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Campos Novos/SC - Ano 4 - Edição 4 - 2013 - R$ 10,00 O CELEIRO Revista Meio Ambiente Cooperativas promovem campanhas para recolher e dar o destino correto às embalagens de agrotóxicos vazias. Em quatro anos, a Copercampos e a Coocam recolheram mais de 130 mil embalagens. O CELEIRO do Agronegócio do Agronegócio De Campos Novos para o mundo Entrevista O jornalista e escritor camponovense Marcelo Lara fala sobre as di�iculdades do produtor rural brasileiro. Portas Abertas Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Campos Novos declara que o Parque Leônidas Rupp está a disposição da comunidade e empresários para a realização de eventos. Com participação em obras nacionais e internacionais no ramo metálico e portuário, a Estrutural Zortéa é responsável por construções que dão escoamento a produção agrícola brasileira. Págs. 28 a 31 Com participação em obras nacionais e internacionais no ramo metálico e portuário, a Estrutural Zortéa é responsável por construções que dão escoamento à produção agrícola brasileira. Págs. 16 e 17 Págs. 10 e 11 Pág. 40

Revista O Celeiro do Agronegócio

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Revista O Celeiro do Agronegócio Publicação anual - 2013

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Campos Novos/SC - Ano 4 - Edição 4 - 2013 - R$ 10,00

O CELEIRORevista

Meio AmbienteCooperativas promovem campanhas para recolher e dar o destino correto às embalagens de agrotóxicos vazias. Em quatro anos, a Copercampos e a Coocam recolheram mais de 130 mil embalagens.

O CELEIROdo Agronegóciodo Agronegócio

De Campos Novos para o mundo

EntrevistaO jornalista e escritor camponovense Marcelo Lara fala sobre as di�iculdades do produtor rural brasileiro.

Portas AbertasPresidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Campos Novos declara que o Parque Leônidas Rupp está a disposição da comunidade e empresários para a realização de eventos.

Com participação em obras nacionais e internacionais no ramometálico e portuário, a Estrutural Zortéa é responsável por construções que dão escoamento a produção agrícola brasileira.

Págs. 28 a 31

Com participação em obras nacionais e internacionais no ramometálico e portuário, a Estrutural Zortéa é responsável por construções que dão escoamento à produção agrícola brasileira.

Págs. 16 e 17Págs. 10 e 11 Pág. 40

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SUMÁRIO

EconomiaO jornalista e escritor camponovense Marcelo Lara falasobre as dificuldades do produtor rural brasileiro.

Artigos ..................................................................................................................................................................................................5Responsabilidade Social................................................................................................................................................................. 18No campo ........................................................................................................................................................................................... 19Cavalo crioulo...................................................................................................................................................................................24Armazenagem...................................................................................................................................................................................26Cooperativa.......................................................................................................................................................................................33Conhecimento...................................................................................................................................................................................39Atendimento ao Produtor...............................................................................................................................................................40Tecnologia...........................................................................................................................................................................................41Consultoria........................................................................................................................................................................................42Assistência Técnica.........................................................................................................................................................................44Comemoração..................................................................................................................................................................................50Tradição..............................................................................................................................................................................................54

EntrevistaAPP, PRA, reserva legal na pequena propriedade rural e cadastro rural são alguns dos principais pontos da revisão do Código Ambiental de Santa Catarina, que foi coordenado pelo deputado estadual Romildo Titon. Em entrevista, ele contou sobre esse trabalho para o ajuste da legislação estadual do Código Florestal Brasileiro.

Meio AmbienteCooperativas recolhem mais de 130 mil embalagens em quatro anos.

CapaCom capacidade de produção média de 600 toneladas por mês, a Estrutural Zortéa, de Campos Novos, é responsável por obras que dão escoamento à produçãoagrícola do país, com participação em obras nacionais e internacionais de exportação no ramo metálico e portuário.

E mais...

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Diretor: Alexandre Alvadi Di Domenico.

Jornalista responsável: Claudia Mota (DRT/SC 816 JP).

Projeto Gráfi co e Diagramação: Wilhiam Rodolfo Peretti.

Comercial: Wilhiam Rodolfo Peretti.

Colaboração: Bárbara Bittencourt da Silva, Camila Bebber Gomes,

Eliane Lopes, Eliza Berwig, Felipe Montoya, Juliana Cacia Sabei Rosar,

Laércio Zanchett, Luiz Carlos Dartora, Marcelo Tolentino, Marcos Antonio Bedin,

Paulo Cesar Padilha, Priscila Dalzotto, Sabino Evaristo Santos e Vera Alves.

Fotos: Arquivo Jornal O Celeiro.

Contato: [email protected]/Fax: (49) 3541 0597.Rua: Marechal Deodoro, 335, Centro, Campos Novos (SC)CEP: 89620-000.Gráfi ca: Blumen.Tiragem: 3000 exemplares.

Ed. 4 / Dezembro 2013

A Revista Celeiro do Agronegócio é um produto do jornal O Celeiro com tiragem anual

EDITORIAL

EXPEDIENTE

Alexandre Alvadi Di DomenicoProdutor Rural e Diretor da Revista Celeiro do Agronegócio

O agronegócio é a mola propulsora do PIB brasileiro e Campos Novos não fica atrás, somos o Celeiro do Estado e ostentamos com orgulho este título. Campos Novos é o maior produtor de grãos e possui o segundo maior rebanho bovino de Santa Catarina. Fruto do trabalho dos produtores rurais. 2013 foi mais um ano de bons resultados no agronegócio. A safra passada foi boa, apesar da estiagemlocalizada. A safra de inverno que está sendo colhida é um recorde nas lavouras de trigo, aveia, cevada. A canola, que entrou no cenário este ano, abre mercado para Campos Novos. A leguminosa produzida pela Cooperativa Agropecuária Camponovense (Coocam) vai para o Rio Grande do Sul para virar óleo vegetal de boa qualidade e chegar à mesa dos brasileiros. Campos Novos tem a peculiaridade de investir em tecnologia, de buscar o novo, de buscar aquilo que faça com que o produtor produza cada vez mais, renda mais e possa produzir alimentos com qualidade para o Brasil e o exterior. Esta é a nossa obrigação: como produtor, produzir alimentos com sustentabilidade. Este é grande desafio do agricultor que é um ambientalista nato. As pessoas gostam de taxar o produtor rural como um desmatador, de dizer que ele destrói a natureza. Isto é uma grande inverdade porque o produtor rural é aquele que protege o meio ambiente. Produz sim, mas protegendo o meio ambiente. Hoje o debate é sobre o Código Florestal, que ainda está engatinhando, que vai nortear a produção brasileira. Para isso é preciso pessoas comprometidas com o agronegócio e nas eleições do ano que vem, os produtores rurais precisam eleger parlamentares que estejam efetivamente ligados ao setor. Santa Catarina deixou muito a desejar na última eleição. Não foi eleito nenhum deputado federal ligado ao agronegócio. Então, em 2014, nós temos a obrigação, independente de partido político, de eleger parlamentares que em nível estadual e federal estejam comprometidos com o agronegócio catarinense para termos uma voz atuante na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional. O agricultor faz o seu dever de casa. Ele sabe muito bem produzir, trabalhar e gerar riqueza. É preciso ter, do outro lado, pessoas que o defenda, pessoas que sejam atuantes. É aqui que entra o compromisso de votar nos candida-tos certos, pessoas que dignifiquem o nosso voto, e que nos defendam na hora que precisarmos para continuarmos a produzir mais e melhor em Campos Novos, que é o Celeiro do Estado, e no Brasil, o Celeiro do mundo. Por isso, nos orgulhamos de apresentar na quarta edição da revista “O Celeiro do Agronegócio” aspotencialidades do pequeno, médio e grande produtor rural de Campos Novos e região. Desejamos a todos um bom fim de ano e que 2014 seja cheio de realizações e de boas safras para todos nós.

Boa leitura.

Os desa�ios do agronegócio

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ARTIGO

Lideranças do cooperativismo cata-rinense voltaram a ser destaque na semana que passou. A Assembleia Legislativa incluiu no rol de homenageados, o presidente da Ocesc, Marcos Antônio Zordan. Evidentemente que seus méritos pessoais foram os principais ingredientes para fazer jus à Comenda do Legislativo Catarinense, entretanto, precisa ser considerando também, como disse o próprio homenageado, que o desta-que é para o movimento cooperativista estadual. Não é a primeira vez que os políticos prestam ho-menagem a lideranças cooperativistas. Quase que anualmente alguém merece destaque e reconhe-cimento público pela importância que represen-ta na sociedade, e pela militância das pessoas no Sistema. Nesse ano teve um ingrediente especial que merece reflexão. Foi o próprio Poder Legis-lativo que praticamente enterrou a proposta da entidade, cujo presidente foi homenageado, de se criar uma lei cooperativista estadual. Por ironia do destino, o parlamentar que indicou a homena-gem deste ano, foi quem levou a culpa da lei não ter avançado, pois na condição de presidente da Comissão de Constituição e Justiça, aceitou uma emenda contrária à proposta principal do proje-to de lei que disciplinava a atuação das coopera-tivas legalmente constituídas no estado. Foi um episódio que magoou as principais lideranças do cooperativismo. Afinal, as cooperativas bem in-tencionadas desejam que a legalidade de atuação seja preservada, mas sempre tem os contrários que querem criar normas e subterfúgios para fa-cilitar a distorção dos objetivos cooperativistas. O deputado Mauro de Nadal, que neste ano indicou Marcos Zordan para receber a Comenda, e que já

Cooperativismo e a Políticaprovou que defende o sistema, deve ter se aliviado com a iniciativa, muito embora nos meios coope-rativistas ficasse a impressão de que o objeto foi se redimir pela falha no tratamento da lei. Por ou-tro lado, existem aqueles que defendem que pre-cisa ser reconhecido que não foi intencional, e o que houve foi excesso de zelo pela conciliação de interesses políticos partidários. Esse tipo de pro-blema só ocorre quando os assuntos tratados não são dissecados com o necessário conhecimento de causa. Pode-se dizer que houve falha por par-te da base do Governo que foi o propositor oficial do projeto de lei; falha nas discussões dos reais objetos da proposta por parte dos parlamentares e do próprio Sistema Cooperativo que confiou, achando que com a maioria da base governamen-tal no legislativo, teria aprovada a proposta do Governador. A verdade é que a lei foi sepultada e dificilmente retornará a Casa, pois como disse o presidente Marcos Zordan, se for para ficar pior do que existe hoje, melhor não aprovar. Esse episódio serve mais uma vez para alertar os líderes coope-rativistas que precisamos eleger políticos com co-nhecimento de causa, oriundos do sistema e que efetivamente assumam as nossas causas, e não só se aproveitem do Sistema. As novas eleições vêm aí, e já está na hora do cooperativismo catarinense avaliar e definir a quem irá apoiar nos próximos pleitos eleitorais ignorando paixões partidárias ou regionais e que apostem mais nos defensores do sistema e do setor. Pense nisso.

Por Ivan Ramos

Diretor executivo da Fecoagro-SC

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ARTIGO

Mobilidade Agropecuária

Por José Zeferino Pedroso

Presidente da Faesc

única que atravessa longitudinalmente o território catarinense. Lembra que a via é essencial para esco-amento da produção agroindustrial, com partici-pação significativa na exportação brasileira além das manufaturas de papel, celulose, mobiliário, be-bidas, metal mecânico. Somente para o transpor-te de leite, milho, soja, carnes de aves e suínos e industrializados, calcários e fertilizantes circulam diariamente na BR-282 aproximadamente 1.100 carretas de 30 toneladas. O maior volume de exportação se pro-cessa através dos portos catarinenses de Itajaí, Navegantes, São Francisco do Sul e Imbituba, aces-sados pela BR-282. O presidente da Faesc cita estatísti-ca da Polícia Rodoviária Federal segundo a qual, nos 1.664 dias do período de 01/01/2007 a 24/07/2011 foram registrados 10.418 acidentes, uma média de 6,26 acidentes/dia, resultando em 569 mortes no local das ocorrências, o que corres-ponde a uma taxa de uma morte acidental a cada três dias. As obras de duplicação de alguns seg-mentos mais críticos – contornos viários das ci-dades de Lages (7km); Xanxerê (14Km); Chapecó (7Km); Pinhalzinho (4Km) e Maravilha (5,8Km) – não serão suficientes para dar solução à crítica situação da rodovia. Por outro lado, os projetos de engenharia rodoviária para duplicação da BR-282 são de desenvolvimento de médio/longo prazo, enquanto os problemas se agigantam diariamente. O presidente da Faesc enfatiza que, com a in-clusão integral da BR-282 no Programa de Acele-ração do Crescimento (PAC), o DNIT poderá alocar recursos e licitar as obras na modalidade de Regi-me diferenciado de Contratação (RDC).

Moção de apoio para inclusão das obras da rodovia federal BR-282 no Programa de Acelera-ção do Crescimento (PAC) foi assinada, no final do mês de setembro, pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catari-na (Faesc), José Zeferino Pedrozo. O movimento tem o apoio de prefeitos, ve-readores, lideranças empresariais, presidentes de federações, e representantes da sociedade civil organizada, com coordenação do deputado fede-ral Celso Maldaner. O objetivo é priorizar a cons-trução do trecho Campos Novos-Argentina (355,7 km) nas obras do PAC. Pedrozo mostra que, na condição de espinha dorsal do sistema rodoviário catarinense, a BR-282 é essencial para o escoamento da vasta produção agroindustrial do Oeste de Santa Catari-na aos portos e aos grandes centros brasileiros de consumo. Por ela transitam milhões de dólares em produtos exportáveis que asseguram as divisas das quais o país precisa para sustentar seu desen-volvimento. “Na verdade”, assinala, “esse é o único caminho para escoar as riquezas exportáveis do grande oeste”. Considerando-se somente a pro-dução agroindustrial, somam mais de 500 mil toneladas de produtos cárneos, grãos e lácteos transportados todo mês. Somente a análise da re-ceita tributária que essa riqueza gera para o Esta-do torna incompreensível a situação de penúria e abandono da BR-282. O dirigente manifestou apoio porque a BR-282 é de jurisdição federal e se caracteriza como rodovia que faz a ligação leste-oeste de San-ta Catarina, desenvolvendo-se entre as cidades de Florianópolis até Paraíso, na fronteira Brasil/Argentina, totalizando 680,6 quilômetros, sendo a

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ARTIGO

Os principais objetivos são a realização de estudos e proposição de soluções; promoção da divulgação da doutrina cooperativista; fomento e criação de novas cooperativas; estímulo ao fortaleci-mento do sistema de representação do cooperativis-mo; assistência geral ao cooperativismo; prestação de serviços de ordem técnica em nível de direção, funcionários e associados às cooperativas filiadas; promoção de congressos, encontros, seminários e ciclos de estudos; integração com as entidades con-gêneres das demais unidades da Federação. O primeiro órgão representativo foi a ASCOOP - Associação das Cooperativas de Santa Ca-tarina, fundada em 1º de agosto de 1964, durante a 1ª Reunião Regional, realizada em Blumenau, que ensaiou os passos iniciais para a uniformidade do movimento em todo o território estadual, após as medidas adotadas por órgãos governamentais para a regularização das cooperativas até então existen-tes. Em 1971, quando o Governo Federal efe-tivava as mudanças anunciadas desde 1969 na legis-lação cooperativista, com base no Decreto nº 60.597, de 1967, que regulamentou a Lei nº 59/1966 e criou o Conselho Nacional de Cooperativismo-CNC, foram oficializadas a Organização das Cooperativas Brasi-leiras - OCB, constituída em dezembro/69, e as Orga-nizações de Cooperativas Estaduais-OCE’s, pela Lei nº 5.764, de 16/12/71, que definiu a Política Nacio-nal de Cooperativismo e instituiu o Regime Político das Cooperativas. Constituída em 28 de agosto daquele ano, a Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina - OCESC, após a oficialização passou a re-presentar efetivamente o Sistema Cooperativo Ca-tarinense, para a criação e registro de cooperativas singulares, centrais e federações, já encarregando-se gradativamente dos serviços anteriormente a cargo de órgãos governamentais, coordenando o encami-nhamento da documentação correspondente à OCB, aos órgãos normativos estatais e à Junta Comercial do Estado de Santa Catarina-JUCESC. Por determinação estatutária, coube tam-bém à OCESC a prestação dos serviços necessários ao perfeito desempenho e desenvolvimento das coo-perativas de todos os segmentos.

