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Revista de Arquitetura e Urbanismo, criada pelos alunos de Comunicação Visual I da UNIFOR.
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Ma
io d
e 2
01
2 | N
0
1
Cidade-jardim
Saiba como foi desenvolvido
o modelo urbanstico proposto
pelo ingls Ebenezer Howard
Casa Gilardi
ltima obra do arquiteto
mexicano Lus Barragan
CASA BANDEIRISTA,
PALCIO CAPANEMA
E CENTRO HISTRICO
DE MANAUS
Acompanhe as obras que
passaram por processos
de restauro e tombamento
E MAIS:ENTREVISTAS,
DICA LITERRIA,
CINEMATOGRFICA
E EVENTOS
TELHADOS DO BEM
Nuance
EDITORA
4512348624689
16
Conhea os benefcios do ecotelhado, uma tcnica de jardim
suspenso que vem ganhando espao no Brasil
Baseado nas pssimas condies de vida
das cidades, Ebenezer Howard, publicou o livro
To-morrow em 1898, (chamado Garden-cities
of To-morrow na segunda edio, em 1902) onde
props uma alternativa para os problemas
urbanos e rurais por conta da superpopulao das
cidades. A chave para a soluo dos problemas da
cidade, segundo Howard, era reconduzir o homem
ao campo, atravs da criao de atrativos ou
ms que pudessem contrabalanar as foras
atrativas representadas pela cidade e pelo campo.
Ele argumentou que havia uma terceira
alternativa, alm das vidas urbana e rural, que
seria o que ele chamou de Cidade-Campo (Town-
Country). Nessa alternativa, os dois ims
fundiriam-se num s, aproveitando o que h de
melhor em cada um deles, e dessa unio nasceria
uma nova esperana, uma nova vida, uma nova
civilizao.
O modelo proposto, chamado de Cidade-jardim,
deveria ser construdo numa rea que
compreenderia, no total, 2400 hectares, sendo
400 hectares destinados cidade propriamente
dita e o restante s reas agrcolas. O esquema
feito para a cidade assume uma estrutura radial,
sendo composto por 6 bulevares de 36 metros de
largura que cruzam desde o centro at a periferia,
dividindo-a em 6 partes iguais. No centro, seria
prevista uma rea de aproximadamente 2,2 ha,
com um belo jardim, sendo que na sua regio
perifrica estariam dispostos os edifcios pblicos
e culturais (teatro, biblioteca, museu, galeria de
arte) e o hospital. O restante desse espao
central destinar-se-ia a um parque pblico de 56
ha com grande reas de recreao e fcil acesso.
A Cidade- jardim tentava converter os
lucros em ganhos coletivos. Inicialmente, um
terreno localizado em rea rural deveria ser
comprado por um grupo de pessoas, para abrigar
a futura cidade. Esse terreno seria comprado por
um preo baixo, compatvel com o preo de terras
rurais, a partir de um financiamento. O aumento
do nmero de habitantes nessas terras seria
capaz de diluir os juros do financiamento e de
constituir um fundo para ir quitando aos poucos.
Assim, a partir de pagamentos relativamente
pequenos, os habitantes da Cidade-Jardim
poderiam quitar a dvida assumida e ainda obter
recursos para as aes coletivas necessrias
(construo de edificaes pblicas, manuteno
dos espaos abertos, etc.).
Na rea rural, a competio natural entre os
produtores, as culturas e os modos de produo
deveriam indicar quais produtos seriam
cultivados. Aqueles que conseguissem gerar mais
renda se estabeleceriam nos arredores da Cidade-
Jardim. A renda, entretanto, no seria apropriada
por um nico indivduo, j que a terra teria sido
adquirida coletivamente. Os benefcios obtidos em
termos financeiros pelo aumento do valor da terra
e, como consequncia, pelo incremento da renda
fundiria, seriam convertidos em menores
impostos e mais investimentos coletivos.
Howard props que um sistema de cidades
fosse construdo dentro de distncias no muito
grandes. Assim, to logo a populao da primeira
cidade-jardim atingisse seu mximo, outra cidade
seria construda em local prximo, cuidando,
entretanto para que uma rea rural fosse mantida
entre as duas. Estas seriam conectadas por
estradas de ferro, que se encarregariam de
possibilitar o intercmbio de mercadorias.
