram tão

interessados no Brasil como agora, por causa das oportunidades

econômicas, e para isso precisam conhecer o direito brasileiro.

Eles não vão se aventurar a transpor capital e montar empresas

num país sem conhecer as garantias jurídicas para isso. Então, se é

verdade que o direito brasileiro interessa ao Brasil, também é verdade

que pessoas de outros países que querem fazer negócios com o

Brasil querem conhecer o direito brasileiro. O que o CONPEDI está

possibilitando são encontros que oportunizem estes intercâmbios.

O sistema jurídico não é nacional nem

nunca foi. Nós nos adaptamos aos sis-

temas jurídicos históricos que não tem

origem nacional. Quando o CONPEDI leva o ensino

da pós e traz o retorno pro Brasil, isso gera um fluxo

de conhecimento muito importante, não só por que

nos reporta aos ângulos do saber, mas também no

mundo globalizado, viabiliza uma pós-graduação que

não seja fechada, inserida no direito brasileiro. Ele

leva o direito brasileiro pra ser lido no sistema interna-

cional. A pós-graduação não pode ficar amarrada só

no sistema interno. A internacionalização é como se

fosse uma linha de fluxo de pensamento externo para

o interno no contexto da globalização.

Hoje, as plataformas de

comunicação e difusão de

informações criaram outros

padrões e prioridades. Nos anos 80 e 90

não havia a demanda da internacionali-

zação, e hoje ela é um desafio dos mais

importantes para o CONPEDI.

O Conpedi está experimentando um processo original

de realização de Encontros no exterior. Participei do

Conpedi Barcelona que foi um sucesso, pois teve uma

boa comunicação entre os professores europeus, notadamente

espanhóis, e os brasileiros. É importante porque a tradição da área na

internacionalização se caracteriza por atividades isoladas, e individuais,

e o Conpedi permite a elaboração de redes entre programas.

Professora Rosalina Araújo, fundadora do CONPEDI

Professor José Ribas, fundador do CONPEDI

Professor Marcelo Galuppo, ex-presidente do CONPEDI, integrante da organização do II Encontro de Internacionalização do CONPEDI em Baltimore

Leonel Severo Rocha, ex-presidente do CONPEDI

25 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil 37

Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em DireitoUniversidade Federal de Minas Gerais – UFMGFundação Mineira de Educação e Cultura – Universidade Fumec Escola Superior Dom Helder Câmara

De 11 a 14 de novembro de 2015

XXIV C O N G R E S S O N A C I O N A L

Direito e política: da vulnerabilidade à sustentabilidade.

BELO HORIzONtE

MINAS GERAIS

BRASIL

Realização Parceiros Patrocinadores

ESCOLA DE DIREITO

O XXIV Congresso do CONPEDI, sob o tema “Di-

reito e Política: da Vulnerabilidade à Sustenta-

bilidade”, ocorrerá entre os dias 11 e 14 e no-

vembro de 2015, na cidade de Belo Horizonte,

Minas Gerais. O Congresso é organizado pelo

Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-gradua-

ção em Direito, dentro de sua agenda regular

anual, em parceria com os Programas de Pós-

graduação em Direito da UFMG, Universidade

Fumec e Escola Superior Dom Helder Câmara,

todos localizados na cidade-sede.

A parceria entre os Programas permite que este

Congresso seja um evento de Minas Gerais.

Ela é decorrente das atividades iniciadas com a

fundação do Fórum de Coordenadores dos Pro-

gramas de Pós-Graduação em Direito do Estado

de Minas Gerais, em 2012. Além dos três Pro-

gramas citados, congrega também a PUC Mi-

nas, Faculdades Milton Campos, Universidade

Federal de Uberlândia, Universidade Federal de

Juiz de Fora, Faculdade de Itaúna e Faculdade

de Direito do Sul de Minas.

O tema do Congresso foi pensado primeiramen-

te para promover a reflexão sobre a pobreza e

a forma como esta condição vulnera a luta e o

usufruto de direitos. Nas reuniões da Comissão

Organizadora discutimos a necessidade de am-

pliar esse aspecto, tendo em vista que ao lado das

circunstâncias materiais de vida, outras formas de

vulnerabilidade se agravam e se tornam evidentes,

como, por exemplo, aquelas que decorrem de

todo tipo de discriminação racial, social, cultural,

de gênero e geracional, entre outras.