Cooperativismo Organizado

Por Marcos Antônio Zordan

Diretor/Presidente da Ocesc

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ECONOMIA

Depois de um ano marcado pela seca no Sul do Brasil e pela restrição às exportações para a Argentina, as empresas de máquinas agrícolas que atuam no país projetam um crescimento entre 4% e 5% nas vendas internas em 2013, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Em 2012, as principais dificuldades do segmento foram no primeiro semestre, quando houve as quebras nas colheitas de grãos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Também recuou a demanda vinculada ao programa go-vernamental “Mais Alimentos”, e as restrições às exportações para a Argentina fechavam o quadro negativo, que mudou um pouco no segundo se-mestre. Com a redução de 5,5% para 2,5% dos juros do Programa de Sustentação do Investimen-to (PSI, do BNDES), anunciada no fim de agosto, as vendas internas voltaram a ganhar fôlego. Além disso, a severa estiagem que ceifou a produção americana de grãos contribuiu para elevar os pre-ços internacionais de soja e milho e abriu perspec-tivas para o aumento das áreas plantadas no Brasil que, somada à maior capitalização dos produtores, gerou uma corrida mais acelerada por novas má-quinas. A Anfavea, que previa inicialmente esta-bilidade nas vendas domésticas em 2012, acabou por registrar aumento de cerca de 5% (o resultado ainda não foi fechado oficialmente). O vice-presi-dente da entidade, Milton Rego, estima que a co-mercialização de suas empresas associadas alcan-çou 69 mil unidades de tratores e colheitadeiras no ano passado, ante as 65,3 mil de 2011 e as 68,5 mil de 2010, o qual deve perder o posto de melhor

Boas perspectivas para venda demáquinas agrícolasMercado aquecido em Campos Novos anima representantes de revendas

ano em vendas internas. Em Santa Catarina, as vendas acompanharam o mercado nacional e em Campos Novos os representantes de revendas de máquinas agrícolas estão animados. Sergio Calegari Junior, da Agro Divel, concessionária New Holland, avalia que nos últi-mos cinco anos o programa “Mais Alimentos” foi o carro chefe do crescimento nas vendas de tratores, principalmente, além de colheitadeiras. Com taxas de juros mais baixas nos financiamentos agrícolas no percentual de 2% e prazos de 10 anos, o pe-queno agricultor investiu. Mais recentemente com a queda de juros também para médios e grandes produtores, as vendas se ampliaram. Segundo Ca-legari, em 2008, a taxa que variava entre 7,5% a 7,75% ano, hoje gira em torno de 3,5 % ao ano, além dos bons preços das “commodities” e do lei-te. “Além é claro da questão do preço das commo-dities, nós temos o soja num preço muito bom, o leite também eu diria que na pequena proprieda-de é a maior fonte de renda.”. Sergio Calegari Ju-nior cita ainda reação no mercado da suinocultura e boa produtividade na safra de feijão. Todos estes fatores influenciaram o produtor na renovação ou ampliação da sua frota agrícola. “Nunca se vendeu tanto trator como se

vende hoje.”, afirmou Alexandre Zanotto Fagundes, da Sperandio Máquinas, representante da Massey Ferguson. De acordo com Fagundes, a agricultura, que vinha de um parque de máquinas sucateado, vislumbrou no Pronaf Mais Alimentos, entre as alternativas oferecidas pelo governo, a possibili-dade de renovar o maquinário. Ele avalia que con-forme se reduzem as janelas de plantio e colheita, a tendência é que o agricultor aumente o tamanho de suas máquinas para dar conta do trabalho na propriedade. O aumento nas vendas de tratores e implementos diversos chega a 60%, afirmou o re-vendedor. “Tratores na faixa de 50 a 75 cvs, 90% sai pelo Pronaf Mais Alimentos, que é o que abran-ge. E junto com ele vem uma carretinha, um ara-do, uma grade, um pé de pato e uma plantadeira.”, explicou Fagundes, que completou: “Agricultores que até pouco tempo dependiam de terceiros para plantar e colher hoje contam com seu próprio par-que de máquinas.”. Ele citou, como exemplo, que a parcela de um trator de 75 cvs, que ficava em R$ 17 mil, está atualmente em R$ 10 mil, ou seja, o agricul-tor que precisava vender 20 terneiros para quitar a parcela, hoje vende 10 e paga a dívida. De acor-do com Alexandre Fagundes, a Massey Ferguson %

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trabalha com o que há de melhor em tecnologia embarcada na área agrícola no mercado, incluin-do grande diversidade de tratores, colheitadeiras, pulverizador auto propeletro e linha de plantio completa de plantadeiras. A programação da Spe-randio é faturar com a venda de 100 tratores de 75 cvs em 2103. Douglas Fernando Albuquerque, da Meta Agrícola Case, também confirmou o incre-mento nas vendas de tratores pelo “Mais Ali-mentos”, com a comercialização em torno de 20 tratores/mês. Além de tratores, a Case também trabalha com colheitadeiras e plantadeiras. O gerente comercial Italo Tisian, re-vendedor da Dresch, representante da Valtra, an-tiga Walmet, afirma que o Pronaf Mais Alimentos oportunizou novas perspectivas ao agricultor na renovação da sua frota agrícola. Italo acredita que a cada 10 tratores vendidos por meio do programa em Campos Novos, cinco são da Valtra. Em per-centual, o revendedor fala em 300%. “Nessa faixa de potência, que hoje a potência máxima é de 75 cvs, pode-se dizer que houve um crescimento de 300%, com a entrega de três tratores/mês só do Mais Alimentos.”, explicou. A filial da Dresch, de Campos Novos, abrange 20 municípios e ele apos-ta numa ampliação desta região de abrangência. Italo Tisian também avaliou que Cam-pos Novos é referência no agronegócio no Estado e afirmou que a empresa vislumbra aumento deste potencial. Pelo “Mais Alimentos”, analisou ainda o representante da Valtra, o agricultor deixou de adquirir maquinário usado para equipar sua propriedade com máquinas novas e o mais im-portante, com condições de quitar sua aquisição. A empresa trabalha com a venda de 15 modelos de tratores entre 50 e 300 cvs, que podem ser ade-quados de várias maneiras, conforme a necessida-de do agricultor. Na visão da empresa Napalha, conces-sionária John Deere, o Pronaf Mais Alimentos, programa lançado pelo governo federal em 2008, com certeza superou as expectativas em todos os sentidos, visto que teve medidas claras de finan-ciamento como prazos de 10 anos e juros de 2% ao ano. Determinação operacional que fez con-cretizar as medidas anunciadas, como liberação de recursos, parcerias entre indústrias, governos e empresas do comércio. Estes entendimentos transmitiram confiança ao agricultor. “Podemos resumir dizendo que é um programa histórico de apoio para o pequeno produtor continuar sendo indispensável na produção de alimentos para a humanidade.”, disse Emilio Cassaniga, gerente de vendas da Napalha. O destaque maior para tratores e im-plementos, visto que é muito grande a falta destes nas propriedades, prazos de 10 anos com juros fixos de 2% ao ano, deram segurança para o pe-queno produtor. Na área de atuação da Napalha, os percentuais de venda também acompanham os percentuais nacionais do programa. Na safra 2008/2009 chegou a 75%, já na safra 2011/2012 esse percentual representa entre 40% e 45%, e deve ficar em torno de 38% na safra 2012/2013. A empresa atende hoje em torno de 85 municípios com as vendas realizadas pela Napalha Campos Novos, Fraiburgo, São Joaquim e Rio do Sul.

“Agricultores que até pouco tempo dependiam deterceiros para plantar e colher hoje conta com seu próprio parque de máquinas”.

Alexandre Zanotto Fagundes, da Sperandio Máquinas, representante da Massey Fergusson

“Além é claro da questão do preço dascomodities, nós temos o soja num preço

muito bom, o leite também eu diria que na pequena propriedade é a maior fonte de renda”.

Sergio Calegari Junior da Agro Divel, concessionária New Holland

“Nessa faixa de potência, que hoje a potência é de 75cvs., pode-se dizer que houve um crescimento de 300% , com a entrega de três tratores/mês só do Mais Alimentos”.

Italo Tisian gerente comercial revendedor da Dresch, representante da Valtra antiga Valmet

“Através do “Mais Alimentos”, começamos o incremento e atualmente estamos com a comercialização em torno de 20 tratores/mês”.

Douglas Fernando Albuquerque da Case

“Podemos resumir dizendo que é um programa histórico de

apoio para o pequeno agricultor continuar sendo indispensável na produção de alimentosa para a

humanidade”

Emilio Cassaniga da empresa Napalha, concessionário John Deere

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ECONOMIA

Brasil ainda não fez o dever de casaÉ preciso entender que o agricultor tem suas necessidades, uma

indústria a céu aberto e se ele perder uma safra, ele perde tudo.

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O Brasil é o maior produtor de alimen-tos do mundo, mas investe pouco na valorização do produtor, especialmente na logística para es-coamento desta produção. São estradas em con-dições ruins, ferrovias sucateadas e o produtor que permanece na insegurança. A opinião foi ma-nifestada pelo jornalista e escritor camponovense, Marcelo Lara, durante o lançamento, em outubro, em Campos Novos do seu primeiro livro “Entre personagens e paisagens - Uma experiência de te-lejornalismo pelo Brasil Rural” (152 páginas). A obra retrata uma experiência bem sucedida de telejornalismo pelo interior do Brasil, veiculada pelo Canal Rural, por meio do projeto Repórter Mitsubishi, que tinha como missão sair do Chuí, no extremo Sul do país, e chegar até o Oiapoque, no Norte. No livro, Lara selecionou 24 histórias de vida, entre as reportagens produzidas. É um Brasil de contrastes, afirmou o jornalista. Para ele, em primeiro lugar “é preciso entender que o agricultor tem suas necessidades, uma in-dústria a céu aberto e se ele perder uma safra, ele perde tudo.”. Diferente do que acontece nos Es-tados Unidos, exemplifica Lara, “que passou por uma das maiores secas e mesmo assim os produ-

Fim da polarização e mais coesão entre sociedade urbana e rural Na explanação aos presentes no lança-mento do seu livro, Marcelo Lara também defen-deu o que mais acredita: uma sociedade rural e urbana mais coesa, o que na sua avaliação tornou-se mais difícil com tantas discussões em torno do Novo Código Florestal Brasileiro, o que chamou de polarização. “É uma sociedade radicalmente divi-dida e a ideologia acima de qualquer informação técnica e valorização do que é feito no campo.”, re-sume o jornalista. Ele enfatiza que a grande maioria da produção brasileira é sustentável e o produtor tem consciência da importância da preservação do meio ambiente, caso contrário, estaria invia-bilizando sua própria renda ou meio de sobrevi-

vência. Segundo Lara, no calor do debate do Novo Código Brasileiro, “surgiram multas bilionárias no meio rural, muito superiores às aplicadas em ins-tituições financeiras que quebraram o mundo.”. É a longo prazo e, também, cultural esta mudança, mas o jornalista acredita que seja possí-vel. “É a luta dos agricultores contra a visão urba-noide.”. Lara concorda que o debate deve ocorrer, mas de uma forma aberta, tranquila e com bom senso, sem radicalismos.

tores nunca ganharam tanto dinheiro, porque eles têm seguro e funciona, essa máquina funciona.”. No Brasil se tem criatividade e persis-tência do produtor, que é considerado um herói pelo escritor, porque não existe subsídio, decla-ra. Ele avalia que os planos de safra vêm melhorando, mas se esbarra na logística para o escoamento e comercialização da produção. Lara cita o exemplo da produção leiteira, pois em muitas regiões ainda há dificul-dades para o acesso às propriedades produtoras e uma legislação complexa.

Na explanação aos presentes no lança-mento do seu livro, Marcelo Lara também defen-deu o que mais acredita: uma sociedade rural e urbana mais coesa, o que na sua avaliação tornou-

tores nunca ganharam tanto dinheiro, porque eles têm seguro e funciona, essa máquina funciona.”. No Brasil se tem criatividade e persis-tência do produtor, que é considerado um herói pelo escritor, porque não existe subsídio, decla-

produção. Lara cita o exemplo da produção leiteira, pois em muitas regiões ainda há dificul-dades para o acesso às propriedades produtoras

Marcelo Lara

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Embora sua primeira obra não traga experiências vi-vidas na sua terra natal (Campos Novos) ou em Santa Catarina, Marcelo Lara abriu a apresentação do seu livro com imagens de Campos Novos e o título: “Campos Novos, Minha Terra”. O jornalista se declarou apaixonado por sua terra e afirmou que o destaque como Celeiro se deve muito aos pro-dutores e técnicos, que trabalham com tecnologia de ponta, buscam o que há de melhor, estão sempre se aperfeiçoando e conhecendo novas experiências, inclusive fora do país. Ele observou, no entanto, que os embates políticos ainda são uma realidade a ser superada no município. “Muitas vezes eu não entendo os debates muitos acirrados, a polarização política aqui me deixa triste, porque perdemos espaço.”. Para Marcelo Lara, não se questiona que Campos No-vos está muito bem, que é o Celeiro Catarinense, “mas quando se chega no embate, nas questões mais ideológicas, ali é que se perde o foco de grandes projetos.”, concluiu o escritor.

Sobre Campos Novos

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ENTREVISTA

A Revisão doCódigo Ambiental de Santa Catarina por

Romildo Titon

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armonia entre produção e sustentabilidade, bem como respeito às peculiaridades do Estado e a incorporação de novidades do novo Código Florestal Federal, beneficiando, principalmente, as pequenas propriedades, responsáveis por 90% da produção. Foram essas as principais contri-buições da revisão do Código Ambiental de Santa Catarina, cujas análises técnicas e jurídicas foram realizadas pelo grupo de trabalho conduzido pelo vice-presidente da Assembleia Legisla-tiva, deputado Romildo Titon (PMDB).

A revisão do Código Ambiental de SC, aprovado em 2009, segundo Titon, foi necessária para in-corporar as novas regras do novo Código Florestal, aprovado em 2012, e que teve a legislação catarinense como uma de suas referências. O ajuste também serviu para promover as complementações necessárias diante das características e necessidades próprias de Santa Catarina. Confira a seguir os principais tre-chos da entrevista com o deputado Romildo Titon.

H

Deputado Romildo Titon (PMDB) coordenou o trabalho de ajuste da legislação estadual ao Código Florestal Brasileiro. Novo Código Estadual garante desenvolvimento do Estado no campo e na cidade.

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Revista O Celeiro do Agronegócio - O que mudou para o agricultor catarinense com a adequação entre o Código Ambiental Federal e a revisão do Código de Santa Catarina?

Romildo Titon - Entre as principais adequações da revisão do código ambiental está a mudança de conceito de pequena propriedade. Com a revisão aperfeiçoamos essa diferenciação entre a grande e a pequena propriedade, respon-sável por 90% da produção no Estado. As próprias regras de limites de Áreas de Preservação Perma-nente (APPs) próximas a rios vão de cinco a 15 metros de acordo com o tamanho da propriedade. A legislação catarinense continua com o foco de beneficiar a agricultura familiar, equilibrando produção agrícola e pro-teção ambiental. A não obrigatoriedade de aver-bação de reserva legal é outra inovação. Outra boa notícia é que nas pequenas proprieda-des rurais com atividades produtivas consolidadas (desenvolvidas até julho de 2008) a reserva legal será constituída pela ve-getação natural existente no imóvel naquela data. A criação do Cadastro Ambiental Rural é outro ponto positivo. Sua implantação acaba com a obrigatoriedade de o produtor registrar suas informações no cartório de imóveis. Uma burocra-cia, bem como um custo a menos. A responsabili-dade dos municípios em estabelecer regras para APPs em áreas urbanas já consolidadas também ganha destaque no novo texto.

