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Revista Portuária 11 Setembro 2014

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4 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

ÍNDICE

www.revistaportuaria.com.br

Duas vezes por semana, a Revista Portuária atualiza o blog da publica-ção, que tem sempre informações exclusivas sobre tudo o que acon-tece no mundo dos negócios no Brasil. O informativo jornalístico é en-caminhado duas vezes por semana para uma base de dados segura e criteriosamente construída ao longo de 15 anos de mercado, formada por mais de 90 mil empresas. Composto por notícias econômicas de interesse de empresários, políticos e clientes, o blog trata de todo e qualquer tema que envolva economia, especialmente aqueles voltados aos terminais portuários de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Para-ná. Se você souber de alguma novidade, tiver informações relevantes sobre temas econômicos e quiser contribuir com o trabalho da Revista Portuária, entre em contato com a reportagem no endereço eletrônico: [email protected]

Revista Portuária também está na web com informações exclusivas

6Confirmado o lançamento do edital

para obras da nova bacia de evolução do Complexo Portuário do Itajaí

PARTE DE ITAJAÍ RUMO AFAMÍLIA SCHURMANNEXPEDIÇÃO ORIENTE

AVENTURA

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26 Balneário Shopping: um grande case de sucesso

40 LançamentoAzimut vai produzir dois novos iates no estaleiro de Itajaí

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Economia&Negócios • Setembro 2014 • 5

Editora BittencourtRua Jorge Matos, 15 | Centro | Itajaí Santa Catarina | CEP 88302-130 Fone: 47 3344.8600

DiretorCarlos Bittencourt [email protected]

Jornalista responsável: Anderson Silva - DRT SC 2208 [email protected]

Diagramação:Solange Alves [email protected]

Contato ComercialRosane Piardi - 47 8405.8776 [email protected]

Contato Comercial (agências)Junior Zaguini - 47 [email protected]

Capa: Direção de ArteDaniel Viecili - Agência Tatticas

ImpressãoImpressul Indústria GráficaTiragem: 10 mil exemplares

Elogios, críticas ou sugestõ[email protected] assinar: Valor anual: R$ 240,00

A Revista Portuária não seresponsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados, que são de inteira responsabilidade de seus autores.www.revistaportuaria.com.br twitter: @rportuaria

ANO 15 EDIÇÃO Nº 175 SETEMBRO 2014 EDITORIAL

Comercial para todo o Brasil

VIRTUAL BRAZIL Ltda+55 48 3233-2030 | +55 48 9961-5473

MAIL: [email protected]: [email protected]

Rumo à Expedição Oriente

Os Schurmann estão acertando os últimos detalhes para uma nova aventura. No dia 21 de setembro,

a primeira família a completar a volta ao mundo a bordo de um veleiro, há 30 anos, parte para sua terceira grande via-gem: a Expedição Oriente. A tripulação vai navegar durante dois anos pelas rotas atribuídas aos chineses ao redor do plane-ta. A viagem marca uma mudança no ro-teiro dos Schurmann: pela primeira vez, a aventura da família partirá de Itajaí.

A indústria náutica da cidade cata-rinense também foi escolhida pela família para construir o veleiro Kat que será uti-lizado na expedição. Com sete cabines a embarcação conta com tecnologia de pon-ta para a aventura em alto-mar ser acom-panhada em tempo real de qualquer lugar do mundo.

Na reportagem especial, a Revista Portuária – Economia & Negócios expõe um resumo do histórico de aventuras da família, da preparação para a nova expe-dição, o perfil dos tripulantes e detalhes sobre o novo veleiro.

Foram cinco anos de preparação, do início do planejamento à busca por patro-cinadores, para que a Expedição Oriente se tornasse realidade. Depois de muita pesqui-sa, a definição do itinerário e cronograma de viagem e a confirmação das empresas parceiras nesta aventura, a Família Schur-mann trabalhou na divulgação do projeto enquanto acompanhava a construção do veleiro Kat, projetado especialmente para a expedição com tecnologia de ponta e foco na sustentabilidade.

Além da reportagem sobre a nova aventura dos Schurmann, esta edição da revista destaca o documento lançado pela Associação Brasileira dos Terminais Portuá-

rios – ABTP, com propostas aos presidenciá-veis para a evolução da legislação do setor portuário.

O objetivo do documento é conso-lidar os avanços e promover a evolução da legislação e regulamentação do Sis-tema Portuário Brasileiro, contribuir para o desenvolvimento do setor por meio do destrancamento de investimentos já pla-nejados e da atração de novos, bem como minimizar a burocracia com a consequente redução do tempo improdutivo e dos cus-tos logísticos, de modo a aumentar a com-petitividade dos produtos brasileiros nos mercados externos.

A ABTP acredita que tais providên-cias devem ser tomadas com urgência pelo próximo presidente da República e demais governantes. O documento será apresenta-do aos principais candidatos por meio de suas coordenações de campanha. Haverá continuidade após as eleições, com deba-tes com o presidente eleito.

Falamos também sobre o Complexo Portuário do Itajaí subiu cinco posições na edição 2014 do World Top Conteiner Ports, ranking dos maiores portos especializados em contêineres feito anualmente pela pu-blicação britânica Container Management. Juntos, os terminais de Itajaí e Navegantes passaram da 108ª para a 103ª posição e fazem do complexo um dos 120 maiores portos do mundo.

Além disso, destaque para a pesqui-sa realizada pelo Instituto Ilos (Instituto de Logística e Supply Chain que aponta o Por-to Itapoá como o terminal portuário com melhor desempenho do Brasil.

Essas e outras informações, bem como as tradicionais secções Portos do Bra-sil e Coluna Mercado, nas páginas seguin-tes da sua revista. Boa leitura!

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6 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

Após acerto dos últimos detalhes técnicos do edital para as obras da primeira fase dos novos acessos

aquaviários ao Complexo Portuário do Ita-jaí, o secretário de Estado do Planejamen-to, Murilo Flores, confirmou para o mês de setembro o lançamento do edital, que prevê a uma nova bacia e o alargamento dos canais de acesso.

O investimento, de R$ 130 milhões, em recursos do programa de investimen-tos “Pacto por Santa Catarina”, vai possi-bilitar operações com navios de até 335 metros de comprimento até o ano de 2016. No entanto, o projeto prevê uma bacia com capacidade para operar navios de até 366 metros. Para isso, a Secretaria de Portos da Presidência da República já alocou recursos de mais R$ 248 milhões,

previstos para serem investidos no decor-rer de 2015 e 2016, simultaneamente à obra desenvolvida pelo Governo do Esta-do.

“Com o lançamento do edital de licitação da primeira etapa das obras na primeira quinzena de setembro, a expec-tativa é de que a empresa vencedora do processo licitatório seja contratada até dezembro, para que as obras sejam inicia-das em janeiro de 2015. Compridos esses prazos, a previsão é de que o Complexo Portuário do Itajaí opere navios de maior porte já em 2016”, informa o superinten-dente do Porto de Itajaí.

A obra será realizada em duas fa-ses. A primeira, a cargo do Governo do Estado, engloba a retirada das guias correntes do molhe Sul junto ao Saco da

Confirmado o lançamento do edital para obras da nova bacia de evolução

do Complexo Portuário do ItajaíO investimento, de

R$ 130 milhões, em recursos do

programa de investimentos

“Pacto por Santa Catarina”, vai

possibilitar operações com

navios de até 335 metros de

comprimento até o ano de 2016

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Economia&Negócios • Setembro 2014 • 7

Fazenda, para que sejam executadas as obras da nova bacia de evolução (480 metros de diâmetro), retirada de parte dos espigões transversais do molhe norte (groins) e dragagens da área da nova bacia e para o alargamento do canal de acesso.

A segunda etapa, prevista no elenco de obras da SEP e com investimento de mais R$ 248 milhões, vai englobar a rea-locação do molhe norte, possibilitando que o canal de acesso fique com a largura de 220 metros, ampliação da nova bacia de evolução (no saco da fazenda) para 530 metros de diâmetro e dragagens na bacia e canais de acesso. “Essas obras garantirão a competitividade do Porto de Itajaí e dos demais terminais que compõem o Complexo nos mercado nacional e internacional da navegação”, acrescenta Ayres. Segundo o Superintendente, so-mente com os novos acessos será possível que navios maiores manobrem e atraquem nos terminais do Complexo. “As empre-sas armadoras tem Itajaí como um importante porto em suas rotas. No entanto, é preciso que acompanhemos a evolução do mercado”, diz. •

insafewaters.blogspot.com

.br/

A indústria naval brasileira cresce 19,5% ao ano desde 2000 e os investimentos no setor já atingem cerca de R$ 149,5 bilhões. Os dados integram os estudos do

IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), comanda-dos pelo coordenador de Infraestrutura Econômica, Carlos Campos Neto, e pelo técnico de Planejamento e Pesquisa, Fabiano Pompermayer, que deram origem ao livro “Ressur-gimento da Indústria Naval no Brasil” e apresentado recen-temente.

Abordando visões econômicas, políticas, institucionais e um panorama histórico da retomada da indústria naval, a publicação traça um perfil dos principais players mundiais, traz comparações entre Coréia do Sul, China e Brasil quanto à incidência tributária, além de destacar a competitividade nacional.

EvoluçãoRetratado no estudo, o histórico da indústria naval

brasileira começa nas décadas de 1970 e 1980. Promissora e voltada à produção de navios para o comércio internacional, a indústria contabilizava o segundo maior número de em-barcações e encomendas do mundo. Mas a crise econômica dos anos 80 teve reflexos diretos no setor naval. “No início da década de 1990, o então presidente Fernando Collor abre a indústria naval para a concorrência internacional, mas não estávamos preparados para isso. Foi quase como decretar sua extinção”, explica o pesquisador Campos Neto.

Em 2000, as encomendas da Petrobras, que gradati-vamente priorizaram o conteúdo local, impactaram o setor e atraíram investimentos. “Na época tínhamos 1.900 em-pregados no setor naval e, hoje, caminhamos para 70 mil trabalhadores. Esse crescimento já demonstra a importância que a indústria naval e offshore passou a ter no mercado nacional”, destaca Neto, que ainda aponta que este ressur-gimento da se deu graças à estímulos vinculados à expan-são do setor de petróleo e gás e ao início da exploração do pré-sal, que aumentou a demanda e multiplicou estaleiros, em sua maioria especializados em embarcações de apoio às plataformas.

Projeções de futuro De acordo com Carlos Campos Neto, os próximos

30 anos são promissores para a indústria naval brasileira. “Ainda há muito pré-sal a ser descoberto e petróleo a ser explorado em águas profundas do nosso nordeste. Com as encomendas já colocadas até 2020, os investimentos no se-tor devem ultrapassar os R$ 200 bilhões”, prevê.

Apesar das expectativas, é preciso ter cautela segun-do Neto. “No caso da retirada das políticas de apoio do Governo , o que vai acontecer com a indústria naval? Con-seguiremos competir com o mercado internacional? As por-tas de saída precisam estar sinalizadas para que não sejam repetidos os mesmos erros do passado e o futuro seja ainda mais promissor”, finaliza. •

Indústria naval brasileira cresce 19,5% ano

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8 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

A Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), que representa mais de 80 terminais portuários res-ponsáveis por 70% da carga que circula no comércio

exterior brasileiro, lançou o documento “Propostas da ABTP para o Setor Portuário”. Em conjunto, as empresas associa-das à ABTP, que atuam nos setores de mineração, siderurgia, agronegócio, petroquímico e de movimentação de contêine-res, entre outros, pretendem fazer investimentos da ordem de R$ 44 bilhões nos próximos 10 anos.

O objetivo do documento é consolidar os avanços e promover a evolução da legislação e regulamentação do Sis-tema Portuário Brasileiro, contribuir para o desenvolvimento do setor por meio do destrancamento de investimentos já planejados e da atração de novos, bem como minimizar a bu-rocracia com a consequente redução do tempo improdutivo e dos custos logísticos, de modo a aumentar a competitividade dos produtos brasileiros nos mercados externos. A ABTP acre-

dita que tais providências devem ser tomadas com urgência pelo próximo presidente da República e demais governantes. O documento será apresentado aos principais candidatos por meio de suas coordenações de campanha. Haverá continuida-de após as eleições, com debates com o presidente eleito.

“Elaboramos uma série de propostas, com base na legalidade, que defendem a livre iniciativa, principalmente para operar e contratar, e visam ao aumento da produtivida-de”, diz Wilen Manteli, diretor presidente da ABTP. “O setor portuário é fundamental para o desenvolvimento do país, e por isso consolidamos ideias capazes de eliminar obstáculos para o crescimento do mesmo, além de criar condições para o aumento da capacidade portuária e da competitividade dos bens e serviços brasileiros no mercado global”, afirma.

As propostas foram agrupadas em quatro áreas: Segu-rança Jurídica, Governança, Relação Capital-Trabalho e Infra-estrutura. Entre as principais sugestões estão:

ABTP lança documento com propostas aos presidenciáveis

Associação Brasileira dos Terminais Portuários reúne sugestões para a evolução da legislação do setor portuário

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Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - FlorianópolisEm Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC

Economia&Negócios • Setembro 2014 • 9

Segurança Jurídica• Adotar políticas que assegurem o respeito aos di-

reitos adquiridos nos contratos de arrendamento (portos públicos) e de adesão (terminais privados);

• Cumprir o propósito da Lei no 12.815/13 de atrair novos investimentos – e destravar os já planejados – em prol das instalações portuárias arrendadas mediante: (a) utilização das áreas contíguas aos terminais; (b) anteci-pação do prazo de prorrogação dos contratos; (c) adap-tação dos contratos pré-1993; (d) revisão da Taxa Interna de Retorno (TIR) de forma a torná-la atrativa e conforme a realidade do setor portuário; (e) adaptação dos editais de licitação, priorizando-se as áreas livres; e (f) financiamen-tos na modalidade Project Finance;

Governança• Implementar um modelo de administração portu-

ária fundamentado na meritocracia, autonomia, agilidade, com foco no mercado, e capaz de reduzir os custos por-tuários, colaborando com a competitividade dos produtos nacionais;

• Restabelecer o papel deliberativo e autônomo dos Conselhos de Autoridade Portuária (CAP), seguindo mode-los internacionais;

Relação Capital-Trabalho• Estimular a multifuncionalidade dos trabalhadores

portuários e sua qualificação profissional;• Estabelecer a liberdade de contratação de traba-

lhadores em todos os terminais e instalações portuárias públicas;

Infraestrutura• Dar continuidade aos projetos de dragagem de

aprofundamento/manutenção, considerando as particula-ridades dos navios escalados;

• Agilizar os processos de licenciamento para expan-são e continuidade dos negócios portuários, sem eliminar etapas que assegurem a preservação do meio-ambiente e a sustentabilidade do negócio.

