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Revista Portuária 10 Janeiro 2014

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Revista Portuária 10 Janeiro 2014

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4 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

ÍNDICE

www.revistaportuaria.com.br

EM ABRILIntermodal South America expõe cenário de mudanças e futuro promissor para aeconomia brasileira

CADA VEZ MAIS PERTOBMW lança pedra fundamental da fábrica de Araquari, no Norte do Estado

ESSENCIAIS E ESQUECIDASObras de infraestrutura fundamentais para a economia da região não saem do papel há anos

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QUANDO FEVEREIROCHEGARItajaí sediaVelas Latinoamérica2014 22

EM BUSCA DA LIDERANÇAItajaí é segunda cidade com maior PIB em Santa Catarina37

Duas vezes por semana, a Revista Portuária atualiza o blog da publica-ção, que tem sempre informações exclusivas sobre tudo o que acon-tece no mundo dos negócios no Brasil. O informativo jornalístico é en-caminhado duas vezes por semana para uma base de dados segura e criteriosamente construída ao longo de 15 anos de mercado, formada por mais de 90 mil empresas. Composto por notícias econômicas de interesse de empresários, políticos e clientes, o blog trata de todo e qualquer tema que envolva economia, especialmente aqueles voltados aos terminais portuários de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Para-ná. Se você souber de alguma novidade, tiver informações relevantes sobre temas econômicos e quiser contribuir com o trabalho da Revista Portuária, entre em contato com a reportagem no endereço eletrônico: [email protected]

Revista Portuária também está na web com informações exclusivas

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illes Delacuvellerie

Nelson Robledo

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Economia&Negócios • Janeiro 2014 • 5

Editora BittencourtRua Jorge Matos, 15 | Centro | Itajaí Santa Catarina | CEP 88302-130 Fone: 47 3344.8600

DiretorCarlos Bittencourt [email protected]

Jornalista responsável: Leonardo Thomé – DRT SC 04607 [email protected]

Diagramação:Solange Alves [email protected]

Contato ComercialRosane Piardi - 47 8405.8776 [email protected]

ImpressãoImpressul Indústria GráficaTiragem: 10 mil exemplares

Foto de Capa: Shutterstock

Elogios, críticas ou sugestõ[email protected] assinar: Valor anual: R$ 240,00

A Revista Portuária não seresponsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados, que são de inteira responsabilidade de seus autores.www.revistaportuaria.com.br twitter: @rportuaria

ANO 15 EDIÇÃO Nº 167 JANEIRO 2014

EDITORIAL

Comercial para todo o Brasil

VIRTUAL BRAZIL Ltda+55 48 3233-2030 | +55 48 9961-5473

MAIL: [email protected]: [email protected]

O ano novo chegou e com ele as melhores expectativas para a economia catarinense. Também pudera, para outubro deste ano está previsto o início da produção dos carros de luxo da BMW em Araquari, no Norte do Estado. A primeira montadora

de automóveis da BMW na América do Sul representa uma nova página para a indústria de Santa Catarina.

E um sinal claro de que isso trará frutos é o fato de que os setores de veículos automotores e autopeças e produtos de metais foram destaques da economia barriga-verde no ano passado. Ou seja, o setor já anda aquecido há algum tempo, com os alemães da BMW a tendência é de que a indústria automobilística catarinense dê um salto de qualidade e rentabilidade.

Rentável tem sido a economia de Itajaí, que mais uma vez se posiciona como a segunda maior de Santa Catarina. A diferença para os últimos rankings, entretanto, é que dessa vez a cidade se aproximou bastante de Joinville, sendo que as duas têm o Produto Interno Bruto (PIB) na casa dos R$ 18 bilhões. Com o incremento das atividades náuticas e a exploração no pré-sal, a tendência é de que em breve Itajaí se torne a maior economia de Santa Catarina.

Uma parte disso está calcada nas atividades náuticas, na qual se inserem a regata Velas Latinoamérica e o Itajaí Le Salon, ambos a serem realizados no próximo mês de fevereiro. A Revista Portuária – Economia & Negócios também aborda um assunto que tem gerado polêmica na região, as emanci-pações municipais e o impacto que causam na economia.

Como uma publicação não é feita apenas de noticias boas, vamos lem-brar a você, leitor, algumas obras de infraestrutura essenciais que, em contra-partida da extrema necessidade, parecem ter sido esquecidas pelas autorida-des, uma vez que apesar de fundamentais, seguem engavetadas ou andando a passo de tartaruga há anos. Estradas, aeroporto e um centro de eventos. Imagine se estivessem prontos, em que patamar o Litoral de Santa Catarina estaria? Bom, torcemos para que em 2014 as coisas andem para frente nessas obras.

Como em dezembro do ano passado, com a retrospectiva de 2013, agora você tem um panorama dos desafios e projeções para 2014 no que se refere à indústria de Santa Catarina. Nas secções fixas, como a Coluna Mercado, você fica por dentro de tudo que aconteceu de mais importante na região, no estado e no país. Já no espaço Portos do Brasil, as últimas novidades e movimentação nos portos da região Sul. •

Um 2014 que promete crescimento e boas notícias para Santa Catarina

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6 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

Entre os dias 1° e 3 de abril de 2014, no Transamérica Expo Center, em São Paulo, acontece-rá mais uma edição da Intermodal

South America - Feira Internacional de Lo-gística, Transporte de Cargas e Comércio Exterior. Em sua 20° edição, a feira cada vez mais consagra-se como a principal vi-trine de lançamentos e debates acerca da conjuntura nacional entre as empresas dos setores envolvidos. E, mais uma vez, a Re-vista Portuária – Economia & Negó-cios estará presente em um dos maiores eventos de logística e comércio exterior no mundo.

Integrante do Conselho Executivo da Lufthansa Cargo, Andreas Otto, é um dos que atestam isso: “A Intermodal é um evento para o setor de logística que acaba englobando a economia como um todo. Fiquei impressionado em 2013; é maior do que imaginava e ficou claro que é um termômetro do crescimento econômico do Brasil”.

Diretor presidente da Santos Brasil, Antônio Carlos Sepúlveda destaca o papel que a Intermodal exerce ao abrir a dis-cussão sobre temas atuais como a Lei dos Portos, que entrou em vigor no ano passa-do. “É uma oportunidade para discutirmos o papel das autoridades portuárias e para que as empresas invistam em moderniza-ção e em treinamento. Com alguns ajustes,

o que já está sendo proposto e realizado, podemos alcançar o objetivo, que é am-pliar a competitividade brasileira”.

Para o diretor de Negócios da Ame-rican Airlines Cargo, Eduardo Martim, a feira é o ponto de referência para as prin-cipais reuniões de negócios internacionais. “A produtividade é enorme, porque en-contramos os principais atores do mercado no evento”, afirma.

O vice-presidente de Vendas e Ser-viços da Terex Port Solutions, Giuseppe Di Lisa, também comemora os bons resulta-dos advindos depois da participação na fei-ra. “Para a Terex, participar da Intermodal foi a oportunidade de interagir com este mercado e o que mais nos impressionou foi a qualidade dos contatos que fizemos. Esta feira vai render bons negócios para a nossa empresa”.

Em visita à feira em 2013, Ruy Du-arte, gerente logístico da Stemcor, uma das maiores empresas distribuidoras de pro-dutos siderúrgicos, disse: “Atuo há anos no setor logístico e sei que aqui encontro o que há de novo no setor”. Outra visitante, Paola Bueno, analista da ITL (International Trade Logistics), destaca que estar na Inter-modal South America é uma forma de ma-pear o setor, as inovações que estão che-gando. “Eu, por exemplo, encontrei novas alternativas em resolução para armazéns, transportadoras”, conclui.

EM ABRILIntermodal South America

expõe cenário de mudanças e futuro promissor para a

economia brasileira

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Economia&Negócios • Janeiro 2014 • 7

Números de 2013Entre os dias 2 e 4 de abril de 2013 todas as

atenções de quem acompanha os rumos da econo-mia brasileira voltaram-se para a Intermodal South America 2013 - Feira Internacional de Logística, Transporte de Cargas e Comércio Exterior. Durante três dias, a 19ª edição do segundo maior evento do mundo para estes setores reuniu mais de 600 em-presas representando 26 países e atraiu 48.500 visi-tantes, em grande parte embarcadores de carga.

“Quebramos recordes novamente. Além do aumento de 23% na área de exposição, tivemos 66 novos expositores e pavilhões da Alemanha, Bélgica, Holanda e Itália”, afirmou Joris van Wijk, diretor da UBM Brazil, empresa organizadora do evento.

Veja um resumo do que aconteceu em 2013 em painéis

que se repetirão em 2014

Rail Cargo A Rail Cargo 2013, que também integrará o

programa de eventos de conteúdo paralelos à In-termodal South America este ano, lotou a sala de conferências para que os principais representantes do setor ferroviário e intermodal discutissem temas tais como “Investimentos e Planos do Governo para 2014” e “PPPs e Ferrovias”.

“A palavra mais ouvida é burocracia. Os proje-tos existem, os recursos existem, mas tudo fica para-do. Este encontro é um estímulo para encontrarmos meios de superar estes obstáculos”, disse Vicente Abate, presidente da ABIFER (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), acrescentando: “Os investi-mentos em infraestrutura para transportes represen-tam menos de 1% do nosso PIB. Temos que atin-gir o índice dos anos 70, que era de 2%, e buscar aproximar-se de dois integrantes do BRIC, Índia e Rússia, que aplicam 5%”.

“O Governo Federal deve investir R$ 91 bi-A Intermodal pode ser resumida em duas verdades

imutáveis, os negócios e os corredores lotados

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8 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

lhões até 2020 no segmento ferroviário e sentimos que, a cada edição da feira, o interes-se no transporte de cargas por trens cresce. Não falávamos de ferrovias há cinco anos, mas hoje o Brasil precisa dos trens. Em 2020, o modal movimentará mais de 800 milhões de tonela-das, o que representará 34,35% de todo a operação com cargas do país”, frisou Rodrigo Villaça, diretor executivo da ANTF (As-sociação Nacional dos Transpor-tadores Ferroviários).

A 4ª Conferência de Logística Brasil-Alemanha abordou temas como “O trans-porte e a logística diante da nova política da infraestrutura brasileira”, “O sucesso na implantação de estruturas de logísti-ca e redes de valor agregado no Brasil” e “Tendências e estratégias na logística”. Atualmente, a Alemanha importa por ano o equivalente a 11 bilhões de euros do Brasil, com destaque para minérios, pro-dutos alimentícios e metais.

Stephan Schröder, diretor da Lo-gistics Alliance Germany, empresa criada pelo governo alemão para aperfeiçoar a logística germânica, acredita que isso é possível. “Importamos, por ano, um quar-to dos produtos da indústria alimentícia consumidos anualmente. Isso é um gran-de mercado para o Brasil. Por conta disso, estamos aqui na Intermodal para estreitar os laços entre os dois países”, afirmou.

Schröder deixou ainda um recado para o governo brasileiro: “Na Alemanha, a logística é o setor com o terceiro maior faturamento anual do país, com US$ 223 bilhões, atrás apenas dos segmentos auto-motivo e de construção de máquinas. Da mesma forma que somos o hub da Euro-pa, gostaríamos que o Brasil se tornasse o hub da América Latina. Mas para isso pre-cisa definir a sua plataforma logística”.

O gerente de Planejamento de De-manda e Logística da Bosch na América Latina, Frank Baur, também está otimis-ta: “Temos perspectivas muitos positivas para o Brasil e América Latina. Nós, da indústria, queremos cooperar ainda mais com as cadeias produtivas do comércio exterior auxiliando, principalmente, na busca por soluções logísticas que liguem os portos ao interior do país”, concluiu o executivo. •

Supply Chain Outra conferência

que movimentou a In-termodal South Ameri-ca 2013 foi a Innovative Supply Chain, realizada pela primeira vez duran-te a feira. Temas como “Global Supply Chain” e “Green Supply Chain & Logística Reversa” esti-veram na programação. “Este seminário foi impor-tantíssimo para atrair mais o segmento industrial e integrá-lo a este ambiente catalisador de negócios”, disse Alexandre Oliveira, presidente do IBS (Insti-tuto Brasileiro de Profis-sionais de Supply Chain) e diretor-geral do Grupo Cebralog.

Carga Aérea Também compôs o programa de conferências a Air Cargo South America,

que discutiu os rumos do transporte aéreo de carga em painéis que abordaram temas como “Investimentos no Setor Aeroportuário”, “Licitações e Privatizações” e “Infraestrutura Aeroportuária”.

“Temos que ampliar, a partir deste encontro, a reflexão sobre o que quere-mos para o segmento. O Financial Times trouxe uma matéria sobre a classificação do Brasil em infraestrutura. Estamos na 134ª posição entre 155 países, ao lado de nações como Haiti e Serra Leoa. Temos muito trabalho pela frente!”, disse Rubens Teixeira Alves, diretor da AGR Projetos e Estruturação.

“É uma honra para a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aero-portuária) participar deste evento, o principal ponto de debates sobre a intermo-dalidade. O usuário do transporte aéreo está mais exigente, movimentamos o equivalente à população do País no ano passado, e a Intermodal ajuda a termos um panorama do que os agentes do segmento estão pensando”, ressaltou Fran-cisco Nunes, superintendente de logística de carga da estatal.

Brasil/Alemanha

O espaço onde acontece a feira é tão grande que é preciso um

mapa para orientar os visitantesExecutivos e empresários do mundo todo prestigiam

a Intermodal South America todos os anos

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Economia&Negócios • Janeiro 2014 • 9

Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - FlorianópolisEm Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC

No apagar das luzes de 2013, mais preci-samente no dia 16 de dezembro, execu-tivos germânicos e autoridades brasileiras participaram do lançamento da pedra

fundamental da fábrica da BMW em Araquari, no Norte do Estado. Um momento único na história da economia catari-

nense. O ato marcou o início oficial da construção da unida-de fabril, que será a primeira montadora de automóveis da BMW na América do Sul, e contou com a presença do vice-presidente Michel Temer, da diretoria da montadora alemã para o Brasil e de autoridades do Estado.

“Os catarinenses estão orgulhosos e felizes em receber

CADA VEZ BMW lança pedra fundamental da

fábrica de Araquari, no Norte do Estado

MAIS PERTO

O portifólio de produção catarinense incluirá os modelos Série 1, Série 3, X1, X3 e MINI Countryman

O investimento realizado na construção da fábrica é de mais de 200 milhões de euros

Alicia Alão/SECO

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James Tavares/SEC

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10 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

tão importante grupo, que vai fortalecer ainda mais a eco-nomia do Estado. A BMW é hoje a mais importante marca automobilística do mundo, produzindo tecnologia, qualidade e segurança. É uma conquista histórica e extraordinária. O fato de a BMW estar vindo para Santa Catarina, contribuindo para o desenvolvimento de nossa gente, é um momento de benção e alegria”, discursou o governador Colombo.

A fábrica da BMWA diretoria da BMW foi representada por Ludwig Willis-

ch, presidente para as Américas do BMW Group; e Arturo Pineiro, presidente do BMW Group Brasil. O investimento realizado na construção da fábrica é de mais de 200 milhões de euros (cerca de R$ 600 milhões), e resultará em uma uni-dade produtiva com capacidade instalada de 32 mil veículos ao ano. O início da produção está previsto para outubro de 2014. O empreendimento tem o apoio do Governo do Es-tado e do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

O portifólio de produção catarinense incluirá os mode-los Série 1, Série 3, X1, X3 e MINI Countryman. Cerca de 1.300 empregos diretos serão gerados, dos quais 60 já foram preenchidos, além de aproximadamente 2.500 indiretos em um primeiro momento, contando fornecedores, parceiros de negócios e novos concessionários.