O Celeiro do Agronegócio - O governa-dor já disse que o Estado vai dar toda a estrutura para o Cadastro Ambiental Rural. Como o senhor espera que seja realizado esse trabalho? Titon - Certamente é um grande de-safio, em razão da quantidade de propriedades rurais que precisam ser cadastradas. Por isso, para que se atinjam os objetivos, considero fun-damental a reunião de várias condições. Além do Poder Executivo disponibilizar a estrutura admi-nistrativa para o CAR, a existência de regras claras e o envolvimento das entidades de classe rurais (sindicatos, federações, entre outras) também são elementos fundamentais no trabalho de sensibili-zação e esclarecimento do agricultor. O Celeiro do Agronegócio - Em que a futura lei catarinense será mais restritiva do que a federal? Titon - O objetivo é de adequar-se a lei federal, levando-se em consideração as peculia-ridades locais, e não trabalhar com a lógica rasa do mais ou menos restritivo. É bom lembrar que

Santa Catarina tem perfil de “Estado verde” e isso pode ser comprovado em números. Temos cerca de 40% de mata nativa preservada, somos apenas 1,3% do território nacional e o quinto maior pro-dutor brasileiro. E, segundo especialistas do setor, a área agrícola até reduziu no Estado, onde o ter-ritório protegido foi ampliado. Isso quer dizer que conseguimos produzir com qualidade em regiões cada vez menores.

O Celeiro do Agronegócio - Qual é a avaliação do trabalho de revisão do Código Am-biental de Santa Catarina e qual a expectativa de

tramitação e aprovação na Alesc? Titon - Foram cerca de quatro meses de análises técnicas e jurídi-cas e de reuniões com en-tidades. Tentamos fazer uma revisão compartilha-da, ouvindo o máximo de entidades do setor produ-tivo e agentes envolvidos com meio ambiente. A revisão serviu para pre-encher vazios deixados pela lei federal. Foi im-portante também para adotar as inovações do Código Florestal, sempre respeitando as peculiari-dades locais. Reforçamos a preservação das flores-tas no Estado, evitando confundir a regularização de áreas com a ampliação de novos desmatamentos ilegais. A proposta trami-ta na assembleia e está passando pelas comis-

sões. Esperamos que seja aprovada ainda este ano. Sendo aprovada pelos deputados, vai para sanção do governador. Somente depois desse processo é que o projeto é publicado no Diário Oficial e se transforma em lei.

O Celeiro do Agronegócio - Qual é o recado para o agricultor familiar catarinense sobre o Código Ambiental Rural de Santa Catarina? Titon - A principal mensagem é no sen-tido de que todos os esforços realizados durante a elaboração da proposta de revisão do código catarinense, cujo grupo de trabalho eu coordenei, foram direcionados para o objetivo de construir uma legislação que leve em consideração que a necessidade de proteção do meio ambiente deve ser conciliada com a realidade social e econômica específica da agricultura catarinense. É um gran-de desafio, até porque não temos plena liberdade sobre o que inserir na legislação estadual, mas te-mos a convicção de que, comparativamente com o Código Florestal anterior, passaremos a ter uma legislação ambiental mais equilibrada.

O Celeiro do Agronegócio - E como ficou a questão da aplicação da lei nas áreas urba-nas?

Titon - No que se refere às áreas urba-nas ainda não consolidadas valem as mesmas re-gras do campo, isto é, o mínimo de 30 de metros de recuo, como forma de proteger a vegetação ainda existente. Por outro lado, nas áreas urbanas con-solidadas – já inseridas no dia-a-dia das cidades – consideramos imprescindível, em complementa-ção aos instrumentos contidos na legislação fede-ral, respeitar as necessidades de cada município, de modo que as Câmaras de Vereadores possam debater e definir o uso e ocupação do solo em tais locais, por meio dos Planos Diretores ou zonea-mento municipal

Discutir o futuro das construções já existentes em áreas urbanas consolidadas foi o objetivo de dois seminários que ocorre-ram em Campos Novos, no Meio-oeste, e em Lages, na Serra. Nesses eventos, realizados em 2013, o deputado Romildo Titon promoveu palestras com a ideia de orientar sobre a apli-cação da legislação ambiental nas cidades. O público-alvo foi vereadores e prefeitos. O projeto de lei alterando o Códi-go Ambiental de SC prevê que os municípios também possam tratar das Áreas de Preser-vação Permanente (APPs) em áreas urbanas consolidadas, levando em consideração sua realidade local. O Código Florestal Brasileiro não prevê regras claras sobre a situação de construções próximas de APPs. A lei federal fala em avaliar propriedade por propriedade em projeto de regularização fundiária, limi-tando o recuo mínimo 15 metros das APPs (rios, cursos d´água, entre outros), o que pra-ticamente inviabiliza a indústria em várias regiões do Estado. As únicas construções que per-maneceriam de pé teriam de provar serem de baixa renda ou ainda com uma ocupação superior a 50 habitantes por hectare, o que não se encaixa no perfil de Santa Catarina. “Diante disso decidimos, dentro da revisão, repassar essa responsabilidade para os mu-nicípios e suas Câmaras de Vereadores. Como faz? Vai derrubar as construções que não es-tão dentro dos 15 metros? Só os municípios sabem das suas necessidades e como farão para resolver a questão das áreas urbanas consolidadas.”, destacou Titon, que coorde-nou a revisão do Código Ambiental de SC.

Deputado Titon orienta sobre aaplicação da legislação ambiental as áreas urbanas

A principal mensagem é no sentido de que todos os esforços realizados

durante a elaboração da proposta de revisão do código catarinense, cujo grupo de trabalho eu coordenei, foram direcionados para o objetivo de construir umalegislação que leve em considera-ção que a necessidade de prote-ção do meio ambiente deve ser conciliada com a realidade social e econômica específica da agricultura catarinense.” ”

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APP (Área de Preservação Permanente) O Código Ambiental de SC considerava pequena propriedade aquela com até 50 hectares. Agora, adotando o mecanismo da lei federal, pequena propriedade será aquela com até quatro módulos. Essa metragem irá variar de município para município, de acordo com a tabela definida pelo Incra. Em Santa Catarina há cidades em que um módulo equivale a 18 hectares. Nesses municípios, a pequena propriedade passará de 50 hectares para 72 hectares, isto é, quatro módulos. Isso irá ampliar a quantidade de propriedades enquadra-das no status de pequena, sendo beneficiadas com regras diferenciadas para a regularização de atividades produtivas consolidadas.

Áreas urbanas consolidadas Em razão do novo regramento da legislação federal, passou a ser necessário também disciplinar as possibilidades de regula-rização ambiental de ocupações em áreas urbanas consolidadas, o que demanda o reconhecimento da necessária atuação também dos municípios, por meio do Plano Diretor ou legislação específica, disciplinarem os requisitos para a regularização das edificações, ativida-des e demais formas de ocupação do solo que não atendiam aos parâmetros de Área de Preservação Permanente previstos na legislação revogada.

Programa de regularização ambiental (PRA) No Código Florestal Brasileiro antigo não havia tratamento diferenciado entre as propriedades produtivas e aquelas com áreas de floresta. Ambas eram encaradas da mesma forma, gerando ilegalidades. Agora, na lei federal atualizada, há tratamento diferenciado para as áreas rurais consolidadas, isto é, aqueles locais nos quais já se desenvolviam atividades produtivas antes de 22 de julho de 2008. O PRA permite ao proprietário rural regularizar áreas de produção que estavam na ilegalidade de acordo com a legislação revogada, por meio de requisitos específicos e diferenciados quanto às APPs e Reserva Legal.

Reserva legal na pequena propriedade rural No caso de pequenas propriedades rurais que tenham atividades produtivas consolidadas, isto é, desenvolvidas desde antes do dia 22 de julho de 2008, a Reserva Legal será constituída pela vegetação natural existente no imóvel naquela data, ainda que não atinja o percentual que era estabelecido para todas as propriedades, independentemente do tamanho, na legislação revogada.

Cadastro rural Não será mais necessário o registro das informações ambientais no Cartório de Imóveis, o que irá reduzir os custos e desburo-cratizar o processo. Agora será implantado o CAR - Cadastro Ambiental Rural, que é parte integrante do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente – Sinima, constituindo um importante banco de dados para reunir informações e nortear a adoção de políticas públicas ambientais.

Alguns dos principais pontos da revisão do Código Ambiental de Santa Catarina

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MEIO AMBIENTE

Cooperativas recolhem mais de 130 mil embalagens em quatro anos Se o Brasil é recordista mundial no reco-lhimento de embalagens de agrotóxicos vazias e se nos últimos dez anos o percentual de embalagens plásticas colocadas no mercado que são recolhidas pela indústria após o uso do produto nas lavouras atingiu 95%, é porque iniciativas como o Coleta Segura e a Semana do Campo Limpo, respectiva-mente, da Cooperativa Regional Agropecuária de Campos Novos (Copercampos) e da Cooperativa Agropecuária Camponovense (Coocam), estão dando certo. As ações focam na conscientização do produtor rural quanto a sua responsabilidade no que diz respeito à entrega das embalagens vazias.

Copercampos O Departamento de Suinocultura da Copercampos, sob a coordenação da Copercentral Aurora Alimentos, desenvolve o programa “Coleta Segura”, com o objetivo de recolher e destinar cor-retamente os resíduos de produtos veterinários da suinocultura. Desde 2010, o programa retirou do campo 81,3 toneladas de embalagens poluentes que, antes, contaminavam pessoas, animais, solo e água. Este ano, o programa envolveu todas as cooperativas filiadas do Sistema Aurora, atingin-do assim 3766 suinocultores, 2384 avicultores e 8654 produtores de leite. Na Copercampos, o pro-grama foi recentemente implantado e conta com a participação de todos os produtores da integração e mais as quatro granjas próprias. O programa foi realizado em parceria com a empresa Atitude Am-biental, com sede no município de Dois Vizinhos (PR). A empresa é responsável pelo recolhimento, transporte, tratamento e a destinação correta des-tes resíduos. De acordo com a equipe técnica da sui-nocultura, o objetivo é o recolhimento de embala-gens vazias de medicamentos e outros produtos veterinários utilizados no processo de produção de suínos para adequação das propriedades rurais à legislação ambiental. “Por meio deste programa iremos fazer uma ponte entre laboratórios fabri-cantes do produto, revendedores e o consumidor final para dar uma destinação final correta a esses resíduos gerados.”. Nessa primeira coleta realizada em setembro, foram recolhidos quase três mil qui-los de resíduos de toda a suinocultura. Sem esse programa a maioria desse material iria para locais inadequados, enterrado ou até mesmo queimado. Portanto, o programa deve ser mantido por tempo indeterminado em decorrência do aumento das exigências para produção de animais sem agres-são ao meio ambiente, ou que se tenha o menor

impacto possível. A previsão é realizar a coleta anualmente nas granjas de terminação e, trimes-

tralmente, nas granjas produtoras de leitões, devi-do ao maior volume de resíduos gerados.

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Coocam Em apenas uma semana de trabalho, em agosto, a Coocam arrecadou, nas unidades de Lebon Régis, Curitibanos e Barracão (RS), além da matriz em Campos Novos, mais de 25,8 mil emba-lagens vazias e tampas separadas, todas lavadas e em condições ideais para entrega nos postos de coleta, neste caso, na Associação das Revendas de Agrotóxicos da Região de Campos Novos (Arar-cam). Depois de coletadas, todas as embalagens foram conduzidas ao posto de coleta, na cidade de Campos Novos. Esta foi a terceira edição do evento promovido pela Cooperativa e que a cada novo ano tem ganhado mais produtores adeptos e conscien-tes da sua responsabilidade. Em 2011 foram recolhidas e destinadas 6 mil embalagens, em 2012 foram 17,1 mil emba-lagens. Este ano, a Coocam recolheu e destinou 25,8 mil embalagens, 51% a mais que a arrecada-ção do ano passado. De acordo com a engenheira agrônoma responsável pelo projeto na Coocam, Ilsa Cristina Bilck, a Semana do Campo Limpo reflete a mudan-ça de consciência do produtor, que tem de fato participado dessa cadeia de responsabilidades compartilhadas, que existe desde o momento da produção do agrotóxico, até o momento da reci-clagem ou incineração da embalagem pela indús-tria produtora. “Todo esse processo de produção, venda, transporte e manuseio das embalagens de agrotóxicos é de responsabilidade da indústria que o produz, da cooperativa ou loja agropecuária que repassa ou produtor, e ainda dele próprio, en-quanto manejador do produto.”, explicou. A medida tomada pela Coocam e o en-gajamento dos produtores na iniciativa de descar-tar adequadamente as embalagens traz redução de danos ao meio ambiente e aos próprios pro-dutores e suas propriedades. Isso, porque antes da legislação, as embalagens, quase que na sua totalidade, eram enterradas, queimadas ou ainda reutilizadas pelos produtores sem qualquer crité-rio. No entanto, a partir da legislação, o produtor que não modificar sua atitude, e não devolver as embalagens corre o risco de ser autuado, multado e até mesmo penalizado, se for comprovada sua irresponsabilidade. Já o presidente da Coocam, João Carlos Di Domenico, apontou como satisfatório o núme-ro de embalagens arrecadadas e ressaltou que o projeto Semana do Campo Limpo vai ao encontro da missão da cooperativa. “Queremos, além de produzir, produzir com responsabilidade e essa é uma atitude que deixa visível nosso modo de tra-balho. A Coocam está engajada nesta causa e mais que isso, está comprometida em fazer com que os produtores e clientes dessa cooperativa também se comprometam.”, finalizou.

18 de agostoDia Nacional do Campo Limpo

Fonte: http://www.inpev.org.br

O Dia Nacional do Campo Limpo foi idealizado pelo Instituto Nacional de Processa-mento de Embalagens Vazias (inpEV) em 2005 como forma de mobilizar todos os envolvidos no programa de destinação final de embalagens vazias de defensivos agrícolas. O principal obje-tivo da data, celebrada todos os anos no dia 18 de agosto, é levar as comunidades do entorno das unidades de recebimento a refletirem sobre a preservação do meio ambiente. A iniciativa integra escolas, agricul-tores, distribuidores, indústrias, autoridades e comunidades, com a realização de atividades so-cioeducativas, como concurso de desenho e re-dação, peças teatrais, palestras, plantio de árvo-res e distribuição de materiais educativos. Além disso, as centrais de recebimento de embalagens são abertas à visitação pública. O foco dessas ações é a questão da preservação ambiental no campo e os bons re-sultados do programa de destinação de emba-lagens vazias de defensivos agrícolas. Afinal, o Sistema Campo Limpo é referência no Brasil e exemplo para o mundo, promovendo a recicla-gem de 94% das embalagens plásticas primá-

rias. A repercussão das primeiras edições do Dia Nacional do Campo Limpo foi tão positiva que em 2008 foi sancionado o projeto de lei que incluiu a data no calendário oficial brasileiro de comemo-rações. O envolvimento das comunidades localiza-das no entorno das unidades de recebimento de embalagens vazias tem sido crescente ano a ano, já tendo atingido mais de 600 mil pessoas. Saiba mais no site www.dianacionaldocampolimpo.org.br.

http://www.inpev.org.br/mobilizacao-e-educacao/dia-nacional-do-campo-limpo

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RESPONSABILIDADE SOCIAL

Além de cinema e teatro, a Enercan também proporciona o acesso a eventos e proje-tos musicais de qualidade. Em 2013, a Camerata Florianópolis passou pela região com o espetáculo “Clássicos com Energia”. Com entrada gratuita, o público teve acesso a clássicos da música erudita tocados com os instrumentos da orquestra unidos aos elétricos de uma banda de rock. A Camerata Florianópolis ainda desen-volve, com o apoio da Enercan, o projeto “Música e Cidadania”, que proporciona aulas de música a crianças da rede municipal de ensino de Abdon Batista, Anita Garibaldi, Campos Novos e Celso Ra-mos, ensinando a tocar violão, violino, violoncelo, piano, entre outros instrumentos, além de aulas de coral. A Enercan também trouxe a Campos Novos a Companhia Jovem da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, que apresentou o espetáculo

A Campos Novos Energia S.A. (Enercan) é uma empresa de capital fechado, responsável pela operação, manutenção e administração da Usina Hidrelétrica Campos Novos, sendo 100% constituída da participação acionária distribuída em cotas por quatro acionistas: a CPFL Geração de Energia, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), a Votorantim Metais e a CEEE Geração e Transmissão de Energia Elétrica. A Usina Hidrelé-trica Campos Novos (UHECN) é um dos maiores investimentos aplicados integralmente no territó-rio catarinense, cerca de1,5 bilhão de reais. Em plena atividade desde 2007, a Usina Hidrelétrica Campos Novos tem capacidade insta-lada de geração de 880 megawatts, o que possibili-ta assegurar anualmente 3.319.473,60 megawatts, que corresponderia a aproximadamente 27% do consumo no estado de Santa Catarina. Porém, a energia gerada aqui é distribuída pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que envia essa energia conforme a demanda do sistema, chegan-do até os estabelecimentos residenciais, comer-ciais e industriais de todo o país. Com uma política engajada de respon-sabilidade social, a Enercan pôde trazer mais pros-peridade à região com investimentos em projetos culturais, ambientais e sociais aos municípios do entorno da UHECN, compreendidos por Abdon Batista, Anita Garibaldi, Campos Novos e Celso Ra-mos. O forte relacionamento que mantém com a comunidade e sua liderança no crescimen-to sustentável e na geração de valor, evidenciando a sua solidez dos negócios, o modelo inovador de governança e os fortes investimentos socioam-bientais, rendeu-lhe, em 2013, o prêmio de melhor companhia no setor de energia elétrica do Brasil pelo jornal Valor Econômico.

