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Revista Portuária 13 Junho 2014

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Revista Portuária 13 Junho 2014

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4 • Junho 2014 • Economia&Negócios

ÍNDICE

www.revistaportuaria.com.br

Maior centro

logístico de Santa Catarina

inicia suas operações em Itapoá 6

Duas vezes por semana, a Revista Portuária atualiza o blog da publica-ção, que tem sempre informações exclusivas sobre tudo o que acon-tece no mundo dos negócios no Brasil. O informativo jornalístico é en-caminhado duas vezes por semana para uma base de dados segura e criteriosamente construída ao longo de 15 anos de mercado, formada por mais de 90 mil empresas. Composto por notícias econômicas de interesse de empresários, políticos e clientes, o blog trata de todo e qualquer tema que envolva economia, especialmente aqueles voltados aos terminais portuários de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Para-ná. Se você souber de alguma novidade, tiver informações relevantes sobre temas econômicos e quiser contribuir com o trabalho da Revista Portuária, entre em contato com a reportagem no endereço eletrônico: [email protected]

Revista Portuária também está na web com informações exclusivas

10

PARABÉNSITAJAÍ!Cidade completa 154 anos sendo referência de desenvolvimento econômico e com um futuro promissor

22

Santa Catarina tem oito cidades entre as 100 melhores do país para os negócios

Mulheres conquistam cada vez mais espaço no complexo portuário catarinense

32

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Economia&Negócios • Junho 2014 • 5

Editora BittencourtRua Jorge Matos, 15 | Centro | Itajaí Santa Catarina | CEP 88302-130 Fone: 47 3344.8600

DiretorCarlos Bittencourt [email protected]

Jornalista responsável: Anderson Silva - DRT SC 2208 [email protected]

Diagramação:Solange Alves [email protected]

Contato ComercialRosane Piardi - 47 8405.8776 [email protected]

ImpressãoImpressul Indústria GráficaTiragem: 10 mil exemplares

Elogios, críticas ou sugestõ[email protected] assinar: Valor anual: R$ 240,00

A Revista Portuária não seresponsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados, que são de inteira responsabilidade de seus autores.www.revistaportuaria.com.br twitter: @rportuaria

ANO 15 EDIÇÃO Nº 172 JUNHO 2014

EDITORIAL

Comercial para todo o Brasil

VIRTUAL BRAZIL Ltda+55 48 3233-2030 | +55 48 9961-5473

MAIL: [email protected]: [email protected]

Mulheres conquistam espaço no complexo portuário catarinense

Uma atividade historicamente masculina, a operação portuária tem demonstrado avanços no

que se refere à crescente participação de mulheres que acompanha a moderniza-ção do setor e novas oportunidades de desenvolvimento profissional.

Nos terminais portuários catari-nenses as mulheres exercem funções operacionais estratégicas, entre elas o planejamento e monitoramento das ope-rações, controle de gates (portões), vis-toria e conferência de cargas e a opera-ção de equipamentos de grande, médio e pequeno portes, atividades antes con-sideradas exclusivamente masculinas.

Nesta matéria especial, a Revista Portuária – Economia & Negócios vai expor, um resumo sobre a participação da mulher no complexo portuário cata-rinense composto por cinco portos espa-lhados pelo litoral, todos considerados de excelência operacional.

Na edição de junho você também vai conferir uma entrevista exclusiva com Carlos Rosa. Ele é sócio-diretor de um dos maiores centros de logística portuária do Brasil inaugurado recentemente na re-troárea do Porto de Itapoá. A construção do empreendimento contou com investi-mentos de R$ 120 milhões, incluindo a compra de um terreno de 3,2 milhões de m², onde 1,2 milhão de m² são destina-dos à preservação ambiental.

Destacamos ainda o projeto para duplicar capacidade de embarque dos

grãos no Porto de São Francisco do Sul. Com investimento privado estimado em R$ 230 milhões, o novo berço deve estar concluído em cerca de 18 meses após o início das obras que dependem da apro-vação do Governo Federal

Não deixe de ler também, caro lei-tor, a matéria especial sobre o aniversário de Itajaí e as potencialidades da cidade de 154 anos. Ela nasceu e cresceu ten-do como pano de fundo seu porto, mas aos poucos começa a vislumbrar outros segmentos da economia. O momento é promissor e deve ser muito bem aprovei-tado, pois uma cidade que se intitula o lugar do futuro não deve se prender ex-clusivamente à atividade portuária.

O Pacto federativo também foi abordado nesta edição, tema de gran-de relevância, pois é responsável pela divisão das receitas dos impostos tem gerado debate em todo país nas várias instâncias do Executivo e do Legislativo Municipal, Estadual e Federal.

Falamos também do aquecimento do mercado de shoppings em Balneário Camboriú e Itajaí. Símbolos do poder de consumo de uma cidade ou região, os centros comerciais do litoral se consoli-dam, ampliam e atraem novos investi-mentos.

Essas e outras informações, bem como as tradicionais secções Portos do Brasil e Coluna Mercado, nas páginas seguintes da sua revista.

Boa leitura!

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6 • Junho 2014 • Economia&Negócios

O complexo portuário catarinen-se composto por cinco portos espalhados pelo litoral, todos

considerados de excelência operacional. Além disso, agora Santa Catarina conta com um dos maiores centros de logís-tica portuária do Brasil. Localizado na retroárea do Porto de Itapoá, litoral Nor-te do Estado, o CLIF - Centro Logístico Integrado – iniciou suas operações com uma superestrutura capaz de atender, de forma customizada, empresas dos mais variados setores da economia.

“A instalação deste Centro Logísti-co em Santa Catarina imprime um novo

impulso ao comércio exterior do Estado, pois ele atende os mesmos padrões de tecnologia e serviços do mercado inter-nacional”, explica o sócio-diretor da em-presa, Carlos Rosa.

Distante 7,2 km do terminal portu-ário, o Clif ocupa uma área total de 127 mil m², sendo 20 mil m² de armazéns e 70 mil m² de pátio com capacidade está-tica para 4.100 contêineres e carga solta e 550 tomadas reefer (para contêineres refrigerados). A construção do empreen-dimento contou com investimentos de R$ 120 milhões, incluindo a compra de um terreno de 3,2 milhões de m², onde

Maior centro logístico de Santa Catarinainicia suas operações em Itapoá

Maior centro logístico de Santa Catarinainicia suas operações em Itapoá

A construção do

empreendimento

contou com

investimentos de

R$ 120 milhões,

incluindo a compra

de um terreno

de 3,2 milhões

de m², onde 1,2

milhão de m²

são destinados

à preservação

ambiental

entrevista entrevista Reprodução

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1,2 milhão de m² são destinados à preser-vação ambiental.

É neste espaço privilegiado que a empresa oferece uma grande variedade de serviços que inclui desde o recebimento e armazenagem de mercadorias, até o mo-nitoramento de temperatura de containers, etiquetagem de mercadorias, controle de estoque e transporte rodoviário.

Segundo Carlos Rosa, foram investi-dos R$ 6 milhões na compra e instalação de equipamentos para controle de carga e câmeras de monitoramento que permitem aos clientes monitorar suas mercadorias em tempo real. “Queremos garantir total segurança em todos os processos, do re-cebimento ao embarque da mercadoria”, reforça.

Nos próximos meses, o Clif também passará a operar como Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex), onde as mercadorias serão desem-baraçadas pela Receita Federal do Brasil na própria sede da empresa.

Confira a seguir a íntegra da entre-vista à Revista Portuária – Economia & Negócios concedida pelo sócio-diretor da empresa Centro Logístico Integrado, Carlos Rosa.

Revista Portuária – O complexo portuário catarinense é composto por cinco portos espalhados pelo litoral, todos considerados de excelência ope-racional. Quais foram os critérios adota-dos pela empresa para escolher Itapoá como sede do Centro Logístico Integra-do?

Carlos Rosa – Optamos por investir em um local em que tudo realmente fos-

se novo. A escolha da cidade de Itapoá ocorreu em 2007, no momento em que a previsão de um porto em Itapoá começava a concretizar-se. Naquela ocasião, com a orientação correta, resolvemos investir em áreas de terras, preparando e, poste-riormente, consolidando um projeto que fizesse a diferença na retroárea de Itapoá. Nossa decisão foi acertada, pois hoje es-tamos presentes em um dos portos mais modernos da América Latina, que oferece estrutura para receber navios de grande porte, já que seu canal de acesso principal possui mais de 14,5 m de profundidade.

Portuária – A empresa tem inten-ção de expandir a sua área de atuação abrindo outros Centros Logísticos Inte-grados em Santa Catarina ou no Brasil?

Rosa - Neste momento o nosso foco é fortalecer a retroárea em Itapoá, dando o suporte necessário para o desenvolvimento do porto e da cidade em que estamos in-seridos. Nosso objetivo é continuar expan-dindo nossa atuação em Itapoá. Entende-mos que ainda podemos contribuir muito em termos de estrutura e serviços.

Portuária - Como o Centro Logísti-co Integrado deve impulsionar o comér-cio exterior do Estado?

Rosa - Nosso projeto contempla uma infraestrutura moderna e projetada para integração de órgãos facilitadores e sistema de inteligência digital com o ob-jetivo de agilizar os processos de importa-ção e exportação e garantir a integridade e disponibilidade das informações dos pro-cessos. O mercado cada vez mais aponta para a necessidade de soluções logísticas

entrevista entrevista

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integradas que possibilitem a celeridade de cada processo. E é desta forma que contribuiremos de forma efetiva para o comércio exterior catarinense.

Portuária - Quais serão os principais diferenciais oferecidos aos clientes pelo CLIF?

Rosa - O CLIF foi projetado para atender aos clientes de forma integral, sustentado em sistemas que são referência na área aduaneira e contando com profissionais especializa-dos, dedicados e envolvidos. O fato é que nosso intuito é sempre ter o foco do cliente, oferecendo soluções seguras para que seus processos tornem-se mais eficientes e, ao mes-mo tempo, garantindo acesso total às informações.

Portuária - Qual sua avaliação do atual momento do setor portuário em Santa Catarina e no Brasil?

Rosa - Santa Catarina é um Estado aduaneiro e logís-tico, o único Estado da federação com cinco portos equipa-dos, que mantêm linhas regulares com as principais cidades portuárias do mundo. Neste momento, os portos catarinenses já começaram a definir a sua real vocação nas operações.

Mesmo realizando grande parte das operações in-ternacionais por via marítima, o setor portuário brasileiro continua defasado - equipamentos, infraestrutura rodoviária/ferroviária, morosidade dos processos aduaneiros - diante das necessidades do comércio internacional. Esta deficiência contribui para o chamado “custo Brasil” e tem sido, reco-nhecidamente, um dos gargalos da expansão do comércio exterior brasileiro. Apesar de todo o esforço, ainda há muito o que fazer para melhorar a performance e eficiência.

Portuária - Quais são os principais desafios do se-tor atualmente e a expectativa para os próximos anos?

Rosa - Os desafios são muitos! Um país como o Brasil exige infraestrutura, tecnologia, qualificação profissional e muito investimento. É necessário termos uma infraestrutu-ra logística, no mínimo, adequada às dimensões do nosso país.

A eficiência logística é um grande desafio dentro das atividades do segmento portuário e observo que a infraestru-tura é muito fragmentada: constrói-se um porto, mas não há rodovias ou ferrovias de acesso adequadas, que atendam o fluxo da movimentação.

Não menos importante, ainda há a necessidade de desburocratizar o sistema de operação, no sentido de agilizar a liberação das mercadorias importadas e exportadas, pelos órgãos intervenientes. •

:: Serviços em soluções logísticas: Handling In e Handling Out Monitoramento de Temperatura Etiquetagem de mercadorias Controle de Estoque Inspeção de mercadoria Pesagem de contêineres e carga solta Unitilização e desunitilização de contêineres Vistoria de canal vermelho Coleta de amostras Paletização Desmanche, separação e remontagem de pallets Monitoramento de Contêiner Reefer Transporte rodoviário

entrevista entrevista

Divulgação

:: Estrutura: Área total de 127 mil m² Armazém de 20 mil m² Área administrativa de 4 mil m² Pátio para contêineres e carga solta com 70 mil m² Capacidade estática de 4.100 contêineres/TEUS 550 tomadas para contêiner Reefer Gate com 02 balanças rodoviárias 3 Balanças para pesagem de cargas soltas 3 Reach Stackers com capacidade para 45 toneladas Empilhadeiras e transpaleteiras Espaço de apoio ao motorista

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rankingranking

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Santa Catarina tem oito cidades entre as 100

melhores do país para os negóciosFlorianópolis, Itajaí e Balneário Camboriú são as três cidades catarinenses

melhores colocadas na lista elaborada pela Urban Systems

Em sua edição nº 170, a Revista Portuária – Economia & Negócios abordou na sua matéria principal as potencialidades cata-

rinenses, suas peculiaridades, dados estatísticos e os motivos que tornam Santa Catarina sinôni-mo de investimento, desenvolvimento e retorno financeiro.

Em seguida uma pesquisa elaborada pela consultoria Urban Systems e publicada na Re-vista Exame ratificou essa excelência do Estado. O ranking que aponta as 100 melhores cidades brasileiras para os negócios apresenta oito ca-tarinenses: Florianópolis (5ª), Itajaí (14ª), Bal-neário Camboriú (36ª), Joinville (56ª), São José (65ª), Blumenau (74ª), Jaraguá do Sul (94ª) e Palhoça (99ª).