Natssia Marques
U r b a n i s m o
1
Cidade- JardimCidade- Jardim
Muitas coisas que compramos, consumimos, ou
que usamos podem ter sido transportadas dentro
de um container. Esses contineres so usados
para o transporte de mercadorias no mundo
inteiro. Estima-se que 90% do movimento de
mercadorias no mundo utilizam contineres como
forma de transporte e cem milhes de cargas
cruzam os oceanos do mundo em mais de 5.000
navios de contineres a cada ano.
Porm, hoje, aps determinado tempo de uso,
eles se tornam
inutilizveis gerando
um cemitrio de
contineres
abandonados. Ou
acontece como nos
EUA e Europa, onde
mandar o container de
volta gera custos
considerveis
compensando mais, a
compra de novos na
sia.
Com a atual discusso sobre meio ambiente,
construes sustentveis, materiais
disperdiados que geram poluio, energia solar,
reciclagem, etc, os contineres vieram a "calhar"
perfeitamente como uma alternativa construtiva,
benfica ao homem e natureza, aliados a uma
arquitetura moderna e criativa!
Eles so estruturas de ao extremanente fortes,
porm leves, j confeccionados para um perfeito
encaixe, disponveis no mercado e podem ser
facilmente realocados j montados. Na
construo, voc pode usar tintas base dgua,
paineis solares, teto verde , isolante de pet,
entre outras aplicaes de uma construo
sustentvel.
Os contineres tambm exigem muito menos
mo-de-obra, custos e trabalhos na fundao do
que outros tipos de construes. Os contineres
usados podem ser comprados das empresas de
transporte por US$1.200,00 cada, e mesmo
quando comprados novos, eles no custam mais
que US$6.000,00.
NA INGLATERRA:
na Inglaterra, mais
exatamente no Trinity Buoy
Wharf, na regio porturia de
Docklands, rea fortemente
industrializada de Londres,
que se encontra " Container
City " (Cidade do Container).
A Container City um conglomerado de
contineres de vrios formatos, encaixados
flexivelmente, criando uma construo modular
altamente verstil, que oferece acomodaes
elegantes e acessveis para uma gama de
utilizaes. Sua construo foi iniciada em 2000
e levou cinco meses para sua concluso.
Originalmente, a
construo no
passava de trs
andares, mas
devido alta
demanda, foi
adicionado aos
edifcios mais um
novo andar, seja ele
para residncia,
escritrio ou estdio. O sucesso desse tipo de
construo foi to positivo que j foi construdo o
Container City II, alm de outros projetos como
escritrios, estdios para artistas, lojas, cafs,
centros de convivncia, sade, etc.
NO MXICO:
A Container City mexicana em pouco tempo se
tornou uma das maiores atraes tursticas da
cidade de Cholula, no Mxico.
Idealizada pelo designer grfico Gabriel Esper
Caram, o local possui 5.000m de rea urbana,
onde 50 contineres de navios abandonados esto
instalados. Bares, lojas, livrarias, galerias de arte,
restaurantes, padarias e at hotis fazem parte
desse ambiente extico.
Alm disso, os contineres, que possuem sistema
trmico para manter a temperatura ideal e
isolamento acstico, esto empilhados em
formaes nicas,
criando becos,
ruas e ptios,
tudo com muita
cor e conforto.
Outro destaque
da estrutura a
rede Wi-Fi,
disponvel por
toda a cidade e a
msica ambiente que toca entre as vielas e ruas
de Container City.
J comearam a aparecer as primeiras
edificaes. O Arquiteto Daniel Corbas, um
admirador da arquitetura industrial aliou isto ao
potencial sustentvel que construes com
contineres so capazes de oferecer.
Desenvolveu, ento, o projeto Casa Container,
localizado em Granja Viana. Sempre utilizando
design e arquitetura de alto nvel. A casa tem 196
m de rea construda, distribuda em dois
pavimentos. Ao todo, so trs quartos, sala de
estar, sala de jantar e cozinha gourmet
integradas, escritrio, trs banheiros, rea de
servio, garagem e varandas.
NO BRASIL:
2
Container City
Emidio Cabral
Casa Gilardi
Construda em 1976 na Cidade do Mxico.
A Casa Gilardi foi a ltima obra de Luis Barragan aos seus 80 anos e aps 10
Foi convencido a aceitar a proposta da construo da casa por sua afinidade e
paixo pelo paisagismo j que em sua proximidade havia uma arvore de
Jacarand que deveria ser mantida e pela piscina solicitada pelo cliente.