Também pensamos que não basta à Ciência e

à Pesquisa em Direito realizadas nas Pós-gra-

duações constatar, enunciar ou diagnosticar

essas vulnerabilidades, pois é preciso também

pensar possibilidades de superação, já que tra-

tamos de uma ciência do dever-ser. Por isso,

surge no tema a dimensão da sustentabilidade,

que também envolve o viés ambiental, mas não

está restrito a ele. Sustentabilidade se refere às

soluções para as vulnerabilidades pensadas em

sua capacidade de equilíbrio entre condicionan-

tes políticas, econômicas, sociais, ambientais e

jurídicas.

Em última instância, a conexão entre vulnera-

bilidade e sustentabilidade está relacionada

com a capacidade do Direito produzir Justiça e

fazê-lo por meio da Política. Assim é que a relação

entre Direito e Política precisa ser discutida, seja

nos seus aspectos filosóficos e das ciências so-

ciais, seja intrinsecamente ao Direito quando se

pensam as políticas públicas e o funcionamento

cotidiano das instituições político-jurídicas.

A Conferência Magna “Legitimation Crisis? On

the Political Contradictions of Financialized

Capitalism” (Crise de Legitimação? Sobre as

contradições políticas do capitalismo financei-

rizado), que abre o evento, foi planejada para

instigar à construção dessas inter-relações. A

Professora Doutora Nancy Fraser, catedrática

Henry A. and Louise Loeb de Ciências Políticas

e Sociais da New School of Social Research de

Nova Iorque, se debruça sobre uma teoria de

justiça que acopla os aspectos de distribuição,

reconhecimento e representação. Sua teoria

ganhou grande repercussão no meio acadêmi-

co brasileiro nos últimos anos, principalmente a

partir da tradução para o português do conheci-

do debate com Axel Honneth, que se encontra

no livro Da Redistribuição ao Reconhecimen-

to? (1997) e dos artigos O reconhecimento

entre a Justiça e a Identidade (Lua Nova, n.

63) e Reconhecimento sem Ética? (Lua Nova, n.

70). Além disso, a Professora Nancy Fraser tem

profícua produção no campo do pensamento

feminista, tendo sido a obra Políticas Feminis-

tas na Era do Reconhecimento traduzida para

o português. Ela é também editora da Revista

Constellations, um dos mais importantes perió-

dicos de teoria crítica do mundo.

3925 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil

A abertura acontecerá no Cine Theatro Brasil

Vallourec, na icônica Praça Sete, marco central

da cidade. Inaugurado em 1932, o Cine Brasil

foi o primeiro prédio da cidade sob a influên-

cia do estilo Art Déco. O espaço foi ponto de

encontro dos moradores de Belo Horizonte.

Recentemente, passou por recente reforma,

preservando suas características originais, e re-

tomou o seu papel como um dos mais impor-

tantes de Minas Gerais.

Na quinta-feira, 12 de novembro, as atividades

do Congresso acontecerão na Faculdade de Di-

reito da UFMG, na Praça Afonso Arinos, endere-

ço original de uma das Faculdades mais antigas

do País e do primeiro Programa brasileiro de

Doutorado. Ali se reunirão os grupos de traba-

lho, serão exibidos os pôsteres e acontecerão

sete painéis.

Depois do coffee-break, no final da tarde, os

participantes poderão assistir à programação

dos painéis, três dos quais acontecerão nos

auditórios do Circuito Cultural Praça da Liber-

dade. A Praça da Liberdade está localizada no

Bairro de Lourdes, ao final da Avenida João Pi-

nheiro, em frente ao Palácio da Liberdade. Jar-

dins, coretos e estátuas em mármore de Carrara

dão beleza e graça ao lugar. A praça é enfeita-

da por duas fileiras de palmeiras imperiais que

nos convidam a belas caminhadas e passeios.