A ABTPA Associação Brasileira dos Terminais Portu-

ários (ABTP) é uma sociedade civil sem fins lucra-tivos, com sede no Rio de Janeiro, representando mais de 80 terminais portuários de uso privado e público que movimentam cerca de 70% da carga que circula no comércio exterior brasileiro.

Trata dos assuntos ligados à atividade por-tuária, especialmente aqueles que dizem respeito aos direitos e obrigações dos terminais portuários, inclusive em nível internacional.

É a maior associação do setor e, nos últimos 25 anos, participou ativamente das discussões que resultaram nas duas leis portuárias mais recentes, a Lei nº 8.630/1993 e a atual Lei nº 12.815/2013, sempre norteada pelos princípios que inspiraram a sua criação: a união empresarial e a liberdade de empreender, operar e contratar. •

Wilen Manteli, diretor presidente da ABTP.

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10 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

O destaque da pesquisa deste ano, 2014, ficou com um dos mais novos terminais do país. O Porto Ita-poá, localizado na Baia da Babitonga, em Santa

Catarina, precisou de apenas três anos de operação para conquistar a maior nota dos usuários: 8,9. O terminal é administrado pelas empresas Aliança (da Hamburg Süd), Battistella e Log Z (formada por fundos de investimentos administrados pela BRZ) e é especializado na movimen-tação de contêineres.

Patrício Junior, Presidente do Porto Itapoá garante que o resultado alcançado pelo terminal é um reflexo de uma soma de investimentos que vão desde a infraestru-tura até o esforço constante que a empresa agrega na motivação, qualificação e engajamento das pessoas.

“Toda empresa só consegue atingir níveis de exce-lência, como aponta o resultado dessa pesquisa, quando consegue identificar que seu maior patrimônio são as pessoas. Investimento em infraestrutura, equipamentos e relações comerciais são fruto do trabalho de nossos Co-laboradores, que trabalham com a certeza de que tudo que fazem são para eles mesmos, e não apenas pela em-presa. O Porto Itapoá é uma empresa onde as pessoas fazem a diferença!”, exalta.

O desempenho portuário brasileiro, destacado pelo Instituto Ilos, é o resultado de uma pesquisa de opinião que mostra a avaliação feita por 169 companhias, de 18 setores da economia brasileira.

Este ano, contudo, a avaliação apresentou uma

queda significativa em relação às outras séries da pes-quisa. Quando o trabalho foi iniciado, em 2007, a nota média dada pelos usuários dos portos era de 6,3; subiu para 6,9, em 2009; 7,3, em 2012; e agora caiu para 6,8.

Segundo a matéria publicada no jornal Estado de S. Paulo os projetos de expansão dos portos públicos estão travados no Tribunal de Contas da União (TCU), e o governo só tem conseguido liberar, de forma ainda morosa e aquém das necessidades, a construção de al-guns terminais privativos (para movimentação de carga própria e de terceiros). "Por enquanto, a nova lei tem tido um efeito contrário. Em vez de ampliar os investimentos, o setor parou. Isso cria um clima negativo e a percepção dos usuários piora em relação aos serviços prestados", afirma o presidente do Ilos, Paulo Fleury.

Ele explica que os profissionais de logística das empresas deram nota de 0 a 10 para os três principais portos que usam. As piores avaliações vieram dos setores de mineração, químico, petroquímico, higiene e limpeza, cosmético e farmácia. Na média, os terminais privativos tiveram as melhores notas e os públicos, as piores. "Essa posição reflete dificuldades de acesso (terrestre e maríti-mo), burocracia, mão de obra, etc. Os terminais que es-tão dentro do porto são bons, mas a parte coletiva não é", avalia Fleury.

O resultado do Porto Itapoá, nesse contexto, e com apenas três anos de operação, revela a necessidade de investimentos privados no país. Mesmo cercado de bons

No topoPorto Itapoá é o nº 1 do Brasil, de acordo com pesquisa

Pesquisa realizada pelo Instituto Ilos (Instituto de Logística e Supply Chain, aponta o Porto Itapoá como o

terminal portuário com melhor desempenho

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concorrentes, o terminal já apresenta resultados empol-gantes num curto espaço de tempo. "Nossa entrada no setor foi desafiante. Itapoá era uma cidade turística, de veraneio, sem nenhuma tradição na atividade portuária. Além disso, nossos concorrentes (Paranaguá, Navegan-tes e São Francisco do Sul) já estavam consolidados", afirma o diretor do porto, Márcio Guiot. A saída, diz ele, foi adotar práticas diferenciadas, sejam de operação ou tarifária.

Com mais tempo de atividade no setor, o Porto do Pecém, ficou com o segundo lugar no ranking do Ilos. O terminal privativo, controlado pelo governo do Estado do Ceará, obteve nota 7,9. Inaugurado em 2002, movi-menta granéis sólidos e líquidos, além de contêineres. O terceiro melhor avaliado, com 7,44 pontos, foi o Porto de Navegantes, vizinho de Itapoá. O terminal é adminis-trado pela Triunfo Participações (TPI).

Na outra ponta ficaram os portos públicos: Santos (6,36), Salvador (6,33) e Paranaguá (6,33). São três com-plexos portuários formados por grandes terminais que movimentam uma série de cargas, como contêineres, veículos, combustíveis, soja e açúcar. A administração é feita por estatais federais (Santos e Salvador) ou estadu-ais (Paranaguá). •

Economia&Negócios • Setembro 2014 • 11

1º Itapoá (SC) 8,902º Pecém 7,903º Navegantes (SC) 7,444º Rio Grande 7,305º Vitória 7,296º Itajaí (SC) 7,227º Suape 6,898º São Francisco do Sul (SC) 6,869º Itaguaí 6,8010º Rio de Janeiro 6,7211º Santos 6,3612º Salvador 6,3313º Paranaguá 6,33

Ranking dos Portos Brasileiros

José Paulo Lacerda

Côrte recebe Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho do TST

O presidente da Federação das Indústrias de Santa Ca-tarina (Fiesc), Glauco José Côrte, recebeu, em Brasília, a Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, promovida

pelo do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Côrte está entre as personalidades brasileiras que foram agraciadas na cate-goria Comendador.

Indicado pela ministra do TST Maria de Assis Calsing, Côrte foi reconhecido pela importância do Movimento A In-dústria pela Educação, liderado pela Fiesc. A iniciativa esti-mula o setor industrial a investir em ações que promovam a educação. Mais de 1,6 mil indústrias e apoiadores já ade-riram ao Movimento, demonstrando interesse em executar ações voltadas ao tema. O Movimento também atua em prol do ensino público, por meio da articulação e da influência social.

A Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, instituída em 1970, reconhece personalidades civis e militares, nacionais ou estrangeiras, que tenham se distinguido no exercício de suas profissões e se constituído em exemplo para a coletivi-dade, bem como as pessoas que, de qualquer modo, tenham contribuído para o engrandecimento do país, internamente ou no exterior, da Justiça do Trabalho ou de qualquer ramo do Poder Judiciário, do Ministério Público ou da advocacia. Agracia, ainda, instituições civis e militares. A indicação para a Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho é feita por ministro do TST e submetida à apreciação do Conselho da Ordem. •

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12 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

O foco das entidades da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) nos próximos três anos será a inovação, anunciou o industrial Glauco José Côrte, ao

assumir o segundo mandato como presidente da instituição. Após relatar as conquistas da primeira gestão, ele declarou: "Devemos, podemos, queremos e vamos fazer mais e melhor, através da inovação, da melhoria contínua, do planejamento e da execução de ações integradas de todas as nossas enti-dades. Vamos tornar a Fiesc o principal agente articulador da inovação no Estado".

Como exemplos, o presidente da Fiesc citou os Institu-tos Senai de Inovação, em fase de implantação, e o Instituto Sesi de Inovação em Tecnologias para Segurança e Saúde no Trabalho, que contará com parceria da universidade america-na de Stanford.

A educação, principal bandeira das entidades da Fiesc nos últimos três anos, foi abordada por Côrte também sobre o prisma da tributação. Uma caneta, por exemplo, é onerada em mais de 47%, a régua em 45%, a borracha em 43%, mochilas

e lancheiras em quase 40% e lápis em 35%. "É surpreendente, para não dizer chocante, o fato de que os governos continuem tributando ferozmente o material escolar", afirmou.

Em seu pronunciamento, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, disse que analisando discursos desde a década de 1990 a impressão é que as coisas não mudaram e destacou a falta de reformas, como a trabalhista, além das deficiências na infraestrutura. "A gente fica com a sensação que o nosso discurso parece velho. Mas a forma como os empresários têm trabalhado com união e força, tem feito com que haja grandes mudanças. Olhamos para trás e vemos que avançamos muito", afirmou.

Côrte citou estudo do The Boston Consulting Group mostrando que o custo da produção no Brasil é 23% maior que nos Estados Unidos, enquanto em 2004 era 3% inferior. E citou como exemplo o salto na conta de energia de 23% em Santa Catarina. "A indústria catarinense não concorda com esse aumento excessivo, que onerará, se mantido, ainda mais, o custo de produção industrial", afirmou.•

Fiesc pretende articular inovação em Santa Catarina

:: FIESC

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A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) será submetida a reestruturação organizacional e mudanças no regimento interno. Desde o último mês

a agência não conta mais com superintendências setoriais (Portos, Navegação Marítima e de Apoio e Navegação Inte-rior). No lugar, serão criadas superintendências organizadas sob a forma de processos de trabalho (Outorgas, Regulação e Estudos e Estatística). No âmbito da Superintendência de Fiscalização e Coordenação das Unidades Regionais, será incorporada a Gerência de Planejamento e Inteligência da Fiscalização.

Foram promovidas também cinco alterações nas com-petências e na estrutura do Gabinete do Diretor-Geral: a As-sessoria Internacional assume a coordenação do cerimonial da Antaq; a Assessoria Parlamentar foi transformada em Assessoria de Relações Institucionais; a Assessoria de Pla-nejamento foi transformada em Secretaria de Planejamen-to e Coordenação Interna; foi criada a Secretaria-Executiva da Comissão de Ética; e a Biblioteca, a Editora Antaq e o Centro de Informações em Transporte Aquaviário (Citaq) fo-ram transferidos da Assessoria de Comunicação Social para a Superintendência de Estudos e Estatística. As Unidades Administrativas Regionais (UAR) passam a ser denominadas Unidades Regionais e assumem a sigla URE.

De acordo com a Diretoria Colegiada, as principais ra-zões para as mudanças são: adequação da agência ao novo marco regulatório (Lei 12.815/2013); aumento da produtivi-dade operacional; formalizar as alterações de competências

e atribuições; reconhecer no Regimento Interno o planeja-mento estratégico e operacional; e uniformizar a redação e modernizar a estrutura do Regimento Interno.

“Estamos retomando o nosso planejamento estratégi-co a partir do novo regimento interno da Agência”, mani-festou o diretor-geral da Antaq, Mário Povia. “Na verdade, prosseguiu, nós já sentíamos essa necessidade, independen-temente das mudanças internas, mas, com a implementação dessas mudanças, essa decisão tornou-se ainda mais pre-mente e, hoje, nós estamos retomando os temas que são relevantes para fazer os devidos ajustes, não só para privi-legiar a nova estrutura, mas, também, para trilhar os novos caminhos da Agência”.

Planejamento estratégicoA Antaq iniciou a implantação do seu planejamento

estratégico em 2010, com a realização dos diagnósticos interno e externo que levaram a definição dos objetivos e projetos estratégicos da autarquia. Como resultado desse trabalho, logo no ano seguinte, foi criada a Superintendên-cia de Fiscalização, concepção que serviu de modelo para as demais superintendências finalísticas da Agência na reestru-turação organizacional.

A meta da Antaq para 2015 é ser reconhecida por seu papel relevante na logística e eficiência do transporte, como indutora de desenvolvimento econômico e social e conside-rada por seus servidores a melhor agência reguladora para se trabalhar. •

14 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

Planejamento

Antaq passa por reestruturação organizacionalEntre as principais razões para as mudanças está a adequação da agência à nova Lei dos Portos

Estamos retomando os temas que são relevantes para fazer os devidos ajustes, não só para privilegiar a nova estrutura, mas, também, para trilhar os novos caminhos da Agência

Mário Povia,diretor-geral da Antaq

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18 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

O VELEIRO KAT FOI CONSTRUÍDO PELA INDÚSTRIA NÁUTICA DA CIDADE CATARINENSE TEM SETE CABINES E CONTA COM

TECNOLOGIA DE PONTA PARA A AVENTURA EM ALTO-MAR SER ACOMPANHADA EM TEMPO REAL DE QUALQUER LUGAR DO MUNDO

PARTE DE ITAJAÍ RUMO AFAMÍLIA SCHURMANNEXPEDIÇÃO ORIENTE

AVENTURA

Os Schurmann estão acertando os últimos de-talhes para uma nova aventura. No dia 21 de setembro, a primeira família a completar a volta ao mundo a bordo de um veleiro, há 30

anos, parte para sua terceira grande viagem: a Expedição Oriente. A tripulação vai navegar durante dois anos pe-las rotas atribuídas aos chineses ao redor do planeta. A viagem marca uma mudança no roteiro dos Schurmann: pela primeira vez, a aventura da família partirá de Itajaí.