“Com a construção da fábrica no Brasil, reforçamos o nosso compromisso com o país e agregamos um marco na estratégia de crescimento em longo prazo do BMW Group. O Brasil possui uma economia que vem se consolidando globalmente e é um mercado com um enorme potencial de crescimento futuro”, afirmou Ludwig Willisch.

“A construção dessa fábrica, além de fortalecer os nos-sos negócios mundialmente, reforça o nosso compromisso com o país, diante da nossa adesão ao Inovar-Auto”, acres-centou Arturo Pineiro. O Inovar-Auto é o Programa de Incen-tivo à Inovação Tecnológica da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores. Com a medida, a empresa que investe no país tem direito a benefícios como descontos no pagamento do

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos produzidos no Brasil.

Para o vice-presidente Michel Temer, a vinda da BMW é uma confirmação da confiança do mercado internacional no crescimento brasileiro. “A BMW acredita no Brasil. Vivemos um momento de muita prosperidade e desenvolvimento e o nosso futuro será tão grandioso como hoje é a BMW”, com-parou.

Após os discursos, as autoridades inauguraram a pedra fundamental e fizeram o plantio simbólico de uma árvore, em referência às preocupações ambientais da montadora alemã. A BMW ainda apresentou novos modelos para a imprensa convidada. Entre eles, o 320i Active Flex, o primeiro modelo premium turbo flex do mundo.

Novos investimentosO governador Raimundo Colombo destacou também

que a instalação da BMW em Santa Catarina vai impulsionar a vinda de outros empreendimentos para o Estado. “Estamos procurando incentivar muito a vinda de novas empresas. E a decisão da BMW de investir em Santa Catarina nos tornou referência. Quando estamos negociando, mostrando o nosso potencial e usamos a palavra mágica “BMW”, parece que a conversa muda e aumenta o interesse das pessoas. Elas pas-sam a procurar os motivos que trouxeram a BMW e encon-tram potenciais que antes talvez eles só vissem em São Paulo ou no Rio de Janeiro. Mudou a nossa realidade econômica, melhorou as perspectivas, e os resultados são concretos na atração de novas empresas dos mais diversos setores”, res-saltou.

Também participaram do ato em Araquari autoridades como a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti; os senadores Luiz Henrique da Silveira e Casildo Maldaner; o vice-governador Eduardo Pinho Moreira; o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Paulo Bornhausen; o procurador-geral do Estado, João dos Passos Martins; deputados federais e estaduais, prefeitos da região e empresários. •

A BMW ainda apresentou novos modelos para a imprensa e convidados

James Tavares/SEC

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Dos 295 municípios espalha-dos por Santa Catarina, 76 foram criados entre 1991 e 2000, e outros dois em

2012, a partir de cidades já existentes no território catarinense. Esse número é apresentado em uma pesquisa realiza-da pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada na edição de dezembro da revista Exame. O estudo apresenta a razão pela qual há a procura pela emancipação municipal e os pro-blemas vinculados às pequenas cidades.

Os 78 municípios emancipados representam 26,4% das cidades catari-nenses. Juntos, esses municípios somam 313.289 mil pessoas. Esse número cor-responde a 5,01% da população total de Santa Catarina.

De acordo com a pesquisa, en-tre os 1.018 municípios instalados entre 1991 e 2000, apenas 40 possuíam mais de 20 mil habitantes. O movimento de emancipação de municípios alterou a distribuição das cidades por tamanhos da população e por regiões. Enquanto em 1940 apenas 2% dos municípios possuíam menos de cinco mil habitantes e 54,5% menos de 20 mil habitantes, em 2000 esses números passaram para 24,10% e 72,94%, respectivamente,

segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Recentemente, a presidente Dil-ma Roussef vetou um projeto de lei que permitiria levar adiante processos que resultariam na criação de 190 novos municípios. Desse número, seis proje-tos são de regiões de Santa Catarina. A justificativa: preservar as finanças públi-cas dos efeitos de uma onda de eman-cipações. De acordo com a pesquisa, Dilma está certa. Cidades com menos de 10 mil habitantes pagam caro para prestar serviços públicos como saúde, educação e segurança e manter o pa-trimônio necessário para atender a po-pulação. Nessas localidades, os custos per capita só são menores do que os de metrópoles como Rio de Janeiro e São Paulo. Outro problema é que, quanto menor o município, maior a dependên-cia de recursos federais para fechar o orçamento.

Em Santa Catarina, além das 76 cidades criadas até o ano 2000, outros dois municípios se emanciparam depois desse período. De acordo com a As-sembleia Legislativa do Estado, Pescaria Brava e Balneário Rincão elegeram, in-clusive, prefeito e vereadores na última eleição municipal, em 2012.

NOVAS CIDADESAs emancipações municipais e o

impacto que causam na economia

EM SANTA CATARINA SÃO 76 CIDADES CRIADAS ENTRE 1991 E 2000, DUAS EM

2012 E SEIS PROJETOS EM ANDAMENTO

Bombinhas é uma das cidades

catarinenses emancipadas entre 1991 e

2000

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Economia&Negócios • Janeiro 2014 • 13

Por que os municípios querem emancipar-seAtualmente, há no país 814 bairros e distritos

querendo se emancipar. Vários estudos foram realiza-dos na década de 1990 para tentar entender os princi-pais motivos. Segundo François Bremaeker, economista e geógrafo, consultor da Associação Transparência Mu-nicipal, sua pesquisa fora realizada mediante o envio de questionários abertos aos prefeitos dos novos municí-pios em 1992. Ele obteve 72 respostas, que represen-tavam uma amostra de 12,4% do total. As principais alegações foram:

Balneário Camboriú foi uma das percursoras modernas dos movimentos de emancipação

54,2% descaso por parte da administração do município de origem;

23,6% existência de forte atividade econômica local;

20,8% grande extensão territorial do município de origem;

1,4% aumento da população local

10% são divididos entre as capitais dos Estados com base na população

e no inverso da renda per capita;

90% são divididos entre os municípios que não são capitais. Destes,

96% são divididos com base na população do município.

O Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam) divulgou, na sua Revista de Administração Mu-nicipal, os resultados de uma pesquisa em que se pro-curou identificar – perguntando diretamente aos novos prefeitos – quais os motivos que levam à criação do município. A resposta mais freqüente foi a alegação de “descaso por parte da administração do município de origem”, apontada por 62,9% dos prefeitos dos novos municípios.

Outro incentivo à emancipação vem dos meca-nismos de repartição do Fundo de Participação dos Mu-nicípios (FPM), que favorecem as cidades menores. Esse fundo é repartido pelo seguinte critério:

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NOVAS CIDADES

Em Santa Catarina, além das 76 cidades criadas até o ano 2000, outros dois municípios se emanciparam depois desse período, um

deles é o Balneário Rincão, quase ao lado de Criciúma

O grande problema das pequenas cidadesOs pequenos municípios dependem fortemente das

transferências de impostos. O sistema de transferências cons-titucionais cria vínculos de dependência que afetam as finanças municipais. Qualquer problema econômico na esfera federal ou estadual que reduza as respectivas arrecadações repercute nas transferências municipais e faz com que os municípios dei-xem de receber componentes essenciais dos seus orçamen-tos. Como a maioria, senão a quase totalidade, das despesas municipais é inflexível, a conseqüência é o desequilíbrio das finanças locais, o déficit de execução orçamentária e o déficit financeiro.

A pesquisa do Ipea mostra que, em 1996, a participação das receitas próprias na receita total corrente dos municípios brasileiros de até 5 mil habitantes era de apenas 9%, número ainda menor no caso dos municípios do Norte e Nordeste: 2,9% e 4,4%, respectivamente. Essa participação, no entan-to, aumenta continuamente com o aumento das populações municipais. Por exemplo: municípios com mais de um milhão de habitantes tinham receitas próprias equivalentes a quase 56% de suas receitas correntes totais. Ou seja: para custear suas despesas, inclusive da própria administração, os peque-nos municípios dependem fortemente das transferências de impostos, especialmente dos impostos federais, via Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que são gerados principal-mente por municípios mais populosos.

Outro aspecto apresentado no estudo é que os mu-nicípios com mais de um milhão de habitantes de todas as regiões do Brasil e os municípios do Sudeste e Sul com mais de cem mil habitantes são financiadores líquidos, via FPM, dos demais municípios brasileiros. O mecanismo de repasse do FPM também faz que os municípios muito pequenos, espe-cialmente com até 5 mil habitantes, em praticamente todos

os casos, disponham de mais recursos financeiros per capita do que quaisquer outros, exceto os municípios com mais de um milhão de habitantes do Sudeste.

Impactos da criação de novos municípios nas contas públicasA transferência de receitas tributárias originadas nos

municípios grandes para os municípios pequenos reduz a capacidade das prefeituras das grandes cidades em realizar programas sociais e suprir serviços, como transporte, sane-amento, segurança e pesquisa básica, o que reduz, por con-sequência, os incentivos à produção. Por outro lado, como a maior parte dos recursos recebidos pelos novos municípios destina-se a gastos de pessoal, essa nova alocação de receitas provavelmente não estimula, na mesma proporção, a produ-ção nos municípios pequenos.

De acordo com a pesquisa, os benefícios diretos da criação de municípios atingem uma pequena parte (não ne-cessariamente a mais pobre) da população brasileira que vive nos pequenos municípios, mas prejudica a maior parte da mesma população, que habita os outros municípios, onde os recursos se tornaram mais escassos.

Ponto de vistaLevando em consideração a eficiência no uso dos re-

cursos públicos, permitir que pequenos bairros e distritos sem unam e, com isso, se emancipem, seria a alternativa mais viável. Contudo, esse tipo de proposta dificilmente consegui-ria ser levada a diante no Brasil devido à pressão política para uma solução nesse sentido. A saída, levando em conta os da-dos da pesquisa, seria incentivar a formação de consórcios entre cidades pequenas. Elas poderiam se unir para compar-tilhar investimentos e dividir as despesas com a prestação de serviços. •

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Estamos falando de obras de infraestrutura fundamentais para a economia catarinen-se em geral e do Litoral

Norte em específico, exemplos da duplicação da BR-470, da conclu-são de alguns gargalos na duplicação da BR-101 trecho sul, da criação da Via Expressa Portuária, em Itajaí, da ampliação do Aeroporto Internacio-nal de Navegantes e da construção do Centro de Eventos de Balneário Camboriú.

A Revista Portuária – Econo-mia & Negócios, como fez durante todo o ano de 2013, traz para você os vaivéns das cinco obras listadas acima, quando começaram, quanto

tempo duraram, o que falta, o que foi feito e qual a previsão (otimistas ou não) sobre quando elas enfim estarão prontas. Pois de nada adianta termos um ótimo sistema logístico, se as obras de infraestrutura não andam.

O diretor-superintendente da APM Terminals Itajaí, Ricardo Arten, ressalta que a região tem uma ótima produtividade em logística, com em-presas confiáveis e enorme quantida-de de prestadores de serviço. Entre-tanto, alerta Arten, é preciso não se esquecer da infraestrutura de estra-das, de se criar opções ferroviárias, de manter constantemente atualiza-dos os próprios terminais e ampliar o Aeroporto de Navegantes. Esses são

ESSENCIAIS EESQUECIDAS

Obras de infraestrutura fundamentais para a economia da região não saem do papel há anos

Elas foram projetadas com a melhor das intenções. Tudo para encurtarem distâncias,

aproximarem negócios e facilitarem a vida de pessoas e

empresas. Três delas já estão em obras há um bom tempo, mas

ainda não dão sinais se estarão ou quando estarão prontas. Já as

outras duas ainda nem saíram do papel. Portanto, o horizonte

de obras essenciais e esquecidas não é nada animador.

Na BR-101 Sul os trabalhos de duplicação se iniciaram em 2005 e ainda hoje a estrada possui três gargalos que atormentam os motoristas que buscam as belas praias de Santa Catarina

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Rua Brusque, 337 - Itajaí - SC

Economia&Negócios • Janeiro 2014 • 17

fatores preponderantes para alçar cada vez mais o setor logístico na região.“É preciso reiniciar a construção da Via Expressa Portuária, que será

essencial para a logística dos terminais, agilizar a duplicação da BR-470, bri-gar para que a Ferrovia do Frango termine em Itajaí e melhorar as condições de navegação no Rio Itajaí-Açu, esse último algo que já vem sendo feito. Assim, creio, estaremos dando passos para alcançar a excelência logística em diferentes modais de transporte”, destaca o executivo.

Trecho Sul da BR-101O trecho Norte da BR-101 está duplicado desde a longínqua década

de 90. Abaixo de Florianópolis, no entanto, apenas em 2005 tiveram iní-cio as obras de duplicação da estrada que corta todo o litoral catarinense. Nesses últimos oito anos, alguns trechos foram concluídos rapidamente e outros nem tanto.

Desde o mês passado, o trecho Sul da BR-101, em Santa Catarina, está com 95% das obras concluídas. Os pontos considerados como gar-galos para a economia catarinense, que ainda não foram duplicados, são o Morro dos Cavalos, na Grande Florianópolis, a travessia urbana de Laguna e o Morro do Formigão, em Tubarão.

Juntos, esses pontos respondem por cerca de 10 quilômetros, o que equivale a 5% do total das obras. O total estimado dos investimentos chega a quase R$ 1,2 bilhão, valor que representa 64% do total investido até ago-ra, isso muito em função da complexidade das intervenções.

Duplicação da BR-470Antigo desejo de empresários e moradores do Litoral Norte, a dupli-

cação dos quatro primeiros lotes da BR 470, de Navegantes a Indaial, tota-lizando 74 quilômetros, é uma obra que está no rol das promessas desde 2003. Portanto, são 10 anos de muito blá-blá-blá e pouca efetividade.

A história da duplicação da BR-470 já se arrasta por alguns anos. Vá-rios adiamentos e promessas não cumpridas fazem com que a obra nem comece. Em 2007, as obras de duplicação da rodovia foram incluídas no

1) Travessia Urbana de Laguna

O que é: dois viadutos de acesso

à cidade (regiões norte e sul), ruas

laterais, duplicação da rodovia e

acessos à nova Ponte Anita Garibaldi

Extensão: 5,1 quilômetros

Situação: em andamento

Valor: R$ 50,3 milhões

Previsão de entrega: abril 2015,

com possibilidade de antecipação

para dezembro de 2014

2) Túnel do Morro do Formigão,

em Tubarão

Extensão: 900 metros

Situação: em andamento

Valor: R$ 56,7 milhões.

Previsão de entrega: maio 2015,

com possibilidade de antecipação

para dezembro/2014

3) Túneis do Morro dos Cavalos,

em Palhoça

Extensão: cerca 2,2 quilômetros

Situação: em setembro, o Ibama

liberou a licença Ambiental Prévia

(LP) emitida pelo Ibama, permitindo

a finalização do projeto executivo de

engenharia.

Valor: ainda não definido.

Previsão de entrega: dezembro

de 2016.

Cronograma

Sonho antigo da comunidade de Navegantes a obra de duplicação

esbarra na burocracia

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18 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com isso fo-ram contratadas as empresas para realizar os estudos neces-sários. O estudo de viabilidade técnica foi concluído três anos depois, em março de 2010.