O estudo levou em consideração 27 indi-

cadores que permitiram identificar os mercados mais promissores. Cada indicador foi avaliado através de um peso conforme sua importância, totalizando 34 pontos. O estudo analisou 293 municípios com mais de 100 mil habitantes.

Florianópolis ficou entre as 10 melhores do país, ocupando a 5ª posição e atingindo a pontuação de 15,30. A grande vencedora foi Vitória, que conquistou 17,36 pontos.

Além do ranking das cidades mais pro-missoras para os negócios, foram feitos quatro recortes da lista principal. Foram escolhidas as melhores em desenvolvimento econômico (a vencedora é Parauapebas/PA), em desenvolvi-mento social (Rio das Ostras/RJ), em infraestru-tura (Recife/PE) e em capital humano (Florianó-polis/SC).

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Economia&Negócios • Junho 2014 • 11

rankingranking

:: As 10 melhores em negócios1ª Vitória (ES) 17,36

2ª Parauapebas (PA) 16,00

3ª Curitiba (PR) 15,53

4ª Barueri (SP) 15,45

5ª Florianópolis (SC) 15,30

6ª Niterói (RJ) 15,14

7ª São Caetano do Sul (SP) 15,11

8ª Recife (PE) 15,10

9ª Rio de Janeiro (RJ) 15,00

10ª Macaé (RJ) 14,92

• Itajaí: Ficou na 14ª posição e

atingiu 14,25 pontos

• Balneário Camboriú: Ficou na

36ª posição e atingiu 12,57 pontos

• Joinville: Ficou na 56ª e atingiu

12,06 pontos

• São José: Ficou na 65ª posição e

atingiu 11,82 pontos

• Blumenau: Ficou na 74ª posição e

atingiu 11,70 pontos

• Jaraguá do Sul: Ficou na 94ª

posição e atingiu 11,31 pontos

• Palhoça: Ficou na 99ª posição e

atingiu 11,19 pontos

:: Outras cidade catarinenses entre as 100 melhores em negócios

De Santa Catarina, apenas a cida-de de Palhoça aparece em um dos outros três recortes. O município integrante da Grande Florianópolis está na sexta po-sição entre as 10 melhores cidades em desenvolvimento econômico. A cidade alcançou a pontuação de 5,84.

Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - FlorianópolisEm Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC

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12 • Junho 2014 • Economia&Negócios

Acostumada a receber turistas de todo o país e do Mercosul durante as tem-poradas de verão, este ano Balneário

Camboriú (SC) vai receber um público atípico e em estação bem diferente. Mais de dois mil argelinos são aguardados na segunda sema-na da Copa do Mundo, de 19 a 26 de junho, pela Secretaria de Turismo e Desenvolvimen-to Econômico do município (Sectur).

O grupo de visitantes residentes na Argélia, país localizado ao norte da África e

antigo território francês, virá à cidade duran-te os jogos da primeira fase do Mundial, e enquanto a sua seleção se desloca para jogos em Porto Alegre e Curitiba. Se o time se clas-sificar para a segunda fase da competição, a permanência em Balneário Camboriú será ampliada.

A Argélia participará neste ano pela quarta vez da competição. Nas três primeiras participações, a seleção argelina não passou da primeira fase. A equipe esteve presente

turismoturismo

Balneário Camboriú vai receber turistas argelinos

durante a Copa do MundoComo os mais de dois mil turistas são muçulmanos e seguem os preceitos da

religião, os 14 hotéis escolhidos terão que se adaptar a algumas regras

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Economia&Negócios • Junho 2014 • 13

turismoturismo

em duas Copas seguidas (1982 e 1986), além de 2010.

“Após encontrarmos com os ope-radores da agência na ABAV e fazermos o marketing de nossa cidade, nos sen-timos honrados pela escolha e vamos fazer o possível para que esses turistas tenham uma ótima estadia”, disse o se-cretário de Turismo, Ademar Schneider.

Como os turistas são muçulmanos e seguem os preceitos da religião, os 14 hotéis escolhidos - que totalizam 1.010 quartos - terão que se adaptar a algu-mas regras, como não deixar ovos perto de bacon ou salsichas (eles não comem carne suína) e servir apenas carne halal – abatida conforme indicado pelo Alcorão.

“Temos só a agradecer o que a na-tureza proporcionou ao nosso município, e também aos empresários que acredi-taram em nosso potencial e construíram ótimos empreendimentos de hotelaria, atrativos turísticos, do ramo da gastro-nomia, enfim, toda essa infraestrutura auxiliou nessa decisão da Couleur e da agência Latitude 30, do Rio de Janeiro, que intermediou as negociações”, disse o secretário, lembrando que a organi-zação e a rapidez no atendimento da cidade também pesou na opção por Bal-neário.

A posição estratégica entre as ca-pitais Curitiba e Porto Alegre, que rece-berão jogos, é um fator que está sendo explorado pelo trade turístico catarinen-se. As duas cidades ficam a uma distân-cia razoável por meio de rodovias, dando a possibilidade dos turistas passearem e circularem por Santa Catarina no interva-lo de jogos de uma e outra sede.

“Outros municípios poderiam recebê-los, mas eles acabaram escolhen-do Balneário Camboriú devido à boa in-fraestrutura e ao fato de a cidade estar próxima de Porto Alegre e de Curitiba (a 520 km e a 220 km de distância, respec-tivamente), onde a Argélia irá jogar. Para nós é importante, porque vivemos do turismo. Além da receita que a presença deles irá gerar, haverá uma divulgação, uma propaganda espontânea de Balneá-rio Camboriú”, afirmou Schneider.

Segundo pesquisa do Ministério do Turismo, os turistas que vem ao Brasil especificamente para a Copa do Mundo, também buscam diversão, shows, entre-tenimento, passeios, atrativos turísticos e a gastronomia regional. Com isso, o Estado será beneficiado pela circulação de turistas durante a Copa gerando um impacto positivo na economia catarinen-se. •

Os turistas que vem ao Brasil especificamente

para a Copa do Mundo, também buscam diversão,

shows, entretenimento, passeios, atrativos

turísticos e a gastronomia regional

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14 • Junho 2014 • Economia&Negócios

A França pode ser a porta de acesso ao mercado euro-peu, que tem 500 milhões de consumidores e um PIB de US$ 18 trilhões, avalia o presidente da Federação

das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, que participou do Fórum Econômico Brasil-França, em Paris.

"É uma economia que vem retomando gradativamente o crescimento. Portanto, para o Brasil é importante a presen-ça na União Europeia, e, particularmente, na França, que é o quinto maior investidor estrangeiro do Brasil, com 600 empre-sas já instaladas no país", disse.

Em reunião com ministros dos dois países, Côrte, que esteve acompanhado do 1º vice-presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, apresentou as possibilidades de Santa Ca-tarina receber investimentos da França pelas condições de qualidade de vida do Estado e por sua força de trabalho. "Te-mos tradição industrial forte e estamos certos que a partir das reuniões vamos intensificar as relações com os investidores e empresários franceses, o que resultará em visitas a Santa Catarina e em novos investimentos no Estado", afirmou.

Para ele, a França tem condições tecnológicas de im-plantar empreendimentos em áreas como energia sustentável, mobilidade urbana e interurbana, além de grande potencial em química. Outros segmentos em que a França tem tecnolo-gias de destaque são os de aviões e na área de energia.

A indústria brasileira também tem grande interesse em diversificar a pauta de exportações para a França. O Brasil tem déficit comercial de US$ 3 bilhões com os franceses e uma

pauta concentrada em produtos básicos. Em 2013, os manu-faturados correspondiam a apenas 25% das vendas brasilei-ras para o país. No entanto, 98% das importações brasileiras da França são de produtos acabados.

Santa Catarina diminuiu exportações para a França Com uma balança comercial historicamente positiva,

Santa Catarina viu em 2013 uma diminuição de 41% nas ex-portações para o país europeu, na comparação com 2012, para US$ 71,5 milhões. Na combinação com uma alta de 10,2% nas importações, na mesma base de comparação, para US$ 120,7 milhões, o ano passado fechou com saldo negativo de US$ 49,2 milhões no comércio entre o Estado e a França.

Entre os principais produtos embarcados em Santa Ca-tarina rumo ao país europeu, se destacam os motores elétri-cos, os móveis de madeira e as autopeças. Nas importações, os principais produtos são os circuitos integrados, as ferra-mentas para cortar metais e os fios de fibras artificiais.

O Fórum Brasil-França pretende intensificar a parceria bilateral, foi realizado em maio e contou com a participação de 74 empresários, liderados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), dentre os quais dirigentes de Vale, Embraer, Camargo Correa, Andrade Gutierrez, Eletrobras e BNDES, além do ministro do Desenvolvimento (MDIC), Mauro Borges. Entre as companhias francesas estiveram presentes Airbus, Areva e Casino. •

Retomada europeia abre perspectivas para Santa Catarina

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16 • Junho 2014 • Economia&Negócios

Pacto Federativo é o acordo pelo qual se coordenam os diversos níveis de governo dentro de um país. Alguns países optaram por estruturas federativas, o que sig-

nifica ter um poder central (a União) e poderes subnacionais (Estados e municípios) com bastante autonomia.

No caso dos Estados Unidos, o Pacto Federativo surgiu quando se criou um governo central acima dos demais. No Brasil se deu o contrário. Foi quando o governo central, com a proclamação da República, decidiu transferir parcelas de poder aos governos subnacionais. Os diversos sistemas fede-rativos se desenvolvem em torno de dois eixos: a cooperação e a concorrência entre as entidades federadas.

Tema de grande relevância, a divisão das receitas dos impostos tem gerado debate em todo país nas várias instân-cias do Executivo e do Legislativo Municipal, Estadual e Fe-deral.

Atualmente no Brasil, a União detém 63% da arreca-dação e destina aos Estados 24%. Os municípios ficam com apenas 13% e com este repasse precisam garantir à popula-ção acesso a serviços básicos como educação, saúde e segu-rança.

A reportagem da Revista Portuária - Economia & Ne-gócios entrevistou autoridades ligadas a entidades catarinen-ses que defendem um percentual maior para os municípios e um especialista no assunto.

O senador Luiz Henrique da Silveira, explica porque a atual equação não dá certo. "O Brasil é um país continental cheio de diversidades regionais e locais com situações eco-nômicas, climáticas, geográficas, culturais, as mais diversas possíveis, e, no entanto, tem um governo central administran-do dois terços de todos os tributos que são arrecadados pelo povo", afirma.

Para LHS a descentralização é o caminho para o Brasil atingir o desenvolvimento. “Eu prego isso desde que entrei na vida pública e não tenho dúvida que o candidato a presi-dente que defender a descentralização, o fortalecimento dos municípios, dos Estados e do poder local será o ganhador da eleição”, aposta o senador.

No entanto, Luis Henrique, alerta que essa mudança no percentual da divisão das receitas dos impostos tem que ser gradativa.

“Não tem como desarticular toda a estrutura que está montada em Brasília de uma hora para a outra. Além de descentralizar os recursos, mas também descentralizar os agentes que vão realizar as obras. Então, o ideal é que em 10 anos a União recue para 50%, com os Estados chegando a 30% e os municípios fiquem com 20%”, finaliza.

Já o presidente da Federação Catarinense de Municí-pios (Fecam), Hugo Lembeck, defende que a distribuição de recursos seja alterada para 30% destinado aos municípios,

Catarinenses defendem mudança no Pacto Federativo

Atualmente no Brasil, a União detém 63% da arrecadação e destina aos Estados 24%. Os municípios ficam com apenas 13% e com este repasse precisam garantir à população acesso a serviços básicos como educação, saúde e segurança

Luis Henrique, alerta que essa mudança no percentual da divisão das receitas dos impostos tem que ser gradativa.

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Economia&Negócios • Junho 2014 • 17

25% para os Estados e 45% para a União. “As coisas acontecem nos municípios, na porta dos

prefeitos e das secretarias, é onde as pessoas vão buscar socorro. No entanto, as prefeituras não recebem recursos suficientes para isso o que tem gerando uma grande difi-culdade", afirma.

Lembeck acredita que esse panorama só será alte-rado a partir de ações das federações e da sociedade civil organizada para discutir o atual modelo do Pacto Federa-tivo.

“Só assim vamos conseguir sensibilizar o governo federal para alguma mudança neste sentido. No entanto, tem que ter vontade política, pois sabemos que não é fácil o governo federal abrir mão de alguma das suas arrecada-ções”, ressalta o presidente da Fecam.

O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, também acredita que o Pacto Federativo é um tema que necessariamente tem que estar na pauta dos candidatos à presidência da República nas próximas eleições.

"Não é em Brasília que pode se estabelecer a prio-ridade dos Estados e dos municípios. É nos Estados e nos municípios que têm que ser estabelecidas as prioridades, e os recursos devem ser alocados de acordo com elas", ex-plica Côrte.

Glauco José Côrte, também acredita que o

Pacto Federativo é um tema que

necessariamente tem que estar na pauta dos candidatos à

presidência da República nas

próximas eleições.