A indústria náutica da cidade catarinense também foi escolhida pela família para construir o veleiro Kat que será utilizado na expedição. Com sete cabines a embar-

cação conta com tecnologia de ponta para a aventura em alto-mar ser acompanhada em tempo real de qualquer lugar do mundo. Foram cinco anos de preparação, do início do planejamento à busca por patrocinadores, para que a Expedição Oriente se tornasse realidade. Depois de muita pesquisa, a definição do itinerário e cronograma de viagem e a confirmação de que as empresas Estácio, HDI Seguros e Solví seriam parceiras nesta aventura, a Família Schurmann trabalhou na divulgação do projeto enquanto acompanhava a construção do veleiro Kat, pro-jetado especialmente para a expedição com tecnologia de ponta e foco na sustentabilidade.

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Economia&Negócios • Setembro 2014 • 19

Antes mesmo de retornar de sua primeira grande expedição, a volta ao mundo realizada entre 1984 e 1994, os Schurmann já sabiam qual seria sua próxima aventu-ra em alto-mar: refazer a rota do navegador português Fernão de Magalhães, que em 1517 comandou aquela que é considerada a primeira circum-navegação do globo.

A Magalhães Global Adventure, segunda expedição da família, exigiu uma pre-paração de três anos e foi concluída no ano 2000, quando seu último trecho (Lisboa, Portugal - Porto Seguro, Brasil) fez parte das comemorações oficiais pelos 500 anos do Descobrimento do Brasil.

Além do amor pelo mar e por tanto reviver quanto escrever capítulos da História, o que leva a Família Schurmann a velejar pelo mundo também é a vontade de descobrir. Quando a Teoria 1421 capturou a atenção do mundo e iniciou um caloroso debate em 2002 ao propor que foram em-barcações chinesas, não euro-peias (como os livros de História descrevem), as primeiras a chegar à América e a circum-navegar o globo, os Schurmann sabiam que só havia uma forma de ir mais a fundo no assunto. Assim nasceu a Expedição Oriente, uma busca por respostas que talvez só pos-sam ser encontradas sob a pers-pectiva oriental desse mistério.

O histórico de aventuras da família

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20 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

A Embarcação

AVENTURA

Com 80 pés de comprimento e 6,65 metros de largura, quilha retrátil de 18,5 toneladas e peso total de cerca de 67 toneladas, o veleiro Kat, projetado e construído especialmente para a expedição Oriente, tem sete cabines e conta com tecnolo-gia de ponta para oferecer à Família Schurmann todas as condi-ções para que esta aventura em alto-mar e por regiões inóspitas do globo transcorra com segurança e possa ser acompanhada em tempo real de qualquer lugar do mundo.

Seguindo uma das máximas da expedição que é a sus-tentabilidade, as forrações do motor e o isolamento térmico do forro do veleiro serão feitos de material reciclado. As luzes na embarcação serão de ultra baixo consumo (LED). Modernos sis-temas para dessalinização de água, geração, armazenagem e economia de energia e compactação, tratamento e reciclagem de resíduos serão responsáveis por minimizar o impacto da ex-pedição no meio ambiente.

O novo veleiro foi batizado em homenagem a Kat Schurmann. Aos três anos a menina tornou-se a mais jovem marinheira ao ser adotada pela família. Kat praticou diversas modalidades de aventuras, navegou ao redor do mundo e conheceu 19 países.

A marinheira faleceu aos 13 anos, no dia 29 de maio de 2006, por complicações decorrentes do vírus HIV, do qual era portadora desde que nasceu. O veleiro da família leva o nome da menina para que ela esteja presente simbolicamente na expedição.

Homenagem

A bordo do veleiro Kat, a Família Schurmann per-correrá mais de 30 mil milhas náuticas durante a Expe-dição Oriente, divididas entre mais de 40 trechos maríti-mos e passando por cinco continentes.

Partindo de Itajaí, Santa Catarina em setembro de 2014, a expedição passará por países como Argentina, Chile e Uruguai, na América do Sul; Austrália, Nova Ze-lândia e Papua Nova Guiné, na Oceania; China, Indoné-sia, Japão, Singapura e Vietnã, na Ásia; e África do Sul, Madagascar e Maurício, na África, além de passar pela Antártica e dezenas de outras localidades, antes de seu retorno ao Brasil, programado para dezembro de 2016.

O roteiro da expediçãoSeychelles é uma nação que fica no Oceano Índico, que será um dos 4 oceanos navegados pela Família Schurmann durante a Expedição!

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Economia&Negócios • Setembro 2014 • 21

AVENTURA

Uma aventura transmídiaCom forte presença digital, a nova saga será uma aven-

tura transmídia. Para isso, a Expedição Oriente conta com uma plataforma completa para acompanhamento e interação com os brasileiros e usuários de todo o mundo, durante os prepa-rativos, a partida, as histórias em alto mar e de outros povos e culturas visitadas até o retorno ao Brasil. Todas as emoções serão transmitidas diariamente pelo site do projeto, traduzi-do em cinco idiomas, além de páginas oficiais em redes so-ciais como Facebook, YouTube e Instagram. Aplicativos para smartphones também estão no roteiro. E, neste “mar digital”, o público poderá embarcar na aventura por meio de barcos virtuais, disponibilizados através de técnicas de gamification que agitarão a rede com desafios, minigames e missões.

Puerto Madryn - Argentina Ilha de Páscoa - Chile

Antártica

Samoa Americana - território americano Brisbane - Austrália

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AVENTURA

22 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

A TripulaçãoDesta vez, o casal Vilfredo e Heloísa embar-

ca com o filho Wilhelm e, pela primeira vez, leva também a terceira geração dos Schürmann: o neto Emmanuel, que vai acompanhar todo o percurso da expedição. Os filhos Pierre e David farão trechos da aventura. A caçula Kat também estará simbolica-mente presente ao ter o novo veleiro batizado com seu nome. Além da família, o cinegrafista Heitor Cavalheiro também fará parte da tripulação. Confira abaixo um pequeno perfil dos tripulantes:

Vilfredo SchurmannEconomista graduado pela Universidade Fede-

ral de Santa Catarina, Vilfredo foi consultor financeiro de grandes corporações brasileiras, tais como Ceval (hoje, Bunge), Weg SA e outras. Aos 35 anos de idade, trocou uma carreira bem-sucedida e a vida em terra firme pelo prazer de desfrutar momentos de aventu-ra junto com sua família, navegando pelo mundo em um veleiro. O capitão da família Schurmann liderou e coordenou as duas expedições no mar.

Foi condecorado com a Medalha do Mérito Naval da Marinha do Brasil. Vilfredo foi produtor do documentário “Em Busca do Sonho”, da série “Ma-galhães Global Adventure” para a Rede Globo de Televisão e do longa-metragem “O Mundo em Duas Voltas”. É presidente da Schurmann Produções Cine-matográficas, palestrante e responsável pelos projetos educacionais do Instituto Kat Schurmann.

Heloisa SchurmannGraduada professora de Inglês pela

New York University com especialização na área de Pedagogia, Heloísa educou os qua-tro filhos, nas duas expedições de volta ao mundo. Ela é pesquisadora, responsável pelo conteúdo dos projetos globais e autora dos diários de bordo da família. Heloisa é es-critora e publicou três best sellers nacionais e, recentemente, lançou o livro “O Pequeno Segredo”.

Ela desenvolveu o Programa Pedagógi-co da segunda expedição, intitulado “Educa-ção na Aventura”, acompanhado por mais de 2 milhões de alunos no Brasil e nos Estados Unidos. Além de palestrante, é responsável pelo núcleo de dramaturgia da produtora e conteúdo digital da família Schurmann.

Pierre SchurmannPierre partiu aos 15 anos com sua família durante sua circum-

navegação “10 anos no Mar”. Desembarcou nos Estados Unidos para estudar na universidade. Em terra fir-me, começou sua carreira como corre-tor no Smith Barney. Em 1994, retornou ao Brasil para trabalhar na estruturação do projeto “Magalhães Global Adven-ture”. Em 1997, iniciou uma carreira empreendedora independente, que o levou a criar e vender três empresas: Zeek!, Ideia.com e Experience Club.

Atualmente, é investidor em di-versas empresas de tecnologia e inter-net através da Bossa Nova Investimen-tos. Embora tenha um foco grande em negócios, sempre buscou equilíbrio de vida e hoje compartilha suas experiên-cias no seu blog “Caminho Zen” publi-cado no site da revista IstoÉ.

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AVENTURA

24 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

David SchurmannDiretor e produtor, formado em Cinema e Televisão na Nova Zelândia,

David iniciou sua carreira internacional com 19 anos como diretor do programa “In Focus” da TV3, na Nova Zelândia, onde viveu por seis anos. Ele dirigiu filmes em mais de 20 países para publicidade, séries de televisão, além de curtas e longas-metragens, recebendo prêmios no Brasil e no exterior. Destaque para seus longas-metragens “O Mundo em Duas Voltas” e “Desaparecidos”.

Além de palestrante, David é o diretor/administrador da empresa Schur-mann Produções Cinematográficas e responsável pelo planejamento e desen-volvimento da nova Expedição Oriente.

Wilhelm SchurmannAos 7 anos, Wilhelm embarcou com sua família para navegar ao redor do mundo.

Ele viveu 10 anos no veleiro, onde estudou por correspondência, aprendeu três idiomas fluentemente, conheceu mais de 42 países e viveu aventuras inesquecíveis. Aos 10 anos, aprendeu a velejar de windsurfe e – apaixonado pelo esporte – tornou-se atleta profis-sional, participando de competições em vários países do mundo. Unindo talento e dedi-cação, ele se destacou no cenário nacional e internacional, sendo reconhecido como um dos maiores nomes no esporte de windsurfe no Brasil e no mundo em diferentes classes: Formula Slalom, Wave, Speed e longa distância. Wilhelm ganhou mais de 180 medalhas e troféus nacionais e internacionais em mais de 200 campeonatos, participando de mais de mil regatas. Na Expedição Oriente, Wilhelm será o imediato a bordo do veleiro.

Emmanuel SchurmannA Expedição Oriente marca o início da participação da terceira geração da

Família Schurmann. Emmanuel Schurmann prepara-se para a sua primeira volta ao mundo ao lado de seus avós Vilfredo e Heloísa. Para participar da aventura, há dois anos, ele se dedica a cursos náuticos, entre eles, de vela, navegação e mergulho. Emmanuel também vem participando de treinamentos de mecânica de motor e culinária. O jovem já participa ativamente como tripulante em navega-das de longa distância a bordo do veleiro da família. Fluente em inglês, espanhol e português, faz aulas de Mandarim. Na terra e no mar, Emmanuel vem passando por uma intensa preparação para viver a realidade de dois anos no mar.

Heitor Cavalheiro (cinegrafista)O paulistano Heitor Cavalheiro é produtor de cinema e foi o diretor

de efeitos especiais de Desaparecidos, filme de David Schurmann. Durante uma conversa entre os dois o membro da família aventureira falou sobre a ideia de ter algum piloto a bordo do barco para fazer imagens aéreas. Imediatamente, decidiu pesquisar e, uma semana depois, se inscreveu num curso de paramotor. Além de aprender a voar, ele também frequentou cur-sos de vela, mergulho e mandarim.

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Economia&Negócios • Setembro 2014 • 25

A cidade de Itajaí se consolida cada vez mais como uma das mais importantes opções no segmento do turis-mo de eventos em Santa Catarina ao ser anunciada

como a cidade que vai sediar, nos dias 22 e 23 de maio de 2015, a 21ª edição da BNT Mercosul. Um dos mais comple-tos e bem-sucedidos eventos turísticos da América Latina, a Feira de Negócios vai ser realizada no Centreventos Itajaí, local onde estarão reunidos expositores – representantes de produtos, serviços e destinos turísticos, além de agentes, operadores de viagens e imprensa.

De acordo com os organizadores da BNT Mercosul, Geninho Goes e Jair Pasqualini, a mudança da feira para o Centreventos Itajaí vai proporcionar um ganho a todos os participantes, que estarão em pavilhão moderno e maior, que é hoje um dos principais espaços para a realização de eventos do Sul do Brasil, isso sem falar nos benefícios em relação a acesso, infraestrutura, logística, espaço, serviços de apoio, entre outros. Os estandes para a BNT Mercosul 2015 já estão sendo comercializados pela organização. Para reservas e mais informações, acesse: www.bntmercosul.com.br

Com quase 19 mil metros quadrados de área total, o Centreventos é um amplo e bem estruturado espaço situado

em um lugar privilegiado: a Avenida Ministro Victor Konder (Beira-Rio), no Centro de Itajaí, próximo a restaurantes, ho-téis e ao comércio local e a poucos minutos do aeroporto de Navegantes, das praias e outros atrativos da região.

Itajaí, importante polo portuário, industrial e turístico, passará a ser sede da Feira de Negócios Turísticos e reunirá centenas de expositores que apresentarão seus produtos a milhares de profissionais do setor do Brasil e Mercosul. A cidade também é destaque por concentrar um dos mais im-portantes portos turísticos de passageiros do país.

BalançoNa última edição da BNT Mercosul, que aconteceu

nos dias 23 e 24 de maio deste ano, o evento recebeu mais de 6 mil profissionais de turismo, entre agentes de viagens, operadores e imprensa especializada. Os visitantes vieram de seis países. Do Brasil, foram procedentes de 22 estados brasileiros e 265 cidades de todas as regiões brasileiras. 472 empresas expositoras apresentaram hotéis, resorts, pousa-das, parques, serviços, roteiros e destinos turísticos. Capa-citações, cine turismo, feira de negócios, visitas técnicas, confraternizações, almoços de negócios e premiações foram algumas das atividades que marcaram a 20ª edição. •

Secretaria de Turismo de Itajaí

A cidade de Itajaí, importante polo portuário, industrial e turístico de Santa Catarina será a sede da 21ª BNT Mercosul que irá acontecer nos dias 22 e 23 de maio de 2015.

Itajaí vai sediar a BNT Mercosul 2015Bolsa de Negócios Turísticos, que até então era realizada no Beto Carrero World, será ampliada e

modernizada e terá a sua 21ª edição no Centreventos, que possui uma área total de quase 19 mil m²

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O shopping ganhará um novo pavimento e ampliará sua área para 43,4 mil m² de ABL (Área

Bruta Locável), o projeto arquitetônico ousado e o sistema diferenciado de en-genharia nas obras de expansão estão transformando o Balneário Shopping em um dos mais modernos shopping centers do Brasil. Próximo de completar seu aniversário de sete anos, o empre-endimento terá o dobro do tamanho, incluindo mais opções de lazer e gas-tronomia.