Já em 2011, executou-se o Estudo de Impacto Ambiental e os municípios de Blumenau e Gaspar realizaram audiências públicas. Terminada esta etapa, que durou quatro anos, em visi-ta ao Governador do Estado, a presidenta Dilma Rousseff anun-ciou que o edital de duplicação do trecho Indaial-Navegantes (de 74 km) seria lançado em julho de 2011.

Contudo, isso não aconteceu, porque o estudo executi-vo, obrigatório para a licitação, não havia sido concluído. Ele fora prometido para setembro de 2011 pelo superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) em SC, João José dos Santos, em abril do mesmo ano. Porém, não foi cumprido. O Dnit disse que o entregaria em dezembro de 2011, mas novamente adiou.

Em agosto de 2013, autoridades estaduais e federais rea-lizaram uma cerimônia pomposa para marcar o início das obras nos lotes 3 e 4 da rodovia. Entretanto, ainda não se viu nem sinal das máquinas trabalhando.

A interrupção ocorreu porque não há autorização para captura de animais silvestres. Mais do que a licença para re-colher bichos, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) precisa concluir a licitação para contratar a gestora ambiental dos quatro lotes. A licitação foi encerrada há um mês e meio. Desde então, o Dnit avalia os candidatos. Atra-vés da assessoria de comunicação, a Diretoria de Licenciamento

Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Iba-ma) confirma que é necessário que o Dnit apresente a equipe de gestão para a licença ser emitida.

Até hoje, 9% dos 1.440 dias para execução da obra se passaram. O superintendente do Dnit em Santa Ca-tarina, João José dos Santos, assegura que a demora na escolha da gestora ambiental não terá impacto. “Vamos cumprir o cronograma, quem sabe até antecipar a con-clusão”, afirma.

Via Expressa Portuária de ItajaíCom as obras paradas desde julho de 2012, a Via

Expressa Portuária de Itajaí só deve ser concluída em 2015, num cenário bastante otimista. A previsão é do Departa-mento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que prevê a publicação de edital para conclusão da segun-da fase da empreitada, com construção de um viaduto, para os próximos meses. A licitação da terceira etapa da obra, que ligará o elevado ao porto, ficará para o segundo

A BR-470 é caminho obrigatório para o embarque e desembarque de cargas no Complexo Portuário

Na Via Expressa Portuária de Itajaí, o exército brasileiro chegou a dar um bom ritmo aos trabalhos, que vieram a ser paralisados em 2011

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Economia&Negócios • Janeiro 2014 • 19

semestre. O grande impasse da obra são dezenas de desapropriações pendentes. Os recursos para desapropriação são do DNIT e somam R$ 12 milhões. A obra da Via Expressa, segundo a Fiesc, é prioritária para garantir o fôlego econômico e a competitividade da região.

O passo a passo da obra da Via Expressa Portuária de Itajaí

Junho de 2005 - Prefeitura de Itajaí recebe previsão de verba de R$ 16 milhões do Ministério dos Transportes para início das obras da Via Expressa Portuária. Previsão é de um ano para conclusão da primeira etapa.

Maio de 2006 - Assinada ordem de serviço para início das obras. Desta vez, a previsão de entrega do primeiro trecho, entre a BR-101 e a Ponte Vilson Kleinübing, é junho de 2007, e o custo total anunciado, de R$ 25 milhões.

Junho de 2009 - Já foi iniciado o trabalho de terraplanagem, drenagem e pavimentação, mas a obra está parada há sete meses. O

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20 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

DNIT assina novo convênio com a prefeitura. Desta vez, o ór-gão se responsabilizará pela execução dos trabalhos da primeira etapa. Ao município cabem os projetos e a desapropriação dos imóveis.

Julho de 2010 - Exército chega a Itajaí e reinicia as obras, fazendo o levantamento topográfico. Prefeitura abre licita-ção para empresa que fará avaliação dos imóveis.

Dezembro de 2010 - Obra é paralisada para que seja feito novo estudo de solo, com reforço na sustentação da pista. Município recebe os primeiros R$ 3 milhões do DNIT para pagar as desapropriações.

Fevereiro de 2011 - Obras na via são retomadas pelo Exército. A confiança nos militares fez parecer que a obra anda-ria. Ledo engano.

Julho de 2012 - Os 112 militares do Exército desmon-tam acampamento e abandonam a obra. Não há data prevista para retomada dos trabalhos.

Novembro de 2013 – Em visita à Itajaí, a presidente Dilma Rousseff não fala sobre o aporte de recursos ou da ne-cessidade da retomada das obras da Via Expressa. O prefeito Jandir Bellini, porém, quando discursou no auditório da Univali deu uma cutucada na presidente lembrando-a da importância das obras da Via Expressa Portuária para a economia local.

Ampliação do Aeroporto Internacional de NavegantesO terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de

Navegantes vem passando por um processo de adequação e re-vitalização iniciado em 2012 e com previsão para término em 2014. O plano diretor do aeroporto prevê uma pista de pouso

e decolagem na sua implantação final com uma extensão total de 2.600 metros de comprimento por 45 de largu-ra. O plano diretor encontra-se em fase de aprovação na Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), podendo sofrer alterações dos órgãos reguladores (ANAC/COMA-ER). A capacidade do futuro terminal de passageiros está prevista, na primeira fase, para atendimento a 5 milhões de passageiros/ano. Sem contar os valores das desapro-priações, as obras custarão cerca de R$ 25 milhões.

Centro de Eventos de Balneário CamboriúUma das principais lacunas de Balneário Camboriú

é a falta de um centro de eventos na cidade, seja nos tem-pos de Leonel Pavan ou Edson Piriquito. Depois de muito vai e vem, enfim, o governador Raimundo Colombo assi-nou, no dia 7 de janeiro, o contrato com a Caixa Econô-mica Federal para a construção do centro de eventos de Balneário Camboriú. A intenção é de que as obras iniciem ainda neste primeiro semestre de 2014. Os investimen-tos previstos no contrato somam R$ 75 milhões, sendo R$ 20 milhões do governo do Estado e R$ 55 milhões do governo federal.

“Estamos com o projeto pronto, conseguimos ter a unificação das lideranças e dos conceitos técnicos e ar-quitetônicos e estamos prontos para começar a obra que é fundamental para este setor tão importante para Santa Catarina. É uma obra estratégica para o desenvolvimento de toda a região. Agora já teremos a assinatura do con-trato, estamos felizes em vencer todas as etapas burocrá-ticas e logo vamos lançar os editais para a execução das obras”, afirma o governador. O centro de eventos será construído em terreno localizado às margens da BR-101, pertencente à Santur. •

Esta é uma das maquetes que projeta o futuro Centro de Eventos de Balneário Camboriú

O Terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Navegantes vem passando por um processo de adequação e revitalização iniciado em 2012 e com previsão para término em 2014

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22 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

Depois da Volvo Ocean Race, a regata Transat Ja-cques Vabre. Após a passagem dessas duas re-gatas por Itajaí, em abril de 2012 e novembro de 2013, respectivamente, o segundo mês de

2014 já reserva outra regata internacional a colorir e movi-mentar toda a região e, principalmente, o rio Itajaí-Açu, lugar que já se torna habitue dos grandes eventos náuticos plane-tários. Por essas e outras que, desde maio do ano passado, quando se confirmou a vinda da regata “Velas Latinoamérica 2014”, a cidade já se prepara de olho em mais uma festa que promete ser inesquecível para os competidores e público em geral.

Itajaí sediará a regata “Velas Latinoamérica 2014”, um evento náutico organizado pela marinha argentina e que reu-nirá veleiros escola de grande porte das marinhas do Brasil,

Chile, Equador, Colômbia e Argentina. O evento inicia no dia 11 de fevereiro e a largada está programada para o dia 16, quando as embarcações partem para um trajeto de 12 mil milhas náuticas, que será executado em 134 dias. As embar-cações navegarão juntas pelos mares da América do Sul e Caribe, passando por portos da Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Peru, República Dominicana, Venezuela e Uruguai.

“É uma grande satisfação para nós que Itajaí tenha sido escolhida para sediar esse importante evento náutico”, diz o delegado da Capitania dos Portos de Itajaí, capitão de Fragata Fernando Anselmo Sampaio Mattos. Segundo ele, o sucesso alcançado por Itajaí durante a edição de 2012 da Volvo Ocean Race, quando o município integrou a rota da regata de volta ao mundo, foi decisivo para que o município fosse escolhido

QUANDO FEVEREIRO

CHEGARItajaí sedia Velas Latinoamérica 2014

CIDADE DISPUTOU A REGATA COM RIO DE JANEIRO, SALVADOR, RECIFE, FORTALEZA E NATAL. INFRAESTRUTURA

LOCAL, ALIADA AO KNOW-HOW DO MUNICÍPIO NA REALIZAÇÃO DE EVENTOS NÁUTICOS, FOI DECISIVO NA ESCOLHA

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Economia&Negócios • Janeiro 2014 • 23

pelos organizadores.“Disputamos a regata com municípios como Salva-

dor, Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza e Natal. A infraestru-tura turística regional – uma vez que Itajaí está inserida em uma região com grande apelo turístico – aliada a expertise que o município vem adquirindo na realização de eventos náuticos, foi decisiva na escolha dos organizadores”, diz o comandante.

Mattos acrescenta que os veleiros participantes da regata têm mais de 70 metros de comprimento e pode-rão ser visitados pela comunidade durante a realização do evento. “Mais do que uma competição, a Velas Latinoa-mérica 2014 é uma exibição de embarcações gigantescas e um momento de confraternização entre as marinhas dos países participantes”, complementa.

Segundo Mattos, oito embarcações já estão confir-madas para participar da regata, inclusive o famoso Cisne Branco, da Marinha brasileira. Com 76 metros de compri-mento, a embarcação é tripulada por 51 pessoas.

A Argentina participará da edição 2014 com três ve-leiros. Cada um dos barcos tem tripulação de 50 a 350 pessoas, dos quais metade são oficiais e o restante mari-nheiros.

Ao todo, os participantes percorrerão 12 mil milhas náuticas pela América Latina, o equivalente a 22 mil quilô-metros. A última edição da regata no Brasil, que ocorre a cada quatro anos, foi no Rio de Janeiro.

A regata começou a ser orquestrada com a pre-feitura de Itajaí e a Capitania dos Portos antes mesmo da Volvo Ocean Race e deve usar a estrutura da regata volta ao mundo.

Os veleiros ficarão ancorados na frente da Capita-nia em direção à vila da regata. Eventualmente, segundo o comandante, poderão ser utilizados berços do Porto de Itajaí. Mas a ideia é que nada atrapalhe a movimentação portuária.

O presidente do Comitê Organizador das Regatas em Itajaí, Amílcar Gazaniga, destaca a importância do res-gate da vocação de Itajaí para os esportes náuticos e diz que esse é segmento que vem trazendo impactos bastante positivos para o município. “São impactos na economia,

A regata é um evento náutico organizado pela marinha argentina e que reunirá veleiros escola de grande porte das marinhas do Brasil, Chile,

Equador, Colômbia e Argentina

O Salão, inédito no Brasil, será realizado de 11 a 16 de fevereiro de 2014, coincidindo com a chegada da Regata Velas Latino América na cidade

Reunindo cerca de 100 expositores mundiais e mais 70 embarcações expostas na água, o salão irá promover os produtos dos profissionais do setor

náutico brasileiro e internacional

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24 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

turismo, desenvolvimento e, principalmente, a quebra de paradigmas, pois esse tipo de evento nos coloca em pé de igualdade com importantes municípios do Brasil e exterior”, diz Gazaniga.

Ainda o mês de fevereiro“Itajaí Le Salon”, 1º Salão Náutico Internacional da ci-

dade, acontecerá nos mesmos dias da “Velas Latinoamérica Santa Catarina vai sediar em 2014 mais um grande evento internacional no setor náutico: “Le Salon”, que será realizado em Itajaí. O Salão, inédito no Brasil, será realizado de 11 a 16 de fevereiro de 2014, coincidindo com a chegada da Regata Velas Latino América na cidade. Reunindo cerca de 100 ex-positores mundiais e mais 70 embarcações expostas na água, o salão irá promover os produtos dos profissionais do setor náutico brasileiro e internacional, expondo-os em terra e na água. O evento também contará com uma programação pa-ralela à feira, com fóruns e debates.

“O Le Salon seguirá os moldes do seu ‘irmão’ Grand Pavois e certamente entrará para o calendário mundial dos eventos do setor”, explica o diretor geral da Associação Grand Pavois, Christophe Vieux, uma das principais referên-cias mundiais do setor e que já organizou regatas à vela no Brasil. O Grand Pavois reúne todos os anos 850 expositores

internacionais de 35 países, 700 barcos e recebe 100.000 visitantes durante seis dias de exposição.

Segundo Vieux, Itajaí foi a cidade escolhida para a pri-meira edição brasileira de um evento da organização devido ao seu grande potencial náutico e localização estratégica. “Itajaí é a capital do setor náutico e o Le Salon será o primeiro salão de porte internacional realizado no Sul do Brasil. Certamente, iremos alavancar o desenvolvimento não só da cidade, mas de toda Santa Catarina”, destaca Vieux.

“Além dos navios e da pesca, Itajaí começa a ser lem-brada mundialmente como polo náutico. A vinda de eventos importantes nesse setor para a cidade mostra que estamos no caminho certo” falou o prefeito Jandir Bellini.

O evento será realizado no mesmo período da Regata Velas Latino-América, uma competição que reúne na Cida-de oito dos maiores veleiros da América do Sul. Assim, os visitantes poderão conhecer grandes veleiros como o Cisne Branco, navio da Marinha Brasileira.

Assim como o Grand Pavois, salão náutico internacio-nal flutuante, o Le Salon também acolherá um convidado de honra. No evento, Itajaí irá receber a delegação do departa-mento francês Charente-Maritime, interlocutor essencial da indústria náutica francesa, europeia e mundial, além de ser um dos polos mundiais do setor náutico. O “estado” reúne

QUANDO FEVEREIRO

CHEGAR

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illes Delacuvellerie

“Itajaí Le Salon”, 1º Salão Náutico Internacional da cidade, acontecerá nos

mesmos dias da “Velas Latinoamérica

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26 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

QUANDO FEVEREIRO

CHEGAR

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cerca de 400 empresas especializadas da indústria náutica, como Fountaine Pajot, Dufour Yachts, Nautitech, Chantier Amel, Rhéa Marine, Fora Marine, etc. Além disso, sua capital La Rochelle oferecerá mais de quatro mil vagas em seu por-to em 2014, que será o maior porto de lazer da Europa.

EstruturaO Itajaí Le Salon contará com espaços cobertos em

terra, no interior do pavilhão de exposição, e também ex-posição externa no deck, apresentando os barcos e lança-mentos do setor náutico. Também haverá produtos para testes e demonstrações para o público poder descobrir diversos tipos de atividades náuticas como velas, wakebo-ard, jet ski, pesca, paddle, além de experimentar ao vivo as embarcações.

O evento terá horários flexíveis para visitação. A en-trada será gratuita das 19h às 22h e para convidados das 12h às 19h. Esta será a melhor oportunidade para conhecer profissionais à disposição para orientar na escolha dos me-lhores barcos e produtos da atualidade.

O salão tem apoio do Governo do Estado de Santa Catarina, do Ministério do Turismo, da Associação dos Muni-cípios da Região da Foz do Rio Itajaí (AMFRI) e da Associação Catarinense de Marinas, Garagens Náuticas (Acatmar). •

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PORTOS DO BRASIL

Economia&Negócios • Janeiro 2014 • 27

A ATM (Aliança Transporte Multimodal), empresa da Aliança Navegação e Logística, inaugurou oficial-mente no mês de dezembro 100% das operações

do terminal retroportuário localizado a 4 quilômetros do Porto Itapoá, em Santa Catarina, próximo aos principais polos industriais do Sul e Sudeste do Brasil.