A opinião do especialistaPara o ex-presidente do Ipea e coordenador do programa

de estudos fiscais da Fundação Getúlio Vargas, Fernando Rezen-de, as discussões sobre pacto estão focadas na distribuição dos recursos e não nas responsabilidades. Para mudar esse quadro ele sugere aprofundar o entendimento das raízes desse conflito, que se estabeleceu no Brasil há quase duas décadas.

"Isso significa que precisamos contemplar mudanças abrangentes no federalismo brasileiro, que, entre outras coisas, tem que abordar uma reforma no regime fiscal, que foi concebi-do em 1965 e não chegou a ser discutido em 1988", salienta.

Rezende, que é autor do livro O Federalismo Brasileiro em seu Labirinto, disse que há quem defenda a realização de reformas pontuais, o que ele considera uma contradição. "Se é uma reforma, não pode ser fatiada. Reforma é algo que trata o conjunto das coisas", argumentou.

Na visão do especialista, há um enorme conflito entre os Estados e no longo prazo todos vão sair perdendo. "Estamos num processo de progressivo esvaziamento da posição dos Es-tados, que se reflete na repartição dos recursos e na perda do espaço da indústria no PIB", finaliza. •

As entrevistas foram concedidas durante o encontro que debateu o Pacto Federativo no mês de maio na Fiesc, em Flo-rianópolis. •

Hugo Lembeck, defende que a distribuição de recursos seja alterada para 30% destinado aos municípios, 25% para os Estados e 45% para a União.

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18 • Junho 2014 • Economia&Negócios

Os governos de Brasil e Uruguai assinaram, em Mon-tevidéu (Uruguai), um acordo naval para integração produtiva dos dois países, informou o Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O documento foi assinado durante a II Reunião Plenária do Subgrupo de Integração Produtiva do Grupo de Alto Nível bilateral (GAN) para o setor naval, do Mercosul.

"Esse acordo pode ser considerado um marco na re-lação comercial entre os dois países e no Mercosul. Demos um passo essencial para a integração produtiva de um dos setores mais dinâmicos da economia. Com isso, o setor na-val, ao lado da cadeia automotiva, passa a figurar entre os segmentos com maior integração e complementaridade en-tre os países do Mercosul", afirmou o ministro do Desenvol-vimento, Mauro Borges.

Com o acordo, os dois países assumem o compromis-so de promover o acesso recíproco de bens e serviços de empresas brasileiras e uruguaias, informou o Ministério do Desenvolvimento. Brasil e Uruguai também aceitam reco-nhecer o conteúdo local, desde que a certificação seja feita por empresa atuante nos dois países, e tenha chancela de certificação realizada por técnico credenciado junto à auto-

ridade competente do importador (Agência Nacional do Pe-tróleo no Brasil).

Construção Naval no BrasilOs investimentos em embarcações pela indústria de

construção naval brasileira totalizaram R$ 3,7 bilhões em 2013, e em estaleiros, R$ 1,3 bilhão, segundo dados do go-verno federal. No ano passado, foram entregues 77 embar-cações – 44 para navegação interior, 21 para apoio offshore (ao largo da costa), oito para apoio portuário e quatro para cabotagem.

"Estão na carteira de estaleiros nacionais 73 navios de apoio marítimo (incluindo novos contratos recentemente anunciados pela Petrobras); navios petroleiros, de produtos, gaseiros [para transporte de gás liquefeito de petróleo] e transporte de bunker; plataformas de produção, construções/integrações de módulos para plataformas, sondas de per-furação, navios graneleiros [que transportam mercadorias a granel], navios porta-contêineres, rebocadores e comboios [combinação de empurradores e barcaças], além de embar-cações para a Marinha do Brasil", informou o Ministério do Desenvolvimento. •

Brasil e Uruguai assinam acordo de integração da indústria navalBrasil e Uruguai assinam acordo de integração da indústria naval

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20 • Junho 2014 • Economia&Negócios

O Estado de Santa Catarina passa a ter uma feira especializada no setor automotivo. A Autotool – Feira Internacional de Autopeças acontece de 27

a 30 de agosto no Centro de Eventos Centro Sul em Flo-rianópolis. Novidade no Estado, a feira de grande porte, terá expositores da Ásia e de países do Mercosul, além de grandes empresas do Brasil. Voltada para o setor de autopeças, ferramentas, acessórios e serviços das linhas leve e pesada, a Autotool deverá reunir nos quatro dias de evento cerca de 15 mil pessoas entre mecânicos, re-vendedores de autopeças, prestadores de serviços, expo-sitores e visitantes.

A Autotool – Feira Internacional de Autopeças ofe-recerá aos expositores, uma área de mais de cinco mil metros quadrados para exposição e a oportunidade para as empresas mostrarem as novidades do setor automo-

tivo, como peças, sistemas, ferramentas de reparação e manutenção, acessórios, tuning, TI e gestão.

Durante o evento, os expositores e visitantes pode-rão fechar negócios com clientes, e manter contato com entidades, associados, indústrias, compradores, profis-sionais e revendedores de grandes marcas do Brasil e do exterior.

Durante a feira serão realizados eventos paralelos, como palestras e workshops para capacitação. Outra atração que promete chamar a atenção e que estará pre-sente na feira é o Cambea Fast – Campeonato Brasileiro de Envelopamento Automotivo. A missão dos participan-tes do Cambea é envelopar o capô de um automóvel em, no máximo, 15 minutos. O recorde atual é do paulista Jefferson Pimenta, que conseguiu a façanha em apenas 4 minutos e 38 segundos. •

Santa Catarina terá feira internacional do setor de autopeças

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Economia&Negócios • Junho 2014 • 21

A menor eficiência das empresas fez o Brasil cair no ranking mundial de competitividade pelo quarto ano seguido. De acordo com Índice de Competitividade

Mundial, o país ficou em 54º lugar entre 60 países analisa-dos em 2014. Em relação ao ano passado, o Brasil recuou três lugares.

Nos últimos quatro anos, o Brasil foi o país que mais perdeu posições, caindo 16 colocações. Em 2010, o Brasil es-tava em 38º lugar. Estados Unidos, Suíça e Cingapura lideram o ranking. O Brasil ficou à frente apenas da Eslovênia, Bulgá-ria, Grécia, Argentina, Croácia e Venezuela.

A pesquisa foi elaborada pelo International Institute for Management Development (IMD), escola de negócios com sede da Suíça. No Brasil, a coleta e a análise de dados ficou a cargo da Fundação Dom Cabral, instituição privada de ensino dedicada à área de negócios.

De acordo com os autores da pesquisa, os resultados mostraram uma mudança em relação aos anos anteriores. Até 2013, o Brasil perdia posições no ranking por causa da evolução de outros países. Neste ano, no entanto, a queda está diretamente relacionada a fatores ligados à economia brasileira, como o aumento de custos provocado pela infla-ção e a baixa inserção do país no comércio exterior, fator que tem feito as empresas brasileiras perderem participação no

mercado internacional em meio à concorrência com os im-portados.

O levantamento cita ainda o sistema tributário com-plexo, a legislação trabalhista, as altas taxas de juros e a in-fraestrutura defasada como fatores que fazem o Brasil perder competitividade internacional. No ranking de produtividade das empresas, o país ficou em penúltimo, à frente apenas da Venezuela.

Apesar da classificação ruim, o Brasil registrou posi-ções elevadas em alguns aspectos relacionados à economia interna. Ficou em sexto lugar no ranking de emprego e em sé-timo no ranking de consumo das famílias e de atração de in-vestimentos estrangeiros diretos (investimentos externos que geram emprego). No entanto, a pesquisa considera que esses fatores, que impulsionaram a economia brasileira na década passada, deixaram de sustentar o crescimento do Produto In-terno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país).

Para os autores do estudo, os países mais competitivos são os que oferecem condições para que as empresas tenham sucesso nacional e internacional, promovam o crescimento da economia e melhorem o bem-estar da população. Entre as condições, estão bom desempenho econômico, boa infraes-trutura, desenvolvimento tecnológico e governos e empresas eficientes. •

Brasil cai três posições em rankingde competitividade mundial em 2014

País está na 54ª posição de lista com 60 países e perdeu 16 posições em quatro anos

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22 • Junho 2014 • Economia&Negócios

especialespecial

Cidade completa 154 anos

sendo referência

de desenvolvimento

econômico e com

um futuro promissor

ParabénsParabéns

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especialespecial

Economia&Negócios • Junho 2014 • 23

O rio e o mar são a essência de Itajaí, cidade que aniversaria neste mês de junho. Ao completar 154 anos de existência, o município se firma como

potência econômica, turística e náutica de Santa Catarina e do Brasil. Pois essa é a Itajaí do Com-plexo Portuário, da economia robusta, das regatas internacionais, da avenida que margeia o rio e será um centro de atrações voltadas para ativida-des náuticas.

A cidade nasceu e cresceu tendo como pano de fundo seu porto, mas aos poucos começa a vislumbrar outros segmentos da economia. O momento é promissor e deve ser muito bem apro-veitado, pois uma cidade que se intitula o lugar do futuro não deve se prender exclusivamente à

atividade portuária.Deve, contudo, ter outros trunfos somados

a isso, como a capacidade de sediar grandes even-tos, a futura implantação da marina e a consolida-ção da cidade como polo industrial e pólo turísti-co, tanto de lazer quanto de negócios. Enfim, Itajaí pode, mais do que nunca, aproveitar a passagem de seu aniversário e alçar-se ao patamar de cidade que dispõe de qualidade de vida e progresso.

Itajaí é tudo isso e muito mais, afinal, basta caminhar pelas ruas arborizadas do município para entender que dificilmente outra cidade catarinense é tão bem resolvida, com pessoas trabalhadoras, simpáticas e alegres, que vibram por viver num lugar ao mesmo tempo belo e promissor no que se refere ao seu futuro e de seus moradores.

Itajaí!Itajaí!

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24 • Junho 2014 • Economia&Negócios

especialespecial

Economia

Impulsionada pela atividade por-tuária, Itajaí aumentou o Produto Interno Bruto (PIB) de 2010 para

2011, ano dos últimos dados dispo-níveis (divulgados em dezembro do ano passado). Localizada na foz do Rio Itajaí, o município tem uma po-pulação fixa de aproximadamente 190 mil habitantes, de acordo com números do IBGE.

O PIB de Itajaí no período des-tacado acima passou de R$ 15,23 bilhões para R$ 18,6 bilhões e é o segundo maior de Santa Catarina. Sendo superado apenas por Joinvil-le que soma R$ 18,8 bilhões.

Menos de 10% dos municí-pios brasileiros arrecadam mais em impostos do que gastam e Itajaí está entre eles. A cidade tem o maior su-perávit de Santa Catarina, com R$ 6,6 bilhões de saldo positivo.

A cidade também se destaca

como a única cidade entre as seis maiores economias de Santa Cata-rina a ter aumentado sua participa-ção no PIB do Estado.

Além disso, a taxa de de-semprego da cidade é a mais baixa de Santa Catarina, de 1,08 (IBGE 2010), enquanto a média estadual é de 7,9. Já o último Índice de Desen-volvimento Humano (IDH) apurado foi de 0,795, um dos melhores de Santa Catarina.

Recentemente a cidade apre-sentou resultados acima da média estadual em um estudo sobre de-senvolvimento de alto e moderado da Federação das Indústrias do Es-tado do Rio de Janeiro (Firjan).

A pesquisa apontou o avanço Itajaí entre as 10 melhores cidades de Santa Catarina em termos de desenvolvimento, passando de 10º para o quinto lugar no ranking esta-

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Economia&Negócios • Junho 2014 • 25

dual. O município ficou somente atrás de Chapecó, Concórdia, Balneário Camboriú e Maravilha.

Itajaí também ocupa a 41ª posição no ranking nacio-nal entre os municípios mais desenvolvidos no Brasil. No ano passado, na mesma pesquisa da Firjan Itajaí ficou na 155ª posição no ranking nacional e oitava no Estado.

O índice Firjan de desenvolvimento municipal divulga anualmente o ranking com todos os municípios do país, tendo como base os números de três anos atrás. Ele avalia o siste-ma de educação, serviços, saúde e emprego, além da renda (geração e salários médios de empregos formais) em cada um dos 5.570 municípios brasileiros.

especialespecial

Rua Brusque, 337 - Itajaí - SC

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26 • Junho 2014 • Economia&Negócios

especialespecial

O Complexo Portuário

Estrategicamente localizado em um dos principais en-troncamentos rodoviários do Sul do Brasil, distante poucos quilômetros das rodovias BR-101e BR-470,

hoje o Complexo Portuário do Itajaí-Açu ocupa a segunda posição no ranking brasileiro de movimentação de contê-ineres e opera mais de um milhão de TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés).

As infraestruturas aquaviária e terrestre são tam-bém diferenciais do Complexo Portuário de Itajaí. Formado pelo Porto Público e APM Terminals Itajaí, na margem di-reita, mais Portonave S/A Terminal Portuário Navegantes, na esquerda, o Porto Organizado conta ainda com outros terminais instalados a montante. O calado é de 14 metros e as atuais condições possibilitam operações com navios

de até 306 metros de comprimento, com 40 de boca.No entanto, a construção de nova bacia de evolu-

ção que teve a Licença Ambiental Prévia (LAP) expedida em abril deste ano, possibilitará que Itajaí receba navios com até 366 metros. O projeto básico que está em fase de conclusão prevê uma nova bacia de 530 metros de diâme-tro (130 metros maior que a atual), nas proximidades da foz do rio Itajaí-Açu, em frente ao Saco da Fazenda.