Em entrevista à Revista Portu-

ária – Economia & Negócios, Elizân-gela Cardoso, gerente de marketing do Balneário Shopping nos fala um pouco sobre a sua trajetória profissional, o tra-balho desenvolvido na empresa e das perspectivas do empreendimento.

Revista Portuária - Qual foi a sua trajetória profissional até chegar à gerência de marketing do Balneá-rio Shopping?

Elizângela Cardoso - Iniciei mi-nhas atividades profissionais muito jo-vem, aos 14 anos. Logo já tive contato

Balneário Shopping: um grande case de sucesso

26 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

O Balneário Shopping começou suas atividades

em Balneário Camboriú em 2007. Comandado pelo

Grupo Almeida Junior, o empreendimento é sucesso

em toda a região como a mais completa opção de compras

e lazer. Para 2014, a principal novidade é a expansão do

shopping, prevista para ser inaugurada no último trimestre.

Elizângela Cardoso, gerente de marketing do Balneário Shopping

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Balneário Shopping: um grande case de sucessocom marketing, eventos e comunicação e me apaixonei por estas áreas. Na universidade, através do Jornalismo busquei a técnica para a área da comunicação e na pós-graduação aperfeiçoei o conhecimento para o marketing. Minha trajetó-ria é um misto destes setores, que se completam e funcionam perfeitamente juntos. Já atuei em eventos e marketing, asses-soria de imprensa, rádio, TV e, quando o assunto é shopping center, estou vivenciando minha segunda experiência com o grande desafio de estar à frente do marketing de um dos maiores shoppings do Estado.

Portuária - Como foi seu primeiro contato como profissional de marketing?

Elizângela - Minha primeira experiência com o marke-ting foi quando atuei na Prefeitura de Itajaí organizando, na época, um dos maiores eventos realizados pelo município. Lá tive a oportunidade de realizar shows de grande porte e atuar diretamente com o marketing e comunicação de todo o pro-cesso que um grande evento envolve.

Portuária - Se tivéssemos que definir o principal ob-jetivo do marketing nas empresas, qual seria?

Elizângela - O marketing é uma das práticas mais di-nâmicas de mercado e atualmente com a celeridade da infor-mação e novas tecnologias, a fórmula é se reinventar sempre. No ramo de shoppings centers, um dos papéis do marketing é proporcionar experiência positiva aos clientes e stakehol-ders. O encantamento está entre os desejados objetivos do marketing.

Portuária - Quais são as principais atividades exer-cidas pelo departamento de marketing do Balneário Sho-pping?

Elizângela - As atividades do departamento de marke-ting são bem abrangentes, mas todas têm o objetivo de pro-porcionar uma atmosfera positiva ao ambiente e experiências

agradáveis aos clientes, como também gerar resultado para os lojistas e empreendedores. Nosso trabalho envolve vários processos, entre eles a coordenação das demandas junto a agência de publicidade do shopping, da equipe de assessoria de imprensa, o relacionamento com lojistas e clientes e a cap-tação e divulgação de eventos no empreendimento.

Portuária - Quais são as próximas ações de marke-ting planejadas para o empreendimento?

Elizângela - A agenda de eventos e ações é sempre intensa, procuramos estar oferecendo experiências que façam sentido para o nosso público e apresentando as tendências. Podemos destacar o desfile de moda no dia 30 de setembro, Dia das Crianças em outubro, e em novembro a inauguração da expansão do shopping, a campanha de Natal e a chegada do Papai Noel.

Portuária - Como fortalecer a marca de uma em-presa, diante de um mercado tão acirrado e competitivo como o que temos hoje?

Elizângela - Diante do mercado competitivo investir em “branding” é essencial para as empresas que desejam fortalecer sua identidade perante os seus stakeholders e ge-rar credibilidade e valor. Hoje as atualizações acontecem de forma acelerada, e as marcas precisam acompanhar estas mudanças e evoluir junto com os consumidores. O desafio é conhecer o cliente, entender suas aspirações e gerar expe-riências positivas.

Portuária - Quais as principais estratégias de marketing utilizadas pelo Balneário Shopping?

Elizângela - Hoje as principais estratégias estão volta-das para a experiência através das campanhas publicitárias focadas no público-alvo, ações de relacionamento e eventos voltados para áreas de interesse do nosso cliente, trabalhando temas como moda, literatura, cultura e lazer/entretenimento.

Economia&Negócios • Setembro 2014 • 27

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28 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

Portuária – Muitos internautas utilizam a internet para pesquisar sobre empresas, pro-dutos e serviços antes de efetivar uma compra. Olhando para esta realidade, qual a importância do marketing digital hoje em dia?

Elizângela - O grande desafio hoje é através da tecnologia facilitar o acesso à informação, pro-porcionando ao cliente uma experiência de consu-mo intensa e ampliando o relacionamento com as marcas. Atualmente as pessoas têm acesso à infor-mação onde estiverem, via computadores, tablets ou celulares. É importante utilizar as redes sociais para gerar conteúdo relevante e motivar interações com a marca. A tecnologia faz parte do dia a dia das pesso-as e abre oportunidade para que o marketing digital aproveite todos os recursos para provocar relaciona-mento, aproximação, experiências e fidelização.

As redes sociais são um canal aberto de comu-nicação que aproximam a empresa do seu público. Gerenciar reclamações e elogios fazem parte desta dinâmica, que facilita o diálogo e a interação com o cliente.

Tanto o sucesso dos eventos de marketing quanto a eficácia das ações para tornar mais agradá-

veis as visitas dos clientes aos shoppings dependem da ação integrada de vários departamentos.

Portuária - Geralmente a preocupação do marketing em shopping centers se limita ao cam-po da comunicação, da realização de eventos e promoções. O Balneário Shopping faz um traba-lho diferenciado neste sentido?

Elizângela - Trabalhar a comunicação, even-tos e promoções é parte do departamento de ma-rketing de um shopping center, porém a atuação é muito mais abrangente e envolve outras atividades estratégicas. Ao visitar um shopping center o cliente recebe estímulos e informações. Podemos dizer que em um shopping cada detalhe comunica. Atualizar o consumidor sobre tendências, estilo de vida e ofertar experiências de consumo são algumas destas ativi-dades. Procuramos sempre integrar as diversas áre-as do empreendimento em busca de um resultado único: proporcionar uma experiência positiva para o cliente. Isto implica em uma sinergia contínua entre os profissionais e executivos das áreas comercial, marketing, merchandising, operacional e superinten-dência. •

Balneário Shopping

Elizângela Cardoso intermediando o Palco Balneário

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Economia&Negócios • Setembro 2014 • 31

www.advocaciavieceli.com.br | www.facebook.com/advocacia.vieceli

“Especializada no Transporte Rodoviário de Cargas”

Dr. Cassio Vieceli [email protected]

Assessoria de imprensa

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Matriz:

(49) 3566.6775 ou (49) 3566.7828 Rua José Formighieri, nº 417

Bairro Alvorada - Videira/SC

Filial:

(47) 3342-5391 Av. João Sacavem, nº 571, sala 507

Ed. Atlantis Trade Center Centro - Navegantes/SC

No último dia 7 de agosto, na sede da NTC & Lo-gística, na cidade de São Paulo, foi realizado o 2º Seminário trabalhista no Transporte Rodoviário de

Cargas, onde, durante todo o evento, foram abordados as-pectos relevantes da Lei 12.619/12.

O evento contou com a presença de Desembargado-res do TRT/SP, Procuradores do Ministério Público do Traba-lho de SP, estudantes, advogados e interessados. Santa Ca-tarina estava representada também pelo advogado Cassio Vieceli, da Advocacia Vieceli.

No primeiro painel, o professor e ex-ministro do TST, Dr. Pedro Paulo Teixeira Manus, abordou a flexibilização das leis trabalhistas. Inicialmente, o palestrante mostrou-se fa-vorável a readequação da Lei 12.619/12. Ainda, sustentou de forma segura que os direitos trabalhistas podem sim ser flexibilizados.

Sobre a terceirização no transporte, frisou que en-tende pela sua licitude, pois a matéria é regida pela Lei 11.442/07, não havendo qualquer afronta à CLT, eis que os direitos dos trabalhadores estão preservados (não há pre-juízos aos obreiros). Citou vários exemplos de sucesso na terceirização. Segundo o professor, “o que não pode haver é a precariedade no desempenho das funções”.

Já no segundo painel, o desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto (TRT/SP) mostrou-se conhecedor profun-do do transporte e abordou o assunto jornada de trabalho do motorista profissional. Jorge Neto também concorda pela prorrogação da jornada de duas para quatro horas extras diárias, salientando que prevalece a especificidade da atividade. “Pode flexibilizar, mas jamais desregulamentar o setor”. Outro fator de suma importância e reconhecido

pelo desembargador Jorge Neto, é de que o horário de tra-balho do motorista é flexível. Asseverou ainda de que, em havendo necessidade imperiosa (força maior, cuja previsão encontra-se no artigo 61 da CLT), a jornada de trabalho pode ser prorrogada pelo período necessário até sair da-quela condição.

Salientou ainda que o transportador deve possuir um controle rigoroso da jornada de trabalho do motoris-ta profissional. A Lei 12.619/12 frisa que é um direito do obreiro e uma garantia ao empresário. Por fim, alertou da necessidade de a classe patronal usar dos acordos coletivos, mas sempre buscando fundamentar com “considerandos” as regras pactuadas, para que o magistrado, quando do jul-gamento de eventual ação trabalhista, venha a entender o espírito da disposição criada consensualmente.

Para o advogado Cassio Vieceli, que inclusive também participou no ano passado do I Seminário realizado em SP, com os mesmos debatedores e palestrantes, o evento supe-rou a expectativa. Vieceli frisou que no ano passado, a ma-téria ainda estava exigindo estudos e que neste último ano houve um aprofundamento dos magistrados e operadores do direito no que tange a aplicação da Lei 12.619/12.

“A evolução dos entendimentos é notória. Vimos al-guns magistrados do Trabalho externando entendimentos favoráveis à flexibilização das leis trabalhistas em vários aspectos e, inclusive, entendendo ser lícita a terceirização. A participação em eventos desta envergadura é de suma importância”, frisa.

Na visão do Dr. Cassio, somente os debates e a proxi-midade com o Judiciário, MTE e MPT, é que poderão fortale-cer os laços entre transportador e estes órgãos. •

mercadomercadocoluna coluna

Advocacia Vieceli participa do 2º Seminário Trabalhista no Transporte Rodoviário de Cargas

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32 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

mercadomercadocoluna coluna

NDVale leva profissionais para RússiaO NDVale promoveu mais uma viagem dentro

do seu Programa de Incentivos, referente à premiação 2013. Os 17 profissionais ganhadores foram para São Petersburgo, na Rússia e cumpriram o roteiro, que incluiu Moscou, acompanhados pelo presidente do

NDVale, Haiko Schroder e a diretora adjunta, Mariana Spengler.

Três lojistas também integraram o grupo de arqui-tetos, designers e decoradores que se destacaram pela pontuação nas lojas associadas no ano passado. •

Boatsul inaugura marina em Balneário Camboriú

A BoatSul inaugurou a sua marina própria, em Balneário Camboriú. Cerca de três anos após o ingresso no mercado de embarcações, também atuando com a Sunseeker Yachts na região Sul, a BoatSul agora passa a representar a marca inglesa no Brasil. A marina fica localizada na Rua Ema-nuel Rebelo dos Santos, 569, bairro da Barra. •

Multilog vai expandir negócios em ItajaíA Multilog prevê para os próximos meses a conclusão

de um novo armazém com 24 mil metros quadrados em Itajaí. Ao custo de R$ 40 milhões, a estrutura vai aumentar para 140 mil metros quadrados a área do maior porto seco do país. O plano de expansão da empresa prevê outros três novos arma-zéns nos próximos anos. •

STJ consolida entendimento favorável aos contribuintes

Recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) consolidou o entendimento do Judiciário favorável aos con-tribuintes no tema envolvendo a exigência do IPI na revenda de produtos importados. Basicamente, o Tribunal Superior classifica o recolhimento fiscal nas operações de revenda no mercado nacional de produtos importados como uma bitri-butação, já que o produto já se sujeitou ao IPI quando do desembaraço aduaneiro, isto é a entrada do produto no ter-ritório nacional. Somente poderá ocorrer uma nova incidên-cia do IPI, além daquela ocorrida na importação, em caso de uma nova industrialização no Brasil.

Assim sendo, todo e qualquer produto importado que chega ao país com o processo industrial finalizado, sendo apenas para fins de consumo próprio ou revenda no mercado nacional, não deve ser taxado com nova incidência de IPI na sua comercialização no mercado interno. •

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Economia&Negócios • Agosto 2014 • 33

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36 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

O incentivo à melhoria contínua e as boas práticas de gestão adotadas nas áreas de inovação e sustentabilidade são foco

do concurso “Elevando Ideias”, que acaba de ser lançado entre os colaboradores da APM Terminals, empresa responsável pela operação de contêine-res no Porto de Itajaí.

Aberto a participação de todos os funcio-nários, com exceção dos que ocupam cargos de diretoria e gerência, o concurso premiará em di-nheiro os colaboradores que mais pontuarem com inscrição, aprovação e implementação de suas ideias. Serão considerados pelo Comitê de Escolha os critérios de impacto (pequeno, médio e grande) benefício (segurança, eficiência, custo, satisfação do cliente) e implementação (menor curso, menor tempo, menor complexidade).

O diretor superintendente da APM Termi-nals Brasil, Ricardo Arten, explica que o “Elevando Ideias” busca estimular a participação dos colabo-radores no processo de melhoria contínua para a inovação e a sustentabilidade. “Cada vez mais a APM Terminals se consolida como uma organiza-ção que investe em oportunidades de desenvolvi-mento aos seus funcionários, o que garante enga-jamento, melhor desempenho e uma entrega de resultados que beneficia toda a empresa. A APM Terminals é um dos maiores operadores portuários do mundo e isso demanda criatividade e inovação, por parte da empresa e dos nossos colaboradores. Nada mais justo premiar aqueles que nos ajudam a chegar nesses patamares num contexto tão com-petitivo”, cita.