Com o terminal retroportuário, a estratégia da empresa é dar uma ênfase maior no negócio terrestre, oferecendo serviços como recebimento, movimentação, armazenamento e reparo de contêineres vazios, armaze-nagem de carga geral e contêineres cheios, unitização e desunitização de contêineres, monitoramento de contê-ineres reefers, pesagem, etiquetagem, paletização, além de transporte rodoviário e logística integrada.

A empresa investiu no total R$ 40 milhões, incluindo equipamentos e sistemas de movimentação, com controle de cargas de última geração. O terminal conta com uma área total de 66 mil metros quadrados, com capacidade operacional para 7 mil TEUs, sendo, aproximadamente, 900 TEUs para carga refrigerada.

De acordo com Marcelo Reis, gerente comercial da ATM Transporte Multimodal, com o terminal retroportu-ário será possível oferecer serviços com custos competiti-vos, agilidade, pontualidade e foco no negócio do cliente. “Inicialmente, vamos atender apenas ao mercado de Ita-poá, porém, no prazo de dois anos, ampliaremos a atua-ção para outras localidades”, afirma.

As principais cargas que serão movimentadas no

terminal retroportuário são madeira, papel, produtos me-talúrgicos, tabaco, arroz, bebidas, resinas e fibras. O exe-cutivo ressalta que a partir de janeiro de 2014, está previs-to o início da operação como Redex e Armazém Geral.

“As cargas para exportação poderão ser liberadas pela Receita Federal na ATM antes da transferência para zona primária, seguindo diretamente para o embarque. Com o Armazém Geral, além da possibilidade de abertura de filial dentro do terminal, os clientes poderão contar com uma alternativa fiscal mais adequada para a armazenagem e distribuição de suas cargas, gerando uma economia sig-nificativa na logística e integrando ainda mais suas opera-ções”, explica o gerente administrativo, Daniel Malta.

Sobre a Aliança Navegação e LogísticaFundada no início da década de 50, a Aliança foi

consolidando sua liderança no mercado brasileiro, passan-do a atuar em todos os continentes. Em 1998, a empresa foi adquirida pelo Grupo Oetker, também proprietário da Hamburg Süd, empresa alemã fundada em 1871.

Com faturamento de R$ 2,7 bilhões em 2012, a Aliança Navegação e Logística tem forte atuação no seg-mento internacional e é líder no transporte de cabotagem. No ano passado, movimentou mais de 680 mil TEUs. Atualmente, opera regularmente em 14 portos nacionais e possui 12 escritórios próprios no Brasil. •

Vem forte em 2014

Aliança inaugura terminal retroportuário em Itapoá

Inauguração ATM contou com presença de diversos executivos ligados à atividade portuária

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28 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

PORTOS DO BRASIL

Compartilhar conhecimento e conceitos de ci-dadania nas escolas municipais de Navegantes. Este é o principal objetivo do Projeto Onda: Por

um mundo melhor. A iniciativa da Portonave formou as primeiras turmas em dezembro. Após quatro meses de aulas, as crianças foram intituladas “Oficiais do Bem” e agora devem passar os ensinamentos que aprenderam para outras crianças. A formatura contou com entrega de certificados e medalhas aos pequenos.

O projeto começou a ser desenvolvido no mês de agosto e envolveu 100 alunos da Cidade da Criança e da Escola Profª Eni Erna Gaya. Oito colaboradores, do Departamento Comercial, da Comunicação Corpo-rativa e da Ouvidoria fazem parte da iniciativa. As aulas tiveram duração de 50 minutos a 1 hora, uma vez por semana, para turmas entre 6 e 10 anos. Os temas abor-dados foram situações do cotidiano, como: Respeito,

Gratidão, Honestidade, Importância de estudar e tra-balhar, Importância da família e dos amigos, Cidadania etc.

Segundo um dos participantes do projeto, o ge-rente Comercial da Portonave, Juliano Perin, o objetivo do Projeto Onda é oferecer algo mais para as crianças, algo que elas levem para a vida. “Queremos estimular que cada criança possa colocar em prática os valores re-passados e compartilhem coisas boas. Buscamos fazer com que elas pensem como poderiam ser úteis, como poderiam ajudar os outros”, comenta Juliano.

Para a professora Meriele Nascimento, da Esco-la Profª Eni Erna Gaya, as aulas de valores já surtiram efeito na classe e houve melhora no comportamento das crianças. “Esta idade gera bastante conflito e as aulas trouxeram temas que serviram para a vida das crianças”, completa. •

Pensando no futuro

Portonave investe na formação extracurricular das crianças

O projeto começou a ser desenvolvido no mês de agosto e envolveu 100 alunos da Cidade da

Criança e da Escola Profª Eni Erna Gaya

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PORTOS DO BRASIL

30 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

O Complexo Portuário do Itajaí chegou ao 11º mês de 2013 com a movimentação de mais de 1 milhão de TEUs (Twenty-foot Equivalent

Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés) movimentados. Foram 1.005.601 TEUs, ante 929,32 mil TEUs operados em igual período do ano anterior. O avanço foi de 8%.

Em contrapartida, o número de atracações retraiu 9% nestes primeiros onze meses de 2013. A expectati-va é superar a marca dos 1,1 milhão de TEUs, que deve ser facilmente alcançada, se levados em consideração os números verificados em novembro: 91.495 TEUs.

Ao mesmo tempo em que comemora os núme-ros registrados no mês, o superintendente do Porto de Itajaí demonstra ampla preocupação com relação ao futuro do Complexo Portuário do Itajaí e da atividade portuária como um todo na região.

“Atingiremos facilmente a meta estipulada para este ano, que é crescermos entre 8% e 9%. O que me preocupa é a redução no número de escalas, devido ao aumento nos tamanhos das embarcações, que tendem a continuar crescendo e em breve não atracarão mais aqui se não tivermos urgentemente uma nova bacia de evolução.

Segundo o superintendente, o Complexo Portu-ário do Itajaí, que responde pela segunda maior mo-vimentação de contêineres no Brasil, enfrenta o mais grave momento de sua historia. “É preciso alargar o molhe e abrir uma nova bacia de evolução para possa-mos receber a nova geração de navios, entre 335 e 366 metros de comprimento e até 52 metros de largura, que começa dominar a navegação mundial. Caso estas obras não sejam realizadas o Complexo portuário vai perder navios para outros portos com consequências imprevisíveis para a economia de Itajaí, Navegantes e Santa Catarina”, diz Ayres.

Para o superintendente, é uma questão de so-brevivência econômica acompanhar o aumento da escala dos navios no comércio marítimo mundial. “Os armadores investem em navios cada vez maiores, com maior capacidade de carga para reduzir o número de viagens”, acrescenta. •

Cada vez mais

Complexo do Itajaí movimenta 1 milhão de TEUs em 2013

Os números do Complexo Portuário do Itajaí-Açu, no qual estão inseridas Itajaí e

Navegantes, cresce ano após ano

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PORTOS DO BRASIL

Fone: (47) 2104.0900 | Rua Rosa Orsi Dalçoquio, 775 | Bairro Cordeiros | Itajaí | SC

Economia&Negócios • Janeiro 2014 • 31

A obra do novo berço de atracação do Porto de São Francisco do Sul custou R$ 35 milhões e amplia a atual capacidade do porto em 2 milhões de toneladas/ano.

A presidente Dilma Rousseff, que esteve na cidade no fim de novembro, elogiou a gestão do porto catarinense. “A qualidade da gestão do porto é um modelo a ser seguido por outros terminais do país”, salientou sobre a autarquia do Governo do Estado.

“Os resultados do porto orgulham o estado. Hoje, 12% dos grãos exportados pelo Brasil passam por aqui”, dis-se o governador Raimundo Colombo, que destacou ainda a importância do porto como “impulsionador da economia de toda a região”.

A obra, feita pelo 10º Batalhão de Engenharia de Cons-trução de Lages, consolida o Porto de São Francisco como

um terminal de múltiplo uso e permitirá o melhor ordena-mento dos diversos tipos de cargas movimentadas. Para o presidente do porto, Paulo Corsi, obras como essa auxiliam na produtividade e eficiência. “É uma obra para diminuir o tempo de movimentação do navio de granel de importação e produto siderúrgico, agilizando ainda mais as operações”, explicou.

Com a inauguração, a capacidade atual, superior a 12 milhões de toneladas/ano, será ampliada em 2 milhões de toneladas/ano. O investimento total foi de R$ 35 milhões, sendo R$ 30 milhões do Governo Federal, por meio do Pro-grama de Aceleração do Crescimento (PAC), e R$ 5 milhões de recursos próprios. Em 2011, o calado já tinha sido amplia-do em dois metros, passando para 14 metros, também com recursos do PAC. •

São Chico

Berço inaugurado pela presidente Dilma ampliará em 2 milhões de toneladas a movimentação de cargas

Neiva D

altrozo/SECO

M

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32 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

PORTOS DO BRASIL

A partir de 2014, tem preferência de embarque em um dos três berços do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, os operadores de grãos

que apresentarem melhores índices de produtividade. As novas regras, detalhadas na Ordem de Serviço 126, de 1 de outubro de 2013, deixam um dos três berços do Cor-redor de Exportação com preferência na atracação para navios que forem embarcar cargas de até três terminais diferentes (com um mínimo de embarque de 18 mil tone-ladas de cada um deles).

A configuração do Corredor de Exportação – que interliga 9 terminais, sete privados e dois públicos, ao sistema de correias conectadas a seis shiploaders – per-mite que os navios operem cargas de todos os terminais existentes. No entanto, as paradas operacionais causadas

para a troca de terminal acabam atrasando a operação. O estudo estatístico mostrou que as melhores produtivi-dades são conseguidas por navios que operam com três terminais com consignação mínima de 18 mil toneladas cada, exatamente o que a Ordem de Serviço estabelece como prioridade. Atualmente, 35% dos navios que atra-cam no porto operam nestas condições, no entanto, sem uma preocupação real de atingir esta produtividade. Com a medida, acredita-se que a quantidade de navios a se ade-quarem a nova regra ultrapassará os 50%.

“Esta medida que estamos adotando irá mudar o cenário de embarque de grãos em Paranaguá. Quem for mais organizado merece receber as melhores condições de operar”, explica o superintendente dos portos, Luiz Henrique Dividino.

Paraná

Novas medidas darão mais agilidade ao embarque de grãos no Porto de Paranaguá

Ajustes operacionais nas regras de atracação e operação de grãos

entraram em vigor a partir de janeiro

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PORTOS DO BRASIL

Economia&Negócios • Janeiro 2014 • 33

O Porto do Rio Grande iniciou, no dia 16 de dezembro, a temporada de cruzeiros 2013/2014. Os primeiros transatlânticos que atracaram no Porto Novo foram os navios Mariner e Crystal Symphony, ambos com passageiros, em sua maioria, norte-

americanos.Vindo do Rio de Janeiro, o Mariner tinha a bordo 620 passageiros. Depois de Rio Gran-

de, o navio partiu para Montevidéu, Punta del Este e Buenos Aires. Já o Crystal Symphony tinha 680 passageiros e iniciou o roteiro pela costa brasileira em Belém, passando pelas capitais do Nordeste, Rio de Janeiro, Búzios, Ilha Grande, Parati, Santos, Rio Grande e Montevidéu.

Em Rio Grande, por motivos de segurança, em função de obras e grande movimentação no cais do Porto Novo, não foi realizada a tradicional re-cepção aos passageiros dos navios, estando restrito o acesso ao local de atracação dos mesmos.

O navio Mariner re-tornou a Rio Grande no dia 26 de dezembro. Outros transatlânticos estão progra-mados para o porto gaúcho para os meses de fevereiro e março. •

Além de criar preferências e consignações mínimas por ter-minais, a medida adotada pela Appa mexe também na forma-tação do line up (programação) dos navios. Agora para entrar no line up, o navio deve ter seu pla-no de cargas validado pelo ope-rador. Ou seja: a Appa precisa estar informada da carga total a ser embarcada e de onde ela virá (quais terminais). Atualmente, muitos navios que entram na fila do Corredor de Exportação não possuem carga consolidada. Nos períodos de pico de safra, do total de navios aguardando, cerca de 70% não possuíam sequer carga plena, formando uma fila irreal. A partir de 2014, navios nestas condições não entrarão mais na programação e serão conside-rados como navios ao largo não programados.

Para se ter uma ideia de quanto as múltiplas paradas pre-judicam a produtividade dos na-vios, de janeiro a novembro, as paradas no Corredor em função de troca de terminais somaram 22 dias de inatividade.

Outras medidasAlém do “fila expressa”

para navios com melhores con-dições operacionais, em 2014 a Appa terá um pátio de cami-nhões exclusivo para os veículos que já vierem com a carga clas-sificada do interior. Já está dispo-nível, em Guarapuava, o sistema criado pela Codapar que classifi-ca as cargas ainda no interior. Os caminhões seguem lacrados para o Porto e, a partir de 2014, irão para um pátio alternativo, agili-zando ainda mais a operação. •

Porto do Rio Grande inicia temporada de cruzeiros

O verão prometePorto do Rio Grande iniciou temporada

de cruzeiros no dia 16 de dezembro

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36 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

PORTOS DO BRASIL

O ano de 2013 teve um bom ritmo de cresci-mento para a Portonave. O Terminal portuário aumentou em quase 15% a movimentação de

contêineres na comparação entre janeiro e novembro, saltando de 564.189 TEUs (unidade de media equiva-lente a um contêiner de 20 pés) em 2012 para 647.887 TEUs, ano passado. No comparativo do mês de novem-bro de 2012 com novembro 2013, o aumento foi de 21%.

A aquisição de novos equipamentos e a ampliação do quadro de colaboradores contribuiu para a ascensão da empresa e reforçam a perspectiva de manter uma boa taxa de crescimento e melhorar a produtividade para os próximos anos. A Portonave adquiriu em 2013 três no-vos portêineres e cinco novos transtêineres para inte-grar a atual frota. Com as novas máquinas o Terminal de Navegantes se consolidou como o mais bem equipado de Santa Catarina. Na área de recursos humanos, o nú-mero de colaboradores efetivos aumentou de 824 em 2012 para 1.041 em novembro de 2013. Deste total, 87% são moradores de Itajaí ou Navegantes – o que contribui com o desenvolvimento e a geração de renda da região.

Para Osmari de Castilho Ribas, diretor-superin-tendente administrativo da Portonave, os investimentos realizados ao longo dos anos e a qualidade da equipe contribuíram para os resultados de 2013 e se refletem em otimismo para os desafios de 2014. “Esperamos

que os investimentos em infraestrutura, com destaque para a nova Bacia de Evolução, sejam realizados. Investir em aumento de capacidade será fundamental para nos tornarmos mais produtivos, abrindo caminho para um ganho de eficiência que resulte em vantagens para os nossos clientes”, comenta. Em arrecadação de impostos a Portonave repassou, até novembro, R$ 6,8 milhões de reais aos cofres públicos municipais de Navegantes em 2013 – o que representa 42% de tudo que foi arrecada-do pelo município no período.

Natal SolidárioA Portonave realizou em dezembro de 2013, pelo

segundo ano consecutivo, o Natal Solidário. O projeto se concentrou nas escolas da rede pública municipal e estadual de Navegantes. Foram 48 unidades escolares atendidas. Ao todo, 10.700 crianças, entre zero e 12 anos, receberam brinquedos doados pelo Terminal.