Foi tombada em 1977 como conjunto arquite-

tônico e paisagístico da cidade. Ao seu redor

ficam diversos prédios históricos que abrigavam

as secretarias do Governo de Minas. Após a

transferência para a Cidade Administrativa, es-

ses edifícios foram transformados em museus e

casas de cultura e de conhecimento. Além da

Biblioteca Pública, do Museu de Minas e do Me-

tal e do Museu Mineiro que sediarão os painéis,

os participantes podem visitar o Centro Cultural

Banco do Brasil, o Memorial Minas Gerais Vale,

o Espaço do Conhecimento UFMG e o Centro

de Arte Popular CEMIG.

Na sexta-feira, 13 de novembro, o Congresso

migra para a sede na Universidade Fumec. As

salas e auditórios do edifício da Faculdade de

Ciências Humanas, Sociais e da Saúde (FCH) re-

ceberão os grupos de trabalho e depois os pai-

néis. Nessa região é possível visualizar melhor

a Serra do Curral, moldura natural e referência

histórica da cidade, que possui uma geografia

diversificada com morros e baixadas. A poucos

metros, encontra-se a Praça da Bandeira e a Av.

Bandeirantes, locais comuns para caminhadas;

e a Praça do Papa, a Rua do Amendoim e o Mi-

rante, que valem a visita para que se visualize a

cidade em sua extensão. Após os painéis, vale

a pena conferir o vizinho Mercado Distrital do

Cruzeiro (Rua Ouro Fino, 452).

Sejam todos e todas bem-vindos a BH

Revista do CONPEDI40

O encerramento do XXIV Conpedi acontece na

Escola Superior Dom Helder Câmara. A mais

nova entre as parceiras organizadoras foi criada

em 1998, especializada em Direito, vinculada à

Companhia de Jesus, e que tem em seu nome

a homenagem a uma das grandes figuras dos

direitos humanos e da luta por justiça social no

Brasil. No encerramento, acontecerá a posse

da nova diretoria do Conpedi e a assembleia

geral. A Professora Doutora Cláudia Rosane

Roesler, coordenadora da área de Direito na

Capes, fará a palestra magna sobre o tema

“Pesquisa e Pós-Graduação no Brasil: desafios

e perspectivas”.

Após o encerramento, já na hora do almoço, os

participantes terão oportunidade de aproveitar

o Mercado Central, quaisquer dos restaurantes

indicados em nosso roteiro cultural e turístico,

além de locais como o Parque Municipal e as

demais atrações sugeridas.

Cachaça, pãozinho de queijo, frango com quia-

bo e queijo com goiabada: Minas Gerais tem

sabores inesquecíveis. Esperamos que neste

ano a capital mineira seja lembrada com cari-

nho, também, por sediar o XXIV Congresso

Nacional do CONPEDI, quando a entidade co-

memora seus 25 anos de fundação.

Comissão Organizadora

COMISSÃO ORGANIZADORA NACIONAL

COORDENADOR GERAL NACIONALOrides Mezzaroba - UFSC

ORGANIZADORES NACIONAISCaio Augusto Souza Lara - UFMG/DOM HELDER Felipe Chiarello de Souza Pinto - MackenzieGina Vidal Marcílio Pompeu - UNIFORJoão Marcelo de Lima Assafim - UCAMJosé Alcebiades de Oliveira Junior - UFRGSJosé Querino Tavares Neto - UFG /PUC PRJulia Maurmann Ximenes - IDPLucas Gonçalves da Silva - UFS Paulo Roberto Lyrio Pimenta - UFBA Raymundo Juliano Feitosa - UFRNRoberto Correia da Silva Gomes Caldas - PUC SPSamyra Haydêe Dal Farra Naspolini Sanches - UNINOVEValesca Raizer Borges Moschen - UFES Viviane Coêlho de Séllos Knoerr - UNICURITIBA

COORDENADORES DOS PROGRAMAS ORGANIZADORES LOCAISJosé Adércio Leite Sampaio - Programa de Pós-Graduação da Escola Superior Dom Helder CâmaraMaria Fernanda Salcedo Repolês - Prog. de Pós-Graduação da UFMGMaria Tereza Fonseca Dias - Programa de Pós-Graduação da Universidade Fumec