Sendo completamente construda em tijolo, foi coberta por um acabamento em
estuque texturizada, tpico no trabalho mexicano. J o interior da casa possui
reas da casa:
Na planta baixa podemos
observar que existe uma diviso
de dois volumes ligados por um
longo corredor. No primeiro
volume existem trs andares.
O primeiro andar da acesso garagem, rea de servio e habitao. A sala de
estar localiza-se no segundo andar. E existem trs quartos na casa, sendo dois
no terceiro andar e apenas um no segundo.
No final do primeiro volume ainda h uma ligao com a cozinha e um corredor
que leva ao segundo volume, que fica na parte de trs da casa, definido por
um nico andar. Nele localiza-se a piscina e uma sala de jantar instalada s
PR
OJE
TO
anos de inatividade.
uma textura muito mais suave.
bordas da piscina.
3
4Breve Biografia
Nome: Luis Ramiro Barragan Morfin
Nascido em Guadalajara, Mxico, em 1902.
Formado primeiramente em engenharia
hidrulica.
Logo aps sua graduao ganhou uma
viagem pela Europa, onde despertou sua
sensibilidade para espaos de tradio rabe
e jardins mediterrneos. Quando regressou,
iniciou sua carreira trabalhando no escritrio
de seu irmo reformando e projetando
casas. Nelas j podemos identificar um
estilo de influencias de arquitetura
mediterrnea e local, que viria a se tornar
uma caracterstica de seu estilo prprio.
Em 1940 mudou-se para a Cidade do
Mxico, e l comeou a desenvolver sua
viso do modernismo. A partir dai Barragan
transformou seu estilo voltando-se para
uma arquitetura de linguagem moderna, de
cores vibrantes, composta por texturas,
contrastes, luz e sombra. Alm de possuir
uma marca de entornos naturais em que a
gua se tornou um elemento
constantemente presente.
As paredes do corredor so pintadas de
amarelo e so vazadas por aberturas
verticais com vidros de cor nix para que
a iluminao natural possa invadir a casa
dando uma leveza ao ambiente.
A escada no
possui corrimo
para dar uma
ideia de levitao.
A sala de bilhar o espao central da
casa, possui paredes de lona azul para
dar contraste a cor vermelha da coluna
central. Em cima da piscina h um
buraco para a penetrao da luz natural,
que responsvel por transformas a
geometria do ambiente ao decorrer do
dia. Todos esses detalhes foram
planejados para transmitir tranquilidade
atravs do slido e do lquido.
Por Cibele/Juliana/Lvia/Pedro
PLATAFORMA:
voc deseja trabalhar? Por qu?
PLATAFORMA: Qual motivo o levou a
escolher a arquitetura como profisso?
PLATAFORMA: Para voc, qual o maior
cone da arquitetura? Por qu?
PLATAFORMA: Qual a sua viso sobre o
aqurio que ser construdo em Fortaleza?
PLATAFORMA: Considerando os aspectos
urbanistas de Fortaleza, o que poderia ser
melhorado at a Copa de 2014?
Em que rea da arquitetura
RENAN: Quero trabalhar com construo
civil, porque me identifico, gosto de criar, de
projetar um todo. Gosto tambm da reao
do cliente ao receber o projeto pronto.
RENAN: No comeo era por falta de opo
mesmo. Meu tio tem uma construtora e o
fator familiar ajudou muito na escolha.
RENAN: O Panteo, devido o fato histrico
de o homem construir uma cpula naquelas
dimenses sem a tecnologia dos dias atuais.
RENAN: Acho um desperdcio. O dinheiro
investido deveria ser usado para outras
finalidades. A cidade no tem estrutura para
receber esse projeto. A cidade est
desorganizada e no tem preparo para
receber esse pblico.
Nessa edio, o leitor ser premiado com uma entrevista dupla. Os escolhidos foram o
professor acadmico, do Centro de Cincias Tecnolgicas da Universidade de Fortaleza,
ureo Freire Castelo Branco e um estudante que cursa Arquitetura e Urbanismo tambm na
Unifor, Renan Donadi Bonfim.
A idia comparar um pouco o que pensa um profissional j atuante na rea de arquitetura
com as opinies de um iniciante, cheio de sonhos para o futuro.