A APM Terminals é referência na operação portuária de contêineres, oferecendo ao mercado uma moderna e eficiente estrutura no Complexo Portuário do Itajaí. Operando em uma área de 180 mil metros quadrados, o terminal foca na melho-ria contínua dos serviços, satisfação dos clientes, constantes investimentos em segurança e respos-tas rápidas às demandas do mercado mundial. Com presença global em 67 países, a empresa em-prega diretamente 325 pessoas em Itajaí (SC). •

mercadomercadocoluna coluna

IncentivoAPM Terminals lança concurso interno para

estimular práticas de inovação e sustentabilidadeAberto a participação

de todos os funcionários, com exceção dos que ocupam cargos

de diretoria e gerência, o concurso terá premiação em dinheiro

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Economia&Negócios • Setembro 2014 • 37

mercadomercadocoluna coluna

A União, por intermédio da Antaq, celebrou com a Poly Ter-minais Portuários S/A contrato de adesão adaptado à Lei 12.815. A assinatura aconteceu, no final de agosto, na sede

da Agência, em Brasília. O diretor-geral, Mário Povia, representou a Agência. Adalberto Sedlacek e Julio Boticelli representaram a em-presa.

O objeto da autorização é a instalação portuária, na mo-dalidade de terminal de uso privado, denominada Poly Terminais Portuários S/A, localizada em Itajaí (SC). A autorização compreende a movimentação e a armazenagem de carga geral, carga conteine-rizada e granel líquido (soda cáustica), destinados ou provenientes de transporte aquaviário. A área autorizada para exploração da ins-talação portuária corresponde a 82.804,17 metros quadrados.

A autorização terá vigência por 25 anos contados da data de assinatura do contrato de adesão. O prazo será prorrogado por pe-ríodos sucessivos desde que a atividade seja mantida e a empresa promova os investimentos necessários para a expansão e moderni-zação das instalações portuárias. Vale destacar que a Poly Terminais Portuários deverá manifestar o interesse na prorrogação do contrato com antecedência mínima de 18 meses de sua expiração. •

Antaq celebra contrato de adesão com empresa de Itajaí

Rua Brusque, 337 - Itajaí - SC

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38 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

A Cooperativa Central Aurora Alimen-tos – um dos três maiores conglo-merados brasileiros da indústria de

carnes – ampliou neste ano em 21% o vo-lume e em 27% as receitas com exportação de carnes. Ao transmitir a informação, o presidente Mário Lanznaster destacou que, no período de janeiro a julho, a empresa embarcou 143 mil toneladas, ou seja, mais de 20 mil toneladas em média por mês. Os principais mercados atendidos pela Aurora são Hong Kong, China, Japão, Oriente Mé-dio, Cingapura e Rússia.

Recentemente a Rússia aprovou novas plantas da Aurora para importação de carne. Atualmente, estão homologadas as unidades de Sarandi (RS) e Chapecó (FACH 1) para suínos e Abelardo Luz (SC) para aves. Além dessas, já estavam aprova-das duas unidades de aves: Maravilha e Xaxim, ambas de Santa Catarina.

O gerente geral de exportação Dilvo Casagranda expõe que as vendas para a Rússia sofrem muitas variações, mas a demanda não é temporária, uma vez que o país depende da importação de volumes significativos para abastecer o consumo interno. Normalmente há uma diminuição do volume exportado a partir da segunda quinzena de novembro, em razão de vários fatores: esgotamento das cotas de importação as quais serão re-distribuídas no ano seguinte, fechamento do ano fiscal, rigoroso inverno com previsível congelamento dos portos e paralisação das operações de desembarque.

A Aurora não exporta suínos para Rússia desde 2011, pois tinha planta habilitada somente para carne de aves. Agora, a empresa tem expectativa de voltar a exportar significativos volumes mensais de carne suína para aquele mercado. Neste momento, os preços estão atrativos em relação a outros merca-dos, devido ao desabastecimento de carne suína na Rússia e a necessidade de cumprimento de cotas de importação por parte dos importadores daquele país. Os produtos da pauta de expor-tação incluem os seguintes cortes: meia-carcaça, pernil, paleta,

mercadomercadocoluna coluna Comércio Exterior

Aurora amplia exportações em 2014Os principais mercados atendidos pela Aurora são Hong Kong, China, Japão, Oriente Médio, Cingapura e Rússia

sobrepaleta, lombo, barriga, filezinho, recortes magros, recortes gordos e car-ré.

Na área de aves, a Aurora expor-ta atualmente para a Rússia uma média de 2.000 toneladas por mês. A expec-tativa de crescimento da exportação de aves é de mais 1.000 toneladas por mês (crescimento de 50%), chegando a embarques totais mensais de 3.000 toneladas/mês. Os preços estão supe-riores a outros mercados devido ao de-sabastecimento interno na Rússia. Os produtos exportados são meio-peito, asas, coxas, sobrecoxas e leg quarter (perna com dorso), além de miúdos

(moela).

Evolução no mercado externoAs vendas da Aurora no mercado externo, em 2013,

representaram 1 bilhão e 55 milhões ou 18,63% da receita bruta, tendo sua maior expressão nas carnes de aves (com 762,4 milhões de reais) e nas carnes suínas (com 300,3 milhões de reais). Neste ano, crescerão para pelo menos 20% das receita operacional bruta. O montante das divisas que serão obtidas com as vendas externas em 2014 não foi revelado.

O desempenho da Aurora no comércio exterior evo-lui fortemente: em 2012 contribuía em 15,77% no fatura-mento global e em 2013 passou a 18,63%. O volume ex-portado em 2013 cresceu 34,8% para 196.272 toneladas e as divisas obtidas no exterior aumentaram 46,7% para 1 bilhão e 63 milhões de reais.

Os principais destinos no ano passado foram Ásia (absorveu 27% das exportações), Japão (15%), África (12%), Europa (11%) e Oriente Médio (10%), seguindo-se Ucrânia (6%), Rússia (5%), Eurásia e Cingapura, ambos com 3%. No total, mais de 60 países compram produtos da Aurora. •

Presidente da Coopercentral Aurora Alimentos, Mário Lanznaster.

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Economia&Negócios • Setembro 2014 • 39

mercadomercadocoluna coluna

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comér-cio Exterior (MDIC), Mauro Borges Lemos, assinou portaria que inclui a montadora chinesa Sinotruk no

programa de incentivos federais Inovar-Auto. Com a medida publicada no Diário Oficial da União (DOU) será permitida o início das obras de construção da unidade em Lages, no Planalto Serrano. "O Governo do Estado, junto com a Sinotruk, elaborou um plano de investimentos exequível para a estruturação do negócio”, destacou Lemos.

Conforme o ministro, a instalação da fábrica em Santa Catarina refletirá positivamente no cenário eco-nômico nacional. “É uma grande fabricante mundial de caminhões, que nos apresenta um projeto de investi-mentos, em uma primeira etapa, de US$ 300 milhões, podendo chegar a US$ 1 bilhão. Isto, sem dúvida, vai gerar um impacto muito relevante para a economia na-cional”, disse.

A fábrica em Lages será a primeira unidade da Sinotruk fora da China. A produção anual da planta vai começar em 400 caminhões montados por turno, com capacidade para chegar em 5 mil veículos por ano, em um único turno. A unidade será construída no Polo In-dustrial de Índios, ao lado da BR-282, gerando cerca de 400 empregos nessa primeira etapa, número que aumentará sig-nificativamente em função da cadeia de fornecedores a ser instalada em volta da montadora. "A Sinotruk está entre as maiores fábricas de caminhões do mundo e que já está pre-

sente no Brasil com caminhões importados. Agora, contará com a implantação de uma indústria própria em Santa Ca-tarina, gerando emprego e renda e aumentando as vendas da empresa no país", lembrou o presidente da SC Parcerias, Paulo César Costa.

O prazo máximo para a empresa concluir as obras e

iniciar a produção, sem perder o direito aos benefícios, é de dois anos. Além do Inovar-Auto, a Sinotruk recebeu in-centivos do Governo do Estado e a doação do terreno por meio de parceria entre Governo do Estado e prefeitura de Lages. •

Desenvolvimento Econômico Assinada portaria que inclui Sinotruk no Programa Inovar-Auto

A fábrica em Lages será a primeira unidade da montadora fora da China

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40 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

A italiana Azimut vai produzir pela primeira vez um mo-delo exclusivo para o mercado nacional, no estaleiro de Itajaí. A Azimut 42BR da Coleção Flybridge será

oficialmente lançada no final de setembro no São Paulo Boat Show 2014.

O alto padrão da empresa poderá ser percebido em to-dos os detalhes em seus quase 13 metros de comprimento, aliados à tecnologia de ponta, desempenho e muita elegân-cia.

“Desenvolvemos uma embarcação compacta e ao mes-mo tempo espaçosa graças às inovações da marca na com-posição dos espaços exteriores e interiores. Trata-se de um iate que atende com perfeição às necessidades dos brasileiros – indicada aos navegadores iniciantes e também a um público jovem que preza por conforto e por exclusividade”, explica o diretor comercial da Azimut do Brasil Francesco Caputo.

“Há uma demanda considerável no Brasil interessada em ingressar no universo náutico e há ainda público que de-seja ter uma embarcação que seja mais acessível e de alta qualidade. Graças à experiência de mais de 40 anos do Grupo Azimut-Benetti, à equipe de especialistas italianos e brasilei-ros, e às constantes tendências lançadas no mercado náutico, transformamos essas necessidades em um modelo belíssimo produzido unicamente ao território nacional”, complementa.

Mais novidadeA marca também anunciou que vai produzir o gigantes-

co Azimut 80. Com 25 metros de comprimento e o título de uma das embarcações mais premiadas do mundo, estreará na linha de produção itajaiense em 2015. O estaleiro da Azimut em Itajaí já produz quatro modelos de iates, de 43 a 70 pés.

Lançada no salão náutico de Cannes no ano passado, a Azimut 80, que até o momento era fabricada apenas pela sede italiana, tem agradado clientes de várias partes do mun-do. “Estamos trazendo para o mercado náutico brasileiro um modelo já consagrado e premiado no exterior e não temos dú-vidas de que será um sucesso aqui também, ressalta o diretor comercial da Azimut do Brasil Francesco Caputo.

A única fábrica da empresa no Brasil, localizada na ci-dade de Itajaí (SC), e instalada atualmente em um espaço de mais de 16 mil metros quadrados tem aumentado sua pro-dução significativamente ano a ano, prova da aceitação dos brasileiros pela excelência dos produtos que trazem a exper-tise italiana.

A previsão da diretoria é de um crescimento de 50% no volume de vendas nesta temporada náutica em relação à anterior e 80% de aumento em termos de dimensões na produção de barcos a motor de luxo.

“Percebemos que os clientes brasileiros, geralmente os que já têm um iate, buscam se aperfeiçoar no mundo náuti-co e, dessa forma, procuram barcos de tamanhos cada vez maiores. A Azimut 80 chegará ao Brasil para atender essas necessidades em alto estilo”, afirma o CEO da Azimut do Bra-sil Davide Breviglieri. •

mercadomercadocoluna coluna Divulgação/Azimut

Lançada no salão náutico de Cannes no ano passado, a Azimut 80

também será fabricada em Itajaí.

LançamentoAzimut vai produzir dois novos iates no estaleiro de Itajaí

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Economia&Negócios • Setembro 2014 • 41

mercadomercadocoluna coluna

Um dos poucos segmentos do setor produtivo apontado como promissor em todas as regiões do Estado, a constru-ção civil, foi tema de painel realizado pela Federação das

Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), em Balneário Camboriú. Du-rante o evento, que reuniu 56 industriais e especialistas do setor, foram apresentados e debatidos estudos econômicos e de tendên-cias para o futuro da atividade, elaborados pela Federação.

Nos debates, foi constatado que, após o forte impulso ge-rado pela facilitação do crédito e desoneração tributária, o setor experimenta atualmente um crescimento mais suave, devendo buscar o aumento da sua produtividade. Em Santa Catarina, es-pecialmente, este indicador subiu apenas 1% ao ano entre 2007 e 2011, chegando a R$ 52,9 mil por trabalhador do segmento de pré-moldados. Nacionalmente o índice avançou, em média, no mesmo período, 8% ao ano, e encerrou 2011 em R$ 59,7 mil por trabalhador.

Para atingir este objetivo no Estado, são necessárias ações como o aumento do número de formandos em cursos superio-res ligados à atividade, como engenharia civil e arquitetura, e um

crescimento no volume de grandes obras públicas em Santa Ca-tarina, capazes de dar ganho de escala ao setor e movimentar a economia como um todo.

Outro ponto de consenso entre os participantes foi o pre-juízo causado pelos atrasos e paralizações ligados a alvarás e li-cenças públicas. Foram citadas a demora na análise de processos, muitas vezes superior a um ano, e o questionamento judicial de autorizações concedidas há anos, quando as obras já estão em estágio avançado.

Entre os pontos positivos da Construção Civil no Estado está a diversificada cadeia de produtores de insumos, capaz de atender todas demandas apresentadas pelo segmento. Esta característica se reflete no volume de estabelecimentos ligados ao setor no Esta-do, que representa 7% do total nacional e é inferior apenas ao re-gistrado em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grade do Sul.

As visões de futuro para o setor passam, além do avanço em produtividade, pelo desenvolvimento local de soluções inova-doras e pelo crescimento através da ocupação de nichos de mer-cado no Brasil. •

Após forte crescimento, construção busca rotas para seguir em alta

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42 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

mercadomercadocoluna coluna

A Coopercarga, operadora logística para o Brasil e Mercosul, em parceria com a JOST Brasil, colocou em teste os primeiros difusores de teto do país em

duas carretas da frota. Os acessórios aerodinâmicos foram importados da Alemanha e são indicados como comple-mento para a parte traseira de reboques e semirreboques, gerando mais segurança, conforto ao motorista, economia de combustível e redução das emissões de CO2 por ser um sistema de redirecionamento do fluxo de ar.