“Essa é de extrema importância, pois se nós não tivermos condição de recebermos esses navios, eles não vão vir mais para Itajaí porque os armadores – os donos dos navios – estão construindo navios desse porte. Se não fizermos essa obra saímos do mercado competitivo e a nossa movimentação que é crescente passa a ser decres-cente nos próximos anos”, acrescenta o superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antonio Ayres dos Santos Júnior.

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As regatas e a vocação náutica

Itajaí está novamente incluída no roteiro da edição 2014/2015 da Volvo Ocean Race (VOR), a mais importante regata do pla-neta, com nove meses de duração, para na cidade durante a

primeira semana de abril do próximo ano. “A cidade superou as expectativas da organização na edi-

ção passada, pelo profissionalismo apresentado, isso gera gran-des expectativas para esta edição”, ressalta o presidente do CCO, Alexandre Antonio dos Santos.

Além do retorno desta competição, Itajaí recebeu mais duas regatas internacionais nos últimos meses. Em novembro de 2013, aportou no município a regata Transatlântica Jacques Vabre e, em fevereiro de 2014, a regata Velas Latinoamérica 2014, com em-barcações das Marinhas da América Latina.

Na edição itajaiense dos eventos náuticos, em comum o fato de o local de realização dos três ser a Vila da Regata, onde ocorreu a etapa brasileira da Volvo Ocean Race em 2012, o Cen-treventos Itajaí e também parte da área do Saco da Fazenda, local que abrigará o Complexo Náutico e Ambiental de Itajaí, a tão aguardada Marina do Saco da Fazenda.

Receber todas essas etapas é sempre de grande valia, pois além de permitir um grande intercâmbio entre os atletas é po-sitivo também para as cidades que os recebem, uma vez que a economia da cidade fica aquecida com a vinda de tantas pessoas. É positivo para a região, que tem um aquecimento na economia, e bom para os atletas e staffs que competem nos eventos.

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Mercado imobiliário

Recentemente um levantamento feito pela revista Exame, traz a Praia Brava como a área mais cara de Itajaí entre os imóveis novos, com uma média de R$

10,5 mil o metro quadrado. O paraíso dos surfistas, que fica no limite entre Itajaí e Balneário Camboriú, tem atraído investimentos nos últimos anos.

O Bairro Fazenda vem em segundo lugar, com preço médio de R$ 9,3 mil por metro quadrado. Em todo o mu-nicípio, a média é de R$ 3,5 mil para imóveis usados e R$ 4,2 mil entre os novos.

A pesquisa, conduzida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), analisou o mercado imobili-ário de 82 importantes cidades brasileiras, que juntas res-pondem por metade do PIB brasileiro.

Apesar dos altos preços em algumas regiões, Itajaí não chegou a alcançar o índice de valorização anual médio no país, que foi de 12%. A cidade fechou o ano passado em 10%. No entanto, a instalação de novas empresas no município sobretudo as que atendem ao mercado do pré-sal, deve impulsionar o mercado imobiliário pelos próxi-mos anos.

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O Consórcio KL Viseu, de Joinville, formado pelas em-presas Karlos Gabriel Lemos ME. e a Construtora Viseu Ltda. venceu a licitação para construir e ex-

plorar o Complexo Náutico e Ambiental de Itajaí (Marina do Saco da Fazenda). As obras estão a todo vapor e conclusão está prevista para final deste ano.

Karlos Gabriel Lemos, representante do consórcio, ressalta que o complexo não será uma marina tradicional. “Não pretendemos construir uma marina nos moldes tradi-cionais, mas sim um porto esportivo, no qual a comunidade possa ter acesso e usufruir de áreas comuns”, afirma.

No total serão investidos R$ 38,5 milhões na Baía Afonso Wippel, em uma área disponível de 10,33 mil m² em terra e 120,9 mil m² de espelho d´água. São ainda mais 12,39 mil m² para aterro hidráulico. O projeto prevê 854 vagas para embarcações, sendo 126 secas e 731 molha-das. O prazo de concessão é de 25 anos, prorrogável por igual período. •

especialespecial

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Complexo Náutico e Ambiental do Saco

da Fazenda

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especialespecial

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Mulheres conquistam cada vez mais espaço no complexo

portuário catarinense

Mulheres conquistam cada vez mais espaço no complexo

portuário catarinense

Atualmente elas mulheres exercem funções operacionais estratégicas

e ocupam cargos de liderança, atividades antes consideradas

exclusivamente masculinas

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Uma atividade historicamente masculina, a operação portuária tem demonstrado avanços no que se refere à crescente participação de mulheres que acompanha

a modernização do setor e novas oportunidades de desenvol-vimento profissional.

Nos terminais portuários catarinenses as mulheres exercem funções operacionais estratégicas, entre elas o pla-nejamento e monitoramento das operações, controle de gates (portões), vistoria e conferência de cargas e a operação de equipamentos de grande, médio e pequeno portes, ativida-des antes consideradas exclusivamente masculinas.

Nesta matéria, a Revista Portuária – Economia & Ne-gócios vai expor, um resumo sobre a participação da mulher no complexo portuário catarinense composto por cinco por-

tos espalhados pelo litoral, todos considerados de excelência operacional. Destes, apenas o Porto de Imbituba não repas-sou as informações apesar dos inúmeros pedidos por parte da reportagem.

Na APM Terminals, empresa responsável pela operação de contêineres no Porto de Itajaí, já são 53 mulheres em um universo de 297 colaboradores. Entre elas está Danai Franci-ni Bastos, que teve diversas ofertas de emprego, mas optou atuar como assistente de operação. Seu cargo, antes domi-nado exclusivamente por homens no setor portuário, requer muita responsabilidade e atenção.

A funcionária é uma das responsáveis pela conferência de avarias e lacres na entrada e saída de caminhões na área primária do terminal. Danai chegou a atuar no setor de re-

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cursos humanos da empresa, mas hoje nem pensa em deixar a área operacional.

Ela conta que se identificou completamente com a nova profissão, onde está há cerca de três anos. “Claro que ainda ouço algumas brincadeirinhas quanto minha posição profissio-nal, mas a sensação que carrego é de muito respeito entre os motoristas que chegam ao Porto de Itajaí”, diz.

Quando Danai foi atuar no gate da APM Terminals, não havia muitas mulheres que trabalhavam na operação. No en-tanto, ela ajudou a mudar a percepção dos motoristas e dos próprios colegas de trabalho em relação ao universo feminino em um ambiente até então completamente masculino.

A avaliação entre os gestores de Danai é que ter mais mu-lheres no gate trouxe maior equilíbrio ao ambiente de trabalho, ajudando a amenizar situações de estresse no atendimento ao motorista.

Sonho realizado em NavegantesNa Portonave, terminal portuário privado de Navegantes,

segundo a direção da empresa as mulheres estão representadas em todas as áreas, inclusive em cargos de liderança e o impacto desta distribuição tem sido positivo para os resultados alcan-çados pelo terminal. Atualmente o total de colaboradores é de 1.023 pessoas, sendo 189 mulheres. Algumas delas atuam na área operacional em funções como: auxiliar de movimentação, controladora de carga e operadora de equipamentos.

É o caso de Letícia Paulina Schumacher, que sempre teve o sonho de dirigir caminhão e depois de atuar 15 anos no merca-do de trabalho como técnica de enfermagem ingressou no setor portuário.

“Meu irmão que já trabalhava na empresa e me fa-lou que iria abrir oportunidades para as mulheres trabalha-rem na carreta – que chamamos de Terminal Tractor. Então pensei que era a minha chance. Preparamos meu currículo e mandamos. Fiz as entrevistas e fui contratada, até por-que eu já dirigia caminhão”, explica a colaboradora que no mês de julho completa cinco anos de empresa. Durante este período também operou empilhadeiras de contêiner cheio e vazio – Reach Stacker e EV. Atualmente trabalha com o RGT – Transtêiner.

Casada e mãe de dois filhos, Letícia afirma que nun-ca se preocupou com a questão de trabalhar em um univer-so ainda dominado pelos homens.

“Sempre sonhei muito com isso, sempre quis. Então quando tive a oportunidade nem olhei para os lados, só pensei que ia realizar meu sonho e fui abençoada. Alguns

Danai Bastos foi a primeira mulher a trabalhar na área operacional da APM Terminals.

Letícia Schumacher: Alguns homens se admiram porque somos mulheres, mães e ainda

operamos um equipamento desse tamanho.

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homens se admiram porque somos mulheres, mães e ainda operamos um equipamento desse tamanho”, ressalta.

O diretor-superintendente administrativo da empre-sa, Osmari de Castilho Ribas, acredita que o equilíbrio no ambiente de trabalho de um terminal está associado à exis-tência de um sistema de gestão que preserve a segurança e a eficiência.

“A conquista de espaço pela mulher no ambiente portuário vem se consolidando ao longo dos anos, rela-cionado também a nova configuração das relações de tra-balho e processos produtivos na beira do cais. O ambiente atual permite compatibilizar o trabalho feminino, sem dis-criminação ou privilégio. Uma combinação de eficiência e beleza. Trata-se de uma nova visão”, explica.

Presença feminina também fazem parte da Rotina do Porto de São Francisco do Sul O Terminal Portuário Santa Catarina, localizado em

São Francisco, conta com 48 mulheres entre os seus 306 colaboradores diretos. De acordo com a direção do TESC

as mulheres ainda predominam em atividades administrativas, mas algumas trabalham na área operacional, principalmente no gate e na triagem.

Além disso, a mão de obra feminina também é utilizada no controle de pátio, atividade não operacional, mas que tem relação direta com o setor.

Entre as analistas responsáveis pela triagem está Mônica Silva, ela trabalha há 11 anos no terminal portuário. Começou suas atividades fazendo serviços gerais, depois pela recepção até chegar a área operacional.

“Fui transferida para a triagem como digitadora no ano de 2007. Era um ambiente completamente novo, lidar com ca-minhoneiros, muitos colegas homens, o que exige uma certa postura e imposição para que você seja tratada com respeito. Mas seis anos se passaram e hoje estou liderando a equipe da triagem, em um cargo até então ocupado por homens”, conta orgulhosa. Segundo ela, quando começou a desenvolver o tra-balho na área operacional o fato de ser mulher gerou alguma desconfiança dos colegas de trabalho, mas atualmente isso já foi superado.

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“Com o passar do tempo, fui buscando sempre prestar um serviço melhor a cada dia, mostrando que não há nada que homens façam que nós mulheres não façamos também, e a desconfiança foi se dissipando e deu lugar ao respeito, não só comigo, mas com outras colegas de trabalho também”, finaliza Mônica.

Porto de Itapoá desenvolve programa pioneiro para inserção de mulheresInédito no Brasil, a primeira edição do programa Mulhe-

res Portuárias foi lançado em há cerca de dois anos e no final de 2013 foi reconhecido pela ABRH SC (Associação Brasileira de Recursos Humanos de Santa Catarina). Pela iniciativa, o Porto de Itapoá recebeu o prêmio “Ser Humano 2013”, entregue anual-mente às empresas que se destacam com as melhores práticas em recursos humanos

O programa foi lançado com o intuito de inserir a mão de obra feminina no segmento portuário, predominantemente masculino, promovendo maior igualdade de oportunidades por meio da qualificação profissional.

Desta forma, a primeira edição capacitou 47 mulheres moradoras de Itapoá e região, que realizaram treinamentos nas áreas de documentação de gate e operação de equipamentos.

O projeto teve 100% de aproveitamento, ou seja, todas as participantes que iniciaram os treinamentos fizeram as aulas até a conclusão do projeto. A maioria já está empregada, sendo que deste total, 27 mulheres foram contratadas pelo Porto de Itapoá e duas por empresas instaladas na retroárea. Além disso, os demais currículos foram encaminhados para outras empresas que se instalaram nas proximidades do terminal.

Mais uma ediçãoA segunda edição programa foi lançada neste primeiro

semestre e o terminal recebeu um total de 295 inscrições, sendo que 133 mulheres foram pré-selecionadas na 1ª etapa e, no fi-

nal, 37 foram selecionadas para a capacitação.Atualmente, o terminal conta com 104 mulheres

no quadro de 646 profissionais. No entanto, com esta ini-ciativa, o Porto de Itapoá tem uma meta: atingir 20% de mulheres no quadro de colaboradores, nos próximos dois anos.

Cleide Regina Rocha está entre as mulheres que tra-balham na área operacional do terminal portuário. Segun-do ela, a ideia de trabalhar no setor portuário amadureceu dentro da sua própria casa.

“Meu esposo que já trabalha na área portuária, foi o grande incentivador para que eu fizesse cursos voltados para o mercado de trabalho portuário. Além disso, minha família tem o maior orgulho de contar às outras pessoas que eu opero um cavalo mecânico hidráulico, o nosso TT”, afirma.

Segundo a gerente de gestão e desenvolvimento de pessoas do Porto de Itapoá, Glaucia Braga Mercher Couti-nho, ter mulheres atuando em um segmento notadamente masculino, como o portuário, é capaz de produzir diversas transformações.