Enercan apoia projetos culturais

Em 2013, foram vários os projetos em que a Enercan esteve presente como forma de es-timular o desenvolvimento da região em sua área cultural, socioambiental e econômica. Por meio da Lei Rouanet, a Enercan es-teve presente em diversos projetos culturais. Com a intenção de levar sessões gratuitas de cinema a pessoas que dificilmente têm acesso a esse tipo de entretenimento, foi realizado o apoio a dois proje-tos nesse sentido, ambos sendo caminhões que se transformavam em salas de cinema. Um deles, o Cinetransformer aconteceu no primeiro semestre de 2013 percorrendo os quatro municípios do entorno da usina para pro-mover sessões de cinema. Outro projeto foi o Cine Energia Enercan, que em outubro levou sessões de cinema gratuitas até escolas e instituições de cada município do entorno da usina. A Enercan também trouxe à região o

2º Circuito Estadual de Cinema Infantil, realizado pela Lume Produções Culturais, que apresentou a Mostra de Cinema Infantil aos alunos das escolas municipais e realizou a capacitação de gestores culturais com a intenção de fomentar a organiza-ção de cineclubes nas escolas a partir da mostra e levar o cinema infantil aos municípios. Cada muni-cípio recebeu kits contendo uma bolsa e 44 filmes de curtas metragens brasileiros.

É aqui que eu moro Com o intuito de realizar aulas de ci-nema aos alunos da Escola de Educação Básica Gasparino Zorzi, de Campos Novos, o Instituto Projetar, com o apoio da Enercan, realizou oficinas audiovisuais a 20 alunos para que produzissem curtas metragens que retratassem o cotidiano das localidades das quais fazem parte, mostrando a vi-são que o adolescente possui do lugar onde mora. O resultado foi apresentado em uma mostra aberta à comunidade na Casa da Cultura de Campos Novos.

Teatro Com o objetivo de levar a conscientiza-ção ecológica a alunos de seis a dez anos das esco-las municipais de Abdon Batista, Anita Garibaldi, Campos Novos e Celso Ramos, o projeto “Teatran-do Por Aí” apresentou a peça “Limpando, cuidan-do e perfumando a natureza”. O projeto também realizou oficinas para a produção de brinquedos a partir de materiais recicláveis, como garrafas pet e caixas de sapato. Outra opção de lazer e entretenimento na região foram os espetáculos “Estardalhaço em: Romeu e Julieta” e “Fulaninha e Dona Coisa” do projeto “Viagem Teatral”.

Música

Gala Bolshoi Brasil, uma apresentação composta por dança contemporânea, dança folclórica e tre-chos de renomados balés de repertório que pro-porcionam ao público diferentes tipos de emoção e uma mistura de ritmos contagiantes. Além dos projetos e apresentações que levam músicas clássicas e acesso a uma cultu-ra menos presente na região, a Enercan também incentivou o 8º Encontro de Gaiteiros do Galpão Caipora Viu, em Campos Novos, que teve a entrada gratuita ao público, com o objetivo de evidenciar a cultura tradicionalista no município e região e im-pulsionar o resgate da história de seu povo, além de proporcionar o entretenimento e oferecer co-midas típicas aos visitantes.

Enercan: compromisso com o desenvolvimento da comunidade

Cinetransformer

É aqui que eu moro

Viagem teatral

Clássicos com energia

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NO CAMPO

Depois de um projeto piloto, feito no ano passado, entre os produtores da Cooperativa Agropecuária Camponovense (Coocam) ter indi-cado a região propícia para o plantio de canola, a área plantada passou de 100 para 800 hectares de 2012 para este ano, entre os associados da coope-rativa. A primeira colheita aconteceu entre o final de outubro e início de novembro. Segundo João Carlos Di Domenico, pre-sidente da Coocam, a canola apresentou-se como uma alternativa entre os produtores da coopera-tiva, que queriam mais opções de cultura de in-verno, devido ao baixo desempenho financeiro do trigo em 2012. “Com foco na inovação e diversi-ficação produtiva, a Coocam, única cooperativa a plantar a cultivar em Santa Catarina, tem apostado na cultura, que devido ao bom desempenho deste ano, está ganhando novos adeptos.”, enfatizou o presidente. De acordo com Cristiano Nascimen-to, engenheiro agrônomo da Coocam, a canola é uma boa opção porque não compete com o trigo, sendo que o plantio é feito antes do milho, quan-do a área geralmente está ociosa ou apenas com coberturas, que não são lucrativas aos produtores. “Estamos fazendo uma tentativa de plantar canola antes do milho, e assim gerar mais uma opção de renda aos produtores rurais que optarem por ela. Trabalhamos com objetivo da maior diversifica-ção de cultivares possível, na rotação de culturas economicamente viáveis, e assim, com foco no alto rendimento da área produtiva.”, explicou o enge-nheiro.

Crescimento do plantio da canolaPlantio da cultura teve um salto entre produtores da Coocam de 100 para 800 hectares em um ano

Com foco na inovação e diversificação produti-va, a Coocam, única co-

operativa a plantar a cultivar em Santa Catarina, tem apostado na cultura, que devido ao bom desem-penho deste ano, está ganhando novos adeptos. ”

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NO CAMPO

Há mais de oito anos, em Campos No-vos, Balduino Foppa resolveu apostar na produção de alfafa do tipo gramínea. A técnica veio dos co-nhecimentos adquiridos na época em que residia no município de Herval D’Oeste (SC), considerada a capital brasileira da alfafa. Foppa comentou que muitas pessoas afirmavam que as terras de Cam-pos Novos não eram adequadas para o plantio desse tipo de cultura. Contrariando os comentá-rios, ele apostou nas terras camponovenses que lhe ofereceram ótimas condições para o plantio de alfafa, que hoje se destaca como uma das melhores do Brasil. A alfafa do tipo gramínea é destinada ao consumo exclusivo na alimentação de equinos. O produto apresenta alto poder nutritivo e também é utilizado para a alimentação do gado em geral. A procura da gramínea forrageira ideal para o pas-tejo de equinos é uma preocupação antiga e cons-tante por parte daqueles que criam esses animais. Para cada tipo de solo e clima pode-se encontrar uma forrageira que melhor se adapte às condições do ambiente. Com altíssimo teor de proteínas, vi-taminas e sais minerais, a alfafa possui palatabi-lidade excelente e digestibilidade natural, sendo econômica e de fácil manejo. Por ser tão impor-tante e agradável aos cavalos, essa gramínea é amplamente utilizada na alimentação de seus ani-mais, que por não serem ruminantes, estão mais propensos a perturbações digestivas. Balduino Foppa começou o plantio uti-lizando um hectare de sua lavoura e hoje planta aproximadamente seis hectares, com o desafio de ampliar sua plantação ano a ano. Atualmente, a cada hectare plantado o resultado é quatro mil quilos de alfafa na época do verão. No período de inverno a produção cai para dois mil quilos. O produtor utiliza duas propriedades para o plantio de alfafa; uma delas se localiza às margens da BR-135, próximo ao Distrito de Bela Vista, a outra fica às margens da BR-282 em Cam-pos Novos. Foppa explicou que “com esse tipo de pastagem, com o terreno bem cuidado, o produtor faz um único plantio.”. Uma vez por ano é colocado em suas lavouras adubo de aviários, que é o mais indicado para a preservação do solo, pois fornece os nutrientes necessários que o solo precisa. “Ou-tros tipos de adubos já foram experimentados e causaram prejuízos na lavoura.”, explicou o produ-tor. Para obter bons resultado é necessário escolher adequadamente a época de corte, desta-cando que é preciso que se tenha, no mínimo, de dois a três dias de sol para beneficiar a cultura após o corte. A fenação da alfafa traz alguns be-nefícios ao produtor. Entre eles, seu fornecimento aos animais é fácil e o armazenamento é simples

Produtor camponovense aposta nocultivo da alfafa do tipo gramínea“Solo camponvense oferece ótimas condições para o plantio”, afirmou o produtor Balduino Foppa

e de grande durabilidade. Sua palatabilidade e di-gestibilidade são mantidas a níveis altos. O corte pode ser feito a cada trinta dias. Levada para um galpão, após o corte, a alfafa gramínea precisa ficar pelo menos trinta dias em processo de secagem, não podendo ser enfardada no momento do corte. Balduino Foppa explicou ainda que seus principais clientes estão nos municípios de Campos Novos, Brunópolis, Zortéa, Vargem e Ibiam. Ele destacou que “não é preciso um grande espaço, nem técnicas muito avançadas para ter uma plantação de alfafa. Pensando em todas as vantagens que irá obter e as facilidades relacionadas ao manejo para alimentar os animais, sem dúvida a conclusão é de que o investimento vale a pena.”, concluiu Balduino Foppa.

Não é preciso um grande espaço, nem técnicas muito

avançadas para ter uma plantação de alfafa. Pensando em todas as vanta-gens que irá obter e as facilidades re-lacionadas ao manejo para alimentar os animais, sem dúvida a conclusão é de que o investimento vale a pena

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Em Campos Novos, o produtor Junior Renato Bertusso aposta no cultivo do morango no sistema semi-hidropônico. Ele explicou que o cultivo já é realizado em Abdon Batista e Anita Ga-ribaldi, municípios onde ele obteve conhecimento sobre o cultivo quando trabalhava na Construtora Triunfo. Esta é uma alternativa de diversificar na pequena propriedade. “Hoje é preciso diversificar, desenvolver atividades concentradas em peque-nas áreas, pois o pequeno produtor não tem muito espaço no mercado de grãos.”, afirmou o produtor. A plantação é feita em um antigo aviá-rio, que fica localizado no bairro Ernesto Zortéa. O local é próximo à cidade o que facilita a logística do ciclo de produção. São aproximadamente 1900 metros quadrados de área de cultivo e o plantio das mudas foi feito há quatro meses. São em tor-no de 1500 mudas cultivadas no sistema semi-hi-dropônico. A parceria é com a Agrícola Pilatti, de Lages, que dá todo o suporte técnico com um agrô-nomo que orienta sobre o cultivo. “A produção tem comercialização garantida por meio da parceria com a Agrícola.”, afirmou Bertusso. O sistema semi-hidropônico oferece diversos benefícios para a qualidade do produto. Neste sistema de produção é possível colher o fruto praticamente o ano todo. A cultura recebe menos agrotóxico, pois o sistema protege a planta do efeito da chuva, facilita a ventilação e diminui o ataque de pragas, o que impede o estabelecimento de doenças. Como há menor pressão de doenças, o uso de pesticidas pode ser substituído por prá-ticas culturais, uso de agentes de controle bioló-gico e produtos alternativos, reduzin- d o drasticamente o risco de con-taminação dos frutos, sem

NO CAMPO

Agricultor aposta no cultivo demorangos no sistema semi-hidropônico

drasticamente o risco de con-taminação dos frutos, sem

Cultivada em substrato, livre de contaminações, uma muda pode ser utilizada por até dois a três anos

afetar a rentabilidade da produção. O siste-ma semi-hidropônico facilita a adoção de

princípios de seguran-ça dos alimentos, possi-

bilitando a maior aceitação dos morangos pelo consumidor.

Junior Renato Bertusso ex-plicou que, no sistema de cul-tivo adotado, as mudas ficam suspensas numa altura de 80 centímetros do solo sendo

acondicionadas em sacos de substratos apropriados, esterili-

zados que proporcionam con-trole de pragas e doenças. “O investimento inicial é

mais elevado, no entanto, a produtividade é ga-rantida, diferente do plantio convencional.”, com-pletou. A primeira floração já foi retirada para que a planta possa se fortalecer e ficar mais vigorosa. A plantação já está em fase de segunda floração, num prazo de 60 dias já é possível colher os frutos. “Busquei qualidade de mudas para ter um bom resultado, tem que trabalhar com produtos que tenham qualidade, mas é preciso se dedicar, pois não adianta ter um produto bom na mão e não se dedicar ao trabalho com qualidade.”, finalizou Ju-nior Renato Bertusso. O sistema semi-hidropôni-co é bastante utilizado na Europa, onde é preferido por possibilitar a melhor utilização do espaço na pequena propriedade. No Brasil, apesar de estar ainda evoluindo-se algumas técnicas sobre o cul-tivo, o mesmo já apresenta vantagens claras frente ao sistema convencional.

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NO CAMPO E NA CIDADE

Agrobess Sementes e Bess Empreendimentos:do campo ao mercado imobiliárioNelson Arlindo Bess é empresário, produtor rural, agricultor, pecuarista e proprietário da Agrobess Sementes Bess. Há 11 anos trabalhando com a produção de sementes, a família Bess também sempre atuou no mercadoimobiliário e decidiu criar a Bess Empreendimentos

Na área de sementes a produção é de 110 mil sacas/ano. A Agrobess produz sementes de soja, trigo, aveia e feijão na unidade de Campos Novos. A produção ocorre em áreas próprias, ex-plica o produtor. “Trabalhamos com sementes de soja, trigo, aveia e feijão há 11 anos, com a única unidade em Campos Novos e com 100% da pro-dução de semente própria da empresa e em áreas próprias.”. Nelson destacou que o ramo de semen-tes está crescendo cada vez mais e a Agrobess tem o diferencial de ter a produção própria, desde o campo até a comercialização. As sementes não são vendidas tratadas, mas há o acompanhamento das empresas parceiras, como, no caso da soja, a Nide-ra e no trigo, a Biotrigo. A produção vai para Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, numa parceria com a Cooplan-tio, que tem mais de 50 filiais só no estado gaúcho. “Todas as nossas sementes vão para clientes des-tes estados e mais Mato Grosso do Sul.”. Perguntado porque utilizava a lavou-ra para semente e não para produção de grãos, o produtor diz que a lavoura para semente agrega muito mais valor ao produto. De acordo com o em-presário, a soja grão tem preço “X” mas em uma lavoura que se destina à semente, em que haja mo-nitoramento, trabalho, cuidado, recebimento, en-saque, laboratório, o valor agregado é bem maior. “Claro que dá muito mais trabalho do que colher, colocar no silo e vender, mas dá muito mais valor ao que se produz.”. Nelson ponderou também que Campos Novos é o melhor lugar para se produzir semen-te devido ao clima, altitude e temperatura, entre outros aspec- tos. “Quando começamos a colher soja, por exemplo, o

clima começa a es-friar, então os silos viram uma câmara fria natural com uma

temperatura ideal para se guardar

semente.”. A capaci-

isso. O agricultor, em geral, se preocupa com adu-bação no plantio, por exemplo, fazendo um com-plemento depois. Temos perdas da produção que também atrapalham o nosso trabalho e essas per-das acontecem através do problema principal que é o fator climático.”. O produtor considera ainda que a agri-cultura é um processo de produtividade e o agri-cultor já conhece os problemas e, portanto, sabe o que fazer no ramo em que atua. A Agrobess tem aumentado ano a ano a produção, enfatizou Nel-son. “Temos um limite de área, pretendemos cres-cer dentro de nossas limitações e eu tenho a em-presa hoje com capacidade máxima em produção de sementes.”.