Ambos foram muito gentis durante as entrevistas, o jovem estudante foi muito expressivo
em seus gestos e suas palavras, sem esconder qualquer admirao pela profisso. J o
professor foi mais objetivo e sucinto, sendo mais cauteloso e pouco comprometedor em
suas respostas.
Enfim, as conversas foram bastante agradveis e as perguntas foram fluindo naturalmente,
j que arquitetura uma temtica muito abrangente.
RENAN:
pblico e as vias deveriam ser melhoradas,
construir ciclovias e melhorar a sinalizao.
Outro ponto seria investir mais em
segurana.
RENAN: a possibilidade de pensar antes da
execuo do projeto, a realizao de algo que
est no imaginrio, principalmente
envolvendo o conforto.
Aumentar o numero de transporte
PLATAFORMA:
arquitetura?
Como voc define
ENTR
EVISTA
Arquitetura em Foco
5
PLATAFORMA: Qual motivo o levou a
escolher a arquitetura como profisso e qual
o seu campo de atuao? Seu objetivo
sempre foi essa rea?
PLATAFORMA: O que voc busca mostrar
com mais destaque em seus projetos como,
por exemplo, esttica, conforto,
originalidade. Qual deles voc mais gostou?
Por qu?
PLATAFORMA: Voc segue um estilo
especifico em seus projetos? Qual sua
marca?
PLATAFORMA: Qual a sua viso sobre o
aqurio que ser construdo em Fortaleza?
UREO: Escolhi arquitetura porque sempre
tive habilidade com desenho e viso
espacial. Trabalho na rea de ensino superior
e projetos de arquitetura por que esse era
meu objetivo.
UREO: Busco, na medida do possvel,
atender s necessidades do cliente. No
existe um preferido porque a cada projeto
aprimoramos nossos conceitos. Sempre vou
gostar do ltimo.
Centro integrado SESI E SENAI Sobral
UREO: No tenho um volume de trabalhos
o suficiente para ter definido um estilo. O
mesmo se d com a marca, mas gosto de
trabalhar grandes cobertas.
UREO: Na "Era das Pesquisas", no mnimo,
era para ter havido uma que ouvisse as
necessidades do fortalezense. Se ele queria
um aqurio, se ele no preferiria outra obra,
se aquele local era o melhor. Alm disso,
faltaram tambm explicaes sobre o custo
do empreendimento, qual o retorno
esperado do investimento...
O que se sabe que os aqurios europeus
do prejuzo.
UREO: Salta aos olhos a questo da
mobilidade.
UREO: Sim.
UREO: Gosto das definies do Lcio
Costa. "Arquitetura , antes de mais nada,
construo, mas, construo concebida com
o propsito primordial de ordenar e organizar
o espao para determinada finalidade e
visando a determinada inteno.
PLATAFORMA: Considerando os aspectos
urbanistas de Fortaleza, o que poderia ser
melhorado at a copa de 2014?
PLATAFORMA: Voc desistiria de um
projeto por no est de acordo com seus
ideais?
PLATAFORMA: Como voc define
arquitetura?
6
Gergia Digenes
Nathan Santanna
Paula Rasa C. Pontes
Meio Ambiente
que a instalao de Ecotelhados
obrigatria. Como exemplo, no Brasil, temos Guarulhos (SP). J em outras, como
a de Fortaleza (CE), h um projeto de lei com o intuito que o cidado ganhe
descontos progressivos de at 9% no valor bruto do IPTU caso sejam instalados
Ecotelhados em pelo menos 50% de seu imvel residencial ou comercial.
Aumento da biodiversidade;
Reduo da quantidade e velocidade das
guas liberadas nas caladas, reduzindo
consequentemente as possibilidades de
enchentes;
Retardamento e reserva de gua de
chuva para seu aproveitamento;
Reduo da emisso de carbono;
Conforto trmico e acstico para
ambientes internos;
Maior durabilidade dos prdios por
diminuir a amplitude trmica.
- Benefcios
Os projetos do Ecotelhado esto
inovando o planejamento sustentvel,
levando-os a serem a serem finalistas do
prmio Greenvana Greenbest 2012, que
um concurso nacional que busca incentivar
empresas e profissionais a valorizarem
solues verdes e sustentveis.