“Além de promover a sua realização profissional, afirmar sua independência e autoestima, as mulheres mos-tram que podem participar de forma ativa no mercado de trabalho, possibilitando inclusive novos arranjos familiares ou mesmo transformações do papel da mulher como pro-vedora da família”, salienta. •

Mônica Silva começou suas atividades fazendo serviços gerais, depois passou pela recepção até chegar a área operacional.

Cleide Rocha foi

incentivada pelo marido a ingressar

no mercado portuário

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Brasilportos do

40 • Junho 2014 • Economia&Negócios

A APM Terminals Itajaí, responsável pelo terminal de contêineres no Porto de Itajaí (SC), passa a contar com um novo serviço semanal entre o Brasil e o Norte da

Europa. Batizado de Samba e operado pela Maersk, o serviço promoverá mais velocidade na importação e exportação de cargas e atrairá clientes interessados nesta rota.

O terminal, que detém uma das melhores produtivi-dades por equipamento do país, prevê um acréscimo de 2,8 mil movimentos/mês com o Samba. “O aumento no mix de serviços da APM Terminals Itajaí é estratégico para os negó-cios da empresa no Brasil, já que garante mais satisfação dos clientes atuais e promove a conquista de novos clientes que queiram contar com uma operação segura, eficiente e respal-dada por um dos maiores operadores portuários do mundo”, destaca o diretor superintendente da APM Terminals Brasil, Ricardo Arten.

Pátio de triagemAlém do novo serviço para o Norte da Europa, a em-

presa inaugurou um pátio de triagem para caminhões que acessam o terminal. O objetivo é reduzir os congestionamen-tos de veículos pesados na cidade e desafogar o trânsito na via portuária. A área tem capacidade para atender até 400 caminhões por dia e resolverá os problemas no fluxo de cami-nhões de contêineres nos acessos rodoviários ao terminal.

“A APM Terminals entende que os impactos de sua atividade na cidade devem ser somente positivos, como a geração de emprego e aumento da renda. Queremos ajudar

a melhorar a qualidade de vida das pessoas de forma efeti-va, atuando diretamente em um dos principais problemas da cidade, que é o trânsito. O novo pátio de triagem será bom para os caminhoneiros, para os clientes, para população em geral”, afirma Ricardo Arten..

Nova logísticaA partir de agora, procedimentos que eram realizados

no gate (portões de entrada e saída dos caminhões), como vistoria documental, de estrutura e lacre, poderão ser an-tecipados já na triagem, diminuindo o tempo de espera do caminhão para acesso ao porto. A expectativa da empresa é que inicialmente cerca de 2.000 caminhões passem pela triagem mensalmente, sendo que este número pode chegar a 9.600.

O pátio de triagem para caminhões fica localizado na Avenida Irineu Bornhausen (com acesso pela Rua Isabel Ramos Fabene) e está em funcionamento das 7h às 19h de segunda a sábado. O agendamento dos caminhões de carga e descarga de contêineres pode ser realizado pelas transpor-tadoras no site da APM Terminals – www.apmterminals.com.br , permitindo que a empresa planeje o fluxo de veículos e adeque com antecedência a operação.

A área do pátio de triagem estava em negociação com a Prefeitura Municipal de Itajaí e o Codetran desde março de 2014 e foi alugada pela APM Terminals em abril. Com um custo de cerca de R$700 mil reais por ano passou a funcionar no final do mês seguinte. •

APM Terminals Itajaí lança novo serviço para o Norte da Europa

Batizado de Samba, o serviço semanal representará

um aumento médio de 700 movimentos por operação

(2,8 mil movimentos por mês)

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Brasilportos do

Economia&Negócios • Junho 2014 • 41

Projeto duplica capacidade do Porto de São Francisco do Sul

Com investimento privado estimado em R$ 230 milhões, o novo berço deve estar concluído em cerca de 18 meses após o início das

obras que dependem da aprovação do Governo Federal

A Terlogs, empresa do grupo Marubeni responsável por sua gestão de grãos do Porto de São Francisco do Sul, tem um projeto para duplicar sua capacidade de em-

barque dos grãos em navios Panamax. Após a conclusão das obras no Berço 401, a movimentação anual de grãos poderá atingir, em três anos, oito milhões de toneladas anuais, versus as quatro milhões de toneladas atuais.

Além disso, o tempo de espera dos navios - atualmente entre cinco e 10 dias - deve ser reduzido pela metade. A capa-cidade estática de armazenagem também será aumentada de 107 mil toneladas para 182 mil toneladas. Com investimento privado estimado em R$ 230 milhões, o novo berço deve es-

tar concluído em cerca de 18 meses após o início das obras que dependem da aprovação do Governo Federal.

No entanto, os entendimentos com a esfera federal estão adiantados, pois recentemente a direção da empresa esteve reunida com o ministro da Secretaria Especial de Portos (SEP), Antônio Henrique Silveira, para tratar do assunto. Inclu-sive esta nova versão do projeto foi sugerida pela autoridade portuária, já que contribui ainda mais para sua eficiência.

Apontado em primeiro lugar no ranking de desempe-nho 2012/2013 realizado pelo Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), o Complexo Portuário de São Francisco do Sul, em Santa Catarina exportou, em 2013, 7,97 milhões de toneladas

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42 • Junho 2014 • Economia&Negócios

de produtos a granel. Mais da metade deste volume foi movi-mentado pelo Terlogs Terminal Marítimo.

Atualmente, São Francisco do Sul é um dos principais responsáveis pela exportação de soja brasileira - cerca de 6 % deste volume - e desempenha relevante papel como impulsio-nador da economia de toda a região, até por ser o único porto catarinense servido por ferrovia.

Sua localização privilegiada, no norte de Santa Catarina, permite excelente logística para recebimento de carga do pró-prio estado como também do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Além disso, a topografia do solo

marítimo da região dá ao local calado suficiente para a movimentação de navios Panamax, com re-duzido serviço de dragagens.

A estas características naturais soma-se o aumento recente das exportações de soja para ní-veis recordes, que consolidaram o Brasil como o principal fornecedor desta commodity para o mun-do, além do milho, importante commodity, em que o Brasil se torna exportador efetivo para os merca-dos consumidores da Ásia.

De múltiplo uso, o Porto de São Francisco do Sul é o único catarinense ligado ao transporte fer-roviário e é o quarto do Brasil em movimentação de carga não conteinerizada. Anualmente, mais de 12 milhões de toneladas de mercadorias são embarcadas e desembarcadas (carga geral, ferti-lizantes, contêineres e grãos). Integra o complexo portuário da Baía da Babitonga, no Norte de Santa

Catarina. Em pleno crescimento, foi inaugurado em 1955 e funciona como concessão federal para o Governo do Esta-do de Santa Catarina.

Em entrevista à Revista Portuária – Economia & Negócios o CEO do Terlogs, José Kfuri deu mais detalhes sobre os motivos da empresa para desenvolver o projeto para duplicar sua capacidade de embarque dos grãos no Porto de São Francisco e também traçou um panorama des-te segmento e do setor portuário. Confira abaixo:

Revista Portuária – Como surgiu a iniciativa de desenvolver o projeto para aumentar a capacidade de

embarque dos grãos no Por-to de São Francisco?

José Kfuri - Como o ter-minal portuário está operando em seu limite de capacidade, estamos decididos a realizar este investimento para poten-cializar a eficiência deste ter-minal portuário e ampliar os volumes embarcados. Na visão da Terlogs, é preciso investir nas potencialidades deste por-to, ampliando sua capacidade de operação. Por isso o projeto do Berço 401 representa um avanço neste sentido, além de uma consistente contribuição

José Kfuri, CEO Marubeni Brasil

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Matriz:

(49) 3566.6775 ou (49) 3566.7828 Rua José Formighieri, nº 417

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“Especializada no Transporte Rodoviário de Cargas”

Dr. Cassio Vieceli [email protected]

Assessoria de imprensa

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Brasilportos do

Economia&Negócios • Junho 2014 • 43

com as exportações brasileiras e aumento do volume a ser exportado no Porto de São Francisco do Sul, agregan-do valor a toda cadeia.

Uma vez que as obras estejam concluídas, o porto público conseguirá passar das oito milhões de toneladas para até 15 milhões de toneladas de grãos embarcados anualmente, em dois berços públicos, especializados em graneis vegetais.

Diante disso, nossa expectativa é vencer os gar-galos logísticos, já que o Brasil tem um grande potencial para exportação de grãos, e necessita destas melhorias, especialmente no porto público de São Francisco do Sul.

Portuária – Além de ser responsável pela ges-tão de grãos neste terminal portuário, a Terlogs atu-al neste segmento em outros portos do país?

Kfuri - Hoje a atenção da empresas está totalmen-te voltada ao Porto de São Francisco do Sul. Destaco o ótimo momento atual deste terminal portuário, porém atualmente limitado devido ao berço atual ter chegado a sua capacidade máxima de volume.

Nos últimos anos ele dobrou sua movimentação de grãos, chegando a oito milhões de toneladas embar-

cadas nos dois berços. Com ótimos índices de eficiência, considerado o melhor porto do Brasil pelo ranking de desempenho 2012/2013 realizado pelo Instituto de Lo-gística e Supply Chain (Ilos), atualmente opera no limite de sua capacidade, neste mesmo berço.

Portuária – Qual a sua avaliação do atual mo-mento em relação à exportação de grãos em Santa Catarina e no Brasil?

Kfuri - Recentemente as exportações de soja al-cançaram níveis recordes que consolidaram o Brasil como o principal fornecedor desta commodity para o mundo, além do milho, importante commodity, em que o Brasil se torna exportador efetivo para os mercados consumidores da Ásia. Em Santa Catarina, o porto tem localização privilegiada, no Norte do Estado, permitindo excelente logística para recebimento de carga do pró-prio estado como também do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Rio Grande do Sul. Além disso, a topografia do solo marítimo da região dá ao local calado suficiente para a movimentação e carre-gamentos completos de navios Panamax, com reduzido serviço de dragagens. •

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Brasilportos do

44 • Junho 2014 • Economia&Negócios

A Portonave renovou, no mês de abril, o serviço CSW, do armador MOL, – uma das três rotas que a empresa possui para a Ásia. O terminal recebe

de quatro a cinco embarcações do armador japonês men-salmente. Os principais produtos movimentados nesta li-nha na exportação são carnes congeladas com destino ao Japão, China e Hong Kong. Na importação os navios da companhia asiática transportam principalmente cerâmica e borracha e derivados vindos da China, Japão e Coreia do Sul.

Segundo o analista comercial Luis Lemos, a infra-estrutura, os planos de expansão, o bom nível do serviço prestado foram decisivos para a decisão do armador. “A renovação do contrato do serviço CSW simboliza a con-firmação de uma parceria de longo prazo com um cliente muito importante e estratégico para a Portonave”, comen-ta Luis.

Primeiro quadrimestre tem alta de 7,5%A Portonave movimentou 221.730 TEUs (unidade

de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) entre janeiro e abril deste ano – são 15.404 TEUs a mais do que no mesmo período do ano anterior (um incremento de 7,5%).

Os números positivos de movimentação são resul-tado tanto da importação quanto da exportação. Compa-rando os meses de abril de 2012 com 2013 o volume de mercadorias importadas cresceu 25%. Se levar em conta o período entre janeiro e abril, o crescimento na movimenta-ção de importação foi de 23%. Os produtos que mais che-garam ao terminal foram plásticos e derivados, seguidos por cerâmicas e fibras sintéticas.

A exportação também teve bom desempenho, com crescimento de 5% na comparação com abril de 2012. As carnes congeladas representam o principal produto expor-tado, seguido pela madeira. “A Portonave é um importante movimentador de cargas conteinerizadas no Estado, mas também é uma opção viável para os demais estados do Sul, para o Sudeste e Centro-Oeste do Brasil”, comenta o diretor-superintendente administrativo da Portonave, Os-mari de Castilho Ribas.

A Portonave mantém a liderança na movimentação de cargas conteinerizadas em Santa Catarina, responden-do por 45% do total. A Portonave está no mercado há seis anos e emprega diretamente cerca de 1.030 colaborado-res. Possui uma câmara frigorífica totalmente automatiza-da anexa ao Terminal – a Iceport – que oferece soluções logísticas para os seus clientes e serviços diferenciados quando o assunto é carga congelada. •

Portonave renova serviço para a ÁsiaTerminal divulga movimentação do primeiro quadrimestre de 2014

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Economia&Negócios • Junho 2014 • 45

Antes mesmo de completar seu terceiro ano de opera-ção o Porto de Itapoá alcançou a marca de 1 milhão de TEUs – o equivalente a 1 milhão de contêineres de

20 pés – movimentados. O navio com o qual o Porto Itapoá atingiu esta marca é o Santa Rita, da Hamburg Süd, que faz a rota da Ásia (NGEX 2). “O nosso Terminal obteve essa marca histórica em tempo recorde se comparado a outros portos do Brasil”, afirma o presidente, Pa-tricio Junior.

Este desempenho foi con-quistado graças às condições diferenciadas do Porto Itapoá que já figura entre os maiores e mais importantes terminais na movimentação de cargas con-teinerizadas no país.