Em cada olhar, cada gesto e palavra de carinho os colaboradores da Portonave puderam sentir a alegria e gratidão das crianças, professores e diretores. Segundo a diretora da Escola Municipal Bernardete Maria Sedrez da Silva, Eusemarie Coelho de Souza, a lembrança da Por-tonave foi muito importante porque as escolas têm uma quantidade grande de alunos e se torna difícil atender a todos. “As crianças ficaram muito felizes. Nunca tínhamos recebido doação no Natal. Para alguns, este foi o único presente no ano”, comenta a diretora. •

Crescimento

Movimentação de contêineres sobe cerca de 15% na Portonave

TERMINAL PORTUÁRIO DE NAVEGANTES DIVULGA NÚMEROS DE JANEIRO A NOVEMBRO DE 2013

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Economia&Negócios • Janeiro 2014 • 37

Desde que uma pessoa começa a acompanhar o noticiário e tomar familiaridade com expressões e números inseridos nas notícias, diversas siglas surgem e saber o que elas realmente significam

nem sempre é tarefa fácil. Um dos exemplos são as três letras de PIB. Apesar de ser um dos principais indicadores da eco-nomia, o significado do PIB (Produto Interno Bruto) é pouco conhecido por boa parte da população. Muita gente diz não

saber o impacto que os dados têm sobre o seu dia a dia.A saber, o PIB representa a soma das riquezas geradas

pelo conjunto dos mais diversos setores no país. Ele mede a diferença entre o custo de se produzir e o que se obtém como fruto dessa produção, o chamado valor agregado. O indicador é composto por itens como consumo das famílias e despesas do governo, informações sobre as exportações e importações, além dos investimentos (formação fixa de capi-

Itajaí é segunda cidade com maior PIB em Santa Catarina

MUNICÍPIO TENDE A SUPERAR JOINVILLE, MAIOR ECONOMIA DO ESTADO

EM BUSCA DA LIDERANÇA

Nelson Robledo

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38 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

EM BUSCA DA LIDERANÇA

“Com as instalações de novas empresas, especialmente em relação

ao pré-sal, Itajaí possivelmente ultrapassará Joinville no PIB”

Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda, Onézio Gonçalves Filho

tal bruto). Os números revelados pelo PIB transitam nas esferas

federal, estadual e municipal. Eles têm impacto direto na po-pulação, pois são indicadores determinantes da qualidade de vida, da geração de emprego e renda. Portanto, é num ce-nário positivo que se enquadra o fato de Itajaí estar, ano após ano, encravada como segundo PIB catarinense.

Pelo quinto ano consecutivo, Itajaí segue no encalço

de Joinville como a maior economia de Santa Catarina. É o que comprovam informações divulgadas no fim de dezem-bro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Produto Interno Bruto (PIB) de Itajaí foi de R$ 18,6 bilhões em 2011, já o de Joinville ficou em R$ 18,8 bilhões. Santa Catarina é um dos dois estados brasileiros em que a capital (Florianópolis) não se encontra em primeiro lugar no ranking do PIB.

A cidade que é sede da Revista Portuária – Econo-mia & Negócios possui atualmente um total de 18.950 em-presas abertas, sendo que em 2012, 2.680 novas empresas se instalaram na cidade, um aumento em mais de 73% em relação a 2009, o que exemplifica a relação entre emprego e bem-estar. Com a chegada de novas empresas, Itajaí agre-ga opções para quem quer investir e trabalhar em diferentes setores da economia, algo que a destaca no meio das cidades de porte médio brasileiras.

De acordo com o Secretário Municipal de Desenvol-vimento Econômico, Emprego e Renda, Onézio Gonçalves Filho, a tendência é que Itajaí supere Joinville dentro de pou-cos anos. “Com as instalações de novas empresas, especial-mente em relação ao pré-sal, Itajaí possivelmente ultrapassa-rá Joinville no PIB”, completa. Para Onézio, o setor portuário e toda cadeia logística itajaiense ainda são os principais pilares da economia local. No entanto, ele lembra, existem as feiras náuticas e regatas internacionais que, somadas à exploração de petróleo na camada do pré-sal e a construção civil emer-gente, podem acelerar a chegada de Itajaí ao cume econômi-co de Santa Catarina. “É uma soma de fatores que nos deixa bem posicionados”.

Leonardo Thomé

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40 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

EM BUSCA DA LIDERANÇA

Atualmente, Itajaí está entre as 100 cidades brasileiras que oferecem maiores oportunidades de emprego e renda. No Sul do Brasil, é a primeira colocada entre os municípios de por-te médio, ficando atrás apenas das três capitais: Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis, cidades mais populosas e desenvolvi-das, mas também com mais insegurança pública e problemas sociais.

Segundo dados do Ibope Inteligência divulgados em no-vembro do ano passado, Itajaí está entre as 48 cidades que no intervalo de seis anos tiveram crescimento econômico médio de 153%, sendo que no mesmo período, o PIB brasileiro cres-ceu 94%. Esses números, sem dúvida, expõe sobremaneira o crescimento itajaiense.

FatoresO economista Jairo Romeu Ferracioli, professor da Uni-

vali, explica que o primeiro fator que influencia diretamente a variação do PIB é o consumo da população. Quanto mais as pessoas gastam, mais o PIB cresce. Se o consumo é menor, o PIB cai. O consumo depende dos salários e dos juros. Se as pessoas ganham mais e pagam menos juros nas prestações, o consumo é maior e o PIB cresce. Nas empresas, é a mesma coisa. “Se as empresas crescem, compram máquinas, expan-dem atividades, contratam trabalhadores, elas movimentam a economia e crescem. Em Itajaí, com a expansão da atividade portuária, bem como de toda a cadeia subseqüente, o PIB subiu de maneira muito rápida nos últimos anos, e isso trouxe mais empregos e renda para a população”, aponta Ferracioli.

O secretário Onézio ressalta ainda que, com a elevação

do PIB, a cidade acaba por atrair mais empresas e profissio-nais interessados em melhorar de vida, já que todos pro-curam lugares promissores para viver e trabalhar. Segundo ele, esse aumento no produto interno bruto também gera maiores investimentos do poder público em questões pontuais da cidade, como a saúde e educação. “Com o PIB alto todos ganham, desde o empresário, passando pelo trabalhador e chegando à comunidade”, afirma, para acrescentar que os números do PIB referem-se a 2011, ou seja, a cidade de Itajaí cresceu depois disso. “E vai crescer ainda mais até 2016”.

Presidente da Associação Comercial e Industrial de Itajaí (ACII) e diretor da Multilog, empresa privada que tem na cidade um dos maiores portos secos alfandegados do Brasil, Eclésio da Silva, avalia não ter dúvidas de que Ita-jaí chegará ao máximo da sua importância econômica pro estado nos próximos anos. “Em 2015, 2016, estaremos ultrapassando o PIB de Joinville”, aposta, lembrando que obras importantes da cidade ainda nem saíram do papel, casos da ampliação da bacia de evolução para manobras do Complexo Portuário do Itajaí-Açu, da conclusão da Via Expressa Portuária, da construção da Marina do Saco da Fazenda e da chegada dos trilhos da Ferrovia do Frango a Itajaí (essa mais difícil de concretizar). “Quando essas obras estiverem prontas, daremos um salto logístico que nos le-vará a outro patamar na economia não apenas estadual, mas nacional”, conclui Eclésio.

Entenda o PIBO Produto Interno Bruto (PIB) tem como objetivo

medir a atividade econômica (bens e serviços produzidos) e o nível de riqueza de uma região. Quando mais uma cidade produz e consome, maior é o seu PIB. O Produ-to Interno Bruto é calculado no somatório de tudo que é produzido, consumido e remunerado em uma determi-nada região.

Cálculo do PIBO cálculo do PIB, no entanto, não é tão simples. Do

preço final de cada produto, é preciso saber a contribuição de cada setor para a produção e composição do preço

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Economia&Negócios • Janeiro 2014 • 41

EM BUSCA DA LIDERANÇA

final do produto. Por exemplo, se você produziu uma obra de arte e vendeu por R$ 50,00 , sabendo que precisou comprar madeira a R$ 10,00 mais as tintas R$ 20,00 , nes-te caso a participação da indústria foi de R$ 30,00 e você que transformou a madeira em arte contribuiu com mais R$ 20,00 para o PIB nacional.

O índice só considera os bens e serviços finais, de modo a não calcular a mesma coisa duas vezes. A matéria-prima usada na fabricação não é considerada. No caso de um pão, a farinha de trigo usada não entra na conta. Por exemplo, um carro de 2012 não é computado no PIB de 2013, pois o valor do bem já foi incluído no cálculo daque-le outro ano.

O IBGE precisa fazer cálculos para toda a cadeia pro-dutiva brasileira. Ou seja, ele precisa excluir da produção total de cada setor as matérias-primas que ele adquiriu de outros setores. Depois de fazer esses cálculos, o instituto soma a riqueza gerada por cada setor, chegando à contri-buição de cada um para a geração de riqueza e, portanto, para o crescimento econômico. •

Entram:: Bens e produtos finaisAqueles vendidos ao consumidor final, do pão ao carro

:: ServiçosPrestados e remunerados, do banco à doméstica

:: InvestimentosOs gastos que as empresas fazem para aumentar a produção no futuro

:: Gastos do governoTudo que for gasto para atender a população, do salário dos professores à compra de armas para o Exército

Não entram:: Bens intermediáriosAqueles usados para produzir outros bens

:: Serviços não remuneradosO trabalho da dona de casa, por exemplo

:: Bens já existentesA venda de uma casa já construída ou de um carro usado, por exemplo

:: As atividades informais e ilegaisComo o trabalhador sem carteira assinada e o tráfico de drogas

O QUE ENTRA NA CONTA?

Presidente da Associação Comercial e Industrial de Itajaí (ACII) e diretor da Multilog, Eclésio da Silva

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Itajaí demonstra mais uma vez o seu poder econômico. Informações divulgadas pelo Estadão Dados apontam Itajaí como a cidade com maior superávit de Santa Ca-tarina, com R$ 6,6 bilhões de saldo positivo. O supe-

rávit calcula a diferença entre a arrecadação e os gastos de uma determinada cidade. Itajaí está entre os menos de 10% dos municípios brasileiros que arrecadam mais do que gastam. A atividade portuária é um dos principais fato-res pelo saldo positivo.

Esses dados refletem o crescimento econômico de Itajaí, que deu uma guinada desde 2012. O cálculo do superávit teve como base a pesquisa do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios em 2011, divulgado em de-zembro de 2013 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O crescimento da economia itajaiense reflete em benefícios para toda a sociedade. Com o bom desenvol-vimento econômico, a cidade acaba investindo mais na saúde, educação e segurança, por exemplo. São Francis-co do Sul (R$ 1,9 bilhão), Joinville (R$ 930,8 milhões) e Florianópolis (R$ 539,7 milhões), seguem Itajaí na lista de superávits positivos de Santa Catarina.

Cidades como Itajaí, que geram mais renda do que gastam, são responsáveis pelo superávit usado nos municí-pios que apresentam dados negativos. Isso quer dizer que municípios que gastam mais do que arrecadam têm seus déficits saldados através de impostos federais das cidades com superávit positivo. Para 2014, a expectativa é de Itajaí continuar crescendo e, assim, aumentando o poder eco-nômico de sua população. •

42 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

EM BUSCA DA LIDERANÇA

Itajaí tem maior superávit de

Santa CatarinaCIDADE SOMOU R$ 6,6 BILHÕES

DE SALDO POSITIVO, À FRENTE DE JOINVILLE, FLORIANÓPOLIS E SÃO

FRANCISCO DO SULN

elson Robledo

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Especialistas negam que a dragagem do “Saco da Fazenda” possa impactar no surgimento de microorganismos

na praia de Balneário Camboriú

Nota do Porto de Itajaí A possibilidade de que o aparecimento de “Brizoarios” na praia de

Balneário Camboriú tem ocorrido devido aos trabalhos de dragagem do Saco da Fazenda, em Itajaí, foi levantada em release divulgado no dia 2 de janeiro de 2014 pela Assessoria de Comunicação da Empresa de Água e Saneamento (Emasa). No entanto, a afirmação não tem qualquer comprovação e é con-testada por especialistas.

A Superintendência do Porto de Itajaí desmente a afirmação de que os serviços de dragagem do Saco da Fazenda possam estar impactando no surgimento de microorganismos na praia de Balneário Camboriú, conforme divulgou a Assessoria de Comunicação da Empresa de Água e Saneamento (Emasa). O oceanógrafo e professor Fernando Diehl, considerado uma das maiores autoridades no assunto – inclusive com trabalhos sobre o tema pu-blicados no Brasil e exterior – descarta qualquer possibilidade de que o surgi-mento dos “briozoários” na Praia Central de Balneário Camboriú, estar ligado ao bota-fora utilizado para a dragagem, que vem sendo realizada pelo Porto de Itajaí. Para o especialista, a afirmação é totalmente infundada.

Na realidade, segundo Fernando Diehl, o surgimento (arribamento) dos briozoários das espécies Membraniporopsis tubigera e Arbocuspis bellula (=Electra bellula) teve inicio entre os anos de 2004/2005, após a conclusão das obras de dragagem de aprofundamento da região da desembocadura do rio Camboriú, cujo material foi despejado na Barra Sul de Balneário, com o objetivo de engordamento. Diehl destaca ainda que vários estudos já foram desenvolvidos sobre este evento natural, por vários pesquisadores, e não conseguiram definir as razões que justifiquem o surgimento destes organis-mos, que vem trazendo grandes transtornos à administração de Balneário Camboriú fazem vários anos, assim como também, aos veranistas. Na reali-

dade, afirma Diehl, tais eventos de arribamento destas duas espécies já vem sendo monitorados por vários especialistas desde o ano de 2005, sendo que o primeiro trabalho publicado sobre este evento data do ano de 2006, com Diehl e colaboradores, que fizeram a primeira comunicação no Congresso Internacional de Ciências do Mar - MarCuba’2006, na cidade de Havana, em Cuba.

Logo depois, em 2007, segundo o pesquisador, na décima segunda edição do Congresso Latino-Americano de Ciências do Mar - Colacmar, reali-zado na cidade de Florianópolis, Diehl juntamente com a especialista Lais Vieira Carvalho, publicaram o trabalho que reconhece oficialmente a espécie então ocorrente em Balneário Camboriú no trabalho “PRIMEIRO REGISTRO DO BRIOZOÁRIO Membraniporopsis tubigera (OSBURN, 1940) (CHEILOSTO-MATIDA) EM BALNEÁRIO CAMBORIÚ, SANTA CATARINA, BRASIL”.

Já o diretor técnico do Porto de Itajaí, engenheiro André Pimentel, explica que as áreas de despejo atualmente adotadas para deposição de ma-terial oriundos de dragagem do Porto de Itajaí foram licenciadas pelo Órgão Ambiental FATMA e Marinha do Brasil. “Localizam-se em frente a praia de Navegantes e Praia Brava, portanto, distantes da praia de Balneário Camboriú, o que descarta qualquer ,ligação com o fato mencionado pela Emasa”.