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outros aspec- tos. “Quando começamos a colher soja, por exemplo, o

clima começa a es-friar, então os silos viram uma câmara fria natural com uma

temperatura ideal para se guardar

semente.”. A capaci-

dade de armazenamento da sementeira é de 150 mil sacas e a área total destinada à semente é de aproximadamente 220 hectares entre produção de inverno e verão. A empresa tem 40 funcionários envolvidos com a produção. “A vantagem é que, aqui, o produtor recebe a semente pronta, anali-sada e ensacada, só tem que tratar. O tratamento é acompanhado na propriedade com complexidade e assessoria.”. O agricultor esclareceu que quanto à genética, há parcerias e pagamento de royalties a empresas que já atuam no mercado de semen-tes. “Nós pagamos royalties para podermos usar a semente e a genética das empresas. Eles fazem o desenvolvimento da variedade, licenciam alguns como nós que, obtendo a tecnologia, fazemos o acompanhamento técnico das lavouras, colheita e perdas. Nós acompanhamos desde a escolha da variedade até a produção.”. A Agrobess possui profissionais que cuidam do produto, assim como do processamen-to. É adotada a rotação de culturas todo ano para fortalecer mais a terra e prevenir fungos e doen-ças. Sobre a tecnologia da semente e a uti-lização de agrotóxicos em Campos Novos, Nelson Arlindo Bess considera que tanto grandes como pequenos produtores não conseguem produzir em escala sem o uso de agrotóxicos. “Todos usam, mas não são níveis alarmantes. Usamos o necessá-rio, até porque o agrotóxico é caro e ninguém vai ficar jogando produto fora. Os agricultores, hoje,

que sentem a necessidade de produção, usam o agrotóxico, mas não usam só

Nelson Arlindo Bess

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Bess Empreendimentos Há menos de um ano, com um escritó-rio no Centro de Campos Novos, a “Bess Empre-endimentos” surgiu com o objetivo de coordenar as atividades no ramo imobiliário e os projetos de novos condomínios em Campos Novos. O Loteamento Universitário será cons-truído próximo ao novo terreno da Unoesc na saída para Tangará (SC), na SC-135, e terá aproximada-mente 500 lotes. “Neste loteamento Universitário teremos a parte comercial que serão os lotes mais próximos à rodovia; o restante serão residenciais. O terreno do loteamento era parte do meu pai e parte eu adquiri e hoje é da Bess Empreendimen-tos.”. A área é de aproximadamente 450 mil metros quadrados. Em 168 mil metros quadrados foi fei-ta uma permuta com a Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), para construção do novo campus universitário, a partir de 2014. Nelson Bess afirmou que o investimen-to no novo loteamento será considerável. “Meu investimento é alto, mas aquela parte da cidade será a que mais vai crescer, com os cursos de Agro-nomia da Unoesc e Veterinária, aquele espaço será aquecido. Na verdade a nossa intenção já era fazer o loteamento antes de todas as tratativas. Sabía-mos que a universidade tinha um terreno próxi-mo ao frigorífico, mas era distante da cidade e a gente propôs ao reitor a permuta pelo nosso, para que ocorresse a valorização do empreendimento e também para trazer a Unoesc mais próxima da cidade, que ficasse mais bem localizada.”. Segundo Nelson, será oferecida toda a infraestrutura necessária, como rede e tratamento de esgoto, por meio de projeto feito pela prefeitu-ra. “A expectativa é que o projeto esteja pronto até o fim do ano e que em fevereiro estejamos já cons-truindo.”. Ele explicou que os lotes de meio de quadra tem 360 metros e os de esquina 450 me-tros. Os comerciais têm uma variação de 400 até 1500 metros. A venda será feita diretamente no escritório central e segundo o empreendedor, uma parceria está sendo viabilizada com Caixa Econô-mica Federal, para financiamentos. O lançamento vai acontecer depois do término do projeto de esgoto e liberação de li-cença da FATMA. “Nós vamos ter tudo aprovado e começaremos a vender. Hoje eu poderia vender, mas faltam documentos. Tem pessoas que vendem loteamentos sem regularização nós trabalhare-mos com ele todo regularizado até para facilitar a agilidade na documentação depois.”. O loteamento já possui rede pluvial, bocas de lobo, a base do asfalto, o projeto de ilu-minação está pronto e aprovado e a instalação da rede de água, pelo Samae, já foi concluída. Restam a implantação da rede elétrica, o asfalto e o sane-amento básico. “Todos os investimentos são parti-culares, então se formos somar é um alto investi-mento eu hoje trabalho, aproximadamente , com R$ 13 milhões investidos.”, afirmou o empresário. A venda dos lotes será por etapas, à me-dida que estiverem regularizados. “A venda será feita em etapas, vamos fazer cerca de 180 lotes regulares e vamos vender, ai vamos disponibilizar mais 100, fazendo isso gradativamente, até termos tudo finalizado. Neste método, vamos repartir os

gastos e temos uma previsão de três a quatro anos para finalizar a venda total.”. Os valores de venda ainda não foram definidos, mas Nelson afirmou que haverá um desconto para os 100 primeiros lotes vendidos no lançamento. O loteamento terá acesso à rodovia por um trevo que levará à avenida principal do lotea-mento, além de uma perimetral de acesso à Uno-esc. Outro projeto é o Loteamento Bess, localizado próximo à rodoviária. O projeto do lo-teamento foi lançado há oito anos e Nelson Bess também aposta no crescimento desta área da ci-dade, que futuramente contará com o novo Fórum. “Nós sempre trabalhamos com o ramo imobiliário e agora começaremos a investir para que o cliente tenha mais comodidade e uma melhor qualidade de vida.”. No Loteamento Jardim Pinheiros ainda há 190 lotes disponíveis e a venda é feita de dez em dez. “Lançamos o projeto há oito anos e hoje os

Loteamento Bess

terrenos valorizaram, isso nos fortalece e nos dá mercado.”. Perguntado sobre o trabalho com o ramo imobiliário, Nelson observa que a família sempre trabalhou com residências e alugueis, o que deu origem a “Bess Empreendimentos”. A empresa também possui filial em Balneário Cam-boriú.

Vista via satélite do Loteamento Universitário

Projeto

Localização prévia das quadras do futuro Loteamento Universitário

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CAVALO CRIOULO

Santa Catarina é destaque nacriação de Cavalo CriouloAlexandre Alvadi Di Domenico, da Cabanha Burity, fala sobre a avaliação rigorosa e integral do cavalo da raça crioula

O cavalo crioulo, em Santa Catarina, se firma como o segundo maior rebanho no país, per-dendo apenas para o Rio Grande do Sul. A visibili-dade da raça cresceu muito devido ao esporte com rodeios e o tiro de laço, que é o principal em Santa Catarina podendo-se afirmar que de 70 a 85% dos animais que participam de um rodeio são da raça crioula. Esta raça vem alcançando espaço em várias modalidades de esportes equestres, princi-palmente, os ligados ao tradicionalismo da raça e sua origem como a do laço, cuja prova maior é o “Freio de Ouro”, “Marcha de Resistência” que vem crescendo e se difundindo no Uruguai, Argentina e Rio Grande do Sul. Nela, os animais são subme-tidos a fazer um percurso de 750 km em 15 dias, com uma alimentação restrita a pasto e água, que já ocorre nos 30 dias que antecendem o evento. “São poucas raças no mundo que conseguem fazer uma prova de longa extensão, como esta, em pou-co tempo.”, contou o criador. “Por estes e outros motivos é que o cavalo crioulo é um animal que se adapta a várias funções, e a origem para estes es-portes se deve ao trabalho que nós, criadores, faze-mos nas fazendas com a raça no Sul.”. Em Campos Novos, este trabalho é feito sob influência do Rio

Grande do Sul. Du-rante sete anos, Alexandre Alvadi Di Domenico foi presidente da As-sociação Catari-nense de Criadores de Cavalo Crioulo e acompanhou, e ainda acompanha, de perto a evolução da raça no Estado. “Só para ter uma ideia, este ano, na Expointer, que é o evento ápice do cavalo crioulo, os

três primeiros machos eram de Santa Catarina: o Grande Campeão, o Reservado do Grande Cam-peão e o Terceiro Melhor Macho. Cavalos nascidos e criados em cabanhas do Estado e este é um fato inédito.”, contou. O trabalho com a raça, em Santa Catari-na, reflete o que é desenvolvido por Di Domenico em Campos Novos. Aqui é desenvolvida parceria com três criatórios, dois de Santa Catarina (“Caba-nha Bela Aliança” de São Bento do Sul e “Cabanha dois Mundos” de Chapecó) e um do Rio Grande do Sul (“Reconquista Agropecuária” de Alegrete). Com a parceria foi adquirido, no ano passado, em Buenos Aires, o grande campeão de Palermo que se chama “Maneador Carnavalito”, um cavalo que foi invicto nas pistas da Argentina, está pa-drinhando. No Brasil, a sua primeira geração já está nascendo e é um cavalo que vem realmente

agregar mais a criação brasileira com sangue e po-tencialidade genética. “Novas criações acontecem todo dia e em minha criação estamos usando este cavalo em particular, até porque já trabalho com a raça há muitos anos e também faço leilão a cada dois anos no município, quando vendemos a nossa produção além de dar uma bela premiação para os cavalos retornarem ao laço e domados no Parque

de Exposições Leônidas Rupp.”, explicou. Alexandre Alvadi Di Domenico cria ca-valo crioulo há dez anos em Campos Novos e, atu-almente, possui 30 matrizes. Segundo ele, o mer-cado do cavalo não é fixo. “Cavalo vai de um tostão a um milhão. Tem cavalos que valem mais de um milhão. O preço comercial é de R$ 15 a 20 mil, um cavalo castrado de R$ 8 a 10 mil.

Alexandre Alvadi Di Domenico

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Sobre a provação da raça

A responsável pela adequação da con-formidade e provação de que o cavalo realmente é da raça crioula é a Associação Brasileira de Cavalo Crioulo (ABCC), que possui técnicos credenciados e os mesmos devem ser veterinário, agrônomo ou zootecnista. Em Santa Catarina, é o zootecnista Adolfo José Martins Neto. O criador enfatizou que hoje o método acontece da seguinte forma: “o responsável téc-nico vai até a fazenda ou no evento e todo macho deve passar nas medidas mínimas que o Cavalo Crioulo exige pelo seu biótipo e características da raça crioula para poder ser marcado e confirmado; para o castrado basta que o animal atinja as medi-das. A fêmea também tem as marcações e enqua-dramentos da raça.” Este trabalho do técnico é importante, pois aproxima os criadores e também coordena os trabalhos na propriedade. “O técnico é fomen-tador e grande incentivador, pois ele vem, visita, participa, orienta em acasalamentos e a criação. Isso só demonstra a parceria Associação/Técnico/Criador.”, ressaltou o criador. Sobre a associação, Alexandre Alvadi Di Domenico destacou que é a melhor e muito bem gerida, participa dos eventos, faz com que as coi-sas aconteçam, é incentivadora, mantenedora e organizadora dos eventos, núcleos e associações e faz com que o trabalho caminhe ainda melhor.

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ARMAZENAGEM

O armazenamento em silos-fardos tem vários aspectos positivos, pois a forragem é com-pactada logo após a colheita. Desse modo o silo pode ser preparado diretamente no campo, o que minimiza a aeração da massa. A silagem de aveia e azevem são alter-nativas de métodos de conservação de forragens, para o período de inverno, bastante conhecidas e utilizadas pelos pecuaristas. Essa alternativa é bastante interessante do ponto de vista técnico por permitir reduzir os riscos de incidência de chuvas sobre material cortado no campo durante a fase de secagem, pois esse período fica restrito, dependendo das condições climáticas e das carac-terísticas morfológicas da planta forrageira, a uma ou duas horas de duração. Essa técnica vem sendo empregada em algumas lavouras de Campos Novos. O produtor rural Ilson Wagner usa a técnica de silos móveis na sua propriedade com a cultura da aveia com azevem. As azevem é uma forrageira de alta pala-tabilidade pelos animais, com elevados teores de proteína e digestibilidade, e apresenta equilibrada composição mineral. Possui uma boa produção de forragem, bom rebrote, resistência ao pastejo e ao excesso de umidade, além de suportar altas lotações e possuir alta ressemeadura natural. Já a aveia é uma forrageira de clima temperado e sub-tropical, anual, de hábito ereto, com desenvolvi-mento uniforme e bom perfilhamento. A produção de sementes varia de 600 quilos/hectare a 1600 quilos/hectare. Apresenta excelente valor nutriti-vo, podendo atingir até 26% de proteína bruta no início de pastejo, com boa palatabilidade e diges-tibilidade (60% a 80%). É uma planta atóxica aos animais em qualquer estádio vegetativo. A produ-tividade varia de 10 a 30 tonelatas de massa ver-de/hectare, com 2 t/ha a 6 t/ha de matéria seca. Adapta-se bem a vários tipos de solo, não toleran-do baixa fertilidade, excesso de umidade e tempe-raturas altas. Responde muito bem à adubação, principalmente, com nitrogênio e fósforo. Suporta o estresse hídrico e as geadas. As silagens pré-secadas podem ser empregadas em dietas de vacas de alta produção, em virtude de se constituir fonte de fibra efetiva da dieta, pois as forragens têm papel fundamental na nutrição de bovinos como fontes de energia de baixo custo e fornecedoras da fibra necessária à manutenção da motilidade ruminal, consumo de MS, produção e composição do leite. A alta umidade e a baixa concentração de açúcares solúveis colocam em risco a conser-vação da forragem, com probabilidade do surgi-mento de fermentações indesejáveis, refletindo acentuadamente nas perdas qualitativas e econô-

Produtor investe nasilagem pré-secadaA silagem pré-secada é armazenada em silos-fardos revestidos e preparados diretamente no campo

micas. Após o corte e embalagem da silagem, seus nutrientes estão preservados pelo prazo de dois anos, podendo ser deixados na lavoura ou em local adequado. Devido ao clima da nossa região essa técnica vem sendo muito bem aceita pelos produ-tores rurais. Essa técnica surgiu na Europa e em pa-íses como o Uruguai e chegou a nossa região por uma necessidade do produtor ter alimentação para seu rebanho. O processo começa com o cor-te da aveia e do azevem e ficam espalhadas na la-voura por cerca de quatro horas. Na sequência, as maquinas já passam, primeiro recolhendo a aveia da lavoura e a própria máquina já faz uma espécie de rolo. O processo é finalizado com uma máqui-na que embala de forma uniforme formando uma bola e já está pronta para estocagem ou pode ficar na lavoura por cerca de dois anos. A técnica substitui o modelo antigo de estocagem de silagem que, segundo Ilso Wagner, apresentava muitas dificuldades no transporte e havia a necessidade de um local próprio para esto-

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Contudo o gado está protegido e com limentação garantida

independente das condições climáticas da nossa região, é uma cultura mais cara, mais o custo-benefício justifica o investimento.