A tecnologia prevê ainda outras inúmeras vantagens. A expectativa é que o equipamento contribua para uma economia de 3 a 4% no consumo de combustível, redução da turbulência (que gera um efeito de frenagem sobre o veículo), diminuição do efeito spray na parte traseira do semirreboque em dias chuvosos, redução da projeção de neblina e poeira em condições meteorológicas adversas, entre outras.

Dois semirreboques iniciaram os testes, que devem ser concluídos no período de seis meses. Avaliações se-melhantes já foram realizadas na Europa e os resultados positivos possibilitaram a comercialização do produto no mercado regional. “Como o cenário brasileiro (estradas e velocidade média) é diferente do europeu, a realização desses testes é fundamental para confirmarmos a eficiên-cia do produto”, afirma Cícero Castagna, Engenheiro de testes da JOST Brasil. Na Europa, a economia apresentada é superior a 1,4L/100km em um caminhão com consumo médio de 2,95 km/L, garantindo a amortização do custo em 4 ou 6 meses.

“A Coopercarga busca continuamente inovações que contribuam para a sustentabilidade da nossa atividade. Utilizamos acessório aerodinâmico nos cavalos há muitos anos e a intenção agora é dispor deste equipamento tam-bém nas carretas para aumentar os benefícios. Essa é mais uma ação que complementa a preocupação de nossa coo-perativa com o meio ambiente, e também com a busca de ganho na produtividade”, afirma Osni Roman, presidente da operadora logística fundada em 1990 em Concórdia, Santa Catarina. •

A expectativa é que o equipamento contribua para uma economia de 3 a 4% no consumo de combustível

InovaçãoEmpresa catarinense é pioneira em

teste de equipamento aerodinâmicoParceria da operadora logística Coopercarga

com a JOST Brasil coloca em testes os primeiros

difusores de teto do país

DIVULGAÇÃO

Page 43: Revista Portuária 11 Setembro 2014

mercadomercadocoluna coluna

A avaliação foi realizada pela consultoria De-loitte e pela revista Exame PME, levando em conta micro, pequenas e médias empresas

brasileiras. Logo atrás da Welle estão a Bank Log, de Goiânia, a Vtex, presente em São Paulo e no Rio de Janeiro, a Agres, de Pinhais (PR), e a Translo-gistics, de Salvador. No evento, o presidente Rafael Bottós ainda participou de uma mesa redonda in-titulada “Os segredos para crescer muito além da economia brasileira”.

A empresa é a única catarinense na lista das 10 que mais cresceram na região Sul, oito são pa-ranaenses e uma companhia gaúcha. Mas entre as 250 do país, há 19 catarinenses. Repetindo a con-centração econômica do perfil do Brasil, 58% das empresas da lista são dos Estados do Sudeste. O

crescimento nos três últimos anos foi de 1.525%. O faturamento saltou de R$ 423 mil para R$ 6,8 milhões.

Especializada na manufatura de máquinas e equipamentos para marcação a laser, gravação a laser e micro usinagem, a Welle atende a indús-tria nacional como um todo, atuando em cerca de 15 diferentes mercados, com destaque para o au-tomotivo. Presta serviços também para a indústria metalmecânica, de linha branca, naval, e empresas na área de petróleo, joias, ou que trabalham com polímeros, como tecidos e metais em geral.

A empresa tem ditado fortes tendências ba-seadas na tecnologia laser no país, tais como a de Indústria 4.0 e a de rastreabilidade industrial, solu-ção em que é especialista e líder em vendas. Com

Economia&Negócios • Setembro 2014 • 43

ReconhecimentoEmpresa de tecnologia de Florianópolis foi eleita empresa que mais cresceu no país

Rafael Bottós, presidente da Welle Tecnologia Laser SA, e Gabriel Bottós, vice-presidente, receberam o prêmio pelos resultados alcançados pela empresa catarinense no último ano.

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mercadomercadocoluna coluna

1ª (1ª) – Welle Laser (Florianópolis) – 1525,8%

2ª (53ª) – Cianet (Florianópolis) – 87,7%

3ª (66ª) – Nord Electric (Chapecó) – 80,4%

4ª (88ª) – Avell (Joinville) – 66,9%

5ª (92ª) – Tecnoblu (Blumenau) – 64,4%

6ª (119ª) – Senior Sistemas (Blumenau) – 49,9%

7ª (122ª) – Ambientec (Joinville) – 48,3%

8ª (123ª) – Datainfo (Blumenau) – 47,3%

9ª (135ª) – Copa&Cia (Blumenau) – 41,6%

10ª (149ª) – Selbetti (Joinville) – 38,9%

11ª (173ª) – Ogochi (São Carlos) – 32,8%

12ª (194ª) – Grupo Kyly (Pomerode) – 28,5%

13ª (200ª) – Cia. Águas de Joinville (Joinville) – 27,2%

14ª (205ª) – Link Comercial (Pomerode) – 26,1%

15ª (211ª) – Tintas Farben (Içara) – 25,0%

16ª (226ª) – Anjo Tintas (Criciúma) – 19,9%

17ª (231ª) – Governançabrasil (Florianópolis) – 19,1%

18ª (235ª) – AS Gráfica (Blumenau) – 18,2%

19ª (241ª) – Ekotex Química (Pomerode) – 16,2%

seis anos de existência, a Welle já é líder brasileira de tecnologia a laser com clientes como Whirlpool, Bosch, Tramontina, Weg e outras.

A empresa nasceu em 2008 e no mesmo ano teve o apoio de programas como o Sinapse da Inovação, pelo qual foi con-templada em sua operação piloto, e o Fundo Criatec. Em 2009 se incubou no CELTA – Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas, onde segue até hoje.

Em 2012, a Welle foi apontada pelo BNDES como um dos 25 empreendimentos com maior potencial de crescimento do Brasil. Naquele ano, a empresa registrou um crescimento altíssi-mo, que já a havia a colocado entre os cinco maiores crescimen-tos do ano no país. Em 2013, manteve um crescimento muito acima do registrado comumente no Brasil, passando do número de 100 máquinas de marcação entregues. Em abril deste ano, foi aprovada por unanimidade com a maior nota da história do processo seletivo da Endeavor, uma das maiores organizações de fomento ao empreendedorismo do mundo.

Conheça os empreendedores Os gêmeos Rafael e Gabriel Bottós, de 30 anos, gastavam

horas hipnotizados pelo equipamento a laser do consultório of-talmológico do seu pai. Na faculdade de engenharia os irmãos fundaram o primeiro laboratório de processamento a laser e se envolveram em um projeto inovador de solda a laser.

Esse experimento os inspirou a estudar no Instituto Frau-nhofer, em Aachen, na Alemanha, líder em tecnologia laser no

Os gêmeos empreendedores Rafael e Gabriel Bottós.

DIVULGAÇÃO

:: Veja as catarinenses que aparecem na lista com a posição no ranking estadual e nacional, e também o crescimento de cada uma no período:

mundo. Lá eles foram orientados pelo professor Stefan Kaierle, grande especialista na área, e também tiveram a oportunidade de aprender muito enquanto trabalharam na Rolls-Royce e Audi com máquinas de corte e solda de alta potência. Em 2008 os irmãos retornaram ao Brasil e come-çaram sua própria empresa. •

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Os benefícios da Lei da Informática, como redução do Imposto sobre Produtos Industria-lizados (IPI) para o setor e percentuais mínimos de investimentos em pesquisas, serão prorrogados até 2029. A Lei 13.023/14, que estendeu os incentivos por dez anos, foi

publicada na edição no Diário Oficial da União.A lei determina que a indústria da informática terá redução de 80% do IPI até 2024, de

75% até 2026, e de 70% até 2029. Além dos incentivos na redução do imposto, a lei obriga as empresas do setor a investir, pelo menos, 5% do faturamento bruto em pesquisas para o desenvolvimento da área. A proposta foi aprovada pela Câmara dos Deputados em junho e pelo Senado no mês passado, e sancionada sem vetos.

Para os bens e serviços de informática produzidos nas regiões da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e da Superintendência de Desenvolvimento do Nor-deste (Sudene), a redução do IPI será mantida em 95% até 2024. Em 2025 e em 2026, a redu-ção passará a ser de 90%; e de 2017 a 2029, de 85% do imposto. As áreas de livre comércio da Região Norte terão isenção tributária até 2050.

Para a Zona Franca de Manaus, os benefícios tributários foram prorrogados até 2073 por uma proposta de emenda à Constituição promulgada pelo Congresso recentemente. •

IncentivoIndústria da informática terá redução de IPI até 2029Lei estendeu benefício de

redução do IPI para o setor de informática por

10 anos

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46 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

mercadomercadocoluna coluna

A Mercedes-Benz trouxe para o Brasil a nova gera-ção de seu best-seller, o Classe C. O automóvel mais vendido pela marca no planeta, com 8,5

milhões de unidades comercializadas, traz inovações em todos os seus detalhes, incorporando recursos e tecnolo-gias até agora só encontrados em modelos de categorias superiores. Para celebrar a surpreendente transformação deste clássico, a Mercedes-Benz realizou simultaneamen-te, em suas concessionárias pelo país, eventos especiais de apresentação, contanto com clientes e parceiros.

Em Santa Catarina todos esses novos detalhes foram conferidos nos showrooms do Grupo DVA em

Blumenau, Joinville, Balneário Camboriú/Itajaí e em São José, na Grande Florianópolis.

“Os coquetéis simultâneos apenas deram o início aos muitos eventos que ocorreram, como a Open Week, que movimentou as concessionárias DVA e diferentes pontos no Estado, apresentando exposições, test-drives, e claro, muitas entregas de veículos, uma vez que nos-sa cota neste momento foi inferior à procura. Já fizemos uma solicitação de carros (cota extra) para a Mercedes-Benz e assim poder atender a alta demanda destes no-vos produtos”, afirma Paulo Toniolo Júnior, diretor do Grupo DVA.

LançamentoGrupo DVA lança quinta geração do modelo

líder em vendas em cidades de Santa CatarinaNovos detalhes do Mercedes-Benz Classe C foram conferidos nos showrooms do Grupo DVA em Blumenau, Joinville, Balneário Camboriú/Itajaí e em São José, na Grande Florianópolis

Bem maior e mais sofisticado, novo

Classe C quer subir de nível

DIVULGAÇÃO

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Economia&Negócios • Setembro 2014 • 47

mercadomercadocoluna coluna

Quatro versõesO novo Classe C chega ao país em quatro ver-

sões – C 180 Avantgarde, C 180 Exclusive, C 200 Avantgarde e C 250 Sport – estabelecendo novos padrões para a categoria dos automóveis premium, graças ao conceito de design com peso reduzido, possibilitando uma redução total de até 60 quilos, à excelente aerodinâmica e aos econômicos motores.

Visualmente, os novos modelos representam uma ousada evolução ante a geração anterior. Seu design dinâmico e impactante remete à Classe S da Mercedes-Benz. Os designers criaram formas minimalistas e puras para o novo modelo, ressal-tando sua tecnologia e engenharia inteligentes. A vista lateral, com o longo capô, revela as clássicas e equilibradas proporções da marca alemã. As ver-

sões definidas para o Brasil trazem a dianteira mais esportiva, com a estrela no centro da grade, e a inovação dos faróis totalmente em LED. Na C 250 Sport, ainda mais completa, também está disponí-vel o Intelligent Light System.

O design noturno característico dá ao novo Classe C um visual muito próprio e exclusivo quan-do escurece. Na traseira, as lanternas e luzes de freios utilizam tecnologia LED em todas as versões.

O Intelligent Light System adapta os faróis au-tomaticamente às condições climáticas, iluminação ambiente e condições de direção, proporcionando maior segurança ao condutor. O sistema conta com faróis variáveis com cinco funções: luz de curva di-nâmica, luz de esquina, luz de estrada, farol alto adaptativo e luz de neblina ampliada. •

Interior ficou bem

mais amplo e moderno,

sem abrir mão do luxo

DIVULGAÇÃO

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48 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

mercadomercadocoluna coluna

As obras de expansão do Casa Hall Shopping, de Balneário Camboriú, acabam de atingir 80% de seu cronograma inicial. A previsão da administra-

ção do empreendimento é concluir as obras em breve. Após finalizada a expansão, o Casa Hall Shopping terá a sua Área Bruta Locável (ABL) ampliada de 5 mil metros quadrados para 10 mil metros quadrados. A estrutura contará com elevador panorâmico, sala de eventos, recepção com serviço concierge, pórtico coberto para desembarque de pessoas, além da ampliação do esta-cionamento e de segurança 24 horas que o shopping já oferece.

Um dos detalhes do projeto é a construção de dois quiosques no piso das lojas disponíveis para loca-ção, área destinada à alimentação e a unificação das construções. Outra novidade é o “Casa Hall Offices”, um centro empresarial com capacidade para 25 escritórios comerciais e que deve ser inaugurado no primeiro se-mestre de 2015. Para a realização das obras, estão sen-do investidos cerca de R$ 15 milhões, o que permitirá o

aumento do número de lojas das atuais 13 para 24.Elizabeth Schwarz, diretora do empreendimento,

explica que a nova estrutura do Casa Hall Shopping terá o mix de lojas ampliados com a instalação de marcas como a BMW Top Car; Miyoshi Cozinha Oriental; Ma-dero Móveis; Infinita Superfícies e a modernização do show room da Kretzer Móveis. “A BWM Top Car será uma loja nos padrões das revendas de carros da Europa, diferente de uma concessionária convencional”, destaca a diretora.