COMISSÃO DE ORGANIZAÇÃO LOCALCaio Lara - UFMG/DOM HELDER Élcio Nacur Rezende - ESDHFabrício Bertini Pasquot Polido - UFMGFrederico Gabrich - FUMECJosé Luiz Borges Horta - UFMGMaria Rosária Barbato - UFMG

COMISSÃO NACIONAL EXECUTIVASimone Fraga - Coordenadora Geral ExecutivaRui de Oliveira - Coordenador Geral Secretaria/CONPEDI

Equipe Executiva:Cintia Anieli dos Santos - Coordenadora do CredenciamentoAdriana Frota Correia da Silva - Coordenadora Secretaria dos GTs Gisele Graziele Bento - Coordenadora de Pôsteres Ana Claudia Araújo - Coordenadora de ComunicaçãoPaulo Henrique Mattana - Coordenador Espaço do AutorPaulo da Silva Duarte Junior - Coordenador Operacional Patrícia Coelho - Coordenação de Avaliação de Artigos

Suporte/COnPEdi:Eduardo Scottini - suporte tecnologia João Henrique Vargas - suporte comunicaçãoLuan Fronza Bonsenhor - suporte secretaria

25 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil 41

A idealização da Faculdade Livre de Direito de Mi-

nas Gerais surgiu na residência de Levindo Ferreira

Lopes, em Ouro Preto, em 11 de maio de 1892. No

mesmo ano, em dezembro, no edifício da Escola

de Farmácia, foi realizada reunião que fundaria a

escola, que funcionaria posteriormente numa das

salas da Câmara dos Deputados da mesma cidade.

Ouro Preto era, na época, capital de Minas Gerais.

Estavam à frente da fundação advogados e juristas,

entre eles o então presidente do Estado, conselheiro

Afonso Pena. A Faculdade foi transferida para Belo

Horizonte em 1898. Depois de algumas mudanças

de endereço, em 1901 a Casa de Afonso Pena insta-

lou-se no seu edifício na Praça da República – hoje,

Praça Afonso Arinos. Esta edificação foi derrubada

em 1958 para a construção de dois prédios que hoje

são sede da Faculdade de Direito: edifício Villas-Bôas

e edifício Valle Ferreira.

Em 1927, a Faculdade Livre de Direito, mantendo

autonomia didática, econômica, administrativa e dis-

ciplinar, integra-se à Universidade de Minas Gerais,

e mais tarde, em 1949, adquire a natureza de esta-

belecimento de ensino. Veio da Faculdade de Direito

o primeiro reitor da Universidade, Francisco Mendes

Pimentel, e também os reitores Francisco Brant, Má-

rio Casassanta, Lincoln Prates, Orlando Magalhães

Carvalho e Gerson de Britto Mello Boson. Os cursos

de ciências jurídicas e sociais converteram-se no cur-

so de Bacharelado em Direito, e o Curso de Doutora-

do, instituído em 1931, desdobrou-se para oferecer

também o Mestrado desde 1973.

Revista do CONPEDI42

Honrando a sua história, o curso de Direito da UFMG

está entre os melhores do Brasil segundo o Ranking

Universitário do jornal Folha de S. Paulo (RUF). O RUF

mediu a qualidade de 192 instituições no país, avalia-

das nas áreas de pesquisa, inovação, internacionali-

zação, ensino e mercado. O Programa de Pós-Gradu-

ação em Direito na UFMG também está classificado

entre os melhores cursos do país. No triênio 2010-

2012, o programa foi avaliado com a nota 6. Esta

classificação é concedida devido ao desempenho de

professores e alunos, considerando suas publicações

orientadas (teses e dissertações), pela infraestrutura,

pela inserção social do programa por meio de pro-

gramas específicos, e pela contribuição para a ciên-

cia em âmbito nacional e internacional.

A tradição do Programa é a de ser um exportador de

doutores, tendo contribuído, com seus egressos – e

são quase trezentos doutores produzidos –, para a

nucleação de boa parte dos programas de pós-gradu-

ação do Brasil. Já produzimos quase oitocentos mes-

tres, também eles hoje lecionando país afora e pres-

tando sua contribuição à educação jurídica brasileira.