“cagem e com essa nova cultura a comida vai onde o gado está. O produtor explicou que “Cada bola pesa em torno de 600 a 700 quilos, e para esse ano a expectativa é que sejam embaladas aproximada-mente 500 bolas num total de 300 toneladas de pasto pré-secado.”. Ilso Wagner plantou em sua la-voura uma área de 20 hectares e para 2014 a ideia é plantar 50 hectares de aveia e azevem. Essa cul-tura, de acordo com ele, “é plantada como numa lavoura normal com o acréscimo de 250 quilos de adubo, colocando 150 quilos de ureia, com trata-mento fúngico realizado na própria fazenda.”. Essa cultura custa R$ 0,16 centavos, cerca de 80% mais cara que o tradicional, lembrando que silagem pré-secada é usada exclusivamente em pastos de

tipagem gramíneas pela facilidade de manuseio, indicado para propriedades que não possuam muito espaço para estocagem da silagem e o sim-ples fato de que não há a necessidade de transpor-tá-la para um determinado local para estocagem. “Contudo o gado está protegido e com alimentação garantida independente das condições climáticas da nossa região, é uma cultura mais cara, mas o custo-benefício justifica o investimento.”, ressaltou o produtor Ilso Wagner. O maquinário utilizado no sistema é de propriedade de Alexandre Alvadi Di Domenico que foi pioneiro na implantação da silagem pré-secada em Campos Novos.

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CAPA

De Campos Novos para o mundo

Empresa camponovense é a mais cotada para obras com estruturas metálicas nos portos

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De Campos Novos para o mundo

Empresa camponovense é a mais cotada para obras com estruturas metálicas nos portos

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Estrutural Zortéa é responsável por obras que dão escoamento àprodução agrícola do país, com participação em obras nacionais einternacionais de exportação no ramo metálico e portuário.

Formado em engenharia civil pela Uni-versidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Edu-ardo Ernesto Zortéa, após a cisão do Grupo Zortéa, em 1994, fundou a empresa Estrutural Zortea In-dustria e Comércio Ltda, tendo como sócios seus filhos, Emanuelle Zortéa Falcão e Juliano Zortéa. A empresa está sediada nas margens da BR 282, km 343, em Campos Novos. Desde o início, os objetivos da empresa sempre foram desenvolver soluções para empre-endimentos que envolvam estruturas metálicas com alta tecnologia e segurança, resultando no menor custo benefício para o cliente. Atualmente, a Estrutural Zortéa conta com área construída de 14 mil metros quadrados e com cerca de 400 colaboradores, distribuídos entre escritório, fábricas e obras, com capacida-de de produção média de 600 toneladas por mês, executando obras em todo o país e em países vizi-nhos, como Argentina, Paraguai, Uruguai e Vene-zuela, assim como em Marrocos. Em 2003, a Estrutural Zortéa conquis-tou a certificação ISSO 9001:2000, depois atua-lizada para versão 2008, o que representou um importante passo na evolução da empresa, aper-feiçoando seus processos e seu parque fabril a fim de melhor atender seus clientes internos e exter-nos. Eduardo Zortéa

Como missão, a empresa estabeleceu: atender o cliente desenvolvendo soluções para o seu empreendimento, com alta tecnologia, quali-dade e segurança por meio do continuo aprimora-mento profissional. A empresa trabalha com os produtos em estruturas metálicas, obras industriais, estru-turas portuárias, pontes e, também, mais recente-mente, entrou no ramo de fabricação de plantadei-ras e semeadeiras (marca Genius). Eduardo Ernesto Zortéa, diretor e idea-lizador da Estrutural Zortéa, comentou que a equi-pe é composta por profissionais capacitados para atender as necessidades dos clientes utilizando alta tecnologia em equipamentos, máquinas e pro-cessos. Segundo ele, prima-se pela responsabilida-de, comprometimento e eficiência, pois o cliente da empresa merece o melhor. Ele afirmou ainda que as exigências atuais do mercado e a busca pela satisfação do cliente promovem o crescimento e aperfeiçoamento da empresa, resultando em ino-vação e melhoria contínua dos serviços, aliados ao baixo custo.

Os principais clientes da empresa são algumas das maiores empresas do mundo de co-mercialização e beneficiamento de grãos, como a Bunge, a Companhia Vale do Rio Doce, Engevix, entre outras.

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Algumas obras

A Empresa Brasileira de Terminais Portuários S.A. (Embraport) foi constituída em 1998 pelo Grupo Coimex com a finalidade de construir e operar o maior terminal portuário de uso múltiplo do Brasil, com infraestrutura para operar contêineres e granéis líquidos, incluindo instalações para armazenagem e distribuição de materiais.

Em outubro de 2008, o Fundo de Inves-timento do Fundo de Garantia do Tempo de Servi-ço (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal, associou-se ao empreendimento. Um ano depois, o Grupo Odebrecht e a operadora de por-tos DP World, empresa controlada pelo governo de Dubai, também entraram no negócio, adquirin-do participação majoritária na Embraport.

A primeira fase do projeto prevê a construção de um cais de 600 metros e deve levar 24 meses para ser concluída. Na segunda etapa, o cais será ampliado para 1100 metros. O terminal terá capacidade para movimentar 2 milhões de metros cúbicos de etanol por ano.

No pico da fase de construção, o proje-to deve gerar 1100 empregos diretos. Depois que o terminal estiver concluído, serão mil postos de trabalho diretos e quatro mil indiretos.

Cantitreveler, em Santos/SPCliente: Odebrecht S/A (Embraport)Dimensões da obra:- Cais de 1100 metros e píer para carga líquida de 250 metros;- Área de armazenagem de 609 mil m² para contêineres e etanol; - 100 mil m² para edifícios administrativos, ruas de acesso e ferrovias;- 94 mil m² para recepção e distribuição de cargas, incluindo estruturas alfandegárias, e instalações para armazenamento de mercadorias. A Estrutural Zortéa participou da obra com o fornecimento de Cantitravelers, que são plataformas móveis utilizadas na etapa de fixação das estacas no mar.

Dimensões da obra:

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Este porto com capacidade de embar-que de até 3 mil toneladas por hora faz parte de um conjunto de obras de infraestrutura portuária privada que será alimentado por balsas oriundas do corredor Tapajós/Barcarena e via terrestre por meio de carretas graneleiras. Este produto será transportado via caminhão dos estados de Maranhão, Piaui, Tocan-tins, Bahia e Mato grosso até o terminal em Itai-tuba-PA, daí descendo pelas barcaças até o porto já instalado em Barcarena (PA) de onde o mesmo sai pelos navios de grande porte com capacidade de até 100 mil toneladas exportado para Europa, Ásia e EUA. A empresa é responsável pelos pro-jetos de fabricação e montagens das galerias e torres onde estão instaladas as correias trans-portadoras de granéis que escoam o produto para dentro dos navios. O projeto destes terminais terá capaci-dade de exportação de mais de 20 milhões de to-neladas nos próximos anos, dando um maior im-pulso para as exportações de comodities agrícolas e eliminando grande parte do fluxo de caminhões nos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR). A Estrutural Zortéa é uma das empre-sas mais procuradas no ramo metal/metálico para obras dentro e fora do país, segundo Edu-ardo Zortéa, é um orgulho ver no que a empresa se tornou. “Hoje somos referência e temos como clientes as maiores empresas. Dá para dizer que fazemos exportação de Campos Novos para o mundo.”.

Corredor de exportação fronteira Norte Barcarena (PA)

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COOPERATIVA

A Cooperativa dos Agricultores de Plan-tio Direto (Cooplantio) atende, desde agosto, na nova sede na filial em Campos Novos. Na inaugu-ração, Dirceu Gassen, gerente técnico e gestor de marketing da Cooplantio, também representando a presidência da cooperativa, ministrou palestra aos convidados. O Padre Alcides Angonese – Pá-roco da Paróquia São João Batista fez a bênção da nova unidade. Há 11 anos na região, a filial atende cooperados dos municípios de Abdon Batista, Var-gem, São José do Cerrito, Brunópolis, Zortéa, Ca-pinzal, Erval Velho, Ibiam, Celso Ramos e Campos Novos. Para garantir as mais avançadas soluções aos associados, a Cooplantio oferece fertilizantes, sementes e agroquímicos provenientes de parcei-ros altamente qualificados. Uma das vantagens do cooperado é contar com o serviço de assistência técnica realizada pelos engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas. Com o lema “A rentabilidade é proporcional ao conhecimento por hectare”, a área técnica da Cooplantio se dedica à aplicação práti-ca de conhecimento útil na solução de problemas enfrentados pelos agricultores, além de introduzir estratégias que aumentam a produtividade, com rentabilidade e qualidade.

Inovação no agronegócioCooplantio inaugura nova sede em Campos Novos

A Cooperativa dos Agricultores de Plan-tio Direto foi fundada, em 1990, por um grupo de 27 agricultores gaúchos reunidos em busca da sustentabilidade de suas lavouras e preocupados com a preservação do meio ambiente. Em 23 anos de existência, a filosofia e atuação estratégica da cooperativa conquistaram mais de 32 mil produ-tores rurais associados e suas unidades de negó-cios atravessaram fronteiras. Além da matriz em Eldorado do Sul (RS), hoje a Cooplantio possui 40 filiais localizadas nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Sua linha de produ-ção agrícola contempla as culturas de soja, arroz, milho, trigo, feijão, sorgo, cebola, alho, entre ou-tros.

Sobre a Cooplantio O gestor da filial da Cooplantio em Campos Novos, Laercio Zanchetta, assumiu a coordenação da unidade no dia 1º de agosto de 2004, “por estarmos no Celeiro Catari-nense e termos uma região com uma grande concentração de cooperativas, a Cooplantio acreditou nesta terra e, desde 2002, investe no município.”, contou. Devido ao aumento da demanda de trabalho e sentindo a necessidade de ampliar sua estrutura física, a Verdes Cam-pos, que é a representante da Cooplantio para Campos Novos e região, construiu a nova sede com 1468 metros quadrados, com escritório, sala de reuniões, salão de festa e depósito para agroquímicos, fertilizantes e sementes. Os de-pósitos foram feitos conforme exigências dos órgãos de fiscalização como: Fatma, Cidasc, Ibama, Bombeiros e a Prefeitura Municipal.

Unidade de Campos Novos

“Hoje podemos dizer que temos condições de atender muito bem nossos associados e clien-tes, pois possuímos uma moderna e ampla es-trutura para receber, armazenar e despachar todos os produtos que nossa equipe de campo negocia com seus associados.”, explicou Zan-chetta. Atuam na unidade de Campos Novos 15 colaboradores, dos quais quatro fazem o trabalho de assistência no campo, oferecendo um trabalho agronômico completo ao produ-tor rural. “Nosso trabalho, além de vendas, tem assistência no campo, focado no atendimento ao produtor rural que é nossa prioridade.”, fi-nalizou Laércio Zanchetta, gestor da Cooplantio Campos Novos. A nova sede está localizada na BR-282, saída para Joaçaba, próximo ao posto Tro-peiro.

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COOPERATIVA

Um dos grandes desafios do agrone-gócio, atualmente, é desenvolver uma produção agrícola que consiga atender à crescente deman-da, cumprindo todas as exigências e mantendo um bom nível de qualidade e também quantidade na produção de alimentos, levando em consideração a sustentabilidade e o respeito ao meio ambiente. Produzir alimento tornou-se uma missão, princi-palmente quando levadas em conta, as estimativas realizadas por diversas organizações, referentes à escassez de alimento e aumento da população mundial para os próximos anos. Com a missão de produzir e industriali-zar insumos e alimentos de qualidade, com tecno-logia, rentabilidade e respeito ao meio ambiente, a Copercampos vem há 43 anos enfrentando os de-safios de uma atividade, considerada muitas vezes incerta, mas que tem na dedicação e empenho dos produtores a força para o crescimento e desenvol-vimento de uma agricultura cada vez mais produ-tiva. Com volume de produção com mais de 5 milhões de sacas no ano de 2012 e superior a 7 milhões de sacas em 2013, a Copercampos vem

Copercampos investe na produção e amplia capacidade de armazenagem

crescendo a cada ano e contribuindo para o desen-volvimento do município que ostenta o título de Celeiro Catarinense. Para agilizar o processo de recebimen-to da produção, a Copercampos mantém unidades armazenadoras estrategicamente localizadas, com o objetivo de estar o mais perto possível e assim facilitar ao produtor a entrega, reduzir as despesas com fretes e agilizar a atividade de colheita. Com o constante crescimento da produção de cereais, não apenas em Campos Novos, mas em outras re-giões de atuação da cooperativa, a Copercampos está, através de ampliações e novos investimentos, expandindo sua área de atuação e ampliando sua capacidade de armazenagem, oferecendo assim melhores condições e também mais segurança para seus associados. De acordo com o diretor-presidente, Luiz Carlos Chiocca, o compromisso da Coper-campos é atender às necessidades dos associados, buscando alternativas que auxiliem na qualidade de produção e armazenagem. “Estamos buscando ampliar nossa área de atuação, e aumentar a capacidade de armaze-

Estamos buscando ampliar nossa área de atuação, e

aumentar a capacidade dearmazenagem através da construção de mais silos, para que possamos assim, atender as necessidade dosassociados, garantindo melhorqualidade de armazenagem da produção. ”

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nagem através da construção de mais silos, para que possamos assim, atender as necessidade dos associados, garantindo melhor qualidade de ar-mazenagem da produção.”, destacou Luiz Carlos Chiocca. De acordo com o gerente operacional, Marcos Juvenal Fiori, as unidades armazenado-ras têm capacidade para mais de 470 mil tone-ladas, e todas são estruturadas com avançados equipamentos para descarga, limpeza e secagem dos grãos. Um sistema composto por automação de termometria e aeração, instalado em todas as unidades, garante a qualidade dos grãos armaze-nados. Atualmente a Copercampos conta com 21 unidades armazenadoras localizadas nos esta-dos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. E está realizando ampliações nas unidades de Otacílio Costa, Bom Retiro, Ituporanga, Curitibanos e cons-truções de novas unidades armazenadoras em Ponte Serrada, Coxilha Rica e Ervalzinho – RS, to-talizando assim um aumento de 8% da capacidade de armazenagem. Para a comercialização das produções entregues, a cooperativa conta com uma equipe capacitada que opera em mercados nacional e internacional. A atividade de produção de cereais tem a participação de 44% no faturamento da Co-percampos.

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COOPERATIVA

TSI da Coocam: tecnologia a serviço do homem do campoParceria entre Coocam e Bayer possibilita o tratamento industrial de sementes naCooperativa feito pelo emprego de tecnologia de ponta Em busca de alternativas que aumen-tem ainda mais a produtividade e o rendimento dos produtores rurais, a Cooperativa Agropecuá-ria Camponovense (Coocam), em parceria com a Bayer, inaugurou no dia 14 de setembro deste ano, na sede da cooperativa, em Campos Novos, uma unidade de Tratamento de Sementes Industrial (TSI). Este é o emprego da tecnologia no au-mento do potencial produtivo, dando mais como-didade e segurança ao produtor, que passa a con-tar com mais precisão e garantia de dosagem no tratamento de suas cultivares. De acordo com o vice-presidente da Coocam, que também é responsável pelo Departa-mento Técnico da Cooperativa, o engenheiro agrô-nomo Riscala Fadel Júnior, enquanto o tratamento de sementes no campo expõe o produtor a riscos e à imprecisão, o tratamento industrial é pontual, já que realizado de forma computadorizada. “Além de contar com tecnologia capaz de recobrir unifor-memente as sementes, e, portanto, dar cobertura e distribuição do produto de forma adequada, que garante segurança ao produtor que opta pela cul-tivar, o tratamento industrial de sementes ainda possibilita a customização, ou seja, a possibilidade de atender, de forma inteligente os casos específi-cos.”, explicou Júnior. A Coocam é focada na geração de se-mentes de alto potencial produtivo, e o estabeleci-mento de parcerias que venham ao encontro com dessa proposta é o foco da cooperativa. “Focamos na qualidade física, fisiológica e genética de nosso produto, e com isso buscamos oferecer ao produ-tor tecnologia para que ele empregue no campo e com isso minimize os riscos de perdas de produ-ção.”, disse Riscala Júnior. A Coocam é produtora de sementes de soja, trigo, feijão e aveia, e tem 70% de sua pro-dução destinada a vários estados do Brasil, como Paraná, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Atenta às tendências de mercado, a coo-perativa estabelece parcerias com renomados ins-titutos de pesquisa e empresas no ramo de agro-negócios na possibilidade de melhora do produto que oferece aos produtores e seus clientes. “Cada vez mais a semente está se tornando item impor-tante na implantação da lavoura, carregando tec-nologias, e por isso é um componente de custo expressivo.”, finalizou Júnior. Segundo informações do gerente regio-nal da Bayer, Luiz Crudi, a unidade instalada na Coocam é a primeira de Santa Catarina, e repre-

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senta a solidificação de uma parceria em prol da inovação, da qualidade e, principalmente, da pro-dutividade dos produtores associados ou clien-tes da Coocam. “Buscamos sempre, em todos os setores de atuação da Coocam inovar e trazer ao produtor o que tem de melhor no setor de agro-negócios. Por isso com apenas 20 anos de atuação temos nome sólido, confiança do mercado em que atuamos e soluções inovadoras.”, ressaltou o presi-dente da Coocam, João Carlos Di Domenico.