Inaugurado em 2007, o Casa Hall Shopping atin-giu 100% da Área Bruta Locável (ABL) no curto prazo de seis anos. Hoje o shopping é sinônimo de alto luxo e abriga as melhores marcas do setor. Segundo Elizabe-th Schwarz, a arquitetura neoclássica e o conceito do empreendimento acabaram atraindo operações selecio-nadas de alto padrão, onde as novas demandas do mer-cado de luxo se tornaram ainda mais evidentes. O mix de marcas é composto por lojas renomadas como Sierra Móveis, Amazônia Fibras Naturais e Schwanke Casa. •

Obras de ampliação do Casa Hall Shoppingalcançam 80% do cronograma inicial

Previsão é de inaugurar a expansão do empreendimento em breve com novas marcas

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Economia&Negócios • Setembro 2014 • 49

mercadomercadocoluna coluna

O diretor executivo da Associação de Distribuidores e Atacadistas Catarinenses (ADAC), José Agenor de Aragão Junior, marcou presença no Fórum de Desenvolvimento e Inovação de SC, realizado em Blumenau.

O evento, que reuniu um público de aproximadamente 250 em-preendedores, contou com um painel promovido pelo Sebrae e Senac, além de um talk show com a presença de três empresários catarinenses. Para fechar o evento, a palestrante Leila Navarro, com mais de 15 anos de experiência e atuação internacional, falou sobre a capacidade de gestores, líderes e empre-endedores inovarem.

De acordo com o diretor executivo da Adac, o evento trouxe diversos cases de sucesso que estimulam o empreendedorismo e a inovação, além de promoverem um importante networking entre os participantes.

Entre os conteúdos que mais chamaram a atenção de Aragão, está a fala do representante do Senac, Rudney Raulino, que falou sobre o papel das entidades no país.

“Achei muito interessante quando ele abordou a questão de que as entidades precisam fazer muito mais do que oferecer apenas vantagens para os associados. O importante é focar na desburocratização dos problemas que afetam as empresas que representamos. O nosso papel na ADAC é justamente esse, buscar soluções para situações que precisam ser modificadas”, finaliza. •

ADAC participa do Fórum de Desenvolvimento e Inovação de SC

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50 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

mercadomercadocoluna coluna

Após quatro meses de cursos e palestras no Pro-grama de Capacitação Startup SC (www.startupsc.com.br), realizado pelo Sebrae/SC, nove empresas catarinenses foram selecionadas para participar da

missão que irá ao Vale do Silício, nos Estados Unidos, nes-te ano. “Ao longo de uma semana os participantes terão a oportunidade de interagirem ativamente com o ambiente de empresas de alto crescimento e benchmarking mundial. O ob-jetivo é conectar os participantes do programa de capacitação Startup SC com investidores, empreendedores e formadores de opinião da região do vale do silício. Além disso, promover educação empreendedora por meio de interação com as em-presas e entidades mais influentes do Vale do Silício.”, conta o gestor do programa, Alexandre de Souza.

Os empresários participarão do TechCrunch Disrupt, maior evento de empreendedorismo digital do mundo, onde

terão a chance de ouvir o CEO e fundador do Tinder, Sean Rad, o co-fundador do Paypal, Peter Thiel, entre outros. Paralela-mente acontecerá a Startup Alley, feira que reúne startups – empresas de até dois anos de existência e até US$ 2,5 milhões em investimentos externos – de diversos países, como Rússia, Israel e Brasil.

A missão pretende apresentar a potenciais investidores as oportunidades de negócios em Santa Catarina, estado que é referência nacional em TI, além de conhecer o perfil dos em-preendedores locais. Para Alexandre de Souza, a missão serve para reforçar o programa, que participa do TechCrunch Dis-rupt pela segunda vez consecutiva. Um dos mentores do pro-grama, Rafael Assunção, defende que estas empresas foram escolhidas por que “já validaram seus modelos de negócios e agora estão entrando na fase de crescimento. Os contatos no Vale do Silício podem contribuir para acelerar fortemente o

Inovações tecnológicas

Startup SC leva empresas ao Vale do SilícioRoteiro inclui a participação nos eventos TechCrunch Disrupt,

visitas a empresas e benchmarking do ecossistema

San Jose, Capital do Vale do Silício

Page 51: Revista Portuária 11 Setembro 2014

Economia&Negócios • Setembro 2014 • 51

mercadomercadocoluna coluna crescimento e fazer a diferença na história destas startups.”

Em 2013, a missão também levou nove empresas para São Francisco, maior cidade do Vale do Silício. Entre os re-sultados da última edição estão os feedback recebidos no evento, que ajudam a melhorar os projetos e modelos de negócios das empresas, e o contato com possíveis investido-res e parceiro.

Confira a seguir as empresas selecionadas:

Meus Pedidos: fornece agilidade e organização para representantes comerciais, substituindo os catálogos impressos e blocos de pedido por tablets e smartphones.

MobLee: cria aplicativos para smartphone que mudam a forma como pessoas vivenciam eventos. Startup de Florianópolis, já forneceu o app oficial das 10 maiores feiras do Brasil.

Winker: é uma plataforma de integração em condomínios. Com milhares de usuários, a ferramenta simplifica a gestão do síndico e facilita as relações entre condôminos.

Hiper: auxilia o empresário e seus gestores a monitorar o resultado das vendas, estoque dos produtos e gerenciar as receitas e despesas, através de informações consolidadas e disponibilizadas em relatórios e ferramentas de gerenciamento no PC, smartphone e tablet.

Outclass: aplicativo mobile que conecta estudantes, pais, professores e instituições de ensino fornecendo as informações da vida acadêmica do aluno no smartphone, via integração com os softwares de gestão educacional.

We Crowdcasting: é uma startup que acredita que pessoas comuns são capazes de criar notícias por meio de fotos, textos, vídeo ou áudio usando para isso seus smartphones.

Truevision: é a única empresa brasileira especializada em tecnologia para daltônicos, oferecendo soluções para facilitar o dia a dia destes indivíduos e melhorar a sua experiência com o uso de cores.

Asaas: viabiliza que autônomos e pequenos empreendedores emitam cobranças com boletos, em menos de um minuto, sem que precisem falar com seus bancos, gerentes ou quaisquer outros fornecedores.

YouHome: é uma startup focada em soluções móveis para o mercado de imóveis. As soluções YouHome permitem que os corretores de imóveis realizem suas tarefas diárias de forma simples e rápida utilizando o tablet ou smartphone.

Sobre o Startup SCO projeto “Startup SC – Desenvolvimento e

Fortalecimento das Startups Catarinenses“, é uma

iniciativa do Sebrae/SC que visa desenvolver e promover

empreendimentos inovadores em todo o estado de

Santa Catarina. Em 2014, chega à sua quarta turma. •

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O Complexo Portuário do Itajaí subiu cinco posições na edição 2014 do World Top Conteiner Ports, ranking dos maiores portos especializados em contêineres fei-

to anualmente pela publicação britânica Container Manage-ment. Juntos, os terminais de Itajaí e Navegantes passaram da 108ª para a 103ª posição e fazem do complexo um dos 120 maiores portos do mundo.

Entre os portos brasileiros, só o Complexo Portuário do Itajaí e o Porto de Santos aparecem no ranking (Santos com a 38ª posição). O ranking destaca o crescimento de 12% na movimentação de cargas em Itajaí e Navegantes entre 2012 e 2013.

“O fato de estarmos no seleto grupo dos 120 maio-

res portos do mundo, ganhando posições ano a ano, é um motivo de grande satisfação para a Autoridade Portuária de Itajaí, que vê essa colocação como um reconhecimento a todo o trabalho desenvolvido e aos investimentos que o Porto vem recebendo em melhorias de sua infraestrutura terrestre e aquaviária”, explica o superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antonio Ayres dos Santos Júnior.

Para Ayres, a posição alcançada por Itajaí no World Top Container ports 2014 também pode ser creditada a garra e determinação da comunidade portuária de Itajaí e região, bem como a atenção especial que o Porto de Itajaí recebe da Secretaria de Portos da Presidência da República, que com constantes investimentos em infraestrutura. •

Reconhecimento

Complexo Portuário do Itajaí sobe cincoposições no ranking dos maiores do mundo

Com 1.120,627 TEUs operados em 2013, os terminais de Itajaí e Navegantes passaram da 108ª posição, na edição de 2013, para a 103ª posição, neste ano

Anderson Silva

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Entrave

Falta de planejamento de dragagensprejudica portos brasileiros

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Quando o assunto é dragagem, que é a retirada de se-dimentos do fundo dos rios, lagos, marés, baías e canais de acesso aos portos, o Brasil ainda está atrasado em relação a vários países da Ásia e Europa e também quando comparado com os Estados Unidos. A conclusão é do consultor do Insti-tuto de Desenvolvimento, Logística, Transporte e Meio Am-biente, Frederico Bussinger, que visitou quase uma centena de projetos de expansão portuária pelo mundo, nos últimos 30 anos.

De acordo com o consultor, o Brasil esbarra em vários entraves, como a burocracia para obtenção das licenças am-bientais, excesso de normas, leis e resoluções, além da falta de uma agência executiva multifuncional com orçamento pró-prio, que execute suas próprias obras, gere energia e controle cheias, navegação, irrigação, pesca e lazer. “No Brasil, a ANA (Agência Nacional das Águas) deveria desempenhar esse pa-pel, mas não o faz. Trata-se apenas de uma agência de regu-lação e fiscalização, mas as necessidades são bem maiores”, acredita.

A ideia também é compartilhada pela consultora da CNT, Patrícia Boson, que representou a entidade. “Caímos sempre na velha história de falta de planejamento e de arti-culação entre as normas. Temos vários agentes, mas eles não conversam, cada um age de um jeito”.

Para Bussinger, existem dois projetos de dragagem nos portos que poderiam ser adotados pelo Brasil, principalmente no que tange ao planejamento. Trata-se do TVA, no Mississi-pi/EUA e do Europa Whitepaper 2050, integrado pela França, Holanda, Bélgica e Alemanha.

Dragagem no BrasilAs áreas com maior concentração de sedimento no

Brasil são os portos de Santos (SP), Paraty (RJ), Aratu (BA) e Itapoã (SC). Existem vários tipos de depósitos, como areia e argila, por exemplo, que são trazidas por meio da erosão for-mada a partir da água das chuvas. Mas também existem os sedimentos contaminantes, que são vistos com preocupação por representantes do setor.

“Antes de fazermos a dragagem, temos que mapear as áreas, ver a qualidade do material e analisar de que maneira podemos fazer a extração do sedimento”, explicou o coorde-nador-geral da Amazônia Legal, da Secretaria de Patrimônio da União, Fernando Campagnoli. Ele afirmou que o Brasil deveria investir anualmente R$ 6 bilhões para limpeza dos reservatórios. Só em São Paulo, o custo de limpeza por ano seria de R$ 700 milhões.

Resolução 454/2012Outro ponto muito discutido é a resolução do Conama

454/2012, que estabelece as diretrizes gerais e os procedi-mentos necessários para dragagem em território nacional. “A norma introduziu um plano detalhado de retirada de sedimen-tos no país. Agora, acompanhamos passo a passo a natureza do que é extraído”, comemorou o diretor de avaliação de im-pacto ambiental da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), José Eduardo Bevilacqua. Ele disse que o Brasil passou oito anos sem nenhuma regulamentação sobre o setor de dragagem, o que, poderia explicar o atraso em relação à tecnologia já adotada nos outros países.•

A conclusão é do consultor do Instituto de Desenvolvimento, Logística, Transporte e Meio Ambiente, Frederico Bussinger, que visitou quase uma centena

de projetos de expansão portuária pelo mundo, nos últimos 30 anos

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Economia&Negócios • Setembro 2014 • 55

Infraestrutura

Berços do Porto de Itajaí passam por obras de

alinhamento e reforços O investimento, em recursos da União, do Programa de Aceleração do Crescimento

(PAC2) soma R$ 117.044.665,91

A construtora Serveng Civilsan, empresa vencedora do processo licitatório para as obras de reforço e realinhamento dos berços 3 e 4 do Porto de Itajaí, cravou a primeira estaca tubular de

sustentação ao novo cais. Com aproximadamente 50 metros de pro-fundidade, a estaca teste servirá agora como guia para a cravação das demais estacas de sustentação. Em paralelo, a construtora dá conti-nuidade aos serviços de limpeza e retirada de escombros subaquáti-

Divulgação

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56 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

Reiniciada as obras de restauro do antigo prédio da fiscalização

Técnicos da empresa Albatroz reiniciaram as obras de restauro do antigo prédio da Fiscalização do Porto de Itajaí. A primeira etapa dos trabalhos foi reali-

zada nos meses de maio e junho e englobou os serviços de ligação provisória de água e energia, limpeza inicial de todo edifício, retirada de vegetação do interior, refor-ço das escoras de contenção, reconstrução e afastamento dos tapumes, proteção das alvenarias originais, consoli-dação dos elementos originais e reforço da estabilidade da obra.

“A segunda fase, em execução, teve início pela de-molição de elementos espúrios adicionados ao edifício, ou seja, a demolição de elementos não tombados”, expli-ca o diretor Técnico do Porto de Itajaí, engenheiro André Pimentel. A conclusão do restauro está prevista para o primeiro semestre de 2015.

A obra é orçada em R$ 700 mil e a contratação da empresa responsável pelos serviços ocorreu ainda no pri-meiro semestre. No entanto, os trabalhos somente pude-ram ser reiniciados após a aprovação do projeto pelo Con-selho Municipal de Patrimônio, autorização da Fundação Catarinense de Cultura e emissão do alvará pela Prefeitura de Itajaí, que ocorreu nesta semana. A edificação é da

década de 30 e é tombada como patrimônio histórico.

A edificaçãoO prédio foi construído por volta de 1930 para se-

diar o escritório e o depósito dos materiais que seriam utilizados nas obras de ampliação projetadas para o Porto de Itajaí. Depois a fiscalização e administração do Porto, até o ano de 1967, quando foi construído o novo prédio da Administração do Porto, na Rua Cel. Eugênio Muller.

Trata-se de uma construção de estilo eclético com predomínio de elementos neoclássicos em sua composi-ção, edificada em tijolos e coberta por telhas tipo france-sa. Como a maioria das construções desse estilo, original-mente o edifício tinha paredes pintadas de cores suaves, com ornatos e aberturas na cor branca.