Nos seus 80 anos de existência, o Programa também

vem formando doutores para universidades estran-

geiras, dialogando institucionalmente com os melho-

res centros de excelência mundiais e contribuindo in-

tensamente para a consolidação da UFMG como re-

search university – uma universidade de ponta no

sistema federal de educação.

25 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil 43

Revista do CONPEDI44

A Fundação Mineira de Educação e Cultura (FUMEC)

foi fundada em 1965. Com a implantação, inicial-

mente, da Faculdade de Ciências Empresariais (FACE)

e da Faculdade de Engenharia e Arquitetura (FEA),

a Instituição ampliou suas áreas de atuação e criou,

posteriormente, a Faculdade de Ciências Humanas

(FCH), hoje Faculdade de Ciências Humanas, Sociais

e da Saúde. Destas três Faculdades isoladas surge,

em 2000, o Centro Universitário FUMEC. Com o

desenvolvimento em projetos pedagógicos, corpo

docente e infraestrutura, a Instituição conquista, em

2004, o credenciamento como Universidade.

Completando 50 anos em 2015, a FUMEC integra

o grupo dos melhores nomes em ensino supe-

rior de Minas Gerais, estando entre as três melho-

res Universidades Privadas no Estado, conforme

o Índice Geral de Cursos (IGC) do MEC, além do

RUF - Ranking Universitário da Folha de S.Pau-

lo, o principal estudo sobre universidades no país.

Sua missão educacional visa atender às necessidades

básicas e complementares para a adequada forma-

ção dos alunos. Dispõe de professores qualificados e

de infraestrutura para o desenvolvimento de suas ati-

vidades: salas de aula amplas e equipadas, salas mul-

timeios, laboratórios modernos, espaços para even-

tos acadêmicos, espaço de convivência e bibliotecas

com suporte de informática e recursos multimídia.

Além disso, dá o devido destaque ao desenvolvimen-

to de projetos de pesquisa e extensão e à realização

de estágios e visitas técnicas.

25 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil 45

O investimento em capacitação de pessoal e a cria-

ção de cursos estão também devidamente previstos

no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da

Universidade FUMEC. Os órgãos colegiados, inte-

grados por professores, alunos e pessoal técnico-ad-

ministrativo, respondem pela ação participativa na

Instituição.

A Universidade FUMEC oferece cursos de gradua-

ção, superiores de tecnologia, pós-graduação lato

sensu (especialização), pós-graduação stricto sensu

(mestrado, doutorado e pós-doutorado) e de exten-

são. Além dos cursos presenciais, a FUMEC Virtual

oferece opções na modalidade de Educação a Dis-

tância (EaD). Aos estudantes é proporcionada, ainda,

a oportunidade para viagens de intercâmbio, com

base em convênios firmados com outras instituições,

por meio do setor de Relações Internacionais.

Com cerca de 14 mil alunos, a Universidade FUMEC

tem consciência de sua responsabilidade social e,

sem perder de vista a formação humanista e cidadã,

mantém seu compromisso com a educação superior

de qualidade, como justificativa de seu funciona-

mento e sua existência.

O Curso de Graduação em Direito da FCH foi auto-

rizado por Decreto Presidencial em 25 de maio de

1994, completando, neste ano, 21 anos de funcio-

namento na capital mineira. Quando completou 15

anos de existência, um grupo de docentes do cur-

so, a partir das atividades de pesquisa no âmbito

da graduação em direito, apresentou junto a Capes

o projeto para a implementação do Mestrado em

Direito, iniciado em 2010. O Programa se estrutura

em torno da área de “Instituições sociais, Direito e

Democracia” e das linhas de pesquisa “Autonomia

privada, regulação e estratégia” e “Esfera pública, le-

gitimidade e controle”, cujo objetivo é o estudo das

áreas de intersecção entre o público e o privado. O

referido projeto foi bastante elogiado pela comissão

avaliadora da CAPES, no último triênio (2010/2012).

Desde sua implantação foram promovidos esforços

para sua internacionalização, com a realização de

diversas parcerias com universidades estrangeiras.