Casa com Ecotelhado
Ecotelhados
Atualmente, existem cidades em
O Ecotelhado um jardim suspenso,
o qual pode ser instalado tanto em
coberturas de prdios (laje) quanto em
telhados convencionais, como o de telha
cermica. necessria uma equipe
especializada para realizar a instalao
devido aos vrios cuidados tcnicos
exigidos para tal aplicao. Um dos
principais cuidados se apresenta na forma
de uma vedao adequada para que no
haja nenhum tipo de vazamento. Alm
deste, tambm devem ser analisados
fatores como a inclinao do telhado, a
estrutura de suporte do telhado, o sistema
de irrigao e as plantas adequadamente
especficas a serem utilizadas.
Para a instalao de coberturas
verdes, duas tecnologias possveis se
destacam: a Instalao in loco e a
Instalao Modular.
- Mas afinal, o que Ecotelhado?
Estrutura do Ecotelhado
7
Materiais Ecolgicos
Os Materiais Verdes tm sido
de materiais que de
forma se perderiam, alm de
Alguns exemplos deste tipo de
so os blocos de entulho, a
manufaturada, os blocos de
Alm dos benefcios ecolgicos, h a
As desvantagens encontradas ao
material, pois geralmente h uma
e tijolos mal feitos ou
por parte dos
Por eles serem to eficientes a
ecolgicos, principalmente
Utilizao dos tijolos de terra
8
Caroline Costa e Luiza Gadelha
Jardim Vertical
Os jardins verticais, ou jardim de
parede, foram criados pra amenizar a falta
de reas verdes nos centros urbanos e
tambm para modificar a paisagem de
ambientes pequenos.
um sistema que pode revestir
qualquer tipo de parece ou muro interna ou
externamente. Estes podem possuir
irrigao automatizada por gotejamento
ou o cuidado pode ser feito manualmente,
dependendo do tamanho.
Com o jardim vertical, o shopping
ter maior conforto trmico e est tambm
protegido contra a acumulao de energia
solar, alm de economizar at 30% de
energia, j que reduz a necessidade do ar
condicionado.
Alm destes benefcios, temos:
Aumento da biodiversidade;
Reduo da emisso de carbono;
Decorao do ambiente interno e
externo;
Conforto trmico e acstico para
ambientes internos;
Maior durabilidade dos prdios, pois
diminui a amplitude trmica;
Embelezamento dos centros urbanos;
Incluso social, aumentando a
oportunidade de convvio com a
natureza;
Contribui significativamente na
pontuao de certificaes como LEED.
Shopping Parque Barueri em So
Paulo tm o maior jardim vertical da
Amrica Latina, com mais de 700m e
15.400 mdulos jardineira Canguru.
Shopping Parque Barueri
desenvolvidos nos ltimos anos visando o
reaproveitamento
outra
evitarem o uso abusivo de matrias primas
no renovveis na construo civil.
material
madeira
pedra, a madeira certificada, os tijolos de
terra e a tinta de terra.
reduo dos gastos, devido possibilidade
de manufatura de grande parte destes
materiais, e reduo do uso de outros como
argamassa e estruturas metlicas. Alm
disto, os materiais verdes proporcionando
melhor isolamento trmico e acstico.
usar materiais verdes so principalmente
devido falta de habilidade e vontade dos
trabalhadores comuns em utilizar este tipo
de
resistncia devido ao hbito de utilizar
outros materiais, o que pode resultar em
blocos
descontentamento
trabalhadores.
Presidente Dilma est sancionando lei que
d incentivo s empresas que utilizam
materiais
aquelas ligadas construo civil.
9PPPP atrimnioatrimnioatrimnioatrimnioRestaurao do Palcio Gustavo Capanema
Em 2011 houve a liberao dos recursos
financeiros para a produo do projeto executivo,
restaurao total e instalao de novos elevadores
no Palcio Gustavo Capanema, no Centro do Rio
de Janeiro, que ser realizada pelo IPHAN.
J est em andamento a elaborao do projeto de
revitalizao e restaurao total, com a
instalao de novos elevadores. A iniciativa
contemplar a requalificao dos espaos para
sua adequao aos usos atuais institucionais e
culturais, a conservao geral, bem como a
atualizao dos sistemas prediais para o
atendimento de vrias exigncias tcnicas e legais
posteriores criao do monumento, como
sistemas antipnico, de combate a incndios, de
lgica e monitoramento de segurana, novas
instalaes eltricas, alm de acessibilidade a
portadores de necessidades especiais, entre
outros, tudo devidamente compatibilizado com o
projeto original. Para maior segurana e conforto,
os seis elevadores existentes sero substitudos
por unidades mais modernas, capazes de garantir
o acesso devido aos dezesseis pavimentos do
prdio.