O destaque fica por conta dos arcos plenos das aberturas e dos desenhos impressos no tratamento do reboco, inspirados nas composições em pedras caracte-rísticas do renascimento florentino. A composição é assi-métrica em todas as elevações e o torreão, construído em uma das extremidades do prédio original, conferia certo aspecto oficial, realçado pela varanda, pela porta em arco e pelo mastro de bandeira, ali fixado. •

cos da área da obra.“Os trabalhos seguem conforme o cronograma previa-

mente estabelecido e a previsão da conclusão é para o se-gundo semestre de 2015”, explica o diretor técnico do Porto de Itajaí, engenheiro André Pimentel. O investimento, em recursos da União, do Programa de Aceleração do Crescimen-to (PAC2) soma R$ 117.044.665,91 e possibilitará que esse trecho de cais, de 490 metros, opere navios de maior porte e dimensão, assim como receba equipamentos mais modernos e de melhor performance, além de ter sua cota de dragagem ampliada de 10 para 14 metros.

Nova realidadeO superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Anto-

nio Ayres dos Santos Júnior, informa que além do reforço do cais – com novo estaqueamento e nova estrutura de concre-to – os dois berços serão alinhados, o que possibilitará que grandes navios atraquem no local.

“Hoje uma inflexão no cais impede que navios de gran-de porte operem nesses berços. Com o alinhamento teremos um cais contínuo de 490 metros, o que nos abre a possibilida-de de operarmos grandes cargueiros”, acrescenta Ayres.

Com a obra, a Secretaria de Portos da Presidência da República prepara os dois berços para serem arrendados pela iniciativa privada, conforme determina a Lei 12.814, de 2013 e que dispõe sobre a exploração direta e indireta pela União de portos e instalações portuárias e sobre as atividades de-sempenhadas pelos operadores portuários.

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O governo catarinense, por meio da SCPar Porto de Imbituba SA, negocia com a Secretaria Especial de Portos do governo federal um novo contrato para a

administração do Porto de Imbituba. A expectativa é de que o ministro Cesar Borges confirme em breve a renovação do contrato atual de dois anos, que se encerra em dezembro, para mais 25 anos.

Segundo o presidente da SCPar, Paulo Cesar da Cos-ta, esse prazo maior é importante para a implantação de projetos de longo prazo. O governo do Estado investe R$ 50 milhões na rodovia duplicada de acesso ao porto, mais R$ 30 milhões em melhorias e, com recursos da União, foi realizada a dragagem do canal por R$ 40 milhões. Quando encerrou a concessão anterior, a intenção do governo fe-deral era de passar a gestão do terminal por dois anos ao Estado e, depois, privatizar.

A sugestão de 25 anos é nova e baseada em resulta-dos. Conforme Costa, no ano passado houve crescimento de 9% no total de atracação e mais de 20% na movimenta-

ção de cargas. Até junho deste ano, o crescimento das opera-ções superou 50%.O Tecom Imbituba, terminal de contêineres operado pela Santos Brasil movimentou no segundo trimestre o equivalente a todo o ano de 2013. •

A Portonave é a 2ª maior empresa do sul do país no setor de transporte e logística, considerando a receita bruta, de acordo com o ranking realizado pela Revista Ama-

nhã, em parceria com a PwC – PricewaterhouseCoopers. A empresa é o porto mais bem colocado na lista. A pesquisa aponta as 500 maiores empresas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Na classificação geral, o terminal portuário ocupa o 19º lugar entra as 100 maiores empresas do Estado e a 92ª posição entre as 500 maiores do sul.

Todas as informações trazidas pelo ranking são extraídas de uma única fonte: as demonstrações financeiras

das empresas listadas. São examinadas tanto demonstrações contábeis de grupos quanto de empresas individuais.

Para o diretor-superintendente administrativo da Porto-nave, Osmari de Castilho Ribas, “ser uma das grandes compa-nhias traz uma responsabilidade muito grande para nós e ao mesmo tempo nos estimula a crescer mais e ajudar a desen-volver Navegantes e região”. Em setembro serão realizadas três cerimônias de premiação – no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nestes eventos, serão homenageadas as cem maiores companhias de cada estado e as empresas líde-res em mais de 30 setores econômicos. •

Brasilportos do

No topo

Portonave está entre as maiores companhias de Santa Catarina

Negociação

Renovação do contrato de administração do Porto de Imbituba está em pauta

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O setor portuário brasileiro movimentou 460,2 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2014. O número repre-senta um crescimento de 5,18% em comparação com igual

período do ano passado. Nos primeiros seis meses de 2013, os portos organizados e os terminais de uso privado nacionais mo-vimentaram 437,6 milhões de toneladas. As informações são da Gerência de Estudos e Desempenho Portuário da Antaq.

Analisando apenas os portos organizados, a movimentação no primeiro semestre de 2014 foi de 167,3 milhões de toneladas. Já nos primeiros seis meses de 2013, esse número havia sido de 157,8 milhões de toneladas. Isso representou um crescimento de 6,02%.

Em relação aos TUPs, a movimentação no primeiro semestre de 2014 alcançou os 292,9 milhões de toneladas. Em 2013, esse número foi de 279,7 milhões de toneladas. Um aumento de 4,7%.

No primeiro semestre de 2014, o produto mais movimen-

Desempenho

Setor portuário movimenta mais de 460 milhõesde toneladas no primeiro semestre de 2014

O número representa

um crescimento

de 5,18% em

comparação com igual

período do ano

passado.

Divulgação - Codesp

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60 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

O TESC - Terminal Portuário Santa Catari-na, terminal privado localizado no Porto de São Francisco do Sul, tem novo di-

retor operacional e comercial, Eduardo Alonso Linna assumiu recentemente a função.

Natural de Santos, Linna possui 31 anos de experiência no setor portuário e já trabalhou em grandes organizações, como Maersk Line, APM Terminals Pecém e a MPX, onde nos últi-mos anos participou ativamente da importação de peças para a montagem da Usina e no pro-cesso de implantação portuário do carvão mine-ral para a Usina Termelétrica Energia Pecém.

Ele chega ao TESC com o objetivo de fortalecer a diversificação de operações do ter-minal, que já atua na movimentação de carga geral, granel sólido e contêiner. •

TESC tem novo diretor operacional e comercial

tado no setor portuário brasileiro foi o minério de ferro, com 160,7 milhões de toneladas. Em seguida, estão os combustí-veis, óleos minerais e produtos (99,8 milhões de toneladas) e contêineres (46,7 milhões de toneladas).

Já o porto que mais movimentou carga foi o de Santos (SP), com 44,1 milhões de toneladas. Em segundo, aparece o Porto de Itaguaí (RJ), que movimentou 30,3 milhões de tone-ladas. Em terceiro, está Paranaguá (PR), com 20,9 milhões de toneladas. Entre os privados, destacam-se Ponta da Madeira (MA), Tubarão (ES) e Almirante Barroso (RJ).

Navegação marítima registra altaOs dados do primeiro semestre do ano apontam que

as importações por via marítima tiveram incremento mais sig-nificativo que as exportações. A alta foi, respectivamente, de 9% e de 5%. Apesar disso, a quantidade de produtos comer-cializados para o exterior foi mais elevada: 259 milhões de toneladas contra 78 milhões vindas de outros países.

Granéis sólidos respondem por 85% das exportações. Nas importações, mais diversificadas, os granéis sólidos cor-respondem a 43%, os graneis líquidos a 29% e a carga em contêineres a 23% do transporte de cargas. A China é o prin-cipal destino dos produtos embarcados no Brasil. Já a maior parcela dos desembarcados, pela primeira vez desde que a Antaq iniciou o monitoramento, em 2010, vem da costa leste dos Estados Unidos e do Canadá. Em seguida estão países

do Índico e do Extremo Oriente, com 20% das mercadorias importadas via marítima.

Conforme a Antaq, a navegação de cabotagem atingiu 70 milhões de toneladas de cargas, com alta de 1,7% no pri-meiro semestre deste ano se comparado ao mesmo período de 2013.

Navegação interior impactada pela cheia e pela estiagemEntre janeiro e junho, foram transportadas 38 milhões

de toneladas de cargas pelas hidrovias brasileiras, com redu-ção de quase 3% em relação ao primeiro semestre de 2013. Os principais grupos de mercadorias são minério de ferro, soja e milho.

Os resultados foram afetados pelo regime de chuvas. No Norte, a cheia história do Rio Madeira afetou as operações do porto público em Porto Velho (RO) e do terminal privado da Cargill Agrícola, reduzindo em 30% o fluxo de mercadorias. Já a estiagem no Sudeste afeta, desde o final de abril, a movi-mentação na hidrovia Paraná-Tietê. Atualmente, pelo menos quatro portos estão com as atividades suspensas São Simão (GO), Pederneiras (SP), Anhembi (SP) e Santa Maria (SP), com impacto de 50%.

Em razão dos problemas nas hidrovias, o transporte aquaviário de soja caiu 38% e o de milho 18% no primeiro semestre do ano. •

Eduardo Alonso Linna, diretor operacional e

comercial

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Tecon Rio Grande atrai novos embarquesde frango para o Oriente Médio

A Mais Frango, indústria localiza-da em Miraguaí, no Noroeste do Estado, migrou neste semes-

tre os embarques de frango congelado para o Tecon Rio Grande, terminal de contêineres do Município. De janeiro a junho de 2014, foram embarcados 100 contêineres com destino aos principais países do Oriente Médio. Tradicional-mente, a Mais Frango exportava a pro-dução via portos de Santa Catarina, a cerca de 700 quilômetros de distância da área produtora.

A opção pelo escoamento por Rio Grande, a pouco menos de 650 km, reduzirá os custos totais em até 15%. A expectativa é operar, em média, 20 contêineres por mês com cargas da Mais Frango. Já a média mensal de

movimentação de frango congelado soma 2 mil contêineres. O segmento corresponde a 17% do volume total das exportações do Tecon Rio Grande, uma empresa do Grupo Wilson Sons.

O Tecon Rio Grande é hoje um dos mais importantes terminais de contêineres da América Latina. Empre-sa do Grupo Wilson Sons de Comércio Ltda, o Tecon está em atividade no Por-to do Rio Grande desde 1997, quando venceu a licitação para administrar o Terminal de contêineres. Neste perío-do, vem operando as principais linhas de navegação que escalam o País. Tem cerca de 3 mil importadores e exporta-dores, tendo se tornado fundamental para o desenvolvimento econômico do Estado. •

O Tecon Rio Grande é hoje um dos mais importantes terminais de contêineres da América Latina.

Divulgação

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64 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), segundo maior terminal de contêineres da América do Sul, está ampliando suas rotas

de exportação para a Ásia. Agora o TCP conta com mais um serviço (ESA) que atende os exportadores do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Santa Catarina, e também, do Paraguai. Com isto, o TCP passa a contar com oito serviços regulares atendendo a Ásia, sendo o terminal do sul do Brasil com o maior número de serviços para a Ásia.

De acordo com Juarez Moraes e Silva, diretor superintendente comercial do TCP, o serviço ESA em Paranaguá reduz em 17 dias o tempo de trânsito em

rota deste serviço, oferecendo vantagens efetivas para os exportadores. “Além disto, os navios podem ser recarregados com mais contêineres, levando maior quantidade de cargas brasileiras para a Ásia, o que não era possível antes”, explica.

A rota ESA parte do porto de Xangai (China) e passa por mais quatro portos antes chegar ao Brasil, onde faz escala em Santos e Paranaguá, seguindo depois para Montevideo (Uruguai) e Buenos Aires (Argentina). No retorno, a rota passa novamente em Montevideo, em Rio Grande (RS) e, a partir de agora, também faz uma parada em Paranaguá, antes de se-guir viagem para a Ásia. •

Ampliação de rotas

Terminal de Contêineres de Paranaguáamplia rotas de exportação para a ÁsiaServiço ESA fará escala em Paranaguá no retorno para a Ásia, reduzindo o transit

time para o continente e permitindo mais exportações brasileiras para a China

Divulgação Appa

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66 • Setembro 2014 • Economia&Negócios

A mudança no trajeto da rota, operada pelos armadores Evergre-en, Cosco, ZIM, CMA CGM e CSAV, se deve à restrição de calado do porto de Buenos Aires, o que limi-tava as operações de exportação no sentido América do Sul-China. O primeiro navio a fazer essa nova escala foi o Evergreen Valence, que tem 300 metros de comprimento e 48,2 metros de largura, e capacida-de de 8.800 TEUs (unidade de medi-da equivalente a um contêiner de 20 pés). O serviço contará com escalas semanais, sempre às terças-feiras.

Novos equipamentosO TCP recebeu o último lote de

transteinêres para equipar seu novo cais de atracação e que serão utili-zados para a movimentação interna de contêineres no pátio do terminal. São quatro novos equipamentos que se juntam aos seis transteinêres adquiridos em junho pelo TCP.

Fabricados na China pela em-presa finlandesa Kalmar, os trans-teinêres de última geração modelo E-ONE² foram adquiridos ao custo de R$ 37 milhões, parte dos mais de R$ 365 milhões investidos pelo TCP nos últimos três anos em um amplo projeto de modernização e amplia-

ção do terminal.Constituídos por uma estrutu-

ra metálica de 29,5 m que se mo-vimenta sobre quatro conjuntos de pneumáticos dispostos no piso, eles são capazes de elevar e transladar cargas de até 50 toneladas, da pilha de contêineres para os caminhões e vice-versa.

Redução do tempo de espera“Com a chegada do último

lote, estamos operando com capa-cidade máxima os 10 novos equi-pamentos, aumentando a capaci-dade e aproveitamento do pátio e reduzindo o tempo de espera para os clientes”, avalia Juarez Moraes e Silva, diretor superintendente co-mercial do TCP. “Esses transteinêres têm capacidade de operar 72 horas ininterruptas sem reabastecer e com uma velocidade de operação de um contêiner por minuto (ou 60 por hora)”, completa.

No total serão 30 desses equi-pamentos em operação no terminal, dez a mais dos 20 atuais que foram reformados para movimentação so-bre uma pilha de seis contêineres. A diferença dos novos equipamentos adquiridos é que eles já vêm de fá-brica nessa configuração. •

"Os navios podem ser

recarregados com mais

contêineres, levando maior

quantidade de cargas

brasileiras para a Ásia, o que

não era possível antes."

Divulgação

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