O Programa sente que teve um bom começo nes-

ses cinco primeiros anos de atividade e que conta

com boas perspectivas para o futuro, principalmen-

te porque inserido numa instituição cinquentenária,

que oferece todas as condições necessárias para sua

consolidação e aprimoramento.

Revista do CONPEDI46

A Escola Superior Dom Helder Câmara foi criada em

2002 com o objetivo da dedicação exclusiva à área

do Direito. A Escola e seu curso de graduação Direito

obtiveram conceito máximo em todas as avaliações

do MEC, estando entre os melhores cursos de Direito

do Brasil, de acordo com o Jornal Folha de São Paulo

(setembro de 2015).

A mesma excelência do curso de graduação em Direito

foi transportada para o curso de Mestrado em Direito,

que adota a linha de pesquisa “Direito Ambiental

e Desenvolvimento Sustentável”. Para o curso de

Doutorado em Direito, a Escola celebrou parceria

com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de

Janeiro (PUC-RIO), concedendo aos alunos a opor-

tunidade assistir aulas em ambas as instituições den-

tro da linha de pesquisa “Teoria do Estado e Direito

Constitucional”.

O curso de Pós-Doutorado em Direito consiste em

grau ainda mais avançado, destinando-se aos estu-

dantes que já possuem Doutorado em Direito e dese-

jam atualizar-se ou aprofundar seus conhecimentos

por meio da realização de estágio e desenvolvimento

de projeto científico especializado.

Os cursos de Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado

em Direito compõem o Programa de Pós-Graduação

em Direito da Escola Superior Dom Helder Câmara.

Por meio do Programa, a Dom Helder propicia aos

alunos a oportunidade de realizar pesquisas e inter-

câmbios de conhecimento não apenas no âmbito da

ESCOLA DE DIREITO

25 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil 47

própria Escola, mas com outras instituições de pes-

quisa nacionais e estrangeiras.

O Programa de Pós-Graduação da Escola Superior

Dom Helder Câmara recebe professores de instituições

estrangeiras, oportunizando a troca de conhecimentos

e experiências. Os professores visitantes contam com

o auxílio da instituição para se acomodarem no Brasil,

recebendo orientações sobre hospedagem, curso de

Português, entre outras. O Programa fornece ao visi-

tante acesso às instalações da Escola, inclusive à sua

rica biblioteca, para o desenvolvimento apropriado de

sua pesquisa, oportunizando ainda a apresentação de

seu trabalho para professores e alunos.

A Escola mantém convênios com instituições brasi-

leiras e internacionais de destaque no mundo aca-

dêmico, oferecendo a oportunidade de compartilha-

mento de conhecimentos e pesquisas, enriquecendo

a vida acadêmica de professores e alunos.

Escolha o nome da Revista do CONPEDI

O CONPEDI lança nesta edição inau-

gural o concurso para a escolha do

nome da sua nova revista institucio-

nal. A sugestão mais criativa garantirá ao

seu autor uma anuidade, inscrição e passa-

gens aéreas para o XXV Encontro Nacional,

no primeiro semestre de 2016.

O concurso é aberto a todos os associados

do CONPEDI. Na primeira fase, os concor-

rentes indicarão suas sugestões através do

site www.conpedi.org.br entre os dias 30

de novembro de 2015 e 29 de fevereiro de

2016. Cada associado pode propor até dois

nomes. Cinco propostas serão selecionadas

por uma comissão julgadora formada por

dirigentes e funcionários da instituição. A

escolha terá como critérios a originalidade

e a identidade alinhada com o CONPEDI e

com a área da Pós-Graduação em Direito.

Em seguida, os nomes pré-selecionados

serão submetidos a votação popular atra-

vés do site do CONPEDI. Nesta fase, será

permitido o registro de apenas um voto por

associado. O resultado será divulgado no

dia 19 de março de 2016 através do site.

A revista institucional do CONPEDI terá dis-

tribuição semestral a cada Encontro e Con-

gresso do CONPEDI. Seu objetivo é possibi-

litar visibilidade à produção da pesquisa e

da pós-graduação em Direito no Brasil, tra-

zendo pautas que permitam a difusão dos

temas ligados à Pós-Graduação em Direito,

aos Programas e a assuntos de interesse ju-

rídico e acadêmico.