Buscamos sempre, emtodos os setores de

atuação da Coocam inovar e trazer ao produtor o que tem de melhor no setor de agronegócios. Por isso com apenas 20 anos de atuação temos nome sólido, confiança do mercado em que atuamos e soluçõesinovadoras. ”

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O TSI da Coocam está voltado para o tratamento de sementes de soja, milho, trigo, fei-jão, aveia e canola. Em 2013 a primeira cultura plantada com o tratamento industrial de sementes foi o milho que tem demonstrado bons resultados. De acordo com o engenheiro agrônomo da Coocam, Cristiano Nascimento, por meio do TSI, a Coocam incentiva o processo “abra e plante”, ou seja, o produtor não tem qualquer contato com a semente, já que tem apenas o trabalho de abrir o saco de semente e colocá-lo na plantadeira. “No milho, especificamente, o produtor que optar pela semente tratada não terá nenhum processo ante-rior ao plantio para fazer. Na soja, apenas precisa inocular a semente. Isso além de representar uma economia de mão de obra ao produtor ainda reduz o risco de contaminação ambiental e pessoal.”, ex-plicou. O custo-benefício do TSI também deve ser levado em conta. Segundo o engenheiro, ape-sar da semente ter o custo de tratamento agrega-do, ele equipara-se com o valor pago pelo produ-tor se levar em conta a diminuição de mão de obra na fazenda, a preocupação com descarte de emba-lagens, a minimização de riscos de contaminação ambiental, os custos trabalhistas e ainda a preci-são do tratamento e assim otimização de todas as sementes. “A diferença do tratamento industrial para o convencional, é que mesmo empregando a mesma quantidade de produto por saca, o indus-trial garante a cobertura da semente uniforme, não tendo o risco de algumas ficarem desprotegi-das e outras apresentarem fitotoxidez por excesso de produto.”, finalizou.

Atuação do TSI

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CONHECIMENTO

Senar/SC quali�ica milhares deprodutores rurais a cada ano O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) presta extraordinária cooperação para o desenvolvimento estadual, atendendo, anu-almente, mais de 150 mil produtores rurais em treinamentos e programas voltados para melhorar a vida das famílias rurais catarinenses. O Senar é vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc). A informação é do superintendente do Senar/SC, Gilmar Zanlu-chi, e do presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo. De acordo com os dirigentes, as ações são realizadas em 96% do território catarinense. O Senar/SC organiza, administra e executa a Forma-ção Profissional Rural (FPR) e a Promoção Social (PS) para trabalhadores e produtores rurais no Estado barriga-verde. A primeira linha de ação da entida-de está vinculada à aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes para o exercício de uma ocupação, de modo a aumentar a eficiência do de-sempenho profissional de trabalhadores e produ-tores rurais. Envolve as atividades de apoio agros-silvipastoril, pecuária, agroindústria, agricultura e relativas à prestação de serviços, silvicultura e aquicultura. As atividades de Promoção Social visam ao desenvolvimento de aptidões pessoais e sociais de trabalhadores, produtores e das famílias rurais, numa perspectiva de maior qualidade de vida, consciência crítica e participação ativa na comu-nidade. As atividades possuem caráter educativo e preventivo, distribuídas nas seguintes linhas de ação: educação; artesanato; cultura, esporte e la-zer; alimentação e nutrição; saúde e organização comunitária.

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Além dos treinamentos mensais oferecidos pelo Senar/SC nos municípios, os produtores rurais catarinenses contam ainda com uma importante inovação pedagógica e instrucional: a Educação a Distância (EAD Senar). “É uma modalidade de ensino-aprendizagem, em que o participante e o tutor estão separados espacial e temporalmente. Nela, o participante determina seu próprio local e tempo de dedicação ao estu-do, que não precisa ser necessariamente o mesmo do tutor, permitindo-se uma independência e autonomia maior do que ocorre na modalidade de Educação Presencial.”, explicou Gilmar Zanluchi, superintendente do Senar/SC. Mais informações sobre os programas e treinamentos pelo telefone (49) 3333-0322 ou no site www.senar.com.br.

EAD Senar

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ATENDIMENTO AO PRODUTOR

“O Sindicato dos Produtores Rurais de Campos Novos está de portas abertas.” Declarou, Fernando Sergio Rosar, pre-sidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Campos Novos. Rosar também fez uma avaliação das atividades de 2013 e anunciou as novidades para 2014. “Este ano fizemos diversas ações e en-cerramos as atividades, em novembro, com uma reunião com os onze sindicatos, na qual tratamos das atividades para o ano que vem.”, contou Rosar que ressaltou a presença do vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Nelton Rogério de Souza.

Nessa reunião, o grupo definiu a data de dois eventos para Cam-pos Novos, em 2014: de 14 a 16 de maio, a Expocampos e de 14 a 16 de setembro, a Feira da Primavera. Sobre os cursos, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado de Santa Catarina (Senar), Rosar disse que de 140 a 160 produtores são beneficiados por mês com os cursos gratuitos.

Este ano, foram oferecidos 46 tipos de cursos. Agora, os cursos estão em recesso. As atividades voltam no dia 20 de janeiro. “Os cursos trazem conhecimento, desenvolvem a agricultura, com o objetivo de melhorar a vida e a renda familiar, ou seja, não é só se preocupar em servir ao sócio do sindicato, mas servir todos aqueles que são produ-tores e tem interesse em participar. Os cursos são gratuitos.”, enfatizou o presidente. Fernando Rosar ressaltou que o sindi-cato presta serviço não só aos sócios, mas a todos os produtores rurais de abrangência da institui-ção. “Estamos de portas abertas, não só aos pro-dutores rurais de Campos Novos, mas também aos de Vargem e Brunópolis.”.

Os cursos trazem conhe-cimento, desenvolvem a

agricultura, com o objetivo de melho-rar a vida e a renda familiar, ou seja, não é só se preocupar em servir ao sócio do sindicato, mas servir todos aqueles que são produtores e tem interesse em participar. ”

“ Rosar afirmou que o sindicato ficou três anos sem promover eventos devido à re-forma das mangueiras no Parque de Exposições Leônidas Rupp. “Fizemos as reformas com apoio da federação e com recursos próprios. Como o sindicato não possui fonte de renda elevada, as obras demoraram a ser concluídas. Também tínhamos uma preocupação para não ficarmos endividados. Devemos fazer as coisas sem com-prometer a receita do sindicato. Agora, com as obras concluídas, retornamos a fazer as feiras e exposições. Em maio teremos a Expocampos e em setembro, Feira da Primavera.”, afirmou o presidente do sindicato. Com datas ainda a fechar, o sindica-to está negociando e deve promover mais dois eventos no próximo ano, um da raça Charolês e um da raça Hereford. Rosar anunciou que a Ex-pocampos – a principal feira da pecuária campo-novense – volta ao calendário, mas em formato diferente, ela será voltada ao agronegócio, leilão de gado e exposições. Nesta edição, não haverá shows na Expocampos. Para o lado empresarial

do evento, o sindicato irá conversar com as enti-dades que tiverem interesse em expor. Ele afir-mou que o sindicato está aberto a parcerias. Neste primeiro momento, as melho-rias da estrutura do parque foram apenas nos setores de pecuária e assim que possível o sin-dicato fará reformas nos outros espaços. “O par-que de exposições é um patrimônio do sindicato e não iremos deixar em más condições, temos interesse em investir, mas dependerá de nossa receita. Temos interesse em que a população utilize mais o parque até porque em nenhum momento proibimos alguém de usar, quero dei-xar claro que já disponibilizamos o parque, este ano, por exemplo, para vários eventos e nunca negamos espaço para ninguém. O parque sem-pre esteve aberto e sempre estará.”. Com relação à parceria com a Prefei-tura de Campos Novos, Fernando Rosar disse que o sindicato fez uma proposta ao prefeito Nelson Cruz que fez uma contraproposta ao sin-dicato. As propostas estão em análise no setor jurídico das instituições.

Parque de ExposiçõesFernando Rosar

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TECNOLOGIA

Anualmente, o projeto Valtra Pé na Es-trada percorre o interior dos estados brasileiros para levar aos produtores rurais suas principais novidades. Desta forma, a marca reforça seu com-promisso de proximidade com o desenvolvimento agrícola nacional. O projeto chegou, em novembro, pela primeira vez em Santa Catarina com soluções em máquinas agrícolas e tecnologias de ponta, além de oportunidades de financiamento e facili-dades ao agricultor local. Em parceria com a concessionária Dresch, o Valtra Pé na Estrada passou no dia 13 de novembro por Campos Novos. “Começamos bem o dia com a venda de três tratores. A expectativa é alta de fazer bons negócios, além de vender quere-mos mostrar os produtos Valtra, as opções de toda a tecnologia que a marca oferece para atender às necessidades da agricultura brasileira.”, con-tou Italo Tisian, gerente da concessionária Valtra Dresch em Campos Novos. O produtor Carlos Becker, do município de Monte Carlo, contou que já conhecia os produ-tos da Valtra. “Os tratores Valtra trazem muitos be-nefícios para o agricultor, entre eles a tecnologia, o baixo consumo de diesel é um diferencial no fim da planilha. Um benefício importante para baixar os custos da produção.“, relatou Becker, que consi-

Projeto Valtra Pé na Estrada aporta pela primeira vez em Santa CatarinaAs tecnologias Valtra recém-lançadas no mercado brasileiro foram apresentadas em Campos Novos em novembro

dera perfeito os tratores da Valtra. Durante o evento, os visitantes tiveram a oportunidade de conferir o portfólio de produ-tos Valtra destinado a todas as etapas do cultivo catarinense. “Este projeto proporciona uma troca enriquecedora entre produtores e concessioná-rias. Se por um lado levamos a eles conhecimento sobre novas tecnologias e novidades do mercado, eles também nos trazem pedidos e sugestões que nos ajudam a aprimorar os nossos produtos e ser-viços.”, disse Jones Eduardo Escobar, coordenador de vendas da Valtra. Em Campos Novos esteve disponível

Sobre a Valtra

W Design

A linha de produtos Valtra inclui tratores de 50 a 375 cavalos, colheitadeiras, implementos e pulverizadores. No Brasil desde 1960, a empresa possui forte presen-ça no segmento canavieiro, sendo a primeira empresa do setor a se instalar no país. A Val-tra conta hoje com uma rede de mais de 160 pontos de venda e assistência técnica no país, além de 13 distribuidores nos demais países da América Latina. A Valtra é uma das mar-cas pertencentes ao Grupo AGCO. Para saber mais sobre a Valtra visite o site www.valtra.com.br.

para testes em campo o modelo BH 135i (137cv), trator com motor 4 cilindros turbo-intercooler, opção para o agricultor que necessita ter em sua propriedade máquinas para desempenhar as mais variadas funções e atividades. Este produto faz parte da Geração III da Linha BH da marca, acima de 130 cv de potência, lançada nacionalmente no mês de maio. Itens como a nova localização do sis-tema hidráulico e as novas vigas laterais permitem um menor raio de giro, melhorando as manobras de cabeceira, fator indispensável para aperfeiçoar o trabalho no campo evitando pisoteio nas áreas produtivas. Também estiveram em exposição os tratores da Série A da linha leve, com tratores de até 95cv de potência; Linha Média, até 125 cv de potência; da Linha BH Pesada, acima de 130 cv de potência; e as plantadeiras HiTech modelo BP1307M equipadas com conjunto tandem for-mando 26 linhas de 45cm; além das colheitadeiras axiais BC4500, BC6500 e BC7500. Todos os produ-tos estão equipados com ATS para agricultura de precisão. Em Santa Catarina, o projeto passou ainda pelos municípios de São Miguel do Oeste e Mafra. Depois de Santa Catarina, o Projeto Valtra Pé na Estrada seguiu para o estado de Minas Ge-rais, onde encerrou as atividades de 2013.

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CONSULTORIA

A Terra Forte Prestadora de Serviços Ltda tem sua área de atuação voltada para a elabo-ração de projetos, plano de negócios, assessoria, consultoria e pesquisa. Segundo o proprietário, Luiz Carlos Dartora, a empresa conta com uma equipe multidisciplinar, amplamente qualificada para elaborar e executar os mais diversos estudos e projetos e também prestar assessoria, consulto-ria e pesquisa, tendo prestado importantes traba-lhos para diversas organizações. “Nossa empresa tem como missão, pro-mover por meio de nossos serviços e produtos a satisfação, o desenvolvimento econômico e social de nossos clientes. Nossos valores são: respon-sabilidade social, conduta ética e moral, transpa-rência nas ações, atitudes inovadoras e criativas, respeito ao ser humano e compromisso com o de-senvolvimento sustentável.”. O objetivo desde que nasceu é consoli-dar-se como referência na prestação de serviço e fornecimento de produtos aos clientes e, princi-palmente, aos agricultores. “Aqui nós trabalhamos com projetos, a parte ambiental, institucional e capacitação. Isso facilita, por exemplo, o acesso do cliente ao que se refere a investimentos agro-pecuários; recuperação de áreas degradadas; convênios municipais, estaduais e federais; agro-ecologia; infraestrutura; regularização fundiária; emendas parlamentares; educação ambiental; agroindustriais; regularização ambiental; asses-soria e consultoria aos programas: Boas Práticas de Produção Agrícola; Programa Minha Casa Mi-nha Vida Habitação Rural e FDS; Licenciamento Ambiental; Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Conab; Gestão de Cooperativas. Plane-jamento Estratégico; Aproveitamento de Água de Chuvas; Programa Nacional de Alimentos da Me-renda Escolar (PNAE); Diagnóstico Socioeconomi-co; Captação, Tratamento e Distribuição de Água; PROINF – Infraestrutura e Serviços nos Territórios Rurais; Tratamento de Resíduos Sólidos. Adesão e Implantação do Suasa, entre muitos outros.”. Dartora trabalha há vários anos no ramo e só vê crescimento no setor. A nova sede instalada em Campos Novos foi um passo no me-lhoramento do trabalho prestado a clientela. Sobre investimentos, ele afirmou que a sua principal ponte é o Plano Nacional de Habita-ção Rural do Programa Nacional de Habitação Ru-ral (PNHR), que usa recursos do Orçamento Geral da União (OGU) para financiar a aquisição de ma-terial de construção para a construção ou conclu-são/reforma/ampliação de unidade habitacional em área rural. Esse programa oferece subsídios para pessoa física, trabalhador rural ou agricultor fa-miliar, com renda familiar bruta anual de até R$ 15.000,00, que estejam estabelecidos de forma co-letiva, por uma entidade organizadora. Criado no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), o Programa Nacional

Terra Forte é a principal prestadora de serviços agropecuários de Campos Novos e regiãoCom o lema “Seus sonhos, nosso desafio” a empresa Terra Forte vem atuando com sede emCampos Novos e atendimento na região há pouco tempo, mas já com bons resultados

de Habitação Rural (PNHR) tem como objetivo subsidiar a produção de unidade habitacional aos agricultores familiares e trabalhadores rurais e abrange todos os municípios nacionais, indepen-dentemente do número de habitantes. Os recursos para produção da unidade habitacional são oriundos do OGU e são concedi-dos diretamente às pessoas físicas, trabalhadores rurais ou agricultores familiares, organizadas sob a forma coletiva, por uma entidade organizadora. O valor das propostas/intervenções in-dividuais é definido pela EO, para análise e apro-vação pela equipe técnica da Caixa, observados os requisitos constantes do normativo específico.