Um novo sistema de comunicao tambm ser
desenvolvido para a divulgao conjunta das
inmeras aes educacionais e culturais ali
promovidas pelas instituies do MINC, como
debates, palestras, seminrios e cursos, a
exemplo das atividades do recm-criado Centro
Lcio Costa, chancelado pela UNESCO para a
formao de gestores do patrimnio, e o
Programa de Especializao do Patrimnio, do
Iphan.
Hoje funcionam no Palcio mais de uma dezena
de instituies vinculadas ao Ministrio da Cultura,
que aps a requalificao do edifcio atuaro com
mais conforto e segurana, tanto para seus
funcionrios como para o pblico usurio,
pesquisador e visitante.
O prazo para a entrega do projeto integral de
490 dias e para a substituio dos elevadores de
300 dias, corridos a partir do anncio dos
recursos liberados (10/05/2011).
O Palcio Gustavo Capanema j havia passado por
restauraes e revitalizaes.
Na 1 etapa das obras, executada entre 1995 e
1997, priorizou-se o restabelecimento da
segurana dos usurios e transeuntes e a
restaurao dos espaos de uso pblico. Foram
recuperadas e modernizadas as instalaes
prediais e restaurado todo o arcabouo externo
impermeabilizaes, brises, esquadrias,
revestimentos de fachada, jardins, pavimentaes
e painis de azulejos de Portinari bem como,
restaurados os Sales de Conferncias Gilberto
Freyre e de Salo de Exposies Carlos
Drummond de Andrade e instalada a Sala
FUNARTE no local da antiga garagem.
Na 2 etapa da obra executada em 1998 foram
recuperadas as reas internas dos pavimentos
revestimentos, mobilirio divisrio e sanitrios -
tendo sido adotado todas as recomendaes da
NB para atendimento de deficientes fsicos. Ainda
nesta etapa restaurou-se a totalidade das
esculturas do acervo e os afrescos Primeira Aula
do Brasil e Aula de Canto de Portinari.
A 3 etapa havia sido prevista para 1999/2000 e
contemplaria a modernizao dos elevadores,
instalaes complementares e a restaurao dos
afrescos Jogos Infantis e Ciclos Econmico de
Portinari.
O prazo de concluso dos trabalhos foi
inicialmente estimado em trs anos, mas teve que
ser dilatado devido a impossibilidade
governamental de cumprir o cronograma de
desembolso estipulado. Depois de 1998 s foram
retomar o projeto de restaurao e revitalizao
em 2011.
10
Tombamento do Centro Histrico de Manaus
O Conselho Consultivo do Patrimnio Cultural,
reunido na sede do Instituto do Patrimnio
Histrico e Artstico Nacional Iphan, em Braslia,
aprovou o tombamento do Centro Histrico de
Manaus AM. O tombamento foi aprovado no dia
26/01/2012. A rea tombada representa um dos
maiores testemunhos de uma fase econmica
mpar no Brasil: o perodo da borracha. Cidades
como Manaus, Belm-PA e Rio Branco-AC, so
exemplos da ocupao e do desenvolvimento da
regio Norte, quando a explorao do ltex
proporcionou o incremento da industrializao em
escala mundial. O Centro Histrico de Manaus
merece ser tombado em razo do seu elevado
valor histrico, arquitetnico, urbanstico e
paisagstico. Com essa deciso, Manaus passa a
ter seis bens tombados: Teatro Amazonas,
Complexo Porturio do Centro, Mercado Adolpho
Lisboa, Reservatrio do Moc e Encontro das
guas.
O tombamento do Encontro das guas passa por
uma pendncia jurdica. Em agosto de 2011, seu
tombamento foi anulado pela justia federal. A
liminar da Vara do Meio Ambiente, contudo, foi
derrubada pela corregedoria federal. Atualmente,
ela tramita para julgamento no mrito. Enquanto
no for julgado, o tombamento do Encontro das
guas permanece reconhecido como provisrio.
Com o tombamento, as aes para a conservao
e preservao da rea delimitada devero ser
intensificadas, bem como um acompanhamento
mais rigoroso nas intervenes que, porventura,
estejam previstos para o local.