Além da inscrição e transporte aéreo para

o XXV Encontro Nacional do CONPEDI, o

autor receberá uma menção honrosa du-

rante o evento. O resultado também será

registrado na edição seguinte da revista.

Confira o regulamento completo e participe!

Revista do CONPEDI48

CONCURsO CULTURAL

O Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito (CONPEDI) torna público, para conhecimento dos seus associados, o regulamento para escolha do nome da sua nova revista.

5. dA CLASSiFiCAÇÃO

5.1. Caso ocorra a indicação de um mesmo nome por mais de uma pessoa, será aceito apenas a pri-meira indicação – ordem de envio. Passando para a próxima fase (voto popular) somente a proposta do participante que se inscreveu primeiro.

5.2. Será vencedora a proposta que obtiver mais vo-tos na votação popular. O nome eleito será utilizado pela revista durante sua existência ou até que faça necessária a criação de um novo nome.

5.3. Caso ocorra empate na votação popular, caberá à Comissão Julgadora a escolha do 1º colocado.

5.4. O resultado final do concurso será anunciado no dia 19 de março de 2016.

6. dA PrEMiAÇÃO

6.1. O vencedor do concurso fará jus a isenção da próxima anuidade do CONPEDI, inscrição e passa-gens aéreas para o XXV Encontro Nacional (2016). Gozará ainda de homenagem durante o evento e na edição de número dois Revista do CONPEDI.

6.2. A Comissão Julgadora do concurso anunciará o resultado ao vencedor via site do CONPEDI, e-mail e telefone.

7. dAS diSPOSiÇÕES FinAiS

7.1. Todos os participantes do concurso declaram, desde logo, serem de sua autoria a criação, não constituindo plágio ou qualquer violação de direitos de terceiros.

7.2. A inscrição neste concurso implica a cessão dos direitos autorais das sugestões de nomes para a revis-ta, sejam eles ou não o vencedor. O participante au-toriza o uso do nome da revista em qualquer material de divulgação sem ônus ao CONPEDI.

7.3. A inscrição neste concurso também implica a cessão dos direitos de imagens dos participantes, po-dendo o CONPEDI divulgar seus nomes, campus de origem e imagem em qualquer peça de divulgação referente ao concurso, sem ônus a instituição.

7.4. A decisão da Comissão Julgadora será soberana e de caráter irrevogável, não cabendo nenhum recur-so por parte do participante.

7.5. A simples participação neste concurso, de incen-tivo à criatividade, implica o total conhecimento e aceitação irrestrita deste regulamento.

7.6. Os casos omissos neste regulamento serão resol-vidos pela Comissão Julgadora do Concurso.

rEGULAMEntO dO COnCUrSO CULtUrAL PArA ESCOLHA dO nOME dA rEViStA dO COnPEdi

1. APrESEntAÇÃO

A revista do CONPEDI terá sua primeira edição lança-da durante o XXIV Congresso Nacional, de 11 a 14 de novembro de 2015, em Belo Horizonte. A partir dela, as edições serão publicadas no formato impres-so a cada seis meses, por ocasião dos Encontros e Congressos. A revista pautará temas de interesse da Pós-Graduação em Direito e da comunidade jurídica, oportunizando visibilidade para os Programas e reali-zações do CONPEDI.

2. dOS OBJEtiVOS E PArtiCiPAntES

2.1. Eleger o nome oficial da revista.

2.2. O concurso é aberto a todos os associados do CONPEDI e será realizado no período de 30 de no-vembro de 2015 e 29 de fevereiro de 2016.

3. dAS SUGEStÕES

3.1. Os interessados deverão preencher o formulário online que será disponibilizado no site do CONPEDI contendo nome completo, endereço de e-mail, su-gestão de nome para a revista e a justificativa para o nome indicado.