O terminal conta com

infraestrutura, tecnologia, equipe de profissionais altamen-te qualificados e serviços especializados e sob medida para atender a demanda do mercado e as necessidades dos clien-tes, além de uma localização geográfica privilegiada.

Atualmente, mais de 800 grandes empresas utilizam o Porto Itapoá como operador logístico, que já conta com 10 ser-viços para o mundo todo. A partir do Porto Itapoá são expor-

tados e importados, principalmente, produtos refrigerados, devido à forte vocação catarinense e paranaense da indústria frigorífica, além de itens da indústria metalmecânica, madeira e derivados. Na movimentação de pro-dutos também se destacam o setor de plástico e derivados, autoparts (peças de automóveis) e automóveis, quími-cos, e eletroeletrônicos. •

Porto de Itapoá alcança a marca de um milhão de TEUs

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46 • Junho 2014 • Economia&Negócios

A Secretaria de Portos (SEP) vai implantar um sistema eletrônico que para sincronizar a chegada dos na-vios e das cargas nos terminais do Porto de Santos

para minimizar os gargalos e evitar filas de caminhões na região da Baixada Santista. Chamado de Portolog, o siste-ma vai monitorar os caminhões com destino ao terminal portuário desde o início da viagem nas rodovias.

De acordo com a assessoria de imprensa da Com-panhia Docas de São Paulo (Codesp), os testes começarão em agosto para que em janeiro de 2015 a operação seja obrigatória. Os caminhões que transportam carga até o Porto de Santos serão identificados por uma etiqueta que enviará dados remotamente para permitir o rastreamento da carga.

Na chegada a Santos e ao Guarujá a carga dos veí-culos será identificada por portões equipados com leitores do tipo OCR (reconhecimento ótico de caracteres, na sigla em inglês). Os terminais e pátios de triagem também terão estes equipamentos.

A ideia é que o Portolog seja interligado ao Sistema de Monitoramento do Tráfego de Embarcações (VTMIS)

para que haja o gerenciamento em tempo real do fluxo de embarcações no canal de navegação e nas áreas de fundeio do porto. O programa também será integrado ao Porto sem Papel, sistema que reúne em um único progra-ma a documentação das mercadorias embarcadas e de-sembarcadas.

A iniciativa é parte do Programa de Aceleração do Crescimento, que prevê investimentos de R$ 115 milhões para que 12 portos brasileiros adquiram equipamentos e implantem o sistema já concluído pelo Serpro. A implanta-ção começa por Santos, por envolver maior complexidade, visto ser o maior do país.

Um grupo de trabalho vai acompanhar e dar su-porte à implementação do Portolog no Porto de Santos, formado por seis representantes do poder público - SEP, Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Co-desp, Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e Serviço Fede-ral de Processamentos de Dados (Serpro) - e nove do setor privado - pátios reguladores, a concessionária Ecovias e terminais e operadores portuários. •

Sistema eletrônico vai sincronizar chegada de navios e cargas no Porto de Santos

A iniciativa é parte do Programa de Aceleração do Crescimento, que prevê investimentos de R$ 115 milhões para que 12 portos brasileiros adquiram equipamentos e

implantem o sistema já concluído pelo Serpro

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Brasilportos do

Economia&Negócios • Junho 2014 • 47

O Tecon Rio Grande – um dos principais Terminais de Contêineres da América Latina – firmou parceria com a Foton Aumark do Brasil, representante exclu-

siva no país para os caminhões da Beiqi Foton Motors Co., marca de veículos comerciais leves e pesados do Grupo Baic na China, um dos mais importantes conglomerados indus-triais daquele país, que está se instalando em Guaíba (RS).

O objetivo da união é movimentar as cargas oriundas do continente asiático por meio do terminal. Neste momen-to, o Tecon Rio Grande irá operar contêineres com materiais destinados ao início das obras para construção da fábrica. O acordo prevê, ainda, a movimentação de outras cargas, como peças e componentes. O início das operações da Foton no Estado está previsto para 2016.

Para o diretor Comercial do Tecon Rio Grande, Thierry Rios, a parceria com a Foton é estratégica para a empresa. “Esse acordo representa um momento importante para o ter-minal. Já trabalhamos com cargas de diferentes segmentos e origens e essa parceria prova a capacidade de atendermos a diversos mercados. Além disso, a presença da Foton no Rio Grande do Sul trará uma série de benefícios, como a geração de novos empregos e movimentação de vários setores da eco-nomia gaúcha”, destacou.

O momento é favorável ao terminal que registrou, em abril, o melhor desempenho de sua história, com crescimento de 32,7%, em relação ao mesmo período do ano passado. Foram movimentados 41.575 contêineres - 640 em média por navio. No acumulado do ano já são 29% a mais que em 2013. Esse resultado se deve, principalmente, aos transbor-dos oriundos da Argentina.

Atualmente o Tecon Rio Grande é um dos mais impor-tantes terminais de contêineres da América Latina. Empresa subsidiária do Grupo Wilson, Sons de Comércio Ltda, o Tecon está em atividade no Porto de Rio Grande desde 1997, quan-do venceu a licitação para administrar o terminal de contêi-neres. Neste período, vem operando as principais linhas de navegação que escalam o país. Tem cerca de três mil impor-tadores e exportadores, tendo se tornado fundamental para o desenvolvimento econômico do Estado.

A Wilson, Sons, com mais de 170 anos de história, tem sede no Rio de Janeiro. É a terceira maior operadora de termi-nais de contêineres do Brasil, pois além do Tecon Rio Grande, opera também o Terminal da Bahia. Nestes dois terminais, os serviços prestados consistem principalmente no carregamen-to e descarregamento das embarcações e na armazenagem de carga. As principais atividades da Wilson, Sons compre-endem: terminais portuários, rebocagem, logística, agencia-mento marítimo, offshore e estaleiros. •

Tecon Rio Grande fecha parceria com a chinesa Foton

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48 • Junho 2014 • Economia&Negócios

O Porto de Paranaguá (PR) recebeu quatro portêineres de última ge-ração que serão instalados no

novo cais de atracação do terminal de contêineres. As estruturas montadas e medindo cerca de 75 metros de altura foram transportadas pelo navio chinês Zhen Hua 26.

Os novos equipamentos terão ca-pacidade para atender navios com até 51 metros de largura e 368 metros de comprimento, padrão do novo canal do Panamá. Atualmente, os maiores navios que operam na costa brasileira têm por volta de 48,20 metros de largura.

Esta não é a primeira vez que o porto de Paranaguá recebe carregado-res de grande porte já montados. No final da década de 90, também chegou da China um dos shiploaders que estão operando no Corredor de Exportação. O carregador veio completamente monta-do e com cerca de 20 metros de altura.

Para o superintendente dos por-tos do Paraná, Luiz Henrique Dividino, a chegada dos equipamentos marca mais uma etapa de crescimento e ampliação do Porto de Paranaguá. “O novo cais do terminal de contêineres consolida mais uma importante etapa do crescimento

Brasilportos do

Porto de Paranaguá recebe novos equipamentospara movimentação de contêineres

Os novos equipamentos

terão capacidade

para atender navios com

até 51 metros de largura e

368 metros de comprimento

Asscom - Appa

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Economia&Negócios • Junho 2014 • 49

Brasilportos do

e expansão do Porto de Paranaguá. Poderemos atender navios maiores, com mais segurança, aumentando a movi-mentação de mercadorias e tornando o nosso porto ainda mais competitivo”, disse Dividino.

O novo cais, com 315 metros, deve entrar em opera-ção no segundo semestre e ampliará a capacidade do Porto de Paranaguá para receber navios de maior porte.

Possibilidade de novo terminalAs companhias privadas Triunfo Participações e In-

vestimentos (TPI) e LOGZ Logísticas Brasil planejam a cons-trução de um novo terminal portuário em Paranaguá. O projeto em estudo pelas empresas prevê a construção de um terminal de contêineres, com uma área de dois milhões de metros quadrados, na região conhecida como Embocuí, a oeste do porto de Paranaguá. Fato relevante publicado pela Triunfo afirma que a TPI e a LOGZ terão participação de 50% do capital do novo porto. O terminal deverá iniciar suas operações em 2019 e elevará para oito o número de portos marítimos em atividade no Sul. •

Asscom - Appa

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50 • Junho 2014 • Economia&Negócios

Brasilportos do

O Fórum do Mar, que está em sua quarta edição, foi re-alizado de 28 a 30 de maio, na cidade portuguesa de Porto. O evento busca o fomento das atividades ligadas

à economia proveniente do mar, dirigido à comunidade inter-nacional e que reúne exposição, mostra de produtos, serviços e tecnologias com aplicação voltada ao mar; encontro de negó-cios, conferências internacionais e workshops.

O superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antonio Ayres dos Santos Júnior, participou, de 28 a 30 de maio, da 4ª edição do Fórum do Mar, evento internacional realizado na

Porto de Itajaí presente no Fórum do Mar 2014

Adalmir de Souza, Marina Lopes Ferreira e Antonio Ayres dos Santos Júnior

Pedro Nuno Ponte, José Monteiro de Morais, Victor Caldeirinha, Antonio Ayres dos Santos Júnior, Adalmir de Souza e José Canão

cidade de Porto e voltado à economia proveniente do mar. Ayres ainda cumpriu ainda ampla agenda em Portugal, que incluiu visitas aos portos de Leixões, Lisboa e Setubal. Ele viajou a convite da organização do evento, que é patroci-nado pelo Governo Português.

“A participação no Fórum e as visitas aos principais portos de Portugal, foram importantes oportunidades para que conhecêssemos a realidade da gestão portuária no país, bem como a ‘Janela Única Portuária’, uma importante ferramenta que aplica a tecnologia de informação como fator de melhoria dos processos no sistema portuário por-tuguês”, explica Ayres.

Segundo o engenheiro, trata-se de um serviço de in-formação on-line que permite a acessibilidade a dados re-lacionados aos portos, comércio internacional, entre outras informações relacionadas às atividades portuárias e logís-ticas. Esse sistema também integra todos os portos portu-gueses, instituições governamentais, órgão intervenientes, agentes de navegação, despachantes e demais empresas e instituições inseridas no meio portuário.

Nos portos portugueses Ayres foi recepcionado por Victor Manoel Caldeirinha, presidente do Porto de Setúbal; Luís Marinho Dias, presidente do Porto de Leixões; e por Marina Lopes Ferreira, presidente do Porto de Lisboa. Em sua viagem o superintendente do Porto de Itajaí foi acom-panhado pelo presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro, Adalmir de Souza, que em nome da Associação Brasileira das Entidades Portuárias e Hidroviárias (ABEPH), deu início às tratativas para estreitar relações entre a insti-tuição e os portos portugueses. •

Page 51: Revista Portuária 13 Junho 2014

Rua João Bauer, 498 - Edifício Mirante do Porto - sl 03 - Térreo - Itajaí - SC (47) [email protected] | www.commercializebrazil.com

A siderúrgica ArcelorMittal anunciou investimento de US$ 17 milhões em melhorias na unidade de São Fran-cisco do Sul (SC). As obras e a aquisição de novos equi-

pamentos visam aumentar a produção anual de 1,4 milhão de toneladas para 1,6 milhão até o fim do primeiro semestre de 2015.

Segundo nota da empresa, o projeto visa atender o cres-cimento de demanda da indústria automobilística por "produ-tos mais nobres". O aumento seria causado por programas como o Inovar Auto (que estimula metas de desenvolvimento de veículos mais leves), explica o comunicado. A companhia já havia anunciado em fevereiro deste ano investimentos de cerca de US$ 15 milhões para a produção local de uma linha de aço de alta resistência. Atualmente, 60% da produção da fábrica é destinada ao mercado automotivo. •

mercadomercadocoluna coluna

Economia&Negócios • Junho 2014 • 51

ArcelorMittal investirá US$ 17 milhões em fábrica de Santa Catarina

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52 • Junho 2014 • Economia&Negócios

mercadomercadocoluna coluna

NegóciosDuas cidades catarinenses entre as melhores para abrir franquias

Florianópolis e Joinville aparecem no ranking dos 50 melhores municípios para abrir franquias

Pesquisa realizada pela Rizzo Franchise e divulgada pela revista Exame listou as 50 cidades com as melhores oportunidades para abertura de franquias no Brasil. No

ranking, Florianópolis e Joinville aparecem na lista na 28ª e 40ª posição, respectivamente com destaque para setor au-tomotivo e hoteleiro. Já a maior cidade do país, São Paulo, está no topo da lista e se destacou pelos serviços voltados à educação, seguido por livrarias e automotivo.

Florianópolis é o segundo município mais populoso do Estado. Na pesquisa de 2012, a capital de Santa Catarina ocupava o 24º lugar do ranking. Agora está em 28º, quatro posições abaixo do que anteriormente. Nessa edição, o se-tor Automotivo ficou com o primeiro lugar com as melhores possibilidades para abertura de franquias. Hotelaria e Infantil aparecem na sequência.

Já Joinville na pesquisa anterior ocupava o 36º lugar do

ranking. Nessa edição a maior cidade de Santa Catarina ficou em 40º. Perdeu, portanto, quatro posições. O setor de hotela-ria aparece no topo da lista das melhores opções de franquias na cidade. Na sequência aparece educação e saúde & beleza.