Segundo Pimentel, se faz necessário ainda afirmar que, “quanto a distância inadequada, temos a relatar que ocorre justamente o contrário: é um princípio básico dos processos hidrodinâmicos observados na região. Os estudos de modelagens numéricas realizados, que tiveram o objetivo de ca-racterizar as correntes marinhas da região assim como o transporte dos se-dimentos despejados, e que antecederam as obras de dragagem, mostraram que a tendência de circulação nesta região é de que o material despejado que não é precipitado para fundo, pela força da gravidade, tende a transportar o material em suspensão para nordeste, não atingindo o litoral. São dirigidas em direção de off shore (mar aberto).” O diretor Técnico ainda afirma que são realizados constantes estudos de monitoramento do material dragado e levantamento batimétrico nas áreas de despejo, cujos resultados descartam qualquer possibilidade”, diz Pimentel. •

Economia&Negócios • Janeiro 2014 • 43

Balneário diz que a culpa é do Porto. Mas...

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44 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

Fecharam-se as cortinas de 2013, um ano que teve de tudo no noticiário nacional. Desde manifestações nunca dantes vistas, feitas por gente de todas as idades, credos, ideologias, lugares, até um pequeno aperitivo da Copa

do Mundo de futebol, a ser realizada no Brasil neste 2014 que dá seus primeiros esboços. A Copa das Confederações serviu para vermos o quão atrasado estão alguns estádios e a maioria das prometidas e propagadas obras de infraestrutura.

Mas isso não é novidade. Novidade boa, aliás, foi a certe-za da instalação da montadora de carros alemã BMW em solo barriga-verde, mais precisamente em Araquari, no Norte de Santa Catarina. E, um bom sinal, veja só, é o fato de que os setores de veículos automotores e autopeças e produtos de metais foram destaques da economia de Santa Catarina no ano passado. Apesar disso, também houve recuos em alguns se-tores quando comparado o período analisado de 2013 com 2012.

Em suma, a indústria catarinense teve um ano cheio de desafios, bem como outros estados brasileiros e países dos cin-

ANO NOVOIndústria de Santa Catarina tem ano de

desafios e projeta 2014 ligeiramente melhor

Em nível nacional e estadual, o setor da indústria é o que apresenta o maior índice de faturamento Mas, em números absolutos, os maiores geradores de emprego foram os setores têxtil e vestuário, com 12 mil novas vagas

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co continentes. E como já havia feito na edição do último mês de dezembro, quando produziu uma retrospectiva dos fatos mais importantes de 2013, a Revista Portuária – Economia & Negócios traz agora uma projeção feita pela entidade que zela pelas indústrias catarinenses, para saber o que podemos esperar de bom neste ano que começa.

Contexto de 2013Em um ano marcado por aumentos na

inflação e nos juros, a indústria catarinense registrou crescimento de 2% em produção e vendas até outubro de 2013. O avanço na produção, no entanto, não foi suficiente para se recuperar do recuo de 2,9% registrado no mesmo período de 2012. Entre os segmentos que tiveram as maiores altas na produção no ano passado estão metalurgia básica, vestuário e celulose e papel.

No faturamento, a elevação ocorreu a despeito da queda nas exportações, sendo impulsionado pelo consumo interno. Mere-cem destaque neste indicador os setores de veículos automotores e autopeças e produtos de metais, sendo que ambos estiveram entre os maiores recuos de 2012. Estes dados foram apresentados pelo presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, em entrevista coletiva à imprensa no dia 17 de dezembro, ao apagar das luzes

de 2013.O dado positivo do balanço é a cria-

ção de emprego. A indústria catarinense de transformação foi a segunda maior geradora de postos de trabalho no Brasil em 2013. Até outubro, foram abertas 38,7 mil vagas, o que representa alta de 6% sobre o registrado no mesmo período de 2012. Todos os 12 setores industriais registraram alta. Mas, em números absolutos, os maiores geradores de emprego foram os setores têxtil e vestuário, com 12 mil novas vagas, e madeira e móveis, com 4,6 mil. “Este investimento mostra a expectativa do in-dustrial catarinense na recuperação da econo-mia no próximo ano”, afirmou Côrte.

Com aumento de 2% na produção e de 0,9% no número de horas pagas, a produtivi-dade do trabalho registra elevação de 1,2% no ano. O indicador é impulsionado pelos setores de metalurgia básica e vestuário e acessórios. Já as maiores quedas de produtividade foram verificadas em borracha e plástico e máquinas e equipamentos.

Somando US$ 7,982 bilhões até no-vembro, as exportações catarinenses têm queda de 3,1% sobre o registrado no mesmo período de 2012. Entre os dez produtos mais exportados pelo Estado, os maiores recuos estão concentrados nos segmentos de moto-compressores elétricos e carnes e carcaças de suínos.

Mas, em números absolutos, os maiores geradores de emprego foram os setores têxtil e vestuário, com 12 mil novas vagas A BMW alçará Santa Catarina a novo patamar econômico no Brasil

A indústria têxtil deve seguir com alta nos custos e baixa produção, como vem registrando nos últimos anos.

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46 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

Já as importações estão em alta. Com US$ 13,629 bilhões, os desembarques estão 1,73% superiores aos re-gistrados em 2012. Os produtos com maior alta são automó-veis e fios de poliéster. Assim, a balança comercial superou, já em novembro, o déficit recorde registrado no ano passado inteiro. Nos 11 primeiros meses de 2013, o saldo está ne-gativo em US$ 5,647 bilhões, contra os US$ 5,629 bilhões de 2012.

2014: Ano de Copa do Mundo e da indústriaO setor industrial catarinense projeta para 2014 um

desempenho ligeiramente melhor que o registrado neste ano, mas sem grandes aumentos nos indicadores. Espera-se nas indústrias o impacto do aumento no preço dos insumos importados e uma desaceleração nos reajustes salariais ao longo do ano. Também estão previstos o desaquecimento do mercado de trabalho e a diminuição da oferta de crédito. Por outro lado, o dólar valorizado tende a gerar ganho nas exportações.

Outro fator que pode influenciar positivamente o de-sempenho da indústria é a implementação dos projetos fe-derais de melhoria da infraestrutura, uma reivindicação antiga dos industriais. “É um plano ambicioso. Se o governo con-seguir executar suas etapas previstas, incluindo as ferrovias,

teremos condições de crescer em 2014 até um pouco mais do que em 2013”, afirmou Côrte.

A indústria de alimentos, principal segmento industrial de Santa Catarina, segundo o valor de transformação, vê si-nais de retração do mercado interno para 2014, mas aposta na ampliação das vendas para o mercado japonês, que neste ano se abriu aos produtos do Estado, após anos de negocia-ção.

Com a diminuição do mercado interno de automóveis de passeio neste ano, a aposta da cadeia automobilística para 2014 é na continuidade da recuperação do setor de ônibus e caminhões. Mesmo assim, não há certeza sobre a sustenta-ção da demanda no segmento.

A indústria têxtil deve seguir com alta nos custos e bai-xa produção, como vem registrando nos últimos anos. A de vestuário, que se expandiu em 2013 graças ao mercado inter-no, deve manter o viés positivo em 2014, mas sem grandes elevações.

Nacionalmente, dados do Banco Central apontam para alta de 2,1% no PIB em 2014, sendo que o setor industrial deve acelerar um pouco mais: 2,25%. São esperados ainda inflação de 5,92% (IPCA), mais próxima do teto da meta, dólar na casa de R$ 2,40 e uma forte elevação no saldo da balança comercial, dos estimados US$ 1,25 bilhão em 2013 para US$ 7,45 bilhões no próximo ano. •

ANO NOVO

Presidente da FIESC, Glauco José Côrte, durante coletiva de imprensa

Filipe Scotti

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No último dia 4 de outubro, a B&M, que por quatorze anos teve sua sede em Balneário Camboriú, mudou-se para novo endere-ço, agora no centro de Itajaí.

A nova sede foi desenhada e estruturada para abrigar uma empresa moderna e com qualidade de ponta, tal como tem sido o perfil da B&M ao longo dos últimos anos.

A necessidade de uma casa maior foi o principal apelo para esta mudan-ça, além do fato de estar em Itajaí, onde estão sediadas as principais empresas do ramo, parceiros, despachantes e fornecedores.

Com isso, os colaboradores da B&M ganham muito em qualidade no ambiente de trabalho, uma vez que não apenas a casa é nova, mas também toda a estrutura interna foi renovada, dando um grande salto de qualidade.

Segundo Alexandre Bini, diretor comercial da B&M “a mudança de sede simboliza o início das comemorações dos 15 anos da B&M, que acontece em 2014 e que será uma ocasião de muito orgulho e alegria para todos nós.”

A nova sede da matriz da B&M fica na Rua João Mello, 35, centro de Itajaí/SC, 88302-004. Além da matriz em Itajaí, a B&M ainda conta com filiais em Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Santos e Guarulhos. •

:: INFORME PUBLICITÁRIO

B&M em novo endereço

Economia&Negócios • Janeiro 2014 • 47

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48 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

A época de férias escolares é sem dúvida uma das mais procuradas para viagens nacionais e também interna-cionais. O verão e as festas de fim de ano parecem ser a combinação perfeita para uma ótima viagem. O

grande problema, no entanto, é que por ter uma procura muito grande, as passagens aéreas e os hotéis acabam ficando mais ca-ros e muitas vezes o valor pode ficar tão alto que o interessado desiste de viajar.

Comprar com antecedência é uma solução, mas não a únicaPara não deixar o aumento dos preços interferir e com-

prometer as férias, comprar com alguns meses antes com cer-teza é uma dica muito importante. Porém se você não conse-

FICA A DICAComo driblar os altos preços das viagens nas férias

guiu planejar sua viagem com antecedência, existem outras soluções. Sem dúvida a principal é ficar por dentro dos descontos oferecidos nessa época pelas agências de via-gens e empresas de transporte.

Pacotes de viagem: mais barato ou não?Pacotes de viagens muitas vezes são uma ótima idéia

para quem quer gastar menos, pois une passagens e aco-modação em uma única compra, o que permite alguns descontos e também o parcelamento da viagem em vários meses. Porém não é sempre que essa conta sai mais ba-rata, às vezes aproveitar separadamente as promoções de voos e hotéis deixa o preço muito mais baixo. Além disso, existe a possibilidade de comprar passagens aéreas com milhas e gastar apenas com acomodação, o que diminui muito os gastos.

Onde encontrar os melhores descontosExistem sites especializados em reunir as me-

Pacotes para Miami, a partir de São Paulo, saem por R$ 1.490,00

Page 49: Revista Portuária 10 Janeiro 2014

Economia&Negócios • Janeiro 2014 • 49

lhores ofertas de todos os setores, o Cuponation (http://bit.ly/1c9sUpE), por exemplo, tem uma parte de seu site dedi-cada somente a viagens. Nele é possível encontrar descontos que chegam a 60% em hospedagem (desde apartamentos até hotéis e resorts), passagens aéreas e em pacotes de viagem completos.

Também existes pacotes com saída de São Paulo para Orlando, cidade vizinha a Miami e perfeita para um passeio em família

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Apartamentos a partir de R$ 90,00 -

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Veja algumas opções (com o respectivo link):

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50 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

O mercado varejista de carros novos vê com cautela os rumos da economia para este ano de 2014, e trabalha com a certeza de que nos próximos anos não se repetirão

com frequência os resultados recordes de venda no setor. Estudos da Federação Nacional da Distribuição de Veícu-los Automotores (Fenabrave) indicam que a procura por automóveis pode ficar estável após recuo de 3,5% em 2013.

Considerando além dos automóveis, os comer-ciais leves, caminhões e ônibus, as previsões são de um aumento em torno de 0,29% nos emplacamentos em 2014, ante uma queda de 0,91% em 2013. As projeções levam em conta dois cenários: um com base no bom de-sempenho da economia e outro no qual se avalia o risco de maior volatilidade na cotação do dólar e a necessidade de medidas rígidas do governo para manter a inflação sob controle, conforme informou o presidente executivo da Fenabrave, Alarico de Assumpção Júnior.

“Teremos mais dificuldades para a venda de auto-móveis e comerciais leves”, prevê ele, ao destacar que

2014 será um ano atípico com menos dias úteis, Copa do Mundo e eleições. Apesar do recuo nas vendas em 2013, ele classificou como “bom” o desempenho, lembrando que o resultado vem de uma base de forte crescimento e que o escoamento de mais de 3,5 milhões de unidades é algo que “chega a ser invejável”.

De acordo com o dirigente, a maior restrição ao crédito e o endividamento das famílias influenciaram nas vendas. Entre os segmentos que sofreram com a falta de dinheiro está o de motocicletas, cuja demanda fechou o ano em baixa de 7,44%. Incluindo todos os tipos de veí-culos, inclusive os implementos rodoviários, as concessio-nárias reduziram as vendas em 2,29%.

O executivo acrescentou que, no caso dos co-merciais leves e dos ônibus, foram registrados recordes de crescimento. Os comerciais leves tiveram expansão de 3,57% com mais de 820 mil unidades emplacadas, o que é atribuído ao vigor das atividades do agronegócio. As vendas de ônibus cresceram 20,58%, em parte como consequência dos investimentos no transporte das cida-des que vão sediar jogos da Copa do Mundo. •

Fenabrave prevê 2014 como ano mais difícil para vendas

A VOLTA DO IPIO mercado varejista de carros novos vê com cautela os rumos da economia para este ano de 2014

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Economia&Negócios • Janeiro 2014 • 51

O brasileiro vai começar 2014 viajando. É o que revela a última pes-quisa do Ministério do Turismo, que mede a intenção de viagem do brasileiro. Mais de 37% dos entrevistados nas sete maiores

capitais do país pretendem viajar nos próximos seis meses pelo Brasil e ex-terior, de acordo com a Sondagem do Consumidor - Intenção de Viagem, feita em dezembro.

O percentual de pessoas interessadas em visitar destinos nacionais também foi recorde anual: 76,2% frente aos 22% que devem desembarcar em outros países. Entre as paisagens brasileiras mais requisitadas, a região Nordeste continua imbatível como objeto de desejo. É a preferida de 40,1% dos turistas que pretendem viajar. Os estados do Sul aparecem em segundo lugar, com 23,3% das preferências, seguidos do Sudeste, com 21,7%.

A pesquisa, realizada em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, mostra também que 53,2% dos entrevistados pretendem viajar de avião. Em dezembro de 2012 eram 43,7%. O segundo meio de transporte mais utilizado será o automóvel, com 35%, e o ônibus, com 7,8%.

A maioria dos entrevistados (48%) pretende hospedar-se em hotéis e pousadas e uma parcela menor (39,8%) afirma preferir casa de parentes e amigos. A Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem, é realizada mensalmente em Brasília, Salvador, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte. •

Santa Catarina entre elesSUL ULTRAPASSA O SUDESTE COMO SEGUNDA

REGIÃO PREFERENCIAL DOS TURISTAS

Bombinhas, no litoral catarinense, não fica atrás é destino preferencial de brasileiros e argentinos em busca de sol e mar

As cataratas do Iguaçu, no Paraná, está entre os principais destinos do Sul do Brasil

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52 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

Quatro novas operações de peso irão incre-mentar ainda mais o mix do Balneário Sho-pping neste início de 2014: a Recco Lingerie, a Via Laser, a loja exclusiva LG e a My Store,

primeira rede autorizada Apple do Vale do Itajaí. As marcas chegam ao empreendimento em um momento de cresci-mento e expansão do shopping, que irá dobrar de tamanho até o final do ano. Serão 43,3 mil metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL), tamanho similar ao Continente Park Shopping, na Grande Florianópolis.

A Recco Lingerie do Balneário Shopping, a primeira das quatro a abrir ao público, acompanha a segunda geração de projeto arquitetônico da marca. A proposta é criar uma atmosfera que ressalta a feminilidade e sutileza de detalhes, que mescla elementos contemporâneos com imperiais para referenciar as raízes italianas da marca. Em 2014, a Recco completa 35 anos no mercado de moda intima, somando 20 lojas próprias no Paraná, São Paulo e agora Santa Catarina, além de mais de 2.300 pontos de revendas espalhados pelo Brasil.