3.2. As sugestões deverão ser enviadas no período de 30 de novembro de 2015 e 29 de fevereiro de 2016.

3.3. Os nomes recebidos após a data estabelecida estarão automaticamente desclassificados.

3.4. Cada concorrente poderá participar com até duas sugestões.

4. dO JULGAMEntO dOS trABALHOS

4.1. A Comissão Julgadora do concurso será formada por dirigentes e colaboradores do CONPEDI.

4.2. A Comissão Julgadora selecionará até cinco pro-postas que irão para votação popular através do site do CONPEDI. A escolha terá como critérios: originali-dade e identidade alinhada com o CONPEDI.

4.3 Caso a Comissão Julgadora classifique apenas uma sugestão de nome, essa será considerada a ven-cedora do concurso.

4.4. A votação popular ocorrerá no período de 9 a 14 de março de 2016.

4.5. Os votos deverão ser enviados através de formu-lário disponível no site do CONPEDI.

4.6. Cada associado poderá votar apenas uma vez.

4.7. Caso nenhuma das propostas esteja de acordo com os critérios de julgamento, não haverá ganhador do concurso, e a Comissão Julgadora indicará três propostas de nomes para a revista, encaminhando os mesmos para votação popular.

25 anos de avanço da educação e da pesquisa jurídica no Brasil 49

Publicação comemorativa - 25 anos do CONPEDIGestão 2013/2015

Presidente:

Vice-presidente Sul:

Vice-presidente Sudeste:

Vice-presidente nordeste:

Vice-presidente norte/Centro:

Secretário Executivo:

Secretário Adjunto:

Conselho Fiscal:

representante discente:

Secretarias:

tiragem:

Projeto Gráfico e diagramação:

Editora e jornalista responsável:

imagens:

Prof. Dr. Raymundo Juliano Feitosa - UNICAP

Prof. Dr. José Alcebiades de Oliveira Junior - UFRGS

Prof. Dr. João Marcelo de Lima Assafim - UCAM

Profa. Dra. Gina Vidal Marcílio Pompeu - UNIFOR

Profa. Dra. Julia Maurmann Ximenes - IDP

Prof. Dr. Orides Mezzaroba - UFSC

Prof. Dr. Felipe Chiarello de Souza Pinto - Mackenzie

Prof. Dr. José Querino Tavares Neto - UFG /PUC PR; Prof. Dr. Roberto Correia da Silva Gomes Caldas - PUC SP; Profa. Dra. Samyra Haydêe Dal Farra Naspolini Sanches - UNINOVE; Prof. Dr. Lucas Gonçalves da Silva - UFS (suplente); Prof. Dr. Paulo Roberto Lyrio Pimenta - UFBA (suplente);

Mestrando Caio Augusto Souza Lara - UFMG (titular).

Prof. Dr. Aires José Rover - UFSC (Diretor Secretaria de Informática); Prof. Dr. Alexandre Walmott Borges - UFU (Diretor Secretaria de Relações com a Graduação); Prof. Dr. Antonio Carlos Diniz Murta - FUMEC (Diretor Secretaria de Relações Internacionais); Profa. Dra. Clerilei Aparecida Bier - UDESC (Diretora Secretaria de Apoio Institucional); Prof. Dr. Eid Badr - UEA / ESBAM / OAB-AM (Diretor Secretaria de Educação Jurídica); Profa. Dra. Valesca Raizer Borges Moschen - UFES e Profa. Dra. Viviane Coêlho de Séllos Knoerr - UNICURITIBA (Diretoras Secretaria de Eventos); Prof. Dr. Vladmir Oliveira da Silveira - UNINOVE (Diretor Secretaria de Apoio Interinstitucional).

5 mil exemplares

Studio S Diagramação e Arte Visual – [email protected]

Ana Claudia Rocha Araujo – DRT/RS 9685

Arquivo CONPEDI

Expediente

– Envie sugestões de pauta sobre temas de interesse da academia jurídica

– divulgue as ações dos Programas de Pós Graduação associados

– Participe do concurso para escolha do nome da revista (veja matéria nesta edição)

– Publique artigos opinativos e resenhas com até duas laudas

– Envie fotos de apresentação de trabalhos e pôsteres de eventos do COnPEdi

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A Revista do CONPEDI, a partir desta edição comemorativa dos 25 anos, será publicada semestralmente.

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