MetodologiaO ranking considera nove ramos de atuação (educação,

livrarias, automotivo, infantil, hotelaria, construção, saúde e beleza, alimentação e acessórios pessoais) e mostra quais são as melhores oportunidades em cada uma das cidades anali-sadas.

Para chegar ao resultado, alguns aspectos foram leva-dos em consideração, como o índice potencial de consumo de cada localidade, comparado com os negócios disponíveis nos nove setores. Entraram na lista aquelas que têm índice maior do que a oferta local. •

1 - Automotivo2- Hotelaria3- Infantil4- Acessórios Pessoais5- Educação

6- Alimentação7- Construção8- Saúde & Beleza9- Livrarias

1- Hotelaria2- Educação3- Saúde & Beleza4- Automotivo5- Acessórios Pessoais

6- Infantil7- Construção8- Alimentação9- Livrarias

:: Posição de Florianópolis por setores :: Posição de Joinville por setores

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Economia&Negócios • Junho 2014 • 53

mercadomercadocoluna coluna

A JBS Foods anunciou que irá investir R$ 60 milhões na primeira etapa de ampliação das unidades catarinenses situadas em Lages, Salto Veloso, Seara e Itapiranga. Atual-

mente o grupo já gera no Estado mais de 14 mil empregos e com a expansão devem ser gerados mais 700 empregos diretos e 1.3 mil indiretos. O investimento será feito nas unidades de produtos processados (lasanhas, pizzas, pratos prontos e empanados entre outros) e na unidade de abate de suínos em Seara.

A empresa começou a operar em Lages em novembro do ano passado, quando o grupo JBS anunciou a aquisição da Seara Brasil por R$ 6 bilhões, após cinco meses de negociações com a Marfrig. O investimento adicionou R$ 10 bilhões à receita global da empresa, e fez com que ela se tornasse líder mundial na pro-dução de carne de frango.

Nos dois últimos anos, a JBS comprou mais três empresas de carnes de Santa Catarina que estavam em dificuldades porque foram afetadas pela crise de grãos devido a seca nos EUA: Agro-nêneto, Tramonto e Sul Valle. Com isso, o Estado se tornou um polo produtivo de grande importância para o grupo paulista.

Atualmente o grupo mantém em Santa Catarina 10 comple-xos industriais, um terminal portuário, seis abatedouros de fran-gos (1 milhão/dia), três abatedouros de suínos (7 mil/dia) e cinco plantas de industrializados (17,5 mil toneladas/mês).

O projeto de investimento ampliação das unidades cata-rinenses situadas em Lages, Salto Veloso, Seara e Itapiranga foi apresentado por executivos da empresa em Florianópolis no final do mês passado. O faturamento anual da empresa em todo o

Expansão JBS anuncia investimento de R$ 60 milhões em Santa Catarina

Grupo deve otimizar e ampliar produção de produtos processados em quatro municípios

Estado deve chegar a R$ 4,3 bilhões.

Companhia abertaRecentemente a JBS registrou o pedido de compa-

nhia aberta e de IPO (sigla em inglês para oferta públi-ca inicial) para a JBS Foods junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Conforme informações divulgadas pela Agência Estado, a companhia está avaliando um momento propício para fazer a abertura de capital da JBS Foods, que atua no segmento de aves, suínos e produtos industrializados. •

Reprodução

Page 54: Revista Portuária 13 Junho 2014

54 • Junho 2014 • Economia&Negócios

O Grupo Almeida Junior lançou oficialmente a ex-pansão do Balneário Shopping, que vai dobrar de tamanho, além de contemplar novas operações,

marcas inéditas na região, mais opções de lazer e gastro-nomia. O novo layout do empreendimento catarinense está em fase final, com 70% das obras concluídas e previsão de inaugurar em novembro. O projeto arquitetônico ousado e o sistema diferenciado de engenharia nas obras de expan-são estão transformando o Balneário Shopping em um dos mais modernos shopping centers do Brasil.

A expansão do Balneário Shopping já foi prevista na construção original, projetada e executada com estrutura para ampliação de um futuro pavimento superior em toda a área edificada. Um dos destaques será a altura amplia-da das vitrines, que serão de 6,5 metros, quando a altura média em shoppings é de 4,6 metros. Essa amplitude irá valorizar a vitrine e a lojas trazendo aos consumidores ain-da mais conforto e elegância.

“Quem passa pela frente hoje não faz ideia da ver-dadeira revolução que estamos fazendo no shopping. O Balneário será um dos mais modernos shopping centers do Brasil”, afirma o CEO do Grupo, Jaimes Almeida Júnior.

mercadomercadocoluna coluna

Novo Balneário Shopping será um dosempreendimentos mais modernos do Brasil

A unidade é a que receberá o

maior volume de investimentos entre shoppings do Grupo Almeida Junior: dos

R$ 168 milhões que serão aplicados em 2014, R$ 150 milhões ficarão em

Balneário Camboriú

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Economia&Negócios • Junho 2014 • 55

mercadomercadocoluna coluna InvestimentosCom 34 anos de atuação, o grupo se tornou a maior

empresa de shopping centers na Região Sul com cinco uni-dades em quatro regiões do Estado – Neumarkt Shopping e Norte Shopping (Blumenau), Garten Shopping (Joinville), Balneário Shopping (Balneário Camboriú) e Continente Park Shopping (Grande Florianópolis) – a empresa já anun-ciou a construção do sexto empreendimento, na cidade de Criciúma, o Nações Shopping.

Estes cinco shoppings recebem por ano 44 milhões de clientes. Juntos, somam mais de 1.200 operações em 190 mil m² de ABL (Área Bruta Locável) e venderam, em 2013, R$ 1,5 bilhão.

A unidade de Balneário Camboriú é a que receberá o maior volume de investimentos entre shoppings do grupo: dos R$ 168 milhões que serão aplicados em 2014, R$ 150 milhões ficarão na cidade litorânea. O projeto prevê a che-gada de novas lojas âncoras e lojas prêmium, ampliação no número de salas de cinema – de cinco para oito – e a criação de praça gourmet. O empreendimento vai manter o predomínio horizontal e iluminação natural.

O shopping ganhará um novo pavimento e ampliará sua área dos atuais 24 mil m² de ABL (Área Bruta Locável) para 43,4 mil m2² de ABL. No entanto, é na modernidade e na agradabilidade aos consumidores que está o grande diferencial do novo Balneário Shopping, além, claro, das novas operações que estão aportando na cidade mais ba-dalada do litoral catarinense.

Novas lojasVárias lojas premium já estão confirmadas, entre elas

a Le Lis Blanc, John John, L’Occitane, Adidas, além de ân-coras e megalojas como a Riachuelo, Ri Happy, Academia Fórmula, Ponto Frio, Paquetá e Paquetá Esportes, Kalunga (especializada em materiais de escritório). Além disso, a empresa segue em negociação com duas redes internacio-nais, cujos nomes são mantidos em absoluto sigilo.

O cinema também será ampliado, passando das atu-ais cinco para oito salas, sendo duas 3D e uma VIP. Na área de gastronomia, mais novidades com a criação da Praça Gourmet com restaurantes. O novo estacionamento digital com marcação eletrônica de vagas já foi inaugurado no final de 2013.

A atenção às famílias também será contemplada com o novo Espaço Família com área para amamentação, lactário, fraldário e banheiros.

Inaugurado em outubro de 2007, o Balneário Shop-

ping é considerado pelos lojistas nacio-nais um grande case de sucesso pelas excepcionais vendas por m² e grande fluxo qualitativo durante todo o ano. O Balneário Shopping é um empreendi-mento com 100% de ocupação.

Mercado aquecido na regiãoO crescimento econômico da re-

gião estimulou os negócios relacionados aos shoppings. Além da expansão da unidade Almeida Junior de Balneário, o Itajaí Shopping, em Itajaí, que pertence ao Grupo Tacla, também está em fase de ampliação, com a previsão de instalação de lojas âncoras e novas salas de cine-ma. Também em Itajaí, o Park City Itajaí, fruto de uma parceria entre a holding gaúcha SmithCo e AD Shopping, prevê investimentos de R$ 313 milhões e aber-tura em 2015. •

Inaugurado

em outubro

de 2007, o

Balneário

Shopping é

considerado

pelos lojistas

nacionais um

grande case de

sucesso pelas

excepcionais

vendas por m²

e grande fluxo

qualitativo

durante todo o

ano.

Reprodução

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56 • Junho 2014 • Economia&Negócios

Murilo Canova Zeschau, formado em Oceanografia pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e dire-tor geral da empresa Brastax, incubada no Núcleo

de Inovação Tecnológica da universidade, é o vencedor do Acelera Startup, concurso promovido pelo Comitê de Jovens Empreendedores (CJE) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Murilo Canova Zeschau ficou em primeiro lugar depois de ser selecionado entre os 10 melhores e ter a chance de apresentar o negócio a uma banca de investidores anjos. Como prêmio, ele receberá 12 mil dólares em consultoria, capacitações, mentorias e avaliação individual com investi-dores.

“Esse é o segundo ano que participamos. Desta vez fomos mais estruturados e tentamos destacar mais as vanta-gens do negócio. Temos mais parceiros, e estamos mais ca-pacitados, tanto no aspecto técnico como em gestão”, afirma

Zeschau. O jovem empresário, que se formou no ano passado, dedica-se integralmente a empresa. "Minha vida é a Brastax", comenta.

O projeto concorreu entre mil inscritos de todo o país, e 150 selecionados. A Brastax propõe o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis de saneamento para tratamento de efluentes gerados durante o abate de aves. O processo pro-posto inova nos métodos de saneamento, garantindo a purifi-cação do efluente, além de gerar economia de água. Para isso é levado em consideração o uso de microalgas, que, além de sanear o efluente gerado durante o processo, serve como um aditivo natural para a alimentação de novos frangos.

O negócio, representado pelo oceanógrafo no concur-so, e desenvolvido com os sócios Juliana Pellizzaro Correia, Lucas Reis e Ariel Rinnert, busca desenvolver técnicas sus-tentáveis para neutralizar os volumes gerados dos efluentes líquidos originados no processo industrial do abate.

mercadomercadocoluna coluna Da esquerda para direita:

Júnior Valverde (2º colocado), Murilo Canova

Zeschau (1º colocado) e

Rubens Benbassat (3º colocado)

Brastax, empresa incubada na Univali, vence Acelera Startups

Concurso promovido pela Fiesp destaca as ideias mais inovadoras do país

Tamna Waqued/Fiesp)

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Economia&Negócios • Junho 2014 • 57

mercadomercadocoluna coluna A participação da Brastax no Acele-

ra Sturtap, um dos principais concursos de empreendedorismo do país, possibilita a aproximação dos empreendedores com in-vestidores anjos, interessados em aplicar recursos em negócios promissores. São os investidores, aliás, que analisaram e vota-ram nas ideias mais inovadoras.

A empresa também foi uma das ideias criativas selecionadas na última edição do Sinapse da Inovação, iniciativa do Governo estadual, por meio da Secretaria do Desen-volvimento Econômico Sustentável e da Fun-dação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc). O objetivo do pro-grama é identificar ideias inovadoras e com potencial de se tornarem negócios de suces-so, dando suporte necessário para colocá-las em prática.

Acelera StartupO concurso promovido pelo Comitê

de Jovens Empreendedores (CJE) da Federa-ção das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Acelera Startup é um concurso que tem como objetivo fomentar o empreende-dorismo e a inovação.

Nesta 4ª edição, foram selecionados 150 projetos de empreendedorismo do Bra-sil. Destes, 10 foram escolhidos para ir até a final do concurso, sendo apresentados no modelo de elevator pitch a uma banca formada por mais de 50 investidores anjos, com o montante total de investimento dis-ponível em torno de R$ 500 bilhões. Por fim, três projetos foram selecionados como os grandes vencedores do concurso e premia-dos no mês passado. O primeiro lugar ficou para a Brastax, em segundo o projeto Carre-ga+ e, em terceiro o Banheiro 360°. •

A Brastax

propõe o

desenvolvimento

de tecnologias

sustentáveis

de saneamento

para tratamento

de efluentes

gerados durante

o abate de aves.

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58 • Junho 2014 • Economia&Negócios

A Embraco, de Joinville (SC), líder mundial na fabrica-ção de compressores herméticos para refrigeração, anuncia a ampliação em cerca de 140% da produ-

ção global de compressores com tecnologia Embraco Full-motion até 2015. A empresa vai investir na produção de suas fábricas na Itália e na China.

A produção dos compressores na Itália estará dedica-da ao mercado europeu para garantir mais oferta de tecno-logia que possibilite às fabricantes de refrigeradores aten-derem as exigências do mercado por equipamentos cada vez mais eficientes e com baixo impacto ambiental. Além da Itália, a fábrica da Embraco na China, que já produz esses compressores, também aumentará sua produção.

Ao aumentar a oferta de compressores com a tecno-logia Embraco Fullmotion no mundo, a empresa contribui para que o segmento da refrigeração atenda regulamenta-ções de eficiência energética cada vez mais exigentes. Nos Estados Unidos, por exemplo, a regulamentação do setor determina a melhora no padrão de eficiência energética na

ordem de 30% até 2014. Nos países da União Europeia, o segmento trabalha

para atender normas que determinam a redução em até 20% do atual consumo de energia dos equipamentos, até 2020. Na China, a regulamentação que melhora o padrão atual de eficiência energética será feita em duas etapas. O primeiro estágio está previsto para 2015, quando os equi-pamentos de refrigeração doméstica deverão apresentar um desempenho em eficiência energética 20% melhor que o atual; o segundo estágio ocorrerá em 2020, quando o padrão de eficiência energética deverá melhorar em mais 15%.