A Via Laser, operação especial de depilação a laser, traz o método Alexandrite, técnica de resfriamento exclusivo que gela a pele, dando maior conforto e segurança ao pacien-te. A proposta é buscar a melanina altamente concentrada na raiz do pelo e produzir superaquecimento e morte do bulbo capilar (raiz). A rede, única a oferecer o método em

Santa Catarina, segue uma tendência mundial de clínicas de depilação em shoppings centers, com estrutura e horários de atendimento diferenciados. A operação deve inaugurar ainda em janeiro.

A marca LG também está prestes a abrir a primeira loja própria especializada em celulares do País no Balneário Shopping. Com conceito premium, a loja do empreendi-mento é focada em tecnologia de ponta em smarthpnones, acessórios, notebooks, slidepads (tablet com teclado embu-tido) e onlyone (monitor com PCU embutido). Até o final de 2014, a LG pretende inaugurar 50 lojas premium em dife-rentes regiões do Brasil. “A LG tem investido fortemente no desenvolvimento de smartphones que trazem soluções que fazem sentido para o consumidor. Esta loja especializada em celulares chega para consolidar ainda mais este momento”, comemora João Fagundes, gerente geral de In Store Mana-gement de celulares da LG.

A tecnologia também ganhará evidência com a inau-guração da My Store – pertencente ao Grupo Herval – com previsão de inaugurar na segunda quinzena de fevereiro no Balneário Shopping. A MyStore, revendedora autorizado Apple, oferece a oportunidade de navegar, comprar e tes-tar os produtos inovadores da Apple em um ambiente des-contraído e interativo. A nova loja vai oferecer iPad, iPhone, iPod, MacBook e uma linha completa de acessórios para que os clientes possam interagir e comprar. •

TOPSBalneário Shopping confirma

quatro novas operações de peso

O Balneário Shopping não para de crescer e inovar

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Economia&Negócios • Janeiro 2014 • 53

Em 2014, os catarinenses terão 62 mil vagas disponí-veis em cursos de qualificação profissional gratuitos. A estimativa é de que os 295 municípios do Estado façam a adesão ao Programa Nacional de Acesso ao

Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) Brasil sem Miséria. O programa é coordenado nacionalmente pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e em Santa Catarina a Secretaria de Estado da Assistên-cia Social, Trabalho e Habitação (SST) coordena a articulação entre os municípios e as unidades que oferecem a qualificação.

Por dois anos consecutivos, o Estado ocu-pa a segunda posição no país em matrículas em relação ao percentual de pessoas inscritas no Ca-dastro Único (CadÚnico). Em 2012, foram 22 mil vagas e 19 mil inscritos em 245 municípios com R$ 31 milhões de investimentos do governo fede-ral. Neste ano, foram 69 mil vagas, 39,8 mil ma-triculados em 284 municípios com investimentos de R$ 110 milhões.

Os prefeitos também ganham incentivo financeiro ao adotar o programa de qualificação profissional por meio do Programa Nacional de Promoção do Acesso ao Mundo do Trabalho (ACESSUAS/TRABALHO). A cada 200 vagas a prefeitura recebe R$ 54 mil de incentivo para a contratação de equipe, aluguel de sala, aquisição de material publicitário para a mobilização, entre outros.

Entre os cursos mais procurados este ano está o de auxiliar administrativo, operador de computador, montador e reparador de computador, pedreiro, costureira, eletricis-ta, vendedor, manicure e pedicure, mecânico de máquina de costura e recepcionista.

“Os números são resultado do esforço do Governo do Estado em priorizar a qualificação profissional para que tenhamos mão de obra preparada para o mercado de tra-

balho. Assim, teremos mais trabalhadores empregados, mais renda e mais inclusão social”, reforça o secretário João José Candido da Silva.

Os cursos do Pronatec Brasil sem Miséria destinam-se às pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) do gover-no federal, são gratuitos e incluem auxílio para o transporte e lanche durante o período de duração das aulas. A participação

não suspende o recebimento de qualquer outro benefício do governo federal e a inscrição deve ser feita no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ou na Secretaria de Assistência Social dos municípios.

A carga horária varia de 160h/aula a 350h/aula e os alunos são de uma faixa etária entre 16 e 59 anos. Em Santa Catarina os cursos são oferecidos por instituições como Se-nai, Senat, Senac, Senar, Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e Instituto Federal Catarinense (IFC). •

BOASanta Catarina terá 62 mil vagas em cursos

de qualificação profissional gratuitos em 2014

A qualificação profissional é fundamental para jovens que

buscam um lugar ao sol

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A instalação de usinas de processamento de milho para produção de etanol no centro-oeste brasileiro preocupa a agroindústria catarinense. Motivo: pode agravar-se a escassez de milho em Santa Catarina e

inviabilizar a produção industrial de aves e suínos.O alerta é do diretor geral da Associação Catarinense de

Avicultura (ACAV) e do Sindicato das Indústrias da Carne e Deri-vados de Santa Catarina (Sindicarne), Ricardo De Gouvêa.

O dirigente lembra que o Estado de Santa Catarina é um grande e eficiente produtor de carnes de frango e de suínos. O insumo fundamental para a operação dessas gigantescas cadeias produtivas – avicultura e suinocultura – é a ração, elaborada basicamente a partir de milho.

BOM PARA UM; RUIM PARA OUTRO

Produção de etanol aumentará escassez de milho em Santa Catarina

A produção estadual não é suficiente para atender às necessidades das cadeias produtivas de aves e suínos. Por isso, as agroindústrias buscam, a cada ano, cerca de três milhões de toneladas do grão no centro-oeste brasileiro. O alto custo do frete vem ameaçando a competitividade do setor, pois a saca de milho que custa entre 11 e 13 reais no centro-oeste, chega ao sul a 26 reais em território catarinense e 28 reais no Rio Grande do Sul. A situação do Rio Grande do Sul, outro grande produtor de aves, é idêntica.

De Gouvêa mostra que a escassez de milho e as deficiências logísticas se constituem em dois graves gar-galos para o desenvolvimento dos setores em Santa Ca-tarina. “A adaptação de usinas para produção do etanol com o uso de milho e o crescente incentivo por parte do Governo de políticas para o aumento da exportação do milho, produzem impacto significativo na competitividade da Agroindústria”.

“O setor transforma o milho em carne, agregando valor ao produto. Somos o Estado pioneiro na produção e na exportação de carne de frango, comercializando o alimento em mais de 150 países”. Por isso, as agroindús-trias catarinenses vêm há tempo reivindicando junto ao Governo Federal a realização de mecanismos de apoio à comercialização do produto (PEP E PEPRO) para garantir a oferta de milho com frete subsidiado.

O diretor da ACAV e do Sindicarne teme que a uti-lização do milho para produção de Etanol aumente a de-manda pelo insumo e, dependendo da produção mundial e brasileira, afetará o custo de produção de aves e suínos no Brasil podendo abalar também a competitividade das agroindústrias. Entretanto, Ricardo De Gouvêa entende que tal situação poderá ser minimizada com uma política de incentivo ao comércio interno do grão e a curto prazo, de subsídio ao frete para os Estados que não são autossu-ficientes e produzem proteína animal. •

Diretor geral da Associação Catarinense de

Avicultura (ACAV) e do Sindicato

das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina

(Sindicarne), Ricardo De Gouvêa

54 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

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56 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

Solidificar o nome como referência no Direito Em-presarial em Santa Catarina e ampliar a área de atuação. Esses foram alguns dos motivos decisivos para a fusão dos escritórios Silva & Silva Advogados

Associados, de Itapema, e Amaral e Silva, Quadros & We-ber Advogados, de Florianópolis. O ato, realizado na sede do escritório, em Itapema, na Meia Praia, encerrou o ano de 2013 e têm o propósito de atender as mudanças do mercado, mantendo a filosofia de uma atuação próxima, criativa, consistente e qualificada.

A fusão traduz a conduta da equipe formada por 40 profissionais, sendo cinco sócios, entre eles o sócio-fundador do escritório Amaral e Silva, Quadros & Weber Advogados, o desembargador aposentado e ex-presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Antônio Fernando do Amaral e Silva. Os profissionais são especializados em propor soluções integrando os aspectos jurídicos, econô-micos e sociais ligados à atividade empresarial, buscando o desenvolvimento, expansão e sucesso dos empreendi-mentos.

Para o advogado Maiko Maier, sócio do Silva & Sil-va, “Amaral é um dos juristas mais respeitados do país, o que agrega e fortalece a equipe na busca da excelência”. O objetivo da união, aponta o sócio-fundador da Silva & Silva, o advogado Celso Almeida da Silva, é qualificar ainda mais a prestação dos serviços, buscando a otimização dos

resultados, ampliando a área de atuação e inovando nas soluções. “Com a unificação, passamos a fortalecer a atua-ção do escritório em nível nacional”.

A Silva & Silva atua há mais de 20 anos nas áreas de Direito Tributário, Civil, Societário, Penal Empresarial e de Contratos e Negócios. A Silva & Silva possui escritórios em Sinop (MT), Itajaí, Itapema e, a partir da fusão também em Florianópolis. Em Itapema, está localizado em um edifício de quatro andares na rua Duzentos e Trinta e Um A, nº 22, Meia Praia, Itapema.

Para 2014Para o ano que inicia, a equipe de advogados pre-

para o lançamento de três livros, sendo a previsão do primeiro para maio, em Blumenau. Os livros vão abordar temas relacionados a expertise do grupo que estende sua atuação nos escritórios de apoio em São Paulo, Rio de Ja-neiro, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, Belém, Santarém e Cuiabá, além das cidades onde tem sede.

Em seu processo de expansão, a Silva & Silva, aliou-se a outros escritórios do setor o que possibilita prestar seus serviços nos âmbitos nacional e internacional. No exterior, estabeleceu parcerias em Lugano, na Suíça; em Miami, nos Estados Unidos; na Cidade do Panamá, no Pa-namá; em Montevidéu, no Uruguai; e em Hong Kong, na China. Informações no site www.silvaesilva.com.br •

POTÊNCIAFusão entre escritórios de Itapema e Florianópolis movimenta setor de advocacia em Santa Catarina

A OPERAÇÃO PROMETE BOTAR SANTA CATARINA NO CENTRO DAS AÇÕES DE DIREITO EMPRESARIAL

A operação promete botar Santa Catarina no centro das ações de Direito Empresarial.

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A festa estava armada: sol, calor, praias e turistas. Mas como nem tudo é perfeito, um visitante já conhe-cido dos moradores e turistas do Litoral Norte, a falta de água, resolveu voltar com força nos últimos

dias de 2013. E a inexistência do líquido nas torneiras acabou ganhando mais repercussão do que o próprio réveillon em si, uma vez que milhares de pessoas em Balneário Camboriú, Itapema, Penha, Navegantes, Bombinhas e Porto Belo, passa-ram o final de ano na secura total. Mesmo com o problema, a festa da virada foi considerada um sucesso em todo Litoral Norte de Santa Catarina.

Sucesso especialmente se levarmos em consideração o fato de que os restaurantes estavam lotados, as lojas com fila na porta e a economia dos municípios aquecida com o calor que pairou sobre o Sul do Brasil. Em Balneário, a pre-feitura estima que cerca de 1 milhão de pessoas celebraram a virada do ano na cidade. O espetáculo de fogos de artifício, já tradicional na orla balnear, ganhou elogios do público que assistiu em peso ao espocar dos fogos pelos sete quilômetros da orla.

O turista Aberlado Apolo, 59 anos, veio do Rio Grande do Sul para passar a entrada de 2014 em Balneário Cambo-riú. Pela primeira vez na cidade numa passagem de ano, ele se encantou com o que viu. “Cara, eu nunca tinha visto nada igual, foi uma coisa fantástica, maravilhosa, algo de uma beleza de encher os olhos”, se derretia em elogios o visitante que só tinha a lamentar a falta de água que prejudicou e muito a sua estada. “A água foi um problema grave, nisso a cidade deixou muito a desejar”, reclamou.

Já a turma da prefeitura de Balneário classificou o ré-veillon de fantástico, emocionante, maravilhoso e sem igual. Esses foram alguns dos adjetivos que o espetáculo Réveillon

Show 2013/2014 recebeu na orla da Praia Central durante madrugada do dia 1°, e que expressou muito bem o senti-mento de milhares de espectadores que assistiram à virada de ano em Balneário Camboriú.

Cada disparo era seguido de gritos exaltados, dados por um público que aproveitou cada um dos 15 minutos e 43 segundos da queima de fogos, proporcionada pela prefeitura de Balneário Camboriú, através da secretaria de Turismo, no melhor show de fogos do Sul do Brasil e o segundo do país. Ao todo, foram utilizadas 25 toneladas de fogos de artifício no espetáculo.

As 10 balsas posicionadas na orla, a uma distância de aproximadamente 400 metros da praia e uma da outra, fo-ram a base dos disparos, que enviaram para o céu da cidade muitas cores, formas e estrondos, ouvidos e vistos de ponta a ponta da praia. Figuras em forma de corações, sorrisos, ros-tos, a palavra OK e flores, entre outros efeitos, arrepiaram a plateia, formada principalmente por grupos de amigos e famílias.

Segundo informou o proprietário da empresa Fogos Xingu, contratada para realizar o espetáculo, o show foi “per-feito”. Wladen Porto disse que todo o projeto foi executado da maneira esperada. “Tivemos a sincronização, a precisão e o resultado que aguardávamos. Ficamos muito contentes pois não houve nenhum contratempo”, analisa. Ele disse ainda que as poitas, espécie de ancoragem feita para as balsas, já estão sendo retiradas, assim como as balsas.

Para o secretário de Turismo, Ademar Schneider, ano a ano o show vem superando as expectativas. “Foi um espe-táculo. As balsas foram bem posicionadas e os fogos muito bem coordenados e os efeitos desejados aconteceram, pois as pessoas ficaram maravilhadas”. Ademar considerou que a

PRAIA LOTADA, CALOR IN FERNAL E FALTA DE ÁGUARéveillon de Balneário Camboriú e outras cidades do Litoral

atraiu milhões de pessoas e muitos inconvenientes

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Economia&Negócios • Janeiro 2014 • 59

PRAIA LOTADA, CALOR IN FERNAL E FALTA DE ÁGUAchuva fraca, que caiu durante duas horas, não estragou o réveillon. “Serviu até para lavar a alma”, brincou.

Os shows na Tamandaré também foram bem acom-panhados pelos turistas, visitantes e moradores. o DJ Barak Sienra e a banda Pedra da Lua deram conta do recado, le-vando alegria para quem passou por ali antes e depois do Réveillon Show.

Para o prefeito Edson Renato Dias, Piriquito, o Ré-

veillon Show é especialmente planejado para turistas e para moradores de Balneário Camboriú e, este ano, foi maravi-lhoso. “O show de fogos foi espetacular e é muito gratifican-te ver o público apreciando e vibrando com o espetáculo. Elaboramos este show para todos, turistas e moradores, e o Réveillon Show é mais um atrativo que coloca nossa cidade em evidência para o Brasil e para países vizinhos”, acrescenta. •

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ColunaMercado

60 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

A Secretaria de Turismo confirmou 10 novas escalas de transatlânticos para Itajaí. No total serão 30 navios nesta temporada, com o movimento estimado de

42.000 passageiros. Com a confirmação haverá um aumento de 33% em relação ao projetado para a temporada.