O tombamento do Centro Histrico de Manaus faz
parte da poltica do Iphan de ampliar as reas
protegidas em todo o pas, com nfase nas
regies Norte e Centro-Oeste. Na capital
amazonense, a rea compreendida entre a orla do
Rio Negro e o entorno do Teatro Amazonas a
que ainda mantm os aspectos simblicos e
densos de realizaes artstico-construtivas. A
preservao deste ncleo, que configura o
corao urbano da cidade, garante a manuteno
de seu patrimnio singular e integro, e inclui
Manaus no rol das cidades histricas do Brasil.
Atualmente, os imveis histricos, em sua maior
parte, esto entre a Avenida Eduardo Ribeiro e a
Rua Leonardo Malcher. Do ncleo colonial, resta
apenas o traado urbano, orgnico em
contraponto ao traado planejado, ainda no sculo
19. Na arquitetura, uma boa quantidade de
edifcios eclticos ainda est preservada. O centro
histrico de Manaus no sculo XXI apresenta uma
poro urbana formada por edificaes do perodo
ureo mesclada a edifcios modernos.
Mesmo que fragmentada, Manaus ainda possui
um vocabulrio arquitetnico vasto e
diversificado, com representao de todas as
correntes eclticas e a verticalizao ainda no
compromete a percepo do espao criado na
Belle poque. Assim, de acordo com o parecer do
Iphan, a cidade pode ser vista como um espao
urbano composto por monumentos, arquitetura
corrente e reas livres pblicas, formando um
conjunto que celebra e representa o ecletismo no
norte do pas, o que justifica o pedido de
tombamento com a inscrio no Livro de Tombo
Histrico e no Livro de Tombo Arqueolgico,
Etnogrfico e Paisagstico.
Por Isabelle Monteiro
e Rassa Lopes
A empresa Mrcia Cavalcante Arquitetos
Associados LTDA. Desenvolve projetos de
arquitetura para o mercado da construo civil nas
reas residencial e comercial, realizando tambm
parcerias com empresas no desenvolvimento de
projetos de arquitetura de interiores. O escritrio
tambm atua em projetos urbansticos
residenciais, tursticos e de lazer.
Tcnica, criatividade e compromisso
caracterizam a atividade profissional da empresa,
o que confere boa resposta no mercado local e
regional e garante a realizao de parcerias de
sucesso.
A flexibilidade e variedade da produo
tcnica tm gerado projetos atuais, modernos e
integrados, que resultam em obras diferenciadas,
exclusivas e funcionais.
Mrcia Gadelha Cavalcante graduada em
Arquitetura e Urbanismo pela Universidade
Federal do Cear (1984), mestre em Engenharia
Civil (rea de Concentrao em Edificaes) pela
Universidade Federal do Cear (1999). Atualmente
professora do Departamento de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade Federal do Cear. Tem
experincia nas reas de arquitetura e urbanismo
com nfase em planejamento e projetos de
edificao, atuando principalmente nos seguintes
temas: arquitetura e projeto arquitetnico.
A revista Arquitetando em entrevista a
arquiteta Mrcia Cavalcante revela como funciona
o seu dia-a-dia, e a presena da arquitetura em
Sou uma
pessoa
bastante
dividida, eu
tenho
R.A.: Quais so suas principais referncias
em arquitetura?
Mrcia Cavalcante (M.C.): Gosto de
muitos profissio-nais,internacionalmente
falando, comecei minha carreira
inspirada em Carlo Scarpa, um arquiteto
italiano pos-moderno, hoje eu admiro
arquitetos como Norman Foster ano ps
moderno, hoje eu admiro arquitetos como
Norman Foster, Ca Lacrado, Principiano
gosto dessas 'estrelas', no Brasil, Gasperini e
Rino Leve. Em nvel regional gosto do
Neudson Braga e outros arquitetos que nos
inspiram
R.A.: Quando voc montou o seu
escritrio e como a sua rotina
profissional?
M.C.: Minha carreira profissional tiveram
vrias fases, a primeira fase iniciei quando
estudante, estagiando em escritrios. 20
anos depois entrei na Caltec Engenharia,
da qual sou scia at hoje, e
paralelamente, eu iniciei um escritrio que
passou muito tempo sendo uma profisso
R.A.: Qual a rea da Arquitetura que voc possui
mais afinidade e como voc se v como
profissional dessa rea?