O trabalhador rural ou agricultor familiar procura uma entidade organizadora para que esta constitua grupos e apresente as propostas para a Caixa.

Contrapartida do beneficiário A contrapartida do beneficiário corresponde a 4% incidente sobre o valor do subsídio con-cedido para a construção ou conclusão/reforma/ampliação da unidade habitacional. O retorno pelo(s) beneficiário(s) à CAIXA é efetuado por meio de boletos, em quatro parce-las iguais, sendo que a primeira parcela vence no ano subsequente, na mesma data de assinatura do contrato, e as demais na data de aniversário anual. O pagamento das parcelas após o primeiro ano do contrato pode ser efetuado em qualquer data, sem acréscimo de juros ou correção monetária. É facultado ainda ao(s) beneficiário(s) o pagamento antecipado das parcelas, sem incidên-cias de quaisquer descontos.

O beneficiário

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ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Quando os profissionais da assistência técnica, Emilio Cassaniga, Mário Spengler e Vladi-mir Roveda, iniciaram as práticas com máquinas adaptadas para o plantio direto, não imaginavam que em poucos anos fariam parte do grupo de em-presários mais bem sucedidos do planalto catari-nense. As tentativas anteriores de introdução do sistema de plantio direto entre os agricultores da região foram frustradas. Houve dificuldades para o aperfeiçoamento do sistema, máquinas foram adaptadas e desenvolvidas, mas sem resul-tados na propriedade. Assim, no dia 1º de junho de 1995, foi fundada a Napalha Comércio e Re-presentações Ltda, que iniciou suas atividades na Avenida JK, em Campos Novos (SC), com um cola-borador, o apoio da família e de muitos amigos. Em 17 de setembro de 2002, a Napalha expandiu seu atendimento ao planalto catarinen-se com a abertura de filial em Fraiburgo (SC), que mais tarde em 18 de julho de 2009 passou a atuar como Concessionária John Deere.

Napalha

Uma empresagenuinamentecamponovense

“ A Napalha oferece o mais moderno e completo sistema de mecanização agrícola a todos os agricultores dos 88 municípios que atualmente, fazem parte da sua área de atuação no estado de Santa Catarina”

Em outubro de 2004, a Napalha pas-sou a ser Concessionária John Deere, em Campos Novos, líder mundial e referência em tecnologia, oferecendo tratores, colheitadeiras, plantadeiras e o mais completo sistema mecanizado do país. Além da venda, o ponto forte da Napalha sempre foi a assistência técnica e sua presença constante ao lado do produtor em todos os momentos. Como prova disso, em 2006 recebeu a certificação pela John Deere de Excelência em Pós-venda, classifi-cando-se como “Classe A” nas áreas de Peças e Ser-viços. Em 13 de setembro de 2007, a região arrozeira ganha mais uma filial Napalha: é inaugu-rada a loja em Rio do Sul. Em 2 de janeiro de 2012, a Napalha abriu a sua quarta loja, no município de São Joaquim para atender os clientes de São Joa-quim e região. No mesmo ano, a Napalha recebeu a classificação dentro do Programa Classe Mundial desenvolvido pela John Deere como Concessioná-ria Alto Desempenho, um reconhecimento pelo

trabalho desenvolvido até então. Em 2013, a Napalha Concessionária John Deere de Campos Novos e região continua com ênfase no pós-vendas e assistência técnica, intensificando cada vez mais a capacitação e es-pecialização de seus colaboradores. Com destaque para a especialização de funcionários em sistema AMS de agricultura de precisão. A empresa encer-ra 2013 com 71 funcionários. A Napalha oferece o mais moderno e completo sistema de mecanização agrícola a todos os agricultores dos 88 municípios que, atualmen-te, fazem parte da sua área de atuação no estado de Santa Catarina. A empresa também está com-prometida com todos os seus colaboradores em prestar o melhor atendimento, peças originais, orientações corretas e profissionais capacitados em serviços, financiamentos e agricultura de pre-cisão. Com consultores estratégicos de negócios especializados, a Napalha realiza eventos técnicos e comerciais com grande participação dos clientes.

Inauguração em 2004

Descontaço Napalha

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Napalhaperto de Você Pensando também em mostrar ao pro-dutor rural as novidades e os maquinários que a empresa possui no mercado, a Napalha participa de eventos, como o Dia de Campo Copercampos, para levar até os empresários, produtores e pú-blico em geral o que há de mais moderno em sua linha de máquinas agrícolas.

W Design

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ATENDIMENTO

Sicoob Campos Novos está de cara nova Com 28 anos de existência, o SICOOB Campos Novos, reformou e ampliou toda estrutura física da agência da sede e dos Postos de Atendi-mentos (PAs). Com as melhorias na sede o setor administrativo ficou instalado no segundo piso do prédio de Campos Novos, onde controla todo o sistema na sua área de ação que inclui, além de Campos Novos, os municípios de Capinzal, Monte Carlo, Brunópolis, Curitibanos, Ibiam e Frei Rogé-rio. A mudança não foi apenas na estrutura física, mas também em todos os setores internos “Organizamos a estrutura física e ainda estamos nos organizando para continuarmos crescendo e evoluindo, sem perder a essência do bom atendi-mento”, salientoua gerente geral Juliana Cacia Sa-bei Rosar. Por se tratar de uma cooperativa de crédito, tem nas distribuições das sobras, um dos seus grandes diferenciais, além de outros como: horário de atendimento ao público diferenciado, das 9h às 15h e sua forma de atendimento, carac-terizada pela proximidade e feita de forma única. “O trabalho de uma cooperativa de crédito não se restringe em apenas disponibilizar produtos ou serviços, mas oferece atendimento humanizado, sem deixar de oferecer ferramentas modernas, com altas tecnologias e sempre pensando no de-senvolvimento das pessoas e da comunidade na qual está inserida. Hoje, como, cooperativa de cré-dito de livre admissão, atendemos desde o setor

rural, como também o comércio, indústria e pesso-as físicas, ou seja, atendemos todos os públicos”,-comentou Juliana. O SICOOB Campos Novos,faz parte do maior sistema de cooperativa de crédito do país, com mais de 2,5 milhões de associados e deste nú-mero mais de 500 mil estão em Santa Catarina; e para 2014, pretende estar presente em 100% dos municípios catarinenses. As cooperativas de cré-dito do Sicoob são instituições financeiras regula-mentadas pelo Banco Central do Brasil e integram um sistema forte e solidário. O presidente do SICOOB Campos Novos,

Presidente Otávio Henrique Almeida Tessaro e a Gerente Geral Juliana Cacia Sabei

Otávio Henrique Almeida Tessaro, reafirmou que “todas as melhorias e todo o trabalho realizado têm como objetivo principal fazer com que as pes-soas que entrem aqui no Sicoob, sintam-se bem, porque nosso principal intuito é fazer um traba-lho voltado única e exclusivamente ao associado, ”, garante o presidente. Com todo esse crescimento o SICOOB Campos Novos não para, e deverá se ex-pandir gradativamente, para nove pontos de aten-dimento em municípios do Rio Grande do Sul. A sede do SICOOB Campos Novos, fica na Rua Coronel farrapo, 719, Centro. Telefone: (49) 3541-0627.

Equipe de colaboradores Sicoob Campos Novos

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Fertilizantes com qualidade e garantia

do sistema Cooperativo catarinense

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COMEMORAÇÃO

Michuim da Coocam completa 20 anosFesta realizada desde 1993 tem o objetivo de estreitar as relações e comemoraro ano agronômico. O balanço desses 20 anos é de sucesso e de boas realizações

O preparo do Michuim, prato marro-quino, começa bem antes de o carneiro ser assado inteiro. Antes do abate, o animal tem que ficar dois dias em confinamento e tomando pouca água. Ele também não pode ficar estressado, porque elimina na carne um óleo chamado lanolina, que faz cair a qualidade. Deve ser macho, porque as fêmeas delatam a carcaça quando prenhas e não tem a mesma qualidade da carne. O Michuim é prepara-do com uma mistura de temperos com ervas finas e muito conhaque. Durante o assado, ele é regado com margarina para não desmanchar. Para assar são necessários 60 sacos de carvão e quase 8 ho-ras no fogo. O Michuim da Coocam é uma festa para comemorar as conquistas da cooperativa duran-te o ano corrente e, principalmente, fortalecer os laços de amizades entre os produtores rurais, os fornecedores e os parceiros. Este ano, a vigésima edição do Michuim contou com a presença de mais de 1300 convidados que consumiram 1500 quilos de carne e três mil litros de chopp. O evento acon-tece sempre no último sábado de novembro, na Fazenda São João, em Campos Novos. A Cooperativa Agropecuária Campono-vense (Coocam) é uma das maiores cooperativas de Santa Catarina com sede em Campos Novos e filiais nas cidades catarinenses de Curitibanos e Lebon Régis e na cidade gaúcha de Barracão. Além da Fábrica de Ração e da sede social dos funcioná-

rios, a SER Coocam. A festa do Michuim é descontraída, mas conta com cerimônia de abertura. Na solenidade, várias autoridades falaram sobre o Michuim, a Coocam, o cooperativismo e o agronegócio. Nelson Cruz, prefeito de Campos Novos, falou em nome de todos os prefeitos presentes. “Falar da alegria dos 20 anos da Coocam e do Mi-chuim que cresce a cada ano. Quero parabenizar a Coocam pelo trabalho que tem realizado em Cam-pos Novos e região. Aonde tem cooperativa, o mu-nicípio é diferente, as coisas acontecem mais fácil. Estamos aqui para parabenizar os cooperativistas, as pessoas que são do sistema, porque o municí-pio que é organizado em cooperativa o desenvol-vimento é muito maior.”, declarou Nelson Cruz, prefeito de Campos Novos. Para o secretário adjunto da Secretaria da Agricultura de Santa Catarina, Airton Spies, este ano a agropecuária catarinense viveu notícias muita positivas. “Tivemos um ano de safra cheia, de preços compensadores, de muito trabalho por parte dos produtores e isso deu um impulso para a economia de Santa Catarina. Por isso o Governo do Estado reconhece a importância da agropecuá-ria no desenvolvimento do nosso Estado.”, disse o secretário. João Carlos Di Domenico, presidente da Coocam, afirmou que “Este evento é feito exata-mente com isso que vocês estão vendo aqui. Pes-

soas de comando, pessoas que nos representam, pessoas que nos lideram. Agricultores, pessoas que nos fornecem insumos, que fornecem o neces-sário para que nós possamos produzir em nossas propriedades.”. Há 20 anos, no mesmo ano da fundação da Coocam os cooperados festejaram aquela atitu-de. “Era um momento difícil pra nós, tivemos uma decisão difícil, e precisava ser festejada. Trabalha-mos muito e com o grupo coeso que pegava junto, avançamos, com funcionários muito valorizados. A Coocam cresce em cima de um tripé: homem do campo, empresa Coocam e os funcionários da Coocam. E nós avançamos juntos e também nos momentos de lazer. O primeiro Michuim tinha 40 pessoas e para esta edição tivemos 2 mil convida-dos. É muito prazeroso ver que alcançamos o su-cesso naquilo que nos propormos a fazer lá atrás.”, avaliou o presidente da Coocam. Também esteve presente o deputado estadual Reno Caramori, o deputado federal Cel-so Maldaner, o deputado federal Valdir Colatto, o gerente de cooperativismo da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Paulo Von Dokonal, o secretário da Casa Civil, Nel-son Serpa, o ex-prefeito de Campos Novos,Vilibal-do Erich Schmid, o presidente da Copercampos, Luiz Carlos Chiocca, o presidente do PT em Santa Catarina, Cláudio Vignatti, entre outras autorida-des locais e regionais.

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Michuim em números 1993, primeira edição100 convidados1 michuim

2003, 10 anos de Michuim600 convidados 2 michuins900 quilos de carne2 mil litros de chopp

2009, 16 anos de Michuim1200 convidados100 colaboradores na organização da festa60 sacos de carvão no preparo de cada carneiro

2013, 20 anos de MichuimMais de 1300 convidados3 michuins 1500 quilos de carne3 mil litros de chopp

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COMEMORAÇÃO

Evento sela os 25 anos da Sicredi Altos da Serra Desde o início do ano, ações e eventos foram realizados para comemorar os 25 anos da Cooperativa Altos da Serra. Muitos foram os per-calços pelos quais os fundadores passaram duran-te todo o processo de fundação. E foram esses per-calços que geraram sucesso e muita história para contar a quem, hoje, desfruta da estrutura que a Sicredi Altos da Serra disponibiliza. No dia 28 de setembro, foi realizado o evento oficial em comemoração ao aniversário da cooperativa no Salão Comunitário da Paróquia São João Batista, em Sananduva, que contou com a pre-sença de cerca de mil pessoas. Entre os presentes estavam autoridades dos municípios em que a Co-operativa está presente, entidades e organizações, bem como a diretoria do Sicredi. Após os pronunciamentos, houve ho-menagem aos sócios fundadores, apresentação de dança com o Grupo Caripaiguarás, e o lançamento do livro dos 25 anos da Sicredi Altos da Serra, que foi selado com um brinde entre todos os presen-tes. Além de depoimentos dos sócios fundadores, o livro conta com todo o resgate histórico das coo-perativas Creditap e Credisana que, ao se unirem, trouxeram o sistema Sicredi para a região. O livro também conta a história do cooperativismo no mundo e como ele influenciou, e influencia ainda hoje, a sociedade e o próprio sistema Sicredi. Durante seu pronunciamento, Mario Maurina, presidente da Sicredi Altos da Serra RS/SC, disse que muitas foram as dificuldades ao lon-go desses anos, mas que com o profissionalismo e comprometimento de todos, o sucesso veio. “Se hoje somos a segunda melhor instituição financei-ra para se trabalhar no país é porque certamente nossas equipes são profissionais e comprometidas e, sem dúvida alguma, são protagonistas no desen-volvimento da nossa cooperativa, juntamente com todos aqueles que idealizaram este sonho, afirmou Maurina.

Mario Maurina em seu prounciamento oficial

Lançamento Oficial do LivroDiretoria do Sicredi no momento do brinde

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TRADIÇÃO

Campos Novos foi sede do oitavoEncontro de Gaiteiros

Luciano MaiaMiguel e paulo SiqueiraOswaldir e Carlos MagrãoShow com o gaiteiro paraguaio Catalino Gil

No camarim Rafa Fachin, Benito, Osvaldin, Maria Eliana Ca-nali Zandona, Magrão, Bene Zandona, Ana Maria Zandoná e sua filhinha

A oitava edição do Encontro de Gaitei-ros do Galpão “Caipora Viu” marcou o início da Semana Farroupilha em Campos Novos. O evento aconteceu de 13 a 15 de setembro, no Centro de Eventos Galpão Crioulo, de Campos Novos. O Encontro de Gaiteiros recebeu o apoio cultural, via Lei Rouanet, da Campos Novos Energia (Enercan), em parceria com a Bruno In-dustrial. O projeto foi desenvolvido pelo Institu-to Humaniza em parceria com o Galpão “Caipora Viu”, com a organização comandada pelo tradicio-nalista Benito Zandoná, e o apoio de Magna Regina Tessaro Barp e Rafael Fachin. Diversas autorida-des prestigiaram a abertura do evento que teve a apresentação da Fanfarra de Abdon Batista com o gaiteiro Rafael Fachin e show com Baitaca e Grupo Fundo da Grota. No segundo dia do evento, houve apre-sentações de invernadas artísticas, Tertúlia Livre, baile com o Grupo Coração Gaúcho e aconteceu o encontro de gaiteiros. Ainda no período da manhã

ocorreu a apresentação do gaiteiro paraguaio, Catalino Gil e show com Paulo Siqueira. Lucia-no Maia, músico referência no Brasil, que fez um “workshop” sobre gaita e tradição gaúcha. No en-cerramento do evento o público prestigiou o show de Oswaldir e Carlos Magrão. O projeto teve como objetivo resgatar a cultura tradicionalista de Campos Novos e região.

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