As novas escalas são do navio Imperatriz que já opera Itajaí e um novo navio da mesma companhia (Pullmanntur)

o Zenith. “Além disso, estamos finalizando as negociações para que Itajaí receba dois transatlânticos durante a Copa do Mundo e encerrando as escalas para 2014 e 2015” contou o Secretário de Turismo, Agnaldo Hilton dos Santos.

Em dezembro, mais dois navios atracarão em Itajaí. No dia 21, foi o Aida Cara, e no dia 29, o Zenith. Até o dia 22 de março a cidade recebe transatlânticos. •

Gigantes das águas

Confirmadas 10 novas escalas de transatlânticos para Itajaí

Pesquisadores da Universidade do Vale do Itajaí (Uni-vali), da Universidade Estadual do Ceará (Uece), e da Uni-versidade de Caxias do Sul (UCS), farão um estudo para o estabelecimento de estratégias, políticas e modelos para melhorar a competitividade de três importantes destinos turísticos brasileiros: Costa Verde e Mar, em Santa Catarina, litoral de Jijoca de Jericoacoara, no Ceará, e Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul.

O levantamento avaliará os modelos de gestão e go-vernança e suas influências no desenvolvimento de cada uma das regiões estudadas. Ele servirá para a elaboração de uma matriz de indicadores para avaliação de politicas

públicas de turismo.O estudo permitirá, ainda, uma analise dos casos

de sucesso e de sua influência como vetor de desenvolvi-mento e, também, a avaliação de como a competitividade das regiões impactam na qualidade de vida da população residente.

A pesquisa, capitaneada pela Univali, receberá R$ 250 mil para seu desenvolvimento com recursos do fundo Pró-Integração, do Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, no Ministério da Educação (Ca-pes/MEC) e do Ministério da Integração (MI). A perspectiva é de que seja concluído no prazo de cinco anos. •

Rede de universidades fará estudo sobre destinos turísticos

COSTA VERDE E MAR, JERICOACOARA E SERRA GAÚCHA SÃO OS ALVOS DOS PESQUISADORES

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ColunaMercado

Economia&Negócios • Janeiro 2014 • 61

O Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) promoveu reunião, em dezembro, em Porto Alegre, para tratar de medidas de promoção

da região Sul, entre elas a recriação da Sudesul. O governa-dor Raimundo Colombo, atual presidente do Codesul, par-ticipou do encontro por telefone, passando a coordenação da reunião para o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro. Também participaram representantes dos governos dos estados do Paraná e do Mato Grosso do Sul, além da di-retoria do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).A equipe técnica do BRDE realizou um estudo para embasar o projeto de recriação de um grupo dentro dos moldes da extinta Superintendência de Desenvolvimento da Região Sul (Sudesul). A proposta é de que o grupo articule com o governo federal os investimentos nos três estados do Sul, principalmente em áreas como infraestrutura e logística.

O estudo do BRDE foi aprovado, e os membros do Codesul determinaram que seja constituído um grupo de negociação, também coordenado pelo BRDE, para agendar reuniões com órgãos do governo federal, como o Ministério da Integração Nacional, o Ministério do Planejamento, a Casa Civil e o Ministério da Fazenda. “Essa visão de planejamento integrado é de grande importância, e o Codesul dará todo o apoio aos encaminhamentos necessários”, afirmou o gover-nador Raimundo Colombo.

Participarão desse grupo de negociação os secretários de Planejamento e os procuradores-gerais dos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. O presidente do BRDE, Jorge Gomes Rosa, destacou que a proposta é recriar a Sudesul de uma “forma mais moderna, ágil e leve, usando a estrutura física, funcional e financeira do BRDE e das secre-tarias de Planejamento dos três Estados”. A antiga Sudesul foi extinta na década de 1990.

“O objetivo é suprir nossa região de uma estrutura fi-nanceira voltada para projetos de infraestrutura, uma vez que

os três Estados carecem muito disso e os fundos constitucio-nais da União contemplam 22 Estados, deixando cinco de fora, entre eles os três da região Sul. Então é uma manei-ra que o Codesul está encontrando de fazer um pouco de justiça ao nosso sacrifício como Estados que repassam mais recursos para a União e têm as menores contemplações de recursos federais”, explicou o presidente do BRDE.

Ele acrescenta que, embora seja membro do Codesul, o Mato Grosso do Sul não participaria da Sudesul, pois já é contemplado pelos fundos constitucionais da União.

FronteirasOs membros do Codesul também assinaram moção

de apoio ao trabalho feito pela Comissão Permanente para o Desenvolvimento e a Integração da Faixa de Fronteira (CDIF) e pelos Núcleos de Fronteira dos Estados na elaboração dos seus planos de desenvolvimento, por compreenderem que os esforços na área de segurança são imprescindíveis, mas são necessárias ações complementares voltadas para o desenvol-vimento sustentável e integrado nos territórios de fronteira. Por meio do documento assinado nesta quarta, o Codesul pede à presidência que determine os esforços necessários.

O CodesulO conselho foi criado em 1961, por meio de um con-

vênio entre os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Em 1992, o Mato Grosso do Sul passou a integrar o Codesul. O objetivo é encontrar alternativas aos desequilí-brios regionais, com concentração do crescimento no centro do país. O exercício da presidência do conselho, que tem gestão anual, é alternado entre os governadores dos quatro estados-membros. A estrutura administrativa é composta por um secretário executivo, nomeado pelo governador-presi-dente, e por quatro secretários assistentes, além de corpo técnico e administrativo. •

Déjà Vu

Codesul aprova estudo para recriação da Sudesul

Page 62: Revista Portuária 10 Janeiro 2014

ColunaMercado

62 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e a Celesc definiram, no dia 13 de dezembro, que atua-rão junto ao Ministério de Minas e Energia para buscar

redução dos preços da energia elétrica no Estado. A entidade da indústria e a distribuidora catarinense vão propor uma alte-ração no mix da energia que a Celesc compra, que é definido pelo governo federal. Isso porque a parte gerenciável pela Celesc corresponde a apenas 18% da tarifa. O restante é a energia propriamente dita e os tributos, a chamada parcela A.

Em reunião realizada na sede da Federação com o presidente da estatal, Cleverson Siewert, ficou claro que o atual mix de fontes de energia imposto à Celesc prejudica os consumidores catarinenses. A empresa é obrigada a comprar

montantes de energia térmica cara acima dos determinados para outras distribuidoras, e tem participação menor de ener-gia hidrelétrica barata. Para o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, a atual situação reduz a competitividade das indústrias de Santa Catarina e desestimula investimentos no Estado. “Santa Catarina tem a energia mais cara da região Sul. Não é razoável nem justo que os catarinenses paguem mais caro pela energia porque a Celesc é obrigada a comprar o insumo a preços mais elevados do que outras distribuidoras”.

A reunião foi a última em 2013 de uma série de en-contros mensais realizada pela Federação e pela Celesc para buscar alternativas para redução das tarifas e equacionar pro-blemas no abastecimento apresentados pelas indústrias do Estado. •

Antes tarde do que nunca

Fiesc e Celesc buscam redução da tarifa de energia

Filipe Scotti

Page 63: Revista Portuária 10 Janeiro 2014

ColunaMercado

Economia&Negócios • Janeiro 2014 • 63

A Universidade do Vale do Itajaí (Univali) teve dois projetos aprovados para investimento aproximado de R$ 720 mil reais na Incubadora Tecnológica de

Cooperativas Populares (ITCP), em 2014.Por meio de chamada do Conselho Nacional de De-

senvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), foi apro-vada uma proposta de R$ 250 mil reais para desenvolver ações integradas de apoio às redes de empreendimentos de economia solidária na região da Foz do Rio Itajaí Açu e Litoral Norte de Santa Catarina.

O recurso beneficiará a Rede de Cooperativas de Ca-tadores composta por quatro cooperativas da região: a Co-operfoz, a Recinave, a Cooperitapema e a Coopermar, e a Rede de Pontos Fixos de Comercialização de Economia So-lidária, composta por cinco empreendimentos: a Artesana-ve, em Navegantes, o Centro Público de Economia Solidária de Itajaí (Cepesi), em Itajaí, o Empório da Roça e o Empório do Artesão, em Balneário Camboriú, e a Loja de Artesanato

e o bazar de reutilizáveis, Lixo é Arte, em Itapema.A ITCP também executará em 2014, um projeto

junto a Economia Solidária do município de Itajaí em par-ceria com a Prefeitura Municipal. A incubadora receberá o repasse de R$ 470.730,28 reais para desenvolver ações de formação, acompanhamento e desenvolvimento de grupos, fomento e incremento das ações municipais integradas de economia solidária.

Este investimento visa criar estratégias de promoção para o desenvolvimento local e territorial sustentável, re-sultando na superação da extrema pobreza, por meio da geração de trabalho e renda em iniciativas econômicas so-lidárias. O projeto atuará em três territórios, com foco nas comunidades do Bairro Imaruí I e II, Nilo Bittencourt, Lote-amento Jardim Progresso e Jardim Esperança, Promorar I, II e Cidade Nova. O investimento também será destinado ao fortalecimento e ações do Centro Público de Economia Solidária (Cepesi). •

Inovação

Univali aprova projetos que garantem recurso de R$ 720 mil à Incubadora Social

Nicolle Lira

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ColunaMercado

64 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

O Prefeito Jandir Bellini recebeu em seu gabinete, no apagar das luzes de 2013, os empresários Osmar Guedes e Rogé-

rio Benvenutti, sócios do Shopping ParkCity Itajaí, para entregar pessoalmente os projetos aprova-dos e o alvará de construção. “Este shopping é um empreendimento muito importante para a cida-de, vai contribuir para a economia do município, com a geração de empregos. Ele é muito bem vindo”, afirma o prefeito. “Itajaí é a cidade que mais se desenvolve em Santa Catarina e precisa de um equipamento deste porte. Não tínhamos um shopping regional e o ParkCity Itajaí vem para suprimir esta necessidade. Um empreendimento como este engrandece a cidade e contribui para a sua economia”, complementa Osvaldo Gern, presidente da Câmara de Vereadores de Itajaí.

O Shopping ParkCity Itajaí, é fruto da par-ceria entre a holding gaúcha SmithCo, T. Benve-

nutti, Terra Sol e W&G Empreendimentos, e será administrado e comercializado pela AD Shopping/Admall, que administra e comercializa 29 shop-pings em todo o País. Estrategicamente localizado na Avenida Governador Adolfo Konder, próximo a BR 101, a Rodoviária e ao centro da cidade, o shopping terá mais de 49 mil m² de área construí-da e cerca de 32 mil m2 de ABL (Área Bruta Locá-vel). O empreendimento será um dos mais com-pletos da região, com 216 lojas, sendo 5 âncoras e 4 megalojas, 5 salas de cinema, 1 hipermercado e estacionamentos com mais de 1.600 vagas.

Com investimentos em torno de R$ 313 milhões o empreendimento irá movimentar a economia da região. Durante a fase de construção serão abertos 1.200 novos postos de trabalho e quando o empreendimento estiver em operação, terá em torno de 2.200 vagas de empregos di-retos. •

Centro Comercial

Prefeito de Itajaí entrega o alvará de construção aos empreendedores do Shopping ParkCity Itajaí

Shopping ParkCity ItajaíEndereço: Av. Gov. Adolfo Konder, 1601 – Itajaí, SC.

Fone: 047 3368-3570 / 011 5508-4500(Comercialização de lojas) | Site: www.parkcityitajai.com.br

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ColunaMercado

Economia&Negócios • Janeiro 2014 • 65

O empresário José Roberto Cruz, o Beto Cruz, acaba de ser reeleito presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Balneário Camboriú

para o biênio 2014/2015, prometendo ampliar a represen-tatividade da entidade junto à sociedade. A nova diretoria da CDL tem como uma das metas trabalhar intensamente na representatividade do comércio de Balneário Camboriú, além de incentivar o fortalecimento do associativismo.

Outro desafio da entidade é minimizar a defasagem da qualidade da mão de obra, criando mecanismo para au-xiliar na seleção de profissionais para atender as empresas associadas à CDL. Conforme Beto, a ideia é promover trei-namentos constantes e contratar uma profissional da área de psicologia para administrar um banco de talentos, que vai ficar à disposição das empresas associadas.

Outra meta é a divisão das ações entre a CDL e o Sin-dicato do Comércio Varejista de Balneário Camboriú (Sin-comércio) com o objetivo de promover o fortalecimento das duas entidades. “Hoje a representatividade das entida-des acaba se fundindo”, pontuou. A nova diretoria da CDL

também avalia a contratação de uma assessoria jurídica per-manente para a entidade. O objetivo é oferecer orientação tributária, trabalhista e empresarial, além da elaboração de pareceres, análises de contratos e orientações para defesas administrativas das empresas associadas.

A CDL também pretende criar grupos de empresas, para que elas possam discutir problemas comuns mensal-mente. De acordo com Beto Cruz, os debates buscam uma melhor atuação institucional. Em 2014, a CDL de Balneário Camboriú vai lançar um guia com informações detalhadas dos setores de comércio, turismo e serviços de Balneário Camboriú. Além disso, a entidade promete se posicionar com mais ênfase em assuntos de interesse, local estadual e nacional.

Com a ampliação dos shoppings da cidade, a CDL também quer fortalecer o comércio de rua, mantendo o destaque do setor, além de intensificar a luta pela construção de um centro de eventos para Balneário Camboriú. A dire-toria da CDL entende que o centro de eventos é fundamen-tal para o fortalecimento da vida econômica da cidade. •

Comércio

Nova diretoria da CDL de Balneário Camboriú promete ampliar a representatividade do segmento

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ColunaMercado

66 • Janeiro 2014 • Economia&Negócios

Agora é oficial. Porto Belo é o primeiro município do Brasil a receber a concessão para operar um porto turístico. O prefei-

to de Porto Belo, Evaldo Guerreiro, o vice-pre-feito, Giovanni Voltolini, e o presidente da Fumtur (Fundação Municipal de Turismo), Antonio Carlos Lopes, assinaram o contrato de concessão do píer de Porto Belo. A expectativa é que o nú-mero de escalas possa dobrar nos próximos dois anos. Participaram do ato a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o ministro da SEP (Se-cretaria dos Portos), Antonio Henrique Silveira e os vereadores Frank Marques e João Mendes.

As autorizações foram concedidas para o píer de Porto Belo e outros quatro empreen-dimentos localizados em Nitéroi e São João da Barra, no Rio de Janeiro, e Guarujá e Santos, em São Paulo. As concessões são as primeiras desde a entrada em vigor, em junho, do novo marco regulatório do setor portuário.

A ministra Ideli explicou que a concessão legaliza, dá estrutura e permite que Porto Belo seja a primeira entrada no Brasil de transatlânticos do exterior, ou a última, porque com a estrutura do porto turístico, pode-se garantir o alfandega-mento que é absolutamente necessário em via-gens internacionais.

Apesar de entrar no pacote dos primeiros 50 processos analisados, o caso de Porto Belo em nada tem haver com um porto convencional. Na prática, os navios continuarão atracando atrás da Ilha de Porto Belo e com desembarque feitos por pequenas embarcações, conhecidas como ten-der. O prefeito Evaldo destaca que o município faz parte de uma grande mudança na concepção de porto no Brasil. “A presidenta Dilma resolveu agilizar os procedimentos parra implantação de novos portos no país. Porto Belo será um dos primeiros portos desse nosso marco, o que nos orgulha muito”, comemorou. •

Sacramentad0

Governo federal assina concessão do píer de Porto Belo

Thamyres Ferreira – SRI/PR

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