M.A.: O trabalho com a rea de edificaes e
interiores me envolve muito, pois gosto de ver o
projeto completo, desde a arquitetura ao detalhe
do rodap e portas, isso o que me d mais
realizao profissional. Outro trabalho que
tambm me traz prazer o ensino. J fui
professora da Unifor durante 6 anos. Hoje sou
professora da UFC. Sou uma pessoa bastante
dividida, eu tenho muitos amores
R.A.: Quais os pr-requisitos que voc procura na
contratao de seus funcionrios e estagirios?
M.C.: Principalmente a dedicao e o prazer em
fazer arquitetura. Formamos uma equipe com
muita identidade e no considero nem
funcionrios e sim parceiros.
R.A.: A sustentabilidade pode comprometer os
anseios do arquiteto e limitar a produo
intelectual e artstica?
M.C.: A sustentabilidade a base da
arquitetura. No existe boa arquitetura sem ser
sustentvel, se voc no esta utilizando os
materiais racionalmente, voc no esta
respeitando o ser humano. Porque com a
revoluo industrial os arquitetos comearam a se
sentir onipotentes. Achar que poderiam resolver o
problema de bem estar com tecnologia, ar-
condicionado, vidros de alta performance e
esqueceram o meio ambiente. Se comeou a
precisar de muita energia para as pessoas poderem
se sentir bem dentro dos espaos, ento isso afasta
sua origem do princpio mais bsico que gerar
bem estar respeitando a natureza.
R.A.: possvel agregar a sustentabilidade nas
habitaes de interesse social?
M.C.: Com certeza! No interior, a casa de taipa, e a
cobertura de telha de barro feito a mo,
sustentvel. Teramos que pegar essa tcnica da
poca da arquitetura vernacular e adaptar para
uma produo industrial.
R.A.: Qual sua posio em relao as reformas
urbanas que esto sendo realizadas em Fortaleza
para sediar a copa de 2014?
M.C.: O grande contra que no temos um
planejamento de longo prazo e muita dessas
reformas no sero realizadas, as poucas que se
executarem no sero implementadas como
deveriam ser pois so feitas com presa. Os prs que
surgem novos projetos e ressurgem projetos antigos
como o metrofor que agora deu uma acelerada em
sua obra.
R.A.: O que voc acha da revitalizao da orla
martima de Fortaleza e obras como o Aqurio?
M.C.: Excelente! Gosto muito desse idia,
precisamos cuidar do nosso carto postal pois a
cidade tem publico turstico muito grande. Sobre o
aqurio, eu no tenho opinio contra pois no
conheo o projeto a fundo. Acho que um projeto
que coloca Fortaleza em primeiro mundo mas no sei
a que preo. Foi um projeto doado, muitos no tem
concurso, o que poderia incentivar nossos
profissionais a participar, seria uma grande
oportunidade de revelar nossos arquitetos.
R.A.: Quando um cliente entra em um ambiente
projetado por voc, o que voc espera que ele
sinta?
M.C.: O importante que ele se sinta em casa.
Eventos
Centro de Eventos ser
concludo em grande estilo
Cinema
Cartoon
Livro
Abc do Desenvolvimento Urbano
FICA A DICA
Este espetacular documentrio mostra o estado atual das nossas
cidades, e o futuro que nos espera. O filme tenta introduzir a
problemtica do rpido crescimento demogrfico e a
concentrao das populaes nas grandes cidades, em oposio
ao quase desaparecimento de outras cidades, o documentrio
mostra exemplos ao redor do mundo, conversas com arquitetos e
urbanistas, como Norman Foster, Rem Koolhaas, Oscar Niemeyer
ou Alejandro Aravena.
Ano: 2011
Diretor: Gary Hustwit
O Centro de Eventos do Estado do Cear vai estar 100% concludo
no ms de junho, segundo a Secretaria de Turismo
(Setur).Considerado o segundo maior
centro de eventos da Amrica Latina, o prdio ser inaugurado em
um nico evento no dia 30 de junho, onde ser realizado o
Arte Music Festival no local, com shows de Jennifer Lopez
e Ivete Sangalo.
Oferecer respostas para as questes mais complexas do
urbanismo, de forma no simplista, mas, ao mesmo tempo,
acessvel a um pblico leigo, o objetivo deste livro. Fundamental
para os cidados que desejam participar dos debates e decises
sobre o destino das cidades com mais conhecimento de causa.
Editora: Bertrand Brasil
Autor: MARCELO LOPES DE SOUZA
Ano: 2003
Edio: 1
Urbanized
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