Desde o lançamento em 1998, a Embraco já vendeu mais de 15 milhões de compressores Embraco Fullmotion no mundo. Quando comparada com a tecnologia utilizada na época em que foi lançado, estima-se que a adoção desta tecnologia possibilitaria uma economia de 3,6 mil GWh o que equivale ao consumo de energia elétrica da população de Roma, durante oito meses. •

mercadomercadocoluna coluna

Embraco vai ampliar produção em cerca de 140% até 2015

Reprodução

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60 • Junho 2014 • Economia&Negócios

mercadomercadocoluna coluna

A Galaxy Aero, após dois anos de pesquisas e testes desenvolveu um projeto para fabricar aviões

executivos de luxo em Itajaí, Santa Catari-na. Com um conceito de design, conforto, custo benefício e principalmente seguran-ça o Galaxy GA 620 tem capacidade para seis pessoas.

Segundo a empresa, o projeto de-senvolvido por um grupo de sete pessoas - entre engenheiros e técnicos - é inédito no mercado mundial, pois é fabricado em fibra de carbono, que por ser mais resis-tente e leve gera uma economia de 25%

no gasto de combustível. A aeronave possui um design bem arrojado, um novo conceito em monomotor, estabilidade de vôo e baixo ruído na cabine.

O interior do avião apresenta alto conforto, mais espaço para relaxar nas poltronas, além de um console central com luxuoso frigobar e suporte para copos e taças, sistema inteligente de co-mando de Iluminação Interna, som, TV e ar condicionado digital.

A expectativa é que a empresa produza de 15 a 20 aeronaves por ano, a partir do ano que vem, gerando cerca de

1,5 mil empregos dire-tos. A Galaxy Aero foi fundada pelo empre-sário Nilton Góes que também é proprietário da Autos Fibra, empre-sa reconhecida pela produção e exporta-ção de protótipos de automóveis como Fer-raris, Lamborghinis e Bugattis. •

InovaçãoEmpresa de Itajaí desenvolve projeto para fabricar avião de luxo em fibra de carbono

ReproduçãoReprodução

A Galaxy Aero foi fundada pelo

empresário Nilton Góes

Page 61: Revista Portuária 13 Junho 2014

Economia&Negócios • Junho 2014 • 61

mercadomercadocoluna coluna

Pioneira no segmento, a Allink, uma das maiores em-presas especializadas no transporte marítimo interna-cional de carga consolidada – LCL no Brasil, oferece

aos seus clientes um novo produto: o Booking Online, para solicitação online da reserva de exportação.

O Booking Online é um serviço online que permite ao cliente solicitar, de forma rápida e simples, sua reserva de exportação. “Em poucos minutos é possível obter o número de sua reserva e com isso se ganha tempo no processo de exportação”, explica o diretor comercial, Andre Gobersztejn.

“Além da agilidade em sua reserva, em nosso site você consegue ter acesso a todos os fretes e serviços disponíveis da Allink. Mesmo fora do horário do expediente é possível fazer a consulta e também os bookings, agilizando assim a entrega da carga no porto desejado” explica o diretor. Com esta ferramenta o cliente pode fazer a reserva 24 horas por dia, inclusive aos finais de semana e feriados.

A empresa, que se mantém neutra neste segmento, somente atende aos agentes de carga (freight forwarder),

comissárias de despacho e despachantes. A Allink coloca a serviço dos seus clientes sua experiência de 20 anos de mer-cado, com uma ampla oferta de soluções para o comércio exterior.

Criada em 1994, a Allink é pioneira no segmento de transporte internacional de carga marítima consolidada de importação e exportação. Por meio de 14 escritórios (Rio Grande, Porto Alegre, Itajaí, Paranaguá, Curitiba, Santos, São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Suape, Fortaleza, Belém e Manaus) e seus parceiros nos principais portos do mundo, a Allink realiza o atendimento global de transporte marítimo de importação e exportação

A empresa está presente em 70 países com 157 es-critórios e 3.600 funcionários distribuídos em todos os con-tinentes, oferecendo mais de 2.050 serviços diretos de car-ga marítima. Além disso, é parte integrante do renomado Grupo Wilson Sons, um dos maiores operadores de serviços portuários, marítimos e logísticos terrestres do Brasil, com mais de 170 anos de história. •

Allink lança solução para reserva de carga marítima 24 horas por dia

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62 • Junho 2014 • Economia&Negócios

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Depois de um longo processo de auditoria, a Asia Shipping recebeu esta se-mana a certificação Trace, renomada instituição internacional voltada para a elevação dos padrões anticorrupção nas empresas de todo o mundo. O

certificado é válido por um ano e renovável.Criada para aumentar a transparência nas empresas multinacionais e os res-

pectivos intermediários comerciais, com a elevação dos padrões anticorrupção e de compliance, a Trace International se tornou referência no setor. Fundada em 2001, a entidade concede um certificado a empresas a partir de um severo processo de due dilligence.

A certificação inclui, entre outros, a investigação dos diretores, proprietários e funcionários em posições de destaque, referências finan-ceiras, varredura contínua da reputação e imagem da companhia, investigação de parceiros e ainda a assinatu-ra de um Código de Conduta Anti-Corrupção.

“Já havíamos sido ve-rificados pela Trace enquanto prestadores de serviço, mas agora buscamos a certificação para a Asia Shipping a fim de assegurar aos clientes os padrões internacionais anti-corrupção e mostrarmos o quanto nossa política é consistente neste sentido”, disse Alexandre Pimenta, CEO da Asia Shipping.

A Asia Shipping é parte do ASGroup e oferece operações de agenciamento marítimo de contêineres e de cargas por meio de consolidação própria. Para atender operações com necessidade de pronta entrega, a empresa oferece ainda agencia-mento aéreo. Os clientes da Asia Shipping contam também com armazenagem, desembaraço aduaneiro e serviço especializado em cargas de projeto e transporte doméstico (rodoviário e cabotagem). •

Asia Shipping investe na elevação dos padrõesanticorrupção e é certificada pela Trace

A certificação inclui

a investigação dos

diretores, proprietários

e funcionários em

posições de destaque,

referências financeiras,

varredura contínua da

reputação e imagem

da companhia,

investigação de

parceiros e ainda a

assinatura de um

Código de Conduta

Anti-Corrupção.

Reprodução

Page 63: Revista Portuária 13 Junho 2014
Page 64: Revista Portuária 13 Junho 2014

64 • Junho 2014 • Economia&Negócios

mercadomercadocoluna coluna

A Azimut Yachts do Brasil encerrou o primeiro curso de formação de profissionais, a primeira etapa do progra-ma tratou do tema “Gestão de Qualidade” contou com

a participação de 30 pessoas com aulas presenciais realizadas duas vezes por semana em um Centro de Formação Profis-sional instalado dentro da fábrica de iates de luxo, em Itajaí, Santa Catarina.

O programa é realizado desde o início do ano através de uma parceria entre a empresa junto às entidades do Siste-ma Fiesc – Sesi e Senai.

Além dessa formação, que seguirá para outros colabo-radores, a previsão é ampliar o número de cursos nos próxi-mos meses dirigidos à logística, elétrica, mecânica, marcena-ria e outros setores. Até o final do ano a meta é atingir em torno de 300 colaboradores internos das diversas áreas de atuação.

Alinhado ao modelo de gestão que vem sendo implan-tado na fábrica - focado em planejamento e valorização com base em comprometimento, satisfação e empenho - em cerca de seis meses, o índice de produtividade na empresa cresceu em 20% e o de absenteísmo, que iniciou com 16% hoje está em 3%. Além disso, os colaboradores recebem suporte e trei-

namento constante dos profissionais da matriz italiana.“Os resultados de uma equipe mais motivada, integra-

da e especializada refletem diretamente na produtividade e no sucesso cada vez maior que a Azimut vem obtendo no mercado náutico brasileiro”, afirma o CEO da Azimut do Brasil Davide Breviglieri. A empresa, que hoje fabrica embarcações de 43 a 70 pés, estima que neste ano haja um crescimento de 50% no volume de vendas e 80% de aumento em termos de dimensões na produção de barcos a motor de luxo.

A Azimut Yachts do Brasil é filial do Grupo italiano Azi-mut-Benetti, maior e mais importante construtor de iates a motor de luxo do mundo com mais de 40 anos de experiência no mercado náutico mundial. Instalada desde 2010 em ter-ritório brasileiro, na cidade de Itajaí (SC), atualmente fabrica embarcações dos modelos: Azimut 43, Azimut 48, Azimut 60 e Azimut 70. Recentemente ampliou as suas instalações para um espaço de 16 mil metros quadrados e, em breve, lançará novos modelos de produção nacional – todos desenvolvidos ao mesmo padrão dos produzidos na matriz italiana. Conta atualmente com cerca de 300 colaboradores, brasileiros em sua maioria, que recebem suporte direto dos profissionais italianos. •

Azimut Yachts investe em formação profissional

Através de parceria com o Sistema Fiesc, fabricante de iates de luxo com fábrica em Itajaí pretende formar 300 colaboradores internos até o fim do ano. Modelo de gestão da empresa

reflete no aumento de produtividade de 20% nos últimos seis meses.

Reprodução

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66 • Junho 2014 • Economia&Negócios

Com a nova determinação, introduzi-da pela Lei 12.619/12, as empresas são obrigadas a realizar o controle da jornada de trabalho, de maneira

fidedigna, ou seja, de forma que não venha a deixar dúvidas sobre o real tempo trabalha-do pelo motorista profissional.

A Lei 12.619/12, em seu artigo 2º, in-ciso V, nos deixa claro que o controle da jor-nada, como já frisado, é de responsabilidade do empresário, e a forma de realização fica a seu critério.

A legislação prevê algumas maneiras de realizar este controle. Vejamos: a) diário de bordo; b) papeleta; c) ficha de trabalho externo; d) meios eletrônicos idôneos insta-lados nos veículos.

Assim, analisando-se superficialmen-te, teríamos a possibilidade de o empresário usar somente o diário, ou a papeleta, ou um meio eletrônico idôneo. Neste mesmo senti-do, entendo que uma destas formas, por si só, seria o suficiente para exercer o controle da jornada.

E como fica o disco de tacógrafo? O disco, como sabemos, possui função de ape-nas e tão somente realizar o controle de velo-cidade do veículo, e na melhor das hipóteses, se presta para efeitos do Código de Trânsito. Exemplo: numa eventual abordagem pela autoridade de trânsito, o policial iria anali-sar o disco para verificar qual o período em que o condutor estava dirigindo (tempo de direção). Como já frisado, o controle deve ser real e certo, ou seja, fidedigno, expressão esta adotada pela Lei.

Vejam que o disco de tacógrafo, repi-to, como função precípua de aferir-se a velo-cidade do veículo, não nos dará informações precisas, pois somente mostrará o caminhão em movimento, ou não. Assim, resta eviden-te que o controle não é fidedigno, pois as informações são imprecisas.

Por outro lado, o diário de bordo se

apresenta como ferramenta completa. O pre-enchimento pelo próprio motorista nos dá uma presunção de confiabilidade, encaixan-do-se no conceito de fidedigno.

A única forma se de apurar o tempo de espera, por exemplo, será no diário de bordo ou papeleta. O tempo de espera, va-mos lembrar, é o período em que o veículo permanecer aguardando para carregar ou descarregar, ou em barreira alfandegária. Es-tas situações de tempo de espera, tempo à disposição da empresa, acidentes, e outras situações normais de estrada, somente po-derão ser entendidas quando da leitura do diário de bordo.

A importância do correto controle, se reflete num ato preventivo, e determinado pela Lei, que certamente será usado pelo transportador em eventual demanda traba-lhista, ou mesmo, para sua defesa na possi-bilidade de uma fiscalização pelo Ministério do Trabalho e Emprego ou o Ministério Públi-co do Trabalho.

Certamente o transportador necessita de um tempo maior para se adequar. Melhor dizendo, toda a cadeia produtiva precisa de prazos de ajustes, pois temos uma cultura de praticamente 60 (sessenta) anos, sendo alte-rada em questão de meses.

Também, o embarcador (dono da mercadoria) precisa se conscientizar de sua responsabilidade, que é solidária, não tenho dúvidas. Exemplificando: em caso de aciden-te, ficando comprovado que o embarcador determinou que o produto estivesse no des-tinatário, exigindo que o caminhão trafegas-se em horários que ultrapassassem aqueles fixados em Lei, pode responder junto com o transportador.

Quero registrar aqui que a ação do MTE e MPT é dolorosa para o bolso do transporta-dor. Sabemos que a Lei criada é de primeiro mundo e posta em prática num país que não oferece as condições de cumprí-la.•

Por Cassio Vieceli, advogado especializado em Transporte Rodoviário de Cargas

Toda a cadeia produtiva

precisa de prazos de

ajustes, pois temos uma cultura de

praticamente 60 (sessenta)

anos, sendo alterada em questão de

meses.

ArtigoArtigo

A importância do controle da jornada de trabalho do motorista

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